Avaliação Ano 1 Bim 1
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Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço a modernidade une a espécie humana. Porém,
supremo de atribuir ao contrato uma soberania é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se mancha no ar: a aventura da modernidade. São
em sociedade política e submetem-se a um se- Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com texto apresenta uma interpretação da moderni-
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun- dade que a caracteriza como um(a):
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
a) ( ) fenômeno econômico estável.
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
b) ( ) sistema internacional decadente.
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
c) ( ) interação coletiva harmônica.
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
d) ( ) dinâmica social contraditória.
tado).
e) ( ) processo histórico homogeneizador.
A proposta de organização da sociedade
apresentada no texto encontra-se fundamentada Q.3 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
na sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
a) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade dido como expressão de vida e degradação, cri-
do poder democrático. ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
b) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
ao soberano. Na Modernidade, sob o comando do mundo da
c) ( ) mobilização do povo e na autoridade do mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
parlamento. gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
d) ( ) abdicação dos interesses individuais e na repouso, da folga e da preguiça, criando uma
legitimidade do governo. ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
e) ( ) alteração dos direitos civis e na represen- culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
tatividade do monarca. SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
Q.2 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
tado). O processo de ressignificação do trabalho
um ambiente que promete aventura, poder, ale-
nas sociedades modernas teve início a partir do
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
ada pela...
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- a) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
ência ambiental da modernidade anula todas as ráter excessivo e insalubre do trabalho
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- fabril.
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que b) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
Q.4 (1.00) - Porque todos confessamos não se a) ( ) Poder secular acima do poder religioso
poder viver sem alguns escravos, que busquem — defesa dos dogmas católicos.
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que b) ( ) Autonomia do pensamento religioso —
se come, e outros serviços que não são possíveis fomento à fé por meio da ciência.
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime c) ( ) Moral católica acima da protestante —
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as subordinação da ciência à religião
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- d) ( ) Ciência como área autônoma do saber —
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- razão humana submetida à fé
tamente, por meios que as Constituições permi- e) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa-
tem, quando puder para nossos colégios e casas mento científico independente.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
Q.6 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
Brasileira, 1938 (adaptado).
os países novos para tirar benefícios dos recursos
O texto explicita premissas da expansão ul-
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
tramarina portuguesa ao buscar justificar a
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
a) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo. às populações primitivas as vantagens da cultura
b) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. intelectual, social, científica, moral, artística, li-
c) ( ) valorização do trabalho braçal. terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
d) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões. ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
e) ( ) propagação do ideário cristão. lecimento fundado em país novo por uma raça
de civilização avançada, para realizar o duplo
Q.5 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
Précis de législation et d´économie coloniales.
mas a Ordem de Deus.
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
celestes [1543].
1981.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
A definição de colonização apresentada no
1984.
texto tinha a função ideológica de
TEXTO II
Não vejo nenhum motivo para que as ideias a) ( ) formar uma identidade colonial medi-
expostas neste livro (A origem das espécies) se ante a recuperação de sua ancestrali-
choquem com as ideias religiosas. dade.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.0
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
os países novos para tirar benefícios dos recursos ência ambiental da modernidade anula todas as
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
às populações primitivas as vantagens da cultura a modernidade une a espécie humana. Porém,
intelectual, social, científica, moral, artística, li- é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
terária, comercial e industrial, apanágio das ra- Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
ças superiores. A colonização é, pois, um estabe- mancha no ar: a aventura da modernidade. São
lecimento fundado em país novo por uma raça Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
de civilização avançada, para realizar o duplo texto apresenta uma interpretação da moderni-
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC. dade que a caracteriza como um(a):
Précis de législation et d´économie coloniales. a) ( ) processo histórico homogeneizador.
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me- b) ( ) dinâmica social contraditória.
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, c) ( ) fenômeno econômico estável.
1981. d) ( ) sistema internacional decadente.
A definição de colonização apresentada no e) ( ) interação coletiva harmônica.
texto tinha a função ideológica de
Q.3 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para
a) ( ) formar uma identidade colonial medi- o mar foi incentivada pela posição geográfica do
ante a recuperação de sua ancestrali- país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa
dade. da África. Dada a tecnologia da época, era im-
b) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a portante contar com correntes marítimas favo-
incorporação dos hábitos da Metrópole. ráveis, e elas começavam exatamente nos portos
c) ( ) compensar o saque das riquezas medi- portugueses... Mas há outros fatores da história
ante a educação formal dos colonos. portuguesa tão ou mais importantes.”
d) ( ) promover a elevação cultural da Colô- Assinale a alternativa que apresenta outros
nia mediante a incorporação de tradições fatores da participação portuguesa na expansão
metropolitanas. marítima e comercial europeia, além da posição
e) ( ) dissimular a prática da exploração medi- geográfica:
ante a ideia de civilização.
a) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
Q.2 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- sava tanto à expansão econômica quanto
gria, crescimento, autotransformação e transfor- à religiosa, que a expansão marítima iria
mação das coisas em redor – mas ao mesmo concretizar.
b) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma- das não intervencionistas, para preservar
rítima era comercial e aumentava os ne- a concentração fundiária, já que a terra
gócios, superando a crise do século. Para era a medida de riqueza da época.
o Estado, trazia maiores rendas; para a c) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja der, pois o Estado absolutista implan-
Católica, maior cristianização dos “po- tou práticas econômicas intervencionis-
vos bárbaros”. tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
c) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução mento do poder político do próprio Es-
de Avis, a burguesia manteve a indepen- tado.
dência de Portugal, centralizou o poder d) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
e impôs ao Estado o seu interesse espe- solutista e o nacionalismo levaram a in-
cífico na expansão. tolerância e a tudo o que impedia o bem-
d) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao estar dos súditos, unidos por regulamen-
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis- tações e normas rígidas.
putas dinásticas, do que a fatores pró- e) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
prios do processo histórico, econômico, ditos do Estado absolutista, era o alvo
político e social de Portugal. maior de todas as medidas econômicas,
e) ( ) Desde o seu início, a expansão marí- isto é, o intervencionismo está intima-
tima, embora contasse com o apoio en- mente ligado ao nacionalismo.
tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
o combate dos proprietários agrícolas, Q.5 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
para quem os dispêndios com o comér- quando se vão desmoronando as estruturas so-
cio eram perdulários. cioeconômicas da Idade Média perante os novos
imperativos da Época moderna, constituem um
Q.4 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su- momento-chave na história florestal de toda a
jeito como o objeto da política econômica mer- Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção longo período de “crise florestal”, que se mani-
a respeito das relações entre o Estado e a nação festa com acuidade nos países onde mais se de-
que imperava na época (séculos XVl e XVll). senvolvem as atividades industriais e comerciais.
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes- As necessidades em produtos lenhosos aumen-
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, tam drasticamente com o crescimento do con-
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
alii (seleção), História moderna através de tex- progridem a metalurgia e a construção naval,
tos, 1989, p. 85. Adaptado) além da sua utilização na vida quotidiana de
Segundo o autor: toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
uma geografia histórica da floresta portuguesa.
a) ( ) as práticas econômicas intervencionistas Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
do Estado absolutista tinham o objetivo 1, 1986 (adaptado).
específico de enriquecer a nação, em es- Qual acontecimento do período contribuiu
pecial, os comerciantes, que impulsiona- diretamente para o agravamento da situação
vam o comércio externo, base da acumu- descrita?
lação da época.
b) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali- a) ( ) O processo de expansão marítima.
ada política, a nobreza, ao adotar medi- b) ( ) A concretização da centralização polí-
Q.8 (1.00) - Porque todos confessamos não se importância das atividades laborais no
poder viver sem alguns escravos, que busquem mundo secularizado.
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que b) ( ) participação das mulheres em movimen-
se come, e outros serviços que não são possíveis tos sociais, defendendo o direito ao tra-
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime balho.
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as c) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- teio do anarquismo reivindicando direi-
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- tos trabalhistas.
tamente, por meios que as Constituições permi- d) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
tem, quando puder para nossos colégios e casas ráter excessivo e insalubre do trabalho
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia fabril.
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização e) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
Brasileira, 1938 (adaptado). Média, defendia a dignidade do trabalho
O texto explicita premissas da expansão ul- e do lucro.
tramarina portuguesa ao buscar justificar a
Q.10 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
a) ( ) propagação do ideário cristão. supremo de atribuir ao contrato uma soberania
b) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. absoluta e indivisível. Ensina que, por um único
c) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões. e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
d) ( ) valorização do trabalho braçal. em sociedade política e submetem-se a um se-
e) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo. nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
Q.9 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen- e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
dido como expressão de vida e degradação, cri- J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão, nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. tado).
Na Modernidade, sob o comando do mundo da A proposta de organização da sociedade
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne- apresentada no texto encontra-se fundamentada
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do na
repouso, da folga e da preguiça, criando uma
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé- a) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: ao soberano.
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- b) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- tatividade do monarca.
tado). O processo de ressignificação do trabalho c) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade
nas sociedades modernas teve início a partir do do poder democrático.
surgimento de uma nova mentalidade, influenci- d) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
ada pela... parlamento.
e) ( ) abdicação dos interesses individuais e na
a) ( ) Reforma Protestante, que expressou a legitimidade do governo.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.1
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI, terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
quando se vão desmoronando as estruturas so- ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
cioeconômicas da Idade Média perante os novos lecimento fundado em país novo por uma raça
imperativos da Época moderna, constituem um de civilização avançada, para realizar o duplo
momento-chave na história florestal de toda a fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um Précis de législation et d´économie coloniales.
longo período de “crise florestal”, que se mani- Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
festa com acuidade nos países onde mais se de- trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
senvolvem as atividades industriais e comerciais. 1981.
As necessidades em produtos lenhosos aumen- A definição de colonização apresentada no
tam drasticamente com o crescimento do con- texto tinha a função ideológica de
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
a) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
progridem a metalurgia e a construção naval,
ante a educação formal dos colonos.
além da sua utilização na vida quotidiana de
b) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
nia mediante a incorporação de tradições
uma geografia histórica da floresta portuguesa.
metropolitanas.
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
c) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
1, 1986 (adaptado).
ante a ideia de civilização.
Qual acontecimento do período contribuiu
d) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
diretamente para o agravamento da situação
incorporação dos hábitos da Metrópole.
descrita?
e) ( ) formar uma identidade colonial medi-
a) ( ) O movimento de reformas religiosas. ante a recuperação de sua ancestrali-
b) ( ) O processo de expansão marítima. dade.
c) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
Q.3 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
d) ( ) A manutenção do sistema feudal.
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
e) ( ) A concretização da centralização polí-
mas a Ordem de Deus.
tica.
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
Q.2 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em celestes [1543].
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
os países novos para tirar benefícios dos recursos 1984.
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los TEXTO II
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar Não vejo nenhum motivo para que as ideias
às populações primitivas as vantagens da cultura expostas neste livro (A origem das espécies) se
intelectual, social, científica, moral, artística, li- choquem com as ideias religiosas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. Q.5 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
São Paulo: Escala, 2009. sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
Os textos expressam a visão de dois pensa- dido como expressão de vida e degradação, cri-
dores — ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
giosa e suas Na Modernidade, sob o comando do mundo da
relações com a ciência, no contexto histórico mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
de construção gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
e consolidação da Modernidade. A compa- repouso, da folga e da preguiça, criando uma
ração entre essas ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
visões expressa, respectivamente: culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
a) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa- culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
mento científico independente. tado). O processo de ressignificação do trabalho
b) ( ) Autonomia do pensamento religioso — nas sociedades modernas teve início a partir do
fomento à fé por meio da ciência. surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
c) ( ) Moral católica acima da protestante — ada pela...
subordinação da ciência à religião
d) ( ) Ciência como área autônoma do saber — a) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
razão humana submetida à fé ráter excessivo e insalubre do trabalho
e) ( ) Poder secular acima do poder religioso fabril.
— defesa dos dogmas católicos. b) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
teio do anarquismo reivindicando direi-
Q.4 (1.00) - Porque todos confessamos não se tos trabalhistas.
poder viver sem alguns escravos, que busquem c) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que Média, defendia a dignidade do trabalho
se come, e outros serviços que não são possíveis e do lucro.
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime d) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as importância das atividades laborais no
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- mundo secularizado.
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- e) ( ) participação das mulheres em movimen-
tamente, por meios que as Constituições permi- tos sociais, defendendo o direito ao tra-
tem, quando puder para nossos colégios e casas balho.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Q.6 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para
Brasileira, 1938 (adaptado). o mar foi incentivada pela posição geográfica do
O texto explicita premissas da expansão ul- país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa
tramarina portuguesa ao buscar justificar a da África. Dada a tecnologia da época, era im-
portante contar com correntes marítimas favo-
a) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. ráveis, e elas começavam exatamente nos portos
b) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo. portugueses... Mas há outros fatores da história
c) ( ) valorização do trabalho braçal. portuguesa tão ou mais importantes.”
d) ( ) propagação do ideário cristão. Assinale a alternativa que apresenta outros
e) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões. fatores da participação portuguesa na expansão
marítima e comercial europeia, além da posição pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par-
geográfica: tes. O marfim, cujo comércio se achava até en-
tão em mãos de mercadores árabes, começam a
a) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma- transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
rítima era comercial e aumentava os ne- 1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
gócios, superando a crise do século. Para descobrimentos portugueses.)
o Estado, trazia maiores rendas; para a Assinale a alternativa que melhor resume o
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja conteúdo do trecho acima:
Católica, maior cristianização dos “po-
vos bárbaros”. a) ( ) Durante o período henriquino, os gran-
b) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao des aperfeiçoamentos técnicos na arte
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis- náutica permitiram aos portugueses che-
putas dinásticas, do que a fatores pró- gar ao Oriente contornando o continente
prios do processo histórico, econômico, africano.
político e social de Portugal. b) ( ) A descoberta do continente americano
c) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução por espanhóis, e depois, por portugue-
de Avis, a burguesia manteve a indepen- ses, revela o grande anseio dos navega-
dência de Portugal, centralizou o poder dores ibéricos por chegar às riquezas do
e impôs ao Estado o seu interesse espe- Oriente através de uma rota pelo Oci-
cífico na expansão. dente.
d) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla- c) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri-
mação do primeiro rei de Portugal, já vi- cana para o Oriente fosse para os portu-
sava tanto à expansão econômica quanto gueses, algo cada vez mais realizável em
à religiosa, que a expansão marítima iria razão dos avanços técnicos, foi a explora-
concretizar. ção comercial da costa africana o que, de
e) ( ) Desde o seu início, a expansão marí- fato, impulsionou as viagens do período.
tima, embora contasse com o apoio en- d) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
tusiasmado do grupo mercantil, recebeu agens de descoberta para o Oriente atra-
o combate dos proprietários agrícolas, vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
para quem os dispêndios com o comér- as riquezas alcançadas na África, ou seja,
cio eram perdulários. ouro, marfim e escravos.
e) ( ) As navegações portuguesas, à época de
Q.7 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan- D. Henrique, eram motivadas, acima de
ças que se verificam na arte náutica durante a tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente;
segunda metade do século XV levam a crer na secundariamente, contudo, dedicavam-se
possibilidade de chegar-se, contornando o con- os portugueses ao comércio de escravos,
tinente africano, às terras do Oriente. Não se ouro e marfim, sobretudo na costa afri-
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir cana.
por via marítima esses países de fábula presidis-
sem as navegações do período henriquino, ani- Q.8 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) supremo de atribuir ao contrato uma soberania
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- absoluta e indivisível. Ensina que, por um único
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em em sociedade política e submetem-se a um se-
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com estar dos súditos, unidos por regulamen-
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun- tações e normas rígidas.
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito c) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER, der, pois o Estado absolutista implan-
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a tou práticas econômicas intervencionis-
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap- tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
tado). mento do poder político do próprio Es-
A proposta de organização da sociedade tado.
apresentada no texto encontra-se fundamentada d) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
na ada política, a nobreza, ao adotar medi-
das não intervencionistas, para preservar
a) ( ) alteração dos direitos civis e na represen- a concentração fundiária, já que a terra
tatividade do monarca. era a medida de riqueza da época.
b) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade e) ( ) as práticas econômicas intervencionistas
ao soberano. do Estado absolutista tinham o objetivo
c) ( ) mobilização do povo e na autoridade do específico de enriquecer a nação, em es-
parlamento. pecial, os comerciantes, que impulsiona-
d) ( ) abdicação dos interesses individuais e na vam o comércio externo, base da acumu-
legitimidade do governo. lação da época.
e) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade
do poder democrático. Q.10 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
um ambiente que promete aventura, poder, ale-
Q.9 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su- gria, crescimento, autotransformação e transfor-
jeito como o objeto da política econômica mer- mação das coisas em redor – mas ao mesmo
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
a respeito das relações entre o Estado e a nação o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
que imperava na época (séculos XVl e XVll). ência ambiental da modernidade anula todas as
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes- fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et a modernidade une a espécie humana. Porém,
alii (seleção), História moderna através de tex- é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
tos, 1989, p. 85. Adaptado) Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
Segundo o autor: mancha no ar: a aventura da modernidade. São
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
a) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
texto apresenta uma interpretação da moderni-
ditos do Estado absolutista, era o alvo
dade que a caracteriza como um(a):
maior de todas as medidas econômicas,
isto é, o intervencionismo está intima- a) ( ) dinâmica social contraditória.
mente ligado ao nacionalismo. b) ( ) sistema internacional decadente.
b) ( ) as relações profundas entre o Estado ab- c) ( ) processo histórico homogeneizador.
solutista e o nacionalismo levaram a in- d) ( ) interação coletiva harmônica.
tolerância e a tudo o que impedia o bem- e) ( ) fenômeno econômico estável.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.2
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em O texto explicita premissas da expansão ul-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- tramarina portuguesa ao buscar justificar a
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
a) ( ) valorização do trabalho braçal.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
b) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
c) ( ) propagação do ideário cristão.
o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
d) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
ência ambiental da modernidade anula todas as
e) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que Q.3 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
a modernidade une a espécie humana. Porém, 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de os países novos para tirar benefícios dos recursos
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
mancha no ar: a aventura da modernidade. São no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O às populações primitivas as vantagens da cultura
texto apresenta uma interpretação da moderni- intelectual, social, científica, moral, artística, li-
dade que a caracteriza como um(a): terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
a) ( ) processo histórico homogeneizador. ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
b) ( ) interação coletiva harmônica. lecimento fundado em país novo por uma raça
c) ( ) fenômeno econômico estável. de civilização avançada, para realizar o duplo
d) ( ) dinâmica social contraditória. fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
e) ( ) sistema internacional decadente. Précis de législation et d´économie coloniales.
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
Q.2 (1.00) - Porque todos confessamos não se
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
poder viver sem alguns escravos, que busquem
1981.
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
A definição de colonização apresentada no
se come, e outros serviços que não são possíveis
texto tinha a função ideológica de
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as a) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- nia mediante a incorporação de tradições
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- metropolitanas.
tamente, por meios que as Constituições permi- b) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
tem, quando puder para nossos colégios e casas ante a educação formal dos colonos.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia c) ( ) formar uma identidade colonial medi-
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização ante a recuperação de sua ancestrali-
Brasileira, 1938 (adaptado). dade.
