0600156-23.2024.6.18.0022-6
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11/09/2024
Número: 0600156-23.2024.6.18.0022
Classe: RECURSO ELEITORAL
Órgão julgador colegiado: Colegiado do Tribunal Regional Eleitoral
Órgão julgador: Relatoria Juiz de Direito 1
Última distribuição : 08/09/2024
Assuntos: Impugnação ao Registro de Candidatura, Registro de Candidatura - RRC - Candidato,
Cargo - Prefeito, Eleições - Eleição Majoritária
Segredo de Justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
FEDERAÇÃO BRASIL DA ESPERANÇA - FE BRASIL (PT/PC
do B/PV) - CRISTALÂNDIA DO PIAUÍ - PI (INTERESSADA)
ARIANO MESSIAS NOGUEIRA PARANAGUA
(RECORRENTE)
LAYANA ARAUJO ALVES GOIS (ADVOGADO)
NAIRA FERNANDA PEREIRA DA SILVA (ADVOGADO)
VICTOR BARRETO ARAUJO (ADVOGADO)
EDSON VIEIRA ARAUJO (ADVOGADO)
MILLIA DE OLIVEIRA MACEDO SOUZA (ADVOGADO)
DIRETORIO PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO
BRASILEIRO (RECORRIDO)
ROSIANE AGUIAR SILVA (ADVOGADO)
PROMOTOR ELEITORAL DO ESTADO DO PIAUÍ
(RECORRIDO)
Outros participantes
MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
22225068 11/09/2024 Parecer da Procuradoria Parecer da Procuradoria
14:18
PR-PI-MANIFESTAÇÃO-14984/2024
PROCESSO TRE-PI-RE-0600156-23.2024.6.18.0022
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RECORRENTE: ARIANO MESSIAS NOGUEIRA PARANAGUA
RECORRIDO: PROMOTOR ELEITORAL DO ESTADO DO PIAUÍ e DIRETÓRIO
PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO
RELATOR: LIRTON NOGUEIRA SANTOS
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CONTAS DE GOVERNO – PROCESSO TCE/PI TC 011374/2018.
3 - as contas do Cargo de Prefeito do município de Cristalândia do Piauí/PI
- julgadas REPROVADAS pela Câmara de Vereadores do município de
Cristalândia do Piauí/PI, do Exercício de 2019 – PRESTAÇÃO DE
CONTAS DE GOVERNO – PROCESSO TCE/PI TC 022157/2019 e TC
004709/2022
Transcorrido regularmente a tramitação das ações impugnatória, sobreveio a
sentença recorrida, que resumiu-se a dizer "o candidato carece de condição de elegibilidade,
sendo o indeferimento do seu requerimento de registro a medida que se impõe".
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prazo de 3 dias, previsto no artigo 58, §2º, da Resolução TSE nº 23.609/2019 e no artigo 8º,
caput, da LC 64/90.
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Aliado ao cumprimento do requisito da tempestividade, verifica-se que o
recorrente é parte legítima e que possui interesse recursal, devendo, portanto, o recurso ser
conhecido.
III. FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
No mérito, a celeuma gira em torno de examinar a incidência da ou não da
inelegibilidade prevista no artigo 1º, inciso I, “g”, da LC 64/90, cite-se:
Art. 1º São inelegíveis:
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entendeu que houve o cumprimento de todos. Esses são: i) o exercício de cargos ou funções
públicas; ii) a rejeição das contas por órgão competente; iii) a insanabilidade da irregularidade
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apurada, iv) o ato doloso de improbidade administrativa; v) a irrecorribilidade do
pronunciamento que desaprovou as contas; vi) a inexistência de suspensão ou anulação
judicial do aresto condenatório.
No tocante à competência, compete à Câmara Municipal o julgamento das
contas de exercício e de gestão do prefeito, sendo o parecer técnico emitido pela Corte de
Contas meramente opinativo.
Assim o STF, no julgamento do RE nº 848.826, com repercussão geral
reconhecida, decidiu que "é exclusivamente da Câmara Municipal a competência para julgar
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nas Eleições 2022 (obteve 6.990 votos), afastando–se a inelegibilidade do
art. 1º, I, g, da LC 64/90 (rejeição de contas públicas), em decorrência da
regra do § 4º–A do mesmo dispositivo legal.INTERPRETAÇÃO
CONFORME A CONSTITUIÇÃO DO § 4º–A DO ART. 1º DA LC 64/90.
APLICAÇÃO APENAS NAS HIPÓTESES DE JULGAMENTO POR
TRIBUNAIS DE CONTAS. MORALIDADE E PROBIDADE
ADMINISTRATIVA. PROTEÇÃO. ADEQUADA CONCRETIZAÇÃO
DO DIREITO .2. Consoante o art. 1º, inciso I, alínea g, da LC 64/90, são
inelegíveis "os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou
funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato
doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão
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INSANÁVEIS. ATO DOLOSO DE IMPROBIDADE.
