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Coletânea

Provas Antigas

CálculoI

P1 - P2 - PF
P1
Instituto de Matemática - IM/UFRJ
Gabarito da Primeira Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química

Questão 1: (3.5 pontos)


Calcule:
x3 − x2 + x − 1
(a) lim ;
x→1 x3 + x2 + x + 1

x+1
(b) lim √ ;
x→+∞ x+1
(c) lim+ (sen x)sen x ;
x→0
3 +√x+1)
(d) f 0 (x), onde f (x) = esen(x .

Solução:
x3 − x2 + x − 1
(a) Como f (x) = é contínua em x = 1, temos que
x3 + x2 + x + 1
x3 − x2 + x − 1
lim = f (1) = 0.
x→1 x3 + x2 + x + 1


(b) Dividindo o numerador e o denominador por x, obtemos
√ q
x+1 1 + x1
lim √ = lim = 1.
x→+∞ x + 1 x→+∞ 1 + √1x

(c) Para sair da indeterminação “00 ”, reescrevemos


sen x
(sen x)sen x = eln(sen x) = esen x ln(sen x) .

Assim, como ex é uma função contínua, temos que

lim (sen x)sen x = elimx→0+ sen x ln(sen x) .


x→0+

Como em limx→0+ sen x ln(sen x) temos uma indeterminação do tipo “0 · ∞ ”, reescrevemos


a função sob a forma de quociente:

ln(sen x) ln(sen x)
lim+ sen x ln(sen x) = lim+ 1 = lim+ ,
x→0 x→0
sen x
x→0 cosec x

obtendo agora uma indeterminação do tipo “0/0”. Assim, pela Regra de l’Hôpital, obtemos
1
ln(sen x) sen x
cos x 1
lim+ = lim+ = lim+ − = lim − sen x = 0.
x→0 cosec x x→0 − cosec x cotg x x→0 cosec x x→0+
Portanto,
lim (sen x)sen x = e0 = 1.
x→0+

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Gabarito da Primeira Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química(continuação)

(d) Pela Regra da Cadeia, temos que


3 +√x+1) √
f 0 (x) = esen(x (sen(x3 + x + 1))0
3 √ √ √
= esen(x + x+1) cos(x3 + x + 1)(x3 + x + 1)0

!
√ 1
sen(x3 + x+1) 3 2
= e cos(x + x + 1) 3x + √ .
2 x

Questão 2: (1.5 ponto)


Encontre a equação da reta tangente à curva x4 + y 4 = 12xy 2 − 7 no ponto (2, 1).

Solução:
Derivando implicitamente a equação da curva em relação a x, obtemos

4x3 + 4y 3 y 0 = 12y 2 + 24xyy 0 .

Portanto, em cada ponto (x, y) temos que

12y 2 − 4x3
y0 = .
4y 3 − 24xy

Em particular, substituindo (x, y) = (2, 1) na equação acima, obtemos o coeficiente angular m


da reta tangente à curva passando pelo ponto (2, 1):

12(1)2 − 4(2)3 5
m= = .
4(1) − 24(2)(1)
3 11

Assim, a equação da reta tangente à curva dada passando pelo ponto (2, 1) é
5
y−1= (x − 2)
11

5 1
⇒y= x+ .
11 11

Questão 3: (2.0 pontos)


Dois caminhos retilíneos paralelos distam de 5 metros. Os objetos A e B deslocam-se sobre os
caminhos com velocidades vA (t) e vB (t), respectivamente. Em um certo instante t0 , a distância d
entre eles é de 13 m, A tem velocidade vA (t0 ) = 5 m/s e B tem velocidade vB (t0 ) = 2 m/s, conforme
a figura. Determine d0 (t0 ), a velocidade com que eles estão se aproximando.

B
b
vB
5m d

vA
b

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Gabarito da Primeira Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química(continuação)

Solução:
Denotamos por xA (t) e xB (t) as abscissas dos pontos A e B ao longo do tempo, conforme
indicado na figura abaixo.

B vB
d 5
A vA
x
xA xB

Pelo Teorema de Pitágoras,

d2 (t) = (xB (t) − xA (t))2 + 52 m2 . (1)

Em particular, para t = t0 , substituindo d(t0 ) = 13, obtemos que

xB (t0 ) − xA (t0 ) = 12 m.

Derivando (1) em relação ao tempo, temos

2d(t)d0 (t) = 2(xB (t) − xA (t))(x0B (t) − x0A (t))

e portanto
(xB (t0 ) − xA (t0 ))(x0B (t0 ) − x0A (t0 ))
d0 (t0 ) = .
d(t0 )
Finalmente, usando que x0B (t0 ) = vB (t0 ) = 2 m/s e x0A (t0 ) = vA (t0 ) = 5 m/s, concluímos que

(12 m)(−3 m/s) 36


d0 (t0 ) = = − m/s,
13 m 13
36
isto é, os objetos se aproximam com velocidade igual a m/s.
13

Questão 4: (3.0 pontos)


x
Considere a função f (x) = , definida para x > 0 e x 6= 1.
ln x
(a) Calcule:

(i) lim+ f (x); (iii) lim− f (x);


x→0 x→1
(ii) lim f (x); (iv) lim+ f (x);
x→∞ x→1

(b) Determine, se existirem:


(i) As assíntotas verticais e horizontais de f ;
(ii) Os intervalos onde f é crescente e onde f é decrescente;
(iii) Os pontos de máximo e mínimo locais e/ou globais de f (abscissa e ordenada);
(iv) Os intervalos onde f tem concavidade para cima (convexa), concavidade para baixo
(côncava) e os pontos de inflexão de f ;

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Gabarito da Primeira Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química(continuação)

(c) Faça um esboço do gráfico de f .

Solução:

(a) (i) Como limx→0+ x = 0 e limx→0+ ln x = −∞, então


x
lim+ = 0.
x→0 ln x
(ii) Como limx→∞ x = ∞ e limx→∞ ln x = ∞, aplicando a Regra de l’Hôpital, obtemos que

x (x)0 1
lim = lim 0
= lim 1 = lim x = ∞.
x→∞ ln x x→∞ (ln x) x→∞ x→∞
x

(iii) Quando x → 1− , ln x tende a zero por valores negativos. Assim,


x
lim− = −∞.
x→1 ln x
(iv) Por outro lado, quando x → 1+ , ln x tende a zero por valores positivos. Portanto,
x
lim+ = ∞.
x→1 ln x

(b) (i) De acordo com os resultados obtidos nos itens (i), (iii) e (iv) de (a), concluímos que f
possui apenas uma assíntota vertical: x = 1. Já o resultado do item (ii) nos diz que f
não possui assíntotas horizontais.
(ii) Calculando a derivada de f pela Regra do Quociente, obtemos:
1
1 · ln x − x · ln x − 1
f 0 (x) = x
= .
(ln x)2 (ln x)2

Assim,
• f 0 (x) > 0 se ln x − 1 > 0, ou seja, para x ∈ (e, ∞);
• f 0 (x) < 0 se ln x − 1 < 0, ou seja, para x ∈ (0, 1) ∪ (1, e).
Portanto, concluímos que a função f é crescente no intervalo (e, ∞) e decrescente nos
intervalos (0, 1) e (1, e).
(iii) Como f 0 (e) = 0 e f 0 (x) existe para todo x no domínio de f , então o único ponto
crítico de f é (e, f (e)) = (e, e). Além disso, como f 0 (x) < 0 para x < e, e f 0 (x) > 0
para x > e, então (e, e) é um ponto de mínimo local de f . Sendo este o único ponto
crítico, então f não possui pontos de máximo local. Por fim, do item (a), sabemos que
limx→1− f (x) = −∞ e limx→1+ f (x) = ∞. Portanto, f não possui pontos de máximo
ou mínimo globais.
(iv) Derivando a função f 0 (x) = (ln x − 1)(ln x)−2 , obtemos
1 1
f 00 (x) = (ln x)−2 − 2(ln x − 1)(ln x)−3
x x

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Gabarito da Primeira Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química(continuação)

1 2
 
00
⇒ f (x) = −1 .
x(ln x)2 ln x
Como 1/(x(ln x)2 ) é sempre positivo no domínio de f , o sinal de f 00 é determinado
pelo sinal do termo ((2/ ln x) − 1). Assim,
• f 00 (x) > 0 se ((2/ ln x) − 1) > 0, ou seja, para x ∈ (1, e2 );
• f 00 (x) < 0 se ((2/ ln x) − 1) < 0, ou seja, para x ∈ (0, 1) ∪ (e2 , ∞).
Com isto, concluímos que f tem concavidade para cima (convexa) no intervalo (1, e2 ),
e tem concavidade para baixo (côncava) nos intervalos (0, 1) e (e2 , ∞). Além disso,
como x = e2 é o único ponto do domínio de f onde f 00 muda de sinal, então f tem um
único ponto de inflexão: (e2 , f (e2 )) = (e2 , e2 /2).
(c) Esboço do gráfico de f :

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M Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Gabarito Primeira Prova Unificada de Cálculo 1 - 2013/2


Engenharia e Engenharia Quı́mica

1a Questão: Calcule:

4−x−1 (√ 1 ( sen x )
lim √ x2 + 1534 − x ,
)
(1a) , (1b) lim (1c) lim ln .
x→3 12 − x − 3 x→∞ x→0 x x
√ (√
f ′ (x), se f (x) =
)
(1d) 1 + ln x + 1 , x > 0.

Solução:
(1a) Para eliminar a indeterminação, multiplicamos e dividimos numerador e
denominador pelos respectivos “conjugados”. Então:
√ √
4−x−1 12 − x + 3
lim √ = lim √ = 3.
x→3 12 − x − 3 x→3 4 − x + 1

(1b) Analogamente,

(√ 1534
x2 + 1534 − x = lim √
)
lim = 0.
x→∞ x→∞ x2 + 1534 + x

(1c) Consideremos as funções


( sen x )
f (x) = ln e g(x) = x.
x

Como a função y = ln(x) é contı́nua, temos


sen x ( sen x ) ( sen x )
lim =1 ⇒ lim ln = ln lim = ln(1) = 0.
x→0 x x→0 x x→0 x
Logo, podemos aplicar a Regra de L’Hôpital:

f (x) f ′ (x)
lim = lim ′ .
x→0 g(x) x→0 g (x)

Calculando as derivas de f e g, temos:

x x cos x − sen x
f ′ (x) = e g ′ (x) = 1.
sen x x2
Então, aplicando a Regra de L’Hôpital, obtemos, se os limites existirem,
x cos x − sen x
( )
1 ( sen x ) ( x )
lim ln = lim lim .
x→0 x x x→0 sen x x→0 x2
Observe que o segundo limite no lado direito da expressão acima fornece a in-
determinação 0/0. Assim, aplicando novamente a Regra de L’Hôpital neste limite,
obtemos

−x sen x
( )
1 ( sen x ) ( x )
lim ln = lim lim = 1 × 0 = 0.
x→0 x x x→0 sen x x→0 2x
(1d) Pela regra da cadeia, temos:
( (√ )′ √
′ 1 + ln x + 1 1/2 x
f (x) = √ (√ ) = (√ )√ (√ )
2 1 + ln x + 1 2 x + 1 1 + ln x + 1
1
= √ (√ )√ (√ ).
4 x x + 1 1 + ln x + 1

2a Questão: Considere a função


x
f (x) = √ ,
3
x2 − 1

cujas derivadas primeira e segunda são, respectivamente,


x2 − 3 2x(9 − x2 )
f ′ (x) = √ e f ′′ (x) = √ .
3 3 (x2 − 1)4 9 (x − 1)
3 2 7

Determinar quando aplicável:


a) o domı́nio máximo de f ;
b) as assı́ntotas verticais e horizontais de f ;
c) as regiões de crescimento e decrescimento de f ;
d) os pontos de máximo e de mı́nimo local e global de f ;
e) as regiões de concavidade para cima, para baixo e os pontos de inflexão de f ;
f) esboçar o gráfico de f .
Solução:
(a) O domı́nio máximo de f é o subconjuntos de R para os quais f (x) ∈ R. Como
a expressão que define a função está bem definida para todos os números reais
diferentes de −1 e 1, temos:

D(f ) = R \ {−1, 1}.


(b) Analisemos as assı́ntotas verticiais:
1 1
lim+ f (x) = = +∞, lim− f (x) = = −∞,
x→1 0+ x→1 0−
−1 −1
lim + f (x) = − = +∞, lim − f (x) = + = −∞,
x→−1 0 x→−1 0
Logo a função tem duas assı́ntotas verticais; as retas verticais que passam pelos
pontos x = −1 e x = 1.
Analisemos as assı́totas horizontais:
x x x1/3
√ = )1/3 = √ .
1
(
3
x2 − 1 x2/3
1
1− 2
3
1− 2
x x
Assim,
+∞ −∞
lim f (x) = = +∞, lim f (x) = = −∞.
x→+∞ 1 x→−∞ 1
Logo, a função não possui √
assı́ntotas horizontais.
(c) Como o denominador 3 (x2 − 1)4 ≥ 0, para todo x ∈ R, o sinal de f ′ (x) é
dado pelo sinal do numerador. Logo,
√ √
f ′ (x) ≥ 0 ⇐⇒ x2 − 3 ≥ 0 ⇐⇒ x ≥ 3 ou x ≤ − 3.
√ √
Logo, a função cresce nos intervalos (−∞, − 3] e [ 3, +∞).
Por outro lado,
f ′ (x) ≤ 0 ⇐⇒ x2 − 3 ≤ 0 e x ̸∈ {−1, 1}
√ √
⇐⇒ x ∈ [− 3, −1) ∪ (−1, 1) ∪ (1, 3].
√ √
Logo, a função decresce nos intervalos [− 3, −1), (−1, 1) e (1, 3].
(d) Como f (x) tende a ±∞ em x = 1 (idem x = −1), a função não possui pontos
de máximo e mı́nimo globais. Por outro lado, possui máximo e mı́nimo locais nos

pontos onde muda o comportamento de crescimento. Assim, x = 3 é ponto de

mı́nimo local e x = − 3 é ponto de máximo local.
(e) Para facilitar os estudo do sinal de f ′′ (x), vamos analisar o sinal do numerador
e denominador, usando a tabela de sinais abaixo.

(−∞,−3) −3 (−3,−1) −1 (−1,0) 0 (0,1) 1 (1,3) 3 (3,∞)

2x − −6 − −2 − 0 + 2 + 6 +
9 − x2 − 0 + 8 + 9 + 8 + 0 −
x2 − 1 + 8 + 0 − −1 − 1 + 8 +
f ′′ (x) + 0 − ∞ + 0 − ∞ + 0 −
Vê-se que a função é:
• convexa (concavidade para cima) nos intervalos (−∞, −3), (−1, 0) e (1, 3);
• côncava (concavidade para baixo) nos intervalos (−3, −1), (0, 1) e (3, +∞).
e os pontos de inflexão são: x = −3, x = 0 e x = 3.
(f) Esboço do gráfico:

3a Questão: Uma cisterna tem 10 m de largura, 20 m de comprimentro, 1 m de pro-fun-


didade nas extremidades e 3 m no meio, de modo que o fundo seja formado por dois planos
inclinados (veja figura). Despeja-se água na cisterna a uma taxa de 0, 3 m3 /min. Seja h a
altura do nı́vel da água em relação à parte mais profunda. Com que velocidade (em metros
por minuto) h estará subindo no instante em que h = 1 m?

20m

1m

3m
x

Solução:
Quando o nı́vel da água está a uma latura h do ponto mais profundo, a sua
superfı́cie forma um retângulo de largura 10 m e comprimento x metros. Por
semelhança de triângulos, temos

x 20
= = 10 ⇒ x = 10h.
h 2
Então, o volume de água é:

10xh 100h2
V = = = 50h2 .
2 2
Sabemos que a água entra na cisterna a uma taxa constante

dV
= 0, 3 m3 /min.
dt
Logo, em todo instante t, temos

3 dV dh
= = 100h .
10 dt dt
No instante particular em que h = 1, obtemos

dh
= 0, 003 m/min.
dt

1a Questão: Seja f uma função contı́nua em R tal que f (0) = 1 e f (2) = −1, e seja
g(x) = x2 + 3x + 2. A função composta h(x) = f (g(x)) possui duas raı́zes negativas
distintas. Determine intervalos abertos disjuntos contendo cada uma dessas raı́zes.
Solução:
Observe inicialmente que

g(x) = 0 ⇐⇒ x = −1 ou x = −2;
g(x) = 2 ⇐⇒ x = 0 ou x = −3.

Assim,

h(0) = f (g(0)) = f (2) = −1, h(−1) = f (g(−1)) = f (0) = 1.

Como a composta de funções conı́nuas é uma função contı́nua, segue do Teorema


do Valor Intermediário, que existe x0 ∈ (−1, 0) tal que h(x0 ) = 0.
Observe agora que

h(−2) = f (g(−2)) = f (0) = 1, h(−3) = f (g(−3)) = f (2) = −1.

Logo, existe x1 ∈ (−3, −2) tal que h(x1 ) = 0.


Assim, os intervalos (−3, −2) e (−1, 0) são disjuntos e contêm respectivamente as
raı́zes x1 e x0 .
 
Instituto de Matemática - IM/UFRJ
Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 - 2013/1
Gabarito primeira prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 23/05/2013

Questão 1: (3 pontos)
Calcule os limites abaixo. Justifique suas respostas.
sen (x − 1)
(i) lim .
x→1 x2 − 1
2x2 − 3x − 4
(ii) lim √ .
x→+∞ x4 + 1
e2x − e−2x − 4x
(iii) lim .
x→0 x − sen x

Solução:

(i) Usando o limite fundamental, calculamos:

sen (x − 1) sen (x − 1) 1 sen x 1 1


  
lim = lim · = lim lim = .
x→1 x −1
2 x→1 x−1 x+1 x→0 x x→1 x + 1 2

(ii) Calculamos colocando os termos dominantes em evidência no denominador e no numerador.


Após simplificar a fração, obtemos:

2x2 − 3x − 4 2 − 3/x − 4/x2


lim √ = lim q = 2.
x→+∞ x4 + 1 x→+∞
1 + 1/x4

(iii) Usamos a regra de l’Hôpital três vezes e obtemos que

e2x − e−2x − 4x 2e2x + 2e−2x − 4 4e2x − 4e−2x 8e2x + 8e−2x


lim = lim lim = lim = 16.
x→0 x − sen x x→0 1 − cos x x→0 sen x x→0 cos x

Questão 2: (2 pontos)
Um tanque tem 5 m de comprimento e sua seção transversal é sempre um triângulo equilátero,
conforme a figura abaixo. Está sendo bombeada água para o interior do tanque a uma taxa de
0, 5 m3 /min. Com que velocidade o nível da água estará subindo quando o conteúdo de água no
tanque estiver com 0, 3 m de profundidade?

Solução:
Seja V (t) o volume da água dentro do tanque no instante de tempo t. Sabemos que V 0 (t) =
0, 5 m3 /min. No instante t a quantidade de água dentro do tanque ocupa um volume no formato
de um prisma reto de comprimento 5 m que tem como base um triângulo equilátero de altura

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Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 - 2013/1
Gabarito primeira prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 23/05/2013(continuação)

h(t) (veja a figura). Assim, o volume V (t) de água dentro do tanque no instante t é dado
pela fórmula V (t) = 5A(t), onde A(t) é a área de um triângulo equilátero de altura h(t), logo
h2 (t) 5
A(t) = √ . Portanto, vale a igualdade: V (t) = √ h2 (t). Derivando a igualdade anterior
3 3
10 0
em relação ao tempo obtemos 0, 5 = √ h(t)h (t). Então, quando h(t) = 0, 3m, temos que
√ 3
h0 (t) = 3/6 ≈ 0, 288 m/min.

Questão 3: (3 pontos)
x2 − 4x − 12
Considere a função y = f (x) = .
x+3
x2 + 6x 18
(a) Verifique que f 0 (x) = 2
e que f 00 (x) = .
(x + 3) (x + 3)3
(b) Ache as assíntotas horizontais e verticais caso existam.
(c) Identifique os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente.
(d) Encontre os valores máximo e mínimo locais e/ou globais caso existam.
(e) Identifique os intervalos de concavidade para cima e para baixo e os pontos de inflexão.
(f ) Usando as informações anteriores faça um esboço do gráfico de y = f (x).

Solução:

(a) De fato, temos que a primeira derivada é :

(2x − 4)(x + 3) − (x2 − 4x − 12) 2x2 + 6x − 4x − 12 − x2 + 4x + 12 x2 + 6x


f 0 (x) = = = .
(x + 3)2 (x + 3)2 (x + 3)2

Derivando de novo, vem:

(2x + 6)(x + 3)2 − (x2 + 6x)2(x + 3) (2x + 6)(x + 3) − 2(x2 + 6x)


f 00 (x) = =
(x + 3)4 (x + 3)3
2 2
2x + 6x + 6x + 18 − 2x − 12x 18
= 3
= ,
(x + 3) (x + 3)3

como queriámos.

(b) Temos que


lim f (x) = +∞ e lim f (x) = −∞,
x→+∞ x→−∞

logo não há assíntotas horizontais.

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Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 - 2013/1
Gabarito primeira prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 23/05/2013(continuação)

No entanto
lim f (x) = +∞ e lim − f (x) = −∞,
x→−3+ x→−3

pois x2 − 4x − 12 = (x − 6)(x + 2) > 0 perto de x = −3 e, além disso, x + 3 > 0 se x > −3


e x + 3 < 0 se x < −3.
Temos, portanto, uma assíntota vertical em x = −3.
x(x + 6)
(c) Analisemos o sinal de f 0 . Temos: f 0 (x) = . O sinal da derivada é, portanto,
(x + 3)2
determinado pelo sinal do numerador pois o denominador é sempre não negativo. Teremos,
então,

f 0 > 0 se x < −6 ou x > 0; e f 0 < 0 se − 6 < x < −3 ou − 3 < x < 0.

Logo f é crescente em (−∞, −6) ∪ (0, +∞) e f é decrescente em (−6, −3) ∪ (−3, 0).

(d) A derivada de f se anula em x = −6 e em x = 0, e muda de sinal em torno desses pontos.


Pelo Teste da Primeira Derivada temos:

x = −6 é ponto de máximo local e x = 0 é ponto de mínimo local.

Não há valores extremos globais pois a função tem limites infinitos em infinito e em
x = −3.

(e) O sinal da segunda derivada é o mesmo que o sinal do termo x + 3. Assim,

f 00 > 0 se x > −3; e f 00 < 0 se x < −3.

A concavidade é , portanto, para cima se x > −3 e para baixo se x < −3.

(f ) Gráfico da função f :

Questão 4: (2 pontos)
3
(a) Ache a derivada da função g(x) = ecos(x ) .

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Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 - 2013/1
Gabarito primeira prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 23/05/2013(continuação)

1
  
x2 sen

, se x > 0,
(b) Seja f (x) = x3
cos x − A,

se x ≤ 0.
Encontre A de modo que a função f seja contínua em x = 0. Para esse valor de A determine
se f é derivável em x = 0. Justifique suas respostas.

Solução:

(a) Usando a Regra da Cadeia, obtemos


d  cos (x3 )  3 d
  3
e = ecos (x ) cos (x3 ) = ecos (x ) (−sen(x3 ))3x2 .
dx dx

(b) Para que f seja contínua em x = 0 devemos ter

lim f (x) = lim− f (x) = f (0).


x→0+ x→0

1 1
   
2
Vamos primeiramente calcular lim+ x sen 3 . Temos que −1 ≤ sen 3 ≤ 1 para
x→0 x x  
1
x > 0. Multiplicando a desigualdade por x ≥ 0, obtemos −x ≤ x sen 3 ≤ x2
2 2 2
x
para todo x > 0. Como lim+ (−x2 ) = lim+ x2 = 0, segue do Teorema do Confronto que
x→0 x→0
1
 
lim x2 sen 3 = 0.
x→0+ x
Por outro lado, como a função h(x) = cos x − A é contínua em x = 0, temos que

lim (cos x − A) = h(0) = cos(0) − A = 1 − A.


x→0−

Portanto, para que f seja contínua em x = 0, devemos escolher A = 1.



x2 sen( 1
), se x > 0,
x3
Quando A = 1 temos f (x) = 
cos x − 1, se x ≤ 0.
f (x) − f (0)
Lembramos que a função f é derivável em x = 0 se e somente se o limite lim
x→0 x−0
f (x) − f (0)
existe. Vamos primeiramente calcular lim− . Temos que
x→0 x−0
f (x) − f (0) cos x − 1 − 0 −senx
lim− = lim− = lim− = −sen(0) = 0.
x→0 x−0 x→0 x x→0 1
Por outro lado, temos
 
1
f (x) − f (0) x2 sen x3 1
 
lim = lim+ = lim+ xsen 3 .
x→0+ x−0 x→0 x x→0 x
1
 
Analogamente, temos −x ≤ xsen 3 ≤ x para todo x > 0 e lim+ (−x) = lim+ x = 0. Se-
x x→0 x→0
1 f (x) − f (0)
 
gue do Teorema do Confronto que lim+ xsen 3 = 0. Finalmente, como lim− =
x→0 x x→0 x−0
f (x) − f (0) f (x) − f (0)
0 = lim+ , concluimos que lim existe ou em outras palavras f é
x→0 x−0 x→0 x−0
derivável em x = 0 e f 0 (x) = 0.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Instituto de Matemática
PRIMEIRA PROVA UNIFICADA – CÁLCULO I
POLITÉCNICA E ENGENHARIA QUÍMICA 13/12/2012.

GABARITO

1a Questão. (3.0 pontos).

(a) Calcule: √
3
lim x ln x.
x→0+

(b) Considere uma função y = f (x) satisfazendo


2

f (x) − 7x + 5x|x| + 2 ≤ 1 ,

2
x + 16 x2

para todo x 6= 0. Calcule, para esta função,

lim f (x) e lim f (x).


x→−∞ x→+∞

(c) Calcule a derivada f 0 (x) se f (x) = ln[2 + cos(x2 )].

• Solução.

(a) (1.0 pontos) Como 3 x → 0 e ln x → −∞ quando x → 0+ , temos uma indeterminação
do tipo 0 · ∞. Usamos a regra de l’Hôpital para obter

√ ln x 1/x √
lim 3
x ln x = lim √
3
= lim −4/3
= lim −3 3 x = 0.
x→0+ x→0+ 1/ x x→0+ −x /3 x→0+
(b) (1.0 pontos) A hipótese sobre f significa que

7x2 + 5x|x| + 2 1 7x2 + 5x|x| + 2 1


2
− 2 ≤ f (x) ≤ + 2.
x + 16 x x2 + 16 x
Quando x → −∞ temos que, em particular, podemos restringir o foco a x < 0.
Assim, para x < 0, a desigualdade acima é o mesmo que
7x2 − 5x2 + 2 1 2x2 + 2 1 7x2 − 5x2 + 2 1 2x2 + 2 1
2
− 2
= 2
− 2
≤ f (x) ≤ 2
+ 2
= 2
+ 2.
x + 16 x x + 16 x x + 16 x x + 16 x
Ambas funções de cada lado da desigualdade têm limite igual a 2 quando x → −∞.
Assim, pelo Teorema do Sanduiche, temos

lim f (x) = 2.
x→−∞

Por outro lado, quando x → +∞ temos que, em particular, podemos restringir o


foco a x > 0. Assim, temos que
7x2 + 5x2 + 2 1 12x2 + 2 1 7x2 + 5x2 + 2 1 12x2 + 2 1
− = − ≤ f (x) ≤ + = + .
x2 + 16 x2 x2 + 16 x2 x2 + 16 x2 x2 + 16 x2
Analogamente ao resultado anterior,

lim f (x) = 12.


x→+∞

1
(c) (1.0 pontos) Seja f (x) = ln[2 + cos(x2 )]. Então, usando a regra da cadeia, obtemos:
 
0 1
f (x) = (−2x sin(x2 )).
2 + cos(x2 )

2a Questão. (2.0 pontos).

(a) Verifique que, para todo par de pontos x, y ∈ (−π/2, π/2), tem-se

|tg x − tg y| ≥ |x − y|.

(Dica: use o Teorema do Valor Médio.)


(b) Considere a curva definida, implicitamente, pela equação

x y = 2(x − y) + x2 y.

Ache o coeficiente angular da reta tangente a esta curva no ponto (1, 1).

• Solução.

(a) (1.0 ponto) Sejam x e y quaisquer números reais em (−π/2, π/2). Pelo Teorema do
Valor Médio temos
tg x − tg y = (tg 0 (c))|x − y|,
para algum c entre x e y. Mas tg 0 (c) = sec2 (c) ≥ 1. Assim,

|tg x − tg y| = |(sec2 (c))||x − y| ≥ |x − y|,

para todo par de pontos x, y ∈ (−π/2, π/2).


(b) (1.0 ponto) Primeiro verifiquemos que (1, 1) está nessa curva:

1 · 1 = 2(1 − 1) + 12 · 1 ⇒ (1, 1) está na curva.

Derivemos implicitamente:

1 √ √ 1
√ y + x √ y 0 = 2 − 2y 0 + 2xy + x2 y 0 .
2 x 2 y
Substituindo x = 1 e y = 1 chegamos a

1 y0
+ = 2 − 2y 0 + 2 + y 0 .
2 2
Resolvendo a equação para encontrar o coeficiente angular da reta tangente a esta
curva no ponto (1, 1), obtemos

7
y0 = .
3

3a Questão. (2.0 pontos).


O sol está se pondo com ângulo de elevação (ângulo entre os raios e uma reta horizontal)
que diminui a uma taxa de 0, 25 radianos/hora. Com que velocidade estará crescendo a
π
sombra de um prédio de 30 metros de altura quando o ângulo de elevação do sol for ?
6

2
• Solução. (2.0 pontos)

Figura 1:

Vamos chamar de x = x(t) o tamanho da sombra do prédio, que corresponde ao tamanho


do segmento de reta horizontal que vai da base do prédio até o ponto de interseção entre
os raios solares e o chão. Chamemos de θ = θ(t) o ângulo de elevação. Notemos que,
quanto menor o ângulo de elevação, mais comprida será a sombra, ou seja, maior será
x = x(t). Como a altura do prédio é de 30 metros, então o cateto oposto ao ângulo de
elevação mede 30 e o cateto adjacente mede x. Assim, obtemos
30
tg θ = .
x
Derivando implicitamente vem:
30 0
(sec2 θ)θ0 (t) = − x (t).
x2

Observemos que, no instante t∗ em que o ângulo de elevação do sol for π


6 teremos tg θ(t∗ ) =

3 ∗

3 , donde x(t ) = 30 3 metros.
Notemos, ainda, que, por hipótese, θ0 (t) = −0, 25 radianos/hora; o sinal ”−”vem do fato
que o ângulo de elevação está diminuindo.
Juntando toda a informação obtemos:

sec2 π6 0 ∗ 2 ∗

0 ∗
x (t ) = − θ (t )x (t ) = 30 metros/hora.
30

Solução alternativa.
Ao escrever
30
tg θ = ,
x
note que, portanto,
x = 30 cotg θ.
Logo temos
x0 = −30 (cosec 2 θ)θ0 .
Daı́ substituimos θ = π/6 e θ0 = −0, 25 rad/h e obtemos o mesmo resultado.

4a Questão. (3.0 pontos).


Considere y = f (x) = x3 e−
−x .

3
(a) Verifique que

f 0 (x) = (3x2 − x3 )e−


−x
e que f 00 (x) = (x3 − 6x2 + 6x)e−
−x
.

(b) Ache as assı́ntotas horizontais e verticais caso existam.


(c) Identifique os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente.
(d) Encontre os valores máximo e mı́nimo locais e/ou globais caso existam.
(e) Identifique os intervalos de concavidade para cima e para baixo e os pontos de in-
flexão.
(f ) Usando as informações anteriores faça um esboço do gráfico de y = f (x).

• Solução.

(a) (0.5 pontos) Usando a regra do produto junto com a regra da cadeia vem:

f 0 (x) = 3x2 e−
−x
− x3 e−
−x
= (3x2 − x3 )e−
−x
, e

f 00 (x) = (6x − 3x2 )e−


−x
− (3x2 − x3 )e−
−x
= (x3 − 6x2 + 6x)e−
−x
.

(b) (0.5 pontos) Precisamos calcular

lim f (x) e lim f (x).


x→−∞ x→+∞

Temos:
lim f (x) = −∞,
x→−∞

pois x3 → −∞ e e−
−x → +∞ quando x → −∞. Continuando,

x3 3x2 6x 6
lim f (x) = lim x
= lim x
= lim x = lim x = 0,
x→+∞ x→+∞ e x→+∞ e x→+∞ e x→+∞ e

onde usamos três vezes seguidas a regra de l’Hôpital para eliminar a indeterminação

do tipo .

Assim, há uma assı́ntota horizontal ao gráfico de y = f (x) que é a reta y = 0.
Não há assı́ntotas verticais uma vez que a função y = f (x) está definida em toda a
reta real.
(c) (0.5 pontos) Notemos que f é (infinitamente) diferenciável em toda a reta real. As-
sim, devemos analisar o sinal da primeira derivada para determinar os intervalos de
crescimento e decrescimento. Temos:

f 0 (x) = x2 (3 − x)e−
−x
,

logo f 0 se anula em x = 0, e em x = 3. O sinal é determinado pelo sinal de 3 − x


e, portanto, é positivo em (−∞, 3) e negativo em (3, +∞).
Assim, f é crescente em (−∞, 3) e decrescente em (3, +∞).
(d) (0.5 pontos) Pelo Teste da Primeira Derivada há um único ponto de extremo local,
onde a derivada muda de sinal de positivo para negativo na direção x crescente;
donde este ponto é de máximo local: x = 3. O valor máximo local é

27
f (3) = .
e3

4
(e) (0.5 pontos) Analisemos o sinal da segunda derivada:
√ √
f 00 (x) = x(x2 − 6x + 6)e−−x
= x(x − (3 + 3))(x − (3 − 3))e−−x
.
√ √
Temos que f 00 é positiva nos
√ intervalos
√ (0, 3 − 3) e (3 + 3, +∞) e negativa nos
intervalos (−∞, 0) e (3 − 3, 3 + 3).
A conclusão é que o gráfico de y = f (x) é côncavo para baixo em
√ √
(−∞, 0) ∪ (3 − 3, 3 + 3)

e côncavo para cima em


√ √
(0, 3 − 3) ∪ (3 + 3, +∞).

Há três pontos de inflexão:


√ √
x = 0, x = 3 − 3, e x=3+ 3.

5
(f ) (0.5 pontos)

Figura 2: Gráfico

(a) y(x) = x3 e−x

6
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
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@
@ @
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@
Instituto de Matemática - Departamento de Métodos Matemáticos

PRIMEIRA PROVA UNIFICADA de CÁLCULO I – 08/05/2012


Unidades: Escola Politécnica e Escola de Quı́mica

Questão 1. (2,0 pontos)


2 2
(a) Encontre todos os pontos (x, y) sobre a curva x 3 + y 3 = 8 nos quais a reta tangente é paralela
à reta y + x = 
1.
x2 + 1

(b) Seja f (x) = ln . Ache a constante β ∈ R de modo que f 0 (1) = 12 .
βx+1

Questão 2. (3,0 pontos)


 
1
x2 sen
x
(a) Calcule lim .
x→0 sen(x)
se x ∈ 0, π2
 
 A,
(b) Determine o valor de A para que a função f (x) = x π π 3π
 seja
 − , se x ∈ 2, 2
cotg x 2 cos x
contı́nua em (0, 3π
2 ).

