Novos Misterios vários autores

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antes de lançar a pergunta.

una gargalhada,
disso se nunca acreditaste
escapar medo realmente que eu
Deixa tanto
tens
- Porque
vejo
que existe!
existia? agora Principalmenteagora!
-Porque irrelevante! Ela estremece
toca- -lhe no ombro. e olha-o atenta-
-Totalmente ela e
para
Ele avança

livre, agora! Só não te esqueças de

mente. És completamente
vida!
- Vai à tua Não te esqueças que cada acção
das tuas acções.
e as oportunidades que te possam
nas consequências que encontras
pensar
as pesSoas
tua inflluencia
Tudo!
aparecer.
-
Isso é... assustador!
issoéa vida!

-Não, minhaquerida...

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-Uau! Wow!
-O que é que sentes?
- Nunca me senti tão.. decidida, segura C.. ao
mesmo tempo, tâão
paradace receosa, em toda a minha vida! desam-

-Porquê?
Nora olha para ele confusa.
- Porque,o que?
-Quedecisão tomaste para chegares até aqui?
- Eu... - começa, pensativa. – Decidi esquecer o Yuri e... seguir o
sonho. meu

- Preferes ir fazer voluntariado para outro país do que ser feliz


Com o
Yuri?
- Prefiro ser feliz com os meus sonhos do que talvez, um dia.
ficar com
ele e nunca chegar a realizá-los.
- Nunca tnha notado uma vontade tão grande de realizares esse ters

sonho.
-Nem eu! - confessa,olhando para o seu próprio frasco. -Foi algo
momentâneo.
–Hum!
Ele olha-anos olhos, quase que intimidando -a, e aponta para oseu frasco.
– Podes ficar com ele.
-A sério?
Ele confirma conm a cabeça.

- Mas... então quem vai cuidar de mim?!

-Tu!
Ela abre a boca de espanto e estremece um pouco.
-O quê?!
- Tué que tomaste essa deciso no momento em que seguiste um cami

nho que não te estava destinado.

-E... e agora?!

-Agora é contigo, Nora!

Ela respirafundo durante uns segundos, olhando para o mendigo epara


todo aquele cenário de luz e escuridão. Depois,engole em seco.
- Estáa querer dizer-me que sou dona do meu próprio destino?
Ele sorri.

-Exactamente!
-Mas, assim, não poderácuidar de mim!

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-Oquè? Como éque..?
-Sim, também fui eu
que o fiz
para que isso não
prejudicasse pensar
-Mas isso é...!
a
vossa em não
se amizade.
-Mas,claramente, não envolver
fuieu
-Oh, meu Deus! quem te contigo ja.
mais uma vez ao seu
|-exclama, trouxe
redor, assustada, até
mim
-Não mechames em antes de se descruzandoos
hojel
vão, Noral encostar ao
Ela arregala os pilar braços e
olhos. mais
-Isto é de loucos! olhando
próximo.
olha para
Ele
os
liares. luzjátinha comportamentos
A
uns daquela
-Vocè é real, certo?quantos milhares de criatura, que
anos. lhe sãotão
Ele sorri. fami-
- Ah, oS meus
humanos!
para tudo! Sempre a tentar
arranjar
Ela abana a lógica e
-Ento, Senhor... o
cabeça.
credibilidade

-Sim -responde, Decide omeufuturo? O


futuro de
-Comoassim? atento à postura -De dela. todos?!
- Háhumanos-pergunta,
que
totalmente
quase todos.
curiosa.
mne
saltam-me para outro. surpreendem.
Escolho-lhesum
-
Isso pode
acontecer?
caminho, mas

-
Isso
aconteceu contigo!
Agora mesmo!
Ela demora
algum tempo a
-O
que?!
assimilar aquilo.

Ele olha para


a panóplia de
com uma luz frascos e garrafas e
muito fraca que centra-se num boião
começa a tremer
explodir, atéque ele o violentamente, prestes a
envolve com as mãos,
mais forte. acalmando a luz, tornando-a

Depois, vira-se para a rapariga, que respira


frasquinho dela do bolso: profundamente, até tirar o
-Vês, Nora? Este frasco éstu!
-O quê? Eu?!
-Sim! -afirma, enquanto lhe mostra o pequeno recipiente. -Toma!
Pega nele!

Ela agarra no frasco e inspira fundo.

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pessoas
Algumas
lugar! no céu..
deste
nem das nuvens
de mim, vivo para lá
saber que
ninguém acreditam
outras morrem.
-Esuposto
cu existo, aumenta. equando estupefactadasi
quc dela
viven me
sabem
Aperplexidade nascem,
cono
queé..
i! coneça
E mais
--
ela,
nomes
-O qué?!
quando n
- Eu escolho
aquerer
dizer-me
–interrompe. a acreditar
inde
-Você muitos passando!
nomes
está
por 1ssO
Custa-lhe
as almas
mais
-Dão-me
otennpo
for
foi muito
Crente,
são sempre
que enunca
Mas, também, para aquelas
medida
Ela
éjovem desculpa
lhe conta...encontrá-lo! uma
queele por arranjar
verdade tentando Ou,então
que acabam abaixo, a alucinar!
pendentes
alto de Está
olha-o,
Ela tempo!
come hámuito de respos
espera
balelas. jánão aqui,
à

Ok, osenhor continua


mnas a
menina

-Negue o
émaluco! que quiser,
fundo. e odo Yuri.
e respira nome
tas. os lábios
quesabe
o meu
Ela comprime comoé
saber daqui.
-Sóquero todasas
criaturas

-Eu conheço
cabeça,
confusa.
Ela abanaa
meconhece?
-De onde te criei. como incrédula.
que
-Fui eu
-pergunta,
tanto assustada,

-Desculpe?!
gozacom
a cara dele.
écomo chegaste
até aqui?
Quase que a fazer
que deviasestar
-A pergunta
A pé!
confusa.
Ela olha-o ser engraçada.
-e depois,tenta
-Como assim?!
Ele sorri.
até aqui.
-Não fuieu quem te trouxe
calada. que foiparar
a olhar para a bola
Ela mantém-se
imóvel l995.
- Fuieu quem
decidi manter-te
teus primos no Verão de
estavas a brincar
con os
àestrada, quando
na casa de praia dos teus
tios.
Tinhas seis anos eestavas
-Mas que....
de ser atropelado há uns anos
atrás.
-E fui eu quem te fez salvar oYuri

a oportunidade de serem amigos.


Fuieuque vos junteie que vos
dei

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dentro
do Ibolso e espera um minuto ou dois, até
o frasquinho
aolonge.
Coloca
1ou
ouvir
passos cle. -Tu és forte!
– murmura
começara chores... e ouve-se alguém, vindo na sua direcção, a
tentar
Não
abrandam ee respirando fundo.
Os passos
fungandomulher pequena, de vinte cinco anos, que
ossoluços, uma o olha
avista
engolir
De repente,
confusa. comn
os olhos azuis, inchados do choro, a
- pergurnta,
admiradae que...? de vidro e luzes. - O que é que..?!
- Mas mundo de garrafas
aquele -se, assustando-a.
todo -apresenta-
para
olhar minha querida Quem é voce?! O que é
dando um
-Olá,
salto Para trás.

Ui! - guincha,

isto?! Nora!
-Calma,
ainda mais assustada,
Ela fica
que sabe o
meu nome?!
-Comoé
Ele suspira.
uma situação destas!
passava por
Raramente - Eu sei tudo!
volta!- pede. mas lá passa com os
-Olha àtua os braços, hesitante,
lábios e cruza
Ela comprimeos
recipientes de e
aquele cenário mágico de luzes flutuantes
por todo
olhos

vidro. questiona, tão curiosa


quanto receosa. -
com isso?
Que quer dizer
Quem é voce?! chão, perto da garrafa da luz pací

- diz, enquanto
se senta no
Calma
causa do Yuri.
–Estavas a chorar por
fica.

Ela recua.

-Comosabe isso?! Você anda a espiar-me?!

Ele ri-se baixinho.


anunciar as aspas.
-Eu espio toda a gente -diz, usando as mãos para forte, pass
bastante
de vidro rebenta, e uma luz vermelha,
Um boião
da cara dele, direitinha ao baú.
pela frente

-Que foi isto?!- pergunta ela, exaltada.


-Mais um suicídio! -
esclarece, entristecido.

Ela olha-o perplexa.

-Ou você se droga, ou eu bebi demais!


criatura interessar
simplesmente,uma
-Não,minha querida! Você
é,

-Como assim?

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quase extintas. E, depois, há o baú, colocado dentro
abandonados e decrépitos, onde estãodos
de
um
guardadas tantas
luzes que autocartos
espreitar o seu brilho pelas suas brechas..E, ali,
se
aguardam a vez de consegue
um daqueles recipientes, que ele gostatanto de criar, com as 0cuparem
formas e feitios. mais
variadas

Hum.. Já na tua hora!


- está diz ele,

quando, partindo
de vez em
ou outrofrascoe guardando as suas luzes dentro do ba. um
Depois, senta-se e faz novos frascos e garrafas, rodeado
de luzes
sas que não quiseram ser guardadas no baú, pairandoagora no ar, teimo-
de volta de
um ou outro recipiente iluminado,.
-Têm de voltar para o baú, ou eu não vos coloco dentro dos
frascos,
seus tontos! Encontrem alguma paz, por favor! -
de
novo, resmunga ele, de vez
em quando.
Ele é muito modesto. Gosta de pensar que é
não um
um guardião e

criador; que não éperfeito, ou nem sempre vêe sabe de tudo.


Na verdade, às vezes, distraido nos seus pensamentos e vigias,
engana-se
afazer o molde e acaba por ficar com alguns recipientes menos bonitos.
-Terás direito a uma luz na mesma! - diz, sempre.
Depois senta-se, admirando o seu trabalho e olhando para as luzes.
Algumas vibram e oram por ajuda. Outras parecem tão lutadoras

pouco crentes! Outras, do nada, explodem e voltam a correr para dentro do

baú.
- Tontos! -berra, desiludido. – LDepois de tantas garrafas, ainda não

aprenderam a aproveitarenquanto lá estão?!


Levanta-se e, então, começa a reordenar os recipientes, colocando uns
a destruir uns em
mais perto de outros, outros mais longe, outros ainda
cacos.
e
de repente, do nada, um frasquinho com uma luz dourada
bri
E,

lhante ganha toda uma nova intensidade e tomba no chão,


sem se partir.

Ele olha para trás e vê-o ali caíd0, quase a tocar numa
garrafa de luz

azul, muito pacífica.

-Não, não, minha querida!- avisa, colocando-a, de novo, no seulugar,

um pouco afastadada garrafa.– Ele ainda não estápronto para estar contigo.
vez,
Mas mal volta a virar costas, o frasquinho volta a tombar e, desta
espantando-o.
rebola atéque bate no seu pé pobremente calçado,
-
Nunca tu me tinhas feito destas! exclama, sorrindo, agachando-se-
para a apanhar.

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1

Mendigar destinos

Todos se ocupam com as suas vidas, as suas


vida é uma correria!

suas famíilias...até os espíritos


mais livres
casas, os seus problemas, as

A
altruístas
se deixam limitar

não olham para as


pelas regras

dificuldades
da sociedade. Até as
do próximno! Atéos
criaturas

mais curiosos
mais

nãovêem toda a pobreza que háà sua


volta.

Por issoéque é mais fácil, para ele, viver entre os humanos.


- São criaturas tão interessantes!- exclanma baixinho, enquanto as pes

soas passam por ele, sem reparar. - Sempre a quererem ser alguém que não

são, nem nunca vão ser, porque não lutam por isso!
Disfarçou-se de mendigo e pelas ruas anda, como eles.
-Assim, observo-os de perto, sem que dèem por mim!
Essa a mais pura
é e triste verdade.

Por entre os humanos ele passeia, mil conversas ouve, inúmeras vidas
nascem e outras tantas terminam,seja dia ou seja noite.

Eomais engraçado é que é ele quem decide tudo isso. Todos os dias.

Sim.

Aoestar em contacto com eles, consegue decidir melhor que destino dar
a cada um.

Depois dos seus longos e demorados passeios, refugia-se numa estação


de autocarros abandonada, onde conserva milhares de frascos, garrafas e
boiões de vidro, cada um com uma luz presa no seu interior.

Consegues imaginar?!
Milhares e milhares de luzes, de todas as cores e tamanhos... Umas
grandes e ofuscantes,outras pequenas mas com um enorme brilho, outras

tantas tão escuras quanto o céu nocturno, ou até mesmo, em muitos casos,

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