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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

INSTRUÇÃO NORMATIVA DEC Nº 30, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2020

Aprova as Instruções Gerais sobre o


Regulamento Geral de Educação da PMDF
(PMDF-DEC/IG-05/2020) como material de
estudo para discentes, docentes e policiais
militares que atuam no âmbito do ensino.

O CHEFE DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA, no uso da atribuição


conferida pelo art. 27 do Decreto Federal n° 10.443, de 28 de julho de 2020, combinado com o art.
22 da Portaria PMDF n° 840, de 27 de fevereiro de 2013, e
Considerando o Processo do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) n° 00054-00063756/2020-
22;

RESOLVE:

Art. 1° Aprovar as Instruções Gerais sobre o Regulamento Geral de Educação da PMDF (PMDF-
DEC/IG-05/2020) anexo a esta Instrução Normativa, constante do Doc. SEI n° 51860167 do
Processo SEI n° 00054-00063756/2020-22, como material de estudo para discentes, docentes e
policiais militares que atuam no âmbito do ensino da Polícia Militar do Distrito Federal.
Art. 2° Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

SÉRGIO LUIZ FERREIRA DE SOUZA – CEL QOPM


Chefe do Departamento de Educação e Cultura

Este texto não substitui o publicado no BCG nº 233 de 14 de dezembro de 2020.


SEI N° 00054-00063756/2020-22
ANEXO

Instruções Gerais sobre o Regulamento Geral de Educação da PMDF (PMDF-DEC/IG-


05/2020)
INSTRUÇÕES GERAIS -
REGULAMENTO GERAL DE
EDUCAÇÃO
PMDF – DEC / IG – 05 / 2020
COMANDANTE - GERAL
CEL. QOPM Julian Rocha Pontes

SUBCOMANDANTE - GERAL
CEL. QOPM Cláudio Fernando Condi

CHEFE DO ESTADO MAIOR


CEL. QOPM Marcelo Helberth de Souza

CHEFE DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA


CEL QOPM Sérgio Luiz Ferreira de Souza

DIRETOR DE ESPECIALIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO


CEL QOPM Sidilon Marcelo Mota de Souza

CHEFE DO CENTRO DE TREINAMENTO E ESPECIALIZAÇÃO


MAJ QOPM – Jader Silva dos Santos

Comissão de Elaboração do RGE


Regulamento Geral de Educação, Portaria PMDF 1109.

CEL QOPM André de Sousa Costa


TC QOPM Emílio Castellar
MAJ QOPM Luciano André da Silveira e Silva
MAJ QOPM Welington dos Santos Cerqueira
MAJ QOPM Luiz Gustavo Danzmann
MAJ QOPM Leandro Rodrigues Doroteu
MAJ QOPM Gabriel de Oliveira Jorge
CAP QOPM Anderayne Araújo Nobre

Produção Instrução Geral/DEC


CTESP
MAJ QOPM Jader Silva dos Santos
Chefe da Divisão de Ensino do CTESP/Revisor

CB QPPMC Laís Teixeira Bezerra Xavier


Organização/Conteúdo/Redação/Revisão

SERVIDOR CIVIL Hênio Domingos Amâncio da Silva Filho


Diagramação
ÍNDICE
CAPÍTULO I – A EDUCAÇÃO NA POLÍCIA MILITAR ...................................................................................... 11

SEÇÃO 1 – PREFÁCIO............................................................................................................... 11

SEÇÃO 2 – PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO DA PMDF ...................................................... 11

SEÇÃO 3 – ESTABELECIMENTO E UNIDADES DE ENSINO ......................................... 12

SEÇÃO 4 - NÍVEIS DA EDUCAÇÃO POLICIAL MILITAR ................................................ 13

SEÇÃO 5 – EDUCAÇÃO BÁSICA: ENSINO ASSISTENCIAL DA PMDF ...................... 14

SEÇÃO 6 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICO-PROFISSIONAL: CURSOS E


INSTRUÇÕES POLICIAIS MILITARES................................................................................................. 15

6.1 Instrução Policial Militar (InPM) .................................................................. 15

6.2 Cursos: .................................................................................................................. 15

6.2.1 Cursos Iniciais de Carreira – CIC .............................................................. 16

6.2.1.1 Curso de Formação de Oficiais (CFO): ............................................... 16

6.2.1.2 Curso de Formação de Praças (CFP): .................................................. 16

6.2.1.3 Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde e Capelães


(CHOSC): ........................................................................................................................................ 17

6.2.1.4 Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos, Especialistas


e Músicos (CHOAEM): ............................................................................................................... 17

6.2.3 Cursos de Especialização (CEsp) .............................................................. 17

SEÇÃO 7 – EDUCAÇÃO SUPERIOR: CURSOS SUPERIORES DE AMPLO ACESSO


(CSAA)......................................................................................................................................................... 17
CAPÍTULO II – PLANEJAMENTO EDUCACIONAL .......................................................................................... 20

SEÇÃO 1 – PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS ............................. 20

SEÇÃO 2 – SELEÇÃO E CONVOCAÇÃO ............................................................................. 20

SEÇÃO 3 – REQUISITOS GERAIS PARA O CURSO ......................................................... 22

SEÇÃO 4 – REALIZAÇÃO DE CURSO FORA DA COORPORAÇÃO ............................ 24


CAPÍTULO III – ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO........................................................................................... 29

SEÇÃO 1 – ANO LETIVO ......................................................................................................... 29

SEÇÃO 2 – DIREÇÃO E COORDENAÇÃO .......................................................................... 30


SEÇÃO 3 – MATRÍCULA .......................................................................................................... 30

3.1 Adiamento da Matrícula ................................................................................ 31

3.2 Trancamento do Curso e Possibilidade de Rematrícula ..................... 31

3.3 Desligamento de Curso .................................................................................. 32

3.3.1 Sem Direito a Rematrícula: ........................................................................ 32

3.3.2 Com Direito a Rematrícula:........................................................................ 32

SEÇÃO 4 – DIPLOMA ............................................................................................................... 33

SEÇÃO 5 – CERTIFICADO DE CONCLUSÃO ..................................................................... 34

SEÇÃO 6 – HISTÓRICO ESCOLAR ........................................................................................ 34


CAPÍTULO IV – PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ESCOLAR E DE DESLIGAMENTO DE CURSO ................... 36

SEÇÃO 1 – PREFÁCIO............................................................................................................... 36

SEÇÃO 2 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DE LICENCIAMENTO ESCOLAR ......... 36

SEÇÃO 3 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DE DESLIGAMENTO DE CURSO ........ 37

SEÇÃO 4 – PROCEDIMENTO APURATÓRIO .................................................................... 37

SEÇÃO 5 – SOLUÇÃO DO PALE E PADC ........................................................................... 39

SEÇÃO 6 – IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES NO PALE E PADC................................... 40


CAPÍTULO V – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ......................................................................................... 43

SEÇÃO 1 – PREFÁCIO............................................................................................................... 43

SEÇÃO 2 – VERIFICAÇÃO ESPECIAL (VE) .......................................................................... 43

SEÇÃO 3 – VERIFICAÇÃO CORRENTE (VC) ...................................................................... 44

SEÇÃO 4 – VERIFICAÇÃO DE SEGUNDA CHAMADA (VSC)........................................ 44

SEÇÃO 5 – VERIFICAÇÃO DE RECUPERAÇÃO (VR) ....................................................... 44

SEÇÃO 6 – VERIFICAÇÃO RECAPITULATIVA (VRecap) ................................................. 45

SEÇÃO 7 - VERIFICAÇÃO DE CONCEITO ATITUDINAL (VCA) ................................... 45

SEÇÃO 8 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO .................................................................. 46

SEÇÃO 9 - AVALIAÇÃO: PROVA ESCRITA ........................................................................ 46

SEÇÃO 10 - AVALIAÇÃO: PROVA PRÁTICA ..................................................................... 47

SEÇÃO 11 - AVALIAÇÃO: ATIVIDADES AVALIATIVAS .................................................. 47


SEÇÃO 12 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC ..................................... 48

SEÇÃO 13 - APROVEITAMENTO ESCOLAR ...................................................................... 48

SEÇÃO 14 – CLASSIFICAÇÃO FINAL EM CURSO............................................................ 50

SEÇÃO 15 – USO DE MEIOS ILÍCITOS EM AVALIAÇÕES ............................................. 50


CAPÍTULO VI – DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES...................................................................................... 53

SEÇÃO 1 – ESTÁGIO PROBATÓRIO .................................................................................... 53

SEÇÃO 2 – HOMENAGENS EM FACE DO ENCERRAMENTO DE CURSO ............... 53

SEÇÃO 3 – EQUIVALÊNCIA DE CURSO .............................................................................. 54

SEÇÃO 4 – PESQUISA CIENTÍFICA....................................................................................... 55

SEÇÃO 5 – EXTENSÃO VINCULADA Á EDUCAÇÃO SUPERIOR ................................ 56

SEÇÃO 6 – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ......................................................................... 57

SEÇÃO 7 – INSPEÇÕES E VISITAS NA EDUCAÇÃO ....................................................... 58

SEÇÃO 8 – CRITÉRIOS PARA PAGAMENTO DO ADICIONAL CERTIFICAÇÃO


PROFISSIONAL ........................................................................................................................................ 58
CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS .............................................................................. 61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................................... 63
INDICE DE IMAGENS
Figura 1:UEE vigentes na PMDF ............................................................................................... 13

Figura 2: Documentos básicos para o planejamento de Curso e Instrução na


PMDF. .............................................................................................................................................................. 20

Figura 3: Finalidades da autorização de curso fora da PMDF. ...................................... 25

Figura 4: Previsão de Ressarcimento de despesas referente à Curso ou Atividade


Educacional fora da PMDF....................................................................................................................... 27

Figura 5: Parâmetros do ano letivo na PMDF...................................................................... 29

Figura 6: Procedimento Apuratório do PALE e PADC. ..................................................... 38


O presente material tem por finalidade disponibilizar de maneira detalhada a
Portaria PMDF nº 1109, de 31 de Dezembro de 2019 que estabelece o Regimento Geral
de Educação da PMDF, de forma que possa ser material de estudo para docentes,
discentes e policiais militares que trabalhem no âmbito da educação e ensino da Polícia
Militar do Distrito Federal em todas as suas fases.
CAPÍTULO I
A Educação na Polícia
Militar
Instruções Gerais

CAPÍTULO I – A EDUCAÇÃO NA POLÍCIA MILITAR

SEÇÃO 1 – PREFÁCIO

A educação na PMDF é promovida por sistema próprio e constitui processo


contínuo e progressivo de formação que se desenvolve de forma integrada pelo ensino,
pesquisa e extensão visando criar condições de qualificação e de apoio necessárias para a
prestação de um serviço de excelência à sociedade tendo em vista a sua missão
constitucional.

A educação continuada no âmbito da PMDF inclui a formação, o aperfeiçoamento,


os altos estudos e a especialização do policial militar, e tem por finalidade precípua o
pleno desenvolvimento e preparo do policial militar para o exercício de suas atividades
profissionais.

SEÇÃO 2 – PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO DA PMDF

A Educação da Polícia Militar é regida pelos seguintes princípios:

I - Preservação e reafirmação constante dos valores e da cultura institucionais, com


destaque para o civismo e para as tradições militares;

II - Profissionalização gradual e continuada do policial militar;

III - Valorização dos direitos humanos;

IV - Avaliação contínua da estrutura, processos e resultados;

V - Valorização dos profissionais de educação;

VI - Pluralismo pedagógico;

VII - Estimulação à pesquisa científica, tecnológica e humanística; e

VIII - Exigência de rigorosa dedicação dos discentes às atividades educacionais.

11 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

SEÇÃO 3 – ESTABELECIMENTO E UNIDADES DE ENSINO

O desenvolvimento efetivo de curso ou programa de qualquer nível de educação


será realizado pelos Estabelecimentos de Ensino (EE) ou por Unidades com Encargo de
Ensino (UEE).

Os Estabelecimentos de Ensino equivalem aos órgãos de apoio vinculados ao


Departamento de Educação e Cultura (DEC), cuja finalidade institucional precípua,
estabelecida em norma, é a condução de atividades educacionais. Dentro da atual
estrutura educacional da PMDF, são exemplos de EE a Academia de Polícia Militar de
Brasília (APMB), o Centro de Treinamento e Especialização (CTEsp), o Centro de Altos
Estudos e Aperfeiçoamento (CAEAp) e o Colégio Militar Tiradentes (CMT).

A Unidade com Encargo de Ensino (UEE) é a qualificação conferida pelo Chefe do


DEC à Organização Policial Militar (OPM), por meio de ato oficial publicado em boletim e
cuja validade é de dois anos, a partir da qual se autoriza o desenvolvimento de atividades
educacionais que se vinculam ao caráter especial das atividades desenvolvidas, embora
não seja sua atribuição finalística.

As UEE se vinculam sob a perspectiva técnico-pedagógica ao DEC, o qual define as


diretrizes de atuação e para o qual devem ser encaminhadas, em prazo estabelecido, as
atas de matrícula e de conclusão, contendo as respectivas notas. O plano de curso
conduzido por UEE requer aprovação pelo órgão de direção setorial competente do DEC,
hoje representado pela DEEC – Diretoria de Especialização e Educação Continuada.

A OPM interessada em ser qualificada como UEE deve comprovar a existência de


instalações adequadas para o desenvolvimento das atividades educacionais (dimensão,
limpeza, iluminação, segurança, conservação etc.); a existência de equipamentos ou
instrumentos necessários à atividade proposta; estrutura de administração de ensino; e a
regularidade documental de ensino.

As UEE validadas no momento da confecção do presente material estão descritas na


IN n°31 DEC que confere a qualificação de Unidade com Encargo de Ensino a OPM's da
PMDF, conforme listadas na figura da página seguinte.

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FEDERAL
Instruções Gerais

Figura 1:UEE vigentes na PMDF

O Instituto Superior de Ciências Policiais (ISCP) constitui denominação do


Departamento de Educação e Cultura (DEC) perante o sistema civil de educação, sendo
sob essa designação responsável pelos cursos e programas da educação superior
reconhecidos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).

SEÇÃO 4 - NÍVEIS DA EDUCAÇÃO POLICIAL MILITAR

A Polícia Militar apresenta três níveis de educação, a saber: (1) Educação Básica, que
compreende o Ensino Fundamental e Médio, no âmbito do Ensino Assistencial; (2)
Educação Técnico-Profissional, composta pelos cursos iniciais e sequenciais de carreira,
além de cursos de especialização; e (3) Educação Superior que abrange cursos ou
programas de graduação, de pós-graduação e de extensão.

13 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

SEÇÃO 5 – EDUCAÇÃO BÁSICA: ENSINO ASSISTENCIAL DA PMDF

O ensino assistencial da PMDF consiste no acesso à educação básica de forma


prioritária aos dependentes de policiais militares do Distrito Federal através do Colégio

Militar Tiradentes (CMT).


O CMT tem como visão e missão contribuir com o desenvolvimento integral de seus

alunos no aspecto físico, psicológico, intelectual e social, bem como na difusão dos valores
da instituição militar.

O CMT é regulado por legislação própria, na qual seus fundamentos, objetivos


gerais, competências para egresso e metodologia de trabalho são descritas em

normatizações internas elaboradas pelo seu Comandante, sendo os instrumentos para


avaliação da aprendizagem neste nível de ensino estabelecidos no Regimento Interno do

CMT.
O processo seletivo para admissão no CMT é regido por Edital também subscrito

por seu Comandante, publicado em boletim e amplamente divulgado em sítios eletrônicos


oficiais, seguindo todas as etapas conforme estabelecido no Decreto Distrital nº 37.786, de

21 de novembro de 2016.
O regime disciplinar de caráter específico deve criar condições para que o

desenvolvimento da personalidade do discente ocorra com base na cidadania,


honestidade, patriotismo, incorporando-lhe os atributos indispensáveis ao crescimento

social. O Chefe do DEC é responsável por estabelecer às normas reguladoras do regime

disciplinar do CMT, em que estas possuem caráter educativo, e fundamentam-se, no que


couber, nos princípios e normas pertinentes a atividade militar.

14 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

SEÇÃO 6 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICO-PROFISSIONAL:


CURSOS E INSTRUÇÕES POLICIAIS MILITARES

A educação técnico-profissional e superior na PMDF será desenvolvida por meio de


Cursos ou de Instruções Policiais Militares.

6.1 Instrução Policial Militar (InPM)

Define-se Instrução Policial Militar (InPM) como toda atividade educacional


programada, de caráter prático e/ou teórico relacionada com a área operacional ou
administrativa ou, ainda, próprios da condição de policial militar, realizada no âmbito da
Corporação, com duração máxima de trinta horas/aula. É de competência do titular da
OPM realizar InPM por intermédio de escala (ato de serviço) de caráter obrigatório. A
instrução deve ser conduzida por policial militar que possua as habilitações ou as
competências necessárias, entretanto poderá ser convidado civil ou servidor público de
outro órgão com notório saber na área ou técnica para ministrar palestra ou instrução,
ressalte-se que em todas as InPM deverá ter um Oficial designado como responsável. Nas
InPM, pode ser dispensada a aplicação de avaliações para medição da aprendizagem ou
menções, sendo permitida a emissão de certificado. As InPM se destinam exclusivamente a
capacitar policial militar da PMDF, sendo vedada a participação, como discentes, de
integrantes de outros órgãos públicos, inclusive de caráter policial. As InPM poderão ser
realizadas de modo difuso, quando conduzidas por qualquer OPM, em relação ao seu
próprio efetivo; ou concentrado, quando conduzidas ou coordenadas por Estabelecimento
de Ensino, independentemente da lotação do policial.

A Instrução Policial Militar serve também como mecanismo de habilitação técnica


de policial militar para o uso de tecnologias, equipamentos, armamentos ou munições
adquiridas pela corporação.

6.2 Cursos:

Curso é definido como toda atividade educacional, realizada no âmbito dos EE ou


das UEE, que se constitui de formação, de habilitação de caráter formativo, de
aperfeiçoamento, de altos estudos, de especialização ou de programas de graduação ou
pós-graduação, visando a capacitar e qualificar o policial militar, tendo por foco o exercício

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FEDERAL
Instruções Gerais

de cargos e funções policiais militares. Os cursos instituídos ou reconhecidos pela PMDF


são classificados em:

I - Cursos Iniciais de Carreira (CIC);

II - Cursos Sequenciais de Carreira (CSC);

III - Cursos de Especialização (CEsp); e

IV - Cursos Superiores de Amplo Acesso (CSAA).

6.2.1 Cursos Iniciais de Carreira – CIC

Os CIC visam a assegurar a qualificação inicial básica para a ocupação dos cargos e
para o desempenho de funções de menor complexidade em cada segmento da carreira
policial militar, promovendo também a imersão e assimilação da cultura institucional pelos
discentes. Constituem CIC:

6.2.1.1 Curso de Formação de Oficiais (CFO):

Destina-se a formar candidatos aprovados em concurso público para a carreira de


Oficial policial militar. O CFO tem duração de três anos, é organizado como curso da
educação superior em nível de graduação, reconhecido no âmbito do sistema civil, como
Curso de Graduação em Ciências Policiais, grau bacharelado. Configura como requisito
para o acesso á os postos de Segundo – Tenente, Primeiro – Tenente, e capitão PM do
quadro de Oficiais militares.

6.2.1.2 Curso de Formação de Praças (CFP):

Destina-se a formar candidatos aprovados em concurso público para a carreira de


praça policial militar, configura como pré-requisito para acesso às graduações de Soldado,
Cabo e Terceiro Sargento PM.

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FEDERAL
Instruções Gerais

6.2.1.3 Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde e Capelães


(CHOSC):

Destina-se a habilitar candidatos aprovados em concurso público para a carreira de


Oficial policial militar de saúde e capelão, apresentam caráter formativo. Configura como
pré-requisito para o acesso aos postos de Segundo-Tenente, Primeiro Tenente e Capitão
PM dos respectivos quadros.

6.2.1.4 Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos,


Especialistas e Músicos (CHOAEM):

Curso de habilitação de caráter formativo que se destina a habilitar praças para o


ingresso nos Quadros de Oficiais Policiais Militares Administrativos (QOPMA), de Oficiais
Policiais Militares Especialistas (QOPME) ou de Oficiais Policiais Militares Músicos
(QOPMM).

6.2.3 Cursos de Especialização (CEsp)

Os Cursos de Especialização (CEsp) se destinam à capacitação do policial militar


para o desempenho de atividades inerentes ao cargo, proporcionando o aprofundamento
de técnicas ou a aquisição de conhecimentos e habilidades em área peculiar da atividade
policial, desenvolvidos em atividade educacional que ultrapassa trinta horas-aulas e se
destinam, preferencialmente, a quem não possui a especialização equivalente. Os CEsp são
conduzidos por UEE, onde não é cabível o trancamento de matrícula. Todo curso realizado
fora da Corporação PMDF, quando não se enquadrar como curso sequencial de carreira, é
considerado como especialização para todos os fins.

SEÇÃO 7 – EDUCAÇÃO SUPERIOR: CURSOS SUPERIORES DE AMPLO


ACESSO (CSAA)

Compreendem cursos da educação superior, em nível de graduação ou pós-


graduação, reconhecidos pelo sistema civil de educação, ofertados pelo ISCP, nos quais o
acesso é permitido indistintamente para policiais militares e integrantes de órgãos de
segurança pública. Os CSAA, em nível de graduação ou de pós-graduação lato sensu,
17 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO
FEDERAL
Instruções Gerais

serão desenvolvidos por EE com carga horária pelo período mínimo de cinco a dezoito
meses respeitado o ano letivo ou acadêmico. O ISCP procurará ofertar pelo menos um
CSAA, em nível de pós-graduação lato sensu, a cada período de dois anos.

18 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

Capítulo II
Planejamento
Educacional
Instruções Gerais

CAPÍTULO II – PLANEJAMENTO EDUCACIONAL

SEÇÃO 1 – PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS

O planejamento das atividades educacionais na corporação é norteado por


documentação específica, em que os Cursos e as InPM possuem exigências documentais
em comum e também independentes, conforme delineado a seguir:

- Plano Anual de Educação (PAE)


- Plano de Ensino
- Plano Setorial de Cursos (PSC)
(PE);
- Nota Suplementar ao PAE;
- Plano de Aula (PA); - Nota de InPM, e
- Quadro Setorial de Educação (QSE);
- Quadro de Trabalho - Relatório de InPM (RInPM).
- Projeto Pedagógico de Curso (PPC); Semanal (QTS); e

-Plano de Curso (PC); - Nota de Instrução,


de caráter geral.
-Matriz Curricular;

-Relatório por Término de Curso (RTC);


e

- Relatório Anual de Cursos (RAC).

Figura 2: Documentos básicos para o planejamento de Curso e Instrução na PMDF.

SEÇÃO 2 – SELEÇÃO E CONVOCAÇÃO

O preenchimento de vagas em cursos na PMDF ou qualquer atividade educacional


em outra instituição civil ou militar, nacional ou estrangeira, por policiais militares do
Distrito Federal se dará por meio de seleção ou convocação.

A seleção constitui o meio de se eleger candidatos, segundo critérios previamente


definidos, para o preenchimento de vagas em cursos, baseando-se essencialmente no

20 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

voluntariado. Enquanto a convocação constitui meio para se designar compulsoriamente


policiais militares para um curso quando houver necessidade premente do serviço; ou o
número de candidatos selecionados for insuficiente para o preenchimento das vagas,
sendo capaz, nesta circunstância, de comprometer a efetividade ou o alcance da
capacitação pretendida, ou seja, uma inicial seleção é convertida em convocação. O
chamamento para os CSC, ressalvado o processo seletivo para o CAE, ocorrerá por meio
de convocação, obedecendo-se neste caso os requisitos gerais e específicos de cada curso.

Os processos seletivos no âmbito da Corporação devem obedecer aos princípios do


formalismo, impessoalidade, isonomia e da transparência, iniciando com o lançamento de
edital, e exige-se dos candidatos a cursos o atendimento de requisitos gerais ou
específicos, a depender do curso que se pretende realizar.

O policial militar interessado em freqüentar algum curso deve fazer um


requerimento dirigido ao titular de sua OPM de lotação, o qual manifesta o seu parecer a
respeito, e encaminha ao titular do órgão de direção setorial do DEC responsável pela
seleção, esse faz a validação do pedido de inscrição após terem sido verificados todos os
requisitos necessários no caso, lavrando-se ata ou edital de homologação de inscrições.
Inicialmente são considerados para validação os pedidos de inscrição que obtiveram
parecer favorável do titular da OPM de lotação do policial, não sendo suficiente o número
de inscrições validadas, em função do quantitativo de vagas ofertadas, poderão ser
validadas as inscrições de policiais militares que obtiveram parecer desfavorável do titular
da OPM de lotação, obedecendo-se a critérios de razoabilidade.

Quando a seleção se constituir de exame de aptidão física específica ou de


aplicação de prova, os critérios de avaliação e classificação deverão ser estabelecidos em
edital, e haverá uma comissão examinadora, composta por três oficiais, que se encarregará
da aplicação do exame de aptidão física específica e/ou da elaboração das provas. O
candidato que obtiver o índice mínimo de aprovação nas provas ou exames, normalmente
de 50%, será considerado aprovado no respectivo processo seletivo e, consequentemente,
será classificado segundo os critérios previstos.

O resultado de cada processo seletivo constará em ata e deverá conter:

I - Relação nominal dos candidatos aprovados e/ou aptos, por ordem de


classificação e grau obtidos;

II - Relação nominal dos candidatos reprovados e/ou inaptos; e

21 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

III - Relação nominal dos candidatos faltosos.

O pedido de revisão de provas, no âmbito de processo seletivo para curso, quando


admissível, deverá ser feito mediante requerimento do candidato ao presidente da
comissão examinadora, na forma e prazo estabelecidos em edital.

A relação dos policiais militares candidatos, aprovados e selecionados, será utilizada


como base pelo órgão de direção setorial do DEC para solicitar a correspondente
apresentação no EE ou, quando for o caso, na UEE responsável, a fim de que sejam
matriculados no curso. Caso se trate de seleção para curso fora da Corporação, cabe ao
Departamento de Gestão de Pessoal (DGP) providenciar o respectivo processo de
afastamento, após a apreciação do Comandante-Geral da Corporação.

Os Cursos Iniciais de Carreira (CIC) têm sua seleção com base nos critérios definidos
no edital que regula o concurso público, sob a responsabilidade do DGP, os candidatos
selecionados são apresentados por mérito intelectual ou por antiguidade, para
frequentarem CIC nos Estabelecimentos de Ensino da PMDF.

Nos Cursos Superiores de Amplo Acesso (CSAA), em nível de graduação, o


preenchimento de vagas ocorrerá em função da aprovação do candidato em exame
vestibular, a cargo do órgão de direção setorial competente do DEC. No nível de pós-
graduação, o processo seletivo poderá se basear na análise de currículo, conforme edital,
ou em critérios previamente aprovados pela Chefia do DEC.

SEÇÃO 3 – REQUISITOS GERAIS PARA O CURSO

Constituem requisitos gerais para o policial militar do Distrito Federal frequentar


curso ou atividade educacional equivalente:

I - apresentar documento que certifique a conclusão, em instituição pública ou


privada, de atividade educacional específica de Direitos Humanos, com carga horária igual
ou superior a 30 horas-aulas, nos últimos cinco anos, sendo dispensável o requisito
quando os Direitos Humanos constituírem componente curricular do curso.

II - estar no “comportamento bom” ou superior, para as praças;

III - atender às condições exigidas no edital, quando for o caso;

22 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

IV - não ter realizado curso ou outra atividade educacional equivalente fora da


Corporação, no país ou no exterior, com carga horária superior a 120 horas-aulas, nos
últimos 36 meses, salvo quando se tratar de Curso Sequencial de Carreira. Este requisito
poderá, excepcionalmente, ser reduzido até a metade quando necessário para atender à
necessidade específica de especialização, tendo em vista as funções para as quais o policial
militar fora designado.

V - não ter realizado curso na PMDF, com carga horária superior a 240 horas-aulas,
nos últimos 12 meses, com exceção dos Cursos Iniciais ou Sequenciais de Carreira;

VI - estar com o exame de saúde periódico em dia;

VII - não estar em gozo de restrição médica, por conta de limitação física, que
impeça o militar de frequentar e cumprir todas as atividades inerentes ao curso, obtendo o
devido aproveitamento, respeitada integralmente a matriz curricular;

VIII - não se encontrar em gozo de qualquer restrição de ordem psiquiátrica ou


psicológica para o serviço, bem como não ter se afastado do serviço por razões dessa
mesma ordem, por qualquer período, nos últimos três meses que antecedem o início curso
ou durante o seu desenvolvimento;

IX - encontrar-se apto no Teste de Aptidão Física (TAF), dentro do prazo de


validade;

X - não se encontrar em gozo de afastamento que contraindique ou impeça, nos


termos da legislação vigente e conforme a natureza do curso, a participação aos atos do
curso em igualdade de condições com os demais discentes;

XI - não vir a atingir, durante a realização do curso ou até a data da promoção, a


idade limite de permanência em serviço ativo, ou, no caso de curso no exterior, os prazos
de contraprestação à Administração;

XII - estar com a cédula de identidade militar válida e atualizada, salvo a


impossibilidade de emissão tempestiva do referido documento, por expressa declaração
do órgão de direção setorial competente;

XIII - não ter restrição ao porte de arma de fogo, salvo para os cursos em que não
houver previsão de instrução que exija porte ou manejo de armas de fogo;

23 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

XIV - não estar em cumprimento de pena privativa de liberdade, de suspensão de


ocupação de cargo ou do exercício de função;

XV - não estar respondendo a Processo Administrativo de Licenciamento, a


Conselho de Disciplina ou a Conselho de Justificação; e

XVI - não ter sido desligado de curso, nos últimos seis meses, por decisão exarada
no âmbito de Processo Administrativo de Desligamento de Curso, ressalvada a reprovação
ou desligamento por indisciplina;

XVII – não estar agregado ou à disposição de órgão estranho ao organograma da


Corporação durante a fase presencial do CAE, CAO, CAEP e CAP.

Aos cursos realizados parcialmente na modalidade de educação à distância,


aplicam-se os requisitos gerais acima descritos, entretanto os mesmos não são aplicados
aos CIC, CSAA e aos cursos de extensão vinculados à educação superior.

Os requisitos gerais também constituem, no que couber, condições de inscrição,


matrícula e permanência do curso, ressalvado quando se tratar de CSC e o candidato que
possuir exclusivamente restrição de ordem física, devidamente comprovada por atestado
médico poderá frequentá-lo, mediante autorização do DEC para a realização de adaptação
pedagógica compatível com a sua limitação.

SEÇÃO 4 – REALIZAÇÃO DE CURSO FORA DA COORPORAÇÃO

A participação de policial militar em curso realizado fora da Corporação, quando


implicar custos próprios para o Poder Público ou quando, no interesse da administração
houver a necessidade de afastamento do serviço mantida a remuneração, sem que haja
compensação de horário, requer autorização específica do Comandante-Geral.

24 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

Figura 3: Finalidades da autorização de curso fora da PMDF.

Ressalvados os casos de convocação, a participação em curso fora da Corporação


será precedida de processo seletivo, a cargo do órgão de direção setorial competente do
DEC e, será constituído pela aplicação de provas, elaboradas preferencialmente tendo por
base os conhecimentos requeridos pelo curso, e a escolha do policial militar para participar
do curso obedecerá a ordem de classificação final obtida, ressalvados casos específicos
estabelecidos no edital de seleção.

A aprovação em processo seletivo para curso fora da PMDF, ainda que dentro do
número de vagas, não acarreta direito subjetivo ao afastamento, o qual se sujeitará à
anuência pelas autoridades competentes, segundo critérios próprios de conveniência e
oportunidade. Sendo aprovada a participação do policial militar em curso fora da
Corporação, este fica obrigado, no interesse da Administração, a atuar na PMDF em
atividades vinculadas à área na qual recebeu capacitação, especialmente em atividades de
ensino, de pesquisa ou de extensão.

Se o curso for realizado no exterior, será exigido ainda do candidato ser aprovado
em exame de proficiência no idioma oficial em que será realizado o curso, não sendo
exigido nos países de língua portuguesa ou quando for oferecido comprovadamente
serviço de intérprete pela instituição promotora. Também deverá comprovar, quando for

25 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

requerido, por exame técnico possuir conhecimento básico dos assuntos das áreas de
abrangência do curso pleiteado.

Os prazos de afastamento para cursos realizados fora do Distrito Federal ou no


exterior serão os previstos em legislação específica, e concluído o curso fora da
Corporação, o policial deve apresentar, em até 30 dias a contar do seu término, cópia
autenticada do respectivo certificado de conclusão ou documento equivalente ao órgão
responsável pela seleção; e quando se tratar de curso de pós-graduação, fica o policial
militar também obrigado a apresentar cópia do respectivo trabalho de conclusão do curso
podendo ser exigida a tradução oficial dos documentos quando for o caso.

É vedado o afastamento de policial militar para frequentar curso superior de


graduação fora da Corporação, salvo mediante compensação de horário na forma da
legislação que regula a concessão de horário especial para estudante na PMDF.

A participação de policial militar, como palestrante ou ouvinte, em palestras,


congressos, workshops, oficinas ou congêneres será precedida de verificação do interesse
institucional, sendo o órgão de direção do DEC encarregado das especializações
responsável pela verificação inicial do citado interesse, eventual seleção e controle das
autorizações concedidas. Caso haja a possibilidade de a participação ensejar ônus para o
Poder Público, o órgão de direção do DEC fará juntar ao processo a estimativa de impacto
orçamentário-financeiro, caso em que poderá ser realizada seleção interna se for para
participar como ouvinte. A participação de policial como palestrante ou congressista em
eventos de natureza científica constituirá iniciativa do ISCP para a capacitação docente.

Está previsto o ressarcimento de despesa decorrente do afastamento total do


serviço para frequentar curso ou programa fora da Corporação, nela incluída a
remuneração e os gastos com a atividade educacional, da seguinte forma:

26 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

• Reprovação ou insuficiência de aproveitamento;


PARCIAL: abrangendo todas as despesas
• Licença para tratamento de saúde de familiar que o
com o afastamento e com o curso ou impeça de dar continuidade;
programa, excluída a remuneração do • Transferência ex offício para reserva remunerada; ou
policial militar, se no seu decurso, • Desligamento ex offício do curso ou programa por não
ocorrer qualquer das seguintes ter cumprido o mínimo estabelecido de carga horária
ou de atividades previstas.
situações:

• Exercício de atividade remunerada estranha ao cargo


policial militar;
• Licença para tratamento de interesse particular;
INTEGRAL: abrangendo todas as despesas • Desligamento voluntário;
havidas com o afastamento e com o curso • Desligamento ex ofício por questões disciplinares;
ou programa, quando o policial militar se • Licenciamento ou demissão, a pedido ou ex ofício, das
enquadra em alguma das seguintes fileiras da Corporação;
situações: • Transferência para reserva remunerada a pedido ou
em virtude de inclusão voluntária em quota
compulsória durante o curso ou após o retorno antes
decorrido os seguintes prazos:

2 anos – cursos de duração de 2 a 6 meses;


3 anos – cursos de duração igual ou superior a 6 meses; e
5 anos – curso de demissão a pedido, para cursos de
duração superior a 18 meses.

Figura 4: Previsão de Ressarcimento de despesas referente à Curso ou Atividade Educacional fora da


PMDF.

O órgão de direção setorial do DEC comunicará ao órgão de controle interno da


PMDF sobre policial militar que incorrer em qualquer hipótese de ressarcimento, e o
dirigente de OPM que tomar conhecimento oficial de qualquer causa de ressarcimento fica
obrigado a comunicar ao órgão competente do DEC.

27 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Capítulo III
Organização da
Educação
Instruções Gerais

CAPÍTULO III – ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

SEÇÃO 1 – ANO LETIVO

Na educação no âmbito da PMDF, o ano letivo regular segue os seguintes


parâmetros:

Figura 5: Parâmetros do ano letivo na PMDF.

29 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais
SEÇÃO 2 – DIREÇÃO E COORDENAÇÃO

O Comandante do EE ou da UEE assume a função de Diretor dos cursos,


competindo-lhe a gestão adequada da educação, abrangendo o planejamento, a
coordenação, o controle, o desenvolvimento e o aprimoramento das atividades que
integram os cursos sob sua responsabilidade. Na função de diretor deverá designar,
em ato publicado em boletim, um oficial como coordenador para cada curso, ao qual
competirá auxiliar na constituição, no desenvolvimento e no aprimoramento das
atividades educacionais relacionadas com o curso, bem como, em caráter subsidiário,
contribuir para a correspondente regularidade documental e normativa pertinente.
Nos cursos em que há a participação de oficiais, os coordenadores deverão ser, tanto
quanto possível, de posto superior ao dos discentes do curso, ressalvado no CSAA.
Nos CIC, os comandantes das escolas no âmbito da APMB serão os coordenadores
dos respectivos cursos.

SEÇÃO 3 – MATRÍCULA

A matrícula constitui ato formal, concretizada por meio de ata própria, que
estabelece a vinculação do policial militar, que atende aos requisitos estabelecidos, e
outros candidatos com a OPM que desenvolverá curso na Corporação.

A matrícula deverá ser efetivada pelos respectivos Comandantes dos EE ou das


UEE, através da Ata de Matrícula que é publicada em Boletim Interno; no caso
específico do CFO, é confeccionada ata de matrícula para cada ano de formação. Os
discentes matriculados ficarão à disposição da OPM responsável pelo curso, pelo
período definido no respectivo plano, para o desenvolvimento de atividades
presenciais. Nos CIC, os discentes permanecerão lotados na OPM responsável pelo
curso; já nos CSC, os discentes poderão ser movimentados para a OPM responsável
pelo curso, segundo avaliação do Chefe do DEC.

A matrícula de policiais militares nos CSAA se dará em caráter voluntário e o


discente, quando policial militar do Distrito Federal, frequentá-lo-á sem prejuízo do
serviço, ressalvada a possibilidade de concessão de horário especial para estudante,
na forma da legislação em vigor.

30 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais
É permitida a matrícula de policial militar em apenas um curso por vez no
âmbito da PMDF; com exceção dos CSAA os quais podem ser frequentados de forma
concomitante com outros cursos.

3.1 Adiamento da Matrícula

O policial militar convocado para CSC a ser realizado na Corporação poderá


obter adiamento de sua matrícula por até duas vezes, mediante requerimento ao
titular do respectivo EE, no qual declare, expressa e formalmente, que se sujeita aos
prejuízos decorrentes da aplicação da legislação pertinente. Não se computam, nesse
quantitativo, os adiamentos que tiveram como causa o gozo de licença para
tratamento de saúde própria (LTSP), de pessoa da família (LTSPF), ou, ainda, de
restrição médica, quando, em qualquer dos casos, pela duração ou natureza da
enfermidade, fica inviável a participação no curso, bem como por conta de gravidez
ou gozo de licença maternidade.

O adiamento de matrícula quando autorizado será feito como desligamento a


pedido de curso e constará na ata de conclusão.

3.2 Trancamento do Curso e Possibilidade de Rematrícula

Admite-se o trancamento de matrícula nos CIC e nos CSC, a pedido, se o


policial militar discente se apresentar em gozo de LTSP, LTSPF, Licença Maternidade,
Gravidez e Restrição Médica, podendo ser exigido parecer médico que a ateste. No
caso de o impedimento que ensejou o trancamento ultrapassar o período do curso,
terá o policial militar direito de ser rematriculado no próximo, de idêntica natureza,
após cessados os motivos que determinaram o trancamento, devendo este, ser
registrado na ata de conclusão do curso.

O requerimento de trancamento, assim como o de retorno às atividades


durante o curso, deverá ser dirigido ao Comandante do EE, no âmbito do qual serão
verificados os fundamentos que o sustentam, sendo o pedido de rematrícula dirigido
ao órgão de direção setorial correspondente do DEC.

Não é cabível o trancamento de matrícula nos Cursos de Especialização (CEsp),


bem como o pedido de trancamento de matrícula mais de uma vez no âmbito do

31 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais
mesmo curso. Nos Cursos Superiores de Amplo Acesso, é admissível o trancamento
de matrícula, geral ou por componente curricular, de maneira imotivada, sendo que
normas complementares poderão ser definidas pelo estabelecimento de ensino,
inclusive no sentido de restringir o direito ao trancamento.

3.3 Desligamento de Curso

O desligamento de curso consiste em ato formal, promovido pelo Comandante


do EE ou da UEE, devidamente publicado em boletim e registrado na ata de
conclusão do curso, por meio do qual cessa a vinculação do discente com a OPM que
desenvolve curso na Corporação e ocorre nas seguintes situações:

3.3.1 Sem Direito a Rematrícula:

a) conclusão de curso, conforme ata;

b) não aprovação em qualquer disciplina ou no curso, sem possibilidade de


recuperação, onde no âmbito dos Cursos Iniciais de Carreira, será licenciado ou
demitido ex officio da Corporação;

c) deferimento em pedido de desligamento;

d) afastamento do cargo;

e) exclusão do serviço ativo ou desaparecimento, na forma da lei;

f) conceito desfavorável no estágio probatório no decorrer do curso;

g) decisão em processo administrativo de desligamento de curso ou em


processo administrativo de licenciamento escolar.

3.3.2 Com Direito a Rematrícula:

a) deferimento em pedido de trancamento de matrícula;

32 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais
b) impossibilidade, por razão médica, de realizar avaliação prática de
componente curricular de Curso Inicial de Carreira, em igualdade de condições com
os demais discentes;

c) em face de processo administrativo de licenciamento escolar;

d) perder o equivalente a um dos seguintes percentuais de carga horária:

• 25%, ou mais, da carga horária de disciplina que supere 30 horas-aulas;

• 30%, ou mais, da carga horária de disciplina que tenha até 30 horas-


aulas;

• 10%, ou mais, da carga horária total do curso ou etapa do curso, sendo


considerado como etapa de curso cada ano de formação no CFO, onde o discente é
rematriculado compulsoriamente, no ano letivo seguinte, no mesmo ano de formação
em que ocorreu o desligamento.

Todos os desligamentos de curso ensejam a edição de ato específico de


desligamento, conforme modelo fixado pelo Chefe do DEC, em que são indicadas as
razões, a circunstância de ter ou não direito à rematrícula e o dispositivo de norma
específico que a ampara.

SEÇÃO 4 – DIPLOMA

O diploma consiste em documento no qual se atesta a conclusão de curso


superior de graduação ou de pós-graduação stricto sensu realizado na Corporação,
após o cumprimento pelo discente de todas as exigências necessárias, e por meio do
qual se confere o grau ou título respectivo, sendo a subscrição competência do Chefe
do DEC, na qualidade de Reitor do ISCP. Havendo a necessidade por parte do
discente, poderá ser emitido o certificado de conclusão de curso de graduação ou de
pós-graduação stricto sensu até que haja a emissão e o registro do diploma.

Os diplomas e os certificados emitidos para cursos da educação superior da


PMDF, ou para atividades a ela vinculadas, seguirão modelos definidos em instrução
normativa do Chefe do DEC.

33 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais
SEÇÃO 5 – CERTIFICADO DE CONCLUSÃO

O certificado consiste no documento comprobatório de participação em


atividade educacional realizada no âmbito da Corporação, sendo emitidos para todos
os cursos ministrados na PMDF, com exceção dos que exigem a comprovação por
diploma. É de competência dos comandantes das OPM responsáveis pela atividade
educacional ou evento a subscrição dos respectivos certificados.

A emissão de certificado de participação em congresso, seminário, simpósio,


palestra ou congêneres realizados na Corporação, ou em instrução policial militar, fica
a critério da OPM promotora do evento.

SEÇÃO 6 – HISTÓRICO ESCOLAR

O histórico acadêmico ou escolar consiste no documento que consolida


informações sobre o desempenho do discente ao longo do curso que frequentou
total ou parcialmente. É de emissão obrigatória em cursos de graduação ou pós-
graduação stricto sensu, devendo acompanhar o diploma para fins de registro no
órgão competente.

Nos cursos não enquadrados acima, o histórico acadêmico, neste caso


constituído das disciplinas cursadas, das cargas horárias e dos conceitos obtidos,
deverá ser indicado no verso do certificado e apresenta modelo definido pelo órgão
de direção setorial do DEC.

34 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Capítulo IV
Processos de
Licenciamento Escolar e
De Desligamento de Curso
Instruções Gerais

CAPÍTULO IV – PROCESSOS DE LICENCIAMENTO


ESCOLAR E DE DESLIGAMENTO DE CURSO

SEÇÃO 1 – PREFÁCIO

O Processo Administrativo de Licenciamento Escolar (PALE) e o Processo


Administrativo de Desligamento de Curso (PADC) são os procedimentos por meio dos
quais é julgada a permanência ou o desligamento de discente de curso na Corporação e
sua instauração pela autoridade competente será feita desde que existam elementos
mínimos de autoria e materialidade do fato imputado.

Sempre que se verificar o cometimento de reiteradas transgressões disciplinares


ou infrações às normas de conduta do EE/UEE; utilização ou tentativa de utilizar meios
ilícitos ou desonestos para realização de atividades, avaliações ou qualquer trabalho
acadêmico; ou ainda o cometimento de transgressão disciplinar ou ato que
contraindique a sua permanência no curso.

SEÇÃO 2 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DE LICENCIAMENTO


ESCOLAR

É aplicado aos discentes dos Cursos Iniciais de Carreira da PMDF sempre que se
verificar o ingresso no comportamento mau; praticarem ato que por sua natureza venha
a denegrir a imagem da Corporação ou afete a honra pessoal, o pundonor ou o decoro
da classe policial militar; forem acusados de ter procedido incorretamente no
desempenho do cargo/função policial militar ou tido conduta irregular; e forem
afastados do cargo, na forma do Estatuto dos Policiais Militares da Polícia Militar do
Distrito Federal, por se tornarem incompatíveis com o mesmo ou demonstrarem
incapacidade no exercício de funções policiais militares a eles inerentes.

Nesse contexto compreende como conduta irregular específica no âmbito do


PALE as reiteradas transgressões disciplinares que indique inadaptabilidade à disciplina
policial militar; transgressão que possa repercutir negativamente na disciplina dos
demais discentes; transgressão disciplinar de natureza grave que contraindique a sua

36 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

permanência no Curso/Corporação; e ser condenado pelo cometimento de crime de


qualquer natureza..

Não será instaurado PALE para fato que foi julgado pelo Poder Judiciário, em
decisão transitada em julgado, por meio da qual tenha sido reconhecida a inexistência
do fato ou a negativa da autoria; ou que teve a sua punibilidade extinta pela prescrição,
devidamente reconhecida por autoridade competente.

SEÇÃO 3 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DE DESLIGAMENTO DE


CURSO

O Processo Administrativo de Desligamento de Curso (PADC) constitui processo


destinado a julgar a permanência ou o desligamento de discente de Curso Sequencial
de Carreira ou de Curso de Especialização.

O discente que se encontrar como acusado em PADC não poderá participar da


formatura ou concluir o curso até a decisão final do presente processo.

SEÇÃO 4 – PROCEDIMENTO APURATÓRIO

O PALE e o PADC possuirão o mesmo procedimento apuratório, ressalvadas as


competências de instauração e de solução, constituindo-se dos seguintes elementos:
Ato de Instauração, Libelo Acusatório, Defesa Preliminar e requerimento de provas,
oitiva de testemunhas, interrogatório do acusado, diligências, razões formais de defesa,
relatório e solução.

O mapa conceitual abaixo descreve os ritos, prazos e procedimentos constantes


nas duas modalidades de apuração:

37 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

Figura 6: Procedimento Apuratório do PALE e PADC.

38 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL


Instruções Gerais

SEÇÃO 5 – SOLUÇÃO DO PALE E PADC

Ao receber os autos, a autoridade instauradora deve, em até oito dias, proferir


solução em PALE ou PADC, na qual pode concordar com o relatório do encarregado;
dar solução diferente, devendo fundamentar as razões de sua discordância; ou
determinar novas diligências, se as julgar necessárias.

Caso a solução, tanto no PALE quanto no PADC, seja pela permanência do


discente no curso, o processo será encerrado e os autos arquivados, podendo ser
instaurado procedimento apuratório específico pela autoridade competente a fim de
apurar o aspecto disciplinar dos fatos.

Para a solução do PALE que decida pelo desligamento do curso, a autoridade


instauradora remeterá os autos ao Comandante-Geral, a quem competirá decidir sobre
a permanência ou não do discente nas fileiras da Corporação, no caso de praça sem
estabilidade assegurada. Quando se tratar de praça com estabilidade assegurada ou
aspirante-a-oficial, a decisão do Comandante-Geral no âmbito do PALE será no sentido
de instaurar ou não, na forma da lei, o Conselho de Disciplina para julgar a incapacidade
do militar para permanecer na Corporação, dentro do prazo de dez dias úteis. Na
hipótese de o Comandante-Geral exarar solução decidindo pela capacidade do discente
para permanecer, ou mesmo que não é o caso de instauração de Conselho, os autos
serão restituídos ao EE para aplicação, mediante despacho, da medida de desligamento
do curso com direito à rematrícula. Caso o Comandante-Geral decida pela exclusão do
discente das fileiras da Corporação, no âmbito de PALE ou de Conselho de Disciplina, o
EE apresentará o aluno ao Departamento de Gestão de Pessoal (DGP), que se
encarregará de efetivar o seu licenciamento ex ofício, na forma da lei.

Para a solução do PADC que decida pelo desligamento do curso, a autoridade


instauradora editará, após o trânsito em julgado administrativo, os atos necessários para
o desligamento do discente do curso e sua posterior apresentação à OPM de origem.
Caso se conclua, ao final do PADC, que a conduta do discente, policial militar do Distrito
Federal, representa violação da ética policial militar, tipificada como crime ou
contravenção penal, ou transgressão disciplinar de natureza grave, que faça presumir
que seja incapaz de permanecer nas fileiras da Corporação, o dirigente do EE ou da UEE

39 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

deixará de aplicar a medida de desligamento e encaminhará os autos ao Departamento


de Controle e Correição, para fins de análise e eventual instauração do devido processo
administrativo demissório pela autoridade competente. Decidindo a autoridade
competente pela não instauração do processo administrativo demissório ou, se no
âmbito deste processo, decidir pela permanência do militar nas fileiras da Corporação,
os autos deverão ser restituídos ao EE ou UEE, para aplicação da medida de
desligamento do curso.

SEÇÃO 6 – IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES NO PALE E PADC

As decisões no âmbito de PALE e de PADC são impugnáveis, por razões de


legalidade e de mérito, mediante Pedido de Reconsideração de Ato ou Recurso Próprio.
A autoridade competente para decidir a impugnação poderá confirmar, modificar,
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, devendo fundamentar
suas razões.

No PADC é facultado ao discente interpor Pedido de Reconsideração de Ato, no


prazo de cinco dias úteis, a contar do dia imediato ao que tomar conhecimento formal
da decisão, tendo a autoridade instauradora o mesmo prazo para julgar o pedido.
Caberá ainda a interposição de recurso próprio, ao Chefe do DEC, contra a decisão final
da autoridade instauradora, no prazo de cinco dias úteis a contar do dia imediato ao
que tomar conhecimento formal da decisão que julgou o Pedido de Reconsideração de
Ato, devendo o recurso ser julgado no prazo máximo de dez dias úteis.

Da decisão do Comandante-Geral, em sede de PALE, é facultado ao discente


interpor apenas o Pedido de Reconsideração de Ato, também no prazo de cinco dias
úteis, a contar do dia imediato ao que tomar conhecimento formal da decisão, devendo
ser julgado no prazo máximo de dez dias úteis. Não caberá impugnação da decisão do
Comandante-Geral que instaurar o Conselho de Disciplina.

O Pedido de Reconsideração ou o Recurso Próprio devem ser interpostos na


unidade de ensino em que estiver matriculado o discente, devendo o dirigente do EE ou
da UEE encaminhá-los à autoridade competente. Somente o discente-acusado, o seu
curador, se for o caso, ou o seu defensor são legitimados a interpô-los. A impugnação
não é aceita quando intempestiva; interposta por quem não seja legitimado; ou após
exaurida a esfera administrativa, cabendo a autoridade competente mandar arquivar e

40 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

publicar a decisão. Entretanto a Administração pode rever de ofício o ato ilegal, desde
que não ocorrida à preclusão administrativa

41 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Capítulo V
Avaliação da
Aprendizagem
Instruções Gerais

CAPÍTULO V – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

SEÇÃO 1 – PREFÁCIO

A avaliação da aprendizagem representa o método ou meio utilizado para aferir


o desempenho do discente nos cursos realizados na Corporação, em que são objetivos

da avaliação de aprendizagem coletar informações sobre o desempenho dos discentes


a fim de subsidiar o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem; julgar quais as

experiências de aprendizagem são mais adequadas para os diversificados grupos de


discentes nos cursos desenvolvidos na PMDF; identificar os interesses dos discentes de
modo a facilitar a orientação educacional; verificar se os programas de educação
adotados na Corporação estão provocando as reais mudanças desejadas; e

proporcionar elementos para que a instituição possa planejar o nível e o tipo de ensino
com base nas necessidades da Corporação e do discente.

Constituem modalidades de verificação aplicáveis na PMDF a Verificação Especial;


Verificação Corrente; Verificação de Segunda Chamada; Verificação de Recuperação;
Verificação Recapitulativa e Verificação de Conceito Atitudinal.

SEÇÃO 2 – VERIFICAÇÃO ESPECIAL (VE)

A verificação especial constitui modalidade que visa possibilitar a aplicação de


atividades avaliativas, principalmente em ambiente virtual, podendo ser individual ou

em grupo, devendo levar em conta as seguintes especificidades:


• Estar prevista no plano de curso, estabelecendo quais serão as atividades

avaliativas por disciplina, bem como as regras gerais para cada atividade;
• Corresponder a, no máximo, 40% do total da nota do componente

curricular, salvo nos casos das disciplinas de metodologia da pesquisa e


trabalho de conclusão de curso; e

43 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

Ser aplicada pelo docente e, via de regra, corrigida e devolvida pelo próprio
docente à administração do EE ou UEE durante o transcurso da disciplina.

SEÇÃO 3 – VERIFICAÇÃO CORRENTE (VC)

A verificação corrente visa avaliar o aprendizado do discente em face do


conteúdo ministrado. O conteúdo programático cobrado numa VC não poderá ser
cobrado em VC subsequente. Quando a disciplina tiver mais de 30 horas/aulas, poderá
ser aplicada mais de uma VC, circunstância na qual cada VC deve abranger, sempre que
possível o conteúdo das aproximadas 30 horas/aulas. A nota final referente ao conteúdo
na disciplina será obtida através da média aritmética entre as VC, quando não existir VE.
Na hipótese de existir VE, a nota final da disciplina será obtida através da média
ponderada entre a VE e a VC.

SEÇÃO 4 – VERIFICAÇÃO DE SEGUNDA CHAMADA (VSC)

A verificação de segunda chamada visa a oportunizar a realização de verificação


ao discente que, por motivo plenamente justificado, não pôde realizá-la na data
prevista. A VSC será solicitada mediante parte do discente interessado ou formalmente
por meio de representante, até dois dias úteis após a data da verificação não realizada.
O pedido do discente deve ser encaminhado à direção do curso, devidamente instruída
por documentos comprobatórios do impedimento de comparecer na data da
verificação, sendo considerada pertinente a justificativa, será marcada a data para
realização da prova, em prazo não inferior a 24 horas. O instrumento de avaliação da
VSC deverá, necessariamente, ser nos mesmos moldes da verificação realizada pelos
demais discentes, salvo motivo plenamente justificável, segundo avaliação do diretor do
curso. Se a falta à verificação em primeira chamada não for considerada justificada, será
atribuída nota zero ao discente e serão adotadas as medidas disciplinares referentes à
falta.

SEÇÃO 5 – VERIFICAÇÃO DE RECUPERAÇÃO (VR)

A verificação de recuperação será obrigatoriamente aplicada ao discente que


tiver obtido nota final referente ao conteúdo da disciplina inferior a 6,000 (seis) de um
44 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO
FEDERAL
Instruções Gerais

total de 10,000 (dez) pontos. A VR tem por finalidade aferir se o discente conseguiu

recuperar o conhecimento relativo ao conteúdo programático de modo a propiciar a


sua eventual aprovação.

Para aplicação da VR, deve a verificação abranger todo o conteúdo da disciplina;


o discente recuperando deverá ser comunicado da data de sua realização com
antecedência mínima de 48 horas; constar no QTS do curso apenas para fins de
coordenação, controle e arquivo; ser aplicada, preferencialmente, dentro de 72 horas
após o término da atividade de estudo destinada à recuperação do discente. A falta
injustificada à VR implicará em atribuição de nota zero.

SEÇÃO 6 – VERIFICAÇÃO RECAPITULATIVA (VRecap)

A verificação recapitulativa visa aferir se o discente conseguiu, ao longo do curso,

assimilar e manter ativo o conhecimento adquirido e necessário para o exercício da


atividade policial militar, devendo demonstrar ainda a sua capacidade de fazer as inter-

relações entre os conteúdos ministrados. A VRecap aplica-se exclusivamente aos cursos


iniciais e sequenciais de carreira, sendo aplicado ao final de cada ano letivo para o CFO

e ao final de cada curso nos demais casos.

O Exame Recapitulativo (ER) abrange todo o conteúdo constante da matriz


curricular do curso, devendo ser comunicado ao discente com antecedência de 30 dias
da sua realização as disciplinas a serem objeto de avaliação. A nota obtida pelos
discentes no Exame Recapitulativo será utilizada como um dos critérios para a definição
da classificação final do discente.

SEÇÃO 7 - VERIFICAÇÃO DE CONCEITO ATITUDINAL (VCA)

A verificação de conceito atitudinal é a modalidade pela qual o EE avalia os


aspectos atitudinais relacionados aos valores, princípios éticos e organizacionais, e

demais fundamentos da vida castrense policial militar, considerados essenciais para a


formação integral e para o exercício do cargo policial militar.

45 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

A VCA ocorrerá por meio da observação e registros diários das condutas dos

discentes, no âmbito dos cursos iniciais da carreira, garantindo-se o direito de acesso


pelo discente ao resultado obtido, ao final de cada período avaliativo, com efeito de

“vista de prova”, sendo o Conceito Atitudinal registrado em formulários especialmente


elaborados para este fim. No caso do CFO, o início e o término das aferições do

conceito atitudinal ocorrerão no primeiro, segundo e no terceiro ano do curso. Nos


demais cursos em que o conceito atitudinal for objeto de avaliação, o início e o término

das aferições deverão constar dos respectivos planos de curso.


A média final do Conceito Atitudinal será alcançada pela média aritmética das

notas obtidas nos períodos avaliativos, sendo o período avaliativo cada um dos meses
do calendário civil ou a sua fração.

Compete ao Chefe do DEC regular os procedimentos e instrumentos de registro


do conceito atitudinal como planilhas, fórmulas e demais componentes visando o
registro diário das condutas.

SEÇÃO 8 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem é realizada por meio de Prova Escrita, Prova Prática;


Atividade Avaliativa; Prova Oral; Exame Recapitulativo; e Registros de conceito

atitudinal.

O EE ou a UEE é responsável pela montagem, revisão, análise e aprovação das


provas antes de sua aplicação, bem como pelo planejamento da aplicação, devendo
toda verificação, exceto a VCA, ser marcada e divulgada aos discentes com antecedência
mínima de 48 horas.

SEÇÃO 9 - AVALIAÇÃO: PROVA ESCRITA

A prova escrita pode apresentar questões objetivas e discursivas reunidas num


caderno único com o conteúdo de até cinco disciplinas, onde as notas são atribuídas

separadamente para cada disciplina. Quanto ao grau de dificuldade, a prova escrita

46 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


FEDERAL
Instruções Gerais

deverá ser constituída de 60% por questões de grau médio e 40% por questões de

difícil resolução. O tempo destinado a aplicação da prova escrita é de um tempo de aula


até dois se for para apenas uma disciplina, e de dois a quatro tempos para até cinco

disciplinas.

O docente no que concerne à avaliação deve elaborar as questões das provas,


participar da aplicação conforme QTS do curso, realizar a correção e confeccionar a
pauta com os resultados das provas, e ainda responder os recursos. O docente deve
entregar as questões das provas ao EE ou a UEE, contendo o enunciado da questão, a
pontuação e o gabarito com a justificativa, onde nas questões discursivas, o docente
indica no gabarito o núcleo e as palavras-chaves de cada uma delas, a serem
consideradas na correção.

SEÇÃO 10 - AVALIAÇÃO: PROVA PRÁTICA

É admitida a aplicação de prova prática nas disciplinas que necessitem de


avaliação do desempenho do discente em situações típicas ou diretamente relacionadas

à atividade policial militar. O tempo destinado à aplicação da prova prática dependerá


das particularidades do caso, sendo definida, em conjunto, pelo EE ou pela UEE e o

docente responsável pela disciplina.

O docente deve entregar à administração do EE ou da UEE, no momento em que


apresentar o plano de ensino, o seu projeto de avaliação e recuperação de prova
prática, com os respectivos critérios de pontuação, para fins de aprovação, entretanto o
Chefe do DEC pode regulá-los se julgar conveniente.

SEÇÃO 11 - AVALIAÇÃO: ATIVIDADES AVALIATIVAS

São atividades avaliativas qualquer produção técnica ou acadêmica, conforme


previsão em plano de curso, que sirvam como instrumento de aferição de nota em
determinada disciplina. Podem ser constituídas pelo seminário, simpósios, oficinas ou
palestras, projeto de pesquisa, trabalho dissertativo em geral, tarefas, testes ou fóruns
em ambiente virtual de aprendizagem.

47 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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SEÇÃO 12 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

O TCC constitui instrumento de avaliação dos cursos de nível superior de


graduação e de pós-graduação promovidos pela Corporação, por meio do ISCP.
Entretanto, pode ser exigido o TCC em outros cursos desde que previsto na matriz
curricular e detalhado no plano de curso, sendo constituído de projeto de criação ou de
relatório técnico ou científico.

Compete ao DEC aprovar, por meio de instrução normativa, manual com os


parâmetros técnicos e formais de elaboração de TCC, a ser utilizado no âmbito da
educação superior na PMDF.

A apresentação/defesa do TCC deverá ser realizada oralmente pelo discente a


banca examinadora em sessão pública, salvo quando se tratar de dados sensíveis à
Segurança Pública ou à Corporação. A decisão de avaliação quanto à defesa do TCC é
restrita aos integrantes da própria banca, sendo comunicado logo em seguida o
resultado ao discente, e a aprovação ocorre se o discente obtiver média, nos critérios de
avaliação, igual ou superior a seis de um total de dez pontos. A nota do TCC compõe a
nota final para fins de classificação no curso.

SEÇÃO 13 - APROVEITAMENTO ESCOLAR

Será considerado aprovado nos Cursos Iniciais e Sequenciais de Carreira, de


Especialização e Superiores de Amplo Acesso realizados no âmbito da Corporação, o
discente que, cumulativamente obtiver nota final referente ao conteúdo de cada
disciplina igual ou superior a seis de um total de dez pontos; e obtiver média final no
curso ou em etapa do curso (MFC) também igual ou superior a seis do total de dez
pontos. Aplica-se a denominação etapa do curso exclusivamente ao CFO, sendo
representativa de cada um dos anos de formação.

No âmbito dos Cursos Superiores de Amplo Acesso (CSAA), poderá ser definida
metodologia própria de avaliação no projeto pedagógico do curso.

No âmbito dos CIC, na composição da média final no curso ou em etapa do


curso (MFC), serão utilizados os seguintes elementos:

48 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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• Média final de conteúdo (MC): equivale a 60% da MFC e decorrerá da


média aritmética das notas finais referentes ao conteúdo em cada disciplina.

• Nota do exame recapitulativo (ER): equivale a 20% da MFC.

• Média final do conceito atitudinal (CA): equivale a 20% da MFC, sendo


calculada pela média aritmética das notas obtidas nos períodos avaliativos.

A MFC decorrerá da aplicação do seguinte cálculo MFC = (6MC + 2ER + 2CA)/10.


Existirão exceções, onde nos CIC a MFC equivalerá à Média de Final de Conteúdo (MC),
nota esta utilizada para se determinar a classificação final.

Nos CSC, a média final de conteúdo (MC) equivale a 80%, e a nota do exame
recapitulativo (ER) equivale a 20% da MFC. Assim a MFC decorrerá da aplicação do
seguinte cálculo: MFC = (8MC + 2ER)/10. Existirão exceções, em que nos CSC a MFC
equivalerá à MC, nota esta utilizada para se determinar a classificação final.

Caso a nota final referente ao conteúdo de uma disciplina fique abaixo de seis, o
discente estará automaticamente em recuperação, ainda que tenha obtido nota igual ou
superior ao mínimo previsto para aprovação na MC. O recuperando irá assistir aulas
extras ou será aplicado o estudo dirigido e, posteriormente, a verificação de
recuperação.

Quando mais de 80% do efetivo que realizou uma prova escrita, oral ou prática,
alcançar nota inferior a seis pontos, a seção de ensino estudará e decidirá pela anulação
ou não da prova. Quando mais de 80% do efetivo que realizou uma prova escrita, oral
ou prática, alcançar nota superior a nove pontos, esta será anulada pela seção de ensino
e outra será aplicada em substituição.

No caso de o discente não alcançar a nota mínima de seis pontos na prova de


recuperação de qualquer disciplina curricular, considerar-se-á reprovado, sendo
desligado do curso sem o direito a rematrícula. O pedido de revisão de correção de
qualquer que tenha sido o instrumento utilizado para avaliação, será feito pelo discente,
por meio de formulário próprio anexando a prova que contém o item a ser impugnado.

49 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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Instruções Gerais

SEÇÃO 14 – CLASSIFICAÇÃO FINAL EM CURSO

A classificação final será feita tendo por base a ordem decrescente das médias
finais do curso ou etapa do curso (MFC), obtidas pelos discentes, considerando-se até a
casa dos milésimos. O desempenho nas avaliações funciona como um instrumento de
classificação para a carreira PMDF, assim aplica-se a meritocracia.

O desempate na classificação final ocorrerá pela antiguidade no posto ou na


graduação, ressalvado o caso de empate na classificação final em CIC, serão aplicados,
sequencialmente até que haja o desempate, os seguintes critérios de preferência:

1) Discente com a maior média final no Conceito Atitudinal;

2) Discente com a maior Média de Conteúdo, nas disciplinas que tratam


especificamente de atividades policiais operacionais, definidas em plano de curso,
calculadas através de média aritmética entre elas.

3) Discente com a maior nota no Exame Recapitulativo;

4) Discente com a maior idade.

Quando o valor obtido em qualquer avaliação ou sua média for uma dízima
periódica, com mais de três casas decimais, será arredondada a terceira casa decimal
para cima quando o valor da quarta casa decimal for superior a zero.

Para elaboração da ata de classificação final, a nota a ser computada para efeito
de cálculo da média final do curso/etapa do curso e consequente classificação final, será
a nota obtida antes de eventual recuperação, ainda que não se alcance com a nota
anterior à recuperação a nota final mínima de aprovação. A classificação final do curso
será única, independentemente de haver discentes de outras instituições policiais
militares ou estrangeiros matriculados.

SEÇÃO 15 – USO DE MEIOS ILÍCITOS EM AVALIAÇÕES

Quando detectado indício do uso ou da tentativa de uso de meio ilícito durante a


realização de prova ou trabalho, o fiscal de sala que presenciar o fato, deverá dirigir-se
ao envolvido e recolher a sua prova; recolher o meio ilícito usado para responder às
questões da prova; arrolar testemunhas, podendo ser discentes do próprio curso;

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Instruções Gerais

apresentar o discente ao coordenador do curso; confeccionar parte circunstanciada do


fato, anexando a verificação recolhida e as provas da conduta ilícita para as devidas
providências.

Ficando demonstrada em procedimento apuratório a utilização pelo discente de


meios ilícitos durante a avaliação será atribuída nota zero à prova ou ao trabalho.

Constituem indícios da utilização de meios ilícitos em avaliação, dentre outras


possibilidades, a existência de instrumentos de avaliação, total ou parcialmente com o
mesmo conteúdo, e a situação em que o discente é flagrado tentando fazer uso ou
fazendo uso efetivo de material proibido na ocasião; ou tentando obter ou obtendo, de
forma ilegítima, informação com outro discente ou em instrumento de avaliação alheio.

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Capítulo VI
Disposições
Complementares
Instruções Gerais

CAPÍTULO VI – DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES

SEÇÃO 1 – ESTÁGIO PROBATÓRIO

Estágio probatório constitui a avaliação do policial militar com vistas a viabilizar a


confirmação na graduação inicial da carreira de praça ou a inclusão no posto da carreira
de oficial.

O estágio probatório para as praças constitui parte integrante do curso de


formação, CFP, sendo formado essencialmente por exercícios operacionais focados na
atividade finalística da Corporação, sendo sua duração, aspectos a serem avaliados,
metodologia de desenvolvimento dos exercícios e de avaliação definidos em ato do
Chefe do DEC.

O estágio probatório para inclusão no posto inicial do Quadro de Oficias Policiais


Militares (QOPM) é constituído pela avaliação de desempenho após o CFO, ao
Aspirante-a-Oficial quando já se encontra no exercício pleno das atividades de polícia
por 6 meses. Os aspirantes que obtém conceito desfavorável são submetidos a
Conselho de Disciplina e a metodologia da avaliação é definida em ato do
Comandante-Geral, mediante proposta do Departamento de Gestão de Pessoal (DGP)
em conjunto com o DEC.

SEÇÃO 2 – HOMENAGENS EM FACE DO ENCERRAMENTO DE


CURSO

São consideradas homenagens no contexto do ensino militar o nome da turma, o


paraninfo e o padrinho ou madrinha, em que cada uma dessas homenagens seguem
critérios para sua escolha.

O nome de turma deve homenagear eventos históricos, instituições ou pessoas já


falecidas que possuem realce na história da Polícia Militar ou que tiveram estreita
ligação positiva com a turma. É submetida ao Comando da EE/UEE uma lista tríplice de
nomes escolhidos pela turma, em ordem de preferência e não coincidentes com a
designação de turmas anteriores, sendo avaliada a escolha pelo Comandante-Geral da
53 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO
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Instruções Gerais

Corporação, por intermédio da Chefia do DEC. O nome de turma é obrigatório apenas


para o CIC, sendo optativo para aqueles com duração superior a seis meses, e, nos
demais casos, o órgão de direção setorial do DEC analisará a pertinência.

O paraninfo, figura existente somente em CIC, deve ser pessoa de destaque na


história do Brasil ou de Brasília, ou pessoa que seja merecedora de homenagem da
turma pela sua inequívoca contribuição ou participação em seu favor, proeminência nos
campos da ciência e/ou do ensino ou reconhecida projeção no ambiente cívico-cultural
do país, e que sirva de paradigma aos formandos e de indubitável conduta moral. Uma
lista tríplice é entregue ao comando da instituição de ensino, encaminhada ao DEC e a
decisão é homologada pelo Comandante Geral da Corporação. O nome escolhido para
paraninfo pode ser coincidente com o utilizado por turmas anteriores.

Padrinho ou Madrinha é a pessoa que goza de grande apreço do formando de


CIC, que poderá ser por ele homenageado(a) ao lhe ser permitida a entrega do
espadim, espada, diploma ou distintivo em solenidade militar.

SEÇÃO 3 – EQUIVALÊNCIA DE CURSO

A equivalência consiste no aproveitamento integral, e para todos os fins de


direito, de curso realizado pelo policial militar fora da Corporação, a fim de substituir
curso da carreira policial militar.

Não é admitido, em nenhuma hipótese, a equivalência para eximir o policial


militar, total ou parcialmente, de se submeter a CIC no âmbito da Corporação, ainda
que o curso externo tenha se realizado em outra instituição policial militar. Sendo
admitida a equivalência de curso realizado em outro Estado da federação com CSC da
PMDF se aquele tiver sido promovido, no todo ou em parte, por instituição policial
militar ou a esta vinculada, observada a paridade de nível e a destinação da capacitação
em função do quadro que o militar ocupa.

A equivalência de curso realizado no exterior com CSC depende de ter sido


realizado em instituição pública de caráter policial; ter carga horária igual ou superior
em relação ao curso interno com o qual se pretende a equivalência; compatibilidade da
matriz curricular com os objetivos propostos internamente para o exercício do cargo;
parecer favorável do órgão de direção setorial do DEC e do Chefe do DEC; e
54 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO
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reconhecimento formal pelo Comandante-Geral da Corporação, em ato levado a


publicação. O interessado que já tiver iniciado o curso no exterior, ou concluído antes
da aprovação de equivalência deve apresentar o requerimento até três meses da
conclusão do curso, sob pena de inviabilidade definitiva da equivalência, devendo o
pedido estar acompanhado da matriz curricular do curso frequentado e do
comprovante idôneo de conclusão com aproveitamento, devendo estes documentos
estar em português, e não estando a tradução deve ser realizada por tradutor público
ou juramentado.

São dispensados de reconhecimento formal de equivalência os cursos de


especialização, os quais produzem de imediato na Corporação os efeitos decorrentes de
sua conclusão.

SEÇÃO 4 – PESQUISA CIENTÍFICA

A atividade de pesquisa, de caráter científico, na Corporação fica sujeita ao


controle e acompanhamento do EE responsável pelo curso, bem como do DEC, e deve
focar em problema concreto experimentado na Corporação. É desenvolvida
preponderantemente no âmbito do curso da educação superior, em nível de graduação
ou pós-graduação; através de grupos de pesquisa especialmente constituídos por
portaria do Subcomandante Geral; por programas de iniciação científica; e parcerias
com outras instituições de ensino superior.

Constituem objetivos das atividades de pesquisa no âmbito da PMDF aprofundar


e complementar o conteúdo das disciplinas previstas nas matrizes curriculares dos
cursos da Instituição; oferecer prioritariamente propostas para tratar de problemas
institucionais; estimular o debate e a produção de textos científicos de modo a
desenvolver o pensamento crítico em questões que envolvam a atividade policial,
policiais militares ou estruturas institucionais de polícia; priorizar e divulgar o
conhecimento científico como instrumento de desenvolvimento da Corporação ou de
seus membros; e buscar inovações do conhecimento e novas técnicas, com amparo na
ciência, para o aperfeiçoamento de procedimentos da Corporação.

Cabe aos órgãos do DEC a responsabilidade de fomentar, na esfera de suas


atribuições, o desenvolvimento de pesquisa e promover a divulgação, pelos meios

55 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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disponíveis, da produção acadêmica através do ISCP. Órgão específico, vinculado ao


DEC também é mantido com o fim de desenvolver diretamente, por meio de grupos de
policiais militares pesquisadores e colaboradores, as pesquisas de interesse institucional.

Os grupos de pesquisa são vinculados ao DEC, funcionam em caráter


permanente até que seja dissolvido, mediante proposta do Chefe do DEC, e são
cadastrados em Diretório vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq). Apresentam como coordenador um oficial possuidor
de pós-graduação stricto sensu, sendo este o mais antigo dentre os militares do grupo,
que devem somar anualmente duzentos pontos de produção intelectual, conforme
parâmetros definidos pelo DEC. A participação de policial militar em grupos de pesquisa
constitui ato de serviço para todos os fins.

A avaliação voltada especificamente a aferir a compatibilidade dos projetos ou


trabalhos de pesquisa com os valores institucionais será realizada a qualquer tempo
pelo órgão do DEC responsável pelo controle ou desenvolvimento da atividade,
podendo determinar ajustes.

As pesquisas de forma generalizada são divulgadas e disseminadas através de


seminários, congressos, simpósios ou congêneres; e excepcionalmente, a produção que
contenha dados sensíveis à segurança pública ou à Corporação poderá ter o seu acesso
e a sua divulgação restringidas pela Administração.

SEÇÃO 5 – EXTENSÃO VINCULADA Á EDUCAÇÃO SUPERIOR

A extensão vinculada à educação superior constitui processo interdisciplinar,


político, educacional, cultural, científico e tecnológico, que promove a interação
transformadora entre o ISCP e outros setores da sociedade. São objetivos da extensão
reforçar um perfil de cidadão ao discente participante das atividades; auxiliar o
desenvolvimento regional e social do país; e estreitar os laços com a comunidade local e
regional.

As atividades extensionistas compreendem os cursos de extensão, projetos


sociais de extensão; e divulgação de conhecimentos científicos para a população em
geral. Os cursos de extensão constituem categoria especial de cursos no âmbito da

56 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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Corporação, vinculados à educação superior, devendo ser ofertados à comunidade em


geral e a participação gera a emissão de certificados.

SEÇÃO 6 – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional consiste na realização de um conjunto de ações que


visam averiguar a estrutura de ensino da Corporação e sua adequabilidade aos fins
propostos e às exigências da educação superior, quando for o caso, além de medir o
nível de qualidade das atividades educacionais desenvolvidas.

É dividida em duas modalidades, Avaliação Interna ou Auto-avaliação quando


promovida pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), no caso de cursos que integram a
educação básica, técnico-profissional ou superior, e pelas próprias OPM que
desenvolvem os cursos, nos demais casos; e Avaliação Externa quando promovida por
comissão designada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP),
em conformidade com a legislação federal de ensino, nos processos de
recredenciamento da instituição e de autorização e reconhecimento de cursos.

Constituem objetivos da avaliação institucional no âmbito da Corporação


conhecer a realidade institucional e promover processos de melhoria; promover eficácia
institucional e efetividade educacional e social; obter dados e informações com o intuito
de subsidiar a gestão de ensino; diagnosticar as principais fragilidades e potencialidades
a partir das percepções dos docentes, discentes e corpo administrativo; e subsidiar
estudos e pesquisas internas relacionados à educação.

No âmbito da Corporação fica instituída a Avaliação de Efetividade do Ensino


(AEE), como ferramenta de gestão para viabilizar o aprimoramento contínuo da
educação, a partir da reunião de informações sobre a efetividade das competências
transmitidas no âmbito dos cursos realizados na PMDF. A AEE se constitui em
instrumento de coleta de dados distribuído pela EE/UEE aos concluintes de curso, aos
dirigentes e oficiais da respectiva OPM de lotação, no caso de UEE. No caso dos CIC, a
AEE deverá ser realizada entre décimo-primeiro e o décimo-segundo mês após a
formatura, sendo que nos demais cursos deve ser realizada entre o sexto e sétimo mês
após a formatura; sendo dispensada nos CSAA.

57 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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Instruções Gerais

SEÇÃO 7 – INSPEÇÕES E VISITAS NA EDUCAÇÃO

Inspeção é o exame com a finalidade de verificar o desenvolvimento de atividade


educacional ou de pesquisa realizada no âmbito da Corporação, bem como a estrutura
e os documentos de registro e controle a ela relacionados. A inspeção será procedida
pelo Chefe do DEC, ou autoridade superior designada, sendo este um oficial de último
posto, integrante da estrutura do DEC, para realizar inspeção em seu nome.

As inspeções podem ser programadas, quando previstas nos calendários de


inspeção; extraordinárias, quando marcadas sempre que julgadas necessárias; e
inopinadas, quando realizadas sem aviso prévio à OPM.

As OPM responsáveis pelo desenvolvimento de atividade educacional ou de


pesquisa devem manter atualizados para os fins de inspeção o plano, projeto e
currículos de cursos; o controle das aulas ministradas; registro das atividades
extraclasse; sistemas de lançamento, controle e guarda das notas dos discentes; quadro
de trabalho semestral e/ou mensal; listagem e instrumentos de avaliação e controle dos
docentes por disciplina e curso; pasta do discente, contendo os registros de sua vida
escolar, em especial os exigidos pela legislação federal de ensino, quando for o caso; e
quadro de distribuição de carga horária do curso.

A visita é o ato realizado por autoridade do DEC que, por iniciativa própria ou
mediante convite, comparece a uma OPM que desenvolve atividade educacional ou de
pesquisa, por cortesia ou praxe militar, em que das visitas e das inspeções, podem surgir
recomendações ou ordens de natureza técnica ao órgão responsável pela atividade.

SEÇÃO 8 – CRITÉRIOS PARA PAGAMENTO DO ADICIONAL


CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

O adicional de certificação profissional é limitado a uma vez, conforme


percentual por tipo de curso, realizado com aproveitamento pelo militar, nos termos da
tabela II do anexo II da Lei nº 10.486, de 04 de julho de 2002.

São considerados cursos para o fim de pagamento do correspondente adicional


de certificação profissional, previsto na lei de remuneração, o CFP; CFO; todos os CSC da

58 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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Instruções Gerais

PMDF ou reconhecidos pela corporação; cursos de especialização ou habilitação que


conferem ao discente aprofundamento técnico ou habilidades específicas em
determinada área, sendo estes também regularmente aprovados e realizados na
Corporação.

Curso realizado fora da Corporação, em instituição civil ou militar, somente gera


o direito ao adicional certificação profissional quando possui carga horária mínima de
sessenta horas-aulas; caráter semipresencial ou presencial; relação com as atividades
exercidas na Corporação; e deve ser reconhecido pelo Chefe do DEC.

Aos inativos, é assegurada a possibilidade de se requerer o adicional de


certificação profissional correspondente por cursos por eles concluídos quando ainda se
encontravam na ativa, em conformidade com a legislação em vigor à época da
realização do curso.

59 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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Capítulo VII
Disposições Finais e
Transitórias
Instruções Gerais

CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

A criação de diretrizes, a supervisão, a fiscalização e o controle estatístico da


atividade educacional e de pesquisa são de competência do órgão de direção setorial
do DEC.

A realização na Corporação de palestras interdepartamentais ou de workshops,


simpósios, seminários e congêneres, sem que seja no âmbito de Curso ou InPM, deve
ser precedida de manifestação do DEC e do Estado-Maior, quanto à sua pertinência e
viabilidade, e de autorização do Subcomandante-Geral da PMDF.

O acervo acadêmico, assim considerado os documentos produzidos e recebidos


pelo ISCP, como instituição de educação superior, referentes à vida acadêmica dos
discentes e necessários para comprovar seus estudos, deverão ser observadas as
disposições do Código de Classificação de Documentos de Arquivo Relativos às
Atividades-Fim das Instituições Federais de Ensino Superior e o constante na Tabela de
Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-Fim
das Instituições Federais de Ensino Superior, em conformidade com a legislação federal
de ensino. Enquanto os demais documentos referentes à educação se sujeitam às regras
gerais sobre tratamento e guarda de documentos aplicáveis na Corporação.

É vedada a concessão de dispensa-recompensa, ou equivalente, ao término de


curso ou de outra atividade educacional para os respectivos discentes ou concludentes,
e acontecendo o desligamento do curso o discente deve ser apresentado em sua
unidade de origem conforme o prazo estabelecido na Portaria PMDF nº 1109 de 31 de
Dezembro de 2019.

Visando atender aos objetivos educacionais, o EE responsável pelos cursos iniciais


da carreira poderá praticar regimes de escala diferenciados para os seus integrantes.

Os casos omissos, não abrangidos pela Portaria PMDF nº 1109 de 31 de


Dezembro de 2019, serão resolvidos pelo Chefe do Departamento de Educação e
Cultura, sob censura do escalão superior.

61 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO


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Referências
Bibliográficas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Portaria PMDF Nº 1109, de 31 de Dezembro de 2019 – Regimento Geral de


Educação da PMDF.

Instrução Normativa DEC nº 12, de 02 de março de 2020 - Confere a qualificação


de Unidade com Encargo de Ensino a OPM's da PMDF.

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