Questão 3. (2,0 pontos)


Uma placa de aço W (com espessura desprezı́vel) está presa a uma corda, com 15 m de comprimento,
que passa por uma polia P , situada 7 m acima do solo. A outra extremidade da corda situada
em A está presa a um caminhão, 1 m acima do solo. Sabendo que o caminhão se afasta a uma
velocidade de 5 m/s, qual a taxa de variação da altura da placa quando ela estiver 2 m acima do
solo?

Questão 4. (3,0 pontos)


ex
Considere a função definida por f (x) = . Determine, justificando:
1−x
1. O domı́nio de f e as assı́ntotas horizontais e verticais, caso existam.

2. Os intervalos onde f é crescente e onde f é decrescente e os pontos de máximo e de mı́nimo


relativos, caso existam.

3. Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para cima e onde é côncavo para baixo e os pontos
de inflexão, caso existam.

4. O esboço do gráfico de f e os extremos absolutos, caso existam.


Questão 1. (2,0 pontos)
√3
p
(a) Encontre todos os pontos (x, y) sobre a curva x2 + 3 y 2 = 8 nos
quais a reta tangente
 2 é paralela
 à reta y + x = 1.
x +1
(b) Seja f (x) = ln . Ache a constante β ∈ R de modo que
βx+1
f 0 (1) = 12 .

Solução.
2 2
a Derivando ambos os membros da equação x 3 + y 3 = 8 implicitamente
em relação a x, temos que
r
2 − 1 2 − 1 dy dy y
x 3+ y 3 =0 ⇒ =−3
3 3 dx dx x
Nos pontos onde a reta tangente à curva é paralela à reta y = −x + 1,
dy
devemos ter = −1. Assim,
dx
r
y
−3 = −1 ⇐⇒ x = y.
x
2 2
Substituindo y por x em x 3 + y 3 = 8, temos que
2 2 2
x 3 + x 3 = 8 ⇐⇒ 2x 3 = 8 ⇐⇒ x = −8 ou x = 8
Portanto, os pontos desejados são (−8, −8) e (8, 8).

(b) Aplicando a regra da cadeia e a regra do quociente para f (x), temos


que sua derivada é
βx + 1 2x(βx + 1) − β(x2 + 1) 2x(βx + 1) − β(x2 + 1)
 
0
f (x) = 2 =
x +1 (βx + 1)2 (βx + 1)(x2 + 1)
2x β
= 2
− .
x + 1 βx + 1
β 1
Portanto, f 0 (1) = 1 − . Assim, para termos f 0 (1) = , é neces-
β+1 2
sário termos
β 1 β 1
1− = ⇐⇒ = ⇐⇒ 2β = β + 1 ⇐⇒ β = 1
β+1 2 β+1 2
Logo, β deve ser igual a 1.
Questão 2. (3,0 pontos)
 
1
x2 sen
x
(a) Calcule lim .
x→0 sen(x)
(b) Determine o valor de A para que a função

se x ∈ 0, π2
 
 A,
f (x) =
 x tan(x) − π , se x ∈ π , 3π

2 cos x 2 2

seja contínua em (0, 3π


2 ).

Solução.
(a) Observe que não podemos aplicar a Regra de L’ Hospital, pois
lim cos(1/x) não existe. No entanto, podemos usar o Teorema do
x→0
Confronto e o limite fundamental para resolver o item. Note que
 
2 1
      
x sen x 1 x 1 1
lim = lim x sen · = lim x sen · sen x  .
x→0 sen x x→0 x sen x x→0 x
x

Como −1 ≤ sen x1 ≤ 1 para todo x 6= 0 , temos que




 
1
x ≤ x sen ≤ −x, se x < 0
x
e  
1
−x ≤ x sen ≤ x, se x > 0.
x
Daí, como lim x = 0 = lim −x e lim x = 0 = lim −x, segue do
x→0− x→0− x→0+ x→0+
Teorema do confronto que
   
1 1
lim x sen = lim x sen =0
x→0 − x x→0 + x
 
1 sen x
o que implica que lim x sen = 0. Finalment, como lim = 1,
x→0 x x→0 x
x2 sen x1

1
temos que lim sen x = 1 e, portanto, lim = 0.
x→0 x→0 sen x
x
π

(b) Como A é uma constante real, e f (x) = A para todo x ∈ 0, 2 , temos
que f é contínua em 0, π2 . Por outro lado,


x sen x π 2x sen x − π
f (x) = − =
cos x 2 cos x 2 cos x
π 3π

para todo x ∈ 2 , 2 . Daí, como  x sen x − π e cos x são funções con-
π 3π π 3π

tínuas com cos x 6= 0 em 2 , 2 , temos que f é contínua em 2 , 2 .
Logo, para que f seja contínua em (0, 3π 2 ) precisamos apenas que f
π
seja contínua em x = 2 , isto é,
π 
limπ f (x) = f = A.
x→ 2 2
Como lim f (x) = A, por definição, resta apenas
x→ π2 −

2xsen x − π
A = lim f (x) = lim .
x→ π2 + x→ π2 + 2 cos x

O último limite é uma indeterminação do tipo 00 . Aplicando L’ Hospi-


tal,
2xsen x − π 2sen x + 2x cos x
lim = lim = −1
x→ π2 + 2 cos x x→ π2 + −2sen x
Portanto, para que f seja contínua, precisamos ter A = −1.

Questão 3. (2,0 pontos)


Uma placa de aço W (com espessura desprezível) está presa a uma corda,
com 15 m de comprimento, que passa por uma polia P , situada 7 m acima do
solo. A outra extremidade da corda situada em A está presa a um caminhão,
1 m acima do solo. Sabendo que o caminhão se afasta a uma velocidade de
5 m/s, qual a taxa de variação da altura da placa quando ela estiver 2 m
acima do solo?
Solução Seja h a distância de W ao chão. Temos que a distância de P a
W é então 7−h. Daí, como a corda mede 15 m, temos que a distância de P a
A é 15 − (7 − h) = 15 − 7 + h = 8 + h. Seja x a distância horizontal de A a P .
Como sabemos que o caminhão se move a uma velocidade de 5 m/s, temos
dx dh
que = 5 m/s. Queremos descobrir no momento em que h = 2 m.
dt dt
dx
Logo, como conhecemos , vamos relacionar x com h. A distância vertical
dt
de P a A é constante igual a 6 m.
Segue do Teorema de Pitágoras que x2 + 62 = (8 + h)2 . Derivando ambos
dx dh
os membros desta igualdade em relação a t, temos que 2x = 2(8 + h) .
dt dt
Quando h = 2 m, temos que x2 + 62 = (8 + 2)2 o que implica que x2 =
100 − 36 = 64 e, portanto, x = 8 m. Tomando x = 8, h = 2 e substituindo
dx dx dh dh
por 5 na equação 2x = 2(8 + h) , temos que 2 · 8 · 5 = 2(8 + 2) .
dt dt dt dt
dh dh
Logo, 20 = 80 e, portanto, = 4 m/s.
dt dt
Questão 4. (3,0 pontos)

ex
Considere a função definida por f (x) = . Determine, justificando:
1−x
1. O domínio de f e as assíntotas horizontais e verticais, caso existam.
2. Os intervalos onde f é crescente e onde f é decrescente e os pontos de
máximo e de mínimo relativos, caso existam.
3. Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para cima e onde é côncavo
para baixo e os pontos de inflexão, caso existam.
4. O esboço do gráfico de f e os extremos absolutos, caso existam.
• Solução.

1. A função está bem definida para todo R exceto para x = 1. Logo,


Dom(f ) = R \ {1}.
Além disso,
ex
lim =0
x→−∞ 1 − x

e, usando a regra de L’Hospital, temos que


ex ex
lim = lim = −∞.
x→∞ 1 − x x→∞ −1

Logo, a reta y = 0 é uma assíntota horizontal do gráfico de f .


Estudando o sinal de f , obtemos que
ex ex
lim = +∞ e lim = +∞.
x→1− 1−x x→1− 1−x
Logo, a reta x = 1 é uma assíntota vertical do gráfico de f .
ex (2 − x)
2. Temos que f 0 (x) = . Logo, o ponto crítico de f é x = 2.
(1 − x)2
Note que x = 0 não é um ponto crítico, pois a função f não está
definida nesse ponto. Estudando o sinal de f 0 obtemos que:
- f 0 (x) > 0, para todo x ∈ (−∞, 1) ∪ (1, 2). Logo, f é crescente
no intervalo (−∞, 1) ∪ (1, 2).
- f 0 (x) < 0, para todo x ∈ (2, +∞). Logo, f é decrescente no
intervalo (2, +∞).
Segue do teste da primeira derivada que f possui um máximo
local em x = 2 com f (2) = −e2 .
3. Temos que
ex (x2 − 4x + 5)
f 00 (x) = .
(1 − x)3
Como ex > 0 e x2 − 4x + 5 > 0, para todo x ∈ R, temos que f 00
tem o mesmo que (1 − x). Portanto,
- f 00 (x) > 0, para todo x ∈ (−∞, 1). Logo, f tem concavidade
para cima no intervalo (−∞, 1).
- f 00 (x) < 0, para todo x ∈ (1, +∞). Logo, f tem concavidade
para baixo no intervalo (1, +∞).
Consequentemente, f não possui nenhum ponto de inflexão.
4. Esboço do gráfico.
y

ex
y=
1−x
2 y =0
x

−e2

x=1

Finalmente, podemos concluir do gráfico que o ponto (2, −e2 ) é


apenas um ponto de máximo local.
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Instituto de Matemática
PRIMEIRA PROVA UNIFICADA – CÁLCULO I
POLITÉCNICA E ENGENHARIA QUÍMICA 11/10/2011.

GABARITO

1a Questão. (2.5 pontos). Responder

1. Calcule os seguintes limites


πx
tg( )
 
x 1
(a) lim − (b) lim (2 − x) 2 .
x→1+ 1 − x ln(x) x→1

2. Considere as funções h(x) = (x − 1)2 e g(x) = −(x − 1)2 . Seja f (x) uma função
definida para toda a reta e que satisfaz g(x) ≤ f (x) ≤ h(x) para todo x real.
(a) Prove que f (x) é contı́nua em x = 1.
(b) Dê um exemplo de uma tal função f (x) que não seja diferenciável em x = −2.

• Solução.

1. (a) Para resolver isto podemos fazer


   
x 1 x(ln(x) + 1) − 1
lim − = lim .
x→1+ 1 − x ln(x) x→1+ (1 − x) ln(x)

Assim, obtemos a indeterminação 0/0. Logo, pela regra de L’Hôspital, temos


   
x(ln(x) + 1) − 1 (2 + ln(x))x
lim = lim = −∞ (não existe).
x→1+ (1 − x) ln(x) x→1+ (1 − x) − x ln(x)

(b) Temos a indeterminação 1∞ . Neste caso podemos fazer


 
πx πx ln(2 − x)
tg( ) tg( )
cotg( πx
 
2

(2 − x) 2 = eln (2 − x) = e 2 ) .

Logo, como a função exponencial é contı́nua, então


 
πx ln(2 − x)
tg( ) lim πx
lim (2 − x) 2 = ex→1 cotg( 2 ) , (1)
x→1

onde aparece a indeterminação 0/0. Logo, usando L’Hôspital podemos concluir


que
−1
 
 πx 

ln(2 − x)
 2sen2 ( )
lim

= lim 
(2 − x) 
 = lim  2  = 2.
x→1 cotg( πx π πx
2 ) π(2 − x) π
x→1 − cossec2 (

)
 x→1
2 2

Portanto, substituı́ndo em (1), temos


πx
tg( )
lim (2 − x) 2 = e(2/π) .
x→1

1
2. (a) A função f (x) está definida em todo IR, logo está bem definida em x = 1. Além
disso, temos por hipótese

−(x − 1)2 ≤ f (x) ≤ (x − 1)2 .

Logo, pelo Teorema do Confronto, lim f (x) = 0. Mais ainda, para x = 1 a


x→1
desigualdade anterior implica que f (1) = 0. Portanto,

lim f (x) = f (1), isto é, f (x) é contı́nua em x = 1.


x→1

(b) Existem vários exemplos, entre eles podemos escolher


( (
0 , x ≥ −2 0 , x ≥ −2
f (x) = ou f (x) =
1 , x < −2 −x − 2 , x < −2

2a Questão. (2.5 pontos). Responder

1. Seja P = (x0 , 2) um ponto da curva xy 3 + y + 2x2 = 26 localizado no primeiro


quadrante. Determine o ponto P e a equação da reta normal ao gráfico de f naquele
ponto.
Nota: Define-se reta normal ao gráfico de uma função y = f (x) num ponto P , como
aquela reta que é perpendicular à reta tangente à curva y = f (x) naquele ponto.
 
2x
2. Dada a função f (x) = 2arctg(x) + arcsen .
1 + x2
(a) Encontre f ′ (x).
(b) Mostre que f (x) é constante para todo x > 1 e determine o valor desta constante.

• Solução.

1. Sabemos que o ponto P = (x0 , 2) pertence à curva. Logo, substituindo temos que
8x0 + 2 + 2x20 = 26, com raizes x0 = 2 e x0 = −6. Mas, por hipótese P está no
primeiro quadrante, logo P = (2, 2). Além disso, derivando implicitamente, temos

4x + y 3
y 3 + 3xy 2 y ′ + y ′ + 4x = 0 isto é y′ = − .
3xy 2 + 1
16
Logo, em P devemos ter y ′ (2) = − . Então a inclinação da reta tangente à curva
25
16 25
em P é m = − . Assim, a inclinação da reta normal será m1 = , pois devemos
25 16
ter m.m1 = −1. Finalmente, a equação da reta normal à curva que passa por P será
25
dada pela equação y = (x − 2) + 2.
16
2. (a) Primeiro note que
y = arctg(x) ⇔ tg(y) = x.
Derivando a segunda expressão em relação a x e sabendo que 1+tg2 (y) = sec2 (y),
teremos
1
sec2 (y)y ′ = 1 ⇔ (arctg(x))′ = . (2)
1 + x2
Analogamente
y = arcsen(x) ⇔ sen(y) = x,
logo, usando sen2 (y) + cos2 (y) = 1, teremos
1
cos(y)y ′ = 1 ⇔ (arcsen(x))′ = √ . (3)
1 − x2

2
Finalmente, usando a regra da cadeia e as equações (2)-(3) teremos
 ′
′ 2 1 2x
f (x) = +s
1 + x2 
2x
2 1 + x2
1−
1 + x2

1 + x2 2(1 + x2 ) − 2x(2x)
 
2
= +p
1 + x2 (1 − x2 )2 (1 + x2 )2

2 2(1 − x2 )
= + ,
1 + x2 |1 − x2 |(1 + x2 )
isto é
2 2(1 − x2 )
f ′ (x) = + . (4)
1 + x2 |1 − x2 |(1 + x2 )
(b) Para mostrar que f (x) é constante, basta ver que f ′ (x) = 0 para todo x > 1.
De fato, como x > 1, temos que |1 − x2 | = −(1 − x2 ). Logo, substituı́ndo na
fórmula de f ′ (x) dada em (4), teremos que
2 2(1 − x2 )
f ′ (x) = − = 0.
1 + x2 (1 − x2 )(1 + x2 )
Assim, f (x) = c para todo x > 1, onde c é uma constante. Para determinar o
valor de c, note que a função
√ f (x) está bem definida e é contı́nua para x > 1,
em particular para x = 3
√ !
√ √ 3 π  π 
f ( 3) = 2arctg( 3) + arcsen =2 + = π.
2 3 3

Logo f (x) = π para todo x > 1.

4 4
3a Questão. (3.0 pontos). Dada a função f (x) = − . Determine, justificando:
x x2
1. O domı́nio de f e as assı́ntotas horizontais e verticais, caso existam.
2. Os intervalos onde f é crescente e onde f é decrescente e os pontos de máximos e de
mı́nimos relativos, caso existam.
3. Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para cima e onde é côncavo para baixo
e os pontos de inflexão, caso existam.
4. O esboço do gráfico de f e os extremos absolutos, caso existam.
• Solução.
1. A função está bem definida em todo IR exceto para x = 0, logo

Dom(f ) = IR − {0}.

Além disso, note que (usando L’Hôspital)


     
4 4 x−1 2
lim − 2 = lim 4 = lim = 0.
x→±∞ x x x→±∞ x2 x→±∞ x

Logo, a reta y = 0 é uma assı́ntotal horizontal ao gráfico de f (x). Também temos


que    
4 4 x−1
lim − 2 = lim 4 = −∞.
x→0± x x x→0± x2
Logo, a reta x = 0 é uma assı́ntota vertical ao gráfico de f (x).

3
 
2−x
2. Derivando temos que f ′ (x) =4 , logo o ponto crı́tico de f é x = 2. Lembre
x3
que em x = 0 a função não está definida. Estudando o sinal de f ′ (x) deduzimos que:
– f ′ (x) > 0 em (0, 2), logo f é crescente no intervalo (0, 2).
– f ′ (x) < 0 em (−∞, 0) e em (2, +∞), logo f é decrescente nos intervalos (−∞, 0)
e (2, +∞).
– Logo, pelo teste da derivada primeira, podemos concluir que f possui um máximo
local em x = 2.
– Máximo local : f (2) = 1.
 
′′ x−3
3. Para estudar a concavidade, note que f (x) = 8 . Estudando o sinal de
x4
f ′′ (x) deduzimos que:
– f ′′ (x) > 0 em (3, +∞), logo f é côncava para cima no intervalo (3, +∞).
– f ′′ (x) < 0 em (−∞, 0) e em (0, 3), logo f é côncava para baixo nos intervalos
(−∞, 0) e (0, 3).
– f possui um ponto de inflexão em x = 3. O ponto de inlfexão é: (3, 89 ).
4. Esboço do gráfico.
y

1
8
9

x
2 3

Finalmente, podemos concluı́r do gráfico que o ponto (2, 1) é um ponto de máximo


absoluto.
4a Questão. (2.0 pontos). Dentro de um tanque na forma de um cone invertido está
entrando água à razão de 8m3 /min. O cone tem 6m de altura e 3m de diâmentro no
topo. Suponha que haja um vazamento na base e que o nı́vel de água está subindo a uma
razão de 1cm/min. A que taxa estará escoando o vazamento quando o nı́vel da água for
de 4, 8m?
• Solução.

3m

6m

4
Sejam h = h(t) o nı́vel da água no tanque e r = r(t) o raio da circunferência formada
pela superfı́cie da água no tanque (como no gráfico acima). Logo, teremos que o volume
de água no tanque V = V (t) será dado pela fórmula
1 2
V = πr h. (5)
3
Além disso, por semelhança de triângulos, temos
r 1, 5 h
= ⇒r= .
h 6 4
Substituindo em (5):
π 3 π
V = h ⇒ V ′ = h2 h′ . (6)
48 16
Além disso, a variação da água no tanque, V ′ , depende da vazão da água que está entrando
e da vazão que está saindo, isto é,

V ′ = Ve′ − Vs′ ,

onde Ve′ = Ve′ (t) é vazão de entrada de água no tanque e Vs′ = Vs′ (t) é vazão de saı́da de
água no tanque. Substituindo em (6) teremos
π 2 ′ π 2 ′
Ve′ − Vs′ = h h ⇒ Vs′ = Ve′ − h h.
16 16
1
Assim, no instante em que h = 4, 8m, por hipótese temos que h′ = 1cm/min = m/min
100
e Ve′ = 8m3 /min. Substituindo estes dados, teremos que a taxa de escoamento da água
Vs′ será  
π

Vs = 8 − (4, 8) m3 /min.
2
16(100)

5
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Departamento de Métodos Matemáticos

1a Prova Unificada de Cálculo I - Politécnica e Engenharia Quı́mica


10/05/2011

1a Questão: (3,0 pontos) Nesta questão, não use a regra de L’Hospital.


1. Calcule os limites:
2x5 − 3x3 + 2x2 − 1
(a) lim
x→−∞ 3x5 − 4x + 1
arctg [(1 + h)2 + 1] − arctg 2
(b) lim (dica: você reconhece alguma derivada?)
h→0 h
2. Dê o valor de A para que a função f abaixo seja contı́nua em x = 0:
 ·³ ´2 µ ¶¸
 senx 1

 − 1 cos
 x x
f (x) = e , x 6= 0




A , x = 0.
2a Questão: (2,5 pontos)
1. Encontre uma equação da reta tangente à curva y = ln x que passe pelo ponto (0, 0).
x2 + ax + b
2. Encontre a e b de modo que as retas tangentes aos gráficos de y = e
√ x+1
y = 2x + 1 no ponto P = (0, 1) sejam perpendiculares.
3a Questão: (3 pontos) Considere a função definida por f (x) = |x|(x3 − 2x), que possui
derivada f 0 (x) = |x|(4x2 − 4). Determine, caso existam:
1. O domı́nio e os zeros de f (x);
2. As assı́ntotas verticais e horizontais;
3. Os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente;
4. Os valores de máximo e mı́nimo locais e/ou absolutos;
5. Os intervalos onde f (x) seja côncava para baixo e côncava para cima e os pontos de
inflexão;
Use as informações anteriores para fazer um esboço do gráfico de f .
4a Questão: (1,5 ponto) Sejam a função
f (x) = (x − a)(x − b)g(x),
I um intervalo aberto contendo [a, b], onde g(x), x ∈ I, é contı́nua em [a, b] e g(x) > 0,
para todo x ∈ [a, b]. Suponha que g 0 (x) é contı́nua em [a, b] e que existe g 00 (x) em (a, b).
1. Mostrar que f (x) não se anula em (a, b) e que f (x) tem um ponto crı́tico em (a, b);
2. Mostrar que existe c ∈ (a, b) tal que f 00 (c) = g(a) + g(b).

JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS !

Boa Sorte!!!
Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Departamento de Métodos Matemáticos

Gabarito da 1a Prova Unificada de Cálculo I - Politécnica e Engenharia Quı́mica


10/05/2011

1a Questão: (3,0 pontos) Nesta questão, não use a regra de L’Hospital.

1. Calcule os limites:
2x5 − 3x3 + 2x2 − 1
(a) lim
x→−∞ 3x5 − 4x + 1
arctg [(1 + h)2 + 1] − arctg 2
(b) lim (dica: você reconhece alguma derivada?)
h→0 h
2. Dê o valor de A para que a função f abaixo seja contı́nua em x = 0:
 ·³ ´2 µ ¶¸
 senx 1

 − 1 cos
 x x
f (x) = e , x 6= 0




A , x = 0.

Solução.

1. (a)
¡ ¢
2x5 − 3x3 + 2x2 − 1 x5 2 − x32 + x23 − x15
lim = lim ¡ ¢
x→−∞ 3x5 − 4x + 1 x→−∞ x5 3 − x44 + x15
¡ ¢
2 − x32 + x23 − x15 2
= lim ¡ 4 1
¢ = .
x→−∞ 3 − x4 + x5 3

(b) Seja g(x) = arctg (x2 + 1). Temos que

arctg [(1 + h)2 + 1] − arctg [12 + 1] arctg [(1 + h)2 + 1] − arctg 2


g 0 (1) = lim = lim .
h→0 h h→0 h
Portanto, o limite procurado é igual a g 0 (1). Derivamos g usando a regra da
cadeia, obtendo
2x
g 0 (x) = .
1 + (x2 + 1)2
Logo,
arctg [(1 + h)2 + 1] − arctg 2 2 2
lim = g 0 (1) = 2 2
= .
h→0 h 1 + (1 + 1) 5

2. Para que f seja contı́nua em x = 0 devemos ter

lim f (x) = f (0) = A.


x→0
·³ ´2 µ ¶¸
sen x 1
Vamos primeiramente calcular lim − 1 cos . Temos que
x→0 x x
µ ¶
1
−1 ≤ cos ≤ 1,
x
³ senx ´2
para qualquer x 6= 0. Multiplicando a desigualdade por − 1 ≥ 0, obtemos
x
³ sen x ´2 ³ sen x ´2 µ ¶ ³ sen x ´2
1
− −1 ≤ − 1 cos ≤ −1 ,
x x x x
para todo x 6= 0. Como
³ sen x ´2
lim − 1 = (1 − 1)2 = 0,
x→0 x
segue do Teorema do sanduı́che que
·³ ´2 µ ¶¸
sen x 1
lim − 1 cos = 0.
x→0 x x
Usando a continuidade da função exponencial, temos que
·³ ´2 µ ¶¸
sen x 1
− 1 cos
x x
lim e = e0 = 1.
x→0

Portanto, devemos ter A = 1.

2a Questão: (2,5 pontos)


1. Encontre uma equação da reta tangente à curva y = ln x que passe pelo ponto (0, 0).
x2 + ax + b
2. Encontre a e b de modo que as retas tangentes aos gráficos de y = e
√ x+1
y = 2x + 1 no ponto P = (0, 1) sejam perpendiculares.
Solução.
1. Em primeiro lugar observe que o ponto (0, 0) não pertence à curva y = ln x.
Seja então (a, ln a) o ponto de tangência, conforme indicado na figura abaixo.

O coeficiente angular da reta tangente é o valor da derivada de y = ln x em x = a,


ou seja, 1/a. Por outro lado, como a tangente passa pelos pontos (0, 0) e (a, ln a) seu
ln a − 0 ln a ln a 1
coeficiente angular é também dado por = . Logo, = e, portanto,
a−0 a a a
a = e.
Sendo assim, a reta tangente tem coeficiente angular 1/e e equação y = x/e.

2
x2 + ax + b
2. Para que o ponto P = (0, 1) esteja no gráfico y = , é necessário que b = 1
x+1
(substitua x = 0 na expressão!).
Para achar as inclinações das retas tangentes, vamos derivar as duas funções. Primeiro,
usando a regra do quociente, temos
µ ¶
d x2 + ax + 1 (2x + a)(x + 1) − (x2 + ax + 1) x2 + 2x + (a − 1)
= = .
dx x+1 (x + 1)2 (x + 1)2

x2 + ax + 1
Logo, a inclinação da reta tangente ao gráfico y = no ponto (0, 1) é igual
x+1
à a − 1. Agora, usando a regra da cadeia, temos
d√ 2 1
2x + 1 = √ =√ .
dx 2 2x + 1 2x + 1

Logo, a inclinação da reta tangente à curva y = 2x + 1 no ponto (0, 1) é igual a 1.
Portanto, para que as retas tangentes sejam perpendiculares, é necessário que

a − 1 = −1 ⇔ a = 0.

3a Questão: (3 pontos) Considere a função definida por f (x) = |x|(x3 − 2x), que possui
derivada f 0 (x) = |x|(4x2 − 4). Determine, caso existam:

1. O domı́nio e os zeros de f (x);


2. As assı́ntotas verticais e horizontais;
3. Os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente;
4. Os valores de máximo e mı́nimo locais e/ou absolutos;
5. Os intervalos onde f (x) seja côncava para baixo e côncava para cima e os pontos de
inflexão;

Use as informações anteriores para fazer um esboço do gráfico de f .

Solução

1. O domı́nio de f (x) é o conjunto dos números reais.


Como f (x) = |x|x(x2 − 2), temos f (x) √ = 0 quando
2
√ x = 0 ou quando x − 2 = 0.
Logo os zeros de f (x) são x = 0, x = 2 e x = − 2.
2. Como a função f (x) é contı́nua em IR, não existem assı́ntotas verticais no gráfico de
f (x).
Como

lim f (x) = lim |x|x(x2 − 2) = ∞


x→∞ x→∞
e
lim f (x) = lim |x|x(x2 − 2) = −∞,
x→−∞ x→−∞

não existem assı́ntotas horizontais no gráfico de f (x).

3
3. A função f (x) é crescente onde f 0 (x) > 0. Como f 0 (x) = |x|(4x2 − 4) = 4|x|(x2 − 1)
e |x| > 0 para x 6= 0, fazendo o estudo de sinal de x2 − 1, f (x) é crescente em
(−∞, −1) ∪ (1, ∞). A função f (x) é decrescente onde f 0 (x) < 0, isto é, em (−1, 0) ∪
(0, 1).
4. Os pontos crı́ticos são os pontos onde não existe f 0 (x) e onde f 0 (x) = 0. Teremos
somente pontos crı́ticos onde a derivada se anula. Como f 0 (x) = 4|x|(x2 − 1), os zeros
de f 0 são quando x = 0, x = 1 e x = −1.
Como f (x) é crescente em (−∞, −1) e decrescente em (−1, 0), o ponto (−1, 1) é um
ponto de máximo local. Como f (x) é decrescente em (0, 1) e crescente em (1, ∞), o
ponto (1, −1) é um ponto de mı́nimo local. Como f (x) é decrescente em (−1, 0) ∪
(0, 1), o ponto (0, 0) não é ponto nem de máximo nem de mı́nimo local.
Como lim f (x) = ∞ e lim f (x) = −∞, não existem nem máximo absoluto nem
x→∞ x→−∞
mı́nimo absoluto.
5. Para x > 0 , f 0 (x) = 4x(x2 − 1) = 4x3 − 4x e f 00 (x) = 12x2 − 4.
Para x < 0 , f 0 (x) = −4x(x2 − 1) = −4x3 + 4x e f 00 (x) = −12x2 + 4.
00 f 0 (x) − f 0 (0) 4x3 − 4x
Temos f+ (0) = lim+ = lim+ = −4
x→0 x−0 x→0 x
e
f 0 (x) − f 0 (0) −4x3 + 4x
f−00 (0) = lim− = lim− = 4,
x→0 x−0 x→0 x
00
logo não existe f (0). Ã r ! Ãr !
1 1
A função será côncava para cima onde f 00 (x) > 0, isto é, em − ,0 ∪ ,∞
3 3
à r ! à r !
1 1
e será côncava para baixo onde f 00 (x) < 0, isto é, em −∞, − ∪ 0, .
3 3

Os pontos√ de inflexão são pontos onde muda a concavidade, isto é, (0, 0), (1/ 3, −5/9)
e (−1/ 3, 5/9).

O gráfico de f será:

4
4a Questão: (1,5 ponto) Sejam a função

f (x) = (x − a)(x − b)g(x),

I um intervalo aberto contendo [a, b], onde g(x), x ∈ I, é contı́nua em [a, b] e g(x) > 0,
para todo x ∈ [a, b]. Suponha que g 0 (x) é contı́nua em [a, b] e que existe g 00 (x) em (a, b).

1. Mostrar que f (x) não se anula em (a, b) e que f (x) tem um ponto crı́tico em (a, b);
2. Mostrar que existe c ∈ (a, b) tal que f 00 (c) = g(a) + g(b).

Solução.

1. f (x) = 0 se e somente se x = a, x = b ou g(x) = 0. Logo, não existe x ∈ (a, b) que


faça f (x) = 0.
Como g(x) é contı́nua em [a, b] e g(x) é derivável em (a, b) também teremos f (x)
contı́nua em [a, b] e f (x) derivável em (a, b). Assim, podemos aplicar o Teorema do
Valor Médio a f no intervalo [a, b] e existe c ∈ (a, b) tal que

f (b) − f (a)
f 0 (c) = = 0,
b−a
o que mostra que f (x) tem um ponto crı́tico em (a, b).
2. Como g 0 (x) é contı́nua em [a, b] e g 0 (x) é derivável em (a, b), também teremos f 0 (x)
contı́nua em [a, b] e f 0 (x) derivável em (a, b). Assim, podemos aplicar o Teorema do
Valor Médio a f 0 no intervalo [a, b] e existe c ∈ (a, b) tal que

f 0 (b) − f 0 (a) (b − a)g(b) − (a − b)g(a) (b − a)[g(b) + g(a)]


f 00 (c) = = = = g(b) + g(a),
b−a b−a b−a
como querı́amos mostrar.

5
DEPARTAMENTO de MÉTODOS MATEMÁTICOS
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

GABARITO da PRIMEIRA PROVA UNIFICADA de CÁLCULO I


20 de outubro de 2010

Questão 1. (3,0 pontos)

(a) Calcule:

x2 + 1 π 
(i) lim (ii) lim x − arctan x
x→+∞ x+1 x→+∞ 2

 √ x−a

se x 6= 4
(b) Seja f (x) = x−x+2 . Determine a e b, de modo que f seja contı́nua
b se x = 4

em x = 4.

Solução.


q q
1 1

x2 + 1 x2 1 + x2
1+ x2
(a) (i) lim = lim 1
 = lim 1 = 1.
x→+∞ x+1 x→+∞ x 1+ x
x→+∞ 1+ x
(ii) Note que
π  π/2 − arctan x
lim x − arctan x = lim .
x→+∞ 2 x→+∞ 1/x
Aplicando a Regra de L’Hôpital,

−1/(1 + x2 ) x2 1
lim 2
= lim 2
= lim = 1.
x→+∞ −1/x x→+∞ 1+x x→+∞ 1 + 1/x2

(b) Se f é contı́nua em x = 4:

(1) Existe f (4); (2) Existe lim f (x); (3) lim f (x) = f (4).
x→4 x→4
x−a
Para que exista lim f (x) = lim √ , devemos ter lim x − a = 0, ou seja, a = 4.
x→4 x→4 x−x+2 x→4

Isto porque, uma vez que lim x − x + 2 = 0, se o limite da expressão no numerador for
x→4
x−a
diferente de zero, lim √ não existirá.
x→4 x−x+2
x−a
Para satisfazer à condição 3 e encontrar o valor f (4) = b, vamos calcular lim √ .
x→4 x−x+2
Veja que a expressão do limite corresponde a uma indeterminação do tipo 00 .

Usando a Regra de L’Hôpital:


x−a 1 4
lim √ = lim 1 =− .
x→4 x − x + 2 x→4 √
2 x
−1 3

4
Assim, b = − .
3
Questão 2. (2,0 pontos)

(a) Encontre os pontos da curva x2 − xy + y 2 = 3 onde a reta tangente é horizontal.

(b) Suponha que f (2) = 7 e f 0 (x) > 2 para x ∈ [2, 5]. Qual o menor valor que f (5) pode ter?

Solução.

(a) Derivando implicitamente com relação a x:


dy dy
2x − y − x + 2y = 0.
dx dx
Logo,
dy y − 2x
= .
dx 2y − x
dy
A reta tangente no ponto (x, y) será horizontal se, e somente se, dx = 0 ou, equivalente-
mente, y = 2x. Substituindo y = 2x na equação da curva:

x2 − x(2x) + 4x2 = 3 ⇔ 3x2 = 3 ⇔ x ± 1.

Portanto, os pontos da curva onde a reta tangente é horizontal são (1, 2) e (−1, −2).

(b) Podemos aplicar o Teorema do Valor Médio ao intervalo [2, 5], pois f é diferenciável (logo,
contı́nua) em toda parte. Então, existe um número c tal que
f (5) − f (2)
f 0 (c) = ⇒ f (5) = f (2) + 3f 0 (c) ⇒ f (5) = 7 + 3f 0 (c) .
5−2
Como f 0 (x) ≥ 2 em [2, 5], teremos f 0 (c) ≥ 2 e, portanto, f (5) ≥ 13.
Logo, o menor valor de f (5) é 13.

Questão 3. (2,0 pontos)


0,1 m/s
No desenho, o ponto A representa um objeto que se desloca so-
A
bre uma semicircunferência de raio 5 m, com velocidade constante
0,1 m/s. Em cada instante, h é a distância de A até o diâmetro
PQ. h
Durante o movimento de subida, qual será a taxa de variação
da distância h no momento em que ela medir 4 m? P Q
Solução.
Se raciocinarmos como nas aulas de fı́sica, encontraremos uma solução muito simples. Basta
observarmos que a taxa de variação de h é dada pela componente vertical da velocidade do
ponto A.
Deixamos esta solução para você completar e apresentamos abaixo uma outra (um pouco
maior) que utiliza ideias normalmente desenvolvidas nas aulas de cálculo.
0,1 m/s Do triângulo ABC:
A dh dθ
h = 5 sen θ ⇒ = 5 cos θ .
dt dt
s 5m
h Do setor circular CAP:
θ ds dθ dθ dθ
s = 5θ ⇒ =5 ⇒ 0,1 = 5 ⇒ = 0,02 .
P B C Q dt dt dt dt
dh dh 3
Ou seja, = 5 cos θ.0,02 = 0,1 cos θ . Quando h = 4, BC = 3 e, portanto, = 0,1. = 0,06 m/s.
dt dt 5
Questão 4. (3,0 pontos)

Seja f (x) = x2 e(4−x) . Obtenha, caso existam:

(a) As assı́ntotas horizontais e verticais do gráfico de f .

(b) Os intervalos onde f é crescente e onde é decrescente.

(c) Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para cima, onde é côncavo para baixo e os
pontos de inflexão.

Usando as informações acima, esboce o gráfico de f e determine seus valores extremos (relativos
e absolutos) caso existam.
Solução.

(a) Assı́ntotas Horizontais:

x2 2x 2
lim x2 e4−x = lim = lim = lim =0 e lim x2 e4−x = ∞ .
x→∞ x→∞ ex−4 x→∞ ex−4 x→∞ ex−4 x→−∞

Logo, y = 0 é uma assı́ntota horizontal do gráfico de f .

Assı́ntotas Verticais: não possui pois f é contı́nua nos reais.

(b) f 0 (x) = 2xe4−x − x2 e4−x = e4−x (2x − x2 ).


Como e4−x é sempre maior que zero, f 0 (x) > 0 ⇔ 2x − x2 > 0 . Então, se x ∈ (0, 2), f é
crescente.
f 0 (x) < 0 ⇔ 2x − x2 < 0. Logo, se x ∈ (−∞, 0) ∪ (2, ∞), f é decrescente.

(c) f 00 (x) = 2e4−x − 4xe4−x + x2 e4−x = x2 − 4x + 2 e4−x .



√ √ 00
Assim, se x ∈ (−∞, √ 2 − √2) ∪ (2 + 2, ∞), f (x) > 0 e o gráfico de f é côncavo para
00
cima. Se x ∈ (2 − 2,√2 + 2), √ f (x)
 <0 e√ o gráfico de
√ f é côncavo para baixo.
Em vista disso, 2 − 2, f (2 − 2) e 2 + 2, f (2 + 2) são os pontos de inflexão.

Valores extremos.
De acordo com o item (b) e da observação do
gráfico ao lado temos:
máximo relativo, 4e2 em x = 2;
mı́nimo absoluto, 0 em x = 0.
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
PRIMEIRA PROVA UNIFICADA – CÁLCULO I. 2010-I.

GABARITO
Questão 1.(2,0 pontos)
(a) Considere a função 𝑔 : IR → IR definida por:
⎧ [ ( 1 )]
cos (𝑥 − 1)2 sin 3 , se 𝑥 ∕= 1

𝑔(𝑥) = 𝑥 −1
⎩ 0, se 𝑥 = 1.

Determine o valor de lim 𝑔(𝑥).


𝑥→1

(b) Considere as funções 𝑓, 𝑔 : IR → IR definidas por :

𝑓 (𝑥) = 𝑥3 − 𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥) = 𝑥3 (1 + sin 𝑥).

Mostre que os gráficos de 𝑓 (𝑥) e 𝑔(𝑥) se interceptam pelo menos em um ponto.

Solução.
(a) Primeiro temos que
1 )
lim (𝑥 − 1)2 sin
(
= 0. (1)
𝑥→1 𝑥3 −1
De fato,
1 )
−(𝑥 − 1)2 ≤ (𝑥 − 1)2 sin ≤ (𝑥 − 1)2 .
(
𝑥3 −1
Logo, como lim −(𝑥 − 1)2 = lim (𝑥 − 1)2 = 0, podemos usar o teorema do confronto para mostrar
𝑥→1 𝑥→1
(1).
Além disso, sendo a função cos(𝑥) contı́nua em IR, temos : lim 𝑔(𝑥) = 1.
𝑥→1

(b) Seja ℎ(𝑥) = 𝑓 (𝑥) − 𝑔(𝑥). Sendo ℎ(𝑥) a diferença de duas funções contı́nuas, ℎ(𝑥) é contı́nua. Além
disso temos que
ℎ(0) = 1 > 0 e ℎ(1) = 1 − (1 + sin 1) < 0.
Logo, usando o Teorema do Valor Intermediário, existe 𝑐 ∈ (0, 1) onde ℎ(𝑐) = 0, isto é 𝑓 (𝑐) = 𝑔(𝑐).
Questão 2.(2,0 pontos)

(a) Determine 𝑓 ′ (𝑥); onde 𝑓 (𝑥) = ln(sin2 (𝑥)).


(b) Determine as equações das retas tangentes ao gráfico de 𝑓 (𝑥) = 𝑥2 − 3𝑥 que passam pelo ponto
(3, −4).
(c) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função implı́cita definida por 𝑥3 + 𝑦 3 = 6𝑥𝑦, no
ponto (3, 3).

Solução.
(a) Sendo 𝑔(𝑥) = ln(𝑥), ℎ(𝑥) = 𝑥2 e 𝑢(𝑥) = sin(𝑥), temos que 𝑓 (𝑥) = 𝑔 ∘ ℎ ∘ 𝑢(𝑥). Pela Regra da
Cadeia, 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑔 ′ ((ℎ ∘ 𝑢)(𝑥)).ℎ′ (𝑢(𝑥)).𝑢′ (𝑥). Logo
1
𝑓 ′ (𝑥) = .2 sin(𝑥). cos(𝑥) = 2 cot(𝑥).
sin2 (𝑥)
(b) O ponto dado não pertence ao gráfico de 𝑓 . Por outro lado a equação da reta tangente ao gráfico
de 𝑓 no ponto (𝑥0 , 𝑓 (𝑥0 )) é
𝑦(𝑥) = 𝑓 (𝑥0 ) + 𝑓 ′ (𝑥0 )(𝑥 − 𝑥0 ),
onde 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 2𝑥0 − 3 e 𝑓 (𝑥0 ) = 𝑥20 − 3𝑥0 . O ponto (3, −4) pertence à reta tangente, logo, obtemos:

−4 = 𝑦(3) = 𝑥20 − 3𝑥0 + (2𝑥0 − 3)(3 − 𝑥0 ) = −𝑥20 + 6𝑥0 − 9.

Resolvendo a equação, obtemos: 𝑥0 = 1 ou 𝑥0 = 5. Então, as equações obtidas são

𝑦+𝑥+1=0 e 𝑦 − 7𝑥 + 25 = 0.

(c) Derivando a equação implicitamente:

𝑑𝑦 2𝑦 − 𝑥2
= 2 .
𝑑𝑥 𝑦 − 2𝑥
𝑑𝑦
No ponto (3, 3) temos que = −1, e a equação da reta tangente é 𝑥 + 𝑦 = 6.
𝑑𝑥
Questão 3.(3,0 pontos)
Considere a função definida por 𝑓 (𝑥) = 𝑥1/3 + 2𝑥4/3 . Determine, caso existam:
(a) O domı́nio e a imagem de 𝑓 (𝑥).
(b) As assı́ntotas verticais e horizontais.
(c) Os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente.
(d) Os valores de máximo e mı́nimo locais e/ou absolutos.
(e) Os intervalos de concavidade e os pontos de inflexão.
(f) Use as informações anteriores para fazer um esboço do gráfico de 𝑓 .

Solução.
(a) A função está definida para 𝑥 ∈ IR. Logo veremos que a imagem de 𝑓 (𝑥) é [−3/8, ∞) (ver ı́tem
(d)).
(b) Como o domı́nio de 𝑓 (𝑥) é IR, não existem assı́ntotas verticais. Além disso, como
( )
1
lim 𝑓 (𝑥) = lim 𝑥4/3 +2 = ∞
𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑥
e ( )
1
lim 𝑓 (𝑥) = lim 𝑥4/3 +2 = ∞,
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥
não existem assı́ntotas horizontais.
1 + 8𝑥
(c) Como 𝑓 ′ (𝑥) = 2/3
, Os pontos crı́ticos correspondem aos valores 𝑥 = −1/8 (pois 𝑓 ′ (−1/8) = 0)
3𝑥
e 𝑥 = 0 ( pois 𝑓 ′ (0) não existe).
Estudando o sinal da derivada, note que 𝑥2/3 > 0 para qualquer 𝑥 ∕= 0. Logo
∙ 𝑓 ′ (𝑥) > 0 quando 𝑥 > −1/8 e
∙ 𝑓 ′ (𝑥) < 0 quando 𝑥 < −1/8.
1 1
Assim, a função 𝑓 (𝑥) é crescente quando em (−∞, − ) e é decrescente em (− , ∞).
8 8
( )
1 3
(d) Pelo estudo de sinal da derivada primeira, o ponto − , − é um ponto de mı́nimo local e o
8 8 ( )
1 3
ponto (0, 0) não é ponto nem de máximo nem de mı́nimo local. Logo o ponto − , − é um
8 8
ponto de mı́nimo absoluto. Podemos concluir também que a imagem de 𝑓 é o intervalo [−3/8, ∞).
( )
2 4𝑥 − 1
(e) Como 𝑓 ′′ (𝑥) = , então 𝑓 ′′ (𝑥) = 0 quando 𝑥 = 1/4 e não existe 𝑓 ′′ (0). Logo, os
9 𝑥5/3 ( )
1 3
candidatos a pontos de inflexão são: , √ e (0, 0). Pelo estudo de sinal da derivada segunda:
4 234
∙ 𝑓 ′′ (𝑥) > 0 quando 𝑥 < 0 ou 𝑥 > 1/4
∙ 𝑓 ′′ (𝑥) < 0 quando 0 < 𝑥 < 1/4.
1
Portanto, a concavidade está voltada para cima em (−∞, 0) e ( , ∞) e a concavidade está voltada
( ) 4
1 1 3
para baixo em (0, ). Assim, os pontos (0, 0) e , √ são pontos de inflexão.
4 4 234
(f) Um esboço do gráfico:


3
3/(2 4)

−1
8
𝑥
1/4

−3
8

Questão 4.(1,0 pontos)


Um triângulo isósceles ABC tem o vértice A em (0,0). A base deste triângulo que está situada acima
deste vértice é paralela ao eixo x, e tem os vértices B e C localizados sobre a parábola 𝑦 = 9 − 𝑥2 .
Sabendo que o lado BC aumenta à razão de 2cm/s, determine a taxa de variação da área do triângulo,
no instante em que o lado BC mede 4 cm.

Solução.
Denotando-se 𝐴𝐷 = ℎ(𝑡) e 𝐵𝐶 = 2𝑥(𝑡) , a área do triângulo ABC é escrita como :

2ℎ(𝑡)𝑥(𝑡)
𝑆(𝑡) = = ℎ(𝑡)𝑥(𝑡).
2
𝑦

ℎ(𝑡)
𝐵 𝐶
S(t)

𝑥
−𝑥(𝑡) 𝐴 𝑥(𝑡)

Assim,
𝑆(𝑡) = ℎ(𝑡)𝑥(𝑡) = (9 − 𝑥2 )𝑥(𝑡) ⇒ 𝑆(𝑡) = 9𝑥 − 𝑥3 .
Logo
𝑑𝑆 ′ ′
= 9𝑥 − 3𝑥2 𝑥 .
𝑑𝑡
′ ′ ′
Como (2𝑥(𝑡)) = 2𝑥 = 2𝑐𝑚/𝑠, então 𝑥 (𝑡) = 1𝑐𝑚/𝑠. Sendo 𝐵𝐶 = 4 = 2𝑥(𝑡) ⇒ 𝑥(𝑡) = 2𝑐𝑚. Logo,

𝑑𝑆
= 9 − 12 = −3 𝑐𝑚2 /𝑠.
𝑑𝑡
𝑑𝑆
Assim, como < 0, a área decresce.
𝑑𝑡
Questão 5.(2,0 pontos)
Calcule os seguintes limites.
( )
cos(sin(𝑥)) − cos(𝑥) 1 𝑥
(a) lim (b) lim − .
𝑥→0 𝑥2 𝑥→1 ln 𝑥 (𝑥 − 1)2

Solução.

(a) Temos a indeterminação 0/0. Aplicando a regra de L’Hôspital temos:


[ ]
cos(sin(𝑥)) − cos(𝑥) − sin(sin(𝑥)) cos(𝑥) + sin(𝑥)
lim = lim
𝑥→0 𝑥2 𝑥→0 2𝑥
− sin(sin(𝑥)) cos(𝑥) sin(𝑥)
= lim + lim .
𝑥→0 2𝑥 𝑥→0 2𝑥

sin(𝑥)
Usando o fato que lim = 1, teremos que
𝑥→0 𝑥
[ ]
− sin(sin(𝑥)) cos(𝑥) 1 sin(sin(𝑥)) sin(𝑥) 1
lim = − lim . . cos(𝑥) = − .
𝑥→0 2𝑥 2 𝑥→0 sin(𝑥) 𝑥 2

Logo

cos(sin(𝑥)) − cos(𝑥) 1 1
lim = − + = 0.
𝑥→0 𝑥2 2 2

(b) Este limite é da forma ∞ − ∞. Escrevendo


[ 1 𝑥 ] (𝑥 − 1)2 − 𝑥 ln 𝑥 0
− = = ,
ln 𝑥 (𝑥 − 1)2 (𝑥 − 1)2 ln 𝑥 0

podemos usar L´Hospital. Assim


[ 1 𝑥 ] 2(𝑥 − 1) − 1 − ln 𝑥
lim − = lim = −∞.
𝑥→1 ln 𝑥 (𝑥 − 1)2 𝑥→1 (𝑥 − 1)2 + 2(𝑥 − 1) ln 𝑥
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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Solução da 1 a Prova Unificada de Cálculo I


Engenharia e Engenharia Quı́mica
28/10/2009

1 a Questão: (2.5 pontos)


a)Determine, caso existam, os limites :
i) limx→+∞ (ex − x2 ).
x + |x|(1 + x)
ii) lim f (x) , sendo f(x) uma função contı́nua em x=0 tal que f(0)=3.
x→0 x
b)Seja uma função f : R → R, derivável para todo x ∈ R. Determine os valores de a e
f (x) − a − b(x − 10)
b para que lim = 0.
x→10 x − 10
Solução:
ex ex
a)Considere f (x) = (ex − x2 ) = x2 ( 2
− 1). Vamos analisar o lim ( ).
x x→+∞ x2
Como este limite é da forma ∞∞
, podemos usar L´Hospital e temos:
ex ex
lim ( 2 ) = lim ( ).
x→+∞ x x→+∞ 2x
Usando L‘Hospital uma vez mais,
ex ex
lim ( 2 ) = lim ( ) = ∞.
x→+∞ x x→+∞ 2

Assim, limx→∞ f (x) = ∞.

x + |x|(1 + x)
ii)Considere g(x) = f (x) . Devemos considerar dois casos:
x
x + |x|(1 + x) x + x(1 + x)
•Para x ≥ 0, |x| = x e temos lim+ f (x) = lim+ f (x).
x→0 x x→0 x
Como f(x) é uma função contı́nua em 0,
limx→0+ g(x) = limx→0+ (2 + x)f (x) = 6
x + |x|(1 + x) x − x(1 + x)
•Para x ≤ 0, |x| = −x e lim+ f (x) = lim+ f (x)
x→0 x x→0 x
limx→0+ g(x) = limx→0+ (−x)f (x) = 0

Portanto limx→0+ g(x) 6= limx→0− g(x). Assim, não existe o limx→0 g(x) não existe.

f (x) − a − b(x − 10)


b)Se lim f (x) − a − b(x − 10) 6= 0 o limite lim não existira.
x→10 x→10 x − 10
Portanto, devemos ter lim f (x) − a − b(x − 10) = 0 ⇒ a = f (10) pois f(x) é contı́nua.
x→10
f (x) − f (10)
Como f é uma função diferenciável em x=10, lim − f 0 (10) = 0 ⇒ b =
x→10 x − 10
f 0 (10).
2 a Questão: (2.5 pontos)

a)Considere a função f : R → R definida por f (x) = arctan 5 + x4 . Calcule f 0 (x).
x y
b)Determine o valor de y 0 (x) no ponto P=(1,1), sabendo que 3 ln + 5 = 5.
y x
c)Sejam A e B os pontos em que o gráfico de f (x) = x2 −αx com α ∈ R intercepta o eixo x.
Determine α para que as retas tangentes ao gráfico de f, em A e em B, sejam perpendiculares.

Solução:

√ √
a)f ((g(x)) = arctan 5 + x4 onde f (z) = arctan z e g(x) = 5 + x4 . Assim,
1 2x3
f 0 (z) = e g 0
(x) = √ .
1 + z2 5 + x4
2x3
Portanto, f 0 (x) = √ .
(6 + x4 ) 5 + x4
 x y 0
b) 3 ln + 5 = 0.
y x
y y − xy 0
   y0x − y 
3 +5 = 0. Como y(1)=1 temos :
x y2 x2
3(1-y’)+5(y’-1)=0 V 2y 0 = 2 V y 0 (1) = 1.

c)f (x) = x2 − αx ⇔ x(x − α) = 0 ⇔ x = 0 ou x = α.


Assim, o gráfico de f intercepta o eixo x nos pontos A=(0,0) e B=(α, 0). Como f’(x) = 2x − α,
temos que f’(0)=−α e f 0 (α) = α.
Para que as retas tangentes ao gráfico de f, em A e em B, sejam perpendiculares, devemos
ter f’(0)f 0 (α)= -1 , ou seja, (−α)α = −1
Portanto, (α)2 = 1 e α = ±1.

3 a Questão: (2.0 pontos)


Considere um triângulo retângulo ABC no plano xy de forma que seu ângulo reto esteja
no vértice B, tenha um vértice fixo A no ponto (0,0), e o terceiro vértice C sobre o arco de
7
parábola y = 1 + x2 , com x ≥ 0. O ponto B parte de (0,1) no instante t=0, movendo-
36
se com velocidade constante e igual a 2cm/s ao longo do eixo y em seu sentido positivo.
7
Determine com que rapidez a área do triângulo ABC aumenta quando t = s.
2
Solução:
A área do triângulo ABC é dada por S= 12 xy , onde y = 1 + 367 2
x . Derivando a área S
dS 1 dx
 dy 
em relação a t (tempo), segue = y+x .
dt 2 dt dt
dy 7  dx  dx 36
Como = 2 temos 2 = 2x ⇒ = .
dt 36 dt dt 7x
7 7
Como y=1+2t, para t= temos y=8. De 8=1+ x2 , segue que x=6, pois x ≥ 0.
2 36
dS
Substituindo os valores de x e y na expressão de obtemos;
dt
dS 1 dx
  1 6
 66
= y + 2x = 8 + 12 = cm2 /s.
dt 2 dt 2 7 7
4 a Questão: (3.0 pontos)
2
Considere a função f (x) = x2 e( x ) . Determine
a)O domı́nio e a imagem da função f(x).
b)As assı́ntotas horizontais e verticais, caso existam.
c)Os intervalos onde a função f(x) cresce e onde decresce, e os pontos de máximo e de
mı́nimo relativos, caso existam.
d)Os intervalos onde o gráfico da função f(x) é côncavo para cima e onde é côncavo para
baixo, e os pontos de inflexão caso existam.
e)Faça um esboço do gráfico da função f(x).
f) Determine o máximo e mı́nimo absoluto, caso existam.

Solução:

a)Domı́nio de f : R − {0}. Imagem de f : (0, +∞) .

2 g(x) 2 1
b)limx→0+ x2 e( x ) é da forma 0.∞. Fazendo f(x)= onde g(x)=e( x ) e h(x)= o
h(x) x2
g(x)
limx→0+ é agora da forma ∞∞
, e podemos aplicar L´Hospital tantas vezes quanto
h(x)
for necessário.
g(x) g”(x)
Assim, limx→0+ = limx→0+ , isto é:
h(x) h”(x)
2 2
limx→0+ x2 e( x ) = limx→0+ 2e( x ) = +∞.
2
A reta x=0 é uma assı́ntota horizontal e limx→0− x2 e( x ) = 0.

2
c)f 0 (x) = 2e( x ) (x − 1) , e f 0 (x) = 0 ⇐⇒ x = 0.
Para x ∈ (−∞, 0) ∪ (0, 1) temos que f’(x)= 0 , logo f é decrescente.
Para x > 1 temos que f 0 (x) > 0, logo f é crescente. Como f’(1)= 0 temos que x=1 é
ponto de mı́nimo relativo para f(x) e f(1)=e2 .
 
0 ( x2 ) ( x2 ) 4 4
d)Sendo f (x) = 2e (x − 1) , temos que f ”(x) = e 2 − x + x2 .
2
 4 4  2x − 4x + 4
Como 2 + 2 − = > 0 vemos que f ”(x) > 0, ∀x ∈ R − {0}.
x x x2
Portanto, como não existem pontos de inflexão, o gráfico de f(x) é côncavo para cima.
e) Gráfico de f(x).
f)A função f(x) não possui extremos absolutos.
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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resolução da 1 a Prova Unificada de Cálculo I


Engenharia e Engenharia Quı́mica

1 a Questão: (2,0 pontos)


[tan(x)sec(x)](5 + cos(x)) − [sec(x)(−sin(x))]
a)f 0 (x) =
(5 + cos(x))2
5sin(x) 2sin(x) sec(x)tan(x)
f 0 (x) = 2 2
+ 2
= 5 +
(cos(x)) (5 + cos(x)) cos(x)(5 + cos(x)) (5 + cos(x))2
tan(x)
2 .
(5 + cos(x))2

b)A função composta h(x) é escrita como h(x) = ln(2x)(2x) = 2x ln(2x).


Assim,
h0 (x) = 2 (1 + ln(2x)).
O coeficiente angular da reta y = 4 x é 4. Logo, h0 (x) = 2 (1 + ln(2x)) = 4
e temos :
ln(2x) = 1.
e e e
Portanto, x = e h( ) = 2 ln(e) = e.
2 2 2
e
Desta forma, a reta que passa pelo ponto ( , e) e tem coeficente angular 4
2
é dada por :
e
y − e = 4(x − ).
2

2 a Questão: (2,0 pontos)


3x 2 (1) 1
a) Este limite é da forma ∞0 . Como e ln (e +x ) x = (e3x + x2 )( x ) , deve-
1
lim ln (e3x + x2 )( x )
mos calcular e x→∞ .
1 ln(e3x + x2 ) ∞
O limite lim ln (e3x + x2 )( x ) = lim é da forma e
x→∞ x→∞ x ∞
podenos usar L´Hospital.
ln(e3x + x2 ) 3e3x + 2x
lim = lim 3x = 3
x→∞ x x→∞ e + x2
1
Assim, lim (e3x + x2 )( x ) = e3
x→∞
2 a Questão:
√ 2
√ √
 
4x + x + 1 + Ax
b) lim ( 4x2 + x + 1−Ax) = lim ( 4x2 + x + 1−Ax) √
x→∞ x→∞ 4x2 + x + 1 + Ax
√ 2
(4 − A )x + 1 + (1/x)
lim ( 4x2 + x + 1 − Ax) = lim p
x→∞ x→∞ A + 4 + (1/x) + (1/x)2
Para que o limite acima seja finito, devemos ter A2 = 4 ; caso contrário este
limite não existiria. √
Assim A = ± 2. Porém se A= - 2, claramente o limite lim ( 4x2 + x + 1 − Ax)
x→∞
não existe. Portanto, A = 2.
√ 1
Para este valor de A temos limx→∞ ( 4x2 + x + 1 − 4x) =
4

3 a Questão: (1,5 pontos)


a)Derivando implicitamente a equação y 3 + y = x temos : 3y 2 y 0 + y 0 = 1 .
1
Portanto, y 0 = 2 .
3y + 1
Assim, y 0 = g 0 (x) > 0, o que nos diz ser g(x) uma função estritamente cres-
cente e portanto um a um.
b)Pelo item a), a inclinação da reta normal ao gráfico de g no ponto (10,2)
1
é : − 0 = −13.
g (10)
Uma equação dessa reta é dada por y = 2 − 13(x − 10).

4 a Questão: (1,5 pontos)


y
Da figura ao lado temos que tan(φ) = . Como todas
x
as variáveis que aparecem nesta relação dependem do
tempo t, derivando implicitamente em relação a t temos:
d(φ) xdy/dt − ydx/dt
sec2 (φ) = . Assim,
dt x2

d(φ) xdy/dt − ydx/dt


= .
dt x2 sec2 (φ)
244
Como, sec2 (φ) = 1 + tan2 (φ) temos que sec2 (φ) = .
100
Usando os dados do problema obtemos :
d(φ) 10(−2) − 12(1) 8
= = − cm/min.
dt 244 61
5 a Questão: (3 pontos)

1. Df = R. A Imagem de f é (− ∞, 1].
Não esite assı́ntota vertical.
Assı́ntota horizontal :
x ∞
O lim x−1 é da forma de maneira que podemos
x→ +∞ e ∞
1
usar L´Hospital, obtendo lim x−1 = 0
x→∞ e
x
O lim x−1 é da forma (− ∞)∞. Portanto, não existe
x→ −∞ e
limite quando x tende a − ∞.

1−x
2.De f 0 (x) = temos:
e(x−1)
f 0 (1) = 0.
f 0 (x > 0 quando x < 1. Função crescente.
f 0 (x < 0 quando x > 1. Função decrescente.
x−2
3.Derivando f 0 (x) obtemos : f 00 (x) = (x−1) . Portanto, como f 00 (1) =
e
−1 < 0 temos que x=1 é ponto de máximo local.
4.Do item anterior, temos que :
f 00 (2) = 0
f 00 (x) > 0 se x > 2 . Função côncava para cima.
f 00 (x) < 0 se x < 2 . Função côncava para baixo.
2

Assim, o ponto (2, e ) é ponto de inflexão da função.
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Departamento de Métodos Matemáticos

Gabarito da 1a Prova Unificada de Cálculo I


Engenharia e Matemática
03/10/2008

1a Questão: (2 pontos)
Seja y = f (x) uma função derivável definida implicitamente pela equação
59 √ 2
x2 y + 16y 4 − 2x + = x +3,
16
¡ 1¢
próximo do
¡ ponto
¢ 1, 4 . Determine o ângulo que a reta tangente ao gráfico de y = f (x)
1
no ponto 1, 4 , faz com o eixo x.
Solução
Derivando em relação a x, temos:
dy dy 2x
2xy + x2 + 64 y 3 −2= √ .
dx dx 2 x2 + 3
dy
Substituindo (x, y) = (1, 14 ), temos: = 1.
dx
Portanto, o ângulo que a reta tangente faz com o eixo x é π/4.

2a Questão: (2 pontos)
Determine os valores de a e de b para que a função f : IR → IR definida abaixo seja
contı́nua em IR. Justifique sua resposta.

 (cosh x + ax)(b/x) se x > 0 ;
f (x) = e se x = 0 ;

ax + b se x < 0 .
µ ¶
ex + e−x
lembramos que cosh x =
2
Solução
Para f (x) ser contı́nua em x = 0, lim+ f (x) = lim− f (x) = f (0).
x→0 x→0
Como e = f (0) = lim− f (x) = lim− (ax + b) = b, temos b = e.
x→0 x→0
Quando vamos calcular o limite lateral lim+ f (x), encontramos uma indeterminação do
x→0
tipo 1∞ . Mas:
b ln (cosh x + ax)
lim+ f (x) = lim+ eg(x) = elimx→0+ g(x) , onde g(x) = .
x→0 x→0 x
Quando vamos calcular o limite lateral lim+ g(x), encontramos uma indeterminação do
x→0
tipo 0/0 e podemos aplicar L’Hospital:

b ln (cosh x + ax) b ( senh x + a)


lim+ g(x) = lim+ = lim+ = ba.
x→0 x→0 x x→0 cosh x + ax
Portanto, lim+ f (x) = eba = f (0) = e, o que implica ba = 1. Temos assim, a = 1e .
x→0

3a Questão: (3 pontos)
ln x
Considere a função definida por f (x) = . Determine, caso existam:
x
1. O domı́nio e a imagem de f (x);
2. As assı́ntotas verticais e horizontais;
3. Os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente;
4. Os valores de máximo e mı́nimo locais e/ou absolutos;
5. Os intervalos de concavidade e os pontos de inflexão;

Use as informações anteriores para fazer um esboço do gráfico de f .


Solução
1. A função está definida para x > 0.
1 ln x
2. Como lim+ ln x = −∞ e lim+ = ∞, lim+ = −∞ e y = 0 é uma assı́ntota
x→0 x→0 x x→0 x
vertical.
1
1 ln x
Como lim ln x = ∞ e lim = ∞, por L’hospital, lim = lim x = 0 e x = 0 é
x→∞ x→∞ x x→∞ x x→∞ 1
uma assı́ntota horizontal.
1 − ln x 0
3. Como f 0 (x) = 2
, f (x) = 0 quando x = e, f 0 (x) > 0 quando 0 < x < e e
x
f 0 (x) < 0 quando x > e.
A função f (x) é crescente quando 0 < x < e e é decrescente quando x > e.

4. Portanto, o ponto (e, f (e)) = (e, 1e ) é um ponto de máximo local.


A função não possui mı́nimo local nem mı́nimo absoluto. O ponto (e, f (e)) = (e, 1e ) é um
ponto de máximo absoluto.

1. A imagem de f (x) é (−∞, 1e ).

x[−3 + 2 ln x] 00
5. Como f 00 (x) = 4
, f (x) = 0 quando x = e3/2 , f 00 (x) > 0 quando x > e3/2 e
x
f 00 (x) < 0 quando 0 < x < e3/2 .
A concavidade está voltada para cima quando x > e3/2 e a concavidade está voltada para
baixo quando 0 < x < e3/2 .
Portanto o ponto (e3/2 , 32 e−3/2 ) é um ponto de inflexão.

Um esboço do gráfico pode ser visto com seu professor.

4a Questão: (2 pontos)
Um cilindro circular reto está inscrito em uma esfera. Se o raio da esfera cresce a uma
taxa de 2 cm/s e a altura do cilindro decresce a uma taxa de 1 cm/s, com que razão
está variando a área lateral do cilindro no momento em que o raio da esfera é 10 cm e
a altura do cilindro 16 cm? A área lateral do cilindro está aumentando ou diminuindo?
Solução
Sejam r e h o raio e a altura do cilindro circular reto. Seja R o raio da esfera. Sabemos
dR dh
que: =2e = −1.
dt dt
A área lateral do cilindro é dada pela fórmula A = 2πrh. Logo:
dA dr dh dr
= 2π h + 2πr = 32π − 2πr.
dt dt dt dt
dr
Basta calcularmos r e no instante do problema.
dt

2
µ ¶2
2 h
Por Pitágoras, r + = R2 . Logo, r = 6.
2
dR dr 2h dh dr
Derivando com relação a t: 2R = 2r + , o que nos dá que = 4.
dt dt 4 dt dt
dA
Logo = 116π.
dt
A área do cilindro está aumentando à razão de 116π cm2 /s.

5a Questão: (1 ponto)
π
Seja f (x) = 2x + arcsen x − .
2
1. Mostre, usando o Teorema do Valor Intermediário, que existe um número c tal
que f (c) = 0.
2. Mostre que existe no máximo um número c tal que f (c) = 0.

Solução
1. Como f (0) = − π2 < 0, f (1) = 2 > 0 e a função f (x) é contı́nua em seu domı́nio [−1, 1],
segue pelo teorema do valor intermediário que existe c ∈ (0, 1) tal que f (c) = 0.
1
2. Como f 0 (x) = 2 + √ > 0, a função é estritamente crescente em (−1, 1) e só pode
1 − x2
ter um zero.

3
P2
Instituto de Matemática - IM/UFRJ
Gabarito da Segunda Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química -

Questão 1: (2.0 pontos)


Calcule as seguintes integrais indefinidas:
Z
1
(a) dx
1 + ex
Z
ln x
(b) dx
x5

(a) Primeira resolução:


Considere a variável u = 1 + ex . Note que du = ex dx = (u − 1)dx. Assim, reescrevendo a
integral em relação à nova variável u, obtemos
Z
1 Z
1
x
dx = du.
1+e u(u − 1)

Agora, usando o método de frações parciais, escrevemos:

1 A B A(u − 1) + Bu
= + = .
u(u − 1) u u−1 u(u − 1)

Portanto,
(A + B)u − A = 1,
de onde obtemos A = −1 e B = 1. Assim,

1 1 1
Z Z  
du = − + du = − ln |u| + ln |u − 1| + c
u(u − 1) u u−1
u − 1 ex
 
= ln + c = ln + c.
u 1 + ex

Segunda resolução:
Multiplicando o numerador e o denominador do integrando por e−x e reescrevendo a integral
em relação à variável u = e−x +1, obtemos
Z
1 Z
e−x Z
1
x
dx = −x
dx = − du = − ln |u| + c
1+e e +1 u
1 ex
   
−x
= − ln(e +1) + c = ln −x + c = ln + c, c ∈ R.
e +1 1 + ex
1
(b) Considerando variáveis u e v tais que u = ln x e dv = x5
dx, obtemos, pelo método de
integração por partes, que
Z
ln x ln x 1 Z 1 ln x 1
5
dx = − 4
+ 5
dx = − 4 − + c, c ∈ R.
x 4x 4 x 4x 16x4

Questão 2: (3.0 pontos)


Deseja-se construir uma calha a partir de uma folha de zinco de 60 cm de largura, dobrando-a
conforme a ilustração abaixo. Qual deve ser o ângulo θ da dobra, se o objetivo é maximizar o volume
de água que a calha poderá comportar?

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Gabarito da Segunda Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química - (continuação)

θ θ
20 20 20cm folha dobrada
folha aberta e cheia de água

Solução:
Denotando por l o comprimento da folha, o volume é dado por
área da seção trapezoidal
z }| {
média das bases
z }| { altura comp.
20 cm + (20 + 2 · 20 cos θ) cm z }| { z}|{
V (θ) = (20 sin θ cm) l
2
= 400(1 + cosθ)sinθ cm2 l. (1)

O ângulo desejado é dado por,


θ = arg min V (θ).
θ∈[0,2π/3]

O limite superior de 2π/3 ocorre quando o trapézio se degenera formando um triângulo equilátero
(ângulos maiores não são fisicamente possíveis). Como trata-se de uma função contínua definida
em um intervalo fechado e limitado, sabemos que existe um máximo absoluto que será um ponto
crítico ou um extremo do intervalo.
Pontos críticos:
V 0 (θ) = 0 ⇒ − sin2 θ + cosθ(1 + cos θ) = 0.
Como sin2 θ = 1 − cos2 θ,

2 cos2 θ + cosθ − 1 = 2(cos θ + 1)(cos θ − 1/2) = 0.

Como cos θ = −1 não tem solução no intervalo de busca, cos θ = 1/2 nos dá o único ponto
crítico, θ = π/3.

V (0) = 0 (extremo do intervalo)



V (π/3) = 300 3 cm2 l (pto. crítico)

V (2π/3) = 100 3 cm2 l (extremo do intervalo)

O volume é maximo quando θ = π/3.

Observação sobre a pontuação: modelar a função V , derivar, igualar a zero e fazer as contas
para encontrar que π/3 é o único ponto crítico do intervalo de interesse vale 2,5 dos 3,0 pontos.
Os 0,5 restantes são para a discussão da maximalidade de V (π/3).

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Gabarito da Segunda Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química - (continuação)

Questão 3: (2.5 pontos)


Seja C o círculo centrado em (1, 1) e de raio 1 e seja R a região compreendida entre C e os eixos
coordenados, como na figura abaixo:

Determine:
(a) a área da região R;
(b) o volume do sólido de revolução obtido pela rotação de R em torno do eixo x.

Solução:

(a) Primeira resolução:


Considere o quadrado

Q = {(x, y) ∈ R2 | 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 1}.

Note que a área da região R é dada por

Área(R) = Área(Q) − Área(Q ∩ C).

Como
Área(C) π · 12 π
Área(Q ∩ C) = = = ,
4 4 4
temos então
π
Área(R) = 1 − .
4
Segunda resolução: A equação da curva de contorno do círculo C, isto é, da circunferência
de centro (1, 1) e raio 1, é dada por

(x − 1)2 + (y − 1)2 = 1.

Isolando a variável y na equação acima, obtemos:


q
y =1± 1 − (x − 1)2 .

Mas se 0 ≤ y ≤ 1, então q
y =1− 1 − (x − 1)2 .
q
Note que R é a região limitada pela curva y = 1 − 1 − (x − 1)2 e pelos eixos x e y.
Portanto,
Z 1 q Z 1q
Área(R) = (1 − 1 − (x − 1)2 )dx =1− 1 − (x − 1)2 dx.
0 0

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Gabarito da Segunda Prova Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química - (continuação)

Considerando uma nova variável θ tal que x − 1 = sen θ, reescrevemos:


Z 0 √ Z 0
Área(R) = 1 − 1− sen2 θ cos θdθ = 1 − cos2 θdθ
−π/2 −π/2
" #0
1Z 0 1 sen(2θ) π
=1− (1 + cos(2θ))dθ = 1 − θ+ =1− .
2 −π/2 2 2 −π/2
4
q
(b) Sabemos que R é a região limitada pela curva y = 1 − 1 − (x − 1)2 e pelos eixos x e y.
Assim, pelo método das seções transversais, o volume V do sólido de revolução gerado pela
rotação de R em torno do eixo x será dado por
Z 1 q Z 1 q
V = π(1 − 1 − (x − 1)2 )2 dx =π (1 + 2x − x2 − 2 1 − (x − 1)2 )dx =
0 0
3 1
" #
x Z 0
1 π 5π π 2
 
2 2
π x+x − − 2π cos θdθ = π 1 + 1 − − 2π · = − ,
3 0 −π/2 3 4 3 2

onde na segunda linha utilizamos a mesma mudança de variáveis do item anterior.

Questão 4: (2.5 pontos)


Considere a função

1 Z 2x √ 2t
f (x) = e +2 et dt.
2 0
(a) Calcule f 0 (x).
(b) Determine o comprimento de arco da curva y = f (x), x ∈ [1, 2].

(a) Pela regra da cadeia, temos que


1 √ 2·2x √
f 0 (x) = e +2 e2x · (2x)0 = e4x +2 e2x .
2

(b) O comprimento de arco L da curva y = f (x), x ∈ [1, 2], é dado por


Z 2q Z 2√ Z 2q
L= 1 + (f 0 (x))2 dx = 1 + e4x +2 e2x dx = (e2x +1)2 dx
1 1 1
" #2 ! !
Z 2
2x e2x 4
e e2 e4 − e2
= (e +1)dx = +x = +2 − +1 = + 1.
1 2 1
2 2 2

Página 4 de 4 Boa prova!


M Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Segunda Prova Unificada de Cálculo 1 - 2013/2


Engenharia e Engenharia Quı́mica
26/11/2013

1a Questão: (2,0 pts) Calcule as integrais abaixo:


∫ ∫ 2
(1a) 2
x sin(x) dx, (1b) (x + 3)(x − 1)25 dx
1

x2 + 3 2x
∫ ∫
(1c) dx, (1d) √ dx.
x4 − 1 1 + x4

2a Questão: (2,0 pts) Considere a região R do plano xy delimitada pela curva de quação y = x3 −x4
e pela reta y = 0 (eixo x).
(a) Calcule o volume do sólido gerado pela rotação de R em torno da reta y = 0 (eixo x);
(b) Escreva uma integral que corresponda ao volume do sólido gerado pela rotação de R em torno
da reta x = 2. Não precisa calcular a integral.

3a Questão: (2,0 pts) Calcule o comprimento de arco da curva y = ln(sec(θ)) entre os pontos
θ = 0 e θ = π/3.

4a Questão: (2,0 pts) Considere as funções:

1 − x2 , se x ≤ 0 3x2 , se x ≤ 0
{ {
f (x) = −x e g(x) =
e , se x > 0 0, se x > 0

e seja R a região ilimitada definida por R = (x, y) ∈ R2 ; g(x) ≤ y ≤ f (x) .


{ }

(a) Faça um esboço de R;


(b) Calcule a área de R.

5a Questão: (2,0 pts) Sejam f e g funções contı́nuas tais que:


∫ 1 ∫ 1 ∫ 0
f (x) dx = 3, g(x) dx = 2 e f (x) dx = 5.
−2 −2 −2

(a) Calcule
∫ 1 [ ]
∫ 1
f (x) + 3g(x) dx e f (x) dx.
−2 0

(b) Calcule G(1) e G′ (x), sendo G definida por


∫ x2
G(x) = f (t) dt.
0
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DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Gabarito da Segunda Prova Unificada de Cálculo 1 - 2013/2


Engenharia e Engenharia Quı́mica
26/11/2013

1a Questão: (2,0 pts) Calcule as integrais abaixo:


∫ ∫ 2
(1a) 2
x sin(x) dx, (1b) (x + 3)(x − 1)25 dx
1

x2 + 3 2x
∫ ∫
(1c) dx, (1d) √ dx.
x4 − 1 1 + x4

Solução: (1a) Considerando f (x) = x2 e g ′ (x) = sen(x), obtemos da integração por partes:
∫ ∫
x sin(x) dx = −x cos(x) +
2 2
2x cos(x) dx.

Repetindo o argumento com f (x) = 2x e g ′ (x) = cos(x), obtemos


∫ ∫
2x cos(x) dx = 2x sen(x) − 2 sen(x) dx = 2x sen(x) + 2 cos(x) + C.

Portanto, ∫
x2 sin(x) dx = −x2 cos(x) + 2x sen(x) + 2 cos(x) + C.

(1b) Fazendo a substituição u = x − 1, obtemos x = u + 1 e dx = du. Logo


∫ 2 ∫ 1 ∫ 1
(x + 3)(x − 1) 25
dx = 25
(u + 4)u du = (u26 + 4u25 ) du
1 0 0
u27 u26 ]1 1 2 67
= +4 = + = .
27 26 0 27 13 351

(1c) A equação x4 − 1 = 0 possui duas raı́zes reais, x = 1 e x = −1, e duas raı́zes imaginárias.
Logo, temos a fatoração x4 − 1 = (x − 1)(x + 1)(x2 + 1).
Pelo método das frações parciais, existem constantes reais A, B, C e D tais que

x2 + 3 A B Cx + D
= + + 2 .
x −1
4 x−1 x+1 x +1

Efetuando a soma na identidade acima, obtemos

x2 + 3 (A + B + C)x3 + (A − B + D)x2 + (A + B − C)x + (A − B − D)


= .
x4 − 1 x4 − 1
Identificando os numeradores, obtemos o sistema
A+B+C = 0 (i)



A − B + D

= 1 (ii)



 A+B−C = 0 (iii)

A−B−D = 3 (iv)

Observe que (i) − (iii) ⇒ C = 0 e (ii) − (iv) ⇒ D = −1. Então


{
A+B =0
A−B =2

de onde se deduz que A = 1 e B = −1. Então,


x2 + 3 1 1 1
= − − 2
x −1
4 x−1 x+1 x +1
e
x2 + 3 x − 1

dx = ln
− arctan(x) + C.
x4 − 1 x + 1
(1d) Fazendo inicialmente a substituição u = x2 , obtemos
2x
∫ ∫
du
√ dx = √ .
1 + x4 1 + u2

Agora, fazenso a substituição trigonométrica u = tan(θ), obtemos,



du = sec2 (θ) e 1 + u2 = sec(θ).

Então,
2x
∫ ∫ ∫
du
√ dx = √ = sec(θ) dθ
1 + x4 1 + u2

= ln | tan(θ) + sec(θ)| + C = ln x2 + 1 + x4 + C.
( )

2a Questão: (2,0 pts) Considere a região R do plano xy delimitada pela curva de quação y = x3 −x4
e pela reta y = 0 (eixo x).
(a) Calcule o volume do sólido gerado pela rotação de R em torno da reta y = 0 (eixo x);
(b) Escreva uma integral que corresponda ao volume do sólido gerado pela rotação de R em torno
da reta x = 2. Não precisa calcular a integral.

Solução: (a) Pelo método dos discos:


∫ 1 ∫ 1
V = π(x − x ) dx = π
3 4 2
(x6 − 2x7 + x8 ) dx
0 0
7 8 9 1
[ ] ( )
x x x 1 1 1 π
=π − + =π − + = .
7 4 9 0 7 4 9 252
(b) Pelo método das cascas cilı́ndricas:
∫ 1
V = 2π(2 − x)(x3 − x4 ) dx
0

3a Questão: (2,0 pts) Calcule o comprimento de arco da curva y = ln(sec(θ)) entre os pontos
θ = 0 e θ = π/3.
( )
Solução: Se y = ln sec(θ) , então
du
= tan(θ).
dx
Logo, o comprimento da curva é:
∫ π/3 √ ∫ π/3 [ ]π/3 √
2
l= 1 + tan (θ) dθ = sec(θ) dθ = ln tan(θ) + sec(θ) 0 = ln( 3 + 2).
0 0

4a Questão: (2,0 pts) Considere as funções:

1 − x2 , se x ≤ 0 3x2 , se x ≤ 0
{ {
f (x) = e g(x) =
e−x , se x > 0 0, se x > 0

e seja R a região ilimitada definida por R = (x, y) ∈ R2 ; g(x) ≤ y ≤ f (x) .


{ }

(a) Faça um esboço de R;


(b) Calcule a área de R.

Solução: (a)

-1 -1/2

(b)
∫ 0 ∫ ∞
A= (1 − 4x ) dx +
2
e−x dx.
−1/2 0
Calculando as integrais:

0 ]0
4x3
[
1 1 1

(1 − 4x ) dx = x − 2
= − = .
−1/2 3 −1/2 2 6 3

∫ ∞ ∫ b [
−x
e−x dx = lim 1 − e−b = 1.
]
e dx = lim
0 b→+∞ 0 b→+∞

Logo A = 4/3.

5a Questão: (2,0 pts) Sejam f e g funções contı́nuas em R tais que:


∫ 1 ∫ 1 ∫ 0
f (x) dx = 3, g(x) dx = 2 e f (x) dx = 5.
−2 −2 −2

(a) Calcule
∫ 1 [ ]
∫ 1
f (x) + 3g(x) dx e f (x) dx.
−2 0

(b) Calcule G(1) e G′ (x), sendo G definida por


∫ x2
G(x) = f (t) dt.
0

Solução: (a) Pela propriedade linear da integral, temos


∫ 1 ∫ 1 ∫ 1
g(x) dx = 3 + 3 × 2 = 9.
[ ]
f (x) + 3g(x) dx = f (x) dx + 3
−2 −2 −2

Além disso, como ∫ 1 ∫ 0 ∫ 1


f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx,
−2 −2 0

obtemos ∫ 1 ∫ 1 ∫ 0
f (x) dx = f (x) dx − f (x) dx = 3 − 5 = −2.
0 −2 −2
∫1
(b) Pelo item (a), é claro que G(1) = 0 f (t) dt = −2.
Sabemos do Teorema Fundamental do Cálculo que F definida por
∫ x
F (x) = f (t) dt
0

é uma primitiva de f , isto é, F ′ (x) = f (x), para todo x ∈ R. Então, como G(x) = F (x2 ), segue da
Regra da Cadeia que
G′ (x) = F ′ (x2 ) × 2x = 2xf (x2 ).
 
Instituto de Matemática - IM/UFRJ
Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118
Gabarito segunda prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 09/07/2013

Questão 1: (2 pontos)
As margens de cima e de baixo de um pôster têm 6 cm e as margens laterais medem 4 cm cada. Se
a área do material impresso sobre o pôster estiver fixa em 384 cm2 , encontre as dimensões do pôster
com a menor área. Justifique.

Solução:
Sejam x cm a largura (medida horizontal) e y cm a altura (medida vertical) do pôster. As
medidas da região impressa são, portanto, (x − 8) cm e (y − 12) cm. Temos, por hipótese,

(x − 8)(y − 12) = 384.

A área do pôster é xy cm2 . Da hipótese segue que


384
y= + 12,
x−8
donde queremos minimizar
384 8 · 384
A(x) = x + 12x ≡ + 12x + 384.
x−8 (x − 8)

Aqui, temos que ter x > 8 e y > 12, logo 8 < x < ∞. Calculemos a derivada de A:
8 · 384
A0 (x) = − + 12, assim A0 (x) = 0 ⇐⇒ x = 24.
(x − 8)2

Ainda, A00 (x) = (x−8)


2·8·384
3 ≥ 0, para x > 8. Portanto o gráfico de z = A(x) tem concavidade para

cima para todo x > 8; em particular x = 24 é ponto de mínimo (pelo Teste da 2a. Derivada) e é
um mínimo global pois:

lim A(x) = +∞, lim A(x) = +∞, e x = 24 é o único ponto crítico.


x→8+ x→+∞

As dimensões requeridas são, portanto, x = 24 cm e y = 36 cm .

Questão 2: (4 pontos)
Calcule as integrais abaixo. Justifique as respostas.
Z Z +∞
ln x
(i) x cos(x2 ) dx . (ii) dx .
1 x2
Z
x−3 Z 2
dx
(iii) dx . (iv) √ √ .
x2 − 6x − 16 2 x x2 − 1
3

Solução:

(i) Usamos a substituição u = x2 que implica du = 2xdx. Portanto,


Z
1Z 1 1
x cos(x2 ) dx = cos(u) du = sen (u) + C = sen (x2 ) + C .
2 2 2

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Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118
Gabarito segunda prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 09/07/2013(continuação)

R A ln x
(ii) Seja A > 1, integramos por partes para calcular 1 x2
dx fazendo u(x) = ln(x) ⇒
u0 (x) = x1 e v(x) = − x1 ⇒ v 0 (x) = x12 :
Z A
ln x ln(x) A Z A 1 ln(x) A 1 A ln A 1

dx = − + dx = − − =1− − .
1 x2 x 1
1 x2 x 1 x1 A A
Agora, usamos a regra de l’Hôpital para calcular
Z +∞
ln x Z A
ln x  ln A 1  1/A 
dx = lim dx = lim 1 − − = 1 − lim = 1.
1 x2 A→+∞ 1 x2 A→+∞ A A A→+∞ −1/A2

x−3
(iii) Decompomos a função racional x2 −6x−16
em frações parciais:

x−3 α β x − 3 1 x − 3 1

= + com α = = eβ= = .
x − 6x − 16
2 x+2 x−8 x − 8 x=−2 2

x + 2 x=8 2

Portanto,
Z
x−3 1Z 1 1Z 1 1 2
dx = dx + dx = ln x − 6x − 16 +C.

x2 − 6x − 16 x−8

2 x+2 2 2

(iv) Usamos a substituição trigonométrica x = sec θ que implica


√ √ π π
dx = tan θ sec θ dθ e x2 − 1 = | tan θ| = tan θ, já que x = sec θ ∈ [ 2, 2] ⇒ θ ∈ [ , ] .
4 3
Portanto,
Z π π π √
Z 2
dx 3 2 1Z 3  1  sen (2θ)  3 π+3 3−6
√ √ = π cos θ dθ = 1+cos(2θ) dθ = θ+ π = .
2 x3 x2 − 1 4
2 π4 2 2 4
24

Questão 3: (2 pontos) √
1 1
Seja D a região situada entre as curvas y = 12 , x = 1, x = 3 e y = x+x3
. Calcule o volume do
sólido S obtido fazendo girar a região D em torno do eixo y.

Solução:
2
1 0 3x +1
Seja f (x) = x+x 3 . Então f tem derivada f (x) = − (x3 +x)2 ≤ 0 para x ≥ 0. Logo f é decrescente
√ √
no intervalo [1, 3]. Como f ( 3) = 4√1 3 > 121 1
, deduzimos que a o gráfico da função f (x) = x+x 3
1
sempre está acima da reta y = 12 . Portanto, usando a fórmula de cálculo de volume por cascas
cilíndricas, obtemos que o volume de S é dado por
Z √3 √ √3 √
1 2π Z 3 π 2 3 π π π π2 − π
2π dx − xdx = 2π arctan(x) − x = 2π( − ) − = .
1 1 + x2 12 1
1 12 1 3 4 6 6

Questão 4: (2 pontos)
(a) Dê o domínio e calcule a derivada da função f , onde
Z √x
et
f (x) = dt.
1 t2 + 1

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Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118
Gabarito segunda prova - Escola Politécnica / Escola de Química - 09/07/2013(continuação)

(b) Calcule o limite Z x


(1 + sent)2013 dt
0
lim .
x→0 3x

Solução:
R √x et √
(a) O domínio de f (x) = 1 t2 +1
dt coincide com o domínio da função g(x) = x, que é
[0, +∞).
t
Uma vez que h(t) = t2e+1 é continua, usando a Regra da Cadeia e o Teroema Fundamental
do Cálculo, obtemos para todo x ≥ 0 que
√ √
d Z x et d Z u et d Z u et du e x
     
0
f (x) = dt = dt = dt = √ ,
dx 1 t2 + 1 dx 1 t2 + 1 du 1 t2 + 1 dx 2 x(x + 1)

onde u = x.

(1 + sent)2013 dt
Z x Rx
2013 0
(b) Como lim (1 + sent) dt = 0, ao tentar resolver o limite lim ,
x→0 0 x→0 3x
encontramos uma indeterminação do tipo 00 . Uma vez que f (t) = (1 + sent)2013 é contínua,
aplicando a Regra de L’Hôspital e o Teorema Fundamental do Cálculo, obtemos que
 
(1 + sent)2013 dt
d Rx
2013
(1 + senx)2013
Rx
0 (1 + sent) dt dx 0 1
lim = lim d = lim = .
x→0 3x x→0
dx
(3x) x→0 3 3

Justifique todas as suas respostas! Apresente seus cálculos.

Duração da prova: duas horas e meia

Página 3 de 3 Boa prova!


 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Instituto de Matemática
SEGUNDA PROVA UNIFICADA – CÁLCULO I
POLITÉCNICA E ENGENHARIA QUÍMICA 19/02/2013.

GABARITO

1a Questão. (3.0 pontos).


Calcule as integrais abaixo.
Z
(a) ex cos(ex ) dx
Z 1
(b) (ln x)2 dx
Z0
(c) cos x cos2 (3x) dx

ln(x3 + 1)
Z
(d) dx
x3
• Solução.

(a) Usando a substituição u = ex , com du = ex dx, obtemos que


Z Z
x x
e cos(e ) dx = cos(u) du
= sen (u) + c = sen (ex ) + c.

(b) Como a integral é imprópria, temos que


Z 1 Z 1
2
(ln x) dx = lim (ln x)2 dx.
0 a→0+ a

Integrando por partes duas vezes, obtemos que


Z 1 h 1 Z 1 
lim (ln x)2 dx = lim x (ln x)2 − 2 ln x dx

a→0+ a a→0+ a a
h 1  Z 1 
2
1
= lim x (ln x) − 2 x ln x a − dx
a→0+ a a
h 1
= lim x (ln x)2 − 2(x ln x − x)

a→0+ a
2

= 2 − lim a (ln a) − 2(a ln a − a)
a→0+

Os limites acima devem ser calculados utilizando a regra de L’Hospital. Temos que
(ln a) 1/a
lim a (ln a) = lim = lim = 0,
a→0+ a→0+ 1/a a→0 −1/a2
+

e
(ln a)2 2(ln a)(1/a)
lim a (ln a)2 = lim = lim = −2 lim a (ln a) = 0.
a→0+ a→0+ 1/a a→0+ −1/a2 a→0+

Portanto, Z 1
(ln x)2 dx = 2.
0
(c) Usando a identidade cos2 (3x) = (1 + cos 6x)/2, obtemos que
Z Z   Z Z 
2 1 + cos(6x) 1
cos x cos (3x) dx = cos x dx = cos x dx + cos x cos(6x) dx
2 2
 Z 
1 1 
= sen x + cos(−5x) + cos(7x) dx
2 2
sen x sen (5x) sen (7x)
= + + + C.
2 20 28

(d) Integrando por partes, temos que

ln(x3 + 1) − ln |x3 + 1| 3
Z Z
1
dx = + dx
x3 2x2 2 x3 +1

Integrando por frações parcias, obtemos que


2−x
Z Z Z
3 1 3 1 3
3
dx = dx + 2
dx
2 x +1 2 3(x + 1) 2 3(x − x + 1)
2−x
Z Z
1 1 1
= dx + dx
2 x+1 2 x2 − x + 1
2x − 1
Z Z
1 1 3 1
= ln |x + 1| + dx − dx
2 2 2(x2 − x + 1) 2 2(x2 − x + 1)
2x − 1
Z Z
1 3 1 1
= ln |x + 1| + 2
dx − 2
dx
2 4 x −x+1 4 x −x+1

Por um lado, fazemos a substituição u = x2 − x + 1, com du = (2x − 1)dx, e obtemos


que
2x − 1
Z Z
du
2
dx = = ln |u| + c = ln |x2 − x + 1| + c
x −x+1 u

Por outro, completando o quadrado e fazendo a substituição v = x − 1/2, com


dv = du, obtemos
Z Z Z
1 1 1
2
dx = 2
dx = 2
dv
x −x+1 (x − 1/2) + 3/4 v + 3/4
   
2 2 2 2x − 1
= √ arctg √ v + c = √ arctg √ +c
3 3 3 3
Portanto,

ln(x3 + 1) − ln |x3 + 1| ln |x + 1|
 
2x − 1
Z
3 1
dx = + + arctg √ − ln |x2 − x + 1| + c.
x3 2x2 2 2 3 4
2a Questão. (2.5 pontos).
Encontre o volume gerado pela rotação da região limitada

R = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ x2 − x3


em torno da reta x = −1.

• Solução.
Se f (x) = x2 − x3 = x2 (1 − x) então f 0 (x) = 2x − 3x2 = x(2 − 3x) e f 00 (x) = 2 − 6x.
Logo, a região que será rotacionada ao redor da reta x = −1 será como na figura:

Observe que o raio da casca cilı́ndrica será 1 + x, circunferência 2π(1 + x) e altura x2 − x3 .


Logo o volume do solido será:
Z 1 Z 1
2 3 4
V = 2π(1 + x)(x − x ) dx = 2π (x2 − x4 ) dx = π.
0 0 15

3a Questão. (2.5 pontos).


Seja x > 0. Considere o triângulo com vértices em A = (0, 8), B = (0, 6) e C = (x, 0).
Ache o valor de x que maximize o ângulo entre AC e BC.

• Solução.
Temos que  
2+6 8
tg (α + θ) = ⇒ α + θ = arctg
x x
 
6 6
tg (α) = ⇒ α = arctg
x x
Logo,
   
8 6
θ(x) = arctg − arctg , para todo x ∈ (0, +∞).
x x
Assim, θ(x) é contı́nua e diferenciável para todo x ∈ (0, +∞). Consequentemente,
   
0 1 8 1 6
θ (x) = − 2 − − 2
1 + (8/x)2 x 1 + (6/x)2 x
   
1 8 1 6
= x2 +82 − 2 − x2 +62 − 2
x x
x2 x2
−8 x2 + 62 + 6 x2 + 82
 
−8 6
= + =
x2 + 8 2 x2 + 6 2 (x2 + 82 ) (x2 + 62 )
2 −x2 + 48

= =0
(x2 + 82 ) (x2 + 62 )

Portanto, √
−x2 + 48 = 0 ⇒ x = 4 3, pois x > 0.

Analisando o sinal de θ0 , obtemos que


√ √
θ0 (x) > 0, para 0 < x < 4/ 3, e θ0 (x) < 0, para x > 4/ 3.

Além disso,
π π
lim θ(x) = − =0 e lim θ(x) = 0.
x→0+ 2 2 x→∞

Logo, o ângulo entre AC e BC atinge seu máximo absoluto quando x = 4/ 3.

4a Questão. (2.0 pontos).


Considere a região infinita R limitada pela curva
2
e−x
y= 2 , −∞ < x < ∞,
(x + 1)2

e pelo eixo x. Escreva uma integral que represente a área de R e determine, sem calcular
a integral, se essa região tem a área finita ou infinita. Justifique sua resposta.

• Solução. A integral
2
+∞
e−x dx
Z

−∞ (x2 + 1)2
representa a área de R.
2
e−x
Como a função f (x) = é par, temos que
(x2 + 1)2
2 2
+∞
e−x dx +∞
e−x
Z Z
=2 dx.
−∞ (x2 + 1)2 0 (x2 + 1)2
Para analisar a convergência, escrevemos
2 2 2
+∞
e−x 1
e−x +∞
e−x
Z Z Z
dx = dx + dx.
0 (x2 + 1)2 0 (x2 + 1)2 1 (x2 + 1)2

Na primeira integral temos que


2
e−x
≤ 1, para todo 0 ≤ x ≤ 1,
(x2 + 1)2

e na segunda usamos o fato que


2
e−x 1
≤ 4, para todo x ≥ 1.
(x + 1)2
2 x

Logo, como a função 


 1,
 0≤x≤1
f (x) =
 1 , x ≥ 1,

x4
é integrável, segue do teorema de comparação que
2
+∞
e−x
Z
dx < ∞.
0 (x2 + 1)2
 
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Instituto de Matemática - Departamento de Métodos Matemáticos

SEGUNDA PROVA UNIFICADA de CÁLCULO I – 19/06/2012


Escola Politécnica e Escola de Quı́mica

Questão 1. Seja ` uma reta passando pelo ponto (1, 1) com inclinação negativa. Dentre todos os
triângulos retângulos ABC obtidos tomando A = (0, 0) e BC a interseção da reta ` com o primeiro
quadrante, encontre as dimensões do que possui a menor hipotenusa.

Resolução. Sejam (x, 0) e (0, y) os interceptos da reta ` com os eixo-x e eixo-y, respectivamente.
1
Seja m o coeficiente angular da reta `. Como ` passa pelos pontos (x, 0) e (1, 1), temos que m = 1−x .
y
No outro lado, como ` passa pelos pontos (x, 0) e (0, y), temos que m = −x . Logo, temos a seguinte
relação:
x
y= .
x−1
Queremos minimizar o comprimento da hipotenusa:
r
p x 2
h = x + y = x2 + (
2 2 ) , com x ∈ (1, ∞)
x−1
Derivando h em relação à x obtemos:
  x 2 − 21  1 
0 2
h = x + x 1− .
x−1 (x − 1)3

Assim, os pontos crı́ticos de h são x = 1 ou x = 2. Estudando o sinal de h0 , vemos que h0 (x) < 0
para x ∈ (1, 2) e h0 (x) > 0 para x ∈ (2, ∞). Logo, pelo teste da derivada primeira, temos que
h possui um mı́nimo absoluto em x = 2. Assim, as dimensões do triângulo com a hipotenusa de
menor dimensão são √
x = 2, y = 2 e h = 2 2.

Questão 2.
Seja R a região limitada entre y = x2 − x e o eixo-x. Encontre a equação da reta que passa pela
origem e que divide R em duas subregiões com áreas iguais.

Resolução 1.

A área total entre a parábola y = x − x2 e o eixo-x é dada por:

1 2 1 3 1 1
Z 1  
(x − x2 ) dx = x − x =
0 2 3 0 6

Seja m a inclinação da reta. Então a área entre a parábola e a reta é dada por
Z b
(x − x2 ) − mx dx
 
0
onde b é a coordenada no eixo-x do ponto de interseção entre a reta e a parábola. O ponto de
interseção é obtido resolvendo a seguinte equação:

x − x2 = mx
(1 − x)x = mx
1−x=m
x=1−m

Portanto, b = 1 − m, logo:
Z b Z 1−m 
2
(x − x2 ) − mx dx
 
(x − x ) − mx dx =
0 0
Z 1−m 
(1 − m)x − x2 dx

=
0
1 3 1−m
 
1 2
= (1 − m)x − x
2 3 0
1 1
= (1 − m)(1 − m)2 − (1 − m)3
2 3
1 3
= (1 − m) .
6
Por hipótese, temos
Z b Z 1   
2
 1 2 1 1 1
(x − x ) − mx dx = x − x dx = = .
0 2 0 2 6 12
Então, temos que
1 1
(1 − m)3 =
6 12
1
(1 − m)3 =
2
1
1−m= √ 3
2
1
m=1− √
3
2

Resolução 2. Usando que o ponto x = 1 − m é a interseção entre a parábola y = x − x2 e a reta


y = mx, temos que verificar o seguinte:
Z 1−m Z 1−m Z 1
2
x − x2 dx
 
(x − x ) − mx dx = mxdx +
0 0 1−m
1−m
1 2 1 3 1
  
1
= m x2 + x − x
2 0 2 3 1−m
  1
1 1 1
= m(1 − m)2 + x2 − x
2 2 3
 1−m 
1 2 1 2 1 1
= m(1 − m) + − (1 − m) − (1 − m) .
2 6 2 3

Mas, usando que


Z 1−m 
1
(x − x2 ) − mx dx = (1 − m)3 ,

0 6
temos o seguinte:
  
1 1 1 2 1 1
(1 − m)3 2
= m(1 − m) + − (1 − m) − (1 − m)
6 2 6 2 3
  
1 1 1 1 1
(1 − m)3 − = m(1 − m)2 − (1 − m)2 − (1 − m)
6 6 2 2 3
  
1 1 2 1 1 1
(1 − m)3 − = (1 − m) m− + (1 − m)
6 6 2 2 3
 
1 1 2 1 1
(1 − m)3 − = (1 − m) m−
6 6 6 6
 
1 1 2 1
(1 − m)3 − = (1 − m) (m − 1)
6 6 6
 
1 1 2 1
− (1 − m)3 + = (1 − m) (1 − m)
6 6 6
1 1 1
− (1 − m)3 + = (1 − m)3
6 6 6
1 1
2 (1 − m)3 =
6 6
1
(1 − m)3 =
2
1
1−m= √ 3
2
1
m=1− √ 3
2

Questão 3. Resolva as integrais indefinidas abaixo:

x3
Z
(a) p dx
4 − x2
5e2x
Z
(b) dx
(e2x + 1)(2ex + 1)
Solução do Item (a). Considere a mudança de variável y = x2 . Usando que dy = 2xdx temos que
x3 dx = x2 (x dx) = 12 ydy. Assim temos
x3
Z Z
1 y
√ dx = √ dy.
4 − x2 2 4−y
A última integral pode ser resolvida por integração por partes: u = y, donde du = dy, e dv =
1 √
(4 − y)− 2 dy, donde v = −2 4 − y. Assim,
Z Z p
y p p 4p
√ dy = −2y 4 − y + 2 4 − y dy = −2y 4 − y − (4 − y)3 + C, com C ∈ R.
4−y 3
Portanto, segue-se que:
x3
Z p 2p
√ dx = −x2 4 − x2 − (4 − x2 )3 + C, com C ∈ R.
4 − x2 3
Solução do Item (b). Considere a mudança de variáveis: y = ex , donde dy = ex dx. Usando que
y dy = e2x dx temos o seguinte.
5e2x
Z Z
5y
2x x
dx = 2
dy.
(e + 1)(2e + 1) (y + 1)(2y + 1)
A última integral pode ser resolvida por frações parciais. Escrevamos
5y Ay + B C (2y + 1)(Ay + B) + C(y 2 + 1)
2
= + =
(y + 1)(2y + 1) y2 + 1 2y + 1 (y 2 + 1)(2y + 1)

(2A + C)y 2 + (A + 2B)y + (B + C)


= ,
(y 2 + 1)(2y + 1)
donde, por igualdade de polinômios, temos que resolver o seguinte sistema:

 2A + C = 0
A + 2B = 5
B+C =0

Assim temos A = 1, B = 2 e C = −2. Logo,


−2
Z Z Z Z
y 2y 1
2
dy = 2
dy + 2
dy + dy
(y + 1)(2y + 1) y +1 y +1 2y + 1
1
= ln(y 2 + 1) + 2arctan(y) − ln |2y + 1| + C, com C ∈ R.
2
Portanto,
5e2x
Z
1
2x x
dx = ln(e2x + 1) + 2arctan(ex ) − ln |2ex + 1| + C, com C ∈ R.
(e + 1)(2e + 1) 2

Questão 4. Seja S a região ilimitada no plano xy definida por


1
S = {(x, y) ∈ R × R | 0 ≤ x ≤ 3 , y ≥ 0}.
(1 + y 2 ) 2
Ache o volume do sólido de revolução obtido girando S em torno do eixo-x.

