TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO PSICOLOGICO II
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO PSICOLOGICO II
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO PSICOLOGICO II
ORIENTADORA: LILIAN
GOIÂNIA – GO
2024
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ALLINY SOUSA
GOIÂNIA – GO
2024
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Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 05
2. CONCEITOS CHAVE NA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO..............................06
3. PSICOLÓGICO: DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA........................................................ .07
4. SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO...............................................08
5. ASPECTOS ÉTICOS NO ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO...........................09
6. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ............................................................................. 09
7. ESTUDO DE CASOS................................................ ......................................................................................10
8. CONCLUSÃO ................................................................................................................................................. 13
9. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 13
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1.INTRODUÇÃO
1.1 BASES EPISTEMOLÓGICAS DO ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO
O aconselhamento psicológico é uma prática que busca promover o bem-estar e o
desenvolvimento humano, sendo fundamentado em diversas teorias e correntes filosóficas.
Entre as principais correntes que sustentam essa prática, destacam-se a Psicologia Humanista,
o Existencialismo e a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Cada uma dessas teorias oferece
uma perspectiva única sobre a natureza humana e as formas mais eficazes de intervenção no
processo terapêutico. A Psicologia Humanista, por exemplo, valoriza a experiência subjetiva
do indivíduo e enfatiza a capacidade de autoatualização, o que torna o ser humano
protagonista de sua própria jornada de crescimento (Figlie, Bordin & Laranjeira, 2015).
A Psicologia Humanista, fundada por teóricos como Abraham Maslow e Carl Rogers,
coloca o ser humano no centro de seu próprio processo terapêutico, com foco na
autenticidade, na criatividade e na realização do potencial máximo do indivíduo. Esta corrente
filosófica vê o ser humano como essencialmente bom, capaz de tomar decisões conscientes e
de buscar um sentido para sua vida. Rogers, especificamente, introduziu a Abordagem
Centrada na Pessoa (ACP), uma das principais influências no aconselhamento psicológico
moderno. A ACP acredita que a mudança terapêutica ocorre quando o cliente se sente aceito,
compreendido e validado pelo terapeuta, em um ambiente de empatia e congruência (Phil &
Sills, 2016).
A ACP, como uma aplicação direta da Psicologia Humanista, foca na criação de um
espaço terapêutico seguro onde o indivíduo pode explorar suas próprias experiências,
sentimentos e valores. O papel do terapeuta é ajudar a pessoa a encontrar seu próprio caminho
para a resolução de conflitos, sem impor julgamentos ou interpretações externas. De acordo
com Savickas (2017), a ênfase do aconselhamento psicológico baseado na ACP está em
fornecer um suporte que permita ao indivíduo alcançar uma maior autocompreensão e
desenvolver sua própria percepção de autonomia. Isso é particularmente importante no
contexto de aconselhamento em projeto de vida, onde a pessoa busca entender melhor suas
escolhas e objetivos.
O Existencialismo, por sua vez, influencia o aconselhamento psicológico ao enfatizar
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portanto, torna-se uma ferramenta crucial para promover a saúde mental e emocional,
auxiliando os indivíduos a desenvolverem habilidades de enfrentamento e a melhorarem sua
qualidade de vida.
Outro desafio relevante é o estigma ainda presente em torno da saúde mental, que
pode dificultar o acesso das pessoas a serviços de aconselhamento psicológico. Muitas
pessoas ainda hesitam em buscar ajuda devido ao medo de serem estigmatizadas, o que torna
o papel do psicólogo ainda mais importante em termos de educação e sensibilização sobre a
importância da saúde mental (Scorsolini-Comin, 2015). Além disso, os profissionais precisam
estar preparados para lidar com a diversidade cultural e social, pois cada cliente traz consigo
um contexto único de vida. As práticas terapêuticas precisam ser sensíveis a essas diferenças,
adaptando-se às necessidades e valores culturais dos clientes de maneira eficaz.
A adaptação das práticas terapêuticas a esses desafios exige uma contínua
atualização e reflexão crítica por parte dos profissionais, garantindo que o aconselhamento
psicológico continue sendo uma ferramenta eficaz de apoio à saúde mental no contexto
contemporâneo.
