Trecho_-_O_que_o_rio_sabe_1
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AGOSTO DE 1884
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perna lago
banco morro
víbora cesto
coruja suporte para jarra
água pão
boca corda
abrigo mão
pavio cobra
Deixei cair o lápis no colo quando terminei e, distraída, girei o anel dou-
rado no dedo mínimo. Papá o enviara em sua última remessa, em julho,
sem bilhete algum, somente seu nome e endereço no Cairo numa etiqueta
na caixa. Era típico dele esquecer o bilhete. O anel cintilava à luz suave, e
lembrei a primeira vez que o coloquei no dedo. No instante que o toquei,
meus dedos haviam formigado, uma corrente ardente me subira pelo braço
e minha boca se enchera com o sabor de rosas.
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A UM MUNDO DE
DISTÂNCIA
NOVEMBRO DE 1884
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Julho de 1884
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Seu tio,
Ricardo Marqués
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