Resolução 1 (calculando o volume por seções transversais). Considere a função


1
x(y) = 3 , com y ∈ (−∞, ∞). (1)
(1 + y 2 ) 2
A função x(y) é par (isto é: x(y) = x(−y), para todo y), é decrescente em [0, ∞) e a imagem de
x em [0, ∞) satisfaz x([0, ∞)) = (0, 1]. Assim, a restrição x(y), com y ≥ 0, admite uma função
inversa y = y(x) ≥ 0, com x ∈ (0, 1].
O volume do sólido gerado pela rotação da curva x = x(y) em torno do eixo x é dado (usando o
método das seções transversais) pela seguinte integral:
Z 1
V = πy 2 dx.
0
A função (y(x))2 é facilmente calculada isolando y na equação (1) e é dada por:
2
(y(x))2 = x− 3 − 1.

Logo, o volume V é dado pela seguinte integral imprópria:


Z 1 Z 1
− 23 2
V =π (x − 1)dx = lim (x− 3 − 1)dx.
0 →0+ 

Calculando-se esta integral temos:


1
1
V = lim π(3 x 3 − x) = 2π.

→0+ 

Resolução 2 (calculando o volume pelo método das cascas cilı́ndricas). Como a curva dada pela
equação
1
x(y) = 3 , com y ≥ 0,
(1 + y 2 ) 2
é um gráfico sobre o semieixo y ≥ 0, pelo método das cascas cilı́ndricas, temos que o volume do
sólido gerado pela rotação da região R em torno do eixo x é dado por:
Z ∞ Z ∞ Z A
y y
V = 2π y x(y)dy = 2π 3 dy = 2π lim 3 dy.
0 0 (1 + y2) 2 A→∞ 0 (1 + y 2 ) 2

Usando a mudança de variável: u = 1 + y 2 , temos que


Z A Z 1+A2 2
y 1 3 1 1+A
1
3 dy = u− 2 du = −u− 2 = −√ + 1.
0 (1 + y 2 ) 2 2 1 1 1 + A2

Portanto, Z A  
y 1
V = 2π lim 3 dy = 2π lim 1− √ = 2π.
A→∞ 0 (1 + y 2 ) 2 A→∞ 1 + A2
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Instituto de Matemática
SEGUNDA PROVA UNIFICADA – CÁLCULO I
POLITÉCNICA E ENGENHARIA QUÍMICA 24/11/2011.

GABARITO
1a Questão. (2.5 pontos).
Encontre as dimensões do retângulo de área máxima que pode ser inscrito na região
limitada pela parábola y 2 = 9x e pela reta x = 6, sendo que um dos lados do retângulo
está sobre a reta dada.
• Solução.
y
x=6
Na figura ao lado, a área do retângulo
y 2 = 9x
em vermelho é dado por
(x, y)
A = 2by, •

onde

b=6−x e y 2 = 9x.
x b
√ • x
(x, 0) 6
Para y > 0, temos que y = 3 x. Por-
tanto

A(x) = 2(6 − x)(3 x)

= 6(6x1/2 − x3/2 ).

Assim, A(x) é contı́nua para todo x no


intervalo (0, 6). Derivando
 
′ −1/2 3 1/2
A (x) = 6 3x − x .
2
Note que A′ (x) existe para todo x ∈ (0, 6). Vejamos os pontos crı́ticos
3
A′ (x) = 0 =⇒ 3x−1/2 − x1/2 = 0
2
 
−1/2 3
=⇒ x 3− x =0 =⇒ x = 2 é ponto crı́tico.
2

6 (3 − 3/2x)
Estudando o sinal de A′ (x) = , vemos que
x1/2
(i) A′ (x) > 0 para x ∈ (0, 2).
(ii) A′ (x) < 0 para x ∈ (2, 6).
Logo, pelo Teste da Derivada Primeira, A(x) tem máximo absoluto em x = 2. Assim, as
dimensões do retângulo devem ser
BASE : b = 6 − x = 4.

ALTURA : h = 2y = 6 2.

1
2a Questão. (2.5 pontos).
Calcule as seguintes integrais
Z
2
(a) xex sen(x2 )dx.


1
Z
(b) 3 du.
e u(ln (u) + ln(u))

sec2 (y)
Z
(c) p dy.
1 − tg2 (y)
2
xex sen(x2 )dx. Fazendo a substituição z = x2 temos
R
• Solução. (a) Seja I =

1
Z
I= sen(z)ez dz . (1)
2
| {z }
I1

Para resolver a integral I1 , destacada acima, usamos a técnica de integração por partes:
u
Z z }| dv u v v du
{ z}|{ z }| { z}|{ Z z}|{ z }| {
z z z
I1 = sen(z) e dz = sen(z) e − e cos(z)dz . (2)
| {z }
I2

Aplicamos a técnica novamente para resolvermos I2 :


Z
I2 = cos(z)e − ez (−sen(z))dz
z

= ez cos(z) − I1 . (3)

De (2) e (3), temos


1
I1 = ez (sen(z) − cos(z)) . (4)
2
Portanto, de (1) e (4), concluı́mos que
1 1 2
I = ez (sen(z) − cos(z)) + C = ex sen(x2 ) − cos(x2 ) + C,

4 4
onde C é uma constante.
(b) Primeiramente avaliemos a integral indefinida

1
Z
I= 3
du.
u(ln (u) + ln(u))

Fazendo a substituição x = ln(u) temos

dx
Z
I= . (5)
x(x2 + 1)

Sejam A1 , A2 e A3 constantes tais que


1 A1 A2 x + A3
= + (6)
x(x2 + 1) x x2 + 1
2
A1 (x + 1) + x(A2 x + A3 )
= .
x(x2 + 1)

2
Dessa forma, temos
1 = A1 (x2 + 1) + x(A2 x + A3 ) ∀ , x ∈ R.
Atribuindo valores arbitrários para a variável x, na equação acima, (por exemplo: x = 0,
x = 1 e x = −1), concluı́mos que A1 = 1, A2 = −1 e A3 = 0. Logo, de (5) e (6), resulta-se
que
1 x
Z Z
I= dx − 2
dx .
x x +1
| {z }
I2

Para resolvermos I2 façamos a substituição z = x2


+ 1. Então
1 dz 1 1
Z
I2 = · = ln|z| + C = ln|x2 + 1| + C,
z 2 2 2
onde C é uma constante. Assim, temos
1
I = ln|x| − ln|x2 + 1| + C
2
1 ln(u)
= ln|ln(u)| − ln|ln2 (u) + 1| + C = ln + C.

p
2 ln2 (u) + 1
Logo
b  !

1 ln(b) 1
Z

du = lim I(u) = lim ln p + ln(2) .

e u(ln3 (u) + ln(u)) b→∞ e b→∞ ln2 (b) + 1 2
Por outro lado, note que
 

ln(b) ln(b)
lim ln p = ln lim  = ln(1) = 0.
 q
b→∞ 2
ln (b) + 1 b→∞ |ln(b)| 1 + 1
ln2 (b)

Portanto,

1 1
Z
du = ln(2).
e u(ln3 (u)+ ln(u)) 2
sec2 (y)
Z
(c) Seja I = p dy. Fazendo a substituição x = tg(y), temos dx = sec2 (y)dy.
1 − tg 2 (y)
dx
Z
Assim I = √ . Para resolver esta integral podemos usar a fórmula conhecida ou
1 − x2 √
a substituição x = sen(θ), para obter dx = cos(θ)dθ e cos(θ) = 1 − x2 , e estabelecer que
Z
I = dθ = θ + C = arcsen(x) + C = arcsen(tg(y)) + C.

onde C é uma constante.

3a Questão. (2.5 pontos).



Calcule a área da região limitada pelas curvas y = x2 + 1 e y = |2x|. Faça um esboço
da região.
• Solução.

Para esboçar o gráfico, note que y = x2 + 1 é a parte superior da hiperbole y 2 − x2 = 1.
x
Ou também podemos calcular y ′ (x) = √ para obter que x = 0 é um ponto crı́tico;
2
x +1
1
além disso temos que y ′′ (x) = 2 > 0 para todo x ∈ IR. Assim a função é côncava
(x + 1)3/2
para cima com y ′′ (0) = 1 > 0, isto é x = 0 é um ponto de mı́nimo absoluto.
Esboço do gráfico da região

3
y

y = |2x|


y = x2 + 1

− √1 √1
x
3 3

Pontos de interseção das curvas


p 1
x2 + 1 = |2x| ⇐⇒ x2 + 1 = 4x2 ⇐⇒ x = ±√ .
3
Assim, pela simetria da região R, a área dela é dada pela integral
√ √
x=1/√3
!
Z 1/ 3 p  Z 1/ 3 p
2
A(R) = 2 x2 + 1 − 2x dx = 2 x2 + 1dx − 2x
0 0 x=0

√ !
1/ 3 p
2
Z
= 2 x2 + 1dx − . (7)
0 3

Portanto, para calcular a área A(R), resta calcular a integral em (7). Para isto podemos,
usando a substituição
p
x = tg(θ) =⇒ x2 + 1 = sec(θ) , dx = sec2 (θ)dθ.
Z p Z
Logo x2 + 1dx = sec3 (θ)dθ. Calculando
Z Z
sec3 (θ)dθ = (1 + tg2 (θ)) sec(θ)dθ
Z Z
= sec(θ)dθ + tg2 (θ) sec(θ)dθ
Z
= ln |tg(θ) + sec(θ)| + tg2 (θ) sec(θ)dθ, (8)

onde, usando integração por partes, teremos


Z Z Z
2
tg (θ) sec(θ)dθ = tg(θ)d(sec(θ)) = tg(θ) sec(θ) − sec3 (θ)dθ.

Logo, substituı́ndo em (8) e voltando à variável de integração x, teremos que

1h p 2
Z p Z p i
x2 + 1dx = sec3 (θ)dθ = ln( x + 1 + x) + x x2 + 1 + C.
2

Assim, substituı́ndo em (7), teremos que


h p p ix=1/√3 2 1
2 2
A(R) = ln( x + 1 + x) + x x + 1 − = ln(3).
x=0 3 2

4
et − e−t
OBSERVAÇÃO. É possı́vel tambem usar a substituição x = sinh(t) = para
2
mostrar que
Z  t 2
e + e−t
Z p Z
2 2
x + 1dx = cosh (t)dt = dt.
2

Logo, deduzindo que t = ln(x + x2 + 1), podemos chegar ao mesmo resultado.

4a Questão. (2.5 pontos).


Seja a curva f (x) = M cos(x) definida sobre o intervalo [− π4 , π4 ], onde M é uma constante
não nula. Calcule o(s) valor(es) de M de tal forma que o volume gerado pela rotação da
π π
região limitada pela curva f (x), as retas x = − , x = e y = 0, em torno do eixo-x,
4 4
π
tenha um volume igual a .
4
• Solução.
O volume do sólido formado pela rotação em torno do eixo x da região limitada pelas
curvas M cos(x), x = − π4 , x = π4 e y = 0 é exatamente:
Z +π
4 π
π (M cos(x))2 dx = . (9)
− π 4
4

Para descobrir qual(is) valor(es) para a constante M , precisamos resolver a integral acima.
Assim,
Z +π Z +π
4 4
(M cos(x))2 dx = M 2 cos2 (x)dx
− π4 − π4

Usando a seguinte identidade na integral acima,


1 + cos(2x)
cos2 (x) = ,
2
teremos
+ π4 + π4
1 + cos(2x)
Z Z
M2 cos2 (x)dx = M 2 dx
− π4 − π42
"Z π #
+4 Z +π
M2 4
= 1dx + cos(2x)dx
2 −π −π
4 4

Resolvendo as integrais definidas acima, temos que


"Z π #
+4 Z +π
M2 M 2 2π M 2 (π + 2)
 
4
1dx + cos(2x)dx = +1 = .
2 −π −π 2 4 4
4 4

Chegamos ao resultado da integral,


Z +π
4 M 2 (π + 2)
(M cos(x))2 dx = .
−π 4
4

Substituindo na equação (9), resulta em


M 2 (π + 2) π
π
= .
4 4
Faltando apenas descobrir qual(is) valor(es) para a constante M tal que a equação acima
é verdadeira. Então,
r
2 1
M (π + 2) = 1 isto é M =± .
π+2

5
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Departamento de Métodos Matemáticos

2a Prova Unificada de Cálculo I - Politécnica e Engenharia Quı́mica


21/06/2011

1a Questão: (2 pontos)
Em um triângulo ABC o comprimento do lado AB é de 5 cm. O lado BC está crescendo
a uma taxa de 4 cm/h enquanto que AC está decrescendo à razão de 2 cm/h. No instante
b estará aumentando ou diminuindo?
em que ABC for um triângulo equilátero, o ângulo A
Com que taxa?
Solução.
Aplicando a lei dos cossenos ao triângulo ABC,

b
a2 = b2 + 52 − 10b cos A,
b são funções do tempo t e c = 5.
onde a, b e o ângulo A

Derivando os dois membros da equação acima com relação à variável t obtemos,

da db db b
2a = 2b − 10 cos A b dA ,
b + 10b sen A
dt dt dt dt
e, portanto,
da db db b
b a − b + 5 cos A
dA
= dt dt dt .
dt b
5b sen A
No instante ao qual o problema se refere,
da db b = π radianos.
a = b = 5, = 4, = −2 e A
dt dt 3
Logo, √
dA b 2 3
= > 0.
dt 3
Como a taxa b b
√ de variação do ângulo A é positiva, concluı́mos que A está crescendo a uma
taxa de 2 3/3 radianos por hora.
2a Questão: (2,0 pontos)
Encontre as dimensões do retângulo de maior área possı́vel, sabendo-se que possui um lado
no eixo y positivo, o outro lado no eixo x positivo para x > 1 e seu vértice superior direito
ln x
na curva y = 2 , como no desenho abaixo. Justifique.
x

Solução.

A área é dada pela função


x ln x ln x
A(x) = = , x > 1.
x2 x
Procurando por pontos crı́ticos:
1 − ln x
A0 (x) = =0
x2
quando x = e, logo temos um único ponto crı́tico, x = e.

Como A0 (x) > 0 se 0 < x < e, a função é crescente em (1, e).


Como A0 (x) < 0 se x > e, a função é decrescente em (e, ∞).
Logo, o ponto (e, 1/e) é ponto de máximo local.

Como A(x) é uma função contı́nua em (1, ∞) com um único ponto crı́tico em (1, ∞),
o ponto (e, 1/e) é de máximo absoluto.
1
O retângulo de maior área tem lados de comprimento e por .
e2

2
3a Questão: (3 pontos)
Calcule:
Z
1
1. √ dx
x x2 − 4
2
Z
2. arctg x dx

3. lim+ h ln( sen h)


h→0

Solução.

1. Usando a substituição trigonométrica x = 2 sec θ, θ ∈ (0, π/2) ∪ (π, 3π/2), temos


dx = 2 sec θ tg θdθ. Portanto,
Z Z Z
1 2 sec θ tg θ 1 1
√ dx = p dθ = cos θ dθ = sen θ + C.
2
x x −42 4(sec θ)2 4( tg θ)2 4 4

x x2 − 4
Como = sec θ, temos sen θ = , logo
2 x
Z √
1 x2 − 4
√ dx = + C.
x4 x2 − 4 4x

2. Vamos calcular usando o método de integração por partes. Escolhemos u = arctg x


1
e dv = dx, obtendo du = 2 dx e v = x. Logo,
x +1
Z Z
x
arctg x dx = x arctg x − dx.
x2 + 1

Fazendo a substituição y = x2 + 1, obtemos


Z Z
x 1 1 1 1
2
dx = dy = ln |y| = ln(x2 + 1).
x +1 2 y 2 2
Portanto, Z
1
arctg xdx = x arctg x − ln(x2 + 1) + C.
2
3. Aplicando l’Hospital ao limite a seguir, obtemos:
µ ¶
ln(senh) cotg h h
lim+ h ln( sen h) = lim+ = lim+ = lim+ − h cos h = 0.
h→0 h→0 1/h h→0 −1/h2 h→0 sen h

3
4a Questão: (3 pontos)
Z x
x2 −4x 0 2 −4t
1. Considere as funções h(x) = 4e e g(x) = f (x) onde f (x) = 2tet dt. Cal-
0
cule a área limitada por y = h(x), y = g(x) e x = 5.
2. Calcule o volume do sólido de revolução obtido pela rotação da região R entre o
1
gráfico de y = √ e o eixo x, para x ≥ 2, ao redor do eixo x.
(1 + x) x
Solução.
2 −4x
1. Observe que, pelo teorema fundamental do cálculo, g(x) = f 0 (x) = 2xex .
Repare que h(x) = g(x) se e somente se x = 2.
Assim, a área pode ser calculada por:
Z 5 Z 5
2
(g(x) − h(x)) dx = (2x − 4)ex −4x dx.
2 2

Fazendo a substituição u = x2 − 4x, obtemos


Z Z
x2 −4x 2
(2x − 4)e dx = eu du = eu + C = ex −4x + C.

Logo, Z 5
2 −4x
(2x − 4)ex dx = e5 − e−4 .
2

2. O volume é dado pela integral imprópria:


Z ∞ Z b
1 1
π 2
dx = lim π 2
dx.
2 x(1 + x) b→∞ 2 x(1 + x)

Desenvolvendo em frações parciais,


1 1 −1 −1
2
= + +
x(1 + x) x (1 + x) (1 + x)2

e a integral indefinida
Z Z Z Z
1 1 −1 −1 1
2
dx = dx + dx + 2
dx = ln x − ln(1 + x) + .
x(1 + x) x (1 + x) (1 + x) (1 + x)

Logo
Z b ·µ ¶ µ ¶¸
1 1 1
lim π 2
dx = π lim ln b − ln(1 + b) + − ln 2 − ln 3 + =
b→∞ 2 x(1 + x) b→∞ (1 + b) 3
· µ ¶ µ ¶ ¸ · µ ¶ ¸
b 1 3 1 3 1
= π lim ln + + ln − = π ln 1 + 0 + ln − =
b→∞ 1+b (1 + b) 2 3 2 3
· µ ¶ ¸
3 1
= π ln − .
2 3

4
DEPARTAMENTO de MÉTODOS MATEMÁTICOS
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

GABARITO da SEGUNDA PROVA UNIFICADA de CÁLCULO I


06 de DEZEMBRO de 2010

Questão 1. (2,0 pontos)


l
Para o carnaval de 2011, o bloco carnavalesco “Vai que é Mole” l
fará um carro alegórico composto de 4 troncos de pirâmides
regulares com base quadrada. Estes troncos serão todos iguais
e terão sua superfı́cie lateral revestida com um material imi- 2
tando ouro. 6
Veja um destes troncos na figura ao lado.
6
Cada tronco de pirâmide terá 2 m de altura e sua base inferior
será um quadrado de 6 m de lado. A base superior, onde ficará um destaque do “Vai que é Mole”,
será um quadrado de lado l, com l ≥ 2 m. Qual deve ser o valor de l para que a quantidade do
material que será usado no revestimento da superfı́cie lateral dos troncos seja a menor possı́vel?

Solução.

C
B l C
Q l R B

2 h 2
h h D
A E D
P 6 S A
Figura 1 Figura 2 Figura 3

6+l
Na figura 1 acima, a área do trapézio PQRS é h. Logo, a área lateral de cada tronco de
2
pirâmide é 2(6 + l)h. Para calcularmos h, observamos o trapézio ABCDpnas figuras 2 e 3. Na figura
p
3, fazemos l = 2x, obtendo AE = 3 − x. Assim, h = 4 + (3 − x)2 = 13 − 6x + x2 .
Como 2 ≤ l = 2x ≤ 6, concluı́mos que a área lateral de cada tronco é dada por
p
A(x) = 4(3 + x) 13 − 6x + x2 , onde 1 ≤ x ≤ 3.

Derivando, obtemos
p   2 
0 2
(3 + x)(x − 3) x − 3x + 2
A (x) = 4 13 − 6x + x + √ =8 √ , onde 1 ≤ x ≤ 3.
13 − 6x + x2 13 − 6x + x2
Observando que o denominador de A0 é positivo, verificamos que se 1 < x < 2, A0 < 0. E, se
2 < x < 3, A0 > 0. Logo, a área A é mı́nima para x = 2. Sendo assim, devemos ter l = 4.

Questão 2. (3,0 pontos)

Calcule as integrais:
Z ∞ Z
ln x 5x + 8
(a) (1,5 ponto). √ dx (b) (1,5 ponto). dx
1 x5 (x − 1)(x2 + 4x + 8)
Solução.

(a) Primeiramente, calculamos uma primitiva para (ln x)/ x5 dx usando integração por partes.
Tomando u = ln x e dv = x−5/2 dx, obtemos du = x−1 dx e v = (−2/3)x−3/2 . Logo,
Z Z
ln x ln x
√ dx = (−2/3) 3/2 + (2/3) x−3/2 · x−1 dx
x5 x
ln x 4
= (−2/3) 3/2 − 3/2 .
x 9x
Temos que
Z t  t
ln x ln x 4
lim √ dx = lim (−2/3) 3/2 − 3/2
t→∞ 1 x5 t→∞ x 9x 1
 
ln t 4
= lim (−2/3) 3/2 − 3/2 + 4/9 = 4/9,
t→∞ t 9t

uma vez que, por L’Hôpital,


ln t
lim (−2/3) = 0.
t→∞ t3/2
Logo, Z ∞
ln x
√ dx = 4/9.
1 x5
(b) Vamos resolver usando o método de frações parciais. Primeiro, verificamos que os fatores
(x − 1) e (x2 + 4x + 8) são irredutı́veis. Fazendo

5x + 8 A Bx + C
= + ,
(x − 1)(x2 + 4x + 8) x − 1 x2 + 4x + 8

obtemos
(A + B)x2 + (4A − B)x + (8A − C) = 5x + 8,
donde conluimos que A = 1, B = −1 e C = 0. Logo,
Z Z Z
5x + 8 1 x
dx = dx − dx
(x − 1)(x2 + 4x + 8) x−1 x2 + 4x + 8
Z
x
= ln |x − 1| − 2
dx. (1)
x + 4x + 8
Resta então calcular Z Z
x x
2
dx = dx.
x + 4x + 8 (x + 2)2 + 4
Fazendo u = x + 2, temos du = dx e x = u − 2, logo
u−2
Z Z Z Z
x u 1
dx = du = du − 2 du
x2 + 4x + 8 u2 + 4 u2 + 4 u2 + 4
= (1/2) ln |u2 + 4| − arctg(u/2) + C
 
2 x+2
= (1/2) ln(x + 4x + 4) − arctg + C.
2

Agora basta substituir em (1).


Questão 3. (3,0 pontos)

(a) (1,0 ponto). Encontre f (x) positiva e contı́nua tal que a área sob seu gráfico de x = 0 até
2 2
x = t vale et − e−t , para todo t > 0.
√ √
(b) (2,0 pontos). Ache a área limitada pelas curvas y = x2 2 e y = 1 − x2 .

Solução.

(a) De acordo com o enunciado da questão:


Z t
2 2
f (x)dx = et − e−t .
0
Lembrando da primeira parte do Teorema Fundamental do Cálculo, derivamos os dois mem-
bros desta igualdade, obtendo
2 2
f (t) = 2tet + 2te−t .
√ √
(b) Para achar os pontos de interseção, basta resolver a equação x2 2 = 1√ − x2 , que é equiva-

4 2
lente à equação biquadrática 2x + x − 1 = 0. Suas raı́zes reais são x = 2/2 e x = − 2/2.
Logo, a área limitada entre as curvas é dada por:
Z √2/2 p Z √2/2 √
A= √ 1 − x2 dx − √ x2 2 dx.
− 2/2 − 2/2

Para a primeira integral usamos a substituição x = sen (θ):


Z √2/2 p
sen (2θ) θ θ=π/4
Z π/4 Z π/4  
2 2 cos(2θ) + 1 π 1
√ 1 − x dx = cos (θ) dθ = dθ = + = + .
− 2/2 −π/4 −π/4 2 4 2 θ=−π/4
4 2
Na segunda integral usamos o Teorema Fundamental do Cálculo diretamente:

Z √2/2 √ 3
√ ! x= 2/2
x 2 1
√ x2 2 dx = = .
3 3

− 2/2 √
x=− 2/2

Portanto, a área limitada entre as curvas é dada por:


π 1 1 π 1
A= + − = + .
4 2 3 4 6

Questão 4. (2,0 pontos)

Qual deve ser o valor de m para que o volume do sólido gerado pela rotação da região limitada
√ π
pelas curvas y = mx e y = x em torno do eixo y seja igual a ?
15
Solução.

Os pontos de interseção das curvas são dados por


1 1
y2 = y ⇔ y = 0, y = .
m m
Logo, o volume da região será,
Z 1/m "  2 # Z 1/m  1/m
1 3 y5
 
1 2 2 1 2 4 2π
V = π y − π(y ) dy = π 2
y − y dy = π 2
y − = .
0 m 0 m 3m 5 0 15m5
Segue que
π 2π 5

5
= 5
⇔ m = 2 ⇔ m = 2.
15 15m
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
SEGUNDA PROVA de CÁLCULO I – 2010/1

GABARITO
Questão 1.(1,5 pontos)
Um fazendeiro quer construir dois currais retangulares, iguais e com um lado em comum. A soma
das áreas dos currais deverá ser 216m2 . Quais serão as dimensões dos currais para que o comprimento
total da cerca necessária seja o menor possı́vel? Justifique.

Solução.
Graficamente temos que

x x

y y y

x x

108
Assim, a soma das áreas será: 2xy = 216, logo xy = 108 ⇒ y = . O comprimento da cerca será
x
dado pela função
324
f (x) = 4x + , x ∈ (0, +∞).
x
324
Logo f 0 (x) = 4 − 2 . Portanto o número crı́tico é obtido por
x
324
f 0 (x) = 4 − = 0 ⇐⇒ x2 = 81 ⇐⇒ x = 9, x ∈ (0, +∞).
x2
Como x = 9 é o único ponto crı́tico de f (x) contı́nua em (0, +∞), estudando o sinal de f 0 (x) teremos
que f tem um mı́nimo absoluto em x = 9. Logo as dimensões dos currais serão: x = 9 e y = 12.

Questão 2.(3,0 pontos)


Calcule:
Z Z Z
cos(3x) dx dx
(a) dx (b) √ (c)
2x3 + x2
p
3
sen(3x) x2 − 4x
Solução.

(a) Usando u = sen 3x, teremos du = 3 cos 3x. Logo,


Z Z Z 2/3
cos 3x −1/3 1 1 2/3 ( sen 3x)

3
dx = cos 3x ( sen 3x) dx = u−1/3 du = u +C = + C.
sen 3x 3 2 2

(b) Completando o quadrado e fazendo u = x − 2 :


Z Z Z
dx dx du
√ = p = √ ·
x2 − 4x (x − 2)2 − 4 u2 − 4

Tomando u = 2 sec θ, com θ ∈ [0, π/2): du = 2 sec θ tg θ dθ e tg θ ≥ 0. Assim,


Z Z Z Z
du 2 sec θ tg θ 2 sec θ tg θ
√ = √ dθ = dθ = sec θ dθ = ln |sec θ + tg θ| + C.
u2 − 4 4 sec2 θ − 4 2 tg θ
√ √ .
Como sec θ = u/2 = (x − 2)/2 , temos tg θ = sec2 θ − 1 = x2 − 4x 2 e, portanto,

x − 2 √x2 − 4x
Z
dx p
√ = ln + + C = ln x − 2 + x2 − 4x + C.

2 2
2

x − 4x

(c) Decompondo em soma de frações parciais:


1 1 A B C A(2x + 1) + Bx(2x + 1) + Cx2
= 2 = 2+ + = ·
2x3 +x 2 x (2x + 1) x x (2x + 1) 2x3 + x2
Então,  
 2B + C = 0  A=1
1 = (2B + C)x2 + (2A + B)x + A ⇒ 2A + B = 0 ⇒ B = −2 .
A=1 C=4
 

Finalmente,
Z Z  
dx 1 2 4 1
= − + dx = − − 2 ln |x| + 2 ln |2x + 1| + C.
2x3 + x2 x2 x (2x + 1) x
Questão 3.(2,0 pontos)
Z ∞ 
2x α
Determine o valor da constante α de maneira que a integral − dx seja convergente.
0 x2 + 1 2x + 1

Solução.
Note que
Z ∞     ∞
2x α 2 α
− dx = ln(x + 1) − ( ) ln(2x + 1)
0 x2 + 1 2x + 1 2 0
 2
 ∞
(x + 1)
= ln ( α
)

(2x + 1) 2 0
(x2 + 1)
 
Portanto, devemos analisar lim α .
x→∞ (2x + 1)( 2 )
(x2 + 1)
 
1
a) α = 4 =⇒ lim α =
x→∞ (2x + 1)( 2 ) 4

(x2 + 1)
 
b) α > 4 =⇒ lim α =0
x→∞ (2x + 1)( 2 )
(x2 + 1)
 
c) α < 4 =⇒ lim α = ∞.
x→∞ (2x + 1)( 2 )
Z ∞  
2x 4 1
Assim, α = 4 e 2
− dx = ln .
0 x + 1 2x + 1 4
Questão 4.(1,5 pontos)
Calcule a área limitada pelas curvas y = x(x − 2)2 e y = x.

Solução. Como

x(x − 2)2 = x ⇐⇒ x[(x − 2)2 − 1] = 0 ⇐⇒ x(x − 1)(x − 3) = 0,


as curvas se intersectam quando x = 0, x = 1 e x = 3. Logo a área limitada pelas curvas é dada por:
A = A1 + A2 , onde
Z 1 Z 3
2 2

A1 =
[x(x − 2) − x] dx e A2 =
[x(x − 2) − x] dx .
0 1
Z 4 3 2
x 4x 3x
Temos [x(x − 2)2 − x] dx = − + + C. Logo
4 3 2

1 4 3 5
A1 = − + =

4 3 2 12
e
   
81 108 27 1 4 3 80 104 24 104 8 8
A2 =
− + − − + = − + = 20 + 12 − = − =
4 3 2 4 3 2 4 3 2 3 3 3
5 8 37
Portanto a área é A = A1 + A2 = + = .
12 3 12
Questão 5.(2,0 pontos)
y 2
y = ex

A
Na figura ao lado, seja A o ponto de interseção
2
da curva y = ex e a reta L, e seja B o vértice 4y = (x − 2)2
da parábola 4y = (x − 2)2 . Suponha que a reta S
L passa pelos pontos A e B.
Calcule o volume gerado pela rotação da região B
x
sombreada S em torno do eixo-y. 1
L
 
2e − y
Solução. Do gráfico temos que A = (1, e) e B = (2, 0). Logo a equação da reta L será x = .
e
Alem disso, no primeiro quadrante temos que
2 p
y = ex =⇒ x = ln(y),

4y = (x − 2)2 e 0≤x≤2 =⇒ x = 2(1 − y).
y

p e
x= ln(y) 
2e − y

S2 x=
1 e
√ S1
x = 2(1 − y) B
x
2

Portanto, como S = S1 ∪ S2 , então o volume gerado pela rotação de S em torno do eixo-y é igual a suma
dos volumes gerados pelas rotações de S1 e S2 em torno do eixo-y. Assim
Z 1h  2
2e − y  √ 2 i
VS1 = π − π 2(1 − y) dy
0 e
Z 1h 2
y √  1 i
= π + 8 y − 4 1 + y dy
0 e2 e
h y3 16 3/2  1  2 i1
= π + y − 2 1 + y
3e2 3 e 0
h 1 16  1  i
= π 2
+ −2 1+ ,
3e 3 e
e
Z h  2e − y 2
e p 2 i Z eh
4y y 2 i
VS2 = π −π ln(y) dy = π 4− + 2 − ln(y) dy
1 e 1 e e
e
2y 2 y 3 ie
h h e Z i
= π 4y − + 2 − π ln(y)y − dy ...(integração por partes)

e 3e 1 1 1
h 7e 2 1 i
= π −5+ − 2 .
3 e 3e
 
7e − 5
Logo o volume total será dado por VS = VS1 + VS2 = π.
3
 
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Universidade Federal do Rio de Janeiro

2 a Prova Unificada de Cálculo I


Engenharia e Engenharia Quı́mica
09/12/2009

JUSTIFIQUE TODAS SUAS RESPOSTAS

1 a Questão: (1.5 pontos)


Deseja-se construir uma caixa, de forma cilı́ndrica, com 1 m3 de volume. Na parte lateral
da caixa e no fundo será usado um material que custa R$ 10,00 o metro quadrado e,
na tampa, outro tipo de material cujo metro quadrado custa R$ 20,00. Determine as
dimensões da caixa que minimizem o custo do material utilizado.

2 a Questão: (3.0 pontos)


Calcule as integrais abaixo:
Z 3arctg(t)
(4 − 2x)
Z Z
e
a) dt b) x(ln(x))2 dx c) dx.
t2 + 1 (x2 + 1)(x − 1)
3 a Questão: (2.0 pontos)
Considere a região R, de área finita, limitada pelos gráficos das 4 curvas dadas por :
C1 : y 2 = x C 2 : y = x2 C3 : y 2 = −x C4 : y = −x2 .
1)Esboce os gráficos destas 4 curvas.
2) Determine o valor da área R.

4 a Questão: (2.0 pontos)


√ 2
Considere a região S limitada por y = 1 + x e(x ) ,
y=1 e x = A , segundo a figura ao lado.
Determine o valor A para que o volume do sólido gerado
pela rotação da região S em torno da reta y=1 seja
igual a 2 π
5 a Questão: (1.5 pontos)
A entrada de um dos estádios para as Olimpı́adas de
2016 tem a forma de figura ao lado, e é constituı́da de
por 2 tubos circulares na forma de arco de curvas C1
e C2 , iluminados internamente com as cores dos paı́ses
participantes. O custo estimado para estes tubos é de
R$ 10.000,00 por metro. A curva C1 é determinada por:
y = 3x2/3 e a curva C2 por: y = 3(16 − x)2/3 .
Determine o custo total desta obra.

DURAÇÃO DA PROVA 2H E 30 MIN.


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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resolução da 2 a Prova Unificada de Cálculo I


Engenharia e Engenharia Quı́mica
09/12/2009

1 a Questão: (1.5 pontos)


Solução.
Denotando por:
r=raio da base da caixa cilı́ndrica.
h=altura da caixa cilı́ndrica, temos a área lateral AL = 2πrh e a área da base AB = πr2 .
A função Custo será : C(r, h) = 10(AL + AB ) + 20AB = 10(2πrh + πr2 ) + 20πr2 .
1
Como a caixa deve ter volume V = 1m3 e V = πr2 h, temos h = 2 .
πr
2 20
Assim, a função C(r,h) é escrita como C(r)=30πr + . Portanto,
r
3
20 60πr − 20 1
C 0 (r) = 60πr − 2 = 2
e C 0 (r) = 0 ⇐⇒ 60πr3 = 20r2 ⇐⇒ r = √ 3
. Como,
r r 3π
40 1 1
C”(r) = 60π + 3 temos que C”( √ 3
) > 0 , sendo r = √3
ponto de mı́nimo relativo da
r 3π 3π
função C(r). Como C(r)é uma função derivável em(0, ∞) e limr→0 C(r) = limr→∞ C(r) =
1
∞ temos que r = √ 3
é ponto de mı́nimo global.
3π q
Substituindo este valor em h , temos que h = 3 π9 .

2 a Questão: (3,0 pontos)


3
a)Fazendo u = e3 arctg(x) temos , du = 2 e3 arctg(t) dt.
Z 3arctg(t) t +1
e3arctg(t)
Z
e du u
Assim, dt = = + C = + C.
t2 + 1 3 3 3
ln x x2
b)Fazendo u = (lnx)2 e dv = x dx, temos que du = 2 ev= .
x 2
Integrando por partes :
x2 (lnx)2
Z
R 2
x(ln(x)) dx = − x lnx dx.
2
1 x2
Integrando novamente por partes , com u = lnx , dv = x dx , du = e v = , obtemos:
R x 2
R 2 x2 (lnx)2 x2 lnx x dx x2 (lnx)2 x2 lnx x2
x(ln(x)) dx = − + = − + + C.
2 2 2 2 2 4
c)Usaremos frações parciais.
4 − 2x Ax + b C
2
= 2 +
(x + 1)(x − 1) x +1 x−1
Temos que 4 − 2x = (A + C)x2 + (B − A)x + (C − B). Assim :
A+C=0
B-A=-2
C-B=4
Encontrando os valores de A, B e C temos:
A=-1 , B=-3 e C=1. Assim,
4 − 2x −(x + 3)
Z Z
R 1
2
dx = 2
+ dx=
(x + 1)(x − 1) x +1 x−1
−(x) −(3)
Z Z Z
1
2
+ 2
+ dx
x +1 x +1 x−1
ln(x2 + 1)
Z
3
= ln(x − 1) − − 2
dx
2 (x + 1)
ln(x2 + 1)
= ln(x − 1) − − 3arctgx +C.
2
3 a Questão: (2,0 pontos)
a) O gráfico é :

b) Devido a simetria das curvas, basta considerarmos a região situada no 1 quadrante e


multiplicá-la por 4.
Pontos de interseção no 1 quadrante :
De y 2 = x e x2 = y obtemos que x4 = x ⇒ x = 0 ou x = 1. Assim, os pontos de
interseção são (0,0) e (1,1).
R1 √ 2x3/2 x3 1 1
Portanto, a área no 1 quadrante será 0 ( x − x2 ) dx = ( − ) 0 = . Logo, a área
3 3 3
4
S será igual a
3
4 a Questão: (2,0pontos)
Ra 2
Devemos encontrar o valor de a que satisfaça a equação : 2π = π 0
x e(2x ) dx.
2
R 2 R eu eu e(2x )
Fazendo u = 2x2 ⇒ du = 4xdx , temos x e(2x ) dx = du = =
2 2
4 4 4
Ra 2 e(2x ) a e(2a ) − 1
Assim, 0
x e(2x ) dx = 0
= .
2
4 4
e(2a ) − 1 2
Portanto, 2 = ⇒ 9 = e2a ⇒ ln 3 = a2
√ 4
Assim, a = ln 3

5 a Questão: (1,5 pontos)


Basta calcular o custo da curva C1 e multiplicá-lo por dois. Custo da curva C1 :
y
É mais simples escrevermos x=f(y)=( )3/2 , e então calcular o comprimento do arco
3
C1 em função de y. Assim, x0 = 21 ( y3 )1/2 e o comprimento de C1 é dado por L1 =
12 √ √
Z r
y y 12
1+ dy = 8(1 + )3/2 0 = 16 2 − 8 = 8(2 2 − 1).
0 12 12
√ √
Portanto,L1 = 8(2 2 − 1), e o custo total da obra será de R$ 16(2 2 − 1) .104 , 00.
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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Solução da 2 a Prova Unificada de Cálculo I


Engenharia e Engenharia Quı́mica

1 a Questão: (3.0 pontos)


Calcule as integrais abaixo:
xex
Z Z
1
a) q dt b) dx.
2
t ln (t) − 16 (x + 1)2

(2x2 + 1)
Z
c) dx.
x(x − 1)2
Solução
1
a)Seja u = ln(t), então du = dt. Fazendo esta substituição temos :
Z Z t
1 1
q dt = √ du
2
u − 16
t ln2 (t) − 16

Fazendo uma nova substituição u = 4 sec(θ) temos u2 − 16 = 4 tan θ, e du = 4 sec(θ) tan(θ)dθ,
temos :
Z Z
1
√ du = sec(θ)dθ = ln | sec(θ) tan(θ) | +C.
u2 − 16
Voltando para a variável t de integração
q temos :
2
ln(t) + ln (t) − 16

ln | sec(θ) tan(θ) | +C = ln +C
4

Assim, q
2
ln (t) − 16
Z
1 ln(t)
q dt = ln
+ +C
2
t ln (t) − 16 4 4

1
b)Integrando por partes : u = xex , dv = dx ⇒
(x + 1)2
1
du = (ex + xex )dx, v = − .
Z x
x+1x Z
xe xe 1
Então 2
dx = − + (ex + xex )dx =
(x + 1) (x + 1) (x + 1)
xex ex
Z
− + ex dx = + C.
(x + 1) (x + 1)
2x2 A B C
c)Usando frações parciais : 2
= + +
x(x − 1) x (x − 1) (x − 1)2
2 2
2x (A + B)x − (2A + B − C)x + A
2
=
x(x − 1) x(x − 1)2
Logo: A = 1, A+B = 2 e - 2A - B + C = 0 ⇒ B = 1 e C = 3.
Portanto :
3
(2x2 + 1)
Z Z
1 1 3
dx = + + dx =
2 x(x − 1)2 x (x − 1) (x − 1)2
3
ln |x| + ln |x − 1| − + C.
(x − 1)
2 a Questão:(1.5 pontos)
Considere R
√ a região do plano limitada pelos gráficos
de f (x) = x − 1 e g(x) =| x − 3 | .
a)Faça um esboço da região R.
b)Determine a área de R.

Solução : √
O ponto B tem coordenadas x=3 e y = 2.
Cálculo
√ de A e C :
x − 1 =| x − 3 |⇒ x − 1 = (x − 3)2
Portanto : A = (2,1) e C = (5,2).
área A procurada
Logo,R a √ R 3 será :
5 R5
A = 2 x − 1 dx − 2 (3 − x)dx − 3 (x − 3) dx
3 5 3 5
A = 32 (x − 1) 2 2 + 21 (3 − x)2 2 − 21 (x − 3)2 3 = 13
6
.

3 a Questão:(2 pontos)
Considere a região no primeiro quadrante do plano R2 ,
definida por :
x2 1
D = {(x, y) ∈ R2 | 0 ≤ x , ≤y≤ , y ≤ ex−1 }.
8 x
Veja esboço da região D ao lado.
Determine o Volume do sólido obtido ao girar a região
D em tormo do eixo X.

Solução :
1
Os gráficos de f (x) = e(x−1) e g(x) = se intersectam em x = 1. Os gráficos de
x
x2 1
h(x) = e h(x) = se intersectam em x = 2.
8 x nR o
1 R2 R2 2
Assim, o volume pedido V vale : V = π 0 (e(x−1) )2 dx + 1 ( x1 )2 dx − 0 ( x8 )2 dx =
9
− 2e12 .

π 10

4 a Questão:(1.5 pontos)
O triângulo isósceles ABC situado na região D de R2 onde D = {(x, y) ∈ R2 | −∞ <
x < ∞ , 0 ≤ y} e com vértice A na origem, tem sua base BC paralela ao eixo X. Os
vértices B e C da base encontram-se sobre a curva y = 27 − x2 .
Determine a maior área que o triângulo ABC pode assumir. JUSTIFIQUE !

Solução :

A base do triângulo é 2x, com 0 ≤ x ≤ 27 e sua altura igual a 27 − x2 . Assim, a área
do triângulo será :
1 √
A(x) = 2x (27 − x2 ) , 0 ≤ x ≤ 27.
2
Derivando, obtemos :
0 0
A (x) = 3(9 − x2 ). Como para x > 0 , A√(x) = 0 ⇒ x = 3 , temos que P=(3,54) é o
único ponto crı́tico de A(x) no intervalo (0, 27).
00 00
Derivando mais uma vez obtemos : A (x) = −6x, e para x=3 A (x) = −18 √ < 0,
mostrando que P é um ponto de máximo local. Como para x = 0 ou x = 27 ⇒
0
A (x) = 0 temos que A(3) = 54 é o ponto de máximo procurado.

5 a Questão:(2.0 pontos)
Considere a função Zf : [0, ∞) → R definida por :
x√
f (x) = t2 + 2t dt.
0
Determine o comprimento de arco do gráfico da função f entre os pontos (0,f(0)) e (1,f(1)).

Solução :
Rxp
O comprimento de arco entre os pontos (a,f(a)) e (x,f(x)) é dado por L(x) = a 1 + [f 0 (t)]2 dt.

Pelo Teorema Fundamental do Cálculo, f’(x)= x2 + 2x. Assim, o comprimento do arco
entreZ(0,f(0)) e (1,f(1)) é :
1q √ Z 1  x2 1 3
L= 2 2
1 + [ x + 2x] dx = (x + 1) dx = +x  = .

0 0 2 0 2
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Departamento de Métodos Matemáticos

Gabarito da 2a Prova Unificada de Cálculo I


Engenharia e Matemática
24/11/2008

1a Questão: (2,5 pontos)

Encontre a equação da reta que passa pelo ponto (3, 5) e que forma com os eixos co-
ordenados o triângulo com menor área do primeiro quadrante.

Uma reta r que passa pelo ponto (3, 5) tem equação y = 5 + m(x − 3), onde m é o
coeficiente angular da reta. A área de um triângulo limitado pela reta e eixos coordena-
dos, no primeiro quadrante, é dada pela metade do produto dos comprimentos da base e
da altura do triângulo.
O comprimento b da base é encontrado pela interseção da reta r e do eixo coordenado
5
y = 0: b = 3 − .
m
O comprimento h da altura é encontrado pela interseção da reta r e do eixo coorde-
nado x = 0: h = 5 − 3m.
µ ¶ µ ¶
1 5 1 25
Logo, queremos minimizar a função A(m) = 3− (5 − 3m) = 30 − 9m − ,
2 m 2 m
onde m < 0.
µ ¶
0 1 25 5
Derivando A(m), obtemos: A (m) = −9 + 2 e A0 (m) = 0, quando m = ou
2 m 3
5
m=− .
3
5
Para justificar que temos um mı́nimo para A(m) quando m = − , podemos calcular a
3
00 (−50)
derivada segunda de A(m). Temos A (m) = > 0, para todo m < 0. Logo o gráfico
2m3
de A(m) tem a concavidade para cima neste intervalo e temos um mı́nimo para a área.
5x
A equação da reta é dada por y = 10 − .
3
2a Questão: (2 pontos)
1
Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região limitada pelas curvas y = ,
x
y = 0, x = 1 e x = 3, ao redor da reta y = −1. Esboce o sólido.
Z 3 µ ¶2 Z 3 Z 3 µ ¶ µ ¶¯
1 1 2 −1 ¯3
π +1 dx − π12 dx = π + dx = + 2 ln x ¯ =
x x 2 x x ¯1
1 ·µ ¶ 1 ¸ 1 µ ¶
1 2
= π − + 2 ln 3 − (−1 + 2 ln 1) = π + 2 ln 3 .
3 3
3a Questão: (3 pontos)

Calcule as integrais a seguir:


Z
dx
1.
(6 − x2 )3/2
Z
t2 + 1
2. dt
t2 − 1
Z

3. sen (ln( x)) dx


1. Fazendo a substituı́ção trigonométrica x = 6 sen θ, obtemos:
Z Z √ Z √
dx 6 cos θ 6 cos θ
2 3/2
= 2 3/2
dθ = dθ =
(6 − x ) (6 − 6 sen θ) (6) (cos2 θ)3/2
3/2
Z Z √x
1 1 1 1 sen θ
= dθ = 2
sec θ dθ = tg θ + C = +C = q 6 +C =
6 cos2 θ 6 6 6 cos θ 1− x2
6
x
= √ +C
6 6 − x2

2. Resolvemos por frações parciais:

t2 + 1 (t2 − 1) + 1 + 1 2
Temos = = 1 + ,
t2 − 1 t2 − 1 t2 − 1
2 A B At − A + Bt + B (A + B)t + (B − A)
onde 2 = + = 2
= .
t −1 t+1 t−1 t −1 t2 − 1
Logo: A = −1 e B = 1. Assim:
Z 2 Z Z Z
t +1 −1 1
2
dt = dt + dt + dt = t − ln(t + 1) + ln(t − 1) + C .
t −1 t+1 t−1

3. Resolvemos por partes:


Z Z √
√ √ cos(ln( x ))
1 sen (ln( x )) dx = x sen (ln( x )) − x dx =
· Z 2x √ ¸
√ 1 √ (− sen (ln( x )))
= x sen (ln( x )) − x cos(ln( x )) − x dx =
2 √ Z 2x
√ x cos(ln( x )) 1 √
= x sen (ln( x )) − − sen (ln( x )) dx
2 4
Logo
Z √
5 √ √ x cos(ln( x ))
sen (ln( x )) dx = x sen (ln( x )) −
4 2
e
Z √ √
√ 4x sen (ln( x )) 2x cos(ln( x ))
sen (ln( x )) dx = − +C .
5 5

4a Questão: (1,5 ponto)


arcsen x
Calcule a área da região entre as curvas y = √ , x = 0 e x = 1 e o eixo x.
1 − x2

Repare que
Z a1 área é dada por uma Zintegral imprópria:
h
arcsen x arcsen x
ÁREA = √ dx = lim− √ dx
1−x 2 h→1 1 − x2
0 0

2
Fazendo a substituı́ção u = arcsen x , obtemos:
Z Z
arcsen x u2 ( arcsen x)2
√ dx = u du = +C = +C .
1 − x2 2 2
Logo:
Z ¯
1
arcsen x ( arcsen x)2 ¯¯h [( arcsen h)2 − ( arcsen 0)2 ] π 2
ÁREA = √ dx = lim− = lim
¯0 h→1− = .
0 1 − x2 h→1 2 2 8
5a Questão: (1 ponto)

Calcule o limite Rx
0
(cos t)2008 dt
lim .
x→0 x

Z x
Como lim (cos t)2008 dt = 0, ao tentar resolver o limite acima, encontramos uma in-
x→0 0
determinação do tipo 00 . Aplicando a regra de L’Hospital e o Teorema Fundamental do
Cálculo,
Rx
0
(cos t)2008 dt (cos x)2008
lim = lim =1.
x→0 x x→0 1

3
PF
Instituto de Matemática - IM/UFRJ
Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo I - 2014.1
Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014

Questão 1: (2.0 pontos)

(a) Calcule:
2
ex tg x
lim x .
x→0 e x

(b) Determine se a seguinte integral imprópria é finita:


Z ∞
1
dx.
e x ln x

Solução:
2 2 2 2
ex tg x ex ex tg x
!
sen x e0 sen x

(a) x
= x
⇒ lim = lim =1
e x e cos x x x→0 ex x e0 cos 0 x→0 x
1
(b) Substituindo u = ln x e du = dx, temos
x
Z
1 Z
1
dx = du = ln |u| + C = ln |ln x| + C.
x ln x u
Assim, Z ∞
1 Z b
1
dx = lim dx = lim ln | ln b| − ln | ln e| .
e x ln x b→∞ e x ln x b→∞ | {z }
=0

A integral imprópria em questão é infinita, pois ln | ln b| cresce indefinidamente com b.

Questão 2: (2.0 pontos)


Calcule a área da região
( )
x
R = (x, y) ∈ R2 √ ≤ y ≤ x e2x , x ∈ [1, 2] .

4−x

Solução:

Z 2 !
Z 2 Z 2
2x x 2x x
A= xe − √ dx = xe dx − √ dx
1 4−x 1 1 4−x

Integrando por partes, temos que


! 2
Z 2
2x
Z 2
e2x e2x
xe dx = − 1 dx + x

1 1 2 2
1

! 2
e2x e2
= − + e4 −


4
1
2

3e4 − e2
= .
4

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Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação)

Substituindo u = 4 − x e du = −dx, temos que x = 4 − u e portanto


Z √
Z
x Z
4−u Z
1
√ dx = − √ du = −4 √ du + udu
4−x u u
 √  2√ 3 2(u − 12) √
= −4 2 u + u +C = u+C
3 3
2(x + 8) √
= − 4−x+C
3
Assim, ! 2 √
Z 2
x 2(x + 8) √ √ 20 2
√ dx = − 4−x
=6 3− .
1 4−x 3
1
3
e, portanto, √
3e4 − e2 20 2 √
A= + − 6 3.
4 3

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Questão 3: (2.0 pontos)


Calcule o volume do sólido de revolução obtido pela rotação do semi-círculo

R = {(x, y) ∈ R2 | x2 + y 2 ≤ 1, y ≥ 0}

em torno da reta y = −3.

Solução:


1 − x2 + 3
3

Integrando “fatias” ortogonais ao eixo de rotação, obtemos


Z 1 √ 2  Z 1   Z 1 √
2
V = π 1− x2 +3 − 9 dx = π 1−x dx + 6π 1 − x2 dx.
−1 −1 −1

Calculamos primeiro ! 1
Z 1 
2
 x3 4
1−x dx = x− = .


−1 3
−1
3
Z 1 √
A integral 1 − x2 dx pode ser reconhecida como a área do semi-círculo de raio 1 (ver figura
−1
π
abaixo), portanto igual a .
2


1 − x2
−1 x 1

Outra opção é calculá-la diretamente, através da substituição trigonométrica sen θ = x, que


implica em dx = cos θdθ. Neste caso,
Z 1 √ Z π √ Z π
2 2
1 − x dx =
2
π
1 − sen θ cos θdθ = π cos2 θdθ
2
−1 −2 −2

π
! π
Z
2 1 + cos(2θ) θ sen(2θ) 2 π
= dθ = + =
− π2 2 2 4
−π
2
2

Assim,

V = + 3π 2 .
3

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Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação)

Outra opção ainda é calcular o volume “fatiando” o sólido por cascas cilíndricas, como indicado
na figura abaixo:

2 1 − y2

3+y
3

Temos então Z 1  q 
V = 2π(3 + y) 2 1 − y2 dy
0
Z 1q Z 1 q
= 12π 1 − y 2 dy +4π y 1 − y 2 dy
0 0
| {z } | {z }
1/4 da área substituição:
do círculo unitário u = 1 − y2
 1
π 1q


= 12π + 4π − (1 − y 2 )3
4 3 0
2 4π
= 3π + .
3

Questão 4: (2.0 pontos)


Um rio tem 400 m de largura. Deseja-se estender um cabo de comunicação ligando os pontos A e
C, situados em margens opostas. O ponto C está 1 km a jusante (isto é, rio abaixo) do ponto A,
conforme a figura.
A
C

O custo de instalação do cabo é de R$ 130,00 por metro no leito do rio e de R$ 50,00 por metro no
solo seco. Determine quantos metros de cabo deverão ser instalados no rio e quantos em terra para
que o custo total seja mínimo.

Solução:
Seja 0 ≤ x ≤ 1000 a distância (em metros) indicada na figura.

A
400 C
x
1000

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Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação)

O custo total em reais é dado pela seguinte função de x:



c(x) = 130 4002 + x2 + 50(1000 − x).

Para identificar os intervalos de crescimento/decrescimento de c, analisamos o sinal da derivada:


130x √
c0 (x) = √ 2 2
− 50 = 0 ⇒ 13x = 5 4002 + x2
400 + x

⇒ 169x2 = 25(4002 + x2 )

500
⇒ x=±
3
No intervalo [0, 1000], a derivada se anula apenas em x∗ = 500/3. Para verificar o sinal de c0
antes e depois de x∗ , calculamos

c0 (0) = −50 < 0 e

130000 1300 1100


c0 (1000) = √ 2 2
− 50 = √ − 50 > √ − 50 = 50 > 0.
400 + 1000 116 121
Como a função decresce em [0, x∗ ] e cresce em [x∗ , 1000], podemos concluir que x∗ é ponto de
mínimo absoluto no intervalo de interesse [0, 1000].
q
O custo mínimo se dá para x∗ = 500/3, o que corresponda a 4002 + (500/3)2 = 1300/3 metros
de cabo submerso e 2500/3 metros de cabo em solo.

Questão 5: (2.0 pontos)


Considere a função p(x) = 2x3 − 3x2 − 12x.
(a) Determine:
os limites de p(x) quando x tende a −∞ e quando x tende a ∞;
(i)
(ii)
os intervalos onde p é crescente e aqueles onde é decrescente;
(iii)
os pontos de máximo e mínimo locais e/ou globais (abscissas e ordenadas);
(iv)os intervalos onde a concavidade é para cima (função é convexa) e aqueles onde é para
baixo (função é côncava);
(v) os pontos de inflexão de p.
(b) Esboce o gráfico de p, respeitando todos os aspectos do gráfico identificados no item (a).

Solução:

(a) (i)
lim p(x) = −∞ e lim p(x) = ∞
x→−∞ x→∞

(ii) É necessário estudar o sinal de p0 (x) = 6x2 − 6x − 12 = 6(x + 1)(x − 2). Observa-se que:
p0 (x) = 0 em −1 e 2; p0 (x) < 0 em (−1, 2) e p0 (x) > 0 para x < −1 e x > 2. Assim, p
é crescente nos intervalos (−∞, −1] e [2, ∞) e é decrescente no intervalo [−1, 2].
(iii) Como (pelo item i) a função não é limitada nem por cima nem por baixo, não há
extremos absolutos. Como o domínio é a reta inteira, os extremos locais ocorrem
em pontos críticos. Como a derivada existe sempre, eles ocorrem em pontos onde a

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Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação)

derivada se anula: −1 e 2. Analisando-se o sinal da derivada, conclui-se que −1 é


ponto de máximo local e que 2 é ponto de mínimo local. Os respectivos valores da
função são f (−1) = 7 e f (2) = −20.
(iv)
p00 (x) = 12x − 6 = 12(x − 1/2)
Assim, a função é côncava (concavidade para baixo) em (−∞, 1/2] e é convexa (conca-
vidade para cima) em [1/2, ∞).
(v) Há um ponto de inflexão em (1/2, p(1/2)) = (1/2, −13/2).
(b)

máx
7
1/2 2
−1 inf
−13/2

−20
mín

Página 6 de 6 Boa prova!


M Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Prova Final Unificada de Cálculo 1 - 2013/2


Engenharia e Engenharia Quı́mica
05/12/2013

JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS

1a Questão: (2,0 pts) Considere uma função f : R \ {−2, 1} → R com as seguintes propriedades:
(a) f ′ (x) < 0, para todo x no domı́nio da função;
(b) f (0) = f (2) = 0;
(c) limx→±∞ f (x) = −1;
(d) f ′′ (x) < 0 para x ∈ (−∞, −2) ∪ (0, 1) e f ′′ (x) > 0 para x ∈ (−2, 0) ∪ (1, +∞);
(e) limx→(−2)− f (x) = −∞ e limx→(−2)+ f (x) = +∞;
(f) limx→1− f (x) = −∞ e limx→1+ f (x) = +∞.
Faça um esboço do gráfico dessa função.

2a Questão: (1,5 pts) Faça um esboço da região R do plano xy limitada pelas curvas y = sen(x) e y = cos(x)
e pelas retas x = 0 e x = π/2. Expresse as grandezas abaixo utilizando integrais. Não é preciso calcular
as integrais.
(a) A área de R;
(b) O volume do sólido obtido pela rotação de R em torno do eixo x.

3a Questão: (2,5 pts) Calcule:


tg x x2 − 1 5x − 13
∫ 5 ∫
(a) lim , (b) lim , (c) dx, (d) sen(ln(x)) dx,
x→0 ln(2ex − 1) x→+∞ x 4 x − 5x + 6
2
(√
f ′ (x) onde f (x) = exp 3 x + sen(x2 )
)
(e) ( Obs.: exp(u) = eu ).

4a Questão: (2,0 pts)

8cm
Um peso P deve ser mantido suspenso a 10 cm de uma barra A B
horizontal de extremidades A e B, por um fio na forma de
Y (veja figura). Sabendo que o segmento mede 8 cm, qual 10cm
o fio de menor comprimento que pode ser usado?
P

5a Questão: (2,0 pts) Considere a função


∫ sen(x/2)
2
y = f (x) = et dt.
0
Ache a equação da reta r que é tangente ao gráfico de f no ponto (2π, 0). Em seguida ache as coordenadas
do ponto de interseção da reta r com a reta s dada por:
3
y = x + π.
2
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DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Prova Final Unificada de Cálculo 1 - 2013/2

Engenharia e Engenharia Quı́mica


05/12/2013

JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS

1a Questão: (2,0 pts) Considere uma função f : R \ {−2, 1} → R com as seguintes propriedades:

(a) f ′ (x) < 0, para todo x no domı́nio da função;


(b) f (0) = f (2) = 0;
(c) limx→±∞ f (x) = −1;
(d) f ′′ (x) < 0 para x ∈ (−∞, −2) ∪ (0, 1) e f ′′ (x) > 0 para x ∈ (−2, 0) ∪ (1, +∞);
(e) limx→(−2)− f (x) = −∞ e limx→(−2)+ f (x) = +∞;
(f) limx→1− f (x) = −∞ e limx→1+ f (x) = +∞.
Faça um esboço do gráfico dessa função.

Solução:

−2 1 2
x

−1

2a Questão: (1,5 pts) Faça um esboço da região R do plano xy limitada pelas curvas y = sen(x) e y = cos(x)
e pelas retas x = 0 e x = π/2. Expresse as grandezas abaixo utilizando integrais. Não é preciso calcular
as integrais.

(a) A área de R;
(b) O volume do sólido obtido pela rotação de R em torno do eixo x.
Solução:
y

x
π/4 π/2

A área A e o o volume V são dados respectivamente por:


∫ π/2
A= | cos(x) − sen(x)| dx
0
∫ π/4 ∫ π/2
π cos2 (x) − sen2 (x) dx + π sen2 (x) − cos2 (x) dx.
( ) ( )
V =
0 π/4

Obs: Para calcular as integrais acima, temos de proceder como segue:


∫ π/4 ( ∫ π/2 (
cos(x) − sen(x) dx + sen(x) − cos(x) dx.
) )
A=
0 π/4

Como
1 + cos(2x) 1 − cos(2x)
cos2 (x) = , sen2 (x) = ,
2 2
temos ∫ π/4 ∫ π/2 ∫ π/4
V =π cos(2x) dx − π cos(2x) dx = 2π cos(2x) dx.
0 π/4 0

3a Questão: (2,5 pts) Calcule:


tg x x2 − 1 5
5x − 13
∫ ∫
(a) lim , (b) lim , (c) dx, (d) sen(ln(x)) dx,
x→0 ln(2ex − 1) x→+∞ x 4 x2 − 5x + 6
(√
f ′ (x) onde f (x) = exp x + sen(x2 )
)
(e) 3
( Obs.: exp(u) = eu ).

Solução: (a) Como a indeterminação neste caso é da forma “0/0”, aplicando a Regra de L’Hôpital, temos:

2e − 1 2e − 1
[ ( x )] ( x )
tan(x) 2 2 1
lim = lim sec (x) = lim sec (x) lim = .
x→0 ln(2ex − 1) x→0 2ex x→0 x→0 2ex 2

(b) Embora a indeterminação neste caso seja da forma “∞/∞”, a Regra de L’Hôpital não se aplica, como
se pode observar claramente. Por outro lado, é claro que
√ ( ) √
√ 1 1
x2 −1= x2 1 − 2 = |x| 1 − 2 , ∀x ̸= 0.
x x
Portanto, √
x2 − 1

1
lim = lim 1− = 1.
x→+∞ x x→+∞ x2
(c) As razes da equação x2 − 5x + 6 = 0 são x = 3 e x = 2. Logo, podemos decompor a função racional em
frações parciais:
5x − 13 A B (A + B)x − (2A + 3B)
= + = .
x2 − 5x + 6 x−3 x−2 x2 − 5x + 6
A identidade se verifica se, e somente se, A e B satisfazem o sistema

A+B =5
2A + 3B = 13
Resolvendo o sistema acima, obtemos A = 2 e B = 3. Logo,
5
5x − 13 5 5 ( )
27
∫ ∫ ∫
dx dx 5
= ln (x − 3)2 (x − 2)3 4 = ln

dx = 2 +3 .
4 x2 − 5x + 6 4 x−3 4 x−2 2

(d) Considerando a substituição u = ln(x), temos

1
du = dx ⇐⇒ dx = xdu = eu du.
x
Logo, ∫ ∫
sen(u)eu du.
( )
sen ln(x) dx =

Integrando por partes duas vezes, obtemos:


∫ ∫ [ ∫ ]
sen(u)eu du = sen(u)eu − cos(u)eu du = sen(u)eu − cos(u)eu + sen(u)eu du .

isto é, ∫
sen(u)eu du = sen(u) − cos(u) eu + C.
[ ]
2

Portanto, ∫
x[
sen(ln(x)) − cos(ln(x)) + C.
( ) ]
sen ln(x) dx =
2

(e) Denotando u(x) = 3
x + sen(x2 ), temos pela regra da cadeia, f ′ (x) = eu(x) u′ (x), onde

1 −2/3
u′ (x) = x + 2x cos(x2 ).
3
Logo,
(√
( )
1 −2/3
f ′ (x) = exp x + sen(x2 ) + 2x cos(x2 ) .
3
)
x
3

4a Questão: (2,0 pts)

8cm
Um peso P deve ser mantido suspenso a 10 cm de uma barra A B
x
horizontal de extremidades A e B, por um fio na forma de
Y (veja figura). Sabendo que o segmento mede 8 cm, qual Q 10cm
10 − x
o fio de menor comprimento que pode ser usado?
P
Solução: Seja x a distância do ponto Q ao ponto médio da barra. Então o comprimento da corda mede:

L(x) = 10 − x + 2 16 + x2 , x ∈ [0, 10].

Calculando a derivada de L(x), obtemos:

2x
L′ (x) = −1 + √ L′ (x) = 0 ⇐⇒

, 16 + x2 = 2x.
16 + x2

Portanto, x = 4 3/3 é ponto crı́tico de L. Observe que

32
L′′ (x) = > 0, ∀x ∈ (0, 10).
(16 + x2 )3/2

Logo, L é função estritamente convexa e, consequentemente, x = 4 3/3 ∈ (0, 10) é o único ponto de mı́nimo
global de L. Assim, o comprimento mı́nimo é

√ 12 3
L(4 3/3) = 10 − .
3

5a Questão: (2,0 pts) Considere a função


∫ sen(x/2)
2
y = f (x) = et dt.
0

Ache a equação da reta r que é tangente ao gráfico de f no ponto (2π, 0). Em seguida ache as coordenadas
do ponto de interseção da reta r com a reta s dada por:

3
y= x + π.
2

Solução: Definindo ∫ u
2
F (u) = et dt,
0

segue do Teorema Fundamental do Cálculo, F ′ (u) = eu . Como f (x) = F sen(x/2) , segue da regra da
2 ( )

cadeia: (x) 1
( ( x )) 1 (x) 1
f ′ (x) = F ′ sen ⇒ f ′ (2π) = − .
2
cos = esen (x/2) cos
2 2 2 2 2 2
A equação da reta r tangente ao gráfico de f no ponto (2π, 0) é:

1 x
y = f ′ (2π)(x − 2π) = − (x − 2π) = − + π.
2 2

Se P = (a, b) é o ponto onde as retas r e s se cruzam, então

3 1
b= a+π =− a+π ⇒ a = 0, b = π.
2 2

Portanto, P = (0, π).


 
Instituto de Matemática - IM/UFRJ
Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118
Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 18/07/2013

Questão 1: (2 pontos)
Considere a função y = f (x) cujo gráfico é dado na figura abaixo.

Com a ajuda da figura, responda às seguintes perguntas:

(i) Quais são as assíntotas horizontais e verticais ao gráfico da função f ?


(ii) Identifique os intervalos onde a derivada da função f é positiva e os intervalos onde a derivada
da função f é negativa.
(iii) Quais são os pontos críticos de f ? A função f admite máximos ou mínimos locais nesses
pontos?
(iv) A função f é derivável em x = e? Caso seja, quanto vale f 0 (e)? A função f é derivável em
x = 15? Caso seja, quanto vale f 0 (15)?

Solução:

(i) Observamos na figura que limx→−∞ f (x) = 0, portanto a reta y = 0 é uma assíntota
horizontal ao gráfico da função f . Também, observamos que limx→5 f (x) = −∞ e assim a
reta x = 5 é uma assíntota vertical ao gráfico da função f .

(ii) A derivada da função f é positiva nos intervalos onde a função f é crescente, ou seja em
(−∞, d), (5, e) e (15, +∞). A derivada da função f é negativa nos intervalos onde a função
f é decrescente, ou seja em (d, 5) e (e, 15).

(iii) Por definição, os pontos críticos da função f são os pontos c no domínio de f tais que f
não é derivável em c ou f 0 (c) = 0. Portanto, aqui os pontos críticos de f são d, e e 15.
Além disso, observamos que f admite máximos locais em x = d e x = e e um mínmo local
em x = 15.

(iv) A função f é derivável em x = e. Como ela admite um mínimo local em x = e, vale


f 0 (e) = 0. Por outro lado, a função f não é derivável em x = 15, já que limx→15− f 0 (x) 6=
limx→15+ f 0 (x).

Questão 2: (2 pontos)
Determine a equação da reta r passando por (0, 0), tal que a área da região limitada por r e pela
curva y = x3 − x, com x > 0, seja igual a 4.

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Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118
Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 18/07/2013(continuação)

Solução:
Como a reta r passa pela origem, será da forma y = m x para algum m ∈ R. Calculemos as
interseções da reta com a curva y = x3 − x.

m x = x3 − x ⇐⇒ x = 0 ou x = ± m + 1.

Assim, a região desejada está entre x = 0 e (por ser x > 0) x = m + 1. Concluímos também
que deve ter-se m ≥ −1, pois caso contrário a reta y = m x√apenas interseta a curva em x = 0,
não definindo assim uma região limitada. Para x entre 0 e m + 1, o gráfico de y = x3 − x está
sempre abaixo do gráfico da reta y = mx. Temos então

Z √m+1  √m+1
x2 x4 x2 (m + 1)2 (m + 1)2 (m + 1)2
 
3
4= mx − (x − x) dx = m − + = − = .
0 2 4 2 0 2 4 4
Portanto, deve ter-se (m + 1)2 = 16, ou (como m ≥ −1), m + 1 = 4. Portanto, m = 3 e a reta
pretendida é y = 3x.

Questão 3: (2 pontos)
Calcule as integrais abaixo.
π
Z
et Z
2
(i) √ dt . (ii) ex sen x dx .
1 − e2t 0

Solução:

(i) Fazemos a substituição u = et ⇒ du = et dt. Portanto, vale


Z
et Z
1
√ dt = √ du = arcsen u + C = arcsen (et ) + C .
1−e 2t 1−u2

π
ex sen x dx. Calculamos integrando por partes duas vezes que
R
(ii) Seja I = 0
2

Z π π Z π Z π
2 2 2 2
I= ex d(− cos x) = −ex cos x + cos x d(ex ) = 1 + ex d(sen x)
0 0 0 0
π Z π
x
2 2 π
= 1 + e sen x − sen x d(ex ) = 1 + e − I . 2
0 0
 π

1
Portanto, conluímos que I = 2
1 + e2 .

Questão 4: (2 pontos)
Calcule os seguintes limites:
√  
1
 
(i) lim x cotg x. (ii) lim ln x + ln tg .
x→0 x→+∞ x

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Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118
Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 18/07/2013(continuação)

Solução:

sen x √
(i) Usamos o limite fundamental limx→0 x
= 1 e o fato que a função : x 7→ x é uma função
contínua para calcular
√ x cos x √
r
lim x cotg x = lim = 1.
x→0 x→0 sen x

(ii) Usamos a mudança de variável y = x1 , o fato que a função ln é contínua e o limite


fundamental limx→0 seny y = 1 para calcular

1 tg(1/x)  tg y  sen y
       
lim ln x + ln tg = lim ln = lim ln = ln lim = 0.
x→+∞ x x→+∞ 1/x y→0+ y y→0+ y cos y

Questão 5: (2 pontos)
Os lados de um retângulo encolhem de forma tal que a área do mesmo decresce a uma taxa constante
de 24 cm2 /s. Sabendo-se que, em qualquer instante, a base do retângulo x decresce três vezes mais
rápido que sua altura y, calcule a taxa de variação da altura no instante em que x = y = 2 cm.

Solução:
Seja A a área do rectângulo. Então A = xy. Derivamos essa relação com respeito ao tempo e
deduzimos que
−24 = A0 = x0 y + xy 0 . (1)
Por outro lado, como a base do retângulo x decresce três vezes mais rápido que sua altura y,
temos que x0 = 3y 0 , o que implica combinado com (1) que −24 = y 0 (3y + x). Portanto, no
instante em que x = y = 2 cm, obtemos que y 0 = −3cm/s.

Justifique todas as suas respostas! Apresente seus cálculos.

Duração da prova: duas horas e meia

Página 3 de 3 Boa prova!


 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Instituto de Matemática
PROVA FINAL UNIFICADA – CÁLCULO I
POLITÉCNICA E ENGENHARIA QUÍMICA 28/02/2013.

GABARITO

1a Questão. (2.0 pontos).


Calcule:

q
a) f 0 (x) se f (x) = x + x + ex
Z sen x
1 2
b) lim et dt
x→0+ sen x 0
Z p
c) 2x 1 + x2 dx

• Solução.

q  1/2
a) Seja f (x) = x+ x + ex = x + (x + ex )1/2 . Logo,

1 −1/2  0
f 0 (x) = x + (x + ex )1/2 · x + (x + ex )1/2
2
1 −1/2  1

= x + (x + ex )1/2 · 1 + (x + ex )−1/2 (1 + ex ) .
2 2

b) Pela regra de L’Hôpital,


Z sen x Z sen x 
1 t2 1 d t2
lim e dt = lim · e dt .
x→0+ sen x 0 x→0+ cos x dx 0

Agora, usando a regra da cadeia e o teorema fundamental do cálculo, obtemos que


 Z sen x  Z u 
d t2 d t2 du 2
e dt = e dt · = e sen x · cos x,
dx 0 du 0 dx

onde u = sen x. Logo,


Z sen x
1 2 sen 2 x
lim et dt = lim e = 1.
x→0 + sen x 0 x→0+

c) Fazendo a substituição u = 1 + x2 com du = 2x dx, obtemos que



Z p Z Z
2x 1 + x2 dx = u du = u1/2 du
2 3/2 2
= u + C = (1 + x2 )3/2 + C.
3 3
2a Questão. (2.5 pontos).
Encontre a área da região R limitada pelas curvas y + x = 6 , y + x3 = 0 e 2y − x = 0.

• Solução.
Primeiro encontramos os pontos de in- y
terseção das retas y + x = 6, y + x3 = 0
e 2y − x = 0. (−2, 8) •
Temos que

6 − x = −x3 ⇒ x = −2,
2y − x = 0
x
6−x= ⇒ x = 4,
2
x • (4, 2)
= −x3 ⇒ x = 0.
2
Logo, os pontos de interseção são (−2, 8), • x
(0, 0) y + x3 = 0 y + x=6
(0, 0) e (4, 2).
Portanto, a área total é
Z 0 Z 4
3 x
A = 6 − x − (−x ) dx + 6−x− dx
−2 0 2
Z 0 Z 4
3x
= 6 − x + x3 dx + 6−
dx
−2 0 2
x2 x4 0 3x2 4
 
= 6x − + + 6x − = 10 + 12 = 22 u.a.
2 4 −2 4 0

3a Questão. (2.5 pontos).

Considere a parábola y = 4 − x2 , no primeiro quadrante.

a) Encontre a equação da reta tangente t à parábola no


ponto P = (x0 , y0 ).

b) Expresse a área do triângulo OM Q em função de x0 .

c) Encontre o ponto sobre a parábola, tal que o


triângulo OM Q tenha área mı́nima.

d) Sabendo que a taxa de variação da abscissa de P é


de 2cm/min, determine a taxa de variação da área
do triângulo OM Q, quando o ponto de tangência é
P = (1, 3).

• Solução.

a) Se y = f (x) = 4 − x2 , então a equação da reta t que passa pelo ponto (x0 , y0 )


tangente ao gráfico de f será da forma

(y − y0 ) = f 0 (x0 )(x − x0 ).

Como f 0 (x0 ) = −2x0 e y0 = 4 − x20 obtemos que

y = −2x0 x + 4 + x20 .
b) Se x = 0, então y = 4 + x20 . Logo, M = (0, 4 + x20 ).
4 + x20
 
2
Se y = 0, então 0 = −2x0 x + (4 + x0 ). Logo, Q = ,0 .
2x0
Portanto, a área do triângulo OM Q é

1 4 + x20 (4 + x20 )2
 
A(x0 ) = · (4 + x20 ) = .
2 2x0 4x0

Observe que a construção do triângulo OM Q só é possı́vel se 0 < x0 < 2.


c) Devemos encontrar o valor de x0 para o qual A(x0 ) é mı́nima. Temos que

2(4 + x20 )(2x0 )(4x0 ) − 4(4 + x20 )2 4(4 + x20 )(4x20 − x20 − 4)
A0 (x0 ) = =
16x20 16x20
(4 + x20 )(3x20 − 4)
=
4x20

Logo, √
0 2 2 3
A (x0 ) = 0 ⇐⇒ x0 = √ = .
3 3
√ √
Como A0 (x0 ) < 0 sempre que 0 < x0 < 2/ 3 e A0 (x) > 0 sempre
√ que 2/ 3 < x0 < 2,
podemos concluir que a área é mı́nima quando
√ x0 = 2/ 3. Portanto, a área do
triângulo OM Q será mı́nima no ponto (2/ 3, 8/3).
d) Temos que
(4 + x20 )2 dx0
A(x0 ) = e = 2 cm/min.
4x0 dt
Logo, a taxa de variação da área do triângulo OM Q em relação ao tempo será

dA (4 + x20 )(3x20 − 4) dx0 (4 + x20 )(3x20 − 4)


= · = .
dt 4x20 dt 2x20

Quando x0 = 1 temos que


dA 5
= − cm/min.
dt x0 =1 2

4a Questão. (3.0 pontos).


2x2 − 5x + 2
Considere f (x) = .
x2 + 1
5x2 − 5 3
00 (x) = −10x + 30x .
(a) Verifique que f 0 (x) = e que f
(x2 + 1)2 (x2 + 1)3
(b) Ache as assı́ntotas horizontais e verticais caso existam.
(c) Identifique os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente.
(d) Encontre os valores máximo e mı́nimo locais e/ou globais caso existam.
(e) Identifique os intervalos de concavidade para cima e para baixo e os pontos de in-
flexão.
(f ) Usando as informações anteriores faça um esboço do gráfico de y = f (x).
• Solução.

(a) (0.5 pontos) Usando a regra do quociente junto com a regra da cadeia, obtemos que

(4x − 5)(x2 + 1) − (2x2 − 5x + 2)(2x)


f 0 (x) =
(x2 + 1)2
4x3 + 4x − 5x2 − 5 − 4x3 + 10x2 − 4x 5x2 − 5
= = ,
(x2 + 1)2 (x2 + 1)2

(10x)(x2 + 1)2 − (5x2 − 5)2(x2 + 1)(2x)


f 00 (x) =
(x2 + 1)4
10x3 + 10x − 20x3 + 20x −10x3 + 30x
= = .
(x2 + 1)3 (x2 + 1)3

(b) (0.5 pontos) Temos que

2x2 − 5x + 2 x2 (2 − 5/x + 2/x2 )


lim f (x) = lim = lim
x→+∞ x→+∞ x2 + 1 x→+∞ x2 (1 + 1/x2 )
2 − 5/x + 2/x2
= lim = 2,
x→+∞ 1 + 1/x2
De maneira análoga, obtemos que

lim f (x) = 2.
x→−∞

Logo, a reta y = 2 é a única assı́ntota horizontal ao gráfico de y = f (x). Não há


assı́ntotas verticais uma vez que a função y = f (x) é contı́nua em toda a reta real.
(c) (0.5 pontos)
Note que f é diferenciável em toda a reta real. Assim, devemos analisar o sinal
da primeira derivada para determinar os intervalos de crescimento e decrescimento.
Temos que
5x2 − 5 5(x2 − 1)
f 0 (x) = 2 2
= 2 .
(x + 1) (x + 1)2
Logo, f 0 se anula em x = −1 e em x = 1. O sinal de f 0 é determinado pelo sinal de
x2 − 1 e, portanto, é positivo em (−∞, −1) ∪ (1, +∞) e negativo em (−1, 1).
Assim, f é crescente em (−∞, −1) ∪ (1, +∞) e decrescente em (−1, 1).
(d) (0.5 pontos) Segue do Teste da Primeira Derivada que f possui um máximo em
x = −1 com f (−1) = 9/2 e um mı́nimo em x = 1 com f (1) = −1/2.
(e) (0.5 pontos) Analisemos o sinal da segunda derivada:

−10x3 + 30x −10x(x2 − 3)


f 00 (x) = =
(x2 + 1)3 (x2 + 1)3
√ √
00 é positiva nos intervalos (−∞, − 3) e (0, 3) e negativa nos intervalos
Temos
√ que f √
(− 3, 0) e ( 3, +∞). Concluı́mos, portanto, que o gráfico de y = f (x) é côncavo
para baixo em √ √
(− 3, 0) ∪ ( 3, +∞)
e côncavo para cima em
√ √
(−∞, − 3) ∪ (0, 3).
√ √ √ √
Consequentemente, (− 3, 2−5 3/4), (0, 0) e ( 3, 2+5 3/4) são pontos de inflexão.
(f ) (0.5 pontos)

Figura 1: Gráfico

2x2 −5x+2
(a) y(x) = x2 +1
 
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Instituto de Matemática - Departamento de Métodos Matemáticos

GABARITO DA PROVA FINAL UNIFICADA de CÁLCULO I – 03/07/2012


Escola Politécnica e Escola de Quı́mica

Questão 1 (3,0 pontos.) Sejam A > 0 e B > 0 números reais e considere a função f : R → R
definida por 
 eAx − e−Bx
f (x) = , para x 6= 0,
 1, 2x para x = 0.

(a) Calcule f 0 (x), para x 6= 0.

(b) Calcule limx→0 f 0 (x)

(c) Se fixarmos f 0 (0) = 0, qual deve ser o valor de A e B para que f e f 0 sejam contı́nuas em
x = 0.

Solução.

(a) Se x 6= 0, temos que

(A eAx + B e−Bx )2x − 2(eAx − e−Bx )


f 0 (x) =
4x2
Ax
A xe + Bxe −Bx − eAx + e−Bx
=
2x2
(Ax − 1)e + (Bx + 1)e−Bx
Ax
= .
2x2

(b) Usando L’Hôspital, obtemos que

(Ax − 1)eAx + (B x + 1)e−Bx


lim f 0 (x) = lim
x→0 x→0 2x2
A eAx + (Ax − 1)A eAx + B e−Bx − (Bx + 1)B e−Bx
= lim
x→0 4x
2A e + (Ax − 1)A e − 2B 2 e−Bx + (Bx + 1)B 2 e−Bx
2 Ax 2 Ax
= lim
x→0 4
2 2
2A − A − 2B + B2 2 A − B2
2
= =
4 4

(c) Fixemos f 0 (0) = 0. Para que f seja contı́nua devemos ter que

eAx − e−Bx A eA x + B e−Bx A+B


lim = lim = =1
x→0 2x x→0 2 2
Logo, temos o seguinte sistema

A+B A2 − B 2
=1 e = 0.
2 4
Consequentemente, A2 = B 2 ⇒ A = B. Portanto, A = 1 e B = 1.
Questão 2. Considere a parábola y = x2 + 5.

(a) Ache as retas tangentes à parábola nos pontos cuja abscissa é x = 2 e x = −2.

(b) Calcule a área da região limitada pela parábola e pelas duas retas tangentes do item (a).

Solução.

(a) O coeficiente angular da reta tangente à y = x2 + 5 no ponto (x, y) é 2x. Portanto, no ponto
(2, 9) é 4 e no ponto (−2, 9) é −4. Colocando na equação da reta y − y0 = m(x − x0 ), obtemos
que a reta tangente no ponto (2, 9) é y = 4x + 1 e no ponto (−2, 9) é y = −4x + 1.

(b) A figura abaixo é um esboço da região cuja área vamos calcular.

Por simetria, basta calcular a área da região contida no primeiro quadrante e multiplicar por
2. Portanto,
2 2
x=2
x3
Z Z
2 2 2
16
A=2 [(x + 5) − (4x + 1)]dx = 2 (x − 4x + 4)dx = ( − 2x + 4x) = .
0 0 3 x=0 3

Questão 3 (2,0 pontos) Resolva as integrais indefinidas abaixo:


R∞ x
(a) 0 x2 e− 2 dx

x2 −2
R
(b) x dx

Solução.
Z b x
R∞ x
(a) A integral desejada é imprópria. Portanto, 0 x2 e− 2 dx = lim x2 e− 2 dx. Fazendo inte-
b→0 0
gração por partes duas vezes, vamos ter
x x x
x2 e− 2 dx = −2x2 e− 2 + 4 xe− 2 dxR
R R
x x x
= −2x2 e− 2 − 8xe− 2 + 8 e− 2 dx
x x x
= −2x2 e− 2 − 8xe− 2 − 16e− 2 + C

Pelo Teorema Fundamental do Cálculo,


Z b
x −b −b −b
x2 e− 2 dx = 16 − 2b2 e 2 − 8be 2 − 16e 2
0

Portanto, Z ∞ x −b −b −b
x2 e− 2 dx = lim (16 − 2b2 e 2 − 8be 2 − 16e 2 ).
0 b→∞

Para calcular o limite com b tendendo a infinito, primeiro note que


b
lim e− 2 = 0.
b→∞

b b
Já os limites lim b2 e− 2 , lim be− 2 são indeterminações do tipo 0 · ∞. Por L’ Hospital, temos
b→∞ b→∞
que
b b2 2b 2
lim b2 e− 2 = lim b = lim b = lim b = 0
b→∞ b→∞ e 2 b→∞ 1 e 2 b→∞ 1 e 2
2 4
e
b b 1
lim be− 2 = lim b = lim b = 0
b→∞ b→∞ e 2 b→∞ e 21
2
Daı́, segue que
Z ∞ x
x2 e− 2 dx = 16.
0
√ √
(b) Faça a substituição x = 2 sec(θ). Nesse caso, dx = 2 sec(θ)tg(θ) dθ e, portanto,
Z √ 2 Z √
x −2 2 tg(θ) √ √ Z
dx = √ 2 sec(θ)tg(θ) dθ = 2 tg 2 (θ) dθ
x 2 sec(θ)

Para resolver a integral em função de θ, lembre-se que tg 2 (θ) = sec2 (θ) − 1. Portanto,
√ Z 2 √ Z √
 Z 
2
2 tg (θ) dθ = 2 sec (θ) dθ − dθ = 2(tg(θ) − θ) + C

Para voltar com a variável x, estudamos o triângulo abaixo

√ x
x2 −2

θ

2


x2 − 2
Segue dele que tg(θ) = √ . Portanto,
2
Z √ 2 √
 
x −2 p x
dx = x2 − 2 − 2 arcsec √ +C
x 2
Questão 4. (3,0 pontos)
x
Considere a função definida por f (x) = . Determine, justificando:
(x + 2)3
1. O domı́nio de f e as assı́ntotas horizontais e verticais, caso existam.

2. Os intervalos onde f é crescente e onde f é decrescente e os pontos de máximo e de mı́nimo


relativos, caso existam.

3. Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para cima e onde é côncavo para baixo e os pontos
de inflexão, caso existam.

4. O esboço do gráfico de f e os extremos absolutos, caso existam.

Solução.

1. A função está bem definida para todo R exceto para x = −2. Logo,

Dom(f ) = R \ {−2} = (−∞, −2) ∪ (−2, +∞).

Usando a regra de L’Hospital, temos que


x 1
lim 3
= lim = 0,
x→−∞ (x + 2) x→−∞ 3(x + 2)2

x 1
lim = lim = 0.
x→+∞ (x + 2)3 x→+∞ 3(x + 2)2

Logo, a reta y = 0 é uma assı́ntota horizontal do gráfico de f . Estudando o sinal de f ,


obtemos que
x x
lim 3
= +∞ e lim = −∞.
x→−2 (x + 2)
− x→−2 (x + 2)3
+

Logo, a reta x = −2 é uma assı́ntota vertical do gráfico de f .

2. Temos que

(x + 2)3 − 3x(x + 2)2 2 − 2x


f 0 (x) = = , x 6= −2.
(x + 2)6 (x + 2)4

Logo, o ponto crı́tico de f é x = 1. Note que x = −2 não é um ponto crı́tico, pois a função f
não está definida nesse ponto. Estudando o sinal de f 0 obtemos que:

- f 0 (x) > 0, para todo x ∈ (−∞, −2)∪(−2, 1). Logo, f é crescente no intervalo (−∞, −2)∪
(−2, 1).
- f 0 (x) < 0, para todo x ∈ (1, +∞). Logo, f é decrescente no intervalo (1, +∞).
1
Segue do teste da primeira derivada que f possui um máximo local em x = 1 com f (1) = .
27
3. Temos que

−2(x + 2)4 − 4(2 − 2x)(x + 2)3 6x − 12


f 00 (x) = =
(x + 2)8 (x + 2)5
Estudando o sinal de f 00 obtemos que:

- f 00 (x) > 0, para todo x ∈ (−∞, −2) ∪ (2, +∞). Logo, f tem concavidade para cima no
intervalo (−∞, −2) ∪ (2, +∞).
- f 00 (x) < 0, para todo x ∈ (−2, 2). Logo, f tem concavidade para baixo no intervalo
(−2, 2).

Consequentemente, (2, 1/32) é um ponto de inflexão.

4. Esboço do gráfico.

Finalmente, podemos concluir do gráfico que o ponto (1, 1/27) é apenas um ponto de máximo
local, visto que
x x
lim = +∞ e lim = −∞.
x→−2− (x + 2)3 x→−2+ (x + 2)3
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Instituto de Matemática
PROVA FINAL UNIFICADA – CÁLCULO I
POLITÉCNICA E ENGENHARIA QUÍMICA 01/12/2011.

GABARITO

1a Questão. (2.5 pontos).


Determine a equação da reta que passa pelo ponto (−2, 1) e que faz com os eixos coorde-
nados um triângulo, no segundo quadrante, de modo que o volume do sólido obtido pela
rotação do triângulo em torno do eixo y seja mı́nimo.
• Solução.
y

Na figura ao lado, sejam

x : Base do triângulo.
y : Altura do triângulo.
y
(−2, 1)
A função a ser minimizada é o volume • 1

de um cone de raio x e altura y, isto é


−2
x
π
V = x2 y,
3
x
y 1 x (x − 2)
onde = ⇒ y= .
x x−2 x−2
π x3
Logo, V (x) = que é contı́nua em (2, +∞). Derivando temos
3x−2
π 3x2 (x − 2) − x3 π 2x3 − 6x2
V ′ (x) = = .
3 (x − 2)2 3 (x − 2)2
Assim, V ′ (x) existe, para todo x ∈ (2, +∞). Pontos crı́ticos

V ′ (x) = 0 =⇒ 2x2 (x − 3) = 0 =⇒ x = 3 ∈ (2, +∞).

Estudando o sinal de V ′ (x) temos

(i) V ′ (x) < 0 no intervalo (2, 3).


(ii) V ′ (x) > 0 no intervalo (3, +∞).

Logo, como V (x) é contı́nua em (2, +∞), V (x) tem um mı́nimo absoluto em x = 3. Alem
disso, para x = 3 temos que y = 3. Portanto a reta passa pelos ponto (−3, 0) e (3, 0).
Logo a equação da reta está dada por
x y
+ =1 =⇒ y = x + 3.
−3 3

2a Questão. (2.0 pontos).


Calcule
√ √
x + 2 − 2x
(a) lim .
x→2 x2 − 2x

1
π/2
sen(2x)
Z
(b) dx.
0 sen2 (x) − sen(x) − 2
• Solução.

(a) Analisando separadamente o numerador e o denominador respectivamente temos que


√ √
lim = x + 2 − 2x = 0 e lim = x2 − 2x = 0.
x→2 x→2

Resultando numa indeterminação “ 00 ”. Uma das hipóteses exigidas pelo Teorema


do L’Hospital. Sabendo que as funções envolvidas estão satisfazendo as hipóteses
restantes, temos pelo L’Hospital que
√ √ √1 √1
x + 2 − 2x 2 x+2
− 2x
lim = lim .
x→2 x2 − 2x x→2 2x − 2
Organizando melhor o último limite, temos que

√1 √1
√ √
2 x+2
− 2x 2x − 2 x + 2
lim = lim √ √ .
x→2 2x − 2 x→2 (2 x + 2 2x)(2x − 2)

De novo, analisando separadamente o numerador e o denominador respectivamente


encontramos que
√ √ √ √
lim 2x − 2 x + 2 = −2 e lim (2 x + 2 2x)(2x − 2) = 16.
x→2 x→2

Logo, chegamos no resultado do limite abaixo


√ √ √1 √1
x + 2 − 2x 2 x+2
− 2x 1
lim = lim =− .
x→2 x2 − 2x x→2 2x − 2 8

(b) Usaremos a identidade sen(2x) = 2sen(x) cos(x) e a substituição u = sen(x)


(dx = cos(x)dx), para deduzir que

x = 0 −→ u = 0
π
x= −→ u = 1.
2
Portanto, substituindo temos
π/2 1 1
sen(2x) 2u 2u
Z Z Z
I= 2
dx = 2
du = du.
0 sen (x) − sen(x) − 2 0 u −u−2 0 (u − 2)(u + 1)

Por frações parciais


2u A B 4 2
= + =⇒ A= e B= .
(u − 2)(u + 1) (u − 2) (u + 1) 3 3

Logo
1 1
2u 4 1 2 1 1
Z Z Z
I= du = du + du
0 (u − 2)(u + 1) 3 0 (u − 2) 3 0 (u + 1)
4 1 2 1
= ln |u − 2| + ln |u + 1|

3 0 3 0

4 2 2
= − ln(2) + ln(2) = − ln(2).
3 3 3

2
3a Questão. (2.5 pontos).
Z yp
Seja a função f (y) = sec4 (t) − 1dt.
0

1. Calcule o(s) ponto(s) crı́tico(s) de f (y) no intervalo [− π4 , π4 ].


2. Determine o comprimento de f (y) no intervalo [− π4 , π4 ].

• Solução.

1. Pelo Teorema Fundamental do Cálculo temos que


p
f ′ (y) = sec4 (y) − 1.

Encontrando os pontos crı́ticos:

f ′ (y) = sec4 (y) − 1 = 0 ⇒ sec4 (y) = 1 ⇒ sec(y) = ±1.


p

Como y ∈ [− π4 , π4 ] devemos ter sec(y) = 1. Logo y = 0 é o único número crı́tico de


f em [− π4 , π4 ].
2. O comprimento do gráfico de f no intervalo dado é
Z π p Z π p Z π
4 4 4 π
′ 2
1 + (f (y)) dy = 4
1 + (sec(y) − 1)dy = sec2 (y)dy = tg (y) −4 π = 2.
4
− π4 − π4 − π4

4a Questão. (3.0 pontos).


1 + ln(x)
Dada a função f (x) = . Determine, justificando:
x
1. O domı́nio de f e as assı́ntotas horizontais e verticais, caso existam.
2. Os intervalos onde f é crescente e onde f é decrescente e os pontos de máximos e de
mı́nimos relativos, caso existam.
3. Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para cima e onde é côncavo para baixo
e os pontos de inflexão, caso existam.
4. O esboço do gráfico de f e os extremos absolutos, caso existam.

• Solução.

1. Domı́nio de f : (0, +∞). Cálculo de assı́ntotas (usando L’Hospital):

1 + ln(x) 1/x 1
lim f (x) = lim = lim = lim = 0.
x→+∞ x→+∞ x x→+∞ 1 x→+∞ x

Logo, a reta y = 0 é uma assı́ntota horizontal ao gráfico de f . Além disso


1 + ln(x)
lim f (x) = lim = −∞.
x→0+ x→0+ x
Portanto a reta x = 0 é uma assı́ntota vertical ao gráfico de f .
2. Pontos crı́ticos:
1
.x − 1(1 + ln(x)) 1 − 1 − ln(x) − ln(x)
f ′ (x) = x 2
= 2
= .
x x x2
Assim, f ′ (x) = 0 se e somente se x = 1. Portanto x = 1 é um número crı́tico de f .
Estudando o sinal de f ′ (x):
(i) f ′ (x) < 0 para x > 1. Então f é decrescente em (1, +∞).

3
(ii) f ′ (x) > 0 para 0 < x < 1. Então f é crescente em (0, 1).
Então, pelo teste da derivada primeira, f tem um máximo relativo em x = 1. Máx.
relativo : f (1) = 1.
− ln(x)
3. Como f ′ (x) = , então
x2
−1 2
.x + 2x ln(x) −x + 2x ln(x) −1 + 2 ln(x)
f (x) = x
′′
= = ,
x4 x4 x3
logo, f ′′ (x) existe, para todo x > 0. Tambem

f ′′ (x) = 0 =⇒ −1 + 2 ln(x) =⇒ ln(x) = 2 =⇒ x = e1/2 .

Assim, estudando o sinal de f ′′ (x) teremos:


(i) f ′′ (x) < 0 para 0 < x < e1/2 . Então f é côncava para baixo em (0, e1/2 ).
(ii) f ′′ (x) > 0 para x > e1/2 . Então f é côncava para cima em (e1/2 , +∞).
Logo, o gráfico de f tem um ponto de inflexão em x = e1/2 . Ponto de Inflexão :
(e1/2 , 2e31/2 ).
4. Esboço do gráfico.
y

3
2e1/2

e−1
x
1 e1/2

Finalmente, podemos concluı́r do gráfico que f (1) = 1 é o máximo absoluto de f ,


pois f (x) ≤ 1 para todo x ∈ (0, +∞).

4
Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Departamento de Métodos Matemáticos

Prova Final Unificada de Cálculo I - Politécnica e Engenharia Quı́mica


30/06/2011

1a Questão: (2 pontos)
Considere a parábola y = 12 − x2 , no primeiro quadrante.

a) Encontre a equação da reta tangente à parábola, passando pelo ponto P0 = (x0 , y0 ).


b) Encontre a área do triângulo determinado pelo eixo x, eixo y e a reta tangente do item
anterior, no primeiro quadrante.
c) Encontre o ponto P0 sobre a parábola, tal que o triângulo do item anterior tenha área
mı́nima. Justifique.

2a Questão: (2 pontos)
sen x
Seja r a reta tangente ao gráfico de f (x) = x2 tg x + 2x no ponto (0 , 0) e seja s a reta
e
tangente à curva x4 + y 4 = x + y no ponto (1 , 1).
Pergunta-se: as retas r e s são paralelas? Perpendiculares? Nem paralelas nem perpen-
diculares?
Justifique sua resposta!!!

3a Questão: (3 pontos)
Calcule
Z ∞
a) e−5x x2 dx
Z0
x
b) √ dx
3x + 1
4a Questão: (3 pontos)

a) Calcule o comprimento de arco da curva x2 = (2y)3 , 1 ≤ x ≤ 2 2.
1
b) Calcule a área limitada pela curva x = 1 − 2 e as retas x = 1, y = 1 e y = 4. Faça
y
um esboço da área que está calculando.

JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS !

Boa Sorte!!!
Universidade Federal do Rio de Janeiro
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Departamento de Métodos Matemáticos

Prova Final Unificada de Cálculo I - Politécnica e Engenharia Quı́mica


30/06/2011

1a Questão: (2 pontos)
Considere a parábola y = 12 − x2 , no primeiro quadrante.

a) Encontre a equação da reta tangente à parábola, passando pelo ponto P0 = (x0 , y0 ).


b) Encontre a área do triângulo determinado pelo eixo x, eixo y e a reta tangente do item
anterior, no primeiro quadrante.
c) Encontre o ponto P0 sobre a parábola, tal que o triângulo do item anterior tenha área
mı́nima. Justifique.

Solução

a) A reta tangente é dada por:

y = (12 − x20 ) + (−2x0 )(x − x0 ) = 12 − 2x0 x + x20 .

12 + x20
b) A interseção da reta tangente com o eixo x é obtida fazendo y = 0: x = .
2x0
A interseção da reta tangente com o eixo y é obtida fazendo x = 0: y = 12 + x20 .
Logo a área é dada por:
µ ¶
(12 + x20 ) 12 + x20 (12 + x20 )2 √
A(x0 ) = = , 0 < x0 ≤ 12.
2 2x0 4x0

c) Procurando por pontos crı́ticos:


3(12 + x20 )(x20 − 4)
A0 (x0 ) = =0
4x20
quando x0 = 2; logo temos um único ponto crı́tico, x0 = 2.

Como A0 (x0 ) < 0 se 0 < x0 < 2, a função é decrescente em


√ (0, 2).
0
Como A (x0 ) > 0 se x0 > 2, a função é crescente em (2, 12).
Logo, o ponto (2, 8) é ponto de mı́nimo local.

Como
√ A(x 0 ) é uma função contı́nua em (0, 12 ] com um único ponto crı́tico em
(0, 12 ], o ponto (2, 8) é de mı́nimo absoluto.
2a Questão: (2 pontos)
sen x
Seja r a reta tangente ao gráfico de f (x) = x2 tg x + 2x no ponto (0 , 0) e seja s a reta
e
tangente à curva x4 + y 4 = x + y no ponto (1 , 1).
Pergunta-se: as retas r e s são paralelas? Perpendiculares? Nem paralelas nem perpen-
diculares?
Justifique sua resposta!!!

Solução

cos xe2x − 2 sen xe2x


f 0 (x) = 2x tg x + x2 sec2 x + .
e4x
Então f 0 (0) = 1, ou seja, o coeficiente angular da reta r vale 1.
Por outro lado, derivando implicitamente os dois membros da equação x4 + y 4 = x + y
obtemos
4x3 + 4y 3 y 0 = 1 + y 0 .
Logo, no ponto (1 , 1), encontramos y 0 = −1 que é o coeficiente angular da reta s.
Como o produto dos coeficientes angulares das duas retas é igual a −1, concluı́mos que
elas são perpendiculares.

2
3a Questão: (3 pontos)
Calcule
Z ∞
a) e−5x x2 dx
0
Z
x
b) √ dx
3x + 1
Solução

a) Vamos calcular a integral indefinida usando o método de integração por partes. Esco-
e−5x
lhemos u = x2 e dv = e−5x dx, obtendo du = 2x dx e v = . Logo,
−5
Z Z −5x Z
−5x 2 e−5x 2 e e−5x 2 2
e x dx = x − 2x dx = − x + e−5x x dx.
−5 −5 5 5

Usando novamente o método de integração por partes, escolhendo u = x e dv = e−5x dx


e−5x
e obtendo du = dx e v = , temos:
−5
Z µ Z −5x ¶
e−5x 2 2 −5x e−5x 2 2 e−5x e
− x + e x dx = − x + x− dx =
5 5 5 5 −5 −5
Z
e−5x 2 2 −5x 2
=− x − e x+ e−5x dx.
5 25 25
Logo, Z
−5x 2 e−5x 2 2 2 −5x
e x dx = − x − e−5x x − e + C.
5 25 125
Portanto
Z ∞ Z b · −5b ¸ · ¸
−5x 2 −5x 2 e 2 2 −5b 2 −5b 2
e x dx = lim e x dx = lim − b − e b− e − − ,
0 b→∞ 0 b→∞ 5 25 125 125

onde
2
lim =0
b→∞ 125e5b

e por L’Hospital,
2b 2
lim = lim = 0,
b→∞ 25e5b b→∞ 125e5b

b2 2b
lim 5b = lim = 0.
b→∞ 5e b→∞ 25e5b

Concluindo, Z ∞
2
e−5x x2 dx = .
0 125
u−1 du
b) Fazendo a substituição u = 3x + 1, obtemos x = e dx = . Assim,
3 3
Z Z Z µ ¶
x u−1 1 ¡ 1/2 −1/2
¢ 1 2u3/2 1/2
√ dx = √ du = u −u du = − 2u +C =
3x + 1 9 u 9 9 3
· ¸
1 2(3x + 1)3/2 1/2
= − 2(3x + 1) +C
9 3

3
4a Questão: (3 pontos)

a) Calcule o comprimento de arco da curva x2 = (2y)3 , 1 ≤ x ≤ 2 2.
1
b) Calcule a área limitada pela curva x = 1 − 2 e as retas x = 1, y = 1 e y = 4. Faça
y
um esboço da área que está calculando.

Solução

a) O comprimento da curva é dado por


Z √
2 2 p
1 + (y 0 (x))2 dx.
1

Como
x2/3
y=
,
2
temos √
p 9x2/3 + 1
1 + (y 0 (x))2 = .
3x1/3
dx du
Fazendo a substituição u = 9x2/3 + 1, obtemos 1/3 = . Logo
3x 18
Z √ 2/3 Z
9x + 1 1 1/2 u3/2 (9x2/3 + 1)3/2
dx = u du = + C = + C.
3x1/3 18 27 27
Assim, o comprimento da curva é:

(19)3/2 − (10)3/2
.
27

b) Um esboço da área pode ser obtido, trocando a posição dos eixos x e y, como na figura
abaixo.

Calculando a área,
Z 4 µ ¶ Z 4
1 1 1 3
1− 1− 2 dy = 2
dy = − + 1 = .
1 y 1 y 4 4

4
 
DEPARTAMENTO de MÉTODOS MATEMÁTICOS
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

GABARITO da PROVA FINAL UNIFICADA de CÁLCULO I


13 de dezembro de 2010

Questão 1. (1,5 pontos)

Seja f (x) = 2x2 − x. Determine o ponto do gráfico de f onde a tangente é paralela à reta
3x − y − 4 = 0 e encontre uma equação dessa reta tangente.

Solução.

Seja P = (xp , yp ) o ponto procurado. Então, f 0 (P ) é igual ao coeficente angular da reta dada.
Como o coeficiente angular da reta 3x − y − 4 = 0 é 3, temos f 0 (P ) = 3, isto é, 4xp − 1 = 3. Logo,
xp = 1 e P é o ponto (1, f (1)) = (1, 1).
Portanto, a reta pedida tem equação y − 1 = 3(x − 1) ou y = 3x − 2.

Questão 2. (3,5 pontos)


x2
Seja f (x) = . Obtenha, caso existam:
x2 − 1
(a) As assı́ntotas horizontais e verticais do gráfico de f .
(b) Os intervalos onde f é crescente e onde é decrescente.
(c) Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para cima, onde é côncavo para baixo e os pontos
de inflexão.
Usando as informações acima, esboce o gráfico de f e determine seus valores extremos (relativos e
absolutos) caso existam.

Solução.
(a) Assı́ntotas Horizontais.
x2 1/x2
lim = lim = 1.
x→±∞ x2 − 1 x→±∞ 1 + 1/x2

Logo, y = 1 é uma assı́ntota horizontal do gráfico de f .

Assı́ntotas Verticais. Como só existem assı́ntotas verticais nos números onde a função não é
contı́nua, vamos verificar o que ocorre em x = ±1.
Note que
x2 x2
lim 2 = lim 2
= +∞,
x→1+ x − 1 x→−1− x − 1
pois
x2 − 1 = (x + 1)(x − 1) → 0+ quando x → 1+ ou x → −1− .
Além disso,
x2 x2
lim = lim = −∞,
x→1− x2 − 1 x→−1+ x2 − 1
pois
x2 − 1 = (x + 1)(x − 1) → 0− quando x → 1− ou x → −1+ .
Logo, x = 1 e x = −1 são assı́ntotas verticais do gráfico de f .
−2x
(b) f 0 (x) = .
(x2
− 1)2
Como (x2 − 1)2 é maior que zero para x 6= ±1, f 0 (x) > 0 ⇔ −2x > 0. Então, f é crescente
nos intervalos (−∞, −1) e (−1, 0).
Analogamente f 0 (x) < 0 ⇔ −2x < 0. Logo, f é decrescente nos intervalos (0, 1) e (1, +∞).
Em vista disso, (0, f (0)) é ponto de máximo relativo.

00 6x2 + 2
(c) f (x) = .
(x2 − 1)3
00
Como 6x2 + 2 é sempre maior que zero, se x ∈ (−∞, −1) ∪ (1, +∞), f (x) > 0 e o gráfico de
00
f é côncavo para cima. Se x ∈ (−1, 1), f (x) < 0 e o gráfico de f é côncavo para baixo.

Reunindo as informações acima, obtemos o gráfico ao


lado.

Valores extremos.
De acordo com o item (b) e da observação do gráfico,
temos apenas o máximo relativo 0 em x = 0.

Questão 3. (2,0 pontos)

Seja R a região delimitada por cima pela curva y = −x2 + 5 e por baixo pela curva y = 4/x2 .
Desenhe a região R e calcule sua área.

Solução.

Para achar os pontos de interseção das curvas, basta


resolver a equação 4/x2 = −x2 + 5, que é equivalente à
equação biquadrática

x4 − 5x2 + 4 = 0.

Suas raı́zes são x = ±1 e x = ±2. A região R está


compreendida entre as curvas nos intervalos [−2, −1] e
[1, 2], pois somente nesses intervalos y = −x2 + 5 está
acima de y = 4/x2 . Portanto, a área de R é
Z −1 Z 2
4 4
A= (−x2 + 5 − 2 ) dx + (−x2 + 5 − 2 ) dx.
−2 x 1 x
Por simetria, basta calcular a segunda integral (as funções são pares!). Pelo Teorema Fundamental
do Cálculo, temos
Z 2  3  x=2
2 4 x 4 8 1 2
(−x + 5 − 2 ) dx = − + 5x + = (− + 10 + 2) − (− + 5 + 4) = .
1 x 3 x x=1 3 3 3

Logo,
2 2 4
A= + = .
3 3 3
Questão 4. (3,0 pontos)

Calcule:
e2t
Z Z
1
(a) √ dt (b) √ dx .
1 − et 4 + x2

Solução.

(a) Solução 1: Substituição simples. Esta integral admite várias formas de solução via
substituição simples. Uma delas é reescrevê-la na forma
Z
1
et (1 − et )− 2 et dt

e tomar w = 1 − et . Assim, −dw = et dt e et = 1 − w. Fazendo a substituição na integral


acima,
Z Z
1 1 1 2 3 1
(1 − w)w− 2 (−dw) = (w 2 − w− 2 )dw = w 2 − 2w 2 + C.
3
Substituindo o valor de w,

e2t
Z
2 3 1
√ dt = (1 − et ) 2 − 2(1 − et ) 2 + C.
1−e t 3
Solução 2: Integração por partes. Uma outra forma de resolver é aplicando o método
de integração por partes:
Z Z
udv = uv − vdu.

1
Fazendo u = et e dv = et (1 − et )− 2 dt, resulta que
Z
1
t
du = e dt e v = et (1 − et )− 2 dt.

Para resolver esta última integral, basta fazer uma substituição simples da forma w = 1 − et .
Teremos −dw = et dt. Então,
Z
1 1 1
v= w− 2 (−dw) = −2w 2 = −2(1 − et ) 2 .

Aplicando na fórmula de integração por partes,


Z Z
t t − 12 t t t 1 1
e (1 − e ) e dt = −2e (1 − e ) − 2 −2(1 − et ) 2 et dt.

Esta última integral é resolvida de forma semelhante àquela feita para encontrar o valor de
v. Portanto,

e2t
Z Z
1 1 4 3
√ dt = et (1 − et )− 2 et dt = −2et (1 − et ) 2 − (1 − et ) 2 + C.
1 − et 3
Manipulando-se os resultados encontrados na primeira e na segunda solução, chega-se a

e2t
Z Z
1 2 1
√ dt = et (1 − et )− 2 et dt = (1 − et ) 2 (et + 2) + C.
1 − et 3
(b) Substituição trigonométrica. √
Tomando x = 2 tg θ, com θ ∈ (−π/2, π/2), obtemos 4 + x2 = 2 sec θ e dx = 2 sec2 θ dθ .
Substituindo, Z Z
1
√ dx = sec θ dθ = ln | tg θ + sec θ| + C.
4 + x2
Observando os valores de tg θ e sec θ utilizados na substituição acima, obtemos
x √4 + x2
Z
1 p
√ dx = ln + + C = ln x + 4 + x2 + C.

2 2
2

4+x
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
PROVA FINAL de CÁLCULO I – 2010/1

GABARITO
Questão 1.(1,5 pontos)
Considere a curva S em R2 definida pela função
y−3 3−y
x = f (y) = e 2 + e 2 .
 −3 
Determine o comprimento de S entre os pontos P = e 2 (1 + e3 ), 0 e Q = (2, 3).

Solução.
Z Q p
O comprimento de arco é dado por : 1 + (x0 (y))2 dy. Assim,
P

dx 1 h y−3 3−y
i 1  y−3
(x0 (y))2 = + e3−y − 2 .

= e 2 −e 2 =⇒ e
dy 2 4
Logo,
Z Q Z r h
Q
1 y−3 3−y 2
p i
1+ (x0 (y))2 dy = e 2 +e 2 dy
P P 4
h y−3 3−y
i 3
= e 2 −e 2
= e−3/2 (e3 − 1).
0

Questão 2.(2,0 pontos)


x2/3 −4
Seja f (x) = 2/3
. Sabendo que f 0 (x) = 1/3 , determine, caso existam:
(x − 6) x (x − 6)5/3

(a) As assı́ntotas horizontais e verticais do gráfico de f .


(b) Os intervalos onde f é crescente e onde é decrescente.
(c) Os valores máximos e mı́nimos relativos e/ou absolutos de f .

Solução.
(a) Assı́ntotas horizontais:

x2/3 x2/3 1
lim = lim = lim = 1.
x→+∞ (x − 6)2/3 x→+∞ x2/3 (1 − 6/x)2/3 x→+∞ (1 − 6/x)2/3

x2/3
De forma similar, lim = 1 . Logo, a reta y = 1 é uma assı́ntota horizontal.
x→−∞ (x − 6)2/3

Assı́ntotas verticais:
x2/3 x2/3
lim− 2/3
= lim+ = +∞ .
x→6 (x − 6) x→6 (x − 6)2/3

Assim, a reta x = 6 é uma assı́ntota vertical. Como f é contı́nua para todo x 6= 6, o gráfico de f
não tem nenhuma outra assı́ntota vertical.
−4
(b) Analisando o sinal de f 0 (x) = :
x1/3 (x
− 6)5/3

x < 0 ⇒ x1/3 < 0 e (x − 6)5/3 < 0 ⇒ f 0 (x) < 0 ⇒ f (x) é decrescente,


0 < x < 6 ⇒ x1/3 > 0 e (x − 6)5/3 < 0 ⇒ f 0 (x) > 0 ⇒ f (x) é crescente,
x > 6 ⇒ x1/3 > 0 e (x − 6)5/3 > 0 ⇒ f 0 (x) < 0 ⇒ f (x) é decrescente.

Ou seja, f é crescente em (0, 6) e decrescente em (−∞, 0) ∪ (6, +∞).


(c) Do item anterior vemos que f (0) é um valor mı́nimo relativo de f . Porém, em x = 6 não há
extremo pois f não está definida neste número.
Como f (0) = 0 e f (x) ≥ 0, ∀x 6= 6, f (0) é também o mı́nimo absoluto de f . Este é o único valor
extremo de f .
Questão 3.(2,0 pontos)

Calcule os seguintes limites:


Z sen (x)

tg (t)dt   2x
 7
(a) lim  Z0 (b) lim 1 + 2
 
x
x

x→0  x→∞
sen (t)dt

0

Solução.

(a) Note que temos a indeterminação 0/0. Logo aplicando a regra de L’Hôspital e o Teorema Funda-
mental do Cálculo, teremos que
 
tg ( sen (x)). cos(x)
I = lim
x→0 sen (x)
 
tg ( sen (x))  
= lim lim cos(x) .
x→0 sen (x) x→0

Novamente, no primeiro limite temos a indeterminação 0/0. Usando L’Hôspital teremos que

tg ( sen (x)) sec2 ( sen (x)) cos(x)


lim = lim = sec2 ( sen (0)) = 1.
x→0 sen (x) x→0 cos(x)

Portanto o valor da integral será I = 1.1 = 1.


(b) Note que temos a indeterminação 1∞ , portanto usaremos a seguinte identidade:
 2x  
7 7

7
2x ln 1 + 2 2x ln 1 + 2
1+ 2 = e x = e x .
x

Como a função exponencial é uma função contı́nua, temos que


  
7
 2x  lim 2x ln 1 +
7

x→∞ x2
lim 1 + 2 = e . (1)
x→∞ x
Finalmente, note que (usando L’Hôspital) temos que
 
7
  ln 1 + 2
7 x
lim 2x ln 1 + 2 = lim
x→∞ x x→∞ 1
2x
−14/x3
 
 1 + 7/x2  
= lim 
 
x→∞  1 
− 2

2x
   
 28x2   28 
= lim    = lim     = 0.
x→∞  7  x→∞  7 
x3 1 + 2 x 1+ 2
x x
Portanto, substituı́ndo em (1), temos
  
7
 2x  lim 2x ln 1 +
7

x→∞ x2
lim 1 + 2 = e = e0 = 1.
x→∞ x

Questão 4.(2,0 pontos)


Calcule as seguintes integrais:
1
x3
Z Z
ln x
(a) √ dx (b) √ dx
4 − x2 0
3
x
Solução.

(a) Fazendo x = 2 sen θ ⇒ dx = 2 cos θdθ e 4 − x2 = 2 cos θ.

x3 8 sen 3 θ
Z Z Z
√ dx = 2 cos θ dθ = 8 sen 3 θ dθ
4 − x2 2 cos θ
Z Z
= 8 sen θ sen θ dθ = 8 (1 − cos2 θ) sen θ dθ.
2

Seja u = cos θ ⇒ du = − sen θdθ. Logo


Z Z  3 
2 2 u 8
8 (1 − cos θ) sen θ dθ = 8 (u − 1) du = 8 − u + C = cos3 θ − 8 cos θ + C
3 3
√ !3 √
8 4 − x2 4 − x2 
= −8 +C 
3 2 2 2 
 x
1  p 3 p 
= 4 − x2 − 4 4 − x2 + C. θ
3 √
4 − x2

(b) Por partes:  


u = ln x du = (1/x) dx
⇒ ·
dv = x−1/3 dx v = (3/2) x2/3
Logo, Z Z
−1/3 3 3 −1/3 3 9
x ln x dx = x2/3 ln x − x dx = x2/3 ln x − x2/3 + C.
2 2 2 4
Então,
Z 1 Z 1 1
ln x 3 2/3 9
x−1/3 ln x dx = lim
x ln x − x2/3

√ dx = lim
0
3
x a→0+
a a→0 2
+ 4 a
 
9 3 2/3 9 2/3 9
= lim+ − − a ln a + a =− ,
a→0 4 2 4 4
já que, pela regra de L’Hôspital,

ln a 1/a 3 2/3
lim a2/3 ln a = lim −2/3
= lim 2 −5/3 = lim+ − 2 a = 0.
a→0+ a→0+ a a→0 − a
+ a→0
3

Questão 5.(2,5 pontos)


p 
(a) Calcule a derivada de y = arctg x2 + 1 .

(b) Determine o valor dey 0 (x) no ponto P=(1,1), sabendo que y = y(x) está definido implicitamente
x y
pela equação 3 ln + 5 = 5.
y x
(c) Sejam A e B os pontos em que o gráfico de f (x) = x2 − αx, com α ∈ R, intercepta o eixo-x.
Determine α para que as retas tangentes ao gráfico de f (x) , em A e B, sejam perpendiculares.

Solução.
p  p
(a) Note que: y = arctg x2 + 1 ⇐⇒ tg (y) = x2 + 1. Logo, usando a regra da cadeia
teremos
1 x
sec2 (y)y 0 = √ (2x) = √ .
2
2 x +1 2
x +1

Além disso, como tg (y) = x2 + 1 , então sec2 (y) = 1 + tg 2 (x) = x2 + 2 . Logo
x x
y 0 (x) = √ = √ .
sec2 (y) x2 +1 (x2 + 2) x2 + 1

0 1
OBSERVAÇÃO: Se usar a fórmula [ arctg(t)] = , a resposta também é válida.
1 + t2
 0
x y
(b) Derivando teremos que 3 ln + 5 = 0. Isto é
y x

y y − xy 0
   0 
y x−y
3 +5 = 0.
x y2 x2

Como y(1) = 1 temos:

3(1 − y 0 ) + 5(y 0 − 1) = 0 =⇒ 2y 0 = 2 , logo y 0 (1) = 1.

(c) Note que


f (x) = 0 ⇐⇒ x(x − α) = 0 ⇐⇒ x=0 ou x = α.
Assim , o gráfico de f intercepta o eixo-x nos pontos A=(0, 0) e B=(α, 0). Como f 0 (x) = 2x − α,
temos f 0 (0) = −α e f 0 (α) = α.
Portanto, devemos ter f 0 (0)f 0 (α) = −1. Isto é, (−α)α = −1. Logo α = ±1.
M INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Prova Final Unificada de Cálculo I


Engenharia e Engenharia Quı́mica
16/11/2009

Gabarito

1 a Questão: (3.0 pontos)


2−x
Considere a função f (x) = . Determine:
x3
a)Domı́nio f : R − {0}.
b)Assı́ntotas:
2
2−x x3
− xx3
lim = lim =0
x→±∞ x3 x→±∞ 1
a reta y = 0 é uma assı́ntota horizontal do gráfico de f .
>0 >0
z }| { z }| {
2−x 2−x
lim 3 =∞ e lim− = −∞
x→0+ x
|{z} x→0 x3
|{z}
→0+ →0−

então, x = 0 é uma assı́ntota vertical do gráfico de f .


c) Derivando f (x) :
2x − 6
f 0 (x) = ; f 0 (x) = 0 ⇔ x = 3.
x4
Estudo do sinal de f 0 (x):
Antes de x = 3, excluindo x = 0, f 0 (x) < 0 e depois de x = 3 f 0 (x) > 0. Logo,
x ∈ (−∞, 0) ∪ (0, 3), f 0 (x) < 0 → f é decrescente.
x ∈ (3, ∞), f 0 (x) > 0 → f é crescente.
E ainda, pelo teste da primeira derivada a função tem um mı́nimo local em x = 3.
1
f (3) = − 27 ⇒ mı́nimo local.

d) Derivando novamente f (x):


−6x + 24
f 00 (x) = ; f 00 (x) = 0 ⇔ x = 4.
x5
Estudo do sinal de f 00 (x):
Observe que f 00 (x) é contı́nua pra todo o domı́nio de f e ainda f 00 (−1) = −30, f 00 (1) =
18, f 00 (5) = − 565 . Logo:
x ∈ (−∞, 0) ∪ (4, ∞), f 00 (x) < 0 ⇒ o gráfico de f côncavo para baixo.
x ∈ (0, 4), f 00 (x) > 0 ⇒ o gráfico de f é côncavo para cima.

1
f 00 (x) muda de sinal em x = 4 e existe reta tangente nesse ponto. Logo, (4, − 32 ) é um
ponto de inflexão do gráfico de f .
Figure 1: e) Gráfico

Imagem f : R.
f) Não tem extremo absoluto já que limx→±0 f (x) = ±∞.

2 a Questão: (1.5 pontos)

Água está saindo de um tanque em forma de um cone invertido a uma taxa de


10.000 cm3 /min no momento em que água está sendo bombeada para dentro a uma
taxa constante. O tanque tem 600cm de altura e seu diâmetro no topo é 800 cm. Se o
nı́vel da água está subindo a uma taxa de 20 cm/min quando a altura é 200 cm, encontre
a taxa com que a água está sendo bombeada para dentro do tanque. O volume de um
cone é V = 13 πr2 h.

Solução:
400

600
R

400 600 2
= ⇒ R= H
R H 3
A variação do volume de água é dada pela fórmula:
dV dV
= entra - sai ⇒ = txe (t) − 10000
dt dt
onde txe (t) é a taxa de entrada de água no istante t.

Por outro lado, o volume de um cone é V = 31 πr2 h e r = 32 h, então


µ ¶2
1 2h 4πh3
V = π h= , que derivando implicitamente obtemos
3 3 27
dV 4πh2 dh
dt
= = txe (t) − 10000
dt 9
logo, a taxa de entrada no momento em que a altura é 200cm era
µ ¶
4π(200)2 20
txe = + 10000 cm3 /min
9
3 a Questão: (2.5 pontos)
CalculeZ as integrais abaixo:
cos(θ)
a) 2
dθ; x = sen(θ) ⇒ dx = cos(θ)dθ
sen (θ) − 6sen(θ) + 10
Z Z
dx dx
= ; u = x − 3 ⇒ du = dx
x2 − 6x + 10 (x − 3)2 + 1
Z
du 1
= arctan(u) = arctan(sen(θ) − 3).
u2 + 1 2
Z 0 Z 0
b) |x + 1|dx; observando o gráfico da função percebe-se que basta calcular 2 (x + 1)dx
−2 −1

Z 0 ¯0
x2 ¯
2 (x + 1)dx = + x¯ = 2(1/2) = 1.
−1 2 −1
Z ∞ µZ t ¶
−x −x
c) xe dx = lim xe dx ;
0 t→∞ 0
Z t
Usando integração por partes para resolver xe−x dx; u = x e dv = e−x dx, então
¯t Z t 0
t 1
−x ¯
du = dx e v = −e−x ⇒ (xe )¯ − (−e )dx = −e−t (t + 1) + 1 = − t − t + 1,
−x
0 0 e e
µ ¶
t 1 t 1
lim − t − t + 1 , onde lim t por L’hospital é lim = 0, logo
t→∞ e e t→∞ e t→∞ et
t 1
− lim t − lim t + lim 1 = −0 − 0 + 1 = 1
t→∞ e t→∞ e t→∞

4 a Questão: (1.0 pontos)


Suponha que a função f : [1, 2] → R satisfaça:
i) f (1) = 1; Z 2
0
ii) f é contı́nua em [1, 2] e f 0 (t)dt = 3.
1
Qual é o valor de f (2) ?

Usando o TFC, temos que


Z 2 Z 2
0
f (t)dt = f (2) − f (1) = f (2) − 1 como f 0 (t)dt = 3 ⇒ f (2) = 2.
1 1

5 a Questão: (2.0 pontos)


Esboce e calcule a área da região D limitada pelo gráfico de f (x) = x3 + 2 e sua reta
tangente no ponto (1, 3).

f 0 (x) = 3x2 , logo a reta tangente à função no ponto (1, 3) tem equação y − 3 =
3(x − 1) = 3x. Para obter os pontos de interseção: x3 + 2 = 3x ⇒ x3 − 3x + 2 = 0 que
tem raı́zes 1 (dupla) e x = −2. Portanto,
Z 1 µ 4 ¶
3 x 3 2 ¯¯1 27
area(D) = (x + 2 − 3x)dx = + 2x − x ¯ =
−2 4 2 −2 4
Esboço:
M INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Exame Final de Cálculo I


Engenharia e Engenharia Quı́mica
29/06/2009

1 a Questão: (1.0 pontos)


Calcule
Z as integrais : Z
cos x ln(ln(2v))
a) dx b) dv.
sin2 (x) v ln(2v)
Solução
Z Z Z
cos x cos x 1
a) dx = dx = cossec(x)cotan(x) dx = −cossecx + C
sin2 (x) sin x sin x
[ln(ln(2x))]2
Z
ln(ln(2v))
b) dv = +C
v ln(2v) 2

2 a Questão: (2.0 pontos)


Considere o cone gerado pela rotação do triângulo retângulo ABC, formado
pelos pontos√ A=(0,0), B=(x, 0) e C = (0, y), em torno do eixo y. A hipotenusa
BC mede 3. Determine os valores de x e y que dão o maior volume possı́vel
ao cone.
Solução
π
O volume do cone é : V = x2 y. Temos que x2 + y 2 = 3.
3 √
π
Assim o volume V do cone vale V (y) = (3 − y 2 )y, para y ∈ [0, 3]. Derivando
3
0 π 2
ambos os lados temos: V (y) = (3 − 3y )
0
3
Então, V√ (y) = 0 ⇒ y = −1 ou y = 1, sendo y=1 o único ponto crı́tico √ para
00
0 < y < 3. Como√ V (1) = −2π < 0 y=1 é ponto
√ de máximo em (0, 3). Como
V(0)=0 e v( 3)=0 ,vemos que y=1 e x = 2 darão o maior volume possı́vel
para este cone.

3 a Questão: (2.0 pontos)


Determine uma função f : (0, ∞) −→ R tal que satisfaça a :
i)f (3) = 51 .
Z x
0 x2
ii) tf (t) dt =
0 x+2

Solução
x
2x(x + 2) − x2
Z 
d 0 x(x + 4)
Derivando ambos os lados temos : tf (t) dt = 2
= .
dx 0 (x + 2) (x + 2)2

0 x(x + 4)
Pelo Teorema Fundamental do Cálculo : xf (x) =
(x + 2)2
0 x+4 1 2
Logo, f (x) = 2
= + .
(x + 2) x + 2 (x + 2)2
2
Integrando ambos os lados : f (x) = ln(x + 2) − +C
x+2
3
Como f (3) = 15 temos C = − ln 5.
5
2 3
Portanto, f (x) = ln(x + 2) − + − ln 5
x+2 5
4 a Questão: (2.0 pontos)
Considere f e g funções tais que f, g : [1, ∞) −→ R definidas por:
ln(x) 1
f (x) = 3
e g(x) = 3
x x
Determine o valor da área compreendida entre a função f e a função g.

Solução
0 x2 (1 − 3 ln x) 1 − 3 ln x
f (x) = 3
= .
x x
0 1 √
Assim, f (x) = 0 ⇒ ln x = . Logo, x= 3 e.
3
Como f (x) = g(x) ⇒ x = e, temos que:
i)Para 1 ≤ x ≤ e → f (x) ≤ g(x)
ii)Para e ≤ x ≤ ∞ → g(x) ≤ f (x).

Também temos:
Z
1 1
iii) 3
dx = − 2 + C
Z x 2x Z
ln x ln x 1 1 ln x 1 1 + 2 ln x
iv) 3
dx = − 2 + 3
dx = − 2 − 2 = − +C
x 2x 2 x 2x 4x 4x2
Então, a área pedida A vale:

Z e Z ∞
1 ln x ln x 1
A= 3
− 3 dx + 3
− 3 dx
1 x x e x x
Z e e
1 ln x 1 1 + 2 ln x 1 1
3
− dx = − + = + .
1 x x3 2x2 4x2
1 4e2 4
Z ∞   ∞      
ln x 1 1 + 2 ln x 1 3 1 1 + 2 ln x 1
− dx = − + 2 = − − 2 + 2 + lim − + 2
e x3 x3 4x2 2x e 4e 2e x→∞ 4x2 2x
   
1 1 + 2 ln x 1
= 2 + lim − + 2
4e x→∞ 4x2 2x
Usando L´Hospital, obtemos:
Z ∞
ln x 1 1
3
− 3 dx = 2
e x x 4e
1 1 1 1 1
Assim, A = 2
+ + 2 = 2+
4e 4 4e 2e 4
5 a Questão: (3.0 pontos)
0
A figura ao lado mostra o gráfico de y = f (x) , a
derivada da função f (x), para x > 0.
0 14
a) Sabendo que, para x ≥ 7 , f (x) = , e que
x
f (7) = 0, pede-se limx→∞ f (x).
b)Sabendo ainda que :
f (0) = −5. O mı́nimo de f no intervalo [1,7] é y = − 5. O máximo de f no
intervalo [1,7] é y = 4. PEDE-SE um esboço do gráfico de f (x), assinalando
:
i)Os pontos (x, y) (caso existam) de máximo ou mı́nimo locais ou absolutos.
ii)Os valores de x(caso existam ) para os quais há ponto de inflexão.

Solução
0 14
a)Se f (x) = e f (7) = 0 ,pelo Teorema Fundamental do Cálculo temos
x
que para Z xx ≥ 7 :
14
f (x) = du = 14(ln x − ln 7) e limx→∞ f (x) = +∞.
7 u
b)Como f´(1)=0 e f´(5)=0 ⇒ x=1 e x=5 são pontos crı́ticos em [0, ∞).
Estudo do sinal de f´(x).
i)Para x ∈ (1, 5), f´(x) < 0 ⇒ f é decrescente em [1,5].
ii)Para x ∈ (0, 1) ∪ (5, ∞), f´(x) > 0 ⇒ f é crescente em x ∈ (0, 1) ∪ (5, ∞).
Pelo teste da primeira deriva, f tem um máximo local em x=1 e um mı́nimo
local em x=5.
Estudo do sinal de f ”(x).
i)Para x ∈ (0, 3), f ’(x) é decrescente, e temos f 00 (x) < 0. Portanto, o gráfico de
f é côncavo para baixo neste intervalo.
ii)Para x ∈ (3, 6), f ’(x) é crescente, logo f 00 (x) > 0 e o gráfico de f é côncavo
para cima neste intervalo.
iii)Para x ∈ (6, ∞), f´(x) é decrescente e temos f 00 (x) < 0 sendo o gráfico de f
côncavo para baixo neste intervalo.
Como f ”(3)=0 e f ”(6)=0 e há mudança de concavidade nos pontos de abscis-
sas x=3 e x=6, estes pontos são pontos de inflexão.
Gráfico de f.
O menor valor que f asssume é -5; os pontos (0,-5) e (5,-5) são pontos de
mı́nimo absoluto . Como lim∞ f (x) = +∞, f não tem máximo absoluto. Assim,
o gráfico pedido é:
 
Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo I
Engenharia, Matemática Aplicada e Ciência da Computação
07/07/2008

1a Questão:
Sejam a e b números reais e a função f : R → R definida por



 x+a se x ≤ 0;

 r sen x
f (x) = se 0 < x < π;

 x


b se x ≥ π.

Determine a e b para que f seja contı́nua. Justifique suas respostas.

Solução: Da definição de f (x), temos que ela é uma função contı́nua se, e somente se, for
contı́nua nos pontos x = 0 e x = π, isto é,

lim f (x) = lim+ f (x) = f (0) e lim f (x) = lim+ f (x) = f (π)
x→0− x→0 x→π − x→π

Calculando os limites acima:

lim f (x) = lim− (x + a) = a;




 x→0− x→0
r r
sen x sen x
 lim f (x) = lim
 = lim = 1;
x→0 + x→0 + x x→0 + x
r r
sen x sen x

 lim f (x) = lim
 = lim = 0;
x→π − x→π − x x→π − x
 lim f (x) = lim b = b.

x→π + x→π +

Portanto, f (x) é uma função contı́nua se, e somente se, a = 1 e b = 0.

2a Questão:

2 3m
Um peso deve ficar suspenso a 4m de uma superfı́cie horizontal por
A B
meio de uma armação de arame em forma de Y , como na figura
ao lado (onde os pontos A, B e P são os vértices de um triângulo 4m

isósceles). Se os pontos de sustentação A e B distam 2 3m, deter- P

mine o comprimento mı́nimo de arame necessário para a armação.

Solução: Seja x = P C. Então DC = 4 − x e segue do


Teorema de Pitágoras que
D
p A B
AP = BP = 3 + (4 − x)2 .

P
Como o comprimento total do arame é AP + BP + P C, C
devemos considerar a função
p p
L(x) = x + 2 3 + (4 − x)2 = x + 2 x2 − 8x + 19.

Observe que para que o peso fique a 4m abaixo da superfı́cie, é necessário que se x ∈ (0, 4),
que será o domı́nio de L(x).

1
Calculemos os pontos crı́ticos de L:
2x − 8 p
L′ (x) = 1 + √ = 0 ⇐⇒ x2 − 8x + 19 = 8 − 2x.
x2 − 8x + 19
Elevando ao quadrado ambos os lados da equação acima, obtemos

x2 − 8x + 15 = 0 cujas raı́zes são x0 = 3, x1 = 5.

Portanto, o único ponto crı́tico de L é x0 = 3, já que x1 = 5 não está no seu domı́no.
Para concluir que x0 é ponto de mı́nimo, analisemos o sinal da derivada de L:
p
L′ (x) > 0 ⇐⇒ x2 − 8x + 19 > 8 − 2x.

Elevando ao quadrado a desigualdade acima, obtemos x2 −8x+15 < 0, o que ocorre somente
se x ∈ (3, 5). Assim, L é estritamtne crescente no intervalo (3, 4) e estritamente decrescente
no complementar, isto é, em (0, 3). Portanto, x0 = 3 é, de fato, ponto de mı́nimo global.

3a Questão:
Considere a função f : (0, +∞) → R tal que f ′ (x) = ln x + 1 e f (1) = 1.
a) Determine os intervalos onde f é crescente e onde é decrescente;
b) Determine os intervalos onde f é convexa (concavidade para cima) e onde é côncava (concavidade
para baixo), explicitando seus pontos de inflexão;
c) Determine f (x) e esboce seu gráfico.

Solução: • Analisemos o sinal de f ′ (x).


1

 f ′ (x) > 0 ⇐⇒ ln x > −1 ⇐⇒ x > ;

e
 f ′ (x) < 0 ⇐⇒ ln x < −1 ⇐⇒ x < 1 .

e
Portanto, f é crescente no intervalo (1/e, +∞) e decrescente em (0, 1/e) e, conseqüentemente,
x0 = e−1 é ponto de mı́nimo global.
• Analisemos a concavidade de f (x). Como f ′′ (x) = 1/x > 0 para todo x > 0, segue que f
é função convexa, isto é, seu gráfico tem concavidade para cima e, conseqüentemente, não
possui pontos de inflexão.
• Determinemos f (x). Por definição, f (x) é uma primitiva de f ′ (x) = ln x + 1. Como por
hipótese f (1) = 1, segue do Teorema Fundamental do Cálculo, que
Z x Z x
f ′ (t) dt = f (x) − f (1) = f (x) − 1 ⇒ f (x) = f ′ (t) dt + 1.
1 1

Calculemos a integral:
Z x Z xh i x
f ′ (t) dt = ln t + 1 dt = t ln t = x ln x.

1 1 1

Portanto, f (x) = x ln x + 1 e seu gráfico é:


y
1

x
1/e

Observe que

lim f (x) = +∞, lim f (x) = 1, lim f ′ (x) = −∞.


x→+∞ x→0+ x→+∞

2
4a Questão:
y
Um reservatório tem a forma do parabolóide de revolução obtido
girando-se o gráfico de y = x2 em torno do eixo y (com as escalas
dos eixos em metros), como na figura ao lado. Sabendo que este
reservatório está sendo preenchido com água a uma taxa de 0,25
m3 /min, determine: 2m
a) o volume de água no instante t0 em que seu nı́vel está a 2 x
metros de altura em relação ao solo;
b) a velocidade no instante t0 do item (a) com que o nı́vel da
água está subindo.

Solução: Como o reservatório tem a forma de um sólido de revolução, o volume de água


num instante arbitrário t em que a altura do nı́vel de água é h(t) é
h(t)
π 2 h(t) π
Z
V (t) = πy dy = y = h(t)2 .
0 2 0 2

No instante particular t0 em que a altura é 2 metros, temos V (t0 ) = 2π m3 .


Se o reservatório está sendo preenchido a uma taxa constante de 0, 25 m3 /min, então V ′ (t) =
0, 25 = 1/4 par todo t. Assim, no instante t0 ,

1 1
= V ′ (t0 ) = πh(t0 )h′ (t0 ) = 2πh′ (t0 ) ⇒ h′ (t0 ) = .
4 8π
Portanto, no instante t0 , o nı́vel da água está subindo a uma taxa de 1/8π m/min.

5a Questão:
Determine a função f : (0, +∞) → R e os possı́veis valores de a > 0 tais que
Z x
f (t) 1 1
dt = ln2 x − , ∀x ∈ R.
a t 2 2

Solução: Primeiramente, observe que


Z x
f (t) 1 1
dt = ln2 x − , ∀x > 0
a t 2 2

implica, em particular para x = a,


Z a
f (t) 1 1
0= dt = ln2 a − ⇒ ln2 a = 1 ⇒ a = e ou a = e−1 .
a t 2 2

Seja
x
f (t)
Z
F (x) = dt. (1)
a t
Então, por hipótese,

ln2 x 1 ln x
F (x) = − , de modo que F ′ (x) = . (2)
2 2 x
Admitindo que f seja contı́nua, temos de (1) e do Teorema Fundamental do Cálculo,

f (x)
F ′ (x) = (3)
x
e conseqüentemente, de (2) e (3), f (x) = ln x para todo x > 0.

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