Tempo e Modo Verbal- Aula

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Aula 04

IPEA - Língua Portuguesa - 2023


(Pós-Edital)

Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas

08 de Dezembro de 2023

35074345391 - Alailton Franco Araújo


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 04

Índice
1) Noções iniciais de Verbos
..............................................................................................................................................................................................3

2) Emprego de tempos e modos verbais


..............................................................................................................................................................................................4

3) Modo indicativo
..............................................................................................................................................................................................7

4) Modo subjuntivo
..............................................................................................................................................................................................
25

5) Modo imperativo
..............................................................................................................................................................................................
33

6) Formas nominais do verbo


..............................................................................................................................................................................................
35

7) Transitividade verbal
..............................................................................................................................................................................................
42

8) Classificação dos verbos


..............................................................................................................................................................................................
45

9) Questões comentadas - emprego de tempos e modos verbais - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
68

10) Questões Comentadas- Modo Indicativo - CESGRANRIO


..............................................................................................................................................................................................
83

11) QUESTÕES COMENTADAS - VERBOS TRAIÇOEIROS - CESGRANRIO


..............................................................................................................................................................................................
85

12) Lista de questões - Emprego dos tempos e modos - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
87

13) LISTA DE QUESTÕES - Modo Indicativo - CESGRANRIO


..............................................................................................................................................................................................
98

14) LISTA DE QUESTÕES - VERBOS TRAIÇOEIROS - CESGRANRIO


..............................................................................................................................................................................................
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NOÇÕES INICIAIS
Olá, pessoal! Tudo bem?
Vamos estudar juntos essa classe gramatical importante e cheia de detalhes: verbo.
Verbo é um assunto muito cheio de detalhes e cai demais em provas. Abordaremos esse assunto de maneira
mais prática, usando verbos conhecidos como referência. Esses verbos vão servir de modelos para a
conjugação daqueles que mais caem na prova, então você tem que dominar a conjugação dos verbos
modelo. Praticaremos muito!
Há outra forma de estudar a matéria: concentrar-se mais nos exemplos do que tentar gravar as regras com
todos aqueles nomes técnicos de tempos e modos verbais. Vamos economizar no gramatiquês sempre que
possível e enriquecer a aula com mais exemplos, que você deve ler e incorporar como uma possibilidade da
língua. Isso vai te ajudar a reconhecer a alternativa correta na hora da prova.
Quando trouxermos a conjugação de um verbo, leia com atenção e grife aquelas terminações que você não
conhecia ou que soaram “estranhas”. Escreva-as no canto do material, para poder revisar. Essas são as que
podem te confundir.
Aprenderemos também que, embora os tempos e modos verbais tenham seus sentidos mais “clássicos”,
muitas vezes, outros elementos do contexto podem dar a eles outras nuances semânticas. A banca explora
muito isso.
Vamos começar, olho na vaga!!

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EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS


Todo dia, usamos centenas de verbos para expressar nossos pensamentos, nós os conjugamos em todos os
tempos e modos, fazemos infinitas combinações, sem consultar dicionário nenhum. Isso porque a lógica dos
verbos está em nossa mente desde a infância.

No concurso, não aprenderemos a conjugar verbos guardando terminaçõezinhas infinitas, pois você não
“monta” verbos juntando pedacinhos na sua cabeça (como em: CANT+Á+SSE+MOS); todos sabemos
conjugar verbos, ao menos os que são mais correntes. O que veremos é uma terminologia técnica que é
cobrada em prova e as exceções a essa lógica linguística que dominamos. Vamos lá!

Verbo é a classe variável (varia em tempo, modo, número, pessoa) que expressa ação, estado, fenômeno
e processos em geral.

O tempo se refere a quando ocorre a ação (Estudo, Estudei, Estudarei), mas nem sempre o “tempo verbal”
corresponde a um tempo cronológico real idêntico.

Por exemplo, em “vou sair” o verbo está no presente, mas o tempo real da ação é futuro.
O modo indica a atitude da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia. Há três modos verbais: Indicativo
(certeza), Subjuntivo (dúvida/hipótese) e Imperativo (ordem/sugestão).

As categorias de número e pessoa indicam qual pessoa do discurso está relacionada ao verbo e se está no
singular ou no plural:
Primeira pessoa: a pessoa que fala (eu, nós)
Segunda pessoa: a pessoa com quem se fala (tu, vós)
Terceira pessoa: a pessoa de quem se fala (ele (a)/eles (as))

Então, aquela velha história de “eu, tu, ele, nós, vós, eles” nada mais é do que a lista das pessoas do discurso,
representadas pelos pronomes retos. O verbo vai se flexionar para concordar com cada uma dessas pessoas.
A propósito, o fato de ser “pessoa do discurso” não significa que sejam seres humanos e estejam “falando”
de fato! Podemos dizer: “eles caíram e ficaram destruídos” e o “caíram” pode muito bem referir-se a carros,
homens, cachorros, gatos, charutos, figos, potes de Danone ou qualquer substantivo que esteja na terceira
pessoa do plural, ok?

Veja o quadro resumo a seguir:


VERBO
Palavra variável que indica ação, estado, fenômeno e processo em geral
TEMPO – momento em que ocorre a ação Presente

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Pretérito
Futuro
MODO – diferentes maneiras em que um fato pode Indicativo – indica um fato certo.
se realizar Subjuntivo – enuncia um fato hipotético, duvidoso,
possível.
Imperativo – exprime ordem, conselho, pedido,
proibição.
PESSOA – quem realiza a ação verbal Singular – eu (1ª), tu (2ª), ele (3ª)
Plural – nós (1ª), vós (2ª), eles (3ª)
Para trabalharmos com verbos, temos que dominar um verbo de cada conjugação, que nos sirva de modelo.
Esse modelo vai nos dar a estrutura geral de qualquer conjugação e se aplicará à maioria dos verbos.
Depois estudaremos as exceções que as bancas mais gostam de cobrar, verbos que se parecem, enganam,
mas não seguem uma determinada conjugação, como verbos irregulares e anômalos.
==2bf67==

Os verbos podem ser de:


• 1ª conjugação (terminam em -AR);
• 2ª (terminam em -ER);
• 3ª (terminam em -IR).
Assim mesmo, na ordem alfabética A, E, I...

VERBOS
1ª CONJUGAÇÃO 2ª CONJUGAÇÃO 3ª CONJUGAÇÃO
AMAR BEBER SORRIR
FALAR ESCREVER DORMIR
ESTUDAR CORRER IMPRIMIR

Temos então que saber um verbo de cada conjugação e usá-lo como modelo.
Por finalidade mnemônica, nesta aula vamos usar como modelo os verbos beber (2ª conjugação), cair (3ª
conjugação) e levantar (1ª conjugação) =). Essas vogais (A, E, I) são chamadas de vogal temática e vão
aparecer na maioria das formas do verbo (Ex.: tapAr, tapAsse, tapAram; olhAr, olhAsse, olhAram).
Então, se você souber conjugar um verbo de 1ª conjugação, poderá aplicar essa conjugação a outros verbos
da mesma conjugação, pois seguirão o mesmo padrão.
Tomemos como exemplo o verbo LEVANTAR, de 1ª conjugação. Vamos conjugá-lo em três tempos:
presente, pretérito perfeito e futuro, respectivamente.
LEVANTAR
Modo indicativo
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO FUTURO
EU levanto EU levantei EU levantarei
TU levantas TU levantaste TU levantarás
ELE levanta ELE levantou ELE levantará
NÓS levantamos NÓS levantamos NÓS levantaremos
VÓS levantais VÓS levantastes VÓS levantareis
ELES levantam ELES levantaram ELES levantarão

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Agora, observem que se tomarmos outro verbo de mesma conjugação, nos mesmos tempo e modo, as
terminações seguirão o mesmo padrão.

AMAR
Modo indicativo
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO FUTURO
EU amo EU amei EU amarei
TU amas TU amaste TU amarás
ELE ama ELE amou ELE amará
NÓS amamos NÓS amamos NÓS amaremos
VÓS amais VÓS amastes VÓS amareis
ELES amam ELES amaram ELES amarão

A diferença está somente no “radical” da palavra, ou seja, da parte da palavra que traz seu sentido original:
“am” e “levant”. O restante do verbo é uma combinação de outros componentes, que trarão informações
adicionais em relação a esse sentido principal que o radical indica.
O verbo é formado de:
Radical + vogal temática + desinências modo-temporais e número-pessoais (DMT) e (DNP).

Essas “partes” do verbo vão denunciar seu sentido primário, tempo, modo, número, pessoa, conjugação.

Por exemplo, em “Agora amamos chocolate” a desinência número-pessoal –mos revela que o sujeito é a
primeira pessoa do plural, nós, e que a ação de amar se passa no presente. A desinência –va em “eu amava
um beija-flor” revela que o verbo amar está no pretérito imperfeito, que indica hábito no passado.

Não é necessário individualizar essas terminações nem entrar naquele mundo de tabelas com desinências
de cada tempo, pois não montamos o verbo na nossa cabeça de pedacinho em pedacinho, mas sim
comparando com outros verbos já familiares. As desinências relevantes para a prova serão apontadas
oportunamente.

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MODO INDICATIVO
Modo verbal que expressa certeza, fatos vistos como certos, consumados, concretos.

Presente do Indicativo

Levantar Beber Cair


Eu Levanto Bebo Caio
Tu Levantas Bebes Cais
Ele Levanta Bebe Cai
Nós Levantamos Bebemos Caímos
Vós Levantais Bebeis Caís
Eles Levantam Bebem Caem
Para reconhecer esse tempo, pense:
“Hoje eu________”:
Ex.: Hoje eu corro / Hoje ele está / Hoje começa / Hoje nasce...

Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

SENTIDOS DO PRESENTE DO INDICATIVO EXEMPLOS

Fato pontual ou momentâneo no momento da fala Ele está ranzinza hoje.

Hábito ou rotina no presente Eu corro e nado todo dia.

Fato permanente, verdade atemporal, universal, vista A água ferve a 100 graus.
como fato certo, indiscutível O Brasil faz parte do Mercosul.

Futuro próximo
A novela começa hoje à noite.
(Este uso do verbo no presente é usado para indicar
Arrume-se logo, o táxi chega às dez.
futuro visto como certo).

Presente histórico/narrativo
(Nesse caso, o presente tem referência a ações no Em 1908, nasce o mito.
passado, muito comum nas narrativas e biografias.
Machado de Assis publica Dom
Serve para dar maior atualidade, dinamismo,
Casmurro em 1899.
verossimilhança ao evento narrado, tornando-o mais
próximo do leitor).

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Pretérito Perfeito do Indicativo

Levantar Beber Cair


Eu Levantei Bebi Caí
Tu Levantaste Bebeste Caíste
Ele Levantou Bebeu Caiu
Nós Levantamos Bebemos Caímos
Vós Levantastes Bebestes Caístes
Eles Levantaram Beberam Caíram
Semântica: Na sua forma simples, indica um fato perfeitamente acabado no passado, isto é,
ações concluídas antes do momento da fala. O destaque do pretérito perfeito é na conclusão da
ação.
Pense:
“Ontem eu______”.

Ex.: Ontem levantei / ele bebeu / eles caíram...

Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

SENTIDOS DO PRETÉRITO PERFEITO DO


EXEMPLOS
INDICATIVO

Fato que teve início e fim num passado próximo ou Li duas aulas de constitucional hoje.
distante Li muitos livros na minha infância.

Fato passado já concluído, mas cujos efeitos Aprendi inglês na infância.


perduram até o presente Nunca entendi contabilidade.

(PC-PA / 2021 - Adaptado)


Julgue o item a seguir sobre o excerto “Isso é uma coisa que se fala há muito tempo [...]”.
A utilização do verbo “fala” no presente do indicativo sinaliza uma ação que ocorre
simultaneamente ao momento em que o entrevistado profere sua resposta.
Comentários:
Incorreto. A utilização do verbo “fala” no presente do indicativo não sinaliza uma ação que
ocorre exatamente no momento em que o entrevistado profere sua resposta, mas sim indica um
fato atual e reiterado no presente.

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(TRE-PA / 2020)
Julgue o item a seguir.
Alfredo, filho de dona Arlinda, alumiou o caminho. O vocábulo em destaque é uma variação do
verbo "iluminar" e está no pretérito imperfeito.
Comentários:
São sinônimos, mas "alumiou" está no pretérito PERFEITO. Questão incorreta.

(TRE-PA / 2020)
Julgue o item a seguir.
Mário e eu fomos os melhores do time, no oitavo ano. O vocábulo em destaque é a forma
conjugada do verbo "ser" e estar no pretérito mais-que-perfeito.
Comentários:
"fomos" é conjugação do verbo "ser" e está no pretérito PERFEITO. Questão incorreta.

(UFSC / 2019)
Hoje sabemos com o mundo...
O verbo ‘sabemos’ está empregado na segunda pessoa do futuro do indicativo.
Comentários:
Está na primeira pessoa do plural (nós), do modo indicativo: sabemos/bebemos. Questão
incorreta.
(CRF-TO / 2019)
Em conformidade com o contexto do texto apresentado, julgue o item a seguir.

A locução vai fazer, empregada na passagem “Vai te fazer bem!”, representa a mesma ideia
expressa pela forma verbal fará.

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Comentários:
O futuro simples é normalmente substituído por uma locução formada de verbo “IR no presente
+ infinitivo”: vou fazer>farei; vou sair>sairei; vou chegar>chegarei; vai fazer>fará. Embora o
verbo esteja no presente, seu sentido é de futuro.
Questão correta.

Pretérito Perfeito Composto1 do Indicativo

Este tempo indica continuidade, ação que se inicia em algum momento do passado e se
estende, perdura, continua até o momento da fala, sua duração se estende até o presente. Sua
forma é (TENHO + PARTICÍPIO). Ex.:
Tenho feito muitos exercícios de português.
João tem investido muito em fundos imobiliários.
Maria tem evitado o açúcar após o derrame.
Tenho levantado cedo todos os dias ultimamente.

Essa última locução poderia ser substituída por “venho levantando”, pois a locução formada de
“IR/VIR no presente do indicativo + gerúndio” sugere as mesmas relações do pretérito perfeito
composto: o gerúndio mantém essa ideia de ‘continuidade’ e ‘duração’ do processo, e o auxiliar
“venho”, no presente, preserva a ideia de que a ação perdura até o presente.

Obs1: Não se assuste, “tempo composto” é apenas um tempo formado por uma combinação de
verbos (locução verbal), ou seja, é “composto” porque tem mais de uma forma verbal: Verbo
ter/haver + Verbo no PARTICÍPIO.

PARTICÍPIO é a forma verbal que normalmente termina em -ADO, -IDO (matar/matado;


estudar/estudado; ferir/ferido; bater/batido).
TER e HAVER serão chamados de VERBOS AUXILIARES.
O verbo que fica no particípio será chamado de VERBO PRINCIPAL.
Vejamos alguns exemplos:

Às 19h, o jogo não haverá começado ainda.

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Que eu tenha amado.

Nos tempos compostos, o tempo de conjugação do verbo auxiliar normalmente dá o nome do


tempo verbal composto.
Por exemplo: eu terei feito. O auxiliar terei está no futuro do presente, então este é o futuro do
presente composto.
Porém, excepcionalmente, isso não acontece no pretérito perfeito composto, pois o verbo
auxiliar, apesar do nome, fica no presente. Ex.:

Tenho estudado nos últimos meses. (auxiliar no presente!)


Tenho andado distraído... (auxiliar no presente!)

(TJ-AL / 2018)
“Tenho comentado aqui na Folha diversos usos da internet”; o tempo verbal destacado nesse
segmento inicial do texto indica uma ação que:
a) se iniciou e terminou no passado;
b) mostra início indeterminado e continuidade no presente;
c) indica repetição sem determinação de tempo;
d) se iniciou no passado e termina no presente;
e) se localiza antes de outra ação também passada.
Comentários:
Por definição, o pretérito perfeito composto do indicativo expressa uma ação iniciada em algum
momento do passado e que perdura no presente.
Cuidado com a letra D, pois a definição não diz que “termina no presente”, mas sim que
“continua” no presente, é uma ação ‘não concluída’. Gabarito letra B.

(CAGE-RS / 2018)
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de
modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher
e de meus fantasmas particulares.

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Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma
ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da
narração do texto.
a) “tenho largado” b) “fui possuído” c) “tem” d) “haja fugido” e) “narrasse”
Comentários:
Não havia necessidade do texto inteiro. Sabemos já que “tenho largado” é locução do pretérito
perfeito composto, que indica justamente isto: ação habitual que começa no passado e perdura
até o presente momento, o momento da fala/narração. Gabarito letra A.

(UFU-MG / 2018)
No trecho “[O sistema mundial de rádio] Foi criado e vem sendo desenvolvido há 10 anos por
engenheiros de primeira linha ao redor do mundo [...]”, a forma verbal destacada indica ação
iniciada no passado
a) e concluída no momento da enunciação.
b) e não concluída no momento da enunciação.
c) e concluída depois de outra ação no passado.
d) desenvolvida por determinado tempo e concluída no momento da enunciação.
Comentários:
Como vimos, assim como pretérito perfeito composto, a locução formada de “IR/VIR no presente
do indicativo + gerúndio” indica uma ação que começou em algum momento do passado e que
perdura até o presente. Então, começaram a desenvolver o sistema de rádio em algum momento
do passado e ele está sendo desenvolvido até o momento da fala. Gabarito letra B.

Pretérito Imperfeito do Indicativo

Levantar Beber Cair


Eu levantava bebia caía
Tu levantavas bebias caías
Ele levantava bebia caía
Nós levantávamos bebíamos caíamos
Vós levantáveis bebíeis caíeis
Eles levantavam bebiam caíam

Para conjugar esse verbo, pense:


“Antigamente eu_____”.

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Ex.: Antigamente eu bebia / eles caíam / elas levantavam...

As desinências de pretérito imperfeito do indicativo que você deve procurar são “VA A IA INHA”
(amaVA, compraVA, erA, pretendiA, IA, faZIA, vINHA, tINHA).

Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

SENTIDOS DO PRETÉRITO IMPERFEITO DO


EXEMPLOS
INDICATIVO

Antigamente eu estudava todo dia e


ainda malhava.
Fatos repetidos, frequentes, habituais no passado
Quando eu era pequeno, eu achava a vida
chata.

Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou Eu estava dormindo, quando o cachorro
contínua) quando outra (instantânea) aconteceu latiu.

Eu pretendia começar hoje o curso,


Ação planejada, esperada, que não se realizou porém foi tudo cancelado.
Quando eu ia avisar, já era tarde demais.

(ALESE / 2018)
Uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que se encontra acima está sublinhado em:
a) por meio do qual definia uma suposta obra de arte
b) o novo prêmio atenderia ao mercado
c) ou o que o contraria
d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas
e) ele contempla os títulos com mais chances
Comentários:
Coroava e definia estão ambos conjugados no pretérito imperfeito do indicativo.
Vejamos os demais:
b) o novo prêmio atenderia ao mercado (futuro do pretérito)

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c) ou o que o contraria (presente)


d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas (futuro do presente)
e) ele contempla os títulos com mais chances (presente) Gabarito letra A.

(CEMIG / 2018)
Os verbos destacados estão flexionados no pretérito imperfeito do indicativo, EXCETO em:
a) “[...] ao ponto em que havia um intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na
tela.”
b) “Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento.”
c) “Não era por nenhuma das causas apontadas nas inúmeras salas de conversa entre usuários de
iPhones vagarosos.”
d) “Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do
próprio produto [...].”.
Comentários:
Questão de mero reconhecimento: as formas havia, estava e era estão conjugadas no pretérito
imperfeito do indicativo. Já a forma entrou está no pretérito PERFEITO. Gabarito letra D.

Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo

Levantar Beber Cair


Eu levantara bebera caíra
Tu levantaras beberas caíras
Ele levantara bebera caíra
Nós levantáramos bebêramos caíramos
Vós levantáreis bebêreis caíreis
Eles levantaram beberam caíram

✔ Indica um evento perfeitamente acabado antes de outro no passado, ou seja, uma ação
passada antes de outra passada. Ex.:
Quando cheguei ao ponto, o ônibus já passara.
Já passara das dez quando o táxi chegou.

Fique atento, sua desinência é –RA.

Esse tempo caiu em desuso na língua portuguesa. Hoje, sua principal função linguística é
derrubar o combalido candidato de concurso público. Interessa-nos saber aqui que existe o
pretérito mais-que-perfeito composto, que é semanticamente equivalente ao mais-que-perfeito
simples.

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O pretérito mais-que-perfeito composto é formado pela locução Tinha / Havia + Particípio.


Ex.:
Quando cheguei ao ponto, o ônibus já havia passado.
Já tinha passado das dez quando o táxi chegou.

Repetimos: é possível a substituição do simples pelo composto sem alteração semântica ou


prejuízo à coesão, à coerência ou à correção gramatical. As frases acima são reescrituras
semanticamente equivalentes.

(PGE-AM / 2022)
Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava:
continuava andando de um lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz. (18º
parágrafo).
No trecho acima, o narrador relata alguns fatos ocorridos no passado. Um fato anterior a esse
tempo passado está indicado pela seguinte forma verbal:
(A) carregando.
(B) Chovia.
(C) tornara.
(D) importava.
(E) continuava.
Comentários:
O tempo verbal que indica uma ação passada anterior a outra também passada é o pretérito
mais-que-perfeito: tornaRA. A forma composta é equivalente: tinha/havia tornado.
"carregando" está no gerúndio, indicando ação contínua; "chovia" e "importava" e "continuava"
estão no pretérito imperfeito, indicando ação duradoura, reiterada, no passado.
Gabarito letra C.

((SEFAZ-RS / 2019)
Um erro tipográfico invertera, no programa do concerto, os nomes de Pixis e Beethoven...
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto seriam preservados se a forma verbal
“invertera” fosse substituída por
a) inverteria.
b) teria invertido.

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c) invertesse.
d) havia invertido.
e) houve de inverter.
Comentários:
Invertera é forma do pretérito mais-que-perfeito simples (terminação -RA) e equivale a sua forma
composta: tinha/havia invertido. Gabarito letra D.

(TRT 4ª REGIÃO / 2022)


João Brandão foi ao Aeroporto Internacional para abraçar um amigo dileto, que viajava com
destino ao Paraguai. Pessoa comum despedindo-se de pessoa comum. Mas acontecem coisas.
Alguém, informado da viagem, pedira ao amigo que levasse uma encomenda a Assunção. (1º
parágrafo)
No trecho acima, o narrador relata alguns fatos ocorridos no passado. Um fato anterior a esse
tempo passado está indicado pela seguinte forma verbal:
(A) “levasse”
(B) “foi”
(C) “viajava”
(D) “acontecem”
(E) “pedira”
Comentários:
Indicação de um fato passado anterior a outro passado é definição do pretérito
mais-que-perfeito, cuja terminação, na forma simples, é o "RA": pedira, comprara, saíra,
estudara, comera.
Vejamos as demais:
(A) “levasse” - pretérito imperfeito do subjuntivo: indica hipótese no passado.
(B) “foi”- pretérito perfeito: indica ação perfeitamente concluída.
(C) “viajava” - pretérito imperfeito: indica ação duradoura, reiterada no passado.
(D) “acontecem”: presente do indicativo: indica fatos presentes ou que ocorrem no exato
momento da fala.
Gabarito letra E.

(TCM-BA / 2018)
É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executava uma
espécie de junção entre a moral e a natureza
Julgue o item a seguir.
Com o emprego da forma verbal “assumira”, exprime-se a anterioridade de uma ação em relação
a outra.

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Comentários:
Veja a terminação em -RA, indicativa do pretérito mais-que-perfeito, convertendo para a forma
composta, teremos:
A burguesia TINHA/HAVIA ASSUMIDO o poder havia pouco tempo e executava uma espécie de
junção entre a moral e a natureza.
O evento de “assumir o poder” é anterior à ação de “executar a junção”, então temos a
anterioridade de uma ação em relação a outra. Questão correta.

(CGE-RO / 2018)
“O velho, um bêbedo esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a
um vizinho invisível”; a forma verbal “dirigira” pode ser adequadamente substituída por:
a) foi dirigir. b) tinha ido dirigir. c) dirigia. ==2bf67==
d) havia dirigido. e) dirigiu.
Comentários:
Dirigira é a forma simples no pretérito mais-que-perfeito. A forma composta é TINHA/HAVIA
dirigido. Gabarito letra D.
Atenção: é “possível”, em alguns casos específicos, usar o pretérito perfeito no lugar do
pretérito mais-que-perfeito sem prejuízo gramatical ou mudança de sentido. Isso ocorre em
orações temporais, ou quando se subentende pelo contexto que aquela ação ocorreu antes de
outras, numa narrativa que já posiciona os fatos no passado. Esse uso é abonado por gramáticos
tradicionais, como Bechara e Sacconi.
Ex.: Depois que viu (= vira) a confusão, achou melhor se afastar.
Ressaltamos que tem que haver um contexto específico que permita essa equivalência.

Futuro Do Presente do Indicativo

Levantar Beber Cair


Eu levantarei beberei cairei
Tu levantarás beberás cairás
Ele levantará beberá cairá
Nós levantaremos beberemos cairemos
Vós levantareis bebereis caireis
Eles levantarão beberão cairão
Para conjugar o futuro do presente, pense:
“Amanhã eu______”.
Ex.: Amanhã eu farei/ele levantará/eles cairão...
Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

SENTIDOS DO FUTURO DO PRESENTE DO


EXEMPLOS
INDICATIVO

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Fato futuro em relação ao momento da fala Passarei no concurso dos meus sonhos.

O táxi chegará às 23h.


Futuro considerado certo por quem fala
Eu não me casarei na igreja.

Será que a prova virá fácil?


Pode indicar incerteza ou dúvida (geralmente em
perguntas) Não estaremos sendo muito rígidos com
nossos cônjuges?

Ressaltamos que, atualmente, praticamente não se usa o futuro do presente simples na


linguagem falada. O falante normalmente substitui esse tempo por uma expressão verbal
formada por Presente do verbo IR+Verbo no Infinitivo: “eu vou fazer” no lugar de “eu farei”.
O futuro também é usado com valor de imperativo, em frases categóricas como:
Não matarás. Honrará pai e mãe.
A pena não passará da pessoa do condenado.

Na forma composta, o futuro do presente indica que um fato é concluído antes de outro no
futuro:
Quando você chegar, já terei jantado.
Em interrogativas, pode indicar também a dúvida/possibilidade sobre um fato passado:
Não terá sido em vão nosso esforço?
Terão chegado a tempo na escola?

(AFAP / 2019)
A agência da ONU para informação e comunicação, a UIT, indicou que, até o final de 2018,
51,2% da população mundial estará usando a internet. “Até o final de 2018, teremos
ultrapassado a marca de 50% do uso da internet”, afirmou o diretor da UIT, Houlin Zhou, em um
comunicado. “Esse é um passo importante para uma sociedade global da informação mais
inclusiva”, disse ele.
O futuro do indicativo em estará usando e teremos ultrapassado serve ao propósito discursivo de
a) constatar fatos ocorridos.
b) retificar propósitos.
c) sinalizar prognósticos.
d) apresentar sugestões.

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e) evocar experiências.
Comentários:
Temos duas locuções de futuro do presente composto, que foram usadas no texto para expressar
as previsões do autor: a quantidade de pessoas usando a internet no final de 2018. Assim, o
tempo foi usado para “sinalizar prognósticos” (previsões/projeções). Gabarito letra C.

(IF-ES / 2019)
Julgue o item a seguir.
Retirar o acento gráfico de “permitirá” manteria o verbo na terceira pessoa do singular, porém
passaria ao pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo.
Comentários:
Sim, “permitirá” está conjugado no futuro do presente; retirando o acento, passaríamos a ter
“permitiRA”, forma do pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo. Questão correta.

Futuro do Pretérito do Indicativo

Levantar Beber Cair


Eu levantaria beberia cairia
Tu levantarias beberias cairias
Ele levantaria beberia cairia
Nós levantaríamos beberíamos cairíamos
Vós levantaríeis beberíeis cairíeis
Eles levantariam beberiam cairiam

Grave que esse tempo traz terminação –RIA. Para reconhecer esse tempo verbal,
uma dica é pensar:
“se eu pudesse, eu_____”.
Nessa lacuna você vai inserir verbos como
Ex.: Levantaria, beberia, cairia, viajaria...

Como sugere o nome, indica fato futuro em relação a outro fato, no passado. O marco temporal
é o pretérito e após esse marco pretérito ocorre uma ação.

Em outras palavras, designa ações posteriores à época de que se fala. Ex.:

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Eu disse que você conseguiria. (primeiro eu disse, depois você conseguiu).


Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

SENTIDOS DO FUTURO DO PRETÉRITO DO


EXEMPLOS
INDICATIVO

Quem seria capaz de acertar essa


Assim como o futuro do presente, pode expressar
questão?
incerteza sobre fatos passados
Ela teria, segundo estimativas, 4 milhões
de libras.

Em contextos condicionais, indica fatos que não


ocorreram e provavelmente não ocorrerão
(expressa fato futuro duvidoso, dependente de
uma condição.
Se eu soubesse, teria contado a todos.
Nesse ponto, percebemos que há estreita
Eu continuaria trabalhando, mesmo se
correlação entre futuro do pretérito (-IA) e
ganhasse na loteria.
pretérito imperfeito do subjuntivo (-SSE). Então é
muito comum em prova essa condicional
correlacionando esses dois tempos. (Se eu
pudeSSE, viajaRIA).

Pode ser usado para expressar polidez em Seria bom você estudar mais português.
pedidos e conselhos Quem gostaria de uma sobremesa?

O futuro do pretérito composto (Base: teria / + particípio), funciona de forma muito semelhante.
Observe:
Se tivéssemos morado juntos, teríamos sido felizes?
(Fato que teria ocorrido no passado, se concretizada uma condição)

Imaginei que o ladrão teria escapado pela janela.


(Possibilidade ou incerteza sobre um fato passado).
Nesse ponto, funciona de forma análoga ao futuro do presente composto.

Em interrogativas, pode indicar também a dúvida/possibilidade sobre um fato passado. Ex.:


Não terá/teria sido em vão nosso esforço?
Terão/teriam chegado a tempo na escola?

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(DPE-DF / 2022)
...A realização concreta de suas premonições, com pormenores de clarividência, está
indissociavelmente relacionada às suas fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum
sentido em pensar que, de alguma forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka,
em O processo principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível
que uma profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração.
No quinto período do texto, a locução verbal “teriam contribuído” poderia ser substituída por
contribuiriam, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
Comentários:
O futuro do pretérito indica dúvida/hipótese/incerteza; então foi bem empregado nessas
perguntas especulativas. Ambas as formas, simples (contribuiriam) e composta (teriam
contribuído) são corretas e expressam basicamente os mesmos valores.
Questão correta.

(CRF-TO / 2019)
“Aceita este comprimido?”
O emprego da forma verbal Aceitaria, no lugar de “Aceita”, tornaria a pergunta mais agressiva
ou grosseira.
Comentários:
Pelo contrário. O futuro do pretérito é também utilizado para expressar maior polidez, cortesia. A
pergunta ficaria menos agressiva ou grosseira. Questão incorreta.

(CÂMARA DE SALVADOR / 2018)


Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de
sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja, foi
usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não
se desenvolveria nem se complexificaria.
Sobre um componente desse segmento de texto, é correto afirmar que: a forma verbal no futuro
do pretérito – desenvolveria – indica uma possibilidade.
Comentários:
O futuro do pretérito indica dúvida/possibilidade, razão por que é usado frequentemente nas
condicionais. Aqui, temos que a sociedade possivelmente se desenvolveria numa situação
hipotética: caso não houvesse desigualdade social. Questão correta.

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Vejamos agora um quadro esquemático com as divisões vistas até aqui.

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(PREF. SÃO ROQUE / 2020)


A forma verbal destacada está no tempo presente em:
a) Ana teve uma discussão com o marido...
b) Ela se esquece de tudo...
c) Se as pessoas fizessem as contas...
d) ... quanto tempo já perderam nessas discussões...
e) ... o resultado seria assustador.
Comentários:
"Esquece" está no presente do indicativo. "Teve" está no pretérito perfeito do indicativo.
"Fizessem" está no pretérito imperfeito do subjuntivo. "Perderam" está no pretérito perfeito do
indicativo. "Seria" está no futuro do pretérito. Gabarito letra B.

(SEFAZ-RS / 2019)
A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos
de estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de
poder a um soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que
o poder de tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária
privada seria comparável a usurpação ou roubo.
No trecho “seria comparável a usurpação ou roubo”, a forma verbal “seria” expressa dúvida
quanto à possibilidade de concretização da referida comparação.
Comentários:
Não há dúvida, o futuro do pretérito foi utilizado pela natureza condicional das ideias do período.
Na hipótese de não emanar do Estado o poder de tributar, qualquer imposição tributária privada
seria comparável a usurpação ou roubo. Questão incorreta.

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(EMAP / 2018)
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se
a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem,
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples.
Na linha 4, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.
Comentários:
Pelo contrário. Embora seja tempo do indicativo, o futuro do pretérito indica incerteza,
possibilidade, por isso seu uso constante em estruturas condicionais ou hipotéticas:
Ex.: Seu estudasse, passaria na prova.
Ex.: O candidato estaria envolvido em um esquema de propina.
Portanto, de forma alguma deixaria a alternativa mais categórica, mas afirmativa e certa.
Questão incorreta.

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MODO SUBJUNTIVO
Expressa possibilidade, hipótese, fato incerto, duvidoso ou irreal.
As conjunções subordinativas, como regra, levam o verbo para o subjuntivo. Ex.:
Ainda que eu estude.
Se eu pudesse.
Embora fosse você...
Quando você vir.
Espero que passe na prova.
Esse também é o tempo clássico das orações subordinadas adjetivas: quero um emprego que me
faça bem.

Presente do Subjuntivo

Levantar Beber Cair


Eu que eu levante que eu beba que eu caia
Tu que tu levantes que tu bebas que tu caias
Ele que ele levante que ele beba que ele caia
Nós que nós levantemos que nós bebamos que nós caiamos
Vós que vós levanteis que vós bebais que vós caiais
Eles que eles levantem que eles bebam que eles caiam

Suas terminações são A/E. Para reconhecer esse tempo, pense:


“Maria quer que eu______”,
Aí você terá um verbo no presente do subjuntivo: que eu faça, que eu fale, que
eu caia, que eu suba, que eu beba...

✔ Indica possibilidade no presente ou no futuro. Ex.:


Pena que a vida não seja assim tão colorida.
Temo que a prova venha difícil.

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Como mencionado antes, a conjunção subordinativa geralmente leva o verbo para o subjuntivo.
Porém, observe a mudança de sentido que ocorre se trocarmos um tempo indicativo por um
subjuntivo. Ex.:

Alunos que estudam passam mais rápido. (indicativo>certeza)


Alunos que estudem passam mais rápido. (subjuntivo>dúvida)
Na primeira, o aluno estuda. Na segunda, talvez venha a estudar.
==2bf67==

Há quem comete maldade e não sabe dizer a verdade. (indicativo>certeza)


Há quem cometa maldade e não saiba dizer a verdade. (subjuntivo>dúvida)
Na primeira, alguém comete. Na segunda, talvez venha a cometer.

MJSP / 2022
Na ótica da saúde pública, pode-se conceituar a política de redução de danos como um conjunto
de estratégias que visam minimizar os danos causados pelo uso de diferentes drogas, sem
necessariamente exigir a abstinência de seu uso. Vale dizer, enquanto não for possível ou
desejável a abstinência, outros agravos à saúde podem ser evitados, como, por exemplo, as
doenças infectocontagiosas transmissíveis por via sanguínea, tais quais as hepatites e HIV/AIDS.
A oração “enquanto não for possível ou desejável a abstinência” (segundo período do primeiro
parágrafo) expressa uma vontade, haja vista o emprego do modo subjuntivo em “for”.
Comentários:
A oração expressa um fato hipotético, incerto; daí a utilização do futuro do subjuntivo.
Cuidado: o subjuntivo também pode indicar fatos considerados concretos; não podemos garantir
que o mero uso do subjuntivo indica desejo ou fato hipotético. Por exemplo:
Embora João seja carioca, não tem sotaque do RJ. (o subjuntivo foi utilizado por força da
conjunção concessiva, numa oração que indica um fato concreto: ele é carioca). Questão
incorreta.

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(IMESF / 2019)
“Vou deixar que o amor passeie feliz por mim”.
O verbo “passear”, aparece conjugado no:
a) Presente do modo indicativo.
b) Presente do modo subjuntivo.
c) Imperativo afirmativo.
d) Pretérito imperfeito do modo indicativo.
e) Pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo.
Comentários:
“PasseiE” é forma do presente do subjuntivo: que maria passeie; que o amor passeiE. A
desinência que marca esse tempo A/E: que saiA, que aprendA, que estudE, que passE. Gabarito
letra B.

(UNICAMP / 2019)
Assinale a alternativa cuja forma verbal em destaque expressa possibilidade de que um fato ou
evento venha a se realizar.
a) Nas últimas semanas, tenho sido torturado por computadores que ligam e desligam sozinhos...
b) Naturalmente, não dá certo.
c) ... onde a palavra seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.
d) Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo enfiado na televisão.
e) Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e outras ciências do diabo...
Comentários:
“Fato ou evento que venha a se realizar” sugere a ideia de hipótese, de dúvida, de possibilidade,
de conjectura. O modo que por excelência exprime tais noções é o modo subjuntivo. Então,
“seja” será nosso gabarito, pois está conjugado no presente do subjuntivo. “Torturado” e “Ligar”
estão, respectivamente, em forma nominal de particípio e infinitivo, não possuem um
tempo/modo próprio. “Dá” está no presente do indicativo, tempo da certeza; “sobrevivi” está no
pretérito perfeito do indicativo. Gabarito letra C.

(UFSC / 2019)
Em um dos testes, a equipe fez com que, aos seis meses de idade, bebês japoneses e ingleses
escutassem sons de ambas as culturas.
A forma verbal ‘escutassem’ está empregada na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito
do subjuntivo.
Comentários:

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Terceira pessoa do plural (eles) escutaSSEm. Observe a desinência SSE, que marca esse tempo.
Questão correta.

(UFU-MG / 2019)
Considere o enunciado a seguir, recortado do texto apresentado:
“A Jules Rimet foi criada em 1928, e o troféu era entregue para a seleção campeã da Copa. A
cada quatro anos, a relíquia tinha uma nova casa. Mas o primeiro país que conquistasse o
tricampeonato ficaria com o prêmio definitivamente. Pelé, Jairzinho, Tostão, Carlos Alberto Torres
e companhia conquistaram o tri em 1970, no México”.
Sobre as formas verbais destacadas no trecho acima, é correto afirmar que
a) “ficaria” indica a realização de ação no futuro de forma incondicional.
b) “tinha” e “era entregue” indicam um fato não concluído, dando ideia de continuidade.
c) “conquistaram” e “conquistasse” indicam certeza de que a ação foi totalmente concluída no
passado.
d) “foi criada” e “era entregue” indicam ações concluídas no passado.
Comentários:
Questão muito ilustrativa sobre o uso dos tempos/modos verbais:
a) “ficaria” está no futuro do pretérito, usado para indicar um futuro subordinado a uma condição
(conquistar o tricampeonato).
b) “tinha” e “era” são formas de pretérito imperfeito, tempo que indica continuidade e repetição
no passado; o foco é na duração, não é na conclusão. É o pretérito perfeito que indica ações
concluídas.
c) “conquistasse” está no pretérito imperfeito do subjuntivo, tempo que indica fato incerto,
hipotético no passado.
d) vale o mesmo raciocínio da letra b. Gabarito letra B.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Levantar Beber Cair


Eu se eu levantasse se eu bebesse se eu caísse
Tu se tu levantasses se tu bebesses se tu caísses
Ele se ele levantasse se ele bebesse se ele caísse
Nós se nós levantássemos se nós bebêssemos se nós caíssemos
Vós se vós levantásseis se vós bebêsseis se vós caísseis
Eles se eles levantassem se eles bebessem se eles caíssem
Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

SENTIDOS DO PRETÉRITO IMPERFEITO EXEMPLOS


DO SUBJUNTIVO

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Denota ação posterior a outro fato na Duvidei que minha avó bebesse tanta tequila.
oração principal
Pedia que eles se levantassem.

Denota, hipóteses, conjectura, condição ou Se eu estudasse todo dia, passaria em qualquer


desejo prova.
Seria melhor que falassem logo.
Temia que fosse um golpe.

Obs.: O pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo, tempo composto formado por


TIVESSE.../HOUVESSE...+PARTICÍPIO, pode indicar uma “ação irreal no passado”, um fato que
não se realizou e muito provavelmente não se realizará. Ex.:

Se a sorte nos tivesse favorecido, não faltaria dinheiro hoje.


Se eu tivesse aplicado tudo, teria obtido sucesso.

O pretérito perfeito do subjuntivo é um tempo eminentemente composto, com auxiliar ‘ter ou


haver’ no presente do subjuntivo, e expressa:
● Fato passado. Ex.: Espero que você tenha entendido a explicação.
● Fato futuro já concluído, antes de outro também no futuro. Ex.: Suponho que João já
tenha saído quando chegarmos.

Observe que o modo subjuntivo como um todo é usado em orações subordinadas ou orações
que de modo geral expressam hipóteses/desejos.

Futuro do Subjuntivo

Levantar Beber Cair


Eu quando eu levantar quando eu beber quando eu cair
Tu quando tu levantares quando tu beberes quando tu caíres
Ele quando ele levantar quando ele beber quando ele cair
Nós quando nós levantarmos quando nós bebermos quando nós cairmos
Vós quando vós levantardes quando vós beberdes quando vós cairdes
Eles quando eles levantarem quando eles beberem Quando eles caírem

Para ajudar a conjugação, pense:

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“quando eu______”...
✔ Denota ação eventual ou hipotética no futuro. Ex.:
Quando você me pagar, eu entregarei o produto.
“Se eu quiser falar com Deus, tenho que ficar a sós”.
Direi adeus àqueles que me traírem.
Também pode ocorrer em forma composta, caso em que o “particípio” da locução vai sugerir
uma ideia de completude da ação vista como hipotética. Ex.:
Quando tudo estiver acabado, pediremos uma pizza.

Futuro do Subjuntivo X Infinitivo


Cuidado para não confundir o futuro do subjuntivo com o infinitivo, pois, em muitos verbos, a
terminação é idêntica. Veja:
Quando eu entregar o trabalho, ficarei tranquilo (futuro do subjuntivo).
Para entregar o trabalho, faço horas extras (infinitivo).
Para distinguir um do outro, deve-se observar o contexto. O futuro do subjuntivo tem ideia de
possibilidade/hipótese futura e geralmente vem apoiado numa conjunção “quando/se”. O
infinitivo geralmente vem após uma preposição.
Porém, o macete para fazer essa diferenciação imediatamente é trocar por um verbo que tenha
infinitivo diferente do futuro do subjuntivo. Troque pelo verbo fazer. Ex.:

Quando eu entregar (fizer) o trabalho, ficarei tranquilo. (futuro do subjuntivo)


Para entregar (fazer) o trabalho, faço horas extras. (infinitivo)

Propor (Infinitivo) x Propuser (futuro do subjuntivo)

Entreter (Infinitivo) x Entretiver (futuro do subjuntivo)

Ver (Infinitivo) x Vir (futuro do subjuntivo)

Vir (Infinitivo) x Vier (futuro do subjuntivo)


Essa diferença vale para os verbos derivados de por, ter, ver e vir!!

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(SEDF / 2017)
O transporte é público, o corpo da mulher não.
Asssédio sexual no ônibus é crime.
Se você for ou vir alguém sendo assediado, ligue 190 e denuncie.
No terceiro período, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de
movimento ir e vir, empregadas em um jogo de palavras que aproxima o campo semântico do
movimento com o campo semântico do transporte.
Comentários:
Na verdade, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de movimento
ser e vEr. O modo subjuntivo do verbo “vir” seria “vier”. Questão incorreta.

(EBSERH / 2017)
Em relação à classificação dos verbos destacados no excerto “Ainda bem que somos
crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite
de magnésio.”, julgue o item:
O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é um
verbo anômalo. O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do
modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação.
Comentários:
Se você reparar, o item pede para você julgar 6 afirmativas! Vamos lá:
O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo (Certo. Nós
somos) e é um verbo anômalo (Certo. Pois o radical se altera radicalmente: Eu sou, tu és… eu
fui… eu era… (que) eu seja… (se) eu fosse… (quando) eu for… ).
O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do modo subjuntivo
(Certo. Se eles/5 minutos sobrarem) e pertence à primeira conjugação (Certo. Vogal temática A,
terminação em Ar, marca da primeira conjugação). Tudo certo! Questão correta.

Vamos relembrar a matéria com alguns quadros esquemáticos sobre o modo subjuntivo:

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MODO IMPERATIVO
Expressa ordem, conselho, pedido, convite, súplica. Divide-se em afirmativo e negativo.
O IMPERATIVO AFIRMATIVO deriva quase inteiramente do presente do subjuntivo (que eu beba, que eu
caia, que eu levante), exceto nas pessoas “tu” e “vós”, que derivam do presente do indicativo (tu bebes, vós
bebeis). Advinha o que cai mais na prova! A exceção! Naturalmente as exceções, que estão marcadas.

Resumindo: Com “tu” e “vós”, teremos a mesma conjugação do presente do indicativo, só que sem o “S”: Tu
bebes e Vós bebeis vai virar no imperativo bebe tu e bebei vós.
AFIRMATIVO
Levantar Beber Cair
Tu levanta tu bebe tu cai tu
Ele (você) levante ele beba ele caia ele
Nós levantemos nós bebamos nós caiamos nós
Vós levantai vós bebei vós caí vós
Eles levantem eles bebam eles caiam eles
Não há imperativo na primeira pessoa, pois não é possível dar uma ordem a si mesmo.
Abaixo temos o IMPERATIVO NEGATIVO, que segue o padrão do presente do subjuntivo normalmente, sem
aquelas exceções do “tu” e “vós” explicadas acima. Você conjuga o subjuntivo, depois insere o “não”.
Simples!
NEGATIVO
Levantar Beber Cair
Tu não levantes tu não bebas tu não caias tu
Ele (você) não levante ele não beba ele não caia ele
Nós não levantemos nós não bebamos nós não caiamos nós
Vós não levanteis vós não bebais vós não caiais vós
Eles não levantem eles não bebam eles não caiam eles
Importante é saber que não podemos misturar as pessoas, tu e você, pois a gramática exige uniformidade
de tratamento.
Cuidado com verbos terminados em –ZER /-ZIR, pois geram um imperativo “meio estranho” aos ouvidos,
mas correto: Faze tu ou Faz tu; Conduze ou conduz tu.
O verbo SER tem as seguintes formas de imperativo: Sê tu / Sede vós.

(CORE-PE / 2019)
... autora do livro Toque, clique e Leia com Michael Levine...

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No título do livro de Lisa Guernsey mencionado no texto, os verbos estão no:


a) Infinitivo pessoal. c) Particípio.
b) Presente do indicativo. d) Presente do subjuntivo. e) Imperativo.
Comentários:
Observem que temos um comando, uma ordem: Toque, clique e leia. O modo responsável por comandos
em geral é imperativo e é nesse modo que os verbos estão conjugados. Gabarito letra E.

(DETRAN-CE / 2018)
Atente para os verbos destacados em: “reflita melhor e não cometa esse erro da próxima vez”. (linhas 17-
19) Se o interlocutor fosse tratado pelo pronome tu, essa frase seria reescrita corretamente da seguinte
forma:
a) Reflita melhor e não comete esse erro da próxima vez.
==2bf67==

b) Reflitas melhor e não cometas esse erro da próxima vez.


c) Reflete melhor e não cometas esse erro da próxima vez.
d) Refletes melhor e não cometes esse erro da próxima vez.
Comentários:
Nas pessoas Tu e Vós, o imperativo afirmativo deriva do presente do indicativo, cortando-se o S. O pronome
tu, no imperativo afirmativo, vai gerar a forma: reflete (tu refletes, sem S).
Gabarito letra C.
No imperativo negativo, apenas repetimos a forma do presente do subjuntivo. Logo, teremos: que tu
cometas> não cometas tu (esse erro).

Afirmativo Estude você!


(Tu e Vós vêm do Fala tu!
indicativo, sem o S) Falai vós!
Imperativo
Negativo (Deriva Não desanime!
todo do Pres.
Subjuntivo) Não fales assim.

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FORMAS NOMINAIS DO VERBO


As formas nominais do verbo são GERÚNDIO, PARTICÍPIO E INFINITIVO. São chamadas assim, pois podem
funcionar como nomes (substantivos, adjetivos, advérbios). Geralmente o Infinitivo funciona como
substantivo, o particípio como adjetivo e o gerúndio como advérbio. Ex.:
Nadar todo dia é saudável.
("Nadar" funciona em papel de substantivo, como sujeito, veja que equivale a “natação”).

A quantia investida é altíssima.


("investida" qualifica o substantivo quantia, como adjetivo, poderia ser substituída por “que foi investida”,
uma oração chamada de “adjetiva”).

Chegando a visita, convide-a para sentar.


("Chegando" expressa circunstância de tempo. Equivale a “quando chegar”, uma oração que seria
classificada como “adverbial de tempo”).

As orações construídas pelas formas nominais são chamadas de orações reduzidas (de infinitivo, gerúndio
ou particípio). As formas nominais também são usadas nas locuções verbais. Ex.:
Posso tentar ajudar.
Ele devia parar de fumar.
Venho trabalhando demais ultimamente.
Tenho andado distraído.
Eu já tinha feito o trabalho quando ela chegou.

Infinitivo Pessoal x Impessoal


O infinitivo é uma forma neutra, que dá nome ao verbo. O infinitivo pode ser pessoal, quando tem sujeito;
ou impessoal, quando não tem. O infinitivo impessoal, não flexionado, não concorda com nenhum termo,
pois enuncia uma ação vaga, sem agente determinado. Então, é um recurso de indeterminação do sujeito.

Veja o infinitivo pessoal do verbo “estudar”, em todas as pessoas:


por estudar eu
por estudares tu
por estudar ele
por estudarmos nós
por estudardes vós
por estudarem eles

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O fato de estar no singular não quer dizer que seja impessoal, pois pode estar flexionado no singular porque
seu sujeito é singular. Vejamos:
É importante estudarmos para a prova.
(Sujeito explícito na desinência -mos = nós; o infinitivo concorda com ele)

É importante estudar para a prova.


(Quem estudar? A ação é vaga, indeterminada, não há sujeito para concordar)

É importante ele estudar para a prova.


(Sujeito explícito no pronome; o infinitivo concorda com “ele”, no singular! Atenção!! É pessoal, singular
não significa necessariamente impessoal!)

Obs.: O uso do infinitivo pessoal é um dos assuntos mais controvertidos da gramática. Gramáticos como
Celso Cunha e Sacconi apenas listam casos de uso “recomendado” ou “conveniente”, sem bater o martelo
em regras absolutas de concordância. Então, de modo geral, não há regras rígidas para a concordância do
infinitivo pessoal. Na maioria dos casos, se houver um sujeito explícito para o infinitivo, é permitido
concordar com ele. Na locução verbal, o infinitivo é impessoal.
REITERAMOS:
Não confunda o Infinitivo com o Futuro do subjuntivo. Em alguns verbos eles são idênticos na grafia.
Observe:
Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti. (Futuro do Subjuntivo)
Ao chegar à casa dos outros, limpe os pés. (Infinitivo).

O contexto quase sempre denuncia essa diferença. Porém, se bater aquela dúvida, troque o verbo por outro
que não tenha essa identidade gráfica, troque pelo verbo FAZER. Se o verbo virar “fizER”, é subjuntivo. Se
permanecer “fazER”, é infinitivo.

Quando eu vir o trabalho. (Quando eu fizer o trabalho: futuro do subjuntivo)


Está na hora de vir o resultado. (Está na hora de fazer o resultado: Infinitivo)

Repare que o futuro do subjuntivo do verbo “ver” é idêntico ao “infinitivo” do verbo "vir". Fique atento a
esses verbos e teste a substituição!!!

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(SAAE BARRA BONITA-SP / 2017)


Considere o seguinte trecho: “São grandes as chances de você estar suando em bicas [...]”.
Os verbos destacados estão respectivamente nas formas nominais:
a) Gerúndio e Particípio.
b) Infinitivo e Particípio.
c) Infinitivo e Gerúndio.
d) Nenhuma das alternativas.
Comentários:
O infinitivo é a forma substantiva do verbo, pois é “nome” do verbo: estar.
O gerúndio é a forma nominal indicativa de processo contínuo, terminada em NDO: suando.
Gabarito letra C.

Carga semântica do gerúndio


O gerúndio geralmente indica uma ação continuada ou ações que ocorrem simultaneamente. Mas, em
questões de concurso, geralmente também são cobrados outros sentidos: Tempo, Condição, Modo e Causa.
Ex.:
• TEMPO: Chegando ao banco, ele se assustou com a fila (ele se assustou quando chegou ao banco.)
• CONDIÇÃO: Lavando a louça, deixo você sair (se lavar a louça, poderá sair.)
• MODO: Desenvolveu a memória fazendo exercícios (exercícios foram a maneira que usou para
desenvolver a memória.)
• CAUSA: Estudando com dedicação por anos, foi aprovada em primeiro lugar (foi aprovada em
primeiro lugar porque estudou por anos.)

Para expressar continuidade, é possível usar locução de gerúndio (Ele vem buscando a aprovação), ou,
alternativamente, locução de infinitivo (Ele está a buscar a aprovação) e particípio (Ele tem buscado a
aprovação).
O gerúndio também pode funcionar com valor adjetivo. Ex.:
Tenho um livro ensinando essa questão (um livro que ensina).

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(CÂMARA DE ESPINOSA-MG / 2022 - Adaptada)


Você é feliz no seu trabalho?
Tenho percebido, nos últimos tempos, índices muito altos de pedidos de demissão. O que antigamente
eram reclamações corriqueiras, hoje viraram razões concretas para esses pedidos. Motivados por
insatisfações com a remuneração, cultura da empresa, atitudes da liderança, eminência de burnout e pela
filosofia de que podemos trabalhar com o que gostamos, centenas de milhares de brasileiros deixaram os
seus empregos nos últimos meses. Isso nos traz uma sensação de liberdade. Entretanto, quando cruzamos
essa linha, nos deparamos com uma pergunta inevitável: “E agora?” [...]
==2bf67==

De forma concreta, não sabemos aonde essa vontade de mudar de emprego vai nos levar. O que
sabemos, sim, é que mudanças desse tipo, por muitas vezes, depois de um tempo, colocam-nos no mesmo
lugar de insatisfação profissional do qual partimos. Criamos, assim, um ciclo sem fim, que só pode ser
interrompido com um olhar profundo sobre as nossas carreiras.
Sem esse olhar, seguiremos fugindo, buscando soluções milagrosas para que o trabalho seja mais
prazeroso e nos traga felicidade, quando, na verdade, em grande parte das vezes, a possibilidade de um
trabalho que nos ofereça uma vida feliz já está ao nosso alcance, mas ainda não conseguimos encontrar [...].
Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/analise. Acesso em: 12 jun. 2022. Adaptado.
Os verbos usados no gerúndio indicam ações do passado que foram totalmente finalizadas.
Comentários:
Primariamente, o gerúndio indica ação continuada, prolongada, durativa. Esse é seu principal sentido, ou
seja, não indicação de ações no passado. Questão incorreta.

(CS-UFG / 2016)
No título do texto, “Festejando no precipício”, o uso do verbo no gerúndio
a) caracteriza uma forma nominal e neutra.
b) tem a função de indicar uma ação prolongada.
c) reforça a ideia de progressividade no futuro.
d) configura-se como um usual vício de linguagem.
Comentários:
Primariamente, o gerúndio indica ação continuada, prolongada, durativa. Esse é seu principal sentido. O
infinitivo caracteriza uma forma nominal e neutra. Gabarito letra B.

(DPE-MT / 2015) Adaptada

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A frase que identifica o primeiro erro – “Usar água da chuva para beber, tomar banho e cozinhar” – emprega
a forma verbal do infinitivo. Com isso, o autor do texto consegue um resultado conveniente para esse tipo
de texto, que é não personalizar as ações.
Comentários:
O infinitivo impessoal, não flexionado, não se refere a nenhum sujeito explícito. Por isso, tem o efeito de não
personalizar as ações e indicá-las de modo vago. Questão correta.

Particípios Abundantes
Há verbos que trazem mais de um particípio, um regular, terminado em –do, e um não regular, que pode ter
diversas terminações. Isso sempre gera muita dúvida no dia a dia e nas provas. Segue uma pequena lista
deles.
Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Afligir Afligido Aflito
Assentar Assentado Assento
Corrigir Corrigido Correto
Encher Enchido Cheio
Entregar Entregado Entregue
Expressar Expressado Expresso
Extinguir Extinguido Extinto
Fixar Fixado Fixo
Fritar Fritado Frito
Limpar Limpado Limpo
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Pagar Pagado Pago
Submeter Submetido Submisso
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago
Imprimir Imprimido Impresso
Veja o uso dos particípios:

PARTICÍPIO APLICAÇÃO EXEMPLOS

Regular Serão usados na voz ativa, com os Tenho pagado minhas dívidas em
verbos TER / HAVER. débito automático.
(terminação -do)
Eu nunca havia aceitado bem críticas.

Irregular Serão usados na voz passiva, com O boleto foi pago em dinheiro vivo.
(com outras terminações) os verbos SER / ESTAR. Estive suspenso do trabalho, por

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desafiar ordens sem sentido.

Só não vale misturar!

 Ex.: Tenho impresso meus cursos em PDF!


 Ex.: Meu cigarro foi acendido.
Um último alerta: “trago” e “chego” não existem (na prova)! Os particípios corretos são “trazido” e
“chegado”.

