Fundamentos Teóricos e Legais Da Educação Básica
Fundamentos Teóricos e Legais Da Educação Básica
Fundamentos Teóricos e Legais Da Educação Básica
Giseli Novelli
Fundamentos Teóricos e
Legais da Educação Básica
Fundamentos Teóricos e Legais da Educação Básica - Giseli Novelli
Olá pessoal!
Em relação as escolas públicas estas devem respeitar este princípio organizando sua
administraçãodemocraticamente em conjunto com a comunidade escolar - professores
e professoras, alunos ealunas, pais e mães, familiares, comunidade escolar, equipe gestora,
equipes administrativas e to-dos os demais funcionários públicos ou prestadores de serviços
– são ativos e considerados sujeitos das decisões que envolvem a vida escolar. Estas
decisões devem ser coordenadas pelos membros da comunidade escolar valorizando a
participação de todos, a participação social.
Objetivos específicos
1. Analisar o Princípio da Gestão Democrática na Educação.
2. Compreender o processo de construção da Gestão Democrática no Sistema
de EnsinoBrasileiro e na Escola Básica.
3. Perceber os instrumentos e os elementos básicos para a efetivação da Gestão
Democráticana Escola Básica.
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 13
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INTRODUÇÃO
Neste curso o objetivo apresentar os encontros e desencontros na e para a efetivação da
gestão democrática no sistema de ensino da Escola Básica.
Neste curso vamos refletir sobre os princípios que estruturam a democracia escolar, bem
como a contextualização do histórico dos debates e ações que definiram a gestão
democrática como um dos princípios posto na legislação e também os encontros e
desencontros que teóricos e estudiosos do tema nos apresentam e que colaboram para
a efetividade e operacionalização dessa política na educação e no dia a dia da escola.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e osaber;
III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e
coexistência deinstituições públicas e privadas de ensino;
IV. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
Complexo Educacional Campos Salles
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A LDB 9.394/96 acrescenta na sua redação “e da legislação do sistema de ensino” (Art. 3º,
Inc. VIII),como percebe-se nas citações acima. É importante perceber este destaque, uma
vez que o proces-so de gestão democrática deve ocorrer não só nas escolas, mas também
em todo o sistema de en-sino. E isto envolve todo o sistema que organiza a educação no
país, tanto o sistema público como o sistema privado de ensino. Em relação a essa questão,
Gracindo (2007) alerta que:
diz:
Para Paro (1998), existem bases fundantes para a realização da Gestão Democrática. De
acordo comele é fundamental compreender que a gestão democrática é uma gestão
compartilhada, e que sófará sentido se a prática social qualificar um processo educativo
que construa, como já dito na fraseacima, a transformação emancipatória.
Atenção
A fala do Professor Vitor Henrique Paro sobre a gestão democrática na
escola encontra-se nos vídeos em destaque a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=pGG3Or2Wh
https://www.youtube.com/watch?v=5n88ET1V1lI
Em ambos Paro (2014) nos alerta que não basta organizar instâncias coletivas, que em
termos deestrutura organizacional sejam realidade dentro da escola, como por exemplo, o
Conselho de Clas-se, o Conselho de Escola, Associação de Pais e Mestres.
O papel da escola é, segundo ele (2014), é propiciar condições para que o aluno aprenda,
logo, paraele devemos questionar o papel da democracia na escola e a relação entre o
educador, a educadorae o aluno e a aluna, constituindo-se está a partir do respeito entre
ambos. Neste ponto específico,Paro (2014) afirma que é preciso ter disposição dentro da
escola e que apesar de em termos organi- zacionais a escola poder ter estas instancias
constituídas, as mesmas não se realizaram como partede uma gestão democrática se as
relações subjetivas que nela se realizam também não o forem.Logo, Paro (2014) destaca
que as instancias coletivas devem priorizar a participação coletiva e todosdevem saber qual
seu objetivo – o objetivo da escola.
Essas instâncias são instâncias políticas, local de sujeitos, local de participação. Paro (2014a)
afirma que a convivência nessas instâncias políticas pode ser autoritária, quando um
domina o outro e impede o diálogo e a manifestação das subjetividades.
Observando o texto dos artigos citados acima percebemos que, como já apresentado no
item ante- rior por meio da análise de Vitor Paro (2014), a escola deve refletir sobre a
participação de todos e todas que a estabelecem, garantindo espaços para atuação.
Os três exemplos citados a seguir, segundo a lei, devem estar ocorrendo em cada unidade
educa- cional escolar. A participação ativa na construção do Projeto Político Pedagógico
da escola, a parti- cipação na organização administrativa nos Colegiados e a participação
nas decisões dos gastos de verbas são, principalmente, nas escolas públicas uma realidade.
Pense comigo
Analisando os três exemplos citados para a democratização da Escola
Básica, Projeto Político Pedagógico; Colegiados Deliberativos; Decisões
Financeiras; responda:
• Qual deles você analisa como sendo o mais atuante na escola, pensando nesta como seu
lugar de trabalho ou como local de estudo?
• Você sabe quais as especificidades de cada um deles?
Saiba mais
Para colaborar na resposta acesse o link abaixo sobre Gestão Democrá-
tica e Autonomia Pedagógica.
https://www.youtube.com/watch?v=2jO9LMgS86E
O Projeto Político Pedagógico (P.P.P.) deve ser pensado e construído pela própria escola e
tem a fi-nalidade de relacionar o político ao pedagógico, direcionando e melhorando a
organização interiorda escola. E, de acordo com a atual legislação, fortalecer a gestão
democrática da escola básica.
De acordo com Moacir Gadotti (2016), a escola atual existe uma preocupação com o
projeto da escola, com os planos de ensino, com o planejamento e também com a
avaliação. Para o referido autor podemos considerar esse fato como positivo, mas é
necessário ir mais além e perceber a di-mensão política desses conceitos, compreendendo
que não há neutralidade nas ações escolares. Por isso, segundo Gadotti (2016), é
extremamente enfatizar a dimensão política do projeto pedagógico ao destacarmos o
mesmo como “político-pedagógico”.
2. 2 Conselho de Escola.
O Conselho de Escola é um órgão colegiado que tem como função envolver a
comunidade no con- trole da gestão escolar, uma vez que representa a descentralizar da
gestão pública inserindo a po- pulação civil nas tomadas de decisões de questões que
historicamente eram exclusivas do Estado. O Conselho Escolar é o lócus de discussão e de
participação do debate das diversas questões que estão presentes no cotidiano escolar.
Para que o Conselho de Escola se efetive é importante destacar que sua existência em si
não ga- rante que a gestão da escola ocorra democraticamente, pois em uma sociedade
autoritária e não horizontalizada como a nossa podemos afirmar que existe a necessidade
de elaborar um planeja- mento que considere a participação como uma capacidade
em construção dentro e fora dos limites da escola.
Em relação aos obstáculos, Paro afirma a existência de tais mecanismos dentro da escola
como o Conselho de Escola, que deveria “... propiciar a participação mais efetiva da
população nas ativida- des da escola, parece não estar servindo satisfatoriamente a essa
função, em parte devido a seu caráter formalista e burocratizado. “(PARO, 1992, p. 5).
Paro (1992) nos ajudar a compreender que para os Conselhos de Escola se efetivarem
plenamente alguns condicionantes internos e externos a escola deve ser estudados,
refletidos e ser conteúdo dareflexão pela gestão democrática. São eles:
Condicionantes internos:
E condicionantes externos:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394 em 1996
percebe-seque um novo paradigma administrativo é proposto para a organização da
administração escolar. Em 1996 o momento político era de intenso debate sobre a
construção de uma sociedade democrá-tica. A autonomia e a participação são pilastras
básicas das propostas que se constituem de orga- nização escolar e, a partir de então,
para tal, se faz necessário uma organização colegiada.
Democrática.
CONSTITUIÇÃO DE LDB 9.394 DE 1996
1988
ART. 206
GESTÃO Art. 3º
VI - gestão DEMOCRÁTICA
democrática do VIII - gestão
ensino público, na
NA ESCOLA democrática do ensino
forma da lei. BÁSICA público, na forma desta
Lei e da legislação dos
sistemas de ensino.
Gestão
– Democráti
Educação ca
Democráti
ca
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em
<http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. Acesso em 06 de
fevereiro de 2019.