7. ESTUDO DE CASO
PLANTÃO PSICOLÓGICO E SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO
Estudo de Caso: Plantão Psicológico e Serviço de Aconselhamento Psicológico
Contexto Geral
Este estudo de caso descreve dois atendimentos realizados em um contexto
educacional, especificamente em uma universidade, com o objetivo de ilustrar as práticas de
Plantão Psicológico e Serviço de Aconselhamento Psicológico (SAP), abordando as
intervenções realizadas, os desafios enfrentados e os resultados obtidos em ambos os casos.
Os dois atendimentos foram realizados por psicólogos da universidade, que aplicaram
técnicas específicas para atender às necessidades emocionais e psicológicas dos estudantes.
Intervenções Realizadas:
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Desafios Enfrentados:
O maior desafio enfrentado durante o atendimento foi a resistência inicial de Lucas
em aceitar que suas emoções estavam afetando seu desempenho acadêmico e sua saúde
mental. Como muitos jovens enfrentam o estigma relacionado à saúde mental, houve uma
relutância inicial em se abrir completamente. Além disso, devido à natureza emergencial do
plantão, o tempo de atendimento foi limitado, o que dificultou a possibilidade de se
aprofundar em questões mais complexas relacionadas à sua história pessoal e familiar.
Resultados Obtidos:
O atendimento no plantão psicológico proporcionou a Lucas um alívio momentâneo,
permitindo-lhe expressar suas angústias e iniciar o processo de compreensão sobre suas
emoções. A psicóloga forneceu orientações sobre como buscar ajuda contínua, caso
necessário, e o encaminhou para o Serviço de Aconselhamento Psicológico (SAP) da
universidade. Após a sessão, Lucas relatou sentir-se mais tranquilo, com uma compreensão
maior de sua ansiedade e uma sensação de controle sobre suas emoções. Ele se comprometeu
a buscar mais ajuda e a adotar práticas para gerenciar melhor o estresse.
Desafios Enfrentados
Um dos maiores desafios foi o processo de luto não resolvido de Mariana. Ela tinha
dificuldades em aceitar a morte de seu familiar, o que afetava profundamente sua capacidade
de se concentrar nos estudos e nas relações interpessoais. Além disso, Mariana também
demonstrou certa resistência à mudança, pois suas crenças sobre a responsabilidade e a
culpa dificultavam o processo de reestruturação cognitiva. Ao mesmo tempo, o tempo
disponível para o acompanhamento no SAP foi um fator limitante, embora a continuidade das
sessões tenha sido mais extensa que no plantão psicológico.
Resultados Obtidos
Após as primeiras sessões no SAP, Mariana começou a compreender melhor suas
emoções e os efeitos do luto em sua vida acadêmica e pessoal. Ela foi capaz de identificar
padrões de pensamento disfuncionais, como a autocrítica excessiva, e a psicóloga ajudou-a a
desenvolver formas mais realistas de se relacionar com seus sentimentos. Ao final do
processo, Mariana relatou ter desenvolvido mais resiliência emocional e se sentiu mais capaz
de retomar suas atividades acadêmicas e sociais. A psicóloga também forneceu a ela recursos
para lidar com o luto de maneira mais saudável e a orientou sobre como continuar o
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8. CONCLUSÃO
Esses dois casos ilustram a importância dos serviços de Plantão Psicológico e Serviço
de Aconselhamento Psicológico (SAP) em um contexto universitário. Ambos os serviços têm
funções complementares: enquanto o plantão psicológico oferece uma intervenção rápida e de
acolhimento para crises emocionais agudas, o SAP permite um acompanhamento mais
profundo e contínuo para questões psicológicas duradouras. A integração de ambos os
serviços possibilita que os estudantes recebam suporte adequado em momentos de
necessidade imediata e também ao longo de sua jornada de autoconhecimento e superação de
dificuldades emocionais mais complexas. O papel do psicólogo nesses serviços é fundamental
para a promoção da saúde mental e o bem-estar dos alunos.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS