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Livro Eletrônico

Aula 04

Português p/ UFPI (Todos os Cargos) Com Videoaulas - Pós-Edital

Felipe Luccas, Equipe Felipe Luccas

93318588253 - John Dyhego Silva e Silva


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Aula 04

AULA 04
SINTAXE
ORAÇÃO E PERÍODO.

292472
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ................................................................................................ 2
FUNÇÕES SINTÁTICAS ...................................................................................................... 2
FRASE X ORAÇÃO X PERÍODO: ........................................................................................ 45
COORDENAÇÃO X SUBORDINAÇÃO: ............................................................................... 46
ORAÇÕES COORDENADAS:............................................................................................. 48
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS: ................................................................... 51
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS ........................................................................... 55
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ......................................................................... 58
ORAÇÕES REDUZIDAS X ORAÇÕES DESENVOLVIDAS ....................................................... 65
PARALELISMO ............................................................................................................... 69
FUNÇÕES DA PALAVRA “QUE” ....................................................................................... 74
FUNÇÕES DA PALAVRA “SE” .......................................................................................... 82
FUNÇÕES DA PALAVRA “COMO” .................................................................................... 88
RESUMO ....................................................................................................................... 93
LISTA DE QUESTÕES ..................................................................................................... 102
GABARITOS ................................................................................................................. 123

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SINTAXE
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Olá, pessoal! Vamos riscar mais alguns itens desse edital??
A análise sintática é o assunto que consolida as aulas anteriores. Embora de modo indireto,
estivemos estudando análise sintática desde o início do curso: na aula de classes, em “preposições”,
vimos adjuntos adnominais e complementos nominais, na aula de verbos, vimos um pouco da
sintaxe verbal, isto é, a necessidade dos verbos terem ou não um complemento (objeto direto e
indireto); em conjunções, vimos as orações subordinadas e coordenadas; por fim, lembramos que
as classes gramaticais (assunto de morfologia) não se dissociam das funções sintáticas (assunto de
sintaxe). Esses assuntos estão totalmente interligados.
Nesta aula, vamos organizar esse conhecimento e focar naquelas funções sintáticas que sua banca
mais gosta de explorar. A aula é bem extensa, mas é completa e traz muitas questões comentadas
(muitas mesmo), porque teoria resumida sem prática apenas perpetua essa sensação de que ‘sintaxe
é muito difícil’. Optei também por não partir a aula porque todos os assuntos são interligados
(sintaxe, orações, funções do QUE e SE) e o entendimento é melhor se vistos como uma unidade.
Vamos lá!

FUNÇÕES SINTÁTICAS
A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA:
Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)
Eu comprei uma bicicleta semana passada
Nós gostamos de comer em rodízios

Chamamos também essa sequência de “estrutura de base” da oração.


Para começar, apresentamos o exemplo acima, que é uma oração na ordem direta (SuVeCa), pois é
mais fácil perceber os componentes da frase (sujeito, verbo, complemento e adjuntos) nessa ordem.
Todavia, devo alertá-lo de que, na prática, esses termos são comumente invertidos e entre eles são
intercaladas outras estruturas, de modo que, muitas vezes, teremos dificuldade de encontrar cada
elemento desses. Deixo aqui a dica para o estudo de toda a língua portuguesa: Sempre tente colocar
a sentença na ordem direta e procurar o sujeito de cada verbo. Na análise sintática e na pontuação,
essa dica salva vidas!

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TERMOS ORACIONAIS:

Uma oração é simplesmente uma frase que tem verbo! As funções sintáticas também podem
aparecer em forma de oração, de modo que a sua “estrutura” será oracional, sempre com um
verbo, mas a análise que faremos será a mesma. Então, um adjetivo que desepenha função de
adjunto adnominal pode aparecer na forma de uma oração adjetiva. Nesses casos, uma oração
exerce uma função sintática na outra, de forma que são sintaticamente dependentes, subordinadas.
Ex: O menino estudioso passa / O menino que estuda passa.
Um adjunto adverbial pode aparecer na forma de uma oração adverbial.
Ex: Estudo no meu tempo livre / Estudo quando tenho tempo livre.
Um sujeito ou um complemento, por exemplo, podem aparecer na forma de oração: substantiva
subjetiva (sujeito oracional) , objetiva direta/indireta (objeto oracional), completiva nominal
(complemento nominal oracional)etc...
Ex: O estudo constante é vital / É importante que eu estude constantemente.
Ex: Anunciei a chegada do circo. / Anunciei que o circo chegaria.
Ex: Tenho medo de viagem aérea / Ex: Tenho medo de voar de avião.
Por isso, quando falarmos das funções, vamos mencionar também suas principais formas, inclusive
a forma oracional. Fique tranquilo caso não esteja familiarizado: a partir de agora, vamos ver em
detalhes cada uma das principais funções sintáticas que os termos de uma oração podem assumir.

SUJEITO E PREDICADO:

Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre que se declara algo na oração. O predicado é, via de
regra, a declaração feita a respeito do sujeito.
Sintaticamente, ele é um termo essencial da oração, que normalmente atrai a concordância do
verbo. Então, em uma “regra prática”, o sujeito é o termo que “conjuga” o verbo, justifica o verbo
estar na primeira pessoa, no singular, no plural, etc...
O sujeito tem um núcleo, que é o termo central, mais importante. Normalmente é um substantivo
ou termo de valor substantivo (pronomes, numerais, verbo no infinitivo). Esse núcleo recebe termos
que o “especificam”, “delimitam”: são os chamados determinantes (artigos, numerais, pronomes,
adjetivos, locuções adjetivas...). Nada disso é exatamente novo, mas vamos ver melhor tais análises
nos exemplos.
Nas sentenças abaixo, o sujeito está sublinhado e seu núcleo está em negrito. Vejamos:
Ex: Douglas é um gênio sem diploma. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um substantivo)
Ex: Mudaram as estações. (sujeito simples, há apenas um núcleo “estações”; observe que o sujeito
está invertido, isto é, posposto (após) o verbo)

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Ex: Silvério e Everton são muquiranas generosos. (sujeito composto, há mais de um núcleo, há dois
substantivos)
Ex: Nós somos capazes de tudo, se trabalharmos. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um
pronome pessoal reto)
Ex: Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o substantivo
‘cães’, que tem, por sua vez, dois determinantes: o numeral “dois” e o adjetivo “ferozes”)
Ex: Duas de suas amigas foram aprovadas. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o numeral ”duas”,
que recebeu o determinante “de suas amigas”, locução adjetiva)
Ex: Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito simples, tem apenas um núcleo, o verbo
“estudar”, esse é o famoso sujeito oracional)
Observe que, como regra, o verbo se flexiona para concordar em número e pessoa com o núcleo
do sujeito.
O restante da sentença foi a ‘declaração’ feita sobre o sujeito, o que chamamos de predicado. Aliás,
essa palavra ”predicado” significa exatamente isto: característica atribuída a um ser; atributo,
propriedade.
Aprofundaremos essas análises, mais a frente, no estudo de cada função sintática.
Voltando ao sujeito, faço um alerta quanto à identificação desse termo:
Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de determinantes
longos, orações adjetivas, termos intercalados. Então, é importante localizar o ‘núcleo’ para então
conferir a concordância:
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do
direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente— se tudo der certo— serão
votadas hoje.
Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos somente: leis serão
votadas.
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do
direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente— se tudo der certo— serão
votadas hoje.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele indicará o número e pessoa
do sujeito e também sua identidade: o que será votado? As leis.
Resumindo: para fazer a análise sintática de um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele (a), eles(a)) e o número do verbo
(singular/plural)
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em pessoa e
número).

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Passaremos agora ao estudo do sujeito e suas diversas formas e classificações. Esse termo é
essencial, pois é a função sintática mais cobrada.

SUJEITO DETERMINADO:

O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos exatamente quem
está praticando (ou recebendo) a ação verbal. Ele pode tomar diversas formas:
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam (sujeito composto; mais de um núcleo)
O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser uma estrutura
com verbo:
Ex: Não é surpresa que ele tenha passado. (aqui, o sujeito é uma oração desenvolvida, com
conjunção “que”. Reduzindo essa oração, teríamos: “não é surpresa ele ter passado)
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar mais” é uma oração
reduzida de infinitivo, equivalente à forma desenvolvida “É preciso que se exporte mais” > [que se
exporte mais] é preciso. O núcleo desse sujeito é o verbo no infinitivo “Exportar”. Quando o sujeito
é oracional, o verbo fica no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: Então, temos dois verbos e duas orações. O sujeito de “é” tem forma oracional e o
sujeito de “exportar” é indeterminado, pois não sabemos “quem exporta”.)
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica a ação, ele sofre
a ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o sujeito é oracional
E paciente.

Pronome oblíquo como sujeito???


Em regra, pronomes oblíquos têm função de complemento; contudo, destaco que há um caso
especial em que o pronome oblíquo átono (o, a, os, as) pode desempenhar função sintática de
sujeito. Isso ocorre quando tais pronomes ocorrem dentro de um objeto direto oracional dos verbos
causativos (deixar, mandar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir). Vamos entender:

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Ex: Eu mandei o menino sair.


Eu mandei o quê? Mandar pede um complemento. Esse complemento (Objeto direto) de “mandei”
é a oração: “o menino sair”, que está numa forma de oração reduzida de infinitivo, equivalente à
forma desenvolvida: “mandei que o menino saísse”. Agora, dentro dessa oração, quem sai? É o
menino; então: “o menino” é sujeito de “sair”.
Agora vamos trocar “o menino” por um pronome oblíquo átono:
Ex: Eu mandei o menino sair. >> Ex: Mandei-o sair.
Pronto, nesse caso, temos que este “o” é o sujeito de “sair”. Basta pensar que se a oração fosse
desenvolvida, “o menino” seria sujeito. Como o pronome o substitui, também tem a mesma função
sintática.
Detalhe, não podemos trocar o pronome “o” por outro:
✓ Mandei- o sair
 Mandei-lhe sair
 Mandei ele sair
Esse é o raciocínio detalhado, para você entender. Para efeito de prova, grave:
Com os verbos Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir, o pronome oblíquo pode ser sujeito, como
nas sentenças abaixo:
Ex: Deixe-me estudar/Não se deixe aborrecer/ Ela o fez desistir/ Mandei a ir embora.
Outro detalhe importante, como temos duas orações e, em uma delas, o sujeito é o pronome, as
formas deixe aborrecer, fez desistir, mandei ir etc NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS
ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.

1. (UFSC / ADMINISTRADOR / 2019)


Julgue o item a seguir.
Na sentença “Realizado por outra equipe de pesquisadores, um segundo estudo sugere
diferente”, a expressão ‘um segundo estudo’ exerce função de sujeito.
Comentários:
Quem sugere diferente? Um segundo estudo sugere diferente. O sujeito é Um segundo estudo, cujo
núcleo é “estudo”. Questão correta.
2. (CORE-PE / AUX. ADMINISTRATIVO / 2019)
Em “Ninguém se cura sem cortar a causa do mal”, o termo destacado possui função sintática
de:

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A) Sujeito. B) Agente da passiva. C) Predicativo. D) Vocativo. E) Substantivo.


Comentários:
Quem se cura? Ninguém se cura. Então, o pronome “ninguém” é o sujeito de “curar-se”. A propósito,
substantivo não é função sintática, é uma classe de palavra. Gabarito letra A.
3. (STM / ANALISTA / 2018)
A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o comportamento pelo qual se
consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança” exerce a função de
sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
Comentários:
Primeiro: marcamos o verbo> ‘é’. Após perguntarmos ‘Quem/O que É”, saberemos quem é o sujeito,
que segue sublinhado nas frases abaixo, com seu ‘núcleo’ destacado.
A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo
o comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha
A liderança só é sujeito do “é” na primeira sentença. Questão incorreta.
4. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Era custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” é
A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes”.
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes”.
C) o termo “custoso”.
D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento”.
Comentários:
Era custoso [acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes]
O que era custoso?
[acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes] era custoso
[ISTO] era custoso
Temos um caso de sujeito oracional. Gabarito letra A.

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SUJEITO OCULTO/ELÍPTICO/DESINENCIAL:

O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo contexto ou pela
terminação do verbo (desinência).
Ex: Encontramos mamãe. (sujeito oculto/elíptico/desinencial [-mos>nós])
No exemplo acima, sabemos que o sujeito é “nós”, mesmo que a palavra “nós” não esteja escrita,
expressa na oração.
Ex: É preciso ter cuidado com as plantas. Sem dedicação, não crescem.
Da mesma forma, na oração em que ocorre o verbo “crescem” não há um sujeito expresso. Contudo,
sabemos, pelo contexto, que o sujeito é “plantas”: sem dedicação, “as plantas” não crescem.
Ex: Consultei meus advogados. Disseram que sou culpado.
Observe que a oração “disseram que sou culpado” não traz um sujeito expresso, mas sabemos que
o sujeito é “meus advogados”, pelo contexto.
5. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
Julgue o item a seguir.
É indefinido, em razão do contexto, o sujeito da forma Trouxeram a agricultura.
Comentários:
O sujeito é “elíptico”, pois não está expresso na frase, mas sabemos pelo contexto que se refere a
“As levas de imigrantes”. Questão incorreta.

SUJEITO INDETERMINADO:

Contrariamente ao sujeito determinado, o sujeito indeterminado é aquele que não se pode


identificar no período. Não sabemos exatamente quem é o sujeito e não conseguimos inferir do
contexto.
A indeterminação do sujeito pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do plural, com
omissão do agente que pratica a ação verbal; esse é o sujeito favorito dos fofoqueiros (risos), veja
só:
Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?)
Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?)
Ex: Roubaram nosso carro! (quem roubou?)

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OBS: não confunda sujeito “indeterminado” com sujeito “desinencial”! O sujeito oculto ou
desinencial é determinado, pois, mesmo que não esteja escrito ou dito na oração, ele pode ser
identificado pela terminação do verbo ou pelo contexto. Com o sujeito indeterminado, isso não
acontece, pois o contexto não é suficiente para determinar quem praticou a ação verbal, ou seja,
quem é o sujeito.
Ex: Aquele banco faliu. Roubaram mais de 20 milhões.
Observe que não está claro quem roubou. Aqui, o sujeito está “indeterminado”.
Ex: Os ladrões foram presos ontem. Roubaram mais de 20 milhões.
Agora, observe que neste caso o sujeito está oculto, porque não aparece escrito na oração. Contudo,
sabemos quem é o sujeito que praticou a ação de roubar 20 milhoes, pela desinência e pelo
contexto: o sujeito de “Roubaram” é o mesmo da oração anterior: “ladrões”. Certo?

Indeterminação do sujeito pelo uso da PIS:


O sujeito também pode ser indeterminado pelo uso da estrutura: VTI/VI/VL+SE
Verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação + SE (partícula de indeterminação do sujeito-PIS).
Ex: Desconfia-se de que ela seja violenta.

Verbo Trans. Indireto + SE (Quem desconfia? Não se sabe...)

Ex: Precisa-se de médicos.

Verbo Trans. Indireto + SE (Quem precisa? Não se sabe também.)

Muitas vezes, o sujeito indeterminado é uma forma de expressar um sujeito universal, algo que
todos fazem, mas sem individualizar um agente em específico. Veja:
Ex: Respira-se melhor no campo.

Verbo Intransitivo + SE (Em geral, todos respiram melhor no campo.)

Ex: Vive-se bem em Campinas.

Verbo Intransitivo + SE (Quem Vive? Não está determinado.)

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Ex: Sempre se fica nervoso durante um assalto.

Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos durante um assalto, temos um sujeito indeterminado,
um agente universal, genérico, não específico).

Dentro dessa regra, temos uma expressão que simplesmente “DESPENCA” em prova: “tratar-se de”
(VTI+SE). Essa expressão, quando tem sentido de assunto/referência ou como uma espécie de
substituto do verbo “ser”, é sempre invariável, indica sujeito indeterminado. Observe os exemplos.
Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre.
Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
Ex: Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de quem persiste mais.
Lembramos que o sujeito não deve ter preposição (“de”, por exemplo) no seu início, dessa forma a
expressão que vem após “tratar-se de” jamais poderá ser um sujeito. Além do mais, a preposição
“de” é, nesse caso, exigida pelo próprio verbo “tratar”, o que indica que esse é um verbo transitivo
INDIRETO. Se o termo não é o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar. Então, o verbo fica
na terceira pessoa do singular.
Por outro lado, se tivermos Verbo Transitivo DIRETO (VTD) + SE, essa estrutura vai indicar voz
passiva pronominal. Abordaremos mais à frente o assunto, mas já adiantamos que diante de VTD +
SE, o verbo vai se flexionar para concordar com o sujeito (paciente), como na frase abaixo:
Ex: Vendem-se casas > Casas são vendidas. (sujeito plural, verbo no plural)
6. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto
de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.4) é
A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 4 e 5).
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 4 e 5).
C) o termo “custoso” (L.4).
D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3 e 4).
Comentários:
Temos caso típico de sujeito oracional:
[Acreditar que morasse alguém naquele cemitério] era custoso.
[ISTO] era custoso. Gabarito letra A.

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7. (IF-PA / ADMINISTRADOR / 2019)


Julgue o item a seguir.
No período, “Apesar do HC ser um quesito legal, o desejo de prisão parecia ser maior que a
virtude da lei.”, o sujeito da primeira oração está preposicionado, de acordo com a norma culta
da língua portuguesa.
Comentários:
O sujeito não pode ser subordinado, então não pode estar preposicionado. Dessa forma, como “o
HC” é sujeito de “ser”, devemos separar a preposição:
Apesar de o HC ser um quesito legal
Então, o sujeito preposicionado não está de acordo com a norma culta. Questão incorreta.
8. (STM / ANALISTA / 2018)
Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e
da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria
necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção
gramatical do texto.
Comentários:
“Tratar-se DE” é expressão invariável, que configura sujeito indeterminado “Verbo Transitivo
Indireto+SE”. Logo, o verbo não vai ao plural. Questão incorreta.

Indeterminação do sujeito pelo uso do infinitivo impessoal:


No caso de indeterminação do sujeito pelo uso de um verbo no infinitivo, por não haver
concordância com nenhuma pessoa, a ação verbal é descrita de maneira vaga, sem revelar o agente
que pratica a ação. Veja:
Ex: Praticar esportes regularmente é muito importante. (o agente é genérico, indefinido; não
determinamos quem vai “praticar esportes”. O sujeito do verbo “praticar” é, portanto,
indeterminado. Já o sujeito do verbo “ser” vai ser a oração sublinhada.)
Ex: Instruções: lavar as mãos com álcool... (quem lava? Agente genérico)
Se o verbo no infinitivo estiver flexionado, então está fazendo concordância com um sujeito visível
na sentença. Nesse caso, não há sujeito indeterminado.
Ex: É necessário passarmos por aquele caminho. (Aqui, a flexão do infinitivo “denuncia” o sujeito
“nós”; então, nesse caso, temos determinação do agente.)
Registre-se que as técnicas de indeterminação do sujeito são estratégias textuais para omitir o
agente de um verbo, caso não queira ou saiba precisar a “autoria” de uma ação.

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SUJEITO X REFERENTE:

Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que um termo
(substantivo, pronome, etc) desempenha na oração.
Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase e não
necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere. Na maior parte dos
casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo ter um “sujeito” diferente do seu
“referente”. Veja:
Ex: Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todas os dias.
(Na primeira oração, “os meninos” é o sujeito de “jogar” e também o referente de jogar, pois são
os meninos que jogam).
(Na segunda oração, “os meninos” é apenas o ‘Referente” de “jogar; sintaticamente, o sujeito está
oculto, omitido, elíptico, mas o referente, no mundo das ideias, é ainda “os meninos”). Observe o
trecho:
[Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam futebol todas os dias.
Ex: Vi os meninos que jogam futebol.
(Agora, na oração sublinhada, “os meninos” continuam sendo o referente, pois, semanticamente,
são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome “que”. Nesse caso, referente e
sujeito não coincidem).

Ex: Uma dezena de médicos avaliou o candidato.


(Nessa oração, o verbo “avaliou” concorda no singular com o núcleo do sujeito “dezena”; porém,
semanticamente, o referente da ação é “médicos”, pois são os médicos que de fato avaliam).

9. (SEDF / 2017)
Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado
durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever, para
eles, aconteceu naturalmente.
No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.
O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram” é indeterminado.
Comentários:
Quem disse isso? Ora, foram os escritores. Então, o sujeito está determinado sim!
Nessa oração “Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente” o sujeito é oculto, já que,

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embora não conste expresso, isto é, escrito, na oração, podemos recuperá-lo do contexto.
Questão incorreta.