O particípio também pode apresentar valores adverbiais. Ex.:


• TEMPO: Concluído o curso, começou a procurar emprego (quando concluiu).
• CONDIÇÃO: Lavada a louça, eu deixarei você sair, filha! (se lavar).
• CAUSA: Preso no trânsito, não conseguiu chegar a tempo (porque ficou preso).
• CONCESSÃO: Cercado de policiais, o bandido não se entregou e abriu fogo (mesmo estando cercado).

(PETROBRAS / 2022)
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de ninguém”...
No início do texto, a forma verbal “escrito” poderia ser corretamente substituída por escrevido.
Comentários:
A grafia “escrevido” não existe; a forma correta de particípio é “escrito”.
Questão incorreta.

(MPE-PI / 2018)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada.
Os sentidos do texto seriam alterados caso o trecho “estar a se corresponder” (l.2-3) fosse assim reescrito:
estar se correspondendo.
Comentários:
Não seriam. São formas equivalentes: a+infinitivo equivale à forma de gerúndio.
Estou a cantar=Estou cantando. No português brasileiro, contudo, a forma realmente utilizada é o gerúndio.
Questão incorreta.

(PF / 2018)

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Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma
investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.
A substituição da forma verbal “dedicando” por que dedicam manteria os sentidos originais do texto.
Comentários:
O gerúndio indica que a ação é vista como em andamento, em progresso, durativa, contínua. Então, quando
dizemos “mostram detetives dedicando toda sua atenção a uma investigação”, o verbo sugere que o
detetive é visto praticando a ação, é visto enquanto ela está em andamento. Veja com um exemplo mais
simples:
Vi no trabalho o servidor bebendo (estava bebendo quando foi visto, a ação estava em progresso, foi flagrado
durante a ação).
Vi no trabalho o servidor que bebe (apenas sabemos que bebe, não necessariamente estava bebendo no
trabalho)
Então, há alteração de sentido sim. Questão incorreta.

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TRANSITIVIDADE VERBAL
A TRANSITIVIDADE de um termo diz respeito à sua necessidade de ter um complemento. Na prática, se o
verbo é “transitivo”, isso significa que “pede um complemento”. Isso é aprofundado nos tópicos de sintaxe
e regência. Vejamos aqui de maneira objetiva:

TRANSITIVIDADE EXPLICAÇÃO EXEMPLO

Pede um complemento e Comprei charutos.


“transita” até o seu
complemento diretamente,
VERBO TRANSITIVO SEM PREPOSIÇÃO Comprei alguma coisa; o quê? Faltou o
DIRETO complemento. O complemento é ‘charutos’;
esse complemento foi introduzido
diretamente, sem preposição, então o verbo é
transitivo direto e o complemento (charutos) é
“objeto direto”.

Pede um complemento e Gosto DE fritura, açúcar e gordices em geral.


“transita” até o seu
VERBO TRANSITIVO O verbo pede complemento também, gosto “de
complemento diretamente,
INDIRETO algo”: de quê? Gosto DE fritura, açúcar e
COM PREPOSIÇÃO gordices em geral. O verbo é Transitivo (pede
complemento) INdireto (complemento com
preposição). O complemento é chamado de
“objeto indireto”.

Pede um complemento e Mazinho deu balinhas A meninos da rua.


“transita” até o seu
VERBO TRANSITIVO
complemento diretamente,
DIRETO E INDIRETO
SEM E COM PREPOSIÇÃO Temos um verbo que pede dois complementos,
um preposicionado e outro não. Mazinho dá
Algo A alguém. Em outras palavras, pede um
objeto direto e outro indireto. Valem as
mesmas análises acima.

É aquele que não pede um Dercy morreu.


complemento sintático, Nosso barco partiu.
normalmente porque traz
VERBO INTRANSITIVO sentido completo em si Acidentes acontecem.
mesmo. Observem que os verbos passam sua
mensagem completa sem necessidade de
nenhum complemento.

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(DPE-SC / 2018)
A fonte da juventude, capaz de curar todos os males e fornecer o vigor físico da melhor época da vida, nunca
passou de um mito.
Julgue o item a seguir:
O verbo passou, no contexto, é transitivo direto.
Comentários:
==2bf67==

Um detalhe. A transitividade de um verbo pode mudar no contexto. Passar, numa frase como “o tempo
passou”, é verbo intransitivo, pois não pede complemento. No caso da questão, no entanto, o verbo “passar”
é VTI (Verbo transitivo indireto), pois exige a preposição “de”. Note, também, a presença do objeto indireto
“um mito”.

[nunca passou DE] [um mito].


Questão incorreta.

(PREF. FRIBURGO / 2017)


Assinale a alternativa em que a predicação verbal está corretamente identificada entre parênteses.
a) No hospital, todos gostavam dele. (intransitivo)
b) As frutas despencaram das árvores. (transitivo direto e indireto)
c) Os professores estavam na sala de aula. (de ligação)
d) O povo não confiava mais em seu governo, naquele país distante. (transitivo indireto)
e) O jornal da cidade de Friburgo dedicou uma página inteira ao episódio com os grevistas. (transitivo direto)
Comentários:
Vejamos:
a) INCORRETO. O verbo pede complemento preposicionado: Gostar DE alguém. Logo, não é instransitivo, é
transitivo indireto.
b) INCORRETO. “Despencar” é intransitivo (tombar, cair). “Das árvores” é apenas uma circunstância de lugar.
c) INCORRETO. Cuidado, o verbo “Estar” só é de ligação quando “liga” o sujeito a um predicativo (termo
indicativo de estado/característica). Aqui, “Estar” é intransitivo. “Na sala” é apenas uma circunstância de
lugar. “Na sala” não é um estado/característica do sujeito, então não há verbo de ligação.
d) CORRETO. “Confiar EM ALGUÉM”. O verbo pede complemento com preposição obrigatória. É transitivo
indireto.

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e) INCORRETO. Aqui o verbo traz dois complementos: O jornal da cidade de Friburgo dedicou uma página
inteira ao episódio com os grevistas. Logo, é transitivo direto e indireto. Gabarito letra D.

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CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS


Verbos impessoais
Verbos impessoais são aqueles que não possuem “pessoa”, não possuem um sujeito. O efeito prático é que
não vão ao plural. Vejamos os principais:
Verbos que indicam fenômenos da natureza: chover, nevar, amanhecer, anoitecer, trovejar ou formas
indicativas de tempo e aspectos climáticos, como “faz sol”, “está frio”, “está tarde”, "ainda é cedo”, ...

Verbo “haver” com sentido de:


1) “existir”: Há (existem) pessoas com sudorese no trem.
2) “ocorrer”: Houve (ocorreram) acidentes graves.
3) “tempo decorrido”: Há (faz) 2 anos não me drogo.
No caso 3, o verbo “fazer” também é impessoal e também não se flexiona.

Verbos unipessoais
Verbos unipessoais são aqueles que, pelo sentido, só admitem sujeito na terceira pessoa do
singular ou do plural, por exemplo:
1) Verbos indicativos de “ação/voz/estado de animais”: Latir, Ladrar, Galopar, Trotar, Zurrar...
2) Verbos que normalmente trazem uma oração como sujeito. Ex.:
Convém acordar mais cedo.
Parece que vai chover.
Importa que você estude muito.
Cumpre ao policial proteger as pessoas.
Consta que você vomitou no padre.

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(UFSC / 2019)
Julgue o item a seguir:
o verbo ‘dizer’ em “Digo-te que você...” está empregado como impessoal.
Comentários:
Não é impessoal, pois tem sujeito: “eu digo”. Verbos impessoais não possuem um agente
responsável pelo processo verbal. Questão incorreta.

(CAGE-RS / 2018)
[...] ocorreram diversos avanços, como, por exemplo, a diminuição da mortalidade infantil e do
analfabetismo
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram”
fosse substituída por
a) existiu. b) aconteceu. c) sucederam. d) tiveram. e)
houveram.
Comentários:
Ocorrer é sinônimo de suceder. As letras A e B não poderiam ser a resposta, porque os verbos
estão no singular e o sujeito é “diversos avanços”. Tiveram, na letra D, é informal. Houveram, na
letra E, causaria erro de concordância, uma vez que o verbo haver impessoal, no sentido de
suceder, não vai ao plural. Gabarito letra C.

(STM / 2018)
No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada na
forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
Comentários:
No primeiro caso, o verbo “ser” não é impessoal e está no singular para concordar com a oração:
[Isto (“Poder contar com você”) é um orgulho. Já no segundo caso o verbo ser é impessoal,
indicando tempo. Questão incorreta.

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Verbos auxiliares
Verbos auxiliares são aqueles se unem ao verbo principal em locuções verbais, formando uma oração única.
Então, eles auxiliam na formação da locução e também adicionam algum sentido extra ao verbo principal.

O verbo auxiliar se flexiona para concordar com o sujeito, enquanto o verbo principal permanece
invariável, numa de suas formas nominais: infinitivo, particípio ou gerúndio.

O sentido principal está no verbo principal, ao passo que o auxiliar traz especificações semânticas da ação,
como duração, aspecto, modo, possibilidade. Ex.:
Ele deve pensar muito em adotar um cão.
(Auxiliar “dever” + infinitivo, indicando possibilidade, especulação...).

Eu tenho pensado muito em adotar um cão.


(Auxiliar “ter” + Particípio, formando tempo composto- Pret. Perfeito).

Estou pensando muito em adotar um cão.


(Auxiliar “estar” + gerúndio, indicando duração e continuidade do verbo “pensar”).

Os Verbos Auxiliares podem trazer matizes semânticos de modo, “refinando” o sentido do verbo principal
com informação extra sobre a “atitude” do locutor em relação ao verbo. Ex.:
Ele pode estar doente (possibilidade, dúvida).
Você não pode entrar aqui (permissão, proibição).
Ele pode ficar horas sem dormir e não ficar cansado (capacidade, habilidade).
Ele deve estar chegando (possibilidade, probabilidade).
Deve haver centenas como você (possibilidade, probabilidade).
Você deve estudar mais, se quiser vencer (conselho).
Vocês hão de passar (desejo).
Tenho que ir (dever, obrigação).
Ele parece ser esforçado (aparência, incerteza, possibilidade).
Comecei a fumar (aspecto incoativo, de início; não fumava antes).
Estou para tirar férias (sentido de iminência, intuito).
Está para chegar o avião (sentido de iminência, ação por iniciar).
As pessoas iam chegando (ação sucessiva, pouco a pouco).
Venho tratando essa doença há anos (desenvolvimento gradual).

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O trabalhou ficou por terminar (ação que deveria ter se realizado).


O avião acabou de aterrissar (ação recém-concluída).
Esses auxiliares podem ser chamados de modalizadores, pois podem ser utilizados para suavizar ou
intensificar o “tom” de verdade, certeza e possibilidade de uma afirmação.

(CORE-SP / 2019)
Na locução verbal da oração “O número deve crescer ainda mais nos próximos anos”, o verbo auxiliar está
empregado no:
a) Presente do indicativo.
b) Presente do subjuntivo.
c) Infinitivo.
d) Futuro do presente do indicativo.
e) Imperativo.
Comentários:
“Deve” é o auxiliar da locução “deve crescer” e está no presente do indicativo. Gabarito letra A.

(AGU / 2019)
“Ele achava que a sociedade deveria ser harmoniosa e as pessoas deveriam ser encorajadas em seu
‘autodesenvolvimento’ para que pudessem aproveitar ao máximo sua posição.”
A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir:
Existem duas locuções verbais no período.
Comentários:
Há três locuções:
a sociedade deveria ser harmoniosa e as pessoas deveriam ser encorajadas em seu ‘autodesenvolvimento’
para que pudessem aproveitar.
Poder e Dever são verbos auxiliares. Questão incorreta.

(SEGEP-MA / 2018)
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que solicitam
a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil.
A forma verbal destacada indica
a) recomendação. b) necessidade. c) certeza. d) obrigação. e) possibilidade.

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Comentários:
O auxiliar “poder” indica uma possibilidade futura, é possível que as pessoas sejam punidas ou não.
Gabarito letra E.

(TRE-PE / 2017)
A moralidade, que deve ser uma característica do conjunto de indivíduos da sociedade, deve caracterizar de
modo mais intenso ainda aqueles que exercem funções administrativas e de gestão pública ou privada. Com
relação a essa ideia, vale destacar que o alcance da moralidade vincula-se a princípios ou normas de conduta,
aos padrões de comportamento geralmente reconhecidos, pelos quais são julgados os atos dos membros de
determinada coletividade. Disso é possível deduzir que os membros de uma corporação profissional — no
caso, funcionários e servidores da administração pública — também devem ser submetidos ao julgamento
ético-moral. A administração pública deve pautar-se nos princípios constitucionais que a regem. É
necessário, ainda, que tais princípios estejam pública e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os
cidadãos, para que estes possam respeitá-los e vivenciá-los.
No texto, a forma verbal “devem”, no trecho “os membros de uma corporação profissional (...) também
devem ser submetidos ao julgamento ético-moral” , foi empregada no sentido de
a) probabilidade. b) capacidade. c) permissão. d) obrigação. e) necessidade.
Comentários:
Pela leitura do texto, entendemos que os servidores públicos devem ser submetidos a julgamento ético-
moral por decorrência do princípio constitucional da moralidade. Se essa submissão decorre de norma
constitucional, o verbo “dever” indica obrigação, imposição. Gabarito letra D.

Verbos de ligação
Os verbos que indicam ação são chamados de “nocionais". Os verbos de ligação, por sua vez, são chamados
verbos copulativos ou verbos relacionais, porque “ligam” o sujeito a um termo que indica um estado ou
característica (esse termo é chamado de “predicativo do sujeito”). Ex.:
João é feliz / Maria está alegre / O Rio de Janeiro continua lindo.

As bancas têm cobrado as “variações semânticas” dos estados expressos pelos verbos de ligação, como
mudança e permanência. Vejamos:
✓ Estado permanente. Ex.: Minha mãe é mal-humorada.
✓ Estado continuado. Ex.: Minha mãe continua/permanece mal-humorada.
✓ Estado transitório/circunstancial. Ex.: Minha mãe está feliz. / Minha mãe anda silenciosa
ultimamente.
✓ Mudança de estado. Ex.: Minha mãe ficou mal-humorada. / Minha mãe tornou-se organizada por
causa do concurso. / Minha mãe virou síndica do prédio.

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✓ Estado aparente. Ex.: Minha mãe parece distraída.

Sutilezas semânticas: Observem que o estado continuado se distingue do permanente porque aquele traz
sentido de um estado que começou e continuou, o começo é um pressuposto da continuidade. O foco está
nela. Já o estado permanente indica uma qualidade inerente, atemporal, sem referência a quando ela
começou ou quando vai terminar. Por essa razão, o fato de um verbo de estado permanente estar no passado
(“era”, “foram”) não faz que ele perca sentido de “permanência”.
Além disso, saiba que o verbo só é considerado de ligação quando “liga” sujeito a predicativo. Ex.:
Ana anda deprimida.
(“Anda” é um verbo de ligação, indica estado transitório e liga o sujeito ao predicativo “deprimida”).

Ana anda no parque.


(“Anda” é um verbo nocional intransitivo, indica uma ação).

(MPE-RJ / 2016)
Os verbos de estado indicam: estado permanente, estado transitório, mudança de estado, aparência de
estado e continuidade de estado. A frase que mostra um verbo de estado com valor de mudança de estado
é:
a) “áreas que antes eram baratas e de fácil acesso”;
b) “tornam-se mais caras”;
c) “habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários”;
d) “Além disso, à medida que as cidades crescem”;
e) “a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes”.
Comentários:
Falou em “verbos de estado”, pode caçar os verbos de ligação mais tradicionais, “ser”, “estar”,
“permanecer”, “continuar”, “tornar-se”. Na letra A, “eram”, o verbo “ser” indica estado permanente. Na
letra B, “tornam-se” indica que houve mudança de um estado anterior para um posterior.
Na letra c, “são” indica estado permanente. Na letras D e E, “crescem” e “busque” são verbos nocionais, de
ação, não de estado. Gabarito letra B.

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(SEDF / 2017)
A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em
outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde,
por exemplo).
O emprego do verbo “continua” permite que se infira que não houve mudança na caracterização da língua
como “forte elemento de discriminação social”.
Comentários:
Exatamente. O verbo “continua” dá ideia de estado continuado, o que é reforçado pelo caráter durativo do
gerúndio “sendo”. Se algo “continua sendo”, então “ainda é”, ou seja, não mudou. Questão correta.

Verbos traiçoeiros, dissimulados e polêmicos


Nesta parte da aula veremos verbos que se comportam de maneira a enganar, iludir e criar
problemas para o destemido candidato. Temos verbos que se parecem com outros, mas não
seguem a conjugação que aparentemente deveriam. Há outros verbos que não têm conjugação
completa, os defectivos. Muito cuidado com eles.
A maioria dos verbos segue os paradigmas apresentados ao longo da aula. Contudo, é possível
que haja variações ou desvios no modelo. Vejamos algumas classificações:

VERBO EXPLICAÇÃO EXEMPLOS

Regulares Mantêm a regularidade ao longo da Eu levanto, tu levantas, ele levanta,


conjugação, o radical se mantém nós levantamos, vós levantais, eles
levantam.

Irregulares Não mantêm a regularidade ao longo da Caber (caibo/cabe/coube); Dar (dou,


conjugação, o radical sofre modificações, dá, dei); Dizer (digo, diz, disse, direi);
não segue o modelo da conjugação Querer (quero, quis, quererei); Ouvir
(ouço, ouve); Trazer (trago, trouxe).

Anômalos Apresentam total diversidade de radicais Eu sou, tu és… eu fui… eu era… (que)
(Ser, Ir) eu seja… (se) eu fosse… (quando) eu
for…

Defectivos Apresentam algum defeito na conjugação, Abolir, Precaver, Reaver...


faltam algumas formas (normalmente no
presente do indicativo e no presente do
subjuntivo). Veremos os principais em um
tópico separado.

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A principal estratégia da banca para enganar o candidato é conjugar um verbo irregular como se
fosse regular. Vejamos:

Verbos terminados em EAR/IAR


Os verbos terminados em IAR são regulares. Devem ser conjugados como o verbo criar: Eu crio,
tu crias, ele cria... Seguem esse modelo os verbos “variar”, “copiar”, “espiar”. Há exceções
conhecidas, que já veremos.
Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem um “i” em algumas formas. Sejamos
práticos, vamos seguir a conjugação do verbo passear, NAS FORMAS EM QUE TEMOS “I”.

PRESENTE IMPERATIVO
PRESENTE SUBJUNTIVO
INDICATIVO AFIRMATIVO

Eu passeio que eu passeie NÃO HÁ


tu passeias que tu passeies passeia tu
ele passeia que ele passeie passeie ele
nós passeamos que nós passeemos passeemos nós
vós passeais que vós passeeis passeai vós
eles passeiam que eles passeiem passeiem eles
A conjugação do verbo passear é importante para alguns verbos excepcionais que são terminados
em IAR, mas se conjugam como se terminassem em EAR. São as famosas exceções MARIO!

Mediar
Ansiar
Remediar Se conjugam como passear/odiar

Incendiar/intermediar
Odiar
O verbo “mobiliar” se pronuncia da seguinte maneira no presente do indicativo: Eu moBÍlio, tu
moBÍlias, ele moBÍlia... Essas formas são chamadas de “rizotônicas”, nome chique que apenas
indica que a sílaba tônica está no radical...

Verbos terminados em UAR / UIR / OAR


Vejamos as informações relevante sobre tais verbos.
Os verbos terminados em UAR são regulares. Siga como exemplo o verbo “aguar” (águo, aguei,

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aguamos, aguássemos....). Há duas possibilidades de grafia e pronúncia: AveriGU-E ou AveRÍgue.


O verbo “arguir” perdeu o acento gráfico nas formas sublinhadas: Eu argUo, Tu ArgUis, Ele ArgUi,
Nós arguÍmos, Vós arguÍs, Eles ArgUem....
A conjugação deve seguir o modelo de “influir”, mais familiar.
Quanto aos verbos terminados em OAR, use como modelo o verbo “Doar” e não esqueça que o
hiato “OO” não é acentuado (Doo, Enjoo, Voo...).

Vir e derivados
O verbo vir também é irregular. Outros importantes verbos que caem em prova derivam dele.
Devemos ficar atentos:
Provir
Intervir
Convir Se conjugam como vir
Advir
Sobrevir
Então, acostume-se com sentenças como: ele conveio, ele interveio, se ele proviesse...

Ver, Prover e Provir


"Prover" significa "tomar providências", "providenciar", "fornecer"; no indicativo, conjuga-se
pelo verbo "ver" nos tempos presentes (vejo/provejo; vê/provê; veem/proveem) e futuros
(verei/proverei), (veria/proveria). Também segue o verbo “ver” no pretérito imperfeito (via/provia)
e no presente do subjuntivo. O verbo “prover” é regular nos outros tempos (se eu provesse).

Em suma, “PROVER” funciona como “VER” no presente, futuro, pretérito perfeito e futuro do
pretérito do indicativo. Siga o verbo “BEBER” nos outros tempos. Fique ligado!!
Cuidado com o futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.

"Provir" significa “ter origem de”, "descender", "derivar", "resultar", conjuga-se pelo verbo "vir"
(vem/provém; veio/proveio; vêm/provêm; viesse/proviesse).

Temos absoluta necessidade de conhecer a conjugação do verbo “ver”, pois isso vai facilitar o
contraste com a conjugação do verbo “vir”, assunto cobrado em muitas questões! Trazemos aqui
a conjugação mais cobrada, a do futuro do subjuntivo do verbo “ver”, recite-a como um mantra!

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FUTURO DO SUBJUNTIVO

VIR VER

Quando eu VIER Quando eu VIR

Quando tu VIERES Quando tu VIRES

Quando ele VIER Quando ele VIR

Quando nós Quando nós


VIERMOS VIRMOS

Quando vós Quando vós


VIERDES VIRDES

Quando eles Quando eles


VIEREM VIREM

(MPE-GO / 2019)
Em “E há sempre a possibilidade real de crescer no banco e vir a se tornar um sócio.”, existe a
presença do verbo vir. Assinale a alternativa em que este verbo se encontra no futuro do pretérito:
a) O jovem talentoso vem chegando.
b) O lucro virá no fim do ano.
c) O investimento viera mas perdera-se na burocracia.
d) O cliente será bem atendido se vier negociar com o banco.
e) O sucesso viria se ele se esforçasse um pouco mais.
Comentários:
Questão direta. O futuro do pretérito do verbo “vir” é: viria.
“vem” está no presente do indicativo; “virá” está no futuro do indicativo; “viera” está no pretérito
mais-que-perfeito do indicativo; “vier” está no futuro do subjuntivo.
Gabarito letra E.

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Ver, ter e derivados


Prever
Antever
Se conjugam como ver
Rever
Telever
Entrever

Os demais verbos terminados em VER são regulares. Porém, teremos a seguinte diferença: Se eu
visse, se eu antevisse, se eu prescrevesse...
Deter
Entreter
Manter
Obter
Se conjugam como ter
Reter
Abster
Conter
Ater

Os verbos VIR e TER possuem as mesmas desinências.


Atente para o acento diferencial de número: Ele tem/vem; Eles têm/vêm. O mesmo vale para os
derivados.

Cuidado!!! O verbo abater não segue a conjugação de “ter”, é verbo regular de segunda
conjugação e segue o verbo “beber”.

Ex.: Se eles abativessem abatessem minhas dívidas.

Transcrevemos também aqui o futuro e o pretérito imperfeito do subjuntivo, pela incidência em


provas:

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SUBJUNTIVO

FUTURO PRETÉRITO IMPERFEITO

VIR TER VIR TER

Quando eu VIER Quando eu TIVER Se eu VIESSE Se eu TIVESSE

Quando tu VIERES Quando tu TIVERES Se tu VIESSES Se tu TIVESSES

Quando ele VIER Quando ele TIVER Se ele VIESSE Se ele TIVESSE

Quando nós Quando nós Se nós Se nós


VIERMOS TIVERMOS VIÉSSEMOS TIVÉSSEMOS

Quando vós Quando vós Se vós VIÉSSEIS Se vós TIVÉSSEIS


VIERDES TIVERDES

Quando eles Quando eles Se eles VIESSEM Se eles TIVESSEM


VIEREM TIVEREM

Só para reforçar, estão erradas as formas: deteram, detessem, entreteram, quando eu ver, se eu
propor...

As formas corretas são detiveram, detivessem, entretiveram, quando eu vier, se eu propuser...

(CMS / 2018)
“Os países com bom desempenho nessa habilidade têm estruturas de aula...”; a frase abaixo que
mostra uma forma verbal INADEQUADA de um verbo composto de “ter” é:
a) ela não se atinha ao tema indicado;
b) elas se entreteram com o filhote do animal;
c) espero que eles não detenham a sua revolta;
d) pensou em retê-lo após a conferência;
e) esperava que ela se contivesse diante dele.
Comentários:

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“Entreter” se conjuga como “ter”, então teremos “tiveram/entretiveram”.


“Ater”, “Deter”, “Reter” e “Conter” também são derivados de “ter”, daí as formas: atinha (tinha),
detenham (tenham), retê-lo (tê-lo) e contivesse (tivesse).
Gabarito letra B.

Verbo Aderir e similares


Polir
Aderir
Repelir Se conjugam como Ferir
Transferir
Expelir
O “E” do radical vai virar “I” na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (Eu “firo”,
“Adiro”, “Repilo”, “Transfiro”). Como o presente do subjuntivo deriva da primeira pessoa do
indicativo, esse “I” também aparecerá naquele tempo, em todas as pessoas: (que eu eu “fira”,
“Adira”, “Repila”, “Transfira”).
Vamos relembrar: Eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, eles ferem... / Que... eu fira, tu
firas, ele fira, eles firam, vós firais, eles firam...
Também seguem essa conjugação os verbos advertir, competir, convergir, divergir, despir, digerir,
gerir, mentir, perseguir, sugerir, vestir.
Caso queira ver a conjugação completa:
Presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, aderis, aderem.
Pretérito perfeito do indicativo: aderi, aderiste, aderiu, aderimos, aderistes, aderiram.
Pretérito imperfeito do indicativo: aderia, aderias, aderia, aderíamos, aderíeis, aderiam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: aderira, aderiras, aderira, aderíramos, aderíreis,
aderiram.
Futuro do presente do indicativo: aderirei, aderirás, aderirá, aderiremos, aderireis, aderirão.
Futuro do pretérito do indicativo: aderiria, aderirias, aderiria, aderiríamos, aderiríeis, adeririam.
Presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adirais, adiram.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: aderisse, aderisses, aderisse, aderíssemos, aderísseis,
aderissem.
Futuro do subjuntivo: aderir, aderires, aderir, aderirmos, aderirdes, aderirem.
Imperativo afirmativo: adere, adira, adiramos, aderi, adiram.
Imperativo negativo: não adiras, não adira, não adiramos, não adirais, não adiram.

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Infinitivo pessoal: aderir, aderires, aderir, aderirmos, aderirdes, aderirem.


Gerúndio: aderindo.
Particípio: aderido.

Verbo Pôr e derivados


O verbo pôr (ainda acentuado) segue a forma da segunda conjugação, como “beber”: Eu ponho,
tu pões, ele põe, nós pomos, vós pondes, eles põem...
Em alguns tempos, sofre alteração e sua base de conjugação é -puse-

Puser, pusermos, puséramos, puserdes, pusesse...


Entrepor
Supor
Compor
Repor
Opor
Se conjugam como Pôr
Transpor
Interpor
Dispor
Impor
Sobrepor
Grave suas alterações:
no futuro do subjuntivo: quando eu puser...;
no pretérito imperfeito do subjuntivo: se eu pusesse, se tu pusesses...;
no pretérito mais-que-perfeito do indicativo: eu pusera, nós puséramos...
no pretérito perfeito do indicativo: tu puseste, nós pusemos, vós pusestes, eles puseram.
Esses são os formatos que caem mais em prova, conjugações com base –puse+desinências modo-
temporais.
Só mais um detalhe: saliento que o verbo pôr é acentuado, para se diferenciar de "por"
preposição. Seus derivados não são acentuados (compor, propor), pois serão oxítonas terminadas
em R e só as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em, ens são acentuadas.

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(STJ / 2018)
Embora a perspectiva desses autores divirja entre si....
Embora haja semelhança de sentido entre os verbos divergir e diferir, a substituição da forma
verbal “divirja” por difere prejudicaria a correção gramatical do texto.
Comentários:
No presente do subjuntivo, a forma do verbo ‘diferir’ vai ser “difirA” (que eu eu “fira”). Questão
correta.

Querer X requerer
Vamos relembrar um verbo parcialmente regular.
Requerer não é derivado de “querer”, ele segue, de modo geral, as terminações do verbo
“beber”. Porém tem um detalhe: ele recebe um “i” na primeira pessoa do presente do indicativo
(requeIro) e também no presente do subjuntivo, que deriva do indicativo (que eu requeIra; que tu
requeIras; que ele requeIra...)
Os verbos requerer, dizer, fazer e trazer, na 2.a pessoa do singular, apresentam no imperativo
afirmativo duas formas: dize ou diz, faze ou faz, traze ou traz, requere ou requer. Vale muito a
pena memorizar a sua conjugação.
CAI DEMAIS!!! Além do presente do indicativo e do subjuntivo, atenção às diferenças nas
conjugações do pretérito perfeito do indicativo e do imperfeito do subjuntivo.

QUERER
Presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.
Pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.
Pretérito imperfeito do indicativo: queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis,
quiseram.

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Futuro do presente do indicativo: quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão.


Futuro do pretérito do indicativo: quereria, quererias, quereria, quereríamos, quereríeis,
quereriam.
Presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram. (OBSERVEM A
MUDANÇA NO RADICAL)
Pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis,
quisessem. (OBSERVEM QUE SE GRAFAM COM “S”, NÃO “Z”. )
Futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem.
Imperativo afirmativo: quer(e), queira, queiramos, querei, queiram.
Imperativo negativo: não queiras, não queira, não queiramos, não queirais, não queiram.
Infinitivo pessoal: querer, quereres, querer, querermos, quererdes, quererem.
Gerúndio: querendo.
Particípio: querido.

REQUERER
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem.
Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes,
requereram.
Pretérito imperfeito do indicativo: requeria, requerias, requeria, requeríamos, requeríeis,
requeriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: requerera, requereras, requerera, requerêramos,
requerêreis, requereram.
Futuro do presente do indicativo: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis,
requererão.
Futuro do pretérito do indicativo: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis,
requereriam.
Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
requerêsseis, requeressem.
Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.
Imperativo afirmativo: requer(e), requeira, requeiramos, requerei, requeiram.
Imperativo negativo: não requeiras, não requeira, não requeiramos, não requeirais, não requeiram.
Infinitivo pessoal: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.

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Gerúndio: requerendo.
Particípio: requerido.

(SEPLAG-RECIFE / 2019)
Considere os seguintes trechos:
− ao impedir que o infante indefeso fique protegido contra determinada doença...
− a enfermidade continue a se propagar pela população.
− As campanhas de vacinação exigiram esforço hercúleo.
As expressões verbais estão correta e respectivamente substituídas por verbos flexionados no
mesmo tempo e modo em:
a) se mantém – permaneça – requiseram
b) se mantenha – permaneça – requereram
c) se mantenha – permaneça – requiseram
d) se mantém – permanece – requereram
e) se mantenha – permanece – requereram
Comentários:
O pretérito perfeito de “requerer” é “requereram”, não é “requiseram”. Então, seria possível
eliminar A e C. “Fique”, “Mantenha”, “Continue” e “Permaneça” estão no presente do subjuntivo.
“Mantém” e “Permanece” estão no presente do indicativo. Gabarito letra B.

Essas conjugações vão aparecer em geral quando o verbo vier conjugado no


subjuntivo, em função de conjunções: se/que/quando/caso/embora/ainda que...
Grave essas “bases”, pois nelas estarão as questões.
Ter- TIVE+DESINÊNCIA: Se tivesse, quando tiver...
Pôr- PUSE+DESINÊNCIA: Se puser, quando supuséssemos...
Requerer- REQUERE+DESINÊNCIA: Se requeresse, quando requereu...

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Precaver- PRECAVE+DESINÊNCIA: Se precavesse, quando precaveu...


Prover- PROVE+DESINÊNCIA: se provesse, quando proveu...
Ver-VI+DESINÊNCIA: Se visse, quando víssemos, se vir...
Vir- VIE+DESINÊNCIA: Se viéssemos, quando vier, se vierem...

Verbo Aprazer
Esse verbo é bastante irregular e compartilha o radical do adjetivo aprazível, com sentido de
agradável. Para lidar com ele na hora da prova, lembre-se de algumas terminações do verbo haver
em que há “V” e base “ou” na palavra, a saber:
Pretérito mais-que-perfeito: Eu aprouvera, tu aprouveras...
Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu aprouvesse; se tu aprouvesses...
Futuro do subjuntivo: Quando eu aprouver; quanto tu aprouveres...

Acima estão as primeiras pessoas de cada conjugação, basta seguir o padrão.


Bechara e o Dicionário Houaiss mencionam que, embora tenha conjugação completa, só é usado
normalmente nas terceiras pessoas.

Medir, Pedir, Valer e Eleger


Os verbos acima trazem variações no radical, anotem estes detalhes:
Pedir e Medir trazem Ç antes de O e A: Eu Peço/Meço; que eu Peça/Meça.
Valer traz LH antes de O e A: Não valho nada/Valha-me Deus!
Eleger traz J antes de O e A: Eu eleJo; Que eu eleJa. Isso vale para os verbos com “G” no
radical.

(PREF. DE RECIFE / 2019)


Há correta flexão das formas verbais e plena observância das normas para emprego do sinal de
crase em:

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a) É a muito custo que preservaremos uma amizade, sobretudo se não contivermos nossos
primeiros impulsos.
b) Ele acabará se desfazendo dos amigos a medida que eles virem a contrariar seus ímpetos
caprichosos.
c) Uma amizade resiste à toda prova quando, em qualquer das ocasiões da vida, se manter leal e
verdadeira.
d) Se aprouviesse a alguém construir uma sólida amizade, teria de renunciar as fraquezas mais
comuns.
e) Nada poderei fazer em reparo a fragilidade de uma amizade que não advir de uma leal
construção.
Comentários:
==2bf67==

Estudamos crase separadamente na aula de regência, mas essa questão é essencialmente sobre
conjugação dos verbos que temos estudado. Então, vamos focar na conjugação. A letra A está
perfeita, observe a conjugação de “conter”, derivado de “ter”: ter-tivermos>conter-contivermos.
Vejamos as demais:
b) Ele acabará se desfazendo dos amigos à medida que eles vierem a contrariar seus ímpetos
caprichosos. (a forma de futuro do subjuntivo do verbo “vir” é “vierem”)
c) Uma amizade resiste a toda prova quando, em qualquer das ocasiões da vida, se mantiver leal
e verdadeira. (“manter” deriva de “ter”)
d) Se aprouvesse a alguém construir uma sólida amizade, teria de renunciar as fraquezas mais
comuns. (a forma de “aprazer” vira “aprouvesse”)
e) Nada poderei fazer em reparo à fragilidade de uma amizade que não advier de uma leal
construção. (“advir” deriva de “vir”) Gabarito letra A.

Verbos defectivos
São aqueles verbos que têm defeito de conjugação, pois não são conjugados em todas as pessoas,
normalmente pela semelhança que a conjugação teria com outro verbo (Falar e Falir: eu falo), ou pelo mau
som: “ela computa”... Na maioria dos casos, são conjugados só na primeira e segunda pessoa do plural do
modo indicativo, na segunda pessoa do plural do modo imperativo e não possuem flexões no presente do
subjuntivo (porque não têm o presente do indicativo).
Obs.: O presente do subjuntivo é derivado do radical da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo, em suma, “eu faço” vira “que eu faça”. Então, quando o verbo não tem a primeira pessoa do
singular no indicativo, não terá o presente do subjuntivo. Por consequência, não terá as formas de imperativo
que também derivam do subjuntivo.
Por não trazerem a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, são defectivos os verbos: abolir,
banir, brandir, carpir, colorir, computar, delir, explodir, ruir, exaurir, demolir, puir, delinquir, fulgir
(resplandecer), feder, aturdir, bramir, esculpir, extorquir, retorquir, soer (costumar: ter costume de).

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Há certa controvérsia entre esses verbos, pois alguns gramáticos e dicionários listam verbos defectivos como
regulares. Não podemos entrar nessa discussão, então vamos destacar alguns que já foram cobrados em
prova.

Verbo Precaver e Reaver


No presente do indicativo, só se conjuga com nós (precavemos/reavemos) e vós (precaveis/reaveis). Como
o presente do indicativo é a base do presente do subjuntivo, esse verbo não é conjugado neste tempo.
Sabendo disso, basta conjugar o verbo precaver seguindo a segunda conjugação, como Beber.
No Imperativo, temos: precavei, reavei.
Reaver e Precaver não trazem “J” nem “nh” na sua conjugação. Então, estão incorretas formas como
“precaveja”, “reaveja”, “reavenha”.
Para você não ter que estudar a conjugação dele inteira, siga essa dica: o verbo Reaver só se conjuga
naquelas pessoas em que o verbo Haver tem “v” na palavra. Segue a primeira pessoa de cada tempo em
que isso ocorre, para você saber o padrão: reouve, reavia, reouvera, reaverei, reaveria.
Obs.: Nessa mesma linha estão os verbos “falir” e “adequar”, que também só possuem as pessoas ‘nós’ e
‘vós’ no presente do indicativo.
Cuidado: Apesar de “estranhos”, estes verbos não são considerados defectivos: caber, valer, redimir, polir,
sortir, rir, escapulir, entupir, sacudir.

Verbos vicários
São chamados de Verbos Vicários aqueles que fazem as vezes de outros verbos, substituindo-os para evitar
repetição. Os mais comuns são os verbos ser e fazer.
Normalmente vêm acompanhados de um pronome demonstrativo o, que retoma a ação ou o evento da
oração anterior. Ex.:
Eu poderia ter fugido, mas não o fiz. (“o fiz” retoma “ter fugido”)
Se você não estudou foi porque teve preguiça. (“foi” retoma “não estudou”)
Se ela não aceita ir ao cinema é porque não quer. (“é” retoma “aceita”)

Observe que há dois verbos e um substitui o outro, quando vicário, o “fazer” não traz seu sentido próprio,
pois assume o sentido do outro verbo.
As estruturas com esses verbos costumam ser cobradas até em questões de compreensão textual, quando a
banca pode perguntar o referente do pronome.

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(CGU / 2022)
Observe o seguinte texto, retirado de um livro de Sociologia:
“Os escravos tinham o direito legal de casar-se, mas os que desejavam fazê-lo enfrentavam alguns
obstáculos, entre outros motivos porque os escravos superavam enormemente o número de escravas.”
Nesse texto, aparece um emprego especial do verbo fazer, que só NÃO se repete na seguinte frase:
(A) Algumas pessoas construíram casas à beira da via férrea e nunca se declararam arrependidas de o terem
feito;
(B) Ela caminhava todos os dias por duas horas todas as manhãs; eu também já fiz isso;
(C) Ler romances de Machado de Assis é uma tarefa agradável; não fazê-lo é perda de oportunidade de
progresso;
(D) Todos os estudantes cumpriram as suas tarefas; João foi o único a não fazer a redação;
(E) Plantar árvores frutíferas é útil e agradável; o agricultor que faz isso pode ganhar muito dinheiro.
Comentários:
Aqui, temos "fazer" empregado como verbo "vicário", retomando o sentido de um outro verbo
anteriormente utilizado, normalmente com um pronome demonstrativo.
Observe:
(A) Algumas pessoas construíram casas à beira da via férrea e nunca se declararam arrependidas de o terem
feito (de terem feito isso=construído casas à beira da via férrea);
(B) Ela caminhava todos os dias por duas horas todas as manhãs; eu também já fiz isso (já caminhei por duas
horas todas as manhãs);
(C) Ler romances de Machado de Assis é uma tarefa agradável; não fazê-lo é perda de oportunidade de
progresso; (não fazer isso=não ler romances de Machado de Assis)
(E) Plantar árvores frutíferas é útil e agradável; o agricultor que faz isso pode ganhar muito dinheiro. (faz
isso=plantar árvores frutíferas)
Isso não ocorre quando o "fazer" tem sentido próprio, sem retomar o verbo anterior:
(D) Todos os estudantes cumpriram as suas tarefas; João foi o único a não fazer/redigir/escrever a redação;
Gabarito letra D.

(ISS-TERESINA / 2016)
Fazer parte constitui um específico uso de “fazer”, verbo que, em outros contextos, pode assumir distintas
funções e acepções. Empregado como “verbo vicário”, faz as vezes de outro, como se exemplifica em:
a) Tentarei hoje mesmo fazê-lo ver a questão sob ponto de vista menos rígido.
b) Foi ele quem fez uma bela mesa de madeira maciça.
c) O mediador poderia ter evitado a discussão, mas não o fez.
d) Fizeram frente à situação adversa com coragem e elegância, o que nos comoveu.
e) O discurso foi bastante positivo, pois o orador o fez de modo acalorado e consistente.

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Comentários:
O verbo “fazer” tem vários sentidos, que foram explorados nas alternativas. No entanto, é na letra C que ele
funciona como “vicário”, pois substitui o verbo “evitar”. Observe a presença do demonstrativo “o”,
retomando o fato de “evitar a discussão”.
Observe que devemos ter dois verbos diferentes, e o verbo vicário estará substituindo o outro.
Na letra E só há um verbo, “discurso” não é verbo! O verbo “foi” é de ligação e só serviu para dar qualidade
ao discurso. Não tem sentido de ação. Além disso, o orador “fez o discurso”, o verbo fazer está sendo
utilizado com sentido de “fazer” mesmo, de produzir, realizar. Não está substituindo outro verbo. Gabarito
letra C.

Verbos pronominais
São aqueles que trazem um pronome “integrante” do verbo e que não podem ser conjugados sem ele.
Veja alguns deles: ARREPENDER-SE, ATREVER-SE, ASSEMELHAR-SE, CANDIDATAR-SE, DIGNAR-SE,
ESFORÇAR-SE, QUEIXAR-SE, REFUGIAR-SE, SUICIDAR-SE, ESTREITAR-SE...

Há diversos verbos que podem ser usados como pronominais: lembrar-se; esquecer-se. Nesses casos, a
regência passa a exigir a preposição “DE”. Ex.:
Lembrei/esqueci a letra ou Lembrei-me/Esqueci-me da letra.

As bancas gostam de perguntar se o pronome é parte integrante do verbo e/ou, se exerce função sintática,
ou se pode ser suprimida. Nos verbos que não são essencialmente pronominais, como lembrar e esquecer,
a retirada do pronome DEVE ser acompanhada também da retirada da preposição.

Ex.: Eles não se arrependem de nada. (o “se” é parte integrante, não pode ser retirado e nem exerce qualquer
função sintática. Não pense que é reflexivo, tampouco recíproco, pois não podemos arrepender a outra
pessoa nem a nós mesmos: se arrepender não é arrepender a si mesmo. Claro?)
Um critério importante é sempre verificar se o verbo vai ter sentido passivo, pois a banca vai tentar confundir
você afirmando que o “se” representa voz passiva sintética, como em “Alugam-se casas” (casas são
alugadas).

(AGU / 2019)
“Ninguém se esqueceu da enxurrada de tuítes enraivecidos trocados há apenas um ano por Trump e o
presidente nortecoreano – ‘fogo e fúria’, o ‘grande botão’ nuclear etc.”

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Julgue o item a seguir.


A retirada do SE do período não provoca alteração de sentido nem constitui inadequação à norma culta.
Comentários:
“Esquecer-se” (de) é um verbo pronominal, então a retirada do “se” causa erro. É possível utilizá-lo sem
pronome, mas também é necessário retirar a preposição:
Esquecer-SE DE algo ou Esquecer algo.
Questão incorreta.

(MPU / 2018)
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de uma
teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
Na expressão “fazê-lo” (l.2), a forma pronominal “lo” retoma a ideia de agir para tentar evitar uma
calamidade.
Comentários:
Sim. Aqui, temos o “pronome demonstrativo neutro usado ao lado de um verbo vicário. “Fazer” retoma a
ação anterior (agir...)”:
Fazê-lo = Fazer isso (o que foi mencionado: agir para tentar evitar uma calamidade).
Questão correta.

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QUESTÕES COMENTADAS - EMPREGO DOS TEMPOS E MODOS -


CESGRANRIO
1. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)

A história do método braile


Ler no escuro. Quem já tentou sabe que é impossível. Mas foi exatamente a isso que um francês
chamado Louis Braille dedicou a vida. Nascido em Coupvray, uma pequena aldeia nos arredores
de Paris, em 1809, desde cedo ele mostrou muito interesse pelo trabalho do pai. Seus olhos azuis
brilhavam da admiração de vê-lo cortar, com extrema perícia, selas e arreios. Pouco depois de
completar 3 anos, o menino começou a brincar na selaria do pai, cortando pequenas tiras de
couro. Uma tarde, uma sovela, instrumento usado para perfurar o couro, escapou-lhe da mão e
atingiu o seu olho esquerdo. O resultado foi uma infecção que, seis meses depois, afetaria
também o olho direito. Aos 5 anos, o garoto estava completamente cego.
A tragédia não o impediu, porém, de frequentar a escola por dois anos e de se tornar ainda um
aluno brilhante. Por essa razão, ele ganhou uma bolsa de estudos no Instituto Nacional para
Jovens Cegos, em Paris, um colégio interno fundado por Valentin Haüy (1745-182. Além do
currículo normal, Haüy introduzira um sistema especial de alfabetização, no qual letras de forma
impressas em relevo, em papelão, eram reconhecidas pelos contornos. Desde o início do curso,
Braille destacou-se como o melhor aluno da turma e logo começou a ajudar os colegas. Em
1821, aos 12 anos, conheceu um método inventado pouco antes por Charles Barbier de La Serre,
oficial do Exército francês.
O método Barbier, também chamado escrita noturna, era um código de pontos e traços em
relevo impressos também em papelão. Destinava-se a enviar ordens cifradas a sentinelas em
postos avançados. Estes decodificariam a mensagem até no escuro. Mas, como a ideia não
pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos, com o nome de grafia
sonora. O sistema permitia a comunicação entre os cegos, pois com ele era possível escrever,
algo que o método de Haüy não possibilitava. O de Barbier era fonético: registrava sons e não
letras. Dessa forma, as palavras não podiam ser soletradas. Além disso, o fato de um grande
número de sinais ser usado para uma única palavra tornava o sistema muito complicado. Apesar
dos inconvenientes, foi adotado como método auxiliar por Haüy.
Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
Em 1824, seu método estava pronto. Primeiro, eliminou os traços, para evitar erros de leitura: em
seguida, criou uma célula de seis pontos, divididos em duas colunas de três pontos cada, que
podem ser combinados de 63 maneiras diferentes. A posição dos pontos na célula está ao lado.
Em 1826, aos 17 anos, ainda estudante, Braille começou a dar aulas. Embora seu método fizesse
sucesso entre os alunos, não podia ensiná-lo na sala de aula, pois ainda não era reconhecido
oficialmente. Por isso, Braille dava aulas do revolucionário sistema escondido no quarto, que logo
se transformou numa segunda sala de aula.

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O braile é lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais de relevo. Normalmente se usa a
mão direita com um ou mais dedos, conforme a habilidade do leitor, enquanto a mão esquerda
procura o início da outra linha. Aplica-se a qualquer língua, sem exceção, e também à
estenografia, à música – Braille, por sinal, era ainda exímio pianista – e às notações científicas em
geral. A escrita é feita mediante o uso da reglete, também idealizada por Braille: trata-se de uma
régua especial, de duas linhas, com uma série de janelas de seis furos cada, correspondentes às
células braile.
Louis Braille morreu de tuberculose em 1852, com apenas 43 anos. Temia que seu método
desaparecesse com ele, mas, finalmente, em 1854 foi oficializado pelo governo francês. No ano
seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem do
imperador Napoleão III (1808-187, que programou ainda uma série de concertos de piano com
ex-alunos de Braille. O sucesso foi imediato, e o sistema se espalhou pelo mundo. Em 1952, o
governo francês transferiu os restos mortais de Braille para o Panthéon, em Paris, onde estão
sepultados os heróis nacionais.
(ATANES, Silvio. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.]com.br/historia/. Acesso em: 23 out. 2022.
Adaptado).

O trecho do parágrafo “Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e
pôs-se a aperfeiçoá- la” pode ser reescrito, sem alterar o sentido que apresenta no texto, como:
A) Para pesquisar a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a
aperfeiçoá-la.
B) Embora pesquisasse a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a
aperfeiçoá-la.
C) Quando pesquisava a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a
aperfeiçoá-la.
D) Apesar de pesquisar a fundo a grafia sonora, Braille percebia suas limitações e punha-se a
aperfeiçoá-la.
E) Se pesquisasse a fundo a grafia sonora, Braille perceberia suas limitações e pôr-se-ia a
aperfeiçoá-la.
Comentário:
O gerúndio tem valor de tempo. Indica que Braille descobriu os problemas do método enquanto
estudava.
“Pesquisando/ao pesquisar/quando pesquisava a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas
limitações e pôs-se a aperfeiçoá- la”
"embora" e "apesar de" indicam concessão; "para" indica finalidade; "se" indica condição.

Gabarito: C

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2. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção


Radiológica/2022)
Texto
Maria José
Paulo Mendes Campos
Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre, violenta quando necessário. Eu
era menino e apanhava de um companheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via
a pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com a briga por milagre.
Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devotava-se ao alívio de misérias físicas e
morais do próximo, estudava o mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma,
comungava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Mas nunca deixou de
ter na gaveta o revólver que havia recebido, menina-e-moça, das mãos do pai, e que empunhou
no quintal noturno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que tinha chegado à humildade da
velhice; já não se importava com quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a
defesa dos filhos e dos netos.
Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia e o verdor da minha meninice.
Ensinou- me a ler as primeiras sentenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de
Sales e o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas de Baudelaire;
dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que havia decorado quando menina; discutia comigo
as ideias finais de Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me desgarrei
nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José, com irônico afeto, me repetia a
advertência de Drummond: “Paulo, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija,
amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será”.
Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha amiga: nada me perguntava,
adivinhava tudo.
Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto espontâneo da qualidade das
coisas, renunciou às vaidades mais singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de
olhos lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as almas que perdiam o
rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.
Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se fazia difícil para o médico saber o
que sentia; acabava dizendo que doía um pouco, por delicadeza.
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia acompanhar um casal amigo a
Copacabana, passar do bar da moda ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques
em santa serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava São Paulo e Santo Agostinho,
acreditava que era preciso se fazer violência para entrar no reino celeste.

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Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, destemida e doce, como quem vai
partir para o céu. Santificara-se. Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo
do espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomendava à compaixão do Criador
e me defendia contra o mundo de revólver na mão.
Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7173/maria- jose. Acesso em: 05 fev. 2022.

No trecho: “Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que recebera, menina-e-moça, das
mãos do pai, e que empunhou no quintal noturno, perseguindo um ladrão”, (parágrafo 2), a
oração destacada pode ser substituída, sem prejuízo de seu significado, por
A) por isso perseguia um ladrão.
B) enquanto perseguia um ladrão.
C) embora perseguisse um ladrão.
D) desde que perseguisse um ladrão.
E) por mais que perseguisse um ladrão.
Comentários:
"perseguindo" é um verbo no gerúndio, que expressa ação simultânea. Portanto, o sentido vai
ser de tempo simultâneo (segurava a arma ao mesmo tempo que corriA):
“Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que recebera, menina-e-moça, das mãos do pai, e
que empunhou no quintal noturno, perseguindo/enquanto perseguia um ladrão”
Gabarito: B

3. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA A / 2021)


No trecho “Esse limite poderia ser dado pelo próprio consumidor, se ele assim quiser?”
(parágrafo 6), a forma verbal destacada expressa a noção de
A) dever
B) certeza
C) hipótese
D) obrigação
E) necessidade
Comentários:
O futuro do pretérito do indicativo tem a peculiaridade de indicar dúvida, hipótese.
Vejam que temos uma condicional: "se ele quisesse", então "poderia, hipoteticamente, dar esse

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limite".
Gabarito: Letra C.

4. (CESGRANRIO / BANCO DA AMAZÔNIA / 2021)


Em que frase o verbo destacado está flexionado, quanto a número e pessoa, de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa?
A) No texto, relacionam-se aos chicles a ideia de eternidade.
B) Referiu-se à eternidade, sem se dar conta, as duas meninas.
C) Enganam-se a respeito da eternidade aqueles que creem nela.
D) Todos os anos, consome-se muitas balas e chicletes em todo o país.
E) Em muitas culturas, defendem-se calorosamente a existência da eternidade.
Comentários:
A regra básica de concordância é o verbo concordar com o núcleo do sujeito:
A) No texto, relaciona-se aos chicles [a ideia de eternidade].
B) Referiram-se à eternidade, sem se dar conta, [as duas meninas].
C) Enganam-se a respeito da eternidade [aqueles que creem nela].
D) Todos os anos, consomem-se [muitas balas e chicletes] em todo o país.
E) Em muitas culturas, defende-se calorosamente [a existência da eternidade].
Gabarito: Letra C.

5. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018)


Considere o trecho “Depois vieram as mães e avós doentes.” (l. 8-9).
A frase em que se emprega uma flexão do verbo destacado, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa, é:
A) Não sei o que fazer depois que vinherem as mães e avós doentes.
B) Depois que as mães e avós doentes virem, faremos alguma coisa.
C) Depois que eu vim, as mães e avós doentes ficaram curadas.
D) Depois, as mães e avós doentes tiveram vindo até aqui.
E) Talvez seja melhor ir depois de vierem as mães e avós doentes.
Comentários:
A questão pede um verbo que esteja empregado na mesma flexão de "vieram". Além disso,
precisa estar de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. Vamos analisar cada
alternativa:

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a) Incorreto. A forma verbal "vinherem" não existe na norma culta.


b) Incorreto. "Virem" é uma conjugação do verbo VER e não do verbo VIR, como aparece no
enunciado.
c) Correto. "Vim" também está conjugado de acordo com a norma culta e, além disso, está no
mesmo tempo e modo (pretérito perfeito do indicativo) de "vieram".
d) Incorreto. "Tiveram vindo" não apresenta mesma flexão de "vieram". E, além disso, torna a
sentença incoerente.
e) Incorreto. A forma verbal "vierem" está no futuro do subjuntivo, diferente de "vieram" que
está no pretérito perfeito do indicativo.
Gabarito letra C.

6. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / SEGUN. OFICIAL / 2016)


O distanciamento do autor em relação à história narrada para destacar um ponto de vista seu
sobre a temática em foco é marcado pelo uso do verbo ser, no período “É um exercício estranho
esse de começar a remoçar um corpo na imaginação, injetar movimento e desejo nos seus
músculos, acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada instante.”
Caso o enunciador queira conferir ao trecho um caráter de possibilidade, a reescritura adequada
à norma-padrão e ao contexto empregará o verbo ser da seguinte forma:
A) Fosse
B) Seria
C) Foi
D) Era
E) Fora
Comentários:
O presente do indicativo é o tempo da certeza, das afirmações categóricas, feitas com caráter de
verdade universal, de fato concreto.
Já o futuro do pretérito indica algo incerto, duvidoso, hipotético, no campo das possibilidades.
Veja como soa diferente:
“Seria (seria, não é) um exercício estranho esse de começar a remoçar um corpo na imaginação,
injetar movimento e desejo nos seus músculos, acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada
instante.” Gabarito letra B.

7. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / SEGUN. OFICIAL / 2016)

O verbo ver apresenta irregularidade na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, como

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se vê na linha 2 do texto: “vejo um velho”.


Um outro verbo que apresenta irregularidade nessas circunstâncias é:
A) viver
B) bater
C) imaginar
D) fazer
E) olhar
Comentários:
A irregularidade de um verbo é basicamente a mudança no seu radical ao longo de sua
conjugação. O verbo ‘ver’ é irregular: ver, vir, vedes, veja, visse...
Especificamente, estamos falando da irregularidade na primeira pessoa: Eu veJo, entra esse J,
que não faz parte do modelo do verbo. O mesmo ocorre com Fazer, que na primeira pessoa do
singular, vira FaÇo, letra também que não faz parte do radical, que traz a letra Z. Os demais
verbos seguem um padrão, apenas recebem o -O, desinência clássica de primeira pessoa do
singular: Vivo, Bato, Imagino, Olho. Gabarito letra D.

8. (CESGRANRIO / UNIRIO / ASS. EM ADM. / 2016)

No final do primeiro parágrafo do Texto III, o autor compara o tempo a um imperador sem rivais,
pois é o tempo “que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós”. O presente do
indicativo, empregado três vezes nessa passagem, produz o seguinte efeito de sentido:

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A) atribui validade permanente a uma afirmação.


B) confere atualidade a uma ação ocorrida no passado.
C) retrata algo ocorrido no momento da fala do imperador.
D) indica um fato próximo, cuja realização é dada como certa.
E) infere à cena apresentada uma descrição do momento vivido.
Comentários:
O presente do indicativo, além de indicar ações pontuais e habituais no presente, é o tempo
utilizado para indicar que o autor considera suas afirmativas como fatos concretos, como
verdades universais, atemporais, sempre verdadeiras. Em outras palavras, quando autor diz
“Quem passa somos nós”, faz essa afirmativa como algo visto como uma verdade permanente.
Esse é o mesmo caso de sentenças como:
O Mercosul é formado por 5 países.
A água ferve a 100 graus.
São afirmações permanentemente válidas. Gabarito letra A.

9. (CESGRANRIO / UNIRIO / PEDAGOGO / 2016)

Em “Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41.” (l. 1-2), o uso do pretérito
imperfeito do indicativo busca.
A) estabelecer uma relação de causa e efeito.
B) contextualizar o tempo da narrativa.
C) introduzir uma ambiência de suspense.
D) banalizar o calor que fazia no Rio.
E) projetar uma possibilidade.
Comentários:
Questão direta. O verbo “fazia” está no pretérito imperfeito do indicativo, o que indica que as
ações narradas ocorreram no passado e tiveram certa duração. As demais alternativas não têm
nenhuma relação com o uso desse tempo verbal. Gabarito letra B.

10. (CESGRANRIO / ANP / TÉCNICO / 2016)

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==2bf67==

Considere-se a seguinte passagem de Texto, que está construída na voz ativa e tem verbo
transitivo: “Eu olhava tudo".
O mesmo tipo de construção ocorre em:
A) O apelido de Clarice Lispector era Flor-de-Lis.
B) Clarice virou cidadã brasileira no ano de 1943.
C) Clarice é uma das escritoras mais importantes de nossa literatura.
D) O prêmio literário Jabuti foi duas vezes concedido a Clarice Lispector.
E) Os editores da época recusaram os textos muito reflexivos de Clarice.
Comentários:
Olhava é forma do verbo “olhar”, transitivo direto. O objeto direto, complemento sem
preposição, é “tudo”. Tal relação se repete em “recusaram os textos muito reflexivos de Clarice”,
sendo “recusar” um verbo transitivo direto e “os textos muito reflexivos de Clarice” seu
complemento.
Nas demais alternativas, temos verbos de ligação. Gabarito letra E.

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11. (CESGRANRIO / ANP / TÉCNICO / 2016)


O emprego dos verbos destacados no trecho “'Eu me sentava bem na ponta do banco, e minha
felicidade começava." mostra as lembranças da narradora sobre um fato que ocorreu com ela
repetidas vezes no passado.
Se, respeitando-se o contexto original, a frase mostrasse um fato que ocorreu com ela uma única
vez no passado, os verbos adequados seriam os que se destacam em:
A) Eu me sentaria bem na ponta do banco, e minha felicidade começaria.
B) Eu me sentei bem na ponta do banco, e minha felicidade começou.
C) Se eu me sentasse bem na ponta do banco, minha felicidade começaria.
D) Eu me sento bem na ponta do banco para que minha felicidade comece.
E) Eu ficava sentada bem na ponta do banco, e minha felicidade estava começando.
Comentários:
A questão é longa, mas trabalha um conhecimento básico sobre os tempos verbais: O pretérito
imperfeito indica ação habitual no passado. O pretérito perfeito indica uma ação perfeitamente
acabada, com foco no seu fim, não na sua duração.
Então, para indicar que ação ocorreu uma única vez e foi concluída, deveríamos substituir
“sentava” e “começava” por “sentei” e “comecei”.
Vejamos as demais:
a) Ambos os verbos estão no futuro do pretérito, que indicam ação incerta, duvidosa.
c) O primeiro verbo está no pretérito imperfeito do subjuntivo, numa condicional. O segundo
está no futuro do pretérito, que indica ação incerta, duvidosa, pendente da condição.
d) Ambos os verbo estão no presente, não indicam ação que ocorreu uma única vez no passado.
e) Há combinação de pretérito imperfeito com gerúndio, o que reforça a ideia de continuidade
no passado. Gabarito letra B.

12. (CESGRANRIO / BANCO DA AMAZÔNIA / TÉC. / 2015)


O verbo em destaque está conjugado de acordo com a norma-padrão em:
A) Pegue o outro elevador, por favor.
B) É preciso que você esteje atento a situações de perigo
C) Será muito bom se você propor um outro acesso aos passageiros.
D) Seje sempre bem-humorado com os passageiros.
E) Gostaríamos de que você vesse esse filme.
Comentários:
Pegue é forma de imperativo afirmativo, que deriva do presente do subjuntivo: Que você pegue
(presente do subjuntivo) > Pegue você (imperativo afirmativo). Nas pessoas “tu” e “vós”, o
imperativo deriva do presente do indicativo, cortando-se o S: tu pegas (presente do indicativo) >
pega tu (imperativo afirmativo).
vós pegais (presente do indicativo) > pegai vós (imperativo afirmativo).
Façamos as devidas correções:
(B) É preciso que você estejA atento a situações de perigo.

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(C) Será muito bom se você propUSER um outro acesso aos passageiros.
(D) SejA sempre bem-humorado com os passageiros.
(E) Gostaríamos de que você vIsse esse filme. Gabarito letra A.

13. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ASS. ADM. / 2015)


A forma verbal destacada está empregada de acordo com a norma-padrão em:
A) Quando as pessoas fazerem compras nas lojas locais, poderão usar o cartão de crédito
comunitário.
B) Os consumidores preocupados com os gastos tinham trago pouco dinheiro para as suas
compras.
C) Os financiamentos serão ampliados quando os bancos estarem com os juros baixos.
D) O ideal seria que os clientes dos bancos comunitários pudessem aumentar sua renda mensal.
E) Se os bancos darem mais crédito aos moradores, aumentará a construção de casas na
comunidade.
Comentários:
O futuro do pretérito (seria) se correlaciona com o pretérito imperfeito do subjuntivo (pudessem),
já que ambos expressam ideia de algo incerto, hipotético, no passado. É a mais clássica
correlação: Se eu pudesse, faria.
Façamos as devidas correções:
a) Quando as pessoas fIzerem compras nas lojas locais, poderão usar o cartão de crédito
comunitário.
A conjunção temporal “quando” indica uma ação no futuro, daí precisarmos usar o futuro do
subjuntivo. Fazerem é forma de infinitivo.
b) Os consumidores preocupados com os gastos tinham trazido pouco dinheiro para as suas
compras.
O particípio de trazer é trazido, não é trago.
c) Os financiamentos serão ampliados quando os bancos estiverem com os juros baixos. A
conjunção temporal “quando” indica uma ação no futuro, daí precisarmos usar o futuro do
subjuntivo. Estarem é forma de infinitivo.
e) Se os bancos derem mais crédito aos moradores, aumentará a construção de casas na
comunidade.
A conjunção condicional “SE” indica um fato hipotético no futuro, daí precisarmos usar o futuro
do subjuntivo, correlacionado com o futuro do presente (aumentará). Gabarito letra D.

14. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / DIREITO / 2015)


Em “os movimentos caóticos atuais já eram os primeiros passos afinando-se e orquestrando-se
para uma situação econômica mais digna", observa-se a adequada flexão do verbo destacado, o
que também se verifica em
A) O povo brasileiro sois articulado politicamente.
B) Se fôssemos menos explorados, o país prosperaria mais.
C) Quando fores corretos os políticos brasileiros, a fome terá fim.

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D) É fundamental que sejemos um povo mais politizado.


E) A população deseja que o sistema de saúde sejais melhor.
Comentários:
Observe mais uma vez a correlação pretérito imperfeito do subjuntivo com o futuro do pretérito
(-SSE/IA):
Se fôssemos menos explorados, o país prosperaria mais.
Gabarito letra B.
Façamos as correções nas demais alternativas:
a) O povo brasileiro É articulado politicamente. (1aP.S presente do indicativo)
c) Quando foreM corretos os políticos brasileiros, a fome terá fim. (3aP.P futuro do subjuntivo)
d) É fundamental que sejAmos um povo mais politizado. (1aP.P presente do subjuntivo)
e) A população deseja que o sistema de saúde seja melhor. (3aP.S presente do subjuntivo)

15. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / AJUD. DE CARGA / 2015)


Respeitando-se a norma-padrão, se a palavra ele fosse substituída por nós, no trecho do Texto
“Ele conta que as mudanças no clima do planeta geram secas”, o resultado seria:
A) Nós conta que as mudanças no clima do planeta geram secas.
B) Nós conteis que as mudanças no clima do planeta geram secas.
C) Nós contamos que as mudanças no clima do planeta geram secas.
D) Nós contas que as mudanças no clima do planeta geram secas.
E) Nós contam que as mudanças no clima do planeta geram secas.
Comentários:
Mudando a pessoa, temos que adaptar a conjugação.
Ele conta- 3aP.S presente do indicativo.
Nós contamos - 1aP.P presente do indicativo.
Conteis é forma adequada à 2ª pessoa do plural: ‘vós’.
Contas é forma adequada à 2ª pessoa do singular: ‘tu’. Gabarito letra C.

16. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITU. / 2015)


O emprego do verbo destacado no trecho “queremos contribuir para o crescimento sustentável
das empresas” contribui para indicar uma pretensão do presidente do Sindicato dos Lojistas, que
começa no presente e se estende no futuro.
Se, respeitando-se o contexto original, a frase indicasse uma pretensão que começasse no
passado e se estendesse no tempo, o verbo adequado seria o que se destaca em:
A) quisemos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
B) quisermos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
C) quiséssemos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
D) quereremos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
E) quisera poder contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
Comentários:
O pretérito perfeito também pode indicar uma ação que, embora concluída, se estendeu no

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tempo ou traz efeitos até o presente:


Ex: Aprendi inglês no ensino médio.
Entre as opções, somente a forma verbal “quisemos” pode indicar uma pretensão que começou
no passado (daí o pretérito perfeito) e se estendeu no tempo.
Quisermos e Quereremos são formas de futuro, então não indicam ação que se inicia no
passado.
Quisera é forma do pretérito mais-que-perfeito, indicativo de ação passada concluída antes de
outra ação no passado.
Quiséssemos é forma de pretérito imperfeito do subjuntivo, que indica uma ação irreal no
passado, fato não certo de ter ocorrido.
Questão difícil, mas que seria resolvida pelas opções. Gabarito letra A.

17. (CESGRANRIO / ANP / TÉCNICO / 2016)


As formas verbais estão empregadas coerente e adequadamente, de acordo com a
norma-padrão da Língua Portuguesa, em:
A) É desejável que a escola não desse importância apenas à futura profissão dos alunos, mas que
também atendesse às necessidades relativas à formação desses estudantes.
B) Os países em desenvolvimento teriam possibilidade de maior crescimento se a população
fosse atendida em suas necessidades básicas e tivesse oportunidade de estudar.
C) Se os resultados das pesquisas de mercado fossem positivos, o diretor da empresa
apresentará aos clientes detalhes do novo projeto a ser implementado.
D) É necessário que as empresas de comunicação global investissem em programas de
popularização dos meios de compartilhamento de informação.
E) As mudanças do mercado digital dependem das ações que as empresas desenvolverão junto
aos seus funcionários para que eles tivessem sucesso.
Comentários:
Observe mais uma vez a correlação pretérito imperfeito do subjuntivo com o futuro do pretérito
(-SSE/IA), numa clássica estrutura condicional:
Os países em desenvolvimento teriam possibilidade de maior crescimento se a população fosse
atendida em suas necessidades básicas e tivesse oportunidade de estudar. Vamos corrigir as
demais:
a) SERIA desejável que a escola não desse importância apenas à futura profissão dos alunos, mas
que também atendesse às necessidades relativas à formação desses estudantes.
c) Se os resultados das pesquisas de mercado fossem positivos, o diretor da empresa
APRESENTARIA aos clientes detalhes do novo projeto a ser implementado.
d) SERIA necessário que as empresas de comunicação global investissem em programas de
popularização dos meios de compartilhamento de informação.
e) As mudanças do mercado digital dependem das ações que as empresas DESENVOLVEM junto
aos seus funcionários para que eles TENHAM sucesso. Gabarito letra B.

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18. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / T.S.T. / 2014)


O verbo destacado em “o clima era regulado” está conjugado no tempo passado. Uma forma
desse mesmo verbo conjugada no tempo futuro é
A) foi
B) fora
C) fosse
D) seja
E) será
Comentários:
“Será” é forma do verbo ser no futuro do presente, terceira pessoa do singular. Fora – pretérito
mais- que- perfeito do indicativo
Fosse – pretérito imperfeito do subjuntivo
Foi – pretérito perfeito do indicativo
Seja – presente do subjuntivo Gabarito letra E.

19. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / T.S.T. / 2014)


Flexionado na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, o verbo fazer assume forma
irregular: faço.
O mesmo acontece com o seguinte verbo:
A) depender
B) dominar
C) medir
D) pensar
E) dever
Comentários:
Fazer vira ‘faço’; de forma semelhante, Medir vira “meço”, a mesa alteração. As demais formas
permanecem inalteradas em seu radical e apenas recebem a desinência “O” que marca a
primeira pessoa do singular: dependo, domino, penso, devo. Gabarito letra C.

20. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ENGENHEIRO JR. / 2014)


A frase em que a flexão do verbo auxiliar destacado obedece aos princípios da norma padrão é
A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão inteligentes quanto o homem.
B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras tarefas destinadas aos robôs.
C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos para garantir a evolução da robótica.
D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de superar, como a locomoção e o
diálogo.
E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista espacial.
Comentários:
O verbo “haver”, quando usado no sentido de “existir”, “ocorrer” ou tempo decorrido, é
impessoal e não tem sujeito. Logo, fica na terceira pessoa do singular, sem flexão. Numa locução
verbal, o verbo “haver” como principal “contamina” o auxiliar com sua impessoalidade, de modo
que ele também não se flexiona:

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Deve haver, Pode haver. Erradas então as letras A e C.


Os verbos “existir” e “surgir” são pessoais, então se flexionam normalmente. Na locução verbal,
o auxiliar é que se flexiona para concordar com o sujeito:
Devem existir formas
PodeM existir obstáculos ; PodeM surgir novas tecnologias
Erradas então as letras D e E. Gabarito letra B.

21. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ENGENHEIRO JR. / 2014)


No trecho “Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais difíceis, mais desafiadoras — e até
ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones.”, o verbo prenunciar foi utilizado no
plural por se tratar de uma construção de passiva pronominal com sujeito também no plural. O
mesmo procedimento é adotado no verbo destacado em:
A) Para conquistar posição de vanguarda na corrida espacial, obedecem-se a princípios básicos
de inovação tecnológica.
B) Na missão espacial ao solo marciano, ambiente inóspito aos humanos, assistiram-se a
episódios inesquecíveis.
C) Nos livros e filmes de ficção científica do século passado, falavam-se de robôs como uma
possibilidade muito próxima e viável.
D) Com o avanço das pesquisas em robótica nas últimas décadas, delegam-se atividades
eminentemente humanas às máquinas.
E) Para evitar que o crescimento da robótica provoque distorções incontroláveis, necessitam-se
de leis protecionistas.
Comentários:
Como diz o enunciado, na voz passiva sintética, temos “prenunciaM”, no plural, porque o sujeito
paciente é plural: Perguntas mais difíceis são prenunciadas.
O mesmo ocorre em “delegam-se atividades eminentemente humanas”, porque o sujeito é
“atividades eminentemente humanas”: atividades eminentemente humanas são delegadas.
Gabarito letra D.

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QUESTÕES COMENTADAS - MODO INDICATIVO - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2022)
Uma cena
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono.
Outono no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto,
o céu já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e
arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua.
E, naquele trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.
É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila,
de pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros,
nem pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com
suas vassouras e mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando –
dentro ou fora das gaiolas.
Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu vestido
estampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar
quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece
pronta a erguer -se num aceno, quando alguém passar.
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um
choque: as grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez Comentários vagos
sobre as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase.
Mas e essas grades, me perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu
espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que
dizer.
Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a
cadeira para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do
gradil pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola
assim, por trás de barras de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um
ferro simbólico, que prende, constrange, restringe.
Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo
lembrar os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

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“E eu, espantada com seu espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem
gradeada, fiquei sem saber o que dizer.”

O uso do verbo em destaque no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo estabelece


que o fato representado por esse verbo se deu antes de outro fato passado. Esse mesmo
significado é encontrado no que está destacado em:
A) Ela já foi uma mulher alegre e jovial.
B) A mesma cena se repete ao nascer de cada manhã.
C) A velha senhora estava sentada na calçada enquanto amanhecia.
==2bf67==

D) Na última manhã, a velha senhora chegou e o sol já tinha surgido.


E) As grades impressionariam qualquer um que chegasse à cidade.
Comentários:
"acostumaRA" é uma forma simples do pretérito mais-que-perfeito; "tinha surgido" ou "havia
surgido" é a forma composta, equivalente a "surgira".
Vejamos os demais:
"foi": pretérito perfeito do indicativo
"repete": presente do indicativo
"estava": pretérito imperfeito do indicativo
"chegasse": pretérito imperfeito do subjuntivo.
Gabarito: letra D.

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QUESTÕES COMENTADAS - VERBOS TRAIÇOEIROS - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022)
Em que frase o verbo irregular destacado está empregado de acordo com a norma-padrão da
Língua Portuguesa?
A) Os médicos preveram que ela teria complicações da doença. (verbo PREVER)
B) Se eu me oposse a suas orientações, ela me advertia. (verbo OPOR)
C) Minha mãe sempre me acodia nos momentos difíceis. (verbo ACUDIR)
D) Maria José sempre soube defender filhos e netos. (verbo SABER)
E) Quando entrava numa briga, ela sempre intervia em meu favor. (verbo INTERVIR)
Comentários:
Vejamos as flexões corretas.
A) Os médicos previram que ela teria complicações da doença. (=VER)
B) Se eu me opusesse a suas orientações, ela me advertia. (=POR)
C) Minha mãe sempre me acudia nos momentos difíceis. (ACUDIR)
D) Maria José sempre soube defender filhos e netos. (SABER)
E) Quando entrava numa briga, ela sempre intervinha em meu favor. (=VIR)
Gabarito: D

2. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ENGENHEIRO JR. / 2014)


A forma verbal destacada está empregada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa
em:
A) Se os governantes verem o prejuízo causado pelas variações do clima, talvez tomem medidas
cautelares.
B) A construção de novas hidrelétricas dependia de que as verbas se mantessem inalteradas.
C) As variações do clima não afetariam o meio ambiente se a população interviesse nas políticas
públicas.
D) Todos ansiam que os eventos climáticos extremos não cheguem a causar problemas
ambientais.
E) Um grupo de pesquisadores entreveu a possibilidade de prejuízos na produção de energia por
causa das alterações das chuvas na Amazônia.
Comentários:
Vejamos:
a) Se os governantes vIrem o prejuízo causado pelas variações do clima, talvez tomem medidas

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cautelares.
O futuro do subjuntivo de “ver” é “virem”. Ver é forma do infinitivo.
b) A construção de novas hidrelétricas dependia de que as verbas se mantivessem inalteradas.
Manter se conjuga como “Ter”: tivessem/mantivessem.
c) As variações do clima não afetariam o meio ambiente se a população interviesse nas políticas
públicas.
Correta. Intervir se conjuga como “vir”: viesse/interviesse.
d) Todos ansEiam que os eventos climáticos extremos não cheguem a causar problemas
ambientais.
Mediar, ansiar, remediar, incendiar/intermediar seguem a conjugação de “odiar”:
odeiam/anseiam.
e) Um grupo de pesquisadores entreviu a possibilidade de prejuízos na produção de energia por
causa das alterações das chuvas na Amazônia. ==2bf67==

Entrever se conjuga como “ver”: viu/entreviu. Gabarito letra C.