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. sava tanto à expansão econômica quanto
Na Modernidade, sob o comando do mundo da à religiosa, que a expansão marítima iria
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne- concretizar.
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do b) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
repouso, da folga e da preguiça, criando uma de Avis, a burguesia manteve a indepen-
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé- dência de Portugal, centralizou o poder
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: e impôs ao Estado o seu interesse espe-
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- cífico na expansão.
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- c) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
tado). O processo de ressignificação do trabalho atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
nas sociedades modernas teve início a partir do putas dinásticas, do que a fatores pró-
surgimento de uma nova mentalidade, influenci- prios do processo histórico, econômico,
ada pela... político e social de Portugal.
d) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
a) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
tima, embora contasse com o apoio en-
teio do anarquismo reivindicando direi-
tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
tos trabalhistas.
o combate dos proprietários agrícolas,
b) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
para quem os dispêndios com o comér-
ráter excessivo e insalubre do trabalho
cio eram perdulários.
fabril.
e) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
c) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
rítima era comercial e aumentava os ne-
Média, defendia a dignidade do trabalho
gócios, superando a crise do século. Para
e do lucro.
o Estado, trazia maiores rendas; para a
d) ( ) participação das mulheres em movimen-
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
tos sociais, defendendo o direito ao tra-
Católica, maior cristianização dos “po-
balho.
vos bárbaros”.
e) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
importância das atividades laborais no Q.8 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
mundo secularizado. supremo de atribuir ao contrato uma soberania
Q.7 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para absoluta e indivisível. Ensina que, por um único
o mar foi incentivada pela posição geográfica do e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa em sociedade política e submetem-se a um se-
da África. Dada a tecnologia da época, era im- nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
portante contar com correntes marítimas favo- esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
ráveis, e elas começavam exatamente nos portos ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
portugueses... Mas há outros fatores da história e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
portuguesa tão ou mais importantes.” J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
Assinale a alternativa que apresenta outros nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
fatores da participação portuguesa na expansão tado).
marítima e comercial europeia, além da posição A proposta de organização da sociedade
geográfica: apresentada no texto encontra-se fundamentada
na
a) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
mação do primeiro rei de Portugal, já vi- a) ( ) abdicação dos interesses individuais e na
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.3
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
visões expressa, respectivamente: sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
a) ( ) Autonomia do pensamento religioso —
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
fomento à fé por meio da ciência.
tamente, por meios que as Constituições permi-
b) ( ) Poder secular acima do poder religioso
tem, quando puder para nossos colégios e casas
— defesa dos dogmas católicos.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
c) ( ) Ciência como área autônoma do saber —
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
razão humana submetida à fé
Brasileira, 1938 (adaptado).
d) ( ) Moral católica acima da protestante —
O texto explicita premissas da expansão ul-
subordinação da ciência à religião
tramarina portuguesa ao buscar justificar a
e) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa-
mento científico independente. a) ( ) valorização do trabalho braçal.
b) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
Q.6 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço c) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
supremo de atribuir ao contrato uma soberania d) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único e) ( ) propagação do ideário cristão.
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
em sociedade política e submetem-se a um se- Q.8 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com jeito como o objeto da política econômica mer-
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun- cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito a respeito das relações entre o Estado e a nação
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER, que imperava na época (séculos XVl e XVll).
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap- sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
tado). 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
A proposta de organização da sociedade alii (seleção), História moderna através de tex-
apresentada no texto encontra-se fundamentada tos, 1989, p. 85. Adaptado)
na Segundo o autor:
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.4
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Porque todos confessamos não se toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
poder viver sem alguns escravos, que busquem uma geografia histórica da floresta portuguesa.
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
se come, e outros serviços que não são possíveis 1, 1986 (adaptado).
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime Qual acontecimento do período contribuiu
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as diretamente para o agravamento da situação
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- descrita?
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
a) ( ) O movimento de reformas religiosas.
tamente, por meios que as Constituições permi-
b) ( ) A manutenção do sistema feudal.
tem, quando puder para nossos colégios e casas
c) ( ) O processo de expansão marítima.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
d) ( ) A concretização da centralização polí-
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
tica.
Brasileira, 1938 (adaptado).
e) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
O texto explicita premissas da expansão ul-
tramarina portuguesa ao buscar justificar a Q.3 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
a) ( ) valorização do trabalho braçal. sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
b) ( ) propagação do ideário cristão. dido como expressão de vida e degradação, cri-
c) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
d) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões. felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
e) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo. Na Modernidade, sob o comando do mundo da
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
Q.2 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
quando se vão desmoronando as estruturas so-
repouso, da folga e da preguiça, criando uma
cioeconômicas da Idade Média perante os novos
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
imperativos da Época moderna, constituem um
culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
momento-chave na história florestal de toda a
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
longo período de “crise florestal”, que se mani-
tado). O processo de ressignificação do trabalho
festa com acuidade nos países onde mais se de-
nas sociedades modernas teve início a partir do
senvolvem as atividades industriais e comerciais.
surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
As necessidades em produtos lenhosos aumen-
ada pela...
tam drasticamente com o crescimento do con-
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde a) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
progridem a metalurgia e a construção naval, Média, defendia a dignidade do trabalho
além da sua utilização na vida quotidiana de e do lucro.
b) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es- o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
teio do anarquismo reivindicando direi- ência ambiental da modernidade anula todas as
tos trabalhistas. fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
c) ( ) participação das mulheres em movimen- cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
tos sociais, defendendo o direito ao tra- a modernidade une a espécie humana. Porém,
balho. é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
d) ( ) Reforma Protestante, que expressou a Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
importância das atividades laborais no mancha no ar: a aventura da modernidade. São
mundo secularizado. Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
e) ( ) reforma higienista, que combateu o ca- texto apresenta uma interpretação da moderni-
ráter excessivo e insalubre do trabalho dade que a caracteriza como um(a):
fabril.
a) ( ) interação coletiva harmônica.
Q.4 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço b) ( ) sistema internacional decadente.
supremo de atribuir ao contrato uma soberania c) ( ) processo histórico homogeneizador.
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único d) ( ) dinâmica social contraditória.
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se e) ( ) fenômeno econômico estável.
em sociedade política e submetem-se a um se-
Q.6 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
os países novos para tirar benefícios dos recursos
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
às populações primitivas as vantagens da cultura
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
intelectual, social, científica, moral, artística, li-
tado).
terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
A proposta de organização da sociedade
ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
apresentada no texto encontra-se fundamentada
lecimento fundado em país novo por uma raça
na
de civilização avançada, para realizar o duplo
a) ( ) abdicação dos interesses individuais e na fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
legitimidade do governo. Précis de législation et d´économie coloniales.
b) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
do poder democrático. trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
c) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade 1981.
ao soberano. A definição de colonização apresentada no
d) ( ) mobilização do povo e na autoridade do texto tinha a função ideológica de
parlamento.
a) ( ) formar uma identidade colonial medi-
e) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
ante a recuperação de sua ancestrali-
tatividade do monarca.
dade.
Q.5 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em b) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- ante a educação formal dos colonos.
gria, crescimento, autotransformação e transfor- c) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
mação das coisas em redor – mas ao mesmo nia mediante a incorporação de tradições
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo metropolitanas.
alii (seleção), História moderna através de tex- Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-
tos, 1989, p. 85. Adaptado) se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...)
Segundo o autor: Da mesma viagem procede o primeiro ouro em
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par-
a) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali- tes. O marfim, cujo comércio se achava até en-
ada política, a nobreza, ao adotar medi- tão em mãos de mercadores árabes, começam a
das não intervencionistas, para preservar transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
a concentração fundiária, já que a terra 1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
era a medida de riqueza da época. descobrimentos portugueses.)
b) ( ) as práticas econômicas intervencionistas Assinale a alternativa que melhor resume o
do Estado absolutista tinham o objetivo conteúdo do trecho acima:
específico de enriquecer a nação, em es-
pecial, os comerciantes, que impulsiona- a) ( ) As navegações portuguesas, à época de
vam o comércio externo, base da acumu- D. Henrique, eram motivadas, acima de
lação da época. tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente;
c) ( ) as relações profundas entre o Estado ab- secundariamente, contudo, dedicavam-se
solutista e o nacionalismo levaram a in- os portugueses ao comércio de escravos,
tolerância e a tudo o que impedia o bem- ouro e marfim, sobretudo na costa afri-
estar dos súditos, unidos por regulamen- cana.
tações e normas rígidas. b) ( ) Durante o período henriquino, os gran-
d) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po- des aperfeiçoamentos técnicos na arte
der, pois o Estado absolutista implan- náutica permitiram aos portugueses che-
tou práticas econômicas intervencionis- gar ao Oriente contornando o continente
tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci- africano.
mento do poder político do próprio Es- c) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
tado. agens de descoberta para o Oriente atra-
e) ( ) a nação, compreendida como todos os sú- vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
ditos do Estado absolutista, era o alvo as riquezas alcançadas na África, ou seja,
maior de todas as medidas econômicas, ouro, marfim e escravos.
isto é, o intervencionismo está intima- d) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri-
mente ligado ao nacionalismo. cana para o Oriente fosse para os portu-
gueses, algo cada vez mais realizável em
Q.10 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan- razão dos avanços técnicos, foi a explora-
ças que se verificam na arte náutica durante a ção comercial da costa africana o que, de
segunda metade do século XV levam a crer na fato, impulsionou as viagens do período.
possibilidade de chegar-se, contornando o con- e) ( ) A descoberta do continente americano
tinente africano, às terras do Oriente. Não se por espanhóis, e depois, por portugue-
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir ses, revela o grande anseio dos navega-
por via marítima esses países de fábula presidis- dores ibéricos por chegar às riquezas do
sem as navegações do período henriquino, ani- Oriente através de uma rota pelo Oci-
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) dente.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.5
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su- tou práticas econômicas intervencionis-
jeito como o objeto da política econômica mer- tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção mento do poder político do próprio Es-
a respeito das relações entre o Estado e a nação tado.
que imperava na época (séculos XVl e XVll).
Q.2 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan-
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
ças que se verificam na arte náutica durante a
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
segunda metade do século XV levam a crer na
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
possibilidade de chegar-se, contornando o con-
alii (seleção), História moderna através de tex-
tinente africano, às terras do Oriente. Não se
tos, 1989, p. 85. Adaptado)
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir
Segundo o autor:
por via marítima esses países de fábula presidis-
sem as navegações do período henriquino, ani-
a) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
mada por objetivos estritamente mercantis. (...)
ditos do Estado absolutista, era o alvo
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-
maior de todas as medidas econômicas,
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...)
isto é, o intervencionismo está intima-
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em
mente ligado ao nacionalismo.
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par-
b) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en-
ada política, a nobreza, ao adotar medi-
tão em mãos de mercadores árabes, começam a
das não intervencionistas, para preservar
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
a concentração fundiária, já que a terra
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
era a medida de riqueza da época.
descobrimentos portugueses.)
c) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
Assinale a alternativa que melhor resume o
solutista e o nacionalismo levaram a in-
conteúdo do trecho acima:
tolerância e a tudo o que impedia o bem-
estar dos súditos, unidos por regulamen- a) ( ) Durante o período henriquino, os gran-
tações e normas rígidas. des aperfeiçoamentos técnicos na arte
d) ( ) as práticas econômicas intervencionistas náutica permitiram aos portugueses che-
do Estado absolutista tinham o objetivo gar ao Oriente contornando o continente
específico de enriquecer a nação, em es- africano.
pecial, os comerciantes, que impulsiona- b) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
vam o comércio externo, base da acumu- agens de descoberta para o Oriente atra-
lação da época. vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
e) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po- as riquezas alcançadas na África, ou seja,
der, pois o Estado absolutista implan- ouro, marfim e escravos.
c) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri- e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
cana para o Oriente fosse para os portu- em sociedade política e submetem-se a um se-
gueses, algo cada vez mais realizável em nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
razão dos avanços técnicos, foi a explora- esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
ção comercial da costa africana o que, de ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
fato, impulsionou as viagens do período. e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
d) ( ) As navegações portuguesas, à época de J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
D. Henrique, eram motivadas, acima de nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; tado).
secundariamente, contudo, dedicavam-se A proposta de organização da sociedade
os portugueses ao comércio de escravos, apresentada no texto encontra-se fundamentada
ouro e marfim, sobretudo na costa afri- na
cana.
a) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade
e) ( ) A descoberta do continente americano
do poder democrático.
por espanhóis, e depois, por portugue-
b) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
ses, revela o grande anseio dos navega-
tatividade do monarca.
dores ibéricos por chegar às riquezas do
c) ( ) abdicação dos interesses individuais e na
Oriente através de uma rota pelo Oci-
legitimidade do governo.
dente.
d) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
Q.3 (1.00) - Porque todos confessamos não se parlamento.
poder viver sem alguns escravos, que busquem e) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que ao soberano.
se come, e outros serviços que não são possíveis
Q.5 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
dido como expressão de vida e degradação, cri-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
tamente, por meios que as Constituições permi-
Na Modernidade, sob o comando do mundo da
tem, quando puder para nossos colégios e casas
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
repouso, da folga e da preguiça, criando uma
Brasileira, 1938 (adaptado).
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
O texto explicita premissas da expansão ul-
culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
tramarina portuguesa ao buscar justificar a
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
a) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo. culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
b) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. tado). O processo de ressignificação do trabalho
c) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões. nas sociedades modernas teve início a partir do
d) ( ) valorização do trabalho braçal. surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
e) ( ) propagação do ideário cristão. ada pela...
Q.4 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço a) ( ) participação das mulheres em movimen-
supremo de atribuir ao contrato uma soberania tos sociais, defendendo o direito ao tra-
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único balho.
d) ( ) formar uma identidade colonial medi- Q.10 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração
ante a recuperação de sua ancestrali- para o mar foi incentivada pela posição geográ-
dade. fica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à
e) ( ) promover a elevação cultural da Colô- costa da África. Dada a tecnologia da época, era
nia mediante a incorporação de tradições importante contar com correntes marítimas fa-
metropolitanas. voráveis, e elas começavam exatamente nos por-
tos portugueses... Mas há outros fatores da his-
Q.9 (1.00) - (ENEM) TEXTO I tória portuguesa tão ou mais importantes.”
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, Assinale a alternativa que apresenta outros
mas a Ordem de Deus. fatores da participação portuguesa na expansão
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes marítima e comercial europeia, além da posição
celestes [1543]. geográfica:
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
a) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
1984.
mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
TEXTO II
sava tanto à expansão econômica quanto
Não vejo nenhum motivo para que as ideias à religiosa, que a expansão marítima iria
expostas neste livro (A origem das espécies) se concretizar.
choquem com as ideias religiosas. b) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. tima, embora contasse com o apoio en-
São Paulo: Escala, 2009. tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
Os textos expressam a visão de dois pensa- o combate dos proprietários agrícolas,
dores — para quem os dispêndios com o comér-
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- cio eram perdulários.
giosa e suas c) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
relações com a ciência, no contexto histórico rítima era comercial e aumentava os ne-
de construção gócios, superando a crise do século. Para
e consolidação da Modernidade. A compa- o Estado, trazia maiores rendas; para a
ração entre essas nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
visões expressa, respectivamente: Católica, maior cristianização dos “po-
vos bárbaros”.
a) ( ) Autonomia do pensamento religioso — d) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
fomento à fé por meio da ciência. de Avis, a burguesia manteve a indepen-
b) ( ) Moral católica acima da protestante — dência de Portugal, centralizou o poder
subordinação da ciência à religião e impôs ao Estado o seu interesse espe-
c) ( ) Ciência como área autônoma do saber — cífico na expansão.
razão humana submetida à fé e) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
d) ( ) Poder secular acima do poder religioso atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
— defesa dos dogmas católicos. putas dinásticas, do que a fatores pró-
e) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa- prios do processo histórico, econômico,
mento científico independente. político e social de Portugal.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.6
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço tem, quando puder para nossos colégios e casas
supremo de atribuir ao contrato uma soberania de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se Brasileira, 1938 (adaptado).
em sociedade política e submetem-se a um se- O texto explicita premissas da expansão ul-
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com tramarina portuguesa ao buscar justificar a
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
a) ( ) valorização do trabalho braçal.
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
b) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
c) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
d) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
e) ( ) propagação do ideário cristão.
tado).
A proposta de organização da sociedade Q.3 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
apresentada no texto encontra-se fundamentada jeito como o objeto da política econômica mer-
na cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
a) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade a respeito das relações entre o Estado e a nação
ao soberano. que imperava na época (séculos XVl e XVll).
b) ( ) abdicação dos interesses individuais e na Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
legitimidade do governo. sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
c) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
do poder democrático. alii (seleção), História moderna através de tex-
d) ( ) mobilização do povo e na autoridade do tos, 1989, p. 85. Adaptado)
parlamento. Segundo o autor:
e) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
a) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
tatividade do monarca.
der, pois o Estado absolutista implan-
Q.2 (1.00) - Porque todos confessamos não se tou práticas econômicas intervencionis-
poder viver sem alguns escravos, que busquem tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que mento do poder político do próprio Es-
se come, e outros serviços que não são possíveis tado.
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime b) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as solutista e o nacionalismo levaram a in-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- tolerância e a tudo o que impedia o bem-
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- estar dos súditos, unidos por regulamen-
tamente, por meios que as Constituições permi- tações e normas rígidas.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
1984. texto apresenta uma interpretação da moderni-
TEXTO II dade que a caracteriza como um(a):
Não vejo nenhum motivo para que as ideias
a) ( ) dinâmica social contraditória.
expostas neste livro (A origem das espécies) se
b) ( ) processo histórico homogeneizador.
choquem com as ideias religiosas.
c) ( ) fenômeno econômico estável.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859].
d) ( ) interação coletiva harmônica.
São Paulo: Escala, 2009.
e) ( ) sistema internacional decadente.
Os textos expressam a visão de dois pensa-
dores — Q.10 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
giosa e suas dido como expressão de vida e degradação, cri-
relações com a ciência, no contexto histórico ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
de construção felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
e consolidação da Modernidade. A compa- Na Modernidade, sob o comando do mundo da
ração entre essas mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
visões expressa, respectivamente: gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
repouso, da folga e da preguiça, criando uma
a) ( ) Ciência como área autônoma do saber — ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
razão humana submetida à fé culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
b) ( ) Poder secular acima do poder religioso SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
— defesa dos dogmas católicos. culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
c) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa- tado). O processo de ressignificação do trabalho
mento científico independente. nas sociedades modernas teve início a partir do
d) ( ) Moral católica acima da protestante — surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
subordinação da ciência à religião ada pela...
e) ( ) Autonomia do pensamento religioso —
fomento à fé por meio da ciência. a) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
teio do anarquismo reivindicando direi-
Q.9 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em tos trabalhistas.
um ambiente que promete aventura, poder, ale- b) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
gria, crescimento, autotransformação e transfor- ráter excessivo e insalubre do trabalho
mação das coisas em redor – mas ao mesmo fabril.
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo c) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- importância das atividades laborais no
ência ambiental da modernidade anula todas as mundo secularizado.
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- d) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que Média, defendia a dignidade do trabalho
a modernidade une a espécie humana. Porém, e do lucro.
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de e) ( ) participação das mulheres em movimen-
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- tos sociais, defendendo o direito ao tra-
mancha no ar: a aventura da modernidade. São balho.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.7
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su- solutista e o nacionalismo levaram a in-
jeito como o objeto da política econômica mer- tolerância e a tudo o que impedia o bem-
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção estar dos súditos, unidos por regulamen-
a respeito das relações entre o Estado e a nação tações e normas rígidas.
que imperava na época (séculos XVl e XVll). Q.2 (1.00) - Porque todos confessamos não se
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes- poder viver sem alguns escravos, que busquem
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et se come, e outros serviços que não são possíveis
alii (seleção), História moderna através de tex- poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
tos, 1989, p. 85. Adaptado) sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
Segundo o autor: confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
a) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
tamente, por meios que as Constituições permi-
ada política, a nobreza, ao adotar medi-
tem, quando puder para nossos colégios e casas
das não intervencionistas, para preservar
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
a concentração fundiária, já que a terra
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
era a medida de riqueza da época.
Brasileira, 1938 (adaptado).
b) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
O texto explicita premissas da expansão ul-
der, pois o Estado absolutista implan-
tramarina portuguesa ao buscar justificar a
tou práticas econômicas intervencionis-
tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci- a) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
mento do poder político do próprio Es- b) ( ) propagação do ideário cristão.
tado. c) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
c) ( ) a nação, compreendida como todos os sú- d) ( ) valorização do trabalho braçal.
ditos do Estado absolutista, era o alvo e) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
maior de todas as medidas econômicas, Q.3 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
isto é, o intervencionismo está intima- 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
mente ligado ao nacionalismo. os países novos para tirar benefícios dos recursos
d) ( ) as práticas econômicas intervencionistas de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
do Estado absolutista tinham o objetivo no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
específico de enriquecer a nação, em es- às populações primitivas as vantagens da cultura
pecial, os comerciantes, que impulsiona- intelectual, social, científica, moral, artística, li-
vam o comércio externo, base da acumu- terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
lação da época. ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
e) ( ) as relações profundas entre o Estado ab- lecimento fundado em país novo por uma raça
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. Q.8 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para
São Paulo: Escala, 2009. o mar foi incentivada pela posição geográfica do
Os textos expressam a visão de dois pensa- país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa
dores — da África. Dada a tecnologia da época, era im-
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- portante contar com correntes marítimas favo-
giosa e suas ráveis, e elas começavam exatamente nos portos
relações com a ciência, no contexto histórico portugueses... Mas há outros fatores da história
de construção portuguesa tão ou mais importantes.”
e consolidação da Modernidade. A compa- Assinale a alternativa que apresenta outros
ração entre essas fatores da participação portuguesa na expansão
visões expressa, respectivamente: marítima e comercial europeia, além da posição
geográfica:
a) ( ) Autonomia do pensamento religioso —
fomento à fé por meio da ciência. a) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
b) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa- de Avis, a burguesia manteve a indepen-
mento científico independente. dência de Portugal, centralizou o poder
c) ( ) Moral católica acima da protestante — e impôs ao Estado o seu interesse espe-
subordinação da ciência à religião cífico na expansão.
d) ( ) Poder secular acima do poder religioso b) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
— defesa dos dogmas católicos. mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
e) ( ) Ciência como área autônoma do saber — sava tanto à expansão econômica quanto
razão humana submetida à fé à religiosa, que a expansão marítima iria
Q.7 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em concretizar.
um ambiente que promete aventura, poder, ale- c) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
gria, crescimento, autotransformação e transfor- atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
mação das coisas em redor – mas ao mesmo putas dinásticas, do que a fatores pró-
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo prios do processo histórico, econômico,
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- político e social de Portugal.
ência ambiental da modernidade anula todas as d) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- tima, embora contasse com o apoio en-
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
a modernidade une a espécie humana. Porém, o combate dos proprietários agrícolas,
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de para quem os dispêndios com o comér-
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- cio eram perdulários.
mancha no ar: a aventura da modernidade. São e) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O rítima era comercial e aumentava os ne-
texto apresenta uma interpretação da moderni- gócios, superando a crise do século. Para
dade que a caracteriza como um(a): o Estado, trazia maiores rendas; para a
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
a) ( ) fenômeno econômico estável. Católica, maior cristianização dos “po-
b) ( ) interação coletiva harmônica. vos bárbaros”.
c) ( ) processo histórico homogeneizador.
d) ( ) dinâmica social contraditória. Q.9 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan-
e) ( ) sistema internacional decadente. ças que se verificam na arte náutica durante a
segunda metade do século XV levam a crer na ouro e marfim, sobretudo na costa afri-
possibilidade de chegar-se, contornando o con- cana.
tinente africano, às terras do Oriente. Não se e) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir agens de descoberta para o Oriente atra-
por via marítima esses países de fábula presidis- vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
sem as navegações do período henriquino, ani- as riquezas alcançadas na África, ou seja,
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) ouro, marfim e escravos.
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-
Q.10 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...)
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em
dido como expressão de vida e degradação, cri-
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par-
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en-
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
tão em mãos de mercadores árabes, começam a
Na Modernidade, sob o comando do mundo da
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
descobrimentos portugueses.)
repouso, da folga e da preguiça, criando uma
Assinale a alternativa que melhor resume o
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
conteúdo do trecho acima:
culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
a) ( ) Durante o período henriquino, os gran-
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
des aperfeiçoamentos técnicos na arte
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
náutica permitiram aos portugueses che-
tado). O processo de ressignificação do trabalho
gar ao Oriente contornando o continente
nas sociedades modernas teve início a partir do
africano.
surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
b) ( ) A descoberta do continente americano
ada pela...
por espanhóis, e depois, por portugue-
ses, revela o grande anseio dos navega- a) ( ) participação das mulheres em movimen-
dores ibéricos por chegar às riquezas do tos sociais, defendendo o direito ao tra-
Oriente através de uma rota pelo Oci- balho.
dente. b) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
c) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri- teio do anarquismo reivindicando direi-
cana para o Oriente fosse para os portu- tos trabalhistas.
gueses, algo cada vez mais realizável em c) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
razão dos avanços técnicos, foi a explora- importância das atividades laborais no
ção comercial da costa africana o que, de mundo secularizado.
fato, impulsionou as viagens do período. d) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
d) ( ) As navegações portuguesas, à época de ráter excessivo e insalubre do trabalho
D. Henrique, eram motivadas, acima de fabril.
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; e) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
secundariamente, contudo, dedicavam-se Média, defendia a dignidade do trabalho
os portugueses ao comércio de escravos, e do lucro.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.8
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço a modernidade une a espécie humana. Porém,
supremo de atribuir ao contrato uma soberania é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se mancha no ar: a aventura da modernidade. São
em sociedade política e submetem-se a um se- Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com texto apresenta uma interpretação da moderni-
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun- dade que a caracteriza como um(a):
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito a) ( ) processo histórico homogeneizador.
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER, b) ( ) sistema internacional decadente.
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a c) ( ) interação coletiva harmônica.
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap- d) ( ) fenômeno econômico estável.
tado). e) ( ) dinâmica social contraditória.
A proposta de organização da sociedade
Q.3 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
apresentada no texto encontra-se fundamentada
jeito como o objeto da política econômica mer-
na
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
a) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade a respeito das relações entre o Estado e a nação
ao soberano. que imperava na época (séculos XVl e XVll).
b) ( ) alteração dos direitos civis e na represen- Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
tatividade do monarca. sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
c) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
do poder democrático. alii (seleção), História moderna através de tex-
d) ( ) abdicação dos interesses individuais e na tos, 1989, p. 85. Adaptado)
legitimidade do governo. Segundo o autor:
e) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
a) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
parlamento.
der, pois o Estado absolutista implan-
Q.2 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em tou práticas econômicas intervencionis-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
gria, crescimento, autotransformação e transfor- mento do poder político do próprio Es-
mação das coisas em redor – mas ao mesmo tado.
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo b) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- ada política, a nobreza, ao adotar medi-
ência ambiental da modernidade anula todas as das não intervencionistas, para preservar
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- a concentração fundiária, já que a terra
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que era a medida de riqueza da época.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.9
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em O texto explicita premissas da expansão ul-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- tramarina portuguesa ao buscar justificar a
gria, crescimento, autotransformação e transfor- a) ( ) propagação do ideário cristão.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo b) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo c) ( ) valorização do trabalho braçal.
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- d) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
ência ambiental da modernidade anula todas as e) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
Q.3 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
quando se vão desmoronando as estruturas so-
a modernidade une a espécie humana. Porém,
cioeconômicas da Idade Média perante os novos
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
imperativos da Época moderna, constituem um
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
momento-chave na história florestal de toda a
mancha no ar: a aventura da modernidade. São
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
longo período de “crise florestal”, que se mani-
texto apresenta uma interpretação da moderni-
festa com acuidade nos países onde mais se de-
dade que a caracteriza como um(a):
senvolvem as atividades industriais e comerciais.
a) ( ) fenômeno econômico estável. As necessidades em produtos lenhosos aumen-
b) ( ) interação coletiva harmônica. tam drasticamente com o crescimento do con-
c) ( ) processo histórico homogeneizador. sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
d) ( ) dinâmica social contraditória. progridem a metalurgia e a construção naval,
e) ( ) sistema internacional decadente. além da sua utilização na vida quotidiana de
Q.2 (1.00) - Porque todos confessamos não se toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
poder viver sem alguns escravos, que busquem uma geografia histórica da floresta portuguesa.
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
se come, e outros serviços que não são possíveis 1, 1986 (adaptado).
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime Qual acontecimento do período contribuiu
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as diretamente para o agravamento da situação
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- descrita?
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- a) ( ) O movimento de reformas religiosas.
tamente, por meios que as Constituições permi- b) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
tem, quando puder para nossos colégios e casas c) ( ) O processo de expansão marítima.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia d) ( ) A concretização da centralização polí-
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização tica.
Brasileira, 1938 (adaptado). e) ( ) A manutenção do sistema feudal.
Q.4 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço a) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
supremo de atribuir ao contrato uma soberania ráter excessivo e insalubre do trabalho
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único fabril.
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se b) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
em sociedade política e submetem-se a um se- teio do anarquismo reivindicando direi-
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com tos trabalhistas.
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun- c) ( ) participação das mulheres em movimen-
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito tos sociais, defendendo o direito ao tra-
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER, balho.
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a d) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap- Média, defendia a dignidade do trabalho
tado). e do lucro.
A proposta de organização da sociedade e) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
apresentada no texto encontra-se fundamentada importância das atividades laborais no
na mundo secularizado.
a) ( ) mobilização do povo e na autoridade do Q.6 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
parlamento. jeito como o objeto da política econômica mer-
b) ( ) alteração dos direitos civis e na represen- cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
tatividade do monarca. a respeito das relações entre o Estado e a nação
c) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade que imperava na época (séculos XVl e XVll).
ao soberano. Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
d) ( ) abdicação dos interesses individuais e na sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
legitimidade do governo. 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
e) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade alii (seleção), História moderna através de tex-
do poder democrático. tos, 1989, p. 85. Adaptado)
Segundo o autor:
Q.5 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen- a) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
dido como expressão de vida e degradação, cri- der, pois o Estado absolutista implan-
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão, tou práticas econômicas intervencionis-
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
Na Modernidade, sob o comando do mundo da mento do poder político do próprio Es-
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne- tado.
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do b) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
repouso, da folga e da preguiça, criando uma solutista e o nacionalismo levaram a in-
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé- tolerância e a tudo o que impedia o bem-
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: estar dos súditos, unidos por regulamen-
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- tações e normas rígidas.
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- c) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
tado). O processo de ressignificação do trabalho ditos do Estado absolutista, era o alvo
nas sociedades modernas teve início a partir do maior de todas as medidas econômicas,
surgimento de uma nova mentalidade, influenci- isto é, o intervencionismo está intima-
ada pela... mente ligado ao nacionalismo.
d) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali- e) ( ) Poder secular acima do poder religioso
ada política, a nobreza, ao adotar medi- — defesa dos dogmas católicos.
das não intervencionistas, para preservar
a concentração fundiária, já que a terra Q.8 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan-
era a medida de riqueza da época. ças que se verificam na arte náutica durante a
e) ( ) as práticas econômicas intervencionistas segunda metade do século XV levam a crer na
do Estado absolutista tinham o objetivo possibilidade de chegar-se, contornando o con-
específico de enriquecer a nação, em es- tinente africano, às terras do Oriente. Não se
pecial, os comerciantes, que impulsiona- pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir
vam o comércio externo, base da acumu- por via marítima esses países de fábula presidis-
lação da época. sem as navegações do período henriquino, ani-
mada por objetivos estritamente mercantis. (...)
Q.7 (1.00) - (ENEM) TEXTO I Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...)
mas a Ordem de Deus. Da mesma viagem procede o primeiro ouro em
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par-
celestes [1543]. tes. O marfim, cujo comércio se achava até en-
tão em mãos de mercadores árabes, começam a
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
1984.
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
TEXTO II
descobrimentos portugueses.)
Não vejo nenhum motivo para que as ideias
Assinale a alternativa que melhor resume o
expostas neste livro (A origem das espécies) se
conteúdo do trecho acima:
choquem com as ideias religiosas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. a) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
São Paulo: Escala, 2009. agens de descoberta para o Oriente atra-
Os textos expressam a visão de dois pensa- vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
dores — as riquezas alcançadas na África, ou seja,
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- ouro, marfim e escravos.
giosa e suas b) ( ) A descoberta do continente americano
relações com a ciência, no contexto histórico por espanhóis, e depois, por portugue-
de construção ses, revela o grande anseio dos navega-
e consolidação da Modernidade. A compa- dores ibéricos por chegar às riquezas do
ração entre essas Oriente através de uma rota pelo Oci-
visões expressa, respectivamente: dente.
c) ( ) As navegações portuguesas, à época de
a) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa- D. Henrique, eram motivadas, acima de
mento científico independente. tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente;
b) ( ) Ciência como área autônoma do saber — secundariamente, contudo, dedicavam-se
razão humana submetida à fé os portugueses ao comércio de escravos,
c) ( ) Autonomia do pensamento religioso — ouro e marfim, sobretudo na costa afri-
fomento à fé por meio da ciência. cana.
d) ( ) Moral católica acima da protestante — d) ( ) Durante o período henriquino, os gran-
subordinação da ciência à religião des aperfeiçoamentos técnicos na arte
náutica permitiram aos portugueses che- Q.10 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração
gar ao Oriente contornando o continente para o mar foi incentivada pela posição geográ-
africano. fica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à
e) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri- costa da África. Dada a tecnologia da época, era
cana para o Oriente fosse para os portu- importante contar com correntes marítimas fa-
gueses, algo cada vez mais realizável em voráveis, e elas começavam exatamente nos por-
razão dos avanços técnicos, foi a explora- tos portugueses... Mas há outros fatores da his-
ção comercial da costa africana o que, de tória portuguesa tão ou mais importantes.”
fato, impulsionou as viagens do período. Assinale a alternativa que apresenta outros
fatores da participação portuguesa na expansão
Q.9 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em marítima e comercial europeia, além da posição
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com geográfica:
os países novos para tirar benefícios dos recursos
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los a) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar rítima era comercial e aumentava os ne-
às populações primitivas as vantagens da cultura gócios, superando a crise do século. Para
intelectual, social, científica, moral, artística, li- o Estado, trazia maiores rendas; para a
terária, comercial e industrial, apanágio das ra- nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
ças superiores. A colonização é, pois, um estabe- Católica, maior cristianização dos “po-
lecimento fundado em país novo por uma raça vos bárbaros”.
de civilização avançada, para realizar o duplo b) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC. atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
Précis de législation et d´économie coloniales. putas dinásticas, do que a fatores pró-
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me- prios do processo histórico, econômico,
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, político e social de Portugal.
1981. c) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
A definição de colonização apresentada no mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
texto tinha a função ideológica de sava tanto à expansão econômica quanto
à religiosa, que a expansão marítima iria
a) ( ) promover a elevação cultural da Colô- concretizar.
nia mediante a incorporação de tradições d) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
metropolitanas. tima, embora contasse com o apoio en-
b) ( ) compensar o saque das riquezas medi- tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
ante a educação formal dos colonos. o combate dos proprietários agrícolas,
c) ( ) formar uma identidade colonial medi- para quem os dispêndios com o comér-
ante a recuperação de sua ancestrali- cio eram perdulários.
dade. e) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
d) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a de Avis, a burguesia manteve a indepen-
incorporação dos hábitos da Metrópole. dência de Portugal, centralizou o poder
e) ( ) dissimular a prática da exploração medi- e impôs ao Estado o seu interesse espe-
ante a ideia de civilização. cífico na expansão.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.10
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um Q.5 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
longo período de “crise florestal”, que se mani- jeito como o objeto da política econômica mer-
festa com acuidade nos países onde mais se de- cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
senvolvem as atividades industriais e comerciais. a respeito das relações entre o Estado e a nação
As necessidades em produtos lenhosos aumen- que imperava na época (séculos XVl e XVll).
tam drasticamente com o crescimento do con- Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
progridem a metalurgia e a construção naval, 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
além da sua utilização na vida quotidiana de alii (seleção), História moderna através de tex-
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para tos, 1989, p. 85. Adaptado)
uma geografia histórica da floresta portuguesa. Segundo o autor:
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
1, 1986 (adaptado). a) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
Qual acontecimento do período contribuiu der, pois o Estado absolutista implan-
diretamente para o agravamento da situação tou práticas econômicas intervencionis-
descrita? tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
mento do poder político do próprio Es-
a) ( ) A concretização da centralização polí- tado.
tica. b) ( ) as práticas econômicas intervencionistas
b) ( ) O movimento de reformas religiosas. do Estado absolutista tinham o objetivo
c) ( ) A eclosão do renascimento cultural. específico de enriquecer a nação, em es-
d) ( ) A manutenção do sistema feudal. pecial, os comerciantes, que impulsiona-
e) ( ) O processo de expansão marítima. vam o comércio externo, base da acumu-
Q.4 (1.00) - Porque todos confessamos não se lação da época.
poder viver sem alguns escravos, que busquem c) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que ditos do Estado absolutista, era o alvo
se come, e outros serviços que não são possíveis maior de todas as medidas econômicas,
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime isto é, o intervencionismo está intima-
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as mente ligado ao nacionalismo.
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- d) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- ada política, a nobreza, ao adotar medi-
tamente, por meios que as Constituições permi- das não intervencionistas, para preservar
tem, quando puder para nossos colégios e casas a concentração fundiária, já que a terra
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia era a medida de riqueza da época.
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização e) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
Brasileira, 1938 (adaptado). solutista e o nacionalismo levaram a in-
O texto explicita premissas da expansão ul- tolerância e a tudo o que impedia o bem-
tramarina portuguesa ao buscar justificar a estar dos súditos, unidos por regulamen-
tações e normas rígidas.
a) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
b) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. Q.6 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
c) ( ) valorização do trabalho braçal. sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
d) ( ) propagação do ideário cristão. dido como expressão de vida e degradação, cri-
e) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo. ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. putas dinásticas, do que a fatores pró-
Na Modernidade, sob o comando do mundo da prios do processo histórico, econômico,
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne- político e social de Portugal.
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do b) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
repouso, da folga e da preguiça, criando uma mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé- sava tanto à expansão econômica quanto
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: à religiosa, que a expansão marítima iria
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- concretizar.
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- c) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
tado). O processo de ressignificação do trabalho rítima era comercial e aumentava os ne-
nas sociedades modernas teve início a partir do gócios, superando a crise do século. Para
surgimento de uma nova mentalidade, influenci- o Estado, trazia maiores rendas; para a
ada pela... nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
Católica, maior cristianização dos “po-
a) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
vos bárbaros”.
importância das atividades laborais no
d) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
mundo secularizado.
tima, embora contasse com o apoio en-
b) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
Média, defendia a dignidade do trabalho
o combate dos proprietários agrícolas,
e do lucro.
para quem os dispêndios com o comér-
c) ( ) participação das mulheres em movimen-
cio eram perdulários.
tos sociais, defendendo o direito ao tra-
e) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
balho.
de Avis, a burguesia manteve a indepen-
d) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
dência de Portugal, centralizou o poder
ráter excessivo e insalubre do trabalho
e impôs ao Estado o seu interesse espe-
fabril.
cífico na expansão.
e) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
teio do anarquismo reivindicando direi- Q.8 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan-
tos trabalhistas. ças que se verificam na arte náutica durante a
segunda metade do século XV levam a crer na
Q.7 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para
possibilidade de chegar-se, contornando o con-
o mar foi incentivada pela posição geográfica do
tinente africano, às terras do Oriente. Não se
país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir
da África. Dada a tecnologia da época, era im-
por via marítima esses países de fábula presidis-
portante contar com correntes marítimas favo-
sem as navegações do período henriquino, ani-
ráveis, e elas começavam exatamente nos portos
mada por objetivos estritamente mercantis. (...)
portugueses... Mas há outros fatores da história
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-
portuguesa tão ou mais importantes.”
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...)
Assinale a alternativa que apresenta outros
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em
fatores da participação portuguesa na expansão
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par-
marítima e comercial europeia, além da posição
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en-
geográfica:
tão em mãos de mercadores árabes, começam a
a) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis- 1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.11
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em O texto explicita premissas da expansão ul-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- tramarina portuguesa ao buscar justificar a
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
a) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
b) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
c) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
d) ( ) propagação do ideário cristão.
ência ambiental da modernidade anula todas as
e) ( ) valorização do trabalho braçal.
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que Q.3 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
a modernidade une a espécie humana. Porém, sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de dido como expressão de vida e degradação, cri-
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
mancha no ar: a aventura da modernidade. São felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O Na Modernidade, sob o comando do mundo da
texto apresenta uma interpretação da moderni- mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
dade que a caracteriza como um(a): gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
a) ( ) fenômeno econômico estável. repouso, da folga e da preguiça, criando uma
b) ( ) interação coletiva harmônica. ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
c) ( ) dinâmica social contraditória. culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
d) ( ) sistema internacional decadente. SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
e) ( ) processo histórico homogeneizador. culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
tado). O processo de ressignificação do trabalho
Q.2 (1.00) - Porque todos confessamos não se
nas sociedades modernas teve início a partir do
poder viver sem alguns escravos, que busquem
surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
ada pela...
se come, e outros serviços que não são possíveis
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime a) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as teio do anarquismo reivindicando direi-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- tos trabalhistas.
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- b) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
tamente, por meios que as Constituições permi- ráter excessivo e insalubre do trabalho
tem, quando puder para nossos colégios e casas fabril.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia c) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Média, defendia a dignidade do trabalho
Brasileira, 1938 (adaptado). e do lucro.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.12
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em além da sua utilização na vida quotidiana de
um ambiente que promete aventura, poder, ale- toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
gria, crescimento, autotransformação e transfor- uma geografia histórica da floresta portuguesa.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo 1, 1986 (adaptado).
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- Qual acontecimento do período contribuiu
ência ambiental da modernidade anula todas as diretamente para o agravamento da situação
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- descrita?
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que a) ( ) O processo de expansão marítima.
a modernidade une a espécie humana. Porém, b) ( ) O movimento de reformas religiosas.
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de c) ( ) A manutenção do sistema feudal.
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- d) ( ) A concretização da centralização polí-
mancha no ar: a aventura da modernidade. São tica.
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O e) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
texto apresenta uma interpretação da moderni-
Q.3 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
dade que a caracteriza como um(a):
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
a) ( ) dinâmica social contraditória. dido como expressão de vida e degradação, cri-
b) ( ) interação coletiva harmônica. ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
c) ( ) fenômeno econômico estável. felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
d) ( ) processo histórico homogeneizador. Na Modernidade, sob o comando do mundo da
e) ( ) sistema internacional decadente. mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
Q.2 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI, gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
quando se vão desmoronando as estruturas so- repouso, da folga e da preguiça, criando uma
cioeconômicas da Idade Média perante os novos ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
imperativos da Época moderna, constituem um culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
momento-chave na história florestal de toda a SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
longo período de “crise florestal”, que se mani- tado). O processo de ressignificação do trabalho
festa com acuidade nos países onde mais se de- nas sociedades modernas teve início a partir do
senvolvem as atividades industriais e comerciais. surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
As necessidades em produtos lenhosos aumen- ada pela...
tam drasticamente com o crescimento do con- a) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde importância das atividades laborais no
progridem a metalurgia e a construção naval, mundo secularizado.
prios do processo histórico, econômico, Q.10 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
político e social de Portugal. jeito como o objeto da política econômica mer-
e) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma- cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
rítima era comercial e aumentava os ne- a respeito das relações entre o Estado e a nação
gócios, superando a crise do século. Para que imperava na época (séculos XVl e XVll).
o Estado, trazia maiores rendas; para a Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
Católica, maior cristianização dos “po- 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
vos bárbaros”. alii (seleção), História moderna através de tex-
Q.9 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em tos, 1989, p. 85. Adaptado)
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com Segundo o autor:
os países novos para tirar benefícios dos recursos
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los a) ( ) as práticas econômicas intervencionistas
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar do Estado absolutista tinham o objetivo
às populações primitivas as vantagens da cultura específico de enriquecer a nação, em es-
intelectual, social, científica, moral, artística, li- pecial, os comerciantes, que impulsiona-
terária, comercial e industrial, apanágio das ra- vam o comércio externo, base da acumu-
ças superiores. A colonização é, pois, um estabe- lação da época.
lecimento fundado em país novo por uma raça b) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
de civilização avançada, para realizar o duplo solutista e o nacionalismo levaram a in-
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC. tolerância e a tudo o que impedia o bem-
Précis de législation et d´économie coloniales. estar dos súditos, unidos por regulamen-
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me- tações e normas rígidas.
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, c) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
1981. ditos do Estado absolutista, era o alvo
A definição de colonização apresentada no maior de todas as medidas econômicas,
texto tinha a função ideológica de isto é, o intervencionismo está intima-
a) ( ) promover a elevação cultural da Colô- mente ligado ao nacionalismo.
nia mediante a incorporação de tradições d) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
metropolitanas. der, pois o Estado absolutista implan-
b) ( ) dissimular a prática da exploração medi- tou práticas econômicas intervencionis-
ante a ideia de civilização. tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
c) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a mento do poder político do próprio Es-
incorporação dos hábitos da Metrópole. tado.
d) ( ) compensar o saque das riquezas medi- e) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
ante a educação formal dos colonos. ada política, a nobreza, ao adotar medi-
e) ( ) formar uma identidade colonial medi- das não intervencionistas, para preservar
ante a recuperação de sua ancestrali- a concentração fundiária, já que a terra
dade. era a medida de riqueza da época.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.13
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan- vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
ças que se verificam na arte náutica durante a as riquezas alcançadas na África, ou seja,
segunda metade do século XV levam a crer na ouro, marfim e escravos.
possibilidade de chegar-se, contornando o con- d) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri-
tinente africano, às terras do Oriente. Não se cana para o Oriente fosse para os portu-
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir gueses, algo cada vez mais realizável em
por via marítima esses países de fábula presidis- razão dos avanços técnicos, foi a explora-
sem as navegações do período henriquino, ani- ção comercial da costa africana o que, de
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) fato, impulsionou as viagens do período.
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- e) ( ) A descoberta do continente americano
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) por espanhóis, e depois, por portugue-
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em ses, revela o grande anseio dos navega-
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par- dores ibéricos por chegar às riquezas do
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en- Oriente através de uma rota pelo Oci-
tão em mãos de mercadores árabes, começam a dente.
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
Q.2 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
jeito como o objeto da política econômica mer-
descobrimentos portugueses.)
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
Assinale a alternativa que melhor resume o
a respeito das relações entre o Estado e a nação
conteúdo do trecho acima:
que imperava na época (séculos XVl e XVll).
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
a) ( ) Durante o período henriquino, os gran-
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
des aperfeiçoamentos técnicos na arte
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
náutica permitiram aos portugueses che-
alii (seleção), História moderna através de tex-
gar ao Oriente contornando o continente
tos, 1989, p. 85. Adaptado)
africano.
Segundo o autor:
b) ( ) As navegações portuguesas, à época de
D. Henrique, eram motivadas, acima de a) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; ditos do Estado absolutista, era o alvo
secundariamente, contudo, dedicavam-se maior de todas as medidas econômicas,
os portugueses ao comércio de escravos, isto é, o intervencionismo está intima-
ouro e marfim, sobretudo na costa afri- mente ligado ao nacionalismo.
cana. b) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
c) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi- ada política, a nobreza, ao adotar medi-
agens de descoberta para o Oriente atra- das não intervencionistas, para preservar
gócios, superando a crise do século. Para culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
o Estado, trazia maiores rendas; para a tado). O processo de ressignificação do trabalho
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja nas sociedades modernas teve início a partir do
Católica, maior cristianização dos “po- surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
vos bárbaros”. ada pela...
Q.5 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço a) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
supremo de atribuir ao contrato uma soberania Média, defendia a dignidade do trabalho
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único e do lucro.
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se b) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
em sociedade política e submetem-se a um se- teio do anarquismo reivindicando direi-
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com tos trabalhistas.
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun- c) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito ráter excessivo e insalubre do trabalho
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER, fabril.
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a d) ( ) participação das mulheres em movimen-
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap- tos sociais, defendendo o direito ao tra-
tado). balho.
A proposta de organização da sociedade e) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
apresentada no texto encontra-se fundamentada importância das atividades laborais no
na mundo secularizado.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.14
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
segunda metade do século XV levam a crer na gueses, algo cada vez mais realizável em
possibilidade de chegar-se, contornando o con- razão dos avanços técnicos, foi a explora-
tinente africano, às terras do Oriente. Não se ção comercial da costa africana o que, de
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir fato, impulsionou as viagens do período.
por via marítima esses países de fábula presidis-
Q.4 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
sem as navegações do período henriquino, ani-
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
mada por objetivos estritamente mercantis. (...)
mas a Ordem de Deus.
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...)
celestes [1543].
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par-
1984.
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en-
TEXTO II
tão em mãos de mercadores árabes, começam a
Não vejo nenhum motivo para que as ideias
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
expostas neste livro (A origem das espécies) se
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
choquem com as ideias religiosas.
descobrimentos portugueses.)
DARWIN, C. A origem das espécies [1859].
Assinale a alternativa que melhor resume o
São Paulo: Escala, 2009.
conteúdo do trecho acima:
Os textos expressam a visão de dois pensa-
a) ( ) As navegações portuguesas, à época de dores —
D. Henrique, eram motivadas, acima de Copérnico e Darwin — sobre a questão reli-
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; giosa e suas
secundariamente, contudo, dedicavam-se relações com a ciência, no contexto histórico
os portugueses ao comércio de escravos, de construção
ouro e marfim, sobretudo na costa afri- e consolidação da Modernidade. A compa-
cana. ração entre essas
b) ( ) Durante o período henriquino, os gran- visões expressa, respectivamente:
des aperfeiçoamentos técnicos na arte
a) ( ) Autonomia do pensamento religioso —
náutica permitiram aos portugueses che-
fomento à fé por meio da ciência.
gar ao Oriente contornando o continente
b) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa-
africano.
mento científico independente.
c) ( ) A descoberta do continente americano
c) ( ) Poder secular acima do poder religioso
por espanhóis, e depois, por portugue-
— defesa dos dogmas católicos.
ses, revela o grande anseio dos navega-
d) ( ) Moral católica acima da protestante —
dores ibéricos por chegar às riquezas do
subordinação da ciência à religião
Oriente através de uma rota pelo Oci-
e) ( ) Ciência como área autônoma do saber —
dente.
razão humana submetida à fé
d) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
agens de descoberta para o Oriente atra- Q.5 (1.00) - Porque todos confessamos não se
vés do Atlântico, visto que lhes bastavam poder viver sem alguns escravos, que busquem
as riquezas alcançadas na África, ou seja, a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
ouro, marfim e escravos. se come, e outros serviços que não são possíveis
e) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri- poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
cana para o Oriente fosse para os portu- sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.15
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Porque todos confessamos não se específico de enriquecer a nação, em es-
poder viver sem alguns escravos, que busquem pecial, os comerciantes, que impulsiona-
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que vam o comércio externo, base da acumu-
se come, e outros serviços que não são possíveis lação da época.
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime b) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as der, pois o Estado absolutista implan-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- tou práticas econômicas intervencionis-
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
tamente, por meios que as Constituições permi- mento do poder político do próprio Es-
tem, quando puder para nossos colégios e casas tado.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia c) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização ditos do Estado absolutista, era o alvo
Brasileira, 1938 (adaptado). maior de todas as medidas econômicas,
O texto explicita premissas da expansão ul- isto é, o intervencionismo está intima-
tramarina portuguesa ao buscar justificar a mente ligado ao nacionalismo.
d) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
a) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
solutista e o nacionalismo levaram a in-
b) ( ) valorização do trabalho braçal.
tolerância e a tudo o que impedia o bem-
c) ( ) propagação do ideário cristão.
estar dos súditos, unidos por regulamen-
d) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
tações e normas rígidas.
e) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
e) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
Q.2 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su- ada política, a nobreza, ao adotar medi-
jeito como o objeto da política econômica mer- das não intervencionistas, para preservar
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção a concentração fundiária, já que a terra
a respeito das relações entre o Estado e a nação era a medida de riqueza da época.
que imperava na época (séculos XVl e XVll).
Q.3 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
mas a Ordem de Deus.
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
alii (seleção), História moderna através de tex-
celestes [1543].
tos, 1989, p. 85. Adaptado)
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
Segundo o autor:
1984.
a) ( ) as práticas econômicas intervencionistas TEXTO II
do Estado absolutista tinham o objetivo Não vejo nenhum motivo para que as ideias
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- b) ( ) O processo de expansão marítima.
tado). O processo de ressignificação do trabalho c) ( ) A manutenção do sistema feudal.
nas sociedades modernas teve início a partir do d) ( ) O movimento de reformas religiosas.
surgimento de uma nova mentalidade, influenci- e) ( ) A concretização da centralização polí-
ada pela... tica.
a) ( ) alteração dos direitos civis e na represen- Q.10 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração
tatividade do monarca. para o mar foi incentivada pela posição geográ-
b) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade fica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à
do poder democrático. costa da África. Dada a tecnologia da época, era
c) ( ) abdicação dos interesses individuais e na importante contar com correntes marítimas fa-
legitimidade do governo. voráveis, e elas começavam exatamente nos por-
d) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade tos portugueses... Mas há outros fatores da his-
ao soberano. tória portuguesa tão ou mais importantes.”
e) ( ) mobilização do povo e na autoridade do Assinale a alternativa que apresenta outros
parlamento. fatores da participação portuguesa na expansão
marítima e comercial europeia, além da posição
Q.9 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
geográfica:
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
os países novos para tirar benefícios dos recursos
a) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
putas dinásticas, do que a fatores pró-
às populações primitivas as vantagens da cultura
prios do processo histórico, econômico,
intelectual, social, científica, moral, artística, li-
político e social de Portugal.
terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
b) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
rítima era comercial e aumentava os ne-
lecimento fundado em país novo por uma raça
gócios, superando a crise do século. Para
de civilização avançada, para realizar o duplo
o Estado, trazia maiores rendas; para a
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
Précis de législation et d´économie coloniales.
Católica, maior cristianização dos “po-
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
vos bárbaros”.
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
c) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
1981.
mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
A definição de colonização apresentada no
sava tanto à expansão econômica quanto
texto tinha a função ideológica de
à religiosa, que a expansão marítima iria
a) ( ) compensar o saque das riquezas medi- concretizar.
ante a educação formal dos colonos. d) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
b) ( ) formar uma identidade colonial medi- de Avis, a burguesia manteve a indepen-
ante a recuperação de sua ancestrali- dência de Portugal, centralizou o poder
dade. e impôs ao Estado o seu interesse espe-
c) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a cífico na expansão.
incorporação dos hábitos da Metrópole. e) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
d) ( ) dissimular a prática da exploração medi- tima, embora contasse com o apoio en-
ante a ideia de civilização. tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
e) ( ) promover a elevação cultural da Colô- o combate dos proprietários agrícolas,
nia mediante a incorporação de tradições para quem os dispêndios com o comér-
metropolitanas. cio eram perdulários.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.16
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI, panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
quando se vão desmoronando as estruturas so- tamente, por meios que as Constituições permi-
cioeconômicas da Idade Média perante os novos tem, quando puder para nossos colégios e casas
imperativos da Época moderna, constituem um de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
momento-chave na história florestal de toda a de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um Brasileira, 1938 (adaptado).
longo período de “crise florestal”, que se mani- O texto explicita premissas da expansão ul-
festa com acuidade nos países onde mais se de- tramarina portuguesa ao buscar justificar a
senvolvem as atividades industriais e comerciais.
a) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
As necessidades em produtos lenhosos aumen-
b) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
tam drasticamente com o crescimento do con-
c) ( ) valorização do trabalho braçal.
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
d) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
progridem a metalurgia e a construção naval,
e) ( ) propagação do ideário cristão.
além da sua utilização na vida quotidiana de
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para Q.3 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
uma geografia histórica da floresta portuguesa. O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n. mas a Ordem de Deus.
1, 1986 (adaptado). COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
Qual acontecimento do período contribuiu celestes [1543].
diretamente para o agravamento da situação Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
descrita? 1984.
TEXTO II
a) ( ) A concretização da centralização polí-
Não vejo nenhum motivo para que as ideias
tica.
expostas neste livro (A origem das espécies) se
b) ( ) A manutenção do sistema feudal.
choquem com as ideias religiosas.
c) ( ) O processo de expansão marítima.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859].
d) ( ) O movimento de reformas religiosas.
São Paulo: Escala, 2009.
e) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
Os textos expressam a visão de dois pensa-
Q.2 (1.00) - Porque todos confessamos não se dores —
poder viver sem alguns escravos, que busquem Copérnico e Darwin — sobre a questão reli-
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que giosa e suas
se come, e outros serviços que não são possíveis relações com a ciência, no contexto histórico
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime de construção
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as e consolidação da Modernidade. A compa-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- ração entre essas
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.17
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em tolerância e a tudo o que impedia o bem-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- estar dos súditos, unidos por regulamen-
gria, crescimento, autotransformação e transfor- tações e normas rígidas.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo b) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo ditos do Estado absolutista, era o alvo
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- maior de todas as medidas econômicas,
ência ambiental da modernidade anula todas as isto é, o intervencionismo está intima-
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- mente ligado ao nacionalismo.
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que c) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
a modernidade une a espécie humana. Porém, der, pois o Estado absolutista implan-
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de tou práticas econômicas intervencionis-
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
mancha no ar: a aventura da modernidade. São mento do poder político do próprio Es-
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O tado.
texto apresenta uma interpretação da moderni- d) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
dade que a caracteriza como um(a): ada política, a nobreza, ao adotar medi-
a) ( ) processo histórico homogeneizador. das não intervencionistas, para preservar
b) ( ) interação coletiva harmônica. a concentração fundiária, já que a terra
c) ( ) dinâmica social contraditória. era a medida de riqueza da época.
d) ( ) fenômeno econômico estável. e) ( ) as práticas econômicas intervencionistas
e) ( ) sistema internacional decadente. do Estado absolutista tinham o objetivo
específico de enriquecer a nação, em es-
Q.2 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
pecial, os comerciantes, que impulsiona-
jeito como o objeto da política econômica mer-
vam o comércio externo, base da acumu-
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
lação da época.
a respeito das relações entre o Estado e a nação
que imperava na época (séculos XVl e XVll). Q.3 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes- sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, dido como expressão de vida e degradação, cri-
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
alii (seleção), História moderna através de tex- felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
tos, 1989, p. 85. Adaptado) Na Modernidade, sob o comando do mundo da
Segundo o autor: mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
a) ( ) as relações profundas entre o Estado ab- gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
solutista e o nacionalismo levaram a in- repouso, da folga e da preguiça, criando uma
A proposta de organização da sociedade Não vejo nenhum motivo para que as ideias
apresentada no texto encontra-se fundamentada expostas neste livro (A origem das espécies) se
na choquem com as ideias religiosas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859].
a) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade
São Paulo: Escala, 2009.
ao soberano.
Os textos expressam a visão de dois pensa-
b) ( ) abdicação dos interesses individuais e na
dores —
legitimidade do governo.
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli-
c) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
giosa e suas
parlamento.
relações com a ciência, no contexto histórico
d) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
de construção
tatividade do monarca.
e consolidação da Modernidade. A compa-
e) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade
ração entre essas
do poder democrático.
visões expressa, respectivamente:
Q.6 (1.00) - Porque todos confessamos não se
a) ( ) Autonomia do pensamento religioso —
poder viver sem alguns escravos, que busquem
fomento à fé por meio da ciência.
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
b) ( ) Moral católica acima da protestante —
se come, e outros serviços que não são possíveis
subordinação da ciência à religião
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
c) ( ) Ciência como área autônoma do saber —
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
razão humana submetida à fé
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
d) ( ) Poder secular acima do poder religioso
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
— defesa dos dogmas católicos.
tamente, por meios que as Constituições permi-
e) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa-
tem, quando puder para nossos colégios e casas
mento científico independente.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Q.8 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
Brasileira, 1938 (adaptado). 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
O texto explicita premissas da expansão ul- os países novos para tirar benefícios dos recursos
tramarina portuguesa ao buscar justificar a de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
a) ( ) propagação do ideário cristão.
às populações primitivas as vantagens da cultura
b) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
intelectual, social, científica, moral, artística, li-
c) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
d) ( ) valorização do trabalho braçal.
ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
e) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
lecimento fundado em país novo por uma raça
Q.7 (1.00) - (ENEM) TEXTO I de civilização avançada, para realizar o duplo
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
mas a Ordem de Deus. Précis de législation et d´économie coloniales.
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
celestes [1543]. trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1981.
1984. A definição de colonização apresentada no
TEXTO II texto tinha a função ideológica de
a) ( ) formar uma identidade colonial medi- Q.10 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração
ante a recuperação de sua ancestrali- para o mar foi incentivada pela posição geográ-
dade. fica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à
b) ( ) promover a elevação cultural da Colô- costa da África. Dada a tecnologia da época, era
nia mediante a incorporação de tradições importante contar com correntes marítimas fa-
metropolitanas. voráveis, e elas começavam exatamente nos por-
c) ( ) dissimular a prática da exploração medi- tos portugueses... Mas há outros fatores da his-
ante a ideia de civilização. tória portuguesa tão ou mais importantes.”
d) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a Assinale a alternativa que apresenta outros
incorporação dos hábitos da Metrópole. fatores da participação portuguesa na expansão
e) ( ) compensar o saque das riquezas medi- marítima e comercial europeia, além da posição
ante a educação formal dos colonos. geográfica:
Q.9 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI, a) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
quando se vão desmoronando as estruturas so- rítima era comercial e aumentava os ne-
cioeconômicas da Idade Média perante os novos gócios, superando a crise do século. Para
imperativos da Época moderna, constituem um o Estado, trazia maiores rendas; para a
momento-chave na história florestal de toda a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um Católica, maior cristianização dos “po-
longo período de “crise florestal”, que se mani- vos bárbaros”.
festa com acuidade nos países onde mais se de- b) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
senvolvem as atividades industriais e comerciais. atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
As necessidades em produtos lenhosos aumen- putas dinásticas, do que a fatores pró-
tam drasticamente com o crescimento do con- prios do processo histórico, econômico,
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde político e social de Portugal.
progridem a metalurgia e a construção naval, c) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
além da sua utilização na vida quotidiana de tima, embora contasse com o apoio en-
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
uma geografia histórica da floresta portuguesa. o combate dos proprietários agrícolas,
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n. para quem os dispêndios com o comér-
1, 1986 (adaptado). cio eram perdulários.
Qual acontecimento do período contribuiu d) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
diretamente para o agravamento da situação de Avis, a burguesia manteve a indepen-
descrita? dência de Portugal, centralizou o poder
e impôs ao Estado o seu interesse espe-
a) ( ) A manutenção do sistema feudal. cífico na expansão.
b) ( ) O movimento de reformas religiosas. e) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
c) ( ) O processo de expansão marítima. mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
d) ( ) A eclosão do renascimento cultural. sava tanto à expansão econômica quanto
e) ( ) A concretização da centralização polí- à religiosa, que a expansão marítima iria
tica. concretizar.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.18
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em O texto explicita premissas da expansão ul-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- tramarina portuguesa ao buscar justificar a
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
a) ( ) propagação do ideário cristão.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
b) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
c) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
d) ( ) valorização do trabalho braçal.
ência ambiental da modernidade anula todas as
e) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que Q.3 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
a modernidade une a espécie humana. Porém, supremo de atribuir ao contrato uma soberania
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de absoluta e indivisível. Ensina que, por um único
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
mancha no ar: a aventura da modernidade. São em sociedade política e submetem-se a um se-
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
texto apresenta uma interpretação da moderni- esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
dade que a caracteriza como um(a): ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
a) ( ) processo histórico homogeneizador.
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
b) ( ) sistema internacional decadente.
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
c) ( ) fenômeno econômico estável.
tado).
d) ( ) interação coletiva harmônica.
A proposta de organização da sociedade
e) ( ) dinâmica social contraditória.
apresentada no texto encontra-se fundamentada
Q.2 (1.00) - Porque todos confessamos não se na
poder viver sem alguns escravos, que busquem
a) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
tatividade do monarca.
se come, e outros serviços que não são possíveis
b) ( ) abdicação dos interesses individuais e na
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
legitimidade do governo.
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
c) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
parlamento.
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
d) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade
tamente, por meios que as Constituições permi-
ao soberano.
tem, quando puder para nossos colégios e casas
e) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
do poder democrático.
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1938 (adaptado). Q.4 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
jeito como o objeto da política econômica mer- ráveis, e elas começavam exatamente nos portos
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção portugueses... Mas há outros fatores da história
a respeito das relações entre o Estado e a nação portuguesa tão ou mais importantes.”
que imperava na época (séculos XVl e XVll). Assinale a alternativa que apresenta outros
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes- fatores da participação portuguesa na expansão
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, marítima e comercial europeia, além da posição
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et geográfica:
alii (seleção), História moderna através de tex-
tos, 1989, p. 85. Adaptado) a) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
Segundo o autor: rítima era comercial e aumentava os ne-
gócios, superando a crise do século. Para
a) ( ) as relações profundas entre o Estado ab- o Estado, trazia maiores rendas; para a
solutista e o nacionalismo levaram a in- nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
tolerância e a tudo o que impedia o bem- Católica, maior cristianização dos “po-
estar dos súditos, unidos por regulamen- vos bárbaros”.
tações e normas rígidas. b) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
b) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po- de Avis, a burguesia manteve a indepen-
der, pois o Estado absolutista implan- dência de Portugal, centralizou o poder
tou práticas econômicas intervencionis- e impôs ao Estado o seu interesse espe-
tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci- cífico na expansão.
mento do poder político do próprio Es- c) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
tado. mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
c) ( ) as práticas econômicas intervencionistas sava tanto à expansão econômica quanto
do Estado absolutista tinham o objetivo à religiosa, que a expansão marítima iria
específico de enriquecer a nação, em es- concretizar.
pecial, os comerciantes, que impulsiona- d) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
vam o comércio externo, base da acumu- tima, embora contasse com o apoio en-
lação da época. tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
d) ( ) a nação, compreendida como todos os sú- o combate dos proprietários agrícolas,
ditos do Estado absolutista, era o alvo para quem os dispêndios com o comér-
maior de todas as medidas econômicas, cio eram perdulários.
isto é, o intervencionismo está intima- e) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
mente ligado ao nacionalismo. atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
e) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali- putas dinásticas, do que a fatores pró-
ada política, a nobreza, ao adotar medi- prios do processo histórico, econômico,
das não intervencionistas, para preservar político e social de Portugal.
a concentração fundiária, já que a terra
era a medida de riqueza da época. Q.6 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
quando se vão desmoronando as estruturas so-
Q.5 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para cioeconômicas da Idade Média perante os novos
o mar foi incentivada pela posição geográfica do imperativos da Época moderna, constituem um
país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa momento-chave na história florestal de toda a
da África. Dada a tecnologia da época, era im- Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um
portante contar com correntes marítimas favo- longo período de “crise florestal”, que se mani-
festa com acuidade nos países onde mais se de- b) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
senvolvem as atividades industriais e comerciais. ante a ideia de civilização.
As necessidades em produtos lenhosos aumen- c) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
tam drasticamente com o crescimento do con- incorporação dos hábitos da Metrópole.
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde d) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
progridem a metalurgia e a construção naval, nia mediante a incorporação de tradições
além da sua utilização na vida quotidiana de metropolitanas.
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para e) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
uma geografia histórica da floresta portuguesa. ante a educação formal dos colonos.
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
Q.8 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
1, 1986 (adaptado).
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
Qual acontecimento do período contribuiu
dido como expressão de vida e degradação, cri-
diretamente para o agravamento da situação
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
descrita?
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
Na Modernidade, sob o comando do mundo da
a) ( ) A concretização da centralização polí-
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
tica.
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
b) ( ) O movimento de reformas religiosas.
repouso, da folga e da preguiça, criando uma
c) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
d) ( ) O processo de expansão marítima.
culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
e) ( ) A manutenção do sistema feudal.
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
Q.7 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com tado). O processo de ressignificação do trabalho
os países novos para tirar benefícios dos recursos nas sociedades modernas teve início a partir do
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar ada pela...
às populações primitivas as vantagens da cultura
a) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
intelectual, social, científica, moral, artística, li-
ráter excessivo e insalubre do trabalho
terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
fabril.
ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
b) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
lecimento fundado em país novo por uma raça
teio do anarquismo reivindicando direi-
de civilização avançada, para realizar o duplo
tos trabalhistas.
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
c) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
Précis de législation et d´économie coloniales.
Média, defendia a dignidade do trabalho
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
e do lucro.
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
d) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
1981.
importância das atividades laborais no
A definição de colonização apresentada no mundo secularizado.
texto tinha a função ideológica de e) ( ) participação das mulheres em movimen-
tos sociais, defendendo o direito ao tra-
a) ( ) formar uma identidade colonial medi-
balho.
ante a recuperação de sua ancestrali-
dade. Q.9 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan-
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.19
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
por via marítima esses países de fábula presidis- Q.7 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para
sem as navegações do período henriquino, ani- o mar foi incentivada pela posição geográfica do
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- da África. Dada a tecnologia da época, era im-
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) portante contar com correntes marítimas favo-
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em ráveis, e elas começavam exatamente nos portos
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par- portugueses... Mas há outros fatores da história
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en- portuguesa tão ou mais importantes.”
tão em mãos de mercadores árabes, começam a Assinale a alternativa que apresenta outros
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de fatores da participação portuguesa na expansão
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos marítima e comercial europeia, além da posição
descobrimentos portugueses.) geográfica:
Assinale a alternativa que melhor resume o
conteúdo do trecho acima: a) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
tima, embora contasse com o apoio en-
a) ( ) As navegações portuguesas, à época de tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
D. Henrique, eram motivadas, acima de o combate dos proprietários agrícolas,
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; para quem os dispêndios com o comér-
secundariamente, contudo, dedicavam-se cio eram perdulários.
os portugueses ao comércio de escravos, b) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
ouro e marfim, sobretudo na costa afri- mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
cana. sava tanto à expansão econômica quanto
b) ( ) Durante o período henriquino, os gran- à religiosa, que a expansão marítima iria
des aperfeiçoamentos técnicos na arte concretizar.
náutica permitiram aos portugueses che- c) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
gar ao Oriente contornando o continente de Avis, a burguesia manteve a indepen-
africano. dência de Portugal, centralizou o poder
c) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri- e impôs ao Estado o seu interesse espe-
cana para o Oriente fosse para os portu- cífico na expansão.
gueses, algo cada vez mais realizável em d) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
razão dos avanços técnicos, foi a explora- rítima era comercial e aumentava os ne-
ção comercial da costa africana o que, de gócios, superando a crise do século. Para
fato, impulsionou as viagens do período. o Estado, trazia maiores rendas; para a
d) ( ) A descoberta do continente americano nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
por espanhóis, e depois, por portugue- Católica, maior cristianização dos “po-
ses, revela o grande anseio dos navega- vos bárbaros”.
dores ibéricos por chegar às riquezas do e) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
Oriente através de uma rota pelo Oci- atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
dente. putas dinásticas, do que a fatores pró-
e) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi- prios do processo histórico, econômico,
agens de descoberta para o Oriente atra- político e social de Portugal.
vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
as riquezas alcançadas na África, ou seja, Q.8 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
ouro, marfim e escravos. quando se vão desmoronando as estruturas so-
cioeconômicas da Idade Média perante os novos surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
imperativos da Época moderna, constituem um ada pela...
momento-chave na história florestal de toda a
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um a) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
longo período de “crise florestal”, que se mani- ráter excessivo e insalubre do trabalho
festa com acuidade nos países onde mais se de- fabril.
senvolvem as atividades industriais e comerciais. b) ( ) participação das mulheres em movimen-
As necessidades em produtos lenhosos aumen- tos sociais, defendendo o direito ao tra-
tam drasticamente com o crescimento do con- balho.
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde c) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
progridem a metalurgia e a construção naval, Média, defendia a dignidade do trabalho
além da sua utilização na vida quotidiana de e do lucro.
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para d) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
uma geografia histórica da floresta portuguesa. teio do anarquismo reivindicando direi-
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n. tos trabalhistas.
1, 1986 (adaptado). e) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
Qual acontecimento do período contribuiu importância das atividades laborais no
diretamente para o agravamento da situação mundo secularizado.
descrita?
Q.10 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
a) ( ) O movimento de reformas religiosas.
um ambiente que promete aventura, poder, ale-
b) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
c) ( ) A manutenção do sistema feudal.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
d) ( ) A concretização da centralização polí-
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
tica.
o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
e) ( ) O processo de expansão marítima.
ência ambiental da modernidade anula todas as
Q.9 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen- cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
dido como expressão de vida e degradação, cri- a modernidade une a espécie humana. Porém,
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão, é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
Na Modernidade, sob o comando do mundo da mancha no ar: a aventura da modernidade. São
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne- Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do texto apresenta uma interpretação da moderni-
repouso, da folga e da preguiça, criando uma dade que a caracteriza como um(a):
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: a) ( ) processo histórico homogeneizador.
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- b) ( ) fenômeno econômico estável.
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- c) ( ) sistema internacional decadente.
tado). O processo de ressignificação do trabalho d) ( ) interação coletiva harmônica.
nas sociedades modernas teve início a partir do e) ( ) dinâmica social contraditória.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.20
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
que imperava na época (séculos XVl e XVll). ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes- lecimento fundado em país novo por uma raça
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, de civilização avançada, para realizar o duplo
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
alii (seleção), História moderna através de tex- Précis de législation et d´économie coloniales.
tos, 1989, p. 85. Adaptado) Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
Segundo o autor: trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
1981.
a) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali- A definição de colonização apresentada no
ada política, a nobreza, ao adotar medi- texto tinha a função ideológica de
das não intervencionistas, para preservar
a concentração fundiária, já que a terra a) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
era a medida de riqueza da época. ante a educação formal dos colonos.
b) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po- b) ( ) formar uma identidade colonial medi-
der, pois o Estado absolutista implan- ante a recuperação de sua ancestrali-
tou práticas econômicas intervencionis- dade.
tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci- c) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
mento do poder político do próprio Es- nia mediante a incorporação de tradições
tado. metropolitanas.
c) ( ) a nação, compreendida como todos os sú- d) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
ditos do Estado absolutista, era o alvo ante a ideia de civilização.
maior de todas as medidas econômicas, e) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
isto é, o intervencionismo está intima- incorporação dos hábitos da Metrópole.
mente ligado ao nacionalismo.
d) ( ) as relações profundas entre o Estado ab- Q.5 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan-
solutista e o nacionalismo levaram a in- ças que se verificam na arte náutica durante a
tolerância e a tudo o que impedia o bem- segunda metade do século XV levam a crer na
estar dos súditos, unidos por regulamen- possibilidade de chegar-se, contornando o con-
do Estado absolutista tinham o objetivo por via marítima esses países de fábula presidis-
pecial, os comerciantes, que impulsiona- mada por objetivos estritamente mercantis. (...)
vam o comércio externo, base da acumu- Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-
marítima e comercial europeia, além da posição é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
geográfica: Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
a) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma- mancha no ar: a aventura da modernidade. São
rítima era comercial e aumentava os ne- Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
gócios, superando a crise do século. Para texto apresenta uma interpretação da moderni-
o Estado, trazia maiores rendas; para a dade que a caracteriza como um(a):
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
a) ( ) fenômeno econômico estável.
Católica, maior cristianização dos “po-
b) ( ) sistema internacional decadente.
vos bárbaros”.
c) ( ) dinâmica social contraditória.
b) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
d) ( ) interação coletiva harmônica.
mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
e) ( ) processo histórico homogeneizador.
sava tanto à expansão econômica quanto
à religiosa, que a expansão marítima iria
Q.10 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
concretizar.
quando se vão desmoronando as estruturas so-
c) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
cioeconômicas da Idade Média perante os novos
de Avis, a burguesia manteve a indepen-
imperativos da Época moderna, constituem um
dência de Portugal, centralizou o poder
momento-chave na história florestal de toda a
e impôs ao Estado o seu interesse espe-
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um
cífico na expansão.
longo período de “crise florestal”, que se mani-
d) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
festa com acuidade nos países onde mais se de-
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
senvolvem as atividades industriais e comerciais.
putas dinásticas, do que a fatores pró-
As necessidades em produtos lenhosos aumen-
prios do processo histórico, econômico,
tam drasticamente com o crescimento do con-
político e social de Portugal.
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
e) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
progridem a metalurgia e a construção naval,
tima, embora contasse com o apoio en-
além da sua utilização na vida quotidiana de
tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
o combate dos proprietários agrícolas,
uma geografia histórica da floresta portuguesa.
para quem os dispêndios com o comér-
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
cio eram perdulários.
1, 1986 (adaptado).
Q.9 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em Qual acontecimento do período contribuiu
um ambiente que promete aventura, poder, ale- diretamente para o agravamento da situação
gria, crescimento, autotransformação e transfor- descrita?
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo a) ( ) A concretização da centralização polí-
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- tica.
ência ambiental da modernidade anula todas as b) ( ) A manutenção do sistema feudal.
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- c) ( ) O processo de expansão marítima.
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que d) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
a modernidade une a espécie humana. Porém, e) ( ) O movimento de reformas religiosas.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.21
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan- dores ibéricos por chegar às riquezas do
ças que se verificam na arte náutica durante a Oriente através de uma rota pelo Oci-
segunda metade do século XV levam a crer na dente.
possibilidade de chegar-se, contornando o con- d) ( ) As navegações portuguesas, à época de
tinente africano, às terras do Oriente. Não se D. Henrique, eram motivadas, acima de
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente;
por via marítima esses países de fábula presidis- secundariamente, contudo, dedicavam-se
sem as navegações do período henriquino, ani- os portugueses ao comércio de escravos,
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) ouro e marfim, sobretudo na costa afri-
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- cana.
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) e) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em agens de descoberta para o Oriente atra-
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par- vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en- as riquezas alcançadas na África, ou seja,
tão em mãos de mercadores árabes, começam a ouro, marfim e escravos.
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos Q.2 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
descobrimentos portugueses.) quando se vão desmoronando as estruturas so-
Assinale a alternativa que melhor resume o cioeconômicas da Idade Média perante os novos
conteúdo do trecho acima: imperativos da Época moderna, constituem um
momento-chave na história florestal de toda a
a) ( ) Durante o período henriquino, os gran- Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um
des aperfeiçoamentos técnicos na arte longo período de “crise florestal”, que se mani-
náutica permitiram aos portugueses che- festa com acuidade nos países onde mais se de-
gar ao Oriente contornando o continente senvolvem as atividades industriais e comerciais.
africano. As necessidades em produtos lenhosos aumen-
b) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri- tam drasticamente com o crescimento do con-
cana para o Oriente fosse para os portu- sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
gueses, algo cada vez mais realizável em progridem a metalurgia e a construção naval,
razão dos avanços técnicos, foi a explora- além da sua utilização na vida quotidiana de
ção comercial da costa africana o que, de toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
fato, impulsionou as viagens do período. uma geografia histórica da floresta portuguesa.
c) ( ) A descoberta do continente americano Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
por espanhóis, e depois, por portugue- 1, 1986 (adaptado).
ses, revela o grande anseio dos navega- Qual acontecimento do período contribuiu
c) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
Média, defendia a dignidade do trabalho lecimento fundado em país novo por uma raça
e do lucro. de civilização avançada, para realizar o duplo
d) ( ) reforma higienista, que combateu o ca- fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
ráter excessivo e insalubre do trabalho Précis de législation et d´économie coloniales.
fabril. Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
e) ( ) participação das mulheres em movimen- trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
tos sociais, defendendo o direito ao tra- 1981.
balho. A definição de colonização apresentada no
texto tinha a função ideológica de
Q.6 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
supremo de atribuir ao contrato uma soberania a) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único ante a ideia de civilização.
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se b) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
em sociedade política e submetem-se a um se- ante a educação formal dos colonos.
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com c) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun- nia mediante a incorporação de tradições
ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito metropolitanas.
e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER, d) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a incorporação dos hábitos da Metrópole.
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap- e) ( ) formar uma identidade colonial medi-
tado). ante a recuperação de sua ancestrali-
A proposta de organização da sociedade dade.
apresentada no texto encontra-se fundamentada
Q.8 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
na
um ambiente que promete aventura, poder, ale-
a) ( ) mobilização do povo e na autoridade do gria, crescimento, autotransformação e transfor-
parlamento. mação das coisas em redor – mas ao mesmo
b) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
do poder democrático. o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
c) ( ) alteração dos direitos civis e na represen- ência ambiental da modernidade anula todas as
tatividade do monarca. fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
d) ( ) abdicação dos interesses individuais e na cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
legitimidade do governo. a modernidade une a espécie humana. Porém,
e) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
ao soberano. Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
mancha no ar: a aventura da modernidade. São
Q.7 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
texto apresenta uma interpretação da moderni-
os países novos para tirar benefícios dos recursos
dade que a caracteriza como um(a):
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar a) ( ) interação coletiva harmônica.
às populações primitivas as vantagens da cultura b) ( ) processo histórico homogeneizador.
intelectual, social, científica, moral, artística, li- c) ( ) fenômeno econômico estável.
terária, comercial e industrial, apanágio das ra- d) ( ) sistema internacional decadente.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.22
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en- mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
tão em mãos de mercadores árabes, começam a gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de repouso, da folga e da preguiça, criando uma
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
descobrimentos portugueses.) culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
Assinale a alternativa que melhor resume o SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
conteúdo do trecho acima: culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
tado). O processo de ressignificação do trabalho
a) ( ) Durante o período henriquino, os gran- nas sociedades modernas teve início a partir do
des aperfeiçoamentos técnicos na arte surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
náutica permitiram aos portugueses che- ada pela...
gar ao Oriente contornando o continente
africano. a) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
b) ( ) A descoberta do continente americano teio do anarquismo reivindicando direi-
por espanhóis, e depois, por portugue- tos trabalhistas.
ses, revela o grande anseio dos navega- b) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
dores ibéricos por chegar às riquezas do Média, defendia a dignidade do trabalho
Oriente através de uma rota pelo Oci- e do lucro.
dente. c) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
c) ( ) As navegações portuguesas, à época de ráter excessivo e insalubre do trabalho
D. Henrique, eram motivadas, acima de fabril.
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; d) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
secundariamente, contudo, dedicavam-se importância das atividades laborais no
os portugueses ao comércio de escravos, mundo secularizado.
ouro e marfim, sobretudo na costa afri- e) ( ) participação das mulheres em movimen-
cana. tos sociais, defendendo o direito ao tra-
d) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri- balho.
cana para o Oriente fosse para os portu- Q.8 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
gueses, algo cada vez mais realizável em supremo de atribuir ao contrato uma soberania
razão dos avanços técnicos, foi a explora- absoluta e indivisível. Ensina que, por um único
ção comercial da costa africana o que, de e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
fato, impulsionou as viagens do período. em sociedade política e submetem-se a um se-
e) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi- nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
agens de descoberta para o Oriente atra- esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
vés do Atlântico, visto que lhes bastavam ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
as riquezas alcançadas na África, ou seja, e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
ouro, marfim e escravos. J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
Q.7 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
tado).
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
A proposta de organização da sociedade
dido como expressão de vida e degradação, cri-
apresentada no texto encontra-se fundamentada
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
na
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
Na Modernidade, sob o comando do mundo da a) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.23
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan- des aperfeiçoamentos técnicos na arte
ças que se verificam na arte náutica durante a náutica permitiram aos portugueses che-
segunda metade do século XV levam a crer na gar ao Oriente contornando o continente
possibilidade de chegar-se, contornando o con- africano.
tinente africano, às terras do Oriente. Não se d) ( ) A descoberta do continente americano
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por espanhóis, e depois, por portugue-
por via marítima esses países de fábula presidis- ses, revela o grande anseio dos navega-
sem as navegações do período henriquino, ani- dores ibéricos por chegar às riquezas do
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) Oriente através de uma rota pelo Oci-
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- dente.
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) e) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em agens de descoberta para o Oriente atra-
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par- vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en- as riquezas alcançadas na África, ou seja,
tão em mãos de mercadores árabes, começam a ouro, marfim e escravos.
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
Q.2 (1.00) - Porque todos confessamos não se
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
poder viver sem alguns escravos, que busquem
descobrimentos portugueses.)
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
Assinale a alternativa que melhor resume o
se come, e outros serviços que não são possíveis
conteúdo do trecho acima:
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
a) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
cana para o Oriente fosse para os portu-
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
gueses, algo cada vez mais realizável em
tamente, por meios que as Constituições permi-
razão dos avanços técnicos, foi a explora-
tem, quando puder para nossos colégios e casas
ção comercial da costa africana o que, de
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
fato, impulsionou as viagens do período.
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
b) ( ) As navegações portuguesas, à época de
Brasileira, 1938 (adaptado).
D. Henrique, eram motivadas, acima de
O texto explicita premissas da expansão ul-
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente;
tramarina portuguesa ao buscar justificar a
secundariamente, contudo, dedicavam-se
os portugueses ao comércio de escravos, a) ( ) propagação do ideário cristão.
ouro e marfim, sobretudo na costa afri- b) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
cana. c) ( ) valorização do trabalho braçal.
c) ( ) Durante o período henriquino, os gran- d) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.24
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Porque todos confessamos não se nas sociedades modernas teve início a partir do
poder viver sem alguns escravos, que busquem surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que ada pela...
se come, e outros serviços que não são possíveis
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime a) ( ) participação das mulheres em movimen-
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as tos sociais, defendendo o direito ao tra-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- balho.
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- b) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
tamente, por meios que as Constituições permi- Média, defendia a dignidade do trabalho
tem, quando puder para nossos colégios e casas e do lucro.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia c) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização importância das atividades laborais no
Brasileira, 1938 (adaptado). mundo secularizado.
O texto explicita premissas da expansão ul- d) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
tramarina portuguesa ao buscar justificar a teio do anarquismo reivindicando direi-
tos trabalhistas.
a) ( ) valorização do trabalho braçal. e) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
b) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões. ráter excessivo e insalubre do trabalho
c) ( ) propagação do ideário cristão. fabril.
d) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
e) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. Q.3 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
Q.2 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen- mas a Ordem de Deus.
dido como expressão de vida e degradação, cri- COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão, celestes [1543].
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
Na Modernidade, sob o comando do mundo da 1984.
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne- TEXTO II
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do Não vejo nenhum motivo para que as ideias
repouso, da folga e da preguiça, criando uma expostas neste livro (A origem das espécies) se
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé- choquem com as ideias religiosas.
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: DARWIN, C. A origem das espécies [1859].
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- São Paulo: Escala, 2009.
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- Os textos expressam a visão de dois pensa-
tado). O processo de ressignificação do trabalho dores —
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.25
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) TEXTO I os países novos para tirar benefícios dos recursos
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
mas a Ordem de Deus. no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes às populações primitivas as vantagens da cultura
celestes [1543]. intelectual, social, científica, moral, artística, li-
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
1984. ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
TEXTO II lecimento fundado em país novo por uma raça
Não vejo nenhum motivo para que as ideias de civilização avançada, para realizar o duplo
expostas neste livro (A origem das espécies) se fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
choquem com as ideias religiosas. Précis de législation et d´économie coloniales.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
São Paulo: Escala, 2009. trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
Os textos expressam a visão de dois pensa- 1981.
dores — A definição de colonização apresentada no
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- texto tinha a função ideológica de
giosa e suas
a) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
relações com a ciência, no contexto histórico
incorporação dos hábitos da Metrópole.
de construção
b) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
e consolidação da Modernidade. A compa-
ante a educação formal dos colonos.
ração entre essas
c) ( ) formar uma identidade colonial medi-
visões expressa, respectivamente:
ante a recuperação de sua ancestrali-
a) ( ) Ciência como área autônoma do saber — dade.
razão humana submetida à fé d) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
b) ( ) Autonomia do pensamento religioso — nia mediante a incorporação de tradições
fomento à fé por meio da ciência. metropolitanas.
c) ( ) Poder secular acima do poder religioso e) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
— defesa dos dogmas católicos. ante a ideia de civilização.
d) ( ) Moral católica acima da protestante —
Q.3 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
subordinação da ciência à religião
um ambiente que promete aventura, poder, ale-
e) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa-
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
mento científico independente.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
Q.2 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.26
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em tes. O marfim, cujo comércio se achava até en-
um ambiente que promete aventura, poder, ale- tão em mãos de mercadores árabes, começam a
gria, crescimento, autotransformação e transfor- transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
mação das coisas em redor – mas ao mesmo 1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo descobrimentos portugueses.)
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- Assinale a alternativa que melhor resume o
ência ambiental da modernidade anula todas as conteúdo do trecho acima:
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que a) ( ) A descoberta do continente americano
a modernidade une a espécie humana. Porém, por espanhóis, e depois, por portugue-
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de ses, revela o grande anseio dos navega-
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- dores ibéricos por chegar às riquezas do
mancha no ar: a aventura da modernidade. São Oriente através de uma rota pelo Oci-
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O dente.
texto apresenta uma interpretação da moderni- b) ( ) As navegações portuguesas, à época de
dade que a caracteriza como um(a): D. Henrique, eram motivadas, acima de
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente;
a) ( ) sistema internacional decadente.
secundariamente, contudo, dedicavam-se
b) ( ) fenômeno econômico estável.
os portugueses ao comércio de escravos,
c) ( ) processo histórico homogeneizador.
ouro e marfim, sobretudo na costa afri-
d) ( ) dinâmica social contraditória.
cana.
e) ( ) interação coletiva harmônica.
c) ( ) Durante o período henriquino, os gran-
Q.2 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan- des aperfeiçoamentos técnicos na arte
ças que se verificam na arte náutica durante a náutica permitiram aos portugueses che-
segunda metade do século XV levam a crer na gar ao Oriente contornando o continente
possibilidade de chegar-se, contornando o con- africano.
tinente africano, às terras do Oriente. Não se d) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir agens de descoberta para o Oriente atra-
por via marítima esses países de fábula presidis- vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
sem as navegações do período henriquino, ani- as riquezas alcançadas na África, ou seja,
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) ouro, marfim e escravos.
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- e) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri-
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) cana para o Oriente fosse para os portu-
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em gueses, algo cada vez mais realizável em
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par- razão dos avanços técnicos, foi a explora-
ção comercial da costa africana o que, de ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
fato, impulsionou as viagens do período. lecimento fundado em país novo por uma raça
de civilização avançada, para realizar o duplo
Q.3 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
Précis de législation et d´économie coloniales.
dido como expressão de vida e degradação, cri-
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
1981.
Na Modernidade, sob o comando do mundo da
A definição de colonização apresentada no
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
texto tinha a função ideológica de
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
repouso, da folga e da preguiça, criando uma a) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé- nia mediante a incorporação de tradições
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: metropolitanas.
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- b) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- incorporação dos hábitos da Metrópole.
tado). O processo de ressignificação do trabalho c) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
nas sociedades modernas teve início a partir do ante a ideia de civilização.
surgimento de uma nova mentalidade, influenci- d) ( ) formar uma identidade colonial medi-
ada pela... ante a recuperação de sua ancestrali-
dade.
a) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
e) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
Média, defendia a dignidade do trabalho
ante a educação formal dos colonos.
e do lucro.
b) ( ) Reforma Protestante, que expressou a Q.5 (1.00) - Porque todos confessamos não se
importância das atividades laborais no poder viver sem alguns escravos, que busquem
mundo secularizado. a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
c) ( ) participação das mulheres em movimen- se come, e outros serviços que não são possíveis
tos sociais, defendendo o direito ao tra- poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
balho. sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
d) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es- confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
teio do anarquismo reivindicando direi- panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
tos trabalhistas. tamente, por meios que as Constituições permi-
e) ( ) reforma higienista, que combateu o ca- tem, quando puder para nossos colégios e casas
ráter excessivo e insalubre do trabalho de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
fabril. de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1938 (adaptado).
Q.4 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
O texto explicita premissas da expansão ul-
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
tramarina portuguesa ao buscar justificar a
os países novos para tirar benefícios dos recursos
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los a) ( ) propagação do ideário cristão.
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar b) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
às populações primitivas as vantagens da cultura c) ( ) valorização do trabalho braçal.
intelectual, social, científica, moral, artística, li- d) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
terária, comercial e industrial, apanágio das ra- e) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
diretamente para o agravamento da situação alii (seleção), História moderna através de tex-
e) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po- Q.10 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração
der, pois o Estado absolutista implan- para o mar foi incentivada pela posição geográ-
tou práticas econômicas intervencionis- fica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à
tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci- costa da África. Dada a tecnologia da época, era
mento do poder político do próprio Es- importante contar com correntes marítimas fa-
tado. voráveis, e elas começavam exatamente nos por-
tos portugueses... Mas há outros fatores da his-
Q.9 (1.00) - (ENEM) TEXTO I tória portuguesa tão ou mais importantes.”
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, Assinale a alternativa que apresenta outros
mas a Ordem de Deus. fatores da participação portuguesa na expansão
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes marítima e comercial europeia, além da posição
celestes [1543]. geográfica:
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
a) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
1984.
tima, embora contasse com o apoio en-
TEXTO II
tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
Não vejo nenhum motivo para que as ideias o combate dos proprietários agrícolas,
expostas neste livro (A origem das espécies) se para quem os dispêndios com o comér-
choquem com as ideias religiosas. cio eram perdulários.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. b) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
São Paulo: Escala, 2009. mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
Os textos expressam a visão de dois pensa- sava tanto à expansão econômica quanto
dores — à religiosa, que a expansão marítima iria
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- concretizar.
giosa e suas c) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
relações com a ciência, no contexto histórico de Avis, a burguesia manteve a indepen-
de construção dência de Portugal, centralizou o poder
e consolidação da Modernidade. A compa- e impôs ao Estado o seu interesse espe-
ração entre essas cífico na expansão.
visões expressa, respectivamente: d) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
a) ( ) Moral católica acima da protestante — putas dinásticas, do que a fatores pró-
subordinação da ciência à religião prios do processo histórico, econômico,
b) ( ) Poder secular acima do poder religioso político e social de Portugal.
— defesa dos dogmas católicos. e) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
c) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa- rítima era comercial e aumentava os ne-
mento científico independente. gócios, superando a crise do século. Para
d) ( ) Autonomia do pensamento religioso — o Estado, trazia maiores rendas; para a
fomento à fé por meio da ciência. nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
e) ( ) Ciência como área autônoma do saber — Católica, maior cristianização dos “po-
razão humana submetida à fé vos bárbaros”.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.27
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI, ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
quando se vão desmoronando as estruturas so- e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
cioeconômicas da Idade Média perante os novos J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
imperativos da Época moderna, constituem um nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
momento-chave na história florestal de toda a tado).
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um A proposta de organização da sociedade
longo período de “crise florestal”, que se mani- apresentada no texto encontra-se fundamentada
festa com acuidade nos países onde mais se de- na
senvolvem as atividades industriais e comerciais.
a) ( ) abdicação dos interesses individuais e na
As necessidades em produtos lenhosos aumen-
legitimidade do governo.
tam drasticamente com o crescimento do con-
b) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
parlamento.
progridem a metalurgia e a construção naval,
c) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
além da sua utilização na vida quotidiana de
tatividade do monarca.
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
d) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade
uma geografia histórica da floresta portuguesa.
do poder democrático.
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
e) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade
1, 1986 (adaptado).
ao soberano.
Qual acontecimento do período contribuiu
diretamente para o agravamento da situação Q.3 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
descrita? um ambiente que promete aventura, poder, ale-
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
a) ( ) O processo de expansão marítima.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
b) ( ) A concretização da centralização polí-
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
tica.
o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
c) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
ência ambiental da modernidade anula todas as
d) ( ) A manutenção do sistema feudal.
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
e) ( ) O movimento de reformas religiosas.
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
Q.2 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço a modernidade une a espécie humana. Porém,
supremo de atribuir ao contrato uma soberania é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
e mesmo ato, os homens naturais constituem-se mancha no ar: a aventura da modernidade. São
em sociedade política e submetem-se a um se- Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
nhor, a um soberano. Não firmam contrato com texto apresenta uma interpretação da moderni-
esse senhor, mas entre si. É entre si que renun- dade que a caracteriza como um(a):
expostas neste livro (A origem das espécies) se ante a recuperação de sua ancestrali-
choquem com as ideias religiosas. dade.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. b) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
São Paulo: Escala, 2009. ante a ideia de civilização.
Os textos expressam a visão de dois pensa- c) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
dores — ante a educação formal dos colonos.
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- d) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
giosa e suas incorporação dos hábitos da Metrópole.
relações com a ciência, no contexto histórico e) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
de construção nia mediante a incorporação de tradições
e consolidação da Modernidade. A compa- metropolitanas.
ração entre essas
visões expressa, respectivamente: Q.8 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
a) ( ) Moral católica acima da protestante — dido como expressão de vida e degradação, cri-
subordinação da ciência à religião ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
b) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa- felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
mento científico independente. Na Modernidade, sob o comando do mundo da
c) ( ) Ciência como área autônoma do saber — mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
razão humana submetida à fé gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
d) ( ) Poder secular acima do poder religioso repouso, da folga e da preguiça, criando uma
— defesa dos dogmas católicos. ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
e) ( ) Autonomia do pensamento religioso — culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
fomento à fé por meio da ciência. SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
Q.7 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com tado). O processo de ressignificação do trabalho
os países novos para tirar benefícios dos recursos nas sociedades modernas teve início a partir do
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar ada pela...
às populações primitivas as vantagens da cultura
a) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
intelectual, social, científica, moral, artística, li-
Média, defendia a dignidade do trabalho
terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
e do lucro.
ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
b) ( ) participação das mulheres em movimen-
lecimento fundado em país novo por uma raça
tos sociais, defendendo o direito ao tra-
de civilização avançada, para realizar o duplo
balho.
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
c) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
Précis de législation et d´économie coloniales.
ráter excessivo e insalubre do trabalho
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
fabril.
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
d) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
1981.
teio do anarquismo reivindicando direi-
A definição de colonização apresentada no
tos trabalhistas.
texto tinha a função ideológica de
e) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
a) ( ) formar uma identidade colonial medi- importância das atividades laborais no
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.28
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan- ses, revela o grande anseio dos navega-
ças que se verificam na arte náutica durante a dores ibéricos por chegar às riquezas do
segunda metade do século XV levam a crer na Oriente através de uma rota pelo Oci-
possibilidade de chegar-se, contornando o con- dente.
tinente africano, às terras do Oriente. Não se d) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri-
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir cana para o Oriente fosse para os portu-
por via marítima esses países de fábula presidis- gueses, algo cada vez mais realizável em
sem as navegações do período henriquino, ani- razão dos avanços técnicos, foi a explora-
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) ção comercial da costa africana o que, de
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- fato, impulsionou as viagens do período.
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) e) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi-
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em agens de descoberta para o Oriente atra-
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par- vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en- as riquezas alcançadas na África, ou seja,
tão em mãos de mercadores árabes, começam a ouro, marfim e escravos.
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos Q.2 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
descobrimentos portugueses.) quando se vão desmoronando as estruturas so-
Assinale a alternativa que melhor resume o cioeconômicas da Idade Média perante os novos
conteúdo do trecho acima: imperativos da Época moderna, constituem um
momento-chave na história florestal de toda a
a) ( ) Durante o período henriquino, os gran- Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um
des aperfeiçoamentos técnicos na arte longo período de “crise florestal”, que se mani-
náutica permitiram aos portugueses che- festa com acuidade nos países onde mais se de-
gar ao Oriente contornando o continente senvolvem as atividades industriais e comerciais.
africano. As necessidades em produtos lenhosos aumen-
b) ( ) As navegações portuguesas, à época de tam drasticamente com o crescimento do con-
D. Henrique, eram motivadas, acima de sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; progridem a metalurgia e a construção naval,
secundariamente, contudo, dedicavam-se além da sua utilização na vida quotidiana de
os portugueses ao comércio de escravos, toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
ouro e marfim, sobretudo na costa afri- uma geografia histórica da floresta portuguesa.
cana. Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
c) ( ) A descoberta do continente americano 1, 1986 (adaptado).
por espanhóis, e depois, por portugue- Qual acontecimento do período contribuiu
Q.9 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para Q.10 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
o mar foi incentivada pela posição geográfica do jeito como o objeto da política econômica mer-
país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
da África. Dada a tecnologia da época, era im- a respeito das relações entre o Estado e a nação
portante contar com correntes marítimas favo- que imperava na época (séculos XVl e XVll).
ráveis, e elas começavam exatamente nos portos Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
portugueses... Mas há outros fatores da história sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
portuguesa tão ou mais importantes.” 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
Assinale a alternativa que apresenta outros alii (seleção), História moderna através de tex-
fatores da participação portuguesa na expansão tos, 1989, p. 85. Adaptado)
marítima e comercial europeia, além da posição Segundo o autor:
geográfica:
a) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
a) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao ada política, a nobreza, ao adotar medi-
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis- das não intervencionistas, para preservar
putas dinásticas, do que a fatores pró- a concentração fundiária, já que a terra
prios do processo histórico, econômico, era a medida de riqueza da época.
político e social de Portugal. b) ( ) as práticas econômicas intervencionistas
b) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma- do Estado absolutista tinham o objetivo
rítima era comercial e aumentava os ne- específico de enriquecer a nação, em es-
gócios, superando a crise do século. Para pecial, os comerciantes, que impulsiona-
o Estado, trazia maiores rendas; para a vam o comércio externo, base da acumu-
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja lação da época.
Católica, maior cristianização dos “po- c) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
vos bárbaros”. solutista e o nacionalismo levaram a in-
c) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla- tolerância e a tudo o que impedia o bem-
mação do primeiro rei de Portugal, já vi- estar dos súditos, unidos por regulamen-
sava tanto à expansão econômica quanto tações e normas rígidas.
à religiosa, que a expansão marítima iria d) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
concretizar. ditos do Estado absolutista, era o alvo
d) ( ) Desde o seu início, a expansão marí- maior de todas as medidas econômicas,
tima, embora contasse com o apoio en- isto é, o intervencionismo está intima-
tusiasmado do grupo mercantil, recebeu mente ligado ao nacionalismo.
o combate dos proprietários agrícolas, e) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
para quem os dispêndios com o comér- der, pois o Estado absolutista implan-
cio eram perdulários. tou práticas econômicas intervencionis-
e) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
de Avis, a burguesia manteve a indepen- mento do poder político do próprio Es-
dência de Portugal, centralizou o poder tado.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.29
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen- a respeito das relações entre o Estado e a nação
dido como expressão de vida e degradação, cri- que imperava na época (séculos XVl e XVll).
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão, Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
Na Modernidade, sob o comando do mundo da 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne- alii (seleção), História moderna através de tex-
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do tos, 1989, p. 85. Adaptado)
repouso, da folga e da preguiça, criando uma Segundo o autor:
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: a) ( ) a nação, compreendida como todos os sú-
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- ditos do Estado absolutista, era o alvo
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- maior de todas as medidas econômicas,
tado). O processo de ressignificação do trabalho isto é, o intervencionismo está intima-
nas sociedades modernas teve início a partir do mente ligado ao nacionalismo.
surgimento de uma nova mentalidade, influenci- b) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po-
ada pela... der, pois o Estado absolutista implan-
tou práticas econômicas intervencionis-
a) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci-
importância das atividades laborais no
mento do poder político do próprio Es-
mundo secularizado.
tado.
b) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
c) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
teio do anarquismo reivindicando direi-
ada política, a nobreza, ao adotar medi-
tos trabalhistas.
das não intervencionistas, para preservar
c) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
a concentração fundiária, já que a terra
Média, defendia a dignidade do trabalho
era a medida de riqueza da época.
e do lucro.
d) ( ) as práticas econômicas intervencionistas
d) ( ) participação das mulheres em movimen-
do Estado absolutista tinham o objetivo
tos sociais, defendendo o direito ao tra-
específico de enriquecer a nação, em es-
balho.
pecial, os comerciantes, que impulsiona-
e) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
vam o comércio externo, base da acumu-
ráter excessivo e insalubre do trabalho
lação da época.
fabril.
e) ( ) as relações profundas entre o Estado ab-
Q.2 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su- solutista e o nacionalismo levaram a in-
jeito como o objeto da política econômica mer- tolerância e a tudo o que impedia o bem-
estar dos súditos, unidos por regulamen- Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
tações e normas rígidas. texto apresenta uma interpretação da moderni-
dade que a caracteriza como um(a):
Q.3 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
quando se vão desmoronando as estruturas so- a) ( ) dinâmica social contraditória.
cioeconômicas da Idade Média perante os novos b) ( ) interação coletiva harmônica.
imperativos da Época moderna, constituem um c) ( ) sistema internacional decadente.
momento-chave na história florestal de toda a d) ( ) fenômeno econômico estável.
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um e) ( ) processo histórico homogeneizador.
longo período de “crise florestal”, que se mani-
festa com acuidade nos países onde mais se de- Q.5 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
senvolvem as atividades industriais e comerciais. supremo de atribuir ao contrato uma soberania
As necessidades em produtos lenhosos aumen- absoluta e indivisível. Ensina que, por um único
tam drasticamente com o crescimento do con- e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde em sociedade política e submetem-se a um se-
progridem a metalurgia e a construção naval, nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
além da sua utilização na vida quotidiana de esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
uma geografia histórica da floresta portuguesa. e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n. J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
1, 1986 (adaptado). nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
Qual acontecimento do período contribuiu tado).
diretamente para o agravamento da situação A proposta de organização da sociedade
descrita? apresentada no texto encontra-se fundamentada
na
a) ( ) A manutenção do sistema feudal.
b) ( ) A eclosão do renascimento cultural. a) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
c) ( ) O processo de expansão marítima. parlamento.
d) ( ) O movimento de reformas religiosas. b) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
e) ( ) A concretização da centralização polí- tatividade do monarca.
tica. c) ( ) abdicação dos interesses individuais e na
legitimidade do governo.
Q.4 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
d) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade
um ambiente que promete aventura, poder, ale-
ao soberano.
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
e) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
do poder democrático.
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- Q.6 (1.00) - Porque todos confessamos não se
ência ambiental da modernidade anula todas as poder viver sem alguns escravos, que busquem
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que se come, e outros serviços que não são possíveis
a modernidade une a espécie humana. Porém, poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des- confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
mancha no ar: a aventura da modernidade. São panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
tamente, por meios que as Constituições permi- d) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
tem, quando puder para nossos colégios e casas atraso dos seus rivais, envolvidos em dis-
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia putas dinásticas, do que a fatores pró-
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização prios do processo histórico, econômico,
Brasileira, 1938 (adaptado). político e social de Portugal.
O texto explicita premissas da expansão ul- e) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
tramarina portuguesa ao buscar justificar a tima, embora contasse com o apoio en-
tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
a) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões. o combate dos proprietários agrícolas,
b) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo. para quem os dispêndios com o comér-
c) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. cio eram perdulários.
d) ( ) propagação do ideário cristão.
Q.8 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
e) ( ) valorização do trabalho braçal.
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
Q.7 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para os países novos para tirar benefícios dos recursos
o mar foi incentivada pela posição geográfica do de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
da África. Dada a tecnologia da época, era im- às populações primitivas as vantagens da cultura
portante contar com correntes marítimas favo- intelectual, social, científica, moral, artística, li-
ráveis, e elas começavam exatamente nos portos terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
portugueses... Mas há outros fatores da história ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
portuguesa tão ou mais importantes.” lecimento fundado em país novo por uma raça
Assinale a alternativa que apresenta outros de civilização avançada, para realizar o duplo
fatores da participação portuguesa na expansão fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
marítima e comercial europeia, além da posição Précis de législation et d´économie coloniales.
geográfica: Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
a) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla- 1981.
mação do primeiro rei de Portugal, já vi- A definição de colonização apresentada no
sava tanto à expansão econômica quanto texto tinha a função ideológica de
à religiosa, que a expansão marítima iria
a) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
concretizar.
ante a educação formal dos colonos.
b) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
b) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
rítima era comercial e aumentava os ne-
nia mediante a incorporação de tradições
gócios, superando a crise do século. Para
metropolitanas.
o Estado, trazia maiores rendas; para a
c) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
incorporação dos hábitos da Metrópole.
Católica, maior cristianização dos “po-
d) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
vos bárbaros”.
ante a ideia de civilização.
c) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
e) ( ) formar uma identidade colonial medi-
de Avis, a burguesia manteve a indepen-
ante a recuperação de sua ancestrali-
dência de Portugal, centralizou o poder
dade.
e impôs ao Estado o seu interesse espe-
cífico na expansão. Q.9 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan-
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.30
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su- específico de enriquecer a nação, em es-
jeito como o objeto da política econômica mer- pecial, os comerciantes, que impulsiona-
cantilista. O mercantilismo refletia a concepção vam o comércio externo, base da acumu-
a respeito das relações entre o Estado e a nação lação da época.
que imperava na época (séculos XVl e XVll).
Q.2 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
um ambiente que promete aventura, poder, ale-
sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
gria, crescimento, autotransformação e transfor-
1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
mação das coisas em redor – mas ao mesmo
alii (seleção), História moderna através de tex-
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo
tos, 1989, p. 85. Adaptado)
o que sabemos, tudo o que somos. A experi-
Segundo o autor:
ência ambiental da modernidade anula todas as
a) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po- fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
der, pois o Estado absolutista implan- cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
tou práticas econômicas intervencionis- a modernidade une a espécie humana. Porém,
tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci- é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
mento do poder político do próprio Es- Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
tado. mancha no ar: a aventura da modernidade. São
b) ( ) a nação, compreendida como todos os sú- Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
ditos do Estado absolutista, era o alvo texto apresenta uma interpretação da moderni-
maior de todas as medidas econômicas, dade que a caracteriza como um(a):
isto é, o intervencionismo está intima-
a) ( ) interação coletiva harmônica.
mente ligado ao nacionalismo.
b) ( ) dinâmica social contraditória.
c) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
c) ( ) fenômeno econômico estável.
ada política, a nobreza, ao adotar medi-
d) ( ) sistema internacional decadente.
das não intervencionistas, para preservar
e) ( ) processo histórico homogeneizador.
a concentração fundiária, já que a terra
era a medida de riqueza da época. Q.3 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
d) ( ) as relações profundas entre o Estado ab- supremo de atribuir ao contrato uma soberania
solutista e o nacionalismo levaram a in- absoluta e indivisível. Ensina que, por um único
tolerância e a tudo o que impedia o bem- e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
estar dos súditos, unidos por regulamen- em sociedade política e submetem-se a um se-
tações e normas rígidas. nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
e) ( ) as práticas econômicas intervencionistas esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
do Estado absolutista tinham o objetivo ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
diretamente para o agravamento da situação nas sociedades modernas teve início a partir do
descrita? surgimento de uma nova mentalidade, influenci-
ada pela...
a) ( ) A manutenção do sistema feudal.
b) ( ) O movimento de reformas religiosas. a) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade
c) ( ) A concretização da centralização polí- Média, defendia a dignidade do trabalho
tica. e do lucro.
d) ( ) A eclosão do renascimento cultural. b) ( ) reforma higienista, que combateu o ca-
e) ( ) O processo de expansão marítima. ráter excessivo e insalubre do trabalho
Q.6 (1.00) - Porque todos confessamos não se fabril.
poder viver sem alguns escravos, que busquem c) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es-
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que teio do anarquismo reivindicando direi-
se come, e outros serviços que não são possíveis tos trabalhistas.
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime d) ( ) participação das mulheres em movimen-
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as tos sociais, defendendo o direito ao tra-
confissões e tudo mais. Parece-me que a Com- balho.
panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus- e) ( ) Reforma Protestante, que expressou a
tamente, por meios que as Constituições permi- importância das atividades laborais no
tem, quando puder para nossos colégios e casas mundo secularizado.
de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia Q.8 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
Brasileira, 1938 (adaptado). os países novos para tirar benefícios dos recursos
O texto explicita premissas da expansão ul- de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
tramarina portuguesa ao buscar justificar a no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
a) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões. às populações primitivas as vantagens da cultura
b) ( ) propagação do ideário cristão. intelectual, social, científica, moral, artística, li-
c) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo. terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
d) ( ) adoção do cativeiro na Colônia. ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
e) ( ) valorização do trabalho braçal. lecimento fundado em país novo por uma raça
de civilização avançada, para realizar o duplo
Q.7 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e
fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen-
Précis de législation et d´économie coloniales.
dido como expressão de vida e degradação, cri-
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão,
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga.
1981.
Na Modernidade, sob o comando do mundo da
A definição de colonização apresentada no
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne-
texto tinha a função ideológica de
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do
repouso, da folga e da preguiça, criando uma a) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé- ante a educação formal dos colonos.
culo XX e a era da degradação do trabalho. In: b) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé- ante a ideia de civilização.
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap- c) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
tado). O processo de ressignificação do trabalho incorporação dos hábitos da Metrópole.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.31
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI, terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
quando se vão desmoronando as estruturas so- ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
cioeconômicas da Idade Média perante os novos lecimento fundado em país novo por uma raça
imperativos da Época moderna, constituem um de civilização avançada, para realizar o duplo
momento-chave na história florestal de toda a fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um Précis de législation et d´économie coloniales.
longo período de “crise florestal”, que se mani- Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
festa com acuidade nos países onde mais se de- trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
senvolvem as atividades industriais e comerciais. 1981.
As necessidades em produtos lenhosos aumen- A definição de colonização apresentada no
tam drasticamente com o crescimento do con- texto tinha a função ideológica de
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
a) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
progridem a metalurgia e a construção naval,
ante a ideia de civilização.
além da sua utilização na vida quotidiana de
b) ( ) formar uma identidade colonial medi-
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
ante a recuperação de sua ancestrali-
uma geografia histórica da floresta portuguesa.
dade.
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
c) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
1, 1986 (adaptado).
nia mediante a incorporação de tradições
Qual acontecimento do período contribuiu
metropolitanas.
diretamente para o agravamento da situação
d) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
descrita?
ante a educação formal dos colonos.
a) ( ) A manutenção do sistema feudal. e) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
b) ( ) A concretização da centralização polí- incorporação dos hábitos da Metrópole.
tica.
Q.3 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
c) ( ) O movimento de reformas religiosas.
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
d) ( ) O processo de expansão marítima.
mas a Ordem de Deus.
e) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
Q.2 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em celestes [1543].
1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
os países novos para tirar benefícios dos recursos 1984.
de qualquer natureza desses países, aproveitá-los TEXTO II
no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar Não vejo nenhum motivo para que as ideias
às populações primitivas as vantagens da cultura expostas neste livro (A origem das espécies) se
intelectual, social, científica, moral, artística, li- choquem com as ideias religiosas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. agens de descoberta para o Oriente atra-
São Paulo: Escala, 2009. vés do Atlântico, visto que lhes bastavam
Os textos expressam a visão de dois pensa- as riquezas alcançadas na África, ou seja,
dores — ouro, marfim e escravos.
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli- b) ( ) A descoberta do continente americano
giosa e suas por espanhóis, e depois, por portugue-
relações com a ciência, no contexto histórico ses, revela o grande anseio dos navega-
de construção dores ibéricos por chegar às riquezas do
e consolidação da Modernidade. A compa- Oriente através de uma rota pelo Oci-
ração entre essas dente.
visões expressa, respectivamente: c) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri-
cana para o Oriente fosse para os portu-
a) ( ) Ciência como área autônoma do saber —
gueses, algo cada vez mais realizável em
razão humana submetida à fé
razão dos avanços técnicos, foi a explora-
b) ( ) Autonomia do pensamento religioso —
ção comercial da costa africana o que, de
fomento à fé por meio da ciência.
fato, impulsionou as viagens do período.
c) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa-
d) ( ) Durante o período henriquino, os gran-
mento científico independente.
des aperfeiçoamentos técnicos na arte
d) ( ) Poder secular acima do poder religioso
náutica permitiram aos portugueses che-
— defesa dos dogmas católicos.
gar ao Oriente contornando o continente
e) ( ) Moral católica acima da protestante —
africano.
subordinação da ciência à religião
e) ( ) As navegações portuguesas, à época de
Q.4 (1.00) - (Mackenzie) “As grandes mudan- D. Henrique, eram motivadas, acima de
ças que se verificam na arte náutica durante a tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente;
segunda metade do século XV levam a crer na secundariamente, contudo, dedicavam-se
possibilidade de chegar-se, contornando o con- os portugueses ao comércio de escravos,
tinente africano, às terras do Oriente. Não se ouro e marfim, sobretudo na costa afri-
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir cana.
por via marítima esses países de fábula presidis-
sem as navegações do período henriquino, ani- Q.5 (1.00) - (FGV) O Estado era tanto o su-
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) jeito como o objeto da política econômica mer-
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- cantilista. O mercantilismo refletia a concepção
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) a respeito das relações entre o Estado e a nação
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em que imperava na época (séculos XVl e XVll).
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par- Era o Estado, não a nação, o que lhe interes-
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en- sava. (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista,
tão em mãos de mercadores árabes, começam a 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de alii (seleção), História moderna através de tex-
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos tos, 1989, p. 85. Adaptado)
descobrimentos portugueses.) Segundo o autor:
Assinale a alternativa que melhor resume o
a) ( ) O Estado absolutista privilegiou sua ali-
conteúdo do trecho acima:
ada política, a nobreza, ao adotar medi-
a) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi- das não intervencionistas, para preservar
a concentração fundiária, já que a terra tima, embora contasse com o apoio en-
era a medida de riqueza da época. tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
b) ( ) as práticas econômicas intervencionistas o combate dos proprietários agrícolas,
do Estado absolutista tinham o objetivo para quem os dispêndios com o comér-
específico de enriquecer a nação, em es- cio eram perdulários.
pecial, os comerciantes, que impulsiona- c) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução
vam o comércio externo, base da acumu- de Avis, a burguesia manteve a indepen-
lação da época. dência de Portugal, centralizou o poder
c) ( ) as relações profundas entre o Estado ab- e impôs ao Estado o seu interesse espe-
solutista e o nacionalismo levaram a in- cífico na expansão.
tolerância e a tudo o que impedia o bem- d) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
estar dos súditos, unidos por regulamen- rítima era comercial e aumentava os ne-
tações e normas rígidas. gócios, superando a crise do século. Para
d) ( ) a nação, compreendida como todos os sú- o Estado, trazia maiores rendas; para a
ditos do Estado absolutista, era o alvo nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
maior de todas as medidas econômicas, Católica, maior cristianização dos “po-
isto é, o intervencionismo está intima- vos bárbaros”.
mente ligado ao nacionalismo. e) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla-
e) ( ) o mercantilismo foi um Sistema de po- mação do primeiro rei de Portugal, já vi-
der, pois o Estado absolutista implan- sava tanto à expansão econômica quanto
tou práticas econômicas intervencionis- à religiosa, que a expansão marítima iria
tas, cujo objetivo maior foi o fortaleci- concretizar.
mento do poder político do próprio Es-
tado. Q.7 (1.00) - Porque todos confessamos não se
poder viver sem alguns escravos, que busquem
Q.6 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
o mar foi incentivada pela posição geográfica do se come, e outros serviços que não são possíveis
país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
da África. Dada a tecnologia da época, era im- sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
portante contar com correntes marítimas favo- confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
ráveis, e elas começavam exatamente nos portos panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
portugueses... Mas há outros fatores da história tamente, por meios que as Constituições permi-
portuguesa tão ou mais importantes.” tem, quando puder para nossos colégios e casas
Assinale a alternativa que apresenta outros de meninos. LEITE. S. Historia da Companhia
fatores da participação portuguesa na expansão de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
marítima e comercial europeia, além da posição Brasileira, 1938 (adaptado).
geográfica: O texto explicita premissas da expansão ul-
tramarina portuguesa ao buscar justificar a
a) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis- a) ( ) adesão ao ascetismo contemplativo.
putas dinásticas, do que a fatores pró- b) ( ) valorização do trabalho braçal.
prios do processo histórico, econômico, c) ( ) alfabetização dos indígenas nas Missões.
político e social de Portugal. d) ( ) propagação do ideário cristão.
b) ( ) Desde o seu início, a expansão marí- e) ( ) adoção do cativeiro na Colônia.
Q.8 (1.00) - (ENEM) Desde o mundo antigo e fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-
sua filosofia, que o trabalho tem sido compreen- cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que
dido como expressão de vida e degradação, cri- a modernidade une a espécie humana. Porém,
ação e infelicidade, atividade vital e escravidão, é uma unidade paradoxal, uma unidade de de
felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
Na Modernidade, sob o comando do mundo da mancha no ar: a aventura da modernidade. São
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do ne- Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
gócio (negar o ócio) veio sepultar o império do texto apresenta uma interpretação da moderni-
repouso, da folga e da preguiça, criando uma dade que a caracteriza como um(a):
ética positiva de trabalho.ANTUNES, R. O sé-
a) ( ) interação coletiva harmônica.
culo XX e a era da degradação do trabalho. In:
b) ( ) dinâmica social contraditória.
SILVA, J.P. (Org.). Por uma sociologia do sé-
c) ( ) fenômeno econômico estável.
culo XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adap-
d) ( ) sistema internacional decadente.
tado). O processo de ressignificação do trabalho
e) ( ) processo histórico homogeneizador.
nas sociedades modernas teve início a partir do
surgimento de uma nova mentalidade, influenci- Q.10 (1.00) - (ENEM) Hobbes realiza o esforço
ada pela... supremo de atribuir ao contrato uma soberania
absoluta e indivisível. Ensina que, por um único
a) ( ) força do sindicalismo, que emergiu no es- e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
teio do anarquismo reivindicando direi- em sociedade política e submetem-se a um se-
tos trabalhistas. nhor, a um soberano. Não firmam contrato com
b) ( ) Reforma Protestante, que expressou a esse senhor, mas entre si. É entre si que renun-
importância das atividades laborais no ciam, em proveito desse senhor, a todo o direito
mundo secularizado. e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER,
c) ( ) visão do catolicismo, que, desde a Idade J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a
Média, defendia a dignidade do trabalho nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adap-
e do lucro. tado).
d) ( ) reforma higienista, que combateu o ca- A proposta de organização da sociedade
ráter excessivo e insalubre do trabalho apresentada no texto encontra-se fundamentada
fabril. na
e) ( ) participação das mulheres em movimen-
tos sociais, defendendo o direito ao tra- a) ( ) abdicação dos interesses individuais e na
balho. legitimidade do governo.
b) ( ) alteração dos direitos civis e na represen-
Q.9 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em tatividade do monarca.
um ambiente que promete aventura, poder, ale- c) ( ) imposição das leis e na respeitabilidade
gria, crescimento, autotransformação e transfor- ao soberano.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo d) ( ) mobilização do povo e na autoridade do
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo parlamento.
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- e) ( ) cooperação dos súditos e na legalidade
ência ambiental da modernidade anula todas as do poder democrático.
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.32
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
Q.1 (1.00) - (USS) “Sem dúvida, a atração para e) ( ) Desde o seu início, a expansão marí-
o mar foi incentivada pela posição geográfica do tima, embora contasse com o apoio en-
país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa tusiasmado do grupo mercantil, recebeu
da África. Dada a tecnologia da época, era im- o combate dos proprietários agrícolas,
portante contar com correntes marítimas favo- para quem os dispêndios com o comér-
ráveis, e elas começavam exatamente nos portos cio eram perdulários.
portugueses... Mas há outros fatores da história
portuguesa tão ou mais importantes.” Q.2 (1.00) - (ENEM) Os séculos XV e XVI,
Assinale a alternativa que apresenta outros quando se vão desmoronando as estruturas so-
fatores da participação portuguesa na expansão cioeconômicas da Idade Média perante os novos
marítima e comercial europeia, além da posição imperativos da Época moderna, constituem um
geográfica: momento-chave na história florestal de toda a
Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um
a) ( ) O apoio da Igreja Católica, desde a acla- longo período de “crise florestal”, que se mani-
mação do primeiro rei de Portugal, já vi- festa com acuidade nos países onde mais se de-
sava tanto à expansão econômica quanto senvolvem as atividades industriais e comerciais.
à religiosa, que a expansão marítima iria As necessidades em produtos lenhosos aumen-
concretizar. tam drasticamente com o crescimento do con-
b) ( ) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde
de Avis, a burguesia manteve a indepen- progridem a metalurgia e a construção naval,
dência de Portugal, centralizou o poder além da sua utilização na vida quotidiana de
e impôs ao Estado o seu interesse espe- toda a população. DEVY-VARETA, N. Para
cífico na expansão. uma geografia histórica da floresta portuguesa.
c) ( ) O pioneirismo português deve-se mais ao Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n.
atraso dos seus rivais, envolvidos em dis- 1, 1986 (adaptado).
putas dinásticas, do que a fatores pró- Qual acontecimento do período contribuiu
prios do processo histórico, econômico, diretamente para o agravamento da situação
político e social de Portugal. descrita?
d) ( ) Para o grupo mercantil, a expansão ma-
rítima era comercial e aumentava os ne- a) ( ) A eclosão do renascimento cultural.
gócios, superando a crise do século. Para b) ( ) A concretização da centralização polí-
o Estado, trazia maiores rendas; para a tica.
nobreza, cargos e pensões; para a Igreja c) ( ) O processo de expansão marítima.
Católica, maior cristianização dos “po- d) ( ) A manutenção do sistema feudal.
vos bárbaros”. e) ( ) O movimento de reformas religiosas.
sem as navegações do período henriquino, ani- Q.7 (1.00) - ENEM) Colonizar, afirmava, em
mada por objetivos estritamente mercantis. (...) 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com
Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia- os países novos para tirar benefícios dos recursos
se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) de qualquer natureza desses países, aproveitá-los
Da mesma viagem procede o primeiro ouro em no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas par- às populações primitivas as vantagens da cultura
tes. O marfim, cujo comércio se achava até en- intelectual, social, científica, moral, artística, li-
tão em mãos de mercadores árabes, começam a terária, comercial e industrial, apanágio das ra-
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de ças superiores. A colonização é, pois, um estabe-
1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos lecimento fundado em país novo por uma raça
descobrimentos portugueses.) de civilização avançada, para realizar o duplo
Assinale a alternativa que melhor resume o fim que acabamos de indicar”. MÉRIGNHAC.
conteúdo do trecho acima: Précis de législation et d´économie coloniales.
Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a me-
trópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense,
a) ( ) A descoberta do continente americano
1981.
por espanhóis, e depois, por portugue-
A definição de colonização apresentada no
ses, revela o grande anseio dos navega-
texto tinha a função ideológica de
dores ibéricos por chegar às riquezas do
Oriente através de uma rota pelo Oci- a) ( ) dissimular a prática da exploração medi-
dente. ante a ideia de civilização.
b) ( ) Os portugueses logo abandonaram as vi- b) ( ) compensar o saque das riquezas medi-
agens de descoberta para o Oriente atra- ante a educação formal dos colonos.
vés do Atlântico, visto que lhes bastavam c) ( ) reparar o atraso da Colônia mediante a
as riquezas alcançadas na África, ou seja, incorporação dos hábitos da Metrópole.
ouro, marfim e escravos. d) ( ) promover a elevação cultural da Colô-
c) ( ) Durante o período henriquino, os gran- nia mediante a incorporação de tradições
des aperfeiçoamentos técnicos na arte metropolitanas.
náutica permitiram aos portugueses che- e) ( ) formar uma identidade colonial medi-
gar ao Oriente contornando o continente ante a recuperação de sua ancestrali-
africano. dade.
d) ( ) As navegações portuguesas, à época de
D. Henrique, eram motivadas, acima de Q.8 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
secundariamente, contudo, dedicavam-se mas a Ordem de Deus.
os portugueses ao comércio de escravos, COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
ouro e marfim, sobretudo na costa afri- celestes [1543].
cana. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
e) ( ) Embora a descoberta de uma rota afri- 1984.
cana para o Oriente fosse para os portu- TEXTO II
gueses, algo cada vez mais realizável em Não vejo nenhum motivo para que as ideias
razão dos avanços técnicos, foi a explora- expostas neste livro (A origem das espécies) se
ção comercial da costa africana o que, de choquem com as ideias religiosas.
fato, impulsionou as viagens do período. DARWIN, C. A origem das espécies [1859].
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.33
Não esqueça de preencher todos os dados do cabeçalho, colocando nome, data e turma. As respostas
devem ser marcadas no gabarito com caneta azul ou preta.
longo período de “crise florestal”, que se mani- Q.7 (1.00) - (ENEM) TEXTO I
festa com acuidade nos países onde mais se de- O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
senvolvem as atividades industriais e comerciais. mas a Ordem de Deus.
As necessidades em produtos lenhosos aumen- COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes
tam drasticamente com o crescimento do con- celestes [1543].
sumo nos mercados urbanos e nas regiões onde Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
progridem a metalurgia e a construção naval, 1984.
além da sua utilização na vida quotidiana de TEXTO II
toda a população. DEVY-VARETA, N. Para Não vejo nenhum motivo para que as ideias
uma geografia histórica da floresta portuguesa. expostas neste livro (A origem das espécies) se
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n. choquem com as ideias religiosas.
1, 1986 (adaptado). DARWIN, C. A origem das espécies [1859].
Qual acontecimento do período contribuiu São Paulo: Escala, 2009.
diretamente para o agravamento da situação Os textos expressam a visão de dois pensa-
descrita? dores —
Copérnico e Darwin — sobre a questão reli-
a) ( ) A concretização da centralização polí-
giosa e suas
tica.
b) ( ) O movimento de reformas religiosas. relações com a ciência, no contexto histórico
c) ( ) A manutenção do sistema feudal. de construção
d) ( ) A eclosão do renascimento cultural. e consolidação da Modernidade. A compa-
e) ( ) O processo de expansão marítima. ração entre essas
visões expressa, respectivamente:
Q.6 (1.00) - Ser moderno é encontrar-se em
um ambiente que promete aventura, poder, ale- a) ( ) Poder secular acima do poder religioso
gria, crescimento, autotransformação e transfor- — defesa dos dogmas católicos.
mação das coisas em redor – mas ao mesmo b) ( ) Autonomia do pensamento religioso —
tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo fomento à fé por meio da ciência.
o que sabemos, tudo o que somos. A experi- c) ( ) Moral católica acima da protestante —
ência ambiental da modernidade anula todas as subordinação da ciência à religião
fronteiras geográficas e raciais, de classe e na- d) ( ) Ciência como área autônoma do saber —
cionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que razão humana submetida à fé
a modernidade une a espécie humana. Porém, e) ( ) Articulação entre ciência e fé — pensa-
é uma unidade paradoxal, uma unidade de de mento científico independente.
Sunidade.BERMAN, M. Tudo que é sólido des-
Q.8 (1.00) - Porque todos confessamos não se
mancha no ar: a aventura da modernidade. São
poder viver sem alguns escravos, que busquem
Paulo: Cia, das Letras, 1986 (adaptado). O
a lenha e a água, e façam cada dia o pão que
texto apresenta uma interpretação da moderni-
se come, e outros serviços que não são possíveis
dade que a caracteriza como um(a):
poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime
a) ( ) dinâmica social contraditória. sendo tão poucos, que seria necessário deixar as
b) ( ) interação coletiva harmônica. confissões e tudo mais. Parece-me que a Com-
c) ( ) processo histórico homogeneizador. panhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, jus-
d) ( ) sistema internacional decadente. tamente, por meios que as Constituições permi-
e) ( ) fenômeno econômico estável. tem, quando puder para nossos colégios e casas
a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e
Prova: 1392971.34