0% acharam este documento útil (0 voto)
3 visualizações3 páginas

Lista Fim de Ano

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 3

LISTA DE DEZEMBRO

1) (ENEM 2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja
diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não
chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se
ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria
diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim.
AQUINO, T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis:
Vozes, 1995 (adaptado).

No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de

a) refrear os movimentos religiosos contestatórios.


b) promover a atuação da sociedade civil na vida política.
c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum.
d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística.
e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.

2) (ENEM 2021) Sem negar que Deus prevê todos os acontecimentos futuros, entretanto, nós queremos livremente aquilo
que queremos. Porque, se o objeto da presciência divina é a nossa vontade, é essa mesma vontade assim prevista que se
realizará. Haverá, pois, um ato de vontade livre, já que Deus vê esse ato livre com antecedência.
SANTO AGOSTINHO. O livre-arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995 (adaptado).

Essa discussão, proposta pelo filósofo Agostinho de Hipona (354-430), indica que a liberdade humana apresenta uma

a) natureza condicionada.
b) competência absoluta.
c) aplicação subsidiária.
d) utilização facultativa.
e) autonomia irrestrita.

3) (ENEM 2017) Pude entender o discurso do cacique Aniceto, na assembleia dos bispos, padres e missionários, em que
exigia nada mais, nada menos que os índios fossem batizados. Contestava a pastoral da Igreja, de não interferir nos costumes
tribais, evitando missas e batizados. Para Aniceto, o batismo aparecia como sinal do branco, que dava reconhecimento de
cristão, isto é, de humano, ao índio.
MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo: Hucitec, 1993 (adaptado).

O objetivo do posicionamento do cacique xavante em relação ao sistema religioso externo às tribos era

a) flexibilizar a crença católica e seus rituais como forma de evolução cultural.


b) acatar a cosmologia cristã e suas divindades como orientação ideológica legítima.
c) incorporar a religiosidade dominante e seus sacramentos como estratégia de aceitação social.
d) prevenir retaliações de grupos missionários como defesa de práticas religiosas sincréticas.
e) reorganizar os comportamentos tribais como instrumento de resistência da comunidade indígena.

4) (FUVEST 2018) “Os comentadores do texto sagrado (…) reconhecem a submissão da mulher ao homem como um dos
momentos da divisão hierárquica que regula as relações entre Deus, Cristo e a humanidade, encontrando ainda a origem e o
fundamento divino daquela submissão na cena primária da criação de Adão e Eva e no seu destino antes e depois da queda.”
CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das Mulheres, Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122‐123.

O excerto refere‐se à apreensão de determinadas passagens bíblicas pela cristandade medieval, especificamente em relação
à condição das mulheres na sociedade feudal. A esse respeito, é correto afirmar:

a) As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos conventos e ministrar os sacramentos como os homens de mesma
condição social.
b) A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso Terrestre servia de justificativa para sua subordinação social aos
homens.
c) As mulheres medievais eram impedidas do exercício das atividades políticas, ao contrário do que acontecera no mundo
greco‐romano.
d) As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à cultura e às artes proibido, devido à sua condição social e
natural.
e) A submissão das mulheres medievais aos homens esteve desvinculada de normatizações acerca da sexualidade.

5) (FUVEST 2017) Um grande manto de florestas e várzeas cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o
aspecto da Cristandade - algo diferente do Oriente muçulmano, mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é
rara e as árvores indicam a civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A religião, que no Oriente nasceu
ao abrigo das palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, refúgio dos gênios pagãos que monges, santos e
missionários abatem impiedosamente. J. Le Goff. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005. Adaptado.

Acerca das características da Cristandade e do Islã no período medieval, pode-se afirmar que
a) o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, enquanto a religião muçulmana teve como base inicial as cidades e
os povoados da península arábica.
b) a concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos oásis, que se constituíam como células econômicas, sociais e
culturais, tanto da Cristandade quanto do Islã.
c) a Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência de cidades, circuitos mercantis e transações monetárias, que
abundavam nas formações sociais islâmicas.
d) o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas
regiões desérticas da Cristandade ocidental.
e) a expansão econômica islâmica caracterizou-se pela ampliação das fronteiras de cultivo, em detrimento das florestas, em
um movimento inverso àquele verificado no Ocidente medieval.

6) (ENEM 2019-PPL - Valor: 1,0 ponto) “Para dar conta do movimento histórico do processo de inserção dos povos indígenas
em contextos urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de investigação,
baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências ainda não estudadas pela historiografia, bem como as conflitivas
relações de fronteira daí decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a dinâmica de deslocamento e inserção
dos índios urbanos no contexto da sociedade nacional, bem como perceber os entrelugares construídos por estes grupos
étnicos na luta pela sobrevivência e no enfrentamento da sua condição de invisibilidade.”

MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio
e Memória, n. 1, 2008.

O uso desse método para compreender as condições dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por

a) focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica.


b) permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais.
c) neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico.
d) promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem.
e) registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.

7) (ENEM 2013-PPL - Valor: 1,0 ponto) “O antropólogo americano Marius Barbeau escreveu o seguinte: sempre que se
cante a uma criança uma cantiga de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha, uma parlenda, uma rima de contar,
no quarto das crianças ou na escola; sempre que ditos e provérbios, fábulas, histórias bobas e contos populares sejam
representados; aí veremos o folclore em seu próprio domínio, sempre em ação, vivo e mutável, sempre pronto a agarrar e
assimilar novos elementos em seu caminho.”

UTLEY, F L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1984 (adaptado).

O texto tem como objeto a construção da identidade cultural, reconhecendo que o folclore, mesmo sendo uma manifestação
associada à preservação das raízes e da memória dos grupos sociais

a) está sujeito a mudanças e reinterpretações.


b) deve ser apresentado de forma escrita.
c) segue os padrões de produção da moderna indústria cultural.
d) tende a ser materializado em peças e obras de arte eruditas.
e) expressa as vivências contemporâneas e os anseios futuros desses grupos.

Você também pode gostar