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LISTA DE QUESTÕES - EMPREGO DOS TEMPOS E MODOS -


CESGRANRIO
1. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)

A história do método braile


Ler no escuro. Quem já tentou sabe que é impossível. Mas foi exatamente a isso que um francês
chamado Louis Braille dedicou a vida. Nascido em Coupvray, uma pequena aldeia nos arredores
de Paris, em 1809, desde cedo ele mostrou muito interesse pelo trabalho do pai. Seus olhos azuis
brilhavam da admiração de vê-lo cortar, com extrema perícia, selas e arreios. Pouco depois de
completar 3 anos, o menino começou a brincar na selaria do pai, cortando pequenas tiras de
couro. Uma tarde, uma sovela, instrumento usado para perfurar o couro, escapou-lhe da mão e
atingiu o seu olho esquerdo. O resultado foi uma infecção que, seis meses depois, afetaria
também o olho direito. Aos 5 anos, o garoto estava completamente cego.
A tragédia não o impediu, porém, de frequentar a escola por dois anos e de se tornar ainda um
aluno brilhante. Por essa razão, ele ganhou uma bolsa de estudos no Instituto Nacional para
Jovens Cegos, em Paris, um colégio interno fundado por Valentin Haüy (1745-182. Além do
currículo normal, Haüy introduzira um sistema especial de alfabetização, no qual letras de forma
impressas em relevo, em papelão, eram reconhecidas pelos contornos. Desde o início do curso,
Braille destacou-se como o melhor aluno da turma e logo começou a ajudar os colegas. Em
1821, aos 12 anos, conheceu um método inventado pouco antes por Charles Barbier de La Serre,
oficial do Exército francês.
O método Barbier, também chamado escrita noturna, era um código de pontos e traços em
relevo impressos também em papelão. Destinava-se a enviar ordens cifradas a sentinelas em
postos avançados. Estes decodificariam a mensagem até no escuro. Mas, como a ideia não
pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos, com o nome de grafia
sonora. O sistema permitia a comunicação entre os cegos, pois com ele era possível escrever,
algo que o método de Haüy não possibilitava. O de Barbier era fonético: registrava sons e não
letras. Dessa forma, as palavras não podiam ser soletradas. Além disso, o fato de um grande
número de sinais ser usado para uma única palavra tornava o sistema muito complicado. Apesar
dos inconvenientes, foi adotado como método auxiliar por Haüy.
Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
Em 1824, seu método estava pronto. Primeiro, eliminou os traços, para evitar erros de leitura: em
seguida, criou uma célula de seis pontos, divididos em duas colunas de três pontos cada, que
podem ser combinados de 63 maneiras diferentes. A posição dos pontos na célula está ao lado.
Em 1826, aos 17 anos, ainda estudante, Braille começou a dar aulas. Embora seu método fizesse
sucesso entre os alunos, não podia ensiná-lo na sala de aula, pois ainda não era reconhecido
oficialmente. Por isso, Braille dava aulas do revolucionário sistema escondido no quarto, que logo
se transformou numa segunda sala de aula.

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O braile é lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais de relevo. Normalmente se usa a
mão direita com um ou mais dedos, conforme a habilidade do leitor, enquanto a mão esquerda
procura o início da outra linha. Aplica-se a qualquer língua, sem exceção, e também à
estenografia, à música – Braille, por sinal, era ainda exímio pianista – e às notações científicas em
geral. A escrita é feita mediante o uso da reglete, também idealizada por Braille: trata-se de uma
régua especial, de duas linhas, com uma série de janelas de seis furos cada, correspondentes às
células braile.
Louis Braille morreu de tuberculose em 1852, com apenas 43 anos. Temia que seu método
desaparecesse com ele, mas, finalmente, em 1854 foi oficializado pelo governo francês. No ano
seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem do
imperador Napoleão III (1808-187, que programou ainda uma série de concertos de piano com
ex-alunos de Braille. O sucesso foi imediato, e o sistema se espalhou pelo mundo. Em 1952, o
governo francês transferiu os restos mortais de Braille para o Panthéon, em Paris, onde estão
sepultados os heróis nacionais.
(ATANES, Silvio. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.]com.br/historia/. Acesso em: 23 out. 2022.
Adaptado).

O trecho do parágrafo “Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e
pôs-se a aperfeiçoá- la” pode ser reescrito, sem alterar o sentido que apresenta no texto, como:
A) Para pesquisar a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a
aperfeiçoá-la.
B) Embora pesquisasse a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a
aperfeiçoá-la.
C) Quando pesquisava a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a
aperfeiçoá-la.
D) Apesar de pesquisar a fundo a grafia sonora, Braille percebia suas limitações e punha-se a
aperfeiçoá-la.
E) Se pesquisasse a fundo a grafia sonora, Braille perceberia suas limitações e pôr-se-ia a
aperfeiçoá-la.

2. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção


Radiológica/2022)
Texto
Maria José
Paulo Mendes Campos
Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre, violenta quando necessário. Eu
era menino e apanhava de um companheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via

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a pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com a briga por milagre.
Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devotava-se ao alívio de misérias físicas e
morais do próximo, estudava o mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma,
comungava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Mas nunca deixou de
ter na gaveta o revólver que havia recebido, menina-e-moça, das mãos do pai, e que empunhou
no quintal noturno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que tinha chegado à humildade da
velhice; já não se importava com quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a
defesa dos filhos e dos netos.
Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia e o verdor da minha meninice.
Ensinou- me a ler as primeiras sentenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de
Sales e o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas de Baudelaire;
dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que havia decorado quando menina; discutia comigo
as ideias finais de Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me desgarrei
nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José, com irônico afeto, me repetia a
advertência de Drummond: “Paulo, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija,
amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será”.
Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha amiga: nada me perguntava,
adivinhava tudo.
Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto espontâneo da qualidade das
coisas, renunciou às vaidades mais singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de
olhos lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as almas que perdiam o
rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.
Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se fazia difícil para o médico saber o
que sentia; acabava dizendo que doía um pouco, por delicadeza.
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia acompanhar um casal amigo a
Copacabana, passar do bar da moda ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques
em santa serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava São Paulo e Santo Agostinho,
acreditava que era preciso se fazer violência para entrar no reino celeste.
Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, destemida e doce, como quem vai
partir para o céu. Santificara-se. Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo
do espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomendava à compaixão do Criador
e me defendia contra o mundo de revólver na mão.
Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7173/maria- jose. Acesso em: 05 fev. 2022.

No trecho: “Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que recebera, menina-e-moça, das

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mãos do pai, e que empunhou no quintal noturno, perseguindo um ladrão”, (parágrafo 2), a
oração destacada pode ser substituída, sem prejuízo de seu significado, por
A) por isso perseguia um ladrão.
B) enquanto perseguia um ladrão.
C) embora perseguisse um ladrão.
D) desde que perseguisse um ladrão.
E) por mais que perseguisse um ladrão.

3. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA A / 2021)


No trecho “Esse limite poderia ser dado pelo próprio consumidor, se ele assim quiser?”
(parágrafo 6), a forma verbal destacada expressa a noção de
A) dever
B) certeza
C) hipótese
D) obrigação
E) necessidade

4. (CESGRANRIO / BANCO DA AMAZÔNIA / 2021)


Em que frase o verbo destacado está flexionado, quanto a número e pessoa, de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa?
A) No texto, relacionam-se aos chicles a ideia de eternidade.
B) Referiu-se à eternidade, sem se dar conta, as duas meninas.
C) Enganam-se a respeito da eternidade aqueles que creem nela.
D) Todos os anos, consome-se muitas balas e chicletes em todo o país.
E) Em muitas culturas, defendem-se calorosamente a existência da eternidade.

5. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018)


Considere o trecho “Depois vieram as mães e avós doentes.” (l. 8-9).
A frase em que se emprega uma flexão do verbo destacado, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa, é:
A) Não sei o que fazer depois que vinherem as mães e avós doentes.

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B) Depois que as mães e avós doentes virem, faremos alguma coisa.


C) Depois que eu vim, as mães e avós doentes ficaram curadas.
D) Depois, as mães e avós doentes tiveram vindo até aqui.
E) Talvez seja melhor ir depois de vierem as mães e avós doentes.

6. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / SEGUN. OFICIAL / 2016)


O distanciamento do autor em relação à história narrada para destacar um ponto de vista seu
sobre a temática em foco é marcado pelo uso do verbo ser, no período “É um exercício estranho
esse de começar a remoçar um corpo na imaginação, injetar movimento e desejo nos seus
músculos, acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada instante.”
Caso o enunciador queira conferir ao trecho um caráter de possibilidade, a reescritura adequada
à norma-padrão e ao contexto empregará o verbo ser da seguinte forma:
A) Fosse
B) Seria
C) Foi
D) Era
E) Fora

7. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / SEGUN. OFICIAL / 2016)

O verbo ver apresenta irregularidade na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, como


se vê na linha 2 do texto: “vejo um velho”.
Um outro verbo que apresenta irregularidade nessas circunstâncias é:
A) viver
B) bater
C) imaginar
D) fazer
E) olhar

8. (CESGRANRIO / UNIRIO / ASS. EM ADM. / 2016)

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No final do primeiro parágrafo do Texto III, o autor compara o tempo a um imperador sem rivais,
pois é o tempo “que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós”. O presente do
indicativo, empregado três vezes nessa passagem, produz o seguinte efeito de sentido:
A) atribui validade permanente a uma afirmação.
B) confere atualidade a uma ação ocorrida no passado.
C) retrata algo ocorrido no momento da fala do imperador.
D) indica um fato próximo, cuja realização é dada como certa.
E) infere à cena apresentada uma descrição do momento vivido.

9. (CESGRANRIO / UNIRIO / PEDAGOGO / 2016)

Em “Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41.” (l. 1-2), o uso do pretérito
imperfeito do indicativo busca.
A) estabelecer uma relação de causa e efeito.

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B) contextualizar o tempo da narrativa.


C) introduzir uma ambiência de suspense.
D) banalizar o calor que fazia no Rio.
E) projetar uma possibilidade.

10. (CESGRANRIO / ANP / TÉCNICO / 2016)

Considere-se a seguinte passagem de Texto, que está construída na voz ativa e tem verbo
transitivo: “Eu olhava tudo".
O mesmo tipo de construção ocorre em:
A) O apelido de Clarice Lispector era Flor-de-Lis.
B) Clarice virou cidadã brasileira no ano de 1943.
C) Clarice é uma das escritoras mais importantes de nossa literatura.
D) O prêmio literário Jabuti foi duas vezes concedido a Clarice Lispector.
E) Os editores da época recusaram os textos muito reflexivos de Clarice.

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11. (CESGRANRIO / ANP / TÉCNICO / 2016)


O emprego dos verbos destacados no trecho “'Eu me sentava bem na ponta do banco, e minha
felicidade começava." mostra as lembranças da narradora sobre um fato que ocorreu com ela
repetidas vezes no passado.
Se, respeitando-se o contexto original, a frase mostrasse um fato que ocorreu com ela uma única
vez no passado, os verbos adequados seriam os que se destacam em:
A) Eu me sentaria bem na ponta do banco, e minha felicidade começaria.
B) Eu me sentei bem na ponta do banco, e minha felicidade começou.
C) Se eu me sentasse bem na ponta do banco, minha felicidade começaria.
D) Eu me sento bem na ponta do banco para que minha felicidade comece.
E) Eu ficava sentada bem na ponta do banco, e minha felicidade estava começando.

12. (CESGRANRIO / BANCO DA AMAZÔNIA / TÉC. / 2015)


O verbo em destaque está conjugado de acordo com a norma-padrão em:
A) Pegue o outro elevador, por favor.
B) É preciso que você esteje atento a situações de perigo
C) Será muito bom se você propor um outro acesso aos passageiros.
D) Seje sempre bem-humorado com os passageiros.
E) Gostaríamos de que você vesse esse filme.

13. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ASS. ADM. / 2015)


A forma verbal destacada está empregada de acordo com a norma-padrão em:
A) Quando as pessoas fazerem compras nas lojas locais, poderão usar o cartão de crédito
comunitário.
B) Os consumidores preocupados com os gastos tinham trago pouco dinheiro para as suas
compras.
C) Os financiamentos serão ampliados quando os bancos estarem com os juros baixos.
D) O ideal seria que os clientes dos bancos comunitários pudessem aumentar sua renda mensal.
E) Se os bancos darem mais crédito aos moradores, aumentará a construção de casas na
comunidade.

14. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / DIREITO / 2015)


Em “os movimentos caóticos atuais já eram os primeiros passos afinando-se e orquestrando-se
para uma situação econômica mais digna", observa-se a adequada flexão do verbo destacado, o
que também se verifica em
A) O povo brasileiro sois articulado politicamente.
B) Se fôssemos menos explorados, o país prosperaria mais.
C) Quando fores corretos os políticos brasileiros, a fome terá fim.
D) É fundamental que sejemos um povo mais politizado.
E) A população deseja que o sistema de saúde sejais melhor.

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15. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / AJUD. DE CARGA / 2015)


Respeitando-se a norma-padrão, se a palavra ele fosse substituída por nós, no trecho do Texto
“Ele conta que as mudanças no clima do planeta geram secas”, o resultado seria:
A) Nós conta que as mudanças no clima do planeta geram secas.
B) Nós conteis que as mudanças no clima do planeta geram secas.
C) Nós contamos que as mudanças no clima do planeta geram secas.
D) Nós contas que as mudanças no clima do planeta geram secas.
E) Nós contam que as mudanças no clima do planeta geram secas.

16. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITU. / 2015)


O emprego do verbo destacado no trecho “queremos contribuir para o crescimento sustentável
das empresas” contribui para indicar uma pretensão do presidente do Sindicato dos Lojistas, que
começa no presente e se estende no futuro. ==2bf67==

Se, respeitando-se o contexto original, a frase indicasse uma pretensão que começasse no
passado e se estendesse no tempo, o verbo adequado seria o que se destaca em:
A) quisemos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
B) quisermos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
C) quiséssemos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
D) quereremos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
E) quisera poder contribuir para o crescimento sustentável das empresas.

17. (CESGRANRIO / ANP / TÉCNICO / 2016)


As formas verbais estão empregadas coerente e adequadamente, de acordo com a
norma-padrão da Língua Portuguesa, em:
A) É desejável que a escola não desse importância apenas à futura profissão dos alunos, mas que
também atendesse às necessidades relativas à formação desses estudantes.
B) Os países em desenvolvimento teriam possibilidade de maior crescimento se a população
fosse atendida em suas necessidades básicas e tivesse oportunidade de estudar.
C) Se os resultados das pesquisas de mercado fossem positivos, o diretor da empresa
apresentará aos clientes detalhes do novo projeto a ser implementado.
D) É necessário que as empresas de comunicação global investissem em programas de
popularização dos meios de compartilhamento de informação.
E) As mudanças do mercado digital dependem das ações que as empresas desenvolverão junto
aos seus funcionários para que eles tivessem sucesso.

18. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / T.S.T. / 2014)


O verbo destacado em “o clima era regulado” está conjugado no tempo passado. Uma forma
desse mesmo verbo conjugada no tempo futuro é
A) foi
B) fora
C) fosse
D) seja

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E) será

19. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / T.S.T. / 2014)


Flexionado na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, o verbo fazer assume forma
irregular: faço.
O mesmo acontece com o seguinte verbo:
A) depender
B) dominar
C) medir
D) pensar
E) dever

20. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ENGENHEIRO JR. / 2014)


A frase em que a flexão do verbo auxiliar destacado obedece aos princípios da norma padrão é
A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão inteligentes quanto o homem.
B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras tarefas destinadas aos robôs.
C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos para garantir a evolução da robótica.
D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de superar, como a locomoção e o
diálogo.
E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista espacial.

21. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ENGENHEIRO JR. / 2014)


No trecho “Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais difíceis, mais desafiadoras — e até
ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones.”, o verbo prenunciar foi utilizado no
plural por se tratar de uma construção de passiva pronominal com sujeito também no plural. O
mesmo procedimento é adotado no verbo destacado em:
A) Para conquistar posição de vanguarda na corrida espacial, obedecem-se a princípios básicos
de inovação tecnológica.
B) Na missão espacial ao solo marciano, ambiente inóspito aos humanos, assistiram-se a
episódios inesquecíveis.
C) Nos livros e filmes de ficção científica do século passado, falavam-se de robôs como uma
possibilidade muito próxima e viável.
D) Com o avanço das pesquisas em robótica nas últimas décadas, delegam-se atividades
eminentemente humanas às máquinas.
E) Para evitar que o crescimento da robótica provoque distorções incontroláveis, necessitam-se
de leis protecionistas.

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GABARITO
1. LETRA C
2. LETRA B
3. LETRA C
4. LETRA C
5. LETRA C
6. LETRA B
7. LETRA D
8. LETRA A
9. LETRA B
10. LETRA E
11. LETRA B
12. LETRA A
13. LETRA D
14. LETRA B
15. LETRA C
16. LETRA A
17. LETRA B
18. LETRA E
19. LETRA C
20. LETRA B
21. LETRA D

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LISTA DE QUESTÕES - MODO INDICATIVO - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2022)
Uma cena
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono.
Outono no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto,
o céu já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e
arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua.
E, naquele trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.
É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila,
de pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros,
nem pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com
suas vassouras e mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando –
dentro ou fora das gaiolas.
Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu vestido
estampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar
quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece
pronta a erguer -se num aceno, quando alguém passar.
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um
choque: as grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez Comentários vagos
sobre as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase.
Mas e essas grades, me perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu
espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que
dizer.
Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a
cadeira para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do
gradil pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola
assim, por trás de barras de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um
ferro simbólico, que prende, constrange, restringe.
Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo
lembrar os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.
(SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001)

“E eu, espantada com seu espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem
gradeada, fiquei sem saber o que dizer.”

O uso do verbo em destaque no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo estabelece


que o fato representado por esse verbo se deu antes de outro fato passado. Esse mesmo
significado é encontrado no que está destacado em:

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A) Ela já foi uma mulher alegre e jovial.


B) A mesma cena se repete ao nascer de cada manhã.
C) A velha senhora estava sentada na calçada enquanto amanhecia.
D) Na última manhã, a velha senhora chegou e o sol já tinha surgido.
E) As grades impressionariam qualquer um que chegasse à cidade.

==2bf67==

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GABARITO
1. LETRA D

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LISTA DE QUESTÕES - VERBOS TRAIÇOEIROS - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022)
Em que frase o verbo irregular destacado está empregado de acordo com a norma-padrão da
Língua Portuguesa?
A) Os médicos preveram que ela teria complicações da doença. (verbo PREVER)
B) Se eu me oposse a suas orientações, ela me advertia. (verbo OPOR)
C) Minha mãe sempre me acodia nos momentos difíceis. (verbo ACUDIR)
D) Maria José sempre soube defender filhos e netos. (verbo SABER)
==2bf67==

E) Quando entrava numa briga, ela sempre intervia em meu favor. (verbo INTERVIR)

2. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ENGENHEIRO JR. / 2014)


A forma verbal destacada está empregada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa
em:
A) Se os governantes verem o prejuízo causado pelas variações do clima, talvez tomem medidas
cautelares.
B) A construção de novas hidrelétricas dependia de que as verbas se mantessem inalteradas.
C) As variações do clima não afetariam o meio ambiente se a população interviesse nas políticas
públicas.
D) Todos ansiam que os eventos climáticos extremos não cheguem a causar problemas
ambientais.
E) Um grupo de pesquisadores entreveu a possibilidade de prejuízos na produção de energia por
causa das alterações das chuvas na Amazônia.

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GABARITO
1. LETRA D
2. LETRA C

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