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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL MAÇÔNICO

GRANDE ORIENTE DO BRASIL DE SÃO PAULO

Praça da Sé, 96, 8º andar, Centro, São Paulo-SP


CEP 01001-000 - Fone: +55 (11) 3116-0100
Folha

REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL


MAÇÔNICO - GRANDE ORIENTE DO BRASIL DE SÃO PAULO

TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL

Capítulo I
Da Organização

Art. 1º - O Tribunal Estadual de Justiça do Grande Oriente do Brasil - São Paulo,


com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado de São Paulo, compõe-se
de nove Juízes.

Art. 2º - O Tribunal terá um Presidente e um Vice-Presidente, eleitos dentre os seus


membros, ambos para o período de um ano.
Eventual empate será decidido em favor do Juiz portador do CIM mais antigo.

Art. 3º - O Presidente do Tribunal terá o tratamento de “Venerável Irmão” e os


demais Membros serão tratados por “Ilustres Irmãos Juizes”.

Art. 4º - No ato da posse o Juiz prestará perante o Tribunal compromisso, do qual


se lavrará em livro próprio o competente termo, e do seguinte teor:

“Eu, prometo por minha honra e fé, desempenhar as funções de Juiz do


Tribunal Estadual de Justiça, de conformidade com as leis maçônicas,
pugnando, quanto em mim couber, pelo engrandecimento da Maçonaria”.

Art. 5º - O Secretário do Tribunal será Mestre Maçom indicado pelo Presidente e


contratado pelo Grande Oriente do Brasil São Paulo, nos termos da legislação em vigor.

Art. 6º - O representante do Ministério Público Maçônico atuará perante o Tribunal,


conforme o disposto na legislação pertinente.

Art. 7º - O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal tomarão posse na mesma


sessão em que ocorrer a eleição, logo após à proclamação do resultado.

Art. 8º - O Vice-Presidente substitui o Presidente nos impedimentos e nos


afastamentos deste e sucede-lhe na hipótese de vaga.

§ 1º - Nos afastamentos e impedimentos simultâneos do Presidente e do Vice-


Presidente do Tribunal exercerá a Presidência seu Juiz mais antigo.

§ 2º - A antiguidade dos Juízes será verificada:

I – pela data da posse;


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II- Se houve empate, pelo CIM mais antigo;

III – pela idade civil.

Capítulo II
Das atribuições do Presidente do Tribunal

Art. 9º - Compete ao Presidente:

I – dar posse aos membros do Tribunal, deles receber o compromisso legal;

II – dirigir os trabalhos do Tribunal, presidir as sessões, propor as questões, usar do


direito de voto ordinário e voto de qualidade, apurar e proclamar o resultado das votações,
nos termos deste Regimento;

III – manter a ordem nas sessões, fazendo retirar os assistentes que se tornarem
inconvenientes no recinto e agindo, na forma da Lei, contra todos aqueles que
desrespeitarem o Tribunal ou qualquer de seus membros, quando no exercício de suas
funções;

IV – distribuir os feitos pelos Juízes, na forma que for estipulada pelo Tribunal;

V – expedir portaria para execução de resoluções e sentenças do Tribunal, exceto


no que estiver a cargo do Juiz Relator;

VI – assinar com o Juiz Relator e demais Juízes, os Acórdãos do Tribunal;

VII – representar o Tribunal nas relações com os demais Poderes, Órgãos e


Autoridades Maçônicas;

VIII – rubricar os livros necessários ao expediente;

IX – requisitar do Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.-.São Paulo


o material necessário ao expediente e qualquer outro que se faça necessário aos trabalhos
do Tribunal, inclusive adiantamentos em dinheiro por conta da verba orçamentária
destinada ao mesmo;

X – requisitar, de qualquer autoridade maçônica, processos e papéis necessários ao


esclarecimento dos feitos submetidos ao conhecimento do Tribunal;

XI – praticar os atos processuais necessários nos feitos de competência originária


do Tribunal e nos recursos;

XII – decidir sobre questões de administração geral do Tribunal não deferida


expressamente ao plenário;
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XIII – praticar atos cuja competência lhe seja delegada pelo Tribunal;

XIV – nomear e exonerar o Secretário do Tribunal;

XV – convocar e presidir as sessões extraordinárias;

XVI – conceder licença, de até dois meses, aos Juízes e ao Secretário do Tribunal;

XVII – executar e fazer executar o presente Regimento Interno, dispondo sobre os


casos omissos, “ad referendum” do Tribunal.

XVIII Das decisões do Presidente do Tribunal de Justiça Maçônica, acolhendo ou


não a inicial, concedendo ou não a liminar, caberá Agravo Interno para o órgão colegiado
do mesmo Tribunal, a ser interposto no prazo de 15 (quinze) dias contados da ciência do
despacho.

Capítulo III
Do Secretário

Art. 10 – Ao Secretário do Tribunal compete:

I – dirigir os trabalhos da Secretaria;

II – secretariar as sessões do Tribunal, sentando-se à esquerda do Presidente e


redigir as atas;

III – servir como escrivão na instrução dos feitos;

IV – custodiar os processos;

V – dar vista ou conclusão dos processos às partes, ao Ministério Público e aos


Juízes do Tribunal;

VI – cumprir e fazer cumprir as determinações do Presidente e as resoluções e


decisões do Tribunal.

Capítulo IV
Do Ministério Público

Art. 11 – O representante do Ministério Público terá o tratamento de “Ilustre Irmão”


e assento, nas sessões, ao lado direito do Presidente do Tribunal;

Art. 12 – Ao representante do Ministério Público compete, nos moldes da


legislação em vigor:
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I – oferecer denúncia ou aditar queixa, na forma da lei;

II – oficiar em todos os processos submetidos ao conhecimento do Tribunal;

III – declarar, nos Acórdãos, abaixo da assinatura do Relator, a sua presença no ato
do julgamento;

IV – participar das discussões dos feitos e assuntos submetidos ao Tribunal, sem


direito a voto;

V – exercer outras atribuições previstas em lei.

TÍTULO II
DA ORDEM DO SERVIÇO NO TRIBUNAL

Capítulo I
Das sessões

Art. 13 – As sessões ordinárias do Tribunal serão realizadas na primeira segunda-


feira de cada mês, com início às 16h00min horas, e com término obrigatório as 19h, ou
em horário diverso fixado em Sessão em função de circunstâncias especiais.

§ 2º - O Tribunal não realizará sessão no mês de Janeiro de cada ano.

3º - Havendo hipótese de calamidade pública ou circunstâncias especiais que


impeçam a reunião física dos integrantes do Tribunal, as sessões poderão ocorrer na forma
de reunião virtual, aplicando-se esta hipótese tanto às sessões administrativas como às
judiciárias.

§4º - A hipótese do parágrafo anterior incluirá a participação do Representante do


Ministério Público, e, na hipótese de realização de sessão judiciária de julgamento,
incluirá a intimação dos advogados das partes.

§5º - Nos termos do parágrafo antecedente, na sessão virtual de julgamento, o


Relator encaminhará, antecipadamente, a cada julgador, uma cópia de seu voto, fazendo-
o necessariamente em caráter individual e sigiloso.

§6º - O advogado que pretender realizar sustentação oral na sessão virtual de


julgamento deverá formalizar o pedido em até dois dias úteis antecedentes à sessão
designada.

§6º - Excepcionalmente, para questões de urgência, o Presidente do Tribunal poderá


se utilizar da possibilidade de reunião virtual, convocando-a.

Art. 14 – O Tribunal se reunirá em caráter extraordinário sempre que for


convocado, com antecedência mínima de cinco dias, pelo Presidente ou por iniciativa de,
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pelo menos, cinco dos seus Juízes, inclusive nos períodos de recesso, para conhecer de
matéria urgente.

Art. 15 – O Tribunal realizará sessões e deliberará com a presença de, no mínimo,


cinco Juízes.

§ 1º – Se na hora marcada para o início da sessão não estiverem presentes o


Presidente e o Vice-Presidente, o Juiz mais antigo assumirá a Presidência dos trabalhos.

§ 2º - As deliberações serão tomadas por maioria simples dos presentes, ressalvados


os casos em que se exigir quorum qualificado.

Art. 16 – As sessões do Tribunal obedecerão a seguinte ordem:

I – abertura;

II – leitura, discussão e aprovação da ata da sessão anterior;

III – leitura do expediente e sua distribuição, se for o caso;

IV – julgamento dos processos;

V – assuntos gerais.

Art. 17 – As sessões do Tribunal serão públicas para os mestres-maçons, salvo se


a lei determinar o contrário.

Art. 18 – Na apreciação das matérias, o Juiz Relator terá a palavra em primeiro


lugar, para apresentação do Relatório.

Art. 19 – Após o Relatório, o Presidente concederá a palavra sucessivamente, ao


autor, recorrente ou impetrante, e ao réu, recorrido ou impetrado, pelo prazo de até dez
minutos para cada um.

§ 1º - O advogado que pretender realizar sustentação oral deverá formalizar o


pedido em até dois dias úteis antecedentes à sessão designada.

§ 2º - Os litisconsortes do mesmo grupo dividirão entre si o prazo, se não


convencionarem de modo diverso;

§ 3º - O oponente falará após as partes originárias, pelo prazo de dez minutos;

§ 4º - O assistente também poderá usar da palavra por até dez minutos.

Art. 20 – O Presidente da sessão cassará a palavra da parte que se portar de maneira


desrespeitosa ou inadequada para com a seriedade do julgamento.
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Art. 21 – Não haverá sustentação oral no julgamento de agravo de qualquer espécie,


embargos declaratórios, arguições de suspeição ou de impedimento e conflito de
competências.

Art. 22 – Após às partes, cuja representação perante o Tribunal, será privativa de


Mestre-Maçom, preferentemente advogado, a palavra será concedida ao representante do
Ministério Público, por dez minutos.

Art. 23 - Após o voto do relator, votarão os demais Juízes, observando em primeiro


lugar o vice-presidente e a seguir iniciando-se pelo CIM mais antigo e assim
sucessivamente, cabendo, em último lugar o voto a ser exarado pelo Presidente.

Art. 24 – Se o Tribunal converter o julgamento em diligência, este será processado


perante o Juiz Relator, dentro do prazo que for determinado.

Art. 25 – As questões preliminares serão conhecidas e julgadas antes do julgamento


do mérito.

§ 1º - Se, no curso da votação, algum Juiz suscitar questão preliminar, a palavra


será devolvida ao Relator e aos Juízes que tenham votado, para que se pronunciem sobre
esta matéria;

§ 2º - Rejeitada a preliminar, todos votarão o mérito, ainda que vencidos sobre a


questão prévia.

Art. 26 – Com exceção do Relator, qualquer Juiz poderá pedir vista dos autos,
quando não se sentir habilitado a votar.

§ único – A vista dos autos se dará por até dez dias, em caráter improrrogável,
ficando o julgamento para a próxima sessão, exceto nos casos que, pela sua urgência,
exijam convocação de sessão extraordinária.

Art. 27 – Antes de proclamado o resultado da votação, pelo Presidente da sessão,


qualquer Juiz poderá modificar seu voto.

Art. 28 – Se for possível decompor a matéria do julgamento em questões ou partes


distintas, cada uma será votada separadamente, com preferência para as de caráter
prejudicial.

Art. 29 – O Acórdão será lavrado pelo Juiz Relator.

Parágrafo Único – Vencido o Relator, no mérito, o Acórdão será lavrado pelo Juiz
prolator do primeiro voto vencedor.
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Art. 30 – O Acórdão será digitalizado em uma única via, devendo ser todas as
folhas rubricadas pelo Presidente da sessão de julgamento, pelo Relator e pelo
representante do Ministério Público.

Parágrafo Único – O Secretário do Tribunal extrairá e autenticará cópia do Acórdão


para arquivamento na Secretaria do Tribunal.

Art. 31 – Transitado em julgado o Acórdão, o processo baixará à origem ou irá para


o arquivo do Tribunal, conforme couber depois de tomadas as medidas tendentes à sua
execução, se for o caso.

Parágrafo Único – O trânsito em julgado dos Acórdãos ocorre no prazo de quinze


dias.

Art. 32 – Ao Relator compete:

I – ordenar e dirigir o processo;

II – determinar às autoridade maçônicas a adoção de providências relacionadas com


o andamento e a instrução do processo;

III – processar e julgar medidas cautelares, quando o processo principal lhe tenha
sido distribuído;

IV – homologar desistências e transações, ainda que o feito se encontre em pauta


para julgamento;

V – indeferir agravo de instrumento que considere de manifesta improcedência;

VI – decidir sobre a admissão de embargos infringentes a Acórdão que tenha


lavrado;

VII – decidir sobre pedido de liminar;

VIII – determinar audiência do Ministério Público, quando for o caso.

IX – assinar os Acórdãos de sua lavra;

X – subscrever as citações e intimações que promover;

XI – proceder a instrução do processo.


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Capítulo III
Disposições Gerais

Art. 33 – Será obrigatória a intimação às partes, por ciência pessoal ou por bastante
procurador, por qualquer meio idôneo, desde que comprovado o recebimento, das
decisões do Tribunal, ou por e-mail ao procurador.

§ 1º O procurador da parte, para patrocínio da causa, deverá ser Advogado, além de


ser mestre maçom, membro de Loja jurisdicionada ao GOB.

§ 2º - A intimação a parte ou seu procurador poderá ser pelo e-mail identificado nas
petições ou em procurações.

Ver Portaria ETJM, 001 de 08 de Junho de 2021

Art. 34 – O Tribunal não poderá decidir ou deliberar, sob pena de nulidade, sobre
matéria, feito ou recurso sem prévia inclusão em pauta regulamentar, afixado no lugar de
estilo com antecedência mínima de cinco dias.

Art. 35 – Com a presença do Presidente do Tribunal ou de seu Substituto Legal, e


mais dois Juízes, poderá ser dado destino ao expediente, bem como poderá ser procedido
ao sorteio dos Relatores.

Art. 36 – O Juiz que, sem justa causa, faltar a três sessões ordinárias consecutivas,
terá o seu lugar declarado vago pelo Tribunal, podendo qualquer Juiz ou o Grande
Procurador requerer que se declare a vacância, ouvido o Plenário.

Art. 37 – Sob a denominação de “assentos”, poderá o Tribunal estabelecer


disposições de natureza administrativa não prevista neste Regimento, mediante
Resoluções aprovadas por maioria absoluta dos seus Juízes.

Parágrafo Único – Na falta de assentos, ressalvado o disposto pelo inciso XVII, do


art. 9º, deste Regimento, será fonte subsidiária do mesmo, naquilo que não for
incompatível, o Regimento do Tribunal.

Art. 38 – Este Regimento Interno entrará em vigor na data da sua publicação no


Boletim do Grande Oriente do Brasil de São Paulo.

Sala das sessões do Egrégio Tribunal Estadual de Justiça, em São Paulo, Estado de
São Paulo, aos 07 de junho de 2.021.

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