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Aula 04
AULA 04
SINTAXE
ORAÇÃO E PERÍODO.
292472
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ................................................................................................ 2
FUNÇÕES SINTÁTICAS ...................................................................................................... 2
FRASE X ORAÇÃO X PERÍODO: ........................................................................................ 45
COORDENAÇÃO X SUBORDINAÇÃO: ............................................................................... 46
ORAÇÕES COORDENADAS:............................................................................................. 48
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS: ................................................................... 51
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS ........................................................................... 55
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ......................................................................... 58
ORAÇÕES REDUZIDAS X ORAÇÕES DESENVOLVIDAS ....................................................... 65
PARALELISMO ............................................................................................................... 69
FUNÇÕES DA PALAVRA “QUE” ....................................................................................... 74
FUNÇÕES DA PALAVRA “SE” .......................................................................................... 82
FUNÇÕES DA PALAVRA “COMO” .................................................................................... 88
RESUMO ....................................................................................................................... 93
LISTA DE QUESTÕES ..................................................................................................... 102
GABARITOS ................................................................................................................. 123
SINTAXE
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Olá, pessoal! Vamos riscar mais alguns itens desse edital??
A análise sintática é o assunto que consolida as aulas anteriores. Embora de modo indireto,
estivemos estudando análise sintática desde o início do curso: na aula de classes, em “preposições”,
vimos adjuntos adnominais e complementos nominais, na aula de verbos, vimos um pouco da
sintaxe verbal, isto é, a necessidade dos verbos terem ou não um complemento (objeto direto e
indireto); em conjunções, vimos as orações subordinadas e coordenadas; por fim, lembramos que
as classes gramaticais (assunto de morfologia) não se dissociam das funções sintáticas (assunto de
sintaxe). Esses assuntos estão totalmente interligados.
Nesta aula, vamos organizar esse conhecimento e focar naquelas funções sintáticas que sua banca
mais gosta de explorar. A aula é bem extensa, mas é completa e traz muitas questões comentadas
(muitas mesmo), porque teoria resumida sem prática apenas perpetua essa sensação de que ‘sintaxe
é muito difícil’. Optei também por não partir a aula porque todos os assuntos são interligados
(sintaxe, orações, funções do QUE e SE) e o entendimento é melhor se vistos como uma unidade.
Vamos lá!
FUNÇÕES SINTÁTICAS
A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA:
Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)
Eu comprei uma bicicleta semana passada
Nós gostamos de comer em rodízios
TERMOS ORACIONAIS:
Uma oração é simplesmente uma frase que tem verbo! As funções sintáticas também podem
aparecer em forma de oração, de modo que a sua “estrutura” será oracional, sempre com um
verbo, mas a análise que faremos será a mesma. Então, um adjetivo que desepenha função de
adjunto adnominal pode aparecer na forma de uma oração adjetiva. Nesses casos, uma oração
exerce uma função sintática na outra, de forma que são sintaticamente dependentes, subordinadas.
Ex: O menino estudioso passa / O menino que estuda passa.
Um adjunto adverbial pode aparecer na forma de uma oração adverbial.
Ex: Estudo no meu tempo livre / Estudo quando tenho tempo livre.
Um sujeito ou um complemento, por exemplo, podem aparecer na forma de oração: substantiva
subjetiva (sujeito oracional) , objetiva direta/indireta (objeto oracional), completiva nominal
(complemento nominal oracional)etc...
Ex: O estudo constante é vital / É importante que eu estude constantemente.
Ex: Anunciei a chegada do circo. / Anunciei que o circo chegaria.
Ex: Tenho medo de viagem aérea / Ex: Tenho medo de voar de avião.
Por isso, quando falarmos das funções, vamos mencionar também suas principais formas, inclusive
a forma oracional. Fique tranquilo caso não esteja familiarizado: a partir de agora, vamos ver em
detalhes cada uma das principais funções sintáticas que os termos de uma oração podem assumir.
SUJEITO E PREDICADO:
Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre que se declara algo na oração. O predicado é, via de
regra, a declaração feita a respeito do sujeito.
Sintaticamente, ele é um termo essencial da oração, que normalmente atrai a concordância do
verbo. Então, em uma “regra prática”, o sujeito é o termo que “conjuga” o verbo, justifica o verbo
estar na primeira pessoa, no singular, no plural, etc...
O sujeito tem um núcleo, que é o termo central, mais importante. Normalmente é um substantivo
ou termo de valor substantivo (pronomes, numerais, verbo no infinitivo). Esse núcleo recebe termos
que o “especificam”, “delimitam”: são os chamados determinantes (artigos, numerais, pronomes,
adjetivos, locuções adjetivas...). Nada disso é exatamente novo, mas vamos ver melhor tais análises
nos exemplos.
Nas sentenças abaixo, o sujeito está sublinhado e seu núcleo está em negrito. Vejamos:
Ex: Douglas é um gênio sem diploma. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um substantivo)
Ex: Mudaram as estações. (sujeito simples, há apenas um núcleo “estações”; observe que o sujeito
está invertido, isto é, posposto (após) o verbo)
Ex: Silvério e Everton são muquiranas generosos. (sujeito composto, há mais de um núcleo, há dois
substantivos)
Ex: Nós somos capazes de tudo, se trabalharmos. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um
pronome pessoal reto)
Ex: Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o substantivo
‘cães’, que tem, por sua vez, dois determinantes: o numeral “dois” e o adjetivo “ferozes”)
Ex: Duas de suas amigas foram aprovadas. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o numeral ”duas”,
que recebeu o determinante “de suas amigas”, locução adjetiva)
Ex: Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito simples, tem apenas um núcleo, o verbo
“estudar”, esse é o famoso sujeito oracional)
Observe que, como regra, o verbo se flexiona para concordar em número e pessoa com o núcleo
do sujeito.
O restante da sentença foi a ‘declaração’ feita sobre o sujeito, o que chamamos de predicado. Aliás,
essa palavra ”predicado” significa exatamente isto: característica atribuída a um ser; atributo,
propriedade.
Aprofundaremos essas análises, mais a frente, no estudo de cada função sintática.
Voltando ao sujeito, faço um alerta quanto à identificação desse termo:
Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de determinantes
longos, orações adjetivas, termos intercalados. Então, é importante localizar o ‘núcleo’ para então
conferir a concordância:
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do
direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente— se tudo der certo— serão
votadas hoje.
Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos somente: leis serão
votadas.
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do
direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente— se tudo der certo— serão
votadas hoje.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele indicará o número e pessoa
do sujeito e também sua identidade: o que será votado? As leis.
Resumindo: para fazer a análise sintática de um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele (a), eles(a)) e o número do verbo
(singular/plural)
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em pessoa e
número).
Passaremos agora ao estudo do sujeito e suas diversas formas e classificações. Esse termo é
essencial, pois é a função sintática mais cobrada.
SUJEITO DETERMINADO:
O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos exatamente quem
está praticando (ou recebendo) a ação verbal. Ele pode tomar diversas formas:
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam (sujeito composto; mais de um núcleo)
O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser uma estrutura
com verbo:
Ex: Não é surpresa que ele tenha passado. (aqui, o sujeito é uma oração desenvolvida, com
conjunção “que”. Reduzindo essa oração, teríamos: “não é surpresa ele ter passado)
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar mais” é uma oração
reduzida de infinitivo, equivalente à forma desenvolvida “É preciso que se exporte mais” > [que se
exporte mais] é preciso. O núcleo desse sujeito é o verbo no infinitivo “Exportar”. Quando o sujeito
é oracional, o verbo fica no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: Então, temos dois verbos e duas orações. O sujeito de “é” tem forma oracional e o
sujeito de “exportar” é indeterminado, pois não sabemos “quem exporta”.)
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica a ação, ele sofre
a ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o sujeito é oracional
E paciente.
SUJEITO OCULTO/ELÍPTICO/DESINENCIAL:
O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo contexto ou pela
terminação do verbo (desinência).
Ex: Encontramos mamãe. (sujeito oculto/elíptico/desinencial [-mos>nós])
No exemplo acima, sabemos que o sujeito é “nós”, mesmo que a palavra “nós” não esteja escrita,
expressa na oração.
Ex: É preciso ter cuidado com as plantas. Sem dedicação, não crescem.
Da mesma forma, na oração em que ocorre o verbo “crescem” não há um sujeito expresso. Contudo,
sabemos, pelo contexto, que o sujeito é “plantas”: sem dedicação, “as plantas” não crescem.
Ex: Consultei meus advogados. Disseram que sou culpado.
Observe que a oração “disseram que sou culpado” não traz um sujeito expresso, mas sabemos que
o sujeito é “meus advogados”, pelo contexto.
5. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
Julgue o item a seguir.
É indefinido, em razão do contexto, o sujeito da forma Trouxeram a agricultura.
Comentários:
O sujeito é “elíptico”, pois não está expresso na frase, mas sabemos pelo contexto que se refere a
“As levas de imigrantes”. Questão incorreta.
SUJEITO INDETERMINADO:
OBS: não confunda sujeito “indeterminado” com sujeito “desinencial”! O sujeito oculto ou
desinencial é determinado, pois, mesmo que não esteja escrito ou dito na oração, ele pode ser
identificado pela terminação do verbo ou pelo contexto. Com o sujeito indeterminado, isso não
acontece, pois o contexto não é suficiente para determinar quem praticou a ação verbal, ou seja,
quem é o sujeito.
Ex: Aquele banco faliu. Roubaram mais de 20 milhões.
Observe que não está claro quem roubou. Aqui, o sujeito está “indeterminado”.
Ex: Os ladrões foram presos ontem. Roubaram mais de 20 milhões.
Agora, observe que neste caso o sujeito está oculto, porque não aparece escrito na oração. Contudo,
sabemos quem é o sujeito que praticou a ação de roubar 20 milhoes, pela desinência e pelo
contexto: o sujeito de “Roubaram” é o mesmo da oração anterior: “ladrões”. Certo?
Muitas vezes, o sujeito indeterminado é uma forma de expressar um sujeito universal, algo que
todos fazem, mas sem individualizar um agente em específico. Veja:
Ex: Respira-se melhor no campo.
Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos durante um assalto, temos um sujeito indeterminado,
um agente universal, genérico, não específico).
Dentro dessa regra, temos uma expressão que simplesmente “DESPENCA” em prova: “tratar-se de”
(VTI+SE). Essa expressão, quando tem sentido de assunto/referência ou como uma espécie de
substituto do verbo “ser”, é sempre invariável, indica sujeito indeterminado. Observe os exemplos.
Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre.
Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
Ex: Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de quem persiste mais.
Lembramos que o sujeito não deve ter preposição (“de”, por exemplo) no seu início, dessa forma a
expressão que vem após “tratar-se de” jamais poderá ser um sujeito. Além do mais, a preposição
“de” é, nesse caso, exigida pelo próprio verbo “tratar”, o que indica que esse é um verbo transitivo
INDIRETO. Se o termo não é o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar. Então, o verbo fica
na terceira pessoa do singular.
Por outro lado, se tivermos Verbo Transitivo DIRETO (VTD) + SE, essa estrutura vai indicar voz
passiva pronominal. Abordaremos mais à frente o assunto, mas já adiantamos que diante de VTD +
SE, o verbo vai se flexionar para concordar com o sujeito (paciente), como na frase abaixo:
Ex: Vendem-se casas > Casas são vendidas. (sujeito plural, verbo no plural)
6. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto
de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.4) é
A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 4 e 5).
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 4 e 5).
C) o termo “custoso” (L.4).
D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3 e 4).
Comentários:
Temos caso típico de sujeito oracional:
[Acreditar que morasse alguém naquele cemitério] era custoso.
[ISTO] era custoso. Gabarito letra A.
SUJEITO X REFERENTE:
Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que um termo
(substantivo, pronome, etc) desempenha na oração.
Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase e não
necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere. Na maior parte dos
casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo ter um “sujeito” diferente do seu
“referente”. Veja:
Ex: Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todas os dias.
(Na primeira oração, “os meninos” é o sujeito de “jogar” e também o referente de jogar, pois são
os meninos que jogam).
(Na segunda oração, “os meninos” é apenas o ‘Referente” de “jogar; sintaticamente, o sujeito está
oculto, omitido, elíptico, mas o referente, no mundo das ideias, é ainda “os meninos”). Observe o
trecho:
[Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam futebol todas os dias.
Ex: Vi os meninos que jogam futebol.
(Agora, na oração sublinhada, “os meninos” continuam sendo o referente, pois, semanticamente,
são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome “que”. Nesse caso, referente e
sujeito não coincidem).
9. (SEDF / 2017)
Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado
durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever, para
eles, aconteceu naturalmente.
No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.
O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram” é indeterminado.
Comentários:
Quem disse isso? Ora, foram os escritores. Então, o sujeito está determinado sim!
Nessa oração “Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente” o sujeito é oculto, já que,
embora não conste expresso, isto é, escrito, na oração, podemos recuperá-lo do contexto.
Questão incorreta.
Então, na locução, o verbo auxiliar também fica em forma de singular! Se o verbo for pessoal, como
“existir”, aí o verbo auxiliar se flexiona normalmente:
Ex: Existem mil pessoas aqui.
Ex: Devem existir mil pessoas aqui.
Essa lógica é vista na aula de concordância, mas está estritamente relacionada ao tipo de verbo e à
existência ou não do sujeito.
OBS: Orações como “basta/chega de brigas!”, “era uma vez uma linda princesa” e “dói muito nas
minhas costas, Doutor” também são classificadas como orações sem sujeito.
completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o
item que se segue:
O sujeito da forma verbal “mostram”, que está elíptico, tem como referente “Os dados”.
Comentários:
Vamos observar que há dois verbos na linha 6.
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [mostram que a formação dos professores das
instituições públicas continua melhor...].
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [(os dados) mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor...].
O primeiro verbo, “correspondem”, tem como sujeito “os dados”. Já o segundo verbo, “mostram”,
não tem um sujeito expresso. O sujeito está elíptico, omitido. No entanto, sabemos que são “os
dados que mostram”, então podemos recuperar o referente desse verbo no contexto. Essa é o caso
clássico de “sujeito oculto, elíptico, desinencial”. Questão correta.
14. (Prefeitura Martinópolis / Professor / 2017)
Em: “Ainda é cedo”, temos:
a) Sujeito simples.
b) Sujeito composto.
c) Sujeito desinencial.
d) Sujeito indeterminado.
e) Oração sem sujeito
Comentários:
O verbo “ser” indicando tempo ou fenômeno da natureza indica uma oração sem sujeito. Ações da
natureza são consideradas espontâneas, sem agente. Gabarito letra E.
Alguns verbos não pedem complemento nenhum, pois costumam ter seu sentido completo em si
mesmo. São chamados então de intransitivos:
Ex: Joana corre todos os dias.
Ex: O tempo passa.
Ex: O povo não vive, sobrevive.
Os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento. Se o verbo for transitivo direto, seu
complemento é direto, sem preposição (Vendi carros). Se for transitivo indireto, seu complemento
é indireto, pede uma preposição (Gosto de carros)
O objeto direto é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição. O verbo se
liga ao seu objeto diretamente, isto é, “transita” até o complemento sem “passar” por uma
preposição.
Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons)
Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.)
O OD também pode ter forma de uma oração:
Ex: Pedi que me ajudassem logo no início.
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])
Nesse caso, o objeto direto será uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou, em
termos mais simples, um objeto direto oracional. Não se preocupe com esse nome, essas orações
são estudadas na aula de conectivos e serão detalhadas adiante nesta aula.
B) Complemento nominal.
C) Adjunto adnominal.
D) Objeto direto.
E) Predicativo do objeto.
Comentários:
O verbo “mudar” é transitivo direto, isso significa que pede complemento, sem preposição. Então,
em “muda vidas”, “vidas” é objeto direto. Gabarito letra D.
16. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
Pela primeira vez havia, no país, uma região em que predominavam os homens livres, que
viviam de seu trabalho, e não da exploração do trabalho alheio.
Julgue o item a seguir.
O segmento uma região em que predominavam os homens livres é o sujeito da forma verbal
constante em havia, no país.
Comentários:
O verbo haver impessoal (=existir) compõe uma oração sem sujeito, então o termo que o acompanha
é seu “objeto direto”. Questão incorreta.
17. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à
presidência do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função sintática de
A) sujeito. B) predicado. C) objeto direto. D) objeto indireto. E) adjunto adverbial.
Comentários:
“Promulgar” é verbo transitivo direto e pede um objeto direto, sem preposição:
promulgou algo > promulgou a primeira LDB brasileira. Gabarito letra C.
18. (UFMG / TÉC. EM ARQUIVO / 2018)
Leia este trecho:
Todo mundo, alguns pouco, outros mais, faz esse tipo de coisa.
O termo destacado no texto classifica-se como
a) Objeto direto b) Objeto indireto. c) Predicativo do Sujeito. d) Complemento Nominal.
Comentários:
Todo mundo faz “algo”, faz “esse tipo de coisa”. O termo sublinhado complementa o verbo “fazer”,
sem preposição. Temos então um objeto direto. Gabarito letra A.
OBJETO INDIRETO:
É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu objeto
indiretamente, por via de uma preposição.
Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de algo/alguém).
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém).
O objeto indireto também pode ter forma de uma oração (oração subordinada substantiva objetiva
indireta):
Ex: Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração desenvolvida)
Ex: Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)
Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto
por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas
“preposicionado”. Vejamos os casos mais relevantes para os concursos:
Principais casos:
✓ Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar” e “aprender”.
Ex: Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (“Surfar” é objeto direto de
“ensinar”; “nadar” é o objeto direto do verbo “aprendi” e, por estar no infinitivo, a preposição “a”
também é obrigatória)
✓ Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce:
Obs 2: A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, se possível,
deve ser feita com pronome “o”, “a”, “os”, “as”, não se faz com –“lhe”.
Amar a Deus -> amá-lo; convencer ao amigo -> convencê-lo.
Comentários:
Organizando: o êxito interessa às pessoas. O verbo interessar é VTI, pede preposição a: interessar A
+ AS pessoas. Logo, o termo sublinhado é complemento com preposição: objeto indireto.
Gabarito letra E.
24. (STM / ANALISTA / 2018)
Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.
Comentários:
O verbo “absolver” não pede preposição; logo, não pede objeto INDIRETO. A preposição que está ali
configura um objeto direto preposicionado. Com o pronome indefinido “todos” como objeto direto,
acrescentamos a preposição, constituindo um objeto direto preposicionado. A propósito, isso
também ocorre com os pronomes “quem” e “ninguém”. Questão incorreta.
25. (STM / ANALISTA / 2018)
... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que
vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período
em que ocorrem.
Comentários:
Temos ‘vir DE+Aí’ (vir daí) e ‘vir DE+A ignorância’ (vir da ignorância). Em ambos os casos temos
objetos indiretos do verbo “vir”. Questão correta.
Obs: Verbos como VIR/IR/CHEGAR seguidos de um “lugar físico” tradicionalmente classificados
como Verbos Intransitivos que exigem um “complemento circunstancial de lugar”. Contudo, é
possível também considera-los como transitivos indiretos, quando o complemento não indica
exatamente um “lugar físico”, destino/origem de um movimento. Essa controvérsia gramatical, no
entanto, não faria diferença nessa questão e nem faz em questões de “sujeito indeterminado”, uma
vez que tanto Verbos Intransitivos + SE quanto Verbos Transitivos indiretos + SE vão igualmente
indicar que o SE indetermina o sujeito.
26. (Auditor / Pref. Friburgo SC / 2017)
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
Aos inimigos, não lhes daremos o prazer da vingança. (o termo sublinhado é um objeto indireto
pleonástico).
Comentários:
Sim. Temos dois objetos indiretos repetidos para o verbo “DAR”: “aos inimigos” e “lhes”. Logo,
temos em “aos inimigos” um deles, um objeto indireto pleonástico. Questão correta.
COMPLEMENTO NOMINAL:
ADJUNTO ADNOMINAL:
Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a ele
características como quantidade, qualidade, posse. Observe que esses termos não foram exigidos
pelo nome “carros”, mas sim acrescentados por quem fala ou escreve.
Vejamos outros exemplos de adjunto adnominal:
Ex: O pobre do rapaz atropelou o azarado do gato.
Ex: Ouro em pó/em barras.
Ex: Barco a vela/a vapor/a gasolina
ATENÇÃO!
Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com
termo preposicionado (“de”). Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.
O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um adjetivo
equivalente: adjunto adnominal.
✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento
nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.
Vamos analisar os termos sublinhados e aplicar essa teoria:
PREDICATIVO DO SUJEITO:
Os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos períodos em que
se inserem.
Comentários:
“um amigo” é objeto direto de “encontrar”. Preparados é predicativo do sujeito oculto do verbo de
ligação “Estão”:
condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos estão preparados. Questão incorreta.
PREDICATIVO DO OBJETO:
Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos (verbos
transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo.
permanente/inerente. O adjunto adnominal, por sua vez, é uma característica própria do ser, vista
como inerente e definitiva.
Ex. Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação. (predicativo do objeto: o sujeito atribuiu o
estado de “irritação” à menina, uma característica vista como transitória, é uma “opinião do sujeito
sobre o objeto”)
Ex. A menina irritada da sala implica com todos. (adjunto adnominal: ela é irritada por sempre, a
característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela por um sujeito).
Sintaticamente, para identificar a diferença entre um predicativo do objeto e um adjunto adnominal,
devemos substituir o objeto direto por um pronome (o, a, os , as) e verificar se o termo permanece
junto (adjunto) ou se separa do substantivo (predicativo). Isso também pode ser testado na
conversão para a voz passiva. Veja:
Ex. Julguei as perguntas complexas.
Ex. Julguei-as complexas.
Ex. as perguntas foram julgadas complexas.
O adjetivo permanece separado, então é predicativo, que é termo independente. Agora veja um
exemplo hipotético em que teríamos um adjunto:
Ex. Resolveram as perguntas complexas.
Ex. Resolveram-nas.
Ex. as perguntas complexas foram resolvidas
O adjetivo desapareceu junto com o substantivo na pronominalização, então é adjunto. Isso significa
que o adjetivo permaneceu sempre “junto ao nome”, o que confirma sua função sintática de
“adjunto adnominal”.
Por fazer parte do sujeito, o adjunto adnominal o acompanha. Se substituirmos por um pronome, o
adjunto “some” com o sujeito; teremos: Ele chegou.
Já o predicativo não faz parte do sujeito, não o acompanha; então, se o substituirmos por um
pronome, teremos: Ele chegou desanimado.
TIPOS DE PREDICADO:
Agora que sabemos reconhecer um predicativo, fica bem mais fácil conhecer o predicado e seus
tipos.
Os termos “essenciais” de uma oração são “sujeito” e “predicado”. Numa oração, tudo que não for
o sujeito será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo, o predicado pode ser verbal,
nominal ou verbo-nominal.
O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou intransitivo), que indica
“ação”, “movimento”: correr, falar, pular, beber, sair, morrer, pedir.
Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação “comprar”, transitivo direto)
Ex: João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de ação “gostar”, transitivo indireto)
Ex: João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, intransitivo)
João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal.
O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma
característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa característica vai ser ligada ao sujeito
SEMPRE por um verbo de ligação (verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer,
continuar, andar).
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Ex: João tornou-se rancoroso.
Ex: João está empolgado.
Ex: João anda animadíssimo.
Ex: João é servidor público.
O predicado VERBO-NOMINAL, por sua vez, é uma mistura dos dois acima: tem verbo de ação e tem
também predicativo.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo (não de ligação)+ Predicativo (do sujeito ou do objeto) Para efeito didático, vamos “quebrar”
Comentários:
Não há verbo de ligação algum, então o predicado não poderia ser nominal. Temos predicado verbal,
com verbo “ter”. Na outra oração, o verbo ‘haver’ não tem sujeito para receber predicativo. Os
termos “visuais” e “ de 13 anos” são adjuntos adnominais, pois estão diretamente ligados ao
substantivo, na mesma estrutura, no mesmo sintagma. Questão incorreta.
41. (CRB 6ª Região / 2017)
Em "Tornar Visíveis os Invisíveis", pode-se afirmar que o termo "visível" sintaticamente exerce
a função de:
a) sujeito simples.
b) predicativo do objeto.
c) objeto direto.
d) predicativo do sujeito.
e) adjunto adnominal.
Comentários:
Organizando. Teremos a seguinte estrutura: tornar os Invisíveis Visíveis.
“os Invisíveis” é um termo substantivo na função de objeto direto de “tornar”. Visíveis é um adjetivo
qualificando esse substantivo, isto é, dando predicado ao objeto “os Invisíveis”. Portanto, temos um
predicativo do objeto.
Cuidado: “tornar” aqui não é verbo de ligação, pois não liga sujeito a predicativo. O verbo de ligação
é “tornar-se”, como em “Ele tornou-se (ficou) rancoroso”. A propósito, a presença do artigo “os”
mostra que “invisíveis” está substantivado e portanto é o objeto, não o predicativo.
Gabarito letra B.
42. (TJ-AL / ANALISTA / 2018)
O termo sublinhado abaixo que exerce uma função sintática diferente das demais é:
a) “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que sermos
tolerantes...”;
b) “somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar tornando-se
irracionalmente intolerante”;
c) “O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial”;
d) “Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós vamos ficando cada
vez mais irracionalmente intolerantes”;
e) “No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz africana”.
Comentários:
Na letra E, temos “ataques contra religiões de matriz africana”. “Ataques” é um substantivo
abstrato derivado de ação, que pede um complemento. Observe também que o termo sublinhado
tem sentido passivo: as religiões são atacadas. Dessa forma, temos um caso evidente de
complemento nominal. Gabarito letra E.
Nas demais opções temos predicativos, temos indicativos de estado/característica usados com
verbos de ligação, como (ser, tornar-se, ficar).
43. (TCE-PA / 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
Comentários:
Aqui, o verbo “tornar-se” está sendo utilizado como verbo transitivo direto. A estrutura é: Tornar X
alguma coisa; ou seja, tem um objeto direto e esse objeto vai receber um predicativo:
tornar o mundo (OD) melhor (predicativo do OD)
tornar a lei(OD) mais rigorosa (predicativo do OD). Questão correta.
44. (TRE-PI / 2016) - Adaptada
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função sintática, uma vez que
atribuem característica ao termo “identidade”.
Comentários:
“Cultural” é adjetivo, termo ligado ao nome “identidade”. Funciona como adjunto adnominal.
“Estável” e “movediça” atribuem qualidade ao sujeito, por via de um verbo ligação, “é”, o que não
ocorre com “cultural”. Temos, então, dois predicativos do sujeito.
Observe que, se trocássemos “identidade cultural” por um pronome, o adjunto sumiria: ela é estável
e movediça. Como vimos, isso confirma a função de adjunto adnominal.
De fato, as três palavras atribuem característica, mas não exercem a mesma função sintática.
Questão incorreta.
VOCATIVO:
APOSTO:
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da
oração, normalmente com uma relação de “equivalência” semântica .
O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior; ou
pode ser especificativo, quando especifica o referente dentro de um universo.
O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões intercaladas,
geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões.
Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo (AA), pois não traz uma qualidade, traz sim “outra forma”
de se referir ao termo. O aposto não tem valor adjetivo.
Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto)
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir:
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito)
O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o termo a que se
refere, assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito;
quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto direto...
Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo
recheado.
O termo quatrocentos e tantos mil-réis está entre vírgulas e desenvolve o sentido de “dívida”,
esclarecendo a quantia. Trata-se de um aposto do objeto direto “dívida”, observe que poderíamos
até substituir um pelo outro:
Honório tem de pagar amanhã quatrocentos e tantos mil-réis. Gabarito letra C.
ADJUNTO ADVERBIAL:
É a função sintática do termo que se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como
tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição.
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
Ontem. (adjunto adverbial de tempo)
de fome. (adjunto adverbial de causa)
Observe que fatores como o tipo de verbo, a pontuação ou ausência dela pode influenciar na função
sintática. Veja que o mesmo adjetivo pode assumir ou participar de várias funções sintáticas:
O menino continua rico. (predicativo do sujeito – o sujeito é rico)
O menino fez o pai rico. (predicativo do objeto – o pai -objeto- ficou rico)
O menino rico tinha carros esportivos (adjunto adnominal – junto ao nome)
O menino, rico, tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
Rico, o menino tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
O menino, um rico, tinha carros esportivos. (aposto – O menino = um rico)
O menino, apesar de ser rico, vivia endividado. (adjunto adverbial – indica concessão)
Menino rico, ajude-me. (vocativo – o menino rico é o ouvinte)
*Observe que nos exemplos 4 e 5, o adjetivo com função de predicativo tem sentido cumulativo de
AGENTE DA PASSIVA:
Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a pratica é justamente
o “agente da passiva”. Em outras palavras, é o agente de do verbo numa sentença na voz passiva.
Quando transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da passiva e o objeto
direto vira sujeito paciente.
Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva
O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser introduzido pela
preposição “de”.
Ex: O mocinho foi cercado de zumbis.
53. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato. Através dessas atividades,
consolidaram um mercado interno e desenvolveram a camada média da população. E, embora
o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias e charqueadas, o
poder econômico dos imigrantes foi, aos poucos, se consolidando.
Julgue o item a seguir.
É exemplo de objeto direto o termo sublinhado em fosse detido pelos grandes senhores.
Comentários:
Temos “agente da passiva”, pois, na voz passiva, este termo seria o sujeito agente:
Embora grandes senhores detivessem o poder político (voz ativa).
embora o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores (voz passiva) Questão incorreta.
54. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
Comentários:
O termo pela força do lirismo é um agente da passiva, pois a voz ativa seria:
A força do lirismo cimenta toneladas de acontecimentos
O termo “de acontecimentos” é um determinante, um adjunto adnominal de “toneladas”.
Questão incorreta.
COORDENAÇÃO X SUBORDINAÇÃO:
Na prática, o período é a unidade de texto que vai até uma pontuação definitiva, que exija um
recomeço com letras maiúsculas: um ponto final (.), uma exclamação (!), uma reticência (...) ou uma
interrogação (?). Para contarmos orações, o mais prático é contar os verbos!
O período composto pode conter orações coordenadas, subordinadas ou ambos os tipos, quando
será chamado de período misto.
Muita teoria?? Vamos ver isso tudo na prática! Observe o parágrafo abaixo:
Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim que saí, 2percebi 3que
tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei... 1Apesar
de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou não?
Vejamos agora como as ligações nos períodos compostos se relacionam. Segue abaixo um período
composto por coordenação:
1
Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.
As orações do período acima estão unidas por coordenação, uma não depende sintaticamente da
outra, pois, ainda que separadas, ambas têm sentido completo, autonomia, ou seja, são frases.
Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo)
Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo)
1
Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário.
As orações do período acima estão unidas por subordinação, a subordinada depende sintaticamente
da principal, pois, quando separadas, a oração dependente não tem sentido completo, é
“fragmento”, ou seja, não forma frase.
Ex: Cheguei ao trabalho no horário. (sentido completo)
Ex: Apesar de ter esse contratempo... (sem sentido; fragmento; falta algo...)
O período misto é aquele que tem orações de ambos os tipos, misturadas.
1
Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da
mesa e 5nem lembrei...
Veja a mistura de tipos de orações: A oração 1 é subordinada temporal da 2; a 3 é subordinada
substantiva objetiva direta da 2 (é OD de “perceber”); a 4 é subordinada causal em relação à 3. A
oração 5 é coordenada aditiva em relação à 2.Temos, então, coordenação e subordinação, ou seja,
um período misto.
Essa estrutura complexa é a mais recorrente em prova, temos que treinar nosso olho para ver tais
relações.
Um outro detalhe: termos “coordenados” são termos listados, organizados, que têm a mesma
função sintática.
Ex: Comprei 1roupas, 2calçados, 3acessórios.
As orações 2 e 3 são subordinadas, pois exercem função sintática na oração principal, “quero”.
Observe que elas são Objetos Diretos do verbo “querer”. Porém, elas estão sendo “organizadas” por
uma conjunção coordenativa, o “e”. Veja bem, não é que a oração deixou de ser subordinada, ela
apenas está sendo listada, coordenada por um elemento coordenativo. Então, duas orações
subordinadas estão “coordenadas” no período.
OBS: Para contar orações, basicamente temos que contar os verbos. Contudo, em alguns casos,
teremos mais de um verbo e apenas uma oração:
1) Quando houver locução verbal: “Tentamos ser felizes”
2) Quanto tivermos um verbo expletivo, como na expressão ‘ser+que’: “Minha mãe é que manda na
casa”
É possível também haver duas orações e um verbo estar implícito. Isso ocorre com as orações
comparativas: Trabalho tanto quanto meu concorrente (trabalha).
Cuidado com verbos causativos (deixar, fazer, mandar etc) e sensitivos (ver, ouvir, sentir etc), que
formam falsas locuções verbais. As formas “deixe aborrecer”, “fez desistir”, “mandei ir” etc. NÃO
SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.
ORAÇÕES COORDENADAS:
Esse conteúdo é estudado na parte de “conjunções e conectivos”. Contudo, precisamos revê-lo,
agora com um olhar mais “sintático”.
Orações coordenadas são independentes, isto é, não exercem função sintática em outra, ao contrário
das subordinadas, que exercem função sintática na oração principal (funções como sujeito, objeto,
adjunto adverbial etc).
Na prática, é como se tivéssemos duas orações principais, perfeitas e completas em seu significado.
As orações coordenadas são ligadas por conjunções coordenativas. Por terem conector (síndeto), são
chamadas de sindéticas. As que não trazem conjunção são chamadas de assindéticas.
As sindéticas podem ser Conclusivas, Explicativas, Aditivas, Adversativas e alternativas. (Mnemônico
C&A).
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado,
depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do
verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porquanto não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas
também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas, como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou, ou... ou, ora... ora, já...
já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.
58. (PC-ES / AUXILIAR DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)
Apesar de essas experiências terem diferentes características, todas tiveram um aspecto
comum: a introdução ou o fortalecimento da participação da comunidade nas questões de
segurança.
O segundo parágrafo do texto é formado por
A) dois períodos compostos.
B) um período simples e dois compostos, respectivamente.
C) dois períodos simples.
D) um período composto e um simples, respectivamente.
E) um período composto por subordinação.
Comentários:
O período vai até o ponto final, só há um período e é composto por subordinação, pois traz mais de
uma oração e a primeira delas é concessiva, introduzida pelo conectivo subordinativo concessivo
“apesar de”. Gabarito letra E.
(1) Amélia adiante, calada, chibatava a sua burrinha, (2) enquanto d. Maria vinha palrando com
o moço da quinta, (3) que segurava a arreata”.
A oração (1) é a principal; a (2) é subordinada temporal e a (3) é subordinada adjetiva.
c) o segundo período é formado por três orações;
Atenção, “vinha palrando” é uma locução verbal, então os dois verbos funcionam como um só,
formando apenas uma oração.
d) no segundo período, o sujeito da oração 1 é “Amélia”, o da oração 2 é “d.Maria” e o da oração 3
é o pronome “que”, cujo referente é “O moço da quinta”.
e) nos dois períodos há orações subordinadas de valor temporal.
1) quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade.
2) enquanto d. Maria vinha palrando com o moço da quinta.
“Quando” e “enquanto” são conjunções subordinativas temporais e introduzem orações com
sentido de tempo. Gabarito letra E.
Comentários:
Sim. Temos objeto direto oracional para o verbo “compreendi”:
Compreendi então [algo]
Compreendi então [que estava num banco de jardim]
Compreendi então [ISTO] Gabarito letra B.
63. (SEDF / 2017)
Mas é claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” exerce a função
de complemento do vocábulo “claro”.
Comentários:
A oração exerce função de “sujeito”!
Mas é claro [que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português]
Mas é claro [ISTO] > [ISTO] é claro
Temos então uma oração subordinada substantiva subjetiva, vulgo “sujeito oracional”.
Questão incorreta.
64. (Despachante Aduaneiro / 2016)
“Quem olhar, com alguma atenção, a carta geográfica da América do Sul e, mais precisamente,
da região amazônica, verificará que a larga faixa que se estende ao longo das fronteiras do
Brasil com seus vizinhos a norte e a oeste representa uma vasta região praticamente
desconhecida.”
Julgue o item a seguir.
A oração introduzida por “que”, após “verificará”, é uma oração subordinada substantiva
subjetiva.
Comentários:
Vejamos:
Quem olhar verificará [algo]
Quem olhar verificará [que a larga faixa que se estende ao longo das fronteiras do Brasil com seus
vizinhos a norte e a oeste representa uma vasta região praticamente desconhecida]
Quem olhar verificará [isto]
A oração não tem função de sujeito, tem função de objeto direto. Trata-se de oração subordinada
substantiva objetiva direta. O sujeito é “Quem olhar...”. Questão incorreta.
OBS: A propósito, era oração “quem olhar” faz papel de sujeito, mas não é introduzida por conjunção
integrante, mas por um pronome interrogativo, reparou?
Esse é um tipo muito específico de oração, chamado de “oração subordinada substantiva
justaposta”, por não ter conjunção.
OBS: Diversos gramáticos entendem que é possível suprimir a preposição que iniciaria uma oração
completiva nominal ou objetiva indireta:
Ex: “Estava desejoso (de) que ele viesse.
Ex: “Duvidei (de) que ele fosse passar tão rápido.
Na hora da prova, dê sempre preferência ao uso da preposição, mas saiba que é possível a banca
considerar correta a supressão.
Comentários:
O que é necessário? Organizando, temos:
[que cada um tenha também flexibilidade, capacidade de tratar as informações racionalmente e
emocionalmente] é necessário
[ISTO] é necessário
A oração então tem função de sujeito. Gabarito letra E.
pronome relativo.
Sujeito
O detalhe mais relevante sobre essas orações é diferenciar uma oração subordinada adverbial
adjetiva restritiva de uma explicativa. Vejamos:
Orações adjetivas explicativas são aquelas que acrescentam uma informação sobre o antecedente,
embora já definido, ampliando os dados e detalhes sobre ele. São informações acessórias, mas são
importantes para a construção de sentido. Devem ser marcadas com vírgulas.
Vamos comparar:
Ex: Meu aluno, que mora no interior, estuda on-line.
Observe que, por ser uma informação acessória, uma explicação, uma ampliação de sentido. Meu
aluno estuda on-line (e ele mora no interior). Temos, então, uma oração adjetiva explicativa.
Se retirarmos a vírgula, teremos uma oração restritiva e o sentido vai mudar:
Ex: Meu aluno que mora no interior estuda on-line.
Agora temos vários alunos e somente um deles estuda online, aquele aluno específico que mora no
interior.
IMPORTANTE: A banca sempre pergunta se a retirada das vírgulas vai afetar as relações de sentido.
Afeta sim, pois acarreta a passagem de explicativa para restritiva.
Ex: Meu filho, que mora em Brasília, toca violão. (explicativa, COM VÍRGULA).
Ex: Meu filho que mora em Brasília toca violão. (restritiva, SEM VÍRGULA).
A retirada das vírgulas na segunda oração muda completamente o sentido, pois poderemos
entender que há mais de um filho e especificamente aquele que mora em Brasília toca violão. Na
primeira oração, só se infere a existência de um único filho.
O mesmo raciocínio vale para um adjetivo que venha entre vírgulas.
nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições
do que na produção dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do
que na produção dos governos” introduz, no período em que ocorre, além de uma explicação
sobre “estudos e pesquisas nessa área”, uma comparação.
Comentários:
A oração “que se concentravam...” é explicativa, pois traz vírgula antes do pronome relativo.
Portanto, introduz sim uma explicação. Na estrutura, há também uma oração comparativa
se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção
dos governos Questão correta.
68. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade propriamente dita,
cercada por muralhas, onde ficavam os principais locais de culto e as células dos futuros
palácios reais; uma espécie de subúrbio, extramuros, local que agrupava residências e
instalações para criação de animais e plantio; e o porto fluvial, espaço destinado à prática do
comércio e que era utilizado como local de instalação dos estrangeiros
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse suprimido o trecho
“que era”.
Comentários:
Sim, dessa forma deixaríamos as duas estruturas simétricas, paralelas.
e o porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e utilizado como local de instalação dos
estrangeiros
Outra forma seria manter as duas estruturas com a oração adjetiva explícita:
e o porto fluvial, espaço (que era) destinado à prática do comércio e (que era) utilizado como local
de instalação dos estrangeiros Questão correta.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” expressa circunstância
de
A) finalidade. B) causa. C) modo. D) proporção. E) concessão.
Comentários:
Questão direta. Temos oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo, introduzida pela
preposição para. Nela temos o propósito da luta dos pais de baixa escolaridade. Gabarito letra A.
75. (Secretaria de Educação-DF / 2017)
Embora não possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram —
as revoluções consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das próprias ciências
sociais e humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar
conta de resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir.
O conectivo “Embora” introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.
Comentários:
Exato. Na oração concessiva, há um fato que cria a expectativa de um determinado resultado, essa
expectativa é quebrada pela oração principal. Em outras palavras: embora haja avanço científico
(expectativa), a ciência não têm conseguido dar conta de resolver o problema (desfecho oposto à
expectativa)... Questão correta.
76. (Fiocruz / Assistente / 2016)
“E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo.”
No período transcrito acima, as duas orações estruturam-se numa correlação sintática “quanto
mais ... mais” de sentido:
a) causal. b) proporcional. c) consecutivo. d) temporal. e) modal.
Comentários:
A correlação “quanto mais X...mais Y” é clássica estrutura de oração proporcional, pois indicam que
X e Y variam proporcionalmente, um em função do outro. Gabarito letra B.
Ex: Li um livro que explicava esse tema. (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
imperfeito; pronome relativo “que”)
Vejamos agora uma reduzida de particípio:
Ex: Terminado o serviço, foi embora. (oração reduzida de particípio: verbo no particípio; sem
conjunção)
Ex: Assim que terminou o serviço, foi embora (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
perfeito; conjunção temporal “assim que”)
Cuidado: na conversão, temos que manter o tempo correlato da oração principal e também a voz
verbal. Ao inserir a conjunção “que”, o verbo tende a ir para o subjuntivo.
Vamos ver aqui alguns exemplos de orações reduzidas de infinitivo, pois são as mais cobradas,
especialmente as substantivas, pois desempenham maior variedade de funções sintáticas.
1 - Subordinadas Substantivas
a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.
d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.
e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.
2 - Subordinadas Adverbiais
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, ele se emocionou.
3 - Subordinadas Adjetivas
Ex. Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (...que negligencia)
Ex. Esse é o último livro a ser escrito por Machado de assis. (...que foi escrito...)
OBS: Nem sempre o sentido de uma oração reduzida é óbvio e indiscutível, de modo que a conversão em oração
desenvolvida (e vice-versa) pode ser feita de mais de uma maneira, tudo vai depender do contexto.
Ex: Em se plantando, tudo dá. (Quando plantamos – tempo/Se plantarmos – hipótese)
Ex: Quando o verão chegar, ficaremos felizes. (Ao chegar o verão/ Chegado o verão/ Chegando o verão)
Além disso, há diversas orações reduzidas fixas, “cristalizadas” na língua, que não conseguimos desenvolver:
Ex: Coube-nos pagar a conta.
Ex: Não há mais tentar ou negociar agora
Ex: Ele, além de ser bonito, era gentil.
Ex: “Em vez de você viver chorando por ele, pense em mim...”
Ex: Longe de desanimar, empolgou-se.
Ex: Não faz outra coisa senão estudar.
Portanto, não enlouqueça tentando dar o “sentido” de todas as orações e fazer a conversão em cada caso. Não é viável
nem é necessário para a prova, ok?
PARALELISMO
Como o nome sugere, paralelismo é o uso de estruturas paralelas, simétricas, com estrutura
gramatical idêntica ou semelhante. Para escrever bem e organizar bem o pensamento, a norma culta
recomenda que só devemos coordenar frases que tenham constituintes do mesmo tipo (adjetivo
com adjetivo, substantivo com substantivo, termo preposicionado com termo preposicionado,
oração desenvolvida com oração desenvolvida...); então, fere o paralelismo sintático o uso de
estruturas estruturalmente diferentes em uma coordenação/enumeração de termos de mesmo
valor sintático. Vejamos isso na prática, usando os exemplos mais relevantes para a prova:
Ex: Tenho um primo inteligente e que tem muito dinheiro.
Algum problema? Aparentemente nenhum, não é?
Porém, essa oração não foi construída com paralelismo, pois coordena dois termos com mesma
função sintática (adjunto adnominal de “primo”), mas que não têm a mesma forma. Temos adjetivo
(inteligente) no primeiro item, mas uma oração adjetiva no segundo (que tem muito dinheiro), uma
estrutura diferente, assimétrica. Ajustando o paralelismo, teríamos uma oração com ambos os
termos em forma de adjetivo simples.
Ex: Tenho um primo inteligente e rico.
Haveria paralelismo também se os dois termos viessem com forma de oração adjetiva.
Ex: Tenho um primo que é inteligente e que é rico.
Veja outro exemplo:
Ex: Estudo por estar desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
Não houve paralelismo, as estruturas são diferentes: o primeiro adjunto adverbial de causa veio em
forma de oração reduzida, e o segundo veio em forma de oração desenvolvida. Reescrevendo com
estruturas paralelas, teríamos:
Ex: Estudo por estar desempregado e por aspirar a uma vida melhor. (estruturas simétricas: duas
orações reduzidas de infinitivo)
Ex: Estudo porque estou desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
(estruturas simétricas: duas orações desenvolvidas)
OBS: Por serem estruturas equivalentes, podemos coordenar sem paralelismo adjetivos e locuções
adjetivas e também advérbios e locuções adverbiais.
Ex: João é rude e sem paciência. Anda sempre rapidamente e com pressa.
Ex: Ricardo enriqueceu com investimentos arriscados, isto é, com negociação de ações na bolsa de
valores. (ambas com forma nominal)
E aí, pessoal? Entenderam o espírito da coisa? A lógica geral é essa acima, os elementos coordenados
devem ter forma similar, isso vale para enumeração de quaisquer termos, sujeitos, complementos,
adjuntos adverbiais etc... Estudaremos também alguns detalhes sobre paralelismo, contextualizados
especificamente nos assuntos de concordância, regência e crase.
Agora, vamos analisar algumas frases retiradas de prova e avaliar o paralelismo:
1) Os empregados daquela firma planejam nova manifestação pública e interditar o acesso pelo viaduto
principal da cidade.
Observe que o primeiro complemento de “planejam” tem forma nominal e o segundo tem
forma de oração. Não houve paralelismo.
2) Mande-me tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e se meu tio encontrou os documentos
que procurava.
Veja que o segundo termo coordenado não tem a forma necessária para ser complemento
de “Mande-me”, não poderíamos dizer “Mande-me se meu tio encontrou os documentos
que procurava.
Para ajustar, deveríamos, por exemplo, incluir um outro verbo, que aceitasse corretamente os dois
complementos:
Descubra tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e (descubra) se meu tio encontrou
os documentos que procurava.
A propósito, o contrário também é válido. Se tivermos dois verbos com um mesmo complemento,
esse complemento deve ser capaz de atender a regência dos dois verbos. Não podemos usar um
mesmo complemento para verbos com regências diferentes. Por exemplo:
Ex: Esse é o contrato que assinei e concordei.
“Concordar” pede preposição “com”, então seu complemento é um objeto indireto. Já “assinar”
pede um objeto “direto”, para corrigir, teríamos que ajustar de alguma forma a preposição que foi
“comida”, por exemplo:
Ex: Esse é contrato que assinei e com que concordei.
Por essa mesma lógica, seria incorreto dizer: Eu gosto e respeito meu professor.
Analisemos mais um período quanto à observância do paralelismo.
3) O tumulto começava na esquina de minha rua e que era perto dos gabinetes do ministro e do secretário.
Não houve paralelismo. O primeiro adjunto adverbial veio em forma nominal, o segundo veio
numa confusa estrutura de oração adjetiva.
Paralelismo Semântico.
Devemos observar também o paralelismo “semântico”, que se refere à coerência de sentido entre
os termos coordenados.
Ex: O policial fez duas operações: uma no Morro do Juramento e outra no pulmão.
Embora haja paralelismo estrutural, não há paralelismo semântico, pois se cordenam ideias sem
relação: uma referência geográfica e um órgão objeto de cirurgia. Até o sentido de “operação”
muda. A frase fica incoerente porque a lógica seria ligar dois lugares geográficos ou dois órgãos
operados.
Ex: Heber tem um carro a diesel e um carro nacional.
Não há coerência nessa correlação entre o combustível do carro e sua origem. A lógica linguística
seria relacionar, por exemplo, um carro nacional e um importado, ou um carro a diesel e um a álcool.
Para consolidar o entendimento, vejamos outro exemplo:
Ex: Rodrigo é gentil e técnico de informática.
Veja que, do ponto de vista lógico e pragmático, fora de um contexto maior, também não é coerente
correlacionar uma qualidade pessoal com uma profissão como se fossem itens de um mesmo nível
semântico.
POR OUTRO LADO, esse tipo de ruptura semântica pode ser justificado por alguma lógica interna do
contexto. Veja os exemplos clássicos de Machado de Assis:
“Marcela amou-me durante quinze dias e onze contos de réis.”
“Gastei trinta dias para ir do Rócio Grande ao coração de Marcela.”
No primeiro exemplo, causa estranhamento a correlação entre uma medida de tempo e uma quantia em
dinheiro. Contudo, o sentido implícito é de que tempo e dinheiro são a mesma unidade, pois Marcela era
interesseira e só amou enquanto duraram os onze contos de réis.
No segundo exemplo, parece haver incoerência pela falta de paralelismo semântico entre um lugar
físico e o coração de uma mulher. Contudo, tomando-se metaforicamente o “coração de Marcela”
como um “ponto de chegada”, um “objetivo”, a aparente incoerência se desfaz.
Por fim, deixo uma ressalva muito importante: pelo amor de deus, não saia por aí achando que as
bancas vão considerar uma frase sem perfeito paralelismo como uma alternativa
gramaticalmente errada. Não é assim que funciona, os próprios autores que são referência sobre
paralelismo declaram abertamente que “o paralelismo não se enquadra em uma norma gramatical
rígida”, “não sendo uma operação obrigatória”. “Constitui, na verdade, uma diretriz de ordem
estilística – que dá ao enunciado uma certa harmonia...”. Então, o que a banca costuma fazer é
apenas perguntar se há paralelismo ou não ou pedir para avaliar possibilidades de reescritura que
observem o paralelismo.
(ambas desenvolvidas)
Essa última construção paralelística, com ambas desenvolvidas, é a única que temos entre as opções.
Gabarito letra A.
Conjunção explicativa:
Ex: Estude, que o edital já vai sair.
Conjunção Alternativa: Equivale ao par alternativo “quer X...quer Y”.
Ex: “Que chova, que faça sol, irei à praia”
Conjunção Adversativa:
Ex: Culpem todos, que não a mim! (mas não a mim)
Conjunção aditiva:
Ex: Você fala que fala hein, meu amigo!
Conjunção consecutiva:
Ex: Bebi tanto que passei mal.
Ex: “Ele não sai à rua que não encontre um amigo”. (sem encontrar um amigo)
Conjunção comparativa:
Ex: Estudo mais (do) que você. (“do” é facultativo)
Conjunção final:
Ex: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
Ex: “Faço votos que sejas feliz!”
Conjunção Concessiva:
Ex: Estude constantemente, pouco que seja. (=ainda que pouco)
Conjunção Temporal:
Ex: “Agora que eu ia viajar, chove”.
Conjunção integrante: introduz orações substantivas, aquelas que podem ser substituídas por
[ISTO]:
Ex: Quero que você se exploda! = Quero [ISTO]
Ex: É preciso que estudemos. = Quero [ISTO]
Então, vamos ver melhor a análise sintática de uma oração substantiva, aquela introduzida por
conjunção integrante e substituível por ISTO. Cai muuuito!
Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Estava claro [ISTO]
Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.
Para efeito de análise sintática, interessa saber as funções que o “QUE” pode assumir quando for
pronome relativo.
O pronome relativo introduz orações adjetivas e retoma o termo antecedente, pois tem função
anafórica e remissiva.
Para identificarmos a função sintática do pronome relativo, temos que olhar para o termo que ele
retoma e atribuir a mesma função sintática desse referente.
Então basicamente devemos seguir três passos:
1) Isolar a oração adjetiva, iniciada pelo “QUE” pronome relativo.
2) Dentro dessa oração, substituir o “QUE” por seu antecedente.
3) Organizar a oração e analisar a função do antecedente que substituiu o pronome. A função que
esse termo assumir é a função do “QUE”. Vejamos:
✓ Sujeito: Estes são os atletas que representarão o nosso país. (atletas representarão)
✓ Objeto Direto: Comprei o fone que você queria. (queria o fone)
✓ Objeto Indireto: Este é o curso de que preciso. (preciso do curso)
✓ Complemento Nominal: Estas são as medicações de que ele tem necessidade. (necessidade
de medicações)
✓ Predicativo do Sujeito: Ela era a esposa que muitas gostariam de ser. (ser a esposa)
✓ Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado. (atacado pelo animal)
✓ Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (chegaram no dia).
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações
diversas entre os indivíduos”, o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção
dos objetos”.
Comentários:
Muito cuidado, a questão é avançada. O sujeito sintático da oração adjetiva é o pronome relativo
“que”:
Os processos de produção dos objetos [que nos cercam] movimentam relações
A oração adjetiva é esta entre colchetes, o termo “Os processos de produção dos objetos” nem
sequer faz parte da oração. Na verdade, é o sujeito da oração principal:
Os processos de produção dos objetos movimentam relações
Para saber a função do pronome relativo, basicamente o substituímos pelo termo que substitui e
==47678==
do verbo, que não pode ser conjugado sem ele, como atrever-se, alegrar-se, admirar-se, orgulhar-
se, levantar-se, arrepender-se, materializar-se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se, sentar-se,
suicidar-se, concentrar-se, afogar-se, precaver-se, partir-se (quebrar)...
Os verbos pronominais são quase sempre Intransitivos ou Transitivos Indiretos. Isso já ajuda a distinguir da
vozes passiva e reflexiva. Além disso, o “SE” dos verbos pronominais não exerce função sintática alguma.
Partícula expletiva de realce:
Pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou semântico.
Ex: Vão-se minhas últimas economias.
Ex: Passaram-se anos e ela não voltou.
O CESPE gosta de muito de cobrar esse “SE” nos verbos “rir” e “sorrir”.
Fique atento, a banca vai te remeter a um trecho e dizer que o “se” destacado é um desses acima,
quando, na verdade, será outro. Por exemplo, vai dizer que o “Se” indica voz passiva, quando na
realidade vai indicar sujeito indeterminado, ou condição, ou reflexividade...
E) partícula reflexiva.
Comentários:
Organizando, temos VTD+SE, numa estrutura de voz passiva sintética, com sujeito oracional passivo:
Exige-se [ISTO] >> [ISTO] é exigido. Gabarito letra A.
98. (AGU / TÉC. EM COMUNICAÇÃO SOCIAL / 2019)
“Ninguém se esqueceu da enxurrada de tuítes enraivecidos trocados há apenas um ano por
Trump e o presidente nortecoreano – ‘fogo e fúria’, o ‘grande botão’ nuclear etc.”
Julgue o item a seguir.
O SE se classifica como pronome reflexivo.
Comentários:
O verbo “esquecer-se” (de algo) é pronominal, então o “se” é parte integrante do verbo, não tem
qualquer sentido reflexivo nem tem função sintática. Questão incorreta.
99. (ITEP-RN / AGENTE DE NECROPSIA / 2018)
Assinale a alternativa em que o “se” destacado introduz uma noção de condição.
(A) “A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos [...]”.
(B) “[...] há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas voltadas
para esse fim [...]”.
(C) “[...] estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-
passo [...]”.
(D) “[...] o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo,
medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida [...]”.
(E) “Essa medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não
é o bastante.”.
Comentários:
Clássica questão sobre as funções do “SE”:
Vejamos:
a) Aqui, “SE” é apassivador (a taxa foi/está concentrada entre idosos acima de 70 anos)
b) Temos o “SE” condicional: caso o país tivesse políticas públicas voltadas para esse fim, então
teríamos um efeito: outras mortes seriam prevenidas.
c) O verbo “submeter-se” é pronominal, o “SE” é parte integrante dele.
d) Temos o “SE” apassivador (o cuidado é traduzido no cumprimento de tarefas)
e) O “SE” é indeterminador do sujeito, pois temos “tratar-se de”, VTI+SE.
Gabarito letra B.
Comentários:
Sim, temos o “como” comparativo, fazendo contraste entre as situações hipotéticas: falar a língua
dos homens e dos anjos e não ter amor. Questão correta.
105. (TRT SC / Analista / 2017)
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com o tempo.
O valor semântico do termo sublinhado se repete no seguinte pensamento:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (Raoul Dufy)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (Bertrand Russell)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (Jean Rostand)
(D) As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia. (M. Fernandes)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (Henri-Louis Bergson)
Comentários:
Essa questão cobra os diversos usos da palavra “como”. No enunciado, o “como” é preposição
acidental, normalmente utilizada para citar “exemplos”. Esse uso se repete na letra D:
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com o tempo.
As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia
Vejamos as demais:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (pronome relativo, retoma
“maneira”)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (conjunção comparativa: “teimoso
como uma mula é teimosa”)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (conjunção comparativa: “igual aos
demais”)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (conjunção comparativa, veja que o
verbo está elíptico, por ser igual ao da oração anterior: “Pense como um homem de ação pensa e
aja como um pensador age”) Gabarito letra D.
106. (ARTESP / 2017)
Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova
revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda.
O vocábulo como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de sentido que a
verificada em:
(A) Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é
desconhecido.
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros
autônomos.
(C) Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são uma realidade.
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente
espantoso.
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século
20.
Comentários:
O “como” destacado no enunciado é conjunção conformativa, assim como ocorre na letra C:
"nova revolução industrial", conforme/segundo/consoante define o secretário de Transportes
paulistano, Sérgio Avelleda.
conforme/segundo/consoante dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já
são uma realidade.
Vejamos o sentido do “como” nas demais alternativas:
(A) Como (porque) ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é
desconhecido. (conjunção causal)
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros autônomos.
Ainda não se sabe [isto]
[isto] Ainda não se sabe
[isto] Ainda não é sabido
Temos então o “como” introduzindo uma oração substantiva subjetiva, que será chamada de
“justaposta”, por não ser introduzida por conjunção integrante. Esse “como” é classificado como
advérbio.
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente espantoso.
(pronome relativo, retoma “modo”)
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século 20.
(conjunção comparativa) Gabarito letra C.
107. (HRF / Analista / 2017)
Em “[...] falou sobre a importância das pessoas com deficiência serem vistas como
consumidoras, funcionárias e prestadoras de serviço.”,
Julgue o item a seguir.
O “como” exerce função de conjunção subordinativa comparativa.
Comentários:
Não há comparação. Aqui, o “como” tem sentido de “no papel de”. Trata-se de uma preposição
acidental introduzindo um predicativo de “pessoas com deficiência”. Questão incorreta.
108. (TRE TO / 2017)
Na época moderna, as eleições estão ligadas ao sistema de governo representativo e ao
preenchimento de 28 cargos executivos. É nessa época que se fortalece a ideia de que a eleição
é a forma pela qual as pessoas em uma sociedade escolhem politicamente candidatos ou
partidos por meio do voto.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso se substituísse
“pela qual” por “como”.
Comentários:
A palavra “como” pode ser pronome “relativo” quando tem como antecedente palavras como
forma, maneira, modo, jeito etc. No texto, “a qual” (em pela qual) retoma “forma”, então é possível
trocar pelo relativo “como”. Questão correta.
RESUMO
Veremos aqui as principais funções sintáticas e detalhes que são cobrados em prova:
Sujeito:
Simples: 1 núcleo/ Composto: + de 1 núcleo.
Indeterminado: 3ª Pessoa do Plural (Dizem que ele morreu) ou VI/VTI+SE (Vive-se bem aqui/Gosta-
se de cães na China)
Oculto/Desinencial: Pode ser determinado pelo contexto ou vem implícito na terminação da
palavra: Estudamos hoje (nós)
O sujeito pode ter forma de:
Nome: O menino é importante.
Pronome: Ele é importante. Alguns desistiram. Aquilo é bonito demais.
Oração: Estudar é importante (oração reduzida).
Que se estudasse mais foi necessário. (sujeito oracional e passivo. A oração está desenvolvia,
introduzida por conectivo)
Oração sem sujeito:
Fenômenos da natureza: Ex: Choveu ontem/ Ex: Anoiteceu.
Estar/fazer/haver impessoal com sentido de tempo ou estado.
Ex: Faz tempo que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
O verbo haver impessoal vem sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam
locução com ele. Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Predicativo do Sujeito: Indica estado/qualidade/característica do sujeito.
Ex: Fulana é bonita (VL)/ Ele tornou-se chefe (VL)/ João saiu contente (VI)
Objeto direto: complemento verbal sem preposição. Pode ter forma de:
Nome: Não vimos a cena.
Pronome: Ele nos deixou aqui.
Oração: Espero que estudem.
Preposicionado: Amava a Deus/ Deixei a quem me magoava/ Vendi a nós mesmos.
OD Pleonástico: As frutas, já as comprei.
Adjunto adnominal:
Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a ele
características como quantidade, qualidade, posse...
Complemento nominal:
Termo preposicionado ligado ao nome (substantivo, adjetivo, advérbio) que possui transitividade.
Parece um objeto indireto, mas não complementa verbo.
Adjunto adnominal X Complemento Nominal
Diferenças:
✓ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O adjunto
adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo preposicionado se ligar a um adjetivo
ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal.
✓ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto pode ser ou não.
Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto.
✓ O Complemento nominal se liga a substantivos abstratos (Sentimento; ação; qualidade;
estado; conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e abstratos. Então, se o
nome for um substantivo concreto, vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN.
✓ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja “de”, será CN. Se
a preposição for “de”, teremos que analisar os outros aspectos.
Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com termo
preposicionado (“de”) ligado a ele. Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.
O termo preposicionado pode ser substituído perfeitamemente por uma palavra única, um
adjetivo: adjunto adnominal.
✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento
nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.
Vejamos agora como as ligações nos períodos compostos se relacionam. Segue abaixo um período
composto por coordenação:
1
Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.
1
Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da
mesa e 5nem lembrei...
Orações Coordenadas:
As orações coordenadas sindéticas podem ser conclusivas, explicativas, aditivas, adversativas e
alternativas. (Mnemônico C&A). Teremos:
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado,
depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do
verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porque não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas
também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou pares correlatos ou,
ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez. Seja por bem, seja por mal.
ORAÇÕES SUBORDINADAS:
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por ISTO; exercem função
sintática típica de substantivo, como Sujeito, OD, OI, CN...)
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo antecedente; exercem
papel adjetivo, ou seja, modificam substantivo)
3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções adverbiais — causais, temporais, concessivas,
condicionais; tem valor de advérbio e trazem sentido de circunstância da ação verbal, como tempo,
condição...).
As orações reduzidas são formas menores, pois não trazem esses “conectivos” (pronome relativo,
conjunções). Seu verbo vem numa forma nominal: infinitivo, particípio, gerúndio.
Meu amigo, que trabalha no tribunal, ligou. (não há outros amigos: é explicativa).
A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e em avaliações de risco,
conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’: impedir a formação de
tumores
LISTA DE QUESTÕES
1. (UFSC / ADMINISTRADOR / 2019)
Julgue o item a seguir.
Na sentença “Realizado por outra equipe de pesquisadores, um segundo estudo sugere
diferente”, a expressão ‘um segundo estudo’ exerce função de sujeito.
2. (CORE-PE / AUX. ADMINISTRATIVO / 2019)
Em “Ninguém se cura sem cortar a causa do mal”, o termo destacado possui função sintática
de:
A) Sujeito. B) Agente da passiva. C) Predicativo. D) Vocativo. E) Substantivo.
3. (STM / ANALISTA / 2018)
A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o comportamento pelo qual se
consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança” exerce a função de
sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
4. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Era custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” é
A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes”.
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes”.
C) o termo “custoso”.
D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento”.
5. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
Julgue o item a seguir.
É indefinido, em razão do contexto, o sujeito da forma Trouxeram a agricultura.
6. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto
de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes
avanços nas comunicações.
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela presença de
“decorrente”, sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização
mencionadas no texto.
31. (Instituto Excelência / Procurador Jurídico / 2017)
Considere o seguinte período e julgue o item em certo ou errado:
“Diz que seus filhos pequenos se assustaram, mas depois foram brincar nos galhos tombados”.
Nessa construção, os adjetivos “pequenos” e “tombados” exercem a função de Adjunto
adnominal.
32. (PC-SP / INVESTIGADOR / 2018)
Nos enunciados – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. –
e – Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… –, os termos destacados são
a) acessórios da oração, ambos exercendo a função de adjunto adnominal.
b) integrantes da oração, ambos exercendo a função de objeto direto.
c) acessórios da oração: o primeiro é adjunto adnominal; o segundo, complemento nominal.
d) integrantes da oração: o primeiro é objeto direto; o segundo, indireto.
e) essenciais da oração, ambos exercendo a função de sujeito.
33. (PGE-PE / Ana. Judiciário de Procuradoria / 2019)
Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é difícil dizer se a maior
turbulência depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios
fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou até mesmo
biológicas.
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (L.1) funciona como complemento desse termo.
34. (UFF / ADMINISTRADOR / 2019)
Julgue o item a seguir.
No trecho “Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-
lo na sua esquina”, as duas ocorrências do termo “jovem” exercem, respectivamente, as
funções sintáticas de predicativo e sujeito.
35. (PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)
... é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral ...
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (L.3) funciona como complemento desse termo.
36. (CGM - JOÃO PESSOA / 2018)
Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo
a) “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que sermos
tolerantes...”;
b) “somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar tornando-se
irracionalmente intolerante”;
c) “O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial”;
d) “Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós vamos ficando cada
vez mais irracionalmente intolerantes”;
e) “No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz africana”.
43. (TCE-PA / 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
44. (TRE-PI / 2016) - Adaptada
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função sintática, uma vez que
atribuem característica ao termo “identidade”.
45. (SEDUC-SP / OF. ADMINISTRATIVO / 2019)
Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.
Julgue o item.
O termo em destaque identifica corretamente o sujeito da oração.
46. (SEE-AC / PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA / 2019)
“Infeliz iniciativa do senador Cyro Miranda (PSDB- GO), PRESIDENTE DA COMISSÃO DE
EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE DO SENADO, ao criar um grupo de trabalho com Ernani
Pimentel e Pasquale Cipro Neto, propondo uma simplificação do sistema ortográfico
brasileiro.”
Do ponto de vista sintático, o termo sublinhado classifica-se como aposto e Funciona como um
termo explicativo
47. (Anvisa / 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o Oscar Wilde
iconoclasta”, haveria mudança do significado original do texto, mas as funções sintáticas de
“Oscar Wilde” e de “iconoclasta” permaneceriam inalteradas.
48. (Despachante Aduaneiro / 2016)
...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-
la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma
loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
— Olhe, se não dá por ela; perdia-a de vez.
— É verdade, concordou Honório envergonhado.
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã
uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado.
A palavra “envergonhado” e a expressão “quatrocentos e tantos mil-réis” exercem,
respectivamente, as funções de
a) adjunto adnominal e aposto.
b) predicativo de objeto e vocativo.
c) predicativo de sujeito e aposto.
d) adjunto adnominal e objeto direto.
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial
49. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)
“Médicos de prestígio aceitavam alegremente ser cúmplices desse crime.”
Julgue o item a seguir: “alegremente” é predicativo do sujeito.
50. (UFGD / ADMINISTRADOR / 2019)
No mundo todo, o principal componente do shoyu, condimento fundamental da culinária
asiática, é a soja.
Julgue o item a seguir.
A função sintática relativa aos termos destacados no texto é Objeto indireto.
51. (TRT 1ª REGIÃO / TÉCNICO / 2018)
Julgue o item.
Em “E a imaginação é o palco em que a vivência dessas possibilidades é encenada, por meio do
jogo entre identificações e rejeições.”, o trecho em destaque indica a causa de a imaginação
ser considerada um palco, sendo, portanto, um adjunto adverbial de causa.
52. (PC-RS / DELEGADO / 2018)
A seca persiste no Nordeste...
Sobre termos que constituem frases do texto, é correto dizer que: o termo no Nordeste
funciona como objeto indireto.
53. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato. Através dessas atividades,
consolidaram um mercado interno e desenvolveram a camada média da população. E, embora
o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias e charqueadas, o
poder econômico dos imigrantes foi, aos poucos, se consolidando.
Julgue o item a seguir.
É exemplo de objeto direto o termo sublinhado em fosse detido pelos grandes senhores.
54. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
55. (CÂM. DE BH / TÉC. DE SEG. TRAB. / 2018)
Analise a frase: “Você acredita que nossos destinos são controlados pelas estrelas?” e julgue o
item a seguir.
“Pelas estrelas” atua sintaticamente como complemento verbal.
56. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Uma estrutura de VTS (Serviço de tráfego de embarcações) é composta minimamente de um
radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de
identificação de embarcações denominado automatic identification system, um sistema de
comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e
hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um
radar” (L.1-2), fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
57. (Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
“Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que a família decidiu
entornar o caldo da sociedade?” O trecho sublinhado apresenta-se entre vírgulas porque trata-
se de
a) um vocativo. b) uma enumeração. c) uma expressão explicativa.
d) um adjunto adverbial deslocado. e) elementos coordenados assindéticos.
58. (PC-ES / AUXILIAR DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)
Apesar de essas experiências terem diferentes características, todas tiveram um aspecto
comum: a introdução ou o fortalecimento da participação da comunidade nas questões de
segurança.
O segundo parágrafo do texto é formado por
A) dois períodos compostos.
B) um período simples e dois compostos, respectivamente.
C) dois períodos simples.
D) um período composto e um simples, respectivamente.
segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” exerce a função
de complemento do vocábulo “claro”.
64. (Despachante Aduaneiro / 2016)
“Quem olhar, com alguma atenção, a carta geográfica da América do Sul e, mais precisamente,
da região amazônica, verificará que a larga faixa que se estende ao longo das fronteiras do
Brasil com seus vizinhos a norte e a oeste representa uma vasta região praticamente
desconhecida.”
Julgue o item a seguir.
A oração introduzida por “que”, após “verificará”, é uma oração subordinada substantiva
subjetiva.
65. (AL-GO / POLICIAL LEGISLATIVO / 2019)
No que se refere à relação de subordinação entre orações, assinale a alternativa que classifica
a oração sublinhada em “é necessário que cada um tenha também flexibilidade, capacidade
de tratar as informações racionalmente e emocionalmente.”
A) Oração subordinada adjetiva restritiva
B) Oração subordinada adverbial concessiva
C) Oração subordinada substantiva completiva nominal
D) Oração subordinada adverbial final
E) Oração subordinada substantiva subjetiva
66. (PGE-PE / Conhecimentos Básicos 1, 2, 3 e 4 / 2019)
A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica,
pautada na ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de
minimizar problemas sociais como concentração de renda, precarização das relações de
trabalho e falta de direitos básicos como educação, saúde e moradia, agravados, entre outros
motivos.
A inserção da expressão que seja imediatamente antes da palavra “pautada” — que seja
pautada — não comprometeria a correção gramatical nem alteraria os sentidos originais do
texto.
67. (TCE PE / 2017)
A política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica surgiu nos Estados
Unidos da América (EUA), em um rompimento com a tradição europeia de estudos e pesquisas
nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições
do que na produção dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do
que na produção dos governos” introduz, no período em que ocorre, além de uma explicação
GABARITOS
1. CORRETA 28. LETRA A 55. INCORRETA 82. LETRA D
2. LETRA A 29. LETRA E 56. CORRETA 83. LETRA A
3. INCORRETA 30. INCORRETA 57. LETRA A 84. CORRETA
4. LETRA A 31. CORRETA 58. LETRA E 85. CORRETA
5. INCORRETA 32. LETRA D 59. INCORRETA 86. LETRA D
6. LETRA A 33. INCORRETA 60. CORRETA 87. CORRETA
7. INCORRETA 34. CORRETA 61. LETRA E 88. LETRA D
8. INCORRETA 35. INCORRETA 62. LETRA B 89. INCORRETA
9. INCORRETA 36. INCORRETA 63. INCORRETA 90. INCORRETA
10. LETRA E 37. LETRA C 64. INCORRETA 91. CORRETA
11. LETRA C 38. INCORRETA 65. LETRA E 92. INCORRETA
12. CORRETA 39. CORRETA 66. CORRETA 93. INCORRETA
13. CORRETA 40. INCORRETA 67. CORRETA 94. LETRA E
14. LETRA E 41. LETRA B 68. CORRETA 95. LETRA B
15. LETRA D 42. LETRA E 69. CORRETA 96. INCORRETA
16. INCORRETA 43. CORRETA 70. LETRA B 97. LETRA A
17. LETRA C 44. INCORRETA 71. LETRA D 98. INCORRETA
18. LETRA A 45. INCORRETA 72. CORRETA 99. LETRA B
19. INCORRETA 46. CORRETA 73. CORRETA 100. CORRETA
20. CORRETA 47. INCORRETA 74. LETRA A 101. CORRETA
21. CORRETA 48. LETRA C 75. CORRETA 102. LETRA A
22. INCORRETA 49. INCORRETA 76. LETRA B 103. INCORRETA
23. LETRA E 50. INCORRETA 77. LETRA D 104. CORRETA
24. INCORRETA 51. INCORRETA 78. LETRA D 105. LETRA D
25. CORRETA 52. INCORRETA 79. LETRA A 106. LETRA C
26. CORRETA 53. INCORRETA 80. LETRA C 107. INCORRETA
27. CORRETA 54. INCORRETA 81. LETRA B 108. CORRETA