Altas Habilidades Superdotação 2
Altas Habilidades Superdotação 2
Altas Habilidades Superdotação 2
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Garantindo o acesso e permanência
de todos os alunos na escola
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Presidente da República
Fernando Henrique Cardoso
Secretário Executivo
Luciano Oliva Patrício
FICHA TÉCNICA
Coordenação: SORRI-BRASIL
Elaboração: Maria Salete Fábio Aranha
Projeto gráfico e copydesk: Alexandre Ferreira
Agradecimentos: Equipe Técnica da Secretaria de Educação Especial
Tiragem: 10.000 exemplares
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Índice
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Prezado professor.
Retomamos desta vez nosso contato, atividade que nos tem sem-
pre sido muito prazerosa, para abordar uma questão que tem freqüen-
temente sido motivo de manifesta aflição por parte de muitos daque-
les com quem temos conversado por este país afora: como adminis-
trar o ensino a alunos que apresentam altas habilidades/super-
dotação.
2. Reflexões conceituais
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Iniciando nosso bate papo...
Isso tudo muito contribuiu para fazer das pessoas que apresenta-
vam habilidades extraordinárias, pessoas consideradas misteriosas,
míticas, e, portanto, difíceis de convivência com os demais, dado a
seus interesses diferenciados.
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Reflexões conceituais
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de QI (quociente de inteligência), índice que se propunha sintetizar a
quantificação da inteligência, através do estabelecimento de uma
relação entre a idade mental da criança e sua idade cronológica (idade
mental / idade cronológica x 100).
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Segundo Parcell (1978, in Hardman, 1993), os termos “superdotado”
e “talentoso” se refere a crianças e jovens, identificados na pré esco-
la, no ensino fundamental ou no ensino médio, como possuidores de
habilidades potenciais ou demonstradas, que evidenciam alta capa-
cidade de desempenho, em áreas tais como no desempenho inte-
lectual, criativo, acadêmico específico ou habilidade de liderança,
ou nas artes de representação, artes de um modo geral e que, por
essa razão, necessitam de serviços ou atividades que não são roti-
neiramente oferecidas pela escola (Seção 902)” (p. 379).
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apresentam alto nível de insight; e a inteligência prática, apresenta-
da por aqueles que lidam de forma extraordinariamente eficiente com
os problemas da vida cotidiana, bem como com os problemas do
ambiente de trabalho. (p. 380).
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Origem de altas habilidades/superdotação
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te, está sempre em processo de ampliação, englobando novas áreas
de desempenho.
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Whitmore, J.R. (1985), in VA Council for Exceptional Children, Digests on the Gifted.
Digest 344. Documento de domínio público.
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• Geralmente aprendem habilidades básicas melhor, mais rapida-
mente, e com menor número de exercícios práticos.
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• Eles exibem uma motivação intrínseca para aprender, para des-
cobrir ou para explorar, sendo freqüentemente muito persisten-
tes. “Eu prefiro eu mesmo fazer” é uma atitude comum.
CARACTERÍSTICAS DE APRENDIZAGEM
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• Freqüentemente, armazenam uma ampla gama de informações,
relativas a uma variedade de assuntos, as quais podem acessar
e às quais podem recorrer, rapidamente.
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• Mostram desejo de se entreter com assuntos complexos, pare-
cendo vibrar em situações que envolvem problemas a serem so-
lucionados.
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• Uma tendência a discordar verbalmente das outras pessoas, in-
clusive dos professores, quanto a suas idéias ou valores.
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• Recusa a fazer tarefas que não representam um desafio.
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potencial e não necessitam apresentar todo o conjunto de caracte-
rísticas descritas. Observa-se com freqüência um conjunto de indi-
cadores, em componentes combinados de algumas características
(comportamentais, aprendizagem, criatividade entre outros).
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Identificando necessidades
educacionais especiais
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Os professores e demais educadores envolvidos, por sua vez, tam-
bém contribuem com dados levantados através da observação do
processo de aprendizagem do aluno, de sua participação nas ativida-
des da sala de aula, bem como nas diferentes atividades do cotidiano
escolar. Existem inventários e outros instrumentos norteadores da
observação, que podem facilitar a tarefa do professor.
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A equipe de apoio pedagógico é um grupo de pessoas que sugerimos seja formal-
mente constituído no nível da administração educacional (secretaria municipal / esta-
dual), com a participação da equipe técnica. do professor do ensino regular, o educador
especial e a família, tendo como tarefas: realizar estudo de caso, identificar necessida-
des educacionais especiais, indicar as adaptações de grande e de pequeno porte ne-
cessárias para atender a tais necessidades, orientar o professor quanto a acessibilida-
de, objetivos educacionais, conteúdo, método e estratégias de avaliação a serem
adotadas na rotina escolar, manter registro desse processo, em prontuário, e fazer o
acompanhamento regular do caso.
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referido relatório é encaminhado aos professores para a otimização
das ações pedagógicas a serem desenvolvidas.
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interação grupal, de atividades de organização de trabalhos intelec-
tuais e de elaboração de propostas pessoais acerca de um campo
de interesse pesquisável (projetos de pesquisa).
Respondendo a necessidades
educacionais especiais de alunos com
altas habilidades/superdotação
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O reconhecimento da presença de altas habilidades e sua esti-
mulação são fatores essenciais para o bom desenvolvimento geral
da criança. Assim, recomenda-se que os pais ofereçam alternativas
estimuladoras às crianças, levando-os a museus, feiras científicas,
exibições artísticas e permitindo que elas se expressem a respeito.
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RECOMENDAÇÕES AOS GESTORES DA EDUCAÇÃO
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utilizadas no contexto escolar, e planejar suas atividades de ensino,
de forma a promover o crescimento de acordo com seus próprios
ritmos, possibilidades, interesses e necessidades.
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Segundo Reynolds e Birch (1982), e Lewis e Doorlag (1991), há
seis princípios importantes que podem auxiliar o professor a oferecer
experiências educacionais apropriadas para esse grupo de alunos,
no contexto da sala inclusiva:
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síveis conseqüências e efeitos das ações planejadas, a comuni-
cação social das idéias, dentre outras competências.
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Assim, um dos componentes da criatividade é o pensamento di-
vergente, competência envolvida para a sugestão de várias soluções
para um problema. Os autores acima citados apontam que segundo
Silverman (1988), há quatro fatores que são importantes para o exer-
cício do pensamento divergente: a fluência, a flexibilidade, a origina-
lidade e a elaboração. Segundo Silverman (1988, p. 276):
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• Estimular que os alunos tomem a iniciativa de apresentar proje-
tos, incentivando e apoiando seu desenvolvimento e realização.
• Estimular, também, que cada aluno amplie cada vez mais o deta-
lhamento das soluções que tenha proposto.
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Projetos de Interesse do Aluno
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que é prática comum, em nossa realidade educacional, que se faça
o plano de ensino antes do início das aulas, antes de se vir a conhe-
cer os alunos.
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Professor: Não tema o aluno com altas habilidades. E também
não o tolha.
Estimule, desafie, dê suporte, vibre com ele, seja seu aliado, seu
cúmplice e seu amigo no processo de construção do conhecimento.
Só assim você estará sendo verdadeiramente profissional.
Como vê, ensinar é uma coisa só: é partir daquilo que o aluno
real traz consigo, para a sala de aula, e caminhar para a ampliação
de seu conhecimento, utilizando as vias de acesso que o aluno tiver
mais bem desenvolvidas. O processo é sempre o mesmo. O como
realizá-lo, entretanto, depende da caracterização de cada um.
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Concluindo este bate papo...
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lewis, R.B. & Doorlag, D.H. (1991). Teaching Special Students in the
Mainstream. New York: Macmillan Publishing Company, 3.ª edição.
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Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )