Investimento coletivo
Investimento coletivo
Investimento coletivo
Regime Geral
dos
Organismos de
Investimento Coletivo
2015
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Índice
Notas: ............................................................................................................................................................... 18
Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo ............................................................................... 22
Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro .................................................................................................................. 22
Artigo 1.º.......................................................................................................................................................... 22
Objeto .............................................................................................................................................................. 22
Artigo 2.º.......................................................................................................................................................... 23
Aprovação do Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo ........................................................ 23
Artigo 3.º.......................................................................................................................................................... 23
Alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras .......................................... 23
Artigo 4.º.......................................................................................................................................................... 26
Alteração ao Código dos Valores Mobiliários ................................................................................................. 26
Artigo 5.º.......................................................................................................................................................... 27
Disposições transitórias ................................................................................................................................... 27
Artigo 6.º.......................................................................................................................................................... 28
Norma revogatória ........................................................................................................................................... 28
Artigo 7.º.......................................................................................................................................................... 29
Entrada em vigor.............................................................................................................................................. 29
ANEXO ........................................................................................................................................................... 29
(a que se refere o artigo 2.º) ............................................................................................................................. 29
Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo ............................................................................... 29
TÍTULO I......................................................................................................................................................... 29
Dos organismos de investimento coletivo ....................................................................................................... 29
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................... 29
Disposições gerais ........................................................................................................................................... 29
Artigo 1.º.......................................................................................................................................................... 29
Âmbito de aplicação material .......................................................................................................................... 29
Artigo 2.º.......................................................................................................................................................... 33
Definições ........................................................................................................................................................ 33
Artigo 3.º.......................................................................................................................................................... 52
Divulgação de informação ............................................................................................................................... 52
Artigo 4.º.......................................................................................................................................................... 53
Tipicidade ........................................................................................................................................................ 53
Artigo 5.º.......................................................................................................................................................... 53
Forma ............................................................................................................................................................... 53
Artigo 6.º.......................................................................................................................................................... 53
Denominação ................................................................................................................................................... 53
Artigo 7.º.......................................................................................................................................................... 54
Valores mobiliários representativos do património ......................................................................................... 54
Artigo 8.º.......................................................................................................................................................... 55
Regime das unidades de participação .............................................................................................................. 55
Artigo 9.º.......................................................................................................................................................... 55
Participantes ..................................................................................................................................................... 55
Artigo 10.º........................................................................................................................................................ 56
Espécie e tipo ................................................................................................................................................... 56
Artigo 11.º........................................................................................................................................................ 57
Organismos de investimento coletivo sob forma societária ............................................................................. 57
Artigo 12.º........................................................................................................................................................ 57
Compartimentos patrimoniais autónomos ....................................................................................................... 57
Artigo 13.º........................................................................................................................................................ 59
Autonomia patrimonial .................................................................................................................................... 59
Artigo 14.º........................................................................................................................................................ 59
Direitos dos clientes e dos participantes .......................................................................................................... 59
Artigo 15.º........................................................................................................................................................ 60
Independência e exclusivo interesse dos participantes .................................................................................... 60
Artigo 16.º........................................................................................................................................................ 60
Requisitos relativos ao valor líquido global ..................................................................................................... 60
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Artigo 17.º........................................................................................................................................................ 61
Requisitos de dispersão .................................................................................................................................... 61
Artigo 18.º........................................................................................................................................................ 62
Subscrição e resgate ......................................................................................................................................... 62
Artigo 18.º-A ................................................................................................................................................... 63
Instrução de pedidos e comunicações .............................................................................................................. 63
CAPÍTULO II .................................................................................................................................................. 63
Condições de acesso e de exercício da atividade ............................................................................................. 63
Artigo 19.º........................................................................................................................................................ 63
Autorização e constituição ............................................................................................................................... 63
Artigo 19.º-A ................................................................................................................................................... 65
Regime de autorização ..................................................................................................................................... 65
Artigo 20.º........................................................................................................................................................ 66
Instrução do pedido .......................................................................................................................................... 66
Artigo 21.º........................................................................................................................................................ 68
Apreciação e decisão ....................................................................................................................................... 68
Artigo 22.º........................................................................................................................................................ 69
Recusa de autorização ...................................................................................................................................... 69
Artigo 23.º........................................................................................................................................................ 71
Caducidade e renúncia à autorização ............................................................................................................... 71
Artigo 24.º........................................................................................................................................................ 72
Revogação da autorização ............................................................................................................................... 72
Artigo 25.º........................................................................................................................................................ 73
Alterações subsequentes .................................................................................................................................. 73
Artigo 26.º........................................................................................................................................................ 75
Informação e direito dos participantes ............................................................................................................. 75
Artigo 26.º........................................................................................................................................................ 76
Informação e direito dos participantes ............................................................................................................. 76
CAPÍTULO III................................................................................................................................................. 76
Vicissitudes dos organismos de investimento coletivo .................................................................................... 76
SECÇÃO I ....................................................................................................................................................... 76
Fusão, cisão e transformação ........................................................................................................................... 76
SUBSECÇÃO I ............................................................................................................................................... 76
Regras gerais .................................................................................................................................................... 76
Artigo 27.º........................................................................................................................................................ 76
Admissibilidade e autoridade competente ....................................................................................................... 76
Artigo 28.º........................................................................................................................................................ 77
Regime aplicável ............................................................................................................................................. 77
SUBSECÇÃO II .............................................................................................................................................. 78
Fusão de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários .......................................................... 78
Artigo 29.º........................................................................................................................................................ 78
Instrução e procedimento da fusão .................................................................................................................. 78
Artigo 30.º........................................................................................................................................................ 79
Decisão e notificação ....................................................................................................................................... 79
Artigo 31.º........................................................................................................................................................ 80
Colaboração com as autoridades competentes para a autorização ................................................................... 80
Artigo 32.º........................................................................................................................................................ 80
Projeto de fusão ............................................................................................................................................... 80
Artigo 33.º........................................................................................................................................................ 80
Controlo por auditor......................................................................................................................................... 80
Artigo 34.º........................................................................................................................................................ 81
Disponibilização de informação aos participantes ........................................................................................... 81
Artigo 35.º........................................................................................................................................................ 82
Idioma .............................................................................................................................................................. 82
Artigo 36.º........................................................................................................................................................ 82
Conteúdo da informação a disponibilizar ........................................................................................................ 82
Artigo 37.º........................................................................................................................................................ 84
Modo e meios de prestação da informação aos participantes .......................................................................... 84
Artigo 38.º........................................................................................................................................................ 84
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Notas:
II -Os artigos 10.º, 12.º e 13.º do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho dispõem o seguinte:
“Artigo 10.º
Disposições transitórias
As entidades responsáveis pela gestão comunicam à CMVM, no prazo de 3 meses a contar da data de
entrada em vigor do presente decreto-lei, as alterações ao regulamento de gestão em conformidade
com as exigências previstas no n.º 2 do artigo 8.º e nas alíneas r) e y) do n.º 2 do artigo 159.º do Regime
Geral dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado em anexo à Lei n.º 16/2015, de 24 de
fevereiro, na redação dada pelo presente decreto-lei.
Artigo 12.º
Republicação
1 - É republicado, no anexo II ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, o Regime Geral
dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado em anexo à Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro, na
redação dada pelo presente decreto-lei.
2 - Para efeitos de republicação onde se lê:
a) «Investidor qualificado», «investidores qualificados», «investidor não qualificado» e «investidores
não qualificados» deve ler-se, respetivamente, «investidor profissional», «investidores profissionais»,
«investidor não profissional» e «investidores não profissionais»;
b) «Organismo de investimento coletivo em valores mobiliários», «organismos de investimento coletivo
em valores mobiliários» deve ler-se «OICVM»;
c) «Organismo de investimento alternativo», «organismos de investimento alternativo» deve ler-se
«OIA»;
d) «Organismo de investimento alternativo em valores mobiliários», «organismos de investimento
alternativo em valores mobiliários» deve ler-se «OIAVM»;
e) «Organismo de investimento imobiliário», «organismos de investimento imobiliário» deve ler-se
«OII»;
f) «Organismo de investimento em ativos não financeiros», «organismos de investimento em ativos não
financeiros» deve ler-se «OIAnF».
Artigo 13.º
Entrada em vigor e produção de efeitos
1 - O presente decreto-lei entra em vigor na data de entrada em vigor da Lei que procede à transposição
da Diretiva 2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, da Diretiva
(UE) 2016/1034, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de junho de 2016, e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593, da Comissão, de 7 de abril de 2016, sem prejuízo do disposto nos números
seguintes.
2 - O disposto no artigo 21.º do Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado em
anexo à Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro, com a redação dada pelo presente decreto-lei, aplica-se
apenas aos pedidos de autorização apresentados a partir de janeiro de 2019.
3 - A revogação do artigo 17.º do Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado
em anexo à Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro, com a redação dada pelo presente decreto-lei, produz
efeitos a partir de janeiro de 2019.”
III - Os artigos 15.º, 17.º e 18.º do Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro dispõem o seguinte:
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“Artigo 15.º
Norma transitória
c) Mantém-se o dever de divulgação, previsto no n.º 7 do artigo 25.º do RGOIC, na redação conferida
pelo presente decreto-lei, a cumprir no prazo de 15 dias a contar do registo definitivo da alteração de
firma na Conservatória do Registo Comercial.
7 - As SGFIM e as SGFII, as SGFTC e as sociedades de titularização de créditos, as sociedades de
capital de risco, os fundos de capital de risco, as sociedades gestoras de fundos de capital de risco e as
sociedades de investimento em capital de risco autogeridas que, em virtude da alínea f) do n.º 2 do
artigo 71.º-A do RGOIC, do n.º 4 do artigo 17.º e do n.º 2 do artigo 40.º do RJTC, do n.º 3 do artigo
11.º, do n.º 4 do artigo 22.º e dos n.ºs 1 e 2 do artigo 46.º do Regime Jurídico do Capital de Risco,
Empreendedorismo Social e Investimento Especializado, todos na redação conferida pelo presente
decreto-lei, respetivamente, devam alterar a forma de representação das suas ações ou unidades de
participação, dispõem do prazo de dois meses após a data de entrada em vigor do presente decreto-lei
para efetuar essa alteração.
8 - Os atos relativos à admissibilidade de firma e ao registo comercial e as publicações efetuadas ao
abrigo dos n.ºs 6 e 7 ficam dispensados do pagamento de emolumentos.
9 - As SGFII que prestem serviços de consultoria para investimento imobiliário, incluindo a realização
de estudos e análises relativos ao mercado imobiliário, ou procedam à gestão individual de patrimónios
imobiliários em conformidade com as disposições legais e regulamentares aplicáveis à gestão de
carteiras por conta de outrem dispõem do prazo de três meses após a data de entrada em vigor do
presente decreto-lei para submeter um pedido de autorização à CMVM, que deve seguir o previsto na
alínea b) do n.º 1 do artigo 71.º-J do RGOIC, na redação conferida pelo presente decreto-lei, podendo
manter o exercício daquelas atividades até à notificação da decisão pela CMVM.
10 - Com a entrada em vigor do presente decreto-lei, o registo como intermediário financeiro na
CMVM:
a) Das SGFIM, das SGFII e das SGFTC converte-se automaticamente, para todos os efeitos, em
autorização para início de atividade nos termos dos artigos 71.º-E do RGOIC e 17.º-A do RJTC, na
redação conferida pelo presente decreto-lei, sendo as atividades autorizadas as constantes daquele
registo, sem prejuízo da conclusão dos procedimentos referidos no n.º 4;
b) Das sociedades de investimento mobiliário e das sociedades de investimento imobiliário caduca
automaticamente.
Artigo 17.º
Disposição final
Artigo 18.º
Republicação
1 - É republicado, no anexo II ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, o Regime Geral
dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado em anexo à Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro, na
redação conferida pelo presente decreto-lei.
2 - Para efeitos de republicação onde se lê:
a) «Investidor qualificado», «investidores qualificados», «investidor não qualificado» e «investidores
não qualificados» deve ler-se, respetivamente, «investidor profissional», «investidores profissionais»,
«investidor não profissional» e «investidores não profissionais»;
b) «Organismo de investimento coletivo em valores mobiliários», «organismos de investimento coletivo
em valores mobiliários» deve ler-se «OICVM»;
c) «Organismo de investimento alternativo», «organismos de investimento alternativo» deve ler-se
«OIA»;
d) «Organismo de investimento alternativo em valores mobiliários», «organismos de investimento
alternativo em valores mobiliários» deve ler-se «OIAVM»;
e) «Organismo de investimento imobiliário», «organismos de investimento imobiliário» deve ler-se
«OII»;
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«Artigo 6.º
Entrada em vigor
Artigo 1.º
Objeto
a) Revisão do regime jurídico dos organismos de investimento coletivo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
63-A/2013, de 10 de maio, aprovando o Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo, no
qual se integra a matéria dos organismos de investimento imobiliário;
b) Alteração do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro;
c) Alteração do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de
novembro.
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Artigo 2.º
Aprovação do Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo
É aprovado, em anexo à presente lei, que dela faz parte integrante, o Regime Geral dos Organismos de
Investimento Coletivo, adiante abreviadamente designado por «Regime Geral».
Artigo 3.º
Alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras
Os artigos 2.º-A, 20.º, 199.º-A e 199.º-L do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades
Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redação:
«Artigo 2.º-A
[...]
...
a) ...
b) ...
c) ...
d) ...
e) ...
f) ...
g) ...
h) ...
i) ...
j) ...
k) ...
l) ...
m) ...
n) ...
o) ...
p) ...
q) ...
r) ...
s) ...
i) ...
ii) ...
iii) ...
iv) As sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário e as sociedades gestoras de fundos de
investimento imobiliário na aceção, respetivamente, dos pontos 6.º e 7.º do artigo 199.º -A;
t) ...
u) ...
v) ...
w) ...
x) ...
y) ...
z) ...
aa) ...
Artigo 20.º
[...]
1 - ...
a) ...
b) ...
c) ...
d) ...
e) ...
f) ...
g) ...
h) ...
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i) A sociedade não demonstrar ter capacidade para cumprir os deveres estabelecidos no presente
Regime Geral e em regime específico que lhe seja aplicável.
2 - ...
3 - ...
Artigo 199.º-A
[...]
...
1.º ...
2.º ...
3.º ...
4.º ...
5.º ...
6.º 'Sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário', a sociedade cuja atividade habitual
consista na gestão de organismos de investimento coletivo;
7.º 'Sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário', a sociedade cuja atividade habitual
consista na gestão de organismos de investimento imobiliário.
Artigo 199.º-L
Regime das sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário e das sociedades gestoras de
fundos de investimento imobiliário
1 - Às sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário e às sociedades gestoras de fundos de
investimento imobiliário aplica-se o disposto no presente título, com exceção do ponto 5 do artigo
199.º-A e dos artigos 199.º-C a 199.º-H, estendendo-se o âmbito das competências do n.º 2 do artigo
122.º, a que alude o artigo anterior, ao previsto na alínea e) do n.º 4.
2 - O título II é aplicável, com as necessárias adaptações, às sociedades gestoras de fundos de
investimento mobiliário e às sociedades gestoras de fundos de investimento imobiliário com sede em
Portugal, com as seguintes modificações:
a) ...
b) ...
c) ...
d) ...
e) ...
f) O prazo relevante para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 19.º é de três meses a contar da data da
receção do pedido completo, prorrogável por mais três meses por decisão do Banco de Portugal, a
contar da notificação ao requerente, quando as circunstâncias específicas do pedido o justificarem;
g) As sociedades gestoras devem notificar previamente o Banco de Portugal de quaisquer alterações
substanciais das condições iniciais de autorização, nomeadamente as alterações quanto a informações
prestadas nos termos da alínea i) do n.º 1 do artigo 14.º, das alíneas b) e c) do n.º 1, das alíneas a) a c)
do n.º 2 e do n.º 4 do artigo 17.º, dos artigos 20.º, 30.º a 34.º, da alínea h) do artigo 66.º, e dos artigos
69.º, 70.º e 102.º a 111.º
3 - As alterações referidas na alínea g) do número anterior consideram-se autorizadas no prazo de um
mês a contar da data em que o Banco de Portugal receba o pedido, salvo se considerar necessário
devido às circunstâncias específicas do caso e após ter notificado as sociedades gestoras desse facto
prorrogar o prazo por mais um mês, e findo esse prazo o Banco de Portugal nada objetar.
4 - O estabelecimento de sucursais e a prestação de serviços em outros Estados membros da União
Europeia por sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário com sede em Portugal cuja
atividade habitual consista na gestão de OICVM rege-se, com as necessárias adaptações, pelo disposto
no artigo 36.º, no n.º 1 do artigo 37.º, nos artigos 38.º e 39.º, no n.º 1 do artigo 40.º e no artigo 43.º,
com as modificações seguintes:
a) ...
b) ...
c) ...
d) ...
e) ...
f) ...
g) ...
h) A comunicação a que se refere o n.º 1 do artigo 40.º deve ser feita também à Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários, um mês antes de a mesma produzir efeitos, de modo a permitir que a Comissão
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Artigo 4.º
Alteração ao Código dos Valores Mobiliários
Os artigos 289.º, 295.º, 298.º e 359.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
486/99, de 13 de novembro, passam a ter a seguinte redação:
«Artigo 289.º
[...]
1 - ...
a) ...
b) ...
c) A gestão das seguintes instituições de investimento coletivo:
i) Organismos de investimento coletivo em valores mobiliários;
ii) Organismos de investimento alternativo em valores mobiliários e organismos de investimento em
ativos não financeiros;
iii) Organismos de investimento imobiliário;
iv) Organismos de investimento em capital de risco, organismos de empreendedorismo social e
organismos de investimento alternativo especializado; e
v) Fundos de titularização de créditos;
d) O exercício das funções de depositário dos instrumentos financeiros que integram o património das
instituições de investimento coletivo referidas na alínea anterior.
2 - ...
3 - ...
4 - ...
5 - ...
Artigo 295.º
[...]
1 - ...
2 - ...
3 - ...
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Artigo 298.º
[...]
1 - ...
2 - ...
3 - ...
4 - Não é exigível a apresentação dos documentos que já estejam junto da CMVM ou que esta possa
obter em publicações oficiais ou junto da autoridade nacional que concedeu a autorização ou a quem
a autorização foi comunicada, desde que os mesmos se mantenham atualizados.
5 - ...
Artigo 359.º
[...]
1 - ...
a) ...
b) ...
c) ...
d) ...
e) ...
f) Auditores registados na CMVM;
g) ...
h) Sociedades de capital de risco, sociedades de empreendedorismo social e sociedades de investimento
alternativo especializado;
i) ...
j) ...
k) ...
2 - ...
3 - ...»
Artigo 5.º
Disposições transitórias
1 - As entidades responsáveis pela gestão cuja atividade inclua a gestão de organismos de investimento
alternativo à data de entrada em vigor da presente lei devem tomar todas as medidas necessárias para
cumprir o disposto nesse Regime Geral, até três meses após a data de entrada em vigor.
2 - As entidades referidas no número anterior devem ainda, no prazo nele referido, requerer:
a) Nova autorização e registo junto do Banco de Portugal, no que respeita a sociedades gestoras de
fundos de investimento;
b) Novo registo junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no que respeita a
sociedades gestoras de fundos de investimento;
c) Autorização junto da CMVM, no que respeita aos organismos de investimento coletivo sob forma
societária.
3 - O disposto no Regime Geral aprovado em anexo à presente lei, quanto à gestão e comercialização
de unidades de participação de organismos de investimento alternativo na União Europeia, por entidades
responsáveis pela gestão e entidades gestoras da União Europeia, não se aplica à comercialização de
unidades de participação nos organismos de investimento alternativo objeto de uma oferta pública em
curso à data de entrada em vigor da presente lei, realizada com base num prospeto previamente
elaborado e publicado nos termos do disposto nos artigos 134.º ou 236.º do Código dos Valores
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Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, e enquanto tal prospeto for
válido.
4 - Não obstante o disposto nos n.ºs 1 e 2, as entidades referidas no n.º 1 que gerem, à data de entrada
em vigor da presente lei, organismos de investimento alternativo fechados podem manter a gestão desses
organismos sem necessidade de requerer nova autorização e registo, desde que não realizem qualquer
investimento adicional após essa data.
5 - As entidades referidas no n.º 1 que gerem organismos de investimento alternativo fechados cujo
período de subscrição tenha expirado antes de 22 de julho de 2013 e que tenham sido constituídos por
um período de tempo com termo até três anos após essa data podem continuar a gerir esses organismos
nos termos dos regimes aplicáveis à data da entrada em vigor da presente lei, sem necessidade de
cumprir o disposto no Regime Geral, com exceção do previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 160.º e, se
for o caso, dos artigos 224.º a 228.º, ou apresentar pedido de autorização.
6 - Os pedidos de autorização de organismos de investimento coletivo e de entidades responsáveis pela
gestão pendentes à data da entrada em vigor da presente lei devem adequar-se ao nela disposto.
7 - Sem prejuízo do disposto nos n. os 8 e 9, os organismos de investimento imobiliário abertos
existentes à data da entrada em vigor da presente lei devem adaptar-se às disposições do Regime Geral
aprovado em anexo à presente lei relativas a subscrições e resgates e à composição do património no
prazo de seis meses a contar dessa data, salvo no que diz respeito ao resgate de unidades de participação
já emitidas.
8 - Os organismos de investimento imobiliário abertos existentes à data de entrada em vigor da presente
lei podem manter os projetos de construção ou de reabilitação de imóveis que detenham nessa data até
à conclusão das respetivas obras.
9 - Os organismos de investimento imobiliário abertos existentes à data de entrada em vigor da presente
lei dispõem de um prazo de 36 meses a contar dessa data para alienar quaisquer terrenos que detenham
ou para concluir projetos de construção que lhes estejam adstritos que se iniciem no ano seguinte àquela
data, sem prejuízo de a CMVM, a pedido da entidade responsável pela gestão, poder autorizar a
prorrogação deste prazo.
10 - Os prazos de avaliação de imóveis previstos na alínea a) do n.º 1 e na alínea b) do n.º 2 do artigo
144.º do Regime Geral, aprovado em anexo à presente lei, contam-se a partir da data de entrada em
vigor da presente lei, salvo se a avaliação obrigatória seguinte ao abrigo do regime jurídico previsto na
alínea a) do artigo seguinte e respetiva regulamentação for devida em prazo mais curto, caso em que
aqueles prazos apenas se aplicam após esta avaliação.
11 - O disposto nos n.ºs 4 a 7 do artigo 144.º do Regime Geral aprovado em anexo à presente lei aplica-
se, de forma faseada e progressiva, à valorização da totalidade dos imóveis que integrem o património
de organismos de investimento imobiliário à data da entrada em vigor da presente lei, nos termos a
definir em regulamento da CMVM.
12 - O artigo 237.º do Regime Geral aprovado em anexo à presente lei cessa a sua vigência na data
fixada nos termos do ato delegado a ser adotado pela Comissão nos termos do n.º 6 do artigo 68.º da
Diretiva n.º 2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011.
13 - As remissões legais ou contratuais para o regime jurídico dos fundos de investimento imobiliário e
para o regime jurídico dos organismos de investimento coletivo consideram-se feitas para as disposições
equivalentes do Regime Geral aprovado em anexo à presente lei, com as adaptações necessárias.
Artigo 6.º
Norma revogatória
São revogados:
a) Sem prejuízo do disposto no n.º 10 do artigo anterior, o regime jurídico dos fundos de investimento
imobiliário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/2002, de 20 de março, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs
252/2003, de 17 de outubro, 13/2005, de 7 de janeiro, 357-A/2007, de 31 de outubro, 211-A/2008, de 3
de novembro, e 71/2010, de 18 de junho;
b) O regime jurídico dos organismos de investimento coletivo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 63-
A/2013, de 10 de maio.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 7.º
Entrada em vigor
1 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, a presente lei entra em vigor 30 dias após a sua
publicação.
2 - Os n.ºs 2 a 7 do artigo 144.º e os n.ºs 2 a 4 do artigo 145.º do Regime Geral aprovado em anexo à
presente lei apenas produzem efeitos decorridos seis meses após a data da entrada em vigor da presente
lei.
3 - Na data fixada pelo ato delegado a ser adotado pela Comissão nos termos do n.º 6 do artigo 67.º da
Diretiva n.º 2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, entram em
vigor as disposições do Regime Geral relativas a:
4 - Os regulamentos da CMVM necessários à execução do Regime Geral entram em vigor no dia útil
seguinte à entrada em vigor do mesmo, sem prejuízo de serem publicados previamente.
Aprovada em 12 de dezembro de 2014.
Publique-se.
ANEXO
(a que se refere o artigo 2.º)
TÍTULO I
Dos organismos de investimento coletivo
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Âmbito de aplicação material
1 - O presente Regime Geral regula as instituições de investimento coletivo, adiante designadas por
organismos de investimento coletivo.
2 - Regem-se por legislação especial:
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Artigo 1.º
Âmbito de aplicação material
1 - O presente Regime Geral regula as instituições de investimento coletivo, adiante designadas por
organismos de investimento coletivo.
2 - Regem-se por legislação especial:
a) Os organismos de investimento em capital de risco, os fundos de empreendedorismo social, os
organismos de investimento alternativo especializado e os organismos de investimento coletivo
previstos em legislação da União Europeia;
b) Os fundos de pensões;
c) Os fundos de titularização de créditos, os fundos de gestão de património imobiliário, os fundos
públicos destinados ao financiamento de sistemas de segurança social e de regimes de pensões de
reforma;
d) As sociedades de investimento mobiliário para fomento da economia.
3 - Sem prejuízo do disposto no presente Regime Geral e na respetiva regulamentação, são
subsidiariamente aplicáveis as disposições do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo decreto-
lei no 486/99, de 13 de novembro e da respetiva regulamentação.
4 - Os organismos de investimento alternativo fechados que não sejam constituídos mediante oferta
pública apenas ficam sujeitos às regras especificamente aplicáveis, bem como às demais regras do
presente Regime Geral que sejam adequadas ao caráter particular da subscrição.
5 - Os organismos de investimento alternativo em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto
de investidores profissionais ficam sujeitos às regras especificamente aplicáveis, bem como às demais
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regras do presente Regime Geral que sejam adequadas ao segmento de investidores a que estes se
destinam.
6 - Quando no presente Regime Geral se imponham deveres ou imputem atuações ou intenções a
organismos de investimento coletivo, devem entender-se como sujeitos do dever as entidades
responsáveis pela gestão, salvo se outro sentido resultar da disposição em causa.
7 - À entidade responsável pela gestão que gere apenas organismos de investimento coletivo cujos
únicos participantes sejam a própria ou as suas empresas-mãe, as suas filiais ou outras filiais das
respetivas empresas-mãe e ao organismo de investimento coletivo nesta situação não se aplica o regime
relativo à atividade e comercialização a nível da União Europeia, desde que nenhum dos participantes
seja um organismo de investimento coletivo.
8 - As entidades habilitadas a gerir organismos de investimento alternativo (OIA) ao abrigo do presente
Regime Geral estão, independentemente do montante dos ativos que compõem as carteiras dos OIA sob
gestão, sujeitas aos atos delegados e de execução emitidos ao abrigo da Diretiva n.º 2011/61/UE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, relativa aos gestores de fundos de
investimento alternativo.
(Redação da Lei n.º 35/2018, de 20 de julho – com início de vigência em 1 de agosto de 2018)
Artigo 1.º
Âmbito de aplicação material
1 - O presente Regime Geral regula as instituições de investimento coletivo, adiante designadas por
organismos de investimento coletivo.
2 - Regem-se por legislação especial:
a) Os organismos de investimento em capital de risco, os fundos de empreendedorismo social, os
organismos de investimento alternativo especializado e os organismos de investimento coletivo
previstos em legislação da União Europeia;
b) Os fundos de pensões, sem prejuízo da sujeição dos fundos de pensões abertos de adesão individual
ao dever de elaborar e disponibilizar o documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores, ao dever de prestar informação aos participantes e às regras relativas a publicidade, nos
termos definidos em regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM);
c) Os fundos de titularização de créditos, os fundos de gestão de património imobiliário, os fundos
públicos destinados ao financiamento de sistemas de segurança social e de regimes de pensões de
reforma;
d) As sociedades de investimento mobiliário para fomento da economia.
3 - Sem prejuízo do disposto no presente Regime Geral e na respetiva regulamentação, são
subsidiariamente aplicáveis as disposições do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo decreto-
lei no 486/99, de 13 de novembro e da respetiva regulamentação.
4 - Os organismos de investimento alternativo fechados que não sejam constituídos mediante oferta
pública apenas ficam sujeitos às regras especificamente aplicáveis, bem como às demais regras do
presente Regime Geral que sejam adequadas ao caráter particular da subscrição.
5 - Os organismos de investimento alternativo em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto
de investidores profissionais ficam sujeitos às regras especificamente aplicáveis, bem como às demais
regras do presente Regime Geral que sejam adequadas ao segmento de investidores a que estes se
destinam.
6 - Quando no presente Regime Geral se imponham deveres ou imputem atuações ou intenções a
organismos de investimento coletivo, devem entender-se como sujeitos do dever as entidades
responsáveis pela gestão, salvo se outro sentido resultar da disposição em causa.
7 - À entidade responsável pela gestão que gere apenas organismos de investimento coletivo cujos
únicos participantes sejam a própria ou as suas empresas-mãe, as suas filiais ou outras filiais das
respetivas empresas-mãe e ao organismo de investimento coletivo nesta situação não se aplica o regime
relativo à atividade e comercialização a nível da União Europeia, desde que nenhum dos participantes
seja um organismo de investimento coletivo.
8 - As entidades habilitadas a gerir organismos de investimento alternativo (OIA) ao abrigo do presente
Regime Geral estão, independentemente do montante dos ativos que compõem as carteiras dos OIA sob
gestão, sujeitas aos atos delegados e de execução emitidos ao abrigo da Diretiva n.º 2011/61/UE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, relativa aos gestores de fundos de
investimento alternativo.
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 1.º
Âmbito de aplicação material
1 - O presente Regime Geral regula as instituições de investimento coletivo, adiante designadas por
«organismos de investimento coletivo».
2 - Regem-se por legislação especial:
a) Os organismos de investimento em capital de risco, os fundos de empreendedorismo social e os
organismos de investimento alternativo especializado;
b) Os fundos de pensões, sem prejuízo da sujeição dos fundos de pensões abertos de adesão individual
ao dever de elaborar e disponibilizar o documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores, ao dever de prestar informação aos participantes e às regras relativas a publicidade, nos
termos definidos em regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM);
c) Os fundos de titularização de créditos, os fundos de gestão de património imobiliário, os fundos
públicos destinados ao financiamento de sistemas de segurança social e de regimes de pensões de
reforma.
d) As sociedades de investimento mobiliário para fomento da economia.
3 - Sem prejuízo do disposto no presente Regime Geral e na respetiva regulamentação, são
subsidiariamente aplicáveis as disposições do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-
Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, e da respetiva regulamentação.
4 - Os organismos de investimento alternativo fechados que não sejam constituídos mediante oferta
pública apenas ficam sujeitos às regras especificamente aplicáveis, bem como às demais regras do
presente Regime Geral que sejam adequadas ao caráter particular da subscrição.
5 - Os organismos de investimento alternativo em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto
de investidores qualificados ficam sujeitos às regras especificamente aplicáveis, bem como às demais
regras do presente Regime Geral que sejam adequadas ao segmento de investidores a que estes se
destinam.
6 - Quando no presente Regime Geral se imponham deveres ou imputem atuações ou intenções a
organismos de investimento coletivo, devem entender-se como sujeitos do dever as entidades
responsáveis pela gestão, salvo se outro sentido resultar da disposição em causa.
7 - À entidade responsável pela gestão que gere apenas organismos de investimento coletivo cujos
únicos participantes sejam a própria ou as suas empresas-mãe, as suas filiais ou outras filiais das
respetivas empresas-mãe e ao organismo de investimento coletivo nesta situação não se aplica o regime
relativo à atividade e comercialização a nível da União Europeia, desde que nenhum dos participantes
seja um organismo de investimento coletivo.
(Redação do Decreto-Lei n.º 77/2017, de 30 de junho - com início de vigência em 1 de julho de 2017.
Artigo 1.º
Âmbito de aplicação material
1 - O presente Regime Geral regula as instituições de investimento coletivo, adiante designadas por
«organismos de investimento coletivo».
2 - Regem-se por legislação especial:
a) Os organismos de investimento em capital de risco, os fundos de empreendedorismo social e os
organismos de investimento alternativo especializado;
b) Os fundos de pensões, sem prejuízo da sujeição dos fundos de pensões abertos de adesão individual
ao dever de elaborar e disponibilizar o documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores, ao dever de prestar informação aos participantes e às regras relativas a publicidade, nos
termos definidos em regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM);
c) Os fundos de titularização de créditos, os fundos de gestão de património imobiliário, os fundos
públicos destinados ao financiamento de sistemas de segurança social e de regimes de pensões de
reforma.
3 - Sem prejuízo do disposto no presente Regime Geral e na respetiva regulamentação, são
subsidiariamente aplicáveis as disposições do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-
Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, e da respetiva regulamentação.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
4 - Os organismos de investimento alternativo fechados que não sejam constituídos mediante oferta
pública apenas ficam sujeitos às regras especificamente aplicáveis, bem como às demais regras do
presente Regime Geral que sejam adequadas ao caráter particular da subscrição.
5 - Os organismos de investimento alternativo em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto
de investidores qualificados ficam sujeitos às regras especificamente aplicáveis, bem como às demais
regras do presente Regime Geral que sejam adequadas ao segmento de investidores a que estes se
destinam.
6 - Quando no presente Regime Geral se imponham deveres ou imputem atuações ou intenções a
organismos de investimento coletivo, devem entender-se como sujeitos do dever as entidades
responsáveis pela gestão, salvo se outro sentido resultar da disposição em causa.
7 - À entidade responsável pela gestão que gere apenas organismos de investimento coletivo cujos
únicos participantes sejam a própria ou as suas empresas-mãe, as suas filiais ou outras filiais das
respetivas empresas-mãe e ao organismo de investimento coletivo nesta situação não se aplica o regime
relativo à atividade e comercialização a nível da União Europeia, desde que nenhum dos participantes
seja um organismo de investimento coletivo.
Artigo 2.º
Definições
i) Quando, relativamente à pessoa singular ou coletiva, se verifique alguma das seguintes situações:
1.º) Deter a maioria dos direitos de voto correspondente ao capital social da sociedade;
2.º) Ser sócia da sociedade e ter o direito de designar ou de destituir mais de metade dos membros do
órgão de administração ou do órgão de fiscalização;
3.º) Poder exercer influência dominante sobre a sociedade, por força de contrato ou de cláusula dos
estatutos desta;
4.º) Ser sócia da sociedade e controlar por si só, em virtude de acordo concluído com outros sócios
desta, a maioria dos direitos de voto;
5.º) Poder exercer, ou exercer efetivamente, influência dominante ou controlo sobre a sociedade;
6.º) No caso de pessoa coletiva, gerir a sociedade como se ambas constituíssem uma única entidade.
ii) Para efeitos da aplicação dos pontos 1.º), 2.º) e 4.º) da subalínea anterior:
1.º) Considera-se que aos direitos de voto, de designação ou de destituição do participante se equiparam
os direitos de qualquer outra sociedade dele dependente ou que com ele se encontre numa relação de
grupo, bem como os de qualquer pessoa que atue em nome próprio, mas por conta do participante ou
de qualquer outra das referidas sociedades;
2.º) Deduzem-se os direitos relativos às ações detidas por conta de pessoa que não seja o participante
ou outra das referidas sociedades, ou relativos às ações detidas em garantia, desde que, neste último
caso, tais direitos sejam exercidos em conformidade com as instruções recebidas, ou a posse das ações
seja uma operação corrente do participante em matéria de empréstimos e os direitos de voto sejam
exercidos no interesse do prestador da garantia.
iii) Para efeitos da aplicação dos pontos 1.º) e 4.º) da subalínea i), deduzem-se à totalidade dos direitos
de voto correspondentes ao capital social da sociedade participada os direitos de voto relativos à
participação detida por esta sociedade, por uma sua filial ou por uma pessoa que atue em nome próprio
mas por conta de qualquer destas sociedades;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
e) «Corretor principal», uma instituição de crédito, uma empresa de investimento ou qualquer entidade
sujeita a regulação prudencial e supervisão contínua que preste serviços a investidores profissionais,
nomeadamente financiando ou executando transações de instrumentos financeiros na qualidade de
contraparte, e que também possa prestar outros serviços, como compensação e liquidação de negócios,
serviços de guarda de instrumentos financeiros, empréstimo de títulos, tecnologia personalizada ou
instalações de apoio operacional;
f) «Documentos constitutivos», o documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores, o prospeto, o regulamento de gestão e, tratando-se de uma sociedade de investimento
coletivo, também o contrato de sociedade.
g) «Efeito de alavancagem», qualquer método pelo qual é aumentada a posição em risco de um
organismo de investimento coletivo gerido através da contração de empréstimos em numerário ou em
valores mobiliários, do recurso a posições sobre derivados ou por qualquer outro meio;
h) «Empresa-mãe», a empresa que exerça controlo sobre outra empresa;
i) «Entidades gestoras da União Europeia», as entidades autorizadas nos termos previstos na Diretiva
n.º 2009/65/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho de 2009, ou na Diretiva n.º
2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, e que gerem habitualmente
organismos de investimento coletivo, incluindo os organismos de investimento coletivo autogeridos,
com sede social noutro Estado membro;
j) «Entidades gestoras de países terceiros», as entidades que gerem habitualmente OIA, incluindo os
OIA autogeridos, com sede social em Estados não pertencentes à União Europeia;
k) «Entidades responsáveis pela gestão», as entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as
sociedades de investimento coletivo autogeridas;
l) «Estado em que se encontra estabelecido ou constituído»:
i) No caso de uma entidade responsável pela gestão e de uma entidade gestora da União Europeia, o
Estado onde se encontra a sede social;
ii) No caso de um organismo de investimento coletivo, o Estado em que foi autorizado ou registado, ou,
caso não esteja autorizado nem registado, o Estado onde se encontra a sua sede social ou administração
central;
iii) No caso de depositário, o Estado onde se encontra a sede social ou sucursal;
iv) No caso de representante legal que seja pessoa coletiva, o Estado onde se encontra a sede social ou
sucursal;
v) No caso de representante legal que seja pessoa singular, o Estado onde se encontra domiciliado;
o) «Estado membro de acolhimento de entidades gestoras de países terceiros», o Estado membro diverso
do Estado membro de referência, no qual uma entidade gestora de país terceiro gere OIA da União
Europeia ou comercializa unidades de participação de um OIA da União Europeia ou de um OIA de
país terceiro;
p) «Estado membro de acolhimento do organismo de investimento coletivo», qualquer Estado membro,
diverso do seu Estado membro de origem, em cujo território sejam comercializadas as unidades de
participação do organismo de investimento coletivo;
q) «Estado membro de origem de entidade gestora da União Europeia», o Estado membro onde se
encontra a sua sede social;
r) «Estado membro de origem do organismo de investimento coletivo»:
i) O Estado membro no qual o organismo de investimento coletivo foi autorizado ou registado ao abrigo
da legislação nacional aplicável ou, em caso de autorizações ou registos múltiplos, o Estado membro
no qual o organismo de investimento coletivo foi autorizado ou registado pela primeira vez;
34
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
ii) Caso o organismo de investimento coletivo não tenha sido autorizado ou registado num Estado
membro, o Estado membro onde o organismo de investimento coletivo tem a sua sede social ou a sua
administração central;
s) «Estado membro de referência», o Estado membro determinado nos termos do artigo 96.º para efeitos
de autorização de uma entidade gestora de país terceiro;
t) «Filial», a pessoa coletiva relativamente à qual outra pessoa coletiva, designada por empresa-mãe, se
encontre numa relação de controlo, considerando-se ainda que a filial de uma filial é igualmente filial
da empresa-mãe de que ambas dependem;
u) «Fundo de investimento», os patrimónios autónomos, sem personalidade jurídica, pertencentes aos
participantes no regime geral de comunhão regulado no presente Regime Geral;
v) «Fundos próprios», os fundos próprios referidos na Parte II do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, sem prejuízo das disposições transitórias
aplicáveis ao abrigo da Parte X do mesmo Regulamento;
w) «Fusão», uma operação mediante a qual:
x) «Fusão nacional», fusão nas modalidades previstas nas subalíneas i) e ii) da alínea anterior entre
organismos de investimento coletivo constituídos em Portugal;
y) «Fusão transfronteiriça de OICVM», fusão em que:
z) «Investidor profissional», a entidade como tal qualificada nos termos previstos no n.º 1 do artigo 30.º
do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua
redação atual;
aa) «Organismos de investimento coletivo», as instituições, dotadas ou não de personalidade jurídica,
que têm como fim o investimento coletivo de capitais obtidos junto de investidores, cujo funcionamento
se encontra sujeito a um princípio de repartição de riscos e à prossecução do exclusivo interesse dos
participantes, subdividindo-se em:
1.º) Cujo objeto exclusivo é o investimento coletivo de capitais de investidores não exclusivamente
qualificados em valores mobiliários ou outros ativos financeiros líquidos referidos na subsecção I da
35
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
secção I do capítulo II do título III e que cumpram os limites previstos na subsecção II da mesma secção;
e
2.º) Cujas unidades de participação são, a pedido dos seus titulares, readquiridas ou resgatadas, direta
ou indiretamente, a cargo destes organismos, equiparando-se a estas reaquisições ou resgates o facto de
um OICVM agir de modo a que o valor das suas unidades de participação em mercado regulamentado
não se afaste significativamente do seu valor patrimonial líquido; e
ii) «Organismos de investimento alternativo» (OIA), que são os demais, designadamente os previstos
na alínea a) do n.º 2 do artigo anterior e ainda:
1.º) Os organismos abertos ou fechados, cujo objeto é o investimento coletivo em valores mobiliários
ou outros ativos financeiros, designados organismos de investimento alternativo em valores mobiliários
(OIAVM);
2.º) Os organismos abertos ou fechados, cujo objeto é o investimento em ativos imobiliários, designados
organismos de investimento imobiliário (OII);
3.º) Outros organismos fechados cujo objeto inclua o investimento em ativos não financeiros que sejam
bens duradouros e tenham valor determinável, designados organismos de investimento em ativos não
financeiros (OIAnF);
i) Os organismos autorizados ou registados noutro Estado membro nos termos da lei nacional aplicável;
ii) Os organismos não autorizados nem registados noutro Estado membro mas com sede social ou
administração central noutro Estado membro;
cc) «OIA de país terceiro», os organismos que não sejam organismos de investimento coletivo da União
Europeia;
dd) «Organismos de investimento coletivo de tipo alimentação», os organismos que:
i) Invistam pelo menos 85 % dos seus ativos em unidades de participação de outro organismo de
investimento coletivo (o organismo de investimento coletivo de tipo principal);
ii) Invistam pelo menos 85 % dos seus ativos em mais de um organismo de investimento coletivo de
tipo principal, caso esses organismos de investimento coletivo de tipo principal tenham estratégias de
investimento idênticas, ou
iii) Tenham por qualquer outra forma uma exposição de pelo menos 85 % dos seus ativos a um
organismo de investimento coletivo de tipo principal;
ee) «Organismos de investimento coletivo de tipo principal», os organismos no qual outro organismo
de investimento coletivo investe ou no qual detém uma exposição nos termos da alínea anterior;
ff) «Participação qualificada», uma participação direta ou indireta que represente pelo menos 10 % do
capital ou dos direitos de voto da entidade participada ou que permita exercer uma influência
significativa na gestão da mesma, sendo aplicáveis os critérios de cálculo e imputação previstos nos
artigos 16.º, 20.º e 20.º-A do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99,
de 13 de novembro, na sua redação atual;
gg) «Relação de grupo», a relação entre sociedades coligadas entre si nos termos em que o Código das
Sociedades Comerciais caracteriza este tipo de relação, independentemente de as respetivas sedes se
situarem em Portugal ou no estrangeiro;
hh) «Relação estreita» ou «Relação de proximidade», a relação entre duas ou mais pessoas, singulares
ou coletivas, que se encontrem ligadas entre si através:
i) De uma participação, direta ou indireta, de percentagem não inferior a 20 % no capital social ou dos
direitos de voto de uma empresa; ou
ii) De uma relação de controlo; ou
iii) De uma ligação de todas de modo duradouro a um mesmo terceiro através de uma relação de
controlo.
ii) «Representante legal», uma pessoa singular com domicílio na União Europeia ou uma pessoa coletiva
com sede social na União Europeia que, tendo sido expressamente designada por uma entidade gestora
de país terceiro, age em nome e por conta desta junto de autoridades, clientes, organismos e contrapartes
36
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
da mesma na União Europeia, em tudo o que diga respeito às obrigações que impendem sobre a referida
entidade gestora;
jj) «Representantes dos trabalhadores», as estruturas de representação coletiva dos trabalhadores;
kk) «Sociedade não cotada», uma sociedade com sede social na União Europeia e cujas ações não
estejam admitidas à negociação num mercado regulamentado;
ll) «Sucursal», o estabelecimento de uma empresa desprovido de personalidade jurídica e que efetue
diretamente, no todo ou em parte, operações inerentes à atividade da empresa de que faz parte;
mm) «Suporte duradouro», qualquer instrumento que permita ao investidor armazenar informações que
lhe sejam dirigidas pessoalmente, de tal forma que possam ser consultadas posteriormente durante um
período adequado aos fins a que se destinam, e que permita uma reprodução exata das informações
armazenadas;
nn) «Valor líquido global do organismo de investimento coletivo ou de compartimento patrimonial
autónomo deste», o montante correspondente ao valor total dos respetivos ativos menos o valor total
dos seus passivos.
oo) «Direção de topo», as pessoas singulares que desempenhem funções executivas ou que dirijam
efetivamente a atividade da entidade responsável pela gestão;
pp) «Pessoa relevante»:
2 - Todos os estabelecimentos criados em Portugal por uma entidade gestora da União Europeia são
considerados uma única sucursal.
Artigo 2.º
Definições
4.º) Ser sócia da sociedade e controlar por si só, em virtude de acordo concluído com outros sócios
desta, a maioria dos direitos de voto;
5.º) Poder exercer, ou exercer efetivamente, influência dominante ou controlo sobre a sociedade;
6.º) No caso de pessoa coletiva, gerir a sociedade como se ambas constituíssem uma única entidade.
ii) Para efeitos da aplicação dos pontos 1.º), 2.º) e 4.º) da subalínea anterior:
1.º) Considera-se que aos direitos de voto, de designação ou de destituição do participante se
equiparam os direitos de qualquer outra sociedade dele dependente ou que com ele se encontre numa
relação de grupo, bem como os de qualquer pessoa que atue em nome próprio, mas por conta do
participante ou de qualquer outra das referidas sociedades;
2.º) Deduzem-se os direitos relativos às ações detidas por conta de pessoa que não seja o participante
ou outra das referidas sociedades, ou relativos às ações detidas em garantia, desde que, neste último
caso, tais direitos sejam exercidos em conformidade com as instruções recebidas, ou a posse das ações
seja uma operação corrente do participante em matéria de empréstimos e os direitos de voto sejam
exercidos no interesse do prestador da garantia.
iii) Para efeitos da aplicação dos pontos 1.º) e 4.º) da subalínea i), deduzem-se à totalidade dos direitos
de voto correspondentes ao capital social da sociedade participada os direitos de voto relativos à
participação detida por esta sociedade, por uma sua filial ou por uma pessoa que atue em nome próprio
mas por conta de qualquer destas sociedades;
e) «Corretor principal», uma instituição de crédito, uma empresa de investimento ou qualquer entidade
sujeita a regulação prudencial e supervisão contínua que preste serviços a investidores profissionais,
nomeadamente financiando ou executando transações de instrumentos financeiros na qualidade de
contraparte, e que também possa prestar outros serviços, como compensação e liquidação de negócios,
serviços de guarda de instrumentos financeiros, empréstimo de títulos, tecnologia personalizada ou
instalações de apoio operacional;
f) «Documentos constitutivos», o documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores, o prospeto, o regulamento de gestão e, tratando-se de uma sociedade de investimento
coletivo, também o contrato de sociedade.
g) «Efeito de alavancagem», qualquer método pelo qual é aumentada a posição em risco de um
organismo de investimento coletivo gerido através da contração de empréstimos em numerário ou em
valores mobiliários, do recurso a posições sobre derivados ou por qualquer outro meio;
h) «Empresa-mãe», a empresa que exerça controlo sobre outra empresa;
i) «Entidades gestoras da União Europeia», as entidades autorizadas nos termos previstos na Diretiva
n.º 2009/65/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho de 2009, ou na Diretiva n.º
2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, e que gerem habitualmente
organismos de investimento coletivo, incluindo os organismos de investimento coletivo autogeridos,
com sede social noutro Estado membro;
j) «Entidades gestoras de países terceiros», as entidades que gerem habitualmente OIA, incluindo os
OIA autogeridos, com sede social em Estados não pertencentes à União Europeia;
k) «Entidades responsáveis pela gestão», as entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as
sociedades de investimento coletivo autogeridas;
l) «Estado em que se encontra estabelecido ou constituído»:
i) No caso de uma entidade responsável pela gestão e de uma entidade gestora da União Europeia, o
Estado onde se encontra a sede social;
ii) No caso de um organismo de investimento coletivo, o Estado em que foi autorizado ou registado, ou,
caso não esteja autorizado nem registado, o Estado onde se encontra a sua sede social ou
administração central;
iii) No caso de depositário, o Estado onde se encontra a sede social ou sucursal;
iv) No caso de representante legal que seja pessoa coletiva, o Estado onde se encontra a sede social ou
sucursal;
v) No caso de representante legal que seja pessoa singular, o Estado onde se encontra domiciliado;
m) «Estado membro», o Estado membro da União Europeia;
n) «Estado membro de acolhimento de entidades gestoras da União Europeia», qualquer Estado-
Membro diverso do Estado-Membro de origem, no qual uma entidade gestora da União Europeia:
i) Gere OIA da União Europeia;
ii) Comercializa unidades de participação de um OIA da União Europeia ou de um OIA de país
terceiro; ou
iii) Presta as atividades referidas no n.º 5 do artigo 71.º-B;
o) «Estado membro de acolhimento de entidades gestoras de países terceiros», o Estado membro
diverso do Estado membro de referência, no qual uma entidade gestora de país terceiro gere OIA da
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
40
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
kk) «Sociedade não cotada», uma sociedade com sede social na União Europeia e cujas ações não
estejam admitidas à negociação num mercado regulamentado;
ll) «Sucursal», o estabelecimento de uma empresa desprovido de personalidade jurídica e que efetue
diretamente, no todo ou em parte, operações inerentes à atividade da empresa de que faz parte;
mm) «Suporte duradouro», qualquer instrumento que permita ao investidor armazenar informações
que lhe sejam dirigidas pessoalmente, de tal forma que possam ser consultadas posteriormente durante
um período adequado aos fins a que se destinam, e que permita uma reprodução exata das informações
armazenadas;
nn) «Valor líquido global do organismo de investimento coletivo ou de compartimento patrimonial
autónomo deste», o montante correspondente ao valor total dos respetivos ativos menos o valor total
dos seus passivos.
oo) «Direção de topo», as pessoas singulares que desempenhem funções executivas ou que dirijam
efetivamente a atividade da entidade responsável pela gestão;
pp) «Pessoa relevante»:
i) Titulares do órgão de administração e as pessoas que dirigem efetivamente a atividade da entidade
responsável pela gestão;
ii) Colaboradores da entidade responsável pela gestão e quaisquer outras pessoas singulares cujos
serviços são disponibilizados e controlados pela entidade responsável pela gestão, que estejam
envolvidos na prestação, pela entidade responsável pela gestão, da atividade de gestão de organismos
de investimento coletivo;
iii) Pessoas singulares de entidades subcontratadas, que estejam diretamente envolvidas na prestação
de serviços à entidade responsável pela gestão, com vista à prestação por esta entidade da atividade
de gestão de organismos de investimento coletivo;
qq) «SGOIC», as sociedades gestoras de organismos de investimento.
2 - Todos os estabelecimentos criados em Portugal por uma entidade gestora da União Europeia são
considerados uma única sucursal.
Artigo 2.º
Definições
caso, tais direitos sejam exercidos em conformidade com as instruções recebidas, ou a posse das ações
seja uma operação corrente do participante em matéria de empréstimos e os direitos de voto sejam
exercidos no interesse do prestador da garantia;
iii) Para efeitos da aplicação dos pontos 1.º) e 4.º) da subalínea i), deduzem-se à totalidade dos direitos
de voto correspondentes ao capital social da sociedade participada os direitos de voto relativos à
participação detida por esta sociedade, por uma sua filial ou por uma pessoa que atue em nome próprio
mas por conta de qualquer destas sociedades;
e) Corretor principal, uma instituição de crédito, uma empresa de investimento ou qualquer entidade
sujeita a regulação prudencial e supervisão contínua que preste serviços a investidores profissionais,
nomeadamente financiando ou executando transações de instrumentos financeiros na qualidade de
contraparte, e que também possa prestar outros serviços, como compensação e liquidação de negócios,
serviços de guarda de instrumentos financeiros, empréstimo de títulos, tecnologia personalizada ou
instalações de apoio operacional;
f) Documentos constitutivos:
i) Tratando-se de organismo de investimento coletivo de natureza contratual, o documento com
informações fundamentais destinadas aos investidores, o prospeto e o regulamento de gestão;
ii) Tratando-se de organismo de investimento coletivo de natureza societária, o documento com
informações fundamentais destinadas aos investidores, o prospeto, o regulamento de gestão e o
contrato de sociedade;
g) Efeito de alavancagem, qualquer método pelo qual é aumentada a posição em risco de um organismo
de investimento coletivo gerido através da contração de empréstimos em numerário ou em valores
mobiliários, do recurso a posições sobre derivados ou por qualquer outro meio;
h) Empresa-mãe, a empresa que exerça controlo sobre outra empresa;
i) Entidades gestoras da União Europeia, as entidades autorizadas nos termos previstos na Diretiva
n.º 2009/65/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho de 2009, ou na Diretiva
n.º 2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, e que gerem
habitualmente organismos de investimento coletivo, incluindo os organismos de investimento coletivo
sob forma societária autogeridos, com sede social noutro Estado membro;
j) Entidades gestoras de países terceiros, as entidades que gerem habitualmente organismos de
investimento alternativo, incluindo os organismos de investimento alternativo autogeridos, com sede
social em Estados não pertencentes à União Europeia;
k) Entidades responsáveis pela gestão, as entidades gestoras previstas no artigo 65º e os organismos
de investimento coletivo sob forma societária autogeridos estabelecidos em Portugal, excluindo-se as
instituições de crédito quando esteja em causa o exercício da atividade de gestão ou comercialização
na União Europeia;
l) Estado em que se encontra estabelecido ou constituído:
i) No caso de uma entidade responsável pela gestão e de uma entidade gestora da União Europeia, o
Estado onde se encontra a sede social;
ii) No caso de um organismo de investimento coletivo, o Estado em que foi autorizado ou registado, ou,
caso não esteja autorizado nem registado, o Estado onde se encontra a sua sede social ou
administração central;
iii) No caso de depositário, o Estado onde se encontra a sede social ou sucursal;
iv) No caso de representante legal que seja pessoa coletiva, o Estado onde se encontra a sede social ou
sucursal;
v) No caso de representante legal que seja pessoa singular, o Estado onde se encontra domiciliado;
m) Estado membro, o Estado membro da União Europeia;
n) Estado membro de acolhimento de entidades gestoras da União Europeia, qualquer Estado-Membro
diverso do Estado-Membro de origem, no qual uma entidade gestora da União Europeia:
i) Gere organismos de investimento alternativo da União Europeia;
ii) Comercializa unidades de participação de um organismo de investimento alternativo da União
Europeia ou de um organismo de investimento alternativo de país terceiro; ou
iii) Presta as atividades referidas no n.º 2 e na alínea b) do n.º 3 do artigo 68.º
o) Estado membro de acolhimento de entidades gestoras de países terceiros, o Estado membro diverso
do Estado membro de referência, no qual uma entidade gestora de país terceiro gere organismos de
investimento alternativo da União Europeia ou comercializa unidades de participação de um
organismo de investimento alternativo da União Europeia ou de um organismo de investimento
alternativo de país terceiro;
42
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
i) Organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM), que são organismos abertos:
1.º) Cujo objeto exclusivo é o investimento coletivo de capitais de investidores não exclusivamente
profissionais em valores mobiliários ou outros ativos financeiros líquidos referidos na subsecção I da
secção I do capítulo II do título III e que cumpram os limites previstos na subsecção II da mesma
secção; e
2.º) Cujas unidades de participação são, a pedido dos seus titulares, readquiridas ou resgatadas, direta
ou indiretamente, a cargo destes organismos, equiparando-se a estas reaquisições ou resgates o facto
de um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários agir de modo a que o valor das suas
unidades de participação em mercado regulamentado não se afaste significativamente do seu valor
patrimonial líquido; e
ii) «Organismos de investimento alternativo» (OIA), que são os demais, designadamente os previstos
na alínea a) do n.º 2 do artigo anterior e ainda:
1.º) Os organismos abertos ou fechados, cujo objeto é o investimento coletivo em valores mobiliários
ou outros ativos financeiros, designados organismos de investimento alternativo em valores mobiliários
(OIAVM);
2.º) Os organismos abertos ou fechados, cujo objeto é o investimento em ativos imobiliários, designados
organismos de investimento imobiliário (OII);
3.º) Outros organismos fechados cujo objeto inclua o investimento em ativos não financeiros que sejam
bens duradouros e tenham valor determinável, designados organismos de investimento em ativos não
financeiros (OIAnF);
bb) Organismos de investimento coletivo da União Europeia:
i) Os organismos autorizados ou registados noutro Estado membro nos termos da lei nacional
aplicável;
ii) Os organismos não autorizados nem registados noutro Estado membro mas com sede social ou
administração central noutro Estado membro;
cc) OIA de país terceiro, os organismos que não sejam organismos de investimento coletivo da União
Europeia;
dd) Organismos de investimento coletivo de tipo alimentação, os organismos que:
i) Invistam pelo menos 85 % dos seus ativos em unidades de participação de outro organismo de
investimento coletivo (o organismo de investimento coletivo de tipo principal);
ii) Invistam pelo menos 85 % dos seus ativos em mais de um organismo de investimento coletivo de tipo
principal, caso esses organismos de investimento coletivo de tipo principal tenham estratégias de
investimento idênticas; ou
iii) Tenham por qualquer outra forma uma exposição de pelo menos 85 % dos seus ativos a um
organismo de investimento coletivo de tipo principal;
ee) Organismos de investimento coletivo de tipo principal, os organismos no qual outro organismo de
investimento coletivo investe ou no qual detém uma exposição nos termos da alínea anterior;
ff) «Participação qualificada», a participação assim definida no artigo 2.º-A do Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro;
gg) Relação de grupo, a relação entre sociedades coligadas entre si nos termos em que o Código das
Sociedades Comerciais caracteriza este tipo de relação, independentemente de as respetivas sedes se
situarem em Portugal ou no estrangeiro;
hh) Relação estreita ou Relação de proximidade, a relação entre duas ou mais pessoas, singulares ou
coletivas, que se encontrem ligadas entre si através:
i) De uma participação, direta ou indireta, de percentagem não inferior a 20 % no capital social ou
dos direitos de voto de uma empresa; ou
ii) De uma relação de controlo; ou
iii) De uma ligação de todas de modo duradouro a um mesmo terceiro através de uma relação de
controlo;
ii) Representante legal, uma pessoa singular com domicílio na União Europeia ou uma pessoa coletiva
com sede social na União Europeia que, tendo sido expressamente designada por uma entidade gestora
de país terceiro, age em nome e por conta desta junto de autoridades, clientes, organismos e
contrapartes da mesma na União Europeia, em tudo o que diga respeito às obrigações que impendem
sobre a referida entidade gestora;
jj) Representantes dos trabalhadores, as estruturas de representação coletiva dos trabalhadores;
kk) Sociedade não cotada, uma sociedade com sede social na União Europeia e cujas ações não estejam
admitidas à negociação num mercado regulamentado;
44
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
ll) Sucursal, o estabelecimento de uma empresa desprovido de personalidade jurídica e que efetue
diretamente, no todo ou em parte, operações inerentes à atividade da empresa de que faz parte;
mm) Suporte duradouro, qualquer instrumento que permita ao investidor armazenar informações que
lhe sejam dirigidas pessoalmente, de tal forma que possam ser consultadas posteriormente durante um
período adequado aos fins a que se destinam, e que permita uma reprodução exata das informações
armazenadas;
nn) Valor líquido global do organismo de investimento coletivo ou de compartimento patrimonial
autónomo deste, o montante correspondente ao valor total dos respetivos ativos menos o valor total dos
seus passivos;
oo) Direção de topo, as pessoas singulares que desempenhem funções executivas ou que dirijam
efetivamente a atividade da entidade responsável pela gestão;
pp) Pessoa relevante:
i) Titulares do órgão de administração e as pessoas que dirigem efetivamente a atividade da entidade
responsável pela gestão;
ii) Colaboradores da entidade responsável pela gestão e quaisquer outras pessoas singulares cujos
serviços são disponibilizados e controlados pela entidade responsável pela gestão, que estejam
envolvidos na prestação, pela entidade responsável pela gestão, da atividade de gestão de organismos
de investimento coletivo;
iii) Pessoas singulares de entidades subcontratadas, que estejam diretamente envolvidas na prestação
de serviços à entidade responsável pela gestão, com vista à prestação por esta entidade da atividade
de gestão de organismos de investimento coletivo.
2 - Todos os estabelecimentos criados em Portugal por uma entidade gestora da União Europeia são
considerados uma única sucursal.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 2.º
Definições
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
seja uma operação corrente do participante em matéria de empréstimos e os direitos de voto sejam
exercidos no interesse do prestador da garantia.
iii) Para efeitos da aplicação dos pontos 1.º) e 4.º) da subalínea i), deduzem-se à totalidade dos direitos
de voto correspondentes ao capital social da sociedade participada os direitos de voto relativos à
participação detida por esta sociedade, por uma sua filial ou por uma pessoa que atue em nome próprio
mas por conta de qualquer destas sociedades;
e) «Corretor principal», uma instituição de crédito, uma empresa de investimento ou qualquer entidade
sujeita a regulação prudencial e supervisão contínua que preste serviços a investidores qualificados,
nomeadamente financiando ou executando transações de instrumentos financeiros na qualidade de
contraparte, e que também possa prestar outros serviços, como compensação e liquidação de negócios,
serviços de guarda de instrumentos financeiros, empréstimo de títulos, tecnologia personalizada ou
instalações de apoio operacional;
f) «Documentos constitutivos»:
i) Tratando-se de organismo de investimento coletivo de natureza contratual, o documento com
informações fundamentais destinadas aos investidores, o prospeto e o regulamento de gestão;
ii) Tratando-se de organismo de investimento coletivo de natureza societária, o documento com
informações fundamentais destinadas aos investidores, o prospeto, o regulamento de gestão e o
contrato de sociedade;
g) «Efeito de alavancagem», qualquer método pelo qual é aumentada a posição em risco de um
organismo de investimento coletivo gerido através da contração de empréstimos em numerário ou em
valores mobiliários, do recurso a posições sobre derivados ou por qualquer outro meio;
h) «Empresa-mãe», a empresa que exerça controlo sobre outra empresa;
i) «Entidades gestoras da União Europeia», as entidades autorizadas nos termos previstos na Diretiva
n.º 2009/65/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho de 2009, ou na Diretiva n.º
2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, e que gerem habitualmente
organismos de investimento coletivo, incluindo os organismos de investimento coletivo sob forma
societária autogeridos, com sede social noutro Estado membro;
j) «Entidades gestoras de países terceiros», as entidades que gerem habitualmente organismos de
investimento alternativo, incluindo os organismos de investimento alternativo autogeridos, com sede
social em Estados não pertencentes à União Europeia;
k) «Entidades responsáveis pela gestão», as entidades gestoras previstas no artigo 65.º e os organismos
de investimento coletivo sob forma societária autogeridos estabelecidos em Portugal, excluindo-se as
instituições de crédito quando esteja em causa o exercício da atividade de gestão ou comercialização
na União Europeia;
l) «Estado em que se encontra estabelecido ou constituído»:
i) No caso de uma entidade responsável pela gestão e de uma entidade gestora da União Europeia, o
Estado onde se encontra a sede social;
ii) No caso de um organismo de investimento coletivo, o Estado em que foi autorizado ou registado, ou,
caso não esteja autorizado nem registado, o Estado onde se encontra a sua sede social ou
administração central;
iii) No caso de depositário, o Estado onde se encontra a sede social ou sucursal;
iv) No caso de representante legal que seja pessoa coletiva, o Estado onde se encontra a sede social ou
sucursal;
v) No caso de representante legal que seja pessoa singular, o Estado onde se encontra domiciliado;
m) «Estado membro», o Estado membro da União Europeia;
n) 'Estado membro de acolhimento de entidades gestoras da União Europeia', qualquer Estado-
Membro diverso do Estado-Membro de origem, no qual uma entidade gestora da União Europeia:
i) Gere organismos de investimento alternativo da União Europeia;
ii) Comercializa unidades de participação de um organismo de investimento alternativo da União
Europeia ou de um organismo de investimento alternativo de país terceiro; ou
iii) Presta as atividades referidas no n.º 2 e na alínea b) do n.º 3 do artigo 68.º.
o) «Estado membro de acolhimento de entidades gestoras de países terceiros», o Estado membro
diverso do Estado membro de referência, no qual uma entidade gestora de país terceiro gere
organismos de investimento alternativo da União Europeia ou comercializa unidades de participação
de um organismo de investimento alternativo da União Europeia ou de um organismo de investimento
alternativo de país terceiro;
p) «Estado membro de acolhimento do organismo de investimento coletivo», qualquer Estado membro,
diverso do seu Estado membro de origem, em cujo território sejam comercializadas as unidades de
participação do organismo de investimento coletivo;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
q) «Estado membro de origem de entidade gestora da União Europeia», o Estado membro onde se
encontra a sua sede social;
r) «Estado membro de origem do organismo de investimento coletivo»:
i) O Estado membro no qual o organismo de investimento coletivo foi autorizado ou registado ao abrigo
da legislação nacional aplicável ou, em caso de autorizações ou registos múltiplos, o Estado membro
no qual o organismo de investimento coletivo foi autorizado ou registado pela primeira vez;
ii) Caso o organismo de investimento coletivo não tenha sido autorizado ou registado num Estado
membro, o Estado membro onde o organismo de investimento coletivo tem a sua sede social ou a sua
administração central;
s) «Estado membro de referência», o Estado membro determinado nos termos do artigo 96.º para
efeitos de autorização de uma entidade gestora de país terceiro;
t) «Filial», a pessoa coletiva relativamente à qual outra pessoa coletiva, designada por empresa-mãe,
se encontre numa relação de controlo, considerando-se ainda que a filial de uma filial é igualmente
filial da empresa-mãe de que ambas dependem;
u) «Fundo de investimento», os patrimónios autónomos, sem personalidade jurídica, pertencentes aos
participantes no regime geral de comunhão regulado no presente Regime Geral;
v) «Fundos próprios», os fundos próprios referidos na Parte II do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, sem prejuízo das disposições transitórias
aplicáveis ao abrigo da Parte X do mesmo Regulamento;
w) «Fusão», uma operação mediante a qual:
i) Um ou mais organismos de investimento coletivo ou compartimentos patrimoniais autónomos destes
(organismos de investimento coletivo incorporados) transferem, na sequência e por ocasião da sua
dissolução sem liquidação, o conjunto do ativo e do passivo que integra o seu património para outro
organismo de investimento coletivo já existente ou para um compartimento patrimonial autónomo deste
(organismo de investimento coletivo incorporante), mediante atribuição aos respetivos participantes
de unidades de participação do organismo de investimento coletivo incorporante e, se previsto no
projeto de fusão, de uma quantia em dinheiro não superior a 10 % do valor patrimonial líquido dessas
unidades de participação;
ii) Dois ou mais organismos de investimento coletivo ou compartimentos patrimoniais autónomos
destes (organismos de investimento coletivo incorporados) transferem, na sequência e por ocasião da
sua dissolução sem liquidação, o conjunto do ativo e do passivo que integra o seu património para
outro organismo de investimento coletivo por eles formado ou para um compartimento patrimonial
autónomo deste (organismo de investimento coletivo incorporante), mediante atribuição aos respetivos
participantes de unidades de participação do organismo de investimento coletivo incorporante e, se
previsto no projeto de fusão, de uma quantia em dinheiro não superior a 10 % do valor patrimonial
líquido dessas unidades de participação; ou
iii) Um ou mais organismos de investimento coletivo em valores mobiliários ou compartimentos
patrimoniais autónomos destes (organismo de investimento coletivo em valores mobiliários
incorporados), que continuam a existir até à liquidação do passivo, transferem o seu ativo líquido para
outro compartimento patrimonial autónomo do mesmo organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários, para um organismo de investimento coletivo que se constitua para o efeito ou para outro
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários já existente ou compartimento patrimonial
autónomo deste (organismo de investimento coletivo em valores mobiliários incorporante);
x) «Fusão nacional», fusão nas modalidades previstas nas subalíneas i) e ii) da alínea anterior entre
organismos de investimento coletivo constituídos em Portugal;
y) «Fusão transfronteiriça de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários», fusão em
que:
i) Dois deles, pelo menos, estejam autorizados em Estados membros diferentes; ou
ii) Pelo menos, dois organismos de investimento coletivo em valores mobiliários autorizados no mesmo
Estado membro se fundem num organismo de investimento coletivo em valores mobiliários novo
autorizado e constituído noutro Estado membro;
z) «Investidor qualificado», a entidade como tal qualificada nos termos previstos no n.º 1 do artigo 30.º
do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro;
aa) «Organismos de investimento coletivo», as instituições, dotadas ou não de personalidade jurídica,
que têm como fim o investimento coletivo de capitais obtidos junto de investidores, cujo funcionamento
se encontra sujeito a um princípio de repartição de riscos e à prossecução do exclusivo interesse dos
participantes, subdividindo-se em:
i) «Organismos de investimento coletivo em valores mobiliários», que são organismos abertos:
47
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
1.º) Cujo objeto exclusivo é o investimento coletivo de capitais de investidores não exclusivamente
qualificados em valores mobiliários ou outros ativos financeiros líquidos referidos na subsecção I da
secção I do capítulo II do título III e que cumpram os limites previstos na subsecção II da mesma
secção; e
2.º) Cujas unidades de participação são, a pedido dos seus titulares, readquiridas ou resgatadas, direta
ou indiretamente, a cargo destes organismos, equiparando-se a estas reaquisições ou resgates o facto
de um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários agir de modo a que o valor das suas
unidades de participação em mercado regulamentado não se afaste significativamente do seu valor
patrimonial líquido; e
ii) «Organismos de investimento alternativo», que são os demais, designadamente os previstos na
alínea a) do n.º 2 do artigo anterior e ainda:
1.º) Os organismos abertos ou fechados, cujo objeto é o investimento coletivo em valores mobiliários
ou outros ativos financeiros, designados «organismos de investimento alternativo em valores
mobiliários»;
2.º) Os organismos abertos ou fechados, cujo objeto é o investimento em ativos imobiliários, designados
«organismos de investimento imobiliário»;
3.º) Outros organismos fechados cujo objeto inclua o investimento em ativos não financeiros que sejam
bens duradouros e tenham valor determinável, designados «organismos de investimento em ativos não
financeiros»;
bb) «Organismos de investimento coletivo da União Europeia»:
i) Os organismos autorizados ou registados noutro Estado membro nos termos da lei nacional
aplicável;
ii) Os organismos não autorizados nem registados noutro Estado membro mas com sede social ou
administração central noutro Estado membro;
cc) «Organismos de investimento alternativo de país terceiro», os organismos que não sejam
organismos de investimento coletivo da União Europeia;
dd) «Organismos de investimento coletivo de tipo alimentação», os organismos que:
i) Invistam pelo menos 85 % dos seus ativos em unidades de participação de outro organismo de
investimento coletivo (o organismo de investimento coletivo de tipo principal);
ii) Invistam pelo menos 85 % dos seus ativos em mais de um organismo de investimento coletivo de tipo
principal, caso esses organismos de investimento coletivo de tipo principal tenham estratégias de
investimento idênticas, ou
iii) Tenham por qualquer outra forma uma exposição de pelo menos 85 % dos seus ativos a um
organismo de investimento coletivo de tipo principal;
ee) «Organismos de investimento coletivo de tipo principal», os organismos no qual outro organismo
de investimento coletivo investe ou no qual detém uma exposição nos termos da alínea anterior;
ff) «Participação qualificada», a participação referida na alínea u) do artigo 2.º-A do Regime Geral
das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro;
gg) «Relação de grupo», a relação entre sociedades coligadas entre si nos termos em que o Código das
Sociedades Comerciais caracteriza este tipo de relação, independentemente de as respetivas sedes se
situarem em Portugal ou no estrangeiro;
hh) «Relação estreita» ou «Relação de proximidade», a relação entre duas ou mais pessoas, singulares
ou coletivas, que se encontrem ligadas entre si através:
i) De uma participação, direta ou indireta, de percentagem não inferior a 20 % no capital social ou
dos direitos de voto de uma empresa; ou
ii) De uma relação de controlo; ou
iii) De uma ligação de todas de modo duradouro a um mesmo terceiro através de uma relação de
controlo.
ii) «Representante legal», uma pessoa singular com domicílio na União Europeia ou uma pessoa
coletiva com sede social na União Europeia que, tendo sido expressamente designada por uma entidade
gestora de país terceiro, age em nome e por conta desta junto de autoridades, clientes, organismos e
contrapartes da mesma na União Europeia, em tudo o que diga respeito às obrigações que impendem
sobre a referida entidade gestora;
jj) «Representantes dos trabalhadores», as estruturas de representação coletiva dos trabalhadores;
kk) «Sociedade não cotada», uma sociedade com sede social na União Europeia e cujas ações não
estejam admitidas à negociação num mercado regulamentado;
ll) «Sucursal», o estabelecimento de uma empresa desprovido de personalidade jurídica e que efetue
diretamente, no todo ou em parte, operações inerentes à atividade da empresa de que faz parte;
48
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
mm) «Suporte duradouro», qualquer instrumento que permita ao investidor armazenar informações
que lhe sejam dirigidas pessoalmente, de tal forma que possam ser consultadas posteriormente durante
um período adequado aos fins a que se destinam, e que permita uma reprodução exata das informações
armazenadas;
nn) «Valor líquido global do organismo de investimento coletivo ou de compartimento patrimonial
autónomo deste», o montante correspondente ao valor total dos respetivos ativos menos o valor total
dos seus passivos.
2 - Todos os estabelecimentos criados em Portugal por uma entidade gestora da União Europeia são
considerados uma única sucursal.
(Redcção do Decreto-Lei n.º 124/2015, de 7 de julho – com início de vigência em 8 de julho de 2015)
Artigo 2.º
Definições
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
v) «Fundos próprios», os fundos próprios referidos na Parte II do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, sem prejuízo das disposições transitórias
aplicáveis ao abrigo da Parte X do mesmo Regulamento;
w) «Fusão», uma operação mediante a qual:
i) Um ou mais organismos de investimento coletivo ou compartimentos patrimoniais autónomos destes
(organismos de investimento coletivo incorporados) transferem, na sequência e por ocasião da sua
dissolução sem liquidação, o conjunto do ativo e do passivo que integra o seu património para outro
organismo de investimento coletivo já existente ou para um compartimento patrimonial autónomo deste
(organismo de investimento coletivo incorporante), mediante atribuição aos respetivos participantes
de unidades de participação do organismo de investimento coletivo incorporante e, se previsto no
projeto de fusão, de uma quantia em dinheiro não superior a 10 % do valor patrimonial líquido dessas
unidades de participação;
ii) Dois ou mais organismos de investimento coletivo ou compartimentos patrimoniais autónomos
destes (organismos de investimento coletivo incorporados) transferem, na sequência e por ocasião da
sua dissolução sem liquidação, o conjunto do ativo e do passivo que integra o seu património para
outro organismo de investimento coletivo por eles formado ou para um compartimento patrimonial
autónomo deste (organismo de investimento coletivo incorporante), mediante atribuição aos respetivos
participantes de unidades de participação do organismo de investimento coletivo incorporante e, se
previsto no projeto de fusão, de uma quantia em dinheiro não superior a 10 % do valor patrimonial
líquido dessas unidades de participação; ou
iii) Um ou mais organismos de investimento coletivo em valores mobiliários ou compartimentos
patrimoniais autónomos destes (organismo de investimento coletivo em valores mobiliários
incorporados), que continuam a existir até à liquidação do passivo, transferem o seu ativo líquido para
outro compartimento patrimonial autónomo do mesmo organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários, para um organismo de investimento coletivo que se constitua para o efeito ou para outro
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários já existente ou compartimento patrimonial
autónomo deste (organismo de investimento coletivo em valores mobiliários incorporante);
x) «Fusão nacional», fusão nas modalidades previstas nas subalíneas i) e ii) da alínea anterior entre
organismos de investimento coletivo constituídos em Portugal;
y) «Fusão transfronteiriça de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários», fusão em
que:
i) Dois deles, pelo menos, estejam autorizados em Estados membros diferentes; ou
ii) Pelo menos, dois organismos de investimento coletivo em valores mobiliários autorizados no mesmo
Estado membro se fundem num organismo de investimento coletivo em valores mobiliários novo
autorizado e constituído noutro Estado membro;
z) «Investidor qualificado», a entidade como tal qualificada nos termos previstos no n.º 1 do artigo 30.º
do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro;
aa) «Organismos de investimento coletivo», as instituições, dotadas ou não de personalidade jurídica,
que têm como fim o investimento coletivo de capitais obtidos junto de investidores, cujo funcionamento
se encontra sujeito a um princípio de repartição de riscos e à prossecução do exclusivo interesse dos
participantes, subdividindo-se em:
i) «Organismos de investimento coletivo em valores mobiliários», que são organismos abertos:
1.º) Cujo objeto exclusivo é o investimento coletivo de capitais de investidores não exclusivamente
qualificados em valores mobiliários ou outros ativos financeiros líquidos referidos na subsecção I da
secção I do capítulo II do título III e que cumpram os limites previstos na subsecção II da mesma
secção; e
2.º) Cujas unidades de participação são, a pedido dos seus titulares, readquiridas ou resgatadas, direta
ou indiretamente, a cargo destes organismos, equiparando-se a estas reaquisições ou resgates o facto
de um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários agir de modo a que o valor das suas
unidades de participação em mercado regulamentado não se afaste significativamente do seu valor
patrimonial líquido; e
ii) «Organismos de investimento alternativo», que são os demais, designadamente os previstos na
alínea a) do n.º 2 do artigo anterior e ainda:
1.º) Os organismos abertos ou fechados, cujo objeto é o investimento coletivo em valores mobiliários
ou outros ativos financeiros, designados «organismos de investimento alternativo em valores
mobiliários»;
2.º) Os organismos abertos ou fechados, cujo objeto é o investimento em ativos imobiliários, designados
«organismos de investimento imobiliário»;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3.º) Outros organismos fechados cujo objeto inclua o investimento em ativos não financeiros que sejam
bens duradouros e tenham valor determinável, designados «organismos de investimento em ativos não
financeiros»;
bb) «Organismos de investimento coletivo da União Europeia»:
i) Os organismos autorizados ou registados noutro Estado membro nos termos da lei nacional
aplicável;
ii) Os organismos não autorizados nem registados noutro Estado membro mas com sede social ou
administração central noutro Estado membro;
cc) «Organismos de investimento alternativo de país terceiro», os organismos que não sejam
organismos de investimento coletivo da União Europeia;
dd) «Organismos de investimento coletivo de tipo alimentação», os organismos que:
i) Invistam pelo menos 85 % dos seus ativos em unidades de participação de outro organismo de
investimento coletivo (o organismo de investimento coletivo de tipo principal);
ii) Invistam pelo menos 85 % dos seus ativos em mais de um organismo de investimento coletivo de tipo
principal, caso esses organismos de investimento coletivo de tipo principal tenham estratégias de
investimento idênticas, ou
iii) Tenham por qualquer outra forma uma exposição de pelo menos 85 % dos seus ativos a um
organismo de investimento coletivo de tipo principal;
ee) «Organismos de investimento coletivo de tipo principal», os organismos no qual outro organismo
de investimento coletivo investe ou no qual detém uma exposição nos termos da alínea anterior;
ff) «Participação qualificada», a participação referida na alínea u) do artigo 2.º-A do Regime Geral
das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro;
gg) «Relação de grupo», a relação entre sociedades coligadas entre si nos termos em que o Código das
Sociedades Comerciais caracteriza este tipo de relação, independentemente de as respetivas sedes se
situarem em Portugal ou no estrangeiro;
hh) «Relação estreita» ou «Relação de proximidade», a relação entre duas ou mais pessoas, singulares
ou coletivas, que se encontrem ligadas entre si através:
i) De uma participação, direta ou indireta, de percentagem não inferior a 20 % no capital social ou
dos direitos de voto de uma empresa; ou
ii) De uma relação de controlo; ou
iii) De uma ligação de todas de modo duradouro a um mesmo terceiro através de uma relação de
controlo.
ii) «Representante legal», uma pessoa singular com domicílio na União Europeia ou uma pessoa
coletiva com sede social na União Europeia que, tendo sido expressamente designada por uma entidade
gestora de país terceiro, age em nome e por conta desta junto de autoridades, clientes, organismos e
contrapartes da mesma na União Europeia, em tudo o que diga respeito às obrigações que impendem
sobre a referida entidade gestora;
jj) «Representantes dos trabalhadores», as estruturas de representação coletiva dos trabalhadores;
kk) «Sociedade não cotada», uma sociedade com sede social na União Europeia e cujas ações não
estejam admitidas à negociação num mercado regulamentado;
ll) «Sucursal», o estabelecimento de uma empresa desprovido de personalidade jurídica e que efetue
diretamente, no todo ou em parte, operações inerentes à atividade da empresa de que faz parte;
mm) «Suporte duradouro», qualquer instrumento que permita ao investidor armazenar informações
que lhe sejam dirigidas pessoalmente, de tal forma que possam ser consultadas posteriormente durante
um período adequado aos fins a que se destinam, e que permita uma reprodução exata das informações
armazenadas;
nn) «Valor líquido global do organismo de investimento coletivo ou de compartimento patrimonial
autónomo deste», o montante correspondente ao valor total dos respetivos ativos menos o valor total
dos seus passivos.
2 - Todos os estabelecimentos criados em Portugal por uma entidade gestora da União Europeia são
considerados uma única sucursal.
Artigo 3.º
Divulgação de informação
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2 - Caso o meio de comunicação escolhido para a divulgação referida no número anterior não seja o
Sistema de Difusão de Informação da CMVM, previsto no artigo 367.º do Código dos Valores
Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, a entidade responsável pela
gestão envia à CMVM cópia da informação referida no número anterior no prazo de três dias após a
respetiva publicação ou divulgação, salvo prazo mais exigente fixado em disposição específica.
Artigo 4.º
Tipicidade
Artigo 5.º
Forma
2 - [Revogado].
3 - [Revogado].
Artigo 5.º
Forma e estrutura
Artigo 6.º
Denominação
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 6.º
Denominação
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 6.º
Denominação
Artigo 7.º
Valores mobiliários representativos do património
1 - O património dos fundos de investimento é representado por partes de conteúdo idêntico que
asseguram aos seus titulares direitos iguais, sem valor nominal, que se designam unidades de
participação.
2 - O capital social das sociedades de investimento coletivo é dividido em ações nominativas de
conteúdo idêntico, sem valor nominal.
3 - As referências no presente Regime Geral a unidades de participação devem ser entendidas de modo
a abranger ações das sociedades de investimento coletivo, assim como as referências a participantes
devem ser entendidas de modo a abranger acionistas das mesmas sociedades, salvo se o contrário
resultar da própria disposição.
Artigo 7.º
Valores mobiliários representativos do património
1 - O património dos fundos de investimento é representado por partes de conteúdo idêntico que
asseguram aos seus titulares direitos iguais, sem prejuízo da possibilidade de serem criadas categorias
diferentes, sem valor nominal, que se designam unidades de participação.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo seguinte, o capital social dos organismos de investimento
coletivo sob forma societária é dividido em ações nominativas de conteúdo idêntico, sem valor nominal.
3 - As referências no presente Regime Geral a unidades de participação devem ser entendidas de modo
a abranger ações dos organismos de investimento coletivo sob forma societária, assim como as
referências a participantes devem ser entendidas de modo a abranger acionistas dos mesmos
organismos, salvo se o contrário resultar da própria disposição.
Artigo 8.º
Regime das unidades de participação
1 - O valor das unidades de participação determina-se dividindo o valor líquido global do organismo de
investimento coletivo pelo número de unidades de participação em circulação.
2 - As unidades de participação são nominativas e adotam a forma escritural, sendo admitido o seu
fracionamento para efeitos de subscrição e de resgate ou reembolso.
3 - As unidades de participação só podem ser emitidas após o montante correspondente ao preço de
subscrição ser efetivamente integrado no património do organismo de investimento coletivo, exceto se
se tratar de desdobramento de unidades de participação já existentes ou de distribuição gratuita.
4 - Podem ser emitidas diferentes categorias de unidades de participação em função de direitos ou
características especiais respeitantes às mesmas, desde que previstas nos documentos constitutivos e
assegurada a consistência com o perfil de risco e a política de investimento do organismo de
investimento coletivo.
5 - As unidades de participação de cada categoria têm conteúdo idêntico e asseguram aos seus titulares
direitos iguais.
6 - As regras relativas à criação de categorias de unidades de participação são desenvolvidas em
regulamento da CMVM.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 8.º
Regime das unidades de participação
1 - O valor das unidades de participação determina-se dividindo o valor líquido global do organismo
de investimento coletivo pelo número de unidades de participação em circulação.
2 - As unidades de participação podem ser representadas por certificados de uma ou mais unidades de
participação ou adotar a forma escritural, sendo admitido o seu fracionamento para efeitos de
subscrição e de resgate ou reembolso.
3 - As unidades de participação só podem ser emitidas após o montante correspondente ao preço de
subscrição ser efetivamente integrado no património do organismo de investimento coletivo, exceto se
se tratar de desdobramento de unidades de participação já existentes ou de distribuição gratuita.
4 - Podem ser emitidas diferentes categorias de unidades de participação em função de direitos ou
características especiais respeitantes às mesmas, desde que previstas nos documentos constitutivos e
assegurada a consistência com o perfil de risco e a política de investimento do organismo de
investimento coletivo.
5 - As unidades de participação de cada categoria têm conteúdo idêntico e asseguram aos seus titulares
direitos iguais.
6 - As regras relativas à criação de categorias de unidades de participação são desenvolvidas em
regulamento da CMVM.
Artigo 9.º
Participantes
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
a) Havendo acordo prévio de todos os participantes e desde que previsto nos documentos constitutivos
no caso dos organismos de investimento alternativo de subscrição particular ou exclusivamente
dirigidos a investidores qualificados;
b) Excecionalmente, e mediante autorização da CMVM, nos restantes casos.
Artigo 10.º
Espécie e tipo
Artigo 10.º
Espécie e tipo
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 10.º
Espécie e tipo
Artigo 11.º
Organismos de investimento coletivo sob forma societária
Artigo 11.º
Organismos de investimento coletivo sob forma societária
1 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária regem-se pelo presente Regime Geral
e ainda pelo disposto no Código das Sociedades Comerciais, salvo quando as normas deste se mostrem
incompatíveis com a natureza e objeto específicos destes organismos ou com o disposto no presente
Regime Geral.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, são incompatíveis com o Código das Sociedades
Comerciais, entre outras, as normas respeitantes aos seguintes aspetos:
a) Composição, aumento, redução e intangibilidade do capital social e amortização de ações;
b) Constituição de reservas;
c) Limitação de distribuição de bens aos acionistas;
d) Regras relativas à elaboração e prestação de contas;
e) Regime de fusão, cisão e transformação de sociedades; e
f) Regime de aquisição tendente ao domínio total.
3 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária podem ser heterogeridos ou
autogeridos consoante designem ou não uma terceira entidade para o exercício da respetiva gestão.
4 - Os documentos constitutivos podem prever a alteração ao tipo de gestão, desde que autorizada pela
CMVM, após parecer favorável do depositário.
5 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos são intermediários
financeiros na aceção do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de
13 de novembro.
6 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária autorizados pela CMVM devem ter
sede e administração central em Portugal.
7 - Não é aplicável aos organismos de investimento coletivo sob forma societária o regime das
sociedades abertas consagrado no Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
486/99, de 13 de novembro.
Artigo 12.º
Compartimentos patrimoniais autónomos
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patrimoniais autónomos ou integrada num compartimento patrimonial autónomo dos restantes, cujas
ações não são objeto de resgate ou reembolso.
5 - O valor das unidades de participação do compartimento patrimonial autónomo determina-se, em
cada momento, pela divisão do valor líquido global do compartimento patrimonial autónomo pelo
número de unidades de participação desse compartimento patrimonial autónomo em circulação.
6 - O organismo de investimento coletivo com compartimentos patrimoniais autónomos tem um único
prospeto, ainda que as políticas de investimento destes sejam necessariamente distintas entre si, que,
além de outras exigências previstas no presente Regime Geral, estabelece uma segregação de conteúdos
adequada que permita estabelecer a correspondência unívoca entre cada compartimento patrimonial
autónomo e a informação que a ele respeita, bem como os critérios para repartição de responsabilidades
comuns a mais do que um compartimento patrimonial autónomo.
7 - A cada compartimento patrimonial autónomo é aplicável o regime jurídico estabelecido para o
respetivo organismo de investimento coletivo, incluindo o regime das unidades de participação e os
requisitos relativos ao valor líquido global de acordo com o disposto no n.º 5 do artigo 16.º.
8 - Os documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo definem as condições aplicáveis
à transferência de unidades de participação entre compartimentos patrimoniais autónomos.
9 - São mantidas contas autónomas para cada um dos compartimentos patrimoniais autónomos.
Artigo 12.º
Compartimentos patrimoniais autónomos
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 12.º
Compartimentos patrimoniais autónomos
Artigo 13.º
Autonomia patrimonial
1 - Os organismos de investimento coletivo não respondem, em caso algum, pelas dívidas dos
participantes, das entidades que asseguram as funções de gestão, depósito e comercialização, ou de
outros organismos de investimento coletivo.
2 - Pelas dívidas relativas ao organismo de investimento coletivo responde apenas o património do
mesmo.
Artigo 14.º
Direitos dos clientes e dos participantes
1 - Os clientes interessados na subscrição de unidades de participação têm direito a que lhes seja
facultado o documento com informações fundamentais destinadas aos investidores gratuitamente.
2 - Os participantes têm direito, nomeadamente:
a) À inscrição das unidades de participação em conta de registo individualizado, depois de terem pago
integralmente o valor de subscrição, no prazo previsto nos documentos constitutivos do organismo de
investimento coletivo;
b) À informação, nos termos do presente Regime Geral;
c) A receber o montante, ou ativo, nos casos em que seja admissível o pagamento em espécie,
correspondente ao valor do resgate, do reembolso ou do produto da liquidação das unidades de
participação.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 14.º
Direitos dos clientes e dos participantes
1 - Os clientes interessados na subscrição de unidades de participação têm direito a que lhes seja
facultado o documento com informações fundamentais destinadas aos investidores gratuitamente.
2 - Os participantes têm direito, nomeadamente:
a) A receber as unidades de participação tituladas ou, adotando estas a forma escritural, à inscrição
das mesmas em conta de registo individualizado, depois de terem pago integralmente o valor de
subscrição, no prazo previsto nos documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo;
b) À informação, nos termos do presente Regime Geral;
c) A receber o montante, ou ativo, nos casos em que seja admissível o pagamento em espécie,
correspondente ao valor do resgate, do reembolso ou do produto da liquidação das unidades de
participação.
Artigo 15.º
Independência e exclusivo interesse dos participantes
Artigo 16.º
Requisitos relativos ao valor líquido global
1 - O valor líquido global dos organismos de investimento coletivo deve ser de, pelo menos:
a) (euro) 5 000 000, no caso dos OII, a partir dos primeiros 12 meses de atividade;
b) (euro) 1 250 000, no caso dos OICVM, dos OIAVM e dos OIAnF, a partir dos primeiros seis meses
de atividade;
c) (euro) 1, no caso dos OIA de subscrição particular ou dirigidos exclusivamente a investidores
profissionais, a partir do primeiro mês de atividade.
2 - Se o valor líquido global dos organismos de investimento coletivo apresentar valor inferior ao
definido no número anterior, a entidade responsável pela gestão comunica de imediato este facto à
CMVM, devendo aquela adotar as medidas necessárias à regularização da situação, não podendo a
mesma prolongar-se por um período superior a seis meses, salvo se período mais longo for autorizado
pela CMVM.
3 - Se, decorrido o período referido no número anterior, a entidade responsável pela gestão não tiver
regularizado a situação, deve promover a liquidação do organismo de investimento coletivo.
4 - [Revogado].
5 - Caso o organismo de investimento coletivo se divida em compartimentos patrimoniais autónomos
nos termos do artigo 12.º, os requisitos previstos no n.º 1 são considerados cumpridos, sempre que:
Artigo 16.º
Requisitos relativos ao valor líquido global
1 - O valor líquido global dos organismos de investimento coletivo deve ser de, pelo menos:
a) (euro)5 000 000, no caso dos OII, a partir dos primeiros 12 meses de atividade;
b) (euro)1 250 000, no caso dos OICVM, dos OIAVM e dos OIAnF, a partir dos primeiros seis meses
de atividade.
2 - Se o valor líquido global dos organismos de investimento coletivo apresentar valor inferior ao
definido no número anterior, a entidade responsável pela gestão comunica de imediato este facto à
CMVM, devendo aquela adotar as medidas necessárias à regularização da situação, não podendo a
60
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
mesma prolongar-se por um período superior a seis meses, salvo se período mais longo for autorizado
pela CMVM.
3 - Se, decorrido o período referido no número anterior, a entidade responsável pela gestão não tiver
regularizado a situação, deve promover a liquidação do organismo de investimento coletivo.
4 - Não se aplica o disposto no n.º 1 aos OIA de subscrição particular ou dirigidos exclusivamente a
investidores profissionais.
5 - Caso o organismo de investimento coletivo se divida em compartimentos patrimoniais autónomos
nos termos do artigo 12.º, os requisitos previstos no n.º 1 são considerados cumpridos, sempre que a
soma do valor líquido global de cada um desses compartimentos ultrapasse os limites mínimos aí
indicados.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 16.º
Requisitos relativos ao valor líquido global
1 - O valor líquido global dos organismos de investimento coletivo deve ser de, pelo menos:
a) (euro) 5 000 000, no caso dos organismos de investimento imobiliários, a partir dos primeiros 12
meses de atividade;
b) (euro) 1 250 000, no caso dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários, dos
organismos de investimento alternativo em valores mobiliários e dos organismos de investimento
alternativo em ativos não financeiros, a partir dos primeiros seis meses de atividade.
2 - Se o valor líquido global dos organismos de investimento coletivo apresentar valor inferior ao
definido no número anterior, a entidade responsável pela gestão comunica de imediato este facto à
CMVM, devendo aquela adotar as medidas necessárias à regularização da situação, não podendo a
mesma prolongar-se por um período superior a seis meses, salvo se período mais longo for autorizado
pela CMVM.
3 - Se, decorrido o período referido no número anterior, a entidade responsável pela gestão não tiver
regularizado a situação, deve promover a liquidação do organismo de investimento coletivo.
4 - Não se aplica o disposto no n.º 1 aos organismos de investimento alternativo de subscrição
particular ou dirigidos exclusivamente a investidores qualificados.
Artigo 17.º
Requisitos de dispersão
(Revogado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho produzindo efeitos a partir de janeiro de
2019)
Artigo 17.º
Requisitos de dispersão
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 18.º
Subscrição e resgate
a) As subscrições das unidades de participação ocorrem com um intervalo mínimo diário e máximo
correspondente às datas previstas para os resgates, adiante designado por período de subscrição, sem
prejuízo de poderem ser recebidos pedidos de subscrição a todo o tempo;
b) Os resgates das unidades de participação ocorrem com um intervalo mínimo de seis meses e máximo
de 12 meses entre si, adiante designado por período de resgate, sem prejuízo de poderem ser recebidos
pedidos de resgate a todo o tempo;
c) Os pedidos de resgate são feitos no mínimo com 6 meses e no máximo com 12 meses de antecedência
face à data do resgate;
d) O investidor pode cancelar o pedido de resgate nos 30 dias seguintes ao pedido, desde que o
cancelamento ocorra em data que anteceda o resgate pelo período previsto nos termos da alínea anterior;
e) O prazo máximo de pagamento dos pedidos de resgate é de três meses.
3 - Em casos excecionais, devidamente fundamentados pela entidade responsável pela gestão, pode a
CMVM permitir a prorrogação do prazo referido na alínea e) do número anterior.
4 - Os participantes apenas podem pedir o resgate das unidades de participação de um OII aberto
decorridos 12 meses a contar da respetiva subscrição.
5 - Nos OICVM e OIAVM abertos, as subscrições e resgates são efetuados com a periodicidade
correspondente à divulgação do valor das unidades de participação, independentemente da data do
respetivo pedido, sem prejuízo da possibilidade de os OIAVM abertos estabelecerem intervalos de
subscrição e de resgate até ao limite máximo de 6 meses.
6 - Os documentos constitutivos dos OII abertos podem estabelecer que estando em causa unidades de
participação detidas por investidores não profissionais:
a) Os resgates das unidades de participação possam ocorrer com um intervalo inferior ao previsto na
alínea b) do n.º 2, com um limite mínimo de dois meses entre si;
b) Os pedidos de resgate sejam feitos com uma antecedência inferior à prevista na alínea c) do n.º 2,
com um limite mínimo de dois meses face à data do resgate.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 18.º
Subscrição e resgate
2 - No que respeita a organismos de investimento imobiliário aberto, os termos a fixar nos documentos
constitutivos respeitam as seguintes regras:
a) As subscrições das unidades de participação ocorrem com um intervalo mínimo diário e máximo
correspondente às datas previstas para os resgates, adiante designado por período de subscrição, sem
prejuízo de poderem ser recebidos pedidos de subscrição a todo o tempo;
b) Os resgates das unidades de participação ocorrem com um intervalo mínimo de seis meses e máximo
de 12 meses entre si, adiante designado por período de resgate, sem prejuízo de poderem ser recebidos
pedidos de resgate a todo o tempo;
c) Os pedidos de resgate são feitos no mínimo com seis meses e no máximo com 12 meses de
antecedência face à data do resgate;
d) O investidor pode cancelar o pedido de resgate nos 30 dias seguintes ao pedido, desde que o
cancelamento ocorra em data que anteceda o resgate pelo período previsto nos termos da alínea
anterior;
e) O prazo máximo de pagamento dos pedidos de resgate é de três meses.
3 - Em casos excecionais, devidamente fundamentados pela entidade responsável pela gestão, pode a
CMVM permitir a prorrogação do prazo referido na alínea e) do número anterior.
4 - Os participantes apenas podem pedir o resgate das unidades de participação de um organismo de
investimento imobiliário aberto decorridos 12 meses a contar da respetiva subscrição.
5 - Nos organismos de investimento coletivo abertos, as subscrições e resgates são efetuados com a
periodicidade correspondente à divulgação do valor das unidades da participação, independentemente
da data do respetivo pedido, salvo o regime previsto no n.º 2.
6 - O valor da unidade de participação para efeitos de subscrição e de resgate ou reembolso é, de
acordo com os documentos constitutivos, o divulgado nos termos do n.º 3 do artigo 143.º em momento
posterior ao pedido.
7 - Em circunstâncias excecionais, incluindo situações de agravada falta de liquidez, e se o interesse
dos participantes o justificar, as operações de subscrição ou resgate de unidades de participação
podem ser suspensas por decisão da entidade responsável pela gestão em conformidade com o disposto
em regulamento da CMVM e nos documentos constitutivos.
8 - A entidade responsável pela gestão comunica imediatamente à CMVM a decisão de suspensão.
9 - As operações de subscrição ou resgate das unidades de participação de organismos de investimento
coletivo estabelecidos em Portugal podem igualmente ser suspensas por decisão da CMVM, no
interesse dos participantes ou no interesse público, em conformidade com o disposto em regulamento
da CMVM.
Artigo 18.º-A
Instrução de pedidos e comunicações
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 104/2017, de 30 de agosto – com início de vigência em 29 de setembro
de 2017)
CAPÍTULO II
Condições de acesso e de exercício da atividade
Artigo 19.º
Autorização e constituição
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3 - A aprovação dos documentos constitutivos rege-se pelo disposto nos n.ºs 8 e 11 do artigo 118.º do
Código dos Valores Mobiliários.
4 - Concedida a autorização referida no n.º 1, o organismo de investimento coletivo considera-se
constituído na data:
5 - A liquidação financeira das subscrições relativas a fundo de investimento fechado ocorre até ao dia
útil seguinte ao termo do período de subscrição.
6 - A data referida no n.º 4 é comunicada imediatamente à CMVM.
Artigo 19.º
Autorização e constituição
Artigo 19.º
Autorização e constituição
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 19.º
Autorização e constituição
Artigo 19.º-A
Regime de autorização
a) Em matéria de instrução do pedido, pelo disposto no n.º 1 do artigo 20.º e nas alíneas c) a j) do n.º 1
e nos n.ºs 2 e 3 do artigo 71.º-F, devendo o pedido ser subscrito pelos promotores da sociedade de
investimento coletivo;
b) Em matéria de prazo, concessão, recusa e limitação da autorização, pelo disposto nos n.ºs 3 e 5 do
artigo 22.º e nos artigos 71.º-G e 71.º-H;
c) Em matéria de revogação e suspensão da autorização, pelo disposto no n.º 2 do artigo 24.º e nos n.ºs
1 a 3 do artigo 71.º-I;
65
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
i) Nos artigos 25.º e 26.º, se estiverem em causa alterações aos elementos previstos no n.º 1 do artigo
20.º;
ii) Nos n.ºs 3 e 4 do artigo 71.º-J, nos restantes casos.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 20.º
Instrução do pedido
2 - [Revogado].
3 - [Revogado].
4 - [Revogado].
5 - A CMVM pode solicitar aos requerentes esclarecimentos, informações suplementares ou sugerir
alterações aos documentos referidos nos números anteriores que considere necessárias.
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
8 - A CMVM pode concretizar e desenvolver por regulamento os documentos instrutórios referidos no
presente artigo.
Artigo 20.º
Instrução do pedido
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 20.º
Instrução do pedido
Artigo 21.º
Apreciação e decisão
1 - Caso o pedido de autorização não se encontre instruído com todos os documentos legalmente
obrigatórios nos termos do artigo anterior, a CMVM notifica os requerentes, no prazo de 15 dias a contar
da data de receção do pedido, para suprirem as insuficiências detetadas.
2 - Os requerentes dispõem de 10 dias a contar da data da notificação para remeterem à CMVM os
elementos solicitados nos termos do número anterior, salvo se prazo mais longo for concedido pela
CMVM.
3 - Caso os requerentes não entreguem os elementos solicitados no prazo referido no número anterior,
o pedido é liminarmente rejeitado.
4 - Após o decurso do prazo referido no n.º 1 sem que a CMVM notifique os requerentes, ou após a
receção dos elementos solicitados nos termos do n.º 2, conforme aplicável, a CMVM dispõe de 20 dias
para notificar os requerentes da sua decisão.
5 - Durante o decurso dos prazos de tomada de decisão previstos no número anterior, a CMVM pode
solicitar quaisquer esclarecimentos que considere necessários, não havendo lugar à suspensão de
contagem dos referidos prazos.
6 - Na ausência de decisão da CMVM nos prazos estabelecidos no n.º 4 a autorização considera-se
concedida.
7 - [Revogado].
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Artigo 21.º
Apreciação e decisão
1 - Caso o pedido de autorização não se encontre instruído com todos os documentos legalmente
obrigatórios nos termos do artigo anterior, a CMVM notifica os requerentes, no prazo de 15 dias a
contar da data de receção do pedido, para suprirem as insuficiências detetadas.
2 - Os requerentes dispõem de 10 dias a contar da data da notificação para remeterem à CMVM os
elementos solicitados nos termos do número anterior, salvo se prazo mais longo for concedido pela
CMVM.
3 - Caso os requerentes não entreguem os elementos solicitados no prazo referido no número anterior,
o pedido é liminarmente rejeitado.
4 - Após o decurso do prazo referido no n.º 1 sem que a CMVM notifique os requerentes, ou após a
receção dos elementos solicitados nos termos do n.º 2, conforme aplicável, a CMVM dispõe de 20 dias,
ou de 40 dias, no caso de organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos, para
notificar os requerentes da sua decisão.
5 - Durante o decurso dos prazos de tomada de decisão previstos no número anterior, a CMVM pode
solicitar quaisquer esclarecimentos que considere necessários, não havendo lugar à suspensão de
contagem dos referidos prazos.
6 - Na ausência de decisão da CMVM nos prazos estabelecidos no n.º 4 a autorização considera-se
concedida.
7 - A CMVM pode limitar o âmbito da autorização de OIA sob forma societária autogerido,
nomeadamente quanto às estratégias de investimento.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho aplicando-se apenas aos pedidos de autorização
apresentados a partir de janeiro de 2019)
Artigo 21.º
Decisão
1 - A decisão da CMVM é notificada aos requerentes no prazo de 20 dias, ou de 30 dias, no caso dos
organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos, a contar da data de receção do
pedido completamente instruído.
2 - O prazo referido no número anterior suspende-se por efeito da notificação referida no n.º 6 do
artigo seguinte e pelo período aí previsto.
3 - Na ausência de decisão da CMVM no prazo estabelecido no n.º 1:
a) A autorização considera-se concedida no que respeita aos organismos de investimento coletivo em
valores mobiliários;
b) A autorização considera-se indeferida no que respeita aos organismos de investimento alternativo.
4 - A CMVM pode limitar o âmbito da autorização de organismos de investimento alternativo sob forma
societária, nomeadamente quanto às estratégias de investimento.
Artigo 22.º
Recusa de autorização
1 - A CMVM recusa a autorização de organismos de investimento coletivo que não sejam autogeridos
quando:
2 - [Revogado].
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Artigo 22.º
Recusa de autorização
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 22.º
Recusa de autorização
70
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Artigo 23.º
Caducidade e renúncia à autorização
Artigo 23.º
Caducidade e renúncia à autorização
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 23.º
Caducidade e renúncia à autorização
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Artigo 24.º
Revogação da autorização
Artigo 24.º
Revogação da autorização
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 24.º
Revogação da autorização
Artigo 25.º
Alterações subsequentes
2 - As alterações referidas no número anterior são comunicadas previamente à CMVM, podendo esta
deduzir oposição no prazo de 15 dias a contar da receção da comunicação e tornam-se eficazes 40 dias
após o decurso daquele prazo ou após a data de notificação da decisão expressa de não oposição.
3 - Ficam sujeitas a mera comunicação à CMVM, tornando-se eficazes na data de receção das mesmas,
as seguintes alterações aos documentos constitutivos:
a) Denominação, sede, contactos e endereços da entidade responsável pela gestão, do depositário, das
entidades comercializadoras, do auditor ou das entidades subcontratadas;
b) Identificação dos membros dos órgãos sociais da entidade responsável pela gestão;
c) Alteração dos titulares da maioria do capital social da entidade responsável pela gestão;
d) Relações de domínio ou de grupo referentes à entidade responsável pela gestão;
e) (Revogada.)
f) Redução dos montantes globais cobrados a título de comissões de gestão, depósito, subscrição, resgate
e transferência ou fixação de outras condições mais favoráveis;
g) Atualização de dados quantitativos;
h) Adaptações a alterações legislativas ou regulamentares;
i) Atualizações relativas a modificações ocorridas no organismo de investimento coletivo sujeitas a
comunicação à CMVM, nomeadamente as previstas nos artigos 42.º e 62.º;
j) Meras correções formais que não se enquadrem em disposição legal específica.
4 - As seguintes alterações são comunicadas previamente à CMVM, podendo esta deduzir oposição no
prazo de 15 dias a contar desta comunicação, tornando-se eficazes após o decurso deste prazo ou após
a data de notificação da decisão expressa de não oposição:
a) As alterações aos documentos constitutivos não abrangidas pelos números anteriores, nem pelos
artigos 77.º e 125.º;
b) As alterações, a cessação e a celebração de novos contratos com as entidades referidas nas alíneas b)
e c) do n.º 1 do artigo 20.º;
c) As alterações aos elementos referidos nas alíneas f) e g) do n.º 1 do artigo 20.º.
5 - A entidade gestora informa ainda a CMVM de qualquer alteração dos elementos e informações
apresentados para efeitos de instrução do pedido de autorização.
6 - Em derrogação do disposto nos números anteriores, as alterações aos documentos constitutivos e a
outros elementos e informações apresentados com o pedido de autorização de:
7 - As alterações aos documentos constitutivos são divulgadas mediante publicação da sua versão
atualizada na data da comunicação à CMVM, logo após o decurso do prazo de oposição, ou na data de
notificação da decisão expressa de não oposição, consoante o caso, sendo a entidade gestora responsável
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pelos prejuízos sofridos pelos participantes ou investidores em resultado do incumprimento deste dever
de publicação.
8 - A comunicação de qualquer alteração deve ser instruída com toda a documentação a ela respeitante.
Artigo 25.º
Alterações subsequentes
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 25.º
Alterações subsequentes
Artigo 26.º
Informação e direito dos participantes
a) O termo do prazo para a CMVM deduzir oposição ou após a notificação da decisão expressa de não
oposição, das alterações referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo anterior;
b) A data da comunicação, das alterações referidas nas alíneas c) e d) do n.º 3 do artigo anterior;
c) O termo do prazo para a CMVM conceder autorização ou após a data de notificação da decisão de
deferimento, das alterações referidas nos artigos 77.º e 125.º.
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2 - Nos casos em que se verifique um aumento global das comissões de gestão e de depósito a suportar
pelos organismos de investimento coletivo ou uma modificação significativa da política de
investimentos e da política de distribuição de rendimentos, os participantes de organismo de
investimento coletivo aberto podem, a partir da data da comunicação das alterações e até as mesmas se
tornarem eficazes, proceder ao resgate das unidades de participação sem pagar a respetiva comissão.
3 - As alterações ao regulamento de gestão das quais resulte um aumento da comissão de resgate ou um
agravamento das condições de cálculo da mesma só podem ser aplicadas relativamente às unidades de
subscrição subscritas após a data da entrada em vigor dessas alterações.
4 - O disposto nos n.ºs 1 e 2 não é aplicável aos participantes de OIA de subscrição particular ou de
organismos exclusivamente dirigidos a investidores profissionais.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 26.º
Informação e direito dos participantes
CAPÍTULO III
Vicissitudes dos organismos de investimento coletivo
SECÇÃO I
Fusão, cisão e transformação
SUBSECÇÃO I
Regras gerais
Artigo 27.º
Admissibilidade e autoridade competente
a) Comunicação prévia à CMVM, com uma antecedência de 30 dias face à produção dos seus efeitos,
se a operação envolver exclusivamente OIA de subscrição particular;
b) Comunicação subsequente à CMVM, no prazo de 15 dias face à produção dos seus efeitos, se a
operação envolver exclusivamente OIA exclusivamente dirigidos a investidores profissionais;
c) Autorização prévia da CMVM nos restantes casos.
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a) Participar em operações de fusão ou de cisão das quais resulte a modificação, total ou parcial, em
OIA;
b) Transformar-se em OIA.
5 - Os organismos de investimento coletivo objeto de fusão, cisão e transformação podem ser geridos
pela mesma entidade ou por entidades distintas.
6 - (Revogado.)
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 27.º
Admissibilidade e autoridade competente
Artigo 28.º
Regime aplicável
1 - À fusão de OIA aplicam-se as regras relativas à fusão de OICVM previstas na subsecção seguinte,
com as necessárias adaptações, nomeadamente as impostas pela espécie do OIA, e com exclusão das
regras relativas a fusões transfronteiriças.
2 - Os imóveis dos OIA objeto de fusão são avaliados previamente à operação de fusão, caso a data da
última avaliação diste mais de seis meses relativamente à data de produção de efeitos da fusão.
3 - Os participantes dos OIA fechados que tenham votado contra a respetiva fusão, transformação ou
cisão têm o direito de resgatar as respetivas unidades de participação, sem custos, até cinco dias úteis
antes da produção de efeitos da operação, sendo relevante para efeitos de resgate o valor da unidade de
participação do dia útil anterior à data de produção de efeitos da operação e aplicando-se à liquidação
financeira do resgate o disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 45.º, com as necessárias adaptações.
4 - A transformação e cisão de organismo de investimento coletivo regem-se pelas regras definidas em
regulamento da CMVM.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 28.º
Regime aplicável
SUBSECÇÃO II
Fusão de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários
Artigo 29.º
Instrução e procedimento da fusão
2 - Caso considere que o pedido não foi devidamente instruído, a CMVM solicita, no prazo de 10 dias
a contar da receção do pedido, os elementos em falta ou os esclarecimentos adicionais necessários.
3 - A CMVM analisa o possível impacto da fusão para os participantes dos organismos envolvidos, a
fim de aferir se está a ser facultada informação suficiente aos participantes.
4 - No caso de fusões transfronteiriças:
a) Sem prejuízo do disposto no artigo 35.º, os elementos referidos no n.º 1 são redigidos em português
e, caso a autoridade competente de outro Estado membro envolvido não aprove essa língua, em inglês
ou noutra língua aceite pela CMVM e pela referida autoridade competente de outro Estado membro;
b) Logo que o processo esteja completo, a CMVM envia cópias das informações referidas no n.º 1 às
autoridades competentes do Estado membro de origem do organismo incorporante.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 29.º
Instrução e procedimento da fusão
c) Declaração de cada um dos depositários envolvidos, que ateste a conformidade dos elementos
referidos nas alíneas a), f) e g) do n.º 1 do artigo 32.º com os requisitos aplicáveis e com os documentos
constitutivos dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários respetivos;
d) As informações relativas à fusão a comunicar aos participantes dos organismos de investimento
coletivo em valores mobiliários envolvidos;
e) Elementos necessários à constituição do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários,
no caso de fusão por constituição de um novo organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários em Portugal, nomeadamente os documentos constitutivos.
2 - Caso considere que o pedido não foi devidamente instruído, a CMVM solicita, no prazo de 10 dias
a contar da receção do pedido, os elementos em falta ou os esclarecimentos adicionais necessários.
3 - A CMVM analisa o possível impacto da fusão para os participantes dos organismos envolvidos, a
fim de aferir se está a ser facultada informação suficiente aos participantes.
4 - No caso de fusões transfronteiriças:
a) Sem prejuízo do disposto no artigo 35.º, as informações referidas no n.º 1 são redigidas em português
ou, caso a autoridade competente de outro Estado membro envolvido não aprove essa língua, em inglês
ou noutra língua aceite pela CMVM;
b) Logo que o processo esteja completo, a CMVM envia cópias das informações referidas no n.º 1 às
autoridades competentes do Estado membro de origem do organismo incorporante.
Artigo 30.º
Decisão e notificação
1 - A CMVM autoriza a fusão nacional, verificado o cumprimento de todos os requisitos dos artigos
29.º a 33.º
2 - No caso de fusões transfronteiriças, a autorização da CMVM depende de:
3 - No prazo de 20 dias a contar da apresentação da totalidade dos elementos referidos no artigo anterior,
a CMVM notifica da decisão de autorização ou de indeferimento da operação de fusão:
4 - Se o conteúdo dos elementos que instruem o pedido for insuficiente, a CMVM, antes de recusar a
fusão, notifica os requerentes, dando-lhes o prazo máximo de 10 dias, para suprirem a insuficiência e
para se pronunciarem quanto à apreciação da CMVM.
5 - O prazo referido no n.º 3 suspende-se por efeito da notificação referida no número anterior.
6 - Na ausência de decisão da CMVM no prazo previsto no n.º 3, a operação de fusão considera-se
deferida.
7 - Na sequência de uma fusão por constituição de um novo organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários, o organismo incorporante autorizado em Portugal encontra-se dispensado do
cumprimento do disposto nos artigos 176.º a 178.º, durante um período de seis meses a contar da data
de autorização da fusão.
8 - A autorização da fusão abrange igualmente a autorização para a constituição do novo organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários ou a aprovação das alterações dos documentos
constitutivos do organismo incorporante, consoante os casos, se este for constituído em Portugal, e tem
em conta os órgãos de administração e as entidades gestoras envolvidas, a adequação dos meios
técnicos, materiais e humanos da entidade responsável pela gestão do organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários que resultar da fusão.
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9 - Caso sejam igualmente competentes para a autorização da fusão autoridades de outros Estados
membros, deve a CMVM tomar a sua decisão em estreita colaboração com as mesmas.
Artigo 31.º
Colaboração com as autoridades competentes para a autorização
a) Avalia o possível impacto da fusão, a fim de avaliar se está a ser facultada informação suficiente aos
participantes do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários incorporante;
b) Pode solicitar, por escrito, no prazo de 15 dias a contar da receção das cópias das informações
completas relativas à fusão, que o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários
incorporante altere as informações a prestar aos respetivos participantes, informando as autoridades
competentes dos Estados membros de origem dos organismos incorporados desse facto;
c) Informa as autoridades competentes dos Estados membros de origem dos organismos de investimento
coletivo em valores mobiliários incorporados, no prazo de 20 dias a contar da receção das cópias das
informações modificadas na sequência do pedido referido na alínea anterior, sobre se considera
suficiente a versão modificada das informações a prestar aos participantes.
Artigo 32.º
Projeto de fusão
2 - Para efeitos da realização da operação de fusão, adotam-se critérios de avaliação idênticos para o
mesmo tipo de ativos e de passivos que integram o património dos organismos de investimento coletivo
em valores mobiliários envolvidos, sendo adotados, para esse fim, os critérios de avaliação
estabelecidos nos documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários que resultar da fusão.
Artigo 33.º
Controlo por auditor
a) Os critérios adotados para a avaliação do ativo e, se for caso disso, do passivo, na data de cálculo dos
termos de troca;
b) Se aplicável, o pagamento em dinheiro por unidade de participação;
c) O método de cálculo da relação de troca, bem como a relação de troca efetiva determinada na data
de cálculo dos termos de troca.
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Artigo 34.º
Disponibilização de informação aos participantes
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 34.º
Disponibilização de informação aos participantes
4 - As informações referidas no n.º 1 só são prestadas aos participantes dos organismos de investimento
coletivo em valores mobiliários envolvidos após a autorização da fusão.
5 - As informações referidas no n.º 1 devem ser disponibilizadas pelo menos 30 dias antes da data limite
para requerer o resgate ou, se aplicável, a troca das suas unidades de participação sem encargos
suplementares.
6 - Se o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários incorporado ou o organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários incorporante forem objeto de comercialização
transfronteiriça, as informações referidas no n.º 1 devem igualmente ser redigidas na língua oficial dos
Estados membros de acolhimento dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários em
causa ou noutra língua autorizada pelas respetivas autoridades competentes.
7 - A tradução das informações, a qual deve refletir fielmente o teor destas, é efetuada sob a
responsabilidade do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários ao qual incumbe
prestar as informações.
8 - O organismo de investimento coletivo em valores mobiliários incorporante disponibiliza aos
participantes do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários incorporado uma versão
atualizada do respetivo documento com informações fundamentais destinadas aos participantes, o qual,
caso tenha sido alterado para efeitos da fusão, é também fornecido aos investidores do organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários incorporante.
9 - Entre a data em que o documento de informação previsto no n.º 1 é fornecido aos participantes e a
data em que a fusão produz efeitos, o documento de informação e o documento com informações
fundamentais destinadas aos investidores atualizado respeitante ao organismo de investimento coletivo
em valores mobiliários incorporante são disponibilizados a cada novo participante que adquira ou
subscreva unidades de participação dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários
envolvidos, assim como a qualquer investidor que os solicite.
Artigo 35.º
Idioma
Artigo 36.º
Conteúdo da informação a disponibilizar
1 - As informações sobre a fusão a disponibilizar aos participantes a que se refere o n.º 1 do artigo 34.º
devem conter os seguintes elementos:
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c) Eventuais direitos especiais dos participantes relativamente à fusão, entre os quais o de receber
informações adicionais e, mediante pedido, um exemplar do relatório do auditor, o de solicitar, sem
encargos adicionais, o resgate, ou, se for o caso, a troca das suas unidades de participação, e a data limite
para o exercício desse direito, devendo para o efeito incluir:
d) Aspetos processuais relevantes e data prevista para a produção de efeitos da fusão, devendo para o
efeito incluir:
i) Indicação da intenção de suspender a negociação das unidades de participação para permitir que a
fusão prossiga de forma eficaz;
ii) No caso de fusão que envolva organismo de investimento coletivo em valores mobiliários não
autorizado em Portugal, se for relevante nos termos da respetiva legislação nacional, indicação do
procedimento através do qual os participantes devem aprovar a fusão e as medidas previstas para
informá-los do resultado.
a) O período durante o qual estes podem continuar a subscrever e a solicitar o resgate das unidades de
participação dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários incorporados;
b) O momento a partir do qual, não tendo feito uso dos seus direitos enquanto participantes dos
organismos de investimento coletivo em valores mobiliários a incorporar no prazo estipulado para o
efeito, passam a exercer os direitos enquanto participantes do organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários incorporante;
c) A informação que, caso votem contra a proposta de fusão ou que se abstenham e não exerçam os
direitos que lhes são conferidos, no prazo estipulado para o efeito, se tornam participantes do organismo
de investimento coletivo em valores mobiliários incorporante, desde que a proposta seja aprovada por
maioria.
linguagem não técnica os termos e procedimentos que caracterizam o outro organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários que difiram dos termos e procedimentos utilizados em Portugal.
Artigo 37.º
Modo e meios de prestação da informação aos participantes
1 - As informações a prestar aos participantes devem ser redigidas de modo sucinto e em linguagem não
técnica, de modo a permitir que os participantes formem um juízo informado sobre o impacto da fusão
nos seus investimentos.
2 - As informações referidas no número anterior devem ser publicadas por um dos meios previstos no
n.º 1 do artigo 163.º e comunicadas, gratuita e individualmente, aos participantes dos organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários.
3 - A informação devida aos participantes é prestada em papel ou em outro suporte duradouro.
4 - Sempre que a informação seja prestada a todos ou a alguns dos participantes através de um suporte
duradouro que não em papel, devem ser preenchidas as seguintes condições:
5 - Para efeitos dos n.ºs 3 e 4, a prestação da informação por meios eletrónicos é aceite se o participante
tiver comprovadamente acesso regular à Internet.
6 - A disponibilização, pelo participante, de um endereço eletrónico para efeitos da comunicação com
o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários é considerada um comprovativo de acesso
regular à Internet.
Artigo 38.º
Direito ao resgate
1 - Os participantes dos OICVM envolvidos na fusão têm o direito a pedir, sem outros encargos além
dos retidos pelo OICVM para cobrir os custos de desinvestimento, o resgate das respetivas unidades de
participação ou, caso seja possível, a sua troca em unidades de participação de outro OICVM com uma
política de investimento semelhante e gerido pela mesma entidade gestora, ou por qualquer outra
entidade com a qual a entidade gestora partilhe o mesmo órgão de administração ou esteja ligada por
uma relação de domínio ou por uma participação qualificada, direta ou indireta.
2 - O direito referido no número anterior pode ser exercido a partir do momento em que os participantes
dos OICVM envolvidos tenham sido informados da fusão e extingue-se cinco dias úteis antes da data
fixada para o cálculo dos termos de troca.
3 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, as operações de subscrição e resgate das unidades de
participação dos OICVM envolvidos na fusão podem ser suspensas por um período de tempo não
superior ao maior dos prazos máximos para efeito do pagamento dos pedidos de resgate previstos para
esses OICVM, imediatamente anterior à data da fusão.
4 - Para efeitos das condições aplicáveis aos pedidos de resgate apresentados após a fusão, a data de
subscrição das unidades de participação a considerar é a data em que foram subscritas as unidades de
participação dos OICVM incorporados.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 38.º
Direito ao resgate
unidades de participação ou, caso seja possível, a sua troca em unidades de participação de outro
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários com uma política de investimento
semelhante e gerido pela mesma entidade gestora, ou por qualquer outra entidade com a qual a
entidade gestora partilhe o mesmo órgão de administração ou esteja ligada por uma relação de domínio
ou por uma participação qualificada, direta ou indireta.
2 - O direito referido no número anterior pode ser exercido a partir do momento em que os participantes
dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários envolvidos tenham sido informados da
fusão e extingue-se cinco dias úteis antes da data fixada para o cálculo dos termos de troca.
3 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, as operações de subscrição e resgate das unidades
de participação dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários envolvidos na fusão
podem ser suspensas por um período de tempo não superior ao maior dos prazos máximos para efeito
do pagamento dos pedidos de resgate previstos para esses organismos de investimento coletivo em
valores mobiliários, imediatamente anterior à data da fusão.
4 - Para efeitos das condições de resgate aplicáveis aos participantes, a data de subscrição das
unidades de participação a considerar é a data em que foram subscritas as unidades de participação
dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários incorporados.
Artigo 39.º
Custos
1 - Exceto no caso das sociedades de investimento coletivo autogeridas, os custos legais, de assessoria
ou administrativos ligados à preparação e finalização da fusão não são imputados aos OICVM
envolvidos nem aos participantes de qualquer deles.
2 - Nas sociedades de investimento coletivo autogeridas que tenham um compartimento patrimonial
autónomo afeto ao exercício da sua atividade, os custos referidos no número anterior são-lhe afetos.
Artigo 39.º
Custos
1 - Exceto no caso dos organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos, os custos
legais, de assessoria ou administrativos ligados à preparação e finalização da fusão não são imputados
aos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários envolvidos nem aos participantes de
qualquer deles.
2 - Nos organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos que tenham um
compartimento patrimonial autónomo afeto ao exercício da sua atividade, os custos referidos no
número anterior são-lhe afetos.
Artigo 40.º
Data de produção de efeitos e nulidade da fusão
1 - A fusão deve produzir efeitos no prazo máximo de 90 dias após a notificação da autorização pela
CMVM, sob pena de caducidade desta.
2 - A fusão produz efeitos na data da subscrição das unidades de participação do organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários incorporante, sendo igualmente essa a data relevante para
o cálculo dos termos de troca das unidades de participação do organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários incorporado por unidades de participação do organismo de investimento coletivo
em valores mobiliários incorporante e, se aplicável, para a determinação do valor patrimonial líquido
para os pagamentos em dinheiro.
3 - A entrada em vigor da fusão deve ser imediatamente tornada pública pelos meios previstos no n.º 1
do artigo 163.º e notificada à CMVM, bem como à autoridade competente do Estado membro de origem
dos demais organismos de investimento coletivo em valores mobiliários participantes na fusão, caso
aplicável.
4 - As fusões que tenham produzido efeitos nos termos do n.º 2 não podem ser declaradas nulas.
5 - No caso das fusões transfronteiriças em que o organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários incorporante não esteja estabelecido em Portugal, as datas referidas no n.º 2 são fixadas pela
lei do Estado membro deste.
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Artigo 41.º
Efeitos da fusão
2 - No caso das fusões previstas nas subalíneas i) e ii) da alínea w) do n.º 1 do artigo 2.º, aos efeitos
previstos no número anterior acrescem os seguintes:
SECÇÃO II
Dissolução e liquidação
Artigo 42.º
Dissolução
a) Imediatamente comunicado à CMVM, nas situações previstas nas alíneas a) a e) do número anterior;
b) Objeto de publicação pelo organismo de investimento coletivo no sistema de difusão de informação
da CMVM, assim que seja notificado da decisão da CMVM, nas situações previstas nas alíneas f) e g)
do número anterior, ou imediatamente após a comunicação prevista na alínea anterior;
c) Imediatamente comunicado individualmente a cada participante pelo organismo de investimento
coletivo, nos termos do disposto nos n.ºs 3 a 6 do artigo 37.º;
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d) Objeto de aviso imediato ao público, afixado em todos os locais de comercialização das unidades de
participação, pelas respetivas entidades comercializadoras.
Artigo 42.º
Dissolução
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 42.º
Dissolução
Artigo 43.º
Liquidação, partilha e extinção
1 - A entidade responsável pela gestão é liquidatária dos organismos de investimento coletivo, salvo
disposição em contrário nos documentos constitutivos, ou designação de pessoa diferente pela CMVM,
nas situações previstas nas alíneas f) e g) do n.º 1 do artigo anterior e, em casos devidamente justificados,
nas situações previstas nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo anterior, caso em que a remuneração da
liquidatária, fixada pela CMVM, constitui encargo da entidade responsável pela gestão.
2 - Durante o período de liquidação:
a) Suspendem-se os deveres de informação sobre o valor das unidades de participação dos OICVM e
dos OIAVM;
b) Além do dever de elaboração, envio e publicação de relatórios e contas, deve ser enviada
mensalmente à CMVM uma memória explicativa da evolução do processo de liquidação, no caso de
OII;
c) O liquidatário realiza apenas as operações adequadas à liquidação, observando na alienação dos ativos
o disposto no presente Regime Geral;
d) O liquidatário não fica sujeito às normas relativas à atividade do organismo de investimento coletivo
que forem incompatíveis com o processo de liquidação;
e) O depositário mantém os seus deveres e responsabilidades.
3 - O valor final de liquidação por unidade de participação é divulgado nos cinco dias úteis subsequentes
ao seu apuramento, pelos meios previstos para a divulgação do valor das unidades de participação e da
composição da carteira do organismo de investimento coletivo.
4 - O prazo para pagamento aos participantes do produto da liquidação do organismo de investimento
coletivo, contado a partir do apuramento do valor final de liquidação referido no número anterior, não
pode exceder em cinco dias úteis o prazo previsto para efeitos de pagamento do pedido de resgate ou
reembolso, salvo se, mediante justificação devidamente fundamentada pelo liquidatário, a CMVM
autorizar um prazo superior.
5 - Durante o período da liquidação, o liquidatário de organismo de investimento coletivo fechado pode
proceder a reembolsos parciais aos participantes, mediante redução do capital, através da redução do
número de unidades de participação em circulação ou da redução do valor das mesmas, sujeita apenas
às seguintes condições:
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a) No prazo de cinco dias úteis a contar da data do encerramento da liquidação que ocorre no momento
do pagamento do produto da liquidação aos participantes;
b) No caso das sociedades de investimento coletivo, na data do registo comercial do encerramento da
liquidação.
8 - Quando o OII seja o promotor imobiliário e a garantia legal dos adquirentes dos imóveis termine em
data posterior à extinção do mesmo, fica a entidade gestora fiel depositária do valor por si considerado
razoável para suportar os custos resultantes da responsabilidade imputada ao OII.
9 - Findo o período de garantia a que o OII estava obrigado e caso não tenha sido utilizada a totalidade
do valor, deve esse saldo ser partilhado pelos participantes de acordo com a distribuição das unidades
de participação à data de encerramento da liquidação.
10 - Quando não seja possível a liquidação de um ativo ou de um elemento extrapatrimonial nos prazos
previstos para a liquidação do organismo de investimento coletivo, pode a entidade responsável pela
gestão optar pela detenção do ativo ou do elemento extrapatrimonial por conta dos participantes em
conta aberta junto do depositário, desde que estejam preenchidos, cumulativamente, os seguintes
requisitos:
i) Adotar as medidas tendentes à máxima recuperação de valor respeitante a esse ativo ou elemento
extrapatrimonial;
ii) Entregar aos participantes, à data da liquidação do referido ativo ou elemento extrapatrimonial, o
valor recuperado, na proporção da sua participação na data da liquidação do organismo de investimento
coletivo, descontados os encargos suportados tendo em vista essa recuperação, devidamente
justificados; e
iii) Remeter à CMVM, com periodicidade semestral, até ao final dos meses de junho e dezembro de
cada ano, ponto de situação e memória descritiva das diligências efetuadas nesse âmbito.
11 - A opção prevista no número anterior fica sujeita a comunicação prévia à CMVM, podendo esta, no
caso de organismos de investimento coletivo que não sejam dirigidos exclusivamente a investidores
profissionais nem de subscrição particular, deduzir oposição no prazo de 15 dias a contar da
comunicação.
12 - Se o organismo de investimento coletivo for parte em ações judiciais é aplicável, com as necessárias
adaptações, o disposto no artigo 162.º do Código das Sociedades Comerciais.
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Artigo 43.º
Liquidação, partilha e extinção
1 - A entidade responsável pela gestão é liquidatária dos organismos de investimento coletivo, salvo
disposição em contrário nos documentos constitutivos, ou designação de pessoa diferente pela CMVM,
nas situações previstas nas alíneas f) e g) do n.º 1 do artigo anterior e, em casos devidamente
justificados, nas situações previstas nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo anterior, caso em que a
remuneração da liquidatária, fixada pela CMVM, constitui encargo da entidade responsável pela
gestão.
2 - Durante o período de liquidação:
a) Suspendem-se os deveres de informação sobre o valor das unidades de participação dos OICVM e
dos OIAVM;
b) Além do dever de elaboração, envio e publicação de relatórios e contas, deve ser enviada
mensalmente à CMVM uma memória explicativa da evolução do processo de liquidação, no caso de
OII;
c) O liquidatário realiza apenas as operações adequadas à liquidação, observando na alienação dos
ativos o disposto no presente Regime Geral;
d) O liquidatário não fica sujeito às normas relativas à atividade do organismo de investimento coletivo
que forem incompatíveis com o processo de liquidação;
e) O depositário mantém os seus deveres e responsabilidades.
3 - O valor final de liquidação por unidade de participação é divulgado nos cinco dias úteis
subsequentes ao seu apuramento, pelos meios previstos para a divulgação do valor das unidades de
participação e da composição da carteira do organismo de investimento coletivo.
4 - O prazo para pagamento aos participantes do produto da liquidação do organismo de investimento
coletivo, contado a partir do apuramento do valor final de liquidação referido no número anterior, não
pode exceder em cinco dias úteis o prazo previsto para efeitos de pagamento do pedido de resgate ou
reembolso, salvo se, mediante justificação devidamente fundamentada pelo liquidatário, a CMVM
autorizar um prazo superior.
5 - Durante o período da liquidação, o liquidatário de organismo de investimento coletivo fechado pode
proceder a reembolsos parciais aos participantes, mediante redução do capital, através da redução do
número de unidades de participação em circulação ou da redução do valor das mesmas, sujeita apenas
às seguintes condições:
a) Seja assegurado o pagamento de todos os encargos imputáveis àquele, incluindo os relativos à
respetiva liquidação;
b) Haja deliberação favorável da assembleia de participantes, salvo se o regulamento de gestão a
dispensar.
6 - As contas da liquidação do organismo de investimento coletivo são enviadas à CMVM:
a) No prazo de cinco dias úteis a contar da data do encerramento da liquidação que ocorre no momento
do pagamento do produto da liquidação aos participantes;
b) No caso dos organismos de investimento coletivo sob forma societária, na data do registo comercial
do encerramento da liquidação.
7 - O organismo de investimento coletivo considera-se extinto na data:
a) Do registo comercial do encerramento da liquidação do organismo de investimento coletivo sob
forma societária;
b) Da receção pela CMVM das contas da liquidação, nos restantes casos.
8 - Quando o OII seja o promotor imobiliário e a garantia legal dos adquirentes dos imóveis termine
em data posterior à extinção do mesmo, fica a entidade gestora fiel depositária do valor por si
considerado razoável para suportar os custos resultantes da responsabilidade imputada ao OII.
9 - Findo o período de garantia a que o OII estava obrigado e caso não tenha sido utilizada a totalidade
do valor, deve esse saldo ser partilhado pelos participantes de acordo com a distribuição das unidades
de participação à data de encerramento da liquidação.
10 - Quando não seja possível a liquidação de um ativo ou de um elemento extrapatrimonial nos prazos
previstos para a liquidação do organismo de investimento coletivo, pode a entidade responsável pela
gestão optar pela detenção do ativo ou do elemento extrapatrimonial por conta dos participantes em
conta aberta junto do depositário, desde que estejam preenchidos, cumulativamente, os seguintes
requisitos:
a) O ativo a liquidar não seja um imóvel, ou uma participação em sociedade imobiliária;
b) O ativo esteja valorizado a zero;
c) A detenção não possa implicar perdas para a entidade responsável pela gestão;
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d) A impossibilidade de liquidação seja causada por ausência de adquirente ou por outra circunstância
que impeça a liquidação em termos que salvaguardem os legítimos interesses e expectativas dos
participantes;
e) Não seja previsível que a impossibilidade venha a cessar em tempo adequado;
f) A entidade responsável pela gestão assuma o compromisso, constante do relatório de liquidação, de:
i) Adotar as medidas tendentes à máxima recuperação de valor respeitante a esse ativo ou elemento
extrapatrimonial;
ii) Entregar aos participantes, à data da liquidação do referido ativo ou elemento extrapatrimonial, o
valor recuperado, na proporção da sua participação na data da liquidação do organismo de
investimento coletivo, descontados os encargos suportados tendo em vista essa recuperação,
devidamente justificados; e
iii) Remeter à CMVM, com periodicidade semestral, até ao final dos meses de junho e dezembro de
cada ano, ponto de situação e memória descritiva das diligências efetuadas nesse âmbito.
11 - A opção prevista no número anterior fica sujeita a comunicação prévia à CMVM, podendo esta,
no caso de organismos de investimento coletivo que não sejam dirigidos exclusivamente a investidores
profissionais nem de subscrição particular, deduzir oposição no prazo de 15 dias a contar da
comunicação.
12 - Se o organismo de investimento coletivo for parte em ações judiciais é aplicável, com as
necessárias adaptações, o disposto no artigo 162.º do Código das Sociedades Comerciais.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 43.º
Liquidação, partilha e extinção
1 - É liquidatária dos organismos de investimento coletivo a respetiva entidade responsável pela gestão,
salvo disposição em contrário nos documentos constitutivos, ou designação de pessoa diferente pela
CMVM, nas situações previstas nas alíneas f) e g) do n.º 1 do artigo anterior, caso em que a
remuneração do liquidatário, fixada pela CMVM, constitui encargo da entidade responsável pela
gestão.
2 - Durante o período de liquidação:
a) Suspendem-se os deveres de informação sobre o valor das unidades de participação e sobre a
composição da carteira do organismo de investimento coletivo;
b) Além do dever de elaboração, envio e publicação de relatórios e contas, deve ser enviada
mensalmente à CMVM uma memória explicativa da evolução do processo de liquidação, no caso de
organismos de investimento imobiliário;
c) O liquidatário realiza apenas as operações adequadas à liquidação, observando na alienação dos
ativos o disposto no presente Regime Geral, designadamente no n.º 4 do artigo 84.º;
d) O liquidatário não fica sujeito às normas relativas à atividade do organismo de investimento coletivo
que forem incompatíveis com o processo de liquidação;
e) O depositário mantém os seus deveres e responsabilidades.
3 - O valor final de liquidação por unidade de participação é divulgado nos cinco dias úteis
subsequentes ao seu apuramento, pelos meios previstos para a divulgação do valor das unidades de
participação e da composição da carteira do organismo de investimento coletivo.
4 - O prazo para pagamento aos participantes do produto da liquidação do organismo de investimento
coletivo, contado a partir do apuramento do valor final de liquidação referido no número anterior, não
pode exceder em cinco dias úteis o prazo previsto para efeitos de pagamento do pedido de resgate ou
reembolso, salvo se, mediante justificação devidamente fundamentada pelo liquidatário, a CMVM
autorizar um prazo superior.
5 - Durante o período da liquidação, o liquidatário de organismo de investimento coletivo fechado pode
proceder a reembolsos parciais aos participantes, por conta do valor final de liquidação por unidade
de participação, desde que:
a) Seja assegurado o pagamento de todos os encargos imputáveis àquele, incluindo os relativos à
respetiva liquidação;
b) Haja deliberação favorável da assembleia de participantes, salvo se o regulamento de gestão a
dispensar.
6 - As contas da liquidação do organismo de investimento coletivo são enviadas à CMVM:
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a) No prazo de cinco dias úteis a contar da data do encerramento da liquidação que ocorre no momento
do pagamento do produto da liquidação aos participantes;
b) No caso dos organismos de investimento coletivo sob forma societária, na data do registo comercial
do encerramento da liquidação.
7 - O organismo de investimento coletivo considera-se extinto na data:
a) Do registo comercial do encerramento da liquidação do organismo de investimento coletivo sob
forma societária;
b) Da receção pela CMVM das contas da liquidação, nos restantes casos.
8 - Quando o organismo de investimento imobiliário seja o promotor imobiliário e a garantia legal dos
adquirentes dos imóveis termine em data posterior à extinção do mesmo, fica a entidade gestora fiel
depositária do valor por si considerado razoável para suportar os custos resultantes da
responsabilidade imputada ao organismo de investimento imobiliário.
9 - Findo o período de garantia a que o organismo de investimento imobiliário estava obrigado e caso
não tenha sido utilizada a totalidade do valor, deve esse saldo ser partilhado pelos participantes de
acordo com a distribuição das unidades de participação à data de encerramento da liquidação.
Artigo 44.º
Requisitos de liquidação
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 44.º
Requisitos de liquidação
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Artigo 45.º
Prazo para liquidação
1 - Salvo disposição em contrário nos documentos constitutivos ou por autorização da CMVM, o prazo
para a liquidação, a contar da data da dissolução, não pode ser superior a:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 45.º
Prazo para liquidação
1 - Salvo disposição em contrário nos documentos constitutivos ou por autorização da CMVM, o prazo
para a liquidação, a contar da data da dissolução, não pode ser superior a:
a) 15 dias úteis, no caso de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários;
b) 30 dias úteis, no caso de organismos de investimento alternativo em valores mobiliários;
c) Dois meses, no caso de organismos de investimento em ativos não financeiros;
d) Um ano, no caso de organismos de investimento imobiliário.
2 - A CMVM pode prorrogar os prazos previstos no número anterior, a requerimento devidamente
fundamentado da entidade responsável pela gestão.
Artigo 46.º
Responsabilidade do liquidatário
Artigo 47.º
Contas de liquidação
1 - Para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 43.º, o valor final de liquidação por unidade de participação
é acompanhado de parecer favorável do auditor do organismo de investimento coletivo.
2 - As contas de liquidação referidas no n.º 6 do artigo 43.º incluem o balanço, a demonstração dos
resultados e respetivos anexos, a demonstração dos fluxos de caixa, o relatório do auditor do organismo
de investimento coletivo e o relatório de liquidação.
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 47.º
Contas de liquidação
1 - Para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 43.º, o valor final de liquidação por unidade de
participação é acompanhado de parecer favorável do auditor do organismo de investimento coletivo.
2 - As contas de liquidação referidas no n.º 6 do artigo 43.º incluem o balanço, a demonstração dos
resultados, a demonstração dos fluxos de caixa, o relatório do auditor do organismo de investimento
coletivo e o relatório de liquidação.
3 - Do relatório de liquidação consta, nomeadamente:
a) A discriminação de todas as operações efetuadas tendo em vista a liquidação, indicando
expressamente quando relativas a instrumentos financeiros admitidos ou negociados nessas estruturas
de negociação as operações que foram realizadas fora de mercado regulamentado ou de sistema de
negociação multilateral, e incluindo a identificação das contrapartes no caso destas últimas operações
e das transações relativas a imóveis;
b) A discriminação dos reembolsos parciais efetuados no período da liquidação;
c) Declaração do liquidatário no sentido de que foram acautelados todos os direitos dos participantes
do organismo de investimento coletivo.
Artigo 48.º
Reversão da liquidação
5 - Para efeitos do cálculo do montante devido nos termos do n.º 2, são aplicáveis, com as devidas
adaptações, o n.º 2 do artigo 60.º e o n.º 5 do artigo 62.º.
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 48.º
Reversão da liquidação
CAPÍTULO IV
Sociedades de investimento coletivo
(Epígrafe alterada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1
de janeiro de 2020)
CAPÍTULO IV
Organismos de investimento coletivo sob forma societária
Artigo 49.º
Tipos
Artigo 49.º
Tipos
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Artigo 50.º
Capital dos organismos de investimento coletivo sob forma societária
Artigo 50.º
Capital dos organismos de investimento coletivo sob forma societária
1 - O capital inicial mínimo dos organismos de investimento coletivo sob forma societária é de (euro)
50 000 ou de (euro) 300 000, consoante sejam heterogeridos ou autogeridos, respetivamente, e deve
estar integralmente realizado desde a sua constituição.
2 - O organismo de investimento coletivo sob forma societária pode emitir ações de categoria especial,
cujo capital fica exclusivamente afeto ao exercício da sua atividade, nos termos previstos no n.º 4 do
artigo 12.º.
3 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o capital dos organismos de investimento coletivo sob
forma societária de capital variável varia em função das subscrições e dos resgates.
4 - O capital dos organismos de investimento coletivo sob forma societária de capital fixo é definido no
momento da sua constituição, nos termos do Código das Sociedades Comerciais, com as eventuais
alterações decorrentes de aumento e de redução do capital.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 50.º
Capital dos organismos de investimento coletivo sob forma societária
1 - O capital inicial mínimo dos organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos
é de (euro) 300 000.
2 - O organismo de investimento coletivo sob forma societária pode emitir ações de categoria especial,
cujo capital fica exclusivamente afeto ao exercício da sua atividade, nos termos previstos no n.º 4 do
artigo 12.º.
3 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o capital dos organismos de investimento coletivo sob
forma societária de capital variável varia em função das subscrições e dos resgates.
4 - O capital dos organismos de investimento coletivo sob forma societária de capital fixo é definido no
momento da sua constituição, nos termos do Código das Sociedades Comerciais, com as eventuais
alterações decorrentes de aumento e de redução do capital.
Artigo 51.º
Administração, fiscalização e titulares de participações qualificadas dos organismos de
investimento coletivo sob forma societária autogeridos
Artigo 51.º
Administração, fiscalização e titulares de participações qualificadas dos organismos de
investimento coletivo sob forma societária autogeridos
1 - O órgão de administração dos organismos de investimento coletivo sob forma societária autogerido
é composto por:
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 51.º
Administração, fiscalização e titulares de participações qualificadas
1 - O órgão de administração dos organismos de investimento coletivo sob forma societária autogerido
é composto por:
a) Pessoas com idoneidade e experiência profissional comprovadas, tendo em conta, designadamente,
o tipo de atividade exercida pelo organismo de investimento coletivo sob forma societária;
b) Pelo menos, duas pessoas; e
c) Um número mínimo adequado de membros independentes.
2 - O órgão de fiscalização do organismo de investimento coletivo sob forma societária autogerido é
composto por uma maioria de membros independentes.
3 - A independência é aferida nos termos do n.º 3 do artigo 75.º, sendo ainda aplicável aos membros
do órgão de administração do organismo de investimento coletivo sob forma societária autogerido o
disposto no n.º 4 do mesmo artigo.
4 - Aos colaboradores e aos membros do órgão de administração do organismo de investimento coletivo
sob forma societária autogerido que exerçam funções de decisão e execução de investimentos é
aplicável o disposto no n.º 5 do artigo 75.º.
5 - A designação de novos membros do órgão de administração ou de fiscalização deve ser
imediatamente comunicada à CMVM, podendo esta opor-se à mesma no prazo de 15 dias.
6 - Os titulares de participações qualificadas dos organismos de investimento coletivo sob forma
societária autogeridos devem ser idóneos tendo em conta a necessidade de assegurar uma gestão sã e
prudente, devendo a identidade de novos titulares com participações qualificadas ser imediatamente
comunicada à CMVM.
7 - À apreciação dos requisitos de idoneidade e experiência profissional são aplicáveis, com as devidas
adaptações, os artigos 30.º-D e 31.º, os n.ºs 1, 2 e 11 do artigo 33.º e o artigo 103.º do Regime Geral
das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro.
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Artigo 52.º
Gestão do organismo de investimento coletivo sob forma societária
Artigo 52.º
Gestão do organismo de investimento coletivo sob forma societária
Artigo 53.º
Responsabilidade
Artigo 53.º
Responsabilidade
Artigo 54.º
Designação de entidade gestora por organismo de investimento coletivo sob forma societária
heterogerido
Artigo 54.º
Designação de entidade gestora por organismo de investimento coletivo sob forma societária
heterogerido
1 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária heterogeridos só podem designar para
o exercício da respetiva gestão as entidades previstas no artigo 65.º.
2 - A designação prevista no número anterior deve ser previamente comunicada ao Banco de Portugal.
Artigo 55.º
Contrato com a entidade gestora de organismo de investimento coletivo sob forma societária
heterogerido
Artigo 55.º
Contrato com a entidade gestora de organismo de investimento coletivo sob forma societária
heterogerido
1 - A relação entre o organismo de investimento coletivo sob forma societária heterogerido e a entidade
gestora designada para o exercício da respetiva gestão rege-se por contrato escrito, que deve conter,
designadamente, os seguintes elementos:
a) A denominação e sede da entidade gestora designada;
b) As condições de substituição da entidade gestora designada, auditor ou qualquer outro terceiro
mandatado para funções de gestão de investimentos ou de riscos;
c) A política de investimentos do organismo de investimento coletivo;
d) A política de distribuição de rendimentos;
e) A política de exercício dos direitos de voto inerentes às ações detidas;
f) A política de concessão de empréstimos de instrumentos financeiros e a política de contração de
financiamento;
g) A remuneração dos serviços prestados pela entidade gestora;
h) O valor, modo de cálculo e condições de cobrança das comissões de gestão, subscrição, resgate e
transferência de ações;
i) As regras de determinação do valor das ações e do valor de subscrição e de resgate ou reembolso;
j) O momento do dia utilizado como referência para a determinação do valor das ações;
k) As condições de subscrição e resgate ou reembolso das ações pelo valor a divulgar;
l) O número mínimo de ações que pode ser exigido em cada subscrição;
m) O prazo máximo para efeitos dos pagamentos dos pedidos de resgate ou reembolso;
n) As condições para a suspensão das operações de subscrição e resgate de ações;
o) As categorias de ações existentes e a definição dos respetivos direitos especiais, caso aplicável;
p) O modo de proceder à alteração das políticas e regras adotadas;
q) A articulação no que respeita ao tratamento de reclamações de participantes, designadamente
quanto à informação a facultar pela entidade gestora ao organismo de investimento coletivo sob forma
societária heterogerido; e
r) Os deveres de reporte da entidade gestora ao organismo de investimento coletivo sob forma
societária heterogerido.
2 - O reporte previsto na alínea r) do número anterior deve garantir ao organismo de investimento
coletivo sob forma societária heterogerido toda a informação que lhe permita a fiscalização do
cumprimento dos deveres que incumbem à entidade gestora, designadamente informação respeitante
aos seguintes elementos:
a) A forma e o momento em que a entidade gestora informa sobre a eventual subcontratação de funções
de gestão de investimentos e de gestão de riscos a entidades terceiras;
b) A forma e o momento em que a entidade gestora disponibiliza os seus documentos operacionais
internos, tais como o seu processo de gestão de riscos e os seus relatórios sobre o sistema de controlo
de cumprimento;
c) As informações que a entidade gestora comunica relativamente a quaisquer infrações cometidas pela
mesma em relação às disposições legais, aos documentos constitutivos ou ao contrato entre ambas,
assim como a forma e o prazo em que tais informações são comunicadas;
d) A política de tratamento de operações adotada pela entidade gestora;
e) Descrição dos procedimentos adotados no que respeita ao registo e conservação de documentos;
f) A política de conflito de interesses e os procedimentos adotados relativos a operações realizadas
pela entidade gestora, pelos membros dos respetivos órgãos sociais e pelos respetivos colaboradores;
g) A forma e o momento em que a entidade gestora deve notificar a suspensão temporária e o reinício
a subscrição ou resgate das ações;
h) Os mecanismos para a notificação e resolução de erros relativos à valorização das ações.
3 - O contrato referido no n.º 1 deve ainda incluir as regras relativas à coordenação entre ambas,
designadamente:
a) Caso tenham o mesmo ano contabilístico, no que respeita à elaboração dos respetivos relatórios e
contas;
b) Caso não tenham o mesmo ano contabilístico, os mecanismos aplicáveis para que o organismo de
investimento coletivo sob forma societária heterogerido possa obter da entidade gestora as informações
necessárias para a elaboração atempada dos seus relatórios e contas, de modo a assegurar que o
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auditor esteja em condições de apresentar um relatório até à data de fecho do exercício contabilístico
do organismo de investimento coletivo sob forma societária heterogerido.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 55.º
Contrato com a entidade gestora
1 - A relação entre o organismo de investimento coletivo sob forma societária heterogerido e a entidade
gestora designada para o exercício da respetiva gestão rege-se por contrato escrito, que deve conter,
designadamente, os seguintes elementos:
a) A denominação e sede da entidade gestora designada;
b) As condições de substituição da entidade gestora designada, auditor ou qualquer outro terceiro
mandatado para funções de gestão de investimentos ou de riscos;
c) A política de investimentos do organismo de investimento coletivo;
d) A política de distribuição de rendimentos;
e) A política de exercício dos direitos de voto inerentes às ações detidas;
f) A política de concessão de empréstimos de instrumentos financeiros e a política de contração de
financiamento;
g) A remuneração dos serviços prestados pela entidade gestora;
h) O valor, modo de cálculo e condições de cobrança das comissões de gestão, subscrição, resgate e
transferência de ações;
i) As regras de determinação do valor das ações e do valor de subscrição e de resgate ou reembolso;
j) O momento do dia utilizado como referência para a determinação do valor das ações;
k) As condições de subscrição e resgate ou reembolso das ações pelo valor a divulgar;
l) O número mínimo de ações que pode ser exigido em cada subscrição;
m) O prazo máximo para efeitos dos pagamentos dos pedidos de resgate ou reembolso;
n) As condições para a suspensão das operações de subscrição e resgate de ações;
o) As categorias de ações existentes e a definição dos respetivos direitos especiais, caso aplicável;
p) O modo de proceder à alteração das políticas e regras adotadas;
q) A articulação no que respeita ao tratamento de reclamações de participantes, designadamente
quanto à informação a facultar pela entidade gestora ao organismo de investimento coletivo sob forma
societária heterogerido; e
r) Os deveres de reporte da entidade gestora ao organismo de investimento coletivo sob forma
societária heterogerido.
2 - O reporte previsto na alínea r) do número anterior deve garantir ao organismo de investimento
coletivo sob forma societária heterogerido toda a informação que lhe permita a fiscalização do
cumprimento dos deveres que incumbem à entidade gestora, designadamente informação respeitante
aos seguintes elementos:
a) A forma e o momento em que a entidade gestora informa sobre a eventual subcontratação de funções
de gestão de investimentos e de gestão de riscos a entidades terceiras;
b) A forma e o momento em que a entidade gestora disponibiliza os seus documentos operacionais
internos, tais como o seu processo de gestão de riscos e os seus relatórios sobre o sistema de controlo
de cumprimento;
c) As informações que a entidade gestora comunica relativamente a quaisquer infrações cometidas pela
mesma em relação às disposições legais, aos documentos constitutivos ou ao contrato entre ambas,
assim como a forma e o prazo em que tais informações são comunicadas;
d) A política de tratamento de operações adotada pela entidade gestora;
e) Descrição dos procedimentos adotados no que respeita ao registo e conservação de documentos;
f) A política de conflito de interesses e os procedimentos adotados relativos a operações realizadas
pela entidade gestora, pelos membros dos respetivos órgãos sociais e pelos respetivos colaboradores;
g) A forma e o momento em que a entidade gestora deve notificar a suspensão temporária e o reinício
da subscrição ou resgate das ações;
h) Os mecanismos para a notificação e resolução de erros relativos à valorização das ações.
3 - O contrato referido no n.º 1 deve ainda incluir as regras relativas à coordenação entre ambas,
designadamente:
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a) Caso tenham o mesmo ano contabilístico, no que respeita à elaboração dos respetivos relatórios e
contas;
b) Caso não tenham o mesmo ano contabilístico, os mecanismos aplicáveis para que o organismo de
investimento coletivo sob forma societária heterogerido possa obter da entidade gestora as informações
necessárias para a elaboração atempada dos seus relatórios e contas, de modo a assegurar que o
auditor esteja em condições de apresentar um relatório até à data de fecho do exercício contabilístico
do organismo de investimento coletivo sob forma societária heterogerido.
Artigo 56.º
Função de fiscalização da entidade gestora de organismo de investimento coletivo sob forma
societária heterogerido
Artigo 56.º
Função de fiscalização da entidade gestora de organismo de investimento coletivo sob forma
societária heterogerido
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 56.º
Função de fiscalização da entidade gestora
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Artigo 57.º
Condições de exercício de atividade dos organismos de investimento coletivo sob forma
societária autogeridos
Artigo 57.º
Condições de exercício de atividade dos organismos de investimento coletivo sob forma societária
autogeridos
1 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos estão sujeitos, com as
necessárias adaptações, aos:
a) Requisitos de organização e exercício e aos deveres de conduta das entidades gestoras;
b) Deveres das entidades gestoras em relação ao organismo de investimento coletivo, incluindo quanto
aos ativos geridos, e quanto aos respetivos participantes;
c) Requisitos de fundos próprios aplicáveis às sociedades gestoras.
2 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos só podem gerir o seu
próprio património, não podendo, em caso algum, gerir ativos por conta de terceiros.
3 - A gestão referida no número anterior inclui os atos previstos no artigo 66.º e é remunerada nos
termos do artigo 67.º.
4 - Os OIA sob forma societária autogeridos estão ainda sujeitos ao disposto nas secções V e VII do
capítulo I do título II, devendo as referências a «sociedade gestora» ou a «entidade gestora» aí
previstas ser entendidas, para este efeito, como «OIA sob forma societária autogerido».
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 57.º
Condições de exercício de atividade dos organismos de investimento coletivo sob forma societária
autogeridos
1 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos estão sujeitos, com as
necessárias adaptações, aos:
a) Requisitos de organização e exercício e aos deveres de conduta das entidades gestoras,
nomeadamente os relativos a subcontratação e políticas de remuneração;
b) Deveres das entidades gestoras em relação ao organismo de investimento coletivo, incluindo quanto
aos ativos geridos, nomeadamente quanto à avaliação dos mesmos, e quanto aos respetivos
participantes, designadamente os relativos à informação;
c) Requisitos de fundos próprios aplicáveis às sociedades gestoras.
2 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos só podem gerir o seu
próprio património, não podendo, em caso algum, gerir ativos por conta de terceiros.
3 - A gestão referida no número anterior inclui os atos previstos no artigo 66.º e é remunerada nos
termos do artigo 67.º.
4 - Os organismos de investimento alternativo sob forma societária autogeridos estão ainda sujeitos ao
disposto nas secções VI e VIII do capítulo I do título II, devendo as referências a «sociedade gestora»
ou a «entidade gestora» aí previstas ser entendidas, para este efeito, como «organismo de investimento
alternativo sob forma societária autogerido».
Artigo 58.º
Registo dos organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos
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Artigo 58.º
Registo dos organismos de investimento coletivo sob forma societária autogeridos
O registo para o exercício da atividade do organismo de investimento coletivo sob forma societária
autogerido, nos termos previstos no Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
486/99, de 13 de novembro, depende da autorização prévia e da constituição do mesmo prevista no
artigo 19.º
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 58.º
Registo dos organismos de investimento coletivo sob forma societária
O registo para o exercício da atividade do organismo de investimento coletivo sob forma societária
autogerido, nos termos previstos no Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
486/99, de 13 de novembro, depende da autorização prévia e da constituição do mesmo prevista no
artigo 19.º
Artigo 59.º
Competência da assembleia geral dos organismos de investimento coletivo sob forma societária
de capital fixo
Artigo 59.º
Competência da assembleia geral dos organismos de investimento coletivo sob forma societária de
capital fixo
Além do disposto no artigo 61.º, a assembleia geral dos organismos de investimento coletivo sob forma
societária de capital fixo é competente para deliberar sobre as demais matérias previstas no Código
das Sociedades Comerciais, salvo quando tais regras se mostrem incompatíveis com a natureza desses
organismos de investimento ou com o disposto no presente Regime Geral.
Artigo 59.º-A
Regime aplicável às sociedades de investimento coletivo
1 - As sociedades de investimento coletivo regem-se pelo disposto no presente Regime Geral e, salvo
quando se mostre incompatível com a natureza e o objeto específicos destas sociedades ou com o
disposto no presente Regime Geral, pelo disposto no Código das Sociedades Comerciais.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, são incompatíveis com a natureza e o objeto específicos
das sociedades de investimento coletivo ou com o disposto no presente Regime Geral, entre outras, as
normas do Código das Sociedades Comerciais em matéria de:
3 - Além do disposto no artigo 61.º, a assembleia geral das sociedades de investimento coletivo é
competente para deliberar sobre as demais matérias previstas no Código das Sociedades Comerciais,
salvo quando tais matérias se mostrem incompatíveis com a natureza dessas sociedades ou com o
disposto no presente Regime Geral.
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4 - Não é aplicável às sociedades de investimento coletivo o regime das sociedades emitentes de valores
mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado consagrado no Código dos Valores
Mobiliários.
5 - A CMVM pode concretizar e desenvolver por regulamento o regime aplicável às sociedades de
investimento coletivo.
Artigo 59.º-A
Regime aplicável às sociedades de investimento coletivo
1 - As sociedades de investimento coletivo regem-se pelo disposto no presente Regime Geral e, salvo
quando se mostre incompatível com a natureza e o objeto específicos destas sociedades ou com o
disposto no presente Regime Geral, pelo disposto no Código das Sociedades Comerciais.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, são incompatíveis com a natureza e o objeto específicos
das sociedades de investimento coletivo ou com o disposto no presente Regime Geral, entre outras, as
normas do Código das Sociedades Comerciais em matéria de:
a) Composição, aumento, redução e intangibilidade do capital social e amortização de ações;
b) Constituição de reservas;
c) Limitação de distribuição de bens aos acionistas;
d) Elaboração e prestação de contas;
e) Fusão, cisão e transformação de sociedades; e
f) Aquisição tendente ao domínio total.
3 - Além do disposto no artigo 61.º, a assembleia geral das sociedades de investimento coletivo é
competente para deliberar sobre as demais matérias previstas no Código das Sociedades Comerciais,
salvo quando tais matérias se mostrem incompatíveis com a natureza dessas sociedades ou com o
disposto no presente Regime Geral.
4 - Não é aplicável às sociedades de investimento coletivo o regime das sociedades abertas previsto no
Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua
redação atual.
5 - A CMVM pode concretizar e desenvolver por regulamento o regime aplicável às sociedades de
investimento coletivo.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 59.º-B
Tipo de gestão
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 59.º-C
Requisitos gerais das sociedades de investimento coletivo
2 - As sociedades de investimento coletivo autogeridas autorizadas pela CMVM cumprem ainda, a todo
o tempo, os requisitos de fundos próprios previstos no artigo 71.º-M e o disposto na alínea g) do n.º 2
do artigo 71.º-A.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 59.º-D
Sociedades de investimento coletivo heterogeridas
3 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, à entidade gestora designada compete exercer as
funções previstas no artigo 66.º e assegurar o cumprimento dos requisitos previstos no presente Regime
Geral que sejam da responsabilidade da sociedade de investimento coletivo.
4 - À sociedade de investimento coletivo compete designar o depositário e o auditor, definir a política
de gestão e fiscalizar a atuação da entidade gestora.
5 - Os membros dos órgãos de administração e fiscalização de sociedades de investimento coletivo
heterogeridas respondem perante os acionistas e a sociedade nos seguintes termos:
a) Solidariamente entre si, pelo incumprimento ou cumprimento defeituoso dos deveres previstos no
número anterior;
b) Solidariamente com a entidade gestora, pelo dano que não se teria produzido se tivessem cumprido
os seus deveres de fiscalização.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 59.º-E
Sociedades de investimento coletivo autogeridas
a) Ao disposto nos artigos 65.º e 66.º, no n.º 1 do artigo 71.º-D e nos artigos 71.º-O e 76.º;
b) Aos requisitos de organização e exercício e aos deveres de conduta das entidades gestoras;
c) Aos deveres das entidades gestoras em relação aos organismos de investimento coletivo sob gestão,
incluindo quanto aos ativos geridos e aos respetivos participantes.
3 - As sociedades de investimento coletivo autogeridas que tenham sido autorizadas pela CMVM e se
tenham constituído como OIAVM, OIAnF ou OII são consideradas, para efeitos do disposto na secção
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V do capítulo I do título II, como entidades gestoras de OIA, autorizadas ao abrigo da Diretiva n.º
2011/61/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011.
4 - Os membros dos órgãos de administração e fiscalização das sociedades de investimento coletivo
autogeridas:
a) Respeitam os requisitos de adequação previstos no artigo 71.º-S, sendo ainda aplicável, com as
devidas adaptações, o regime previsto nos artigos 71.º-T e 71.º-U;
b) Respondem solidariamente entre si, perante os participantes e perante a sociedade de investimento
coletivo, pelo incumprimento ou cumprimento defeituoso dos deveres legais e regulamentares
aplicáveis e das obrigações decorrentes dos documentos constitutivos.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
CAPÍTULO V
Organismos de investimento alternativo fechados
Artigo 60.º
Termos da subscrição, resgate e variação do número ou valor das unidades de participação
a) As condições e os critérios relativos à subscrição inicial, cuja duração, sujeita a um limite de seis
meses, não pode ser superior a 25 % do período inicial de duração do OIA;
b) A possibilidade de aumento ou redução do capital desde que:
i) Tenham decorrido pelo menos seis meses desde a data de constituição do OIA ou desde a data de
realização do último aumento ou redução, respetivamente, excluindo-se, para este efeito, as situações
de redução referidas na primeira parte do n.º 3;
ii) O aumento ou a redução tenha sido objeto de aprovação em assembleia de participantes convocada
para o efeito, nas condições definidas no regulamento de gestão, devendo a deliberação definir
igualmente as condições do aumento, designadamente se a subscrição é reservada aos atuais
participantes;
iii) O preço de subscrição ou resgate, definido pela entidade responsável pela gestão, corresponda ao
valor da unidade de participação do dia útil anterior à data da liquidação financeira, confirmado por
parecer do auditor do organismo de investimento coletivo, que se pronuncie expressamente sobre a
avaliação do património do OIA.
2 - Para o efeito da subalínea iii) da alínea b) do número anterior, tratando-se de OIA cujas unidades de
participação sejam negociadas em mercado regulamentado ou sistema de negociação multilateral, a
entidade responsável pela gestão fixa o preço no intervalo entre o valor apurado nos termos referidos
naquela subalínea e o valor da última cotação verificada no período de referência definido nos
documentos da operação, pronunciando-se o auditor igualmente sobre o preço fixado.
3 - A redução do capital apenas se pode verificar nos casos previstos no presente Regime Geral ou em
regulamento da CMVM e em casos excecionais, devidamente justificados pela entidade responsável
pela gestão.
4 - A CMVM pode deduzir oposição, no prazo de 15 dias, ao aumento ou redução do capital, salvo no
que respeita a OIA dirigidos exclusivamente a investidores profissionais ou de subscrição particular,
caso em que tal aumento ou redução ficam apenas sujeitos a comunicação à CMVM.
5 - A CMVM pode definir, por regulamento, os termos de divulgação da informação contida no parecer
do auditor, nos relatórios de avaliação considerados para efeitos dos aumentos e reduções do capital do
organismo de investimento e noutros elementos de informação.
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 60.º
Termos da subscrição, resgate e variação do número ou valor das unidades de participação
Artigo 61.º
Assembleias de participantes
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h) A dissolução do OIA por iniciativa dos participantes, nos termos previstos na alínea c) do n.º 1 do
artigo 42.º, quando este não tenha duração determinada ou quando se pretenda que a liquidação ocorra
antes do termo da duração inicialmente prevista;
i) Outras matérias que a lei ou os documentos constitutivos façam depender de deliberação favorável da
assembleia de participantes.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 61.º
Assembleias de participantes
Artigo 62.º
Duração
1 - Os OIA fechados de duração determinada não podem exceder 20 anos, sendo permitida a sua
prorrogação, uma ou mais vezes, por período não superior ao inicial, mediante deliberação da
assembleia de participantes nesse sentido com uma antecedência de seis meses em relação ao termo da
duração do organismo.
2 - A prorrogação é imediatamente comunicada à CMVM, devendo a comunicação ser instruída com
toda a documentação a ela respeitante e com os documentos constitutivos alterados em conformidade.
3 - Sendo deliberada a prorrogação da duração do OIA os participantes que tenham votado contra a
prorrogação têm o direito de resgatar as respetivas unidades de participação sem custos, no prazo de um
mês a contar da data da deliberação.
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4 - Sendo deliberada a não prorrogação e havendo interesse dos participantes que tenham votado a favor
da prorrogação na continuidade do organismo, este pode ser prorrogado verificadas as seguintes
condições:
a) Haja deliberação favorável à prorrogação do organismo apenas com os participantes que votaram a
favor da prorrogação;
b) Haja acordo quanto à aplicação do critério fixado no número seguinte para o valor das unidades de
participação ou quanto a outro critério que a assembleia de participantes defina, bem como quanto aos
critérios de alienação dos ativos para efeito do pagamento dos resgates, caso não estejam previamente
definidos no regulamento de gestão;
c) Se verifiquem os requisitos mínimos de constituição de OIA fechado.
5 - O valor da unidade de participação, cujo resgate seja pedido ao abrigo do disposto no n.º 3,
corresponde ao do último dia do período inicialmente previsto para a duração do OIA fechado,
confirmado por parecer do auditor do organismo de investimento.
6 - O n.º 2 do artigo 60.º é igualmente aplicável para efeitos do número anterior.
7 - Os OIA fechados de duração indeterminada são autorizados se nos documentos constitutivos estiver
prevista a negociação em mercado regulamentado ou em sistema de negociação multilateral das suas
unidades de participação.
8 - O pedido de admissão ou de seleção à negociação de OIA fechados de duração indeterminada ocorre
após o fim do respetivo período de subscrição inicial, no prazo máximo de 90 dias.
9 - Os OIA fechados de duração determinada podem passar a duração indeterminada desde que:
a) Haja deliberação favorável dos participantes, com uma antecedência mínima de seis meses em relação
ao termo de duração do OIA;
b) Os documentos constitutivos sejam alterados no sentido de preverem a negociação em mercado
regulamentado ou em sistema de negociação multilateral das unidades de participação do OIA; e
c) O pedido de admissão ou de seleção à negociação das unidades de participação do OIA ocorra no
prazo máximo de 90 dias a contar da data de deliberação dos participantes.
10 - Sendo deliberada a passagem a duração indeterminada os participantes que tenham votado contra
têm o direito de resgatar as respetivas unidades de participação sem custos, no prazo de um mês a contar
da data da deliberação, sendo relevante para efeitos de resgate o valor da unidade de participação
correspondente à data de produção de efeitos da passagem a duração indeterminada, confirmado por
parecer do auditor do OIA.
11 - A passagem a duração indeterminada produz efeitos na data de admissão ou de seleção à negociação
das unidades de participação do OIA.
12 - É objeto de comunicação à CMVM, instruída com toda a documentação a ela respeitante e com os
documentos constitutivos alterados em conformidade, e imediatamente após a data da sua ocorrência
ou notificação:
13 - À liquidação financeira dos resgates das unidades de participação previstos no presente artigo
aplica-se o disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 45.º, com as devidas adaptações.
Artigo 62.º
Duração
1 - Os OIA fechados de duração determinada não podem exceder 20 anos, sendo permitida a sua
prorrogação, uma ou mais vezes, por período não superior ao inicial, mediante deliberação da
assembleia de participantes nesse sentido com uma antecedência de seis meses em relação ao termo da
duração do organismo.
2 - A prorrogação é imediatamente comunicada à CMVM, devendo a comunicação ser instruída com
toda a documentação a ela respeitante e com os documentos constitutivos alterados em conformidade.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3 - Sendo deliberada a prorrogação da duração do OIA os participantes que tenham votado contra a
prorrogação têm o direito de resgatar as respetivas unidades de participação sem custos, no prazo de
um mês a contar da data da deliberação.
4 - Sendo deliberada a não prorrogação e havendo interesse dos participantes que tenham votado a
favor da prorrogação na continuidade do organismo, este pode ser prorrogado verificadas as seguintes
condições:
a) Haja deliberação favorável à prorrogação do organismo apenas com os participantes que votaram
a favor da prorrogação;
b) Haja acordo quanto à aplicação do critério fixado no número seguinte para o valor das unidades de
participação ou quanto a outro critério que a assembleia de participantes defina, bem como quanto aos
critérios de alienação dos ativos para efeito do pagamento dos resgates, caso não estejam previamente
definidos no regulamento de gestão;
c) Se verifiquem os requisitos mínimos de constituição de OIA fechado.
5 - O valor da unidade de participação, cujo resgate seja pedido ao abrigo do disposto no n.º 2,
corresponde ao do último dia do período inicialmente previsto para a duração do OIA fechado,
confirmado por parecer do auditor do organismo de investimento.
6 - O n.º 2 do artigo 60.º é igualmente aplicável para efeitos do número anterior.
7 - Os OIA fechados de duração indeterminada são autorizados se nos documentos constitutivos estiver
prevista a negociação em mercado regulamentado ou em sistema de negociação multilateral das suas
unidades de participação.
8 - O pedido de admissão ou de seleção à negociação de OIA fechados de duração indeterminada
ocorre após o fim do respetivo período de subscrição inicial, no prazo máximo de 90 dias.
9 - Os OIA fechados de duração determinada podem passar a duração indeterminada desde que:
a) Haja deliberação favorável dos participantes, com uma antecedência mínima de seis meses em
relação ao termo de duração do OIA;
b) Os documentos constitutivos sejam alterados no sentido de preverem a negociação em mercado
regulamentado ou em sistema de negociação multilateral das unidades de participação do OIA; e
c) O pedido de admissão ou de seleção à negociação das unidades de participação do OIA ocorra no
prazo máximo de 90 dias a contar da data de deliberação dos participantes.
10 - Sendo deliberada a passagem a duração indeterminada os participantes que tenham votado contra
têm o direito de resgatar as respetivas unidades de participação sem custos, no prazo de um mês a
contar da data da deliberação, sendo relevante para efeitos de resgate o valor da unidade de
participação correspondente à data de produção de efeitos da passagem a duração indeterminada,
confirmado por parecer do auditor do OIA.
11 - A passagem a duração indeterminada produz efeitos na data de admissão ou de seleção à
negociação das unidades de participação do OIA.
12 - É objeto de comunicação à CMVM, instruída com toda a documentação a ela respeitante e com os
documentos constitutivos alterados em conformidade, e imediatamente após a data da sua ocorrência
ou notificação:
a) A deliberação dos participantes referida na alínea a) do n.º 10;
b) A decisão do pedido referido na alínea c) do n.º 10.
13 - À liquidação financeira dos resgates das unidades de participação previstos no presente artigo
aplica-se o disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 45.º, com as devidas adaptações.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 62.º
Duração
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3 - Sendo deliberada a não prorrogação e havendo interesse dos participantes que tenham votado a
favor da prorrogação na continuidade do organismo, este pode ser prorrogado verificadas as seguintes
condições:
a) Haja deliberação favorável à prorrogação do organismo apenas com os participantes que votaram
a favor da prorrogação;
b) Haja acordo quanto à aplicação do critério fixado no número seguinte para o valor das unidades de
participação ou quanto a outro critério que a assembleia de participantes defina, bem como quanto aos
critérios de alienação dos ativos para efeito do pagamento dos resgates, caso não estejam previamente
definidos no regulamento de gestão;
c) Se verifiquem os requisitos mínimos de constituição de organismo de investimento alternativo
fechado.
4 - O valor da unidade de participação, cujo resgate seja pedido ao abrigo do disposto no n.º 2,
corresponde ao do último dia do período inicialmente previsto para a duração do organismo de
investimento alternativo fechado, confirmado por parecer do auditor do organismo de investimento.
5 - O n.º 2 do artigo 60.º é igualmente aplicável para efeitos do número anterior.
6 - À liquidação financeira do resgate das unidades de participação aplica-se o disposto nos n.ºs 1 e 2
do artigo 45.º, com as devidas adaptações.
7 - Os organismos de investimento alternativo fechados de duração indeterminada são autorizados se
nos documentos constitutivos estiver prevista a negociação em mercado regulamentado ou em sistema
de negociação multilateral das suas unidades de participação.
8 - O pedido de admissão ou de seleção à negociação de organismos de investimento alternativo
fechados de duração indeterminada ocorre após o fim do respetivo período de subscrição inicial, no
prazo máximo de 90 dias.
Artigo 63.º
Subscrição pública
Nos casos em que a constituição do organismo de investimento alternativo fechado constitui oferta
pública nos termos do disposto no título III do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-
Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, a aprovação do prospeto de oferta pública implica a aprovação do
organismo de investimento alternativo fechado pela CMVM nos termos do presente Regime Geral.
Artigo 64.º
Sujeição ao regime de subscrição particular
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TÍTULO II
Das entidades relacionadas com os organismos de investimento coletivo
CAPÍTULO I
Entidades gestoras
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 65.º
Entidades gestoras
1 - O organismo de investimento coletivo heterogerido é gerido a título profissional por uma entidade
gestora elegível nos termos do artigo 71.º-A.
2 - [Revogado].
3 - A entidade gestora responde pelos danos causados aos participantes em virtude do incumprimento
ou cumprimento defeituoso dos deveres que lhe sejam impostos por lei, por regulamento ou pelos
documentos constitutivos, presumindo-se, em qualquer caso, a sua culpa.
4 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a entidade gestora compensa os participantes, nos
termos e condições definidos em regulamento da CMVM, pelos prejuízos causados em consequência
de situações a si imputáveis, designadamente:
Artigo 65.º
Entidades gestoras
1 - O organismo de investimento coletivo que não seja autogerido pode ser gerido por:
a) Sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário, caso seja um OICVM, um OIAVM, um
OIAnF ou um OII;
b) Sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário, caso seja um OII.
2 - Os OIA fechados podem ainda ser geridos por instituições de crédito referidas nas alíneas a) a d)
do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que disponham de fundos próprios não inferiores a
(euro) 7 500 000, desde que os ativos que compõem as carteiras dos OIA fechados sob gestão destas
não excedam, no total, o limiar de:
a) (euro) 100 000 000, quando as carteiras incluam ativos adquiridos através do recurso ao efeito de
alavancagem;
b) (euro) 500 000 000, quando os OIA não recorram ao efeito de alavancagem.
3 - A entidade gestora responde, perante os participantes, pelo incumprimento ou cumprimento
defeituoso dos deveres legais e regulamentares aplicáveis e das obrigações decorrentes dos
documentos constitutivos dos organismos de investimento coletivo.
4 - A entidade gestora indemniza os participantes, nos termos e condições definidos em regulamento
da CMVM, pelos prejuízos causados em consequência de situações a si imputáveis, designadamente:
a) Erros e irregularidades na avaliação ou na imputação de operações à carteira do organismo de
investimento coletivo;
b) Erros e irregularidades no processamento das subscrições e resgates;
c) Cobrança de quantias indevidas.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 65.º
Entidades gestoras
1 - O organismo de investimento coletivo que não seja autogerido pode ser gerido por:
a) Sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário, caso seja um organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários, um organismo de investimento alternativo em valores mobiliários, um
organismo de investimento em ativos não financeiros ou um organismo de investimento imobiliário;
b) Sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário, caso seja um organismo de investimento
imobiliário.
2 - Os organismos de investimento alternativo fechados podem ainda ser geridos por instituições de
crédito referidas nas alíneas a) a d) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que disponham de
fundos próprios não inferiores a (euro) 7 500 000, desde que os ativos que compõem as carteiras dos
organismos de investimento alternativo sob gestão destas não excedam, no total, o limiar de:
a) (euro) 100 000 000, quando as carteiras incluam ativos adquiridos através do recurso ao efeito de
alavancagem;
b) (euro) 500 000 000, quando os organismos de investimento alternativo não recorram ao efeito de
alavancagem.
3 - A entidade gestora responde, perante os participantes, pelo incumprimento ou cumprimento
defeituoso dos deveres legais e regulamentares aplicáveis e das obrigações decorrentes dos
documentos constitutivos dos organismos de investimento coletivo.
4 - A entidade gestora indemniza os participantes, nos termos e condições definidos em regulamento
da CMVM, pelos prejuízos causados em consequência de situações a si imputáveis, designadamente:
a) Erros e irregularidades na avaliação ou na imputação de operações à carteira do organismo de
investimento coletivo;
b) Erros e irregularidades no processamento das subscrições e resgates;
c) Cobrança de quantias indevidas.
(Redação do Decreto-Lei n.º 124/2015, de 7 de julho – com início de vigência em 8 de julho de 2015)
Artigo 65.º
Entidades gestoras
1 - O organismo de investimento coletivo que não seja autogerido pode ser gerido por:
a) Sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário, caso seja um organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários, um organismo de investimento alternativo em valores mobiliários, um
organismo de investimento em ativos não financeiros ou um organismo de investimento imobiliário;
b) Sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário, caso seja um organismo de investimento
imobiliário.
2 - Os organismos de investimento alternativo fechados em valores mobiliários fechados e os
organismos de investimento alternativo em ativos não financeiros podem ainda ser geridos por
instituições de crédito referidas nas alíneas a) a d) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições de
Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que
disponham de fundos próprios não inferiores a (euro) 7 500 000, desde que os ativos que compõem as
carteiras dos organismos de investimento alternativo sob gestão destas não excedam, no total, o limiar
de:
a) (euro) 100 000 000, quando as carteiras incluam ativos adquiridos através do recurso ao efeito de
alavancagem;
b) (euro) 500 000 000, quando os organismos de investimento alternativo não recorram ao efeito de
alavancagem.
3 - A entidade gestora responde, perante os participantes, pelo incumprimento ou cumprimento
defeituoso dos deveres legais e regulamentares aplicáveis e das obrigações decorrentes dos
documentos constitutivos dos organismos de investimento coletivo.
4 - A entidade gestora indemniza os participantes, nos termos e condições definidos em regulamento
da CMVM, pelos prejuízos causados em consequência de situações a si imputáveis, designadamente:
a) Erros e irregularidades na avaliação ou na imputação de operações à carteira do organismo de
investimento coletivo;
b) Erros e irregularidades no processamento das subscrições e resgates;
c) Cobrança de quantias indevidas.
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Artigo 66.º
Funções das entidades gestoras
2 - No exercício das funções respeitantes à gestão de OIA, à entidade gestora compete ainda, no que
respeita aos ativos deste, nomeadamente:
3 - A entidade gestora só pode ser autorizada a prestar as atividades previstas nas alíneas b) e c) do n.º
1 e no n.º 2 se estiver autorizada para o exercício da atividade referida na alínea a) do n.º 1.
4 - A entidade gestora pode assegurar, sem necessidade de autorização da CMVM, o registo
individualizado das unidades de participação dos organismos de investimento coletivo sob gestão
quando assegure a respetiva comercialização, desde que as unidades de participação estejam integradas
em sistema centralizado.
5 - Quando a entidade gestora assegure o registo referido no número anterior fica sujeita às regras
aplicáveis ao registo individualizado de valores mobiliários previstas no Código dos Valores
Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual, e respetiva
regulamentação.
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Artigo 66.º
Funções das entidades gestoras
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 66.º
Funções das entidades gestoras
Artigo 67.º
Remuneração
SECÇÃO II
Condições de acesso à atividade por parte de entidades gestoras
Artigo 68.º
Atividades permitidas à sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário
Artigo 68.º
Atividades permitidas à sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário
1 - A sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário tem por atividade habitual a gestão,
alternativa ou cumulativamente, de OICVM, OIAVM e de OIAnF.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a sociedade gestora de fundos de investimento
mobiliário cuja atividade habitual seja a gestão de OICVM pode ainda, mediante registo prévio na
CMVM, exercer as seguintes atividades:
a) Gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, incluindo as
correspondentes a fundos de pensões e instituições de realização de planos de pensões profissionais,
com base em mandato conferido pelos participantes, a exercer nos termos doDecreto-Lei n.º 163/94,
de 4 de junho, desde que as carteiras incluam instrumentos financeiros enumerados na secção C do
anexo I da Diretiva n.º 2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014;
b) Consultoria para investimento relativa aos instrumentos financeiros a que se refere a alínea
anterior;
c) Registo e depósito de unidades de participação de organismos de investimento coletivo.
3 - Quando a atividade habitual da sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário abranja a
gestão de OIAVM ou de OIAnF:
a) As atividades referidas nas alíneas a) e b) do número anterior podem respeitar a outros ativos;
b) A sociedade pode ainda exercer a atividade de receção e transmissão de ordens relativas a
instrumentos financeiros.
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(Redação da Lei n.º 35/2018, de 20 de julho – com início de vigência em 1 de agosto de 2018)
Artigo 68.º
Atividades permitidas à sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário
1 - A sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário tem por atividade habitual a gestão,
alternativa ou cumulativamente, de OICVM, OIAVM e de OIAnF.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a sociedade gestora de fundos de investimento
mobiliário cuja atividade habitual seja a gestão de OICVM pode ainda, mediante registo prévio na
CMVM, exercer as seguintes atividades:
a) Gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, incluindo as
correspondentes a fundos de pensões e instituições de realização de planos de pensões profissionais,
com base em mandato conferido pelos participantes, a exercer nos termos doDecreto-Lei n.º 163/94,
de 4 de junho, desde que as carteiras incluam instrumentos financeiros enumerados na secção C do
anexo I da Diretiva n.º 2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014;
b) Consultoria para investimento relativa aos instrumentos financeiros a que se refere a alínea
anterior;
c) Registo e depósito de unidades de participação de organismos de investimento coletivo.
3 - Quando a atividade habitual da sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário abranja a
gestão de OIAVM ou de OIAnF:
a) As atividades referidas nas alíneas a) e b) do número anterior podem respeitar a outros ativos;
b) A sociedade pode ainda exercer a atividade de receção e transmissão de ordens relativas a
instrumentos financeiros.
4 - A sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário só pode ser autorizada a exercer as
atividades referidas nas alíneas b) e c) do nº 2 ou da alínea b) do número anterior a título acessório se
estiver autorizada para o exercício da atividade referida na alínea a) do n.º 2.
5 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, a sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário pode
ainda gerir acessoriamente:
a) Organismos de investimento em capital de risco, fundos de investimento em empreendedorismo
social e organismos de investimento alternativo especializado, nos termos previstos no respetivo regime
jurídico;
b) Outros organismos de investimento coletivo previstos em legislação da União Europeia cuja gestão
possa ser realizada por entidades autorizadas ao abrigo da Diretiva n.º2009/65/CE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 13 de julho de 2009, ou da Diretiva n.º 2011/61/UE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 8 de junho de 2011;
c) OII.
6 - No exercício da atividade referida na alínea a) do n.º 2, a sociedade gestora de fundos de
investimento mobiliário não pode investir a totalidade ou parte da carteira de um cliente em unidades
de participação de um organismo de investimento coletivo sob sua gestão, salvo com o consentimento
prévio daquele, que pode ser dado em termos genéricos.
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 68.º
Atividades permitidas à sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário
1 - A sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário tem por atividade habitual a gestão,
alternativa ou cumulativamente, de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários,
organismos de investimento alternativo em valores mobiliários e de organismos de investimento em
ativos não financeiros.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a sociedade gestora de fundos de investimento
mobiliário cuja atividade habitual seja a gestão de organismos de investimento coletivo em valores
mobiliários pode ainda, mediante registo prévio na CMVM, exercer as seguintes atividades:
a) Gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, incluindo as
correspondentes a fundos de pensões e instituições de realização de planos de pensões profissionais,
com base em mandato conferido pelos participantes, a exercer nos termos do Decreto-Lei n.º 163/94,
de 4 de junho, alterado pelos Decretos-Leis n.º 17/97, de 21 de janeiro, e n.º 99/98, de 21 de abril,
desde que as carteiras incluam instrumentos financeiros enumerados na secção C do anexo I da
Diretiva n.º 2004/39/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de abril de 2004;
b) Consultoria para investimento relativa aos instrumentos financeiros a que se refere a alínea
anterior;
c) Registo e depósito de unidades de participação de organismos de investimento coletivo.
3 - Quando a atividade habitual da sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário abranja a
gestão de organismos de investimento alternativo em valores mobiliários ou de organismos de
investimento em ativos não financeiros:
a) As atividades referidas nas alíneas a) e b) do número anterior podem respeitar a outros ativos;
b) A sociedade pode ainda exercer a atividade de receção e transmissão de ordens relativas a
instrumentos financeiros.
4 - A sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário só pode ser autorizada a exercer as
atividades referidas nas alíneas b) e c) do n.º 2 ou da alínea b) do número anterior a título acessório
se estiver autorizada para o exercício da atividade referida na alínea a) do n.º 2.
5 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, a sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário pode
ainda gerir acessoriamente:
a) Organismos de investimento em capital de risco, organismos de investimento em empreendedorismo
social, e organismos de investimento alternativo especializado, nos termos previstos no respetivo
regime jurídico, e fundos previstos em legislação da União Europeia cujo investimento abranja os
ativos elegíveis para organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e organismos de
investimento em capital de risco;
b) Organismos de investimento imobiliário.
Artigo 69.º
Atividades permitidas à sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário
Artigo 69.º
Atividades permitidas à sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário
A sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário tem por atividade habitual a atividade de
gestão de organismos de investimento imobiliário, podendo ainda:
a) Prestar serviços de consultoria para investimento imobiliário, incluindo a realização de estudos e
análises relativos ao mercado imobiliário; e
b) Proceder à gestão individual de patrimónios imobiliários em conformidade com as disposições legais
e regulamentares aplicáveis à gestão de carteiras por conta de outrem.
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Artigo 70.º
Registo das atividades das sociedades gestoras de fundos de investimento
Artigo 70.º
Registo das atividades das sociedades gestoras de fundos de investimento
1 - Os pedidos de registo das atividades das sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário
e das sociedades gestoras de fundos de investimento imobiliário, apresentados ao abrigo do disposto
no artigo 298.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado peloDecreto-Lei n.º 486/99, de 13 de
novembro, devem conter, além de outros elementos previstos em disposições legais ou regulamentares,
as seguintes informações sobre cada organismo de investimento coletivo que a sociedade pretende
gerir:
a) Informações sobre as estratégias de investimento, incluindo os tipos de organismos subjacentes se o
organismo de investimento coletivo investir noutros organismos de investimento coletivo, e a política
da sociedade gestora no que diz respeito à utilização do efeito de alavancagem, sobre os perfis de risco
e outras características, incluindo informação sobre os Estados membros ou países terceiros nos quais
esses organismos de investimento coletivo estejam estabelecidos ou se espera que sejam estabelecidos;
b) Informações sobre o local onde o organismo de investimento coletivo de tipo principal está
estabelecido, caso o organismo de investimento coletivo seja do tipo alimentação;
c) Os documentos constitutivos;
d) Informações sobre os mecanismos previstos para a contratação do depositário;
e) As informações adicionais a que se refere o n.º 1 do artigo 221.º, quando aplicável.
2 - A CMVM pode limitar o âmbito da atividade de gestão de OIA, nomeadamente no que respeita a
estratégias de investimento.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 70.º
Registo das sociedades gestoras de fundos de investimento
Artigo 71.º
Fundos próprios
Artigo 71.º
Fundos próprios
1 - Quando o valor líquido global das carteiras sob gestão das sociedades gestoras de fundos de
investimento mobiliário e sociedades gestoras de fundos de investimento imobiliário exceder (euro) 250
000 000, as mesmas são obrigadas a constituir um montante suplementar de fundos próprios igual a
0,02 % do montante em que o valor líquido global das carteiras sob gestão exceda tal montante.
2 - As sociedades gestoras referidas no número anterior podem ser autorizadas a não constituir até
50% do montante suplementar de fundos próprios a que se refere o número anterior se beneficiarem
de uma garantia do mesmo montante prestada por uma instituição de crédito ou uma empresa de
seguros com sede na União Europeia.
3 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a soma do capital inicial com o montante suplementar
de fundos próprios exigidos não pode ser superior a (euro) 10 000 000.
4 - Independentemente do montante dos requisitos referidos nos números anteriores, os fundos próprios
das sociedades gestoras referidas no n.º 1 não podem ser inferiores ao montante previsto no n.º 1 do
artigo 97.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho.
5 - Para os efeitos do disposto no n.º 1, entende-se por carteira sob gestão:
a) Qualquer organismo de investimento coletivo gerido pela sociedade gestora, incluindo os
organismos de investimento coletivo em relação aos quais subcontratou as funções de gestão e
excluindo os organismos de investimento coletivo que gere por subcontratação;
b) Qualquer organismo de investimento coletivo sob forma societária para o qual a sociedade gestora
seja a entidade designada para a respetiva gestão.
6 - Caso os fundos próprios das sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário ou das
sociedades gestoras de fundos de investimento imobiliário apresentem um montante inferior a (euro)
125 000 ou àquele imposto pelo disposto no n.º 1, o Banco de Portugal, mediante pedido devidamente
fundamentado, pode conceder um prazo razoável para a retificação da situação ou para a cessação da
atividade se as circunstâncias o justificarem.
7 - A fim de cobrir eventuais riscos de responsabilidade profissional decorrentes de atividades que as
sociedades gestoras previstas no n.º 1 podem exercer nos termos do presente Regime Geral, as
sociedades gestoras que se dediquem exclusiva ou cumulativamente à gestão de OIA devem, nos termos
previstos no Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de
2012:
a) Deter fundos próprios suplementares suficientes para cobrir eventuais riscos resultantes de
responsabilidade civil profissional, a título de negligência; ou
b) Celebrar um seguro de responsabilidade civil profissional suficiente que cubra a responsabilidade
por atos de negligência profissional e que seja adequado aos riscos cobertos.
8 - Os fundos próprios mínimos e suplementares previstos nos números anteriores devem ser investidos
em ativos líquidos e não devem incluir posições especulativas.
9 - As sociedades gestoras que exerçam as atividades referidas na alínea a) do n.º 2 do artigo 68.º e na
alínea b) do artigo 69.º ficam ainda sujeitas, no que se refere à sua atividade, ao regime de supervisão
prudencial aplicável às empresas de investimento.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 71.º
Fundos próprios
1 - Quando o valor líquido global das carteiras sob gestão das sociedades gestoras de fundos de
investimento mobiliário e sociedades gestoras de fundos de investimento imobiliário exceder (euro) 250
000 000, as mesmas são obrigadas a constituir um montante suplementar de fundos próprios igual a
0,02 % do montante em que o valor líquido global das carteiras sob gestão exceda tal montante.
2 - As sociedades gestoras referidas no número anterior podem ser autorizadas a não constituir até 50
% do montante suplementar de fundos próprios a que se refere o número anterior se beneficiarem de
uma garantia do mesmo montante prestada por uma instituição de crédito ou uma empresa de seguros
com sede na União Europeia.
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3 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a soma do capital inicial com o montante suplementar
de fundos próprios exigidos não pode ser superior a (euro) 10 000 000.
4 - Independentemente do montante dos requisitos referidos nos números anteriores, os fundos próprios
das sociedades gestoras referidas no n.º 1 não podem ser inferiores ao montante previsto no n.º 1 do
artigo 97.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho.
5 - Para os efeitos do disposto no n.º 1, entende-se por carteira sob gestão:
a) Qualquer organismo de investimento coletivo gerido pela sociedade gestora, incluindo os
organismos de investimento coletivo em relação aos quais subcontratou as funções de gestão e
excluindo os organismos de investimento coletivo que gere por subcontratação;
b) Qualquer organismo de investimento coletivo sob forma societária para o qual a sociedade gestora
seja a entidade designada para a respetiva gestão.
6 - Caso os fundos próprios das sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário ou das
sociedades gestoras de fundos de investimento imobiliário apresentem um montante inferior a (euro)
125 000 ou àquele imposto pelo disposto no n.º 1, o Banco de Portugal, mediante pedido devidamente
fundamentado, pode conceder um prazo razoável para a retificação da situação ou para a cessação da
atividade se as circunstâncias o justificarem.
7 - A fim de cobrir eventuais riscos de responsabilidade profissional decorrentes de atividades que as
sociedades gestoras previstas no n.º 1 podem exercer nos termos do presente Regime Geral, as
sociedades gestoras que se dediquem exclusiva ou cumulativamente à gestão de organismos de
investimento alternativo devem, nos termos previstos no Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da
Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012:
a) Deter fundos próprios suplementares suficientes para cobrir eventuais riscos resultantes de
responsabilidade civil profissional, a título de negligência; ou
b) Celebrar um seguro de responsabilidade civil profissional suficiente que cubra a responsabilidade
por atos de negligência profissional e que seja adequado aos riscos cobertos.
8 - Os fundos próprios, incluindo eventuais fundos próprios suplementares referidos na alínea a) do
número anterior, devem ser investidos em ativos líquidos e não devem incluir posições especulativas.
9 - As sociedades gestoras que exerçam as atividades referidas na alínea a) do n.º 2 do artigo 68.º e na
alínea b) do artigo 69.º ficam ainda sujeitas, no que se refere à sua atividade, ao regime de supervisão
prudencial aplicável às empresas de investimento.
SUBSECÇÃO I
Elegibilidade
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em
1 de janeiro de 2020)
Artigo 71.º-A
Reserva de atividade e requisitos gerais
3 - A expressão e a abreviatura referidas na alínea b) do número anterior, ou outras que com elas se
confundam, não podem ser usadas por outras entidades.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
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Artigo 71.º-B
Atividades permitidas
1 - As SGOIC têm por objeto principal e exclusivo o exercício profissional da atividade de gestão de
organismos de investimento coletivo, nos termos previstos no artigo 66.º.
2 - A atividade de gestão de organismos de investimento coletivo abrange, individual ou
cumulativamente:
a) A atividade de gestão de OICVM, caso em que a SGOIC é autorizada, para todos os efeitos, como
entidade gestora de OICVM ao abrigo da Diretiva 2009/65/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 13 de julho de 2009;
b) A atividade de gestão de OIA, caso em que a SGOIC é autorizada, para todos os efeitos, como
entidade gestora de OIA ao abrigo da Diretiva 2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
8 de junho de 2011.
3 - A atividade de gestão de OIA referida na alínea b) do número anterior pode abranger, consoante o
âmbito da autorização, a gestão de:
a) OIAVM;
b) OIAnF;
c) OII;
d) Organismos de investimento em capital de risco, fundos de investimento em empreendedorismo
social e organismos de investimento alternativo especializado, nos termos previstos no respetivo regime
jurídico;
e) Fundos de titularização de créditos, nos termos previstos no respetivo regime jurídico;
f) Outros organismos de investimento coletivo previstos em legislação da União Europeia cuja gestão
possa ser realizada por entidades autorizadas ao abrigo da Diretiva 2011/61/UE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 8 de junho de 2011;
g) Outros OIA regulados por legislação especial, salvo se tal atividade for reservada a outras entidades.
i) Consultoria para investimento relativa aos instrumentos financeiros a que se refere a alínea a);
ii) Registo e depósito de unidades de participação de organismos de investimento coletivo.
5 - Em derrogação do disposto no n.º 1, as SGOIC autorizadas como entidades gestoras de OIA podem
ainda ser autorizadas a exercer a título profissional:
6 - No exercício das atividades referidas na alínea a) do n.º 4 e na alínea a) do n.º 5, a SGOIC não pode
investir a totalidade ou parte da carteira de um cliente em unidades de participação de um organismo de
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investimento coletivo sob sua gestão, salvo com o consentimento prévio daquele cliente, que pode ser
dado em termos genéricos.
7 - A SGOIC autorizada para o exercício da atividade referida na subalínea i) da alínea b) do n.º 5 pode
exercer a atividade de consultoria relativamente a depósitos estruturados, mediante comunicação prévia
à CMVM.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-C
Operações vedadas
Às SGOIC é vedado:
a) Contrair empréstimos e conceder crédito, incluindo a prestação de garantias, por conta própria;
b) Efetuar, por conta própria, vendas a descoberto de instrumentos financeiros;
c) Adquirir, por conta própria, unidades de participação de organismos de investimento coletivo, com
exceção daqueles que sejam enquadráveis no tipo de organismo de investimento coletivo de mercado
monetário, designadamente os previstos no Regulamento (UE) 2017/1131, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 14 de junho de 2017, e que não sejam por si geridos;
d) Adquirir, por conta própria, outros instrumentos financeiros de qualquer natureza, com exceção dos
títulos de dívida pública emitidos por países da zona euro e por instrumentos do mercado monetário
previstos no artigo 169.º;
e) Adquirir imóveis além do indispensável à prossecução direta da sua atividade e até à concorrência
dos seus fundos próprios.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-D
Regime aplicável à atividade de comercialização e às atividades adicionais e acessórias
1 - No exercício das funções previstas na alínea c) do n.º 1 do artigo 66.º, as SGOIC estão sujeitas aos
princípios, condições, termos, requisitos e deveres previstos no Código dos Valores Mobiliários,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual, para a comercialização
de instrumentos financeiros por intermediários financeiros através do exercício das atividades de
colocação com ou sem garantia ou de receção e transmissão de ordens por conta de outrem,
designadamente quanto às matérias seguintes, desde que não contrariem o disposto no presente Regime
Geral:
2 - No exercício das funções previstas nos n.ºs 4 e 5 do artigo 71.º-B, as SGOIC estão sujeitas à
regulamentação da legislação da União Europeia relativa aos mercados de instrumentos financeiros, e
ainda às normas do Código dos Valores Mobiliários, na medida em que sejam aplicáveis às funções
concretamente exercidas, quanto às matérias de:
Artigo 71.º-D
Regime aplicável à atividade de comercialização e às atividades adicionais e acessórias
1 - No exercício das funções previstas na alínea c) do n.º 1 do artigo 66.º, as SGOIC estão sujeitas aos
princípios, condições, termos, requisitos e deveres previstos no Código dos Valores Mobiliários,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual, para a
comercialização de instrumentos financeiros por intermediários financeiros através do exercício das
atividades de colocação com ou sem garantia ou de receção e transmissão de ordens por conta de
outrem, designadamente quanto às matérias seguintes, desde que não contrariem o disposto no presente
Regime Geral:
a) Salvaguarda dos bens dos clientes;
b) Informação a disponibilizar aos clientes efetivos e potenciais;
c) Avaliação do caráter adequado da operação;
d) Categorização de investidores;
e) Contratos de intermediação;
f) Receção de ordens.
2 - No exercício das funções previstas nos n.ºs 4 e 5 do artigo 71.º-B, as SGOIC estão sujeitas à
regulamentação e atos delegados da Diretiva n.º 2014/65/UE do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 15 de maio de 2014, e ainda às normas do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-
Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na medida em que sejam aplicáveis às funções concretamente
exercidas, quanto às matérias de:
a) Disposições gerais, ao disposto nos n.ºs 1, 2 e 5 do artigo 304.º e no artigo 304.º-C;
b) Organização interna, ao disposto nas alíneas a) e b) do n.º 1 e no n.º 3 do artigo 305.º e nos artigos
305.º-A, 305.º-B, 305.º-C e 305.º-D;
c) Salvaguarda dos bens e clientes, ao disposto nos artigos 306.º, 306.º-A, 306.º-B, 306.º-C, 306.º-E,
306.º-F e 306.º-G;
d) Contabilidade, registo e conservação de documentos, ao disposto nas alíneas b) e c) do n.º 5 do
artigo 307.º, no artigo 307.º-A e nas alíneas a) a c) do n.º 1 do artigo 307.º-B;
e) Subcontratação, ao disposto no artigo 308.º;
f) Conflitos de interesses, ao disposto nos artigos 309.º e 309.º-A;
g) Aprovação de produção e distribuição de instrumentos financeiros, ao disposto nos artigos 309.º-J,
309.º-K, 309.º-L, 309.º-M e 309.º-N;
h) Informação a investidores, ao disposto nas alíneas a), d), e) e h) do n.º 1 e nos n.ºs 3, 4, 8 e 9 do
artigo 312.º, no artigo 312.º-H e nos n.ºs 1, 8 e 9 do artigo 323.º;
i) Benefícios ilegítimos, ao disposto nos artigos 313.º e 313.º-A, nos n.ºs 2 a 5 do artigo 313.º-B e no
artigo 313.º-C;
j) Avaliação do caráter adequado da operação, ao disposto nos n.ºs 1 a 5 do artigo 314.º, no artigo
314.º-A e nas alíneas a) a d) do n.º 1 e nos n.ºs 2 e 3 do artigo 314.º-D.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
124
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SUBSECÇÃO II
Autorização
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em
1 de janeiro de 2020)
Artigo 71.º-E
Autorização
1 - As SGOIC não podem iniciar a sua atividade enquanto não forem autorizadas pela CMVM.
2 - A autorização da CMVM especifica as atividades que a SGOIC está autorizada a exercer nos termos
dos n.ºs 2 a 5 do artigo 71.º-B.
3 - As SGOIC devem satisfazer de forma contínua as condições da autorização.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-F
Instrução do pedido de autorização
1 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o pedido de autorização é instruído com os
seguintes elementos:
a) Identificação das atividades que a SGOIC pretende exercer, em conformidade com o disposto no
artigo 71.º-B;
b) Elementos que permitam comprovar o preenchimento dos requisitos previstos no n.º 2 do artigo 71.º-
A;
c) Programa de atividades;
d) Estrutura organizacional e meios humanos, técnicos e materiais;
e) Políticas e procedimentos internos;
f) Informação sobre a subcontratação de funções, nos termos previstos no artigo 76.º, se aplicável;
g) Informação sobre a identidade e adequação dos membros dos órgãos de administração e fiscalização;
h) Informação sobre a estrutura acionista da SGOIC e sobre a identidade, a adequação e o montante da
participação dos titulares de participações qualificadas, incluindo a identidade do último beneficiário
ou beneficiários efetivos;
i) Informação sobre as políticas e as práticas de remuneração previstas no artigo 71.º-O;
j) Indicação das relações estreitas existentes entre a SGOIC e outras pessoas singulares ou coletivas;
k) Informação sobre os OIA que a SGOIC pretende gerir, em particular sobre as estratégias de
investimento, a política no que diz respeito à utilização do efeito de alavancagem, os perfis de risco e
os Estados membros ou países terceiros nos quais os OIA estejam estabelecidos ou se espera que sejam
estabelecidos.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-G
Prazo de decisão
a) No prazo de seis meses a contar da data da receção do pedido completamente instruído, caso a
autorização abranja a atividade de gestão de OICVM;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
b) No prazo de três meses, prorrogável por mais três meses por decisão da CMVM, a contar da data da
receção do pedido completamente instruído, caso a autorização não abranja a atividade de gestão de
OICVM.
2 - Para efeitos do número anterior, considera-se que o pedido está completamente instruído quando
forem apresentados à CMVM todos os elementos referidos no artigo anterior.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-H
Concessão, recusa e limitação da autorização
3 - A CMVM pode limitar o âmbito da autorização no que respeita à atividade de gestão de OIA e às
atividades previstas no n.º 5 do artigo 71.º-B, nomeadamente quanto às estratégias de investimento dos
OIA que a SGOIC é autorizada a gerir.
4 - Concedida a autorização, as SGOIC informam imediatamente a CMVM da data de início de cada
uma das atividades autorizadas.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-I
Revogação e suspensão da autorização
a) A autorização tiver sido obtida com recurso a falsas declarações ou a qualquer outro meio irregular;
b) A SGOIC deixar de cumprir as condições de concessão da autorização;
c) A SGOIC violar grave ou sistematicamente as normas aplicáveis ao exercício da sua atividade;
d) A SGOIC não iniciar as atividades objeto da autorização no prazo de 12 meses a contar da notificação
da concessão da autorização;
e) A SGOIC tiver cessado o exercício das atividades objeto da autorização há pelo menos seis meses;
f) A SGOIC renunciar expressamente à autorização;
2 - Nos casos referidos nas alíneas a) a c) do número anterior, a CMVM pode, em alternativa, se tal se
mostrar suficiente e adequado, suspender os efeitos da autorização até que cesse o fundamento da
revogação.
3 - A CMVM pode prorrogar os prazos previstos nas alíneas d) e e) do n.º 1 a requerimento devidamente
fundamentado da SGOIC.
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5 - A revogação e suspensão da autorização previstas nos números anteriores podem ser totais ou
respeitar apenas a uma ou mais das atividades autorizadas.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-J
Alterações subsequentes
1 - As SGOIC que pretendam ampliar ou reduzir o âmbito da sua autorização, deixando de exercer ou
passando a exercer qualquer uma das atividades previstas nos n.ºs 2 a 5 do artigo 71.º-B:
a) Comunicam à CMVM, nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo anterior, a renúncia parcial à
autorização relativamente à atividade que pretendam deixar de exercer;
b) Submetem à CMVM um pedido de ampliação da autorização inicial, especificando as atividades que
pretendem passar a exercer e instruindo para o efeito os pertinentes projetos de alteração aos elementos
referidos no artigo 71.º-F.
4 - A CMVM pode concretizar e desenvolver por regulamento os elementos instrutórios que devem
acompanhar as comunicações, pedidos de autorização e notificações previstos no presente artigo, bem
como alterações consideradas substanciais nos termos do n.º 3.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-K
Fusão, cisão e dissolução
1 - As operações de fusão e de cisão que envolvam SGOIC estão sujeitas a autorização prévia da
CMVM.
2 - A CMVM pode concretizar e desenvolver por regulamento os elementos instrutórios que devem
acompanhar o pedido de autorização referido no número anterior.
3 - A CMVM decide no prazo de 90 dias a contar da receção do pedido completamente instruído.
4 - Caso as operações de fusão ou cisão impliquem a constituição de uma nova SGOIC, segue-se o
procedimento de autorização previsto nos artigos 71.º-E a 71.º-H.
5 - Os acionistas da SGOIC comunicam à CMVM qualquer projeto de dissolução voluntária da SGOIC,
com a antecedência mínima de 90 dias em relação à data da sua efetivação.
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
SECÇÃO II-A
Requisitos prudenciais e supervisão prudencial
(Secção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de
janeiro de 2020)
SUBSECÇÃO I
Requisitos gerais e supervisão prudencial
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em
1 de janeiro de 2020)
Artigo 71.º-L
Capital inicial
2 - [Revogado.]
Artigo 71.º-L
Capital inicial
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-M
Fundos próprios
1 - As SGOIC têm a todo o tempo fundos próprios iguais ou superiores ao maior dos seguintes
montantes:
a) O montante baseado em despesas gerais fixas nos termos da legislação da União Europeia relativa aos
requisitos prudenciais das empresas de investimento;
b) O montante do capital inicial mínimo referido no artigo anterior;
c) O montante referido no número seguinte.
2 - Quando o valor líquido global das carteiras sob sua gestão exceder (euro) 250 000 000, as SGOIC
constituem um montante de fundos próprios adicional ao capital inicial mínimo nos seguintes termos:
a) O montante adicional exigido é igual a 0,02 % do montante em que o valor líquido global das carteiras
sob gestão exceda o montante de (euro) 250 000 000;
b) A soma do montante adicional referido na alínea anterior e do capital inicial mínimo referido no
artigo anterior não pode ser superior a (euro) 10 000 000;
128
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
c) As SGOIC podem não constituir até 50 % do montante referido na alínea a) se beneficiarem de uma
garantia do mesmo montante prestada por uma instituição de crédito ou uma empresa de seguros com
sede na União Europeia;
d) Para efeitos do disposto na alínea a), entende-se por carteira sob gestão qualquer organismo de
investimento coletivo, sob forma contratual ou societária, gerido pela SGOIC, incluindo os organismos
de investimento coletivo em relação aos quais subcontratou as funções de gestão e excluindo os
organismos de investimento coletivo que gere por subcontratação.
3 - Além do montante mínimo de fundos próprios referido no n.º 1, as SGOIC autorizadas a exercer a
atividade de gestão de OIA estão ainda sujeitas às seguintes regras, a fim de cobrirem eventuais riscos
de responsabilidade profissional decorrentes do exercício das atividades para que estão autorizadas, tal
como definidos no artigo 12.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de
19 de dezembro de 2012:
i) Deter fundos próprios suplementares suficientes para cobrir eventuais riscos resultantes de
responsabilidade civil profissional, a título de negligência, nos termos previstos no artigo 14.º do
Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012; ou
ii) Celebrar um seguro de responsabilidade civil profissional suficiente que cubra a responsabilidade
por atos de negligência profissional e que seja adequado aos riscos cobertos, nos termos previstos no
artigo 15.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de
2012.
b) Cumprem os requisitos qualitativos previstos no artigo 13.º do Regulamento Delegado (UE) n.º
231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
Artigo 71.º-M
Fundos próprios
1 - As SGOIC têm a todo o tempo fundos próprios iguais ou superiores ao maior dos seguintes
montantes:
a) O montante baseado em despesas gerais fixas previsto nos n.ºs 1 a 3 do artigo 97.º do Regulamento
(UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013;
b) O montante do capital inicial mínimo referido no artigo anterior;
c) O montante referido no número seguinte.
2 - Quando o valor líquido global das carteiras sob sua gestão exceder (euro) 250 000 000, as SGOIC
constituem um montante de fundos próprios adicional ao capital inicial mínimo nos seguintes termos:
a) O montante adicional exigido é igual a 0,02 % do montante em que o valor líquido global das
carteiras sob gestão exceda o montante de (euro) 250 000 000;
b) A soma do montante adicional referido na alínea anterior e do capital inicial mínimo referido no
artigo anterior não pode ser superior a (euro) 10 000 000;
c) As SGOIC podem não constituir até 50 % do montante referido na alínea a) se beneficiarem de uma
garantia do mesmo montante prestada por uma instituição de crédito ou uma empresa de seguros com
sede na União Europeia;
d) Para efeitos do disposto na alínea a), entende-se por carteira sob gestão qualquer organismo de
investimento coletivo, sob forma contratual ou societária, gerido pela SGOIC, incluindo os organismos
de investimento coletivo em relação aos quais subcontratou as funções de gestão e excluindo os
organismos de investimento coletivo que gere por subcontratação.
3 - Além do montante mínimo de fundos próprios referido no n.º 1, as SGOIC autorizadas a exercer a
atividade de gestão de OIA estão ainda sujeitas às seguintes regras, a fim de cobrirem eventuais riscos
129
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
de responsabilidade profissional decorrentes do exercício das atividades para que estão autorizadas,
tal como definidos no artigo 12.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia,
de 19 de dezembro de 2012:
a) Adotam uma das seguintes medidas de cobertura de riscos:
i) Deter fundos próprios suplementares suficientes para cobrir eventuais riscos resultantes de
responsabilidade civil profissional, a título de negligência, nos termos previstos no artigo 14.º do
Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012; ou
ii) Celebrar um seguro de responsabilidade civil profissional suficiente que cubra a responsabilidade
por atos de negligência profissional e que seja adequado aos riscos cobertos, nos termos previstos no
artigo 15.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro
de 2012.
b) Cumprem os requisitos qualitativos previstos no artigo 13.º do Regulamento Delegado (UE) n.º
231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
4 - Os fundos próprios previstos no presente artigo:
a) São investidos em ativos líquidos ou prontamente convertíveis em numerário no curto prazo;
b) Não incluem posições especulativas.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-N
Requisitos adicionais
A CMVM pode estabelecer por regulamento requisitos prudenciais adicionais aplicáveis às SGOIC.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-O
Política de remuneração
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-P
Supervisão prudencial
1 - As SGOIC estão sujeitas à supervisão prudencial da CMVM nos termos previstos no artigo 363.º do
Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua
redação atual.
2 - A CMVM determina por regulamento os deveres de informação e de reporte aplicáveis às SGOIC
para efeitos de supervisão prudencial.
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-Q
Medidas corretivas
1 - Sem prejuízo dos seus poderes gerais de supervisão, a CMVM pode, no exercício dos poderes de
supervisão prudencial:
a) Exigir que as SGOIC que não cumpram as normas que disciplinam a sua atividade, ou relativamente
às quais disponha de informação evidenciando que não as cumprirão no prazo de um ano, adotem com
caráter imediato, ou num prazo que considere adequado, as medidas necessárias para pôr termo ou evitar
o incumprimento ou para resolver a situação;
b) Adotar as medidas necessárias à salvaguarda da solidez financeira das SGOIC, dos interesses dos
investidores, da estabilidade do sistema financeiro e do regular funcionamento do mercado.
2 - No exercício dos poderes referidos na alínea b) do número anterior, a CMVM pode tomar,
designadamente, as seguintes medidas:
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-R
Exercício de atividades não autorizadas
O exercício, por qualquer entidade, das atividades referidas no artigo 71.º-B sem a autorização referida
no artigo 71.º-E habilita a CMVM a adotar uma ou mais das seguintes medidas:
a) Exercer, relativamente à entidade em causa, aos seus sócios ou membros ou aos titulares dos seus
órgãos, os poderes de supervisão previstos no título VII do Código dos Valores Mobiliários, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual;
b) Requerer a dissolução da entidade em causa e, se for o caso, nomear um liquidatário para o efeito,
cuja remuneração será suportada pela entidade.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
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SUBSECÇÃO II
Adequação dos membros do órgão de administração de SGOIC
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em
1 de janeiro de 2020)
Artigo 71.º-S
Adequação dos membros dos órgãos de administração e fiscalização de SGOIC
Os membros dos órgãos de administração e fiscalização de SGOIC são pessoas com idoneidade e
experiência comprovadas, considerando, nomeadamente, os tipos de organismos de investimento
coletivo sob gestão e as respetivas estratégias de investimento.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-T
Apreciação pela CMVM
a) De autorização de SGOIC;
b) De notificação de alterações à composição dos órgãos de administração e de fiscalização
subsequentes à autorização, ao abrigo do n.º 3 do artigo 71.º-J.
2 - A apreciação referida no número anterior é condição necessária para o exercício das respetivas
funções, bem como para o registo definitivo da sua designação no registo comercial.
3 - Na apreciação da experiência dos membros do órgão de administração da SGOIC que não exerçam
funções executivas, a CMVM verifica se tais membros possuem competências que lhes permitam
efetuar uma avaliação crítica das decisões tomadas pelo órgão de administração e fiscalizar eficazmente
a função deste.
4 - A CMVM pode concretizar e desenvolver por regulamento os requisitos e critérios da apreciação
referida no n.º 1.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-U
Supervisão contínua e medidas corretivas
1 - Sem prejuízo da apreciação referida no n.º 1 do artigo anterior, o preenchimento dos requisitos de
idoneidade e experiência dos membros dos órgãos de administração e fiscalização de SGOIC é objeto
de supervisão contínua por parte da CMVM durante todo o seu mandato.
2 - As SGOIC comunicam imediatamente à CMVM quaisquer factos que possam afetar o
preenchimento dos requisitos de idoneidade e experiência dos membros dos seus órgãos de
administração e fiscalização.
3 - A CMVM aprecia os factos referidos no número anterior, bem como quaisquer outros de que tenha
conhecimento no exercício das suas funções de supervisão, e, caso considere que deixaram de estar
preenchidos os requisitos de adequação, pode adotar uma ou mais das seguintes medidas:
a) Fixar um prazo para a adoção das medidas adequadas ao cumprimento do requisito em falta;
b) Fixar um prazo para a alteração da distribuição de pelouros;
c) Fixar um prazo para a alteração da composição do órgão em causa e apresentação à CMVM de todas
as informações relevantes e necessárias para a apreciação da adequação de membros substitutos;
d) Determinar a suspensão da pessoa em causa pelo período de tempo necessário à sanação da falta dos
requisitos identificados;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
4 - Em situações de justificada urgência e para prevenir o risco de grave dano para a gestão sã e prudente
de uma SGOIC, para a estabilidade do sistema financeiro ou para o regular funcionamento do mercado,
a CMVM pode ainda determinar a suspensão provisória das funções de qualquer membro do órgão de
administração ou fiscalização de SGOIC.
5 - A suspensão provisória referida no número anterior é comunicada pela CMVM ao membro visado
e à SGOIC com a menção de que a suspensão provisória de funções reveste caráter preventivo e cessa
os seus efeitos:
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
SUBSECÇÃO III
Adequação dos titulares de participações qualificadas em SGOIC
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em
1 de janeiro de 2020)
Artigo 71.º-V
Adequação dos titulares de participações qualificadas em SGOIC
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-W
Participações qualificadas em SGOIC autorizadas a gerir OICVM
133
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
d) «Prazo de apreciação» é o prazo de 60 dias úteis, contados do envio do aviso de receção ou da receção
de todos os documentos instrutórios obrigatórios, de que a CMVM dispõe para se pronunciar sobre uma
aquisição potencial;
e) «Aviso de receção» é a comunicação escrita expedida pela CMVM no prazo de dois dias úteis a
contar da receção da notificação de uma aquisição potencial, ou de informação adicional solicitada,
informando o adquirente da receção da notificação ou da informação adicional solicitada.
i) 30 dias úteis, se o adquirente tiver domicílio ou sede num país terceiro ou aí estiver sujeito a
regulamentação;
ii) 30 dias úteis, se o adquirente não estiver sujeito a supervisão nos termos do disposto nas Diretivas
n.ºs 2009/65/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho de 2009, 2009/138/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2009, ou2013/36/UE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013;
iii) 20 dias úteis nos restantes casos.
d) A ultrapassagem dos períodos máximos de suspensão referidos na alínea anterior não impede que a
CMVM solicite informação adicional, mas essa solicitação não tem por efeito a suspensão do prazo de
apreciação;
e) Sempre que receba as respostas do adquirente aos pedidos de informação adicional, a CMVM expede
o aviso de receção e informa o adquirente do termo do prazo de apreciação;
f) Caso decida opor-se à aquisição potencial, a CMVM:
i) Notifica o adquirente, por escrito, da sua decisão e das razões que a fundamentam, no prazo de dois
dias úteis a contar da data da decisão e antes do termo do prazo de apreciação;
ii) Pode divulgar ao público as razões que fundamentam a oposição, por sua iniciativa ou a pedido do
adquirente;
g) Findo o prazo de apreciação sem que a CMVM notifique o aquirente nos termos da alínea anterior,
considera-se que a CMVM não se opõe à aquisição potencial;
h) Quando não deduza oposição, a CMVM pode fixar um prazo máximo para a realização da aquisição
potencial e, se necessário, prorrogar esse prazo.
5 - A apreciação pela CMVM de uma aquisição potencial tem por objeto verificar a adequação do
adquirente e a solidez financeira da aquisição potencial, com vista a assegurar a gestão sã e prudente da
SGOIC, considerando a influência provável do adquirente na SGOIC.
6 - Para efeitos da apreciação referida no número anterior, a CMVM considera os seguintes critérios:
a) Idoneidade do aquirente;
b) Idoneidade e a experiência dos membros do órgão de administração da SGOIC a designar em
resultado da aquisição potencial;
c) Solidez financeira do adquirente, designadamente em função das atividades exercidas ou a exercer
na SGOIC;
d) Capacidade da SGOIC para cumprir de forma continuada os requisitos prudenciais aplicáveis tendo
especialmente em consideração, caso integre um grupo, a existência de uma estrutura que permita o
exercício de uma supervisão efetiva, a troca eficaz de informações entre as autoridades competentes e
a determinação da repartição de responsabilidades entre as mesmas; e
134
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e) Existência de motivos razoáveis para suspeitar que, em conexão com a aquisição potencial, foram ou
estão a ser tentados ou consumados atos de branqueamento de capitais ou de financiamento do
terrorismo na aceção do artigo 1.º da Diretiva (UE) n.º 2015/849, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 20 de maio de 2015, ou que a aquisição potencial poderá aumentar o respetivo risco de ocorrência.
7 - A CMVM só pode deduzir oposição à aquisição potencial com base na existência de motivos
razoáveis à luz dos critérios enunciados no número anterior ou na incompletude da informação prestada
pelo adquirente.
8 - Sempre que lhe sejam notificadas duas ou mais aquisições potenciais na mesma SGOIC, a CMVM
trata os adquirentes de modo não discriminatório.
9 - A CMVM solicita o parecer da autoridade competente do Estado membro de origem, caso o
adquirente corresponda a um dos seguintes tipos de entidades:
10 - Nas situações referidas no número anterior, a CMVM indica, na sua decisão, as opiniões e as
reservas comunicadas pela autoridade do Estado membro de origem do adquirente.
11 - A pedido das autoridades competentes de outros Estados membros, a CMVM comunica as
informações essenciais à apreciação de projetos de aquisição de participações qualificadas e, caso sejam
solicitadas, outras informações relevantes.
12 - O alienante comunica previamente à CMVM, por escrito, a alienação potencial e o montante
previsto da sua participação após a alienação.
13 - As SGOIC comunicam à CMVM:
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-X
Participações qualificadas em SGOIC não autorizadas a gerir OICVM
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-Y
Supervisão contínua e medidas corretivas
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3 - A CMVM pode igualmente adotar uma ou mais das medidas referidas no número anterior nas
seguintes situações:
a) Não ter o titular de participação qualificada cumprido o dever de notificação previsto no n.º 2 do
artigo 71.º-W;
b) Ter o titular de participação qualificada concretizado a aquisição notificada:
5 - A CMVM pode, a todo o tempo e independentemente da aplicação de outras medidas, declarar que
qualquer participação no capital ou nos direitos de voto de uma SGOIC possui caráter qualificado,
sempre que tome conhecimento de:
a) Factos suscetíveis de alterar a influência exercida pelo seu detentor na gestão da SGOIC;
b) Factos relevantes cuja comunicação à CMVM tenha sido omitida ou incorretamente feita pelo seu
detentor.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 71.º-Z
Acordos parassociais
1 - Os acordos parassociais relativos ao exercício do direito de voto celebrados entre os acionistas das
SGOIC estão sujeitos a comunicação prévia à CMVM, sob pena de ineficácia.
2 - A comunicação referida no número anterior é efetuada por qualquer das partes subscritoras do
acordo.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
136
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SECÇÃO III
Organização e exercício
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 72.º
Regime aplicável à atividade de gestão de organismos de investimento coletivo
Artigo 72.º
Regime aplicável à atividade de gestão de organismos de investimento coletivo
1 - No exercício das funções previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 66.º, a entidade
gestora está também sujeita aos princípios, condições, termos, requisitos e deveres previstos:
a) No Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro,
quanto às matérias de registo previstas na secção II do capítulo I do título VI; de dever de segredo
profissional nos termos do n.º 4 do artigo 304.º; de presunção de culpa nos termos do n.º 2 do artigo
304.º-A; de salvaguarda dos bens de clientes nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 306.º; de registo do
cliente nos termos do artigo 307.º-A e de defesa de mercado nos termos do artigo 311.º; e
b) No Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 298/92, de 31 de dezembro, nos títulos X e X-A.
2 - No exercício das funções previstas na alínea c) do n.º 1 do artigo 66.º, a entidade gestora está sujeita
aos princípios, condições, termos, requisitos e deveres previstos no Código dos Valores Mobiliários,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, para a comercialização de instrumentos
financeiros por intermediários financeiros através do exercício das atividades de colocação em ofertas
públicas de distribuição ou de receção e transmissão de ordens por conta de outrem, designadamente
quanto às matérias seguintes, desde que não contrariem o disposto no presente Regime Geral:
a) Salvaguarda dos bens dos clientes;
b) Informação a disponibilizar aos clientes efetivos e potenciais;
c) Avaliação do caráter adequado da operação;
d) Categorização de investidores;
e) Contratos de intermediação;
f) Receção de ordens.
3 - No exercício das funções previstas nos n.ºs 2 e 3 do artigo 68.º, a entidade gestora está sujeita à
regulamentação e atos delegados da Diretiva n.º 2014/65/UE do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 15 de maio de 2014, e ainda às normas do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-
Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na medida em que sejam aplicáveis às funções concretamente
exercidas, com as devidas adaptações, quanto às matérias de:
a) Disposições gerais, aos n.ºs 1, 2 e 5 do artigo 304.º e ao artigo 304.º-C;
b) Organização interna, às alíneas a) e b) do n.º 1 e ao n.º 3 do artigo 305.º e aos artigos 305.º-A, 305.º-
B, 305.º-C e 305.º-D;
c) Salvaguarda dos bens e clientes, aos artigos 306.º, 306.º-A, 306.º-B, 306.º-C, 306.º-E, 306.º-F e
306.º-G;
d) Contabilidade, registo e conservação de documentos, às alíneas b) e c) do n.º 5 do artigo 307.º, ao
artigo 307.º-A e às alíneas a) a c) do n.º 1 do artigo 307.º-B;
e) Subcontratação, ao artigo 308.º;
f) Conflitos de interesses, aos artigos 309.º e 309.º-A;
g) Aprovação de produção e distribuição de instrumentos financeiros, aos artigos 309.º-J, 309.º-K,
309.º-L, 309.º-M, e 309.º-N;
h) Informação a investidores, às alíneas a), d), e) e h) do n.º 1 e aos n.ºs 3, 4, 8 e 9 do artigo 312.º, ao
artigo 312.º-H, e aos n.ºs 1, 8 e 9 do artigo 323.º;
i) Benefícios ilegítimos, aos artigos 313.º e 313.º-A, aos n.ºs 2 a 5 do artigo 313.º-B e ao artigo 313.º-
C;
j) Avaliação do caráter adequado da operação, aos n.ºs 1 a 5 do artigo 314.º, ao artigo 314.º-A e às
alíneas a) a d) do n.º 1 e aos n.ºs 2 e 3 do artigo 314.º-D.
137
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 72.º
Normas aplicáveis
Sem prejuízo do disposto no presente Regime Geral, a entidade gestora está sujeita aos princípios,
condições, termos e requisitos aplicáveis à organização e exercício dos intermediários financeiros
previstos no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, e no Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro.
Artigo 72.º-A
Regras gerais de conduta
Artigo 72.º-A
Regras gerais de conduta
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Artigo 72.º-A
Regras gerais de conduta
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 73.º
Dever de agir no interesse dos participantes
1 - Para efeitos do disposto no artigo 15.º, a entidade gestora deve garantir que os participantes dos
organismos de investimento coletivo que gere são tratados equitativamente, abstendo-se de colocar os
interesses de um grupo de participantes acima dos interesses de qualquer outro grupo de participantes.
2 - A entidade gestora deve dar prevalência aos interesses dos participantes, tanto em relação aos seus
próprios interesses como em relação aos interesses das entidades previstas no n.º 1 do artigo 147.º.
3 - Sempre que uma entidade gestora administre mais do que um organismo de investimento coletivo
deve considerar cada um deles como um cliente, tendo em vista a prevenção de conflito de interesses e,
quando inevitáveis, a sua resolução de acordo com princípios de equidade e não discriminação.
4 - A entidade gestora, no exercício das respetivas funções, atua com honestidade, equidade e
profissionalismo.
5 - A entidade gestora deve adotar políticas e procedimentos apropriados para evitar práticas de má
administração relativamente às quais se possa prever, de forma razoável, que afetem a estabilidade e a
integridade do mercado.
6 - Dando cumprimento ao dever de atuação no interesse dos participantes, a entidade gestora:
a) Não cobra ou imputa ao organismo de investimento coletivo, ou aos seus participantes, custos que
não se encontrem previstos nos respetivos documentos constitutivos;
b) Assegura-se da formação adequada das entidades encarregadas da comercialização, fornecendo, de
modo e em tempo adequados, informação relevante sobre o organismo de investimento coletivo e as
unidades de participação às entidades comercializadoras.
7 - As entidades gestoras de OIA observam ainda o disposto no Regulamento Delegado (UE) n.º
231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012, designadamente os artigos 17.º e 21.º
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 73.º
Dever de agir no interesse dos participantes
1 - Para efeitos do disposto no artigo 15.º, a entidade gestora deve garantir que os participantes dos
organismos de investimento coletivo que gere são tratados equitativamente, abstendo-se de colocar os
interesses de um grupo de participantes acima dos interesses de qualquer outro grupo de participantes.
2 - A entidade gestora deve dar prevalência aos interesses dos participantes, tanto em relação aos seus
próprios interesses como em relação aos interesses das entidades previstas no n.º 1 do artigo 147.º.
3 - Sempre que uma entidade gestora administre mais do que um organismo de investimento coletivo
deve considerar cada um deles como um cliente, tendo em vista a prevenção de conflito de interesses
e, quando inevitáveis, a sua resolução de acordo com princípios de equidade e não discriminação.
4 - A entidade gestora, no exercício das respetivas funções, atua com honestidade, equidade e
profissionalismo.
5 - A entidade gestora deve adotar políticas e procedimentos apropriados para evitar práticas de má
administração relativamente às quais se possa prever, de forma razoável, que afetem a estabilidade e
a integridade do mercado.
6 - Dando cumprimento ao dever de atuação no interesse dos participantes, a entidade gestora:
a) Não cobra ou imputa ao organismo de investimento coletivo, ou aos seus participantes, custos que
não se encontrem previstos nos respetivos documentos constitutivos;
b) Assegura-se da formação adequada das entidades encarregadas da comercialização, fornecendo, de
modo e em tempo adequados, informação relevante sobre o organismo de investimento coletivo e as
unidades de participação às entidades comercializadoras.
Artigo 73.º
Dever de agir no interesse dos participantes
1 - Para efeitos do disposto no artigo 15.º, a entidade gestora deve garantir que os participantes dos
organismos de investimento coletivo que gere são tratados equitativamente, abstendo-se de colocar os
interesses de um grupo de participantes acima dos interesses de qualquer outro grupo de participantes.
2 - A entidade gestora deve dar prevalência aos interesses dos participantes, tanto em relação aos seus
próprios interesses como em relação aos interesses das entidades previstas no n.º 1 do artigo 147.º.
3 - Sempre que uma entidade gestora administre mais do que um organismo de investimento coletivo
deve considerar cada um deles como um cliente, tendo em vista a prevenção de conflito de interesses
e, quando inevitáveis, a sua resolução de acordo com princípios de equidade e não discriminação.
4 - A entidade gestora deve adotar políticas e procedimentos apropriados para evitar práticas de má
administração relativamente às quais se possa prever, de forma razoável, que afetem a estabilidade e
a integridade do mercado.
5 - Dando cumprimento ao dever de atuação no interesse dos participantes, a entidade gestora:
a) Não cobra ou imputa ao organismo de investimento coletivo, ou aos seus participantes, custos que
não se encontrem previstos nos respetivos documentos constitutivos;
b) Assegura-se da formação adequada das entidades encarregadas da comercialização, fornecendo, de
modo e em tempo adequados, informação relevante sobre o organismo de investimento coletivo e as
unidades de participação às entidades comercializadoras.
Artigo 74.º
Dever de diligência
c) Aplicam mecanismos eficazes de forma a assegurar que as decisões de investimento por conta dos
OICVM são realizadas em conformidade com os seus objetivos, política de investimento e limites de
risco.
Artigo 74.º
Dever de diligência
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 74.º
Dever de diligência
Artigo 74.º-A
Deveres de informação relativos a execução de ordens de subscrição e de resgate
141
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2 - Quando a relação com o participante seja assegurada por entidade comercializadora o dever previsto
no número anterior cabe apenas a essa entidade.
3 - A comunicação referida no n.º 1 inclui, consoante aplicável, a seguinte informação:
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 75.º
Independência e impedimento
Artigo 75.º
Independência e impedimento
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 75.º
Independência e impedimento
Artigo 76.º
Subcontratação
a) A entidade subcontratada fica sujeita aos mesmos deveres que impendem sobre a entidade gestora,
nomeadamente para efeitos de supervisão;
b) Envio do projeto de contrato de subcontratação à CMVM, devendo a CMVM transmitir de imediato,
caso a subcontratação respeite a um OICVM autorizado noutro Estado membro, à autoridade
competente do Estado membro de origem do referido organismo informação relativa à subcontratação;
c) A entidade gestora está em condições de justificar toda a estrutura de subcontratação com base em
razões objetivas;
d) A entidade subcontratada dispõe de recursos suficientes para exercer as respetivas funções e as
pessoas que conduzam efetivamente as suas atividades têm idoneidade e experiência comprovadas;
e) Caso a subcontratação diga respeito à função de gestão do investimento prevista na alínea a) do n.º 1
do artigo 66.º, apenas pode ser celebrada com entidades registadas para o exercício da atividade de
gestão de organismos de investimento coletivo ou de gestão de carteiras por conta de outrem, ou, caso
esta condição não possa ser satisfeita e esteja em causa um OIA dirigido exclusivamente a investidores
profissionais, mediante autorização prévia da CMVM, ficando as entidades subcontratadas sujeitas aos
critérios de repartição de investimentos definidos periodicamente pela entidade gestora;
f) Caso a subcontratação diga respeito à função de gestão do investimento prevista na alínea a) do n.º 1
do artigo 66.º e a entidade subcontratada seja de um país terceiro, além do preenchimento dos requisitos
previstos na alínea anterior é ainda assegurada a cooperação entre a CMVM e a autoridade de supervisão
da entidade em causa;
g) A subcontratação não compromete a eficácia da supervisão da entidade gestora e, em particular, não
impede a entidade gestora de agir, ou de gerir o organismo de investimento coletivo, no interesse dos
seus participantes;
143
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
h) A função de gestão de investimento prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 66.º não é subcontratada
ao depositário ou a outras entidades cujos interesses possam colidir com os da entidade gestora ou com
os dos participantes;
i) Os documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo discriminam as funções que a
entidade gestora está autorizada a subcontratar;
j) A entidade gestora está em condições de demonstrar que a entidade subcontratada é qualificada e
competente para desempenhar as funções subcontratadas de modo fiável, eficaz e profissional e que foi
selecionada com a máxima diligência e competência;
k) Estão implementados procedimentos e métodos de avaliação que permitem à direção de topo da
entidade gestora acompanhar e avaliar de modo eficaz e contínuo a atividade e o desempenho da
entidade subcontratada;
l) A subcontratação não impede a direção de topo da entidade gestora de dar a todo o momento
instruções adicionais à entidade subcontratada, nem de fazer cessar a subcontratação com efeitos
imediatos sempre que tal seja do interesse dos participantes;
m) A subcontratação não implica um esvaziamento significativo da atividade e das funções da entidade
gestora nem a sua transformação num mero endereço postal.
2 - A entidade gestora é responsável pelo cumprimento das disposições que regem a sua atividade
independentemente da subcontratação de terceiros para a realização de funções da sua competência.
3 - A entidade subcontratada pode subcontratar quaisquer funções que lhe tenham sido subcontratadas,
desde que antes da subcontratação se verifique o seguinte:
4 - Caso o segundo subcontratado subcontrate por sua vez alguma das funções que lhe foram
subcontratadas, aplicam-se, com as necessárias adaptações, as condições estabelecidas no número
anterior.
5 - Em matéria de subcontratação, as entidades gestoras de OIA observam ainda o disposto nos artigos
75.º a 82.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de
2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 76.º
Subcontratação
gestão de organismos de investimento coletivo ou de gestão de carteiras por conta de outrem, ou, caso
esta condição não possa ser satisfeita e esteja em causa um organismo de investimento alternativo
dirigido exclusivamente a investidores qualificados, mediante autorização prévia da CMVM, ficando
as entidades subcontratadas sujeitas aos critérios de repartição de investimentos definidos
periodicamente pela entidade gestora;
f) Caso a subcontratação diga respeito à função de gestão do investimento prevista na alínea a) do n.º
1 do artigo 66.º e a entidade subcontratada seja de um país terceiro, além dos requisitos da alínea
anterior deve ser assegurada a cooperação entre a CMVM e a autoridade de supervisão da entidade
em causa;
g) A subcontratação não pode comprometer a eficácia da supervisão da entidade gestora, não devendo,
nomeadamente, impedi-la de agir, ou de gerir o organismo de investimento coletivo no interesse dos
seus participantes;
h) A função de gestão de investimento não pode ser subcontratada ao depositário ou a outras entidades
cujos interesses possam colidir com os da entidade gestora ou com os dos participantes, devendo a
entidade gestora registar a avaliação realizada neste âmbito;
i) O prospeto do organismo de investimento coletivo deve discriminar as funções que a entidade gestora
está autorizada a subcontratar.
2 - A entidade gestora é responsável pelo cumprimento das disposições que regem a sua atividade
independentemente da subcontratação de terceiros para a realização de funções da sua competência.
3 - A entidade subcontratada pode subcontratar quaisquer funções que lhe tenham sido subcontratadas,
desde que antes da subcontratação se verifique o seguinte:
a) Consentimento da entidade gestora;
b) A entidade gestora ter notificado a CMVM;
c) Mostrarem-se cumpridas as condições estabelecidas nos números anteriores, entendendo-se que
todas as referências ao primeiro «subcontratado» serão interpretadas como referências ao segundo
«subcontratado»;
d) Acordo de todos os participantes, no caso dos organismos de subscrição particular.
4 - Caso o segundo subcontratado subcontrate por sua vez alguma das funções que lhe foram
subcontratadas, aplicam-se, com as necessárias adaptações, as condições estabelecidas no número
anterior.
Artigo 77.º
Substituição das entidades gestoras
1 - Estando previsto nos documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo e desde que
os interesses dos participantes e o regular funcionamento do mercado não sejam afetados, a entidade
gestora do organismo de investimento coletivo pode ser substituída mediante autorização da CMVM a
requerimento da própria entidade gestora.
2 - Nos OIA fechados, os participantes podem requerer, de modo fundamentado e independentemente
de previsão nos documentos constitutivos, a substituição da entidade gestora, devendo a CMVM decidir
atendendo aos interesses em presença e ao regular funcionamento do mercado.
3 - A decisão de autorização é notificada ao requerente no prazo de 15 dias a contar da receção do
pedido completamente instruído, ocorrendo a substituição no final do mês seguinte àquele em que for
autorizada, ou em data diversa indicada pelo requerente com o acordo expresso das entidades gestoras
e do depositário.
4 - (Revogado.)
5 - (Revogado.)
6 - Na ausência de decisão da CMVM no prazo estabelecido no n.º 3, a autorização considera-se
concedida.
7 - O pedido de substituição da entidade gestora é instruído com toda a documentação a ela respeitante
e com os documentos constitutivos alterados em conformidade, sendo estes divulgados imediatamente
após a data de notificação de decisão de deferimento ou do decurso do prazo de decisão, consoante
aplicável.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 77.º
Substituição das entidades gestoras
1 - Estando previsto nos documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo e desde que
os interesses dos participantes e o regular funcionamento do mercado não sejam afetados, a entidade
gestora do organismo de investimento coletivo pode ser substituída mediante autorização da CMVM.
2 - Nos organismos de investimento alternativo fechados, os participantes podem requerer a
substituição da entidade gestora.
3 - A decisão de autorização é notificada ao requerente no prazo de 15 dias a contar da receção do
pedido completamente instruído, tornando-se eficaz 40 dias após a data de notificação de decisão de
deferimento ou após o decurso daquele prazo, ou em data posterior indicada pelo requerente.
4 - Se o pedido estiver instruído de forma insuficiente, a CMVM, antes de recusar o pedido, notifica o
requerente dando-lhe o prazo máximo de 10 dias para suprir a insuficiência e para se pronunciar
quanto à apreciação da CMVM.
5 - O prazo referido no n.º 3 suspende-se por efeito da notificação referida no número anterior.
6 - Na ausência de decisão da CMVM no prazo estabelecido no n.º 3, a autorização considera-se
concedida.
7 - O pedido de substituição da entidade gestora é instruído com os documentos constitutivos alterados
em conformidade, devendo estes ser divulgados no momento em que a substituição se torne eficaz.
Artigo 78.º
Política de remuneração
Artigo 78.º
Política de remuneração
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 78.º
Política de remuneração
1 - A entidade gestora deve estabelecer e aplicar políticas de remuneração que sejam consentâneas e
promovam uma gestão sólida e eficaz dos riscos e não encorajem a assunção de riscos incompatíveis
com os perfis de risco e os documentos constitutivos dos organismos de investimento coletivo sob
gestão, de uma forma e na medida adequadas à sua dimensão e organização interna e à natureza,
âmbito e complexidade das suas atividades.
2 - A política de remuneração deve abranger:
a) As remunerações e demais benefícios retributivos;
146
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
SUBSECÇÃO I-A
Gestão de riscos
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de
início de vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da
Diretiva Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 78.º-A
Política de gestão de riscos
1 - As entidades gestoras de OICVM estabelecem, aplicam e mantêm uma política de gestão de riscos
adequada e documentada, que identifique os riscos a que os OICVM geridos estão ou possam vir a estar
expostos e que inclua, pelo menos:
a) Os procedimentos necessários para a entidade gestora avaliar, para cada OICVM que gere, a
exposição desse OICVM aos riscos de mercado, de liquidez, de sustentabilidade e de contraparte, bem
como a todos os outros riscos, designadamente operacionais, que possam ser relevantes para o OICVM;
b) As técnicas, ferramentas e mecanismos que permitam à entidade gestora cumprir os deveres em
matéria de avaliação e gestão de riscos e de cálculo da exposição global;
c) A distribuição de responsabilidades no seio da entidade gestora em matéria de gestão de riscos;
d) As condições, o conteúdo e a frequência dos relatórios relativos à gestão de riscos nos termos
previstos nos artigos 79.º-K e 79.º-N.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, as entidades gestoras de OICVM têm em conta a
natureza, a escala e a complexidade da sua atividade e dos OICVM por si geridos.
3 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 40.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
Artigo 78.º-A
Política de gestão de riscos
1 - As entidades gestoras de OICVM estabelecem, aplicam e mantêm uma política de gestão de riscos
adequada e documentada, que identifique os riscos a que os OICVM geridos estão ou possam vir a
estar expostos e que inclua, pelo menos:
a) Os procedimentos necessários para a entidade gestora avaliar, para cada OICVM que gere, a
exposição desse OICVM aos riscos de mercado, de liquidez e de contraparte, bem como a todos os
outros riscos, designadamente operacionais, que possam ser relevantes para o OICVM;
b) As técnicas, ferramentas e mecanismos que permitam à entidade gestora cumprir os deveres em
matéria de avaliação e gestão de riscos e de cálculo da exposição global;
c) A distribuição de responsabilidades no seio da entidade gestora em matéria de gestão de riscos;
d) As condições, o conteúdo e a frequência dos relatórios relativos à gestão de riscos nos termos
previstos nos artigos 79.º-K e 79.º-N.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, as entidades gestoras de OICVM têm em conta a
natureza, a escala e a complexidade da sua atividade e dos OICVM por si geridos.
3 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 40.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 78.º-B
Avaliação, acompanhamento e revisão da política de gestão de riscos
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
SUBSECÇÃO II
Organização interna
Artigo 79.º
Avaliação e gestão de riscos
a) Avaliar e gerir em qualquer momento os riscos a que os OICVM que gerem estão ou podem estar
expostos;
b) Assegurar, relativamente aos OICVM que gerem, o cumprimento dos limites relativos à exposição
global e ao risco de contraparte, em conformidade com os artigos 79.º-B e 79.º-D;
c) Garantir que os riscos das posições tomadas e o seu peso no perfil de risco global são avaliados
rigorosamente com base em dados sólidos e fiáveis e que os mecanismos, processos e técnicas de
avaliação do risco estão adequadamente documentados;
d) Realizar, quando adequado, testes periódicos para apreciar a validade dos mecanismos de avaliação
do risco (backtesting), incluindo estimativas e previsões baseadas em modelos;
e) Realizar, quando adequado, testes de esforço (stress tests) periódicos e análises de cenários em
relação aos riscos decorrentes de eventuais alterações das condições de mercado que possam prejudicar
os OICVM;
f) Estabelecer, aplicar e manter um sistema documentado de limites internos relativamente às medidas
utilizadas para gerir e controlar os riscos pertinentes para cada OICVM, tendo em conta todos os riscos
que possam ser relevantes para o mesmo e assegurando a consistência com o seu perfil de risco;
g) Assegurar que o nível de risco atual cumpre o sistema de limite de risco referido na alínea anterior;
h) Assegurar que, no caso de violação efetiva ou previsível do sistema de limite de risco do OICVM, as
ações apropriadas são prontamente tomadas no interesse dos participantes.
investimento para a composição, a liquidez e o perfil de risco e de rendimento das carteiras dos OICVM
antes de executarem o investimento.
4 - As análises referidas no número anterior são efetuadas com base em informação fiável e atualizada,
tanto em termos quantitativos como qualitativos.
5 - As entidades gestoras de OIA estabelecem sistemas adequados de gestão de riscos que permitam
identificar, medir, gerir e acompanhar de forma apropriada todos os riscos relevantes para a estratégia
de investimento de cada OIA e a que cada OIA esteja ou possa vir a estar exposto.
6 - As entidades gestoras de OIA reveem os sistemas de gestão de riscos referidos no número anterior
anualmente e sempre que se mostrar apropriado, assegurando ainda a sua adaptação quando necessário.
7 - Adicionalmente, as entidades gestoras de OIA:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º
Avaliação e gestão de riscos
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
d) Realizar, quando adequado, testes periódicos para apreciar a validade dos mecanismos de avaliação
do risco (backtesting), incluindo estimativas e previsões baseadas em modelos;
e) Assegurar, relativamente aos organismos de investimento alternativo, com exceção dos que sejam
fechados não alavancados, a realização de testes de esforço (stress tests) periódicos e análises de
cenários em relação aos riscos decorrentes de eventuais alterações das condições de mercado que
possam prejudicar os organismos de investimento coletivo, nomeadamente que permitam avaliar o
risco de liquidez dos mesmos em condições excecionais;
f) Estabelecer, aplicar e manter um sistema documentado de limites internos relativos às medidas
utilizadas para gerir e controlar os riscos relevantes para cada organismo de investimento coletivo,
tendo em conta todos os riscos que possam ser significativos para o mesmo e coerente com o seu perfil
de risco;
g) Confirmar em permanência que o nível de risco cumpre o sistema de limite de risco, definido na
alínea anterior para cada organismo de investimento coletivo gerido;
h) No caso de incumprimento efetivo ou previsto do sistema de limite de risco do organismo de
investimento coletivo, assegurar ações de correção atempadas no interesse dos participantes.
4 - A entidade gestora deve assegurar, para cada compartimento patrimonial autónomo ou organismo
de investimento coletivo por si gerido, a coerência entre a política de investimento e o perfil de liquidez
e entre cada um destes e a política de resgate, de acordo com o estabelecido nos documentos
constitutivos.
5 - Os mecanismos, processos e técnicas mencionados no presente artigo são proporcionais à natureza,
dimensão e complexidade das atividades e serviços prestados pela entidade gestora e dos organismos
de investimento coletivo sob gestão, bem como consistente com o perfil de risco dos mesmos, de acordo
com os termos a definir em regulamento da CMVM.
6 - Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 3, a avaliação da qualidade creditícia dos ativos dos
organismos de investimento coletivo não deve basear-se exclusiva ou mecanicamente em notações de
risco emitidas por agências de notação de risco, na aceção da alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º do
Regulamento (CE) n.º 1060/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de setembro de 2009.
7 - Tendo em conta a natureza, dimensão e complexidade das atividades do organismo de investimento
coletivo, a CMVM verifica a adequação dos processos de avaliação de crédito da entidade gestora,
avalia a utilização das referências a notações de risco nas políticas de investimento dos organismos de
investimento coletivo e, caso se justifique, incentiva a atenuação do impacto de tais referências, tendo
em vista reduzir a dependência exclusiva ou mecânica das entidades gestoras em relação às notações
de risco.
Artigo 79.º-A
Gestão da liquidez
a) Estabelecem e aplicam, para cada OICVM gerido, um processo adequado de gestão do risco de
liquidez, de modo a cumprir a todo o tempo com o disposto no n.º 2 do artigo 10.º;
b) Realizam, quando apropriado, testes de esforço (stress tests) que permitam avaliar o risco de liquidez
dos OICVM sob gestão em condições excecionais;
c) Asseguram, para cada compartimento patrimonial autónomo ou OICVM por si gerido, a coerência
entre a política de investimento e o perfil de liquidez e entre cada um destes e a política de resgate, de
acordo com o estabelecido nos documentos constitutivos.
a) Asseguram que, para cada OIA gerido que seja aberto ou em que tenha existido recurso ao efeito de
alavancagem, é estabelecido e aplicado um sistema adequado de gestão da liquidez e são adotados
procedimentos que permitam à entidade gestora acompanhar os riscos de liquidez do OIA e assegurar
que o perfil de liquidez dos investimentos do OIA é conforme com as suas obrigações subjacentes;
b) Realizam regularmente testes de esforço (stress tests), em condições normais e em condições
excecionais de liquidez, que lhes permitam avaliar e acompanhar adequadamente os riscos de liquidez
dos OIA sob gestão;
c) Asseguram a coerência entre a estratégia de investimento, o perfil de liquidez e a política de
reembolsos de cada OIA gerido;
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d) Observam ainda o disposto nos artigos 46.º a 49.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da
Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
Artigo 79.º-A
Gestão da liquidez
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-B
Cálculo da exposição global no âmbito da gestão de OICVM e de OIAVM
2 - Para efeitos do número anterior, as entidades gestoras podem calcular a exposição global através de
uma abordagem baseada nos compromissos, no valor sujeito a risco (value-at-risk) ou através de outros
métodos avançados de avaliação do risco, conforme apropriado.
3 - Para efeitos do número anterior, entende-se por valor sujeito a risco uma medida da perda máxima
esperada, com um determinado nível de confiança, durante um período específico.
4 - As entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM asseguram que o método
selecionado para medir a exposição global é adequado, considerando a estratégia de investimento
seguida pelo OICVM ou OIAVM e os tipos e complexidade dos instrumentos financeiros derivados
utilizados, bem como o respetivo peso na carteira do OICVM ou OIAVM.
5 - Sempre que um OICVM ou OIAVM utilizar técnicas e instrumentos para aumentar a alavancagem
ou a exposição ao risco de mercado, incluindo acordos de recompra ou concessão de empréstimo de
valores mobiliários, estas transações devem ser consideradas no cálculo da exposição global do OICVM
ou OIAVM.
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Artigo 79.º-B
Cálculo da exposição global no âmbito da gestão de organismos de investimento coletivo em valores
mobiliários e de organismos de investimento alternativo em valores mobiliários
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-C
Abordagem baseada nos compromissos no âmbito da gestão de OICVM e de OIAVM
1 - Quando é utilizada a abordagem baseada nos compromissos para o cálculo da exposição global, as
entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM aplicam esta abordagem a todas as
posições em instrumentos financeiros derivados, incluindo os instrumentos financeiros derivados
incorporados utilizados tanto no âmbito da política de investimento de OICVM ou OIAVM, para efeitos
de cobertura do risco, como para realização de objetivos de investimento.
2 - Quando é utilizada a abordagem baseada nos compromissos para o cálculo da exposição global, as
entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM convertem cada posição em
instrumentos financeiros derivados ao justo valor de uma posição equivalente no ativo subjacente ao
instrumento financeiro derivado em questão.
3 - As entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIA podem aplicar outros métodos de
cálculo que sejam equivalentes à abordagem padrão baseada nos compromissos referida no número
anterior.
4 - As entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIA podem considerar os mecanismos
de compensação e de cobertura do risco ao calcular a exposição global, desde que tais mecanismos não
ignorem riscos óbvios e substanciais e resultem numa redução clara da exposição ao risco.
5 - Sempre que o uso de instrumentos financeiros derivados não gerar uma exposição adicional para os
OICVM ou OIAVM, a exposição subjacente não tem de ser incluída no cálculo dos compromissos.
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Artigo 79.º-C
Abordagem baseada nos compromissos no âmbito da gestão de organismos de investimento coletivo
em valores mobiliários e de organismos de investimento alternativo em valores mobiliários.
1 - Quando é utilizada a abordagem baseada nos compromissos para o cálculo da exposição global,
as entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM aplicam esta abordagem a todas
as posições em instrumentos financeiros derivados, incluindo os instrumentos financeiros derivados
incorporados utilizados tanto no âmbito da política de investimento de OICVM ou OIAVM, para efeitos
de cobertura do risco, como para realização de objetivos de investimento.
2 - Quando é utilizada a abordagem baseada nos compromissos para o cálculo da exposição global,
as entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM convertem cada posição em
instrumentos financeiros derivados ao justo valor de uma posição equivalente no ativo subjacente ao
instrumento financeiro derivado em questão.
3 - As entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIA podem aplicar outros métodos de
cálculo que sejam equivalentes à abordagem padrão baseada nos compromissos referida no número
anterior.
4 - As entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIA podem considerar os mecanismos
de compensação e de cobertura do risco ao calcular a exposição global, desde que tais mecanismos
não ignorem riscos óbvios e substanciais e resultem numa redução clara da exposição ao risco.
5 - Sempre que o uso de instrumentos financeiros derivados não gerar uma exposição adicional para
os OICVM ou OIAVM, a exposição subjacente não tem de ser incluída no cálculo dos compromissos.
6 - Quando é utilizada a abordagem baseada nos compromissos, os empréstimos de valores mobiliários
contraídos por conta de OICVM ou OIAVM não têm de ser incluídos no cálculo da exposição global.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-D
Risco de contraparte e concentração de emitentes no âmbito da gestão de OICVM e de OIAVM
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7 - Para efeitos do número anterior, a garantia prestada pode ser compensada se as entidades gestoras
tiverem poderes para executar os acordos de compensação com a contraparte por conta dos OICVM ou
OIAVM sob gestão.
8 - As entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM calculam os limites de
concentração dos emitentes com base na exposição subjacente que resulte da utilização de instrumentos
financeiros derivados de acordo com a abordagem baseada nos compromissos.
9 - Relativamente à exposição resultante de transações de instrumentos financeiros derivados
transacionados no mercado de balcão, os cálculos devem incluir qualquer exposição ao risco de
contraparte dessas transações.
Artigo 79.º-D
Risco de contraparte e concentração de emitentes no âmbito da gestão de organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários e de organismos de investimento alternativo em
valores mobiliários.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-E
Procedimentos de cálculo do valor dos instrumentos financeiros derivados negociados no
mercado de balcão no âmbito da gestão de OICVM e de OIAVM
2 - O justo valor referido no número anterior não deve depender apenas dos preços indicados pelas
contrapartes das transações realizadas no mercado de balcão e deve preencher os critérios referidos no
n.º 3 do artigo 170.º.
3 - Para efeitos do disposto no n.º 1, as entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM
estabelecem, implementam e mantêm mecanismos e procedimentos que assegurem uma avaliação
adequada, transparente e justa das exposições dos OICVM e OIAVM relativamente a instrumentos
financeiros derivados transacionados no mercado de balcão.
4 - As entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM asseguram que o justo valor
dos instrumentos financeiros derivados transacionados no mercado de balcão está sujeito a uma
avaliação adequada, precisa e independente.
5 - Sempre que os mecanismos e procedimentos de avaliação dos instrumentos financeiros derivados
transacionados no mercado de balcão impliquem a realização de certas atividades por terceiros, as
entidades gestoras de OICVM e as entidades gestoras de OIAVM asseguram o cumprimento dos
requisitos previstos na alínea b) do n.º 1 do artigo 79.º-I e nas alíneas j) e k) do n.º 1 do artigo 76.º.
6 - O estabelecimento, implementação e manutenção dos mecanismos e procedimentos de avaliação das
exposições dos OICVM e OIAVM relativamente a instrumentos financeiros derivados transacionados
no mercado de balcão constitui uma competência específica da função de gestão de riscos.
7 - Os mecanismos e procedimentos de avaliação das exposições dos OICVM e OIAVM relativamente
a instrumentos financeiros derivados transacionados no mercado de balcão são adequadamente
documentados.
8 - Os mecanismos e procedimentos de avaliação devem ser adequados e proporcionados à natureza e
à complexidade dos instrumentos financeiros derivados transacionados no mercado de balcão em causa.
Artigo 79.º-E
Procedimentos de cálculo do valor dos instrumentos financeiros derivados negociados no mercado
de balcão no âmbito da gestão de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e de
organismos de investimento alternativo em valores mobiliários.
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-F
Relatório sobre os instrumentos financeiros derivados no âmbito da gestão de OICVM e de
OIAVM
Artigo 79.º-F
Relatório sobre os instrumentos financeiros derivados no âmbito da gestão de organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários e de organismos de investimento alternativo em
valores mobiliários.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
SUBSECÇÃO II
Organização interna
Artigo 79.º-G
Requisitos gerais
a) Recursos humanos e técnicos adequados, apropriados e necessários à boa gestão dos organismos de
investimento coletivo;
b) Procedimentos sólidos de contabilidade e de organização;
c) Dispositivos de controlo e de segurança no tratamento eletrónico de dados;
d) Mecanismos adequados de controlo interno, incluindo, em particular, regras sobre as operações
pessoais dos seus colaboradores e sobre a detenção ou gestão de investimentos em instrumentos
financeiros por conta própria, que assegurem, pelo menos, que:
i) Cada operação envolvendo organismos de investimento coletivo pode ser reconstituída de acordo com
a sua origem, partes, natureza, momento e local de execução;
ii) Os ativos dos organismos de investimento coletivo sob gestão são investidos de acordo com a
legislação aplicável e os documentos constitutivos;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-H
Organização e procedimentos internos
a) A natureza, a escala e a complexidade da sua atividade, bem como a natureza e a gama de serviços e
funções realizadas no decurso dessa atividade;
b) Os riscos de sustentabilidade.
Artigo 79.º-H
Organização e procedimentos internos
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-I
Recursos
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, as entidades gestoras de OICVM têm em conta a
natureza, a escala e a complexidade da sua atividade, bem como a natureza e a gama de serviços e
funções realizadas no decurso dessa atividade.
3 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 22.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
Artigo 79.º-I
Recursos
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-J
Políticas e procedimentos de contabilidade
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-K
Controlo pela direção de topo e pelo órgão de fiscalização
1 - As entidades gestoras de OICVM asseguram que, na atribuição de funções a nível interno, a sua
direção de topo e, se adequado, o seu órgão de fiscalização são responsáveis pelo cumprimento dos
deveres das entidades gestoras.
2 - As entidades gestoras de OICVM asseguram, em especial, que a sua direção de topo:
a) É responsável pela execução da política geral de investimento prevista nos documentos constitutivos
de cada OICVM gerido;
b) Fiscaliza a aprovação de estratégias de investimento para cada OICVM gerido;
c) É responsável por assegurar que a entidade gestora mantém uma função permanente e eficaz de
verificação do cumprimento (compliance), ainda que esta função seja exercida por terceiros;
d) Assegura e verifica periodicamente que a política geral de investimento, as estratégias de
investimento e os limites de risco de cada OICVM gerido são executados e cumpridos de modo
adequado e eficaz, ainda que a função de gestão de riscos seja exercida por terceiros;
e) Aprova e revê periodicamente a adequação dos processos internos de tomada de decisões de
investimento de cada OICVM gerido, de modo a assegurar que essas decisões são consistentes com as
estratégias de investimento aprovadas;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3 - As entidades gestoras de OICVM asseguram que a sua direção de topo e, quando apropriado, o seu
órgão de fiscalização:
a) A sua direção de topo recebe com regularidade, e pelo menos numa base anual, relatórios escritos
sobre questões relativas à verificação do cumprimento (compliance), à auditoria interna e à gestão de
riscos, indicando, em especial e se apropriado, se foram tomadas medidas corretivas adequadas no caso
de eventuais deficiências;
b) A sua direção de topo recebe regularmente relatórios sobre a aplicação de estratégias de investimento
e dos procedimentos internos de tomada de decisões de investimento referidos nas alíneas b) a e) do n.º
2;
c) O seu órgão de fiscalização recebe numa base regular relatórios escritos sobre as questões referidas
na alínea a).
5 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 60.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
Artigo 79.º-K
Controlo pela direção de topo e pelo órgão de fiscalização
1 - As entidades gestoras de OICVM asseguram que, na atribuição de funções a nível interno, a sua
direção de topo e, se adequado, o seu órgão de fiscalização são responsáveis pelo cumprimento dos
deveres das entidades gestoras.
2 - As entidades gestoras de OICVM asseguram, em especial, que a sua direção de topo:
a) É responsável pela execução da política geral de investimento prevista nos documentos constitutivos
de cada OICVM gerido;
b) Fiscaliza a aprovação de estratégias de investimento para cada OICVM gerido;
c) É responsável por assegurar que a entidade gestora mantém uma função permanente e eficaz de
verificação do cumprimento (compliance), ainda que esta função seja exercida por terceiros;
d) Assegura e verifica periodicamente que a política geral de investimento, as estratégias de
investimento e os limites de risco de cada OICVM gerido são executados e cumpridos de modo
adequado e eficaz, ainda que a função de gestão de riscos seja exercida por terceiros;
e) Aprova e revê periodicamente a adequação dos processos internos de tomada de decisões de
investimento de cada OICVM gerido, de modo a assegurar que essas decisões são consistentes com as
estratégias de investimento aprovadas;
f) Aprova e revê periodicamente a política de gestão de riscos e os mecanismos, processos e técnicas
de execução dessa política, incluindo o sistema de limitação do risco de cada OICVM gerido.
3 - As entidades gestoras de OICVM asseguram que a sua direção de topo e, quando apropriado, o seu
órgão de fiscalização:
a) Avaliam e reveem periodicamente a eficácia das políticas, mecanismos e procedimentos
estabelecidos para dar cumprimento aos deveres das entidades gestoras;
b) Tomam as medidas necessárias para corrigir eventuais deficiências.
4 - As entidades gestoras de OICVM asseguram ainda que:
a) A sua direção de topo recebe com regularidade, e pelo menos numa base anual, relatórios escritos
sobre questões relativas à verificação do cumprimento (compliance), à auditoria interna e à gestão de
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-L
Verificação do cumprimento (compliance)
a) A sua observância é desproporcional face à natureza, à escala e à complexidade da sua atividade, bem
como à natureza e à gama dos seus serviços e funções;
b) A sua função de verificação do cumprimento permanece eficaz.
6 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 61.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-M
Auditoria interna
2 - A observância do disposto no número anterior apenas é exigida se tal for adequado e proporcional
face à natureza, à escala e à complexidade da atividade da entidade gestora, bem como à natureza e à
gama das funções de gestão de organismos de investimento coletivo por esta desempenhadas.
3 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 62.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-N
Gestão de riscos
1 - As entidades gestoras de OICVM estabelecem e mantêm uma função permanente de gestão de riscos
que tenha as seguintes competências:
i) Consistência entre os níveis de risco atualmente incorridos por cada OICVM gerido e o perfil de risco
acordado para esse OICVM;
ii) Cumprimento, por cada OICVM gerido, dos sistemas de limite de riscos relevantes;
iii) Adequação e eficácia do processo de gestão de riscos, indicando, em especial, se foram tomadas
medidas corretivas adequadas no caso de eventuais deficiências;
e) Fornecer relatórios regulares à direção de topo apontando os níveis atuais de risco incorridos por cada
OICVM gerido, bem como quaisquer violações efetivas ou previsíveis dos respetivos limites, de modo
a assegurar que as ações apropriadas são prontamente tomadas;
f) Examinar e reforçar, quando apropriado, os mecanismos e procedimentos de avaliação dos
instrumentos financeiros derivados negociados no mercado de balcão.
a) Tem a autoridade necessária e acesso a toda a informação relevante para efeitos de cumprimento dos
deveres referidos no número anterior;
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b) É hierárquica e funcionalmente independente das unidades operacionais, exceto se tal não for
adequado e proporcional face à natureza, à escala e à complexidade da atividade da entidade gestora e
dos OICVM por si geridos.
4 - As entidades gestoras de OIA estabelecem e mantêm uma função permanente de gestão de riscos
nos termos previstos no artigo 39.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão
Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
5 - A função permanente de gestão dos riscos referida no número anterior é hierárquica e funcionalmente
independente das unidades operacionais, incluindo da gestão do património, nos termos previstos no
artigo 42.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de
2012, exceto se tal não for adequado e proporcional face à natureza, à escala e à complexidade da
atividade da entidade gestora e dos OIA por si geridos.
6 - As entidades gestoras de OIA demonstram, em qualquer caso, que:
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 79.º-O
Operações pessoais
1 - As entidades gestoras de OICVM estabelecem, aplicam e mantêm mecanismos adequados para evitar
que qualquer pessoa relevante envolvida em atividades suscetíveis de originar um conflito de interesses
ou que tenha acesso a informação privilegiada ou a outra informação confidencial relacionada com
OICVM ou com operações realizadas com OICVM ou por conta de OICVM em virtude de uma
atividade realizada por essa pessoa relevante em representação da entidade gestora:
a) Participe numa operação pessoal que preencha pelo menos um dos seguintes critérios:
i) A pessoa relevante está proibida de participar nessa operação pessoal nos termos do Regulamento
(UE) n.º 596/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril de 2014;
ii) A operação pessoal envolve a utilização ilícita ou a divulgação indevida de informação confidencial;
iii) A operação pessoal é incompatível, ou é suscetível de ser em relação a um dever da entidade gestora;
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i) Participar numa operação sobre instrumentos financeiros que, caso fosse uma operação pessoal da
pessoa relevante, estaria abrangida pela alínea a) do presente número ou pelas alíneas a) ou b) do n.º 2
do artigo 37.º do Regulamento Delegado (UE) 2017/565, da Comissão, de 25 de abril de 2016, ou que
de outra forma constituiria uma utilização ilícita de informação relativa a ordens pendentes;
ii) Aconselhar ou promover a participação de qualquer outra pessoa nessa operação.
2 - Os mecanismos exigidos nos termos do número anterior são especialmente concebidos para
assegurar que:
a) Cada pessoa relevante abrangida pelo número anterior está consciente das restrições relativas a
operações pessoais e das medidas estabelecidas pela entidade gestora em matéria de operações pessoais
e de divulgação de informação, em conformidade com o disposto no número anterior;
b) A entidade gestora é prontamente informada de qualquer operação pessoal realizada por uma pessoa
relevante, quer através de notificação dessa operação, quer através de outros procedimentos que
permitam à entidade gestora identificar essa operação;
c) É mantido um registo de cada operação pessoal notificada à entidade gestora ou por si identificada,
incluindo qualquer autorização ou proibição relativa a essa operação;
d) Os terceiros que realizem determinadas atividades por conta da entidade gestora mantêm um registo
das operações pessoais em que tenham participado quaisquer pessoas relevantes e, sempre que
solicitado, prestam prontamente essa informação à entidade gestora.
3 - O disposto nos números anteriores não é aplicável aos seguintes tipos de operações pessoais:
4 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, operação pessoal tem o significado descrito no
artigo 28.º do Regulamento Delegado (UE) 2017/565, da Comissão, de 25 de abril de 2016.
5 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 63.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 80.º
Execução de decisões de negociação por conta dos organismos de investimento coletivo geridos
1 - As entidades gestoras de OICVM adotam todas as medidas razoáveis para obter o melhor resultado
possível para os OICVM quando executam as operações sobre instrumentos financeiros por conta
destes, considerando o preço, os custos, a rapidez, a probabilidade de execução e liquidação, o volume
e a natureza ou qualquer outro fator relevante.
2 - A importância relativa dos fatores mencionados no número anterior é determinada por referência
aos critérios seguintes:
3 - As entidades gestoras de OICVM adotam políticas e mecanismos eficazes para cumprir a obrigação
referida no n.º 1.
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Artigo 80.º
Execução de decisões de negociação por conta dos organismos de investimento coletivo geridos
1 - As entidades gestoras de OICVM adotam todas as medidas razoáveis para obter o melhor resultado
possível para os OICVM quando executam as operações sobre instrumentos financeiros por conta
destes, considerando o preço, os custos, a rapidez, a probabilidade de execução e liquidação, o volume
e a natureza ou qualquer outro fator relevante.
2 - A importância relativa dos fatores mencionados no número anterior é determinada por referência
aos critérios seguintes:
a) Os objetivos, a política de investimento e os riscos específicos para os organismos de investimento
coletivo, de acordo com o previsto nos documentos constitutivos dos OICVM;
b) As características da operação;
c) As características dos instrumentos financeiros que são objeto da operação;
d) As características dos locais de execução da operação.
3 - As entidades gestoras de OICVM adotam políticas e mecanismos eficazes para cumprir a obrigação
referida no n.º 1.
4 - No que respeita a organismos de investimento sob forma societária heterogeridos, as entidades
gestoras de OICVM obtêm a autorização prévia daqueles relativamente à política de execução.
5 - As entidades gestoras de OICVM colocam ao dispor dos participantes informação adequada sobre
a política de execução adotada, bem como sobre quaisquer alterações relevantes à mesma.
6 - As entidades gestoras de OICVM reveem anualmente a sua política de execução de operações e
controlam regularmente a eficácia da política e dos mecanismos de execução de forma a identificar e,
sempre que necessário, corrigir eventuais deficiências.
7 - A revisão referida no número anterior é igualmente realizada sempre que ocorra qualquer alteração
relevante que afete a capacidade da entidade gestora para continuar a obter os melhores resultados
possíveis para os OICVM sob gestão.
8 - As entidades gestoras de OICVM devem ser capazes de demonstrar que executaram as operações
por conta dos OICVM em conformidade com a sua política de execução.
9 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 27.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 80.º
Execução das operações sobre instrumentos financeiros por conta dos organismos de investimento
coletivo geridos
1 - As entidades gestoras devem adotar todas as medidas razoáveis para obter o melhor resultado
possível para os organismos de investimento coletivo quando executam as operações sobre
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instrumentos financeiros por conta destes, considerando o preço, os custos, a rapidez, a probabilidade
de execução e liquidação, o volume e a natureza ou qualquer outro fator relevante.
2 - A importância relativa dos fatores mencionados no número anterior é determinada por referência
aos critérios seguintes:
a) Os objetivos, a política de investimento e os riscos específicos para os organismos de investimento
coletivo, de acordo com o previsto nos documentos constitutivos dos organismos de investimento
coletivo;
b) As características da operação;
c) As características dos instrumentos financeiros que são objeto da operação;
d) As características dos locais de execução da operação.
3 - A entidade gestora deve adotar políticas e mecanismos eficazes para cumprir a obrigação referida
no n.º 1.
4 - No que respeita a organismos de investimento sob forma societária heterogeridos, as entidades
gestoras devem obter a autorização prévia daqueles relativamente à política de execução.
5 - As entidades gestoras colocam ao dispor dos participantes informação adequada sobre a política
de execução adotada, bem como sobre quaisquer alterações relevantes à mesma.
6 - As entidades gestoras reveem anualmente a sua política de execução de operações e controlam
regularmente a eficácia da política e dos mecanismos de execução de forma a identificar e, sempre que
necessário, corrigir eventuais deficiências.
7 - A revisão referida no número anterior é igualmente realizada sempre que ocorra qualquer alteração
relevante que afete a capacidade da entidade gestora para continuar a obter os melhores resultados
possíveis para os organismos de investimento coletivo sob gestão.
8 - As entidades gestoras devem ser capazes de demonstrar que executaram as operações por conta dos
organismos de investimento coletivo em conformidade com a sua política de execução.
Artigo 81.º
Transmissão de ordens de negociação por conta dos organismos de investimento coletivo a
outras entidades para execução
1 - As entidades gestoras de OICVM tomam as medidas razoáveis para obter o melhor resultado possível
para os OICVM quando transmitem a terceiros, para execução, ordens de negociação por conta
daqueles, considerando os fatores referidos no n.º 1 do artigo anterior e os critérios referidos no n.º 2 do
mesmo artigo.
2 - Para assegurar o cumprimento previsto no número anterior, as entidades gestoras de OICVM:
a) Adotam uma política que lhes permita identificar, em relação a cada categoria de instrumentos
financeiros, as entidades a quem as ordens são transmitidas, devendo os acordos de execução celebrados
com tais entidades garantir o cumprimento do disposto no presente artigo;
b) Colocam ao dispor dos participantes informação adequada sobre a política adotada nos termos
previstos na alínea anterior, bem como quaisquer alterações relevantes à mesma;
c) Avaliam a eficácia da política adotada nos termos da alínea a) e, em particular, a qualidade da
execução de ordens realizada pelas entidades naquela referidas, e quando necessário corrigem qualquer
insuficiência constatada.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 81.º
Transmissão de ordens sobre instrumentos financeiros por conta dos organismos de investimento
coletivo a outras entidades para execução
1 - As entidades gestoras devem tomar as medidas razoáveis para obter o melhor resultado possível
para os organismos de investimento coletivo quando transmitem a terceiros, para execução, ordens de
negociação por conta daqueles, considerando os fatores referidos no n.º 1 do artigo anterior e os
critérios referidos no n.º 2 do mesmo artigo.
2 - Para assegurar o cumprimento previsto no n.º 1, as entidades gestoras devem:
a) Adotar uma política que lhes permita identificar, em relação a cada categoria de instrumentos
financeiros, as entidades a quem as ordens são transmitidas, devendo os acordos de execução
celebrados com tais entidades garantir o cumprimento do disposto no presente artigo;
b) Colocar ao dispor dos participantes informação adequada sobre a política adotada nos termos
previstos na alínea anterior, bem como quaisquer alterações relevantes à mesma;
c) Avaliar a eficácia da política adotada nos termos da alínea a) e, em particular, a qualidade da
execução de ordens realizada pelas entidades naquela referidas, e quando necessário corrigir qualquer
insuficiência constatada.
3 - As entidades gestoras devem avaliar a política referida na alínea a) do número anterior anualmente
e sempre que ocorra qualquer alteração relevante suscetível de afetar a capacidade da entidade gestora
para continuar a obter os melhores resultados possíveis para os organismos de investimento coletivo
que gere.
4 - As entidades gestoras devem ser capazes de demonstrar que transmitiram ordens para execução
por conta dos organismos de investimento coletivo que gerem em conformidade com a política referida
na alínea a) do n.º 2.
Artigo 82.º
Tratamento de operações
a) Registo e afetação das operações executadas por conta dos OICVM de forma rápida e rigorosa;
b) Execução das operações por conta de OICVM comparáveis de modo sequencial e célere, salvo se as
características da operação ou as condições prevalecentes no mercado tornarem tal impraticável ou se a
salvaguarda dos interesses dos OICVM exigir um procedimento alternativo.
2 - Os ativos ou os fundos recebidos aquando da liquidação das operações executadas devem ser
inscritos de forma célere e correta na conta dos OICVM.
3 - As entidades gestoras de OICVM não podem usar ilicitamente as informações respeitantes a
operações pendentes do OICVM e tomam todas as medidas razoáveis para impedir a utilização ilícita
dessas informações por qualquer pessoa relevante.
4 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 25.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 82.º
Tratamento de operações
1 - A entidade gestora deve adotar procedimentos e mecanismos que permitam a execução célere,
equilibrada e expedita das operações realizadas por conta dos organismos de investimento coletivo e
que satisfaçam, designadamente, as seguintes condições:
a) Registo e afetação das operações executadas por conta dos organismos de investimento coletivo de
forma rápida e rigorosa;
b) Execução das operações por conta de organismos de investimento coletivo comparáveis de modo
sequencial e célere, salvo se as características da operação ou as condições prevalecentes no mercado
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
tornarem tal impraticável ou se a salvaguarda dos interesses dos organismos de investimento coletivo
exigir um procedimento alternativo.
2 - Os ativos ou os fundos recebidos aquando da liquidação das operações executadas devem ser
inscritos de forma célere e correta na conta dos organismos de investimento coletivo.
3 - As entidades gestoras não podem usar ilicitamente as informações respeitantes a operações
pendentes do organismo de investimento coletivo e devem tomar todas as medidas razoáveis para
impedir a utilização ilícita dessas informações por qualquer pessoa referida no n.º 5 do artigo 304.º do
Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro.
Artigo 83.º
Agregação e afetação de ordens
1 - Não é permitida a agregação da execução de uma ordem de um OICVM a uma ordem de outro
OICVM ou de outro cliente ou a uma ordem realizada por conta própria pelas entidades gestoras de
OICVM, exceto quando:
a) Seja pouco provável que a agregação de ordens resulte, em termos globais, num prejuízo para
qualquer OICVM ou cliente cuja ordem se pretenda agregar;
b) Seja adotada uma política de afetação das ordens que proporcione, em termos suficientemente
precisos, uma afetação equitativa das ordens agregadas, incluindo o modo como o volume e o preço das
ordens determinam a afetação e o tratamento das execuções parciais.
2 - Sempre que procedam à agregação de uma ordem de um OICVM com uma ou mais ordens de outros
OICVM ou clientes e essa ordem agregada seja apenas executada parcialmente, as entidades gestoras
de OICVM reafetam as transações correspondentes de acordo com a sua política de afetação de ordens.
3 - Sempre que procedam à agregação da ordem de um OICVM ou de outro cliente com uma ordem
realizada por conta própria, as entidades gestoras de OICVM:
a) Quando a ordem agregada seja apenas parcialmente executada, afetam prioritariamente as transações
correspondentes à carteira dos OICVM ou de outros clientes e não à carteira própria; e
b) Não podem afetar as transações correspondentes de forma prejudicial para os OICVM ou para os
outros clientes.
4 - Não obstante o disposto na alínea a) do número anterior, se as entidades gestoras de OICVM puderem
demonstrar aos participantes dos OICVM ou aos seus outros clientes, com base numa fundamentação
razoável, que sem a agregação não lhes teria sido possível executar a ordem em condições tão vantajosas
ou que esta não teria sido executada, a transação realizada pode ser afetada na conta própria das
entidades gestoras de forma proporcional, de acordo com a política referida na alínea b) do n.º 1.
5 - (Revogado.)
6 - (Revogado.)
7 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 29.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 83.º
Agregação e afetação de ordens
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2 - Sempre que proceda à agregação de uma ordem de um organismo de investimento coletivo com
uma ou mais ordens de outros organismos de investimento coletivo ou clientes e essa ordem agregada
seja apenas executada parcialmente, a entidade gestora deve reafetar as transações correspondentes
de acordo com a sua política de afetação de ordens.
3 - Sempre que proceda à agregação da ordem de um organismo de investimento coletivo ou de outro
cliente com uma ordem realizada por conta própria, a entidade gestora:
a) Quando a ordem agregada seja apenas parcialmente executada, deve afetar prioritariamente as
transações correspondentes à carteira dos organismos de investimento coletivo ou de outros clientes e
não à carteira própria; e
b) Não pode afetar as transações correspondentes de forma prejudicial para os organismos de
investimento coletivo ou para os outros clientes.
4 - Não obstante o disposto na alínea a) do número anterior, se a entidade gestora puder demonstrar
ao organismo de investimento coletivo ou ao seu outro cliente, com base numa fundamentação razoável,
que sem a agregação não lhe teria sido possível executar a ordem em condições tão vantajosas ou que
esta não teria sido executada, a transação realizada pode ser afetada na conta própria da entidade
gestora de forma proporcional, de acordo com a política referida na alínea b) do n.º 1.
5 - À política referida na alínea b) do n.º 1 aplica-se o disposto no n.º 9 do artigo 330.º do Código dos
Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro.
6 - Para efeitos do disposto no presente artigo, a referência a ordem abrange igualmente as decisões
de investimento sobre instrumentos financeiros relativas a carteira individual, própria ou de cliente,
ou por conta de um organismo de investimento coletivo.
Artigo 84.º
Registo das operações
1 - As entidades gestoras de OICVM adotam, para cada operação do OICVM, um registo imediato das
informações adequadas para permitir a reconstituição da ordem ou da decisão de investimento e da
operação executada.
2 - Quando se trate de operações sobre instrumentos financeiros, o registo referido no número anterior
deve incluir os seguintes dados:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 84.º
Registo das operações
1 - A entidade gestora deve adotar, para cada operação do organismo de investimento coletivo, um
registo imediato das informações adequadas para permitir a reconstituição da ordem ou da decisão de
investimento e da operação executada.
2 - Quando se trate de operações sobre instrumentos financeiros, o registo referido no número anterior
deve incluir os seguintes dados:
a) O nome ou outra denominação do organismo de investimento coletivo e da pessoa que atua em nome
do organismo de investimento coletivo;
b) Os detalhes necessários para identificar o instrumento em questão;
c) A quantidade;
d) O tipo de ordem ou operação;
e) O preço;
f) Em relação às ordens, a data e a hora exata da transmissão da ordem e a identificação do
intermediário financeiro a quem a ordem foi transmitida ou, em relação às operações, a data e a hora
exata da tomada de decisão de negociação e da execução da operação;
g) O nome da pessoa que transmite a ordem ou executa a operação;
h) Quando aplicável, os motivos da revogação de uma ordem;
i) Em relação a operações executadas, a identificação da contraparte e da estrutura de negociação.
3 - Entende-se por estrutura de negociação o referido no n.º 2 do artigo 331.º do Código dos Valores
Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro.
4 - São objeto de registo especial organizado pela entidade gestora, nos termos previstos em
regulamento da CMVM, as operações sobre instrumentos financeiros admitidos à negociação em
mercado regulamentado realizadas fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral.
Artigo 85.º
Registo de ordens de subscrição e resgate
1 - As entidades gestoras de OICVM tomam todas as medidas razoáveis para assegurar que as ordens
de subscrição e de resgate relativas a OICVM dadas pelos clientes ou participantes, ou transmitidas por
entidades comercializadoras, sejam centralizadas e registadas imediatamente após a respetiva receção.
2 - O registo das ordens referido no número anterior inclui a seguinte informação:
a) O OICVM relevante;
b) A pessoa que dá ou transmite a ordem;
c) A pessoa que recebe a ordem;
d) A data e hora da ordem;
e) As condições e modo de pagamento;
f) O tipo de ordem;
g) A data de execução da ordem;
h) O número de unidades de participação subscritas ou reembolsadas;
i) O preço unitário de subscrição ou de reembolso;
j) O valor total de subscrição ou de reembolso das unidades de participação;
k) O valor bruto da ordem incluindo os encargos de subscrição ou o montante líquido depois de
deduzidos os encargos do reembolso.
3 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 65.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 85.º
Registo de ordens de subscrição e resgate
1 - A entidade gestora deve tomar todas as medidas razoáveis para assegurar que as ordens de
subscrição e de resgate relativas a organismo de investimento coletivo dadas pelos clientes ou
participantes, ou transmitidas por entidades comercializadoras, sejam centralizadas imediatamente
após a respetiva receção.
2 - O registo das ordens de subscrição e resgate previsto no artigo 307.º do Código dos Valores
Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, é assegurado pelas entidades
comercializadoras.
Artigo 86.º
Tratamento de reclamações e prestação de informação
1 - Os investidores têm o direito de apresentar reclamações gratuitamente junto das entidades gestoras
de OICVM e de OIA não dirigidos exclusivamente a investidores profissionais.
2 - As entidades gestoras de OICVM e de OIA não dirigidos exclusivamente a investidores
profissionais:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 86.º
Tratamento de reclamações dos participantes
Artigo 87.º
Tratamento eletrónico de dados
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a) Dispõem de sistemas eletrónicos adequados que permitam o registo atempado e correto de cada
operação realizada por conta do OICVM e de cada ordem de subscrição e de resgate, em cumprimento
das regras aplicáveis a esse registo;
b) Asseguram um nível elevado de segurança durante o tratamento eletrónico de dados, bem como a
integridade e a confidencialidade das informações registadas.
2 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 58.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 87.º
Pedidos de informação do público e das autoridades competentes
Artigo 87.º-A
Comunicação interna de factos, provas e informações
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 87.º-A
Comunicação interna de factos, provas e informações
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 104/2017, de 30 de agosto – com início de vigência em 29 de setembro
de 2017)
Artigo 88.º
Conservação de registos
a) A CMVM possa aceder prontamente aos registos e reconstituir cada uma das fases essenciais do
processamento de todas as operações;
b) Possam ser facilmente verificadas quaisquer correções ou emendas aos registos, bem como o
conteúdo dos registos antes de efetuadas essas correções ou emendas;
c) Não seja possível manipular ou alterar por qualquer forma os registos.
5 - As entidades gestoras de OIA observam o disposto no artigo 66.º do Regulamento Delegado (UE)
n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012, quanto à conservação dos registos aí
previstos, observando ainda, quanto à conservação dos demais registos e documentação, o disposto nos
números anteriores.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 88.º
Prazo de conservação
Sem prejuízo de exigências legais ou regulamentares mais rigorosas, as entidades gestoras conservam
em arquivo, pelo prazo mínimo de cinco anos, todos os documentos e registos relativos aos organismos
de investimento coletivo que administrem.
SUBSECÇÃO III
Conflitos de interesses
(Epígrafe alterada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1
de janeiro de 2020)
SUBSECÇÃO III
Conflitos de interesses e operações proibidas
Artigo 88.º-A
Conflitos de interesses no âmbito da gestão de organismos de investimento coletivo em valores
mobiliários
2 - As entidades gestoras de OICVM tomam ainda todas as medidas razoáveis para identificar, prevenir,
gerir e acompanhar a ocorrência de conflitos de interesses e, caso estes não possam ser evitados, para
assegurar que os participantes dos OICVM que gerem são tratados equitativamente.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 88.º-B
Critérios de identificação de conflitos de interesses no âmbito da gestão de organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários
1 - Para efeitos de identificação dos tipos de conflitos de interesses que surgem no âmbito da sua
atividade e que são suscetíveis de prejudicar os interesses dos participantes de um OICVM, incluindo
os que possam decorrer da integração dos riscos de sustentabilidade nos processos, políticas e
procedimentos internos, as entidades gestoras de OICVM têm em consideração, como critérios
mínimos, se, no contexto da gestão de OICVM ou em qualquer outro contexto, a entidade gestora, uma
pessoa relevante ou uma pessoa direta ou indiretamente ligada à entidade gestora através de uma relação
de controlo:
a) Poderá obter um ganho financeiro ou evitar uma perda financeira em detrimento do OICVM;
b) Tem um interesse distinto do interesse dos participantes do OICVM no resultado de uma atividade
ou serviço prestado ao OICVM ou a outro cliente ou no resultado de uma operação realizada por conta
do OICVM ou de outro cliente;
c) Tem um incentivo financeiro ou de outra natureza para privilegiar os interesses de um outro cliente
ou grupo de clientes face ao interesse dos participantes do OICVM;
d) Exerce as mesmas atividades para o OICVM e para outro cliente ou clientes que não sejam OICVM;
e) Recebe ou receberá de uma pessoa distinta do OICVM um benefício relativo à atividade de gestão
do OICVM, sob forma de dinheiro, bens ou serviços, que não seja a comissão de gestão normalmente
cobrada pela realização dessa atividade.
a) Os seus próprios interesses, incluindo os decorrentes da sua integração num grupo ou da prestação
de serviços e atividades, os interesses dos clientes e os seus deveres perante cada OICVM por si gerido;
b) Os interesses de dois ou mais OICVM por si geridos.
Artigo 88.º-B
Critérios de identificação de conflitos de interesses no âmbito da gestão de organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários
1 - Para efeitos de identificação dos tipos de conflitos de interesses que surgem no âmbito da sua
atividade e que são suscetíveis de prejudicar os interesses dos participantes de um OICVM, as entidades
gestoras de OICVM têm em consideração, como critérios mínimos, se, no contexto da gestão de OICVM
ou em qualquer outro contexto, a entidade gestora, uma pessoa relevante ou uma pessoa direta ou
indiretamente ligada à entidade gestora através de uma relação de controlo:
a) Poderá obter um ganho financeiro ou evitar uma perda financeira em detrimento do OICVM;
b) Tem um interesse distinto do interesse dos participantes do OICVM no resultado de uma atividade
ou serviço prestado ao OICVM ou a outro cliente ou no resultado de uma operação realizada por conta
do OICVM ou de outro cliente;
c) Tem um incentivo financeiro ou de outra natureza para privilegiar os interesses de um outro cliente
ou grupo de clientes face ao interesse dos participantes do OICVM;
d) Exerce as mesmas atividades para o OICVM e para outro cliente ou clientes que não sejam OICVM;
e) Recebe ou receberá de uma pessoa distinta do OICVM um benefício relativo à atividade de gestão
do OICVM, sob forma de dinheiro, bens ou serviços, que não seja a comissão de gestão normalmente
cobrada pela realização dessa atividade.
2 - Na identificação dos tipos de conflitos de interesses, as entidades gestoras de OICVM consideram:
a) Os seus próprios interesses, incluindo os decorrentes da sua integração num grupo ou da prestação
de serviços e atividades, os interesses dos clientes e os seus deveres perante cada OICVM por si gerido;
b) Os interesses de dois ou mais OICVM por si geridos.
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 88.º-C
Política em matéria de conflito de interesses no âmbito da gestão de organismos de investimento
coletivo em valores mobiliários
1 - As entidades gestoras de OICVM estabelecem, aplicam e mantêm uma política reduzida a escrito
em matéria de conflito de interesses, que seja eficaz e adequada à dimensão e organização da entidade
gestora e à natureza, escala e complexidade da sua atividade.
2 - Sempre que a entidade gestora esteja integrada num grupo, a política referida no número anterior
tem igualmente em conta quaisquer circunstâncias que são ou deveriam ser do conhecimento da entidade
gestora e que sejam suscetíveis de originar um conflito de interesses decorrente da estrutura e atividades
de outras entidades do grupo.
3 - A política referida no n.º 1 inclui:
a) A identificação, relativamente à atividade de gestão de OICVM exercida pela entidade gestora ou por
outra entidade por sua conta, das circunstâncias que constituem ou podem originar um conflito de
interesses que comporte um risco relevante de prejuízo para os interesses dos participantes do OICVM
ou de um ou mais dos outros clientes da entidade gestora;
b) Os procedimentos a seguir e as medidas a adotar para gerir esses conflitos.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 88.º-D
Procedimentos e medidas em matéria de conflito de interesses no âmbito da gestão de
organismos de investimento coletivo em valores mobiliários
a) Procedimentos eficazes para impedir ou controlar a troca de informação entre pessoas relevantes
envolvidas em atividades de gestão de OICVM que comportem um risco de conflito de interesses,
sempre que a troca dessas informações possa prejudicar os interesses de um ou mais clientes;
b) A fiscalização autónoma das pessoas relevantes cujas principais funções envolvam a prestação de
serviços ou a gestão de OICVM por conta de clientes ou de investidores cujos interesses possam
conflituar, ou que representem interesses diferentes que possam conflituar, incluindo os interesses da
entidade gestora;
c) A eliminação de qualquer relação direta entre a remuneração de pessoas relevantes envolvidas a título
principal numa atividade e a remuneração ou as receitas geradas por outras pessoas relevantes
envolvidas a título principal numa outra atividade, quando possa surgir um conflito de interesses relativo
a essas atividades;
d) Medidas destinadas a impedir ou limitar qualquer pessoa de exercer uma influência inadequada sobre
o modo como uma pessoa relevante desempenha a atividade de gestão de OICVM;
e) Medidas destinadas a impedir ou controlar o envolvimento simultâneo ou sequencial de uma pessoa
relevante em diferentes atividades de gestão de OICVM, quando esse envolvimento possa comprometer
a gestão adequada dos conflitos de interesses.
3 - Caso a adoção ou a aplicação de uma ou mais das medidas e procedimentos previstos no número
anterior não assegure o grau de independência exigido, as entidades gestoras de OICVM adotam as
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 89.º
Gestão e acompanhamento de conflitos de interesses no âmbito da gestão de organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 89.º
Registo de atividades que originam conflitos de interesses
1 - Sempre que qualquer pessoa referida no n.º 5 do artigo 304.º do Código dos Valores Mobiliários,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, detete que os mecanismos organizativos ou
administrativos adotados pela entidade gestora para a gestão de conflitos de interesses não são
suficientes para garantir a prevenção de riscos de prejuízo para os interesses dos participantes dos
organismos de investimento coletivo geridos, deve informar imediatamente o órgão de administração
e o órgão de fiscalização da entidade gestora, os quais devem tomar as decisões necessárias para
garantir que, em qualquer situação, a entidade gestora age no exclusivo interesse dos participantes.
2 - Nas situações referidas no número anterior, a entidade gestora comunica aos participantes, por
qualquer suporte duradouro adequado, as decisões tomadas pelos órgãos de administração e
fiscalização e respetiva fundamentação.
Artigo 89.º-A
Conflitos de interesses no âmbito da gestão de organismos de investimento alternativo
1 - As entidades gestoras de OIA tomam todas as medidas razoáveis para evitar a ocorrência de conflitos
de interesses e, caso estes não possam ser evitados, para identificar, gerir e acompanhar e, se for caso
disso, divulgar tais conflitos de interesses, de modo a impedir que esses conflitos prejudiquem os
interesses dos participantes de OIA e a assegurar que os participantes dos OIA por si geridos são tratados
equitativamente.
2 - As entidades gestoras de OIA tomam todas as medidas razoáveis para identificar os conflitos de
interesses que, no âmbito da sua atividade de gestão de OIA, surgem entre:
a) Mantêm e aplicam mecanismos organizativos e administrativos eficazes para que possam ser tomadas
todas as medidas previstas para a identificação, prevenção, gestão e acompanhamento de conflitos de
interesses, com o objetivo de evitar que esses conflitos prejudiquem os interesses dos participantes de
OIA;
b) Segregam, no âmbito do seu próprio ambiente operacional, as funções e competências que possam
considerar-se incompatíveis entre si ou que possam gerar sistematicamente conflitos de interesses;
c) Avaliam se, além da segregação referida na alínea anterior, as suas condições de funcionamento
podem envolver quaisquer outros conflitos de interesses relevantes e divulgam-nos aos participantes de
OIA.
4 - Sempre que os mecanismos organizativos adotados pela entidade gestora de OIA para a
identificação, prevenção, gestão e acompanhamento de conflitos de interesses não forem suficientes
para assegurar, com um grau de confiança razoável, a prevenção de riscos de prejuízo para os interesses
dos participantes de OIA, a entidade gestora:
a) Informa claramente os participantes de OIA, antes de efetuar qualquer operação por sua conta, da
natureza genérica ou das fontes desses conflitos de interesses;
b) Implementa políticas e procedimentos adequados.
5 - As entidades gestoras de OIA observam ainda o disposto nos artigos 30.º a 36.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 90.º
Exercício dos direitos de voto
1 - Sem prejuízo dos deveres previstos no artigo 20.º-A do Código dos Valores Mobiliários, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, a entidade gestora de OICVM adota políticas e
procedimentos adequados e eficazes relativos ao tempo e ao modo de exercício dos direitos de voto
associados aos instrumentos financeiros que integram o património dos OICVM, em benefício exclusivo
dos respetivos participantes.
2 - A política referida no número anterior estabelece medidas e procedimentos:
3 - A entidade gestora de OICVM disponibiliza gratuitamente aos participantes, após solicitação destes,
informação detalhada sobre as medidas adotadas em execução das políticas e procedimentos referidos
nos números anteriores.
4 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 37.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
5 - (Revogado.)
6 - (Revogado.)
7 - (Revogado.)
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 90.º
Exercício dos direitos de voto
1 - Sem prejuízo dos deveres previstos no artigo 20.º-A do Código dos Valores Mobiliários, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, a entidade gestora adota políticas e procedimentos
adequados e eficazes relativos ao exercício dos direitos de voto associados aos instrumentos financeiros
que integram o património dos organismos de investimento coletivo, em benefício exclusivo dos
respetivos participantes.
2 - A política referida no número anterior deve estabelecer medidas e procedimentos de:
a) Acompanhamento dos eventos societários relevantes;
b) Certificação de que o exercício dos direitos de voto cumpre os objetivos e a política de investimento
dos organismos de investimento coletivo em causa;
c) Prevenção ou gestão de conflitos de interesses decorrentes do exercício dos direitos de voto.
3 - Os documentos constitutivos incluem uma descrição da política e procedimentos referidos no n.º 1.
4 - A política e procedimentos adotados identificam, pelo menos, os critérios a usar na determinação,
caso a caso, do sentido de voto relativamente aos assuntos societários tidos como de grande relevância,
enunciando designadamente situações e fatores suscetíveis de motivar, em princípio, a oposição ou a
aprovação de propostas de deliberação relacionadas com aquelas matérias, não devendo consagrar
uma política geral de não participação sistemática nas assembleias gerais.
5 - A entidade gestora disponibiliza gratuitamente aos participantes, após solicitação destes,
informações pormenorizadas sobre as medidas adotadas em execução das estratégias referidas no n.º
1, incluindo as medidas e procedimentos previstos no n.º 2 e os esclarecimentos necessários quanto ao
fundamento subjacente ao exercício em concreto dos direitos de voto inerentes aos respetivos
instrumentos financeiros.
6 - A entidade gestora não pode exercer os direitos de voto inerentes aos valores mobiliários detidos
pelos organismos de investimento coletivo que gere com o objetivo de reforçar a influência societária
de entidade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo ou que seja parte relacionada
com aquela.
7 - As entidades responsáveis pela gestão comunicam à CMVM e ao mercado a justificação do sentido
de exercício do direito de voto inerente a ações da carteira dos organismos de investimento coletivo
que gerem, nos termos a definir em regulamento da CMVM.
Artigo 91.º
Operações proibidas à entidade gestora
Artigo 91.º
Operações proibidas à entidade gestora
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 92.º
Benefícios ilegítimos
1 - As entidades gestoras de OICVM não podem, relativamente ao exercício das funções referidas nas
alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 66.º, entregar ou receber qualquer remuneração, comissão ou benefício
não pecuniário, com exceção dos seguintes:
a) Remunerações, comissões ou benefícios não pecuniários entregues ou recebidos pelo OICVM ou por
uma pessoa por conta do OICVM;
b) Remunerações, comissões ou benefícios não pecuniários entregues a terceiros ou a pessoas agindo
por sua conta ou recebidos de terceiros ou de pessoas agindo por sua conta, desde que estejam
preenchidas as seguintes condições:
2 - A entidade gestora de OICVM pode, para efeitos da subalínea i) da alínea b) do número anterior,
divulgar a informação sobre remunerações, comissões ou benefícios não pecuniários em termos
resumidos, divulgando, no entanto, a informação adicional que for solicitada pelos participantes.
3 - As entidades gestoras de OIA observam, nesta matéria, o disposto no artigo 24.º do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 92.º
Benefícios a favor dos participantes
Subsecção III-A
Transparência das entidades gestoras de OICVM e de OIA sobre sociedades emitentes de ações
admitidas à negociação em mercado regulamentado
(Epígrafe aditada pela Lei n.º 50/2020, de 25 de agosto – entrada em vigor em 26 de agosto de
2020)
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Artigo 92.º-A
Âmbito de aplicação
1 - A presente subsecção aplica-se às SGOIC autorizadas para o exercício das atividades de gestão de
organismos de investimento coletivo e de gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta
de outrem.
2 - Excluem-se da presente subsecção as SGOIC não autorizadas a gerir OICVM que:
a) Direta ou indiretamente, através de uma empresa à qual estejam ligadas por uma gestão ou controlo
comuns ou por uma participação direta ou indireta significativa:
i) Gerem carteiras de OIA cujos ativos sob gestão, incluindo quaisquer ativos adquiridos através do
recurso ao efeito de alavanca, excedam o limiar de 100 000 000 (euro); e
ii) Gerem carteiras de OIA cujos ativos sob gestão excedam o limiar de 500 000 000 (euro) se as carteiras
forem constituídas por OIA que não recorram ao efeito de alavanca e em relação aos quais não existam
direitos de reembolso que possam ser exercidos durante um período de cinco anos a contar da data do
investimento inicial em cada OIA;
b) Gerem um ou mais OIA cujos únicos investidores sejam a entidade gestora ou as suas empresas-mãe,
as suas filiais ou outras filiais das respetivas empresas-mãe, desde que nenhum dos investidores seja ele
próprio um OIA.
(Aditado pela Lei n.º 50/2020, de 25 de agosto – entrada em vigor em 26 de agosto de 2020)
Artigo 92.º-B
Política de envolvimento
Artigo 92.º-B
Política de envolvimento
(Aditado pela Lei n.º 50/2020, de 25 de agosto – entrada em vigor em 26 de agosto de 2020)
Artigo 92.º-C
Transparência das SGOIC
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 92.º-C
Transparência das SGOIC
(Aditado pela Lei n.º 50/2020, de 25 de agosto – entrada em vigor em 26 de agosto de 2020)
SUBSECÇÃO IV
Avaliação de ativos
(Secção alterada para Subsecção pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em
vigor na data de início de vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE,
2016/1034 e da Diretiva Delegada (UE) 2017/593)
SECÇÃO IV
Avaliação de ativos
Artigo 93.º
Princípios gerais
1 - A entidade gestora deve assegurar, em relação a cada um dos organismos de investimento coletivo
por si geridos, o estabelecimento de procedimentos apropriados e coerentes para se poder efetuar uma
valorização correta e independente dos ativos sob gestão.
2 - A valorização deve ser efetuada de forma independente e com a competência, o zelo e a diligência
devidos.
3 - Sem prejuízo da aplicação do regime previsto na presente subsecção, as entidades gestoras de OIA
observam ainda o disposto nos artigos 67.º a 74.º do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da
Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 93.º
Princípios gerais
1 - A entidade gestora deve assegurar, em relação a cada um dos organismos de investimento coletivo
por si geridos, o estabelecimento de procedimentos apropriados e coerentes para se poder efetuar uma
valorização correta e independente dos ativos sob gestão.
2 - A valorização deve ser efetuada de forma independente e com a competência, o zelo e a diligência
devidos.
Artigo 94.º
Competência para a valorização
1 - Sem prejuízo do disposto no artigo 144.º, a valorização dos ativos de um organismo de investimento
coletivo é realizada com base em avaliação efetuada:
a) Pela respetiva entidade gestora, desde que a função de avaliação seja funcionalmente independente
da gestão de carteiras e a política de remuneração e outras medidas assegurem que os conflitos de
interesses sejam atenuados e que seja evitada uma influência indevida nos colaboradores; ou
182
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
b) Por avaliador externo, que deverá ser uma pessoa singular ou coletiva independente do organismo de
investimento coletivo, da respetiva entidade gestora e de qualquer outra pessoa com relações estreitas
com o organismo de investimento coletivo ou a respetiva entidade gestora.
Artigo 95.º
Responsabilidade pela valorização
1 - A entidade gestora é responsável pela correta valorização dos ativos sob gestão, pelo cálculo do
valor líquido global do organismo, pelo reporte à CMVM e pela divulgação deste valor.
2 - A entidade gestora é responsável perante o organismo de investimento coletivo por si gerido e
perante os participantes independentemente de designação de avaliador externo.
SECÇÃO IV
Países terceiros
(Epígrafe alterada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1
de janeiro de 2020)
SECÇÃO IV
Entidades gestoras de países terceiros autorizadas em Portugal a gerir ou comercializar organismos
de investimento alternativo
(Renumeração dada pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de
início de vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da
Diretiva Delegada (UE) 2017/593)
SECÇÃO V
Entidades gestoras de países terceiros autorizadas em Portugal a gerir ou comercializar organismos
de investimento alternativo
SUBSECÇÃO I
Entidades gestoras de países terceiros autorizadas em Portugal a gerir ou comercializar OIA
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em
1 de janeiro de 2020)
Artigo 96.º
Pedido de autorização e elementos de conexão a Portugal
1 - Deve obter autorização prévia da CMVM a entidade gestora de país terceiro que pretenda:
2 - Deve apresentar pedido de autorização prévia à CMVM a entidade gestora de país terceiro que
pretenda:
a) Gerir um ou mais OIA da União Europeia desde que a maior parte dos mesmos seja constituída em
Portugal ou seja gerido no território nacional o maior volume dos respetivos ativos;
183
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
b) Comercializar um único OIA da União Europeia ou um único OIA de país terceiro, desde que
Portugal seja o Estado membro de origem do organismo ou o único Estado membro onde se pretenda
comercializar o mesmo;
c) Comercializar um único OIA da União Europeia ou comercializar um único OIA de país terceiro em
vários Estados membros, desde que Portugal seja o Estado membro de origem do organismo ou um dos
Estados membros onde se pretenda comercializar o mesmo;
d) Comercializar vários OIA da União Europeia, desde que Portugal seja o Estado membro de origem
dos vários organismos ou o Estado membro onde se pretenda comercializar a maior parte desses
organismos.
3 - Quando a entidade gestora de país terceiro que pretenda desenvolver as atividades referidas no
número anterior considere que, à luz dos critérios do número anterior, possa haver outro possível Estado
membro de referência deve apresentar um pedido de determinação do respetivo Estado membro de
referência, nos termos do Regulamento de Execução (UE) n.º 448/2013, da Comissão, de 15 de maio
de 2013.
4 - A CMVM decide conjuntamente com as autoridades competentes dos Estados membros envolvidos
por força do número anterior, no prazo de um mês a contar da receção do pedido de autorização, qual o
Estado membro de referência, de acordo com o procedimento previsto no Regulamento de Execução
(UE) n.º 448/2013, da Comissão, de 15 de maio de 2013.
5 - Caso Portugal seja o Estado membro de referência determinado nos termos do número anterior, a
CMVM informa de imediato a entidade gestora de país terceiro.
6 - Caso a entidade gestora de país terceiro não seja devidamente informada, no prazo de sete dias a
contar da tomada de decisão pelas autoridades competentes ou, na ausência de decisão no prazo de um
mês a contar da apresentação do pedido de autorização, da decisão tomada, pode essa entidade gestora
escolher Portugal como Estado membro de referência, sem prejuízo do disposto no n.º 15 do artigo 1.º
do Regulamento de Execução (UE) n.º448/2013, da Comissão, de 15 de maio de 2013.
7 - A entidade gestora de país terceiro deve poder provar a sua intenção de efetivamente exercer
atividades de comercialização em Portugal por meio da divulgação da sua estratégia de comercialização
à CMVM.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 96.º
Pedido de autorização e elementos de conexão a Portugal
1 - Deve obter autorização prévia da CMVM a entidade gestora de país terceiro que pretenda:
a) Apenas gerir um ou mais organismos de investimento alternativo constituídos em Portugal,
destinados exclusivamente a investidores qualificados;
b) Comercializar, exclusivamente junto de investidores qualificados, vários organismos de investimento
alternativo da União Europeia e de países terceiros, desde que Portugal seja o Estado membro onde
se comercialize a maior parte desses organismos.
2 - Deve apresentar pedido de autorização prévia à CMVM a entidade gestora de país terceiro que
pretenda:
a) Gerir um ou mais organismos de investimento alternativo da União Europeia desde que a maior
parte dos mesmos seja constituída em Portugal ou seja gerido no território nacional o maior volume
dos respetivos ativos;
b) Comercializar um único organismo de investimento alternativo da União Europeia ou um único
organismo de investimento alternativo de país terceiro, desde que Portugal seja o Estado membro de
origem do organismo ou o único Estado membro onde se pretenda comercializar o mesmo;
c) Comercializar um único organismo de investimento alternativo da União Europeia ou comercializar
um único organismo de investimento alternativo de país terceiro em vários Estados membros, desde
que Portugal seja o Estado membro de origem do organismo ou um dos Estados membros onde se
pretenda comercializar o mesmo;
d) Comercializar vários organismos de investimento alternativo da União Europeia, desde que
Portugal seja o Estado membro de origem dos vários organismos ou o Estado membro onde se pretenda
comercializar a maior parte desses organismos.
184
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3 - Quando a entidade gestora de país terceiro que pretenda desenvolver as atividades referidas no
número anterior considere que, à luz dos critérios do número anterior, possa haver outro possível
Estado membro de referência deve apresentar um pedido de determinação do respetivo Estado membro
de referência, nos termos do Regulamento de Execução (UE) n.º 448/2013, da Comissão, de 15 de maio
de 2013.
4 - A CMVM decide conjuntamente com as autoridades competentes dos Estados membros envolvidos
por força do número anterior, no prazo de um mês a contar da receção do pedido de autorização, qual
o Estado membro de referência, de acordo com o procedimento previsto no Regulamento de Execução
(UE) n.º 448/2013, da Comissão, de 15 de maio de 2013.
5 - Caso Portugal seja o Estado membro de referência determinado nos termos do número anterior, a
CMVM informa de imediato a entidade gestora de país terceiro.
6 - Caso a entidade gestora de país terceiro não seja devidamente informada, no prazo de sete dias a
contar da tomada de decisão pelas autoridades competentes ou, na ausência de decisão no prazo de
um mês a contar da apresentação do pedido de autorização, da decisão tomada, pode essa entidade
gestora escolher Portugal como Estado membro de referência, sem prejuízo do disposto no n.º 15 do
artigo 1.º do Regulamento de Execução (UE) n.º 448/2013, da Comissão, de 15 de maio de 2013.
7 - A entidade gestora de país terceiro deve poder provar a sua intenção de efetivamente exercer
atividades de comercialização em Portugal por meio da divulgação da sua estratégia de
comercialização à CMVM.
Artigo 97.º
Regime aplicável
1 - Uma entidade gestora de país terceiro que pretenda obter a autorização prévia a que se referem os
n.ºs 1 e 2 do artigo anterior deve cumprir todas as disposições do presente Regime Geral com exceção
das relativas à comercialização transfronteiriça, na União Europeia, de OIA da União Europeia por
entidades gestoras da União Europeia.
2 - Caso esse cumprimento seja incompatível com o cumprimento da legislação a que está sujeita a
entidade gestora de país terceiro ou o OIA de país terceiro comercializado na União Europeia, a entidade
gestora de país terceiro não é obrigada a cumprir o disposto no presente Regime Geral se puder provar
que:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 97.º
Regime aplicável
1 - Uma entidade gestora de país terceiro que pretenda obter a autorização prévia a que se referem os
n.ºs 1 e 2 do artigo anterior deve cumprir todas as disposições do presente Regime Geral relativas à
comercialização transfronteiriça, na União Europeia, de organismos de investimento alternativo da
União Europeia por entidades gestoras da União Europeia.
2 - Caso esse cumprimento seja incompatível com o cumprimento da legislação a que está sujeita a
entidade gestora de país terceiro ou o organismo de investimento alternativo de país terceiro
comercializado na União Europeia, a entidade gestora de país terceiro não é obrigada a cumprir o
disposto no presente Regime Geral se puder provar que:
a) É impossível compatibilizar o cumprimento do presente Regime Geral com o cumprimento de uma
disposição imperativa da legislação a que a entidade gestora de país terceiro ou o organismo de
investimento alternativo de país terceiro comercializado na União Europeia estão sujeitos;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
b) A entidade gestora de país terceiro ou o organismo de investimento alternativo de país terceiro estão
sujeitos a legislação que prevê uma norma equivalente com o mesmo objetivo regulamentar, que
oferece o mesmo nível de proteção aos investidores do organismo de investimento alternativo de país
terceiro; e
c) A entidade gestora de país terceiro ou o organismo de investimento alternativo de país terceiro
cumprem a norma equivalente referida na alínea anterior.
Artigo 98.º
Procedimento de autorização
1 - Após receção do pedido de autorização, a CMVM deve avaliar se a escolha de Portugal como Estado
membro de referência respeita os critérios estabelecidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 96.º.
2 - Sem prejuízo do disposto nos n.ºs 3 a 7 do artigo 96.º, a CMVM:
a) Recusa o pedido de autorização da entidade gestora de país terceiro, em caso de inobservância dos
critérios previstos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 96.º, indicando as respetivas razões;
b) Admite o pedido de autorização, em caso de observância dos referidos critérios e notifica a
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, solicitando que esta dê parecer sobre a
avaliação efetuada.
3 - Na sua notificação à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários a CMVM deve incluir a
justificação dada pela entidade gestora de país terceiro para a sua avaliação relativa a Portugal, bem
como informações sobre a estratégia de comercialização da entidade gestora de país terceiro.
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
6 - Se a CMVM pretender conceder autorização contrariamente ao parecer da Autoridade Europeia dos
Valores Mobiliários e dos Mercados referido na subalínea i) da alínea b) do n.º 2, a CMVM deve, com
indicação das suas razões, informar:
7 - Caso a CMVM seja informada, por outra autoridade competente, da intenção desta de,
contrariamente ao parecer da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, conceder
uma autorização a uma entidade gestora de país terceiro para desenvolver a sua atividade na União
Europeia e discorde da escolha do Estado membro de referência feita pela entidade gestora de país
terceiro, pode submeter a questão à referida Autoridade, que pode fazer uso da competência que lhe é
conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 24 de novembro de 2010.
Artigo 98.º
Procedimento de autorização
1 - Após receção do pedido de autorização, a CMVM deve avaliar se a escolha de Portugal como
Estado membro de referência respeita os critérios estabelecidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 96.º.
2 - Sem prejuízo do disposto nos n.ºs 3 a 7 do artigo 96.º, a CMVM:
a) Recusa o pedido de autorização da entidade gestora de país terceiro, em caso de inobservância dos
critérios previstos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 96.º, indicando as respetivas razões;
b) Admite o pedido de autorização, em caso de observância dos referidos critérios e notifica:
i) A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, solicitando que esta dê parecer
sobre a avaliação efetuada; e
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
ii) O Banco de Portugal, solicitando parecer sobre o cumprimento dos requisitos prudenciais
aplicáveis, o qual deve pronunciar-se no prazo de dois meses.
3 - Na sua notificação à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários a CMVM deve incluir a
justificação dada pela entidade gestora de país terceiro para a sua avaliação relativa a Portugal, bem
como informações sobre a estratégia de comercialização da entidade gestora de país terceiro.
4 - Na sua notificação ao Banco de Portugal, a CMVM remete todos os elementos recebidos da entidade
gestora de país terceiro.
5 - A decisão de autorização da CMVM depende de parecer favorável do Banco de Portugal previsto
na subalínea ii) da alínea b) do n.º 2.
6 - Se a CMVM pretender conceder autorização contrariamente ao parecer da Autoridade Europeia
dos Valores Mobiliários e dos Mercados referido na subalínea i) da alínea b) do n.º 2, a CMVM deve,
com indicação das suas razões, informar:
a) A referida Autoridade Europeia desse facto;
b) O Banco de Portugal; e
c) Caso a entidade gestora de país terceiro pretenda comercializar unidades de participação de
organismos de investimento alternativo por si geridos em outros Estados membros, as autoridades
competentes destes e, se aplicável, as autoridades competentes dos Estados membros de origem dos
organismos de investimento alternativo geridos pela entidade gestora de país terceiro em causa.
7 - Caso a CMVM seja informada, por outra autoridade competente, da intenção desta de,
contrariamente ao parecer da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, conceder
uma autorização a uma entidade gestora de país terceiro para desenvolver a sua atividade na União
Europeia e discorde da escolha do Estado membro de referência feita pela entidade gestora de país
terceiro, pode submeter a questão à referida Autoridade, que pode fazer uso da competência que lhe é
conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 24 de novembro de 2010.
Artigo 99.º
Condições de autorização
1 - Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a autorização da CMVM só pode ser concedida se
estiverem satisfeitas as seguintes condições:
a) Portugal ter sido ser escolhido como Estado membro de referência de acordo com os critérios
estabelecidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 96.º, fundamentado nas informações sobre a estratégia de
comercialização, e o procedimento estabelecido no artigo anterior ter sido seguido pela CMVM;
b) A entidade gestora de país terceiro ter nomeado um representante legal estabelecido em Portugal;
c) O representante legal, em conjunto com a entidade gestora do país terceiro:
i) Constitua o ponto de contacto da entidade gestora de país terceiro na União Europeia, e toda a
correspondência oficial entre as autoridades competentes e a entidade gestora de país terceiro e entre os
investidores da União Europeia do OIA em causa e a entidade gestora de país terceiro;
ii) Desempenhe a função de verificação do cumprimento no que se refere às atividades de gestão e
comercialização exercidas pela entidade gestora de país terceiro ao abrigo do presente Regime Geral,
devendo ter as condições necessárias para o desempenho dessa função;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
g) O exercício efetivo, por parte da CMVM, das competências de supervisão no âmbito do presente
Regime Geral e do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de
novembro, na sua redação atual, não ser impedido pelas disposições legais, regulamentares ou
administrativas de um país terceiro às quais a entidade gestora de país terceiro esteja sujeita, nem por
limitações da competência de supervisão e de investigação das autoridades de supervisão desse país
terceiro;
h) A entidade gestora de país terceiro dispuser de capital inicial mínimo de (euro) 125 000 ou de (euro)
300 000, consoante seja heterogerida ou autogerida, respetivamente, e de fundos próprios nos termos
exigidos pelo artigo 71.º-M, com as devidas adaptações.
2 - Caso a CMVM discorde da avaliação sobre a aplicação das alíneas a) a e) do número anterior feita
pelas autoridades competentes do Estado membro de referência, pode submeter a questão à Autoridade
Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode fazer uso da competência que lhe é
conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 24 de novembro de 2010.
3 - Caso a autoridade competente de um OIA da União Europeia não cumpra o disposto na alínea d) do
n.º 1 sobre mecanismos de cooperação num prazo razoável, a CMVM pode submeter a questão à
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode fazer uso da competência que
lhe é conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 24 de novembro de 2010.
4 - Caso uma autoridade competente recuse um pedido de troca de informações formulado ao abrigo
dos mecanismos previstos na alínea d) do n.º 1, a CMVM pode submeter a questão à Autoridade
Europeia dos Valores Mobiliários, que pode fazer uso da competência que lhe é conferida pelo artigo
19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro
de 2010.
5 - É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 247.º caso a CMVM tenha motivos claros e
demonstráveis para discordar da autorização de uma entidade gestora de país terceiro por parte das
autoridades competentes do seu Estado membro de referência.
Artigo 99.º
Condições de autorização
1 - Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a autorização da CMVM só pode ser concedida se
estiverem satisfeitas as seguintes condições:
a) Portugal ter sido ser escolhido como Estado membro de referência de acordo com os critérios
estabelecidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 96.º, fundamentado nas informações sobre a estratégia de
comercialização, e o procedimento estabelecido no artigo anterior ter sido seguido pela CMVM;
b) A entidade gestora de país terceiro ter nomeado um representante legal estabelecido em Portugal;
c) O representante legal, em conjunto com a entidade gestora do país terceiro:
i) Constitua o ponto de contacto da entidade gestora de país terceiro na União Europeia, e toda a
correspondência oficial entre as autoridades competentes e a entidade gestora de país terceiro e entre
os investidores da União Europeia do organismo de investimento alternativo em causa e a entidade
gestora de país terceiro;
ii) Desempenhe a função de verificação do cumprimento no que se refere às atividades de gestão e
comercialização exercidas pela entidade gestora de país terceiro ao abrigo do presente Regime Geral,
devendo ter as condições necessárias para o desempenho dessa função.
d) Estarem previstos mecanismos de cooperação adequados entre a CMVM, as autoridades
competentes dos Estados membros de origem dos organismos de investimento alternativo da União
Europeia envolvidos e as autoridades de supervisão do país terceiro onde está estabelecida a entidade
gestora de país terceiro, a fim de assegurar, pelo menos, uma troca de informações eficiente, que
permita às autoridades competentes prosseguir as suas atribuições nos termos da Diretiva n.º
2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011;
e) O país terceiro onde a entidade gestora de país terceiro está estabelecida não fazer parte da lista
dos Países e Territórios Não Cooperantes do Grupo de Ação Financeira contra o branqueamento de
capitais e o financiamento do terrorismo;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
f) O país terceiro onde a entidade gestora de país terceiro está estabelecida ter assinado um acordo
com Portugal inteiramente conforme com as normas do artigo 26.º do Modelo de Convenção Fiscal
sobre o Rendimento e o Património da OCDE e que garanta um intercâmbio de informações eficaz em
matéria fiscal, incluindo eventuais acordos fiscais multilaterais;
g) O exercício efetivo, por parte da CMVM e do Banco de Portugal, das respetivas competências de
supervisão no âmbito do presente Regime Geral, do Regime Geral das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, e do Código dos
Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, não ser impedido pelas
disposições legais, regulamentares ou administrativas de um país terceiro às quais a entidade gestora
de país terceiro esteja sujeita, nem por limitações da competência de supervisão e de investigação das
autoridades de supervisão desse país terceiro;
h) A entidade gestora de país terceiro dispuser de capital inicial mínimo de (euro) 125 000 ou de (euro)
300 000, consoante seja heterogerida ou autogerida, respetivamente, e de fundos próprios nos termos
exigidos pelo artigo 71.º, com as devidas adaptações.
2 - Caso a CMVM discorde da avaliação sobre a aplicação das alíneas a) a e) e g) do número anterior
feita pelas autoridades competentes do Estado membro de referência, pode submeter a questão à
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode fazer uso da competência que
lhe é conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 24 de novembro de 2010.
3 - Caso a autoridade competente de um organismo de investimento alternativo da União Europeia não
cumpra o disposto na alínea d) do n.º 1 sobre mecanismos de cooperação num prazo razoável, a CMVM
pode submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode
fazer uso da competência que lhe é conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010.
4 - Caso uma autoridade competente recuse um pedido de troca de informações formulado ao abrigo
dos mecanismos previstos na alínea d) do n.º 1, a CMVM pode submeter a questão à Autoridade
Europeia dos Valores Mobiliários, que pode fazer uso da competência que lhe é conferida pelo artigo
19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro
de 2010.
5 - É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 247.º caso o Banco de Portugal e a CMVM
tenham motivos claros e demonstráveis para discordar da autorização de uma entidade gestora de país
terceiro por parte das autoridades competentes do seu Estado membro de referência.
Artigo 100.º
Instrução do pedido
1 - O pedido de autorização de entidade gestora de país terceiro é instruído com os seguintes elementos:
de país terceiro cumpre a referida norma equivalente; este comprovativo escrito deve ser sustentado por
um parecer jurídico sobre a existência da disposição imperativa incompatível em causa na legislação do
país terceiro e incluir uma descrição do objetivo regulamentar e da natureza da proteção dos investidores
por ela visada;
i) A identificação e o local onde está estabelecido o representante legal da entidade gestora de país
terceiro;
j) As seguintes informações, podendo limitar-se aos OIA da União Europeia que a entidade gestora de
país terceiro tenciona gerir e aos OIA que a entidade gestora de país terceiro gere e tenciona
comercializar na União Europeia com um passaporte:
Artigo 100.º
Instrução do pedido
1 - O pedido de autorização de entidade gestora de país terceiro é instruído com os seguintes elementos:
a) Informações sobre as pessoas que dirigem efetivamente as atividades da entidade gestora;
b) Informações sobre a identidade dos acionistas que detenham, direta ou indiretamente, participações
qualificadas, sejam eles pessoas singulares ou coletivas, bem como o número de participações detidas
e a percentagem de capital e de direitos de voto correspondente;
c) Um programa de atividades que estabeleça a estrutura organizativa da entidade gestora, incluindo
descrição dos meios humanos, técnicos, materiais e informáticos a afetar ao exercício da atividade e
informação sobre a forma como tenciona cumprir as obrigações que sobre si impendem por força do
presente Regime Geral;
d) Informações sobre as políticas e práticas de remuneração;
e) Informações sobre os mecanismos previstos para a subcontratação de funções;
f) Uma justificação por parte da entidade gestora de país terceiro da sua avaliação relativa ao Estado
membro de referência, de acordo com os critérios estabelecidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 96.º, com
informações sobre a estratégia de comercialização;
g) Uma lista das disposições do presente Regime Geral, cujo cumprimento pela entidade gestora de
país terceiro seja impossível por tal cumprimento ser, nos termos do n.º 2 do artigo 97.º, incompatível
com o cumprimento de disposições imperativas da legislação a que está sujeita a entidade gestora de
país terceiro ou o OIA de país terceiro comercializado na União Europeia;
h) Um comprovativo escrito, fundamentado nas normas técnicas de regulamentação desenvolvidas pela
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários, de que a legislação do país terceiro em causa prevê uma
norma equivalente às disposições cujo cumprimento é impossível, com o mesmo objetivo regulamentar
e que oferece o mesmo nível de proteção aos investidores dos OIA em causa, e de que a entidade gestora
de país terceiro cumpre a referida norma equivalente; este comprovativo escrito deve ser sustentado
por um parecer jurídico sobre a existência da disposição imperativa incompatível em causa na
190
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
legislação do país terceiro e incluir uma descrição do objetivo regulamentar e da natureza da proteção
dos investidores por ela visada;
i) A identificação e o local onde está estabelecido o representante legal da entidade gestora de país
terceiro;
j) As informações a que se refere o n.º 1 do artigo 70.º, podendo limitar-se aos OIA da União Europeia
que a entidade gestora de país terceiro tenciona gerir e aos OIA que a entidade gestora de país terceiro
gere e tenciona comercializar na União Europeia com um passaporte.
2 - Ao procedimento de autorização é aplicável o disposto no n.º 7 do artigo 20.º e no n.º 2 do artigo
70.º.
3 - Caso a CMVM discorde da autorização concedida pelas autoridades competentes do Estado
membro de referência da entidade gestora de país terceiro, pode submeter a questão à Autoridade
Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode fazer uso da competência que lhe é
conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 24 de novembro de 2010.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 100.º
Instrução do pedido
1 - O pedido de autorização de entidade gestora de país terceiro é instruído com os seguintes elementos:
a) Informações sobre as pessoas que dirigem efetivamente as atividades da entidade gestora;
b) Informações sobre a identidade dos acionistas que detenham, direta ou indiretamente, participações
qualificadas, sejam eles pessoas singulares ou coletivas, bem como o número de participações detidas
e a percentagem de capital e de direitos de voto correspondente;
c) Um programa de atividades que estabeleça a estrutura organizativa da entidade gestora, incluindo
descrição dos meios humanos, técnicos, materiais e informáticos a afetar ao exercício da atividade e
informação sobre a forma como tenciona cumprir as obrigações que sobre si impendem por força do
presente Regime Geral;
d) Informações sobre as políticas e práticas de remuneração;
e) Informações sobre os mecanismos previstos para a subcontratação de funções;
f) Uma justificação por parte da entidade gestora de país terceiro da sua avaliação relativa ao Estado
membro de referência, de acordo com os critérios estabelecidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 96.º, com
informações sobre a estratégia de comercialização;
g) Uma lista das disposições do presente Regime Geral, cujo cumprimento pela entidade gestora de
país terceiro seja impossível por tal cumprimento ser, nos termos do n.º 2 do artigo 97.º, incompatível
com o cumprimento de disposições imperativas da legislação a que está sujeita a entidade gestora de
país terceiro ou o organismo de investimento alternativo de país terceiro comercializado na União
Europeia;
h) Um comprovativo escrito, fundamentado nas normas técnicas de regulamentação desenvolvidas pela
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários, de que a legislação do país terceiro em causa prevê uma
norma equivalente às disposições cujo cumprimento é impossível, com o mesmo objetivo regulamentar
e que oferece o mesmo nível de proteção aos investidores dos organismos de investimento alternativo
em causa, e de que a entidade gestora de país terceiro cumpre a referida norma equivalente; este
comprovativo escrito deve ser sustentado por um parecer jurídico sobre a existência da disposição
imperativa incompatível em causa na legislação do país terceiro e incluir uma descrição do objetivo
regulamentar e da natureza da proteção dos investidores por ela visada;
i) A identificação e o local onde está estabelecido o representante legal da entidade gestora de país
terceiro;
j) As informações a que se refere o n.º 1 do artigo 70.º, podendo limitar-se aos organismos de
investimento alternativo da União Europeia que a entidade gestora de país terceiro tenciona gerir e
aos organismos de investimento alternativo que a entidade gestora de país terceiro gere e tenciona
comercializar na União Europeia com um passaporte.
2 - Ao procedimento de autorização é aplicável o disposto no n.º 6 do artigo 20.º e no n.º 2 do artigo
70.º
3 - Caso a CMVM discorde da autorização concedida pelas autoridades competentes do Estado
membro de referência da entidade gestora de país terceiro, pode submeter a questão à Autoridade
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode fazer uso da competência que lhe é
conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 24 de novembro de 2010.
Artigo 101.º
Decisão de autorização
1 - A decisão da CMVM é notificada aos requerentes no prazo de três meses, a contar da data de receção
do pedido de autorização de entidade gestora de país terceiro completamente instruído.
2 - O prazo referido no número anterior suspende-se:
a) Para efeitos dos pareceres da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados previstos
na alínea b) do n.º 2 do artigo 98.º e no n.º 1 do artigo 104.º;
b) Por efeito da notificação referida no n.º 2 do artigo seguinte e pelo período aí previsto.
Artigo 101.º
Decisão de autorização
1 - A decisão da CMVM é notificada aos requerentes no prazo de três meses, a contar da data de
receção do pedido de autorização de entidade gestora de país terceiro completamente instruído.
2 - O prazo referido no número anterior suspende-se:
a) Para efeitos dos pareceres da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados
previstos na subalínea i) da alínea b) do n.º 2 do artigo 98.º e no n.º 1 do artigo 104.º;
b) Por efeito da notificação referida no n.º 2 do artigo seguinte e pelo período aí previsto.
3 - Na ausência de decisão da CMVM no prazo estabelecido no n.º 1, a autorização considera-se
indeferida.
Artigo 102.º
Recusa de autorização
1 - A CMVM recusa a autorização de entidade gestora de país terceiro nas situações previstas no n.º 2
do artigo 71.º-H, sem prejuízo do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 97.º.
2 - Havendo fundamento para a recusa nos termos previstos no número anterior, a CMVM, antes de
recusar o pedido, notifica os requerentes, dando-lhes o prazo máximo de 10 dias para suprirem a
insuficiência, quando apropriado, e para se pronunciarem quanto à apreciação da CMVM.
Artigo 102.º
Recusa de autorização
1 - A CMVM recusa a autorização de entidade gestora de país terceiro nas situações previstas nas
alíneas a) e b) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 22.º, sendo que a alínea b) do n.º 1 do artigo 22.º não
prejudica o disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 97.º.
2 - Havendo fundamento para a recusa nos termos previstos no número anterior, a CMVM, antes de
recusar o pedido, notifica os requerentes, dando-lhes o prazo máximo de 10 dias para suprirem a
insuficiência, quando apropriado, e para se pronunciarem quanto à apreciação da CMVM.
Artigo 103.º
Revogação
1 - [Revogado].
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2 - [Revogado].
3 - A CMVM revoga a autorização da entidade gestora de país terceiro:
a) Em caso de violação grave ou sistemática das disposições do presente Regime Geral ou de outra
legislação aplicável;
b) Quando a autorização tiver sido obtida com recurso a falsas declarações ou a qualquer outro meio
irregular;
c) Quando a entidade gestora de país terceiro deixar de reunir as condições de concessão da autorização;
d) Se entidade gestora não utilizar a autorização no prazo de 12 meses;
e) Se entidade gestora tiver cessado há, pelo menos, seis meses a sua atividade;
f) Se a entidade gestora renunciar expressamente à autorização.
4 - A CMVM pode autorizar a prorrogação, por período determinado, dos prazos previstos nas alíneas
d) e e) do número anterior, a requerimento devidamente fundamentado da entidade gestora.
Artigo 103.º
Caducidade, renúncia e revogação
1 - A autorização de entidade gestora de país terceiro caduca se esta não a utilizar no prazo de 12
meses ou tiver cessado há, pelo menos, seis meses a sua atividade.
2 - A entidade gestora de país terceiro pode renunciar expressamente à autorização.
3 - A CMVM pode revogar a autorização da entidade gestora de país terceiro:
a) Em caso de violação grave ou sistemática das disposições do presente Regime Geral ou de outra
legislação aplicável;
b) Quando a autorização tiver sido obtida com recurso a falsas declarações ou a qualquer outro meio
irregular;
c) Quando a entidade gestora de país terceiro deixar de reunir as condições de concessão da
autorização.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 103.º
Caducidade, renúncia e revogação
1 - A autorização de entidade gestora de país terceiro caduca se esta não a utilizar no prazo de 12
meses ou tiver cessado há, pelo menos, seis meses a sua atividade.
2 - A entidade gestora de país terceiro pode renunciar expressamente à autorização.
3 - A CMVM pode revogar a autorização da entidade gestora de país terceiro quando:
a) Em caso de violação grave ou sistemática das disposições do presente Regime Geral ou de outra
legislação aplicável;
b) A autorização tiver sido obtida com recurso a falsas declarações ou a qualquer outro meio irregular;
c) A entidade gestora de país terceiro deixar de reunir as condições de concessão da autorização.
Artigo 104.º
Procedimento relativo à dispensa do cumprimento de determinadas normas
1 - Caso a CMVM considere que a entidade gestora de país terceiro pode, com fundamento no disposto
no n.º 2 do artigo 97.º, ser dispensada do cumprimento de certas disposições do presente Regime Geral,
deve notificar a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados desse facto sem demoras
indevidas, fundamentando essa avaliação com as informações prestadas pela entidade gestora de país
terceiro nos termos das alíneas g) e h) do n.º 1 do artigo 100.º, a fim de obter o seu parecer relativo à
dispensa do cumprimento de certas disposições do presente Regime Geral.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3 - Caso a CMVM discorde da avaliação feita sobre a aplicação do regime da Diretiva n.º 2011/61/UE,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, transposto no presente artigo pelas
autoridades competentes do Estado membro de referência da entidade gestora de país terceiro, pode
submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode fazer uso
da competência que lhe é conferida pelo artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010.
Artigo 105.º
Alterações subsequentes à autorização
Às alterações das condições iniciais de autorização de entidade gestora de país terceiro é aplicável o
disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 71.º-J, com as devidas adaptações.
Artigo 105.º
Alterações subsequentes à autorização
Às alterações das condições iniciais de autorização de entidade gestora de país terceiro é aplicável o
disposto nos artigos 25.º e 26.º, com as devidas adaptações.
Artigo 106.º
Partilha de informação relativa à decisão
1 - A CMVM informa a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, de imediato, da
conclusão do processo de autorização inicial, de quaisquer alterações eventualmente introduzidas na
autorização da entidade gestora de país terceiro e da revogação da autorização.
2 - A CMVM informa a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados dos pedidos de
autorização que indefira, facultando elementos sobre a entidade gestora de país terceiro que requereu a
autorização e os motivos do indeferimento.
3 - A CMVM pode solicitar à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados
informações relativas a decisões de indeferimento de pedidos de autorização de entidades gestoras de
países terceiros tomadas por autoridades competentes de outros Estados membros, devendo tratar essas
informações como confidenciais.
Artigo 107.º
Alteração da estratégia de comercialização
1 - A evolução das atividades da entidade gestora de país terceiro na União autorizada em Portugal não
afeta a escolha de Portugal como Estado membro de referência.
2 - Não obstante o disposto no número anterior, se a entidade gestora de país terceiro alterar a sua
estratégia de comercialização no prazo de dois anos a contar da autorização inicial e esta alteração
determine a escolha de outro Estado membro de referência, a entidade gestora deve notificar a CMVM
da alteração antes de a implementar, indicando, com base na nova estratégia de comercialização e de
acordo com os critérios previstos no n.º 2 do artigo 96.º, o novo Estado membro de referência.
3 - Na notificação referida no número anterior, a entidade gestora de país terceiro:
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b) Faculta informações sobre o novo representante legal, nomeadamente a sua identificação e onde está
estabelecido, devendo o Estado membro de estabelecimento corresponder ao novo Estado membro de
referência.
4 - A CMVM deve avaliar se a indicação pela entidade gestora de país terceiro nos termos do n.º 2 é
correta e notificar a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados dessa sua avaliação,
solicitando o parecer desta sobre a avaliação efetuada.
5 - Na sua notificação à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários a CMVM deve incluir a
justificação dada pela entidade gestora de país terceiro para a sua avaliação relativa ao novo Estado
membro de referência, bem como informações sobre a nova estratégia de comercialização da entidade
gestora de país terceiro.
6 - Após receção do parecer dado pela Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados
referido no n.º 4, a CMVM notifica a sua decisão:
a) A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados desse facto e, caso esta Autoridade
decida publicar as razões apresentadas pela CMVM, indicar se está interessada em ser previamente
informada dessa publicação;
b) As autoridades competentes dos demais Estados membros onde sejam comercializadas unidades de
participação de organismos de investimento alternativo geridos pela entidade gestora de país terceiro;
c) Se aplicável, as autoridades competentes dos Estados membros de origem dos organismos de
investimento alternativo geridos pela entidade gestora de país terceiro.
Artigo 108.º
Evolução concreta das atividades e alteração da estratégia de comercialização
1 - A CMVM deve exigir que a entidade gestora de país terceiro autorizada em Portugal indique o
Estado membro de referência com base na estratégia de comercialização efetivamente seguida, quando
nos dois anos seguintes à sua autorização:
a) A evolução concreta das atividades comerciais da entidade gestora indicie que a estratégia de
comercialização por si apresentada à data da autorização não foi seguida;
b) A entidade gestora prestou declarações falsas sobre a referida estratégia de comercialização; ou
c) A entidade gestora não cumpriu o disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo anterior aquando da alteração da
sua estratégia de comercialização.
2 - A autorização concedida é revogada, caso a entidade gestora de país terceiro não cumpra o pedido
formulado pela CMVM.
3 - Se a entidade gestora de país terceiro alterar a sua estratégia de comercialização após o período
referido no n.º 1 e pretender alterar o seu Estado membro de referência com base na sua nova estratégia
de comercialização, pode requerer à CMVM a alteração do seu Estado membro de referência.
4 - Para efeitos do disposto no n.º 1 e no número anterior é aplicável, com as necessárias adaptações, o
procedimento previsto nos n.ºs 2 a 8 do artigo anterior.
5 - Caso a CMVM discorde da avaliação feita sobre a escolha do Estado membro de referência nos
termos do artigo anterior ou do presente, pode submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados, que pode fazer uso da competência que lhe é conferida pelo artigo 19.º do
Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010.
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Artigo 109.º
Litígios da entidade gestora de país terceiro autorizada em Portugal
1 - Os litígios entre a CMVM e a entidade gestora de país terceiro autorizada em Portugal ficam sujeitos
à legislação e à jurisdição de Portugal.
2 - Os litígios entre a entidade gestora de país terceiro autorizada em Portugal e os investidores em
Portugal no organismo de investimento alternativo em causa ficam sujeitos à legislação e à jurisdição
de Portugal.
SUBSECÇÃO II
Atividade na União Europeia de entidades gestoras de países terceiros autorizadas em Portugal
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em
1 de janeiro de 2020)
Artigo 109.º-A
Direito de estabelecimento de sucursal e liberdade de prestação de serviços noutro Estado
membro
1 - As entidades gestoras de países terceiros autorizadas em Portugal podem gerir OIA estabelecidos
noutro Estado membro, quer diretamente, quer através do estabelecimento de sucursais, desde que
estejam autorizadas a gerir esse tipo de OIA.
2 - Às entidades referidas no número anterior aplica-se o disposto no artigo 110.º-C no que respeita às
condições para o exercício de atividades em OIA mediante sucursais ou ao abrigo de livre prestação de
serviços noutro Estado membro.
3 - Além do dever de notificação previsto no n.º 6 do artigo 110.º-C, a CMVM informa a Autoridade
Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados de que a entidade gestora pode começar a gerir os
OIA no Estado membro de acolhimento.
4 - A alteração de elementos comunicados à CMVM nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 110.º-C segue
o disposto no artigo 110.º-D.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 109.º-B
Colaboração na supervisão de entidades autorizadas em Portugal
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
SUBSECÇÃO III
Atividades em Portugal com conexão a países terceiros
(Subsecção aditada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em
1 de janeiro de 2020)
Artigo 109.º-C
Direito de estabelecimento e liberdade de prestação de serviços de entidades gestoras de países
terceiros autorizadas noutros Estados membros
1 - As entidades gestoras de países terceiros autorizadas noutros Estados membros podem exercer em
Portugal, mediante o estabelecimento de uma sucursal ou ao abrigo da liberdade de prestação de
serviços:
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 109.º-D
Gestão de OIA de países terceiros não comercializados na União Europeia
As entidades gestoras de OIA autorizadas em Portugal podem gerir OIA de países terceiros, que não
sejam comercializados em Portugal ou noutro Estado membro, desde que:
a) Cumpram todos os requisitos estabelecidos no presente Regime Geral, exceto os dos artigos 120.º a
128.º, 160.º, 161.º, 163.º e do n.º 1 do artigo 164.º, no que se refere a esses OIA; e
b) Tenham sido acordados mecanismos de cooperação adequados entre a CMVM e as autoridades de
supervisão do país terceiro onde está estabelecido o OIA em causa, a fim de assegurar, pelo menos, uma
troca de informações eficiente que permita à CMVM exercer as suas competências de acordo com o
disposto no presente Regime Geral.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 109.º-E
Direito aplicável à constituição e funcionamento de organismos de investimento coletivo
Às entidades gestoras de país terceiro autorizadas noutro Estado-Membro que gerem organismos de
investimento coletivo estabelecidos em Portugal são aplicáveis as regras de constituição e
funcionamento previstas no artigo 115.º.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
SECÇÃO V
Atividade na União Europeia de SGOIC
(Epígrafe alterada pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1
de janeiro de 2020)
SECÇÃO V
Atividade na União Europeia de entidades gestoras estabelecidas em Portugal e de entidades
gestoras de país terceiro autorizadas em Portugal
(Renumeração dada pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de
início de vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da
Diretiva Delegada (UE) 2017/593)
SECÇÃO VI
Atividade na União Europeia de entidades gestoras estabelecidas em Portugal e de entidades
gestoras de país terceiro autorizadas em Portugal
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Artigo 110.º
Direito de exercer a atividade noutro Estado membro
1 - As SGOIC autorizadas como entidades gestoras de OICVM podem exercer noutro Estado membro,
alternativa ou cumulativamente, mediante o estabelecimento de uma sucursal ou ao abrigo da liberdade
de prestação de serviços, as atividades abrangidas pela respetiva autorização, incluindo:
2 - As SGOIC autorizadas como entidades gestoras de OIA podem exercer noutro Estado membro,
alternativa ou cumulativamente, mediante o estabelecimento de uma sucursal ou ao abrigo da liberdade
de prestação de serviços:
a) As atividades relativas a OIA da União Europeia estabelecidos noutro Estado membro, desde que a
SGOIC esteja autorizada a gerir esse tipo de OIA;
b) As atividades referidas no n.º 5 do artigo 71.º-B, abrangidas pela respetiva autorização.
3 - Caso uma SGOIC estabelecida em Portugal se proponha, sem o estabelecimento de sucursal, apenas
a comercializar um OICVM, por si gerido, noutro Estado membro diferente daquele em que o OICVM
esteja estabelecido, sem se propor exercer outras atividades ou prestar outros serviços, essa
comercialização fica apenas sujeita aos requisitos estabelecidos na subsecção II da secção III do capítulo
II do título III.
Artigo 110.º
Direito de exercer a atividade noutro Estado membro
1 - As sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário podem exercer noutro Estado membro
as atividades relativas a OICVM abrangidas pela respetiva autorização, mediante o estabelecimento
de uma sucursal ou ao abrigo da liberdade de prestação de serviços desde que cumpridos os requisitos
de notificação previstos no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro.
2 - As sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário e as sociedades gestoras de fundos de
investimento imobiliário podem exercer noutro Estado-Membro, mediante o estabelecimento de uma
sucursal, ou ao abrigo da liberdade de prestação de serviços, desde que cumpridos os requisitos de
notificação previstos no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro:
a) As atividades relativas a OIA abrangidas pela respetiva autorização; e
b) As atividades referidas no n.º 2 e na alínea b) do n.º 3 do artigo 68.º, abrangidas pela respetiva
autorização.
3 - Caso uma sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário estabelecida em Portugal se
proponha, sem o estabelecimento de sucursal, apenas a comercializar um OICVM por si gerido noutro
Estado membro diferente daquele em que o OICVM esteja estabelecido, sem se propor exercer outras
atividades ou prestar outros serviços, essa comercialização fica apenas sujeita aos requisitos
estabelecidos na subsecção II da secção III do capítulo II do título III.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 110.º
Direito de exercer a atividade noutro Estado membro
1 - As sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário podem exercer noutro Estado membro
as atividades relativas a organismos de investimento coletivo em valores mobiliários abrangidas pela
respetiva autorização, mediante o estabelecimento de uma sucursal ou ao abrigo da liberdade de
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
prestação de serviços desde que cumpridos os requisitos de notificação previstos no Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro.
2 - As sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário e as sociedades gestoras de fundos de
investimento imobiliário podem exercer noutro Estado-Membro, mediante o estabelecimento de uma
sucursal, ou ao abrigo da liberdade de prestação de serviços, desde que cumpridos os requisitos de
notificação previstos no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro:
a) As atividades relativas a organismos de investimento alternativo, dirigidos exclusivamente a
investidores qualificados, abrangidas pela respetiva autorização; e
b) As atividades referidas no n.º 2 e na alínea b) do n.º 3 do artigo 68.º, abrangidas pela respetiva
autorização.
3 - Caso uma sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário estabelecida em Portugal se
proponha, sem o estabelecimento de sucursal, apenas a comercializar um organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários por si gerido noutro Estado membro diferente daquele em que o
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários esteja estabelecido, sem se propor exercer
outras atividades ou prestar outros serviços, essa comercialização fica apenas sujeita aos requisitos
estabelecidos na subsecção II da secção III do capítulo II do título III.
(Redação do Decreto-Lei n.º 124/2015, de 7 de julho – com início de vigência em 8 de julho de 2015)
Artigo 110.º
Direito de exercer a atividade noutro Estado membro
1 - As sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário podem exercer noutro Estado membro
as atividades relativas a organismos de investimento coletivo em valores mobiliários abrangidas pela
respetiva autorização, mediante o estabelecimento de uma sucursal ou ao abrigo da liberdade de
prestação de serviços desde que cumpridos os requisitos de notificação previstos no Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro.
2 - As sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário e as sociedades gestoras de fundos de
investimento imobiliário podem exercer noutro Estado membro as atividades relativas a organismos
de investimento alternativo, dirigidos exclusivamente a investidores qualificados, abrangidas pela
respetiva autorização, mediante o estabelecimento de uma sucursal, ou ao abrigo da liberdade de
prestação de serviços desde que cumpridos os requisitos de notificação previstos no Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro.
3 - Caso uma sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário estabelecida em Portugal se
proponha, sem o estabelecimento de sucursal, apenas a comercializar um organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários por si gerido noutro Estado membro diferente daquele em que o
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários esteja estabelecido, sem se propor exercer
outras atividades ou prestar outros serviços, essa comercialização fica apenas sujeita aos requisitos
estabelecidos na subsecção II da secção III do capítulo II do título III.
Artigo 110.º-A
Estabelecimento de sucursal relativa à gestão de OICVM
1 - A SGOIC autorizada como entidade gestora de OICVM que pretende estabelecer uma sucursal
noutro Estado membro para exercer as atividades abrangidas pela respetiva autorização, notifica a
CMVM desse facto, apresentando, juntamente com a notificação, os seguintes documentos e
informações:
c) O endereço no Estado membro de acolhimento da SGOIC junto do qual pode ser obtida
documentação;
d) A identidade dos responsáveis pela gestão da sucursal.
a) Um certificado em que se declare que a SGOIC foi autorizada a exercer essa atividade;
b) Uma descrição do âmbito da autorização concedida à referida sociedade; e
c) Os dados de eventuais restrições aos tipos de OICVM que a SGOIC está autorizada a gerir.
6 - Logo que receba uma comunicação das autoridades competentes do Estado membro de acolhimento
nesse sentido ou, não tendo recebido qualquer comunicação, decorrido o prazo de dois meses a contar
da receção pelas mesmas das informações previstas no n.º 1, a sucursal pode ser estabelecida e dar início
à sua atividade.
7 - Em caso de alteração de quaisquer elementos comunicados nos termos das alíneas b) a d) do n.º 1, a
SGOIC comunica por escrito essa alteração à CMVM e às autoridades competentes do Estado membro
de acolhimento pelo menos um mês antes de as mesmas produzirem efeitos, de forma a permitir que:
8 - Se, na sequência de qualquer alteração referida no número anterior, a SGOIC deixar de cumprir o
disposto no presente Regime Geral, a CMVM:
a) Opõe-se à alteração e notifica a SGOIC, no prazo de 15 dias úteis a contar da data de receção da
comunicação;
b) Informa a autoridade competente do Estado-Membro de acolhimento da decisão prevista na alínea
anterior;
c) Toma as medidas necessárias e notifica imediatamente a autoridade competente do Estado-Membro
de acolhimento das medidas tomadas, caso a SGOIC efetue a alteração pretendida após a notificação
referida na alínea a).
9 - Em caso de alteração das informações comunicadas nos termos dos n.ºs 2 e 3, a CMVM informa
desse facto as autoridades competentes do respetivo Estado membro de acolhimento.
10 - A CMVM atualiza as informações constantes do certificado referido na alínea a) do n.º 5 e informa
as autoridades competentes do Estado membro de acolhimento caso haja alteração do âmbito da
autorização da SGOIC ou dos dados de quaisquer restrições aos tipos de OICVM que a mesma está
autorizada a gerir.
Artigo 110.º-A
Estabelecimento de sucursal relativa à gestão de OICVM
1 - A SGOIC autorizada como entidade gestora de OICVM que pretende estabelecer uma sucursal
noutro Estado membro para exercer as atividades abrangidas pela respetiva autorização, notifica a
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 110.º-B
Liberdade de prestação de serviços relativa à gestão de OICVM
1 - A SGOIC autorizada a gerir OICVM que pretende exercer, pela primeira vez, as atividades
abrangidas pela respetiva autorização ao abrigo da liberdade de prestação de serviços no território de
outro Estado membro, comunica à CMVM as seguintes informações:
a) Um certificado em que se declare que a SGOIC foi autorizada a exercer essa atividade;
b) Uma descrição do âmbito da autorização concedida à SGOIC; e
c) Os dados de eventuais restrições aos tipos de OICVM que a SGOIC está autorizada a gerir.
5 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 116.º e 202.º, a SGOIC pode iniciar as suas atividades no
Estado membro de acolhimento.
6 - As SGOIC que exerçam atividades ao abrigo da liberdade de prestação de serviços observam as
regras de conduta previstas no n.º 1 do 72.º-A e respetivas normas de concretização e desenvolvimento.
7 - Caso venham a ser alterados alguns dos elementos comunicados nos termos da alínea b) do n.º 1, a
SGOIC notifica desse facto, por escrito, a CMVM e as autoridades competentes do Estado membro de
acolhimento antes de as alterações produzirem efeitos.
8 - A CMVM atualiza as informações constantes do certificado referido na alínea a) do n.º 4 e informa
as autoridades competentes do Estado membro de acolhimento caso haja alteração do âmbito da
autorização da SGOIC ou dos dados de quaisquer restrições aos tipos de OICVM que a mesma está
autorizada a gerir.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 110.º-C
Estabelecimento de sucursal e liberdade de prestação de serviços relativos a OIA
1 - A SGOIC que pretende, pela primeira vez, exercer as atividades e prestar os serviços referidos no
n.º 2 do artigo 110.º noutro Estado membro comunica as seguintes informações à CMVM:
2 - Caso a SGOIC pretenda estabelecer uma sucursal, comunica, além das informações previstas no
número anterior, as seguintes informações:
3 - No prazo de um mês a contar da data de receção da documentação completa nos termos do n.º 1 ou
de dois meses a contar da receção da documentação completa nos termos do número anterior, a CMVM
transmite a referida documentação às autoridades competentes do Estado membro de acolhimento da
SGOIC.
4 - O envio referido no número anterior só tem lugar se a CMVM considerar que a gestão dos OIA pela
SGOIC cumpre, e continuará a cumprir, o disposto no presente Regime Geral e se em todas as outras
matérias a SGOIC cumprir igualmente o disposto no presente Regime Geral.
5 - A CMVM inclui uma declaração certificando que a SGOIC em causa está autorizada.
6 - A CMVM notifica imediatamente a SGOIC do envio, podendo esta começar a prestar serviços no
Estado membro de acolhimento a partir da data dessa notificação.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 110.º-D
Alteração dos elementos comunicados relativos a OIA
1 - A SGOIC notifica por escrito à CMVM qualquer alteração aos elementos comunicados nos termos
do n.º 1 do artigo anterior e, se aplicável, do n.º 2 do mesmo artigo:
a) Com pelo menos 30 dias de antecedência em relação à data de respetiva produção de efeitos, no caso
de alterações previstas;
b) Imediatamente, no caso de alterações imprevistas.
2 - Caso, na sequência de qualquer alteração referida na alínea a) do número anterior, a gestão do OIA
ou a SGOIC deixem de cumprir o disposto no presente Regime Geral, a CMVM opõe-se à alteração
prevista e notifica a SGOIC, no prazo de 15 dias úteis a contar da data de receção da comunicação.
3 - [Revogado.]
4 - A CMVM toma as medidas necessárias e notifica imediatamente a autoridade competente do Estado
membro de acolhimento da SGOIC, caso:
(Redação do Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio – com início de vigência a 1 de julho de 2022)
Artigo 110.º-D
Alteração dos elementos comunicados relativos a OIA
1 - A SGOIC notifica por escrito à CMVM qualquer alteração aos elementos comunicados nos termos
do n.º 1 do artigo anterior e, se aplicável, do n.º 2 do mesmo artigo:
a) Com pelo menos 30 dias de antecedência em relação à data de respetiva produção de efeitos, no
caso de alterações previstas;
b) Imediatamente, no caso de alterações imprevistas.
2 - Caso, na sequência de qualquer alteração referida no número anterior, a SGOIC deixar de cumprir
o disposto no presente Regime Geral relativamente à gestão de OIA, a CMVM:
a) Opõe-se à alteração prevista e notifica a SGOIC, no prazo de 15 dias úteis a contar da data de
receção da comunicação;
b) Toma as medidas necessárias e notifica imediatamente a autoridade competente do Estado-Membro
de acolhimento da sociedade gestora, caso:
i) A SGOIC efetue a alteração prevista referida na alínea anterior; ou
ii) Ocorra uma alteração imprevista que faça com que a gestão do OIA deixe de cumprir o disposto no
presente Regime Geral ou se, por qualquer outra razão, a SGOIC deixar de o cumprir.
3 - [Revogado.]
4 - A CMVM informa imediatamente as autoridades competentes do Estado membro de acolhimento da
SGOIC das alterações em relação às quais não se oponha.
Artigo 110.º-D
Alteração dos elementos comunicados relativos a OIA
1 - A SGOIC notifica por escrito à CMVM qualquer alteração aos elementos comunicados nos termos
do n.º 1 do artigo anterior e, se aplicável, do n.º 2 do mesmo artigo:
a) Com pelo menos 30 dias de antecedência em relação à data de respetiva produção de efeitos, no
caso de alterações previstas;
b) Imediatamente, no caso de alterações imprevistas.
203
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 110.º-E
Direito aplicável à prestação transfronteiriça da atividade
1 - As SGOIC que exerçam a atividade de gestão de OICVM e de OIA a nível transfronteiriço, quer
através do estabelecimento de sucursais, quer ao abrigo da liberdade de prestação de serviços, ficam
sujeitas à lei portuguesa no que respeita à sua organização, incluindo as regras de subcontratação, os
procedimentos de gestão de riscos, as regras prudenciais e de supervisão e as obrigações de notificação
que lhes incumbem.
2 - A CMVM é responsável pela supervisão do cumprimento das regras referidas no número anterior.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 111.º
Direito de estabelecimento e liberdade de prestação de serviços de entidades gestoras de países
terceiros autorizadas em Portugal
Artigo 111.º
Direito de estabelecimento e liberdade de prestação de serviços de entidades gestoras de países
terceiros autorizadas em Portugal
1 - As entidades gestoras de países terceiros autorizadas em Portugal podem gerir OIA estabelecidos
noutro Estado membro, quer diretamente, quer através do estabelecimento de sucursais, desde que
estejam autorizadas a gerir esse tipo de OIA.
2 - A entidade gestora de país terceiro prevista no número anterior que pretenda, pela primeira vez,
gerir OIA estabelecidos noutro Estado membro deve comunicar ao Banco de Portugal e à CMVM as
seguintes informações:
a) Os Estados membros em que se propõe gerir diretamente OIA ou estabelecer sucursais;
b) Um programa de atividades que indique especificamente os serviços que pretende prestar e que
identifique os OIA que se propõe gerir.
3 - Caso a entidade gestora de país terceiro pretenda estabelecer uma sucursal, deve comunicar, além
das informações previstas no n.º 2, as seguintes informações:
a) Estrutura organizativa da sucursal;
b) Endereço no Estado membro de origem do OIA junto do qual pode ser obtida documentação;
c) Identidade e elementos de contacto das pessoas responsáveis pela gestão da sucursal.
4 - A CMVM envia a documentação completa às autoridades competentes dos Estados membros de
acolhimento da entidade gestora de país terceiro, no prazo de um mês a contar da sua receção nos
termos do n.º 2 ou no prazo de dois meses a contar da sua receção nos termos do n.º 3, após parecer
favorável do Banco de Portugal que se pronuncia no prazo de 20 dias.
5 - O envio referido no número anterior só tem lugar se o Banco de Portugal e a CMVM considerarem
que a gestão do OIA pela entidade gestora cumpre, e continuará a cumprir, o disposto no presente
Regime Geral e se em todos os outros aspetos a entidade gestora cumprir igualmente o disposto no
presente Regime Geral.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
6 - A CMVM inclui uma declaração certificando que a entidade gestora em causa está autorizada.
7 - A CMVM notifica imediatamente a entidade gestora do envio, podendo esta começar a prestar os
seus serviços nos Estados membros de acolhimento a partir da data dessa notificação.
8 - A CMVM informa igualmente a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados de
que a entidade gestora pode começar a gerir os organismos de investimento coletivo nos Estados
membros de acolhimento.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 111.º
Direito de estabelecimento e liberdade de prestação de serviços de entidades gestoras de países
terceiros autorizadas em Portugal
Artigo 112.º
Alterações dos elementos comunicados
Artigo 112.º
Alterações dos elementos comunicados
1 - As entidades gestoras notificam por escrito à CMVM qualquer alteração aos elementos
comunicados nos termos do n.º 2 ou do n.º 3 do artigo anterior, consoante aplicável:
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
a) Com pelo menos um mês de antecedência em relação à data de respetiva produção de efeitos, no
caso de alterações previstas; ou
b) Imediatamente, no caso de alterações imprevistas.
2 - Recebida a comunicação prevista na alínea a) do número anterior e verificando-se que as alterações
previstas implicam uma gestão do organismo de investimento alternativo em violação do disposto no
presente Regime Geral, ou que a entidade gestora não cumpre o disposto no mesmo, a CMVM deve,
em tempo útil, notificar as entidades gestoras de que as alterações previstas não podem ser adotadas.
3 - A CMVM deve tomar as medidas que se adequem à situação em causa, incluindo, se necessário, a
proibição expressa da comercialização das unidades de participação do organismo de investimento
alternativo, quando:
a) A entidade gestora adote as alterações previstas em violação dos termos da notificação feita pela
CMVM;
b) Ocorram alterações imprevistas com as consequências referidas no n.º 2; ou
c) Se verifique que a entidade gestora não cumpre o disposto no presente Regime Geral.
4 - A CMVM informa imediatamente as autoridades competentes dos Estados membros de acolhimento
da entidade gestora das alterações em relação às quais não se oponha.
Artigo 113.º
Colaboração na supervisão de entidades autorizadas em Portugal
Artigo 113.º
Colaboração na supervisão de entidades autorizadas em Portugal
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
a) Toma as medidas necessárias para garantir que a entidade gestora preste as informações solicitadas
pela autoridade competente do Estado membro de acolhimento ou ponha termo ao não cumprimento;
b) Tratando-se de entidade gestora de país terceiro, requer as informações necessárias à autoridade
de supervisão competente de país terceiro.
3 - As medidas tomadas nos termos da alínea a) do número anterior devem ser comunicadas à
autoridade competente do Estado membro de acolhimento.
4 - Antes de revogar a autorização ou de cancelar o registo da entidade gestora de um organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários autorizado noutro Estado membro, o Banco de Portugal
e a CMVM, consoante as competências em causa, consultam as autoridades competentes dos Estados
membros de origem do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários.
5 - A CMVM, após informação prévia ao Banco de Portugal, notifica, de imediato, as autoridades
competentes do Estado membro de origem do organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários de quaisquer problemas detetados a nível da entidade gestora, que possam afetar em termos
materiais a capacidade desta para desempenhar corretamente as suas funções respeitantes ao
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários, ou do não cumprimento de qualquer dos
requisitos estabelecidos no capítulo I do título II.
SECÇÃO VI
Atividade em Portugal de entidades gestoras autorizadas noutros Estados membros
(Renumeração dada pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data
de início de vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da
Diretiva Delegada (UE) 2017/593)
SECÇÃO VII
Atividade em Portugal de entidades gestoras autorizadas noutros Estados membros
Artigo 114.º
Direito de estabelecimento e liberdade de prestação de serviços
1 - As entidades gestoras de OICVM autorizadas noutros Estados membros e sujeitas à supervisão das
respetivas autoridades podem exercer em Portugal, alternativa ou cumulativamente, mediante o
estabelecimento de uma sucursal ou ao abrigo da liberdade de prestação de serviços, as atividades
abrangidas pela respetiva autorização, incluindo:
a) As atividades relativas a OIA da União Europeia estabelecidos noutro Estado membro, desde que a
entidade gestora esteja autorizada a gerir esse tipo de OIA;
b) As atividades referidas no n.º 5 do artigo 71.º-B, abrangidas pela respetiva autorização.
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
Artigo 114.º
Direito de estabelecimento e liberdade de prestação de serviços
1 - As entidades gestoras de OICVM autorizadas noutros Estados membros e sujeitas à supervisão das
respetivas autoridades podem, recebida a notificação prevista no n.º 4 do artigo 199.º-L do Regime
207
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Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de
31 de dezembro, exercer em Portugal as atividades abrangidas pela respetiva autorização, mediante o
estabelecimento de uma sucursal, ou ao abrigo da liberdade de prestação de serviços.
2 - As entidades gestoras referidas no número anterior podem ainda comercializar em Portugal as
unidades de participação de um OICVM autorizado noutro Estado membro por si gerido, após receção
da notificação referida no número anterior.
3 - As entidades gestoras da União Europeia e as entidades gestoras de país terceiro autorizadas
noutros Estados-Membros podem, recebida a notificação prevista neste artigo ou no Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado peloDecreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro, quando aplicável, exercer em Portugal, mediante o estabelecimento de uma sucursal ou ao
abrigo da liberdade de prestação de serviços:
a) As atividades relativas a OIA abrangidas pela respetiva autorização;
b) As atividades referidas no n.º 2 e na alínea b) do n.º 3 do artigo 68.º abrangidas pela respetiva
autorização.
4 - É condição de exercício em Portugal das atividades previstas no número anterior que a CMVM
receba da autoridade competente do Estado membro de origem da entidade gestora da União Europeia
ou do Estado membro de referência da entidade gestora de país terceiro uma notificação contendo os
elementos previstos no n.º 2 do artigo 111.º.
5 - Se a entidade gestora da União Europeia ou a entidade gestora de país terceiro autorizada noutro
Estado membro pretender estabelecer uma sucursal em Portugal a notificação referida no número
anterior deve conter ainda os elementos previstos no n.º 3 do artigo 111.º.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 114.º
Direito de estabelecimento e liberdade de prestação de serviços
(Redação do Decreto-Lei n.º 124/2015, de 7 de julho – com início de vigência em 8 de julho de 2015)
208
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Artigo 114.º
Direito de estabelecimento e liberdade de prestação de serviços
Artigo 114.º-A
Estabelecimento de sucursal em Portugal relativa à gestão de OICVM
2 - Caso a entidade gestora pretenda exercer a atividade de gestão de OICVM, a notificação prevista no
número anterior inclui:
a) O certificado em que se declare que a entidade gestora foi autorizada a exercer essa atividade;
b) A descrição do âmbito da autorização concedida à referida entidade; e
c) Os dados de eventuais restrições aos tipos de OICVM que a entidade gestora está autorizada a gerir.
209
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5 - Logo que receba uma notificação da CMVM ou, não tendo recebido qualquer comunicação,
decorrido o prazo previsto no número anterior, a sucursal pode ser estabelecida e dar início à sua
atividade.
6 - Em caso de alteração de quaisquer elementos comunicados nos termos das alíneas a) a c) do n.º 1, a
entidade gestora comunica por escrito essa alteração às autoridades competentes do Estado membro de
origem e à CMVM pelo menos um mês antes de as mesmas produzirem efeitos, de forma a permitir que
aquela se pronuncie sobre essa alteração e a CMVM prepare a supervisão.
7 - A autoridade competente do Estado-Membro de origem da entidade gestora comunica à CMVM:
Artigo 114.º-A
Estabelecimento de sucursal em Portugal relativa à gestão de OICVM
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 114.º-B
Liberdade de prestação de serviços em Portugal relativa à gestão de OICVM
1 - É condição do início da prestação de serviços em Portugal que a CMVM receba das autoridades
competentes do Estado membro de origem da entidade gestora de OICVM autorizada noutro Estado
membro uma comunicação, da qual conste:
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2 - Caso a entidade gestora de OICVM autorizada noutro Estado membro pretenda exercer a atividade
de gestão de OICVM, a comunicação prevista no número anterior inclui:
a) O certificado em que se declare que a entidade gestora foi autorizada a exercer essa atividade;
b) A descrição do âmbito da autorização concedida à referida entidade; e
c) Os dados de eventuais restrições aos tipos de OICVM que a entidade gestora está autorizada a gerir.
3 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 116.º e 202.º, a entidade gestora pode iniciar as suas atividades
em Portugal.
4 - Caso venham a ser alterados alguns dos elementos comunicados nos termos da alínea a) do n.º 1, a
entidade gestora notifica desse facto, por escrito, as autoridades competentes do Estado membro de
origem e a CMVM antes de as alterações produzirem efeitos.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 114.º-C
Estabelecimento de sucursal e liberdade de prestação de serviços em Portugal relativos à gestão
de OIA
a) A entidade gestora efetue uma alteração aos elementos referidos nos números anteriores a que se
opôs por a gestão do OIA ou a entidade gestora deixarem de cumprir o disposto na respetiva legislação
ou regulamentação aplicável;
b) Ocorra uma alteração imprevista que faça com que a gestão do OIA ou a entidade gestora deixem de
cumprir o disposto na legislação ou regulamentação aplicável.
(Redação do Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio – com início de vigência a 1 de julho de 2022)
Artigo 114.º-C
Estabelecimento de sucursal e liberdade de prestação de serviços em Portugal relativos à gestão de
OIA
autorizada noutro Estado membro uma comunicação da qual conste o programa de atividades,
indicando, especificamente, os serviços que pretende prestar e que identifique os OIA que se propõe
gerir.
2 - Caso a entidade gestora de OIA pretenda estabelecer uma sucursal, a comunicação inclui, além das
informações previstas no número anterior, as seguintes informações:
a) A estrutura organizativa da sucursal;
b) O endereço no Estado membro de origem do OIA junto do qual pode ser obtida documentação;
c) A identidade e elementos de contacto das pessoas responsáveis pela gestão da sucursal.
3 - A autoridade competente do Estado-Membro de origem da entidade gestora de OIA comunica
imediatamente à CMVM as medidas adotadas caso:
a) A entidade gestora efetue uma alteração aos elementos referidos nos números anteriores a que se
opôs;
b) Ocorra uma alteração imprevista que faça com que a gestão do OIA deixe de cumprir o disposto no
presente Regime Geral ou se, por qualquer outra razão, a entidade gestora deixar de o cumprir.
4 - A autoridade competente do Estado-Membro de origem informa imediatamente a CMVM da sua
não oposição a alterações aos elementos referidos nos n.ºs 1 e 2.
Artigo 114.º-C
Estabelecimento de sucursal e liberdade de prestação de serviços em Portugal relativos à gestão de
OIA
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 115.º
Direito aplicável à constituição e funcionamento de organismo de investimento coletivo
Artigo 115.º
Direito aplicável à constituição e funcionamento de organismo de investimento coletivo
As entidades gestoras da União Europeia e as entidades gestoras de país terceiro autorizadas noutros
Estados membros asseguram, relativamente a organismos de investimentos coletivos estabelecidos em
Portugal por si geridos, o cumprimento das disposições do presente Regime Geral relativas à
constituição e ao funcionamento e das obrigações estabelecidas nos documentos constitutivos,
definindo todas as regras e disposições organizativas necessárias a esse cumprimento.
212
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Artigo 116.º
Instrução do pedido de gestão de OICVM em Portugal
1 - O pedido de gestão de OICVM estabelecido em Portugal por parte de entidades gestoras de OICVM
estabelecidas noutro Estado membro é apresentado junto da CMVM e instruído com a seguinte
documentação:
Artigo 116.º
Instrução do pedido de gestão de organismo de investimento coletivo em valores mobiliários em
Portugal
Artigo 117.º
Recusa de pedido de gestão de OICVM em Portugal
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3 - São comunicados à Comissão Europeia o número e a natureza dos casos de recusa de pedidos nos
termos do presente artigo.
4 - À decisão prevista no n.º 1 é aplicável o disposto no artigo 21.º, com as necessárias adaptações.
Artigo 117.º
Recusa de pedido de gestão de organismo de investimento coletivo em valores mobiliários em
Portugal
Artigo 118.º
Informação para fins estatísticos
As entidades gestoras autorizadas noutro Estado membro que exerçam atividade em Portugal através de
sucursais estão sujeitas ao reporte periódico de informação sobre a gestão de OICVM e de OIA à
CMVM, para fins estatísticos, nos termos a definir em regulamento da CMVM.
Artigo 118.º
Informação para fins estatísticos
As sociedades gestoras autorizadas noutro Estado membro que exerçam atividade em Portugal através
de sucursais estão sujeitas ao reporte periódico de informação sobre a gestão de organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários à CMVM, para fins estatísticos, nos termos a definir em
regulamento da CMVM.
SECÇÃO VII
Atividade em Portugal com conexão a países terceiros
(Renumeração dada pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data
de início de vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da
Diretiva Delegada (UE) 2017/593)
SECÇÃO VIII
Atividade em Portugal com conexão a países terceiros
Artigo 119.º
Gestão de organismos de investimento alternativo de países terceiros não comercializados na
União Europeia
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Artigo 119.º
Gestão de organismos de investimento alternativo de países terceiros não comercializados na União
Europeia
As sociedades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia
podem gerir OIA de países terceiros, que não sejam comercializados em Portugal ou noutro Estado
membro, desde que:
a) Cumpram todos os requisitos estabelecidos no presente Regime Geral, exceto os dos artigos 120.º a
128.º, 160.º, 161.º, 163.º e do n.º 1 do artigo 164.º, no que se refere a esses OIA; e
b) Tenham sido acordados mecanismos de cooperação adequados entre a CMVM e as autoridades de
supervisão do país terceiro onde está estabelecido o OIA em causa, a fim de assegurar, pelo menos,
uma troca de informações eficiente que permita à CMVM exercer as suas competências de acordo com
o disposto no presente Regime Geral.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 119.º
Gestão de organismos de investimento alternativo de países terceiros não comercializados na União
Europeia
As sociedades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia
podem gerir organismos de investimento alternativo de países terceiros, dirigidos exclusivamente a
investidores qualificados, que não sejam comercializados em Portugal ou noutro Estado membro, desde
que:
a) Cumpram todos os requisitos estabelecidos no presente Regime Geral, exceto os dos artigos 120.º a
128.º, 160.º, 161.º, 163.º e do n.º 1 do artigo 164.º, no que se refere a esses organismos de investimento
alternativos; e
b) Tenham sido acordados mecanismos de cooperação adequados entre a CMVM e as autoridades de
supervisão do país terceiro onde está estabelecido o organismo de investimento alternativo em causa,
a fim de assegurar, pelo menos, uma troca de informações eficiente que permita à CMVM exercer as
suas competências de acordo com o disposto no presente Regime Geral.
CAPÍTULO II
Depositários
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 120.º
Depositário
1 - Os ativos que constituem a carteira do organismo de investimento coletivo são confiados a um único
depositário.
2 - Podem ser depositários:
a) As instituições de crédito referidas nas alíneas a) a d) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições
de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que
disponham de fundos próprios não inferiores a (euro) 5 000 000;
b) As empresas de investimento autorizadas a prestar o serviço de registo e depósito de instrumentos
financeiros por conta de clientes e que estejam sujeitas a requisitos de fundos próprios nos termos do
artigo 92.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho,
incluindo os requisitos de fundos próprios para risco operacional nos termos previstos na alínea e) do
n.º 3 do mesmo artigo daquele Regulamento, e que satisfaçam os seguintes requisitos mínimos:
i) Disponham das infraestruturas necessárias para que os instrumentos financeiros sob guarda possam
ser registados numa conta de instrumentos financeiros aberta nos registos do depositário;
215
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
ii) Definam políticas e procedimentos adequados para assegurar o cumprimento, por si própria e pelos
seus membros do órgão de administração e colaboradores, das obrigações que lhes incumbem por força
do presente Regime Geral;
iii) Apliquem procedimentos administrativos e contabilísticos sólidos, mecanismos de controlo interno,
procedimentos eficazes de avaliação do risco e mecanismos eficazes de controlo e salvaguarda dos seus
sistemas informáticos;
iv) Mantenham e façam a gestão de mecanismos organizativos e administrativos eficazes a fim de
tomarem todas as medidas razoáveis para evitar conflitos de interesses;
v) Providenciem a manutenção de registos de todos os serviços, atividades e transações que efetuem,
suficientes para que a CMVM possa cumprir as suas funções de supervisão e aplicar as medidas
previstas no presente Regime Geral;
vi) Tomem as medidas razoáveis para assegurar a continuidade e a regularidade do desempenho das
suas funções de depositário utilizando sistemas, recursos e procedimentos adequados e proporcionados,
nomeadamente para desempenhar as suas atividades de depositário;
vii) Os membros do órgão de administração e os membros executivos dos órgãos sociais possuam, em
cada momento, a idoneidade necessária e conhecimentos, competências e experiência suficientes;
viii) Os órgãos de administração disponham, em termos coletivos, de conhecimentos, competências e
experiência suficientes para compreender as atividades do depositário, incluindo os principais riscos;
ix) Os membros do órgão de administração e os membros executivos dos órgãos sociais atuem com
honestidade e integridade.
Artigo 120.º
Depositário
1 - Os ativos que constituem a carteira do organismo de investimento coletivo são confiados a um único
depositário.
2 - Podem ser depositários:
a) As instituições de crédito referidas nas alíneas a) a d) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições
de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que
disponham de fundos próprios não inferiores a (euro) 5 000 000;
b) As empresas de investimento autorizadas a prestar o serviço de registo e depósito de instrumentos
financeiros por conta de clientes e que estejam sujeitas a requisitos de fundos próprios nos termos do
artigo 92.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho,
incluindo os requisitos de fundos próprios para risco operacional nos termos previstos na alínea e) do
n.º 3 do mesmo artigo daquele Regulamento, e que satisfaçam os seguintes requisitos mínimos:
i) Disponham das infraestruturas necessárias para que os instrumentos financeiros sob guarda possam
ser registados numa conta de instrumentos financeiros aberta nos registos do depositário;
ii) Definam políticas e procedimentos adequados para assegurar o cumprimento, por si própria e pelos
seus membros do órgão de administração e colaboradores, das obrigações que lhes incumbem por
força do presente Regime Geral;
iii) Apliquem procedimentos administrativos e contabilísticos sólidos, mecanismos de controlo interno,
procedimentos eficazes de avaliação do risco e mecanismos eficazes de controlo e salvaguarda dos
seus sistemas informáticos;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 120.º
Depositário
1 - Os ativos que constituem a carteira do organismo de investimento coletivo são confiados a um único
depositário.
2 - Podem ser depositários:
a) As instituições de crédito referidas nas alíneas a) a d) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições
de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que
disponham de fundos próprios não inferiores a (euro) 7 500 000;
b) As empresas de investimento autorizadas a prestar o serviço de registo e depósito de instrumentos
financeiros por conta de clientes e que estejam sujeitas a requisitos de fundos próprios nos termos do
artigo 92.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho,
incluindo os requisitos de fundos próprios para risco operacional nos termos previstos na alínea e) do
n.º 3 do mesmo artigo daquele Regulamento, e que satisfaçam os seguintes requisitos mínimos:
i) Disponham das infraestruturas necessárias para que os instrumentos financeiros sob guarda possam
ser registados numa conta de instrumentos financeiros aberta nos registos do depositário;
ii) Definam políticas e procedimentos adequados para assegurar o cumprimento, por si própria e pelos
seus membros do órgão de administração e colaboradores, das obrigações que lhes incumbem por
força do presente Regime Geral;
iii) Apliquem procedimentos administrativos e contabilísticos sólidos, mecanismos de controlo interno,
procedimentos eficazes de avaliação do risco e mecanismos eficazes de controlo e salvaguarda dos
seus sistemas informáticos;
iv) Mantenham e façam a gestão de mecanismos organizativos e administrativos eficazes a fim de
tomarem todas as medidas razoáveis para evitar conflitos de interesses;
v) Providenciem a manutenção de registos de todos os serviços, atividades e transações que efetuem,
suficientes para que a CMVM, ou o Banco de Portugal, possam cumprir as respetivas funções de
supervisão e aplicar as medidas previstas no presente Regime Geral;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
vi) Tomem as medidas razoáveis para assegurar a continuidade e a regularidade do desempenho das
suas funções de depositário utilizando sistemas, recursos e procedimentos adequados e
proporcionados, nomeadamente para desempenhar as suas atividades de depositário;
vii) Os membros do órgão de administração e os membros executivos dos órgãos sociais possuam, em
cada momento, a idoneidade necessária e conhecimentos, competências e experiência suficientes;
viii) Os órgãos de administração disponham, em termos coletivos, de conhecimentos, competências e
experiência suficientes para compreender as atividades do depositário, incluindo os principais riscos;
ix) Os membros do órgão de administração e os membros executivos dos órgãos sociais atuem com
honestidade e integridade.
3 - O depositário deve estar estabelecido em Portugal.
4 - A prestação de serviço de depositário a entidades exteriores ao perímetro de consolidação em que
se integre o depositário é assegurada em condições económicas não discriminatórias.
5 - A CMVM pode solicitar a fundamentação da recusa em prestar o serviço de depositário a entidades
referidas no número anterior.
6 - Mediante pedido, o depositário deve facultar ao Banco de Portugal e à CMVM todas as informações
que tenha obtido no exercício das suas funções e que sejam necessárias para a supervisão do organismo
de investimento coletivo e da entidade gestora.
7 - O Banco de Portugal e a CMVM partilham sem demora entre si as informações recebidas nos termos
do número anterior.
8 - O depositário pode subscrever unidades de participação dos organismos de investimento coletivo
relativamente aos quais exerce as funções de depositário.
Artigo 120.º
Depositário
1 - Os ativos que constituem a carteira do organismo de investimento coletivo são confiados a um único
depositário.
2 - Podem ser depositários:
a) As instituições de crédito referidas nas alíneas a) a d) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições
de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que
disponham de fundos próprios não inferiores a (euro) 7 500 000;
b) As empresas de investimento autorizadas a prestar o serviço de registo e depósito de instrumentos
financeiros por conta de clientes e que estejam sujeitas a requisitos de fundos próprios nos termos do
artigo 92.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho,
incluindo os requisitos de fundos próprios para risco operacional nos termos previstos na alínea e) do
n.º 3 do mesmo artigo daquele Regulamento.
3 - O depositário deve estar estabelecido em Portugal.
4 - A prestação de serviço de depositário a entidades exteriores ao perímetro de consolidação em que
se integre o depositário é assegurada em condições económicas não discriminatórias.
5 - A CMVM pode solicitar a fundamentação da recusa em prestar o serviço de depositário a entidades
referidas no número anterior.
6 - Mediante pedido, o depositário deve facultar ao Banco de Portugal ou à CMVM todas as
informações que tenha obtido no exercício das suas funções e que sejam necessárias para a supervisão
do organismo de investimento coletivo.
7 - O depositário pode subscrever unidades de participação dos organismos de investimento coletivo
relativamente aos quais exerce as funções de depositário.
Artigo 121.º
Deveres do depositário
i) No que respeita a instrumentos financeiros que podem ser recebidos em depósito ou inscritos em
registo:
1.º) O depositário guarda todos os instrumentos financeiros que possam ser registados numa conta de
instrumentos financeiros aberta nos seus livros e todos os instrumentos financeiros que possam ser
fisicamente entregues ao depositário;
2.º) Para este efeito, o depositário deve assegurar que todos os instrumentos financeiros que possam ser
registados numa conta de instrumentos financeiros aberta nos seus livros sejam registados nestes livros
em contas separadas, nos termos dos n.ºs 5 a 7 do artigo 306.º do Código dos Valores Mobiliários,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, em nome do organismo de investimento
coletivo ou da entidade responsável pela gestão agindo em nome deste, para que possam a todo o tempo
ser claramente identificadas como pertencentes ao organismo de investimento coletivo, nos termos da
lei aplicável;
1.º) Verificar que o organismo de investimento coletivo é titular de direitos sobre tais ativos e registar
os ativos relativamente aos quais essa titularidade surge comprovada, devendo a verificação ser
realizada com base nas informações ou documentos facultados pela entidade responsável pela gestão e,
caso estejam disponíveis, com base em comprovativos externos;
2.º) Manter um registo atualizado dos mesmos;
c) Executar as instruções da entidade responsável pela gestão, salvo se forem contrárias à legislação
aplicável e aos documentos constitutivos;
d) Assegurar que, nas operações relativas aos ativos do organismo de investimento coletivo, a
contrapartida seja entregue nos prazos conformes à prática de mercado;
e) Promover o pagamento aos participantes dos rendimentos das unidades de participação e do valor do
respetivo resgate, reembolso ou produto da liquidação;
f) Elaborar e manter atualizada a relação cronológica de todas as operações realizadas por conta do
organismo de investimento coletivo;
g) Elaborar mensalmente o inventário discriminado dos ativos e dos passivos do organismo de
investimento coletivo;
h) Fiscalizar e garantir perante os participantes o cumprimento da legislação aplicável e dos documentos
constitutivos do organismo de investimento coletivo no que se refere:
2 - O depositário deve ainda assegurar o acompanhamento adequado dos fluxos de caixa do organismo
de investimento coletivo, em particular:
n.ºs 5 a 7 do artigo 306.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de
13 de novembro.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 121.º
Deveres do depositário
Artigo 121.º
Deveres do depositário
i) Enviar anualmente à CMVM um relatório sobre a fiscalização desenvolvida, nos termos a definir em
regulamento da CMVM e informar imediatamente a CMVM de incumprimentos detetados que possam
prejudicar os participantes;
j) Informar imediatamente a entidade responsável pela gestão da alteração dos membros do seu órgão
de administração, devendo aquela entidade notificar imediatamente a CMVM sobre a referida
alteração.
2 - O depositário deve ainda assegurar o acompanhamento adequado dos fluxos de caixa do organismo
de investimento coletivo, em particular:
a) Da receção de todos os pagamentos efetuados pelos participantes ou em nome destes no momento
da subscrição de unidades de participação;
b) Do correto registo de qualquer numerário do organismo de investimento coletivo em contas abertas
em nome do organismo de investimento coletivo ou da entidade responsável pela gestão que age em
nome deste, num banco central, numa instituição de crédito da União Europeia ou num banco
autorizado num país terceiro ou noutra entidade da mesma natureza no mercado relevante onde são
exigidas contas em numerário, desde que essa entidade esteja sujeita a regulamentação e supervisão
prudenciais eficazes que tenham o mesmo efeito que a legislação da União e sejam efetivamente
aplicadas, nos termos dos n.ºs 5 a 7 do artigo 306.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro.
Artigo 121.º-A
Reutilização de ativos sob guarda
1 - Os ativos confiados à guarda do depositário não são reutilizados por conta própria pelo depositário
ou por terceiros nos quais tenha sido subcontratada essa função.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, a reutilização compreende todas as transações dos ativos
sob guarda, designadamente, a sua transferência, penhor, venda e empréstimo.
3 - O depositário só pode reutilizar os ativos confiados à sua guarda se a reutilização for:
4 - Para efeitos do disposto na alínea d) do número anterior, o valor de mercado da garantia corresponde
permanentemente pelo menos ao valor de mercado dos ativos reutilizados, acrescido de um prémio.
5 - A reutilização de ativos pelos depositários de OIA exclusivamente dirigidos a investidores
profissionais ou de subscrição particular fica apenas sujeita:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 121.º-A
Reutilização de ativos sob guarda
1 - Os ativos confiados à guarda do depositário não são reutilizados por conta própria pelo depositário
ou por terceiros nos quais tenha sido subcontratada essa função.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, a reutilização compreende todas as transações dos
ativos sob guarda, designadamente, a sua transferência, penhor, venda e empréstimo.
3 - O depositário só pode reutilizar os ativos confiados à sua guarda se a reutilização for:
a) Efetuada por conta do organismo de investimento coletivo;
b) Em execução das instruções da entidade responsável pela gestão do organismo de investimento
coletivo;
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 104/2017, de 30 de agosto – com início de vigência em 29 de setembro
de 2017)
Artigo 121.º-B
Regime dos ativos em caso de insolvência do depositário
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 104/2017, de 30 de agosto – com início de vigência em 29 de setembro
de 2017)
Artigo 121.º-C
Regime de comunicação interna de factos, provas e informações
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 104/2017, de 30 de agosto – com início de vigência em 29 de setembro
de 2017)
Artigo 122.º
Responsabilidade do depositário
a) Pela perda, por si ou por terceiro subcontratado, de instrumentos financeiros confiados à sua guarda;
b) Por qualquer prejuízo sofrido pelos participantes em resultado do incumprimento doloso ou por
negligência das suas obrigações.
7 - Em caso de perda de instrumentos financeiros confiados à guarda de um terceiro nos termos do artigo
124.º, o depositário de organismo de investimento alternativo de subscrição particular ou dirigido
exclusivamente a investidores qualificados pode exonerar-se da sua responsabilidade civil se provar
que:
8 - Caso a legislação de um país terceiro exija que certos instrumentos financeiros sejam confiados à
guarda de uma entidade local e não existam entidades locais que cumpram os requisitos de
subcontratação estabelecidos na subalínea ii) da alínea d) do n.º 2 do artigo 124.º, o depositário de
organismo de investimento alternativo de subscrição particular ou dirigido exclusivamente a
investidores qualificados pode exonerar-se da sua responsabilidade civil nas seguintes condições:
Artigo 122.º
Responsabilidade do depositário
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Artigo 123.º
Independência
1 - Para evitar conflitos de interesses entre o depositário, a entidade responsável pela gestão e o
organismo de investimento coletivo ou os respetivos participantes:
a) As entidades responsáveis pela gestão não podem ser depositários dos organismos de investimento
coletivo sob gestão;
b) O corretor principal que atue como contraparte de um OIA não pode ser depositário do mesmo OIA,
salvo se tenha funcional e hierarquicamente separado o desempenho das suas funções de depositário
das suas funções de corretor principal e que os potenciais conflitos de interesses sejam devidamente
identificados, geridos, acompanhados e divulgados aos participantes do OIA;
c) O corretor principal apenas pode ser subcontratado para as funções de guarda de ativos de OIA se
forem cumpridas as condições aplicáveis previstas no artigo 124.º.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 123.º
Independência
1 - Para evitar conflitos de interesses entre o depositário, a entidade responsável pela gestão e o
organismo de investimento coletivo ou os respetivos participantes:
a) As entidades responsáveis pela gestão não podem ser depositários dos organismos de investimento
coletivo sob gestão;
b) O corretor principal que atue como contraparte de um organismo de investimento coletivo não pode
ser depositário do mesmo organismo de investimento coletivo, salvo se tenha funcional e
hierarquicamente separado o desempenho das suas funções de depositário das suas funções de corretor
principal e que os potenciais conflitos de interesses sejam devidamente identificados, geridos,
acompanhados e divulgados aos participantes do organismo de investimento coletivo;
c) O corretor principal apenas pode ser subcontratado para as funções de guarda se forem cumpridas
as condições aplicáveis previstas no artigo 124.º.
2 - O depositário, no exercício das respetivas funções, atua com honestidade, equidade,
profissionalismo, independência e no exclusivo interesse dos participantes.
3 - O depositário não pode exercer atividades relativas ao organismo de investimento coletivo ou à
entidade responsável pela gestão que possam criar conflitos de interesses entre os participantes, a
entidade responsável pela gestão e o próprio depositário, salvo se tenha separado funcional e
hierarquicamente o desempenho das suas funções de depositário de outras funções potencialmente
conflituantes e que os potenciais conflitos de interesses sejam devidamente identificados, geridos,
acompanhados e divulgados aos participantes do organismo de investimento coletivo.
Artigo 124.º
Subcontratação da função da guarda de ativos
1 - O depositário não pode subcontratar em terceiros as suas funções, com exceção da função de guarda
de ativos.
2 - A subcontratação pelo depositário da função de guarda de ativos depende da celebração de contrato
escrito, bem como do cumprimento das seguintes condições:
a) As funções não sejam subcontratadas com o intuito de evitar o cumprimento dos requisitos do
presente Regime Geral;
b) O depositário demonstre que existem razões objetivas que justificam a subcontratação;
c) O depositário tenha usado a necessária competência, zelo e diligência na seleção e contratação dos
terceiros em quem queira subcontratar as funções de guarda de ativos e continue a usar dessa
competência, zelo e diligência na revisão periódica e no acompanhamento contínuo das atividades
desenvolvidas pelos subcontratados e dos mecanismos por estes adotados em relação às funções
subcontratadas; e
d) O depositário assegure que o subcontratado, no desempenho das suas funções, cumpre a todo o tempo
as seguintes condições:
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v) Cumpra as obrigações gerais e as proibições previstas na alínea b) do n.º 1 do artigo 121.º, no artigo
121.º-A, na alínea a) do n.º 1 e nos n.ºs 2 e 3 do artigo anterior, e na alínea d) do n.º 1 do artigo 128.º;
e) A possibilidade de subcontratação esteja expressamente prevista no contrato com o depositário.
3 - Não obstante o disposto na subalínea ii) da alínea d) do número anterior, caso a legislação de um
país terceiro exija que certos instrumentos financeiros sejam confiados à guarda de uma entidade local
e não exista nenhuma entidade que cumpra os requisitos de subcontratação estabelecidos naquela
subalínea, o depositário pode subcontratar as suas funções a essa entidade local, embora unicamente na
medida em que a legislação do país terceiro o exija e enquanto não existam entidades locais que
satisfaçam os requisitos de subcontratação, nas seguintes condições:
4 - O terceiro subcontratado pode, por sua vez, subcontratar as funções subcontratadas pelo depositário,
nas mesmas condições, aplicando-se, nesse caso, às partes relevantes, com as necessárias adaptações, o
disposto no n.º 5 do artigo 122.º.
5 - Para efeitos do presente artigo, não é considerada subcontratação de funções de guarda a prestação
de serviços de liquidação por sistemas de liquidação de valores mobiliários ou de serviços equiparados
no caso de prestação por entidades de países terceiros.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 124.º
Subcontratação da função da guarda de ativos
1 - O depositário não pode subcontratar em terceiros as suas funções, com exceção da função de guarda
de ativos.
2 - A subcontratação pelo depositário da função de guarda de ativos depende da celebração de contrato
escrito, bem como do cumprimento das seguintes condições:
a) As funções não sejam subcontratadas com o intuito de evitar o cumprimento dos requisitos do
presente Regime Geral;
b) O depositário demonstre que existem razões objetivas que justificam a subcontratação;
c) O depositário tenha usado a necessária competência, zelo e diligência na seleção e contratação dos
terceiros em quem queira subcontratar as funções de guarda de ativos e continue a usar dessa
competência, zelo e diligência na revisão periódica e no acompanhamento contínuo das atividades
desenvolvidas pelos subcontratados e dos mecanismos por estes adotados em relação às funções
subcontratadas; e
d) O depositário assegure que o subcontratado, no desempenho das suas funções, cumpre a todo o
tempo as seguintes condições:
i) Tenha as estruturas e os conhecimentos adequados e proporcionados à natureza e à complexidade
dos ativos do organismo de investimento coletivo que lhe tenham sido confiados;
ii) No que respeita à guarda de instrumentos financeiros, esteja sujeito a regulamentação prudencial,
incluindo requisitos mínimos de fundos próprios, e supervisão eficazes na jurisdição em causa e esteja
sujeito a auditorias externas periódicas destinadas a assegurar que os instrumentos financeiros
continuem na sua posse;
iii) Tenha segregado os ativos dos clientes do depositário dos seus próprios ativos e dos ativos do
depositário para que tais ativos possam, em qualquer momento, ser claramente identificados como
sendo da titularidade dos clientes de um depositário determinado;
iv) Apenas reutilize os ativos no caso de organismos de investimento alternativo exclusivamente
dirigidos a investidores qualificados ou fechados que não sejam constituídos mediante oferta pública e
desde que:
1.º) A entidade responsável tenha dado o seu consentimento prévio;
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Artigo 124.º
Subcontratação da função da guarda de ativos
1 - O depositário não pode subcontratar em terceiros as suas funções, com exceção da função de guarda
de ativos.
2 - A subcontratação pelo depositário da função de guarda de ativos depende do cumprimento das
seguintes condições:
a) As funções não sejam subcontratadas com o intuito de evitar o cumprimento dos requisitos do
presente Regime Geral;
b) O depositário demonstre que existem razões objetivas que justificam a subcontratação;
c) O depositário tenha usado a necessária competência, zelo e diligência na seleção e contratação dos
terceiros em quem queira subcontratar as funções de guarda de ativos e continue a usar dessa
competência, zelo e diligência na revisão periódica e no acompanhamento contínuo das atividades
desenvolvidas pelos subcontratados e dos mecanismos por estes adotados em relação às funções
subcontratadas; e
d) O depositário assegure que o subcontratado, no desempenho das suas funções, cumpre a todo o
tempo as seguintes condições:
i) Tenha as estruturas e os conhecimentos adequados e proporcionados à natureza e à complexidade
dos ativos do organismo de investimento coletivo que lhe tenham sido confiados;
ii) No que respeita à guarda de instrumentos financeiros, esteja sujeito a regulamentação prudencial,
incluindo requisitos mínimos de fundos próprios, e supervisão eficazes na jurisdição em causa e esteja
sujeito a auditorias externas periódicas destinadas a assegurar que os instrumentos financeiros
continuem na sua posse;
iii) Tenha segregado os ativos dos clientes do depositário dos seus próprios ativos e dos ativos do
depositário para que tais ativos possam, em qualquer momento, ser claramente identificados como
sendo da titularidade dos clientes de um depositário determinado;
iv) Apenas reutilize os ativos no caso de organismos de investimento alternativo exclusivamente
dirigidos a investidores qualificados ou fechados que não sejam constituídos mediante oferta pública e
desde que:
1.º) A entidade responsável tenha dado o seu consentimento prévio;
2.º) O depositário tenha sido notificado previamente; e
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Artigo 125.º
Substituição do depositário
Artigo 125.º
Substituição do depositário
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 125.º
Substituição do depositário
Artigo 126.º
Remuneração
SECÇÃO II
Contrato entre o depositário e a entidade responsável pela gestão
Artigo 127.º
Contrato com o depositário relativo a organismo de investimento coletivo estabelecido em
Portugal
1 - O contrato entre a sociedade de investimento coletivo, ou a entidade gestora, no caso dos fundos de
investimento, e o depositário é reduzido a escrito e sujeita-se à lei portuguesa, devendo tal facto ser
especificado no mesmo.
2 - O contrato com o depositário pode abranger mais do que um fundo de investimento gerido pela
mesma entidade gestora.
3 - No caso referido no número anterior, o contrato deve incluir a lista dos fundos de investimento
abrangidos.
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Artigo 127.º
Contrato com o depositário relativo a organismo de investimento coletivo estabelecido em Portugal
1 - O contrato entre o organismo de investimento coletivo sob forma societária, ou a entidade gestora,
no caso dos fundos de investimento, e o depositário é reduzido a escrito e sujeita-se à lei portuguesa,
devendo tal facto ser especificado no mesmo.
2 - O contrato com o depositário pode abranger mais do que um fundo de investimento gerido pela
mesma entidade gestora.
3 - No caso referido no número anterior, o contrato deve incluir a lista dos fundos de investimento
abrangidos.
Artigo 128.º
Conteúdo do contrato
1 - O contrato referido no n.º 1 do artigo anterior inclui a remuneração do depositário e ainda o conteúdo
mínimo definido:
2 - [Revogado].
3 - [Revogado].
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
Artigo 128.º
Conteúdo do contrato
5 - Os deveres referidos na alínea b) do número anterior são estabelecidos de forma a não prejudicar
o acesso do Banco de Portugal, da CMVM ou de autoridades competentes congéneres aos documentos
e informações relevantes.
6 - Se for prevista a possibilidade de subcontratação, o contrato com o depositário deve ainda incluir
os seguintes elementos:
a) Compromisso de ambas as partes no sentido de facultarem numa base regular dados sobre as
entidades subcontratadas;
b) Compromisso de, a pedido de uma das partes, a outra parte facultar informações sobre os critérios
utilizados na escolha das entidades subcontratadas e sobre as medidas adotadas para controlar as
atividades realizadas por estas;
c) Declaração das partes explicitando que a responsabilidade é independente de haver subcontratação.
7 - O contrato com o depositário deve ainda regular as seguintes matérias:
a) A sua duração;
b) As condições em que o contrato pode ser alterado ou cessado;
c) Em caso de substituição de depositário, o procedimento pelo qual o anterior depositário transmite
ao novo depositário as informações relevantes;
d) Nos casos em que as partes aceitam utilizar meios eletrónicos para a transmissão de parte ou da
totalidade das informações que trocam entre si, a forma como é mantido o registo dessas informações.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 128.º
Conteúdo do contrato
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a) Compromisso de ambas as partes no sentido de facultarem numa base regular dados sobre as
entidades subcontratadas;
b) Compromisso de, a pedido de uma das partes, a outra parte facultar informações sobre os critérios
utilizados na escolha das entidades subcontratadas e sobre as medidas adotadas para controlar as
atividades realizadas por estas;
c) Declaração das partes explicitando que a responsabilidade é independente de haver subcontratação.
7 - O contrato com o depositário deve ainda regular as seguintes matérias:
a) A sua duração;
b) As condições em que o contrato pode ser alterado ou cessado;
c) Em caso de substituição de depositário, o procedimento pelo qual o anterior depositário transmite
ao novo depositário as informações relevantes;
d) Nos casos em que as partes aceitam utilizar meios eletrónicos para a transmissão de parte ou da
totalidade das informações que trocam entre si, a forma como é mantido o registo dessas informações.
Artigo 128.º
Conteúdo do contrato
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b) Compromisso de, a pedido de uma das partes, a outra parte facultar informações sobre os critérios
utilizados na escolha das entidades subcontratadas e sobre as medidas adotadas para controlar as
atividades realizadas por estas;
c) Declaração das partes explicitando que a responsabilidade é independente de haver subcontratação.
7 - O contrato com o depositário deve ainda regular as seguintes matérias:
a) A sua duração;
b) As condições em que o contrato pode ser alterado ou cessado;
c) Em caso de substituição de depositário, o procedimento pelo qual o anterior depositário transmite
ao novo depositário as informações relevantes;
d) Nos casos em que as partes aceitam utilizar meios eletrónicos para a transmissão de parte ou da
totalidade das informações que trocam entre si, a forma como é mantido o registo dessas informações.
SECÇÃO III
Funções do depositário relativas ao registo de unidades de participação
(Secção aditada pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de
início de vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da
Diretiva Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 128.º-A
Gestão de sistema centralizado
1 - Sem prejuízo da opção pelo sistema centralizado de valores mobiliários regulado nos artigos 88.º e
seguintes do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de
novembro, e demais legislação e regulamentação aplicável, as entidades responsáveis pela gestão
podem optar pelo registo das unidades de participação dos organismos de investimento coletivo que
gerem de acordo com o sistema previsto no presente artigo.
2 - As instituições de crédito podem ser entidades gestoras de sistemas centralizados de valores
mobiliários em relação às unidades de participação emitidas por cada organismo de investimento
coletivo de que são depositários, independentemente de registo ou autorização da CMVM, desde que
cumulativamente se verifiquem as seguintes condições:
3 - Ao sistema previsto no número anterior são aplicáveis as regras legais e regulamentares relativas aos
sistemas centralizados de valores mobiliários, nomeadamente as atinentes aos poderes e deveres das
suas entidades gestoras e intermediários financeiros junto dos quais se encontram abertas contas de
registo individualizado, com as seguintes especificidades:
a) O dever previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 30.º do Regulamento da CMVM n.º 14/2000, de 23
de fevereiro, compete às entidades registadoras;
b) Não são aplicáveis os deveres e regras previstos nos artigos 32.º, 33.º, 36.º, no n.º 1 do artigo 37.º, no
n.º 1 do artigo 39.º e no artigo 40.º do Regulamento da CMVM n.º 14/2000, de 23 de fevereiro, devendo
as matérias objeto das normas referidas ser definidas no regulamento de gestão do organismo de
investimento coletivo.
individualizado e globais, com periodicidade mensal, pela sua unidade responsável pelo sistema de
controlo interno, e anual, pela sua auditoria interna.
7 - O relatório anual da auditoria interna, bem como os relatórios mensais que identifiquem falhas de
cumprimento do sistema centralizado, são apresentados ao conselho de administração do depositário.
8 - Os relatórios mensais e anuais são conservados pelo prazo de 5 anos desde a data da sua finalização
ou da sua apresentação ao órgão de administração do depositário.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 128.º-B
Função de único intermediário financeiro registador
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
CAPÍTULO III
Entidades comercializadoras
Artigo 129.º
Entidades comercializadoras
Artigo 129.º
Entidades comercializadoras
Artigo 130.º
Deveres das entidades comercializadoras
CAPÍTULO IV
Auditores
Artigo 131.º
Auditor
3 - Não obstante o disposto no n.º 1, as entidades responsáveis pela gestão que comercializem
organismos de investimento alternativo de país terceiro exclusivamente dirigido a investidores
qualificados em Portugal podem submeter a informação financeira contida nos documentos de prestação
de contas relativa a esses organismos a auditoria conforme às normas internacionais de auditoria em
vigor no Estado membro ou em país terceiro em que os organismos se encontrem estabelecidos.
Artigo 132.º
Pluralidade e rotatividade
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 132.º
Pluralidade e rotatividade
CAPÍTULO V
Avaliadores externos
Artigo 133.º
Funções
1 - Caso tenha sido designado um avaliador externo para o desempenho da função de avaliação de
ativos, a entidade responsável pela gestão deve demonstrar que:
a) O avaliador externo está sujeito a um registo profissional obrigatório reconhecido por lei, a
disposições legais ou regulamentares ou normas de conduta profissional;
b) O avaliador externo pode prestar garantias profissionais suficientes para poder exercer eficazmente
a função de avaliação, nos termos definidos em regulamento da CMVM;
c) A designação cumpre os requisitos previstos nos artigos 75.º a 80.º do Regulamento Delegado n.º
231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012, e no n.º 1 do artigo 76.º;
d) Foi celebrado contrato escrito entre as partes fixando os termos em que o avaliador externo exerce a
sua atividade;
e) O avaliador externo não pode subcontratar a terceiros as suas funções.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 133.º
Funções
1 - Caso tenha sido designado um avaliador externo para o desempenho da função de avaliação de
ativos, a entidade responsável pela gestão deve demonstrar que:
a) O avaliador externo está sujeito a um registo profissional obrigatório reconhecido por lei, a
disposições legais ou regulamentares ou normas de conduta profissional;
b) O avaliador externo pode prestar garantias profissionais suficientes para poder exercer eficazmente
a função de avaliação, nos termos definidos em regulamento da CMVM;
c) A designação cumpre os requisitos previstos nos artigos 75.º a 80.º do Regulamento Delegado n.º
231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012, e no n.º 1 do artigo 76.º;
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d) Foi celebrado contrato escrito entre as partes fixando os termos em que o avaliador externo exerce
a sua atividade.
2 - O avaliador externo não pode subcontratar a terceiros as suas funções.
As funções de avaliador externo do organismo de investimento coletivo não podem ser desempenhadas
pelo depositário ou pelo auditor do mesmo, salvo se estes tiverem separado, funcional e
hierarquicamente, o exercício das funções de depositário ou de auditor do exercício das funções de
avaliador externo e os potenciais conflitos de interesses forem devidamente identificados, geridos,
acompanhados e divulgados aos respetivos investidores.
3 - As entidades responsáveis pela gestão devem notificar a CMVM da designação do avaliador
externo, podendo a CMVM exigir a substituição do avaliador em caso de não verificação dos requisitos
previstos no n.º 1.
4 - O avaliador externo é responsável perante a entidade responsável pela gestão por qualquer prejuízo
por esta sofrido em resultado do incumprimento doloso ou negligente das suas funções.
TÍTULO III
Da atividade dos organismos de investimento coletivo
CAPÍTULO I
Disposições gerais
SECÇÃO I
Gestão
SUBSECÇÃO I
Exposição global a instrumentos financeiros derivados dos organismos de investimento coletivo
em valores mobiliários e dos organismos de investimento alternativo em valores mobiliários
Artigo 134.º
Cálculo da exposição global a instrumentos financeiros derivados
(Revogado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 134.º
Cálculo da exposição global a instrumentos financeiros derivados
1 - A entidade responsável pela gestão calcula a exposição global a instrumentos financeiros derivados
dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e de organismos de investimento
alternativo em valores mobiliários por si geridos, de uma das seguintes formas:
a) Considerando a exposição acrescida e a alavancagem gerada pelo organismo de investimento
coletivo através da utilização de instrumentos financeiros derivados, incluindo instrumentos
financeiros derivados incorporados; ou
b) Considerando o risco de mercado da carteira do organismo de investimento coletivo.
2 - Para efeitos do número anterior, a entidade responsável pela gestão pode calcular a exposição
global através de uma abordagem baseada nos compromissos, no valor sujeito a risco (value-at-risk)
ou através de outros métodos avançados de avaliação do risco, conforme apropriado.
3 - Para efeitos do número anterior, entende-se por valor sujeito a risco uma medida da perda máxima
esperada, com um determinado nível de confiança, durante um período específico.
4 - A entidade responsável pela gestão deve garantir que o método selecionado para medir a exposição
global é adequado, considerando a estratégia de investimento seguida pelo organismo de investimento
coletivo e os tipos e complexidade dos instrumentos financeiros derivados utilizados, bem como o
respetivo peso na carteira do organismo de investimento coletivo.
5 - Sempre que um organismo de investimento coletivo utilizar técnicas e instrumentos para aumentar
a alavancagem ou a exposição ao risco de mercado, incluindo acordos de recompra ou concessão de
empréstimo de valores mobiliários, estas transações devem ser consideradas no cálculo da exposição
global do organismo de investimento coletivo.
6 - A entidade responsável pela gestão calcula a exposição global a instrumentos financeiros derivados
na periodicidade prevista para a divulgação do valor das respetivas unidades de participação.
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Artigo 135.º
Abordagem baseada nos compromissos
(Revogado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 135.º
Abordagem baseada nos compromissos
1 - Quando é utilizada a abordagem baseada nos compromissos para o cálculo da exposição global, a
entidade responsável pela gestão deve aplicar esta abordagem a todas as posições em instrumentos
financeiros derivados, incluindo os instrumentos financeiros derivados incorporados utilizados tanto
no âmbito da política de investimento do organismo de investimento coletivo, para efeitos de cobertura
do risco, como para realização de objetivos de investimento.
2 - Quando é utilizada a abordagem baseada nos compromissos para o cálculo da exposição global, a
entidade responsável pela gestão deve converter cada posição em instrumentos financeiros derivados
ao justo valor de uma posição equivalente no ativo subjacente ao instrumento financeiro derivado em
questão.
3 - A entidade responsável pela gestão pode aplicar outros métodos de cálculo que sejam equivalentes
à abordagem padrão baseada nos compromissos referida no número anterior.
4 - A entidade responsável pela gestão pode considerar os mecanismos de compensação e de cobertura
do risco ao calcular a exposição global, desde que tais mecanismos não ignorem riscos óbvios e
substanciais e resultem numa redução clara da exposição ao risco.
5 - Sempre que o uso de instrumentos financeiros derivados não gerar uma exposição adicional para
os organismos de investimento coletivo, a exposição subjacente não tem de ser incluída no cálculo dos
compromissos.
6 - Quando é utilizada a abordagem baseada nos compromissos, os empréstimos de valores mobiliários
contraídos em nome do organismo de investimento coletivo não têm de ser incluídos no cálculo da
exposição global.
Artigo 136.º
Risco de contraparte
(Revogado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 136.º
Risco de contraparte
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Artigo 137.º
Cálculo do valor dos instrumentos financeiros derivados transacionados fora de mercado
regulamentado e de sistema de negociação multilateral
(Revogado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 137.º
Cálculo do valor dos instrumentos financeiros derivados transacionados fora de mercado
regulamentado e de sistema de negociação multilateral
1 - As entidades responsáveis pela gestão devem verificar que é atribuído o justo valor às exposições
dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e de organismos de investimento
alternativo em valores mobiliários a instrumentos financeiros derivados transacionados fora de
mercado regulamentado e de sistema de negociação multilateral.
2 - O justo valor referido no número anterior não deve depender apenas dos preços indicados pelas
contrapartes das transações realizadas fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral e deve preencher os critérios referidos no n.º 3 do artigo 170.º.
3 - Para efeitos do disposto no n.º 1, as entidades responsáveis pela gestão devem estabelecer,
implementar e manter mecanismos e procedimentos que assegurem uma avaliação adequada,
transparente e justa das exposições dos organismos de investimento coletivo relativamente a
instrumentos financeiros derivados transacionados fora de mercado regulamentado e de sistema de
negociação multilateral.
4 - As entidades responsáveis pela gestão devem assegurar que o justo valor dos instrumentos
financeiros derivados transacionados fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral estão sujeitos a uma avaliação adequada, precisa e independente.
5 - As entidades responsáveis pela gestão devem cumprir os requisitos estabelecidos no n.º 1 do artigo
308.º, no n.º 1 e nas alíneas a) e b) do n.º 3 do artigo 308.º-B, todos do Código dos Valores Mobiliários,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, sempre que os mecanismos e procedimentos
de avaliação dos instrumentos financeiros derivados transacionados fora de mercado regulamentado
e de sistema de negociação multilateral impliquem a realização de certas atividades por terceiros.
6 - O estabelecimento, implementação e manutenção dos mecanismos e procedimentos de avaliação
das exposições dos organismos de investimento coletivo relativamente a instrumentos financeiros
derivados transacionados fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação multilateral
constitui uma competência específica da função de gestão de riscos.
7 - Os mecanismos e procedimentos de avaliação das exposições dos organismos de investimento
coletivo relativamente a instrumentos financeiros derivados transacionados fora de mercado
regulamentado e de sistema de negociação multilateral devem ser adequadamente documentados.
240
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Artigo 138.º
Relatório sobre os instrumentos financeiros derivados
(Revogado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 138.º
Relatório sobre os instrumentos financeiros derivados
1 - A entidade responsável pela gestão envia anualmente à CMVM, relativamente aos organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários e aos organismos de investimento alternativo em valores
mobiliários por si geridos, relatório com informações que reflitam uma imagem verdadeira e
apropriada dos tipos de instrumentos financeiros derivados utilizados, dos riscos subjacentes, dos
limites quantitativos e dos métodos escolhidos para calcular os riscos associados às transações de
instrumentos financeiros derivados.
2 - O relatório previsto no número anterior deve ser entregue até 30 de abril do ano seguinte ao que
respeita.
SUBSECÇÃO II
Disposições comuns relativas a gestão
Artigo 139.º
Encargos e receitas
2 - A comissão de gestão prevista na alínea a) do número anterior pode também ser parcialmente
destinada a remunerar os serviços prestados pelas entidades comercializadoras, desde que os
documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo o prevejam expressamente e
discriminem a repartição da comissão entre a entidade responsável pela gestão e cada uma das entidades
comercializadoras abrangidas.
3 - Os custos relativos à mediação e avaliação de imóveis apenas são imputáveis aos organismos de
investimento coletivo relativamente a negócios que para este sejam concretizados.
4 - Podem também constituir encargos do organismo de investimento coletivo os custos de realização
de estudos de investimento (research) desde que cumpridas as seguintes condições:
241
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Artigo 139.º
Encargos e receitas
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 139.º
Encargos e receitas
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e) Os custos emergentes das auditorias e de avaliações externas exigidas por lei ou regulamento da
CMVM;
f) Outras despesas e encargos devidamente documentados e que decorram de obrigações legais;
g) A taxa de supervisão devida à CMVM.
2 - Os custos relativos à mediação e avaliação de imóveis apenas são imputáveis aos organismos de
investimento coletivo relativamente a negócios que para este sejam concretizados.
3 - Constituem, nomeadamente, receitas dos organismos de investimento coletivo as resultantes do
investimento ou transação dos ativos que os compõem, bem como os rendimentos desses ativos, as
comissões de subscrição, resgate e transferência e os benefícios previstos no artigo 92.º.
4 - Não obstante o disposto no número anterior, parte ou a totalidade das comissões de subscrição,
resgate e transferência podem reverter para a entidade comercializadora, desde que tal esteja previsto
nos documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo.
5 - As demais regras relativas a receitas e encargos do organismo de investimento coletivo são definidas
em regulamento da CMVM.
Artigo 140.º
Condições de subscrição, resgate e transferência
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 140.º
Condições de subscrição, resgate e transferência
Artigo 141.º
Subscrições de unidades de participação de um organismo de investimento coletivo em outro
organismo de investimento coletivo
243
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Artigo 142.º
Distribuição de rendimentos
Artigo 143.º
Valorização e divulgação
1 - A carteira do organismo de investimento coletivo é valorizada ao seu justo valor, de acordo com as
regras fixadas nos documentos constitutivos, nos termos definidos em regulamento da CMVM.
2 - O valor das unidades de participação dos organismos de investimento coletivo é calculado e
divulgado aquando de cada subscrição, resgate, reembolso ou anulação de unidades de participação e
pelo menos:
a) Todos os dias úteis para os OICVM, salvo se a CMVM autorizar uma periodicidade até ao limite de
um mês, nas condições de subscrição e resgate definidas nos documentos constitutivos;
b) Mensalmente, para os OIAVM abertos;
c) Mensalmente, para os OII;
d) Mensalmente para os OIAVM fechados e para os OIAnF, salvo se a CMVM autorizar quanto a estes
últimos uma periodicidade inferior, até um limite de seis meses.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 143.º
Valorização e divulgação
1 - A carteira do organismo de investimento coletivo é valorizada ao seu justo valor, de acordo com as
regras fixadas nos documentos constitutivos, nos termos definidos em regulamento da CMVM.
2 - O valor das unidades de participação dos organismos de investimento coletivo é calculado e
divulgado:
a) Todos os dias úteis para os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários, salvo se a
CMVM autorizar uma periodicidade até ao limite de um mês, nas condições de subscrição e resgate
definidas nos documentos constitutivos;
b) Mensalmente, no mínimo, para os organismos de investimento alternativo em valores mobiliários
abertos;
c) Mensalmente, no mínimo, para os organismos de investimento imobiliário abertos e em todos os dias
em que as operações de subscrição sejam permitidas nas condições definidas nos documentos
constitutivos;
d) Mensalmente para os organismos de investimento coletivo fechados, com referência ao último dia
do mês anterior, salvo se a CMVM autorizar os organismos de investimento coletivo que não sejam
organismos de investimento alternativo em valores mobiliários uma periodicidade inferior, até um
limite de seis meses.
3 - O valor das unidades de participação é divulgado em todos os locais e meios de comercialização.
Artigo 144.º
Regras e periodicidade da avaliação e valorização de imóveis
1 - A avaliação dos imóveis deve ser realizada por, pelo menos, dois peritos avaliadores nas seguintes
situações:
a) Com uma periodicidade mínima de 12 meses, ou, no caso dos OII abertos, com uma periodicidade
mínima:
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i) De seis meses; ou
ii) Correspondente à periodicidade do resgate, se esta for superior a seis meses;
b) Previamente à sua aquisição e alienação, não podendo a data de referência da avaliação do imóvel
ser superior a seis meses relativamente à data do contrato em que é fixado o preço da transação;
c) Sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de induzir alterações significativas no valor do
imóvel, nomeadamente a alteração da classificação do solo;
d) Previamente a qualquer aumento ou redução de capital, com uma antecedência não superior a seis
meses, relativamente à data de realização do aumento ou redução;
e) Previamente à fusão e cisão de OII, caso a última avaliação dos imóveis que integrem os respetivos
patrimónios tenha sido realizada há mais de seis meses relativamente à data de produção de efeitos da
operação;
f) Previamente à liquidação em espécie de organismos de investimento coletivo, com uma antecedência
não superior a seis meses, relativamente à data de realização da liquidação.
2 - No que respeita a projetos de construção, a avaliação deve ser realizada por, pelo menos, dois peritos
avaliadores nos seguintes termos:
Artigo 144.º
Regras e periodicidade da avaliação e valorização de imóveis
1 - A avaliação dos imóveis deve ser realizada por, pelo menos, dois peritos avaliadores nas seguintes
situações:
a) Com uma periodicidade mínima de 12 meses, ou, no caso dos OII abertos, com a periodicidade
correspondente à periodicidade do resgate, se esta for inferior àquela;
b) Previamente à sua aquisição e alienação, não podendo a data de referência da avaliação do imóvel
ser superior a seis meses relativamente à data do contrato em que é fixado o preço da transação;
c) Sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de induzir alterações significativas no valor do
imóvel, nomeadamente a alteração da classificação do solo;
d) Previamente a qualquer aumento ou redução de capital, com uma antecedência não superior a seis
meses, relativamente à data de realização do aumento ou redução;
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e) Previamente à fusão e cisão de OII, caso a última avaliação dos imóveis que integrem os respetivos
patrimónios tenha sido realizada há mais de seis meses relativamente à data de produção de efeitos da
operação;
f) Previamente à liquidação em espécie de organismos de investimento coletivo, com uma antecedência
não superior a seis meses, relativamente à data de realização da liquidação.
2 - No que respeita a projetos de construção, a avaliação deve ser realizada por, pelo menos, dois
peritos avaliadores nos seguintes termos:
a) Previamente ao início do projeto;
b) Com uma periodicidade mínima de 12 meses e sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de
induzir alterações significativas no valor do imóvel;
c) Em caso de aumento e redução de capital, de fusão, de cisão ou de liquidação, com uma antecedência
máxima de três meses.
3 - Os projetos de reabilitação e as obras de melhoramento, ampliação e requalificação de imóveis de
montante significativo ficam sujeitas ao regime aplicável aos projetos de construção.
4 - Sem prejuízo do disposto na alínea d) do n.º 8, os imóveis são valorizados pela média simples dos
valores atribuídos pelos dois peritos avaliadores de imóveis.
5 - Caso os valores atribuídos difiram entre si em mais de 20 %, por referência ao valor menor, o
imóvel em causa é novamente avaliado por um terceiro perito avaliador de imóveis.
6 - Sempre que ocorra uma terceira avaliação, o imóvel é valorizado pela média simples dos dois
valores de avaliação que sejam mais próximos entre si ou pelo valor da terceira avaliação caso
corresponda à média das anteriores.
7 - Em derrogação do disposto no n.º 4, os imóveis são valorizados pelo respetivo custo de aquisição,
desde o momento em que passam a integrar o património do organismo de investimento coletivo e até
que ocorra uma avaliação exigida de acordo com o previsto nos n.ºs 1 e 2.
8 - São definidos por regulamento da CMVM:
a) Os critérios, métodos e normas técnicas de avaliação dos imóveis;
b) As condições de divulgação dos relatórios de avaliação, bem como do seu envio à CMVM;
c) O montante significativo de obras de melhoramento, ampliação e requalificação de imóveis; e
d) Regras específicas de valorização para os projetos de construção.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 144.º
Regras e periodicidade da avaliação e valorização de imóveis
1 - A avaliação dos imóveis deve ser realizada por, pelo menos, dois peritos avaliadores nas seguintes
situações:
a) Com uma periodicidade mínima de 12 meses, ou, no caso dos organismos de investimento imobiliário
abertos, com a periodicidade correspondente à periodicidade do resgate, se esta for inferior àquela;
b) Previamente à sua aquisição e alienação, não podendo a data de referência da avaliação do imóvel
ser superior a seis meses relativamente à data do contrato em que é fixado o preço da transação;
c) Sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de induzir alterações significativas no valor do
imóvel, nomeadamente a alteração da classificação do solo;
d) Previamente a qualquer aumento ou redução de capital, com uma antecedência não superior a seis
meses, relativamente à data de realização do aumento ou redução;
e) Previamente à fusão e cisão de organismos de investimento imobiliário, caso a última avaliação dos
imóveis que integrem os respetivos patrimónios tenha sido realizada há mais de seis meses
relativamente à data de produção de efeitos da fusão;
f) Previamente à liquidação em espécie de organismos de investimento coletivo, com uma antecedência
não superior a seis meses, relativamente à data de realização da liquidação.
2 - No que respeita a projetos de construção, a avaliação deve ser realizada por, pelo menos, dois
peritos avaliadores nos seguintes termos:
a) Previamente ao início do projeto;
b) Com uma periodicidade mínima de 12 meses e sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de
induzir alterações significativas no valor do imóvel;
c) Em caso de aumento e redução de capital, de fusão, de cisão ou de liquidação, com uma antecedência
máxima de três meses.
246
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Artigo 145.º
Pluralidade e rotatividade dos peritos avaliadores de imóveis
1 - A entidade gestora deve selecionar os peritos avaliadores de imóveis por forma a assegurar a sua
adequada pluralidade, não podendo contratar peritos que se encontrem numa situação de
incompatibilidade, tal como definida em legislação especial.
2 - Em cada avaliação de um imóvel deve participar um perito avaliador que não tenha avaliado o imóvel
na data da avaliação anterior, devendo a entidade gestora disponibilizar ao perito toda a informação e
documentação relevante para efeitos de avaliação do imóvel.
3 - Um imóvel não pode ser avaliado:
Artigo 146.º
Limites a participações
1 - As entidades responsáveis pela gestão não podem, agindo em conjunto com qualquer pessoa
relevante, ou com entidades com as quais mantenham relações estreitas, e relativamente ao conjunto
dos OICVM que se encontrem sob gestão, realizar operações por conta destes que sejam suscetíveis de
lhes conferir uma influência significativa sobre qualquer entidade.
2 - A entidade responsável pela gestão não pode, relativamente ao conjunto de OICVM que gere,
adquirir ações que lhe confiram mais de 20 % dos direitos de voto numa entidade ou que lhe permitam
exercer uma influência significativa na sua gestão.
3 - O conjunto dos OICVM geridos por uma entidade não pode deter mais de:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 146.º
Limites a participações
1 - As entidades responsáveis pela gestão não podem, agindo em conjunto com qualquer pessoa referida
no n.º 5 do artigo 304.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de
13 de novembro, ou com entidades com as quais mantenham relações estreitas, e relativamente ao
conjunto dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e organismos de investimento
alternativo em valores mobiliários que se encontrem sob gestão, realizar operações por conta destes
que sejam suscetíveis de lhes conferir uma influência significativa sobre qualquer entidade.
2 - A entidade responsável pela gestão não pode, relativamente ao conjunto de organismo de
investimento coletivo que gere, adquirir ações que lhe confiram mais de 20 % dos direitos de voto numa
entidade ou que lhe permitam exercer uma influência significativa na sua gestão.
3 - O conjunto dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e organismos de
investimento alternativo em valores mobiliários geridos por uma entidade não pode deter mais de:
a) 20 % das ações sem direito de voto de um mesmo emitente;
b) 50 % das obrigações de um mesmo emitente;
c) 60 % das unidades de participação de um mesmo organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários ou organismos de investimento alternativo em valores mobiliários.
Artigo 147.º
Operações vedadas
1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 141.º, a entidade responsável pela gestão não pode
realizar por conta dos organismos de investimento coletivo que gere quaisquer operações suscetíveis de
gerarem conflitos de interesses com as seguintes entidades:
2 - A entidade responsável pela gestão pode, por conta dos organismos de investimento coletivo que
gere, adquirir ou alienar instrumentos financeiros às entidades referidas no número anterior quando:
i) O preço da transação, considerando os custos da mesma, seja mais favorável que o preço formado em
mercado regulamentado ou sistema de negociação multilateral ou, caso este não exista, que as ofertas
firmes de entidades que não se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a entidade
responsável pela gestão, desde que daí resulte uma inequívoca e comprovada vantagem para o
organismo de investimento coletivo;
ii) A ausência de transações em mercado regulamentado ou sistema de negociação multilateral e de
ofertas de compra durante os 15 dias imediatamente anteriores à data da alienação, desde que daí resulte
uma inequívoca e comprovada vantagem para o organismo de investimento coletivo;
iii) Os instrumentos financeiros:
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1.º) Sejam adquiridos em oferta pública de subscrição cujas condições incluam o compromisso de que
é apresentado o pedido da sua admissão à negociação em mercado regulamentado;
2.º) O emitente tenha instrumentos financeiros do mesmo tipo já admitidos nesse mercado
regulamentado; e
3.º) A admissão seja obtida no prazo máximo de seis meses a contar da apresentação do pedido.
iv) Na ausência de meios líquidos detidos pelo organismo de investimento coletivo e esgotada a
capacidade de endividamento nos termos previstos na lei ou em regulamento da CMVM, os pedidos de
resgate líquidos de unidades de participação excedam, num período não superior a cinco dias, 10 % do
valor líquido global do organismo de investimento coletivo desde que daí não resulte uma inequívoca e
comprovada desvantagem para o organismo de investimento coletivo;
v) Consideradas as especificidades da operação e do seu contexto haja uma inequívoca e comprovada
vantagem para o organismo de investimento coletivo na realização da operação.
3 - Na situação prevista na subalínea iii) da alínea b) do número anterior, se a admissão dos instrumentos
financeiros não ocorrer no prazo referido, estes são alienados nos 15 dias subsequentes ao termo daquele
prazo.
4 - Não obstante o disposto no n.º 1, a entidade responsável pela gestão pode, por conta dos organismos
de investimento coletivo que gere:
i) A fixação do preço da operação resulte da informação constante dos relatórios de avaliação dos
imóveis abrangidos pela operação, nos termos previstos no artigo 144.º do presente Regime Geral;
ii) O preço da operação:
1.º) Seja igual ou superior ao maior dos valores determinados pelos peritos avaliadores de imóveis, no
caso de alienação do imóvel pelo organismo de investimento coletivo;
2.º) Seja igual ou inferior ao menor dos valores determinados pelos peritos avaliadores de imóveis, no
caso de aquisição do imóvel pelo organismo de investimento coletivo;
3.º) Corresponda à média dos valores determinados pelos peritos avaliadores de imóveis, no caso de
operações entre dois organismos de investimento coletivo;
c) Arrendar ou contratar outra forma de exploração onerosa de imóveis às entidades referidas no n.º 1,
desde que se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos:
i) A fixação do valor da renda resulte de informação escrita prestada por pelo menos dois peritos
avaliadores de imóveis, com uma antecedência não superior a seis meses, que indique expressamente
os valores de renda de mercado aplicáveis ao imóvel objeto da operação;
ii) O valor da renda seja igual ou superior ao maior dos valores indicados pelos peritos avaliadores de
imóveis mencionados na subalínea anterior.
5 - As operações referidas na alínea b) do n.º 2 e nas alíneas b) e c) do n.º 4 são objeto de comunicação
à CMVM nos cinco dias subsequentes à sua realização, acompanhada de uma declaração fundamentada
do órgão de administração da entidade responsável pela gestão que:
a) Ateste o cumprimento dos requisitos aplicáveis à operação, em especial dos previstos nas subalíneas
i) a v) da alínea b) do n.º 2, na subalínea ii) da alínea b) do n.º 4 e na subalínea ii) da alínea c) do n.º 4,
consoante aplicável; e
b) Demonstre as vantagens da operação para os participantes;
c) Mencione expressamente os valores indicados pelos peritos avaliadores de imóveis que serviram de
referência para fixação do preço da operação ou da renda, nas situações previstas nas alíneas b) e c) do
n.º 4.
249
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
6 - A entidade responsável pela gestão tem o dever de conhecer as relações previstas neste artigo.
7 - [Revogado].
8 - [Revogado].
9 - A realização das operações previstas na alínea b) do n.º 2 e nas alíneas b) e c) do n.º 4 que envolvam
exclusivamente OIA de subscrição particular ou dirigidos exclusivamente a investidores profissionais
não carece de comunicação à CMVM, e está apenas sujeita:
Artigo 147.º
Operações vedadas
1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 141.º, a entidade responsável pela gestão não pode
realizar por conta dos organismos de investimento coletivo que gere quaisquer operações suscetíveis
de gerarem conflitos de interesses com as seguintes entidades:
a) Os promotores dos organismos de investimento coletivo sob forma societária;
b) A própria;
c) O organismo de investimento coletivo sob forma societária heterogerido;
d) As entidades que detenham participações superiores a 10% do capital social ou dos direitos de voto
da própria ou de organismo de investimento coletivo sob forma societária heterogerido;
e) As entidades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a entidade responsável pela
gestão, ou as entidades com quem aquelas se encontrem em relação de domínio ou de grupo;
f) As entidades em que a entidade responsável pela gestão, ou entidade que com aquela se encontre em
relação de domínio ou de grupo, detenha participação superior a 20 % do capital social ou dos direitos
de voto;
g) O depositário ou qualquer entidade que com este se encontre numa das relações referidas nas alíneas
d) a f);
h) Os membros dos órgãos sociais de qualquer das entidades referidas nas alíneas anteriores;
i) O pessoal e demais colaboradores de qualquer das entidades referidas nas alíneas a) a f);
j) Os diferentes organismos de investimento coletivo por si geridos ou organismos de investimento
coletivo geridos por entidades referidas nas alíneas anteriores.
2 - A entidade responsável pela gestão pode, por conta dos organismos de investimento coletivo que
gere, adquirir ou alienar instrumentos financeiros às entidades referidas no número anterior quando:
a) A transação seja realizada em mercado regulamentado ou em sistema de negociação multilateral e
a contraparte seja desconhecida; ou
b) Se verifique uma das seguintes condições:
i) O preço da transação, considerando os custos da mesma, seja mais favorável que o preço formado
em mercado regulamentado ou sistema de negociação multilateral ou, caso este não exista, que as
ofertas firmes de entidades que não se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a entidade
responsável pela gestão, desde que daí resulte uma inequívoca e comprovada vantagem para o
organismo de investimento coletivo;
ii) A ausência de transações em mercado regulamentado ou sistema de negociação multilateral e de
ofertas de compra durante os 15 dias imediatamente anteriores à data da alienação, desde que daí
resulte uma inequívoca e comprovada vantagem para o organismo de investimento coletivo;
iii) Os instrumentos financeiros:
1.º) Sejam adquiridos em oferta pública de subscrição cujas condições incluam o compromisso de que
é apresentado o pedido da sua admissão à negociação em mercado regulamentado;
250
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2.º) O emitente tenha instrumentos financeiros do mesmo tipo já admitidos nesse mercado
regulamentado; e
3.º) A admissão seja obtida no prazo máximo de seis meses a contar da apresentação do pedido.
iv) Na ausência de meios líquidos detidos pelo organismo de investimento coletivo e esgotada a
capacidade de endividamento nos termos previstos na lei ou em regulamento da CMVM, os pedidos de
resgate líquidos de unidades de participação excedam, num período não superior a cinco dias, 10 %
do valor líquido global do organismo de investimento coletivo desde que daí não resulte uma inequívoca
e comprovada desvantagem para o organismo de investimento coletivo;
v) Consideradas as especificidades da operação e do seu contexto haja uma inequívoca e comprovada
vantagem para o organismo de investimento coletivo na realização da operação.
3 - Na situação prevista na subalínea iii) da alínea b) do número anterior, se a admissão dos
instrumentos financeiros não ocorrer no prazo referido, estes são alienados nos 15 dias subsequentes
ao termo daquele prazo.
4 - Não obstante o disposto no n.º 1, a entidade responsável pela gestão pode, por conta dos organismos
de investimento coletivo que gere:
a) Constituir como garantes ou contrapartes do organismo de investimento coletivo de capital
garantido entidades que se encontrem nas situações previstas no n.º 1, desde que demonstre perante a
CMVM que a gestão do organismo de investimento coletivo é conduzida de modo autónomo em relação
à eventual necessidade de acionamento das garantias, no estrito cumprimento da política de
investimento e no interesse dos participantes;
b) Adquirir ou alienar imóveis às entidades referidas no n.º 1, desde que se verifiquem cumulativamente
os seguintes requisitos:
i) A fixação do preço da operação resulte da informação constante dos relatórios de avaliação dos
imóveis abrangidos pela operação, nos termos previstos no artigo 144.º do presente Regime Geral;
ii) O preço da operação:
1.º) Seja igual ou superior ao maior dos valores determinados pelos peritos avaliadores de imóveis, no
caso de alienação do imóvel pelo organismo de investimento coletivo;
2.º) Seja igual ou inferior ao menor dos valores determinados pelos peritos avaliadores de imóveis, no
caso de aquisição do imóvel pelo organismo de investimento coletivo;
3.º) Corresponda à média dos valores determinados pelos peritos avaliadores de imóveis, no caso de
operações entre dois organismos de investimento coletivo;
c) Arrendar ou contratar outra forma de exploração onerosa de imóveis às entidades referidas no n.º
1, desde que se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos:
i) A fixação do valor da renda resulte de informação escrita prestada por pelo menos dois peritos
avaliadores de imóveis, com uma antecedência não superior a seis meses, que indique expressamente
os valores de renda de mercado aplicáveis ao imóvel objeto da operação;
ii) O valor da renda seja igual ou superior ao maior dos valores indicados pelos peritos avaliadores
de imóveis mencionados na subalínea anterior.
5 - As operações referidas na alínea b) do n.º 2 e nas alíneas b) e c) do n.º 4 são objeto de comunicação
à CMVM nos cinco dias subsequentes à sua realização, acompanhada de uma declaração
fundamentada do órgão de administração da entidade responsável pela gestão que:
a) Ateste o cumprimento dos requisitos aplicáveis à operação, em especial dos previstos nas subalíneas
i) a v) da alínea b) do n.º 2, na subalínea ii) da alínea b) do n.º 4 e na subalínea ii) da alínea c) do n.º
4, consoante aplicável; e
b) Demonstre as vantagens da operação para os participantes;
c) Mencione expressamente os valores indicados pelos peritos avaliadores de imóveis que serviram de
referência para fixação do preço da operação ou da renda, nas situa-ções previstas nas alíneas b) e c)
do n.º 4.
6 - A entidade responsável pela gestão tem o dever de conhecer as relações previstas neste artigo.
7 - (Revogado.)
8 - (Revogado.)
9 - A realização das operações previstas na alínea b) do n.º 2 e nas alíneas b) e c) do n.º 4 que envolvam
exclusivamente OIA de subscrição particular ou dirigidos exclusivamente a investidores profissionais
não carece de comunicação à CMVM, e está apenas sujeita:
a) Ao acordo de todos os participantes, previamente à realização de cada operação, no caso de OIA
dirigidos exclusivamente a investidores profissionais que não sejam de tipo fechado; ou
b) À aprovação em assembleia de participantes, no caso de OIA de subscrição particular ou de OIA
dirigidos exclusivamente a investidores profissionais que sejam de tipo fechado, desde que a
deliberação tenha sido tomada:
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 147.º
Operações vedadas
1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 141.º, a entidade responsável pela gestão não pode
realizar por conta dos organismos de investimento coletivo que gere quaisquer operações suscetíveis
de gerarem conflitos de interesses com as seguintes entidades:
a) Os promotores dos organismos de investimento coletivo sob forma societária;
b) A própria;
c) O organismo de investimento coletivo sob forma societária heterogerido;
d) As entidades que detenham participações superiores a 10 % do capital social ou dos direitos de voto
da própria ou de organismo de investimento coletivo sob forma societária heterogerido;
e) As entidades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a entidade responsável pela
gestão, ou as entidades com quem aquelas se encontrem em relação de domínio ou de grupo;
f) As entidades em que a entidade responsável pela gestão, ou entidade que com aquela se encontre em
relação de domínio ou de grupo, detenha participação superior a 20 % do capital social ou dos direitos
de voto;
g) O depositário ou qualquer entidade que com este se encontre numa das relações referidas nas alíneas
d) a f);
h) Os membros dos órgãos sociais de qualquer das entidades referidas nas alíneas anteriores;
i) O pessoal e demais colaboradores de qualquer das entidades referidas nas alíneas a) a f);
j) Os diferentes organismos de investimento coletivo por si geridos.
2 - A entidade responsável pela gestão pode, por conta dos organismos de investimento coletivo que
gere, adquirir ou alienar instrumentos financeiros às entidades referidas no número anterior quando:
a) A transação seja realizada em mercado regulamentado ou em sistema de negociação multilateral e
a contraparte seja desconhecida; ou
b) Obtida a prévia autorização da CMVM, se verifique uma das seguintes condições:
i) O preço da transação, considerando os custos da mesma, seja mais favorável que o preço formado
em mercado regulamentado ou sistema de negociação multilateral ou, caso este não exista, que as
ofertas firmes de entidades que não se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a entidade
responsável pela gestão, desde que daí resulte uma inequívoca e comprovada vantagem para o
organismo de investimento coletivo;
ii) A ausência de transações em mercado regulamentado ou sistema de negociação multilateral e de
ofertas de compra durante os 15 dias imediatamente anteriores à data da alienação, desde que daí
resulte uma inequívoca e comprovada vantagem para o organismo de investimento coletivo;
iii) Os instrumentos financeiros:
1.º) Sejam adquiridos em oferta pública de subscrição cujas condições incluam o compromisso de que
é apresentado o pedido da sua admissão à negociação em mercado regulamentado;
2.º) O emitente tenha instrumentos financeiros do mesmo tipo já admitidos nesse mercado
regulamentado; e
3.º) A admissão seja obtida no prazo máximo de seis meses a contar da apresentação do pedido.
iv) Na ausência de meios líquidos detidos pelo organismo de investimento coletivo e esgotada a
capacidade de endividamento nos termos previstos na lei ou em regulamento da CMVM, os pedidos de
resgate líquidos de unidades de participação excedam, num período não superior a cinco dias, 10 %
do valor líquido global do organismo de investimento coletivo desde que daí não resulte uma inequívoca
e comprovada desvantagem para o organismo de investimento coletivo;
v) Consideradas as especificidades da operação e do seu contexto haja uma inequívoca e comprovada
vantagem para o organismo de investimento coletivo na realização da operação.
3 - Na situação prevista na subalínea iii) da alínea b) do número anterior, se a admissão dos
instrumentos financeiros não ocorrer no prazo referido, estes são alienados nos 15 dias subsequentes
ao termo daquele prazo.
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4 - Não obstante o disposto no n.º 1, a entidade responsável pela gestão pode, por conta dos organismos
de investimento coletivo que gere:
a) Constituir como garantes ou contrapartes do organismo de investimento coletivo de capital
garantido entidades que se encontrem nas situações previstas no n.º 1, desde que demonstre perante a
CMVM que a gestão do organismo de investimento coletivo é conduzida de modo autónomo em relação
à eventual necessidade de acionamento das garantias, no estrito cumprimento da política de
investimento e no interesse dos participantes;
b) Adquirir, alienar, arrendar ou contratar outra forma de exploração onerosa de imóveis às entidades
referidas no n.º 1, obtida a prévia autorização da CMVM, mediante requerimento da entidade
responsável pela gestão demonstrando as vantagens da operação e acompanhado dos seguintes
elementos:
i) Relatórios dos peritos avaliadores de imóveis;
ii) Caso aplicável, informação relativa à comparação dos valores propostos com os praticados no
mesmo imóvel, relativamente a outros arrendatários, ou em imóveis adjacentes que possam servir de
base comparativa;
iii) Projeto de contrato a celebrar.
5 - Os valores determinados pelos peritos avaliadores referidos no número anterior servem de
referência ao preço da transação proposta, não podendo este preço ser superior, no caso de aquisição
do imóvel pelo organismo de investimento coletivo, ao menor dos valores determinados pelos peritos,
nem inferior, no caso da alienação do imóvel pelo organismo, ao maior dos valores determinados pelos
peritos.
6 - A entidade responsável pela gestão tem o dever de conhecer as relações previstas neste artigo.
7 - A decisão é notificada no prazo, contado da data da receção do pedido ou das informações
complementares que a CMVM considere necessárias, de:
a) 10 dias, no que respeita às transações previstas na alínea b) do n.º 2;
b) 30 dias, no que respeita às transações previstas no n.º 4.
8 - Na ausência de notificação no prazo referido no número anterior considera-se indeferido o pedido.
9 - Não se aplica a exigência de autorização prevista na alínea b) do n.º 2 e no n.º 4 aos organismos de
investimento alternativo de subscrição particular ou dirigidos exclusivamente a investidores
qualificados, desde que exista acordo em assembleia de participantes de:
a) 75 % dos votos correspondentes às unidades de participação; e
b) Da maioria dos votos correspondentes às unidades de participação dos participantes que não se
encontrem numa das relações previstas no n.º 1.
Artigo 148.º
Ativos não elegíveis
1 - O organismo de investimento coletivo não pode deter, direta ou indiretamente, ativos emitidos ou
garantidos pelas entidades referidas nas alíneas a) a h) do n.º 1 do artigo anterior em valor superior a
20% do respetivo valor líquido global.
2 - A detenção dos instrumentos financeiros referida neste artigo abrange a titularidade, o usufruto, as
situações que conferem ao titular o poder de administrar ou dispor dos mesmos instrumentos, bem como
aquelas em que, não tendo nenhum destes poderes, é o real beneficiário dos seus frutos ou pode de facto
deles dispor ou administrá-los.
Artigo 148.º-A
Exposição a titularização
A entidade responsável pela gestão atua e toma medidas de correção, se adequado, no interesse dos
participantes do organismo de investimento coletivo relevante, sempre que o organismo de investimento
coletivo por si gerido esteja exposto a uma titularização que tenha deixado de cumprir os requisitos
previstos no Regulamento (UE) n.º 2017/2402, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de
dezembro de 2017.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 149.º
Operações proibidas ao organismo de investimento coletivo
1 - A entidade responsável pela gestão não pode conceder crédito, onerar ou prestar garantias por conta
do organismo de investimento coletivo sob gestão, exceto para a obtenção de financiamento dentro dos
limites estabelecidos no presente Regime Geral, não obstante a possibilidade de serem adquiridos para
o organismo de investimento coletivo valores mobiliários, instrumentos do mercado monetário ou os
ativos referidos nas alíneas c), e) e f) do n.º 1 do artigo 172.º não inteiramente realizados.
2 - A entidade responsável pela gestão não pode, por conta do organismo de investimento coletivo,
aceitar a prestação de garantias ou a concessão de crédito por participantes do mesmo organismo, salvo
se:
3 - A entidade responsável pela gestão não pode, por conta do organismo de investimento alternativo
sob gestão, efetuar promessas de venda de imóveis que ainda não estejam na titularidade do organismo
de investimento alternativo, salvo as promessas de venda de imóveis efetuadas no âmbito de projetos
de construção e de reabilitação de imóveis.
Artigo 150.º
Comunicação sobre transações
Artigo 151.º
Situações excecionais
1 - Os limites ao investimento previstos no n.º 7 do artigo 172.º, nos artigos 176.º a 178.º, na
regulamentação aplicável e nos documentos constitutivos podem ser ultrapassados em resultado do
exercício de direitos de subscrição ou de direitos de conversão inerentes a valores mobiliários ou a
instrumentos do mercado monetário detidos pelo organismo de investimento coletivo ou em casos
alheios à vontade da entidade responsável pela gestão, nos termos definidos em regulamento da CMVM.
2 - Nas situações referidas no número anterior, as decisões em matéria de investimentos têm por objetivo
prioritário a regularização da situação no prazo máximo de seis meses, tendo em conta o interesse dos
participantes.
3 - Os limites referidos no n.º 1 podem ser ultrapassados durante os primeiros seis meses de atividade
do organismo de investimento coletivo.
Artigo 152.º
Menções em ações publicitárias
(Revogado.)
Artigo 152.º
Menções em ações publicitárias
1 - O organismo de investimento coletivo só pode ser publicitado depois de ter sido autorizada a sua
constituição.
2 - As ações publicitárias relativas a organismos de investimento coletivo devem ser claramente
identificadas como tal, ser corretas e claras e não induzir em erro.
3 - Quaisquer ações publicitárias relativas a organismos de investimento coletivo não devem conter
afirmações que contradigam ou diminuam a importância das informações incluídas, quando exigíveis,
no prospeto e no documento com informações fundamentais destinadas aos investidores.
4 - As ações publicitárias relativas a organismos de investimento coletivo devem ainda indicar a
existência de um prospeto e a disponibilidade do documento com informações fundamentais destinadas
aos investidores, quando exigíveis, bem como o local e o idioma em que os investidores podem obter
ou ter acesso a tais documentos.
SECÇÃO II
Documentos constitutivos e informação
SUBSECÇÃO I
Informações fundamentais destinadas aos investidores
Artigo 153.º
Natureza e conteúdo essencial do documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão, para cada um dos organismos de investimento coletivo por
si geridos, elaboram um documento com informações fundamentais destinadas aos investidores.
2 - A designação informações fundamentais destinadas aos investidores é claramente mencionada no
respetivo documento, num dos idiomas a que se refere a alínea a) do n.º 2 do artigo 200.º.
3 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores inclui informações
adequadas e atualizadas sobre as características essenciais do organismo de investimento coletivo em
causa, que são prestadas aos investidores de modo a permitir-lhes compreender a natureza e os riscos
inerentes ao produto de investimento proposto e, por conseguinte, tomar decisões de investimento
informadas.
4 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores contém, em relação ao
organismo de investimento coletivo em causa, os seguintes elementos essenciais:
a) Correto, claro e coerente com o prospeto, não podendo contrariar ou modificar o conteúdo deste;
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b) Redigido de modo sucinto e em linguagem não técnica, não induzindo em erro e de modo a poder ser
entendido por investidores não profissionais;
c) Usado sem alteração ou aditamentos, com exceção da tradução, em todos os Estados membros em
que o OICVM tenha notificado a comercialização das suas unidades de participação.
8 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores inclui ainda a indicação
de que os detalhes da política de remuneração atualizada, designadamente a descrição do modo como a
remuneração e os benefícios são calculados, a identidade das pessoas responsáveis pela atribuição da
remuneração e dos benefícios e a composição da comissão de remunerações, caso exista, estão
disponíveis num sítio da Internet devidamente referenciado e de que será facultada gratuitamente uma
cópia em papel, mediante pedido.
9 - O disposto no n.º 1 não é aplicável aos organismos de investimento alternativo dirigidos
exclusivamente a investidores profissionais.
(Redação da Lei n.º 35/2018, de 20 de julho – com início de vigência em 1 de agosto de 2018)
Artigo 153.º
Natureza e conteúdo essencial do documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão, para cada um dos organismos de investimento coletivo por
si geridos, elaboram um documento com informações fundamentais destinadas aos investidores.
2 - A designação informações fundamentais destinadas aos investidores é claramente mencionada no
respetivo documento, num dos idiomas a que se refere a alínea a) do n.º 2 do artigo 200.º.
3 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores inclui informações
adequadas e atualizadas sobre as características essenciais do organismo de investimento coletivo em
causa, que são prestadas aos investidores de modo a permitir-lhes compreender a natureza e os riscos
inerentes ao produto de investimento proposto e, por conseguinte, tomar decisões de investimento
informadas.
4 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores contém, em relação ao
organismo de investimento coletivo em causa, os seguintes elementos essenciais:
a) A identificação do organismo de investimento coletivo e da CMVM na qualidade de autoridade
competente;
b) Breve descrição dos objetivos de investimento e da sua política de investimentos;
c) Apresentação dos resultados anteriores ou, se aplicável, dos resultados dos cenários previstos;
d) Os custos e encargos associados;
e) O perfil de risco e remuneração do investimento, incluindo orientações adequadas e avisos sobre os
riscos inerentes a investimentos nos organismos de investimento coletivo.
5 - Os elementos essenciais contidos no documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores devem ser compreensíveis para os investidores sem que seja necessária a consulta de
outros documentos.
6 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores indica claramente onde e
de que forma podem ser obtidas informações suplementares sobre o investimento proposto,
nomeadamente onde e de que forma podem ser obtidos o prospeto e os relatórios e contas anual e
semestral, gratuitamente e em qualquer momento, bem como a língua em que essas informações se
encontram ao dispor dos investidores.
7 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores constitui informação pré-
contratual, devendo ser:
a) Correto, claro e coerente com o prospeto, não podendo contrariar ou modificar o conteúdo deste;
b) Redigido de modo sucinto e em linguagem não técnica, não induzindo em erro e de modo a poder
ser entendido por investidores não profissionais;
c) Usado sem alteração ou aditamentos, com exceção da tradução, em todos os Estados membros em
que o OICVM tenha notificado a comercialização das suas unidades de participação.
8 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores inclui ainda a indicação
de que os detalhes da política de remuneração atualizada, designadamente a descrição do modo como
a remuneração e os benefícios são calculados, a identidade das pessoas responsáveis pela atribuição
da remuneração e dos benefícios e a composição da comissão de remunerações, caso exista, estão
disponíveis num sítio da Internet devidamente referenciado e de que será facultada gratuitamente uma
cópia em papel, mediante pedido.
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9 - O disposto no n.º 1 não é aplicável aos OIA dirigidos exclusivamente a investidores profissionais.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 153.º
Natureza e conteúdo essencial do documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão, para cada um dos organismos de investimento coletivo por
si geridos, elaboram um documento com informações fundamentais destinadas aos investidores.
2 - A designação «informações fundamentais destinadas aos investidores» é claramente mencionada
no respetivo documento, num dos idiomas a que se refere a alínea a) do n.º 3 do artigo 200.º.
3 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores inclui informações
adequadas e atualizadas sobre as características essenciais do organismo de investimento coletivo em
causa, que são prestadas aos investidores de modo a permitir-lhes compreender a natureza e os riscos
inerentes ao produto de investimento proposto e, por conseguinte, tomar decisões de investimento
informadas.
4 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores contém, em relação ao
organismo de investimento coletivo em causa, os seguintes elementos essenciais:
a) A identificação do organismo de investimento coletivo e da CMVM na qualidade de autoridade
competente;
b) Breve descrição dos objetivos de investimento e da sua política de investimentos;
c) Apresentação dos resultados anteriores ou, se aplicável, dos resultados dos cenários previstos;
d) Os custos e encargos associados;
e) O perfil de risco e remuneração do investimento, incluindo orientações adequadas e avisos sobre os
riscos inerentes a investimentos nos organismos de investimento coletivo.
5 - Os elementos essenciais contidos no documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores devem ser compreensíveis para os investidores sem que seja necessária a consulta de
outros documentos.
6 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores indica claramente onde e
de que forma podem ser obtidas informações suplementares sobre o investimento proposto,
nomeadamente onde e de que forma podem ser obtidos o prospeto e os relatórios e contas anual e
semestral, gratuitamente e em qualquer momento, bem como a língua em que essas informações se
encontram ao dispor dos investidores.
7 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores constitui informação pré-
contratual, devendo ser:
a) Correto, claro e coerente com o prospeto, não podendo contrariar ou modificar o conteúdo deste;
b) Redigido de modo sucinto e em linguagem não técnica, não induzindo em erro e de modo a poder
ser entendido por investidores não qualificados;
c) Usado sem alteração ou aditamentos, com exceção da tradução, em todos os Estados membros em
que o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários tenha notificado a comercialização
das suas unidades de participação.
8 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores inclui ainda a indicação
de que os detalhes da política de remuneração atualizada, designadamente a descrição do modo como
a remuneração e os benefícios são calculados, a identidade das pessoas responsáveis pela atribuição
da remuneração e dos benefícios e a composição da comissão de remunerações, caso exista, estão
disponíveis num sítio da internet devidamente referenciado e de que será facultada gratuitamente uma
cópia em papel, mediante pedido.
9 - O disposto no n.º 1 não é aplicável aos organismos de investimento alternativo de subscrição
particular ou dirigidos exclusivamente a investidores qualificados.
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Artigo 153.º
Natureza e conteúdo essencial do documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão, para cada um dos organismos de investimento coletivo por
si geridos, elaboram um documento com informações fundamentais destinadas aos investidores.
2 - A designação «informações fundamentais destinadas aos investidores» é claramente mencionada
no respetivo documento, num dos idiomas a que se refere a alínea a) do n.º 3 do artigo 200.º.
3 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores inclui informações
adequadas e atualizadas sobre as características essenciais do organismo de investimento coletivo em
causa, que são prestadas aos investidores de modo a permitir-lhes compreender a natureza e os riscos
inerentes ao produto de investimento proposto e, por conseguinte, tomar decisões de investimento
informadas.
4 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores contém, em relação ao
organismo de investimento coletivo em causa, os seguintes elementos essenciais:
a) A sua identificação;
b) Breve descrição dos objetivos de investimento e da sua política de investimentos;
c) Apresentação dos resultados anteriores ou, se aplicável, dos resultados dos cenários previstos;
d) Os custos e encargos associados;
e) O perfil de risco e remuneração do investimento, incluindo orientações adequadas e avisos sobre os
riscos inerentes a investimentos nos organismos de investimento coletivo.
5 - Os elementos essenciais contidos no documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores devem ser compreensíveis para os investidores sem que seja necessária a consulta de
outros documentos.
6 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores indica claramente onde e
de que forma podem ser obtidas informações suplementares sobre o investimento proposto,
nomeadamente onde e de que forma podem ser obtidos o prospeto e os relatórios e contas anual e
semestral, gratuitamente e em qualquer momento, bem como a língua em que essas informações se
encontram ao dispor dos investidores.
7 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores constitui informação pré-
contratual, devendo ser:
a) Correto, claro e coerente com o prospeto, não podendo contrariar ou modificar o conteúdo deste;
b) Redigido de modo sucinto e em linguagem não técnica, não induzindo em erro e de modo a poder
ser entendido por investidores não qualificados;
c) Usado sem alteração ou aditamentos, com exceção da tradução, em todos os Estados membros em
que o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários tenha notificado a comercialização
das suas unidades de participação.
8 - O disposto no n.º 1 não é aplicável aos organismos de investimento alternativo de subscrição
particular ou dirigidos exclusivamente a investidores qualificados.
Artigo 154.º
Conteúdo e formato do documento com informações fundamentais destinadas aos investidores
a) No Regulamento (UE) n.º 583/2010 da Comissão Europeia, de 1 de julho de 2010, quando este
respeite a organismo de investimento coletivo em valores mobiliários;
b) Em regulamento da CMVM, nos restantes casos.
Artigo 155.º
Responsabilidade civil
1 - Ninguém incorre em responsabilidade civil meramente por força do documento com informações
fundamentais destinadas aos investidores, ou da sua tradução, salvo se o mesmo contiver menções
enganosas, for inexato ou incoerente com o prospeto.
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2 - O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores deve conter uma
advertência clara sobre o respetivo regime de responsabilidade civil.
Artigo 156.º
Dever de disponibilização do documento com informações fundamentais destinadas aos
investidores
Artigo 156.º-A
Equivalência do documento de informação fundamental
1 - A entidade responsável pela gestão que elabore, preste, atualize e traduza um documento de
informação fundamental em conformidade com o disposto na legislação da União Europeia relativa a
pacotes de produtos de investimento de retalho e de produtos de investimento com base em seguros,
para os organismos de investimento coletivo por si geridos, pode utilizar esse documento para efeitos
do cumprimento do disposto no presente Regime Geral e da respetiva regulamentação nacional e
europeia relativamente ao documento com informações fundamentais destinadas aos investidores.
2 - No caso previsto no número anterior, a CMVM não pode exigir a elaboração do documento com
informações fundamentais destinadas aos investidores em conformidade com os requisitos previstos no
presente Regime Geral e da respetiva regulamentação nacional e europeia.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio – com início de vigência a 1 de janeiro de
2023)
SUBSECÇÃO II
Prospeto e regulamento de gestão
(Epígrafe alterada pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de
início de vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da
Diretiva Delegada (UE) 2017/593)
SUBSECÇÃO II
Prospeto, regulamento de gestão e contrato de sociedade
Artigo 157.º
Elaboração do prospeto
1 - A entidade responsável pela gestão elabora e mantém atualizado o prospeto para cada organismo de
investimento coletivo por si gerido.
2 - O disposto no número anterior não é aplicável aos OIA fechados ou dirigidos exclusivamente a
investidores profissionais, sem prejuízo do dever de elaborar e manter atualizado o regulamento de
gestão nos termos do artigo 159.º.
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 157.º
Elaboração do prospeto
1 - A entidade responsável pela gestão elabora e mantém atualizado o prospeto para cada organismo
de investimento coletivo por si gerido.
2 - O disposto no número anterior não é aplicável aos organismos de investimento alternativo de
subscrição particular ou dirigidos exclusivamente a investidores qualificados, sem prejuízo do dever
de elaborar e manter atualizado o regulamento de gestão nos termos do artigo 159.º.
Artigo 158.º
Conteúdo do prospeto
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
11 - Os documentos referidos no número anterior podem não ser anexados ao prospeto, desde que o
investidor seja informado de que os mesmos se encontram à sua disposição nos locais indicados nos
documentos constitutivos e que os mesmos lhe podem ser enviados sem encargos mediante pedido.
12 - O prospeto inclui ainda a informação prevista no artigo 14.º do Regulamento (UE) n.º 2015/2365,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2015, relativo à transparência das
operações de financiamento através de valores mobiliários e de reutilização e que altera o Regulamento
(UE) n.º 648/2012.
Artigo 158.º
Conteúdo do prospeto
(Redação da Lei n.º 35/2018, de 20 de julho – com início de vigência em 1 de agosto de 2018)
Artigo 158.º
Conteúdo do prospeto
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 158.º
Conteúdo do prospeto
Artigo 158.º
Conteúdo do prospeto
4 - Caso estejam autorizadas as operações com instrumentos financeiros derivados, o prospeto inclui
uma menção destacada, indicando se essas operações são efetuadas para efeitos de cobertura ou para
fins de realização de objetivos de investimento, bem como a possível incidência da utilização dos
referidos instrumentos financeiros derivados no perfil de risco.
5 - Caso um organismo de investimento coletivo invista, a título principal, em qualquer categoria de
ativos definida no artigo 172.º que não sejam valores mobiliários ou instrumentos do mercado
monetário ou reproduza um índice de ações ou de títulos de dívida nas condições prescritas pelo artigo
178.º, inclui no seu prospeto e, se for caso disso, em todas as ações publicitárias uma menção destacada
que chame a atenção para a sua política de investimento.
6 - Caso, devido à composição da carteira ou às técnicas de gestão de carteira utilizadas, seja possível
que o valor líquido global de um organismo de investimento coletivo tenha uma volatilidade elevada,
nos termos definidos em regulamento da CMVM, o prospeto e, se for caso disso, todas as ações
publicitárias incluem uma menção destacada que chame a atenção para esta característica.
7 - A pedido de um investidor, a entidade responsável pela gestão fornece informações complementares
sobre os limites quantitativos aplicáveis na gestão de riscos do organismo de investimento coletivo,
sobre os métodos utilizados para o efeito e sobre a evolução recente dos riscos e dos rendimentos das
principais categorias de instrumentos.
8 - As medidas ou índices de rentabilidade e risco dos organismos de investimento coletivo
comercializados em Portugal são calculados e divulgados, nos termos definidos em regulamento da
CMVM.
9 - O regulamento de gestão e o contrato de sociedade do organismo de investimento coletivo sob forma
societária integram o prospeto, ao qual são anexados.
10 - Os documentos referidos no número anterior podem não ser anexados ao prospeto, desde que o
investidor seja informado de que os mesmos se encontram à sua disposição nos locais indicados nos
documentos constitutivos e que os mesmos lhe podem ser enviados sem encargos mediante pedido.
Artigo 159.º
Conteúdo do regulamento de gestão
a) A denominação do organismo de investimento coletivo, que não pode estar em desacordo com a
política de investimentos e de rendimentos, a data de constituição e respetiva duração;
b) A denominação e sede da entidade gestora, as condições da sua substituição e a identificação das
funções e entidades efetivamente subcontratadas;
c) No caso das sociedades de investimento coletivo heterogeridas, as funções que incumbem a estas e a
articulação com a entidade gestora;
d) A denominação e sede do depositário e as condições da sua substituição;
e) No que respeita à comercialização, a identificação:
i) A finalidade prosseguida com a utilização de instrumentos financeiros derivados, consoante seja para
efeitos de cobertura de risco ou como técnica de gestão, e a respetiva incidência no perfil de risco;
ii) A identificação do índice que o organismo de investimento coletivo reproduz;
iii) A identificação das entidades em que o organismo de investimento coletivo prevê investir mais de
35 % do seu valor líquido global;
iv) As especiais características do organismo de investimento coletivo em função da composição da
carteira ou das técnicas de gestão da mesma, designadamente a sua elevada volatilidade;
i) O tipo de OIA;
ii) A estratégia de investimento do OIA;
iii) As fontes do efeito de alavancagem do OIA;
iv) Qualquer outra interdependência ou relação relevante com outras instituições de serviços financeiros
suscetíveis de constituir risco sistémico;
v) A necessidade de limitar a exposição a uma única contraparte;
vi) Em que medida o efeito de alavancagem está coberto por garantias;
vii) O rácio entre o ativo e o passivo;
viii) A escala, a natureza e a extensão da atividade da entidade responsável pela gestão nos mercados
em questão;
Artigo 159.º
Conteúdo do regulamento de gestão
iv) Se aplicável, dos mecanismos adotados para evitar que as unidades de participação possam ser
comercializadas junto de investidores não profissionais, nomeadamente quando a entidade responsável
pela gestão contrate a terceiro a comercialização das unidades de participação dos OIA;
f) A política de investimentos do organismo de investimento coletivo, de forma a identificar claramente
o seu objetivo, especial natureza, se for o caso, as técnicas de gestão e a experiência da entidade
responsável pela gestão na utilização destas, os ativos que podem integrar a sua carteira, o nível de
especialização, se existir, em termos sectoriais, geográficos ou por tipo de ativo, a possibilidade,
finalidade e limites do endividamento, a política de concessão de empréstimos de instrumentos
financeiros e a política de contração de financiamento, destacando especialmente, nos casos
aplicáveis:
i) A finalidade prosseguida com a utilização de instrumentos financeiros derivados, consoante seja
para efeitos de cobertura de risco ou como técnica de gestão, e a respetiva incidência no perfil de risco;
ii) A identificação do índice que o organismo de investimento coletivo reproduz;
iii) A identificação das entidades em que o organismo de investimento coletivo prevê investir mais de
35 % do seu valor líquido global;
iv) As especiais características do organismo de investimento coletivo em função da composição da
carteira ou das técnicas de gestão da mesma, designadamente a sua elevada volatilidade;
g) A política de distribuição de rendimentos do organismo de investimento coletivo, definida
objetivamente por forma, em especial, a permitir verificar se a política é de capitalização ou de
distribuição, parcial ou total e, neste caso, quais os critérios e periodicidade de distribuição;
h) A política geral da entidade gestora relativa ao exercício dos direitos de voto inerentes aos
instrumentos financeiros detidos pelo organismo de investimento coletivo;
i) A existência de comissões de subscrição, de resgate e de transferência entre organismos de
investimento coletivo e indicação dos respetivos valores;
j) Forma e regras de cálculo do valor de cada categoria de unidades de participação para efeitos de
subscrição, de resgate e reembolso, incluindo o momento do dia utilizado como referência para o
cálculo, e a forma e periodicidade de divulgação do mesmo;
k) Forma e periodicidade de comunicação aos participantes da composição discriminada da carteira
do organismo de investimento coletivo;
l) As condições e modos de pagamento de subscrição, resgate e reembolso, incluindo pagamentos em
espécie, quando aplicável, e critérios de atribuição das unidades de participação subscritas;
m) A identificação das unidades de participação, com indicação das diferentes categorias e
características, do modo de representação e, se aplicável, da existência de direito de voto dos
participantes;
n) O montante mínimo exigível por subscrição;
o) O prazo máximo para efeitos de pagamento dos pedidos de resgate;
p) O valor inicial da unidade de participação para efeitos de constituição do organismo de investimento
coletivo;
q) As condições de transferência de unidades de participação de organismo de investimento coletivo;
r) Todos os encargos suportados pelo organismo de investimento coletivo, incluindo informação sobre
a política da entidade responsável pela gestão quanto à contratação de estudos de investimento
(research);
s) O valor, o modo de cálculo e as condições de cobrança das comissões de gestão e de depósito, e o
valor máximo das comissões de gestão que podem ser cobradas em simultâneo ao próprio organismo
de investimento coletivo e aos restantes organismos de investimento coletivo em que pretenda investir;
t) As condições de suspensão das operações de subscrição e resgate das unidades de participação;
u) As regras e método de cálculo do valor dos ativos do organismo de investimento coletivo;
v) Indicação do local, podendo ser sítio da Internet, onde são disponibilizadas as políticas de execução
de operações e de transmissão de ordens;
w) Período do exercício económico anual quando diferente do correspondente ao ano civil;
x) O regime de liquidação do organismo de investimento coletivo;
y) O sistema de registo das unidades de participação do organismo de investimento coletivo e, caso o
mesmo seja um sistema centralizado:
i) A entidade gestora do sistema centralizado; e
ii) As normas do sistema, incluindo as regras aplicáveis na relação com as entidades registadoras,
quando o mesmo seja gerido pelo depositário.
3 - O regulamento de gestão de um organismo de investimento coletivo fechado indica ainda:
a) O montante do capital, o número de unidades de participação e as condições em que é possível o
aumento ou redução do número de unidades de participação;
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(Redação da Lei n.º 35/2018, de 20 de julho – com início de vigência em 1 de agosto de 2018)
Artigo 159.º
Conteúdo do regulamento de gestão
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iv) Se aplicável, dos mecanismos adotados para evitar que as unidades de participação possam ser
comercializadas junto de investidores não profissionais, nomeadamente quando a entidade responsável
pela gestão contrate a terceiro a comercialização das unidades de participação dos OIA;
f) A política de investimentos do organismo de investimento coletivo, de forma a identificar claramente
o seu objetivo, especial natureza, se for o caso, as técnicas de gestão e a experiência da entidade
responsável pela gestão na utilização destas, os ativos que podem integrar a sua carteira, o nível de
especialização, se existir, em termos sectoriais, geográficos ou por tipo de ativo, a possibilidade,
finalidade e limites do endividamento, a política de concessão de empréstimos de instrumentos
financeiros e a política de contração de financiamento, destacando especialmente, nos casos
aplicáveis:
i) A finalidade prosseguida com a utilização de instrumentos financeiros derivados, consoante seja
para efeitos de cobertura de risco ou como técnica de gestão, e a respetiva incidência no perfil de risco;
ii) A identificação do índice que o organismo de investimento coletivo reproduz;
iii) A identificação das entidades em que o organismo de investimento coletivo prevê investir mais de
35 % do seu valor líquido global;
iv) As especiais características do organismo de investimento coletivo em função da composição da
carteira ou das técnicas de gestão da mesma, designadamente a sua elevada volatilidade;
g) A política de distribuição de rendimentos do organismo de investimento coletivo, definida
objetivamente por forma, em especial, a permitir verificar se a política é de capitalização ou de
distribuição, parcial ou total e, neste caso, quais os critérios e periodicidade de distribuição;
h) A política geral da entidade gestora relativa ao exercício dos direitos de voto inerentes aos
instrumentos financeiros detidos pelo organismo de investimento coletivo;
i) A existência de comissões de subscrição, de resgate e de transferência entre organismos de
investimento coletivo e indicação dos respetivos valores;
j) Forma e regras de cálculo do valor de cada categoria de unidades de participação para efeitos de
subscrição, de resgate e reembolso, incluindo o momento do dia utilizado como referência para o
cálculo, e a forma e periodicidade de divulgação do mesmo;
k) Forma e periodicidade de comunicação aos participantes da composição discriminada da carteira
do organismo de investimento coletivo;
l) As condições e modos de pagamento de subscrição, resgate e reembolso, incluindo pagamentos em
espécie, quando aplicável, e critérios de atribuição das unidades de participação subscritas;
m) A identificação das unidades de participação, com indicação das diferentes categorias e
características, do modo de representação e, se aplicável, da existência de direito de voto dos
participantes;
n) O montante mínimo exigível por subscrição;
o) O prazo máximo para efeitos de pagamento dos pedidos de resgate;
p) O valor inicial da unidade de participação para efeitos de constituição do organismo de investimento
coletivo;
q) As condições de transferência de unidades de participação de organismo de investimento coletivo;
r) Todos os encargos suportados pelo organismo de investimento coletivo, incluindo informação sobre
a política da entidade responsável pela gestão quanto à contratação de estudos de investimento
(research);
s) O valor, o modo de cálculo e as condições de cobrança das comissões de gestão e de depósito, e o
valor máximo das comissões de gestão que podem ser cobradas em simultâneo ao próprio organismo
de investimento coletivo e aos restantes organismos de investimento coletivo em que pretenda investir;
t) As condições de suspensão das operações de subscrição e resgate das unidades de participação;
u) As regras e método de cálculo do valor dos ativos do organismo de investimento coletivo;
v) Indicação do local, podendo ser sítio da Internet, onde são disponibilizadas as políticas de execução
de operações e de transmissão de ordens;
w) Período do exercício económico anual quando diferente do correspondente ao ano civil;
x) O regime de liquidação do organismo de investimento coletivo;
y) O sistema de registo das unidades de participação do organismo de investimento coletivo e, caso o
mesmo seja um sistema centralizado:
i) A entidade gestora do sistema centralizado; e
ii) As normas do sistema, incluindo as regras aplicáveis na relação com as entidades registadoras,
quando o mesmo seja gerido pelo depositário.
3 - O regulamento de gestão de um organismo de investimento coletivo fechado indica ainda:
a) O montante do capital, o número de unidades de participação e as condições em que é possível o
aumento ou redução do número de unidades de participação;
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 159.º
Conteúdo do regulamento de gestão
SUBSECÇÃO III
Relatório, contas e outra informação
Artigo 160.º
Elaboração e prazos de divulgação dos relatórios e contas
1 - A entidade responsável pela gestão elabora, comunica à CMVM e publica, para cada organismo de
investimento coletivo por si gerido ou comercializado em Portugal, o seguinte:
a) Um relatório e contas por exercício económico anual findo em 31 de dezembro anterior e respetivo
relatório do auditor;
b) Um relatório e contas, e respetivo relatório do auditor, relativo à atividade nos seis primeiros meses
de cada exercício económico.
2 - A comunicação e publicação referidas no n.º 1 são efetuadas nos prazos a seguir mencionados, a
contar do termo do período a que se referem:
Artigo 161.º
Conteúdo dos relatórios e contas e relatórios dos auditores
1 - Os relatórios e contas anuais e semestrais dos organismos de investimento coletivo devem conter
um balanço, uma demonstração de resultados do exercício e respetivos anexos, uma demonstração dos
fluxos de caixa, um relatório de gestão, incluindo, nomeadamente, a descrição das atividades do
exercício e as outras informações previstas no esquema B do anexo II ao presente Regime Geral e que
dele faz parte integrante, bem como todas as informações significativas que permitam aos investidores
formar, com conhecimento de causa, um juízo sobre a evolução da atividade e os resultados do
organismo de investimento coletivo.
2 - O relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo contém ainda:
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d) [Revogada].
e) [Revogada].
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Artigo 161.º
Conteúdo dos relatórios e contas e relatórios dos auditores
1 - Os relatórios e contas anuais e semestrais dos organismos de investimento coletivo devem conter
um balanço, uma demonstração de resultados do exercício e respetivos anexos, uma demonstração dos
fluxos de caixa, um relatório de gestão, incluindo, nomeadamente, a descrição das atividades do
exercício e as outras informações previstas no esquema B do anexo II ao presente Regime Geral e que
dele faz parte integrante, bem como todas as informações significativas que permitam aos investidores
formar, com conhecimento de causa, um juízo sobre a evolução da atividade e os resultados do
organismo de investimento coletivo.
2 - O relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo contém ainda:
a) O montante total das remunerações do exercício económico, subdividido em remunerações fixas e
variáveis, pagas pela entidade responsável pela gestão aos seus colaboradores, o número de
beneficiários e, se aplicável, os montantes pagos diretamente pelo próprio organismo de investimento
coletivo, incluindo as comissões de desempenho pagas pelo organismo de investimento coletivo;
b) O montante agregado da remuneração discriminado por categorias de colaboradores, incluindo os
indicados na alínea b) do n.º 2 do artigo 71.º-O;
c) No caso de se tratar de um OICVM:
i) A descrição do modo como a remuneração e os benefícios foram calculados;
ii) Os resultados da verificação do cumprimento da política e procedimentos de remuneração, a que se
referem as alíneas b) e c) do n.º 1 do anexo I ao presente Regime Geral, incluindo as irregularidades
ocorridas;
iii) As alterações significativas da política de remuneração adotada;
d) [Revogada].
e) [Revogada].
3 - Caso o organismo de investimento coletivo distribua um rendimento intercalar, o relatório e contas
semestral deve indicar o resultado deduzido de impostos para o semestre respetivo e montante de
rendimento pago ou a pagar.
4 - O relatório e contas anual contém ainda uma identificação e justificação dos desvios ocorridos em
relação à política geral de exercício dos direitos de voto inerentes às ações detidas pelo organismo de
investimento coletivo, quando, relativamente ao conjunto dos organismos de investimento coletivo sob
gestão, seja ultrapassado 1 % dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade
emitente.
5 - Nos documentos periódicos de prestação de contas de OIA, sempre que tal seja aplicável, é ainda
destacado o comportamento global deste e dos ativos que o compõem, tendo em conta a prossecução
dos seus objetivos e a sua orientação estratégica.
6 - Caso o OIA deva publicar o relatório e contas anual previsto no artigo 245.º do Código dos Valores
Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual, só têm
de ser prestadas aos investidores que o solicitem as informações referidas nos n.ºs 1 e 2 que sejam
complementares às informações constantes daquele relatório e contas anual, quer separadamente, quer
como anexo ao referido relatório e contas.
7 - Em nota anexa ao relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo, as entidades
responsáveis pela gestão dão publicidade aos erros de valorização das unidades de participação do
organismo de investimento coletivo e aos montantes pagos aos organismos de investimento coletivo e
aos participantes com caráter compensatório deles decorrentes.
8 - O relatório do auditor sobre os relatórios e contas anual e semestral dos organismos de investimento
coletivo deve pronunciar-se, nomeadamente, sobre:
a) O adequado cumprimento das políticas de investimentos e de distribuição dos resultados definidas
no regulamento de gestão do organismo de investimento coletivo;
b) A adequada avaliação efetuada pela entidade responsável pela gestão dos ativos e passivos do
organismo de investimento coletivo, em especial no que respeita aos instrumentos financeiros
transacionados no mercado de balcão e aos ativos imobiliários;
c) O controlo das operações com as entidades referidas no n.º 1 do artigo 147.º;
d) O cumprimento dos critérios de valorização definidos nos documentos constitutivos e o cumprimento
do dever previsto no número anterior;
e) O controlo das operações realizadas fora do mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral;
f) O controlo dos movimentos de subscrição e de resgate das unidades de participação;
g) O cumprimento dos deveres de registo relativos aos ativos não financeiros, quando aplicável.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 161.º
Conteúdo dos relatórios e contas e relatórios dos auditores
1 - Os relatórios e contas anuais e semestrais dos organismos de investimento coletivo devem conter
um balanço, uma demonstração de resultados do exercício e respetivos anexos, uma demonstração dos
fluxos de caixa, um relatório de gestão, incluindo, nomeadamente, a descrição das atividades do
exercício e as outras informações previstas no esquema B do anexo II ao presente Regime Geral e que
dele faz parte integrante, bem como todas as informações significativas que permitam aos investidores
formar, com conhecimento de causa, um juízo sobre a evolução da atividade e os resultados do
organismo de investimento coletivo.
2 - O relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo contém ainda:
a) O montante total das remunerações do exercício económico, subdividido em remunerações fixas e
variáveis, pagas pela entidade responsável pela gestão aos seus colaboradores, o número de
beneficiários e, se aplicável, os montantes pagos diretamente pelo próprio organismo de investimento
coletivo, incluindo as comissões de desempenho pagas pelo organismo de investimento coletivo;
b) O montante agregado da remuneração discriminado por categorias de colaboradores, incluindo os
indicados na alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º;
c) No caso de se tratar de um OICVM:
i) A descrição do modo como a remuneração e os benefícios foram calculados;
ii) Os resultados da verificação do cumprimento da política e procedimentos de remuneração, a que se
referem as alíneas b) e c) do n.º 1 do anexo I ao presente Regime Geral, incluindo as irregularidades
ocorridas;
iii) As alterações significativas da política de remuneração adotada;
d) (Revogada.)
e) (Revogada.)
3 - Caso o organismo de investimento coletivo distribua um rendimento intercalar, o relatório e contas
semestral deve indicar o resultado deduzido de impostos para o semestre respetivo e montante de
rendimento pago ou a pagar.
4 - O relatório e contas anual contém ainda uma identificação e justificação dos desvios ocorridos em
relação à política geral de exercício dos direitos de voto inerentes às ações detidas pelo organismo de
investimento coletivo, quando, relativamente ao conjunto dos organismos de investimento coletivo sob
gestão, seja ultrapassado 1 % dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade
emitente.
5 - Nos documentos periódicos de prestação de contas de OIA, sempre que tal seja aplicável, é ainda
destacado o comportamento global deste e dos ativos que o compõem, tendo em conta a prossecução
dos seus objetivos e a sua orientação estratégica.
6 - Caso o OIA deva publicar o relatório e contas anual previsto no artigo 245.º do Código dos Valores
Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, só têm de ser prestadas aos
investidores que o solicitem as informações referidas nos n.ºs 1 e 2 que sejam complementares às
informações constantes daquele relatório e contas anual, quer separadamente, quer como anexo ao
referido relatório e contas.
7 - Em nota anexa ao relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo, as entidades
responsáveis pela gestão dão publicidade aos erros de valorização das unidades de participação do
organismo de investimento coletivo e aos montantes pagos aos organismos de investimento coletivo e
aos participantes com caráter compensatório deles decorrentes.
8 - O relatório do auditor sobre os relatórios e contas anual e semestral dos organismos de investimento
coletivo deve pronunciar-se, nomeadamente, sobre:
a) O adequado cumprimento das políticas de investimentos e de distribuição dos resultados definidas
no regulamento de gestão do organismo de investimento coletivo;
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b) A adequada avaliação efetuada pela entidade responsável pela gestão dos ativos e passivos do
organismo de investimento coletivo, em especial no que respeita aos instrumentos financeiros
transacionados no mercado de balcão e aos ativos imobiliários;
c) O controlo das operações com as entidades referidas no n.º 1 do artigo 147.º;
d) O cumprimento dos critérios de valorização definidos nos documentos constitutivos e o cumprimento
do dever previsto no número anterior;
e) O controlo das operações realizadas fora do mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral;
f) O controlo dos movimentos de subscrição e de resgate das unidades de participação;
g) O cumprimento dos deveres de registo relativos aos ativos não financeiros, quando aplicável.
9 - O conteúdo e o formato do relatório e contas anual de OIA obedecem ao disposto no Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013 da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
10 - O conteúdo dos relatórios e contas anuais e semestrais dos organismos de investimento coletivo
obedece ainda ao disposto no artigo 13.º do Regulamento (UE) n.º 2015/2365, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 25 de novembro de 2015, relativo à transparência das operações de financiamento
através de valores mobiliários e de reutilização e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012.
(Redação da Lei n.º 35/2018, de 20 de julho – com início de vigência em 1 de agosto de 2018)
Artigo 161.º
Conteúdo dos relatórios e contas e relatórios dos auditores
1 - Os relatórios e contas anuais e semestrais dos organismos de investimento coletivo devem conter
um balanço, uma demonstração de resultados do exercício e respetivos anexos, uma demonstração dos
fluxos de caixa, um relatório de gestão, incluindo, nomeadamente, a descrição das atividades do
exercício e as outras informações previstas no esquema B do anexo II ao presente Regime Geral e que
dele faz parte integrante, bem como todas as informações significativas que permitam aos investidores
formar, com conhecimento de causa, um juízo sobre a evolução da atividade e os resultados do
organismo de investimento coletivo.
2 - O relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo contém ainda:
a) O montante total das remunerações do exercício económico, subdividido em remunerações fixas e
variáveis, pagas pela entidade responsável pela gestão aos seus colaboradores, o número de
beneficiários e, se aplicável, os montantes pagos diretamente pelo próprio organismo de investimento
coletivo, incluindo as comissões de desempenho pagas pelo organismo de investimento coletivo;
b) O montante agregado da remuneração discriminado por categorias de colaboradores, incluindo os
indicados na alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º;
c) No caso de se tratar de um OICVM:
i) A descrição do modo como a remuneração e os benefícios foram calculados;
ii) Os resultados da verificação do cumprimento da política e procedimentos de remuneração, a que se
referem as alíneas b) e c) do n.º 1 do anexo I ao presente Regime Geral, incluindo as irregularidades
ocorridas;
iii) As alterações significativas da política de remuneração adotada;
d) (Revogada.)
e) (Revogada.)
3 - Caso o organismo de investimento coletivo distribua um rendimento intercalar, o relatório e contas
semestral deve indicar o resultado deduzido de impostos para o semestre respetivo e montante de
rendimento pago ou a pagar.
4 - O relatório e contas anual contém ainda uma identificação e justificação dos desvios ocorridos em
relação à política geral de exercício dos direitos de voto inerentes às ações detidas pelo organismo de
investimento coletivo, quando, relativamente ao conjunto dos organismos de investimento coletivo sob
gestão, seja ultrapassado 1 % dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade
emitente.
5 - Nos documentos periódicos de prestação de contas de OIA, sempre que tal seja aplicável, é ainda
destacado o comportamento global deste e dos ativos que o compõem, tendo em conta a prossecução
dos seus objetivos e a sua orientação estratégica.
6 - Caso o OIA deva publicar o relatório e contas anual previsto no artigo 245.º do Código dos Valores
Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, só têm de ser prestadas aos
investidores que o solicitem as informações referidas nos n.ºs 1 e 2 que sejam complementares às
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informações constantes daquele relatório e contas anual, quer separadamente, quer como anexo ao
referido relatório e contas.
7 - Em nota anexa ao relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo, as entidades
responsáveis pela gestão dão publicidade aos erros de valorização das unidades de participação do
organismo de investimento coletivo e aos montantes pagos aos organismos de investimento coletivo e
aos participantes com caráter compensatório deles decorrentes.
8 - O relatório do auditor sobre os relatórios e contas anual e semestral dos organismos de investimento
coletivo deve pronunciar-se, nomeadamente, sobre:
a) O adequado cumprimento das políticas de investimentos e de distribuição dos resultados definidas
no regulamento de gestão do organismo de investimento coletivo;
b) A adequada avaliação efetuada pela entidade responsável pela gestão dos ativos e passivos do
organismo de investimento coletivo, em especial no que respeita aos instrumentos financeiros
transacionados no mercado de balcão e aos ativos imobiliários;
c) O controlo das operações com as entidades referidas no n.º 1 do artigo 147.º;
d) O cumprimento dos critérios de valorização definidos nos documentos constitutivos e o cumprimento
do dever previsto no número anterior;
e) O controlo das operações realizadas fora do mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral;
f) O controlo dos movimentos de subscrição e de resgate das unidades de participação;
g) O cumprimento dos deveres de registo relativos aos ativos não financeiros, quando aplicável.
9 - O conteúdo e o formato do relatório e contas anual de OIA obedecem ao disposto no Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013 da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 161.º
Conteúdo dos relatórios e contas e relatórios dos auditores
1 - Os relatórios e contas anuais e semestrais dos organismos de investimento coletivo devem conter
um balanço, uma demonstração de resultados do exercício e respetivos anexos, um relatório de gestão,
incluindo, nomeadamente, a descrição das atividades do exercício e as outras informações previstas
no esquema B do anexo II ao presente Regime Geral e que dele faz parte integrante, bem como todas
as informações significativas que permitam aos investidores formar, com conhecimento de causa, um
juízo sobre a evolução da atividade e os resultados do organismo de investimento coletivo.
2 - O relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo contém ainda:
a) O montante total das remunerações do exercício económico, subdividido em remunerações fixas e
variáveis, pagas pela entidade responsável pela gestão aos seus colaboradores, o número de
beneficiários e, se aplicável, os montantes pagos diretamente pelo próprio organismo de investimento
coletivo, incluindo as comissões de desempenho pagas pelo organismo de investimento coletivo;
b) O montante agregado da remuneração discriminado por categorias de colaboradores, incluindo os
indicados na alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º;
c) A descrição do modo como a remuneração e os benefícios foram calculados;
d) Os resultados da verificação do cumprimento da política e procedimentos de remuneração, a que se
referem as alíneas b) e c) do n.º 1 do anexo i, incluindo as irregularidades ocorridas;
e) As alterações significativas da política de remuneração adotada.
3 - Caso o organismo de investimento coletivo distribua um rendimento intercalar, o relatório e contas
semestral deve indicar o resultado deduzido de impostos para o semestre respetivo e montante de
rendimento pago ou a pagar.
4 - O relatório e contas anual contém ainda uma identificação e justificação dos desvios ocorridos em
relação à política geral de exercício dos direitos de voto inerentes às ações detidas pelo organismo de
investimento coletivo, quando, relativamente ao conjunto dos organismos de investimento coletivo sob
gestão, seja ultrapassado 1 % dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade
emitente.
5 - Nos documentos periódicos de prestação de contas de organismo de investimento alternativo,
sempre que tal seja aplicável, é ainda destacado o comportamento global deste e dos ativos que o
compõem, tendo em conta a prossecução dos seus objetivos e a sua orientação estratégica.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
6 - Caso o organismo de investimento alternativo deva publicar o relatório e contas anual previsto no
artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de
novembro, só têm de ser prestadas aos investidores que o solicitem as informações referidas nos n.ºs 1
e 2 que sejam complementares às informações constantes daquele relatório e contas anual, quer
separadamente, quer como anexo ao referido relatório e contas.
7 - Em nota anexa ao relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo, as entidades
responsáveis pela gestão dão publicidade aos erros de valorização das unidades de participação do
organismo de investimento coletivo e aos montantes pagos aos organismos de investimento coletivo e
aos participantes com caráter compensatório deles decorrentes.
8 - O relatório do auditor sobre o relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo
deve pronunciar-se, nomeadamente, sobre:
a) O adequado cumprimento das políticas de investimentos e de distribuição dos resultados definidas
no regulamento de gestão do organismo de investimento coletivo;
b) A adequada avaliação efetuada pela entidade responsável pela gestão dos ativos e passivos do
organismo de investimento coletivo, em especial no que respeita aos instrumentos financeiros
transacionados fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação multilateral e aos ativos
imobiliários;
c) O controlo das operações com as entidades referidas no n.º 1 do artigo 147.º;
d) O cumprimento dos critérios de valorização definidos nos documentos constitutivos e o cumprimento
do dever previsto no número anterior;
e) O controlo das operações realizadas fora do mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral;
f) O controlo dos movimentos de subscrição e de resgate das unidades de participação;
g) O cumprimento dos deveres de registo relativos aos ativos não financeiros, quando aplicável.
9 - O conteúdo e o formato do relatório e contas anual de organismo de investimento alternativo
obedecem ao disposto no Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013 da Comissão Europeia, de 19 de
dezembro de 2012.
Artigo 161.º
Conteúdo dos relatórios e contas e relatórios dos auditores
1 - Os relatórios e contas anuais e semestrais dos organismos de investimento coletivo devem conter
um balanço, uma demonstração de resultados do exercício e respetivos anexos, um relatório de gestão,
incluindo, nomeadamente, a descrição das atividades do exercício e as outras informações previstas
no esquema B do anexo II ao presente Regime Geral e que dele faz parte integrante, bem como todas
as informações significativas que permitam aos investidores formar, com conhecimento de causa, um
juízo sobre a evolução da atividade e os resultados do organismo de investimento coletivo.
2 - O relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo contém ainda:
a) O montante total das remunerações do exercício económico, subdividido em remunerações fixas e
variáveis, pagas pela entidade responsável pela gestão aos seus colaboradores, o número de
beneficiários e, se aplicável, as comissões de desempenho pagas pelo organismo de investimento
coletivo;
b) O montante agregado da remuneração repartido pelos membros executivos dos órgãos sociais e
pelos restantes colaboradores da entidade responsável pela gestão cujas atividades tenham um impacto
significativo no perfil de risco do organismo de investimento coletivo.
3 - Caso o organismo de investimento coletivo distribua um rendimento intercalar, o relatório e contas
semestral deve indicar o resultado deduzido de impostos para o semestre respetivo e montante de
rendimento pago ou a pagar.
4 - O relatório e contas anual contém ainda uma identificação e justificação dos desvios ocorridos em
relação à política geral de exercício dos direitos de voto inerentes às ações detidas pelo organismo de
investimento coletivo, quando, relativamente ao conjunto dos organismos de investimento coletivo sob
gestão, seja ultrapassado 1 % dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade
emitente.
5 - Nos documentos periódicos de prestação de contas de organismo de investimento alternativo,
sempre que tal seja aplicável, é ainda destacado o comportamento global deste e dos ativos que o
compõem, tendo em conta a prossecução dos seus objetivos e a sua orientação estratégica.
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6 - Caso o organismo de investimento alternativo deva publicar o relatório e contas anual previsto no
artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de
novembro, só têm de ser prestadas aos investidores que o solicitem as informações referidas nos n.ºs 1
e 2 que sejam complementares às informações constantes daquele relatório e contas anual, quer
separadamente, quer como anexo ao referido relatório e contas.
7 - Em nota anexa ao relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo, as entidades
responsáveis pela gestão dão publicidade aos erros de valorização das unidades de participação do
organismo de investimento coletivo e aos montantes pagos aos organismos de investimento coletivo e
aos participantes com caráter compensatório deles decorrentes.
8 - O relatório do auditor sobre o relatório e contas anual dos organismos de investimento coletivo
deve pronunciar-se, nomeadamente, sobre:
a) O adequado cumprimento das políticas de investimentos e de distribuição dos resultados definidas
no regulamento de gestão do organismo de investimento coletivo;
b) A adequada avaliação efetuada pela entidade responsável pela gestão dos ativos e passivos do
organismo de investimento coletivo, em especial no que respeita aos instrumentos financeiros
transacionados fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação multilateral e aos ativos
imobiliários;
c) O controlo das operações com as entidades referidas no n.º 1 do artigo 147.º;
d) O cumprimento dos critérios de valorização definidos nos documentos constitutivos e o cumprimento
do dever previsto no número anterior;
e) O controlo das operações realizadas fora do mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral;
f) O controlo dos movimentos de subscrição e de resgate das unidades de participação;
g) O cumprimento dos deveres de registo relativos aos ativos não financeiros, quando aplicável.
9 - O conteúdo e o formato do relatório e contas anual de organismo de investimento alternativo
obedecem ao disposto no Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013 da Comissão Europeia, de 19 de
dezembro de 2012.
Artigo 162.º
Composição da carteira
A entidade responsável pela gestão publica e envia à CMVM a composição discriminada da carteira de
cada organismo de investimento coletivo, o respetivo valor líquido global e o número de unidades de
participação em circulação e outros elementos de informação nos termos de regulamento da CMVM.
Artigo 162.º-A
Factos relevantes
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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SUBSECÇÃO IV
Divulgação
Artigo 163.º
Divulgação
1 - O prospeto, os últimos relatórios e contas anuais e semestrais são publicados e, juntamente com o
documento com as informações fundamentais destinadas aos investidores, são facultados gratuitamente
aos investidores num suporte duradouro ou através de um sítio na Internet.
2 - As alterações aos documentos referidos no número anterior são igualmente abrangidas pelos deveres
de publicação e de disponibilização aí previstos.
3 - É ainda facultada gratuitamente uma cópia em papel dos documentos referidos nos números
anteriores aos investidores que o solicitarem.
4 - As entidades responsáveis pela gestão disponibilizam, igualmente, no respetivo sítio na Internet uma
versão atualizada do documento com as informações fundamentais destinadas aos investidores e do
prospeto.
5 - A disponibilização do documento com as informações fundamentais destinadas aos investidores e
do prospeto em suporte duradouro diferente do papel ou através da Internet obedece às condições
estabelecidas no Regulamento (UE) n.º 583/2010, de 1 de julho de 2010.
6 - A publicação dos relatórios e contas e os respetivos relatórios do auditor pode ser substituída pela
divulgação de um aviso com a menção de que os documentos se encontram à disposição do público nos
locais indicados no prospeto e no documento com as informações fundamentais destinadas aos
investidores e que os mesmos podem ser enviados sem encargos aos participantes que o requeiram.
Artigo 164.º
Comunicação às autoridades competentes
1 - A entidade responsável pela gestão envia para o sistema de difusão de informação da CMVM,
previsto no artigo 367.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de
13 de novembro, os documentos referidos nos n.ºs 1 e 4 do artigo anterior no momento da sua
divulgação, caso não seja este o meio de divulgação escolhido.
2 - A sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário faculta, quando solicitado, à CMVM, o
prospeto e respetivas alterações, bem como o relatório e contas anual e semestral, relativos a organismos
de investimento coletivo em valores mobiliários da União Europeia por si geridos.
Artigo 165.º
Divulgação no sítio da CMVM na Internet
A CMVM divulga e mantém atualizadas no seu sítio na Internet as disposições legais e regulamentares
relativas à constituição, funcionamento e vicissitudes dos organismos de investimento coletivo, assim
como uma versão traduzida em inglês.
SECÇÃO III
Agrupamentos, garantias e índices
Artigo 166.º
Agrupamentos e garantias
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Artigo 167.º
Índices
Para efeitos do disposto no presente Regime Geral, os índices a reproduzir, total ou parcialmente, pelos
organismos de investimento coletivo apresentam as seguintes características:
a) São suficientemente diversificados, de modo que a sua composição seja tal que os movimentos de
preço ou as atividades de negociação relativas a um ativo não influenciem indevidamente o desempenho
global do índice;
b) Representam um padrão de referência adequado em relação aos mercados a que dizem respeito,
devendo para o efeito:
i) O seu processo de publicação assentar em procedimentos sólidos para recolher preços, calcular e,
posteriormente, publicar o valor do índice, incluindo o método de determinação do valor dos ativos para
os quais o preço de mercado não se encontra disponível;
ii) Ser prestadas, numa base alargada e em tempo útil, informações relevantes sobre assuntos como as
metodologias de cálculo e de reformulação dos índices, as alterações dos índices ou quaisquer
dificuldades operacionais na prestação de informações atempadas ou exatas.
CAPÍTULO II
Da atividade dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários
SECÇÃO I
Património
SUBSECÇÃO I
Ativos elegíveis e gestão
Artigo 168.º
Valores mobiliários
i) Apresentem uma liquidez que não comprometa a capacidade do organismo de investimento coletivo
em valores mobiliários de satisfazer os pedidos de resgate;
ii) Estejam disponíveis informações adequadas sobre os mesmos, incluindo informações periódicas,
exatas e completas sobre o valor mobiliário prestadas ao mercado ou, no caso dos valores mobiliários
referidos no n.º 7 do artigo 172.º, ao organismo de investimento coletivo em valores mobiliários;
iii) No caso de valores mobiliários referidos no n.º 1 do artigo 172.º, existam, em relação a eles, preços
exatos, confiáveis e periódicos, de mercado ou disponibilizados por sistemas de avaliação
independentes dos emitentes;
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iv) No caso de outros valores mobiliários, sejam objeto de avaliação periódica com base nas informações
sobre o valor mobiliário facultadas pelo emitente, em estudos de investimento adequados, ou em
metodologias universalmente reconhecidas;
2 - Consideram-se na situação prevista na alínea a) do número anterior, salvo informações obtidas pela
entidade responsável pela gestão que conduzam a conclusão diferente, os valores mobiliários admitidos
à negociação ou negociados num mercado regulamentado.
Artigo 169.º
Instrumentos do mercado monetário
4 - São entendidos como instrumentos do mercado monetário líquidos os instrumentos financeiros que
podem ser vendidos com custos limitados num prazo adequadamente curto, tendo em conta a obrigação
da entidade responsável pela gestão de satisfazer os pedidos de resgate.
5 - São entendidos como instrumentos do mercado monetário cujo valor pode ser determinado com
exatidão em qualquer momento aqueles para os quais estão disponíveis sistemas de avaliação exatos e
fiáveis que:
6 - Considera-se que os critérios referidos nos n.ºs 4 e 5 são respeitados no caso de instrumentos
financeiros que são normalmente negociados no mercado monetário, conforme referidos no n.º 1, e que
são admitidos à negociação ou negociados num mercado regulamentado, em conformidade com a alínea
a) do n.º 1 do artigo 172.º, exceto se a entidade responsável pela gestão disponha de informações que
conduzam a uma conclusão diferente.
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Artigo 170.º
Instrumentos financeiros derivados
a) Não resultem na entrega ou transferência de ativos para além dos previstos como admissíveis no
artigo 172.º, incluindo numerário;
b) Cumpram os critérios aplicáveis aos instrumentos financeiros derivados negociados fora de mercado
regulamentado estabelecidos nos n.ºs 2 e 3 e nas subalíneas ii) e iii) da alínea e) do n.º 1 do artigo 172.º;
c) Os seus riscos sejam devidamente tidos em conta pelo processo de gestão de riscos do OICVM, bem
como pelos seus mecanismos internos de controlo no caso de risco de assimetria das informações entre
o OICVM e a contraparte do derivado de crédito, resultante da possibilidade de acesso da contraparte a
informações não públicas sobre as sociedades a cujos ativos os derivados de crédito fazem referência.
2 - Para efeitos da subalínea iii) da alínea e) do n.º 1 do artigo 172.º entende-se por justo valor o montante
pelo qual um instrumento financeiro pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes que atuam
com pleno conhecimento de causa e de livre vontade, no quadro de uma operação em que não existe
relacionamento entre as partes.
3 - Para efeitos da subalínea iii) da alínea e) do n.º 1 do artigo 172.º entende-se por avaliação fiável e
verificável a avaliação, pelo OICVM, correspondente ao justo valor, conforme referido no n.º 2, que
não dependa só do preço indicado pela contraparte e que cumpra os seguintes critérios:
a) Assenta num valor de mercado atualizado fiável do instrumento ou, se esse valor não se encontrar
disponível, num modelo de determinação do valor que utilize uma metodologia universalmente
reconhecida;
b) A sua verificação é realizada por:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 170.º
Instrumentos financeiros derivados
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que atuam com pleno conhecimento de causa e de livre vontade, no quadro de uma operação em que
não existe relacionamento entre as partes.
3 - Para efeitos da subalínea iii) da alínea e) do n.º 1 do artigo 172.ºentende-se por avaliação fiável e
verificável a avaliação, pelo organismo de investimento coletivo em valores mobiliários,
correspondente ao justo valor, conforme referido no n.º 2, que não dependa só do preço indicado pela
contraparte e que cumpra os seguintes critérios:
a) Assenta num valor de mercado atualizado fiável do instrumento ou, se esse valor não se encontrar
disponível, num modelo de determinação do valor que utilize uma metodologia universalmente
reconhecida;
b) A sua verificação é realizada por:
i) Um terceiro considerado adequado, independente da contraparte do instrumento financeiro derivado
negociado fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação multilateral e com uma
frequência apropriada; ou
ii) Um serviço da entidade responsável pela gestão independente do departamento responsável pela
gestão dos ativos, devidamente equipado para o efeito.
4 - A referência a instrumentos financeiros líquidos exclui os instrumentos financeiros derivados sobre
mercadorias.
Artigo 171.º
Índices financeiros
1 - Quando o índice financeiro integre ativos referidos no n.º 1 do artigo 172.º, a sua composição é, no
mínimo, diversificada em conformidade com o artigo 178.º
2 - Quando o índice financeiro integre ativos além dos referidos no n.º 1 do artigo 172.º, a sua
composição apresenta uma diversificação equivalente à prevista no artigo 178.º
3 - O índice deve ser revisto ou reformulado periodicamente para garantir que continua a refletir os
mercados a que diz respeito, em função de critérios publicamente disponíveis.
4 - Os ativos subjacentes dos índices financeiros são suficientemente líquidos, permitindo, com base na
informação divulgada nos termos da alínea c) do artigo 167.º, a reprodução dos índices pelos
investidores.
5 - São instrumentos financeiros derivados sobre uma combinação dos ativos referidos na alínea e) do
n.º 1 do artigo 172.º aqueles que, não cumprindo os critérios estabelecidos nos números anteriores e no
artigo 167.º, preenchem os critérios estabelecidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 172.º, com exceção dos
índices financeiros.
Artigo 172.º
Ativos elegíveis
1 - As carteiras dos OICVM são constituídas por ativos líquidos que sejam:
i) Sejam organismos de investimento coletivo que invistam nos ativos referidos na presente subsecção;
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ii) Sejam autorizados ao abrigo de legislação que os sujeite a um regime de supervisão que a CMVM
considere equivalente à prevista no presente Regime Geral, e que esteja assegurada a cooperação com
as autoridades competentes para a supervisão;
iii) Assegurem aos participantes um nível de proteção equivalente ao que resulta do presente Regime
Geral, nomeadamente no que diz respeito a segregação de ativos, contração e concessão de empréstimos
e vendas a descoberto de valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário;
iv) Elaborem relatório e contas anual e semestral que permitam uma avaliação do seu ativo e passivo,
bem como das suas receitas e operações; e
v) Tais OICVM ou outros organismos de investimento coletivo não possam, nos termos dos respetivos
documentos constitutivos, investir mais de 10 % dos seus ativos em unidades de participação de outros
organismos de investimento coletivo;
d) Depósitos bancários à ordem ou a prazo não superior a 12 meses e que sejam suscetíveis de
mobilização antecipada, junto de instituições de crédito com sede em Estado membro ou num país
terceiro, desde que, neste caso, sujeitas a normas prudenciais equivalentes às que constam do direito da
União Europeia;
e) Instrumentos financeiros derivados negociados nos mercados regulamentados referidos na alínea a),
ou instrumentos financeiros derivados transacionados no mercado de balcão, desde que:
i) Os ativos subjacentes sejam abrangidos pelo presente número, instrumentos financeiros que possuam
pelo menos uma característica desses ativos, ou sejam índices financeiros, taxas de juro, de câmbio ou
divisas nos quais o OICVM possa efetuar as suas aplicações, nos termos dos documentos constitutivos;
ii) As contrapartes nas operações sejam instituições autorizadas e sujeitas a supervisão prudencial, de
acordo com critérios definidos pela legislação da União Europeia, ou sujeitas a regras prudenciais
equivalentes; e
iii) Os instrumentos estejam sujeitos a avaliação diária fiável e verificável e possam ser vendidos,
liquidados ou encerrados a qualquer momento pelo seu justo valor, por iniciativa do OICVM.
f) Instrumentos do mercado monetário não negociados nos mercados regulamentados referidos na alínea
a), cuja emissão ou emitente seja objeto de regulamentação para efeitos de proteção dos investidores ou
da poupança, desde que:
i) Respeitem um dos critérios estabelecidos nos n.ºs 2 e 3 do artigo 169.º e todos os critérios
estabelecidos nos n.ºs 4 e 5 desse mesmo artigo;
ii) Estejam disponíveis informações adequadas sobre os mesmos, incluindo informações que permitem
uma avaliação apropriada dos riscos de crédito relacionados com o investimento em tais instrumentos,
tendo em conta a alínea c) do n.º 2, e os n.ºs 4 e 6;
iii) Sejam livremente transmissíveis.
a) Emitidos ou garantidos por órgãos da administração central, regional ou local, ou pelo banco central
de um Estado membro, pelo Banco Central Europeu, pela União Europeia, pelo Banco Europeu de
Investimento, por um país terceiro ou, no caso de um Estado federal, por um dos Estados que compõem
a federação, ou por uma instituição internacional de caráter público a que pertençam um ou mais Estados
membros;
b) Emitidos por entidade emitente de valores mobiliários admitidos à negociação num dos mercados
regulamentados referidos na alínea a) do número anterior;
c) Emitidos ou garantidos por uma instituição sujeita a supervisão prudencial, de acordo com critérios
definidos pela legislação da União Europeia, ou sujeita a regras prudenciais equivalentes, desde que
exista:
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iii) Disponibilidade de estatísticas fiáveis sobre a emissão ou o programa de emissão ou outros dados
que permitam uma avaliação adequada dos riscos de crédito relacionados com o investimento nesses
instrumentos;
i) Seja uma entidade com capital e reservas de montante mínimo de (euro) 10 000 000 que apresente e
publique as suas contas anuais em conformidade com a Diretiva n.º 2013/34/UEdo Parlamento Europeu
e do Conselho, de 26 de junho de 2013;
ii) Seja uma entidade que, dentro de um grupo que inclua diversas entidades cotadas, se especialize no
financiamento do grupo; ou
iii) Seja uma entidade especializada no financiamento de veículos de titularização com os quais celebre
contratos de abertura de crédito.
a) Os veículos de titularização são estruturas, na forma societária, de trust ou contratual, criadas para
fins de operações de titularização;
b) Os contratos de abertura de crédito são celebrados com uma instituição que cumpre o disposto na
alínea c) do número anterior.
4 - Relativamente a todos os instrumentos do mercado monetário abrangidos pela alínea a) do n.º 2, com
exceção dos referidos no n.º 6 e dos emitidos pelo Banco Central Europeu ou por um banco central de
um Estado membro, as informações adequadas, conforme referidas na subalínea ii) da alínea f) do n.º
1, consistem nas informações sobre a emissão ou o programa de emissão ou sobre a situação jurídica e
financeira do emitente anterior à emissão do instrumento de mercado monetário.
5 - A referência da alínea c) do n.º 2 a uma instituição objeto de supervisão prudencial que respeite
regras prudenciais consideradas pelas autoridades competentes como sendo, pelo menos, tão rigorosas
como as previstas pelo direito da União Europeia é entendida como uma referência a um emitente que
é objeto de supervisão prudencial, respeita regras prudenciais e cumpre um dos seguintes critérios:
6 - Para efeitos dos instrumentos do mercado monetário referidos nas alíneas b) e d) do n.º 2, bem como
para os emitidos por uma autoridade local ou regional de um Estado membro ou por um organismo
público internacional, mas que não são garantidos por um Estado membro ou, no caso de um Estado
federal, por um dos Estados que compõem a federação, por um dos membros que compõem a federação,
as informações adequadas, em conformidade com o referido na subalínea ii) da alínea f) do n.º 1
consistem em:
7 - Um OICVM pode investir até 10% do seu valor líquido global em valores mobiliários e instrumentos
do mercado monetário diferentes dos referidos no n.º 1, salvo os mencionados no número seguinte.
8 - Não podem ser adquiridos para os OICVM metais preciosos nem certificados representativos destes.
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Artigo 172.º
Ativos elegíveis
1 - As carteiras dos OICVM são constituídas por ativos líquidos que sejam:
a) Valores mobiliários e instrumentos de mercado monetário:
i) Admitidos à negociação ou negociados em mercado regulamentado de Estado membro, na aceção
do artigo 199.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de
novembro, ou em outro mercado regulamentado de um Estado membro com funcionamento regular,
reconhecido e aberto ao público;
ii) Admitidos à negociação ou negociados num outro mercado regulamentado de país terceiro, com
funcionamento regular, reconhecido e aberto ao público, desde que a escolha desse mercado seja
autorizada pela CMVM ou esteja prevista nos documentos constitutivos;
b) Valores mobiliários recentemente emitidos, desde que as condições de emissão incluam o
compromisso de que é apresentado o pedido de admissão à negociação num dos mercados referidos na
alínea anterior e desde que tal admissão seja obtida no prazo de um ano a contar da data da emissão;
c) Unidades de participação de OICVM autorizados nos termos do presente Regime Geral ou de
legislação de outro Estado membro que transponha a Diretiva nº 2009/65/CE do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 13 de julho de 2009, ou de outros organismos de investimento coletivo, estabelecidos
ou não num Estado membro, desde que:
i) Sejam organismos de investimento coletivo que invistam nos ativos referidos na presente subsecção;
ii) Sejam autorizados ao abrigo de legislação que os sujeite a um regime de supervisão que a CMVM
considere equivalente à prevista no presente Regime Geral, e que esteja assegurada a cooperação com
as autoridades competentes para a supervisão;
iii) Assegurem aos participantes um nível de proteção equivalente ao que resulta do presente Regime
Geral, nomeadamente no que diz respeito a segregação de ativos, contração e concessão de
empréstimos e vendas a descoberto de valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário;
iv) Elaborem relatório e contas anual e semestral que permitam uma avaliação do seu ativo e passivo,
bem como das suas receitas e operações; e
v) Tais OICVM ou outros organismos de investimento coletivo não possam, nos termos dos respetivos
documentos constitutivos, investir mais de 10 % dos seus ativos em unidades de participação de outros
organismos de investimento coletivo;
d) Depósitos bancários à ordem ou a prazo não superior a 12 meses e que sejam suscetíveis de
mobilização antecipada, junto de instituições de crédito com sede em Estado membro ou num país
terceiro, desde que, neste caso, sujeitas a normas prudenciais equivalentes às que constam do direito
da União Europeia;
e) Instrumentos financeiros derivados negociados nos mercados regulamentados referidos na alínea
a), ou instrumentos financeiros derivados transacionados no mercado de balcão, desde que:
i) Os ativos subjacentes sejam abrangidos pelo presente número, instrumentos financeiros que possuam
pelo menos uma característica desses ativos, ou sejam índices financeiros, taxas de juro, de câmbio ou
divisas nos quais o OICVM possa efetuar as suas aplicações, nos termos dos documentos constitutivos;
ii) As contrapartes nas operações sejam instituições autorizadas e sujeitas a supervisão prudencial, de
acordo com critérios definidos pela legislação da União Europeia, ou sujeitas a regras prudenciais
equivalentes; e
iii) Os instrumentos estejam sujeitos a avaliação diária fiável e verificável e possam ser vendidos,
liquidados ou encerrados a qualquer momento pelo seu justo valor, por iniciativa do OICVM;
f) Instrumentos do mercado monetário não negociados nos mercados regulamentados referidos na
alínea a), cuja emissão ou emitente seja objeto de regulamentação para efeitos de proteção dos
investidores ou da poupança, desde que:
i) Respeitem um dos critérios estabelecidos nos n.ºs 2 e 3 do artigo 169.º e todos os critérios
estabelecidos nos n.ºs 4 e 5 desse mesmo artigo;
ii) Estejam disponíveis informações adequadas sobre os mesmos, incluindo informações que permitem
uma avaliação apropriada dos riscos de crédito relacionados com o investimento em tais instrumentos,
tendo em conta a alínea c) do n.º 2, e os n.ºs 4 e 6;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
b) Atualizações das informações referidas na alínea anterior numa base periódica e sempre que ocorra
um desenvolvimento significativo;
c) Verificação das informações referidas na alínea a) por terceiros devidamente qualificados não
sujeitos a instruções do emitente;
d) Disponibilidade de estatísticas fiáveis sobre a emissão ou os programas de emissão.
7 - Um OICVM pode investir até 10 % do seu valor líquido global em valores mobiliários e instrumentos
do mercado monetário diferentes dos referidos no n.º 1, salvo os mencionados no número seguinte.
8 - Não podem ser adquiridos para os OICVM metais preciosos nem certificados representativos destes.
9 - Os organismos de investimento coletivo sob forma societária podem adquirir os bens móveis e
imóveis indispensáveis ao exercício direto da sua atividade.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 172.º
Ativos elegíveis
1 - As carteiras dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários são constituídas por
ativos líquidos que sejam:
a) Valores mobiliários e instrumentos de mercado monetário:
i) Admitidos à negociação ou negociados em mercado regulamentado de Estado membro, na aceção
dos artigos 199.º e 209.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de
13 de novembro, ou em outro mercado regulamentado de um Estado membro com funcionamento
regular, reconhecido e aberto ao público;
ii) Admitidos à negociação ou negociados num outro mercado regulamentado de país terceiro, com
funcionamento regular, reconhecido e aberto ao público, desde que a escolha desse mercado seja
autorizada pela CMVM ou esteja prevista nos documentos constitutivos;
b) Valores mobiliários recentemente emitidos, desde que as condições de emissão incluam o
compromisso de que é apresentado o pedido de admissão à negociação num dos mercados referidos na
alínea anterior e desde que tal admissão seja obtida no prazo de um ano a contar da data da emissão;
c) Unidades de participação de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários
autorizados nos termos do presente Regime Geral ou de legislação de outro Estado membro que
transponha a Diretiva n.º 2009/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho de 2009,
ou de outros organismos de investimento coletivo, estabelecidos ou não num Estado membro, desde
que:
i) Sejam organismos de investimento coletivo que invistam nos ativos referidos na presente subsecção;
ii) Sejam autorizados ao abrigo de legislação que os sujeite a um regime de supervisão que a CMVM
considere equivalente à prevista no presente Regime Geral, e que esteja assegurada a cooperação com
as autoridades competentes para a supervisão;
iii) Assegurem aos participantes um nível de proteção equivalente ao que resulta do presente Regime
Geral, nomeadamente no que diz respeito a segregação de ativos, contração e concessão de
empréstimos e vendas a descoberto de valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário;
iv) Elaborem relatório e contas anual e semestral que permitam uma avaliação do seu ativo e passivo,
bem como das suas receitas e operações; e
v) Tais organismos de investimento coletivo em valores mobiliários ou outros organismos de
investimento coletivo não possam, nos termos dos respetivos documentos constitutivos, investir mais de
10 % dos seus ativos em unidades de participação de outros organismos de investimento coletivo;
d) Depósitos bancários à ordem ou a prazo não superior a 12 meses e que sejam suscetíveis de
mobilização antecipada, junto de instituições de crédito com sede em Estado membro ou num país
terceiro, desde que, neste caso, sujeitas a normas prudenciais equivalentes às que constam do direito
da União Europeia;
e) Instrumentos financeiros derivados negociados nos mercados regulamentados referidos na alínea
a), ou instrumentos financeiros derivados transacionados fora de mercado regulamentado e de sistema
de negociação multilateral, desde que:
i) Os ativos subjacentes sejam abrangidos pelo presente número, instrumentos financeiros que possuam
pelo menos uma característica desses ativos, ou sejam índices financeiros, taxas de juro, de câmbio ou
divisas nos quais o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários possa efetuar as suas
aplicações, nos termos dos documentos constitutivos;
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
ii) As contrapartes nas operações sejam instituições autorizadas e sujeitas a supervisão prudencial, de
acordo com critérios definidos pela legislação da União Europeia, ou sujeitas a regras prudenciais
equivalentes; e
iii) Os instrumentos estejam sujeitos a avaliação diária fiável e verificável e possam ser vendidos,
liquidados ou encerrados a qualquer momento pelo seu justo valor, por iniciativa do organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários.
f) Instrumentos do mercado monetário não negociados nos mercados regulamentados referidos na
alínea a), cuja emissão ou emitente seja objeto de regulamentação para efeitos de proteção dos
investidores ou da poupança, desde que:
i) Respeitem um dos critérios estabelecidos nos n.ºs 2 e 3 do artigo 169.º e todos os critérios
estabelecidos nos n.ºs 4 e 5 desse mesmo artigo;
ii) Estejam disponíveis informações adequadas sobre os mesmos, incluindo informações que permitem
uma avaliação apropriada dos riscos de crédito relacionados com o investimento em tais instrumentos,
tendo em conta a alínea c) do n.º 2, e os n.ºs 4 e 6;
iii) Sejam livremente transmissíveis.
2 - Consideram-se incluídos na alínea f) do número anterior, quando cumpram os requisitos ali
estabelecidos, os instrumentos do mercado monetário:
a) Emitidos ou garantidos por órgãos da administração central, regional ou local, ou pelo banco
central de um Estado membro, pelo Banco Central Europeu, pela União Europeia, pelo Banco Europeu
de Investimento, por um país terceiro ou, no caso de um Estado federal, por um dos Estados que
compõem a federação, ou por uma instituição internacional de caráter público a que pertençam um ou
mais Estados membros;
b) Emitidos por entidade emitente de valores mobiliários admitidos à negociação num dos mercados
regulamentados referidos na alínea a) do número anterior;
c) Emitidos ou garantidos por uma instituição sujeita a supervisão prudencial, de acordo com critérios
definidos pela legislação da União Europeia, ou sujeita a regras prudenciais equivalentes, desde que
exista:
i) Informação sobre a emissão ou o programa de emissão ou sobre a situação jurídica e financeira do
emitente anterior à emissão do instrumento de mercado monetário;
ii) Atualização das informações referidas na subalínea anterior numa base periódica e sempre que
ocorra um desenvolvimento significativo;
iii) Disponibilidade de estatísticas fiáveis sobre a emissão ou o programa de emissão ou outros dados
que permitam uma avaliação adequada dos riscos de crédito relacionados com o investimento nesses
instrumentos;
d) Emitidos por outras entidades, reconhecidas pela CMVM, desde que o investimento nesses valores
confira aos investidores uma proteção equivalente à referida nas alíneas a) a c) e o emitente:
i) Seja uma entidade com capital e reservas de montante mínimo de (euro) 10 000 000 que apresente e
publique as suas contas anuais em conformidade com a Diretiva n.º 2013/34/UE do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013;
ii) Seja uma entidade que, dentro de um grupo que inclua diversas entidades cotadas, se especialize no
financiamento do grupo; ou
iii) Seja uma entidade especializada no financiamento de veículos de titularização com os quais celebre
contratos de abertura de crédito.
3 - Para efeitos da alínea d) do número anterior, considera-se que:
a) Os veículos de titularização são estruturas, na forma societária, de trust ou contratual, criadas para
fins de operações de titularização;
b) Os contratos de abertura de crédito são celebrados com uma instituição que cumpre o disposto na
alínea c) do número anterior.
4 - Relativamente a todos os instrumentos do mercado monetário abrangidos pela alínea a) do n.º 2,
com exceção dos referidos no n.º 6 e dos emitidos pelo Banco Central Europeu ou por um banco central
de um Estado membro, as informações adequadas, conforme referidas na subalínea ii) da alínea f) do
n.º 1, consistem nas informações sobre a emissão ou o programa de emissão ou sobre a situação
jurídica e financeira do emitente anterior à emissão do instrumento de mercado monetário.
5 - A referência da alínea c) do n.º 2 a uma instituição objeto de supervisão prudencial que respeite
regras prudenciais consideradas pelas autoridades competentes como sendo, pelo menos, tão rigorosas
como as previstas pelo direito da União Europeia é entendida como uma referência a um emitente que
é objeto de supervisão prudencial, respeita regras prudenciais e cumpre um dos seguintes critérios:
a) Encontra-se localizado no espaço económico europeu;
b) Encontra-se localizado num país da OCDE pertencente ao Grupo dos 10;
290
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Artigo 173.º
Técnicas e instrumentos de gestão
1 - A entidade responsável pela gestão pode utilizar técnicas e instrumentos ligados a valores mobiliários
e instrumentos do mercado monetário, nas condições e dentro dos limites que fixarem nos documentos
constitutivos, desde que essas técnicas e instrumentos sejam utilizados para efeitos de uma gestão eficaz
da carteira, nos termos definidos no presente Regime Geral ou em regulamento da CMVM.
2 - A referência a técnicas e instrumentos relacionados com valores mobiliários e instrumentos do
mercado monetário para efeitos de uma gestão eficaz da carteira é entendida como uma referência a
técnicas e instrumentos que:
a) Sejam economicamente adequados, na medida em que a sua aplicação apresente uma boa relação
entre o custo e a eficácia;
b) Contribuam para prosseguir, pelo menos, um dos seguintes objetivos específicos:
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a) Em virtude desse ativo, alguns ou todos os fluxos de caixa que de outra forma seriam exigidos pelo
valor mobiliário que funciona como contrato de base podem ser alterados em função de uma taxa de
juro especificada, de um preço de instrumentos financeiros, de uma taxa de câmbio, de um índice de
preços ou taxas, de uma notação do risco de crédito, de um índice de crédito ou de outra variável e, por
conseguinte, variam de forma semelhante a um derivado autónomo;
b) As suas características económicas e riscos não têm uma relação estreita com as características
económicas e os riscos do contrato de base;
c) Tem um impacte significativo sobre o perfil de risco e a determinação do preço do valor mobiliário.
10 - Os instrumentos do mercado monetário que cumpram um dos critérios estabelecidos nos n.ºs 2 e 3
do artigo 169.º e todos os critérios estabelecidos nos n.ºs 4 e 5 do mesmo artigo e que contenham um
ativo que cumpra os critérios estabelecidos no número anterior são considerados instrumentos do
mercado monetário com um derivado incorporado.
11 - Considera-se que um valor mobiliário ou um instrumento de mercado monetário não incorpora um
derivado se contiver um elemento que é contratualmente transmissível, independentemente do valor
mobiliário ou do instrumento de mercado monetário, sendo esse elemento considerado um instrumento
financeiro distinto.
12 - A entidade responsável pela gestão utiliza processos de gestão de riscos que lhe permitam em
qualquer momento controlar e avaliar as suas posições em instrumentos financeiros derivados e a
respetiva contribuição para o perfil de risco geral da carteira, os quais permitem uma avaliação precisa
e independente dos instrumentos financeiros derivados negociados no mercado de balcão.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 173.º
Técnicas e instrumentos de gestão
1 - A entidade responsável pela gestão pode utilizar técnicas e instrumentos ligados a valores
mobiliários e instrumentos do mercado monetário, nas condições e dentro dos limites que fixarem nos
documentos constitutivos, desde que essas técnicas e instrumentos sejam utilizados para efeitos de uma
gestão eficaz da carteira, nos termos definidos no presente Regime Geral ou em regulamento da
CMVM.
2 - A referência a técnicas e instrumentos relacionados com valores mobiliários e instrumentos do
mercado monetário para efeitos de uma gestão eficaz da carteira é entendida como uma referência a
técnicas e instrumentos que:
a) Sejam economicamente adequados, na medida em que a sua aplicação apresente uma boa relação
entre o custo e a eficácia;
b) Contribuam para prosseguir, pelo menos, um dos seguintes objetivos específicos:
i) Redução dos riscos;
ii) Redução dos custos;
iii) Disponibilização de capital ou rendimento adicional para o organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários com um nível de risco coerente com o perfil de risco do organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários e com as regras de diversificação dos riscos estabelecidas no artigo
176.º.
3 - As técnicas e os instrumentos que cumpram os critérios estabelecidos no número anterior e que
sejam relacionados com instrumentos do mercado monetário são considerados técnicas e instrumentos
relacionados com instrumentos do mercado monetário para efeitos de uma gestão eficaz da carteira.
292
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4 - A entidade responsável pela gestão comunica regularmente à CMVM a utilização das técnicas e
instrumentos, incluindo o tipo de instrumentos financeiros derivados, os riscos subjacentes, os limites
quantitativos e os métodos utilizados para calcular os riscos associados à transação de instrumentos
financeiros derivados por cada organismo de investimento coletivo em valores mobiliários.
5 - A exposição global de cada organismo de investimento coletivo em valores mobiliários em
instrumentos financeiros derivados não pode exceder o seu valor líquido global.
6 - A exposição a que se refere o número anterior é calculada tendo em conta o valor dos ativos
subjacentes e os respetivos riscos, nomeadamente, se aplicável, o risco de contraparte, os futuros
movimentos do mercado e o tempo disponível para liquidar as posições.
7 - Sempre que um valor mobiliário ou instrumento do mercado monetário incorpore instrumentos
financeiros derivados, estes últimos são tidos em conta para efeitos do cálculo dos limites impostos à
utilização de instrumentos financeiros derivados.
8 - São entendidos como valores mobiliários com incorporação de um derivado os instrumentos
financeiros que cumpram os critérios estabelecidos no n.º 1 do artigo 168.º e que contenham um ativo
subjacente que cumpra os seguintes critérios:
a) Em virtude desse ativo, alguns ou todos os fluxos de caixa que de outra forma seriam exigidos pelo
valor mobiliário que funciona como contrato de base podem ser alterados em função de uma taxa de
juro especificada, de um preço de instrumentos financeiros, de uma taxa de câmbio, de um índice de
preços ou taxas, de uma notação do risco de crédito, de um índice de crédito ou de outra variável e,
por conseguinte, variam de forma semelhante a um derivado autónomo;
b) As suas características económicas e riscos não têm uma relação estreita com as características
económicas e os riscos do contrato de base;
c) Tem um impacte significativo sobre o perfil de risco e a determinação do preço do valor mobiliário.
9 - Os instrumentos do mercado monetário que cumpram um dos critérios estabelecidos nos n.ºs 2 e 3
do artigo 169.º e todos os critérios estabelecidos nos n.ºs 4 e 5 do mesmo artigo e que contenham um
ativo que cumpra os critérios estabelecidos no número anterior são considerados instrumentos do
mercado monetário com um derivado incorporado.
10 - Considera-se que um valor mobiliário ou um instrumento de mercado monetário não incorpora
um derivado se contiver um elemento que é contratualmente transmissível, independentemente do valor
mobiliário ou do instrumento de mercado monetário, sendo esse elemento considerado um instrumento
financeiro distinto.
11 - A entidade responsável pela gestão utiliza processos de gestão de riscos que lhe permitam em
qualquer momento controlar e avaliar as suas posições em instrumentos financeiros derivados e a
respetiva contribuição para o perfil de risco geral da carteira, os quais permitem uma avaliação
precisa e independente dos instrumentos financeiros derivados negociados fora de mercado
regulamentado e de sistema de negociação multilateral.
SUBSECÇÃO II
Limites
Artigo 174.º
Endividamento
1 - As entidades responsáveis pela gestão podem contrair empréstimos por conta dos OICVM que
gerem, com a duração máxima de 120 dias, seguidos ou interpolados, num período de um ano e até ao
limite de 10 % do valor líquido global do OICVM, sem prejuízo da utilização de técnicas de gestão
relativas a empréstimo e reporte de valores mobiliários.
2 - Os OICVM que sejam sociedades de investimento coletivo podem ainda contrair empréstimos que
permitam a aquisição de bens imobiliários indispensáveis ao exercício direto das suas atividades até
10% do seu valor líquido global.
3 - Caso os documentos constitutivos de um OICVM que seja sociedade de investimento coletivo
prevejam a possibilidade de endividamento ao abrigo dos números anteriores, os respetivos montantes
não podem ultrapassar em conjunto 15 % do total do seu valor líquido global.
4 - Os OICVM podem ainda adquirir divisas através de empréstimos triangulares (back-to-back).
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Artigo 174.º
Endividamento
1 - As entidades responsáveis pela gestão podem contrair empréstimos por conta dos organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários que gerem, com a duração máxima de 120 dias, seguidos
ou interpolados, num período de um ano e até ao limite de 10 % do valor líquido global do organismo
de investimento coletivo em valores mobiliários, sem prejuízo da utilização de técnicas de gestão
relativas a empréstimo e reporte de valores mobiliários.
2 - Os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários sob forma societária podem ainda
contrair empréstimos que permitam a aquisição de bens imobiliários indispensáveis ao exercício direto
das suas atividades até 10 % do seu valor líquido global.
3 - Caso os documentos constitutivos do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários sob
forma societária prevejam a possibilidade de um organismo de investimento coletivo sob forma
societária contrair empréstimos ao abrigo dos números anteriores, os respetivos montantes não podem
ultrapassar em conjunto 15 % do total do seu valor líquido global.
4 - Os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários podem ainda adquirir divisas
através de empréstimos triangulares (back-to-back).
Artigo 175.º
Operações proibidas ao organismo de investimento coletivo em valores mobiliários
1 - Um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários não pode adquirir mais de:
2 - Os limites previstos nas alíneas b) a d) do número anterior podem não ser respeitados no momento
da aquisição se, nesse momento, o montante bruto dos títulos de dívida ou dos instrumentos do mercado
monetário ou o montante líquido dos títulos emitidos não puder ser calculado.
3 - O disposto no n.º 1 não se aplica no caso de valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário
emitidos ou garantidos por um Estado membro, pelas suas autoridades locais ou regionais, por
instituições internacionais de caráter público a que pertençam um ou mais Estados membros ou por um
país terceiro.
4 - A entidade responsável pela gestão não pode, por conta do organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários:
a) Onerar por qualquer forma os ativos do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários,
salvo para a realização das operações previstas nos artigos 173.º e 174.º;
b) Adquirir qualquer ativo objeto de garantias reais, penhora ou procedimentos cautelares;
c) Efetuar vendas a descoberto de valores mobiliários, instrumentos do mercado monetário ou outros
instrumentos referidos nas alíneas c), e) e f) do n.º 1 do artigo 172.º;
d) Conceder créditos ou dar garantias.
5 - O disposto na alínea d) do número anterior não obsta à aquisição dos instrumentos financeiros
referidos na alínea c) do mesmo número, não inteiramente realizados.
Artigo 176.º
Limites por entidade
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a) 10 % do seu valor líquido global quando a contraparte for uma instituição de crédito sedeada num
Estado membro ou, caso esteja sedeada num país terceiro, estar sujeita a normas prudenciais que a
CMVM considere equivalentes às previstas na legislação da União Europeia;
b) 5 % do seu valor líquido global, nos outros casos.
3 - O conjunto dos valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário que, por emitente,
representem mais de 5 % do valor líquido global do organismo de investimento coletivo não pode
ultrapassar 40 % deste valor.
4 - O limite referido no número anterior não é aplicável a depósitos e a transações sobre instrumentos
financeiros derivados realizadas no mercado de balcão quando a contraparte for uma entidade sujeita a
supervisão prudencial.
5 - O limite referido na alínea a) do n.º 1 é elevado para 35 % no caso de valores mobiliários e
instrumentos do mercado monetário emitidos ou garantidos por um Estado membro, pelas suas
autoridades locais ou regionais, por um terceiro Estado ou por instituições internacionais de caráter
público a que pertençam um ou mais Estados membros.
6 - Os limites referidos na alínea a) do n.º 1 e no n.º 3 são, respetivamente, elevados para 25 % e 80 %,
no caso de obrigações cobertas emitidas por instituições de crédito com sede num Estado-membro nos
termos da legislação aplicável, incluindo obrigações hipotecárias emitidas até 8 de julho de 2022 nos
termos da legislação aplicável a estas obrigações.
7 - (Revogado.)
8 - Sem prejuízo do disposto nos n.ºs 5 e 6, um OICVM não pode acumular um valor superior a 20 %
do seu valor líquido global em valores mobiliários, instrumentos do mercado monetário, depósitos e
exposição a instrumentos financeiros derivados negociados no mercado de balcão junto da mesma
entidade.
9 - Os valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário referidos nos n.ºs 5 e 6 não são
considerados para aplicação do limite de 40 % estabelecido no n.º 3.
10 - Os limites previstos nos números anteriores não podem ser acumulados e, por conseguinte, os
investimentos em valores mobiliários ou instrumentos do mercado monetário emitidos pela mesma
entidade, ou em depósitos ou instrumentos derivados constituídos junto desta mesma entidade nos
termos dos n.ºs 1 a 7, não podem exceder, na sua totalidade, 35 % dos ativos do OICVM.
11 - Um OICVM pode investir até 100 % do seu valor líquido global em valores mobiliários ou
instrumentos do mercado monetário emitidos ou garantidos por um Estado membro, pelas suas
autoridades locais ou regionais, por instituições internacionais de caráter público a que pertençam um
ou mais Estados membros ou por um terceiro Estado, desde que respeitem, pelo menos, a seis emissões
diferentes e que os valores pertencentes a cada emissão não excedam 30 % dos ativos do OICVM.
12 - O investimento referido no número anterior impõe a identificação expressa, nos documentos
constitutivos e em qualquer publicação de natureza promocional, dos emitentes em que se pretende
investir mais de 35 % do valor líquido global do OICVM, bem como a inclusão de uma menção que
evidencie a especial natureza da sua política de investimentos.
13 - As entidades incluídas no mesmo grupo para efeitos de consolidação de contas, na aceção
da Diretiva n.º 2013/34/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativa às
demonstrações financeiras anuais, às demonstrações financeiras consolidadas e aos relatórios conexos
de certas formas de empresas, que altera a Diretiva n.º 2006/43/CE do Parlamento Europeu e do
Conselho e revoga as Diretivas n.ºs 78/660/CEE e83/349/CEE do Conselho, ou em conformidade com
regras contabilísticas internacionalmente reconhecidas, são consideradas como uma única entidade para
efeitos de cálculo dos limites previstos nos números anteriores.
14 - Um OICVM pode investir até 20 % do seu valor líquido global em valores mobiliários e
instrumentos do mercado monetário emitidos por entidades que se encontrem em relação de grupo.
15 - A CMVM envia à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados e à Comissão
Europeia uma lista das categorias de obrigações referidas no n.º 6, bem como das categorias de emitentes
que, nos termos da lei e das disposições relativas à supervisão, estão autorizados a emitir obrigações
que satisfaçam os critérios estabelecidos no presente artigo, juntamente com uma nota que especifique
o estatuto das garantias prestadas.
16 - Para efeitos do disposto no número anterior, os emitentes comunicam ao Banco de Portugal os
elementos e as informações que se revelem necessários, nos termos e condições a regulamentar pelo
Banco de Portugal.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
17 - O Banco de Portugal transmite à CMVM as informações relevantes que tenha recebido ao abrigo
do número anterior.
18 - No caso de investimento em instrumentos financeiros derivados baseados num índice, os valores
que o integram não contam para efeitos dos limites referidos no presente artigo e no n.º 1 do artigo 148.º
desde que, quanto a este, o índice cumpra os requisitos previstos no n.º 3 do artigo 178.º.
(Redação do Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio – com início de vigência a 1 de julho de 2022)
Artigo 176.º
Limites por entidade
conexos de certas formas de empresas, que altera a Diretiva n.º 2006/43/CE do Parlamento Europeu e
do Conselho e revoga as Diretivas n.ºs 78/660/CEE e83/349/CEE do Conselho, ou em conformidade
com regras contabilísticas internacionalmente reconhecidas, são consideradas como uma única
entidade para efeitos de cálculo dos limites previstos nos números anteriores.
14 - Um OICVM pode investir até 20 % do seu valor líquido global em valores mobiliários e
instrumentos do mercado monetário emitidos por entidades que se encontrem em relação de grupo.
15 - A CMVM envia à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados e à Comissão
Europeia uma lista das categorias de obrigações referidas no n.º 6, bem como das categorias de
emitentes que, nos termos da lei e das disposições relativas à supervisão, estão autorizados a emitir
obrigações que satisfaçam os critérios estabelecidos no presente artigo, juntamente com uma nota que
especifique o estatuto das garantias prestadas.
16 - Para efeitos do disposto no número anterior, os emitentes comunicam ao Banco de Portugal os
elementos e as informações que se revelem necessários, nos termos e condições a regulamentar pelo
Banco de Portugal.
17 - O Banco de Portugal transmite à CMVM as informações relevantes que tenha recebido ao abrigo
do número anterior.
18 - No caso de investimento em instrumentos financeiros derivados baseados num índice, os valores
que o integram não contam para efeitos dos limites referidos no presente artigo e no n.º 1 do artigo
148.º desde que, quanto a este, o índice cumpra os requisitos previstos no n.º 3 do artigo 178.º.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 176.º
Limites por entidade
1 - Um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários não pode investir mais de:
a) 10 % do seu valor líquido global em valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário
emitidos por uma mesma entidade, sem prejuízo do disposto no n.º 3;
b) 20 % do seu valor líquido global em depósitos constituídos junto de uma mesma entidade.
2 - A exposição do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários ao risco de contraparte
numa transação de instrumentos derivados fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral não pode ser superior a:
a) 10 % do seu valor líquido global quando a contraparte for uma instituição de crédito sedeada num
Estado membro ou, caso esteja sedeada num país terceiro, estar sujeita a normas prudenciais que a
CMVM considere equivalentes às previstas na legislação da União Europeia;
b) 5 % do seu valor líquido global, nos outros casos.
3 - O conjunto dos valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário que, por emitente,
representem mais de 5 % do valor líquido global do organismo de investimento coletivo não pode
ultrapassar 40 % deste valor.
4 - O limite referido no número anterior não é aplicável a depósitos e a transações sobre instrumentos
financeiros derivados realizadas fora de mercado regulamentado e de sistema de negociação
multilateral quando a contraparte for uma entidade sujeita a supervisão prudencial.
5 - O limite referido na alínea a) do n.º 1 é elevado para 35 % no caso de valores mobiliários e
instrumentos do mercado monetário emitidos ou garantidos por um Estado membro, pelas suas
autoridades locais ou regionais, por um terceiro Estado ou por instituições internacionais de caráter
público a que pertençam um ou mais Estados membros.
6 - Os limites referidos na alínea a) do n.º 1 e no n.º 3 são, respetivamente, elevados para 25 % e 80 %,
no caso de obrigações, nomeadamente hipotecárias, emitidas por uma instituição de crédito com sede
num Estado membro.
7 - Das condições de emissão das obrigações referidas no número anterior tem de resultar,
nomeadamente, que o valor por elas representado está garantido por ativos que cubram integralmente,
até ao vencimento das obrigações, os compromissos daí decorrentes e que sejam afetos por privilégio
ao reembolso do capital e ao pagamento dos juros devidos em caso de incumprimento do emitente.
8 - Sem prejuízo do disposto nos n.ºs 5 e 6, um organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários não pode acumular um valor superior a 20 % do seu valor líquido global em valores
mobiliários, instrumentos do mercado monetário, depósitos e exposição a instrumentos financeiros
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 177.º
Limites por organismo de investimento coletivo
Artigo 178.º
Limites de organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de índices
1 - Um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários pode investir até ao máximo de 20%
do seu valor líquido global em ações ou instrumentos representativos de dívida emitidos pela mesma
entidade, quando o objetivo da sua política de investimentos for a reprodução da composição de um
determinado índice de ações ou de instrumentos representativos de dívida, reconhecido pela CMVM.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
4 - A alínea c) do número anterior não exclui a situação em que o fornecedor do índice e o organismo
de investimento coletivo em valores mobiliários fazem parte do mesmo grupo económico, desde que
existam disposições efetivas para a gestão de conflitos de interesse.
5 - O limite referido no n.º 1 é elevado para 35 %, apenas em relação a uma única entidade, se tal for
justificado por condições excecionais verificadas nos mercados regulamentados em que predominem
determinados valores mobiliários ou instrumentos do mercado monetário.
SECÇÃO II
Estruturas de tipo principal e de tipo alimentação (master-feeder)
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 179.º
Âmbito
3 - Para efeitos de conformidade com os n.ºs 5 a 9 do artigo 173.º e do artigo 176.º, o OICVM de tipo
alimentação deve calcular a sua exposição global em relação a instrumentos financeiros derivados,
combinando a sua própria exposição direta, nos termos da alínea b) do n.º 2, com:
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
a) A obrigação de obtenção de capitais junto do público, podendo todavia fazê-lo, caso tenha pelo menos
dois OICVM de tipo alimentação como participantes;
b) A secção III do capítulo II do título III e a alínea b) do n.º 1 do artigo 242.º, caso não obtenha capital
junto do público num Estado membro diferente daquele em que está autorizado, mas aí possua um ou
mais OICVM de tipo alimentação.
6 - Aos OIA de tipo principal e de tipo alimentação é aplicável o regime constante da presente secção
com as necessárias adaptações.
Artigo 179.º
Âmbito
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 179.º
Âmbito
autónomo deste que, não obstante o disposto no ponto 1.º) da subalínea i) da alínea aa) do n.º 1 do
artigo 2.º, no artigo 172.º, na alínea c) do n.º 1 do artigo 175.º, e nos artigos 176.º e 177.º, tenha sido
autorizado a investir pelo menos 85 % do valor líquido global em unidades de participação de outro
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários ou compartimento patrimonial autónomo,
o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal (master).
2 - O organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação pode deter até 15
% do valor líquido global num ou mais dos seguintes elementos:
a) Instrumentos financeiros líquidos;
b) Instrumentos financeiros derivados, que só podem ser usados para fins de cobertura, nos termos da
alínea e) do n.º 1 do artigo 172.º, dos n.ºs 2, 3 e 5 a 8 do artigo 173.º e do artigo 176.º;
c) Bens móveis ou imóveis indispensáveis à prossecução direta das suas atividades, caso o organismo
de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação seja um organismo de investimento
coletivo sob forma societária.
3 - Para efeitos de conformidade com os n.ºs 5 a 8 do artigo 173.º e do artigo 176.º, o organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação deve calcular a sua exposição global
em relação a instrumentos financeiros derivados, combinando a sua própria exposição direta, nos
termos da alínea b) do n.º 2, com:
a) A efetiva exposição do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal
a instrumentos financeiros derivados, proporcionalmente ao investimento do organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários de alimentação no de tipo principal; ou
b) O limite máximo de exposição do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo
principal a instrumentos financeiros derivados previsto nos documentos constitutivos,
proporcionalmente ao investimento do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de
tipo alimentação no de tipo principal.
4 - Um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal é um organismo
ou um compartimento patrimonial autónomo que:
a) Tenha entre os seus participantes pelo menos um organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários de tipo alimentação;
b) Não seja um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação;
c) Não seja titular de unidades de participação de um organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários de tipo alimentação.
5 - Não é aplicável ao organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal:
a) A obrigação de obtenção de capitais junto do público, podendo todavia fazê-lo, caso tenha pelo
menos dois organismos de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação como
participantes;
b) A secção III do capítulo II do título III e a alínea b) do n.º 1 do artigo 242.º, caso não obtenha capital
junto do público num Estado membro diferente daquele em que está autorizado, mas aí possua um ou
mais organismos de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação.
6 - Aos organismos de investimento alternativo de tipo principal e de tipo alimentação é aplicável o
regime constante da presente secção com as adaptações previstas em regulamento da CMVM.
Artigo 180.º
Procedimento de autorização
4 - Caso o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal não seja
autorizado em Portugal, o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo
alimentação deve igualmente fornecer à CMVM um certificado emitido pelas autoridades competentes
do organismo de tipo principal, atestando que o mesmo é um organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários, ou um compartimento patrimonial autónomo deste, que satisfaz as condições
estabelecidas nas alíneas b) e c) do n.º 4 do artigo anterior.
5 - Os documentos devem ser fornecidos pelo organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários de tipo alimentação em português, numa língua de uso corrente na esfera financeira
internacional ou noutro idioma autorizado pela CMVM.
Artigo 181.º
Prestação de informação e vicissitudes do organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários
8 - Sem prejuízo do regime previsto nos artigos 191.º e 192.º, um organismo de investimento coletivo
em valores mobiliários de tipo principal só pode ser liquidado pelo menos três meses após ter informado
todos os seus participantes e a CMVM da respetiva decisão.
9 - Em caso de fusão de um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal
com outro organismo de investimento coletivo em valores mobiliários ou da sua cisão em dois ou mais
organismos de investimento coletivo em valores mobiliários, os de tipo alimentação autorizados em
Portugal são liquidados, salvo se a CMVM autorizar que estes:
302
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Artigo 182.º
Conteúdo do contrato entre o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo
principal e o de tipo alimentação
a) A forma e o momento em que o organismo de tipo principal presta ao organismo de tipo alimentação
um exemplar dos seus documentos constitutivos ou de eventuais alterações aos mesmos;
b) A forma e o momento em que o organismo de tipo principal informa o organismo de tipo alimentação
sobre a eventual subcontratação de funções de gestão de investimentos e de gestão de riscos a entidades
terceiras;
c) Se necessário, a forma e o momento em que o organismo de tipo principal disponibiliza ao organismo
de tipo alimentação os seus documentos operacionais internos, tais como o seu processo de gestão de
riscos e os seus relatórios sobre o sistema de controlo de cumprimento;
d) As informações que o organismo de tipo principal comunica ao organismo de alimentação
relativamente a quaisquer infrações cometidas pelo organismo de tipo principal em relação às
disposições legais, aos documentos constitutivos ou ao contrato entre o organismo de tipo principal e o
organismo de tipo alimentação, assim como a forma e o prazo em que tais informações são
comunicadas;
e) Se o organismo de tipo alimentação utilizar instrumentos financeiros derivados para fins de cobertura,
a forma e o momento em que o organismo de tipo principal fornece ao organismo de tipo alimentação
informações sobre a sua efetiva exposição aos instrumentos financeiros derivados, de modo a permitir
ao organismo de tipo alimentação calcular a sua própria exposição global;
f) Uma declaração do organismo de tipo principal comprometendo-se a informar o organismo de tipo
alimentação sobre quaisquer outros contratos de troca de informações celebrados com entidades
terceiras e, se necessário, sobre a forma e o momento em que o organismo de tipo principal disponibiliza
tais informações ao organismo de tipo alimentação.
303
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a) A forma e o momento em que qualquer um dos organismos deve notificar a suspensão temporária e
a retoma do resgate ou subscrição das suas unidades de participação;
b) Os mecanismos para a notificação e resolução de erros de valorização do organismo de tipo principal.
a) Caso o organismo de tipo alimentação e o organismo de tipo principal tenham o mesmo ano
contabilístico, a coordenação da elaboração dos respetivos relatórios e contas;
b) Caso o organismo de tipo alimentação e o organismo de tipo principal não tenham o mesmo ano
contabilístico, os mecanismos aplicáveis para que o organismo de tipo alimentação possa obter do
organismo de tipo principal as informações necessárias para a elaboração pontual dos seus relatórios e
contas, de modo a assegurar que o auditor do organismo de tipo principal esteja em condições de
apresentar um relatório até à data de fecho do exercício contabilístico do organismo de tipo alimentação.
a) O organismo de tipo principal comunica propostas de alteração aos seus documentos constitutivos,
caso se apliquem outras regras que não as regras de divulgação aos participantes estabelecidas nos
respetivos documentos constitutivos;
b) O organismo de tipo principal comunica situações de liquidação, fusão ou cisão ou proposta nesse
sentido;
c) Qualquer um dos organismos comunica que deixou ou vai deixar de cumprir as condições que o
qualificam como organismo de tipo alimentação ou como organismo de tipo principal;
d) Qualquer um dos organismos comunica a sua intenção de substituir a sua entidade gestora,
depositário, auditor ou qualquer outro terceiro mandatado para funções de gestão de investimentos ou
de riscos;
304
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e) Devem ser comunicadas outras alterações às regras em vigor que o organismo de tipo principal
tencione disponibilizar.
a) Caso o organismo de tipo alimentação e o organismo de tipo principal estejam autorizados no mesmo
Estado membro, o contrato fica sujeito à sua legislação e os seus tribunais são o único foro competente;
b) Caso estejam autorizados em Estados membros diferentes, o contrato fica sujeito à legislação de um
deles e os tribunais do Estado membro cuja legislação seja a aplicável são o único foro competente.
Artigo 183.º
Regras de conduta interna e conflito de interesses
Artigo 184.º
Informações obrigatórias e publicidade
1 - Além da informação prevista no esquema A do anexo II ao presente Regime Geral, que dele faz
parte integrante, o prospeto do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo
alimentação inclui as seguintes informações:
305
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que dele faz parte integrante, uma demonstração dos encargos totais do organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação e do de tipo principal.
3 - Os relatórios e contas anual e semestral do organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários de tipo alimentação devem indicar o modo como os relatórios e contas anual e semestral do
organismo de tipo principal podem ser obtidos.
4 - Os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação autorizados em
Portugal enviam à CMVM o prospeto e suas eventuais alterações, o documento com informações
fundamentais destinadas aos investidores e suas eventuais alterações, e os relatórios e contas anual e
semestral do organismo de tipo principal.
5 - Os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação devem indicar,
em todas as ações publicitárias, o organismo de tipo principal no qual investem permanentemente 85%
ou mais do valor líquido global.
6 - É transmitida pelo organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação
aos investidores, a pedido destes e sem encargos, uma cópia em papel do prospeto e dos relatórios e
contas anual e semestral do organismo de tipo principal.
SUBSECÇÃO II
Depositários e auditores de organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo
principal e de tipo alimentação
Artigo 185.º
Depositários
306
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a) A identificação dos documentos e categorias de informação que devem ser regularmente partilhados
entre ambos os depositários e uma indicação sobre se essa informação ou documentos são
automaticamente prestados por um depositário ao outro ou disponibilizados a pedido;
b) A forma e o momento, incluindo eventuais prazos aplicáveis, em que a informação deve ser
transmitida pelo depositário do organismo de tipo principal ao depositário do organismo de tipo
alimentação;
c) A coordenação das ações de ambos os depositários, em relação às questões operacionais, incluindo:
a) Nos casos em que o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação
e o de tipo principal tenham celebrado um contrato em conformidade com o n.º 7 do artigo 182.º, a lei
do Estado membro aplicável a esse contrato é igualmente aplicável ao acordo de troca de informação
entre ambos os depositários, devendo reconhecer-se como único foro competente os tribunais desse
Estado membro;
b) Nos casos em que o contrato entre o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de
tipo alimentação e o de tipo principal tenha sido substituído por regras de conduta interna, o contrato de
troca de informação entre os depositários do organismo de tipo principal e do organismo de tipo
alimentação deve estabelecer que a lei aplicável é, em alternativa, a do Estado membro em que o
organismo de tipo alimentação se encontra estabelecido ou a do Estado membro em que o organismo
de tipo principal se encontra estabelecido, devendo reconhecer-se como único foro competente os
tribunais do Estado membro cuja lei seja a aplicável.
Artigo 186.º
Auditores
alimentação podem ser considerados em violação de quaisquer regras que restrinjam a divulgação de
informações ou relativas à proteção de dados impostas por contrato ou disposição legal, regulamentar
ou administrativa.
7 - O contrato de troca de informações inclui:
a) A identificação dos documentos e categorias de informação que devem ser regularmente partilhados
entre ambos os auditores;
b) Clarificação sobre se a informação ou os documentos referidos na alínea anterior devem ser
automaticamente prestados por um auditor ao outro ou disponibilizados a pedido;
c) A forma e o momento, incluindo eventuais prazos aplicáveis, em que a informação deve ser
transmitida pelo auditor do organismo de tipo principal ao auditor do organismo de tipo alimentação;
d) A coordenação das ações de ambos os auditores nos procedimentos de fecho e apresentação de contas
do respetivo organismo de investimento coletivo em valores mobiliários;
e) A identificação das questões a tratar como irregularidades reveladas no relatório do auditor do
organismo de tipo principal;
f) A forma e o momento em que devem ser tratados os pedidos adicionais de assistência de um auditor
ao outro, incluindo um pedido de comunicação de informações suplementares sobre as irregularidades
divulgadas no relatório do auditor do organismo de tipo principal.
8 - O contrato de troca de informações inclui ainda disposições sobre a preparação dos relatórios de
auditoria, bem como a forma e o momento em que o auditor do organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários de tipo principal deve apresentar o seu relatório de auditoria, e os respetivos
projetos, ao auditor do organismo de tipo alimentação.
9 - Caso o organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação e o de tipo
principal não usem a mesma data de fecho de contas, o contrato de troca de informações deve incluir a
forma e o momento em que o auditor do organismo de tipo principal deve apresentar o relatório exigido
pelo n.º 4, e respetivos projetos, ao auditor do organismo de tipo alimentação.
10 - Em relação à jurisdição e foro competente do contrato de troca de informações, aplica-se, com as
devidas adaptações, o disposto no n.º 7 do artigo 182.º.
SUBSECÇÃO III
Fiscalização
Artigo 187.º
Fiscalização do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal
Artigo 188.º
Imputação de benefícios pecuniários
308
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Artigo 189.º
Prestação de informação
Artigo 190.º
Prestação de informação pelas autoridades competentes
SUBSECÇÃO IV
Vicissitudes do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal
Artigo 191.º
Liquidação do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal
1 - No prazo máximo de dois meses a contar da data em que a entidade responsável pela gestão do
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários principal informe a entidade responsável
pela gestão do organismo de alimentação da sua decisão de liquidação, a entidade responsável pela
gestão do organismo de alimentação envia à CMVM os seguintes elementos:
a) Caso pretenda investir pelo menos 85 % do valor líquido global em unidades de participação de outro
organismo de tipo principal:
309
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2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, caso a entidade responsável pela gestão do organismo
de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal tenha informado a entidade
responsável pela gestão do organismo de tipo alimentação sobre a sua decisão de liquidação com uma
antecedência superior a cinco meses em relação à data de produção dos respetivos efeitos, a entidade
responsável pela gestão do organismo de tipo alimentação pode remeter à CMVM o seu pedido ou
comunicação, até três meses antes dessa data.
3 - A entidade responsável pela gestão do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários
de tipo alimentação comunica imediatamente aos seus participantes da sua intenção de liquidação.
Artigo 192.º
Autorização de liquidação
1 - A CMVM notifica a entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação da decisão
relativa aos pedidos de autorização por esta apresentados, no prazo de 15 dias a contar da entrega dos
elementos referidos nas alíneas a) ou b) do n.º 1 do artigo anterior.
2 - A entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação informa a entidade responsável
pela gestão do organismo de tipo principal logo que receba a aprovação da CMVM nos termos do
número anterior.
3 - A entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação toma todas as medidas
necessárias para cumprir os requisitos do artigo 195.º logo que possível após a concessão, pela CMVM,
das necessárias autorizações ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do artigo anterior.
4 - Caso o pagamento das quantias referentes à liquidação do OICVM de tipo principal seja executado
antes da data em que a entidade responsável pela gestão do organismo de tipo alimentação pretende
começar a investir num OICVM diferente, ou de acordo com os seus novos objetivos e política de
investimento, a CMVM deve conceder a autorização, mediante as seguintes condições:
a) A entidade responsável pela gestão do organismo de tipo alimentação recebe as quantias referentes à
liquidação:
i) Em numerário; ou
ii) Parcial ou totalmente, através de uma transferência em espécie, sempre que a entidade responsável
pela gestão do organismo de tipo alimentação assim o entender e que o contrato entre as entidades
responsáveis pela gestão do organismo de tipo alimentação e do organismo de tipo principal o permitir
ou as regras de conduta interna e a decisão de liquidação o permitirem;
b) Qualquer numerário detido ou recebido em conformidade com o presente número só pode ser
reinvestido para efeitos de gestão eficaz do numerário antes da data em que a entidade responsável pela
gestão do organismo de tipo alimentação comece a investir noutro organismo de tipo principal ou em
conformidade com os seus novos objetivos e política de investimento.
5 - Caso se aplique a subalínea ii) da alínea a) do número anterior, o OICVM de tipo alimentação pode,
a todo o tempo, converter em dinheiro qualquer parte dos ativos transferidos em espécie.
Artigo 192.º
Autorização de liquidação
que possível após a concessão, pela CMVM, das necessárias autorizações ao abrigo da alínea a) do n.º
1 do artigo anterior.
4 - Caso o pagamento das quantias referentes à liquidação do organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários de tipo principal seja executado antes da data em que a entidade responsável pela
gestão do organismo de tipo alimentação pretende começar a investir num organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários diferente, ou de acordo com os seus novos objetivos e política de
investimento, a CMVM deve conceder a autorização, mediante as seguintes condições:
a) A entidade responsável pela gestão do organismo de tipo alimentação recebe as quantias referentes
à liquidação:
i) Em numerário; ou
ii) Parcial ou totalmente, através de uma transferência em espécie, sempre que a entidade responsável
pela gestão do organismo de tipo alimentação assim o entender e que o contrato entre as entidades
responsáveis pela gestão do organismo de tipo alimentação e do organismo de tipo principal o permitir
ou as regras de conduta interna e a decisão de liquidação o permitirem;
b) Qualquer numerário detido ou recebido em conformidade com o presente número só pode ser
reinvestido para efeitos de gestão eficaz do numerário antes da data em que a entidade responsável
pela gestão do organismo de tipo alimentação comece a investir noutro organismo de tipo principal ou
em conformidade com os seus novos objetivos e política de investimento.
5 - Caso se aplique a subalínea ii) da alínea a) do número anterior, o organismo de investimento
coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação pode, a todo o tempo, converter em dinheiro
qualquer parte dos ativos transferidos em espécie.
Artigo 193.º
Fusão ou cisão do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal
1 - No prazo máximo de um mês a contar da data em que a entidade responsável pela gestão do
organismo de investimento coletivo em valores mobiliários principal informe a entidade responsável
pela gestão do organismo de tipo alimentação da informação prevista no n.º 10 do artigo 181.º, a
entidade responsável pela gestão do organismo de tipo alimentação envia à CMVM os seguintes
elementos:
a) Caso pretenda continuar a ser um organismo de tipo alimentação do mesmo organismo de tipo
principal:
b) Caso pretenda tornar-se organismo de tipo alimentação de outro organismo de tipo principal
resultante da fusão ou cisão propostas pela entidade responsável pela gestão do organismo de tipo
principal ou pretenda investir pelo menos 85 % do valor líquido global em unidades de participação de
outro organismo de tipo principal não resultante dessa fusão ou cisão:
311
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
4 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, caso a entidade responsável pela gestão do organismo de
investimento coletivo em valores mobiliários de tipo principal tenha enviado à entidade responsável
pela gestão do organismo de tipo alimentação a informação referida no artigo 181.º ou informação
equivalente, com uma antecedência superior a quatro meses em relação à respetiva data de produção de
efeitos, a entidade responsável pela gestão do organismo de tipo alimentação pode remeter à CMVM o
pedido ou a comunicação até três meses antes da data efetiva de fusão ou cisão do organismo de tipo
principal.
5 - A entidade responsável pela gestão do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários
de tipo alimentação comunica de imediato aos seus participantes e à entidade responsável pela gestão
do organismo de tipo principal sobre a sua intenção de liquidação.
Artigo 194.º
Autorização de fusão ou cisão
1 - A CMVM notifica a entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação da decisão
relativa aos pedidos de autorização por este apresentados, no prazo de 15 dias a contar da entrega de
todos os documentos referidos nas alíneas a) a c) do n.º 1 do artigo anterior.
2 - A entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação informa a entidade responsável
pela gestão do organismo de tipo principal logo que receba a autorização da CMVM nos termos do
número anterior.
3 - A entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação toma as medidas necessárias
para cumprir os requisitos previstos no artigo seguinte, após a receção das necessárias autorizações ao
abrigo da alínea b) do n.º 1 do artigo anterior.
4 - Nos casos referidos nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo anterior, a entidade responsável pela gestão
do OICVM de tipo alimentação autorizado em Portugal exerce o direito de pedir o resgate das unidades
de participação no organismo de tipo principal sempre que a CMVM não tenha concedido as
autorizações exigidas até ao dia útil que antecede o último dia em que entidade responsável pela gestão
do organismo de tipo alimentação pode solicitar o resgate das unidades de participação que detém no
organismo de tipo principal antes de a fusão ou cisão produzir efeitos.
5 - A entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação deve igualmente exercer o direito
referido no número anterior por forma a garantir que não seja afetado o direito dos participantes a pedir
o resgate das suas unidades de participação no organismo de tipo alimentação em conformidade com a
alínea d) do n.º 1 do artigo seguinte.
6 - Antes de exercer o direito referido no n.º 4, a entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo
alimentação considera soluções alternativas que possam contribuir para evitar ou reduzir os custos de
negociação ou outras repercussões negativas para os participantes.
7 - Sempre que a entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação pedir o resgate das
unidades de participação no organismo de tipo principal, é-lhe disponibilizado:
8 - Caso a entidade responsável pela gestão do OICVM de tipo alimentação receba transferências em
espécie, pode, em qualquer altura, converter em dinheiro qualquer parte dos ativos transferidos.
9 - A CMVM apenas concede a autorização solicitada sob condição de que qualquer numerário detido
ou recebido em conformidade com o n.º 7 pelo OICVM de tipo alimentação só pode ser reinvestido
para efeitos da sua gestão ordinária e eficiente, antes da data em que o mesmo comece a investir noutro
312
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Artigo 194.º
Autorização de fusão ou cisão
Artigo 195.º
Conversão de organismo de investimento coletivo em valores mobiliários e alteração de
organismo de tipo principal
313
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uma alteração ao organismo de tipo principal no qual aquele invista, o organismo de tipo alimentação
presta a todos os participantes a seguinte informação:
a) Uma declaração que ateste a autorização pela CMVM do investimento desse organismo em unidades
de participação do organismo de tipo principal em causa;
b) O documento com informações fundamentais destinadas aos investidores relativo tanto ao organismo
de tipo alimentação como ao organismo de tipo principal;
c) A data em que o organismo de tipo alimentação começa a investir no organismo de tipo principal ou,
se já tiver investido no organismo de tipo principal, a data em que o seu investimento excede o limite
previsto no n.º 1 do artigo 177.º;
d) Uma declaração de que os participantes têm o direito de pedir o resgate das suas unidades de
participação, no prazo de 30 dias, sem quaisquer encargos para além dos retidos pelo organismo para
cobrir os custos de desinvestimento.
2 - O direito de pedir o resgate das suas unidades de participação, sem quaisquer encargos para além
dos retidos pelo organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação para
cobrir os custos de desinvestimento pode ser exercido a partir do momento em que o organismo de tipo
alimentação apresenta as informações referidas no número anterior.
3 - As informações previstas no presente artigo são prestadas, pelo menos, 30 dias antes da data referida
na alínea c) do n.º 1.
4 - Em caso de comercialização em Portugal de organismo de investimento coletivo em valores
mobiliários de tipo alimentação autorizado noutro Estado membro as informações referidas no n.º 1
devem ser prestadas em português ou noutro idioma aceite pela CMVM, devendo a tradução ser
efetuada sob a responsabilidade do organismo de tipo alimentação e refletir fielmente o teor do original.
5 - O organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo alimentação não pode investir
em unidades de participação do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários de tipo
principal, para além do limite aplicável nos termos do n.º 1 do artigo 177.º, antes do termo do período
de 30 dias referido no n.º 3.
6 - As informações previstas no n.º 1 devem ser prestadas nos termos do disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo
37.º.
SECÇÃO III
Comercialização transfronteiriça
SUBSECÇÃO I
Comercialização em Portugal de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários da
União Europeia
Artigo 196.º
Condições da comercialização em Portugal
a) Carta de notificação, elaborada nos termos do disposto na legislação da União Europeia relativa aos
organismos de investimento coletivo, contendo:
b) Versões atualizadas dos documentos constitutivos, o último relatório anual e eventuais relatórios
semestrais subsequentes, como anexos à carta de notificação;
c) Informação sobre o modo como a CMVM pode aceder, por via eletrónica, aos documentos referidos
na alínea anterior e, se for caso disso, às respetivas traduções;
314
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2 - A partir da data da notificação das entidades gestoras referidas no n.º 1 do artigo 65.º ou das entidades
gestoras da União Europeia, pela autoridade competente do Estado-Membro de origem do OICVM, de
que transmitiu os elementos referidos nas alíneas a), b) e d) do número anterior à CMVM, as referidas
entidades podem iniciar a comercialização em Portugal.
3 - A carta de notificação e o certificado referidos no n.º 1 são redigidos em português, inglês ou noutro
idioma aprovado pela CMVM.
Artigo 196.º
Condições da comercialização em Portugal
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 196.º
Condições da comercialização em Portugal
Artigo 197.º
Alterações aos documentos remetidos no procedimento de notificação
1 - As entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia de
OICVM autorizado noutro Estado membro cujas unidades de participação sejam comercializadas em
Portugal notificam imediatamente a CMVM de quaisquer alterações aos documentos referidos na alínea
b) do n.º 1 do artigo anterior, indicando o modo de aceder, por via eletrónica, às versões atualizadas.
2 - Em caso de alteração das informações comunicadas na carta de notificação ou de alteração das
categorias de unidades de participação a comercializar, as entidades referidas no número anterior
comunicam, por escrito, essas alterações à CMVM e à autoridade competente do Estado-Membro de
origem do OICVM com, pelo menos, um mês de antecedência face à alteração pretendida.
3 - A autoridade competente do Estado-Membro de origem do OICVM comunica à CMVM:
Artigo 197.º
Alterações aos documentos remetidos no procedimento de notificação
1 - As entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia
de OICVM autorizado noutro Estado membro cujas unidades de participação sejam comercializadas
em Portugal notificam imediatamente a CMVM de quaisquer alterações aos documentos referidos na
alínea b) do n.º 1 do artigo anterior, indicando o modo de aceder, por via eletrónica, às versões
atualizadas.
2 - Em caso de alteração das informações respeitantes às condições particulares de comercialização
comunicadas na carta de notificação ou de alteração das categorias de unidades de participação a
comercializar, a entidade gestora prevista no n.º 1 do artigo 65.º ou a entidade gestora da União
Europeia do OICVM autorizado noutro Estado membro cujas unidades de participação sejam
comercializadas em Portugal comunica tais alterações por escrito à CMVM antes de estas produzirem
efeitos.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 197.º
Alterações aos documentos remetidos no procedimento de notificação
316
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 198.º
Informações sobre enquadramento jurídico aplicável à comercialização em Portugal
(Revogado.)
Artigo 198.º
Informações sobre enquadramento jurídico aplicável à comercialização em Portugal
A CMVM divulga no respetivo sítio na Internet, também em versão traduzida para inglês, informações
completas, claras e atualizadas sobre as disposições legais, regulamentares e administrativas
aplicáveis à comercialização em Portugal de unidades de participação de organismos de investimento
coletivo em valores mobiliários estabelecidos noutro Estado membro.
Artigo 199.º
Meios de comercialização
1 - As entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia de
OICVM autorizados noutro Estado-Membro cujas unidades de participação sejam comercializadas em
Portugal dispõem dos meios necessários, em Portugal, para:
2 - As entidades referidas no número anterior não são obrigadas a ter presença física em território
nacional ou a nomear um terceiro para efeitos do disposto no número anterior.
3 - Os meios são disponibilizados:
a) Pelas entidades gestoras referidas no n.º 1 ou por um terceiro que se encontre sujeito à regulamentação
e à supervisão que regem as tarefas a executar, ou por ambos, mediante a celebração de contrato escrito
que:
i) Identifique as tarefas que não são exclusivamente executadas pelas entidades gestoras referidas no n.º
1; e
ii) Preveja a disponibilização pelas entidades gestoras referidas no n.º 1 das informações e documentos
necessários para a execução das tarefas contratadas ao terceiro;
b) Em português, inglês ou noutro idioma aprovado pela CMVM, ainda que por via eletrónica.
Artigo 199.º
Condições para pagamento aos participantes em Portugal
As entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia de
OICVM autorizados noutro Estado membro cujas unidades de participação sejam comercializadas em
317
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 199.º
Condições para pagamento aos participantes em Portugal
Artigo 200.º
Igualdade de tratamento dos investidores
1 - As entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia de
OICVM que comercializem as suas unidades de participação em Portugal divulgam e facultam aos
investidores em território nacional as informações e documentos que devam ser divulgados e
disponibilizados no Estado membro onde o organismo foi autorizado.
2 - As informações e os documentos referidos no número anterior, nomeadamente, os relatórios e contas
anuais e semestrais, o prospeto, e o documento com as informações fundamentais destinadas aos
investidores são divulgados e disponibilizados aos investidores nos termos do artigo 163.º e do n.º 5 do
presente artigo, com as seguintes especificidades:
3 - A tradução das informações e documentos a que se refere o número anterior deve refletir fielmente
o respetivo teor e ser efetuada sob a responsabilidade da entidade gestora prevista no n.º 1 do artigo 65.º
ou da entidade gestora da União Europeia do OICVM.
4 - Os requisitos estabelecidos nos números anteriores são também aplicáveis às eventuais alterações
das informações e documentos neles referidos.
5 - Em complemento aos deveres de divulgação e de disponibilização previstos no artigo 163.º:
6 - O valor das unidades de participação dos OICVM é divulgado nos termos referidos na alínea b) do
número anterior.
7 - A frequência da publicação dos preços de subscrição e resgate das unidades de participação dos
OICVM obedece às disposições legais, regulamentares e administrativas do respetivo Estado membro
de origem.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 200.º
Igualdade de tratamento dos investidores
Artigo 201.º
Denominação de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários da União Europeia
Para efeitos do exercício das suas atividades em Portugal, os organismos de investimento coletivo em
valores mobiliários não constituídos em Portugal podem utilizar na sua denominação a mesma
referência à sua forma jurídica que utilizam no seu Estado membro de origem.
Artigo 201.º-A
Cessação da comercialização em Portugal
a) Apresentação ao público, durante o prazo mínimo de 30 dias úteis, de uma oferta de recompra ou de
resgate das unidades de participação, livre de quaisquer encargos ou deduções, e transmitida
individualmente, de forma direta ou através de intermediário financeiro, a todos os investidores cuja
identidade seja conhecida;
b) Divulgação da intenção de cessar a comercialização dessas unidades de participação através de
suporte acessível ao público que seja habitual na comercialização dos OICVM e adequado ao investidor
típico, incluindo por meios eletrónicos; e
c) Alteração ou revogação dos contratos celebrados com intermediário financeiro ou seu representante,
com efeitos a partir da data da retirada da notificação, para impedir novas ofertas ou colocações, diretas
ou indiretas, de unidades de participação.
2 - As informações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior são prestadas em português, inglês
ou noutro idioma aprovado pela CMVM e descrevem as consequências de não aceitação da oferta de
resgate ou de recompra das suas unidades de participação.
3 - A partir da data referida na alínea c) do n.º 1, cessa qualquer nova oferta ou colocação, direta ou
indireta, das unidades de participação que tenham sido objeto de retirada da notificação em Portugal.
4 - A autoridade competente do Estado-Membro de origem do OICVM transmite à CMVM a notificação
que lhe foi transmitida pela entidade gestora, contendo as informações referidas no n.º 1.
5 - As entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia de
OICVM autorizados noutro Estado-Membro prestam aos investidores que mantenham investimentos no
OICVM a informação e os documentos legalmente exigíveis no âmbito da sua comercialização em
Portugal, através de meios eletrónicos ou quaisquer outros meios de comunicação à distância, em
português, inglês ou noutro idioma aprovado pela CMVM.
319
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(Redação do Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio – com início de vigência a 1 de julho de 2022)
Artigo 201.º-A
Cessação da comercialização em Portugal
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 109-F/2021, de 9 de dezembro - com início de vigência a 10 de dezembro
de 2021)
SUBSECÇÃO II
Comercialização na União Europeia de organismos de investimento coletivo em valores
mobiliários autorizados em Portugal
Artigo 202.º
Condições da comercialização noutro Estado membro
320
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2 - [Revogado.]
3 - A entidade responsável pela gestão do organismo de investimento coletivo em valores mobiliários
deve anexar à carta de notificação uma versão atualizada dos seguintes documentos:
a) Documentos constitutivos;
b) Se aplicável, o último relatório anual e eventuais relatórios semestrais.
Artigo 202.º
Condições da comercialização noutro Estado membro
321
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Artigo 203.º
Atualização de informações
1 - A entidade responsável pela gestão de OICVM autorizado em Portugal que comercialize as unidades
de participação noutro Estado membro notifica as autoridades competentes do Estado membro de
acolhimento de quaisquer alterações aos documentos referidos no n.º 3 do artigo anterior, indicando o
modo de aceder, por via eletrónica, às versões atualizadas.
2 - Em caso de alteração das informações comunicadas na carta de notificação ou de alteração das
categorias de unidades de participação a comercializar, a entidade responsável pela gestão do OICVM
autorizado em Portugal comunica-as, por escrito, à CMVM e às autoridades competentes do Estado-
Membro de acolhimento do OICVM com, pelo menos, um mês de antecedência face à data de produção
de efeitos.
3 - Se, na sequência de qualquer alteração referida do número anterior, o OICVM deixar de cumprir o
disposto no presente Regime Geral, a CMVM:
a) Opõe-se à alteração e notifica a entidade responsável pela gestão, no prazo de 15 dias úteis a contar
da receção das referidas informações; e
b) Informa as autoridades competentes do Estado-Membro de acolhimento do OICVM da decisão
prevista na alínea anterior;
c) Toma as medidas necessárias, incluindo a proibição de comercialização do OICVM, se necessário, e
notifica imediatamente a autoridade competente do Estado-Membro de acolhimento do OICVM das
medidas adotadas, caso a entidade responsável pela gestão efetue a alteração pretendida após a
notificação da oposição referida na alínea a).
4 - A entidade responsável pela gestão de OICVM autorizado em Portugal que comercialize as unidades
de participação noutro Estado membro notifica, cumulativamente à comunicação prevista no n.º 9 do
artigo 18.º, as autoridades competentes do Estado membro de acolhimento da suspensão das operações
de subscrição e resgate.
Artigo 203.º
Atualização de informações
1 - A entidade responsável pela gestão de OICVM autorizado em Portugal que comercialize as unidades
de participação noutro Estado membro notifica as autoridades competentes do Estado membro de
acolhimento de quaisquer alterações aos documentos referidos no n.º 3 do artigo anterior, indicando o
modo de aceder, por via eletrónica, às versões atualizadas.
2 - Em caso de alteração das informações respeitantes às modalidades previstas para a
comercialização comunicadas na carta de notificação ou de alteração das categorias de unidades de
participação a comercializar, a entidade responsável pela gestão do OICVM autorizado em Portugal
comunica-as por escrito às autoridades competentes do Estado membro de acolhimento antes de estas
produzirem efeitos.
322
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3 - A entidade responsável pela gestão de OICVM autorizado em Portugal que comercialize as unidades
de participação noutro Estado membro notifica, cumulativamente à comunicação prevista no n.º 9 do
artigo 18.º, as autoridades competentes do Estado membro de acolhimento da suspensão das operações
de subscrição e resgate.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 203.º
Atualização de informações
Artigo 203.º-A
Cessação da comercialização de OICVM na União Europeia
a) Apresentação ao público, durante o prazo mínimo de 30 dias úteis, de uma oferta de recompra ou de
resgate das unidades de participação, livre de quaisquer encargos ou deduções, e transmitida
individualmente, de forma direta ou através de intermediário financeiro, a todos os investidores nesse
Estado-Membro cuja identidade seja conhecida;
b) Divulgação da intenção de cessar a comercialização dessas unidades de participação através de
suporte acessível ao público que seja habitual na comercialização dos OICVM e adequado ao investidor
típico, incluindo por meios eletrónicos;
c) Alteração ou revogação dos contratos celebrados com intermediário financeiro ou seu representante,
com efeitos a partir da data da retirada da notificação, para impedir novas ofertas ou colocações, diretas
ou indiretas, de unidades de participação.
2 - As informações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior são prestadas na língua oficial ou
numa das línguas oficiais do Estado-Membro de acolhimento do OICVM, ou numa língua aprovada
pelas autoridades competentes desse Estado-Membro, e descrevem, de forma clara, as consequências
para os investidores da não aceitação da oferta de resgate ou de recompra das suas unidades de
participação.
3 - A partir da data referida na alínea c) do n.º 1, cessa qualquer nova oferta ou colocação, direta ou
indireta, das unidades de participação do OICVM que tenham sido objeto da retirada da notificação
nesse Estado-Membro.
4 - A entidade responsável pela gestão notifica a CMVM das informações referidas no n.º 1 que, após
verificar a sua completude, as transmite à autoridade competente do Estado-Membro de acolhimento do
OICVM e à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados no prazo de 15 dias úteis a
contar da receção da notificação completa.
5 - A CMVM notifica de imediato a entidade responsável pela gestão de que procedeu à transmissão da
notificação referida no número anterior.
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CAPÍTULO III
Da atividade dos organismos de investimento alternativo
SECÇÃO I
Regimes particulares
SUBSECÇÃO I
Organismos de investimento imobiliário
DIVISÃO I
Património e funcionamento
Artigo 204.º
Imóveis integrantes do património
1 - O ativo de um organismo de investimento imobiliário pode ser constituído por imóveis que
correspondam a prédios urbanos ou frações autónomas.
2 - Os imóveis referidos no número anterior podem ser detidos em direito de propriedade, de superfície
ou outros direitos com conteúdo equivalente.
3 - Apenas podem ser adquiridos para os organismos de investimento imobiliário imóveis em regime
de compropriedade nas seguintes situações:
Artigo 205.º
Participações em sociedades imobiliárias integrantes do património
a) Cujo objeto social se enquadre exclusivamente numa das atividades que podem ser diretamente
desenvolvidas pelos organismos de investimento imobiliário;
b) Cujo ativo seja composto por um mínimo de dois terços de imóveis passíveis de integrar diretamente
a carteira do organismo de investimento imobiliário;
c) Que não detenha participações sociais em quaisquer outras sociedades;
d) Que tenha sede estatutária e administração central num dos Estados membros ou Estados membros
da OCDE no qual o respetivo organismo de investimento imobiliário pode investir;
e) Cujas contas sejam sujeitas a regime equivalente ao dos organismos de investimento imobiliário em
matéria de revisão independente e de reporte à CMVM de informação financeira;
f) Que se comprometa contratualmente com a entidade responsável pela gestão do organismo de
investimento imobiliário a prestar toda a informação que esta deva remeter à CMVM;
g) Cujos imóveis e outros ativos que integrem o respetivo património ou por esta tenham sido
adquiridos, explorados ou alienados, sejam aplicados princípios equiparáveis ao regime aplicável aos
324
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a) Definir os termos em que são valorizadas as participações das sociedades imobiliárias a adquirir e
detidas pelos organismos de investimento imobiliário;
b) Impor condições adicionais de transparência para que as sociedades imobiliárias possam, em
qualquer momento, integrar o ativo dos organismos de investimento imobiliário.
Artigo 206.º
Unidades de participação integrantes do património
Artigo 207.º
Instrumentos financeiros derivados integrantes do património
1 - Podem ainda integrar o património dos OII instrumentos financeiros derivados para cobertura do
risco dos ativos dos organismos sob gestão, cujo ativo subjacente e maturidade correspondam à natureza
dos ativos e passivos detidos pelos OII.
2 - Tendo por base requerimento fundamentado da entidade responsável pela gestão, a CMVM pode
autorizar a utilização de outro tipo de instrumentos financeiros derivados.
3 - A exposição resultante aos ativos subjacentes dos instrumentos financeiros derivados não pode ser
superior ao valor do património líquido do OII.
4 - Sempre que sejam utilizados instrumentos financeiros derivados transacionados no mercado de
balcão, o OII não pode, relativamente a cada contraparte, apresentar uma exposição superior a um terço
do seu património, medida nos termos do número anterior.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 207.º
Instrumentos financeiros derivados integrantes do património
2 - Tendo por base requerimento fundamentado da entidade responsável pela gestão, a CMVM pode
autorizar a utilização de outro tipo de instrumentos financeiros derivados.
3 - A exposição resultante aos ativos subjacentes dos instrumentos financeiros derivados não pode ser
superior ao valor do património líquido do fundo.
4 - Sempre que sejam utilizados instrumentos financeiros derivados transacionados fora de mercado
regulamentado ou em sistema de negociação multilateral, o fundo não pode, relativamente a cada
contraparte, apresentar uma exposição superior a um terço do seu património, medida nos termos do
número anterior.
Artigo 208.º
Liquidez integrante do património
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 208.º
Liquidez integrante do património
1 - O património de um organismo de investimento imobiliário pode ainda ser constituído por liquidez.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se liquidez depósitos bancários,
certificados de depósito, unidades de participação de organismos de investimento do mercado
monetário ou do mercado monetário de curto prazo e instrumentos financeiros emitidos ou garantidos
por um Estado membro com prazo de vencimento residual inferior a 12 meses.
Artigo 209.º
Ativos não elegíveis do organismo de investimento imobiliário
Não podem integrar o património dos organismos de investimento imobiliário os ativos com ónus ou
encargos que dificultem excessivamente a sua alienação, nomeadamente os ativos objeto de garantias
reais, penhoras ou procedimentos cautelares.
Artigo 210.º
Atividades e operações permitidas
326
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DIVISÃO II
Organismos de investimento imobiliário abertos
Artigo 211.º
Património dos organismos de investimento imobiliário abertos
1 - Sem prejuízo das regras gerais previstas na divisão I da presente subsecção, aos OII abertos são
aplicáveis as seguintes regras:
a) O valor dos ativos imobiliários não pode representar menos de dois terços do ativo total do organismo;
b) O valor dos imóveis não pode representar menos de um terço do ativo total do OII;
c) O valor de um imóvel ou de outro ativo imobiliário não pode representar mais de 20 % do ativo total
do organismo;
d) O valor dos imóveis arrendados, ou objeto de outras formas de exploração onerosa, não pode
representar menos de 10 % do ativo total do organismo;
e) O valor dos imóveis arrendados, ou objeto de outras formas de exploração onerosa, não pode superar
20 % do ativo total do organismo quando a contraparte ou contrapartes sejam:
2 - Os OII abertos devem dispor de liquidez suficiente para satisfazer as suas obrigações de resgate de
unidades de participação.
3 - Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1, constitui um imóvel o conjunto das frações autónomas
de um mesmo edifício submetido ao regime da propriedade horizontal e o conjunto de edifícios
contíguos funcionalmente ligados entre si pela existência de partes comuns afetas ao uso de todas ou
algumas unidades ou frações que os compõem.
4 - As participações em sociedades imobiliárias e as unidades de participação de outros OII são contadas
para efeitos do cumprimento do limite mínimo de detenção de ativos imobiliários pelo organismo
adquirente.
5 - Os limites definidos nas alíneas a), b) e d) a f) do n.º 1 são aferidos em relação à média dos valores
verificados no final de cada um dos últimos seis meses e aplicam-se a partir dos primeiros dois anos de
atividade do OII.
6 - Em casos devidamente fundamentados pela entidade responsável pela gestão, pode a CMVM
autorizar que os OII detenham transitoriamente uma estrutura patrimonial que não respeite algumas das
alíneas do n.º 1.
7 - A CMVM pode fixar regras técnicas sobre a estrutura patrimonial dos OII.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 211.º
Património dos organismos de investimento imobiliário abertos
d) O valor dos imóveis arrendados, ou objeto de outras formas de exploração onerosa, não pode
representar menos de 10 % do ativo total do organismo;
e) O valor dos imóveis arrendados, ou objeto de outras formas de exploração onerosa, não pode
superar 20 % do ativo total do organismo quando a contraparte ou contrapartes sejam:
i) Entidades previstas nas alíneas a) a h) do n.º 1 do artigo 147.º;
ii) Entidades que, nos termos da lei, se encontrem em relação de domínio ou de grupo, ou que sejam
dominadas, direta ou indiretamente, por uma mesma pessoa, singular ou coletiva.
f) As participações em sociedades imobiliárias admitidas à negociação em mercado regulamentado ou
em sistema de negociação multilateral não podem representar mais de 25 % do ativo total do
organismo;
g) Só podem investir em imóveis localizados em Estados membros ou em países membros da OCDE,
não podendo os investimentos fora da União Europeia representar mais de 25 % do ativo total do
organismo de investimento imobiliário;
h) O endividamento não pode representar mais de 25 % do ativo total do organismo.
2 - Os organismos de investimento imobiliário abertos devem dispor de liquidez suficiente para
satisfazer as suas obrigações de resgate de unidades de participação.
3 - Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1, constitui um imóvel o conjunto das frações autónomas
de um mesmo edifício submetido ao regime da propriedade horizontal e o conjunto de edifícios
contíguos funcionalmente ligados entre si pela existência de partes comuns afetas ao uso de todas ou
algumas unidades ou frações que os compõem.
4 - As participações em sociedades imobiliárias e as unidades de participação de outros organismos
de investimento imobiliário são contadas para efeitos do cumprimento do limite mínimo de detenção
de ativos imobiliários pelo organismo adquirente.
5 - Os limites definidos nas alíneas a), b) e d) a f) do n.º 1 são aferidos em relação à média dos valores
verificados no final de cada um dos últimos seis meses e aplicam-se a partir dos primeiros dois anos
de atividade do organismo de investimento imobiliário.
6 - Em casos devidamente fundamentados pela entidade responsável pela gestão, pode a CMVM
autorizar que os organismos de investimento imobiliário detenham transitoriamente uma estrutura
patrimonial que não respeite algumas das alíneas do n.º 1.
7 - A CMVM pode fixar regras técnicas sobre a estrutura patrimonial dos organismos de investimento
imobiliário.
DIVISÃO III
Organismos de investimento imobiliário fechados
Artigo 212.º
Património dos organismos de investimento imobiliário fechados de subscrição pública
1 - Sem prejuízo das regras gerais previstas na divisão I da presente subsecção, aos OII fechados objeto
de oferta pública de subscrição é aplicável o disposto no artigo anterior, com as seguintes adaptações:
2 - Em caso de aumento de capital do OII, os limites definidos na alínea a) do n.º 1 do artigo anterior
aplicam-se a partir de um ano a contar da data do referido aumento.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
328
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Artigo 212.º
Património dos organismos de investimento imobiliário fechados de subscrição pública
Artigo 213.º
Assunção de dívidas
O regulamento de gestão dos organismos de investimento imobiliário fechados pode prever que,
mediante deliberação favorável da assembleia de participantes, os participantes dos organismos de
investimento imobiliário de subscrição particular previstos no artigo seguinte assumam as dívidas
destes, desde que haja acordo dos respetivos credores e que seja assegurado que as dívidas
supervenientes à extinção dos organismos de investimento imobiliário são da responsabilidade das suas
entidades responsáveis pela gestão.
Artigo 214.º
Organismos de investimento imobiliário de subscrição particular
1 - Sem prejuízo das regras gerais previstas na divisão I da presente subsecção, aos OII de subscrição
particular cujo número de participantes seja superior a cinco, não sendo estes exclusivamente
investidores profissionais, são aplicáveis:
2 - Sem prejuízo das regras gerais de elegibilidade previstas na divisão I da presente subsecção, aos OII
de subscrição particular cujos participantes não reúnam as caraterísticas referidas no número anterior
são aplicáveis:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 214.º
Organismos de investimento imobiliário de subscrição particular
DIVISÃO IV
Organismos especiais de investimento imobiliário
Artigo 215.º
Património e limites dos organismos especiais de investimento imobiliário
1 - Os organismos especiais de investimento imobiliário podem investir nos ativos referidos no número
seguinte e são comercializados junto de segmentos específicos de investidores definidos no regulamento
de gestão e prospeto.
2 - Além dos ativos em geral elegíveis para integrar o património dos OII, são ainda elegíveis para
integrar o património de organismos especiais de investimento imobiliário os prédios mistos ou rústicos,
simples direitos de exploração sobre imóveis e instrumentos financeiros derivados para qualquer
finalidade.
3 - Aos organismos especiais de investimento imobiliário são aplicáveis, além dos demais limites
definidos nos documentos constitutivos, os seguintes:
a) O limite ao investimento previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 211.º caso o organismo seja aberto,
salvo tratando-se de organismo que preveja investir 50 % ou mais do seu ativo total em unidades de
participação de OII;
b) O limite ao endividamento previsto na alínea h) do n.º 1 do artigo 211.º ou na alínea d) do n.º 1 do
artigo 212.º, caso o organismo seja aberto ou fechado de subscrição pública, respetivamente.
c) O limite ao investimento previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 211.º.
Artigo 215.º
Património e limites dos organismos especiais de investimento imobiliário
1 - Os organismos especiais de investimento imobiliário podem investir nos ativos referidos no número
seguinte e são comercializados junto de segmentos específicos de investidores definidos no regulamento
de gestão e prospeto.
2 - Além dos ativos em geral elegíveis para integrar o património dos OII, são ainda elegíveis para
integrar o património de organismos especiais de investimento imobiliário os prédios mistos ou
rústicos, simples direitos de exploração sobre imóveis e instrumentos financeiros derivados para
qualquer finalidade.
330
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3 - Aos organismos especiais de investimento imobiliário são aplicáveis, além dos demais limites
definidos nos documentos constitutivos, os seguintes:
a) O limite ao investimento previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 211.º caso o organismo seja aberto,
salvo tratando-se de organismo que preveja investir 50 % ou mais do seu ativo total em unidades de
participação de OII;
b) O limite ao endividamento previsto na alínea h) do n.º 1 do artigo 211.º ou na alínea d) do n.º 1 do
artigo 212.º, caso o organismo seja aberto ou fechado de subscrição pública, respetivamente.
4 - Na ausência da definição dos limites na política de investimento, aplicam-se os limites estabelecidos
para os OII, consoante a sua espécie e natureza.
5 - Os organismos especiais de investimento imobiliário abertos ou fechados objeto de oferta pública
de subscrição cujo património integre prédios rústicos não podem investir:
a) Mais de 20 % do ativo total do organismo de investimento no mesmo município ou circunscrição
territorial equivalente; e
b) Mais de 30 % do ativo total do organismo de investimento em municípios, ou circunscrições
territoriais equivalentes contíguos.
6 - Os limites previstos no número anterior são de 50 %, caso os organismos especiais de investimento
imobiliário tenham subscrito um seguro que cubra o respetivo património.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 215.º
Património e limites dos organismos especiais de investimento imobiliário
1 - Os organismos especiais de investimento imobiliário podem investir nos ativos referidos no número
seguinte e são comercializados junto de segmentos específicos de investidores definidos no regulamento
de gestão e prospeto.
2 - Além dos ativos em geral elegíveis para integrar o património dos organismos de investimento
imobiliário, são ainda elegíveis para integrar o património de organismos especiais de investimento
imobiliário os prédios mistos ou rústicos, simples direitos de exploração sobre imóveis e instrumentos
financeiros derivados para qualquer finalidade.
3 - Aos organismos especiais de investimento imobiliário são aplicáveis, além dos demais limites
definidos nos documentos constitutivos, o limite ao investimento previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo
211.º e ainda:
a) O limite previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 211.º, salvo tratando-se de organismo que preveja
investir 50 % ou mais do seu ativo total em unidades de participação de organismos de investimento
imobiliário;
b) O limite ao endividamento previsto na alínea h) do n.º 1 do artigo 211.º ou na alínea d) do n.º 1 do
artigo 212.º, consoante o organismo seja aberto ou fechado, respetivamente.
4 - Na ausência da definição dos limites na política de investimento, aplicam-se os limites estabelecidos
para os organismos de investimento imobiliários, consoante a sua espécie e natureza.
5 - Os organismos especiais de investimento imobiliário abertos ou fechados objeto de oferta pública
de subscrição cujo património integre prédios rústicos não podem investir:
a) Mais de 20 % do ativo total do organismo de investimento no mesmo município ou circunscrição
territorial equivalente; e
b) Mais de 30 % do ativo total do organismo de investimento em municípios, ou circunscrições
territoriais equivalentes contíguos.
6 - Os limites previstos no número anterior são de 50 %, caso os organismos especiais de investimento
imobiliário tenham subscrito um seguro que cubra o respetivo património.
Artigo 216.º
Regulamento de gestão
Sem prejuízo da demais informação em geral exigida, o regulamento de gestão dos organismos especiais
de investimento imobiliário define, em particular, o tipo de ativos que podem integrar a respetiva
carteira e seus limites.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 216.º
Regulamento de gestão
Sem prejuízo da demais informação em geral exigida, o regulamento de gestão dos organismos
especiais de investimento imobiliário define, em particular, o tipo de ativos que podem integrar a
respetiva carteira e seus limites, assegurando a diversificação de carteira nos termos previstos na
alínea a) do n.º 3 do artigo 218.º.
Artigo 217.º
Subscrições e resgates de organismos especiais de investimento imobiliário
a) (euro) 15 000; ou
b) Montante diferente, atentas as características específicas de cada organismo especial de investimento
imobiliário, a pedido do requerente ou determinado pela CMVM.
2 - Não são aplicáveis os limites previstos no número anterior sempre que o organismo especial de
investimento imobiliário em causa ou os participantes beneficiem de uma garantia do capital investido.
SUBSECÇÃO II
Organismos de investimento em ativos não financeiros e organismos de investimento alternativo
em valores mobiliários
Artigo 218.º
Património e documentos constitutivos
1 - O OIAnF investe:
a) Um mínimo de 30 % do respetivo valor líquido global em ativos não financeiros, desde que sejam
bens duradouros e tenham valor determinável;
b) Um máximo de 25 % do respetivo valor líquido global em imóveis e unidades de participação em
OII e participações em sociedades imobiliárias não admitidas à negociação em mercado regulamentado.
2 - Sem prejuízo do disposto no ponto 1.º) da subalínea ii) da alínea aa) do n.º 1 do artigo 2.º, o OIAVM
apenas pode investir em unidades de participação de OII e ações de sociedades imobiliárias até um
limite de 10 % do valor líquido global.
3 - Os documentos constitutivos do OIAVM e do OIAnF concretizam, em particular:
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 218.º
Património e documentos constitutivos
SECÇÃO II
Informação
Artigo 219.º
Possibilidade de transferência e reutilização de ativos pelo corretor principal
2 - O corretor principal pode ainda transferir os ativos, respeitados os termos previstos no número
anterior.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 219.º
Possibilidade de transferência e reutilização de ativos
Artigo 220.º
Informação financeira
A entidade responsável pela gestão informa os participantes, com uma periodicidade mínima anual, em
termos adequados ao seu conhecimento, da evolução do risco e rentabilidade do organismo de
investimento alternativo, incluindo uma descrição das respetivas condicionantes e de quaisquer factos
relevantes, com impacto no valor do património do mesmo.
Artigo 221.º
Divulgação de informação aos investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão devem, para cada um dos OIA sob gestão ou comercializados
em Portugal em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto de investidores profissionais,
disponibilizar aos investidores, nos termos do artigo 163.º, de acordo com os respetivos documentos
constitutivos e antes de efetuado o investimento nesses organismos, as seguintes informações:
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
i) Significativa das informações referidas no número anterior, definida nos termos doRegulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013 da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012;
ii) Do regime de responsabilidade aplicável ao depositário.
3 - A alteração referida na subalínea i) da alínea b) do número anterior deve ainda ser identificada no
relatório e contas anuais do OIA dirigido exclusivamente a investidores profissionais.
4 - Tratando-se de OIA que obtenha capitais exclusivamente junto de investidores profissionais e que
seja obrigado a publicar um prospeto nos termos do Código dos Valores Mobiliários, apenas têm de ser
divulgadas aos investidores as informações referidas nos números anteriores que sejam complementares
às informações constantes do prospeto, quer separadamente, quer como anexo ao prospeto.
5 - As entidades responsáveis pela gestão devem divulgar periodicamente aos investidores, em relação
a cada um dos OIA sob gestão e a cada um dos OIA de país terceiro que comercializam:
a) A percentagem dos ativos do OIA sujeita a mecanismos especiais decorrentes da sua natureza
ilíquida;
b) Quaisquer novos mecanismos de gestão da liquidez do OIA;
c) O perfil de risco atual do OIA e os sistemas de gestão de riscos adotados pela entidade responsável
pela gestão do mesmo.
6 - As entidades responsáveis pela gestão que utilizam o efeito de alavancagem devem divulgar
periodicamente aos investidores, em relação a cada um dos OIA sob gestão e a cada um dos OIA de
país terceiro que comercializem em Portugal:
a) Quaisquer alterações do nível máximo do efeito de alavancagem a que a entidade responsável pela
gestão poderá recorrer por conta do OIA, bem como quaisquer direitos de reutilização de garantias
prestadas ao abrigo do acordo relativo ao efeito de alavancagem;
b) O valor total do efeito de alavancagem a que o OIA recorreu.
8 - A informação a divulgar nos termos dos n.ºs 1 e 4 anteriores inclui ainda os elementos previstos no
artigo 14.º do Regulamento (UE) n.º 2015/2365, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de
novembro de 2015, relativo à transparência das operações de financiamento através de valores
mobiliários e de reutilização e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012.
Artigo 221.º
Divulgação de informação aos investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão devem, para cada um dos OIA sob gestão ou comercializados
em Portugal em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto de investidores profissionais,
disponibilizar aos investidores, nos termos do artigo 163.º, de acordo com os respetivos documentos
constitutivos e antes de efetuado o investimento nesses organismos, as seguintes informações:
a) Descrição da estratégia e dos objetivos de investimento do OIA;
b) Informação sobre o local de estabelecimento do eventual OIA de tipo principal e sobre o local de
estabelecimento dos organismos de tipo de alimentação, se aplicável;
c) Descrição dos tipos de ativos em que o OIA pode investir e das técnicas que pode utilizar, com todos
os riscos que lhes estejam associados;
d) Limitações aplicáveis ao investimento;
e) Circunstâncias em que o OIA poderá recorrer ao efeito de alavancagem, tipos e fontes de efeito de
alavancagem permitidos e os riscos que lhes estão associados, restrições à utilização desse mecanismo,
informação referente ao nível máximo do efeito de alavancagem que a entidade responsável pela gestão
pode utilizar em nome do OIA e eventuais disposições relativas à reutilização de ativos e de garantias;
f) Descrição dos procedimentos pelos quais o OIA poderá alterar a sua estratégia de investimento, a
sua política de investimento ou ambas;
g) Descrição das principais implicações legais da relação contratual acordada para efeitos de
investimento, incluindo informação sobre jurisdição, lei aplicável e existência, ou não, de qualquer
instrumento legal que garanta o reconhecimento e a aplicação de sentenças no Estado ou território em
que o OIA se encontra estabelecido;
h) Identificação da entidade responsável pela gestão, do depositário, do auditor e de qualquer outra
entidade que preste serviços ao OIA, com uma descrição das respetivas obrigações e dos direitos dos
investidores;
i) Descrição da forma como a entidade responsável pela gestão cumpre os requisitos previstos no n.º 3
do artigo 71.º-M;
j) Descrição das funções de gestão subcontratadas pela entidade responsável pela gestão do OIA e das
funções de guarda subcontratadas pelo depositário, com identificação do subcontratado e dos conflitos
de interesses eventualmente resultantes de tais subcontratações;
k) Descrição do processo de avaliação e da valorização dos ativos, nomeadamente os métodos
aplicados para a determinação do valor dos ativos de difícil avaliação, nos termos dos artigos 93.º a
95.º;
l) Descrição da gestão dos riscos de liquidez do OIA, incluindo direitos de reembolso em circunstâncias
normais e em circunstâncias excecionais, e condições de reembolso previstas no regulamento de
gestão;
m) Descrição de todas as remunerações, encargos e despesas direta ou indiretamente suportadas pelos
investidores e indicação do valor máximo aplicável;
n) Descrição da forma pela qual a entidade responsável pela gestão do OIA assegura um tratamento
equitativo aos investidores e, caso haja categorias de unidades de participação com direitos especiais,
descrição das características desse tratamento preferencial, com indicação do tipo de investidores que
pode subscrever tais unidades de participação e, se aplicável, as relações jurídicas ou económicas
existentes com o OIA ou com a entidade responsável pela gestão do mesmo;
o) Relatório e contas anuais mais recentes;
p) Termos e condições de emissão e de venda de unidades de participação;
q) O último valor patrimonial líquido do OIA ou o último preço de mercado da unidade de participação
do OIA, nos termos do artigo 143.º;
r) Evolução histórica dos resultados do OIA, se disponível;
s) Identidade do corretor principal, descrição de qualquer acordo relevante do OIA com os seus
corretores principais, forma como os conflitos de interesses nessa matéria são geridos, indicação das
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 221.º
Divulgação de informação aos investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão devem, para cada um dos OIA sob gestão ou comercializados
em Portugal em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto de investidores profissionais,
disponibilizar aos investidores, nos termos do artigo 163.º, de acordo com os respetivos documentos
constitutivos e antes de efetuado o investimento nesses organismos, as seguintes informações:
a) Descrição da estratégia e dos objetivos de investimento do organismo de investimento alternativo;
b) Informação sobre o local de estabelecimento do eventual OIA de tipo principal e sobre o local de
estabelecimento dos organismos de tipo de alimentação, se aplicável;
c) Descrição dos tipos de ativos em que o organismo de investimento alternativo pode investir e das
técnicas que pode utilizar, com todos os riscos que lhes estejam associados;
d) Limitações aplicáveis ao investimento;
e) Circunstâncias em que o organismo de investimento alternativo poderá recorrer ao efeito de
alavancagem, tipos e fontes de efeito de alavancagem permitidos e os riscos que lhes estão associados,
restrições à utilização desse mecanismo, informação referente ao nível máximo do efeito de
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
alavancagem que a entidade responsável pela gestão pode utilizar em nome do organismo de
investimento alternativo e eventuais disposições relativas à reutilização de ativos e de garantias;
f) Descrição dos procedimentos pelos quais o organismo de investimento alternativo poderá alterar a
sua estratégia de investimento, a sua política de investimento ou ambas;
g) Descrição das principais implicações legais da relação contratual acordada para efeitos de
investimento, incluindo informação sobre jurisdição, lei aplicável e existência, ou não, de qualquer
instrumento legal que garanta o reconhecimento e a aplicação de sentenças no Estado ou território em
que o organismo de investimento alternativo se encontra estabelecido;
h) Identificação da entidade responsável pela gestão, do depositário, do auditor e de qualquer outra
entidade que preste serviços ao organismo de investimento alternativo, com uma descrição das
respetivas obrigações e dos direitos dos investidores;
i) Descrição da forma como a entidade responsável pela gestão cumpre os requisitos previstos no n.º 7
do artigo 71.º;
j) Descrição das funções de gestão subcontratadas pela entidade responsável pela gestão do organismo
de investimento alternativo e das funções de guarda subcontratadas pelo depositário, com identificação
do subcontratado e dos conflitos de interesses eventualmente resultantes de tais subcontratações;
k) Descrição do processo de avaliação e da valorização dos ativos, nomeadamente os métodos
aplicados para a determinação do valor dos ativos de difícil avaliação, nos termos dos artigos 93.º a
95.º;
l) Descrição da gestão dos riscos de liquidez do organismo de investimento alternativo, incluindo
direitos de reembolso em circunstâncias normais e em circunstâncias excecionais, e condições de
reembolso previstas no regulamento de gestão;
m) Descrição de todas as remunerações, encargos e despesas direta ou indiretamente suportadas pelos
investidores e indicação do valor máximo aplicável;
n) Descrição da forma pela qual a entidade responsável pela gestão do organismo de investimento
alternativo assegura um tratamento equitativo aos investidores e, caso haja categorias de unidades de
participação com direitos especiais, descrição das características desse tratamento preferencial, com
indicação do tipo de investidores que pode subscrever tais unidades de participação e, se aplicável, as
relações jurídicas ou económicas existentes com o organismo de investimento alternativo ou com a
entidade responsável pela gestão do mesmo;
o) Relatório e contas anuais mais recentes;
p) Termos e condições de emissão e de venda de unidades de participação;
q) O último valor patrimonial líquido do organismo de investimento alternativo ou o último preço de
mercado da unidade de participação do organismo de investimento alternativo, nos termos do artigo
143.º;
r) Evolução histórica dos resultados do organismo de investimento alternativo, se disponível;
s) Identidade do corretor principal, descrição de qualquer acordo relevante do organismo de
investimento alternativo com os seus corretores principais, forma como os conflitos de interesses nessa
matéria são geridos, indicação das eventuais disposições do contrato celebrado com o depositário
relativas à possibilidade de transferência e reutilização de ativos do organismo de investimento
alternativo e informação relativa à transferência de responsabilidade para o corretor principal;
t) Indicação de como e quando serão divulgadas as informações exigidas nos n.ºs 5 e 6.
2 - A entidade responsável pela gestão deve ainda informar os investidores:
a) Previamente ao investimento no organismo de investimento alternativo, de qualquer acordo feito
pelo depositário de exclusão contratual da sua responsabilidade, nos termos do n.º 6 do artigo 122.º;
b) De imediato, de qualquer alteração:
i) Significativa das informações referidas no número anterior, definida nos termos do Regulamento
Delegado (UE) n.º 231/2013 da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012;
ii) Do regime de responsabilidade aplicável ao depositário.
3 - A alteração referida na subalínea i) da alínea b) do número anterior deve ainda ser identificada no
relatório e contas anuais do organismo de investimento alternativo dirigido exclusivamente a
investidores profissionais.
4 - Tratando-se de organismo de investimento alternativo, em que exista obtenção de capitais
exclusivamente junto de investidores profissionais, obrigado a publicar um prospeto por força do
disposto nos artigos 134.º ou 236.º ambos do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-
Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, apenas terão de ser divulgadas aos investidores as informações
referidas nos números anteriores que sejam complementares às informações constantes do prospeto,
quer separadamente, quer como anexo ao prospeto.
338
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
5 - As entidades responsáveis pela gestão devem divulgar periodicamente aos investidores, em relação
a cada um dos OIA sob gestão e a cada um dos OIA de país terceiro que comercializam:
a) A percentagem dos ativos do organismo de investimento alternativo sujeita a mecanismos especiais
decorrentes da sua natureza ilíquida;
b) Quaisquer novos mecanismos de gestão da liquidez do organismo de investimento alternativo;
c) O perfil de risco atual do organismo de investimento alternativo e os sistemas de gestão de riscos
adotados pela entidade responsável pela gestão do mesmo.
6 - As entidades responsáveis pela gestão que utilizam o efeito de alavancagem devem divulgar
periodicamente aos investidores, em relação a cada um dos OIA sob gestão e a cada um dos OIA de
país terceiro que comercializem em Portugal:
a) Quaisquer alterações do nível máximo do efeito de alavancagem a que a entidade responsável pela
gestão poderá recorrer por conta do organismo de investimento alternativo, bem como quaisquer
direitos de reutilização de garantias prestadas ao abrigo do acordo relativo ao efeito de alavancagem;
b) O valor total do efeito de alavancagem a que o organismo de investimento alternativo recorreu.
7 - A prestação de informação aos investidores ao abrigo dos n.ºs 5 e 6 obedece ao disposto no
Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013 da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
8 - A informação a divulgar nos termos dos n.ºs 1 e 4 anteriores inclui ainda os elementos previstos no
artigo 14.º do Regulamento (UE) n.º 2015/2365, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de
novembro de 2015, relativo à transparência das operações de financiamento através de valores
mobiliários e de reutilização e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012.
(Redação da Lei n.º 35/2018, de 20 de julho – com início de vigência em 1 de agosto de 2018)
Artigo 221.º
Divulgação de informação aos investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão devem, para cada um dos OIA sob gestão ou comercializados
em Portugal em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto de investidores profissionais,
disponibilizar aos investidores, nos termos do artigo 163.º, de acordo com os respetivos documentos
constitutivos e antes de efetuado o investimento nesses organismos, as seguintes informações:
a) Descrição da estratégia e dos objetivos de investimento do organismo de investimento alternativo;
b) Informação sobre o local de estabelecimento do eventual OIA de tipo principal e sobre o local de
estabelecimento dos organismos de tipo de alimentação, se aplicável;
c) Descrição dos tipos de ativos em que o organismo de investimento alternativo pode investir e das
técnicas que pode utilizar, com todos os riscos que lhes estejam associados;
d) Limitações aplicáveis ao investimento;
e) Circunstâncias em que o organismo de investimento alternativo poderá recorrer ao efeito de
alavancagem, tipos e fontes de efeito de alavancagem permitidos e os riscos que lhes estão associados,
restrições à utilização desse mecanismo, informação referente ao nível máximo do efeito de
alavancagem que a entidade responsável pela gestão pode utilizar em nome do organismo de
investimento alternativo e eventuais disposições relativas à reutilização de ativos e de garantias;
f) Descrição dos procedimentos pelos quais o organismo de investimento alternativo poderá alterar a
sua estratégia de investimento, a sua política de investimento ou ambas;
g) Descrição das principais implicações legais da relação contratual acordada para efeitos de
investimento, incluindo informação sobre jurisdição, lei aplicável e existência, ou não, de qualquer
instrumento legal que garanta o reconhecimento e a aplicação de sentenças no Estado ou território em
que o organismo de investimento alternativo se encontra estabelecido;
h) Identificação da entidade responsável pela gestão, do depositário, do auditor e de qualquer outra
entidade que preste serviços ao organismo de investimento alternativo, com uma descrição das
respetivas obrigações e dos direitos dos investidores;
i) Descrição da forma como a entidade responsável pela gestão cumpre os requisitos previstos no n.º 7
do artigo 71.º;
j) Descrição das funções de gestão subcontratadas pela entidade responsável pela gestão do organismo
de investimento alternativo e das funções de guarda subcontratadas pelo depositário, com identificação
do subcontratado e dos conflitos de interesses eventualmente resultantes de tais subcontratações;
k) Descrição do processo de avaliação e da valorização dos ativos, nomeadamente os métodos
aplicados para a determinação do valor dos ativos de difícil avaliação, nos termos dos artigos 93.º a
95.º;
339
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
340
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 221.º
Divulgação de informação aos investidores
1 - As entidades responsáveis pela gestão devem, para cada um dos organismos de investimento
alternativo sob gestão ou comercializados em Portugal em que exista obtenção de capitais
exclusivamente junto de investidores qualificados, disponibilizar aos investidores, nos termos do artigo
163.º, de acordo com os respetivos documentos constitutivos e antes de efetuado o investimento nesses
organismos, as seguintes informações:
a) Descrição da estratégia e dos objetivos de investimento do organismo de investimento alternativo;
b) Informação sobre o local de estabelecimento do eventual organismo de investimento alternativo de
tipo principal e sobre o local de estabelecimento dos fundos de tipo de alimentação, se aplicável;
c) Descrição dos tipos de ativos em que o organismo de investimento alternativo pode investir e das
técnicas que pode utilizar, com todos os riscos que lhes estejam associados;
d) Limitações aplicáveis ao investimento;
e) Circunstâncias em que o organismo de investimento alternativo poderá recorrer ao efeito de
alavancagem, tipos e fontes de efeito de alavancagem permitidos e os riscos que lhes estão associados,
restrições à utilização desse mecanismo, informação referente ao nível máximo do efeito de
alavancagem que a entidade responsável pela gestão pode utilizar em nome do organismo de
investimento alternativo e eventuais disposições relativas à reutilização de ativos e de garantias;
f) Descrição dos procedimentos pelos quais o organismo de investimento alternativo poderá alterar a
sua estratégia de investimento, a sua política de investimento ou ambas;
g) Descrição das principais implicações legais da relação contratual acordada para efeitos de
investimento, incluindo informação sobre jurisdição, lei aplicável e existência, ou não, de qualquer
instrumento legal que garanta o reconhecimento e a aplicação de sentenças no Estado ou território em
que o organismo de investimento alternativo se encontra estabelecido;
h) Identificação da entidade responsável pela gestão, do depositário, do auditor e de qualquer outra
entidade que preste serviços ao organismo de investimento alternativo, com uma descrição das
respetivas obrigações e dos direitos dos investidores;
i) Descrição da forma como a entidade responsável pela gestão cumpre os requisitos previstos no n.º 7
do artigo 71.º;
j) Descrição das funções de gestão subcontratadas pela entidade responsável pela gestão do organismo
de investimento alternativo e das funções de guarda subcontratadas pelo depositário, com identificação
do subcontratado e dos conflitos de interesses eventualmente resultantes de tais subcontratações;
k) Descrição do processo de avaliação e da valorização dos ativos, nomeadamente os métodos
aplicados para a determinação do valor dos ativos de difícil avaliação, nos termos dos artigos 93.º a
95.º;
l) Descrição da gestão dos riscos de liquidez do organismo de investimento alternativo, incluindo
direitos de reembolso em circunstâncias normais e em circunstâncias excecionais, e condições de
reembolso previstas no regulamento de gestão;
m) Descrição de todas as remunerações, encargos e despesas direta ou indiretamente suportadas pelos
investidores e indicação do valor máximo aplicável;
n) Descrição da forma pela qual a entidade responsável pela gestão do organismo de investimento
alternativo assegura um tratamento equitativo aos investidores e, caso haja categorias de unidades de
participação com direitos especiais, descrição das características desse tratamento preferencial, com
indicação do tipo de investidores que pode subscrever tais unidades de participação e, se aplicável, as
relações jurídicas ou económicas existentes com o organismo de investimento alternativo ou com a
entidade responsável pela gestão do mesmo;
o) Relatório e contas anuais mais recentes;
p) Termos e condições de emissão e de venda de unidades de participação;
q) O último valor patrimonial líquido do organismo de investimento alternativo ou o último preço de
mercado da unidade de participação do organismo de investimento alternativo, nos termos do artigo
143.º;
r) Evolução histórica dos resultados do organismo de investimento alternativo, se disponível;
s) Identidade do corretor principal, descrição de qualquer acordo relevante do organismo de
investimento alternativo com os seus corretores principais, forma como os conflitos de interesses nessa
matéria são geridos, indicação das eventuais disposições do contrato celebrado com o depositário
relativas à possibilidade de transferência e reutilização de ativos do organismo de investimento
alternativo e informação relativa à transferência de responsabilidade para o corretor principal;
341
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 222.º
Prestação de informação à CMVM
a) Relatórios sobre os principais mercados e instrumentos em que negoceiam por conta dos OIA sob
gestão;
b) Informações sobre os mercados de que são membros ou onde negoceiam de forma ativa e as
principais posições em risco e concentrações de riscos mais importantes de cada um dos OIA sob gestão.
2 - Em relação a cada um dos OIA constituídos na União Europeia por si geridos ou a cada um dos OIA
comercializados na União Europeia, as entidades referidas no número anterior devem prestar à CMVM
as seguintes informações:
a) Percentagem dos ativos dos OIA sujeita a mecanismos especiais decorrentes da sua natureza ilíquida;
b) Eventuais novos mecanismos de gestão da liquidez do OIA;
c) Perfil de risco atual do OIA e indicação dos sistemas de gestão de riscos utilizados pela entidade
responsável pela gestão do OIA para gerir os riscos de mercado, os riscos de liquidez, os riscos de
contraparte, os riscos operacionais e outros riscos;
d) Principais categorias de ativos em que o OIA investiu; e
e) Resultados dos testes de esforço realizados nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 79.º.
342
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3 - As entidades referidas no n.º 1 devem facultar à CMVM, a pedido desta, os seguintes documentos:
a) Um relatório e contas a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 160.º, por exercício, relativamente
a cada um dos OIA da União Europeia por si geridos e a cada OIA de país terceiro que comercializem
na União Europeia;
b) Uma lista pormenorizada de todos os OIA por si geridos, no final de cada trimestre.
4 - As entidades referidas no n.º 1 que gerem OIA com recurso substancial ao efeito de alavancagem
devem disponibilizar à CMVM informações sobre o nível global do efeito de alavancagem a que
recorreu cada um dos OIA por si geridos, discriminado em termos do efeito de alavancagem por
contração de empréstimos em numerário ou em valores mobiliários e do efeito de alavancagem inerente
a posições sobre derivados financeiros, bem como a medida pela qual os ativos dos OIA foram
reutilizados ao abrigo de mecanismos de alavancagem.
5 - As informações referidas no número anterior devem incluir, para cada um dos OIA geridos pela
entidade responsável pela gestão, a identificação das cinco maiores fontes de financiamento em
numerário ou de valores mobiliários e os montantes de alavancagem recebidos de cada uma destas por
cada um desses OIA.
6 - As entidades gestoras de países terceiros ficam sujeitas às obrigações de prestação de informação a
que se referem os n.ºs 4 e 5 no que respeita aos OIA autorizados em Portugal por si geridos e aos OIA
de país terceiro que comercializem em Portugal.
7 - Caso tal seja necessário para o controlo eficaz do risco sistémico, a CMVM pode, periodicamente
ou de modo aleatório, e sem prejuízo da competência do Banco de Portugal enquanto autoridade
macroprudencial, requerer informações adicionais às entidades referidas no presente artigo, devendo
informar a ESMA dos requisitos de informação adicionais.
8 - A prestação de informação à CMVM nos termos dos n.ºs 1, 2 e 4 a 6 obedece ao disposto no
Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
Artigo 222.º
Prestação de informação à CMVM
recorreu cada um dos OIA por si geridos, discriminado em termos do efeito de alavancagem por
contração de empréstimos em numerário ou em valores mobiliários e do efeito de alavancagem inerente
a posições sobre derivados financeiros, bem como a medida pela qual os ativos dos OIA foram
reutilizados ao abrigo de mecanismos de alavancagem.
5 - As informações referidas no número anterior devem incluir, para cada um dos OIA geridos pela
entidade responsável pela gestão, a identificação das cinco maiores fontes de financiamento em
numerário ou de valores mobiliários e os montantes de alavancagem recebidos de cada uma destas por
cada um desses OIA.
6 - As entidades gestoras de países terceiros ficam sujeitas às obrigações de prestação de informação
a que se referem os n.ºs 4 e 5 no que respeita aos OIA autorizados em Portugal por si geridos e aos
OIA de país terceiro que comercializem em Portugal.
7 - Caso tal seja necessário para o controlo eficaz do risco sistémico, a CMVM pode, periodicamente
ou de modo aleatório, e sem prejuízo da competência do Banco de Portugal enquanto autoridade
macroprudencial, requerer informações adicionais às entidades referidas no presente artigo, devendo
informar a ESMA dos requisitos de informação adicionais.
8 - A prestação de informação à CMVM nos termos dos n.ºs 1, 2 e 4 a 6 obedece ao disposto no
Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 222.º
Prestação de informação à CMVM
Artigo 223.º
Avaliação dos riscos
1 - A informação prestada ao abrigo do artigo anterior deve ser usada pela CMVM e pelo Banco de
Portugal, enquanto autoridade macroprudencial, para avaliar até que ponto o recurso ao efeito de
alavancagem está a contribuir para a acumulação de riscos sistémicos no sistema financeiro, de riscos
de perturbação nos mercados ou de riscos para o crescimento a longo prazo da economia.
2 - A CMVM disponibiliza as informações referidas no artigo anterior e a informação prestada para
efeitos da instrução do procedimento de autorização da entidade responsável pela gestão:
Artigo 223.º
Avaliação dos riscos
1 - A informação prestada ao abrigo do artigo anterior deve ser usada pela CMVM e pelo Banco de
Portugal, enquanto autoridade macroprudencial, para avaliar até que ponto o recurso ao efeito de
alavancagem está a contribuir para a acumulação de riscos sistémicos no sistema financeiro, de riscos
de perturbação nos mercados ou de riscos para o crescimento a longo prazo da economia.
2 - A CMVM disponibiliza as informações referidas no artigo anterior e a informação prestada para
efeitos da instrução do procedimento de autorização e registo da entidade responsável pela gestão:
a) Ao Comité Europeu do Risco Sistémico;
b) À Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados; e
c) Às autoridades competentes dos outros Estados membros interessados.
3 - A CMVM disponibiliza ainda às autoridades competentes dos Estados membros diretamente
interessados, de imediato, informação sobre se uma entidade responsável pela gestão de organismos
de investimento alternativo ou um organismo de investimento alternativo por esta gerido pode
potencialmente constituir uma fonte importante de riscos de contraparte para uma instituição de crédito
ou outras instituições importantes sob o prisma de risco sistémico noutros Estados membros.
4 - As entidades responsáveis pela gestão devem demonstrar que os limites do recurso ao efeito de
alavancagem para cada organismo de investimento alternativo por si gerido são razoáveis e que
cumprem em qualquer momento aqueles limites.
5 - Tendo em conta a avaliação referida no n.º 1 e quando tal seja considerado necessário para
assegurar a integridade e estabilidade do sistema financeiro, a CMVM impõe limites ao nível de
alavancagem que a entidade responsável pela gestão pode utilizar ou outras restrições relativas à
gestão dos organismos de investimento alternativo, a fim de limitar o grau de contribuição do recurso
ao efeito de alavancagem para a acumulação de riscos sistémicos no sistema financeiro ou de riscos
de perturbação dos mercados.
6 - A CMVM remete ao Banco de Portugal a informação necessária para a avaliação referida no n.º 1,
acompanhada de parecer quanto à necessidade de imposição de restrições previstas no número
anterior.
7 - O Banco de Portugal remete à CMVM:
a) O seu parecer vinculativo quanto à necessidade de imposição de restrições previstas no n.º 5 e ao
teor das mesmas;
b) A informação necessária ao cumprimento do dever de colaboração previsto no n.º 2, quando estejam
em causa entidades gestoras autorizadas pelo Banco de Portugal.
8 - A CMVM notifica a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, o Comité
Europeu do Risco Sistémico e as autoridades competentes do Estado membro de origem do organismo
de investimento alternativo em causa das restrições impostas ao abrigo do n.º 5.
9 - A notificação referida no número anterior é:
a) Efetuada com pelo menos 10 dias de antecedência em relação à data em que se pretenda que a
medida proposta comece a produzir efeitos ou seja renovada, salvo ocorrência de circunstâncias
excecionais;
b) Inclui pormenores da medida proposta, as razões da medida e a indicação da data do início de
produção de efeitos.
10 - Se a CMVM propuser ou adotar medidas contrárias à opinião da Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados, emitida na sequência da notificação prevista na alínea b) do número
anterior ou com base nas informações disponibilizadas nos termos do n.º 2, informa essa Autoridade
do facto, indicando as suas razões e solicitando à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos
Mercados notificação prévia caso esta decida publicar as razões apresentadas pela CMVM.
11 - O disposto nos números anteriores não é aplicável à entidade responsável pela gestão que seja
instituição de crédito.
346
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
SECÇÃO III
Obrigações decorrentes de posição de controlo em sociedades não cotadas e em sociedades
emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado
Artigo 224.º
Âmbito de aplicação
2 - A presente secção não se aplica a sociedades não cotadas com as seguintes características:
a) Pequenas e médias empresas na aceção do n.º 1 do artigo 2.º do anexo à Recomendação 2003/361/CE
da Comissão Europeia, de 6 de maio de 2003, relativa à definição de micro, pequenas e médias
empresas;
b) Entidades com fins específicos que tenham por objeto social comprar, deter ou administrar bens
imobiliários.
3 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o n.º 1 do artigo seguinte é igualmente aplicável
às entidades responsáveis pela gestão que gerem organismos de investimento alternativo que adquirem
uma participação sem controlo numa sociedade não cotada.
4 - A presente secção aplica-se ainda às entidades responsáveis pela gestão que gerem organismos de
investimento alternativo que adquiram posição de controlo sobre sociedade emitente, com sede na
União Europeia, de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, nos termos previstos nos
artigos 226.º e 228.º, sendo aplicável:
5 - Para efeitos da presente secção, entende-se por posição de controlo do organismo de investimento
alternativo em sociedade não cotada o equivalente a mais de 50 % dos direitos de voto da sociedade,
considerando-se, além dos direitos de voto por si detidos diretamente, também os direitos de voto das
seguintes entidades:
6 - Para efeitos do número anterior, a percentagem dos direitos de voto é calculada com base na
totalidade das ações às quais estejam associados direitos de voto, mesmo em caso de suspensão do
respetivo exercício.
7 - A presente secção aplica-se sem prejuízo do disposto nos artigos 412.º e 413.º do Código do
Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, quanto ao tratamento de informações
confidenciais.
8 - As regras previstas na presente secção aplicam-se apenas na medida em que não sejam aplicáveis as
regras relativas a participações qualificadas e a ofertas públicas de aquisição obrigatórias previstas no
Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro.
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Artigo 225.º
Comunicação sobre aquisição de participações qualificadas e de uma posição de controlo em
sociedade não cotada
1 - A entidade responsável pela gestão informa a CMVM sobre os direitos de voto, decorrentes de
aquisições, alienações ou detenções de ações em sociedade não cotada por organismo de investimento
alternativo por si gerido, sempre que a percentagem dos mesmos atinja ou ultrapasse ou desça abaixo
dos limiares de 10 %, 20 %, 30 %, 50 % e 75 %.
2 - A entidade responsável pela gestão notifica sobre a aquisição de uma posição de controlo em
sociedade não cotada, por organismo de investimento alternativo por si gerido, individualmente ou em
conjunto:
3 - As notificações referidas nos n.ºs 1 e 2 devem ser efetuadas o mais rapidamente possível e, no
máximo, no prazo de 10 dias úteis a contar do dia em que o organismo de investimento alternativo
atinja, ultrapasse ou desça abaixo do limiar aplicável ou adquira uma posição de controlo sobre a
sociedade não cotada.
4 - A notificação de posição de controlo prevista no n.º 2 deve informar sobre:
5 - A entidade responsável pela gestão divulga, em nome do organismo de investimento alternativo por
si gerido que adquira, individualmente ou em conjunto, uma posição de controlo em sociedade não
cotada, as suas intenções relativamente à atividade futura da sociedade não cotada e as repercussões
prováveis no emprego, incluindo qualquer alteração significativa nas condições de emprego:
6 - A entidade responsável pela gestão solicita, na notificação à sociedade não cotada, e envida todos
os esforços para assegurar que os representantes dos trabalhadores ou, na falta desses representantes, os
próprios trabalhadores sejam, pelo respetivo órgão de administração:
a) Informados, devidamente e sem demoras indevidas, da aquisição de uma posição de controlo pelo
organismo de investimento alternativo por si gerido e das informações referidas no n.º 4;
b) Tenham acesso à informação referida no número anterior.
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Artigo 226.º
Comunicação sobre aquisição de uma posição de controlo em sociedade emitente de ações
admitidas à negociação em mercado regulamentado
1 - A entidade responsável pela gestão notifica sobre a aquisição de uma posição de controlo em
sociedade emitente, com sede na União Europeia, de ações admitidas à negociação em mercado
regulamentado, por organismo de investimento alternativo por si gerido, individualmente ou em
conjunto:
2 - A notificação de posição de controlo prevista no número anterior deve informar sobre as matérias
referidas nas alíneas d) a f) do n.º 4 do artigo anterior.
3 - A entidade responsável pela gestão solicita na notificação à sociedade emitente, com sede na União
Europeia, de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, que o órgão de administração
desta informe devidamente e de imediato os representantes dos trabalhadores ou, na falta desses
representantes, os próprios trabalhadores, da aquisição de uma posição de controlo pelo organismo de
investimento alternativo por si gerido e das informações referidas no número anterior.
Artigo 227.º
Relatórios anuais dos organismos de investimento alternativo que controlem sociedades não
cotadas
a) Solicita e envida todos os esforços para assegurar que o relatório anual da sociedade não cotada seja
elaborado nos termos do número seguinte; ou
b) Inclui no relatório anual do organismo de investimento alternativo a informação, relativa à sociedade
não cotada em causa, prevista no número seguinte.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, o relatório anual da sociedade não cotada ou do
organismo de investimento coletivo deve incluir:
a) Pelo menos, uma análise fiel da evolução dos negócios e da situação da sociedade no final do período
abrangido pelo relatório anual;
b) Referência aos acontecimentos importantes ocorridos depois do encerramento do exercício;
c) Referência à evolução previsível da sociedade;
d) No que respeita à aquisição de ações próprias, as informações previstas na alínea d) do n.º 5 do artigo
66.º do Código das Sociedades Comerciais.
3 - Caso tenha optado pela alternativa prevista na alínea a) do n.º 1, a entidade responsável pela gestão
do organismo de investimento alternativo em causa disponibiliza a informação referida no número
anterior aos participantes do mesmo desde que já esteja disponível, no prazo fixado na alínea a) do n.º
2 do artigo 160.º e, no máximo, no prazo em que o relatório anual da sociedade não cotada deva ser
aprovado.
4 - Caso tenha optado pela alternativa prevista na alínea b) do n.º 1, a entidade responsável pela gestão
de organismo de investimento coletivo em causa solicita e envida todos os esforços para assegurar que
o órgão de administração da sociedade não cotada disponibiliza aos representantes dos trabalhadores
ou, na falta desses representantes, aos próprios trabalhadores, a informação relativa à sociedade referida
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no n.º 2 contida no relatório anual do organismo de investimento alternativo em causa, no prazo fixado
na alínea a) do n.º 2 do artigo 160.º.
Artigo 228.º
Conservação do capital
a) Não facilitar, apoiar ou ordenar qualquer distribuição, redução de capital, amortização de ações ou
aquisição de ações próprias pela sociedade; e
b) Na medida em que esteja autorizada a votar em nome do OIA nas reuniões do órgão de administração
da sociedade, não pode votar a favor de qualquer distribuição, redução de capital, amortização de ações
ou aquisição de ações próprias pela sociedade.
a) Qualquer distribuição aos acionistas feita quando, na data do encerramento do último exercício
económico, os ativos líquidos resultantes das contas anuais da sociedade sejam, ou passem a ser pela
distribuição, inferiores à soma do montante do capital subscrito e das reservas legais ou estatutárias,
entendendo-se que, caso a parte não realizada do capital subscrito não esteja contabilizada no ativo do
balanço, este montante será deduzido do montante do capital subscrito;
b) Qualquer distribuição aos acionistas cujo montante exceda o montante dos resultados no final do
último exercício económico, acrescido dos lucros transitados e dos montantes retirados de reservas
disponíveis para este efeito e deduzidas as perdas transitadas e os montantes afetos às reservas impostas
pela lei ou pelo contrato de sociedade;
c) Se a aquisição de ações próprias for permitida, a aquisição efetuada pela sociedade incluindo as ações
adquiridas anteriormente pela sociedade e por si detidas e as ações adquiridas por pessoa atuando em
nome próprio mas por conta da sociedade que tenha como resultado reduzir o ativo líquido até um
montante inferior ao mencionado na alínea a).
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 228.º
Conservação do capital
a) Não facilitar, apoiar ou ordenar qualquer distribuição, redução de capital, amortização de ações ou
aquisição de ações próprias pela sociedade; e
b) Na medida em que esteja autorizado a votar em nome do organismo de investimento alternativo nas
reuniões do órgão de administração da sociedade, não pode votar a favor de qualquer distribuição,
redução de capital, amortização de ações ou aquisição de ações próprias pela sociedade.
2 - As obrigações previstas no número anterior incidem sobre:
a) Qualquer distribuição aos acionistas feita quando, na data do encerramento do último exercício
económico, os ativos líquidos resultantes das contas anuais da sociedade sejam, ou passem a ser pela
distribuição, inferiores à soma do montante do capital subscrito e das reservas legais ou estatutárias,
entendendo-se que, caso a parte não realizada do capital subscrito não esteja contabilizada no ativo
do balanço, este montante será deduzido do montante do capital subscrito;
b) Qualquer distribuição aos acionistas cujo montante exceda o montante dos resultados no final do
último exercício económico, acrescido dos lucros transitados e dos montantes retirados de reservas
disponíveis para este efeito e deduzidas as perdas transitadas e os montantes afetos às reservas
impostas pela lei ou pelo contrato de sociedade;
c) Se a aquisição de ações próprias for permitida, a aquisição efetuada pela sociedade incluindo as
ações adquiridas anteriormente pela sociedade e por si detidas e as ações adquiridas por pessoa
atuando em nome próprio mas por conta da sociedade que tenha como resultado reduzir o ativo líquido
até um montante inferior ao mencionado na alínea a).
3 - Para os efeitos do número anterior:
a) O termo «distribuição» compreende, nomeadamente, o pagamento de dividendos e juros
correspondentes às ações;
b) As disposições relativas à redução do capital não se aplicam a uma redução do capital subscrito que
tenha por finalidade compensar perdas sofridas ou incorporar valores numa reserva que não possa ser
distribuída, contanto que, em consequência daquela operação, o montante da referida reserva não
ultrapasse 10 % do capital subscrito reduzido; e
c) A restrição estabelecida na alínea c) fica sujeita ao disposto no Código das Sociedades Comerciais
sobre aquisição de ações próprias.
SECÇÃO IV
Comercialização transfronteiriça
SUBSECÇÃO I
Comercialização em Portugal de organismos de investimento alternativo não estabelecidos em
Portugal
DIVISÃO I
Disposições gerais
Artigo 229.º
Informação aos investidores
1 - As entidades gestoras da União Europeia e de país terceiro que comercializem em Portugal unidades
de participação de OIA não estabelecidos em Portugal exclusivamente junto de investidores
profissionais disponibilizam aos investidores em território nacional o relatório e contas anual e o
documento com as informações aos investidores referidas no artigo 221.º.
2 - O relatório e contas anual deve ser disponibilizado aos investidores, a pedido destes, e o documento
com as informações aos investidores referido no artigo 221.º, em momento anterior ao investimento e
de acordo com os respetivos documentos constitutivos, bem como em momento anterior a qualquer
alteração significativa dos mesmos, em português ou numa língua de uso corrente na esfera financeira
internacional.
3 - A informação contabilística apresentada no relatório e contas anual dos OIA não constituídos em
Portugal deve ser organizada de acordo com as normas contabilísticas do Estado membro de origem ou
país terceiro onde o organismo de investimento alternativo esteja estabelecido e com as regras
contabilísticas previstas nos documentos constitutivos do mesmo.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 229.º
Informação aos investidores
1 - As entidades gestoras da União Europeia e de país terceiro que comercializem em Portugal unidades
de participação de organismos de investimento alternativo não estabelecidos em Portugal
exclusivamente junto de investidores qualificados divulgam em território nacional as informações e
documentos que devam ser divulgados relativamente aos organismos de investimento alternativo
estabelecidos em Portugal em que exista obtenção de capitais exclusivamente junto de investidores
qualificados.
2 - As informações e documentos referidos no número anterior devem ser divulgados nos termos
aplicáveis aos organismos de investimento alternativo estabelecidos em Portugal, podendo ser
divulgados em português, inglês ou noutro idioma aprovado pela CMVM.
3 - A informação contabilística apresentada no relatório e contas anual dos organismos de investimento
alternativo não constituídos em Portugal deve ser organizada de acordo com as normas contabilísticas
do Estado membro de origem ou país terceiro onde o organismo de investimento alternativo esteja
estabelecido e com as regras contabilísticas previstas nos documentos constitutivos do mesmo.
DIVISÃO I-A
Pré-comercialização de OIA
(Divisão aditada pelo Decreto-Lei n.º 109-F/2021, de 9 de dezembro - com início de vigência a 10
de dezembro de 2021)
Artigo 229.º-A
Pré-comercialização
Artigo 229.º-B
Pré-comercialização de OIA em Portugal
2 - A entidade gestora assegura que a pré-comercialização não constitui uma forma de subscrição ou
aquisição de unidades de participação de OIA por investidores profissionais.
3 - A subscrição ou aquisição por investidores profissionais de unidades de participação dos OIA
referidos nas informações prestadas no âmbito da pré-comercialização, ou de um OIA constituído em
resultado da pré-comercialização, realizada no prazo de 18 meses após a entidade gestora ter iniciado a
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Artigo 229.º-C
Informação relativa à pré-comercialização
Artigo 229.º-D
Supervisão e cooperação no âmbito da pré-comercialização
DIVISÃO II
Comercialização em Portugal de organismos de investimento alternativo da União Europeia
Artigo 230.º
Comercialização por sociedades gestoras nacionais e por entidades gestoras de países terceiros
autorizadas em Portugal
1 - As sociedades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras de país terceiro
autorizadas em Portugal podem comercializar em Portugal, junto de investidores qualificados, unidades
de participação de organismos de investimento alternativo da União Europeia por si geridos.
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Artigo 231.º
Decisão da CMVM
a) A atividade das entidades não cumpra ou venha a não cumprir o disposto no presente Regime Geral;
b) Tratando-se de OIA de tipo alimentação, o organismo de investimento de tipo principal não seja um
OIA da União Europeia gerido por uma sociedade gestora prevista no n.º 1 do artigo 65.º ou por uma
entidade gestora da União Europeia.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 231.º
Decisão da CMVM
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Artigo 232.º
Comunicação de alteração substancial
1 - As sociedades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras de país terceiro
autorizadas em Portugal comunicam por escrito à CMVM qualquer alteração substancial dos elementos
comunicados nos termos do artigo 230.º:
a) Com pelo menos um mês de antecedência em relação à data da respetiva produção de efeitos, no caso
de alterações previstas; ou
b) Imediatamente, no caso de alterações imprevistas.
a) A entidade adote as alterações previstas em violação dos termos da notificação feita pela CMVM;
b) Ocorram alterações imprevistas com as consequências referidas no número anterior; ou
c) Se verifique que a entidade não cumpre o disposto no presente Regime Geral.
Artigo 233.º
Comercialização por entidades gestoras da União Europeia ou de países terceiros autorizadas
noutro Estado membro
a) O processo completo de notificação de todos os OIA geridos pela requerente, cujas unidades de
participação pretende comercializar;
b) Certificado emitido pela autoridade competente do Estado membro de origem ou de referência da
entidade gestora, atestando que a mesma está autorizada a gerir OIA com a estratégia de investimento
específica em causa;
c) (Revogada.)
3 - Os mecanismos adotados pela entidade gestora da União Europeia ou de país terceiro autorizada
noutro Estado membro para a comercialização dos OIA e para evitar que as unidades de participação
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possam ser comercializadas em Portugal junto de investidores não profissionais, estão sujeitos aos
termos definidos na legislação nacional e à supervisão da CMVM.
4 - O processo completo de notificação e o certificado referidos no n.º 1:
a) A sua oposição à alteração dos elementos referidos nos n.os 1 e 2, se, na sequência desta, a gestão do
OIA ou entidade gestora deixem de cumprir o disposto na respetiva legislação ou regulamentação
aplicável;
b) De imediato, as medidas adotadas, nomeadamente a proibição da comercialização do OIA, caso:
(Redação do Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio – com início de vigência a 1 de julho de 2022)
Artigo 233.º
Comercialização por entidades gestoras da União Europeia ou de países terceiros autorizadas
noutro Estado membro
ii) Ocorra uma alteração imprevista que faça com que a gestão do OIA deixe de cumprir o disposto no
presente Regime Geral ou se, por qualquer outra razão, a entidade gestora deixar de o cumprir.
6 - A autoridade competente do Estado-Membro de origem informa a CMVM, no prazo de um mês, da
sua não oposição a alterações subsequentes aos elementos constantes da notificação inicial.
7 - A autoridade competente do Estado-Membro de referência da entidade gestora de país terceiro
comunica à CMVM da sua não oposição a alterações subsequentes aos elementos constantes da
notificação inicial.
Artigo 233.º
Comercialização por entidades gestoras da União Europeia ou de países terceiros autorizadas
noutro Estado membro
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 233.º
Comercialização por entidades gestoras da União Europeia ou de países terceiros autorizadas
noutro Estado membro
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Artigo 233.º-A
Cessação da comercialização em Portugal de OIA da União Europeia por entidade gestora da
União Europeia
a) Apresentação ao público, durante o prazo mínimo de 30 dias úteis, de uma oferta de recompra ou de
resgate das unidades de participação, livre de quaisquer encargos ou deduções, e transmitida
individualmente, de forma direta ou através de intermediário financeiro, a todos os investidores em
Portugal cuja identidade seja conhecida, salvo tratando-se de OIA fechado ou de fundos europeus de
investimento a longo prazo;
b) Divulgação da intenção de cessar a comercialização dessas unidades de participação através de
suporte acessível ao público que seja habitual na comercialização dos OIA e adequado ao investidor
típico, incluindo por meios eletrónicos; e
c) Alteração ou revogação dos contratos celebrados com intermediário financeiro ou seu representante,
com efeitos a partir da data da retirada da notificação, para impedir novas ofertas ou colocações, diretas
ou indiretas, de unidades de participação.
a) O relatório e contas; e
b) A informação aos investidores de OIA dirigidos exclusivamente a investidores profissionais.
6 - A autoridade competente do Estado-Membro de origem da entidade gestora do OIA transmite à
CMVM informações relativas às alterações à documentação e às informações referidas nas alíneas b) a
f) do n.º 3 do artigo 230.º.
7 - Sem prejuízo da manutenção das suas funções e poderes enquanto autoridade do Estado-membro de
acolhimento, nos termos dos artigos 246.º e 247.º, a partir da data da transmissão referida no número
anterior, a CMVM não pode exigir que a entidade gestora demonstre o cumprimento das disposições
nacionais que regem os requisitos de comercialização previstos na legislação da União Europeia.
(Redação do Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio – com início de vigência a 1 de julho de 2022)
358
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 233.º-A
Cessação da comercialização em Portugal de OIA da União Europeia por entidade gestora da
União Europeia
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 109-F/2021, de 9 de dezembro - com início de vigência a 10 de dezembro
de 2021)
DIVISÃO III
Comercialização em Portugal de organismos de investimento alternativo de país terceiro
Artigo 234.º
Comercialização por entidades gestoras autorizadas em Portugal
4 - As sociedades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e de país terceiro autorizadas em Portugal
comunicam à CMVM de todos os organismos de investimento alternativo de país terceiro por si geridos,
cujas unidades de participação pretendem comercializar exclusivamente junto de investidores
qualificados em Portugal.
5 - A comunicação à CMVM prevista no número anterior contém os elementos referidos no n.º 3 do
artigo 230.º.
6 - Ao procedimento de comunicação referido no n.º 4 é aplicável o disposto nos n.ºs 1, alínea a) do n.º
2 e n.º 3 do artigo 231.º.
7 - A CMVM informa a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados de que as
entidades podem iniciar a comercialização em Portugal.
8 - As sociedades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras de país terceiro
autorizadas em Portugal comunicam por escrito à CMVM qualquer alteração substancial dos elementos
comunicados nos termos dos n.ºs 4 e 5:
a) Com pelo menos um mês de antecedência em relação à data de respetiva produção de efeitos, no caso
de alterações previstas; ou
b) Imediatamente, no caso de alterações imprevistas.
Artigo 235.º
Comercialização por entidades gestoras da União Europeia ou de países terceiros autorizadas
noutro Estado membro
a) O processo completo de notificação de todos os OIA geridos pela requerente, cujas unidades de
participação pretende comercializar;
b) Certificado emitido pela autoridade competente do Estado membro de origem ou de referência da
entidade gestora, atestando que a mesma está autorizada a gerir OIA com a estratégia de investimento
específica em causa;
c) (Revogada.)
2 - Caso a CMVM discorde da avaliação feita pela autoridade competente que remeteu o processo de
notificação quanto ao disposto nas alíneas a) e b) do n.º 3 do artigo anterior pode submeter a questão à
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados tendo em vista a sua assistência na
obtenção de um acordo entre as autoridades ou a adoção de uma decisão vinculativa pela mesma, nos
termos do artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de
24 de novembro.
3 - À comercialização referida no n.º 1 e ao processo de notificação tendente a essa comercialização é
ainda aplicável o disposto nos n.ºs 2 a 4 e 7 do artigo 233.º.
360
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
4 - Caso uma autoridade competente que tenha remetido o processo de notificação previsto no n.º 1
recuse um pedido da CMVM de troca de informações nos termos das normas técnicas de
regulamentação aprovadas pela Comissão Europeia que especifiquem os procedimentos de coordenação
e de troca de informações entre autoridades competentes, a CMVM pode igualmente submeter a questão
à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados para os efeitos previstos no n.º 2.
Artigo 235.º
Comercialização por entidades gestoras da União Europeia ou de países terceiros autorizadas
noutro Estado membro
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 235.º
Comercialização por entidades gestoras da União Europeia ou de países terceiros autorizadas
noutro Estado membro
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2 - Caso a CMVM discorde da avaliação feita pela autoridade competente que remeteu o processo de
notificação quanto ao disposto nas alíneas a) e b) do n.º 3 do artigo anterior pode submeter a questão
à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados tendo em vista a sua assistência na
obtenção de um acordo entre as autoridades ou a adoção de uma decisão vinculativa pela mesma, nos
termos do artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de
24 de novembro.
3 - À comercialização referida no n.º 1 e ao processo de notificação tendente a essa comercialização é
ainda aplicável o disposto nos n.ºs 2 a 4 do artigo 233.º.
4 - Caso uma autoridade competente que tenha remetido o processo de notificação previsto no n.º 1
recuse um pedido da CMVM de troca de informações nos termos das normas técnicas de
regulamentação aprovadas pela Comissão Europeia que especifiquem os procedimentos de
coordenação e de troca de informações entre autoridades competentes, a CMVM pode igualmente
submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados para os efeitos
previstos no n.º 2.
Artigo 236.º
Depositário de organismos de investimento alternativo de país terceiro
a) Estar estabelecido no país terceiro em que organismo de investimento alternativo está estabelecido
ou no Estado membro de origem ou de referência, conforme o caso, da respetiva entidade gestora;
b) Caso não seja uma das entidades referidas no n.º 2 do artigo 120.º, ser uma entidade da mesma
natureza, desde que se encontre sujeita a regulamentação prudencial, incluindo requisitos mínimos de
fundos próprios e supervisão que tenham o mesmo efeito que a legislação da União Europeia e sejam
efetivamente aplicados.
2 - A comercialização em Portugal de OIA de país terceiro, cujo depositário esteja estabelecido em país
terceiro, depende ainda de:
a) A CMVM e, sendo o caso, a autoridade competente do Estado membro de origem da entidade gestora
da União Europeia ter assinado acordos de cooperação e de intercâmbio de informações com as
autoridades de supervisão do Estado em que se encontra estabelecido o depositário;
b) O país terceiro em que o depositário está estabelecido não fazer parte da lista de Países e Territórios
não Cooperantes do Grupo de Ação Financeira contra o branqueamento de capitais e o financiamento
do terrorismo;
c) O Estado Português e, sendo o caso, o Estado-Membro de origem da entidade gestora da União
Europeia, ter assinado com o país terceiro em que o depositário está estabelecido um acordo conforme
com as normas do artigo 26.º do Modelo de Convenção Fiscal sobre o Rendimento e o Património da
OCDE e que garanta um intercâmbio de informações eficaz em matéria fiscal, incluindo eventuais
acordos fiscais multilaterais;
d) O depositário ser contratualmente responsável perante os participantes do OIA, de acordo com os
n.ºs 1 a 7 do artigo 122.º, e concordar expressamente em cumprir o disposto no artigo 124.º.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
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Artigo 236.º
Depositário de organismos de investimento alternativo de país terceiro
(Redação do Decreto-Lei n.º 124/2015, de 7 de julho – com início de vigência em 8 de julho de 2015)
Artigo 236.º
Depositário de organismos de investimento alternativo de país terceiro
conforme com as normas do artigo 26.º do Modelo de Convenção Fiscal sobre o Rendimento e o
Património da OCDE e que garanta um intercâmbio de informações eficaz em matéria fiscal, incluindo
eventuais acordos fiscais multilaterais;
d) O depositário ser contratualmente responsável perante os participantes do organismo de
investimento alternativo, de acordo com os n.ºs 1 a 4 do artigo 122.º, e concordar expressamente em
cumprir o disposto no artigo 124.º.
3 - Recebido o processo de notificação previsto no n.º 3 do artigo anterior, para efeitos de
comercialização em Portugal de organismos de investimento alternativo de país terceiro por entidade
gestora da União Europeia, a CMVM, caso discorde da avaliação feita pela autoridade competente do
Estado membro de origem da entidade gestora sobre a aplicação do disposto nas alíneas a), b) e d) do
número anterior, pode submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos
Mercados tendo em vista a sua assistência na obtenção de um acordo entre as autoridades ou a adoção
de uma decisão vinculativa pela mesma, nos termos do artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010.
DIVISÃO IV
Regime não harmonizado de comercialização de organismos de investimento alternativo
Artigo 237.º
Comercialização exclusiva em Portugal de organismos de investimento alternativo não
estabelecidos em Portugal
1 - Até à data de início de vigência do disposto nos artigos 234.º e 235.º, as sociedades gestoras referidas
no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia podem comercializar, apenas em
território nacional, exclusivamente junto de investidores profissionais, unidades de participação de OIA
de país terceiro por si geridos, bem como de OIA da União Europeia de tipo alimentação, cujo
organismo de investimento de tipo principal não seja da União Europeia nem gerido por uma entidade
gestora da União Europeia.
2 - A comercialização prevista no número anterior está sujeita a autorização da CMVM e depende da
verificação das seguintes condições:
a) A entidade cumpra todos os requisitos estabelecidos no presente Regime Geral, com exceção do
disposto nos artigos 120.º a 128.º, devendo, no entanto, assegurar a nomeação de entidades para
desempenharem as funções referidas nas alíneas a) a e) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 121.º, não podendo
a própria desempenhar tais funções, e prestar à CMVM, ou à autoridade competente do Estado membro
de origem no caso de uma entidade gestora da União Europeia, informações sobre a identidade das
entidades que as desempenham;
b) Estejam previstos mecanismos de cooperação adequados para efeitos de controlo do risco sistémico
e conformes com as normas internacionais entre a CMVM, ou à autoridade competente do Estado
membro de origem no caso de uma entidade gestora da União Europeia, e as autoridades de supervisão
do país terceiro onde o organismo de investimento alternativo está estabelecido, a fim de assegurar uma
troca de informações eficiente que permita à CMVM, ou à autoridade competente do Estado membro
de origem no caso de uma entidade gestora da União Europeia, prosseguir as suas atribuições de acordo
com o disposto no presente Regime Geral;
c) O país terceiro onde o organismo de investimento alternativo está estabelecido não faça parte da lista
dos Países e Territórios não Cooperantes do Grupo de Ação Financeira contra o branqueamento de
capitais e o financiamento do terrorismo.
3 - (Revogado.)
4 - Até à data de início de vigência do disposto nos artigos 234.º e 235.º, as entidades gestoras de país
terceiro podem igualmente comercializar, apenas em território nacional, exclusivamente junto de
investidores profissionais, unidades de participação de OIA por si geridos.
5 - A comercialização prevista no número anterior está sujeita a autorização da CMVM e depende da
verificação das seguintes condições:
a) A entidade cumpra o disposto nos artigos 115.º, 131.º, 160.º, 161.º, 163.º, 221.º e 222.º e 229.º, no
que respeita aos OIA comercializados nos termos do presente número, e dos artigos 224.º a 228.º, caso
o organismo de investimento alternativo por si comercializado seja abrangido pelo n.º 1 do artigo 224.º;
364
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b) Estejam previstos mecanismos de cooperação adequados para efeitos de controlo do risco sistémico
e conformes com as normas internacionais entre a CMVM, as autoridades competentes dos OIA da
União Europeia, as autoridades de supervisão do país terceiro onde a entidade gestora do país terceiro
está estabelecida e, se for o caso, as autoridades de supervisão do país terceiro onde os OIA do país
terceiro estão estabelecidos, a fim de assegurar uma troca de informações eficiente que permita à
CMVM prosseguir as suas atribuições de acordo com o disposto no presente Regime Geral; e
c) O país terceiro onde está estabelecida a entidade gestora e, se for o caso, o organismo de investimento
alternativo de país terceiro, não faça parte da lista dos Países e Territórios não Cooperantes do Grupo
de Ação Financeira contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.
6 - Aos pedidos de autorização previstos nos n.ºs 2 e 5 é aplicável o disposto nos n.ºs 2 a 4 e 6 a 8 do
artigo 237.º-A.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 237.º
Comercialização exclusiva em Portugal de organismos de investimento alternativo de país terceiro
1 - Até à data de início de vigência do disposto nos artigos 234.º e 235.º, as sociedades gestoras
referidas no n.º 1 do artigo 65.º e as entidades gestoras da União Europeia podem comercializar,
apenas em território nacional, exclusivamente junto de investidores qualificados, unidades de
participação de organismos de investimento alternativo de país terceiro por si geridos, bem como de
organismos de investimento alternativo da União Europeia de tipo alimentação, cujo organismo de
investimento de tipo principal não seja da União Europeia nem gerido por uma entidade gestora da
União Europeia.
2 - A comercialização prevista no número anterior está sujeita a autorização da CMVM, nos termos
definidos em regulamento da CMVM, e depende da verificação das seguintes condições:
a) A entidade cumpra todos os requisitos estabelecidos no presente Regime Geral, com exceção do
disposto nos artigos 120.º a 128.º, devendo, no entanto, assegurar a nomeação de entidades para
desempenharem as funções referidas nas alíneas a) a e) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 121.º, não podendo
a própria desempenhar tais funções, e prestar à CMVM, ou à autoridade competente do Estado membro
de origem no caso de uma entidade gestora da União Europeia, informações sobre a identidade das
entidades que as desempenham;
b) Estejam previstos mecanismos de cooperação adequados para efeitos de controlo do risco sistémico
e conformes com as normas internacionais entre a CMVM, ou à autoridade competente do Estado
membro de origem no caso de uma entidade gestora da União Europeia, e as autoridades de supervisão
do país terceiro onde o organismo de investimento alternativo está estabelecido, a fim de assegurar
uma troca de informações eficiente que permita à CMVM, ou à autoridade competente do Estado
membro de origem no caso de uma entidade gestora da União Europeia, prosseguir as suas atribuições
de acordo com o disposto no presente Regime Geral.
c) O país terceiro onde o organismo de investimento alternativo está estabelecido não faça parte da
lista dos Países e Territórios não Cooperantes do Grupo de Ação Financeira contra o branqueamento
de capitais e o financiamento do terrorismo.
3 - Está ainda sujeita a autorização a comercialização junto de investidores não qualificados em
Portugal de unidades de participação de organismo de investimento alternativo não constituído em
Portugal, nos termos definidos em regulamento da CMVM.
4 - Até à data de início de vigência do disposto nos artigos 234.º e 235.º, as entidades gestoras de país
terceiro podem igualmente comercializar, apenas em território nacional, exclusivamente junto de
investidores qualificados, unidades de participação de organismos de investimento alternativo por si
geridos.
5 - A comercialização prevista no número anterior está sujeita a autorização da CMVM, nos termos
definidos em regulamento da CMVM, e depende da verificação das seguintes condições:
a) A entidade cumpra o disposto nos artigos 115.º, 131.º, 160.º, 161.º, 163.º, 221.º e 222.º e 229.º, no
que respeita aos organismos de investimento alternativo comercializados nos termos do presente
número, e dos artigos 224.º a 228.º, caso o organismo de investimento alternativo por si comercializado
seja abrangido pelo n.º 1 do artigo 224.º;
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b) Estejam previstos mecanismos de cooperação adequados para efeitos de controlo do risco sistémico
e conformes com as normas internacionais entre a CMVM, as autoridades competentes dos organismos
de investimento alternativo da União Europeia, as autoridades de supervisão do país terceiro onde a
entidade gestora do país terceiro está estabelecida e, se for o caso, as autoridades de supervisão do
país terceiro onde os organismos de investimento alternativo do país terceiro estão estabelecidos, a fim
de assegurar uma troca de informações eficiente que permita à CMVM prosseguir as suas atribuições
de acordo com o disposto no presente Regime Geral; e
c) O país terceiro onde está estabelecida a entidade gestora e, se for o caso, o organismo de
investimento alternativo de país terceiro, não faça parte da lista dos Países e Territórios não
Cooperantes do Grupo de Ação Financeira contra o branqueamento de capitais e o financiamento do
terrorismo.
Artigo 237.º-A
Comercialização em Portugal de organismos de investimento alternativo junto de investidores
não profissionais
a) Certificado ou documento equivalente, emitido pela autoridade de supervisão do país onde esteja
constituí-do o OIA, ou estabelecida a respetiva entidade gestora, atestando que:
3 - A autorização referida no n.º 1 apenas é concedida quando o OIA e o modo previsto para a
comercialização das respetivas unidades de participação confiram aos participantes condições de
segurança e proteção similares às dos OIA autorizados em Portugal e caso exista reciprocidade para a
comercialização de OIA autorizados em Portugal.
4 - Caso os elementos referidos no n.º 2 não sejam suficientes atendendo à natureza do OIA, a CMVM
pode determinar a apresentação de documentos e informações complementares.
5 - Quando esteja em causa a comercialização de unidades de participação de OIA de país terceiro a
autorização prevista no n.º 1 depende ainda de:
7 - A decisão relativa ao pedido de autorização é notificada pela CMVM no prazo de 30 dias a contar
da data de receção do referido pedido, ou da data de receção das informações adicionais solicitadas.
8 - A ausência de notificação no prazo referido no número anterior implica o deferimento do pedido.
9 - As alterações aos elementos referidos no n.º 2 são notificadas à CMVM logo que se tornem eficazes,
acompanhadas da versão atualizada dos elementos em causa.
10 - As entidades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º, as entidades gestoras da União Europeia e
as entidades gestoras de país terceiro autorizadas noutros Estados membros de OIA comercializados em
Portugal junto de investidores não profissionais, disponibilizam gratuitamente aos investidores:
Artigo 237.º-A
Comercialização em Portugal de organismos de investimento alternativo junto de investidores não
profissionais
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 237.º-B
Meios de comercialização
2 - A entidade gestora não é obrigada a ter presença física em território nacional ou a nomear um terceiro
para efeitos do n.º 1.
3 - Os meios são disponibilizados:
a) Pela entidade gestora ou por um terceiro que se encontre sujeito à regulamentação e à supervisão que
regem as tarefas a executar, ou por ambos, mediante a celebração de contrato escrito que:
i) Identifique as tarefas que não são exclusivamente executadas pela entidade gestora; e
ii) Preveja a disponibilização pela entidade gestora das informações e documentos necessários para a
execução das tarefas contratadas ao terceiro;
b) Em português, inglês ou noutro idioma aprovado pela CMVM, ainda que por via eletrónica.
368
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SUBSECÇÃO II
Comercialização na União Europeia
Artigo 238.º
Comunicação prévia à CMVM
Artigo 238.º
Comunicação prévia à CMVM
Artigo 239.º
Transmissão do processo de comunicação
a) A atividade das entidades responsáveis pela gestão ou das entidades gestoras de país terceiro
autorizadas em Portugal viole o disposto no presente Regime Geral;
b) Tratando-se de organismo de investimento alternativo da União Europeia de tipo alimentação, o
organismo de investimento de tipo principal não seja um organismo de investimento alternativo da
União Europeia gerido por uma entidade gestora da União Europeia.
a) As autoridades competentes dos Estados membros de origem dos OIA constituídos noutro Estado
membro, geridos por entidade gestora prevista no n.º 1 do artigo 65.º;
b) A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados quanto aos OIA de país terceiro,
geridos por entidade gestora prevista no n.º 1 do artigo 65.º e entidade gestora de país terceiro autorizada
em Portugal;
c) As entidades referidas nas alíneas anteriores, no caso de OIA constituídos noutro Estado membro
geridos por entidades gestoras de país terceiro autorizadas em Portugal.
6 - O processo completo de notificação e a declaração referidos nos n.ºs 1 e 3 são produzidos em língua
de uso corrente na esfera financeira internacional.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 239.º
Transmissão do processo de comunicação
Artigo 240.º
Alteração substancial de elementos notificados
a) Com pelo menos um mês de antecedência em relação à data de respetiva produção de efeitos, no caso
de alterações previstas; ou
b) Imediatamente, no caso de alterações imprevistas.
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a) Opõe-se à alteração e notifica a entidade gestora, no prazo de 15 dias úteis a contar da receção da
informação referida no número anterior; e
b) Notifica as autoridades competentes do Estado-Membro de acolhimento das entidades referidas no
n.º 1 da sua decisão.
4 - Nos casos de alterações referidas no n.º 1 relativamente a OIA geridos por entidade gestora de país
terceiro autorizada em Portugal é correspondentemente aplicável o disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo
232.º.
(Redação do Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio – com início de vigência a 1 de julho de 2022)
Artigo 240.º
Alteração substancial de elementos notificados
b) A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, de imediato, caso as alterações
digam respeito à cessação da comercialização de determinados OIA ou à comercialização de outros
organismos adicionais.
Artigo 240.º
Alteração substancial de elementos notificados
Artigo 240.º-A
Cessação da comercialização noutro Estado-Membro de OIA da União Europeia por entidade
responsável pela gestão
a) Apresentação ao público, durante o prazo mínimo de 30 dias úteis, de uma oferta de recompra ou de
resgate das unidades de participação, livre de quaisquer encargos ou deduções, e transmitida
individualmente, de forma direta ou através de intermediário financeiro, a todos os investidores nesse
Estado-Membro cuja identidade seja conhecida, salvo quando se trate de OIA fechado ou de fundos
europeus de investimento a longo prazo;
b) Divulgação da intenção de cessar a comercialização dessas unidades de participação através de um
suporte acessível ao público que seja habitual na comercialização dos OIA e adequado ao investidor
típico, incluindo por meios eletrónicos;
c) Alteração ou revogação dos contratos celebrados com intermediário financeiro ou seu representante,
com efeitos a partir da data da retirada da notificação, para impedir novas ofertas ou colocações, diretas
ou indiretas, de unidades de participação.
2 - A entidade responsável pela gestão notifica a CMVM das informações referidas no número anterior
que, após verificar a sua completude, as transmite à autoridade competente do Estado-Membro de
acolhimento do OIA e à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados no prazo de 15
dias úteis a contar da receção da notificação completa.
3 - A CMVM notifica de imediato a entidade responsável pela gestão de que procedeu à transmissão da
notificação referida no número anterior.
4 - A partir da data referida na alínea c) do n.º 1, cessa qualquer nova oferta ou colocação, direta ou
indireta, das unidades de participação que tenham sido objeto da retirada da notificação nesse Estado-
Membro.
5 - Durante um período de 36 meses a contar da data referida na alínea c) do n.º 1, a entidade responsável
pela gestão não pode pré-comercializar as unidades de participação objeto de notificação de retirada da
comercialização nesse Estado-Membro, nem desenvolver estratégias de investimento ou mecanismos
de investimento semelhantes.
6 - A entidade responsável pela gestão presta à CMVM e aos investidores que mantenham investimentos
no OIA referido no n.º 1, através de meios eletrónicos ou quaisquer meios de comunicação à distância:
372
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a) O relatório e contas; e
b) A informação aos investidores de OIA dirigidos exclusivamente a investidores profissionais.
TÍTULO IV
Da supervisão, cooperação e regulamentação
Artigo 241.º
Supervisão
Artigo 241.º
Supervisão
373
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 241.º
Supervisão
Artigo 242.º
Supervisão de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários da União Europeia
374
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5 - A CMVM notifica a Comissão Europeia e a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos
Mercados das medidas tomadas ao abrigo da alínea a) do número anterior.
Artigo 243.º
Supervisão de organismos de investimento alternativo
1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 241.º, a CMVM pode igualmente, nos termos e com os
fundamentos nele previstos, a requerimento fundamentado dos interessados, permitir a dispensa
temporária do cumprimento dos deveres previstos no presente Regime Geral relativos às seguintes
matérias:
a) Regime de composição das carteiras, seus limites, técnicas e instrumentos de gestão dos organismos
de investimento alternativo;
b) Termos e condições de financiamento dos organismos de investimento alternativo;
c) Realização de operações com organismos de investimento alternativo e entidades relacionadas;
d) Vicissitudes a que estão sujeitos os organismos de investimento alternativo, em particular no que
respeita à fusão, cisão, transformação, liquidação e partilha.
2 - A dispensa a que se refere o número anterior deve ser devidamente fundamentada, designadamente
no que respeita ao seu caráter instrumental e necessário para a proteção dos interesses dos participantes,
e prever a sua duração, até ao limite máximo de três meses, renovável por igual período, podendo ser
acompanhada de deveres de informação acessórios à CMVM e aos participantes e ser revogada a todo
o tempo.
Artigo 244.º
Supervisão da atividade das entidades responsáveis pela gestão e entidades gestoras de países
terceiros autorizadas em Portugal
Artigo 244.º
Supervisão da atividade das entidades responsáveis pela gestão e entidades gestoras de países
terceiros autorizadas em Portugal
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Artigo 245.º
Supervisão de atividade em Portugal de entidades gestoras da União Europeia de OICVM
1 - A CMVM pode solicitar às entidades gestoras da União Europeia que exercem atividade de gestão
de OICVM em Portugal, mediante o estabelecimento de sucursal ou ao abrigo da liberdade de prestação
de serviços, as informações necessárias para a fiscalização do cumprimento das regras aplicáveis.
2 - A exigência de informação prevista no número anterior não pode ser superior à imposta às sociedades
gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º.
3 - As entidades gestoras referidas no n.º 1 asseguram que os procedimentos e regras a que se refere o
artigo 86.º permitem à CMVM, com respeito aos OICVM autorizados em Portugal, obter diretamente
daquelas as informações referidas no n.º 1.
4 - Quando a CMVM verifique que uma entidade gestora referida no n.º 1 que possua uma sucursal ou
preste serviços em território nacional não cumpre as normas aplicáveis, exige à mesma que ponha termo
à irregularidade e notifica a autoridade competente do Estado membro de origem da entidade gestora.
5 - Se a entidade gestora recusar fornecer as informações solicitadas ou não tomar as medidas
necessárias para pôr termo à situação irregular referida no número anterior, a CMVM comunica esse
facto às autoridades competentes do Estado membro de origem da entidade gestora, solicitando-lhe que,
com a maior brevidade possível, tome as providências apropriadas.
6 - Se, não obstante as medidas tomadas pelas autoridades competentes do Estado membro de origem
da entidade gestora ou se, devido ao facto de essas medidas se revelarem inadequadas ou não poderem
ser aplicadas em Portugal, a entidade gestora continuar a recusar fornecer as informações solicitadas ou
continuar a não cumprir as disposições legais ou regulamentares aplicáveis, a CMVM, após informar
desse facto a autoridade competente do Estado membro de origem, adota as medidas necessárias para
evitar ou sancionar novas irregularidades e, se necessário, proibir a entidade gestora de iniciar novas
transações em Portugal, incluindo, se o serviço prestado pela entidade gestora for a gestão de um
OICVM, a exigência que esta cesse a gestão desse organismo.
7 - Caso a CMVM considere que a autoridade competente do Estado membro de origem da entidade
gestora não agiu de forma adequada após a notificação prevista no n.º 4, remete a questão para a
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode agir no exercício das suas
competências.
8 - Em caso de urgência, a CMVM, antes de encetar o procedimento previsto nos números anteriores,
toma as medidas cautelares necessárias para proteger os interesses dos investidores ou de outras pessoas
a quem sejam prestados serviços, dando conhecimento dessas medidas, com a maior brevidade possível,
à Comissão Europeia, à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados e às autoridades
dos demais Estados membros afetados.
9 - A CMVM notifica, de imediato, as autoridades competentes do Estado membro de origem da
entidade gestora de quaisquer problemas detetados a nível do OICVM que possam afetar em termos
materiais a capacidade da entidade gestora para desempenhar corretamente as suas funções ou para
cumprir os requisitos estabelecidos nos termos da Diretiva 2009/65/CE do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 13 de julho, que sejam da sua competência.
10 - [Revogado].
11 - Quando consultados pela autoridade competente do Estado membro de origem da entidade gestora
sobre a revogação da respetiva autorização, a CMVM toma as medidas necessárias para salvaguardar
os interesses dos participantes, incluindo proibir a entidade gestora de iniciar novas operações em
Portugal.
12 - A CMVM comunica à Comissão Europeia e à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos
Mercados o número e a natureza dos casos em que tenham sido tomadas medidas nos termos do n.º 5.
Artigo 245.º
Supervisão de atividade em Portugal de entidades gestoras da União Europeia de organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários
1 - A CMVM pode solicitar às entidades gestoras da União Europeia que exercem atividade de gestão
de OICVM em Portugal, mediante o estabelecimento de sucursal ou ao abrigo da liberdade de
prestação de serviços, as informações necessárias para a fiscalização do cumprimento das regras
aplicáveis.
376
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2 - A exigência de informação prevista no número anterior não pode ser superior à imposta às
sociedades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º.
3 - As entidades gestoras referidas no n.º 1 asseguram que os procedimentos e regras a que se refere o
artigo 86.º permitem à CMVM, com respeito aos OICVM autorizados em Portugal, obter diretamente
daquelas as informações referidas no n.º 1.
4 - Quando a CMVM verifique que uma entidade gestora referida no n.º 1 que possua uma sucursal ou
preste serviços em território nacional não cumpre as normas aplicáveis, exige à mesma que ponha
termo à irregularidade e notifica a autoridade competente do Estado membro de origem da entidade
gestora.
5 - Se a entidade gestora recusar fornecer as informações solicitadas ou não tomar as medidas
necessárias para pôr termo à situação irregular referida no número anterior, a CMVM comunica esse
facto às autoridades competentes do Estado membro de origem da entidade gestora, solicitando-lhe
que, com a maior brevidade possível, tome as providências apropriadas.
6 - Se, não obstante as medidas tomadas pelas autoridades competentes do Estado membro de origem
da entidade gestora ou se, devido ao facto de essas medidas se revelarem inadequadas ou não poderem
ser aplicadas em Portugal, a entidade gestora continuar a recusar fornecer as informações solicitadas
ou continuar a não cumprir as disposições legais ou regulamentares aplicáveis, a CMVM, após
informar desse facto a autoridade competente do Estado membro de origem, adota as medidas
necessárias para evitar ou sancionar novas irregularidades e, se necessário, proibir a entidade gestora
de iniciar novas transações em Portugal, incluindo, se o serviço prestado pela entidade gestora for a
gestão de um OICVM, a exigência que esta cesse a gestão desse organismo.
7 - Caso a CMVM considere que a autoridade competente do Estado membro de origem da entidade
gestora não agiu de forma adequada após a notificação prevista no n.º 4, remete a questão para a
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode agir no exercício das suas
competências.
8 - Em caso de urgência, a CMVM, antes de encetar o procedimento previsto nos números anteriores,
toma as medidas cautelares necessárias para proteger os interesses dos investidores ou de outras
pessoas a quem sejam prestados serviços, dando conhecimento dessas medidas, com a maior brevidade
possível, à Comissão Europeia, à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados e às
autoridades dos demais Estados membros afetados.
9 - A CMVM notifica, de imediato, as autoridades competentes do Estado membro de origem da
entidade gestora de quaisquer problemas detetados a nível do OICVM que possam afetar em termos
materiais a capacidade da entidade gestora para desempenhar corretamente as suas funções ou para
cumprir os requisitos estabelecidos nos termos da Diretiva 2009/65/CEdo Parlamento Europeu e do
Conselho, de 13 de julho, que sejam da sua competência.
10 - A CMVM informa previamente o Banco de Portugal de todas as comunicações e medidas previstas
nos números anteriores.
11 - Quando consultados pela autoridade competente do Estado membro de origem da entidade gestora
sobre a revogação da respetiva autorização, o Banco de Portugal e a CMVM tomam as medidas
necessárias para salvaguardar os interesses dos participantes, incluindo proibir a entidade gestora de
iniciar novas transações em Portugal.
12 - A CMVM comunica à Comissão Europeia e à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos
Mercados o número e a natureza dos casos em que tenham sido tomadas medidas nos termos do n.º 5.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 245.º
Supervisão de atividade em Portugal de entidades gestoras da União Europeia de organismos de
investimento coletivo em valores mobiliários
1 - A CMVM pode solicitar às entidades gestoras da União Europeia que exercem atividade de gestão
de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários em Portugal, mediante o
estabelecimento de sucursal ou ao abrigo da liberdade de prestação de serviços, as informações
necessárias para a fiscalização do cumprimento das regras aplicáveis.
2 - A exigência de informação prevista no número anterior não pode ser superior à imposta às
sociedades gestoras previstas no n.º 1 do artigo 65.º.
377
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
3 - As entidades gestoras referidas no n.º 1 asseguram que os procedimentos e regras a que se referem
os artigos 86.º e 87.º permitem à CMVM, com respeito aos organismos de investimento coletivo em
valores mobiliários autorizados em Portugal, obter diretamente daquelas as informações referidas no
n.º 1.
4 - Quando a CMVM verifique que uma entidade gestora referida no n.º 1 que possua uma sucursal ou
preste serviços em território nacional não cumpre as normas aplicáveis, exige à mesma que ponha
termo à irregularidade e notifica a autoridade competente do Estado membro de origem da entidade
gestora.
5 - Se a entidade gestora recusar fornecer as informações solicitadas ou não tomar as medidas
necessárias para pôr termo à situação irregular referida no número anterior, a CMVM comunica esse
facto às autoridades competentes do Estado membro de origem da entidade gestora, solicitando-lhe
que, com a maior brevidade possível, tome as providências apropriadas.
6 - Se, não obstante as medidas tomadas pelas autoridades competentes do Estado membro de origem
da entidade gestora ou se, devido ao facto de essas medidas se revelarem inadequadas ou não poderem
ser aplicadas em Portugal, a entidade gestora continuar a recusar fornecer as informações solicitadas
ou continuar a não cumprir as disposições legais ou regulamentares aplicáveis, a CMVM, após
informar desse facto a autoridade competente do Estado membro de origem, adota as medidas
necessárias para evitar ou sancionar novas irregularidades e, se necessário, proibir a entidade gestora
de iniciar novas transações em Portugal, incluindo, se o serviço prestado pela entidade gestora for a
gestão de um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários, a exigência que esta cesse a
gestão desse organismo.
7 - Caso a CMVM considere que a autoridade competente do Estado membro de origem da entidade
gestora não agiu de forma adequada após a notificação prevista no n.º 4, remete a questão para a
Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, que pode agir no exercício das suas
competências.
8 - Em caso de urgência, a CMVM, antes de encetar o procedimento previsto nos números anteriores,
toma as medidas cautelares necessárias para proteger os interesses dos investidores ou de outras
pessoas a quem sejam prestados serviços, dando conhecimento dessas medidas, com a maior brevidade
possível, à Comissão Europeia, à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados e às
autoridades dos demais Estados membros afetados.
9 - A CMVM notifica, de imediato, as autoridades competentes do Estado membro de origem da
entidade gestora de quaisquer problemas detetados a nível do organismo de investimento coletivo em
valores mobiliários que possam afetar em termos materiais a capacidade da entidade gestora para
desempenhar corretamente as suas funções ou para cumprir os requisitos estabelecidos nos termos da
Diretiva 2009/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho, que sejam da sua
competência.
10 - A CMVM informa previamente o Banco de Portugal de todas as comunicações e medidas previstas
nos números anteriores.
11 - Quando consultados pela autoridade competente do Estado membro de origem da entidade gestora
sobre a revogação da respetiva autorização, o Banco de Portugal e a CMVM tomam as medidas
necessárias para salvaguardar os interesses dos participantes, incluindo proibir a entidade gestora de
iniciar novas transações em Portugal.
12 - A CMVM comunica à Comissão Europeia e à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos
Mercados o número e a natureza dos casos em que tenham sido tomadas medidas nos termos do n.º 5.
Artigo 246.º
Supervisão da atividade em Portugal de entidades gestoras de OIA
1 - A supervisão do cumprimento das regras previstas nos artigos 12.º e 14.º da Diretiva 2011/61/UE do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho, por parte de entidades gestoras da União Europeia e
de entidades gestoras de países terceiros autorizadas noutro Estado membro é da competência da
CMVM, caso estas entidades exerçam as atividades de gestão ou de comercialização de OIA em
Portugal, mediante o estabelecimento de sucursal.
2 - À supervisão das entidades gestoras da União Europeia e de entidades gestoras de países terceiros
autorizadas noutro Estado membro que exercem a atividade de gestão ou de comercialização de OIA
em Portugal, mediante o estabelecimento de sucursal ou ao abrigo da liberdade de prestação de serviços,
é correspondentemente aplicável o disposto nos n.ºs 1, 2 e 4 a 6 do artigo anterior.
3 - Caso a CMVM discorde de qualquer medida tomada por uma autoridade competente nos termos dos
n.ºs 5 a 7 do artigo anterior, pode submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e
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dos Mercados tendo em vista a obtenção de uma solução consensual entre as autoridades competentes
envolvidas ou uma decisão vinculativa daquela Autoridade, nos termos do artigo 19.º do Regulamento
(UE) n.º 1095/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010.
Artigo 246.º
Supervisão da atividade em Portugal de entidades gestoras de organismos de investimento
alternativo
1 - A supervisão do cumprimento das regras previstas nos artigos 12.º e 14.º da Diretiva 2011/61/UE
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho, por parte de entidades gestoras da União
Europeia e de entidades gestoras de países terceiros autorizadas noutro Estado membro é da
competência da CMVM, caso estas entidades exerçam as atividades de gestão ou de comercialização
de organismos de investimento alternativo em Portugal, mediante o estabelecimento de sucursal.
2 - À supervisão das entidades gestoras da União Europeia e de entidades gestoras de países terceiros
autorizadas noutro Estado membro que exercem a atividade de gestão ou de comercialização de
organismos de investimento alternativo em Portugal, mediante o estabelecimento de sucursal ou ao
abrigo da liberdade de prestação de serviços, é correspondentemente aplicável o disposto nos n.ºs 1,
2, 4 a 6 e 10 do artigo anterior.
3 - Caso a CMVM discorde de qualquer medida tomada por uma autoridade competente nos termos
dos n.ºs 5 a 7 do artigo anterior, pode submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados tendo em vista a obtenção de uma solução consensual entre as autoridades
competentes envolvidas ou uma decisão vinculativa daquela Autoridade, nos termos do artigo 19.º do
Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro.
Artigo 247.º
Irregularidades da atividade em Portugal sujeita à supervisão do Estado membro de origem ou
de referência
1 - Se a CMVM tiver motivos claros e demonstráveis que sustentem que, relativamente à atividade em
Portugal de entidades gestoras da União Europeia que gerem OIA e de entidades gestoras de países
terceiros autorizadas noutros Estados membros, não estão a ser cumpridas disposições legais ou
regulamentares da competência do Estado membro de origem ou de referência, a CMVM deve notificar
desse facto a autoridade de supervisão competente.
2 - Se, apesar da iniciativa prevista no número anterior, designadamente em face da inadequação das
medidas adotadas ou da não atuação em prazo razoável pela autoridade competente do Estado membro
de origem ou de referência, as entidades gestoras continuarem a agir de forma claramente prejudicial
para os interesses dos investidores, para a estabilidade financeira ou para a integridade do mercado
português, a CMVM, depois de informar a autoridade competente do Estado membro de origem ou de
referência, adota as medidas que se revelem necessárias para proteger os interesses dos investidores ou
o funcionamento ordenado dos mercados, podendo, nomeadamente, impedir que essas entidades
gestoras comercializem as unidades de participação dos organismos sob gestão.
3 - Às medidas tomadas no âmbito dos procedimentos previstos no presente artigo é aplicável o disposto
no n.º 3 do artigo anterior.
Artigo 247.º
Irregularidades da atividade em Portugal sujeita à supervisão do Estado membro de origem ou de
referência
1 - Se o Banco de Portugal ou a CMVM tiverem motivos claros e demonstráveis que sustentem que,
relativamente à atividade em Portugal de entidades gestoras da União Europeia que gerem organismos
de investimento alternativo e de entidades gestoras de países terceiros autorizadas noutros Estados
membros, não estão a ser cumpridas disposições legais ou regulamentares da competência do Estado
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membro de origem ou de referência, a CMVM deve, após partilha de informação com o Banco de
Portugal, notificar desse facto a autoridade de supervisão competente.
2 - Se, apesar da iniciativa prevista no número anterior, designadamente em face da inadequação das
medidas adotadas ou da não atuação em prazo razoável pela autoridade competente do Estado membro
de origem ou de referência, as entidades gestoras continuarem a agir de forma claramente prejudicial
para os interesses dos investidores, para a estabilidade financeira ou para a integridade do mercado
português, o Banco de Portugal ou a CMVM, após partilha de informação entre ambos e informação
à autoridade competente do Estado membro de origem ou de referência assegurada pela CMVM, adota
as medidas que se revelem necessárias para proteger os interesses dos investidores ou o funcionamento
ordenado dos mercados, podendo, nomeadamente, impedir que essas entidades gestoras comercializem
as unidades de participação dos organismos sob gestão.
3 - Às medidas tomadas no âmbito dos procedimentos previstos no presente artigo é aplicável o disposto
no n.º 3 do artigo anterior.
Artigo 248.º
Infração por entidade gestora de OIA de país terceiro autorizada em Portugal
1 - Caso a CMVM considere que uma entidade gestora de país terceiro autorizada em Portugal está a
infringir as obrigações que sobre ela impendem notifica a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários
e dos Mercados desse facto, indicando as suas razões, tão rapidamente quanto possível.
2 - Revogado.
1 - Caso a CMVM considere que uma entidade gestora de país terceiro autorizada em Portugal está a
infringir as obrigações que sobre ela impendem notifica a Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados desse facto, indicando as suas razões, tão rapidamente quanto possível.
2 - Estando em causa matérias prudenciais, a comunicação prevista no número anterior é precedida
de parecer vinculativo do Banco de Portugal.
Artigo 249.º
Poderes da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados
1 - A pedido da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, a CMVM toma uma das
seguintes medidas, conforme o caso:
2 - A CMVM pode solicitar à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados que
reconsidere o seu pedido.
Artigo 250.º
Cooperação na supervisão de entidades gestoras de OIA de países terceiros
1 - A CMVM envida todos os esforços para, no âmbito das respetivas competências, dar cumprimento
a orientações e recomendações emitidas pela Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos
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Mercados, ao abrigo do artigo 16.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 24 de novembro, tendo em vista o estabelecimento de práticas coerentes, eficientes e
eficazes de supervisão das entidades gestoras de países terceiros.
2 - No prazo de dois meses a contar da data de emissão de uma orientação ou recomendação nos termos
do número anterior, a CMVM confirma à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados
se a cumpre, ou, não cumprindo, se tenciona ou não cumprir, justificando-o.
3 - A CMVM transmite uma cópia dos acordos de cooperação relevantes que celebrar com as
autoridades de supervisão de países terceiros, às autoridades competentes dos Estados membros de
acolhimento da entidade gestora de OIA em causa.
4 - A CMVM transmite, nos termos das normas técnicas de regulamentação aplicáveis, as informações
relativas a OIA recebidas das autoridades de supervisão de países terceiros nos termos de acordos de
cooperação ou, se for o caso, nos termos do n.º 6 do artigo 245.º ou do n.º 1 do artigo 247.º, às
autoridades competentes dos Estados membros de acolhimento da entidade gestora em causa.
5 - Caso a CMVM considere que determinado acordo de cooperação celebrado pelas autoridades de
supervisão de país terceiro com as autoridades competentes do Estado membro de referência de entidade
gestora de país terceiro não cumpre o exigido nas normas técnicas de regulamentação aplicáveis, pode
submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, tendo em vista a
obtenção de uma solução consensual entre as autoridades competentes envolvidas ou uma decisão
vinculativa daquela Autoridade, nos termos do artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro.
Artigo 250.º
Cooperação na supervisão de entidades gestoras de organismos de investimento alternativo de
países terceiros
1 - O Banco de Portugal e a CMVM envidam todos os esforços para, no âmbito das respetivas
competências, dar cumprimento a orientações e recomendações emitidas pela Autoridade Europeia dos
Valores Mobiliários e dos Mercados, ao abrigo do artigo 16.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro, tendo em vista o estabelecimento de práticas
coerentes, eficientes e eficazes de supervisão das entidades gestoras de países terceiros.
2 - No prazo de dois meses a contar da data de emissão de uma orientação ou recomendação, a CMVM
ou o Banco de Portugal, conforme o caso, devem confirmar se a cumprem, ou, não cumprindo, se
tencionam ou não cumprir, devendo a CMVM informar a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários
e dos Mercados da situação aplicável, indicando os motivos da decisão caso qualquer dessas
autoridades não cumpra ou não tencione cumprir essa orientação ou recomendação.
3 - A CMVM transmite uma cópia dos acordos de cooperação relevantes que celebrar com as
autoridades de supervisão de países terceiros, às autoridades competentes dos Estados membros de
acolhimento da entidade gestora de organismos de investimento alternativo em causa.
4 - A CMVM transmite, nos termos das normas técnicas de regulamentação aplicáveis, as informações
relativas a organismos de investimento alternativo recebidas das autoridades de supervisão de países
terceiros nos termos de acordos de cooperação ou, se for o caso, nos termos do n.º 6 do artigo 245.º ou
do n.º 1 do artigo 247.º, às autoridades competentes dos Estados membros de acolhimento da entidade
gestora em causa.
5 - Caso a CMVM considere que determinado acordo de cooperação celebrado pelas autoridades de
supervisão de país terceiro com as autoridades competentes do Estado membro de referência de
entidade gestora de país terceiro não cumpre o exigido nas normas técnicas de regulamentação
aplicáveis, pode submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados,
tendo em vista a obtenção de uma solução consensual entre as autoridades competentes envolvidas ou
uma decisão vinculativa daquela Autoridade, nos termos do artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º
1095/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro.
Artigo 250.º-A
Informações, provas e denúncias relativas a infrações
Às informações, provas e denúncias que sejam dadas a conhecer à CMVM, relativas a infrações
previstas no presente Regime Geral e sua regulamentação é aplicável o regime previsto no Código dos
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Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual, e
sua regulamentação.
Artigo 250.º-A
Informações, provas e denúncias relativas a infrações
Às informações, provas e denúncias que sejam dadas a conhecer ao Banco de Portugal ou à CMVM,
relativas a infrações previstas no presente Regime Geral e sua regulamentação, é aplicável o regime
previsto, respetivamente, no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, e sua regulamentação, e no Código dos
Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, e sua regulamentação.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 104/2017, de 30 de agosto – com início de vigência em 29 de setembro
de 2017)
Artigo 251.º
Comunicação de irregularidades
1 - Caso tenha motivos claros e demonstráveis para suspeitar que uma entidade gestora de OIA comete
ou cometeu atos, não sujeitos à sua supervisão, contrários ao disposto na Diretiva n.º 2011/61/UE do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, a CMVM notifica desse facto a Autoridade
Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados e as autoridades competentes do Estado membro de
origem e dos Estados membros de acolhimento de forma tão pormenorizada quanto possível.
2 - Quando a CMVM seja destinatária de notificação com o conteúdo previsto no número anterior,
assegura-se de que são tomadas as medidas adequadas e informa a Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados e as autoridades competentes que a notificaram do resultado dessas medidas
e, tanto quanto possível, da evolução entretanto verificada.
Artigo 251.º
Comunicação de irregularidades
1 - Caso o Banco de Portugal ou a CMVM tenham motivos claros e demonstráveis para suspeitar que
uma entidade gestora de organismos de investimento alternativo comete ou cometeu atos, não sujeitos
à sua supervisão, contrários ao disposto na Diretiva n.º 2011/61/UE do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 8 de junho, a CMVM notifica desse facto a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários
e dos Mercados e as autoridades competentes do Estado membro de origem e dos Estados membros de
acolhimento de forma tão pormenorizada quanto possível.
2 - Quando a CMVM seja destinatária de notificação com o conteúdo previsto no número anterior deve,
em articulação com o Banco de Portugal quando estejam em causa matérias prudenciais, assegurar-
se de que são tomadas as medidas adequadas e informar a Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados e as autoridades competentes que a notificaram do resultado dessas
medidas e, tanto quanto possível, da evolução entretanto verificada.
Artigo 252.º
Cooperação e troca de informação
1 - A CMVM fornece à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados, ao Comité
Europeu do Risco Sistémico e às autoridades competentes dos outros Estados membros as informações
que sejam relevantes para o acompanhamento e resposta às potenciais implicações das atividades de
entidades gestoras de OIA concretas ou do conjunto destas na estabilidade de instituições financeiras
importantes do ponto de vista sistémico e no bom funcionamento dos mercados em que as mesmas
exerçam as suas atividades, nos termos do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão
Europeia, de 19 de dezembro de 2012.
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2 - A CMVM comunica à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados e ao Comité
Europeu do Risco Sistémico os dados agregados sobre as atividades das entidades gestoras de OIA que
se encontram sob a sua supervisão.
3 - O prazo de conservação dos dados pessoais constantes de informação trocada entre as autoridades
competentes nacionais e as de outros Estados membros não pode exceder cinco anos.
4 - Caso a CMVM discorde de qualquer medida respeitante a uma avaliação, ação ou omissão por parte
de uma autoridade competente de outro Estado membro em domínios em que o presente Regime Geral
requer a cooperação ou coordenação com as mesmas, a CMVM pode submeter a questão à Autoridade
Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados tendo em vista a obtenção de uma solução consensual
entre as autoridades competentes envolvidas ou uma decisão vinculativa daquela Autoridade, nos
termos do artigo 19.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
24 de novembro de 2010.
Artigo 252.º
Cooperação e troca de informação
1 - A CMVM, após consulta do Banco de Portugal, fornece à Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados, ao Comité Europeu do Risco Sistémico e às autoridades competentes dos
outros Estados membros as informações que sejam relevantes para o acompanhamento e resposta às
potenciais implicações das atividades de entidades gestoras de organismos de investimento alternativo
concretas ou do conjunto destas na estabilidade de instituições financeiras importantes do ponto de
vista sistémico e no bom funcionamento dos mercados em que as mesmas exerçam as suas atividades,
nos termos do Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013 da Comissão Europeia, de 19 de dezembro de
2012.
2 - A CMVM comunica à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados e ao Comité
Europeu do Risco Sistémico os dados agregados sobre as atividades das entidades gestoras de
organismos de investimento alternativo que se encontram sob a sua supervisão.
3 - O prazo de conservação dos dados pessoais constantes de informação trocada entre as autoridades
competentes nacionais e as de outros Estados membros não pode exceder cinco anos.
4 - Caso o Banco de Portugal, quando estejam em causa matérias prudenciais, ou a CMVM discordem
de qualquer medida respeitante a uma avaliação, ação ou omissão por parte de uma autoridade
competente de outro Estado membro em domínios em que o presente Regime Geral requer a cooperação
ou coordenação com as mesmas, a CMVM pode, obtido parecer vinculativo do Banco de Portugal,
quando a matéria seja da competência deste, submeter a questão à Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados tendo em vista a obtenção de uma solução consensual entre as autoridades
competentes envolvidas ou uma decisão vinculativa daquela Autoridade, nos termos do artigo 19.º do
Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010.
Artigo 252.º-A
Cooperação no âmbito da autorização de entidades responsáveis pela gestão
a) Uma filial de outra entidade gestora da União Europeia, de empresa de investimento, de instituição
de crédito ou de empresa de seguros autorizada nesse Estado membro;
b) Uma filial da empresa-mãe de uma entidade referida na alínea anterior;
c) Uma sociedade sob o controlo das mesmas pessoas singulares ou coletivas que controlam uma
entidade referida na alínea a).
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(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro - com início de vigência em 1 de janeiro
de 2020)
Artigo 253.º
Cooperação, dever de segredo e troca de informações
Sem prejuízo das disposições sobre dever de segredo previstas na legislação em vigor, caso um
organismo de investimento coletivo tenha sido declarado insolvente ou a sua liquidação forçada tiver
sido ordenada judicialmente é aplicável o disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 355.º do Código dos
Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro.
Artigo 254.º
Regulamentação
Artigo 254.º
Regulamentação
1 - Sem prejuízo das competências do Banco de Portugal, compete à CMVM regulamentar o disposto
no presente Regime Geral, nomeadamente quanto às seguintes matérias:
a) Da noção e condições de funcionamento de organismos de investimento coletivo, especificamente no
que respeita a:
i) Tipologia dos organismos de investimento coletivo;
ii) Organismos de investimento coletivo com património ou rendimentos garantidos e regime da
garantia, bem como política de investimento dos OICVM de índices;
iii) Agrupamentos de organismos de investimento coletivo;
iv) Compartimentos patrimoniais autónomos do organismo de investimento coletivo;
v) Regras relativas à criação de categorias de unidades de participação;
vi) Regras aplicáveis ao investimento em ativos imobiliários e imóveis;
vii) Reaquisição de unidades de participação pelo organismo de investimento coletivo;
viii) Termos e condições de desenvolvimento e de avaliação, pelos OII, de projetos de construção de
imóveis;
ix) Condições e limites de arrendamento ou de outras formas de exploração onerosa de imóveis do
organismo de investimento coletivo no âmbito de contratos celebrados com as entidades previstas no
n.º 1 do artigo 147.º;
x) Dispensa do cumprimento de deveres por determinados tipos de organismos de investimento coletivo,
em função das suas características, e imposição do cumprimento de outros, designadamente em matéria
de diversificação de risco e prestação de informação;
xi) Regras relativas à constituição de OIA de tipo principal e alimentação;
b) Da atividade de gestão dos organismos de investimento coletivo, especificamente no que respeita a:
i) Subcontratação de funções compreendidas na atividade de gestão de organismo de investimento
coletivo;
ii) Termos das políticas de remuneração;
iii) Técnicas e instrumentos de gestão, incluindo operações de empréstimo e reporte de valores
mobiliários e utilização de instrumentos financeiros derivados na gestão dos ativos dos organismos de
investimento coletivo;
iv) Avaliação dos ativos e dos passivos dos organismos de investimento coletivo e cálculo do valor das
unidades de participação;
v) Os termos e as condições em que pode ser exigida a verificação por avaliador externo, dos
procedimentos de avaliação de ativos dos organismos de investimento coletivo, quando a respetiva
entidade responsável pela gestão tenha optado por não recorrer a avaliador externo;
vi) Os critérios, métodos e as normas técnicas de avaliação dos imóveis que integrem o património dos
OII, as condições de divulgação dos relatórios de avaliação, bem como do seu envio à CMVM e o
montante significativo de obras de melhoramento, ampliação e requalificação de imóveis;
vii) Definição de critérios de avaliação do valor da volatilidade;
viii) Registo de operações, por conta dos organismos de investimento coletivo, sobre ativos admitidos
à negociação em mercado regulamentado realizadas no mercado de balcão;
ix) Compensação dos participantes em consequência de erros, irregularidades ou outros eventos;
x) Afetação de receitas e proveitos pagos à entidade gestora ou a outras entidades em consequência do
exercício da atividade daquela;
xi) Critérios de dimensão, natureza e complexidade das atividades e serviços prestados pela entidade
gestora e dos organismos de investimento coletivo geridos;
xii) Requisitos de pluralidade e rotatividade dos auditores e dos peritos avaliadores de imóveis;
xiii) Ultrapassagem de limites ao investimento em casos alheios à vontade da entidade responsável pela
gestão;
xiv) Limites de endividamento;
xv) Regras relativas às garantias profissionais dos avaliadores externos e ao registo destes;
xvi) Regras menos exigentes em matéria de composição do património dos OII, de deveres de
informação e de prevenção de conflitos de interesse, nos casos em que o presente Regime Geral o
permita, nomeadamente quando estejam em causa imóveis para reabilitação;
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(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 254.º
Regulamentação
1 - Sem prejuízo das competências do Banco de Portugal, compete à CMVM regulamentar o disposto
no presente Regime Geral, nomeadamente quanto às seguintes matérias:
a) Da noção e condições de funcionamento de organismos de investimento coletivo, especificamente no
que respeita a:
i) Tipologia dos organismos de investimento coletivo;
ii) Organismos de investimento coletivo com património ou rendimentos garantidos e regime da
garantia, bem como política de investimento dos organismos de investimento coletivo em valores
mobiliários de índices;
iii) Agrupamentos de organismos de investimento coletivo;
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vii) Termos e condições em que os organismos de investimento coletivo podem tornar públicos, sob
qualquer forma, medidas ou índices de rentabilidade e risco dos organismos de investimento coletivo
e as regras a que obedece o cálculo dessas medidas ou índices;
viii) Prestação de informação à CMVM sobre compensação dos participantes em consequência de
erros, irregularidades ou outros eventos;
ix) Termos aplicáveis à comunicação de transações pelas entidades responsáveis pela gestão à CMVM;
x) Exercício de direitos de voto;
xi) Informação para fins estatísticos;
d) Da comercialização de unidades de participação e condições de admissão à negociação,
especificamente no que respeita a:
i) Previsão de outras entidades comercializadoras, deveres das entidades comercializadoras, as
condições a que estão sujeitas, o conteúdo mínimo do contrato de comercialização, os requisitos
relativos aos diferentes meios de comercialização e regras relativas à subscrição e resgate ou
reembolso;
ii) Comercialização em Portugal junto de investidores não qualificados de unidades de participação de
organismos de investimento alternativo da União Europeia e de país terceiro;
iii) Pagamentos em espécie ao organismo de investimento coletivo ou aos participantes;
iv) Condições de admissão e negociação das unidades de participação de organismos de investimento
coletivo em mercado;
e) Das vicissitudes dos organismos de investimento coletivo, especificamente no que respeita a:
i) Modificação significativa da política de investimentos, da política de distribuição de rendimentos e
do prazo de cálculo ou divulgação do valor das unidades de participação;
ii) Cisão e transformação de organismos de investimento coletivo;
iii) Parecer do auditor, para efeitos de aumentos e reduções de unidades de participação de organismos
de investimento imobiliário fechados;
iv) Formalidades e prazos de dissolução e liquidação de organismos de investimento coletivo,
requisitos dos liquidatários, conteúdo das contas de liquidação e do respetivo relatório do auditor e
formas de liberação do dever de pagar o produto da liquidação;
v) Condições de suspensão da subscrição e do resgate de unidades de participação.
2 - Na regulamentação prevista no número anterior, deve ter-se em conta a natureza, a dimensão e a
complexidade das atividades exercidas.
TÍTULO V
Regime sancionatório
CAPÍTULO I
Ilícitos em especial
Artigo 255.º
Disposições comuns
a) Entre (euro) 25 000 e (euro) 5 000 000, quando sejam qualificadas como muito graves;
b) Entre (euro) 12 500 e (euro) 2 500 000, quando sejam qualificadas como graves.
a) O triplo do benefício económico obtido, mesmo que total ou parcialmente sob a forma de perdas
potencialmente evitadas; ou
b) No caso de contraordenações muito graves, 10 % do volume de negócios, de acordo com as últimas
contas consolidadas ou individuais que tenham sido aprovadas pelo órgão de administração.
5 - Considera-se como não divulgada a informação cuja divulgação não tenha sido efetuada através dos
meios adequados.
6 - Sempre que uma lei ou um regulamento da CMVM alterar as condições ou termos de cumprimento
de um dever constante de lei ou regulamento anterior, aplica-se a lei antiga aos factos ocorridos no
âmbito da sua vigência e a lei nova aos factos posteriores, salvo se, perante a identidade do facto, houver
lugar à aplicação do regime concretamente mais favorável.
(Redação da Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 255.º
Disposições comuns
Artigo 255.º
Disposições comuns
Artigo 256.º
Contraordenações muito graves
Sem prejuízo do disposto no regime geral relativo ao mercado de instrumentos financeiros, constitui
contraordenação muito grave:
a) A comunicação ou prestação de informação à CMVM que não seja verdadeira, completa, objetiva,
atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou prestação;
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b) A comunicação ou divulgação de informação ao público que não seja verdadeira, completa, objetiva,
atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou divulgação;
c) A comunicação ou divulgação de informação aos participantes que não seja verdadeira, completa,
objetiva, atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou divulgação;
d) O exercício de funções de gestão ou a comercialização de organismos de investimento coletivo cuja
constituição não tenha sido autorizada ou cuja autorização tenha caducado ou tenha sido revogada ou
não tenha sido objeto de notificação;
e) A prática de atos relativos aos organismos de investimento coletivo em atividade sem autorização,
registo, ou relativamente aos quais tenha havido oposição prévia da CMVM;
f) A não colaboração com a CMVM ou a perturbação do exercício da atividade de supervisão;
g) A realização de operações vedadas, não permitidas ou em condições não permitidas;
h) A inobservância dos níveis de capital inicial mínimo e de fundos próprios;
i) A inobservância das regras relativas à elegibilidade dos ativos das carteiras dos organismos de
investimento coletivo;
j) O incumprimento dos limites ao investimento ou ao endividamento por organismo de investimento
coletivo;
k) O incumprimento das regras relativas à avaliação e gestão de riscos;
l) A inobservância das regras relativas à avaliação e valorização dos ativos;
m) A falta de atuação de modo independente e no exclusivo interesse dos participantes;
n) O tratamento não equitativo, não profissional ou discriminatório dos participantes;
o) A omissão de pagamento de valores devidos aos participantes relativos ao resgate, ao reembolso ou
à distribuição de rendimentos;
p) O incumprimento de deveres legais ou regulamentares perante os participantes de organismos de
investimento coletivo;
q) O incumprimento de deveres previstos nos documentos constitutivos do organismo de investimento
coletivo;
r) O incumprimento das regras sobre autonomia patrimonial dos organismos de investimento coletivo;
s) A resolução de situações de conflitos de interesses de modo não equitativo ou discriminatório;
t) O incumprimento de demais regras relativas a conflitos de interesses;
u) A omissão de adoção de políticas e procedimentos de sanação de irregularidades internas suscetíveis
de afetar a estabilidade e a integridade do mercado;
v) A inobservância das regras relativas à execução, tratamento e registo de operações;
w) A inobservância das regras relativas à transmissão, agregação e afetação de ordens;
x) O incumprimento das regras relativas à guarda de ativos;
y) A subcontratação de funções de entidade gestora ou depositário fora dos casos admitidos;
z) O incumprimento das regras relativas à reutilização de ativos;
aa) A cobrança indevida de custos ao organismo de investimento coletivo ou aos participantes;
bb) A omissão de elaboração, a elaboração defeituosa ou a omissão de comunicação do relatório e contas
dos organismos de investimento coletivo sob gestão.
cc) A obtenção de autorizações com base em falsas declarações ou por outro meio irregular;
dd) O incumprimento de ordens ou mandados legítimos da CMVM, transmitidos por escrito aos seus
destinatários, se, após notificação da CMVM para o cumprimento de ordem ou mandado anteriormente
emitidos, com a indicação expressa de que o incumprimento constitui contraordenação muito grave, o
destinatário não cumprir a ordem ou mandado;
ee) A realização de alterações estatutárias de SGOIC sem observância do respetivo procedimento legal;
ff) A realização de operações de fusão ou cisão que envolvam SGOIC sem autorização prévia da
CMVM;
gg) O incumprimento de medidas corretivas adotadas pela CMVM, transmitidas por escrito aos seus
destinatários;
hh) O exercício das funções de membro de órgão de administração ou fiscalização de SGOIC ou
sociedade de investimento coletivo, em violação de proibição legal, de medida adotada pela CMVM e
transmitida por escrito ao seu destinatário ou com oposição expressa da CMVM;
ii) A aquisição de participação qualificada em SGOIC com oposição expressa da CMVM.
(Redação da Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
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Artigo 256.º
Contraordenações muito graves
Sem prejuízo do disposto nos regimes gerais relativos à atividade das instituições de crédito, sociedades
financeiras e ao mercado de instrumentos financeiros, constitui contraordenação muito grave a prática
dos seguintes factos ilícitos típicos:
a) A comunicação ou prestação de informação à CMVM ou ao Banco de Portugal que não seja
verdadeira, completa, objetiva, atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou prestação;
b) A comunicação ou divulgação de informação ao público que não seja verdadeira, completa, objetiva,
atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou divulgação;
c) A comunicação ou divulgação de informação aos participantes que não seja verdadeira, completa,
objetiva, atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou divulgação;
d) O exercício de funções de gestão ou a comercialização de organismos de investimento coletivo cuja
constituição não tenha sido autorizada ou cuja autorização tenha caducado ou tenha sido revogada ou
não tenha sido objeto de notificação;
e) A prática de atos relativos aos organismos de investimento coletivo em atividade sem autorização,
registo ou relativamente aos quais tenha havido oposição prévia da autoridade competente;
f) Não colaboração com as autoridades de supervisão ou perturbação do exercício da atividade de
supervisão;
g) A realização de operações vedadas ou proibidas;
h) A inobservância dos níveis de fundos próprios;
i) A inobservância das regras relativas à elegibilidade dos ativos das carteiras dos organismos de
investimento coletivo;
j) O incumprimento dos limites ao investimento ou ao endividamento por organismo de investimento
coletivo;
k) O incumprimento das regras relativas à avaliação e gestão de riscos;
l) A inobservância das regras relativas à avaliação e valorização dos ativos;
m) A falta de atuação de modo independente e no exclusivo interesse dos participantes;
n) O tratamento não equitativo, não profissional ou discriminatório dos participantes;
o) A omissão de pagamento de valores devidos aos participantes relativos ao resgate, ao reembolso ou
à distribuição de rendimentos;
p) O incumprimento de deveres legais ou regulamentares perante os participantes de organismos de
investimento coletivo;
q) O incumprimento de deveres previstos nos documentos constitutivos do organismo de investimento
coletivo;
r) O incumprimento das regras sobre autonomia patrimonial dos organismos de investimento coletivo;
s) A resolução de situações de conflitos de interesses de modo não equitativo ou discriminatório;
t) O incumprimento de demais regras relativas a conflitos de interesses;
u) A omissão de adoção de políticas e procedimentos de sanação de irregularidades internas suscetíveis
de afetar a estabilidade e a integridade do mercado;
v) A inobservância das regras relativas à execução, tratamento e registo de operações;
w) A inobservância das regras relativas à transmissão, agregação e afetação de ordens;
x) O incumprimento das regras relativas à guarda de ativos;
y) A subcontratação de funções de entidade gestora ou depositário fora dos casos admitidos;
z) O incumprimento das regras relativas à reutilização de ativos;
aa) A cobrança indevida de custos ao organismo de investimento coletivo ou aos participantes;
bb) A omissão de elaboração, a elaboração defeituosa ou a omissão de comunicação do relatório e
contas dos organismos de investimento coletivo sob gestão.
cc) A obtenção de autorizações com base em falsas declarações ou por outro meio irregular;
dd) O incumprimento de ordens ou mandados legítimos da CMVM ou de determinações emitidas pelo
Banco de Portugal, transmitidas por escrito aos seus destinatários, se, após notificação da CMVM ou
do Banco de Portugal para o cumprimento de ordem, mandado ou determinação anteriormente emitida,
com a indicação expressa que o incumprimento constitui contraordenação muito grave, o destinatário
não cumprir a ordem, mandado ou determinação.
392
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Artigo 256.º
Contraordenações muito graves
Sem prejuízo do disposto nos regimes gerais relativos à atividade das instituições de crédito, sociedades
financeiras e ao mercado de instrumentos financeiros, constitui contraordenação muito grave a prática
dos seguintes factos ilícitos típicos:
a) A comunicação ou prestação de informação à CMVM ou ao Banco de Portugal que não seja
verdadeira, completa, objetiva, atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou prestação;
b) A comunicação ou divulgação de informação ao público que não seja verdadeira, completa, objetiva,
atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou divulgação;
c) A comunicação ou divulgação de informação aos participantes que não seja verdadeira, completa,
objetiva, atual, clara e lícita ou a omissão dessa comunicação ou divulgação;
d) O exercício de funções de gestão ou a comercialização de organismos de investimento coletivo cuja
constituição não tenha sido autorizada ou cuja autorização tenha caducado ou tenha sido revogada ou
não tenha sido objeto de notificação;
e) A prática de atos relativos aos organismos de investimento coletivo em atividade sem autorização,
registo ou relativamente aos quais tenha havido oposição prévia da autoridade competente;
f) Não colaboração com as autoridades de supervisão ou perturbação do exercício da atividade de
supervisão;
g) A realização de operações vedadas ou proibidas;
h) A inobservância dos níveis de fundos próprios;
i) A inobservância das regras relativas à elegibilidade dos ativos das carteiras dos organismos de
investimento coletivo;
j) O incumprimento dos limites ao investimento ou ao endividamento por organismo de investimento
coletivo;
k) O incumprimento das regras relativas à avaliação e gestão de riscos;
l) A inobservância das regras relativas à avaliação e valorização dos ativos;
m) A falta de atuação de modo independente e no exclusivo interesse dos participantes;
n) O tratamento não equitativo, não profissional ou discriminatório dos participantes;
o) A omissão de pagamento de valores devidos aos participantes relativos ao resgate, ao reembolso ou
à distribuição de rendimentos;
p) O incumprimento de deveres legais ou regulamentares perante os participantes de organismos de
investimento coletivo;
q) O incumprimento de deveres previstos nos documentos constitutivos do organismo de investimento
coletivo;
r) O incumprimento das regras sobre autonomia patrimonial dos organismos de investimento coletivo;
s) A resolução de situações de conflitos de interesses de modo não equitativo ou discriminatório;
t) O incumprimento de demais regras relativas a conflitos de interesses;
u) A omissão de adoção de políticas e procedimentos de sanação de irregularidades internas suscetíveis
de afetar a estabilidade e a integridade do mercado;
v) A inobservância das regras relativas à execução, tratamento e registo de operações;
w) A inobservância das regras relativas à transmissão, agregação e afetação de ordens;
x) O incumprimento das regras relativas à guarda de ativos;
y) A subcontratação de funções de depositário fora dos casos admitidos;
z) O incumprimento das regras relativas à reutilização de ativos;
aa) A cobrança indevida de custos ao organismo de investimento coletivo ou aos participantes;
bb) A omissão de elaboração, a elaboração defeituosa ou a omissão de comunicação do relatório e
contas dos organismos de investimento coletivo sob gestão.
Artigo 257.º
Contraordenações graves
Sem prejuízo do disposto no regime geral relativo ao mercado de instrumentos financeiros, constitui
contraordenação grave:
(Redação da Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 257.º
Contraordenações graves
Sem prejuízo do disposto nos regimes gerais relativos à atividade das instituições de crédito, sociedades
financeiras e ao mercado de instrumentos financeiros, constitui contraordenação grave a prática dos
seguintes factos ilícitos típicos:
a) A omissão de utilização do idioma exigido em informação divulgada aos participantes;
b) A omissão de comunicação de informação devida ao depositário do organismo de investimento
coletivo ou a comunicação de informação incompleta ou sem a qualidade devida;
c) A inobservância do dever de intervenção e validação pelo auditor;
d) A omissão de detenção de fundos próprios suplementares exigidos por lei, regulamento ou
determinação da autoridade competente;
e) A omissão de celebração de contrato de seguro profissional de responsabilidade civil;
f) O incumprimento das regras relativas às vicissitudes dos organismos de investimento coletivo;
g) A omissão de conservação, durante o prazo exigido, da documentação e registos relativos aos
organismos de investimento coletivo;
h) O incumprimento de deveres relativos ao exercício da função de depositário e de comercializador
não punidos como contraordenação muito grave;
i) A realização de ações publicitárias sem a observância dos requisitos exigidos;
j) Incumprimento de deveres relativos a entidades e atividades relacionadas com organismos de
investimento coletivo, previstos em legislação nacional ou da União Europeia ou respetiva
regulamentação, não punidos como contraordenação muito grave;
k) O incumprimento de ordens ou mandados legítimos da CMVM ou de determinações emitidas pelo
Banco de Portugal, transmitidas por escrito aos seus destinatários.
(Redação da Lei n.º 35/2018, de 20 de julho – com início de vigência em 1 de agosto de 2018)
Artigo 257.º
Contraordenações graves
Sem prejuízo do disposto nos regimes gerais relativos à atividade das instituições de crédito, sociedades
financeiras e ao mercado de instrumentos financeiros, constitui contraordenação grave a prática dos
seguintes factos ilícitos típicos:
a) A omissão de utilização do idioma exigido em informação divulgada aos participantes;
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Artigo 257.º
Contraordenações graves
Sem prejuízo do disposto nos regimes gerais relativos à atividade das instituições de crédito, sociedades
financeiras e ao mercado de instrumentos financeiros, constitui contraordenação grave a prática dos
seguintes factos ilícitos típicos:
a) A omissão de utilização do idioma exigido em informação divulgada aos participantes;
b) A omissão de comunicação de informação devida ao depositário do organismo de investimento
coletivo ou a comunicação de informação incompleta ou sem a qualidade devida;
c) A inobservância do dever de intervenção e validação pelo auditor;
d) A omissão de detenção de fundos próprios suplementares exigidos por lei, regulamento ou
determinação da autoridade competente;
e) A omissão de celebração de contrato de seguro profissional de responsabilidade civil;
f) O incumprimento das regras relativas às vicissitudes dos organismos de investimento coletivo;
g) A omissão de conservação, durante o prazo exigido, da documentação e registos relativos aos
organismos de investimento coletivo;
h) O incumprimento de deveres relativos ao exercício da função de depositário e de comercializador
não punidos como contraordenação muito grave;
i) A realização de ações publicitárias sem a observância dos requisitos exigidos;
j) Incumprimento de deveres relativos a entidades e atividades relacionadas com organismos de
investimento coletivo e fundos de pensões abertos de adesão individual, previstos em legislação
nacional ou da União Europeia ou na respetiva regulamentação, não punidos como contraordenação
muito grave.
CAPÍTULO II
Disposições gerais
Artigo 258.º
Responsabilidade pelas contraordenações
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
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Artigo 258.º
Responsabilidade pelas contraordenações
1 - Pela prática das contraordenações previstas no presente Regime Geral podem ser responsabilizadas
pessoas singulares, pessoas coletivas, independentemente da regularidade da sua constituição,
sociedades e associações sem personalidade jurídica.
2 - As pessoas coletivas e as entidades que lhes são equiparadas no número anterior são responsáveis
pelas contraordenações previstas no presente regime quando os factos tiverem sido praticados, no
exercício das respetivas funções ou em seu nome ou por sua conta, pelos membros dos seus órgãos
sociais, mandatários, representantes ou trabalhadores.
3 - A responsabilidade da pessoa coletiva é excluída quando o agente atue contra ordens ou instruções
expressas daquela.
4 - Os membros do órgão de administração das pessoas coletivas e entidades equiparadas, bem como
os responsáveis pela direção ou fiscalização de áreas de atividade em que seja praticada alguma
contraordenação, incorrem na sanção prevista para o autor, especialmente atenuada, quando,
conhecendo ou devendo conhecer a prática da infração, não adotem as medidas adequadas para lhe
pôr termo imediatamente, a não ser que sanção mais grave lhes caiba por força de outra disposição
legal.
5 - A responsabilidade das pessoas coletivas e entidades equiparadas não exclui a responsabilidade
individual dos respetivos agentes.
6 - Não obsta à responsabilidade individual dos agentes a circunstância de o tipo legal da infração
exigir determinados elementos pessoais e estes só se verificarem na pessoa coletiva, na entidade
equiparada ou num dos agentes envolvidos, nem a circunstância de, sendo exigido que o agente
pratique o facto no seu interesse, ter o agente atuado no interesse de outrem.
7 - A invalidade ou ineficácia do ato que serve de fundamento à atuação do agente em nome de outrem
não impede a aplicação do disposto no número anterior.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Artigo 258.º
Responsabilidade pelas contraordenações
1 - Pela prática das contraordenações previstas no presente regime podem ser responsabilizadas
pessoas singulares, pessoas coletivas, independentemente da regularidade da sua constituição,
sociedades e associações sem personalidade jurídica.
2 - As pessoas coletivas e as entidades que lhes são equiparadas no número anterior são responsáveis
pelas contraordenações previstas no presente regime quando os factos tiverem sido praticados, no
exercício das respetivas funções ou em seu nome ou por sua conta, pelos membros dos seus órgãos
sociais, mandatários, representantes ou trabalhadores.
3 - A responsabilidade da pessoa coletiva é excluída quando o agente atue contra ordens ou instruções
expressas daquela.
4 - Os membros do órgão de administração das pessoas coletivas e entidades equiparadas, bem como
os responsáveis pela direção ou fiscalização de áreas de atividade em que seja praticada alguma
contraordenação, incorrem na sanção prevista para o autor, especialmente atenuada, quando,
conhecendo ou devendo conhecer a prática da infração, não adotem as medidas adequadas para lhe
pôr termo imediatamente, a não ser que sanção mais grave lhes caiba por força de outra disposição
legal.
5 - A responsabilidade das pessoas coletivas e entidades equiparadas não exclui a responsabilidade
individual dos respetivos agentes.
6 - Não obsta à responsabilidade individual dos agentes a circunstância de o tipo legal da infração
exigir determinados elementos pessoais e estes só se verificarem na pessoa coletiva, na entidade
equiparada ou num dos agentes envolvidos, nem a circunstância de, sendo exigido que o agente
pratique o facto no seu interesse, ter o agente atuado no interesse de outrem.
7 - A invalidade ou ineficácia do ato que serve de fundamento à atuação do agente em nome de outrem
não impede a aplicação do disposto no número anterior.
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Artigo 259.º
Formas da infração
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 259.º
Formas da infração
1 - Os ilícitos de mera ordenação social previstos no presente Regime Geral são imputados a título de
dolo ou de negligência.
2 - Em caso de negligência, os limites mínimos e máximos são reduzidos para metade.
3 - A tentativa de qualquer dos ilícitos de mera ordenação social descrito no presente Regime Geral é
punível, com a coima aplicável ao ilícito consumado, especialmente atenuada.
Artigo 260.º
Injunções e cumprimento do dever violado
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 260.º
Injunções e cumprimento do dever violado
1 - Sempre que o ilícito de mera ordenação social resulte da violação de um dever, o pagamento da
coima ou o cumprimento da sanção acessória não dispensam o infrator do cumprimento do dever se
tal ainda for possível.
2 - O infrator pode ser sujeito pela autoridade competente para o processo de contraordenação à
injunção de cumprir o dever em causa.
3 - A CMVM, o Banco de Portugal ou o tribunal podem determinar a adoção de condutas ou
providências concretas, designadamente as que forem necessárias para cessar a conduta ilícita ou
evitar as suas consequências.
4 - Se as injunções referidas nos números anteriores não forem cumpridas no prazo fixado pela CMVM,
pelo Banco de Portugal ou pelo tribunal, o agente incorre na sanção prevista para as contraordenações
muito graves.
Artigo 260.º
Cumprimento do dever violado
1 - Sempre que o ilícito de mera ordenação social resulte da omissão de um dever, o pagamento da
coima ou o cumprimento da sanção acessória não dispensam o infrator do cumprimento do dever, se
este ainda for possível.
2 - O infrator pode ser sujeito pela autoridade competente para o processo de contraordenação à
injunção de cumprir o dever em causa.
3 - Se a injunção não for cumprida no prazo fixado, o agente incorre na sanção prevista para as
contraordenações muito graves.
Artigo 261.º
Sanções acessórias
1 - Cumulativamente com as coimas, podem ser aplicadas aos responsáveis por qualquer
contraordenação, além das previstas no regime geral dos ilícitos de mera ordenação social, as seguintes
sanções acessórias:
a) Apreensão e perda do objeto da infração, incluindo o produto do benefício obtido pelo infrator através
da prática da contraordenação com observância do disposto nos artigos 22.º a 26.º do Decreto-Lei n.º
433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 356/89, de 17 de outubro, 244/95, de 14 de
setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro;
397
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2 - As sanções referidas nas alíneas b) e c) do número anterior não podem ter duração superior a cinco
anos, contados da decisão condenatória definitiva.
3 - Os prazos referidos no número anterior são elevados ao dobro, a contar da decisão condenatória
definitiva, caso a condenação respeite à prática dolosa de contraordenação muito grave e o arguido já
tenha sido previamente condenado pela prática de uma infração dessa natureza.
4 - A publicação referida na alínea d) do n.º 1 pode ser feita na íntegra ou por extrato, conforme for
decidido pela CMVM.
5 - No caso de ser aplicada a sanção acessória prevista nas alíneas c), e) e f) do n.º 1, a CMVM ou o
tribunal comunicam a condenação à entidade que concedeu a autorização ou averbou o registo, para
execução dos efeitos da sanção.
(Redação da Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 261.º
Sanções acessórias
1 - Cumulativamente com as coimas, podem ser aplicadas aos responsáveis por qualquer
contraordenação, além das previstas no regime geral dos ilícitos de mera ordenação social, as
seguintes sanções acessórias:
a) Apreensão e perda do objeto da infração, incluindo o produto do benefício obtido pelo infrator
através da prática da contraordenação com observância do disposto nos artigos 22.º a 26.º do Decreto-
Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 356/89, de 17 de outubro, 244/95,
de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro;
b) Interdição temporária do exercício pelo infrator da atividade a que a contraordenação respeita;
c) Inibição do exercício de funções de administração, gestão, direção, chefia ou fiscalização e, em
geral, de representação de organismos de investimento coletivo sob forma societária heterogeridos, de
quaisquer intermediários financeiros no âmbito de alguns ou de todos os tipos de atividades de
intermediação, ou de entidades relacionadas com organismos de investimento coletivo;
d) Publicação pela autoridade competente para o processo de contraordenação, a expensas do infrator
e em local idóneo para o cumprimento das finalidades de prevenção geral do sistema jurídico e da
proteção dos mercados de valores mobiliários ou de outros instrumentos financeiros, da sanção
aplicada pela prática da contraordenação;
e) Revogação da autorização ou cancelamento do registo necessários para o exercício de atividades
relacionadas com organismos de investimento coletivo.
f) Cancelamento do registo ou revogação da autorização para exercício de funções de administração,
gestão, direção ou fiscalização em organismos de investimento coletivo sob forma societária
heterogeridos ou em entidades relacionadas com organismos de investimento coletivo.
2 - As sanções referidas nas alíneas b) e c) do número anterior não podem ter duração superior a cinco
anos, contados da decisão condenatória definitiva.
3 - Os prazos referidos no número anterior são elevados ao dobro, a contar da decisão condenatória
definitiva, caso a condenação respeite à prática dolosa de contraordenação muito grave e o arguido já
tenha sido previamente condenado pela prática de uma infração dessa natureza.
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Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
4 - A publicação referida na alínea d) do n.º 1 pode ser feita na íntegra ou por extrato, conforme for
decidido pela autoridade competente para o processo de contraordenação.
5 - No caso de ser aplicada a sanção acessória prevista nas alíneas c), e) e f) do n.º 1, a autoridade
competente ou o tribunal comunica a condenação à entidade que concedeu a autorização ou averbou
o registo para execução dos efeitos da sanção.
Artigo 261.º
Sanções acessórias
1 - Cumulativamente com as coimas, podem ser aplicadas aos responsáveis por qualquer
contraordenação, além das previstas no regime geral dos ilícitos de mera ordenação social, as
seguintes sanções acessórias:
a) Apreensão e perda do objeto da infração, incluindo o produto do benefício obtido pelo infrator
através da prática da contraordenação com observância do disposto nos artigos 22.º a 26.º do Decreto-
Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 356/89, de 17 de outubro, 244/95,
de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro;
b) Interdição temporária do exercício pelo infrator da atividade a que a contraordenação respeita;
c) Inibição do exercício de funções de administração, direção, chefia ou fiscalização e, em geral, de
representação de quaisquer intermediários financeiros no âmbito de alguns ou de todos os tipos de
atividades de intermediação ou de entidades relacionadas com organismos de investimento coletivo;
d) Publicação pela autoridade competente para o processo de contraordenação, a expensas do infrator
e em locais idóneos para o cumprimento das finalidades de prevenção geral do sistema jurídico, dos
mercados de valores mobiliários ou de outros instrumentos financeiros e do sistema financeiro, da
sanção aplicada pela prática da contraordenação;
e) Revogação da autorização ou cancelamento do registo necessários para o exercício de atividades
relacionadas com organismos de investimento coletivo.
2 - As sanções referidas nas alíneas b) e c) do número anterior não podem ter duração superior a cinco
anos, contados da decisão condenatória definitiva.
3 - A publicação referida na alínea d) do n.º 1 pode ser feita na íntegra ou por extrato, conforme for
decidido pela autoridade competente para o processo de contraordenação.
Artigo 262.º
Determinação da sanção aplicável
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 262.º
Determinação da sanção aplicável
1 - A determinação da coima concreta e das sanções acessórias faz-se em função da ilicitude concreta
do facto, da culpa do agente, dos benefícios obtidos e das exigências de prevenção, tendo ainda em
conta a natureza singular ou coletiva do agente.
2 - Na determinação da ilicitude concreta do facto e da culpa das pessoas coletivas e entidades
equiparadas, atende-se, entre outras, às seguintes circunstâncias:
a) O perigo ou o dano causados aos investidores, ao mercado de valores mobiliários ou de outros
instrumentos financeiros ou ao sistema financeiro;
b) O caráter ocasional ou reiterado da infração;
c) A existência de atos de ocultação tendentes a dificultar a descoberta da infração;
d) A existência de atos do agente destinados a, por sua iniciativa, reparar os danos ou obviar aos
perigos causados pela infração.
3 - Na determinação da ilicitude concreta do facto e da culpa das pessoas singulares, atende-se, além
das referidas no número anterior, às seguintes circunstâncias:
a) Nível de responsabilidade, âmbito das funções e esfera de ação na pessoa coletiva em causa;
b) Intenção de obter, para si ou para outrem, um benefício ilegítimo ou de causar danos;
c) Especial dever de não cometer a infração.
399
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
4 - Na determinação da sanção aplicável são ainda tomadas em conta a situação económica e a conduta
anterior e posterior do agente, designadamente a sua cooperação e colaboração, com a CMVM, com
o Banco de Portugal ou com o tribunal, no âmbito do processo.
Artigo 262.º
Determinação da sanção aplicável
1 - A determinação da coima concreta e das sanções acessórias faz-se em função da ilicitude concreta
do facto, da culpa do agente, dos benefícios obtidos e das exigências de prevenção, tendo ainda em
conta a natureza singular ou coletiva do agente.
2 - Na determinação da ilicitude concreta do facto e da culpa das pessoas coletivas e entidades
equiparadas, atende-se, entre outras, às seguintes circunstâncias:
a) O perigo ou o dano causados aos investidores, ao mercado de valores mobiliários ou de outros
instrumentos financeiros ou ao sistema financeiro;
b) O caráter ocasional ou reiterado da infração;
c) A existência de atos de ocultação tendentes a dificultar a descoberta da infração;
d) A existência de atos do agente destinados a, por sua iniciativa, reparar os danos ou obviar aos
perigos causados pela infração.
3 - Na determinação da ilicitude concreta do facto e da culpa das pessoas singulares, atende-se, além
das referidas no número anterior, às seguintes circunstâncias:
a) Nível de responsabilidade, âmbito das funções e esfera de ação na pessoa coletiva em causa;
b) Intenção de obter, para si ou para outrem, um benefício ilegítimo ou de causar danos;
c) Especial dever de não cometer a infração.
4 - Na determinação da sanção aplicável são ainda tomadas em conta a situação económica e a conduta
anterior do agente.
Artigo 263.º
Coimas, custas e benefício económico
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 263.º
Coimas, custas e benefício económico
1 - Quando as infrações forem também imputáveis às entidades referidas no n.º 2 do artigo 258.º, estas
respondem solidariamente pelo pagamento das coimas, das custas ou de outro encargo associado às
sanções aplicadas no processo de contraordenação que sejam da responsabilidade dos agentes
individuais mencionados no mesmo preceito.
2 - O produto das coimas e do benefício económico apreendido nos processos de contraordenação
reverte integralmente para o Sistema de Indemnização dos Investidores, criado pelo Decreto-Lei n.º
222/99, de 22 de junho, independentemente da fase em que se torne definitiva ou transite em julgado a
decisão condenatória.
3 - Em caso de condenação, são devidas custas pelo arguido.
4 - Sendo vários os arguidos, as custas são repartidas por todos em partes iguais, só sendo devido o
valor respeitante aos arguidos que forem condenados.
5 - As custas destinam-se a cobrir as despesas efetuadas no processo, designadamente com notificações
e comunicações, meios de gravação e cópias ou certidões do processo.
6 - O reembolso pelas despesas referidas no número anterior é calculado à razão de metade de 1 UC
nas primeiras 100 folhas ou fração do processado e de um décimo de UC por cada conjunto
subsequente de 25 folhas ou fração do processado.
400
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 264.º
Direito subsidiário
Aplica-se às contraordenações previstas neste Regime Geral e aos processos às mesmas respeitantes o
regime substantivo e processual do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
486/99, de 13 de novembro.
(Redação da Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 264.º
Direito subsidiário
Salvo quando de outro modo se estabeleça neste Regime Geral, aplica-se às contraordenações nele
previstas e aos processos às mesmas respeitantes o regime geral do ilícito de mera ordenação social,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 356/89, de
17 de outubro, 244/95, de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Lei n.º 109/2001, de
24 de dezembro (Regime Geral das Contraordenações).
CAPÍTULO III
Disposições processuais
Artigo 265.º
Competência
(Redação da Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 265.º
Competência
Artigo 266.º
Comparência de testemunhas e peritos
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 266.º
Comparência de testemunhas e peritos
1 - Às testemunhas e aos peritos que não comparecerem no dia, hora e local designados para a
diligência do processo, nem justificarem a falta no ato ou nos cinco dias úteis imediatos, é aplicada
pela autoridade competente para o processo de contraordenação uma sanção pecuniária até 10
unidades de conta.
2 - O pagamento é efetuado no prazo de 10 dias úteis a contar da notificação, sob pena de se proceder
a cobrança coerciva.
401
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 267.º
Ausência do arguido
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 267.º
Ausência do arguido
A falta de comparência do arguido não obsta a que o processo de contraordenação siga os seus termos.
Artigo 268.º
Notificações
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 268.º
Notificações
1 - As notificações em processo de contraordenação são feitas por carta registada com aviso de
receção, dirigida para a sede ou para o domicílio dos destinatários e dos seus mandatários judiciais,
ou pessoalmente, se necessário através das autoridades policiais.
2 - A notificação ao arguido do ato processual que lhe impute a prática de contraordenação, bem como
da decisão que lhe aplique coima, sanção acessória ou alguma medida cautelar, é feita nos termos do
número anterior ou, quando o arguido não seja encontrado ou se recuse a receber a notificação, por
anúncio publicado num dos jornais da localidade da sua sede ou da última residência conhecida no
País ou, no caso de aí não haver jornal ou de o arguido não ter sede ou residência no País, num dos
jornais diários de Lisboa.
Artigo 269.º
Medidas cautelares
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 269.º
Medidas cautelares
1 - Quando se revele necessário para a instrução do processo, para a defesa do mercado de valores
mobiliários ou de outros instrumentos financeiros, do sistema financeiro ou para a tutela dos interesses
dos investidores, a autoridade competente para o processo de contraordenação pode determinar uma
das seguintes medidas:
a) Suspensão preventiva de alguma ou algumas atividades ou funções exercidas pelo arguido;
b) Sujeição do exercício de funções ou atividades a determinadas condições, necessárias para esse
exercício, nomeadamente o cumprimento de deveres de informação;
c) Apreensão e congelamento de valores, independentemente do local ou instituição em que os mesmos
se encontrem.
2 - A determinação referida no número anterior vigora, consoante os casos:
a) Até à sua revogação pela autoridade que a determinou ou por decisão judicial;
b) Até ao início do cumprimento de sanção acessória de efeito equivalente às medidas previstas no
número anterior.
3 - A determinação de suspensão preventiva pode ser publicada pela autoridade que a emitiu.
4 - Quando, nos termos do n.º 1, seja determinada a suspensão total das atividades ou das funções
exercidas pelo arguido e este venha a ser condenado, no mesmo processo, em sanção acessória que
consista em interdição ou inibição do exercício das mesmas atividades ou funções, será descontado por
inteiro no cumprimento da sanção acessória o tempo de duração da suspensão preventiva.
Artigo 270.º
Procedimento de advertência
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
402
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Artigo 270.º
Procedimento de advertência
Artigo 271.º
Processo sumaríssimo
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 271.º
Processo sumaríssimo
Artigo 272.º
Suspensão da execução da sanção
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 272.º
Suspensão da execução da sanção
403
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Artigo 273.º
Impugnação judicial
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 273.º
Impugnação judicial
1 - Recebida a impugnação de uma decisão proferida no âmbito do presente Regime Geral pela
autoridade competente para o processo de contraordenação, esta remete os autos ao Ministério Público
no prazo de 20 dias, podendo juntar alegações.
2 - Sem prejuízo do disposto no artigo 70.º do Regime Geral das Contraordenações, a autoridade que
proferiu a decisão pode ainda juntar outros elementos ou informações que considere relevantes para a
decisão da causa, bem como oferecer meios de prova.
3 - O tribunal pode decidir sem audiência de julgamento, se não existir oposição do arguido, do
Ministério Público ou da autoridade que proferiu a decisão.
4 - Se houver lugar a audiência de julgamento, o tribunal decide com base na prova realizada na
audiência, bem como na prova produzida na fase administrativa do processo de contraordenação.
5 - A autoridade que proferiu a decisão pode participar na audiência de julgamento através de
representante indicado para o efeito.
6 - A desistência da acusação pelo Ministério Público depende da concordância da autoridade que
proferiu a decisão.
7 - A autoridade que proferiu a decisão tem legitimidade para recorrer autonomamente das decisões
proferidas no processo de impugnação que admitem recurso, bem como para responder a recursos
interpostos.
8 - Não é aplicável aos processos de contraordenação instaurados e decididos nos termos do presente
Regime Geral a proibição de reformatio in pejus, devendo essa informação constar de todas as decisões
finais que admitam impugnação ou recurso.
Artigo 274.º
Tribunal competente
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 274.º
Tribunal competente
Artigo 275.º
Prescrição
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
404
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 275.º
Prescrição
Artigo 276.º
Concurso de infrações
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 276.º
Concurso de infrações
Artigo 277.º
Dever de notificar
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 277.º
Dever de notificar
Artigo 278.º
Divulgação de decisões
(Revogado pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 278.º
Divulgação de decisões
autoridade competente que inclua, pelo menos, a informação sobre a identidade do agente, o tipo legal
violado e a natureza da infração, mesmo que tenha sido requerida a impugnação judicial da decisão,
sendo, neste caso, feita expressa menção desse facto.
2 - A decisão judicial que confirme, altere ou revogue a decisão condenatória ou do tribunal de 1.ª
instância é comunicada de imediato à autoridade que a proferiu e obrigatoriamente divulgada nos
termos do número anterior.
3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, a divulgação prevista nos números anteriores não contém dados
pessoais na aceção da alínea a) do artigo 3.º da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro.
4 - A autoridade competente pode diferir a divulgação da decisão proferida ou divulgá-la em regime
de anonimato:
a) Nos processos sumaríssimos, quando tenha lugar a suspensão da sanção ou, para além desses casos,
quando a ilicitude do facto e a culpa do agente sejam diminutas;
b) Caso a divulgação da decisão possa pôr em causa diligências de uma investigação criminal em
curso;
c) Quando a autoridade competente considere que a divulgação da decisão possa ser contrária aos
interesses dos investidores, afetar gravemente os mercados financeiros ou causar danos concretos, a
pessoas ou entidades envolvidas, manifestamente desproporcionados em relação à gravidade dos factos
imputados.
5 - A autoridade competente pode não divulgar a decisão proferida nos casos previstos nas alíneas a)
e c) do número anterior quando considerar que a publicação de forma anónima ou o seu diferimento é
insuficiente para garantir os objetivos aí referidos.
6 - A informação divulgada nos termos dos números anteriores mantém-se disponível durante, pelo
menos, cinco anos, contados a partir do momento em que a decisão condenatória se torne definitiva ou
transite em julgado, salvo se tiver sido aplicada uma sanção acessória com duração superior, caso em
que a divulgação se mantém até ao termo do cumprimento da sanção.
Artigo 278.º
Divulgação de decisões
Artigo 279.º
Comunicação de decisões e informação
a) As decisões objeto de publicação, nos termos do artigo anterior, relativas a condenações por
contraordenações previstas no presente Regime Geral, bem como as respetivas decisões judiciais de
confirmação, modificação ou revogação em sede de impugnação judicial;
406
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
b) As decisões de condenação por contraordenações previstas no presente Regime Geral, que não
tenham sido objeto de publicação nos termos do artigo anterior, bem como as respetivas decisões
judiciais de confirmação, modificação ou revogação em sede de impugnação judicial.
2 - A CMVM comunica anualmente à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados
informação agregada sobre as sanções aplicadas pela prática de contraordenações previstas no presente
Regime Geral.
3 - Revogado.
(Redação da Lei n.º 25/2020, de 7 de julho - com início de vigência em 8 de julho de 2020)
Artigo 279.º
Comunicação de decisões e informação
(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 104/2017, de 30 de agosto – com início de vigência em 29 de setembro
de 2017)
ANEXO I
(a que se refere o n.º 3 do artigo 71.º-O)
Política de Remuneração
a) A política de remuneração deve ser compatível com a estratégia empresarial e os objetivos, valores e
interesses da entidade gestora e dos organismos de investimento coletivo por si geridos e respetivos
investidores, e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;
b) O órgão de fiscalização da entidade gestora aprova e revê, pelo menos anualmente, os princípios
gerais da política de remuneração e é responsável pela sua implementação e fiscalização, sendo as
funções indicadas exclusivamente exercidas por membros que possuam conhecimentos técnicos em
matéria de gestão de riscos e remuneração. A política de remuneração pode ser aprovada pela assembleia
geral da entidade gestora, desde que o órgão de fiscalização permaneça responsável pela elaboração da
proposta a submeter à assembleia, bem como pela respetiva implementação e fiscalização;
c) A implementação da política de remuneração deve ser sujeita a uma análise interna centralizada e
independente, com uma periodicidade mínima anual, tendo como objetivo a verificação do
cumprimento das políticas e procedimentos de remuneração adotados pelo órgão de fiscalização;
407
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
d) Os colaboradores que exercem funções de controlo devem ser remunerados em função da realização
dos objetivos associados às suas funções, independentemente do desempenho das respetivas unidades
de estrutura;
e) A remuneração dos quadros superiores que desempenhem funções de gestão do risco e controlo deve
ser fiscalizada diretamente pelo comité de remunerações, caso exista;
f) A definição do valor total da componente variável da remuneração deve efetuar-se através da
combinação da avaliação do desempenho do colaborador, que deve considerar critérios de natureza
financeira e não financeira, e do desempenho da unidade de estrutura ou do organismo de investimento
coletivo em causa com os resultados globais da entidade gestora;
g) A avaliação do desempenho deve processar-se num quadro plurianual adequado ao período de
detenção recomendado aos investidores dos organismos de investimento coletivo geridos pela entidade
gestora, assegurando que o processo de avaliação se baseie no desempenho de longo prazo e respetivos
riscos de cada organismo de investimento gerido e que o pagamento das componentes de remuneração
dele dependentes seja repartido ao longo do mesmo período;
h) Não pode ser concedida remuneração variável garantida, exceto aquando da contratação de novos
colaboradores, apenas no primeiro ano de atividade;
i) As entidades gestoras devem estabelecer rácios apropriados entre as componentes fixa e variável da
remuneração total dos colaboradores, representando a componente fixa uma proporção suficientemente
elevada da remuneração total, a fim de permitir a aplicação de uma política totalmente flexível relativa
à componente variável da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento da mesma;
j) Os pagamentos relacionados com a cessação antecipada do exercício de funções do colaborador
devem refletir o desempenho verificado ao longo das mesmas de forma a não incentivar
comportamentos desadequados;
k) A aferição do desempenho utilizada para calcular a componente variável da remuneração deve prever
ajustamentos considerando os vários tipos de riscos, atuais e futuros;
l) Em conformidade com a forma jurídica do organismo de investimento coletivo e com os seus
documentos constitutivos, no que respeita à componente variável da remuneração, pelo menos metade
do seu montante, quer aquela componente seja diferida ou não, deve consistir em unidades de
participação ou ações do organismo de investimento coletivo em causa, instrumentos indexados a ações
ou instrumentos equivalentes, que não sejam instrumentos do mercado monetário, com incentivos de
efeito idêntico aos dos demais instrumentos referidos. Os limites mínimos para a composição de, pelo
menos, metade da remuneração variável previstos nesta alínea não se aplicam caso a gestão,
respetivamente, de OICVM ou de OIA, consoante o organismo de investimento coletivo que esteja em
causa, represente menos de metade da carteira total gerida pela entidade gestora;
m) Os instrumentos referidos na alínea anterior devem estar sujeitos a uma política de retenção
adequada, concebida para alinhar os incentivos com os interesses da entidade gestora e dos organismos
de investimento coletivo por si geridos e respetivos participantes, podendo a CMVM impor restrições
aos tipos e estruturas destes instrumentos ou proibir certos instrumentos, consoante o mais apropriado;
n) O pagamento de uma parte substancial, correspondente a pelo menos 40 %, da componente variável
da remuneração, é diferido durante um período adequado de, no mínimo, três anos, salvo se a duração
do organismo de investimento coletivo for menor, determinado em função do período de detenção
recomendado aos investidores do organismo de investimento coletivo em causa e corretamente fixado
em função da natureza dos riscos do mesmo;
o) O direito ao pagamento da componente variável da remuneração sujeita a diferimento deve ser
atribuído numa base proporcional ao longo do período de diferimento. Sendo o montante da componente
variável particularmente elevado, pelo menos 60 % desse montante deve ser pago de modo diferido;
p) A componente variável da remuneração, incluindo a parte diferida dessa remuneração, só deve
constituir um direito adquirido ou ser paga se for sustentável à luz da situação financeira da entidade
gestora e fundamentada à luz do desempenho da unidade de estrutura em causa, do organismo de
investimento coletivo e do colaborador em questão;
q) Sem prejuízo da legislação laboral ou civil, a componente variável da remuneração deve ser alterada
caso o desempenho da entidade gestora ou do organismo de investimento coletivo regrida ou seja
negativo, tendo em consideração tanto a remuneração atual como as reduções no pagamento de
montantes cujo direito ao recebimento já se tenha constituído, inclusive por meio de regimes de
agravamento («malus») ou de recuperação («clawback»);
r) A política relativa aos benefícios discricionários de pensão deve ser compatível com a estratégia
empresarial, os objetivos, os valores e os interesses de longo prazo da entidade gestora e dos organismos
de investimento coletivo por si geridos;
408
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
2 - Os princípios previstos no número anterior aplicam-se a todos os tipos de remuneração pagos pela
entidade gestora, a todos os montantes pagos diretamente pelo próprio organismo de investimento
coletivo, incluindo comissões de desempenho, e a todas as transferências de unidades de participação
do organismo de investimento.
3 - As entidades gestoras significativas em termos da sua dimensão ou da dimensão dos organismos de
investimento coletivo por si geridos, de organização interna e da natureza, âmbito e complexidade das
respetivas atividades, devem criar um comité de remunerações. Compete ao comité de remunerações
formular juízos informados e independentes sobre a política e práticas de remuneração e sobre os
incentivos criados para efeitos da gestão de riscos.
4 - O comité de remunerações é responsável pela preparação das decisões relativas à remuneração,
incluindo as decisões com implicações em termos de riscos e gestão dos riscos da entidade gestora ou
do organismo de investimento coletivo em causa, que devam ser tomadas pelo órgão de fiscalização. O
comité de remunerações é presidido por um membro do órgão de administração que não desempenhe
funções executivas na entidade gestora em causa. O comité de remunerações é composto por membros
do órgão de administração que não desempenhem funções executivas na entidade gestora em causa.
Caso exista representação dos trabalhadores no órgão de administração, a comissão de remunerações
inclui um ou mais representantes dos trabalhadores. Ao preparar as suas decisões, o comité de
remunerações tem em conta o interesse a longo prazo dos participantes e de outros interessados, bem
como o interesse público.
ANEXO I
(a que se refere o n.º 3 do artigo 78.º do Regime Geral)
Política de Remuneração
409
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
d) Os colaboradores que exercem funções de controlo devem ser remunerados em função da realização
dos objetivos associados às suas funções, independentemente do desempenho das respetivas unidades
de estrutura;
e) A remuneração dos quadros superiores que desempenhem funções de gestão do risco e controlo deve
ser fiscalizada diretamente pelo comité de remunerações, caso exista;
f) A definição do valor total da componente variável da remuneração deve efetuar-se através da
combinação da avaliação do desempenho do colaborador, que deve considerar critérios de natureza
financeira e não financeira, e do desempenho da unidade de estrutura ou do organismo de investimento
coletivo em causa com os resultados globais da entidade gestora;
g) A avaliação do desempenho deve processar-se num quadro plurianual adequado ao período de
detenção recomendado aos investidores dos organismos de investimento coletivo geridos pela entidade
gestora, assegurando que o processo de avaliação se baseie no desempenho de longo prazo e respetivos
riscos de cada organismo de investimento gerido e que o pagamento das componentes de remuneração
dele dependentes seja repartido ao longo do mesmo período;
h) Não pode ser concedida remuneração variável garantida, exceto aquando da contratação de novos
colaboradores, apenas no primeiro ano de atividade;
i) As entidades gestoras devem estabelecer rácios apropriados entre as componentes fixa e variável da
remuneração total dos colaboradores, representando a componente fixa uma proporção
suficientemente elevada da remuneração total, a fim de permitir a aplicação de uma política totalmente
flexível relativa à componente variável da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento
da mesma;
j) Os pagamentos relacionados com a cessação antecipada do exercício de funções do colaborador
devem refletir o desempenho verificado ao longo das mesmas de forma a não incentivar
comportamentos desadequados;
k) A aferição do desempenho utilizada para calcular a componente variável da remuneração deve
prever ajustamentos considerando os vários tipos de riscos, atuais e futuros;
l) Em conformidade com a forma jurídica do organismo de investimento coletivo e com os seus
documentos constitutivos, no que respeita à componente variável da remuneração, pelo menos metade
do seu montante, quer aquela componente seja diferida ou não, deve consistir em unidades de
participação ou ações do organismo de investimento coletivo em causa, instrumentos indexados a ações
ou instrumentos equivalentes, que não sejam instrumentos do mercado monetário, com incentivos de
efeito idêntico aos dos demais instrumentos referidos. Os limites mínimos para a composição de, pelo
menos, metade da remuneração variável previstos nesta alínea não se aplicam caso a gestão,
respetivamente, de OICVM ou de OIA, consoante o organismo de investimento coletivo que esteja em
causa, represente menos de metade da carteira total gerida pela entidade gestora;
m) Os instrumentos referidos na alínea anterior devem estar sujeitos a uma política de retenção
adequada, concebida para alinhar os incentivos com os interesses da entidade gestora e dos
organismos de investimento coletivo por si geridos e respetivos participantes, podendo a CMVM impor
restrições aos tipos e estruturas destes instrumentos ou proibir certos instrumentos, consoante o mais
apropriado;
n) O pagamento de uma parte substancial, correspondente a pelo menos 40 %, da componente variável
da remuneração, é diferido durante um período adequado de, no mínimo, três anos, salvo se a duração
do organismo de investimento coletivo for menor, determinado em função do período de detenção
recomendado aos investidores do organismo de investimento coletivo em causa e corretamente fixado
em função da natureza dos riscos do mesmo;
o) O direito ao pagamento da componente variável da remuneração sujeita a diferimento deve ser
atribuído numa base proporcional ao longo do período de diferimento. Sendo o montante da
componente variável particularmente elevado, pelo menos 60 % desse montante deve ser pago de modo
diferido;
p) A componente variável da remuneração, incluindo a parte diferida dessa remuneração, só deve
constituir um direito adquirido ou ser paga se for sustentável à luz da situação financeira da entidade
gestora e fundamentada à luz do desempenho da unidade de estrutura em causa, do organismo de
investimento coletivo e do colaborador em questão;
q) Sem prejuízo da legislação laboral ou civil, a componente variável da remuneração deve ser alterada
caso o desempenho da entidade gestora ou do organismo de investimento coletivo regrida ou seja
negativo, tendo em consideração tanto a remuneração atual como as reduções no pagamento de
montantes cujo direito ao recebimento já se tenha constituído, inclusive por meio de regimes de
agravamento («malus») ou de recuperação («clawback»);
410
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
r) A política relativa aos benefícios discricionários de pensão deve ser compatível com a estratégia
empresarial, os objetivos, os valores e os interesses de longo prazo da entidade gestora e dos
organismos de investimento coletivo por si geridos;
s) Caso a cessação da atividade do colaborador ocorra antes da reforma, os benefícios discricionários
de pensão de que seja titular são mantidos pela entidade gestora por um período de cinco anos, sob a
forma de instrumentos definidos na alínea l);
t) Quando o colaborador atinja a situação de reforma, os benefícios discricionários de pensão são
pagos sob a forma de instrumentos definidos na alínea l), com um período de retenção de cinco anos;
u) As regras previamente previstas não podem ser afastadas, designadamente através da utilização por
parte dos colaboradores de qualquer mecanismo de cobertura de risco tendente a atenuar os efeitos de
alinhamento pelo risco inerentes às modalidades de remuneração ou através do pagamento da
componente variável da remuneração por intermédio de entidades instrumentais ou outros métodos
com efeito equivalente.
2 - Os princípios previstos no número anterior aplicam-se a todos os tipos de remuneração pagos pela
entidade gestora, a todos os montantes pagos diretamente pelo próprio organismo de investimento
coletivo, incluindo comissões de desempenho, e a todas as transferências de unidades de participação
do organismo de investimento.
3 - As entidades gestoras significativas em termos da sua dimensão ou da dimensão dos organismos de
investimento coletivo por si geridos, de organização interna e da natureza, âmbito e complexidade das
respetivas atividades, devem criar um comité de remunerações. Compete ao comité de remunerações
formular juízos informados e independentes sobre a política e práticas de remuneração e sobre os
incentivos criados para efeitos da gestão de riscos.
4 - O comité de remunerações é responsável pela preparação das decisões relativas à remuneração,
incluindo as decisões com implicações em termos de riscos e gestão dos riscos da entidade gestora ou
do organismo de investimento coletivo em causa, que devam ser tomadas pelo órgão de fiscalização. O
comité de remunerações é presidido por um membro do órgão de administração que não desempenhe
funções executivas na entidade gestora em causa. O comité de remunerações é composto por membros
do órgão de administração que não desempenhem funções executivas na entidade gestora em causa.
Caso exista representação dos trabalhadores no órgão de administração, a comissão de remunerações
inclui um ou mais representantes dos trabalhadores. Ao preparar as suas decisões, o comité de
remunerações tem em conta o interesse a longo prazo dos participantes e de outros interessados, bem
como o interesse público.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
ANEXO I
(a que se refere o n.º 3 do artigo 78.º do Regime Geral)
Política de Remuneração
411
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
c) A implementação da política de remuneração deve ser sujeita a uma análise interna centralizada e
independente, com uma periodicidade mínima anual, tendo como objetivo a verificação do
cumprimento das políticas e procedimentos de remuneração adotados pelo órgão de fiscalização;
d) Os colaboradores que exercem funções de controlo devem ser remunerados em função da realização
dos objetivos associados às suas funções, independentemente do desempenho das respetivas unidades
de estrutura;
e) A remuneração dos quadros superiores que desempenhem funções de gestão do risco e controlo deve
ser fiscalizada diretamente pelo comité de remunerações, caso exista;
f) A definição do valor total da componente variável da remuneração deve efetuar-se através da
combinação da avaliação do desempenho do colaborador, que deve considerar critérios de natureza
financeira e não financeira, e do desempenho da unidade de estrutura ou do organismo de investimento
coletivo em causa com os resultados globais da entidade gestora;
g) A avaliação do desempenho deve processar-se num quadro plurianual adequado ao período de
detenção recomendado aos investidores dos organismos de investimento coletivo geridos pela entidade
gestora, assegurando que o processo de avaliação se baseie no desempenho de longo prazo e respetivos
riscos de cada organismo de investimento gerido e que o pagamento das componentes de remuneração
dele dependentes seja repartido ao longo do mesmo período;
h) Não pode ser concedida remuneração variável garantida, exceto aquando da contratação de novos
colaboradores, apenas no primeiro ano de atividade;
i) As entidades gestoras devem estabelecer rácios apropriados entre as componentes fixa e variável da
remuneração total dos colaboradores, representando a componente fixa uma proporção
suficientemente elevada da remuneração total, a fim de permitir a aplicação de uma política totalmente
flexível relativa à componente variável da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento
da mesma;
j) Os pagamentos relacionados com a cessação antecipada do exercício de funções do colaborador
devem refletir o desempenho verificado ao longo das mesmas de forma a não incentivar
comportamentos desadequados;
k) A aferição do desempenho utilizada para calcular a componente variável da remuneração deve
prever ajustamentos considerando os vários tipos de riscos, atuais e futuros;
l) Em conformidade com a forma jurídica do organismo de investimento coletivo e com os seus
documentos constitutivos, no que respeita à componente variável da remuneração, pelo menos metade
do seu montante, quer aquela componente seja diferida ou não, deve consistir em unidades de
participação ou ações do organismo de investimento coletivo em causa, instrumentos indexados a ações
ou instrumentos equivalentes, que não sejam instrumentos do mercado monetário, com incentivos de
efeito idêntico aos dos demais instrumentos referidos. Os limites mínimos para a composição de, pelo
menos, metade da remuneração variável previstos nesta alínea não se aplicam caso a gestão,
respetivamente, de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários ou de organismos de
investimento alternativo, consoante o organismo de investimento coletivo que esteja em causa,
represente menos de metade da carteira total gerida pela entidade gestora.
m) Os instrumentos referidos na alínea anterior devem estar sujeitos a uma política de retenção
adequada, concebida para alinhar os incentivos com os interesses da entidade gestora e dos
organismos de investimento coletivo por si geridos e respetivos participantes, podendo a CMVM impor
restrições aos tipos e estruturas destes instrumentos ou proibir certos instrumentos, consoante o mais
apropriado;
n) O pagamento de uma parte substancial, correspondente a pelo menos 40 %, da componente variável
da remuneração, é diferido durante um período adequado de, no mínimo, três anos, salvo se a duração
do organismo de investimento coletivo for menor, determinado em função do período de detenção
recomendado aos investidores do organismo de investimento coletivo em causa e corretamente fixado
em função da natureza dos riscos do mesmo;
o) O direito ao pagamento da componente variável da remuneração sujeita a diferimento deve ser
atribuído numa base proporcional ao longo do período de diferimento. Sendo o montante da
componente variável particularmente elevado, pelo menos 60 % desse montante deve ser pago de modo
diferido;
p) A componente variável da remuneração, incluindo a parte diferida dessa remuneração, só deve
constituir um direito adquirido ou ser paga se for sustentável à luz da situação financeira da entidade
gestora e fundamentada à luz do desempenho da unidade de estrutura em causa, do organismo de
investimento coletivo e do colaborador em questão;
q) Sem prejuízo da legislação laboral ou civil, a componente variável da remuneração deve ser alterada
caso o desempenho da entidade gestora ou do organismo de investimento coletivo regrida ou seja
412
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
ANEXO I
(a que se refere o n.º 3 do artigo 78.º do Regime Geral)
Política de Remuneração
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c) A implementação da política de remuneração deve ser sujeita a uma análise interna centralizada e
independente, com uma periodicidade mínima anual, tendo como objetivo a verificação do
cumprimento das políticas e procedimentos de remuneração adotados pelo órgão de fiscalização;
d) Os colaboradores que exercem funções de controlo devem ser remunerados em função da realização
dos objetivos associados às suas funções, independentemente do desempenho das respetivas unidades
de estrutura;
e) A remuneração dos colaboradores que desempenhem funções de gestão do risco e controlo deve ser
fiscalizada diretamente pelo comité de remunerações;
f) A definição do valor total da componente variável da remuneração deve efetuar-se através da
combinação da avaliação do desempenho do colaborador, que deve considerar critérios de natureza
financeira e não financeira, e do desempenho da unidade de estrutura ou do organismo de investimento
coletivo em causa com os resultados globais da entidade gestora;
g) A avaliação do desempenho deve processar-se num quadro plurianual adequado à duração dos
organismos de investimento coletivo geridos pela entidade gestora, assegurando que o processo de
avaliação se baseie no desempenho de longo prazo e que o pagamento das componentes de
remuneração dele dependentes seja repartido ao longo de um período que tenha em consideração a
política de reembolso dos organismos de investimento coletivo por si geridos e os respetivos riscos de
investimento;
h) Não pode ser concedida remuneração variável garantida, exceto aquando da contratação de novos
colaboradores, apenas no primeiro ano de atividade;
i) As entidades gestoras devem estabelecer rácios apropriados entre as componentes fixa e variável da
remuneração total dos colaboradores, representando a componente fixa uma proporção
suficientemente elevada da remuneração total, a fim de permitir a aplicação de uma política totalmente
flexível relativa à componente variável da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento
da mesma;
j) Os pagamentos relacionados com a cessação antecipada do exercício de funções do colaborador
devem refletir o desempenho verificado ao longo das mesmas de forma a não incentivar
comportamentos desadequados;
k) A aferição do desempenho utilizada para calcular a componente variável da remuneração deve
prever ajustamentos considerando os vários tipos de riscos, atuais e futuros;
l) Sem prejuízo da forma jurídica do organismo de investimento coletivo e dos seus documentos
constitutivos, no que respeita à componente variável da remuneração, pelo menos metade do seu
montante, quer aquela componente seja diferida ou não, deve consistir em unidades de participação ou
ações do organismo de investimento coletivo em causa, instrumentos de capital equivalentes,
instrumentos indexados a ações ou instrumentos financeiros equivalentes, salvo se a gestão do
organismo de investimento coletivo representar menos de 50 % da carteira total gerida pela entidade
gestora, caso em que o mínimo de 50 % não se aplica;
m) Os instrumentos referidos na alínea anterior devem estar sujeitos a uma política de retenção
adequada, concebida para alinhar os incentivos com os interesses da entidade gestora e dos
organismos de investimento coletivo por si geridos e respetivos participantes, podendo a CMVM impor
restrições aos tipos e estruturas destes instrumentos ou proibir certos instrumentos, consoante o mais
apropriado;
n) O pagamento de uma parte substancial, correspondente a pelo menos 40 %, da componente variável
da remuneração deve ser diferido por um período adequado em função da duração e da política de
reembolso do organismo de investimento coletivo em causa e corretamente fixado em função da
natureza dos riscos do mesmo organismo de investimento coletivo. Esse período deverá ser de pelo
menos três a cinco anos, salvo se a duração do organismo de investimento coletivo for menor;
o) O direito ao pagamento da componente variável da remuneração sujeita a diferimento deve ser
atribuído numa base proporcional ao longo do período de diferimento. Sendo o montante da
componente variável particularmente elevado, pelo menos 60 % desse montante deve ser pago de modo
diferido;
p) A componente variável da remuneração, incluindo a parte diferida dessa remuneração, só deve
constituir um direito adquirido ou ser paga se for sustentável à luz da situação financeira da entidade
gestora e fundamentada à luz do desempenho da unidade de estrutura em causa, do organismo de
investimento coletivo e do colaborador em questão;
q) Sem prejuízo da legislação laboral ou civil, a componente variável da remuneração deve ser alterada
caso o desempenho da entidade gestora ou do organismo de investimento coletivo regrida ou seja
negativo, tendo em consideração tanto a remuneração atual como as reduções no pagamento de
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montantes cujo direito ao recebimento já se tenha constituído, inclusive por meio de regimes de
agravamento («malus») ou de recuperação («clawback»);
r) A política relativa aos benefícios discricionários de pensão deve ser compatível com a estratégia
empresarial, os objetivos, os valores e os interesses de longo prazo da entidade gestora e dos
organismos de investimento coletivo por si geridos;
s) Caso a cessação da atividade do colaborador ocorra antes da reforma, os benefícios discricionários
de pensão de que seja titular são mantidos pela entidade gestora por um período de cinco anos, sob a
forma de instrumentos definidos na alínea l);
t) Quando o colaborador atinja a situação de reforma, os benefícios discricionários de pensão são
pagos sob a forma de instrumentos definidos na alínea l), sem prejuízo da possibilidade de ser
estabelecido um período de indisponibilidade, mediante retenção pela entidade gestora, de cinco anos;
u) As regras previamente previstas não podem ser afastadas, designadamente através da utilização por
parte dos colaboradores de qualquer mecanismo de cobertura de risco tendente a atenuar os efeitos de
alinhamento pelo risco inerentes às modalidades de remuneração ou através do pagamento da
componente variável da remuneração por intermédio de entidades instrumentais ou outros métodos
com efeito equivalente.
2 - Os princípios previstos no número anterior aplicam-se a todos os tipos de remuneração pagos pela
entidade gestora, a todos os montantes pagos diretamente pelo próprio organismo de investimento
coletivo, incluindo comissões de desempenho, e a todas as transferências de unidades de participação
do organismo de investimento.
3 - As entidades gestoras significativas em termos da sua dimensão ou da dimensão dos organismos de
investimento coletivo por si geridos, de organização interna e da natureza, âmbito e complexidade das
respetivas atividades, devem criar um comité de remunerações. Compete ao comité de remunerações
formular juízos informados e independentes sobre a política e práticas de remuneração e sobre os
incentivos criados para efeitos da gestão de riscos.
4 - O comité de remunerações é responsável pela preparação das decisões relativas à remuneração,
incluindo as decisões com implicações em termos de riscos e gestão dos riscos da entidade gestora ou
do organismo de investimento coletivo em causa, que devam ser tomadas pelo órgão de fiscalização. O
comité de remunerações é presidido por um membro do órgão de administração que não desempenhe
funções executivas na entidade gestora em causa. O comité de remunerações é composto por membros
do órgão de administração que não desempenhem funções executivas na entidade gestora em causa.
ANEXO II
(a que se refere o n.º 3 do artigo 158.º do Regime Geral)
Esquema A
ANEXO II
Esquema A
Esquema B
I - Demonstração do património
Valores mobiliários,
Saldos bancários,
Outros ativos,
Total dos ativos,
Passivo,
Valor líquido de inventário.
V - Indicação dos movimentos ocorridos nos ativos do organismo de investimento coletivo no decurso
do período de referência, incluindo os dados seguintes:
Rendimento do investimento,
Outros rendimentos,
Custos de gestão,
Custos de depósito,
Outros encargos, taxas e impostos,
Lucro líquido,
Lucros distribuídos e reinvestidos,
Aumento ou diminuição da conta de capital,
As mais-valias ou menos-valias de investimentos,
Qualquer outra alteração que afete os ativos e passivos do organismo de investimento coletivo,
Os custos de negociação suportados por um organismo de investimento coletivo associados às
transações relativas aos elementos da sua carteira.
VI - Quadro comparativo relativo aos três últimos exercícios e incluindo para cada exercício, no final
deste:
VII - Indicação, por categoria de operações, na aceção do artigo 170.º, realizadas pelo organismo de
investimento coletivo no decurso do período de referência, do montante dos compromissos que daí
decorrem.
(Redação do Decreto-Lei n.º 56/2018, de 9 de julho - com entrada em vigor na data de início de
vigência da Lei que procede à transposição das Diretivas 2014/65/UE, 2016/1034 e da Diretiva
Delegada (UE) 2017/593)
Esquema B
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