CARACTERIZAÇÃO. INELEGIBILIDADE CONFIGURADA .7. Na linha
do que decidiu esta Corte em recentíssimo julgado, "a nova redação da Lei
de Improbidade Administrativa passou a exigir o dolo específico para a
configuração do ato de improbidade administrativa", o que se aplica à causa
de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da LC 64/90 (RO 0601046–26/PE,
redator para acórdão Min. Ricardo Lewandowski, publicado em sessão em
10/11/2022) .8. Na espécie, é incontroverso que o recorrido, na qualidade de
Prefeito de Rio Claro/SP, teve contas públicas relativas aos exercícios de
2018 e 2019 rejeitadas pelo Poder Legislativo do município .9. As contas do
exercício de 2018 foram rejeitadas por meio do Decreto Legislativo nº 640,
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estadual de São Paulo nas Eleições 2022.
(TSE - RO-El: 06025978920226260000 SÃO PAULO - SP 060259789,
Relator: Min. Benedito Gonçalves, Data de Julgamento: 13/12/2022, Data
de Publicação: PSESS - Publicado em Sessão)
Esta Procuradoria, então, filia-se ao entendimento do TSE, aplicando-o ao
caso, para entender que não há a incidência do § 4º-A do artigo 1º da LC 64/90 aos casos cujo
julgamento de contas de chefe do Poder Executivo seja de competência do Poder Legislativo.
Por isso, o cumprimento ou não do referido requisito não será objeto de exame,
por entender, como dito, descabido no caso dos autos.
administrativa
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Extrai-se do Relatório e voto (conforme Decisão Plenária nº 394/2018 de
22/03/2018), do TC/007018/2018, que consta em ID 22219469, fls. 72/87, que as
irregularidades praticadas sob a responsabilidade do ex-gestor, quanto à prestação de contas
de governo da Prefeitura Municipal de Cristalândia do Piauí, exercício de 2017, foram:
1. Atraso no envio de peças de planejamento governamental: Anexo de
Metas Fiscais (21 dias de atraso); Anexo de Riscos Fiscais (21 dias de
atraso); LDO (198 dias de atraso); LOA (198 dias de atraso); PPA (não
envio) – inobservância ao art. 165 - CF/88, art. 33 - CE/89 e art. 3º da
Resolução TCE nº 27/2016;
2. Irregularidades na abertura de créditos adicionais:
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c/c art. 77, inciso III, ADCT;
9. IEGM - Índice de Efetividade da Gestão Municipal: os indicadores i-
Amb, iCidade, i-Fiscal, i-Gov TI e iPlanejamento demonstram necessidade
de melhoria na gestão dos respectivos setores representados, tendo em vista
que as notas obtidas nestes índices estão na Faixa de Resultado "Em Fase de
Adequação (C+)" e/ou "Baixo Nível de Adequação (C)";
10. IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica: anos iniciais –
26,2% abaixo da meta projetada para o exercício; anos finais - 32% abaixo
da meta projetada para o exercício;
11. Irregularidade na Demonstração da Dívida Flutuante
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descumprindo, portanto, o mandamento constitucional elencado no art. 198,
combinado com art. 77, III, ADCT, da Constituição Federal. Ademais,
ressalta-se que a Lei de Acesso à informação (Lei nº. 12.527/11) é de
cumprimento obrigatório por todos os entes governamentais, determinando
que como canal obrigatório para a divulgação das iniciativas de
Transparência Ativa a Internet.
In casu, o Portal do Município descumpriu tal legislação. Por fim, a conduta
do Sr. Ariano Messias Nogueira Paranaguá, que descumpriu o disposto no
caput do artigo 40 da CF/88, pela inobservância reiterada ao princípio
equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS de Cristalândia do Piauí demonstra-
se falha gravíssima.
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O tema da descumprimento do limite mínimo de despesa com ações e serviços
públicos de saúde foi alvo de debates por muito tempo no âmbito do TSE, porém, hoje,
encontra-se pacificado, de certo que o entendimento firmado é o de que “ a não aplicação de
percentual mínimo de receita resultante de impostos nas ações e serviços públicos
de saúde constitui irregularidade insanável que configura ato doloso de improbidade
administrativa – para efeito da incidência da inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da Lei
Complementar 64/90” (AgR–REspe 441–44, rel. Min. Henrique Neves, DJE de 6.3.2013).
Cita-se, ainda, em reforço, que a tese se perpetuou e foi mantida nos julgados
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Recurso eleitoral a que se nega provimento para manter o indeferimento do
registro do candidato.
(TRE-PE - RE: 0600226-91.2020.6.17.0027 ITAMBÉ - PE 060022691,
Relator: MARCUS VINÍCIUS NONATO RABELO TORRES, Data de
Julgamento: 12/11/2020, Data de Publicação: PSESS Publicado em Sessão,
data 12/11/2020)
Portanto, esta Procuradoria compreende, em consonância com o TSE, que a
não aplicação de percentual mínimo de receita resultante de impostos nas ações e serviços
públicos de saúde constitui irregularidade insanável que configura ato doloso de improbidade
administrativa – para efeito da incidência da inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da Lei
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e) por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade
administrativa
Extrai-se do Relatório e voto nº 52/2021-SPC, de ID 22219474, fls.
104/114, relativo ao TCE/PI TC 011374/201, que as irregularidades praticadas sob a
responsabilidade do ex-gestor, quanto à prestação de contas de governo da Prefeitura
Municipal de Cristalândia do Piauí, exercício de 2018, foram:
a) envio da LDO fora do prazo;
b) publicação dos Decretos fora do prazo estabelecido na CE-PI/89;
c) envio da Prestação de Contas Mensal fora do prazo;
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nº 542/19, tendo como anexo a relação das prefeituras que ultrapassaram os limites de
gastos com pessoal. Consta também que houve o descumprimento do limite prudencial
(53,87%), conforme Peça 17. Entretanto, apesar dos alertas, no final do exercício, a DFAM
apurou o índice e constatou que o percentual aplicado foi de 61,33%, o qual ultrapassou o
limite legal (54%)"
A posição do Tribunal Superior Eleitoral sobre a temática, desde há muito, é
induvidosa quanto à inequívoca configuração de ato doloso de improbidade administrativa
pelo simples fato de haver qualquer mínima extrapolação dos percentuais, em patamares que
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Eleições 2020, por se entender configurada a inelegibilidade do art. 1º, I, g,
da LC 64/90. 2. Consoante o art. 1º, I, g, da LC 64/90, são inelegíveis "os
que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas
rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de
improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente,
salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as
eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes [...]". 3. Para fim da
referida inelegibilidade, não se exige a presença de dolo específico, mas
apenas de dolo genérico, que se caracteriza quando o administrador assume
os riscos de não atender aos comandos constitucionais e legais que vinculam
e pautam os gastos públicos. Precedentes. 4. No caso dos autos, extrai–se da
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grifo nosso
registro de candidatura.
(TRE-PE - RE: 06002240620206170130 CAPOEIRAS - PE, Relator: Des.
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JOSÉ ALBERTO DE BARROS FREITAS FILHO, Data de Julgamento:
13/11/2020, Data de Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data
13/11/2020 )
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se verificar o cumprimento do art. 42 da LC nº 101/2000, pela falta de
remessa de dados prevista na Deliberação TCE–RJ nº 248/08. VIII – No
exercício de 2015, por sua vez, extrapolou–se a restrição legal em R$
437.286,40, equivalente a 13,54% além do permissivo constitucional. IX –
Contas julgadas irregulares, em razão de grave infração à norma legal, nos
termos do art. 20, III, a, da LC nº 63/90–RJ, conforme expressamente
destacado nas duas decisões condenatórias, que ensejaram a condenação em
multas ao recorrente nos valores de R$ 9.006,90 e R$ 16.469,50,
respectivamente. X – Não se sustenta a alegação recursal de que o candidato
foi surpreendido com a mudança no entendimento do TCE/RJ, que teria
aprovado suas contas em 2013, mesmo tendo ultrapassado o limite
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Portanto, esta Procuradoria compreende, em consonância com o TSE, que
configura de ato doloso de improbidade administrativa qualquer mínima extrapolação dos
percentuais, em patamares que for, de despesa com pessoal em desconformidade com os
limites estabelecidos no art. 29-A da CF.
3 - as contas de governo, do Exercício de 2019 – PRESTAÇÃO DE
CONTAS DE GOVERNO – PROCESSO TCE/PI TC 022157/2019 e TC 004709/2022
No caso dos autos, o impugnado teve suas contas de governo, relativas ao
exercício de 2019, julgadas reprovadas pela Câmara de Vereadores do Município de
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- Peças ausentes;
- Envio extemporâneo da Prestação de Contas Anual;
- Divergência na contabilização do IRRF – Reincidência;
- Insuficiência na arrecadação da Receita Tributária;
- Descumprimento do Limite de Despesa Pessoal do Poder Executivo;
- Despesa de Pessoal contabilizada indevidamente como “Outros Serviços
de Terceiros” – Pessoa Física;
- Distorção Idade/Série;
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desde o ano de 2017, mesmo diante dos alertas emitidos pela Corte de Contas.
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Logo, recaem à espécie o quanto arguido no tópico anterior, de que, em
consonância com o TSE, configura de ato doloso de improbidade administrativa qualquer
mínima extrapolação dos percentuais, em patamares que for, de despesa com pessoal em
desconformidade com os limites estabelecidos no art. 29-A da CF.
Em suma, as irregularidades - 1) Descumprimento do limite mínimo de
despesa com ações e serviços públicos de saúde (2,21%) – inobservância ao art. 198,
Constituição Federal c/c art. 77, inciso III, ADCT e 2) Realização de despesas com pessoal do
Poder Executivo superior ao limite legal - de forma reiterada - por vários exercício
financeiros, mesmo diante dos alertas emitidos pelo TCE.
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gestor público deve ser considerado inelegível e, em consequência, ter seu requerimento de
registro de candidatura indeferido.
IV. CONCLUSÃO
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