ORAÇÃO SEM SUJEITO:

A oração sem sujeito pode tomar várias “formas”, vejamos as principais:


Fenômenos da natureza:
Ex: Choveu ontem.
Ex: Anoiteceu.
Verbos ser/estar/fazer/haver/parecer impessoais com sentido de fenômenos naturais, tempo ou
estado.
Ex: Faz 2 anos que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
Ex: Parecia cedo demais.
Ex: São 7 horas da manhã, acorde!
OBS: O caso mais cobrado de oração sem sujeito é o uso do verbo “haver” impessoal (com sentido
de “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”)
Ex: “Há pessoas ruins no mundo”.
Ex: “Houve acidentes graves na avenida”.
Ex: “Há dois anos não fumo”.
Na oração “Há pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas ruins no mundo” é apenas “objeto
direto” de “haver” (verbo impessoal), por isso não há flexão. O objeto direto não faz o verbo se
flexionar (ir ao plural), isso é papel do sujeito.
Por outro lado, na oração “existem pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas ruins no mundo” é
sujeito do verbo “existir” (verbo pessoal, com sujeito), por isso há flexão.
IMPORTANTE: Lembre-se de que o verbo haver impessoal (ou outro impessoal que o substitua) vem
sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam locução com ele:
Ex: Há mil pessoas aqui.
Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Ex: Deve fazer 3 anos que não fumo.
Ex: Deve ir para 2 meses que não fumo.

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Então, na locução, o verbo auxiliar também fica em forma de singular! Se o verbo for pessoal, como
“existir”, aí o verbo auxiliar se flexiona normalmente:
Ex: Existem mil pessoas aqui.
Ex: Devem existir mil pessoas aqui.
Essa lógica é vista na aula de concordância, mas está estritamente relacionada ao tipo de verbo e à
existência ou não do sujeito.
OBS: Orações como “basta/chega de brigas!”, “era uma vez uma linda princesa” e “dói muito nas
minhas costas, Doutor” também são classificadas como orações sem sujeito.

10. (CORE-PE / ASS. JURÍDICO / 2019)


Pode-se dizer que o sujeito da oração “há vários estudos...” é:
A) Oculto. B) Simples. C) Composto. D) Indeterminado. E) Inexistente.
Comentários:
O verbo haver nessa oração é impessoal, pois equivale a “existir”: existem vários estudos. Portanto,
temos oração sem sujeito e o sujeito é classificado como “inexistente”. Gabarito letra E.
11. (AL-GO / POLICIAL LEGISLATIVO / 2019)
Tendo em vista as relações entre termos da oração, em “Faz parte do ser humano o sentimento
de pertencer...”, o sujeito classifica-se em
A) indeterminado. B) inexistente. C) simples. D) desinencial. E) composto.
Comentários:
Organizando, temos: [o sentimento de pertencer] faz parte do ser humano
O núcleo é “sentimento”, então temos sujeito simples. Gabarito letra C.
12. (CÂM. DE BH / PROCURADOR / 2018)
Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...] os deficientes
visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há
quase 2 séculos por um menino de 13 anos.” é possível observar ocorrência de oração sem
sujeito trazendo verbo impessoal que se apresenta na terceira pessoa do singular.
Comentários:
Sim. “Há quase dois séculos” traz uma oração sem sujeito, com verbo “haver impessoal” indicando
tempo decorrido. Logo, o verbo deve permanecer na terceira pessoa do singular. Questão correta.
13. (SEDF / 2017)
Um estudo da FGV aponta que 80% dos professores de educação infantil têm nível superior

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completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o
item que se segue:
O sujeito da forma verbal “mostram”, que está elíptico, tem como referente “Os dados”.
Comentários:
Vamos observar que há dois verbos na linha 6.
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [mostram que a formação dos professores das
instituições públicas continua melhor...].
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [(os dados) mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor...].
O primeiro verbo, “correspondem”, tem como sujeito “os dados”. Já o segundo verbo, “mostram”,
não tem um sujeito expresso. O sujeito está elíptico, omitido. No entanto, sabemos que são “os
dados que mostram”, então podemos recuperar o referente desse verbo no contexto. Essa é o caso
clássico de “sujeito oculto, elíptico, desinencial”. Questão correta.
14. (Prefeitura Martinópolis / Professor / 2017)
Em: “Ainda é cedo”, temos:
a) Sujeito simples.
b) Sujeito composto.
c) Sujeito desinencial.
d) Sujeito indeterminado.
e) Oração sem sujeito
Comentários:
O verbo “ser” indicando tempo ou fenômeno da natureza indica uma oração sem sujeito. Ações da
natureza são consideradas espontâneas, sem agente. Gabarito letra E.

OBJETO DIRETO (OD):

Alguns verbos não pedem complemento nenhum, pois costumam ter seu sentido completo em si
mesmo. São chamados então de intransitivos:
Ex: Joana corre todos os dias.
Ex: O tempo passa.
Ex: O povo não vive, sobrevive.
Os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento. Se o verbo for transitivo direto, seu

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complemento é direto, sem preposição (Vendi carros). Se for transitivo indireto, seu complemento
é indireto, pede uma preposição (Gosto de carros)
O objeto direto é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição. O verbo se
liga ao seu objeto diretamente, isto é, “transita” até o complemento sem “passar” por uma
preposição.
Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons)
Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.)
O OD também pode ter forma de uma oração:
Ex: Pedi que me ajudassem logo no início.
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])
Nesse caso, o objeto direto será uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou, em
termos mais simples, um objeto direto oracional. Não se preocupe com esse nome, essas orações
são estudadas na aula de conectivos e serão detalhadas adiante nesta aula.

Objeto Direto Pleonástico:


“Pleonástico” remete a ideia de “repetido”. O OD pleonástico é representado por um pronome que
retoma um objeto direto já existente na oração, com finalidade de ênfase.
Ex: Esta moto, comprei-a na promoção.
Ex: Aqueles problemas, já os resolvi.
Ex: Que você era capaz, eu já o sabia.

Objeto Direto Interno, Intrínseco, Cognato:


São objetos diretos que compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo. O núcleo do objeto
vem acompanhado de um determinante.
Ex: Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.
Ex: Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro.
Ex: Depois da prova, dormi um sono tranquilo.
Ex: Choveu aquela chuvinha leve, uma delícia para estudar.
Observe que, em outros contextos, “dormir”, “viver”, “sangrar” e “chover” são verbos intransitivos,
não pedem nenhum objeto.
15. (CORE-SP / ASS. JURÍDICO / 2019)
Marketing Multinível muda vidas e movimenta a economia
No texto, a palavra vidas assume função sintática de:
A) Predicativo do sujeito.

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B) Complemento nominal.
C) Adjunto adnominal.
D) Objeto direto.
E) Predicativo do objeto.
Comentários:
O verbo “mudar” é transitivo direto, isso significa que pede complemento, sem preposição. Então,
em “muda vidas”, “vidas” é objeto direto. Gabarito letra D.
16. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
Pela primeira vez havia, no país, uma região em que predominavam os homens livres, que
viviam de seu trabalho, e não da exploração do trabalho alheio.
Julgue o item a seguir.
O segmento uma região em que predominavam os homens livres é o sujeito da forma verbal
constante em havia, no país.
Comentários:
O verbo haver impessoal (=existir) compõe uma oração sem sujeito, então o termo que o acompanha
é seu “objeto direto”. Questão incorreta.
17. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à
presidência do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função sintática de
A) sujeito. B) predicado. C) objeto direto. D) objeto indireto. E) adjunto adverbial.
Comentários:
“Promulgar” é verbo transitivo direto e pede um objeto direto, sem preposição:
promulgou algo > promulgou a primeira LDB brasileira. Gabarito letra C.
18. (UFMG / TÉC. EM ARQUIVO / 2018)
Leia este trecho:
Todo mundo, alguns pouco, outros mais, faz esse tipo de coisa.
O termo destacado no texto classifica-se como
a) Objeto direto b) Objeto indireto. c) Predicativo do Sujeito. d) Complemento Nominal.
Comentários:
Todo mundo faz “algo”, faz “esse tipo de coisa”. O termo sublinhado complementa o verbo “fazer”,
sem preposição. Temos então um objeto direto. Gabarito letra A.

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19. (CÂM. DE SALVADOR / ASS. LEGISLATIVO / 2018)


“Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos,
a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria”.
Sobre um componente desse segmento do texto, é correto afirmar que: o termo “alguns
teóricos” funciona como objeto direto.
Comentários:
Cuidado. O “sujeito”, quando vem após o verbo, pode ficar parecendo um objeto, porque
normalmente o sujeito vem antes e o objeto vem depois do verbo. Contudo, o sujeito pode muito
bem estar invertido. Quem acredita?
Alguns teóricos acreditam.
O termo sublinado é “sujeito”, não objeto. Questão incorreta.
20. (Instituto Rio Branco / 2012)
No período “Que Demócrito não risse, eu o provo”, o verbo provar complementa-se com uma
estrutura em forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para
um pronome.
Comentários:
Organizando, temos:
Eu provo [que Demócrito risse (ria)]
Eu provo [isto] > eu o provo
Então, percebemos que o objeto de “provo” está na forma de uma oração, e o pronome “o” retoma
essa oração, de forma que temos a repetição do objeto. Portanto, temos um objeto pleonástico.
Questão correta.

OBJETO INDIRETO:

É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu objeto
indiretamente, por via de uma preposição.
Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de algo/alguém).
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém).
O objeto indireto também pode ter forma de uma oração (oração subordinada substantiva objetiva
indireta):
Ex: Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração desenvolvida)
Ex: Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)

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O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida)


Ex: “Às violetas, não lhes poupei água”.
Ex: Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso.
Os “pronomes” exercem função de objeto indireto pleonástico, pois apenas repetem o objeto
indireto que já estava na sentença.
21. (STM / ANALISTA / 2018)
... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que
vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período
em que ocorrem.
Comentários:
Temos ‘vir DE+Aí’ (vir daí) e ‘vir DE+A ignorância’ (vir da ignorância). Em ambos os casos temos
objetos indiretos do verbo “vir”. Questão correta.
Obs: Verbos como VIR/IR/CHEGAR seguidos de um “lugar físico” tradicionalmente classificados
como Verbos Intransitivos que exigem um “complemento circunstancial de lugar”. Contudo, é
possível também considera-los como transitivos indiretos, quando o complemento não indica
exatamente um “lugar físico”, destino/origem de um movimento. Essa controvérsia gramatical, no
entanto, não faria diferença nessa questão e nem faz em questões de “sujeito indeterminado”, uma
vez que tanto Verbos Intransitivos + SE quanto Verbos Transitivos indiretos + SE vão igualmente
indicar que o SE indetermina o sujeito.

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO:

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto
por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas
“preposicionado”. Vejamos os casos mais relevantes para os concursos:
Principais casos:

✓ Quando o objeto direto for um pronome oblíquo tônico ou “quem”.


Ex: Vendemos a nós mesmos. (“vender” é VTD, mas o complemento “nós” é um pronome oblíquo
tônico; nesse caso, a preposição “a”, é obrigatória)
Ex: “Nem ele entende a nós, nem nós a ele” (“entender” é VTD)
Ex: Encontrou o funcionário a quem tinha demitido. (“demitir” é VTD, mas o complemento “quem”
pede essa preposição “a”.)

✓ Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar” e “aprender”.

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Ex: Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (“Surfar” é objeto direto de
“ensinar”; “nadar” é o objeto direto do verbo “aprendi” e, por estar no infinitivo, a preposição “a”
também é obrigatória)

✓ Quando houver dupla possibilidade de referente, ou seja, ambiguidade:


Ex: A onça ao caçador surpreendeu. / À onça o caçador surpreendeu.
(se retirarmos a preposição, teríamos “a onça o caçador surpreendeu” e você poderia se perguntar
quem surpreendeu quem, já que haveria ambiguidade na frase.)
Ex: Considero Ricardo como a um pai. (como “considero um pai”)
Sem a preposição, a leitura seria:
Considero Ricardo como um pai (como um pai “considera” — “pai” é sujeito).

✓ Quando o objeto indicar reciprocidade:


Ex: O menino e a menina ofenderam-se uns aos outros.
Nos casos abaixo, a preposição acompanhando o objeto direto geralmente aparece por ênfase ou
tradição.

✓ Com alguns pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas:


Ex: “Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?”
Ex: “A quantos a vida ilude!”
Ex: "A estupefação imobilizou a todos."
Ex: "A tudo e a todos eu culpo."
Ex: "Como fosse acanhado, não interrogou a ninguém."

✓ Quando o OD for um nome próprio.


Ex: Busquei a José no aeroporto.

✓ Quando o objeto direto for a palavra “ambos”


Ex: Contratei a ambos para minha empresa. (“contratar” é VTD)

✓ Quando houver reforço ou exaltação de um sentimento (normalmente com nomes próprios


ou por eufonia):
Ex: Ele ama a Deus e não teme a Maomé.
Ex: Judas traiu a Cristo.
Ex: Fizeram sorrir, sem dificuldade, a Tamires.

✓ Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce:

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Ex: A você é que não enganam!

✓ Em construções paralelas com pronomes oblíquos (átonos ou tônicos) do tipo:


Ex: “Mas engana-se contando com os falsos que nos cercam. Conheço-os, e aos leais”

Há implicações semânticas no uso do OD preposicionado:


Ex: Comi o pão (comi o pão todo) X Comi do pão (comi parte do pão)
Ex: Cumpri o dever X Cumpri com o dever (ênfase)
Outros exemplos importantes: fazer com que ele estude, puxar da faca, arrancar da espada, sacar do
revólver, pedir por socorro, pegar pelo braço, cumprir com o dever…
Objeto direto preposicionado partitivo: beber do vinho, comer do bolo, dar do leite..

Obs 1: na passagem para a voz passiva, a preposição desaparece:


Ex: Cumpri com o dever> O dever foi cumprido (por mim).

Obs 2: A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, se possível,
deve ser feita com pronome “o”, “a”, “os”, “as”, não se faz com –“lhe”.
Amar a Deus -> amá-lo; convencer ao amigo -> convencê-lo.

22. (PC-ES / AUX. PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)


Em “Nós não sabemos o que faz [...]” e em “[...] para convencermos a nós mesmos [...]”, o
pronome “nós” funciona, respectivamente, como sujeito e objeto indireto.
Comentários:
“Nós” é sujeito de “sabemos”; já no segundo trecho, “a nós” é um objeto direto preposicionado,
pois temos como objeto direto um pronome oblíquo tônico, que sempre é preposicionado.
Questão incorreta.
23. (CAU-AC / AUX. ADMINISTRATIVO / 2019)
Considerando a oração “às pessoas interessa o êxito”, é correto afirmar que o termo
sublinhado classifica-se em
A) objeto direto. B) complemento nominal. C) sujeito. D) adjunto adnominal. E) objeto indireto.

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Comentários:
Organizando: o êxito interessa às pessoas. O verbo interessar é VTI, pede preposição a: interessar A
+ AS pessoas. Logo, o termo sublinhado é complemento com preposição: objeto indireto.
Gabarito letra E.
24. (STM / ANALISTA / 2018)
Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.
Comentários:
O verbo “absolver” não pede preposição; logo, não pede objeto INDIRETO. A preposição que está ali
configura um objeto direto preposicionado. Com o pronome indefinido “todos” como objeto direto,
acrescentamos a preposição, constituindo um objeto direto preposicionado. A propósito, isso
também ocorre com os pronomes “quem” e “ninguém”. Questão incorreta.
25. (STM / ANALISTA / 2018)
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vêm os enganos piores, não da ignorância.
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em que ocorrem.
Comentários:
Temos ‘vir DE+Aí’ (vir daí) e ‘vir DE+A ignorância’ (vir da ignorância). Em ambos os casos temos
objetos indiretos do verbo “vir”. Questão correta.
Obs: Verbos como VIR/IR/CHEGAR seguidos de um “lugar físico” tradicionalmente classificados
como Verbos Intransitivos que exigem um “complemento circunstancial de lugar”. Contudo, é
possível também considera-los como transitivos indiretos, quando o complemento não indica
exatamente um “lugar físico”, destino/origem de um movimento. Essa controvérsia gramatical, no
entanto, não faria diferença nessa questão e nem faz em questões de “sujeito indeterminado”, uma
vez que tanto Verbos Intransitivos + SE quanto Verbos Transitivos indiretos + SE vão igualmente
indicar que o SE indetermina o sujeito.
26. (Auditor / Pref. Friburgo SC / 2017)
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
Aos inimigos, não lhes daremos o prazer da vingança. (o termo sublinhado é um objeto indireto
pleonástico).
Comentários:
Sim. Temos dois objetos indiretos repetidos para o verbo “DAR”: “aos inimigos” e “lhes”. Logo,
temos em “aos inimigos” um deles, um objeto indireto pleonástico. Questão correta.

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COMPLEMENTO NOMINAL:

É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo ou advérbio), com


preposição. Parece um objeto indireto, com a diferença de que não completa o sentido de um verbo,
mas sim de um nome.
Ex: Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um substantivo com
transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de algo/alguém).
Ex: João era dependente de café (Dependente é um adjetivo e pede um complemento,
preposicionado. Dependente de quê? DE café)
Ex: O juiz decidiu favoravelmente ao autor (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide
favoravelmente a quem/quê? AO autor)
O complemento nominal (CN) também pode ter forma de uma oração:
Ex: O cão sentia falta de que brincassem com ele.
Ex: O cão sentia falta de brincar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo)
Ex: João tinha consciência de que precisava passar.
Ex: João tinha consciência de precisar passar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo)

ADJUNTO ADNOMINAL:

Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes características,


qualidade ou estado. Os adjuntos adnominais têm função adjetiva, ou seja, modificam termo
substantivo.

Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a ele
características como quantidade, qualidade, posse. Observe que esses termos não foram exigidos
pelo nome “carros”, mas sim acrescentados por quem fala ou escreve.
Vejamos outros exemplos de adjunto adnominal:
Ex: O pobre do rapaz atropelou o azarado do gato.
Ex: Ouro em pó/em barras.
Ex: Barco a vela/a vapor/a gasolina

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ATENÇÃO!

Adjunto adnominal X Complemento Nominal


Esse tema é queridinho de qualquer banca. Vamos entender isso de uma vez por todas!
Na verdade, esses dois termos são bem diferentes! Há um único caso em que ficam parecidos e
geram muita dúvida, mas é esse caso que cai em prova rs...
Diferenças:
✓ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O adjunto
adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo preposicionado se ligar a um adjetivo
ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal.
✓ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto pode ser ou não.
Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto.
✓ O Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos (sentimento; ação; qualidade;
estado e conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e abstratos. Então, se o
nome for um substantivo concreto, vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN.
✓ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja “de”,
normalmente será CN. Se a preposição for “de”, teremos que analisar os outros aspectos.

Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com
termo preposicionado (“de”). Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
 O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.
 O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um adjetivo
equivalente: adjunto adnominal.
✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento
nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.
Vamos analisar os termos sublinhados e aplicar essa teoria:

As duas meninas de branco sorriram com medo de mim.


“As” e “duas” se ligam a substantivo concreto e não são preposicionados: Adjunto; “de branco” é
termo preposicionado, mas se liga a substantivo concreto, então não pode ser CN, é adjunto
também. “Medo” é substantivo abstrato, indica sentimento. A relação é paciente, pois “mim” não é
quem está com medo, mas o objeto do medo. Portanto, temos um complemento nominal.

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O abuso de remédios é prejudicial à saúde da mulher.


“de remédios” se liga a substantivo abstrato (“abuso” – derivado de ação) e tem sentido passivo.
Por isso, não pode ser adjunto, é complemento nominal. “à saúde” é termo preposicionado ligado
a adjetivo (“prejudicial”). Se o termo é ligado a adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é
complemento nominal. Para confirmar isso, observe que o sentido é passivo, pois “a saúde é
prejudicada.
Já “da mulher” se liga ao substantivo “saúde”, que é abstrato. A mulher é agente, tem a saúde e há
claro sentido de posse; então, temos um adjunto adnominal. Para confirmar isso, poderíamos
substituir a locução “da mulher” pelo adjetivo “feminina”, mantendo exatamente o mesmo sentido
e função sintática. Estamos fazendo um exercício, nem sempre todos os critérios serão satisfeitos ao
mesmo tempo. A principal distinção deve sempre ser: “sentido passivo” (CN) x sentido ativo/posse
(AA)

As pessoas da família nem sempre são favoráveis ao trabalho dos filhos.


“da família” se liga ao substantivo concreto “pessoas”, então só pode ser adjunto adnominal; “ao
trabalho” é termo preposicionado ligado ao adjetivo “favoráveis”. Se está ligado a adjetivo ou
advérbio, só pode ser Complemento Nominal. Observe também que se transformarmos “favorável”
em verbo, teremos um complemento verbal: favorecer o trabalho. Essa necessidade de
complementação também é pista para o sentido do complemento nominal.
Além disso, observe o papel de alvo de “favorável”, sentido paciente, outra característica do CN.
“dos filhos” é termo preposicionado ligado a substantivo abstrato, trabalho (ação). Então, poderia
ser CN ou Adjunto. Tiramos a dúvida pelo teste do agente/paciente: os filhos trabalham, têm o
trabalho, são agentes. Além disso, há sentido de posse. Trata-se, portanto, de adjunto adnominal.
Pessoal, sempre tente “matar” a função sintática dos termos pelas diferenças. Se for caso de
substantivo abstrato ligado a termo preposicionado (“de”), aí tente ver se é possível substituir
perfeitamente por um adjetivo.
Se ficar a dúvida, veja se o sentido do termo preposicionado é agente ou paciente. Esse deve ser o
último critério.

Adjunto Adnominal x Complemento Nominal


Substituível por adjetivo perfeitamente Não pode ser substituído por um adjetivo
equivalente perfeitamente equivalente
Substantivo Concreto. Também pode ser Só complementa Substantivo Abstrato
Abstrato com sentido ativo, de posse, ou (Sentimento; ação; qualidade; estado e
pertinência. Se for concreto, só pode ser conceito).
adjunto.

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Só modifica substantivo: Então, termo Refere-se a advérbio, adjetivos e


preposicionado ligado a adjetivo e advérbio substantivo abstratos. Então, termo
nunca será adjunto adnominal. preposicionado ligado a adjetivo e advérbio
só pode ser Complemento Nominal.
Nem sempre preposicionado. Qualquer Sempre preposicionado. Quando o termo é
preposição, inclusive de pode indicar ligado a substantivo abstrato e a
adjunto adnominal. preposição diferente de “de”, normalmente
temos CN.

27. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)


“Médicos de prestígio aceitavam alegremente ser cúmplices desse crime.”
Julgue o item a seguir: “de prestígio” é adjunto adnominal; “desse crime” é complemento
nominal.
Comentários:
“de prestígio” está junto ao substantivo “médicos “ e dá uma qualidade a ele, temos então adjunto
adnominal. Em “cúmplices desse crime”, “cúmplices” é um adjetivo, então o termo preposicionado
só pode ser complemento nominal. Questão correta.
28. (AGU / TÉC. EM COMUNICAÇÃO SOCIAL / 2019)
Há um país onde, diferentemente do que ocorre no Brasil, a justiça processa ex-presidentes
conservadores, os condena por desvio de verbas e manda-os para a prisão.
Assinale a alternativa em que o termo indicado não exerça função sintática idêntica à de do
que ocorre no Brasil.
A) Onde, em vez de questionar um acordo de desarmamento nuclear, como aquele feito com
o Irã, ou um tratado de mísseis de médio alcance, como com a Rússia, o presidente dos
Estados Unidos.
B) Ela acenou para sua contraparte chinesa com a ameaça de uma invasão norte-americana
da Coreia do Norte.
C) Ela acenou para sua contraparte chinesa com a ameaça de uma invasão norte-americana
da Coreia do Norte.
D) E, durante um encontro republicano, ele até fingiu sentir “amor” por ele!
Comentários:
O termo “de médio alcance” apenas dá uma qualificação a “mísseis”, que é substantivo concreto,
então só poderia mesmo ser adjunto adnominal. “Ameaça” é substantivo abstrato que pede
complemento: ameaça A algo/alguém. Em “invasão da Coreia do Norte”, a Coreia vai ser invadida
pelos EUA, então o sentido é passivo, indicando que “da Coreia do Norte” é complemento nominal.
Em “amor por ele”, observe a semelhança com um complemento verbal: ama a ele, então, na forma
de nome, “por ele” é complemento nominal. Gabarito letra A.

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29. (CAU-AC / AUX. ADMINISTRATIVO / 2019)


Assinale a alternativa cujo termo sublinhado representa adjunto adnominal na respectiva
oração.
A) “A responsabilidade é inseparável do comprometimento”
B) “dificilmente será comprometida com os respectivos afazeres”
C) “são requisitados pelas empresas”
D) “Ser comprometido no trabalho é muito mais que cumprir”
E) “atitudes favoráveis para o crescimento da empresa”
Comentários:
“inseparável” e “comprometida” são adjetivos, logo só podemos classificar o termo como
complemento nominal. O termo “pelas empresas” é agente da passiva, logo após verbo no
particípio. O termo “no trabalho” é adjunto adverbial de lugar. Por fim, em “crescimento da
empresa”, “da empresa” é adjunto adnominal, pois tem sentido ativo: a empresa cresce.
Gabarito letra E.
30. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução de
barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes
avanços nas comunicações.
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela presença de
“decorrente”, sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização
mencionadas no texto.
Comentários:
Os complementos nominais do adjetivo “decorrente” estão enumerados:
“decorrente” da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações
tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações
O termo “das inovações” se refere a “velocidade” e constitui mero adjunto adnominal, pois seu
sentido é de posse/pertinência: “as inovações são velozes, têm velocidade”. Questão incorreta.
31. (Instituto Excelência / Procurador Jurídico / 2017)
Considere o seguinte período e julgue o item em certo ou errado:
“Diz que seus filhos pequenos se assustaram, mas depois foram brincar nos galhos tombados”.
Nessa construção, os adjetivos “pequenos” e “tombados” exercem a função de Adjunto
adnominal.
Comentários:
O adjunto adnominal vem ligado (junto) ao substantivo, modificando-o, atribuindo-lhe alguma
característica: Filhos pequenos e Galhos tombados.

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A propósito, o adjetivo só exerce duas funções sintáticas: adjunto adnominal e predicativo.


Questão correta.
32. (PC-SP / INVESTIGADOR / 2018)
Nos enunciados – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. –
e – Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… –, os termos destacados são
a) acessórios da oração, ambos exercendo a função de adjunto adnominal.
b) integrantes da oração, ambos exercendo a função de objeto direto.
c) acessórios da oração: o primeiro é adjunto adnominal; o segundo, complemento nominal.
d) integrantes da oração: o primeiro é objeto direto; o segundo, indireto.
e) essenciais da oração, ambos exercendo a função de sujeito.
Comentários:
Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Os termos integrantes da oração são os
complementos (verbais ou nominais) e o agente da passiva. Os termos acessórios da oração são os
adjuntos (adnominais e adverbiais) e o aposto.
Ambos os pronomes oblíquos átonos são complementos verbais, então são termos integrantes da
oração:
Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. (atualizar as ideias) — Objeto
Direto. Gabarito letra D.
Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… (não permitia a ele (ao autor) — Objeto
Indireto.
A propósito, o LHE pode sim ser adjunto adnominal, quando tem valor “possessivo” e equivale a
“dele (a)(s)”: Ela está muito triste. Roubaram-lhe as joias (joias dela – LHE – Adj.Adn.)

PREDICATIVO DO SUJEITO:

É a qualificação/estado/caracterização que se atribui ao sujeito, normalmente por via de um verbo


de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar; virar; continuar. Vejamos os
exemplos mais comuns e as diversas “formas” como aparecem.
Ex: Ela continuava pomposa, mesmo na miséria. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: Mesmo celebridades ficam nervosas diante da mídia. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: O violão é de madeira rara. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Todos estão sem paciência. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Você é dos meus. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: O mundo é um moinho. (Predicativo na forma de substantivo)

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Ex: O governo virou o maior inimigo do povo. (Predicativo na forma de substantivo)


Ex: Lá em casa, somos quatro. (Predicativo na forma de numeral)
Ex: É necessário que estudemos mais. (Predicativo de um sujeito oracional)
Ex: O problema foi considerado como insolúvel. (Predicativo com preposição acidental)
Ex: João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de pronome demonstrativo)
Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma qualidade do
sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação.
Ex: O homem permaneceu no bar todo o tempo. (“no bar” é circunstância de lugar; “todo o tempo”
é circunstância de tempo. Nesse caso, “Permaneceu” é Verbo Intransitivo, não é verbo de ligação!)
Ex: A professora saiu atrasada. (O verbo “sair” é intransitivo, e, mesmo assim, o “atrasada” é
predicativo do sujeito. Não é só verbo de ligação que acompanha predicativo do sujeito! Quando
ocorre ao lado de um verbo de “ação”, o predicativo do sujeito indica o “estado/caracterização” do
sujeito no momento da prática daquela ação.)
33. (PGE-PE / Ana. Judiciário de Procuradoria / 2019)
Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é difícil dizer se a maior
turbulência depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios
fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou até mesmo
biológicas.
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (L.1) funciona como complemento desse termo.
Comentários:
O adjetivo “difícil” tem função sintática de predicativo do sujeito, especificamente de um sujeito
oracional:
Mas é difícil [dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral (de uma diminuição da
crença em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou
até mesmo biológicas.]
Em suma, temos a seguinte estrutura:
[dizer se a maior turbulência depende ...] é difícil
[ISTO] é difícil Questão incorreta.
34. (UFF / ADMINISTRADOR / 2019)
Julgue o item a seguir.
No trecho “Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-
lo na sua esquina”, as duas ocorrências do termo “jovem” exercem, respectivamente, as
funções sintáticas de predicativo e sujeito.
Comentários:
Vejamos:

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o jovem partiu (jovem é um substantivo na função de sujeito do verbo intransitivo “partir”)


o cachorro era jovem (“jovem” é adjetivo na função de predicativo do sujeito, pois representa um
estado atribuído ao sujeito “cachorro”) Questão correta.
35. (PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)
... é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral ...
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (L.3) funciona como complemento desse termo.
Comentários:
Na verdade, temos um caso de predicativo ligado a sujeito oracional:
dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral é difícil
ISTO é difícil
O “ser” é verbo de ligação. Questão incorreta.
36. (CGM - JOÃO PESSOA / 2018)
Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo
ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.
Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção”, os termos ‘jeitinho’ e “corrupção” funcionam como
complementos diretos da forma verbal “temos”.
Comentários:
“Corrupção” é um predicativo do sujeito “jeitinho”, ligado a ele por um verbo de ligação (virando –
“jeitinho” tornando-se “corrupção”: mudança de estado). Questão incorreta.
37. (COSANPA / ADM / 2017)
No enunciado “e eu voltei maravilhado à Redação”, o termo sublinhado tem a função sintática
de
a) aposto. b) adjunto adnominal. c) predicativo do sujeito. d) complemento nominal.
Comentários:
Ex: Eu voltei maravilhado.
“maravilhado” é um estado/qualidade atribuído ao sujeito. Logo, temos um predicativo do sujeito.
Observe que o verbo “voltei” não é de ligação, o que prova que não é necessário verbo de ligação
para a existência do predicativo. Trata-se de um predicado verbo-nominal, pois tem predicativo e
verbo de ação. Gabarito letra C.
38. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos saem em
disparada, ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para atender a alguém que nunca
viram. Mas podem chegar à cena e encontrar um amigo. Estão preparados. O espaço para a
emoção é pequeno em um serviço que só funciona se apoiado em seu princípio maior: a técnica.

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Os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos períodos em que
se inserem.
Comentários:
“um amigo” é objeto direto de “encontrar”. Preparados é predicativo do sujeito oculto do verbo de
ligação “Estão”:
condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos estão preparados. Questão incorreta.

PREDICATIVO DO OBJETO:

Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos (verbos
transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo.

Ex: Julgaram o réu culpado.


Obj. dir.
Ex: O povo elegeu-o senador.
Ex: Achei o filme bacana.
Ex: A bebida torna o homem verdadeiro.
Ex: Ele fez o método mais rápido.
Ex: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação.
Ex: Nomearam meu primo Procurador da República.
Embora menos comum, o objeto indireto também pode ter predicativo.
Ex: Chamei ao político de ladrão.
Ex: Não gosto de você maquiada.
Ex: Sonhei com você, fantasiado de mulher.
Bechara traz alguns exemplos menos “intuitivos” de predicativo do objeto, vale registrar aqui:
Ex: Tinham o réu como/por inocente.
Ex: Dou-me por satisfeito.
Ex: Quero João para padrinho.
Ex: Vi-a forte, mesmo na doença.

Predicativo do objeto X Adjunto Adnominal


Semanticamente, o predicativo é uma característica atribuída ao ser, transitória, não é

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permanente/inerente. O adjunto adnominal, por sua vez, é uma característica própria do ser, vista
como inerente e definitiva.
Ex. Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação. (predicativo do objeto: o sujeito atribuiu o
estado de “irritação” à menina, uma característica vista como transitória, é uma “opinião do sujeito
sobre o objeto”)
Ex. A menina irritada da sala implica com todos. (adjunto adnominal: ela é irritada por sempre, a
característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela por um sujeito).
Sintaticamente, para identificar a diferença entre um predicativo do objeto e um adjunto adnominal,
devemos substituir o objeto direto por um pronome (o, a, os , as) e verificar se o termo permanece
junto (adjunto) ou se separa do substantivo (predicativo). Isso também pode ser testado na
conversão para a voz passiva. Veja:
Ex. Julguei as perguntas complexas.
Ex. Julguei-as complexas.
Ex. as perguntas foram julgadas complexas.
O adjetivo permanece separado, então é predicativo, que é termo independente. Agora veja um
exemplo hipotético em que teríamos um adjunto:
Ex. Resolveram as perguntas complexas.
Ex. Resolveram-nas.
Ex. as perguntas complexas foram resolvidas
O adjetivo desapareceu junto com o substantivo na pronominalização, então é adjunto. Isso significa
que o adjetivo permaneceu sempre “junto ao nome”, o que confirma sua função sintática de
“adjunto adnominal”.

Predicativo do sujeito X Adjunto Adnominal


Além da diferença semântica mencionada acima:
(predicativo: estados / características transitórios x adjunto: estados / características permanentes).
Há outras formas de distinção: o predicativo do sujeito pode aparecer distante do sujeito, separado
por pontuação. O adjunto adnominal deve ficar “junto ao nome”.
Ex. [O menino] chegou desanimado e foi dormir. (predicativo do sujeito, “chegou e estava
desanimado”.)
Ex. [O menino], desanimado, chegou e foi dormir
Ex. Desanimado, [o menino] chegou e foi dormir. (predicativo do sujeito, “chegou e estava
desanimado”. A pontuação e o deslocamento também indicam que não é adjunto.)
Ex. [O menino desanimado] chegou e foi dormir. (adjunto adnominal, característica inerente “ele é
desanimado e chegou”, não é um característica limitada ao momento de “chegar’.)

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Por fazer parte do sujeito, o adjunto adnominal o acompanha. Se substituirmos por um pronome, o
adjunto “some” com o sujeito; teremos: Ele chegou.
Já o predicativo não faz parte do sujeito, não o acompanha; então, se o substituirmos por um
pronome, teremos: Ele chegou desanimado.

TIPOS DE PREDICADO:

Agora que sabemos reconhecer um predicativo, fica bem mais fácil conhecer o predicado e seus
tipos.
Os termos “essenciais” de uma oração são “sujeito” e “predicado”. Numa oração, tudo que não for
o sujeito será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo, o predicado pode ser verbal,
nominal ou verbo-nominal.
O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou intransitivo), que indica
“ação”, “movimento”: correr, falar, pular, beber, sair, morrer, pedir.
Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação “comprar”, transitivo direto)
Ex: João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de ação “gostar”, transitivo indireto)
Ex: João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, intransitivo)
João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal.

O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma
característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa característica vai ser ligada ao sujeito
SEMPRE por um verbo de ligação (verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer,
continuar, andar).
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Ex: João tornou-se rancoroso.
Ex: João está empolgado.
Ex: João anda animadíssimo.
Ex: João é servidor público.
O predicado VERBO-NOMINAL, por sua vez, é uma mistura dos dois acima: tem verbo de ação e tem
também predicativo.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo (não de ligação)+ Predicativo (do sujeito ou do objeto) Para efeito didático, vamos “quebrar”

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essa estrutura em duas possibilidades:


1) Verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito
Ex: João saiu triste.
Ex: João sorriu desconfiado.
Ex: João, cansado, desistiu.
OBS: Aqui, temos não só a ação, mas também um estado/característica atribuído ao sujeito no
momento da ação.
Já podemos tirar algumas conclusões:
Só o predicado verbal não tem predicativo.
Predicativo pode acompanhar também verbos que não sejam de ligação.
Vamos à segunda possibilidade de predicado verbo-nominal, dessa vez com um predicativo ligado
ao objeto do verbo.
2) Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto
Ex: João achou a menina melancólica.
Ex: João julgou o réu culpado.
Ex: O povo elegeu o réu presidente.
Ex: Os pais tornaram os meninos atletas.
Ex: Douglas gosta da mãe animada.
Ex: O professor precisa da turma motivada.
Observe que se atribui estado/qualidade ao objeto.
39. (DEINFRA-SC / ENGENHARIA CIVIL / 2019)
Nós somos seres éticos
Julgue o item a seguir.
Em “Nós somos seres éticos”, o predicado é nominal e “seres éticos” é predicativo do sujeito
“nós”.
Comentários:
Predicado nominal é aquele em que temos verbo de ligação (VL) e predicativo do sujeito: nós
(sujeito) somos (VL) seres éticos (predicativo). Questão correta.
40. (CÂM. DE BH / PROCURADOR / 2018)
Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...] os deficientes
visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há
quase 2 séculos por um menino de 13 anos.” é possível observar ocorrência de predicado
nominal, já que existe verbo de ligação seguido de predicativo do sujeito.

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Comentários:
Não há verbo de ligação algum, então o predicado não poderia ser nominal. Temos predicado verbal,
com verbo “ter”. Na outra oração, o verbo ‘haver’ não tem sujeito para receber predicativo. Os
termos “visuais” e “ de 13 anos” são adjuntos adnominais, pois estão diretamente ligados ao
substantivo, na mesma estrutura, no mesmo sintagma. Questão incorreta.
41. (CRB 6ª Região / 2017)
Em "Tornar Visíveis os Invisíveis", pode-se afirmar que o termo "visível" sintaticamente exerce
a função de:
a) sujeito simples.
b) predicativo do objeto.
c) objeto direto.
d) predicativo do sujeito.
e) adjunto adnominal.
Comentários:
Organizando. Teremos a seguinte estrutura: tornar os Invisíveis Visíveis.
“os Invisíveis” é um termo substantivo na função de objeto direto de “tornar”. Visíveis é um adjetivo
qualificando esse substantivo, isto é, dando predicado ao objeto “os Invisíveis”. Portanto, temos um
predicativo do objeto.
Cuidado: “tornar” aqui não é verbo de ligação, pois não liga sujeito a predicativo. O verbo de ligação
é “tornar-se”, como em “Ele tornou-se (ficou) rancoroso”. A propósito, a presença do artigo “os”
mostra que “invisíveis” está substantivado e portanto é o objeto, não o predicativo.
Gabarito letra B.
42. (TJ-AL / ANALISTA / 2018)
O termo sublinhado abaixo que exerce uma função sintática diferente das demais é:
a) “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que sermos
tolerantes...”;
b) “somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar tornando-se
irracionalmente intolerante”;
c) “O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial”;
d) “Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós vamos ficando cada
vez mais irracionalmente intolerantes”;
e) “No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz africana”.
Comentários:
Na letra E, temos “ataques contra religiões de matriz africana”. “Ataques” é um substantivo
abstrato derivado de ação, que pede um complemento. Observe também que o termo sublinhado

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tem sentido passivo: as religiões são atacadas. Dessa forma, temos um caso evidente de
complemento nominal. Gabarito letra E.
Nas demais opções temos predicativos, temos indicativos de estado/característica usados com
verbos de ligação, como (ser, tornar-se, ficar).
43. (TCE-PA / 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
Comentários:
Aqui, o verbo “tornar-se” está sendo utilizado como verbo transitivo direto. A estrutura é: Tornar X
alguma coisa; ou seja, tem um objeto direto e esse objeto vai receber um predicativo:
tornar o mundo (OD) melhor (predicativo do OD)
tornar a lei(OD) mais rigorosa (predicativo do OD). Questão correta.
44. (TRE-PI / 2016) - Adaptada
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função sintática, uma vez que
atribuem característica ao termo “identidade”.
Comentários:
“Cultural” é adjetivo, termo ligado ao nome “identidade”. Funciona como adjunto adnominal.
“Estável” e “movediça” atribuem qualidade ao sujeito, por via de um verbo ligação, “é”, o que não
ocorre com “cultural”. Temos, então, dois predicativos do sujeito.
Observe que, se trocássemos “identidade cultural” por um pronome, o adjunto sumiria: ela é estável
e movediça. Como vimos, isso confirma a função de adjunto adnominal.
De fato, as três palavras atribuem característica, mas não exercem a mesma função sintática.
Questão incorreta.

VOCATIVO:

O vocativo é um chamamento, é termo externo, pois se remete ao ouvinte ou leitor. É isolado na


oração, sempre marcado por vírgulas ou pausas equivalentes. O vocativo não é considerado um
termo interno “da oração”, pois se refere ao interlocutor.
Ex: Paulo, preciso de ajuda aqui!
Ex: Mãe, passei para Auditor.

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Ex: Pela ordem, Meritíssimo, a prova não consta dos autos.

APOSTO:

Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da
oração, normalmente com uma relação de “equivalência” semântica .
O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior; ou
pode ser especificativo, quando especifica o referente dentro de um universo.
O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões intercaladas,
geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões.
Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo (AA), pois não traz uma qualidade, traz sim “outra forma”
de se referir ao termo. O aposto não tem valor adjetivo.
Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto)
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir:
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito)
O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o termo a que se
refere, assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito;
quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto direto...

Ex: Maria, a babá, virou empresária.


“a babá” é termo explicativo que vem entre vírgulas e pode substituir o sujeito Maria: A babá virou
empresária. É um aposto do sujeito.

Ex: Gosto de vários animais - cães, gatos, pássaros.


“cães, gatos, pássaros” é termo explicativo que vem separado dos outros termos e pode substituir
o objeto indireto “de vários animais”. É um aposto de objeto indireto. Isso mostra a “identidade e
equivalência semântica” entre o aposto e o termo a que se refere: Maria=Babá; Animais=Cães, gatos,
pássaros...
Entendeu a lógica?? Vamos avançar...
Outros exemplos comuns de aposto:
Ex: O pior desafio, o da mudança, acaba sendo vencido.
Ex: Anderson Silva, ex-campeão peso-médio, tem 41 anos.
Ex: Roupas, móveis e eletrodomésticos, tudo foi destruído pelo tornado.

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Ex: Tenho dois desejos, trabalhar e ser reconhecido.


Ex: Chegaram apenas dois alunos: Mário e Ricardo.
Ex: Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Ex: Ninguém quer estudar, fato que impede a aprovação.
Ex: Ninguém quer estudar, o que impede a aprovação. (nesses últimos dois casos, o pronome
demonstrativo “O” e a palavra “fato” se referem a toda oração anterior...
OBS: O aposto “especificativo” não vem separado por pontuação e individualiza o seu referente.
Sua forma mais comum se configura em um nome próprio especificando um substantivo comum.
Veja:
Ex: O artilheiro Messi é o melhor da história.
Ex: A praia da Pipa é linda.
Ex: Ele cometeu crime de latrocínio.
Ex: A cidade do Rio de Janeiro sofreu com a especulação imobiliária.

Adjunto Adnominal X Aposto Especificativo


── Ah, Felipe! Por que não posso dizer que “da Pipa” é um adjunto adnominal?
── Porque não há valor adjetivo nem de posse. Veja:
O aposto especificativo “nomeia”. “Pipa” é a própria praia, não é que uma “Pipa” tem uma “praia”,
não há sentido de posse, há identidade semântica entre os termos: Pipa=Praia. Pipa é o nome da
praia, a preposição poderia ser até retirada e isso se manteria: A praia Pipa.
Veja uma lógica diferente:
Ex: O clima do Rio de Janeiro
Nesse caso, temos adjunto adnominal, pois não há identidade semântica entre “Clima” e “Rio de
Janeiro”, o Rio não é um clima. Porém, há sentido de posse, o
Rio tem o seu clima.
Da mesma forma, Crime=Latrocínio, o “latrocínio” é o próprio “crime”. O “artilheiro” é o próprio
“Messi”, o “Rio de Janeiro” é própria “cidade”, assim por diante, ok?
45. (SEDUC-SP / OF. ADMINISTRATIVO / 2019)
Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.
Julgue o item.
O termo em destaque identifica corretamente o sujeito da oração.
Comentários:
Aqui, temos um termo que explica, desenvolve o termo anterior “vício”. Qual é o “outro vício”? É “a
televisão”. Temos aposto explicativo. Questão incorreta.

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46. (SEE-AC / PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA / 2019)


“Infeliz iniciativa do senador Cyro Miranda (PSDB- GO), PRESIDENTE DA COMISSÃO DE
EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE DO SENADO, ao criar um grupo de trabalho com Ernani
Pimentel e Pasquale Cipro Neto, propondo uma simplificação do sistema ortográfico
brasileiro.”
Do ponto de vista sintático, o termo sublinhado classifica-se como aposto e Funciona como um
termo explicativo
Comentários:
Questão direta. O termo destacado detalha o referente “Cyro Miranda” e guarda com ele uma
identidade semântica: o presidente é o próprio Cyro. Questão correta.
47. (Anvisa / 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o Oscar Wilde
iconoclasta”, haveria mudança do significado original do texto, mas as funções sintáticas de
“Oscar Wilde” e de “iconoclasta” permaneceriam inalteradas.
Comentários:
Lembre-se de que se as classes mudarem, o sentido também muda. Bastava isso para saber que o
item está errado.
“o iconoclasta Oscar Wilde” (iconoclasta é a pessoa)
Subst

“o Oscar Wilde iconoclasta” (iconoclasta é a qualidade)


Adj
O aposto especificativo tradicionalmente aparece na forma de um nome próprio substituindo o um
nome comum. Então, notamos que “Oscar Wilde” é um aposto especificativo do substantivo comum
“iconoclasta”.
No segundo caso (Oscar Wilde iconoclasta), “Oscar Wilde” é núcleo substantivo, sendo modificado
pelo adjetivo “iconoclasta”, com função de adjunto adnominal.
Então, a inversão causa mudança sintática, pois no aposto especificativo, o nome próprio vem depois
do comum, que está sendo especificado.
Outros exemplos de aposto especificativo, que pode ser preposicionado ou não: Praia de
copacabana; Meu filho Pedro; Crime de latrocínio; O cantor Renato Russo.
Questão incorreta.
48. (Despachante Aduaneiro / 2016)
...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-
la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma
loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
— Olhe, se não dá por ela; perdia-a de vez.

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— É verdade, concordou Honório envergonhado.


Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã
uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado.
A palavra “envergonhado” e a expressão “quatrocentos e tantos mil-réis” exercem,
respectivamente, as funções de
a) adjunto adnominal e aposto.
b) predicativo de objeto e vocativo.
c) predicativo de sujeito e aposto.
d) adjunto adnominal e objeto direto.
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial
Comentários:
Vamos usar essa questão para fazer uma boa revisão das funções sintáticas.
O adjetivo pode ter duas funções sintáticas: adjunto adnominal ou predicativo (do sujeito ou do
objeto).
O predicativo é o termo que atribui ao ser referido um “predicado”, ou seja, uma característica, um
estado, uma qualidade, uma condição. Em outras palavras, é um estado/característica atribuído ao
sujeito no momento da ação verbal.
Ex: A menina bonita morreu. (“bonita” é adjunto adnominal, pois está ligado diretamente ao
substantivo “menina”, núcleo do sujeito “a menina bonita”)
Ex: A menina é bonita. (“bonita” é predicativo do sujeito, pois está ligado indiretamente ao
substantivo “menina”, por via de um verbo de ligação)
Ex: Considerei a menina bonita. (“bonita” é predicativo do objeto direto, pois atribui qualidade a “ a
menina”, termo que é objeto direto do verbo “considerar”)
Na maioria esmagadora dos casos, o predicativo do sujeito é introduzido por um verbo de ligação.
Porém, pode ocorrer com outros verbos:
A menina saiu humilhada. (“humilhada” é adjetivo, atribui qualidade ao sujeito “a menina”, então é
predicativo do sujeito, mesmo sem a presença de um verbo de ligação: “sair” é verbo intransitivo.
Trata-se do estado da menina quando saiu.)
Esse é exatamente o caso da questão, temos um predicativo sem verbo de ligação:

Honório concordou envergonhado


Quem estava envergonhado? Honório. Então, “envergonhado” é um estado ligado ao sujeito
“Honório”, específico do momento da concordância. Logo, é um predicativo do sujeito, mesmo sem
verbo de ligação.
Para quem pensou que “envergonhado” era o “modo” do verbo, veja lembre que o advérbio é

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invariável e que o predicativo, sendo um adjetivo, concorda com o sujeito:

Ela concordou envergonhada


Portanto, se o termo variou com o sujeito, é porque está ligado ao sujeito, não ao verbo. Já
poderíamos então marcar a letra C.
O segundo termo é um aposto, termo que esclarece, desenvolve ou resume outro termo anterior.
Ex: Os vilões da dieta, açúcar e fritura, são difíceis de resistir. (aposto do sujeito, esclarece “vilões
da dieta”.)
Ex: Encontrei a solução: estudar para concursos. (aposto do objeto direto, esclarece “a solução”.)
Ex: Encontrei livros de Juliana, a representante de turma. (aposto do adjunto adnominal “de
Juliana”, esclarece quem é “Juliana”)
Vem quase sempre separado por pontuação, mas nem sempre:
Ex: Discordo dos professores João e Maria (aposto do objeto indireto, esclarece “dos professores”,
é um aposto especificativo)
Ex: Visitei a praia de Copacabana (aposto especificativo, especifica “praia”)
Ex: O profeta Maomé foi um líder (aposto especificativo de “profeta”)
O aposto pode se referir a diversos termos sintáticos, é importante observar que ele trará uma
explicação ou desenvolvimento de sentido daquele termo.
Portanto, temos um aposto na questão:

Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo
recheado.
O termo quatrocentos e tantos mil-réis está entre vírgulas e desenvolve o sentido de “dívida”,
esclarecendo a quantia. Trata-se de um aposto do objeto direto “dívida”, observe que poderíamos
até substituir um pelo outro:
Honório tem de pagar amanhã quatrocentos e tantos mil-réis. Gabarito letra C.

ADJUNTO ADVERBIAL:

É a função sintática do termo que se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como
tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição.
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
Ontem. (adjunto adverbial de tempo)
de fome. (adjunto adverbial de causa)

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assim. (adjunto adverbial de modo)


aqui. (adjunto adverbial de lugar)
só. (adjunto adverbial de modo)
Não é possível listar ou memorizar todas as possibilidades de adjunto adverbial. Para a prova, se um
termo indicar a circunstância de um verbo, especificar a forma como aquele verbo é praticado,
teremos um adjunto adverbial.
O adjunto adverbial também pode ser referir a um adjetivo, um advérbio e até a uma oração inteira.
Ex: Ela é muito bonita. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o adjetivo “bonita”; sua
função é de adjunto adverbial)
Ex: Ela será aprovada muito provavelmente. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o
advérbio “provavelmente”; sua função é de adjunto adverbial)
Ex: Infelizmente, o governo não vai resolver seus problemas. (“infelizmente” é um advérbio que se
refere à oração como um todo e expressa uma forma de “julgamento/opinião” sobre seu conteúdo;
sua função é de adjunto adverbial)
O adjunto adverbial também pode aparecer na forma de uma oração adverbial, com circunstância
de condição, causa, tempo, condição, finalidade, etc...
Ex: Se eu pudesse, ajudaria. (oração adverbial condicional)
Ex: Está tudo molhado, porque choveu muito. (oração adverbial causal)
Ex: Quando for nomeado, tudo terá valido a pena. (oração adverbial temporal)

Observe que fatores como o tipo de verbo, a pontuação ou ausência dela pode influenciar na função
sintática. Veja que o mesmo adjetivo pode assumir ou participar de várias funções sintáticas:
O menino continua rico. (predicativo do sujeito – o sujeito é rico)
O menino fez o pai rico. (predicativo do objeto – o pai -objeto- ficou rico)
O menino rico tinha carros esportivos (adjunto adnominal – junto ao nome)
O menino, rico, tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
Rico, o menino tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
O menino, um rico, tinha carros esportivos. (aposto – O menino = um rico)
O menino, apesar de ser rico, vivia endividado. (adjunto adverbial – indica concessão)
Menino rico, ajude-me. (vocativo – o menino rico é o ouvinte)
*Observe que nos exemplos 4 e 5, o adjetivo com função de predicativo tem sentido cumulativo de

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causa (rico = porque era rico).


49. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)
“Médicos de prestígio aceitavam alegremente ser cúmplices desse crime.”
Julgue o item a seguir: “alegremente” é predicativo do sujeito.
Comentários:
“Alegremente” é um advérbio que funciona como adjunto adverbial, pois dá circunstância de modo
ao verbo “aceitavam”. Questão incorreta.
50. (UFGD / ADMINISTRADOR / 2019)
No mundo todo, o principal componente do shoyu, condimento fundamental da culinária
asiática, é a soja.
Julgue o item a seguir.
A função sintática relativa aos termos destacados no texto é Objeto indireto.
Comentários:
A função sintática relativa aos termos destacados no texto é adjunto adverbial de lugar.
Questão incorreta.
51. (TRT 1ª REGIÃO / TÉCNICO / 2018)
Julgue o item.
Em “E a imaginação é o palco em que a vivência dessas possibilidades é encenada, por meio do
jogo entre identificações e rejeições.”, o trecho em destaque indica a causa de a imaginação ser
considerada um palco, sendo, portanto, um adjunto adverbial de causa.
Comentários:
O termo intercalado é um adjunto adverbial de “meio” ou “instrumento”, não há sentido de causa.
Questão incorreta.
52. (PC-RS / DELEGADO / 2018)
A seca persiste no Nordeste...
Sobre termos que constituem frases do texto, é correto dizer que: o termo no Nordeste
funciona como objeto indireto.
Comentários:
“No Nordeste” é a circunstância de lugar do verbo “Persistir”, o local onde a seca persiste. Temos
então adjunto adverbial de lugar. Questão incorreta.

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AGENTE DA PASSIVA:

Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a pratica é justamente
o “agente da passiva”. Em outras palavras, é o agente de do verbo numa sentença na voz passiva.
Quando transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da passiva e o objeto
direto vira sujeito paciente.
Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva
O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser introduzido pela
preposição “de”.
Ex: O mocinho foi cercado de zumbis.
53. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato. Através dessas atividades,
consolidaram um mercado interno e desenvolveram a camada média da população. E, embora
o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias e charqueadas, o
poder econômico dos imigrantes foi, aos poucos, se consolidando.
Julgue o item a seguir.
É exemplo de objeto direto o termo sublinhado em fosse detido pelos grandes senhores.
Comentários:
Temos “agente da passiva”, pois, na voz passiva, este termo seria o sujeito agente:
Embora grandes senhores detivessem o poder político (voz ativa).
embora o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores (voz passiva) Questão incorreta.
54. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
Comentários:
O termo pela força do lirismo é um agente da passiva, pois a voz ativa seria:
A força do lirismo cimenta toneladas de acontecimentos
O termo “de acontecimentos” é um determinante, um adjunto adnominal de “toneladas”.
Questão incorreta.

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55. (CÂM. DE BH / TÉC. DE SEG. TRAB. / 2018)


Analise a frase: “Você acredita que nossos destinos são controlados pelas estrelas?” e julgue o
item a seguir.
“Pelas estrelas” atua sintaticamente como complemento verbal.
Comentários:
“As estrelas” controlam nossos destinos. Na voz ativa, é o sujeito, o termo agente. Portanto, como
temos uma sentença em voz passiva, “Pelas estrelas” atua sintaticamente como agente da passiva.
Questão incorreta.
56. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Uma estrutura de VTS (Serviço de tráfego de embarcações) é composta minimamente de um
radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de
identificação de embarcações denominado automatic identification system, um sistema de
comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e
hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um
radar” (L.1-2), fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
Comentários:
O agente da passiva pode ser introduzido pela preposição “de” no lugar do “por”:
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de (ou por) um radar. Questão correta.
57. (Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
“Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que a família decidiu
entornar o caldo da sociedade?” O trecho sublinhado apresenta-se entre vírgulas porque trata-
se de
a) um vocativo. b) uma enumeração. c) uma expressão explicativa.
d) um adjunto adverbial deslocado. e) elementos coordenados assindéticos.
Comentários:
O termo “caro leitor” é uma invocação ao ouvinte, uma referência ao interlocutor. Trata-se de um
vocativo, que deve vir marcado por pontuação. Gabarito letra A.

FRASE X ORAÇÃO X PERÍODO:


Geralmente a banca pede para analisar período X ou Y e ver se uma determinada substituição ou
reescritura está correta. Temos que saber essas noções básicas para localizarmos trechos que estão
sendo objetos de cobrança. Vamos, então, diferenciar os conceitos de frase, oração e período.
Frase é qualquer enunciado de sentido completo, que exprima ideias, emoções, ordens, apelos, ou

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qualquer sentido que seja plenamente comunicado e compreensível.


Ex: Socorro! / Deus lhe pague / Você está sendo filmado / Morra!
Uma frase pode ter verbo ou não. Se não tiver verbo, será uma frase nominal.
Ex: Que matéria fácil! / Fogo! / Cão Feroz / Arraial do cabo a 50km.
Se tiver verbo, será uma frase verbal, isto é, uma oração.
Ex: Comprei um cachimbo./ Ned Stark foi decapitado!
Oração é a frase verbal. A marca da oração é ter verbo. Por essa razão, nem toda frase é oração.
Ex: Cuidado com o cão.
Como não tem verbo, é frase nominal, não é oração.
Período é a frase vista como um todo, podendo conter uma ou mais orações dentro dele. Um
período com somente uma oração é um período simples e essa oração será chamada de oração
absoluta, pois é uma frase de sentido completo, com verbo e não ligada a nenhuma outra; um
período com mais de uma oração é um período composto e essas orações poderão estar ligadas por
coordenação ou subordinação.

COORDENAÇÃO X SUBORDINAÇÃO:
Na prática, o período é a unidade de texto que vai até uma pontuação definitiva, que exija um
recomeço com letras maiúsculas: um ponto final (.), uma exclamação (!), uma reticência (...) ou uma
interrogação (?). Para contarmos orações, o mais prático é contar os verbos!
O período composto pode conter orações coordenadas, subordinadas ou ambos os tipos, quando
será chamado de período misto.
Muita teoria?? Vamos ver isso tudo na prática! Observe o parágrafo abaixo:
Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim que saí, 2percebi 3que
tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei... 1Apesar
de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou não?

Primeiro período Segundo período. Terceiro Período


Frase nominal. 2 orações. 3 orações
Sem verbo unidas por coordenação unidas por subordinação

Quarto Período, Quinto período,


2 orações, 1 oração,
Unidas por subordinação período simples

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Vejamos agora como as ligações nos períodos compostos se relacionam. Segue abaixo um período
composto por coordenação:
1
Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.

Oração Independente Oração Independente


Oração principal Coordenada aditiva

Conjunção coordenativa aditiva

As orações do período acima estão unidas por coordenação, uma não depende sintaticamente da
outra, pois, ainda que separadas, ambas têm sentido completo, autonomia, ou seja, são frases.
Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo)
Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo)
1
Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário.

Oração subordinada concessiva Oração principal


Oração dependente Oração Independente
Locução
Concessiva

As orações do período acima estão unidas por subordinação, a subordinada depende sintaticamente
da principal, pois, quando separadas, a oração dependente não tem sentido completo, é
“fragmento”, ou seja, não forma frase.
Ex: Cheguei ao trabalho no horário. (sentido completo)
Ex: Apesar de ter esse contratempo... (sem sentido; fragmento; falta algo...)
O período misto é aquele que tem orações de ambos os tipos, misturadas.

1
Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da
mesa e 5nem lembrei...
Veja a mistura de tipos de orações: A oração 1 é subordinada temporal da 2; a 3 é subordinada
substantiva objetiva direta da 2 (é OD de “perceber”); a 4 é subordinada causal em relação à 3. A
oração 5 é coordenada aditiva em relação à 2.Temos, então, coordenação e subordinação, ou seja,
um período misto.
Essa estrutura complexa é a mais recorrente em prova, temos que treinar nosso olho para ver tais

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relações.
Um outro detalhe: termos “coordenados” são termos listados, organizados, que têm a mesma
função sintática.
Ex: Comprei 1roupas, 2calçados, 3acessórios.

Os termos “roupas”, “calçados” e “acessórios” são objetos diretos coordenados.


Então, é possível haver orações subordinadas que estejam “coordenadas num período”. Veja esse
período abaixo:
Ex: 1Quero 2que você goste do hotel e 3que volte.

As orações 2 e 3 são subordinadas, pois exercem função sintática na oração principal, “quero”.
Observe que elas são Objetos Diretos do verbo “querer”. Porém, elas estão sendo “organizadas” por
uma conjunção coordenativa, o “e”. Veja bem, não é que a oração deixou de ser subordinada, ela
apenas está sendo listada, coordenada por um elemento coordenativo. Então, duas orações
subordinadas estão “coordenadas” no período.

OBS: Para contar orações, basicamente temos que contar os verbos. Contudo, em alguns casos,
teremos mais de um verbo e apenas uma oração:
1) Quando houver locução verbal: “Tentamos ser felizes”
2) Quanto tivermos um verbo expletivo, como na expressão ‘ser+que’: “Minha mãe é que manda na
casa”
É possível também haver duas orações e um verbo estar implícito. Isso ocorre com as orações
comparativas: Trabalho tanto quanto meu concorrente (trabalha).
Cuidado com verbos causativos (deixar, fazer, mandar etc) e sensitivos (ver, ouvir, sentir etc), que
formam falsas locuções verbais. As formas “deixe aborrecer”, “fez desistir”, “mandei ir” etc. NÃO
SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.

ORAÇÕES COORDENADAS:
Esse conteúdo é estudado na parte de “conjunções e conectivos”. Contudo, precisamos revê-lo,
agora com um olhar mais “sintático”.
Orações coordenadas são independentes, isto é, não exercem função sintática em outra, ao contrário
das subordinadas, que exercem função sintática na oração principal (funções como sujeito, objeto,
adjunto adverbial etc).
Na prática, é como se tivéssemos duas orações principais, perfeitas e completas em seu significado.

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As orações coordenadas são ligadas por conjunções coordenativas. Por terem conector (síndeto), são
chamadas de sindéticas. As que não trazem conjunção são chamadas de assindéticas.
As sindéticas podem ser Conclusivas, Explicativas, Aditivas, Adversativas e alternativas. (Mnemônico
C&A).
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado,
depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do
verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porquanto não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas
também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas, como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou, ou... ou, ora... ora, já...
já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.
58. (PC-ES / AUXILIAR DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)
Apesar de essas experiências terem diferentes características, todas tiveram um aspecto
comum: a introdução ou o fortalecimento da participação da comunidade nas questões de
segurança.
O segundo parágrafo do texto é formado por
A) dois períodos compostos.
B) um período simples e dois compostos, respectivamente.
C) dois períodos simples.
D) um período composto e um simples, respectivamente.
E) um período composto por subordinação.
Comentários:
O período vai até o ponto final, só há um período e é composto por subordinação, pois traz mais de
uma oração e a primeira delas é concessiva, introduzida pelo conectivo subordinativo concessivo
“apesar de”. Gabarito letra E.

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59. (CRP 11ª REGIÃO / PSICÓLOGO / 2019)


“mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se
suficientemente e morrem de inanição”
Julgue o item a seguir.
No período transcrito, há apenas orações coordenadas.
Comentários:
O maior critério para avaliar se a oração é subordinada ou coordenada é o conectivo. “Se” é
conjunção subordinativa adverbial condicional, logo introduz uma oração subordinada adverbial
condicional. Questão incorreta.
60. (CRP 11ª REGIÃO / PSICÓLOGO / 2019)
“Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos”
Julgue o item a seguir.
No período há uma oração coordenada sindética aditiva.
Comentários:
A oração “e recolhe os despojos” é sindética porque possui conectivo e é aditiva porque tem valor
de adição. Questão correta.
61. (Especialista Legislativo / ALERJ / 2017)
Observe o seguinte período, retirado do livro O Crime do Padre Amaro, do escritor português
Eça de Queiroz:
“A tarde caía quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia adiante, calada,
chibatava a sua burrinha, enquanto d. Maria vinha palrando com o moço da quinta, que
segurava a arreata”.
Sobre a estrutura sintática desse segmento, a única afirmação correta é:
a) o primeiro período é composto por uma só oração;
b) o segundo período é constituído por coordenação e subordinação;
c) o segundo período é formado por quatro orações;
d) no segundo período, o sujeito é o mesmo em todas as orações;
e) nos dois períodos há orações subordinadas de valor temporal.
Comentários:
a) o primeiro período, que vai até o ponto final após “cidade” é composto por duas orações, pois
temos dois verbos:
A tarde caía quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade.
A oração sublinhada é subordinada adverbial temporal. A outra é a oração principal (A tarde caía)
b) o segundo período é constituído apenas por subordinação;

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(1) Amélia adiante, calada, chibatava a sua burrinha, (2) enquanto d. Maria vinha palrando com
o moço da quinta, (3) que segurava a arreata”.
A oração (1) é a principal; a (2) é subordinada temporal e a (3) é subordinada adjetiva.
c) o segundo período é formado por três orações;
Atenção, “vinha palrando” é uma locução verbal, então os dois verbos funcionam como um só,
formando apenas uma oração.
d) no segundo período, o sujeito da oração 1 é “Amélia”, o da oração 2 é “d.Maria” e o da oração 3
é o pronome “que”, cujo referente é “O moço da quinta”.
e) nos dois períodos há orações subordinadas de valor temporal.
1) quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade.
2) enquanto d. Maria vinha palrando com o moço da quinta.
“Quando” e “enquanto” são conjunções subordinativas temporais e introduzem orações com
sentido de tempo. Gabarito letra E.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS:


As orações subordinadas são introduzidas por uma conjunção integrante (que/se) e são
dependentes sintaticamente da oração principal. Serão classificadas como substantivas quando
exercem uma função sintática típica de substantivo, como aposto, objeto direto, objeto indireto,
complemento nominal, predicativo e agente da passiva.

Oração Subordinada Substantiva Subjetiva:


Muito importante. É o cobradíssimo sujeito oracional!
Ex: É importante que se estude sempre. (desenvolvida)
Muito comum aparecer na forma reduzida de infinitivo.
Ex: É importante estudar sempre.
Ex: É proibido fumar.
OBS: Não custa lembrar que o verbo fica no singular com sujeito oracional.

Oração Subordinada Substantiva objetiva direta:


É a oração que faz papel de complemento de um verbo transitivo direto, ou seja, é um objeto direto
oracional.
Ex: Disse que ele deveria procurar ajuda. (desenvolvida)

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Ex: Mandei-o procurar ajuda. (reduzida de infinitivo)


Um detalhe: interessante essa última sentença, pois é um raro caso em que o pronome oblíquo tem
função de sujeito (como se fosse: mandei ELE procurar).
A oração introduzida por conjunção integrante “SE” é normalmente objetiva direta:
Ex: Não sei se ele vem.
Ex: Ele não nos informou se vinha.
Em “Fazer com que ele desista”, o “com” é uma preposição enfática e a oração sublinhada é objetiva
direta.
Excepcionalmente, a conjunção integrante pode vir implícita: “Esperamos (que) tomem vergonha os
eleitores!”.
62. (UFGD / ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO / 2019)
Compreendi então que estava num banco de jardim. E espantei-me de encontrar em redor
tudo em ordem. A lua estava brincando com as nuvens, como se aquele extraordinário
acontecimento não alterasse a harmonia do universo. Moviam-se lentamente os tinhorões. A
fachada do armazém fronteiro não se tinha desmoronado. E a garça de bronze, à beira da água,
levantava a perna inútil com displicência, mostrava-me o bico num conselho mudo, que não
percebi.
Julgue o item: a oração “que estava num banco de jardim.” é subordinada substantiva objetiva
direta.

Comentários:
Sim. Temos objeto direto oracional para o verbo “compreendi”:
Compreendi então [algo]
Compreendi então [que estava num banco de jardim]
Compreendi então [ISTO] Gabarito letra B.
63. (SEDF / 2017)
Mas é claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” exerce a função
de complemento do vocábulo “claro”.
Comentários:
A oração exerce função de “sujeito”!
Mas é claro [que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português]
Mas é claro [ISTO] > [ISTO] é claro

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Temos então uma oração subordinada substantiva subjetiva, vulgo “sujeito oracional”.
Questão incorreta.
64. (Despachante Aduaneiro / 2016)
“Quem olhar, com alguma atenção, a carta geográfica da América do Sul e, mais precisamente,
da região amazônica, verificará que a larga faixa que se estende ao longo das fronteiras do
Brasil com seus vizinhos a norte e a oeste representa uma vasta região praticamente
desconhecida.”
Julgue o item a seguir.
A oração introduzida por “que”, após “verificará”, é uma oração subordinada substantiva
subjetiva.
Comentários:
Vejamos:
Quem olhar verificará [algo]
Quem olhar verificará [que a larga faixa que se estende ao longo das fronteiras do Brasil com seus
vizinhos a norte e a oeste representa uma vasta região praticamente desconhecida]
Quem olhar verificará [isto]
A oração não tem função de sujeito, tem função de objeto direto. Trata-se de oração subordinada
substantiva objetiva direta. O sujeito é “Quem olhar...”. Questão incorreta.
OBS: A propósito, era oração “quem olhar” faz papel de sujeito, mas não é introduzida por conjunção
integrante, mas por um pronome interrogativo, reparou?
Esse é um tipo muito específico de oração, chamado de “oração subordinada substantiva
justaposta”, por não ter conjunção.

Oração Subordinada Substantiva objetiva indireta:


Funciona como um objeto indireto, mas com forma de oração.
Ex: Desconfio de que ela conversa com a tartaruga. (desenvolvida)
Ex: Insisti em falar com o médico. (reduzida de infinitivo)

Oração Subordinada Substantiva completiva nominal:


Funciona semelhantemente a um objeto indireto, mas complementa nomes que têm transitividade
(Volte um pouco nesta aula e releia o complemento nominal.)
Ex: Tenho desconfiança de que ela conversa com a tartaruga. (desenvolvida)
Ex: Tenho receio de falar com o médico. (reduzida de infinitivo)

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OBS: Diversos gramáticos entendem que é possível suprimir a preposição que iniciaria uma oração
completiva nominal ou objetiva indireta:
Ex: “Estava desejoso (de) que ele viesse.
Ex: “Duvidei (de) que ele fosse passar tão rápido.
Na hora da prova, dê sempre preferência ao uso da preposição, mas saiba que é possível a banca
considerar correta a supressão.

Oração Subordinada Substantiva apositiva:


Funciona como um aposto, termo substantivo que nomeia um substantivo ou pronome substantivo
e pode substituí-lo sintaticamente:
Hoje, terça, é feriado. >>> terça é feriado.
“terça” é aposto de “hoje”.

João, o mecânico, cobra caro. >>> O mecânico cobra caro.


O “mecânico” é aposto de “João”.
Uma oração também pode funcionar como aposto, essa, então, é nossa oração apositiva.
Ex: Tenho um sonho: que eu passe logo no concurso. (desenvolvida)
Ex: Tenho um sonho: passar logo no concurso. (reduzida de infinitivo)

Oração Subordinada Substantiva predicativa:


Funciona como um predicativo, qualidade que se atribui ao sujeito, por via de um verbo de ligação:
Fulana é bonita. “Fulana” é sujeito e “bonita” é seu predicativo.
Ex: A intenção é que eu gabarite a prova. (desenvolvida)
Ex: A intenção é gabaritar a prova. (reduzida de infinitivo)
OBS: Um artigo pode fazer toda a diferença:
Certo é que todos querem passar (= Isto é certo – SUBJETIVA)
O certo é que todos querem passar (=O certo é Isto - PREDICATIVA)
Se houver artigo ou pronome na oração principal, a oração substantiva vai ser classificada como
“PREDICATIVA”.

Oração Subordinada Substantiva de agente da passiva:


Funciona como um agente da passiva em forma de oração.

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Ex: As vagas foram conquistadas por quem se preparou.

Orações subordinadas Substantivas Justapostas


Ocorrem, em geral, nas interrogativas indiretas e são iniciadas por pronomes interrogativos (que,
quanto, que, qual) ou advérbios interrogativos (como, onde, quando, por que). São chamadas de
‘justapostas’ porque não são introduzidas por conjunção, mas por pronomes ou advérbios. São
apenas orações “postas uma ao lado da outra”, sem uma conjunção que as conecte.
Ignoro [quem/quanto/como/onde/quando/por que economizou]
Ignoro [ISTO]
Também podem ser introduzidas por pronome indefinido ou advérbio. Veja outros exemplos:
Falava a quem quisesse ouvir.
Vejo quão felizes são vocês.
Descobri quando ele começou a desconfiar.
65. (AL-GO / POLICIAL LEGISLATIVO / 2019)
No que se refere à relação de subordinação entre orações, assinale a alternativa que classifica
a oração sublinhada em “é necessário que cada um tenha também flexibilidade, capacidade
de tratar as informações racionalmente e emocionalmente.”
A) Oração subordinada adjetiva restritiva
B) Oração subordinada adverbial concessiva
C) Oração subordinada substantiva completiva nominal
D) Oração subordinada adverbial final
E) Oração subordinada substantiva subjetiva

Comentários:
O que é necessário? Organizando, temos:
[que cada um tenha também flexibilidade, capacidade de tratar as informações racionalmente e
emocionalmente] é necessário
[ISTO] é necessário
A oração então tem função de sujeito. Gabarito letra E.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


As orações adjetivas levam esse nome porque equivalem a um adjetivo e exercem função sintática
de um adjunto adnominal. Elas se referem a um substantivo antecedente e são introduzidas por um

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pronome relativo.
Sujeito

Ex: O time vencedor foi vaiado. (“time” é modificado por um adjetivo)


Ex: O time que venceu foi vaiado. (“time” é modificado por uma oração adjetiva)
Sujeito

O detalhe mais relevante sobre essas orações é diferenciar uma oração subordinada adverbial
adjetiva restritiva de uma explicativa. Vejamos:

ORAÇÕES ADJETIVAS: EXPLICATIVAS X RESTRITIVAS

Orações adjetivas explicativas são aquelas que acrescentam uma informação sobre o antecedente,
embora já definido, ampliando os dados e detalhes sobre ele. São informações acessórias, mas são
importantes para a construção de sentido. Devem ser marcadas com vírgulas.

Orações adjetivas restritivas particularizam, individualizam um ser em relação a um grupo de


possibilidades. O comentário feito se refere a uma parte menor do que o todo, a entidades
específicas, não à totalidade do conjunto. Não são marcadas por pontuação.

Vamos comparar:
Ex: Meu aluno, que mora no interior, estuda on-line.
Observe que, por ser uma informação acessória, uma explicação, uma ampliação de sentido. Meu
aluno estuda on-line (e ele mora no interior). Temos, então, uma oração adjetiva explicativa.
Se retirarmos a vírgula, teremos uma oração restritiva e o sentido vai mudar:
Ex: Meu aluno que mora no interior estuda on-line.
Agora temos vários alunos e somente um deles estuda online, aquele aluno específico que mora no
interior.
IMPORTANTE: A banca sempre pergunta se a retirada das vírgulas vai afetar as relações de sentido.
Afeta sim, pois acarreta a passagem de explicativa para restritiva.
Ex: Meu filho, que mora em Brasília, toca violão. (explicativa, COM VÍRGULA).
Ex: Meu filho que mora em Brasília toca violão. (restritiva, SEM VÍRGULA).
A retirada das vírgulas na segunda oração muda completamente o sentido, pois poderemos
entender que há mais de um filho e especificamente aquele que mora em Brasília toca violão. Na
primeira oração, só se infere a existência de um único filho.
O mesmo raciocínio vale para um adjetivo que venha entre vírgulas.

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Ex: O menino, cansado, foi dormir. (valor explicativo, de mero acréscimo).


Ex: O menino cansado foi dormir. (restringe, delimita qual “menino”).
OBS: RESTRIÇÃO IMPOSSÍVEL.
Em alguns casos, por razões semânticas, somos obrigados a usar vírgula, pois não há
possibilidade de haver oração restritiva. Isso ocorre com seres que já são individualizados,
particularizados, únicos, como os substantivos próprios.
Ex: O grande Machado de Assis, que escreveu Quincas Borba, era um gênio.
Posso suprimir as vírgulas? Não! Pois isso daria ideia de que há vários Machados de Assis e meu
comentário se restringe a um Machado de Assis específico, aquele que escreveu Quincas Borba.
Essa restrição seria absurda, pois só há um!
Esse raciocínio vale também para outros termos que particularizam o substantivo:
Ex: O romance “O Guarani”, de José de Alencar, narra as aventuras do índio Peri.
Se retirarmos essas vírgulas, teremos um sentido retritivo de que há vários romances chamados
“O Guarani” e somente o de José de Alencar narra aventuras de Peri.

66. (PGE-PE / Conhecimentos Básicos 1, 2, 3 e 4 / 2019)


A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica,
pautada na ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de
minimizar problemas sociais como concentração de renda, precarização das relações de
trabalho e falta de direitos básicos como educação, saúde e moradia, agravados, entre outros
motivos.
A inserção da expressão que seja imediatamente antes da palavra “pautada” — que seja
pautada — não comprometeria a correção gramatical nem alteraria os sentidos originais do
texto.
Comentários:
Não causa erro nem alteração de sentido, esse “que seja” apenas revela o pronome relativo e deixa
a oração adjetiva mais explícita:
A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica, (que seja)
pautada na ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente. Questão correta.
67. (TCE PE / 2017)
A política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica surgiu nos Estados
Unidos da América (EUA), em um rompimento com a tradição europeia de estudos e pesquisas

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nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições
do que na produção dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do
que na produção dos governos” introduz, no período em que ocorre, além de uma explicação
sobre “estudos e pesquisas nessa área”, uma comparação.
Comentários:
A oração “que se concentravam...” é explicativa, pois traz vírgula antes do pronome relativo.
Portanto, introduz sim uma explicação. Na estrutura, há também uma oração comparativa
se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção
dos governos Questão correta.
68. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade propriamente dita,
cercada por muralhas, onde ficavam os principais locais de culto e as células dos futuros
palácios reais; uma espécie de subúrbio, extramuros, local que agrupava residências e
instalações para criação de animais e plantio; e o porto fluvial, espaço destinado à prática do
comércio e que era utilizado como local de instalação dos estrangeiros
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse suprimido o trecho
“que era”.
Comentários:
Sim, dessa forma deixaríamos as duas estruturas simétricas, paralelas.
e o porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e utilizado como local de instalação dos
estrangeiros
Outra forma seria manter as duas estruturas com a oração adjetiva explícita:
e o porto fluvial, espaço (que era) destinado à prática do comércio e (que era) utilizado como local
de instalação dos estrangeiros Questão correta.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


Vimos esse assunto quando estudamos as conjunções. Agora vamos relembrar e sistematizar.
As orações são chamadas de adverbiais quando exercem uma função de advérbio. Elas trarão uma
circunstância adverbial, justamente como faz o advérbio, com a diferença que terão conjunção
subordinativa e verbo.
Ex: Vou levar o cachorro para passear hoje à noite. (advérbio de tempo)
Ex: Vou levar o cachorro para passear quando ela chegar. (oração adverbial de tempo)

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Oração subordinada adverbial causal


Tem função de um advérbio de causa e é introduzida por uma conjunção ou locução causal: porque,
visto que, já que, que, como, porquanto...
A causa é a origem de um evento, que necessariamente ocorre antes dele.
Ex: Visto que acabara a luz, acendi uma vela.
Ex: Como não tinha Coca, tive que beber uma Pepsi.
Observe que toda causa tem uma consequência.
Ex: Visto que acabara a luz (causa), acendi uma vela (consequência).
Nesse exemplo, acender uma vela é consequência do fato (causa) de a luz ter acabado.
OBS: Aproveito para ressaltar que a expressão “haja vista” tem sentido de causa: equivale ao das
locuções prepositivas devido a, por conta de, por causa de.
Em alguns casos, pode haver séria dúvida ou até confusão por parte da banca quanto à diferenciação
de ‘causa e explicação’. Isso ocorre justamente porque a causa também explica. Mesmo os
gramáticos reconhecem que não há limites claros, então você também não deve perder o sono
querendo resolver essa questão, até porque a banca não pedirá isso. Nas raras questões em que a
diferença entre causa e explicação é pedida explicitamente, o aluno deve aplicar os critérios vistos
na aula de conectivos.

Oração subordinada adverbial consecutiva.


Tem sentido de consequência do fato que ocorre na oração principal. São introduzidas pelas
conjunções consecutivas: de sorte que, de modo que, de forma que, de jeito que, que (tendo como
antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho)...
Ex: Comi tanto no rodízio que fiquei 16 horas sem fome.
Ex: A fome era tamanha que o leão comeu salada.

Oração Subordinada adverbial condicional:


Expressam condição, hipótese, e são introduzidas pelas conjunções condicionais “SE” e outras
conjunções que possam assumir sentido de hipótese, como caso, contanto que, desde que, salvo se,
exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
Ex: Se quiser passar, estude regularmente.
Ex: Uma vez que pague, exija o recibo. (se pagar...)
Ex: Caso pague, exija o recibo. (se pagar...)
Ex: Sem que estude, não há como passar. (se não estudar...)

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Oração subordinada adverbial temporal.


Equivale a um advérbio de tempo. São introduzidas pelas conjunções temporais: quando, enquanto,
antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que,
mal (= assim que)...
Ex: Mal (Assim que) ele saiu, o ônibus passou.
Ex: Assim que ela chegar, conte toda a verdade.
69. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa
da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” expressa uma consequência do que se
afirma nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.
Comentários:
Observe que a conjunção “que”, correlacionada a termos como “tão, tanto, tal, tamanho”, introduz
oração consecutiva:
Como os hospitais curavam pouco e eram traziam perigo de infecção (causa), os ricos preferiam
tratar-se em casa (consequência). Questão correta.
70. (FAUEL / ADVOGADO / 2017)
Assinale a única alternativa abaixo que apresenta uma oração subordinada adverbial, que
estabelece relação temporal no Período:
a) Receberão na próxima semana, a merecida premiação.
b) Quando chegou, não havia mais ninguém à sua espera.
c) O equipamento foi revisado semana passada.
d) O tempo é o melhor remédio para a maioria dos problemas.
Comentários:
Para identificar uma oração subordinada, precisamos verificar se há uma conjunção subordinando
uma oração a outra, o que pressupõe existência de mais de uma oração. Vejamos:
a) Receberão na próxima semana até indica tempo, mas não é oração subordinada, pois é a única
oração. INCORRETA.
b) Quando chegou (oração subordinada temporal), não havia mais ninguém à sua espera (oração
principal). CORRETA.
c) O equipamento foi revisado semana passada. (só uma oração, não há subordinação)
d) O tempo é o melhor remédio para a maioria dos problemas. (só uma oração, não há
subordinação)

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71. (UFC / Auxiliar Administrativo / 2016)


Em: A opção para recuperar os padrões de fábrica geralmente aparece quando você reinicia o
computador e deixa apertada a tecla F8 enquanto ele começa a carregar. O vocábulo enquanto
explicita uma relação de:
a) causalidade. b) comparação. c) consequência. d) simultaneidade.
e) condicionalidade.
Comentários:
A conjunção “enquanto” relaciona as duas orações, com sentido de simultaneidade, ou seja, de que
as ações ocorrem ao mesmo tempo. Em alguns casos, “enquanto” pode ter valor
opositivo/contrastivo, equivalente a “ao passo que”:
Ex: Emagrecer é lento e difícil, enquanto qualquer excesso de comida já nos faz engordar. (Contraste:
Emagrecer é lento, mas engordar é rápido). Gabarito letra D.

Oração subordinada adverbial concessiva.


Equivale a uma expressão adverbial com sentido de concessão (expectativa de que o fato não deve
se realizar, mas se realiza mesmo assim). São introduzidas pelas conjunções concessivas:mesmo que,
ainda que, embora, apesar de que, conquanto, por mais que, posto que, se bem que, não obstante,
malgrado.
Nas orações concessivas, o verbo normalmente VEM NO SUBJUNTIVO. (Lembrar terminações -A/-
E/-SSE)
Ex: Embora fosse mulato, gago e epilético, Machado de Assis fundou a Academia Brasileira de Letras.
Ex: Posto que estivessem grávidas, as mulheres vikings guerreavam.
Ex: Ainda que eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
Ex: Tenho que aceitar críticas, conquanto não goste.
Ex: Não obstante durma pouco, está sempre animado.
Ex: Os trabalhadores, pobres que sejam, mantêm as contas em dia.
Ex: “Os obstáculos, que sejam muitos, não o desanimam”
Ex: Por mais inteligente que seja, precisa estudar!
OBS: “Não obstante” também aparece na lista das conjunções coordenadas adversativas, usada com
verbo no indicativo (Ex: Estudei pouco, não obstante fui aprovado). Quando conjunção concessiva,
virá com verbo no subjuntivo (Ex: Não obstante tenha medo, nunca deixo de tentar.)
É possível iniciar essas orações com locuções prepositivas de sentido concessivo: apesar de, a
despeito de... Contudo, a presença da preposição vai levar o verbo para o infinitivo, numa oração
reduzida:
Ex: Por mais que fosse engenheiro, errava todas as contas.

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Ex: Apesar de ser engenheiro, errava todas as contas.


Portanto, a substituição só é possível com adaptação do verbo!
72. (Secretaria de Educação-DF / 2017)
Embora não possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram —
as revoluções consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das próprias ciências
sociais e humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar
conta de resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir.
O conectivo “Embora” introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.
Comentários:
Exato. Na oração concessiva, há um fato que cria a expectativa de um determinado resultado, essa
expectativa é quebrada pela oração principal. Em outras palavras: embora haja avanço científico
(expectativa), a ciência não tem conseguido dar conta de resolver o problema (desfecho oposto à
expectativa) ... Questão correta.

Oração Subordinada adverbial final:


Traz uma circunstância adverbial de finalidade. Indica propósito, motivo, finalidade: para que, a fim
de que, do modo que, de sorte que, porque (quando igual a para que), que.
Ex: Dou exemplos para que você entenda tudo.
Ex: Estude todo dia a fim de que acumule conhecimento ao longo do mês.
Ex: Fiz o que pude porque você passasse logo. (para que você passasse...)
73. (PGE-PE / Ana. Judiciário de Procuradoria / 2019)
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver
o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas
ajudar a que se compreenda que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o risco
de parecer leviano.
No período em que se inserem, os trechos “para absolver o presente” e “para louvar os bons
tempos antigos” exprimem finalidades.
Comentários:
Sim. O “para” antes de verbo, quase sempre indica finalidade. De forma mais técnica, estamos diante
de orações subordinadas adverbiais finais, reduzidas de infinitivo, sendo introduzidas pela
preposição “para”. Questão correta.
74. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos tenham acesso a um
ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que lhes foi violado.

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A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” expressa circunstância
de
A) finalidade. B) causa. C) modo. D) proporção. E) concessão.
Comentários:
Questão direta. Temos oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo, introduzida pela
preposição para. Nela temos o propósito da luta dos pais de baixa escolaridade. Gabarito letra A.
75. (Secretaria de Educação-DF / 2017)
Embora não possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram —
as revoluções consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das próprias ciências
sociais e humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar
conta de resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir.
O conectivo “Embora” introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.
Comentários:
Exato. Na oração concessiva, há um fato que cria a expectativa de um determinado resultado, essa
expectativa é quebrada pela oração principal. Em outras palavras: embora haja avanço científico
(expectativa), a ciência não têm conseguido dar conta de resolver o problema (desfecho oposto à
expectativa)... Questão correta.
76. (Fiocruz / Assistente / 2016)
“E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo.”
No período transcrito acima, as duas orações estruturam-se numa correlação sintática “quanto
mais ... mais” de sentido:
a) causal. b) proporcional. c) consecutivo. d) temporal. e) modal.
Comentários:
A correlação “quanto mais X...mais Y” é clássica estrutura de oração proporcional, pois indicam que
X e Y variam proporcionalmente, um em função do outro. Gabarito letra B.

Oração Subordinada adverbial proporcional:


Traz uma relação de proporcionalidade com a oração principal: à medida que, à proporção que, ao
passo que e também as correlações quanto mais/menos...mais/menos...
Ex: Quanto mais eu rezo mais assombrações me aparecem.
Ex: Quanto mais estudo mais sorte tenho nas provas.
Ex: À medida que o tempo passa, a confiança vai aumentando.

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Oração subordinada adverbial comparativa:


Traz uma comparação ou contraste em relação à oração principal: como, assim como, tal qual, tal
como, mais que, menos, tanto quanto. Nesses pares, as palavras tanto e quanto são correlatas. Por
isso, podemos chamar esses pares de correlações. O mesmo vale para outros pares que possuem
função de uma conjunção.
Ex: Essa matéria é mais fácil do que a que estudamos ontem.
Ex: Corria como um touro.
Ex: Ele estuda tanto quanto seu tio médico (estuda).
Observe no exemplo acima que o verbo da oração subordinada costuma vir implícito, porque é o
mesmo verbo da principal.

Orações subordinadas adverbiais conformativas:


Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de acordo com outro. São introduzidas pelas conjunções
conformativas: como, conforme, consoante, segundo.
Ex: A prova se desenrolou como tínhamos treinado!
Ex: Tudo correu conforme o que planejamos.
77. (CRP 11ª REGIÃO / PSICÓLOGO / 2019)
Marque a opção em que a indicação da classificação da oração destacada está correta:
A) “Muitos homens sabem que a paz não se estabeleceu de uma vez por todas e para sempre.”
(oração subordinada substantiva subjetiva);
B) “Ela se constrói quando aprendemos a história do mundo,” (oração subordinada adjetiva);
C) “Aparece um artigo no jornal propondo que se proíba a transmissão de jogo de futebol pela
televisão.” (oração subordinada objetiva indireta);
D) “e publicam artigos para dizer que não estão de acordo” (oração subordinada substantiva
objetiva direta).
Comentários:
Vejamos:
A) “Muitos homens sabem ISTO (oração subordinada substantiva OBJETIVA DIRETA);
B) “Ela se constrói quando aprendemos a história do mundo,” (oração subordinada ADVERBIAL
TEMPORAL);
C) “Aparece um artigo no jornal propondo ISTO (oração subordinada objetiva direta);
D) “e publicam artigos para dizer ISTO (oração subordinada substantiva objetiva direta).
Gabarito letra D.

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ORAÇÕES REDUZIDAS X ORAÇÕES DESENVOLVIDAS


Ao longo da teoria, vimos diversos exemplos de orações reduzidas. Porém, chegou a hora de
sistematizar esse conhecimento e aprender a conversão de uma oração desenvolvida em uma
reduzida e também o caminho inverso. Isso faz parte do conteúdo de sintaxe e também do item de
reescritura de frases.
O período composto é aquele que tem mais de uma oração. Essas orações podem ser unidas por
coordenação (orações independentes) ou subordinação (orações sintaticamente dependentes).
As orações subordinadas poderão ser:
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por ISTO; exercem função
sintática típica de substantivo, como Sujeito, OD, OI...)
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo antecedente; exercem
papel adjetivo, ou seja, modificam o substantivo)
3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções subordinativas adverbiais—causais, temporais,
concessivas, condicionais; tem valor de advérbio e trazem sentido de circunstância da ação verbal,
como tempo, condição...)
Feita essa recapitulação, podemos agora estabelecer a diferença entre as orações desenvolvidas e
as reduzidas.
As desenvolvidas terão conjunção integrante, pronome relativo ou conjunções adverbiais. Além
disso, o verbo estará conjugado.
Por outro lado, as reduzidas não terão esses “conectivos” e os verbos não estarão conjugados,
aparecerão em suas formas nominais: infinitivo (comer), particípio (comido) e gerúndio (comendo).
Podem vir com preposição, mas não vêm com conjunção nem pronome relativo. São menores, pois
têm menos elementos.
Basicamente, desenvolver uma oração reduzida é (1) inserir nela uma conjunção (ou pronome
relativo) e (2) conjugar seu verbo. Ok, ok, ok. Vamos ver isso na prática:
Ex: Ao me ver, não me cumprimente! (oração reduzida de infinitivo: sem conjunção; com verbo no
infinitivo e com preposição)
Ex: Quando me vir, não me cumprimente! (oração desenvolvida, com conjunção temporal “quando”,
verbo conjugado no futuro do subjuntivo)
Viram a equivalência? Essa é uma forma de reescritura. Vamos a outro exemplo:
Ex: Vi alguém chorando! (oração reduzida de gerúndio: verbo no gerúndio, sem conjunção)
Ex: Vi alguém que chorava. (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito imperfeito; pronome
relativo “que”)
Ex: Li um livro explicando esse tema. (oração reduzida de gerúndio: verbo no gerúndio, sem
conjunção)

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Ex: Li um livro que explicava esse tema. (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
imperfeito; pronome relativo “que”)
Vejamos agora uma reduzida de particípio:
Ex: Terminado o serviço, foi embora. (oração reduzida de particípio: verbo no particípio; sem
conjunção)
Ex: Assim que terminou o serviço, foi embora (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
perfeito; conjunção temporal “assim que”)
Cuidado: na conversão, temos que manter o tempo correlato da oração principal e também a voz
verbal. Ao inserir a conjunção “que”, o verbo tende a ir para o subjuntivo.
Vamos ver aqui alguns exemplos de orações reduzidas de infinitivo, pois são as mais cobradas,
especialmente as substantivas, pois desempenham maior variedade de funções sintáticas.
1 - Subordinadas Substantivas
a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.
d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.
e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.

2 - Subordinadas Adverbiais
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, ele se emocionou.

#FICA A DICA: Vejam estruturas clássicas das orações reduzidas, temos:


Ao + infinitivo – Tempo: Ao chegar, avise.
A + infinitivo – Condição: A persistirem os sintomas, consulte um médico.
Por + Infinitivo – Causa: Por ser muito capacitado, ganhava muito dinheiro.
Sem + Infinitivo – Concessão: Sem se preparar, passou no concurso.
Sem + Infinitivo – Condição negativa: Sem se preparar, não passará no concurso.

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3 - Subordinadas Adjetivas
Ex. Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (...que negligencia)
Ex. Esse é o último livro a ser escrito por Machado de assis. (...que foi escrito...)
OBS: Nem sempre o sentido de uma oração reduzida é óbvio e indiscutível, de modo que a conversão em oração
desenvolvida (e vice-versa) pode ser feita de mais de uma maneira, tudo vai depender do contexto.
Ex: Em se plantando, tudo dá. (Quando plantamos – tempo/Se plantarmos – hipótese)
Ex: Quando o verão chegar, ficaremos felizes. (Ao chegar o verão/ Chegado o verão/ Chegando o verão)
Além disso, há diversas orações reduzidas fixas, “cristalizadas” na língua, que não conseguimos desenvolver:
Ex: Coube-nos pagar a conta.
Ex: Não há mais tentar ou negociar agora
Ex: Ele, além de ser bonito, era gentil.
Ex: “Em vez de você viver chorando por ele, pense em mim...”
Ex: Longe de desanimar, empolgou-se.
Ex: Não faz outra coisa senão estudar.
Portanto, não enlouqueça tentando dar o “sentido” de todas as orações e fazer a conversão em cada caso. Não é viável
nem é necessário para a prova, ok?

78. (PC-ES / INVESTIGADOR / 2019)


Todas as frases que seguem apresentam oração subordinada temporal, EXCETO
A) “Ao viajar, suspenda a entrega de jornais e revistas.”.
B) “Quando for tirar cópias de suas chaves, escolha chaveiros que trabalhem longe de sua
casa.”.
C) “Em sua residência, ao atender um chamado, certifique-se de quem se trata.”
D) “Caso haja suspeita, não estacione; ligue para a polícia e aguarde a sua chegada.”.
E) “À noite, ao chegar em casa, observe se há pessoas suspeitas próximas à residência.”.
Comentários:
Em “Caso haja suspeita”, temos oração condicional, não temporal.
As orações “Ao viajar”, “ao atender um chamado” e “ao chegar em casa” são orações temporais
reduzidas de infinitivo, com a forma clássica de “AO+infinitivo”. Já a oração “Quando for tirar cópias
de suas chaves” é temporal desenvolvida, pois tem conjunção “quando” e verbo conjugado.
Gabarito letra D.

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79. (DPE-RJ / TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO / 2019)


“Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino
teórico para passar no funil do vestibular, obrigando os alunos a decorar fórmulas
matemáticas...”; o gerúndio “obrigando” (texto 1) poderia ser adequadamente substituído pela
seguinte forma desenvolvida:
(A) e obrigam;
(B) e para obrigar;
(C) mesmo que obriguem;
(D) quando obrigam;
(E) à medida que obrigam.
Comentários:
Aqui, a oração reduzida tem mero sentido de soma:
Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino teórico para
passar no funil do vestibular, E OBRIGAM os alunos a decorar fórmulas matemáticas...”. É razoável
também ler ali uma relação de causa-efeito. O fato é que, analisando os conectivos, não há sentido
de finalidade (b), nem de concessão (c), nem tempo (d), tampouco proporção (e). Gabarito letra A.
80. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
A pedagoga acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente
das crianças, têm maior capacidade de concentração ao estudar em casa. Apesar das
exigências, o método de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de estudos
e concilie a graduação com um emprego.
No texto, a oração “ao estudar em casa” tem sentido equivalente ao da oração
A) ao passo que estudam em casa.
B) ainda que estudem em casa.
C) quando estudam em casa.
D) porque estudam em casa.
E) por estudarem em casa.
Comentários:
A oração temporal “ao estudar” é forma reduzida. Para desenvolvê-la, precisamos devolver a
conjunção temporal e conjugar o verbo: quando estudam em casa. Gabarito letra C.
81. (TRT 11ª Região / 2017)
Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos...
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
a) através de que se pedia

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b) que lhe pedia


c) da qual pedia-lhe
d) onde pedia-se
e) em que se pedia
Comentários:
A oração introduzida por “pedindo conselhos” limita, especifica, dá característica a ‘conhecido’.
Então, podemos dizer que ela é “adjetiva” e está “reduzida de gerúndio”, já que não veio com
pronome relativo. Observe a equivalência:
Freud uma vez recebeu carta de umconhecido que lhe pedia conselhos.
Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos. Gabarito letra B.

PARALELISMO
Como o nome sugere, paralelismo é o uso de estruturas paralelas, simétricas, com estrutura
gramatical idêntica ou semelhante. Para escrever bem e organizar bem o pensamento, a norma culta
recomenda que só devemos coordenar frases que tenham constituintes do mesmo tipo (adjetivo
com adjetivo, substantivo com substantivo, termo preposicionado com termo preposicionado,
oração desenvolvida com oração desenvolvida...); então, fere o paralelismo sintático o uso de
estruturas estruturalmente diferentes em uma coordenação/enumeração de termos de mesmo
valor sintático. Vejamos isso na prática, usando os exemplos mais relevantes para a prova:
Ex: Tenho um primo inteligente e que tem muito dinheiro.
Algum problema? Aparentemente nenhum, não é?
Porém, essa oração não foi construída com paralelismo, pois coordena dois termos com mesma
função sintática (adjunto adnominal de “primo”), mas que não têm a mesma forma. Temos adjetivo
(inteligente) no primeiro item, mas uma oração adjetiva no segundo (que tem muito dinheiro), uma
estrutura diferente, assimétrica. Ajustando o paralelismo, teríamos uma oração com ambos os
termos em forma de adjetivo simples.
Ex: Tenho um primo inteligente e rico.
Haveria paralelismo também se os dois termos viessem com forma de oração adjetiva.
Ex: Tenho um primo que é inteligente e que é rico.
Veja outro exemplo:
Ex: Estudo por estar desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
Não houve paralelismo, as estruturas são diferentes: o primeiro adjunto adverbial de causa veio em
forma de oração reduzida, e o segundo veio em forma de oração desenvolvida. Reescrevendo com
estruturas paralelas, teríamos:

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Ex: Estudo por estar desempregado e por aspirar a uma vida melhor. (estruturas simétricas: duas
orações reduzidas de infinitivo)
Ex: Estudo porque estou desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
(estruturas simétricas: duas orações desenvolvidas)

OBS: Por serem estruturas equivalentes, podemos coordenar sem paralelismo adjetivos e locuções
adjetivas e também advérbios e locuções adverbiais.
Ex: João é rude e sem paciência. Anda sempre rapidamente e com pressa.

Os principais elementos coordenativos que estabelecem relações de paralelismo são: Conectivos


aditivos como E, Nem e as Correlações de valor aditivo (não só/somente X...mas/como também Y;
tanto X...quanto Y) ou de valor alternativo (Ou X....Ou Y, Quer X...Quer Y, Seja X...Seja Y):
Ex: É necessário que você estude E que você revise (coordenação paralela de orações)
Ex: Não só trabalho, como estudo. (coordenação paralela de orações)
Ex: Comprei não só frutas, mas também legumes. (coordenação paralela de substantivos)
Ex: Não gosto de que me ofendam, nem de que me elogiem demais. (coordenação paralela de
orações desenvolvidas)
Ex: Não gosto de ser ofendido, nem de ser elogiado demais. (coordenação paralela de orações
reduzidas)
Ex: Não gosto de chuva, nem gosto de sol. (coordenação paralela de substantivos)
Ex: Ou você estuda, ou vai continuar sofrendo com desemprego. (coordenação paralela de orações
desenvolvidas)
Ex: Seja por bem, seja por mal, serei aprovado. (coordenação paralela de orações termos
preposicionados)
Então, se nos exemplos acima, modificássemos a estrutura de um dos termos, feriríamos o
paralelismo, por exemplo:
Ex: Não gosto de chuva nem de que faça sol. (Sem paralelismo: o primeiro objeto indireto é um
substantivo, o segundo é uma oração).
Partículas “explicativas” como “isto é”, “ou seja”, “quer dizer” e similares exigem normalmente
paralelismo gramatical entre os elementos que coordenam.
Ex: João partiu desta para uma melhor, ou seja, morreu.
Então, observamos que o período a seguir traz uma assimetria de estruturas, pois o primeiro termo,
um adjunto adverbial de meio/instrumento, veio em forma nominal, e o segundo veio em forma de
oração. Veja:
Ex: Ricardo enriqueceu com investimentos arriscados, isto é, negociando ações na bolsa de valores.
Uma forma de ajustar seria:

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Ex: Ricardo enriqueceu com investimentos arriscados, isto é, com negociação de ações na bolsa de
valores. (ambas com forma nominal)

E aí, pessoal? Entenderam o espírito da coisa? A lógica geral é essa acima, os elementos coordenados
devem ter forma similar, isso vale para enumeração de quaisquer termos, sujeitos, complementos,
adjuntos adverbiais etc... Estudaremos também alguns detalhes sobre paralelismo, contextualizados
especificamente nos assuntos de concordância, regência e crase.
Agora, vamos analisar algumas frases retiradas de prova e avaliar o paralelismo:
1) Os empregados daquela firma planejam nova manifestação pública e interditar o acesso pelo viaduto
principal da cidade.
Observe que o primeiro complemento de “planejam” tem forma nominal e o segundo tem
forma de oração. Não houve paralelismo.

2) Mande-me tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e se meu tio encontrou os documentos
que procurava.
Veja que o segundo termo coordenado não tem a forma necessária para ser complemento
de “Mande-me”, não poderíamos dizer “Mande-me se meu tio encontrou os documentos
que procurava.
Para ajustar, deveríamos, por exemplo, incluir um outro verbo, que aceitasse corretamente os dois
complementos:
Descubra tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e (descubra) se meu tio encontrou
os documentos que procurava.
A propósito, o contrário também é válido. Se tivermos dois verbos com um mesmo complemento,
esse complemento deve ser capaz de atender a regência dos dois verbos. Não podemos usar um
mesmo complemento para verbos com regências diferentes. Por exemplo:
Ex: Esse é o contrato que assinei e concordei.
“Concordar” pede preposição “com”, então seu complemento é um objeto indireto. Já “assinar”
pede um objeto “direto”, para corrigir, teríamos que ajustar de alguma forma a preposição que foi
“comida”, por exemplo:
Ex: Esse é contrato que assinei e com que concordei.
Por essa mesma lógica, seria incorreto dizer: Eu gosto e respeito meu professor.
Analisemos mais um período quanto à observância do paralelismo.

3) O tumulto começava na esquina de minha rua e que era perto dos gabinetes do ministro e do secretário.

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Não houve paralelismo. O primeiro adjunto adverbial veio em forma nominal, o segundo veio
numa confusa estrutura de oração adjetiva.

Paralelismo Semântico.
Devemos observar também o paralelismo “semântico”, que se refere à coerência de sentido entre
os termos coordenados.
Ex: O policial fez duas operações: uma no Morro do Juramento e outra no pulmão.
Embora haja paralelismo estrutural, não há paralelismo semântico, pois se cordenam ideias sem
relação: uma referência geográfica e um órgão objeto de cirurgia. Até o sentido de “operação”
muda. A frase fica incoerente porque a lógica seria ligar dois lugares geográficos ou dois órgãos
operados.
Ex: Heber tem um carro a diesel e um carro nacional.
Não há coerência nessa correlação entre o combustível do carro e sua origem. A lógica linguística
seria relacionar, por exemplo, um carro nacional e um importado, ou um carro a diesel e um a álcool.
Para consolidar o entendimento, vejamos outro exemplo:
Ex: Rodrigo é gentil e técnico de informática.
Veja que, do ponto de vista lógico e pragmático, fora de um contexto maior, também não é coerente
correlacionar uma qualidade pessoal com uma profissão como se fossem itens de um mesmo nível
semântico.
POR OUTRO LADO, esse tipo de ruptura semântica pode ser justificado por alguma lógica interna do
contexto. Veja os exemplos clássicos de Machado de Assis:
“Marcela amou-me durante quinze dias e onze contos de réis.”
“Gastei trinta dias para ir do Rócio Grande ao coração de Marcela.”
No primeiro exemplo, causa estranhamento a correlação entre uma medida de tempo e uma quantia em
dinheiro. Contudo, o sentido implícito é de que tempo e dinheiro são a mesma unidade, pois Marcela era
interesseira e só amou enquanto duraram os onze contos de réis.
No segundo exemplo, parece haver incoerência pela falta de paralelismo semântico entre um lugar
físico e o coração de uma mulher. Contudo, tomando-se metaforicamente o “coração de Marcela”
como um “ponto de chegada”, um “objetivo”, a aparente incoerência se desfaz.
Por fim, deixo uma ressalva muito importante: pelo amor de deus, não saia por aí achando que as
bancas vão considerar uma frase sem perfeito paralelismo como uma alternativa
gramaticalmente errada. Não é assim que funciona, os próprios autores que são referência sobre
paralelismo declaram abertamente que “o paralelismo não se enquadra em uma norma gramatical
rígida”, “não sendo uma operação obrigatória”. “Constitui, na verdade, uma diretriz de ordem
estilística – que dá ao enunciado uma certa harmonia...”. Então, o que a banca costuma fazer é
apenas perguntar se há paralelismo ou não ou pedir para avaliar possibilidades de reescritura que
observem o paralelismo.

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82. (CGM / 2018)


O paralelismo sintático e a correção gramatical do texto CG4A1CCC seriam preservados se o
segmento “a perseguição política, racial ou religiosa” fosse substituído por
a) a perseguição política, de raça, ou por religião.
b) a perseguição por política, de raça ou pela religião.
c) ser perseguido politicamente, por raça, e de religião.
d) a perseguição por posição política, por raça ou por religião.
e) a perseguição politicamente, de raça e de religiosidade.
Comentários:
Observem que a única opção que traz os membros da enumeração com estrutura semelhante,
paralela, uniforme:
a perseguição por posição política, por raça ou por religião.
Observem a mesma preposição, seguida de um substantivo, indicando causa.
Nas demais opções, há mistura de preposições, advérbios em palavra única alternados com
locuções... Gabarito letra D.
83. (SEFIN RO / Contador / 2018)
Um dos conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto tenham a mesma
organização sintática numa enumeração.
No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que pessoas se organizem
em grupos...”, para que as duas frases tenham a mesma organização, a mudança adequada
seria:
a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.
b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes sociais”.
c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas em grupos”.
d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam organizadas em grupos”.
e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se em grupos”.
Comentários:
A primeira frase traz uma oração reduzida “existir redes sociais”; a segunda, diferentemente, traz
uma oração desenvolvida: “que pessoas se organizem”.
Para que as duas frases observem o paralelismo sintático, devem estar ambas reduzidas ou ambas
desenvolvidas.
“Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível pessoas se organizarem em grupos...” (ambas
reduzidas)
“Se hoje é possível que existam redes sociais; se é possível que pessoas se organizem em grupos...”

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(ambas desenvolvidas)
Essa última construção paralelística, com ambas desenvolvidas, é a única que temos entre as opções.
Gabarito letra A.

FUNÇÕES DA PALAVRA “QUE”


O “que” é palavra muito comum na língua e pode ter diversos usos e sentidos. Já vimos essas funções
e sentidos ao longo do curso, mas vamos sistematizar aqui:
Preposição acidental:
Ex: Primeiro que tudo, tenho que passar na prova.
Pronome relativo:
Ex: O aluno que estuda passa.
Pronome indefinido:
Acompanha substantivo, tem ideia de “qual(is)” e pode ter sentido exclamativo.
Ex: Sei que (quais) intenções você tem com minha filha.
Ex: Que ideia mais descabida!
Ex: Que mulher tinhosa, hein!
Pronome interrogativo:
Ex: (O) Que houve aqui? (“o” é expletivo)
Ex: Não sei que (quais) intenções você tem com minha filha. (forma uma interrogativa indireta, sem
[?])
Substantivo:
Ex: Essa mulher tem um quê de cigana. (sempre acentuado)
Advérbio de intensidade:
Ex: Que chato!
Interjeição:
Ex: Que! Não acredito que fez isso! (expressa surpresa, admiração)
Partícula Expletiva: pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou semântico. A função é apenas dar
“realce”, “ênfase”:
Ex: Você é que manda (mais enfático que apenas “você manda”)
Ex: Fui eu que te sustentei, seu ingrato! (SER+QUE)
Ex: Quase que caí da varanda. Que trágico que seria.
Ex: Naturalmente que disse sim.

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Conjunção explicativa:
Ex: Estude, que o edital já vai sair.
Conjunção Alternativa: Equivale ao par alternativo “quer X...quer Y”.
Ex: “Que chova, que faça sol, irei à praia”
Conjunção Adversativa:
Ex: Culpem todos, que não a mim! (mas não a mim)
Conjunção aditiva:
Ex: Você fala que fala hein, meu amigo!
Conjunção consecutiva:
Ex: Bebi tanto que passei mal.
Ex: “Ele não sai à rua que não encontre um amigo”. (sem encontrar um amigo)
Conjunção comparativa:
Ex: Estudo mais (do) que você. (“do” é facultativo)
Conjunção final:
Ex: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
Ex: “Faço votos que sejas feliz!”
Conjunção Concessiva:
Ex: Estude constantemente, pouco que seja. (=ainda que pouco)
Conjunção Temporal:
Ex: “Agora que eu ia viajar, chove”.
Conjunção integrante: introduz orações substantivas, aquelas que podem ser substituídas por
[ISTO]:
Ex: Quero que você se exploda! = Quero [ISTO]
Ex: É preciso que estudemos. = Quero [ISTO]

Então, vamos ver melhor a análise sintática de uma oração substantiva, aquela introduzida por
conjunção integrante e substituível por ISTO. Cai muuuito!
Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Estava claro [ISTO]
Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.

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Quero [que você se exploda!]


Quero [ISTO]
(Quem quer, quer algo). A oração tem função de objeto direto.
Detalhe!!! O “se” também pode ser conjunção integrante. Veja:
Não sei [se ele estuda seriamente!]
Não sei [ISTO]
(Quem sabe, sabe alguma coisa). A oração tem função de objeto direto.
Discordo [de que eles aumentem impostos].
Discordo [DISTO]
(Quem discorda, discorda de alguma coisa). A oração funciona como objeto indireto.
A certeza [de que vou passar na prova] me alivia.
A certeza [DISTO] me alivia.
(Quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa). Esse substantivo é abstrato, indica um
sentimento. Seu complemento preposicionado tem valor paciente, é alvo da certeza. Temos, então,
uma oração com função de complemento nominal.

84. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)


É natural que, hoje em dia, quando a indústria procura a academia, uma fumaça de
desconfiança empregne no ar.
Quanto às seguintes ocorrências da palavra que no texto, julgue o item a seguir.
Na linha 1, trata-se de uma conjunção.
Comentários:
Sim, conjunção integrante, pois introduz uma oração substantiva com função de sujeito: ISTO é
natural...Questão correta.
85. (PREF. TERESINA-PI / GUARDA CIVIL MUN. / 2019)
Julgue o item a seguir.
Em: Adoramos as facilidades que a infraestrutura adicionou às nossas vidas, - a palavra que
retoma a palavra que a antecede.
Comentários:
Sim, temos pronome relativo que retoma o antecedente “facilidades”: a infraestrutura adidinou
“facilidades”... Questão correta.

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86. (PC-ES / AUX. PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)


No excerto “Exige-se que ela esteja constantemente atenta aos problemas que interferem na
segurança e bem-estar das pessoas [...]”, o “que”, considerando suas funções, pode ser
classificado, respectivamente, como
A) pronome indefinido e preposição.
B) conjunção integrante e conjunção integrante.
C) conjunção consecutiva e conjunção aditiva.
D) conjunção integrante e pronome relativo.
E) conjunção integrante e pronome adjetivo.
Comentários:
O primeiro “que” introduz oração substantiva: Exige-se ISTO. Gabarito letra D.
87. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)
De acordo com a brasileira Vera Luzia da Costa e Silva, chefe da Convenção do Controle do
Tabaco, com sede em Genebra, o que uma entidade endinheirada como a Foundation for a
Smoke-Free World almeja é atropelar as iniciativas coletivas para impor sua própria pauta, seus
próprios métodos e, no final, seus próprios interesses – que continuam comprometendo a vida
saudável.
Quanto às seguintes ocorrências da palavra que no texto, julgue o item a seguir.
Nas linhas 2 e 5 introduzem orações adjetivas.
Comentários:
Sim. Ambos são pronomes relativos, que sempre introduzem orações adjetivas. No primeiro caso, o
pronome “que” retoma o pronome “o” (aquilo)= aquilo que uma entidade almeja...
No segundo, o “que” retoma “sua própria pauta, seus próprios métodos e, no final, seus próprios
interesses”. Questão correta.
88. (ITEP-RN / PERITO CRIMINAL-PSICOLOGIA / 2018)
Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado é uma conjunção integrante.
(A) “No momento em que eu apenas uso o rótulo, perco a chance de ver engenho e arte.”
(B) “Examino a obra em si, não a obra que eu gostaria de ter feito [...]”.
(C) "Sociedades abertas crescem mais do que sociedades fechadas.”
(D) “Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia cochilar [...]”.
(E) “Inexiste ser humano que não possa ser alvo de questionamento.”
Comentários:
(A) “Que” retoma “momento”, é pronome relativo (o momento no qual eu uso o rótulo)
(B) “Que” é pronome relativo e retoma “a obra”.

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(C) “Que” faz parte de uma estrutura comparativa.


(D) Horácio garantia algo. Garantia o quê?
Garantia [que até o hábil Homero poderia cochilar]
Garantia [ISTO]
Por introduzir uma oração substantiva, sabemos que o “que” é conjunção integrante.
(E) “Que” é pronome relativo e retoma “ser humano”. Gabarito letra D.
89. (STM / ANALISTA / 2018)
Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria
tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do
escritório onde agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se
tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí
é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “que” recebe a mesma classificação em ambas as ocorrências no trecho “que daí é
que vêm os enganos piores”.
Comentários:
O primeiro “que” é conjunção explicativa; o segundo, palavra expletiva de realce (SER + QUE), veja
que sua retirada não causa prejuízo sintático ou semântico:
daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
daí vêm os enganos piores, não da ignorância. Questão incorreta.

FUNÇÕES SINTÁTICAS DO “QUE” PRONOME RELATIVO

Para efeito de análise sintática, interessa saber as funções que o “QUE” pode assumir quando for
pronome relativo.
O pronome relativo introduz orações adjetivas e retoma o termo antecedente, pois tem função
anafórica e remissiva.
Para identificarmos a função sintática do pronome relativo, temos que olhar para o termo que ele
retoma e atribuir a mesma função sintática desse referente.
Então basicamente devemos seguir três passos:
1) Isolar a oração adjetiva, iniciada pelo “QUE” pronome relativo.
2) Dentro dessa oração, substituir o “QUE” por seu antecedente.
3) Organizar a oração e analisar a função do antecedente que substituiu o pronome. A função que
esse termo assumir é a função do “QUE”. Vejamos:

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A menina [que roubava livros] foi presa.


[que roubava livros]
[A menina roubava livros]
“que” retoma “a menina”> “que” roubava = a menina roubava> menina seria sujeito, então“que” é
sujeito.

O filme a [que me referi] é meio chato.


a [que me referi]
a [o filme me referi]
[me referi ao filme]
“que” retoma filme > Me referi a “que” = Me referi a “o filme”. O filme seria objeto indireto, então
“que” é objeto indireto.
Enfim, essa é a lógica aplicável aos outros pronomes relativos e às outras funções sintáticas.
Vejamos:

✓ Sujeito: Estes são os atletas que representarão o nosso país. (atletas representarão)
✓ Objeto Direto: Comprei o fone que você queria. (queria o fone)
✓ Objeto Indireto: Este é o curso de que preciso. (preciso do curso)
✓ Complemento Nominal: Estas são as medicações de que ele tem necessidade. (necessidade
de medicações)

✓ Predicativo do Sujeito: Ela era a esposa que muitas gostariam de ser. (ser a esposa)
✓ Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado. (atacado pelo animal)
✓ Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (chegaram no dia).

90. (PRF / POLICIAL / 2019)


Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em
razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos
cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do
trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.

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No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações
diversas entre os indivíduos”, o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção
dos objetos”.
Comentários:
Muito cuidado, a questão é avançada. O sujeito sintático da oração adjetiva é o pronome relativo
“que”:
Os processos de produção dos objetos [que nos cercam] movimentam relações
A oração adjetiva é esta entre colchetes, o termo “Os processos de produção dos objetos” nem
sequer faz parte da oração. Na verdade, é o sujeito da oração principal:
Os processos de produção dos objetos movimentam relações
Para saber a função do pronome relativo, basicamente o substituímos pelo termo que substitui e
==47678==

analisamos normalmente a oração adjetiva após a troca:


[que nos cercam]
[Os processos de produção dos objetos nos cercam]
Como o termo SERIA (HIPÓTESE) o sujeito, sabemos que o “que” é o sujeito. Lembre, esse é um
artifício de análise, o termo “Os processos de produção dos objetos” não faz parte de fato da oração
adjetiva e não pode ser sujeito dela, o sujeito é o pronome! Questão incorreta.
91. (CGM JOÃO PESSOA / 2018)
Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa precisando pagar sua conta que vence naquele
dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”.
A palavra “que” retoma o termo que a antecede e relaciona duas orações no período.
Comentários:
Sim. O pronome relativo “que” retoma um antecedente (sua conta) e relaciona a oração principal
(chega uma pessoa precisando pagar uma conta) à oração adjetiva (que vence naquele dia).
chega uma pessoa precisando pagar sua conta [que vence naquele dia] Questão correta.
92. (PM-MA / 2017)
No período “As células imploram pelo açúcar que não conseguem receber, e que sai,
literalmente, na urina”, o vocábulo “que”, nas duas ocorrências, tem o mesmo referente e
desempenha a função sintática de sujeito nas orações em que se insere.
Comentários:
Vejamos:
Açúcar [que não conseguem receber] (vamos trocar o “que” pelo seu referente)
[Açúcar não conseguem receber] > [não conseguem receber Açúcar]
Açúcar é objeto direto de “receber”; logo, o “que” tem função de objeto.

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Vejamos a outra oração:


Açúcar [que sai na urina] (vamos trocar o “que” pelo seu referente)
[Açúcar sai na urina]
O açúcar sai, é o sujeito de “sair”, então o “que” tem função de sujeito. As funções sintáticas, são,
portanto, diferentes. Questão incorreta.
93. (PF / AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL / 2018)
E, se o delegado e toda a sua corte têm cometido tantos enganos, isso se deve (...) a uma
apreciação inexata, ou melhor, a uma não apreciação da inteligência daqueles com quem se
metem. Consideram engenhosas apenas as suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa
que se ache escondida, não pensam senão nos meios que eles próprios teriam empregado para
escondê-la.
No trecho “ao procurar alguma coisa que se ache escondida”, o pronome “que” exerce a função
de complemento da forma verbal “ache”.
Comentários:
Se você trocar o “que” pelo seu antecedente e analisa-lo dentro da oração adjetiva, perceberá que
a função é de sujeito:

alguma coisa [que se ache escondida]


[alguma coisa se ache escondida]
O que se acha escondido? Resposta: alguma coisa
Então, esse termo “seria” sujeito dentro da oração adjetiva, o que significa então que o “que” é
sujeito. Questão incorreta.
94. (CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo econômico, por
tributos que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior desenvolvimento
econômico, pois gera mais consumo, produção e lucros que compensam a tributação sobre a
riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto 1A10AAA, é
A) oculto. B) composto. C) indeterminado. D) inexistente. E) simples.
Comentários:
Para saber a função do “que” dentro da oração adjetiva, precisamos trocar o “que” por seu
antecedente e depois analisar a função que assume:
tributos [que incidam]
[tributos incidam] Gabarito letra E.
Ora, os tributos incidem, “tributos” assume função de sujeito; logo, o “que” é sujeito, classificado

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como simples, por ter apenas um núcleo, o próprio pronome.

FUNÇÕES DA PALAVRA “SE”


A palavra “SE” pode ter muitas funções, vejamos de forma compilada as principais:
Pronome apassivador (PA): Acompanha um verbo transitivo direto e indica voz passiva.
Ex: Vendem-se casas.
Partícula de indeterminação do sujeito (PIS): Acompanha os verbos que não possuem objeto direto,
isto é, verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação.
Ex: Vive-se bem aqui.
Ex: Trata-se de uma exceção.
Ex: Sempre se está sujeito a erros.
Conjunção integrante:
Ex: Não quero saber se ele nasceu pobre. (não quero saber isso; introduz uma oração substantiva
objetiva direta)
Conjunção condicional:
Ex: Se eu estudar sempre, serei aprovado.
Conjunção causal: Equivale a “já que” e expressa um fato “real”, visto como causa.
Ex: “Se você gosta dela, por que não a procura?” (Procuro porque gosto)
Ex: “Se não vale a pena desistir, eu devo concluir a missão” (Concluo porque não vale a pena desistir)
Pronome reflexivo: Indica que o agente pratica uma ação em si mesmo.
Ex: Minha tia se barbeia.
Ex: O menino feriu-se com a faca.
Nesse caso, “se” tem função sintática de objeto direto, pois o sujeito e o objeto são a mesma pessoa.
Acompanham verbos que indicam ações que podem ser praticadas na própria pessoa ou em outra.
Pronome recíproco:
Ex: Irmão e irmã se abraçaram. Nesse caso, equivale a abraçaram um ao outro e o “SE” terá função
sintática de objeto direto.
Parte integrante de verbo pronominal (PIV):
Ex: Candidatou-se à presidência e se esforçou para ser eleito.
Ex: Certifique-se do horário.
Ex: Ele sempre se queixa da família.
NÃO CONFUNDA o “SE” reflexivo com o dos verbos pronominais, em que o “se” é parte integrante

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do verbo, que não pode ser conjugado sem ele, como atrever-se, alegrar-se, admirar-se, orgulhar-
se, levantar-se, arrepender-se, materializar-se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se, sentar-se,
suicidar-se, concentrar-se, afogar-se, precaver-se, partir-se (quebrar)...
Os verbos pronominais são quase sempre Intransitivos ou Transitivos Indiretos. Isso já ajuda a distinguir da
vozes passiva e reflexiva. Além disso, o “SE” dos verbos pronominais não exerce função sintática alguma.
Partícula expletiva de realce:
Pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou semântico.
Ex: Vão-se minhas últimas economias.
Ex: Passaram-se anos e ela não voltou.
O CESPE gosta de muito de cobrar esse “SE” nos verbos “rir” e “sorrir”.
Fique atento, a banca vai te remeter a um trecho e dizer que o “se” destacado é um desses acima,
quando, na verdade, será outro. Por exemplo, vai dizer que o “Se” indica voz passiva, quando na
realidade vai indicar sujeito indeterminado, ou condição, ou reflexividade...

Como não confundir todos esses tipos de “SE”?


Neste momento, vou mergulhar numa questão que os livros e materiais de concurso costumam
evitar, seja pela complexidade, seja pela divergência entre bancas e gramáticos. Mesmo assim,
prefiro pecar pelo excesso, rs...Venham comigo!
A classificação do “SE”, especialmente nos casos de Voz Passiva, Reflexiva e Verbo Pronominal, não
é unânime nem mesmo entre os gramáticos, então não se desespere se você se deparar com uma
situação em que mais de uma análise faça sentido. Isso ocorre também porque muitos verbos
pronominais tinham historicamente sentido reflexivo e o foram perdendo, como “sentar-se”,
“admirar-se”, “orgulhar-se” “candidatar-se”. Além disso, verbos com pronome são genericamente
classificados como “pronominais”, o que acaba misturando casos de pronome reflexivo e parte
integrante.
Se você estudar e revisar esta matéria, perceberá que a maior parte dos “SE” é bem fácil de
distinguir. A “zona cinzenta” está mesmo nos casos em ele se liga a verbos. Então, tentemos sempre
nos guiar por alguns critérios semânticos gerais:
1) Nos casos de voz passiva, além do verbo transitivo direto, primeiro fator que deve ser
considerado, deve estar bem claro que há sentido passivo, ou seja, que há um agente “externo”
praticando aquela ação e o sujeito do verbo tem que estar sofrendo a ação.
Ex: João se vacinou/se batizou/se curou.
Ora, temos voz passiva, pois alguém vacinou/batizou/curou João: o médico, o padre, o curandeiro
etc... de forma que ele recebe essas ações de um agente externo, passivamente.

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2) A dica sintática é: Os verbos pronominais são transitivos indiretos ou intransitivos. Os verbos


com sentido reflexivo normalmente serão transitivos diretos, o “SE” como objeto indireto é pouco
comum. Dessa forma, na sua prova, se o verbo for transitivo “indireto”, com certeza não há voz
passiva muito dificilmente vai haver voz reflexiva.
Pelo aspecto semântico, para haver voz reflexiva deve estar bem clara no texto a noção de um ser
animado ou ente personificado deliberadamente praticando uma ação em si mesmo.
Ex: Maria se penteia cuidadosamente. (Maria opera o pente e recebe a ação de ser penteada, esse
é sentido reflexivo clássico, que deve estar evidente no contexto.)
Ex: João se amarrou ao tronco durante o furacão. (João prende a si mesmo no tronco, ele “amarra”
e “é amarrado” ao tronco)
Quando o sujeito não é o agente efetivo da ação, por ser ela espontânea ou independente da sua
vontade, não devemos pensar em voz reflexiva nem em voz passiva. Teremos o “SE” como parte
integrante do verbo.
Ex: A criança caiu do bote e se afogou.
Não temos como pensar em voz reflexiva, pois a criança não “afogou a si própria”, afogar-se é verbo
intransitivo e temos uma ação espontânea, independente da vontade do sujeito. Não há também
um agente externo “afogando” o menino, então não há voz passiva.
Ex: O barco se partiu nas rochas.
Não temos voz passiva, pois não há alguém exterior ao sujeito quebrando o barco. Sintaticamente,
também não é possível ver “nas rochas” como sujeito, pois é um termo preposicionado. Além disso,
o sujeito é “o barco”.
Não temos voz reflexiva, pois o barco não está partindo a si mesmo. O barco arrebentar é um efeito
natural, uma ação espontânea. Também não temos “partícula de realce”, pois não conseguimos tirar
o “SE” sem prejuízo. Isso tudo indica que o “SE” é parte integrante do verbo.
Ex: “As nuvens se movimentam rapidamente”
Observe que não faz sentido pensar que as nuvens “movimentam a si mesmas”, pois temos entes
inanimados praticando uma ação espontânea, independente da sua vontade. As nuvens se
movimentam naturalmente.
Também não faz sentido pensar em voz passiva, pois não há nenhum ser exterior ao sujeito
praticando a ação de mover as nuvens e enquanto as nuvens “sofrem” essa ação. Portanto, a
conversão “as nuvens são movimentadas rapidamente” é inviável, pois tem outro sentido. Essa
“estranheza” e “artificialidade” na conversão indica que não havia mesmo voz passiva.
3) Só existe dúvida entre voz passiva e reflexiva se houver logicamente a possibilidade de o sujeito
praticar a ação em si mesmo. Portanto, em “Consertam-se relógios”, só podemos ter voz passiva, já
que um relógio não pode consertar a si mesmo. Sabendo que é muitas vezes impossível distinguir
PIV de Pronome Reflexivo, a banca quase sempre vai pedir mesmo a comparação com a voz passiva!
4) Justamente por haver tantas análises possíveis, em alguns casos, há ambiguidade contextual:

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Ex: Após o primeiro ato, vestiram-se a moça e o rapaz.


Podemos entender que eles foram vestidos por alguém (voz passiva), que vestiram a si mesmos (voz
reflexiva) ou vestiram um ao outro, mutuamente (voz reflexiva recíproca)
Como disse, esses critérios não são infalíveis e misturam análises semânticas e sintáticas
alternadamente. Contudo, espero que ajudem justamente naqueles casos mais nebulosos.

95. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)


E no meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma
moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
O vocábulo “se”
A) poderia ser suprimido, sem alteração dos sentidos do texto.
B) encontra-se em próclise devido à presença do advérbio “sempre”.
C) indetermina o sujeito da forma verbal “encontrava”.
D) retoma a palavra “povo” (L.10).
E) indica reciprocidade.
Comentários:
Em “sempre se encontrava” temos o pronome antes do verbo sendo atraído pelo advérbio de tempo
“sempre”, temos caso de próclise obrigatória. A propósito da sintaxe, esse “SE” é apassivador:
sempre era encontrada uma alma boa. Gabarito letra B.
96. (UFSC / ADMINISTRADOR / 2019) - Adaptada
Julgue o item a seguir.
Na sentença “Se você prefere falar errado, continue assim, não vou corrigir”, o ‘se’ corresponde
à partícula apassivadora.
Comentários:
O “Se” é condicional: Caso você prefira falar errado... Questão incorreta.
97. (PC-ES / AUX. PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)
Em “Exige-se que ela esteja atenta [...]”, é correto afirmar que o “se” é
A) partícula apassivadora.
B) índice de indeterminação do sujeito.
C) partícula expletiva.
D) indicador de sujeito acusativo.

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E) partícula reflexiva.
Comentários:
Organizando, temos VTD+SE, numa estrutura de voz passiva sintética, com sujeito oracional passivo:
Exige-se [ISTO] >> [ISTO] é exigido. Gabarito letra A.
98. (AGU / TÉC. EM COMUNICAÇÃO SOCIAL / 2019)
“Ninguém se esqueceu da enxurrada de tuítes enraivecidos trocados há apenas um ano por
Trump e o presidente nortecoreano – ‘fogo e fúria’, o ‘grande botão’ nuclear etc.”
Julgue o item a seguir.
O SE se classifica como pronome reflexivo.
Comentários:
O verbo “esquecer-se” (de algo) é pronominal, então o “se” é parte integrante do verbo, não tem
qualquer sentido reflexivo nem tem função sintática. Questão incorreta.
99. (ITEP-RN / AGENTE DE NECROPSIA / 2018)
Assinale a alternativa em que o “se” destacado introduz uma noção de condição.
(A) “A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos [...]”.
(B) “[...] há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas voltadas
para esse fim [...]”.
(C) “[...] estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-
passo [...]”.
(D) “[...] o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo,
medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida [...]”.
(E) “Essa medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não
é o bastante.”.
Comentários:
Clássica questão sobre as funções do “SE”:
Vejamos:
a) Aqui, “SE” é apassivador (a taxa foi/está concentrada entre idosos acima de 70 anos)
b) Temos o “SE” condicional: caso o país tivesse políticas públicas voltadas para esse fim, então
teríamos um efeito: outras mortes seriam prevenidas.
c) O verbo “submeter-se” é pronominal, o “SE” é parte integrante dele.
d) Temos o “SE” apassivador (o cuidado é traduzido no cumprimento de tarefas)
e) O “SE” é indeterminador do sujeito, pois temos “tratar-se de”, VTI+SE.
Gabarito letra B.

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100. (STJ / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2018)


Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram
intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX.
Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si, eles estão
preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de justiça social e têm hipóteses
concretas para se chegar a esse estado de coisas.
Nos trechos “se debruçaram” e “se chegar”, a partícula “se” recebe classificações distintas.
Comentários:
O primeiro é pronome reflexivo; o segundo é índice de indeterminação do sujeito, já que temos a
estrutura VTI + SE, sem identificação clara de quem chega “ao estado de coisas”. Questão correta.
101. (STM / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
A inclusão ou a omissão de uma letra ou de uma vírgula no que sai impresso pode decidir se o
autor vai ser entendido ou não, admirado ou ridicularizado, consagrado ou processado.
A palavra “se” classifica-se como conjunção e introduz uma oração completiva.
Comentários:
O “SE” é conjunção integrante e introduz uma oração que complementa o verbo “decidir”, daí o
nome completiva (complemento).
decidir [se o autor vai ser entendido ou não]
decidir [ISTO]
Temos então uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Questão correta.
102. (EBSERH / 2016)
Em“Segundo Wild, se você não se sente à vontade para sair de casa [...]”, os termos em
destaque funcionam, respectivamente, como
a) conjunção subordinativa condicional e parte integrante do verbo.
b) conjunção subordinativa condicional e pronome apassivador.
c) índice de indeterminação do sujeito e parte integrante do verbo.
d) parte integrante do verbo e conjunção subordinativa condicional.
e) conjunção subordinativa condicional e índice de indeterminação do sujeito.
Comentários:
O primeiro “SE” indica condição, já poderíamos ficar entre as letras A e B.
Já o segundo “SE”, em “se sente”, é parte integrante de um verbo pronominal, que é conjugado com
essa partícula: eu ME sinto, ele SE sente, nós NOS sentimos... Não poderia ser voz passiva, pois não
há sentido passivo, você não é “sentido” por ninguém. O primeiro “se” não poderia ser índice de
indeterminação do sujeito pois o sujeito está bem claro e determinado, é “você”. Gabarito letra A.

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103. (Prefeitura São Luis-MA / 2017)


Foi embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a liberdade: os
bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem compaixão.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso fosse suprimido o pronome “se”, em
“sorriam-se”.
Comentários:
O verbo é “sorrir” (das minhas lágrimas). Esse “SE” não é exigido pelo verbo, está ali somente para
efeito de realce e pode ser retirado sem prejuízo. Temos uma partícula expletiva de realce.
Questão incorreta.

FUNÇÕES DA PALAVRA “COMO”


A palavra “como” também traz uma gama de classificações, muitas delas vistas ao longo de nossas
aulas. Vamos sistematizar aqui as mais importantes para nossa prova. A palavra “como” pode ser:
Interjeição:
Ex: Como?! Não acredito no que estou ouvindo!
Verbo: representa a primeira pessoa do singular do verbo “comer”.
Ex: Eu não como carne!
Conjunção aditiva: normalmente em “correlações aditivas”: tanto...como; não só...como.
Ex: Tanto corro de dia, como nado à noite.
Ex: Não só estudo, como reviso diariamente.
Ex: Juntos na alegria como na tristeza (Houaiss).
Conjunção comparativa: estabelece um paralelo entre qualidades, ações, entidades.
Ex: Ele canta como um anjo.
Ex: Amou sua mulher como se fosse a última (comparação hipotética).
Conjunção conformativa: indica que um fato ocorre conforme outro.
Ex: Como todos sabem, não existe milagre em concurso público.
Ex: O mundo é um moinho, como dizia Cartola.
Conjunção causal: Vem antecipada, antes da oração que indica a consequência.
Ex: Como choveu, a rua está toda molhada.
Pronome relativo: retoma substantivos como “modo”, “maneira”, “forma”, “jeito” etc.
Ex: A maneira como você fala magoa as pessoas.
Ex: Essa não é a forma como você deve estudar.

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Preposição Acidental: Normalmente com sentido de “por” ou “na qualidade de”.


Ex: Ele joga como atacante.
Ex: Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Ex: Os heróis tiveram como prêmio uma medalha.
Ex: As matérias de maior peso, como português e direito, são prioridade.
Advérbio Interrogativo:
Ex: Como lidar com as críticas desmedidas? (Advérbio interrogativo de modo em interrogativa
direta.)
Como advérbio, também pode iniciar oração substantiva “justaposta” (posta junto, ao lado), um tipo
específico de oração substantiva não introduzida por conjunção integrante:
Ex: Desejo saber como vai. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Ex: Ignoramos como ele gastou tanto dinheiro. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Ex: Sua produtividade não está como a diretoria deseja. (oração subordinada substantiva
predicativa justaposta)
Ex: Até agora, não se sabe como ficarão as leis trabalhistas. (oração subordinada substantiva
subjetiva justaposta)
Ex: Fui convencido de como deveria agir para vencer. (oração subordinada substantiva completiva
nominal justaposta)
Na oração substantiva que introduz, o “como” tem função de adjunto adverbial de modo.
Advérbio de Intensidade:
Ex: Como é grande o meu amor por você.
Ex: Ninguém esquece como foi difícil passar. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Ex: Descobrimos como eram infelizes os vaidosos. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Nesses casos acima, o “como” equivale a “quão” (“quão infelizes”; “quão difícil”), e introduz oração
substantiva “justaposta”, uma oração substantiva não introduzida por conjunção integrante. Como
advérbio, o “como” exerce função de adjunto adverbial na oração que introduz.
Não precisa ficar apavorado com tantas classificações. A banca não costuma mergulhar nessas
nomenclaturas e apenas pede o reconhecimento do “uso”, isto é, foca principalmente no “sentido”,
sem pedir o nome. Quer ver?
104. (UFSC / TÉCNICO EM TECNOGIA DA INFORMAÇÃO / 2019)
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal
que soa ou como o sino que tine.
Julgue o item a seguir.

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As duas ocorrências da palavra ‘como’ funcionam para estabelecer uma relação de


comparação.

Comentários:
Sim, temos o “como” comparativo, fazendo contraste entre as situações hipotéticas: falar a língua
dos homens e dos anjos e não ter amor. Questão correta.
105. (TRT SC / Analista / 2017)
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com o tempo.
O valor semântico do termo sublinhado se repete no seguinte pensamento:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (Raoul Dufy)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (Bertrand Russell)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (Jean Rostand)
(D) As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia. (M. Fernandes)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (Henri-Louis Bergson)
Comentários:
Essa questão cobra os diversos usos da palavra “como”. No enunciado, o “como” é preposição
acidental, normalmente utilizada para citar “exemplos”. Esse uso se repete na letra D:
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com o tempo.
As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia
Vejamos as demais:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (pronome relativo, retoma
“maneira”)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (conjunção comparativa: “teimoso
como uma mula é teimosa”)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (conjunção comparativa: “igual aos
demais”)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (conjunção comparativa, veja que o
verbo está elíptico, por ser igual ao da oração anterior: “Pense como um homem de ação pensa e
aja como um pensador age”) Gabarito letra D.
106. (ARTESP / 2017)
Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova
revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda.
O vocábulo como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de sentido que a
verificada em:
(A) Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é

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desconhecido.
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros
autônomos.
(C) Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são uma realidade.
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente
espantoso.
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século
20.
Comentários:
O “como” destacado no enunciado é conjunção conformativa, assim como ocorre na letra C:
"nova revolução industrial", conforme/segundo/consoante define o secretário de Transportes
paulistano, Sérgio Avelleda.
conforme/segundo/consoante dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já
são uma realidade.
Vejamos o sentido do “como” nas demais alternativas:
(A) Como (porque) ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é
desconhecido. (conjunção causal)
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros autônomos.
Ainda não se sabe [isto]
[isto] Ainda não se sabe
[isto] Ainda não é sabido
Temos então o “como” introduzindo uma oração substantiva subjetiva, que será chamada de
“justaposta”, por não ser introduzida por conjunção integrante. Esse “como” é classificado como
advérbio.
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente espantoso.
(pronome relativo, retoma “modo”)
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século 20.
(conjunção comparativa) Gabarito letra C.
107. (HRF / Analista / 2017)
Em “[...] falou sobre a importância das pessoas com deficiência serem vistas como
consumidoras, funcionárias e prestadoras de serviço.”,
Julgue o item a seguir.
O “como” exerce função de conjunção subordinativa comparativa.

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Comentários:
Não há comparação. Aqui, o “como” tem sentido de “no papel de”. Trata-se de uma preposição
acidental introduzindo um predicativo de “pessoas com deficiência”. Questão incorreta.
108. (TRE TO / 2017)
Na época moderna, as eleições estão ligadas ao sistema de governo representativo e ao
preenchimento de 28 cargos executivos. É nessa época que se fortalece a ideia de que a eleição
é a forma pela qual as pessoas em uma sociedade escolhem politicamente candidatos ou
partidos por meio do voto.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso se substituísse
“pela qual” por “como”.
Comentários:
A palavra “como” pode ser pronome “relativo” quando tem como antecedente palavras como
forma, maneira, modo, jeito etc. No texto, “a qual” (em pela qual) retoma “forma”, então é possível
trocar pelo relativo “como”. Questão correta.

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RESUMO
Veremos aqui as principais funções sintáticas e detalhes que são cobrados em prova:
Sujeito:
Simples: 1 núcleo/ Composto: + de 1 núcleo.
Indeterminado: 3ª Pessoa do Plural (Dizem que ele morreu) ou VI/VTI+SE (Vive-se bem aqui/Gosta-
se de cães na China)
Oculto/Desinencial: Pode ser determinado pelo contexto ou vem implícito na terminação da
palavra: Estudamos hoje (nós)
O sujeito pode ter forma de:
Nome: O menino é importante.
Pronome: Ele é importante. Alguns desistiram. Aquilo é bonito demais.
Oração: Estudar é importante (oração reduzida).
Que se estudasse mais foi necessário. (sujeito oracional e passivo. A oração está desenvolvia,
introduzida por conectivo)
Oração sem sujeito:
Fenômenos da natureza: Ex: Choveu ontem/ Ex: Anoiteceu.
Estar/fazer/haver impessoal com sentido de tempo ou estado.
Ex: Faz tempo que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
O verbo haver impessoal vem sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam
locução com ele. Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Predicativo do Sujeito: Indica estado/qualidade/característica do sujeito.
Ex: Fulana é bonita (VL)/ Ele tornou-se chefe (VL)/ João saiu contente (VI)
Objeto direto: complemento verbal sem preposição. Pode ter forma de:
Nome: Não vimos a cena.
Pronome: Ele nos deixou aqui.
Oração: Espero que estudem.
Preposicionado: Amava a Deus/ Deixei a quem me magoava/ Vendi a nós mesmos.
OD Pleonástico: As frutas, já as comprei.

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(O pronome “quem” e os pronomes oblíquos tônicos são casos de OD preposicionado)


Objeto indireto: complemento verbal com preposição. (a, de, em, para, com).
Pode ter forma de:
Nome: Gosto de comida./Penso em comida/ Concordo com o policial.
Pronome: Gosto disso./ Ela obedeceu-lhe. (a preposição está implícita)
Oração: Duvidava (de) que ele fosse passar. (Essa preposição pode ser suprimida).
OI Pleonástico: Ao pastor, não lhe dei nenhum dinheiro. (lhe=ao pastor)
Predicativo do Objeto: atribui característica ao complemento verbal.
Considerei/Julguei o réu culpado. (predicativo do OD)
Chamei ao médico de mentiroso. (predicativo do OI)
Adjunto adverbial:
Se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como tempo, modo, causa, meio, lugar,
instrumento, motivo, oposição...
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
Ontem (adjunto adverbial de tempo)
de fome (adjunto adverbial de causa)
aqui (adjunto adverbial de lugar)
só (adjunto adverbial de modo)
Pode vir em forma de oração, então teremos as orações subordinadas adverbiais: finais, temporais,
proporcionais, causais, consecutivas, conformativas, comparativas, concessivas.
Ex: Ele morreu assim que chegou (oração adverbial de tempo)
porque estava doente (oração adverbial de causa)
Agente da passiva:
Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva
O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser introduzido pela
preposição “de”. Sua omissão serve para dar ênfase ao sujeito paciente ou esconder a autoria da
ação.

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Adjunto adnominal:

Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a ele
características como quantidade, qualidade, posse...
Complemento nominal:
Termo preposicionado ligado ao nome (substantivo, adjetivo, advérbio) que possui transitividade.
Parece um objeto indireto, mas não complementa verbo.
Adjunto adnominal X Complemento Nominal
Diferenças:
✓ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O adjunto
adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo preposicionado se ligar a um adjetivo
ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal.
✓ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto pode ser ou não.
Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto.
✓ O Complemento nominal se liga a substantivos abstratos (Sentimento; ação; qualidade;
estado; conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e abstratos. Então, se o
nome for um substantivo concreto, vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN.
✓ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja “de”, será CN. Se
a preposição for “de”, teremos que analisar os outros aspectos.
Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com termo
preposicionado (“de”) ligado a ele. Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
 O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.
 O termo preposicionado pode ser substituído perfeitamemente por uma palavra única, um
adjetivo: adjunto adnominal.
✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento
nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.

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Adjunto Adnominal x Complemento Nominal

Substituível por adjetivo perfeitamente É um termo substantivo. Não pode ser


equivalente substituído por um adjetivo perfeitamente
equivalente

Substantivo Concreto. Também pode ser Só complementa Substantivo Abstrato


Abstrato com sentido ativo, de posse, ou (Sentimento; ação; qualidade; estado e
pertinência. Se for concreto, só pode ser conceito).
adjunto.

Só modifica substantivo: Então, termo Refere-se a advérbio, adjetivos e


preposicionado ligado a adjetivo e advérbio substantivo abstratos. Então, termo
nunca será adjunto adnominal. preposicionado ligado a adjetivo e advérbio
só pode ser Complemento Nominal.

Nem sempre preposicionado. Qualquer Sempre preposicionado, em geral com a


preposição, inclusive de pode indicar preposição de. Outras preposições ligadas a
adjunto adnominal. substantivo abstrato vão geralmente indicar
um CN.

Classsificações da Palavra “SE”


Pronome apassivador (PA): Vendem-se casas.
Partícula de indeterminação do sujeito (PIS): Vive-se bem aqui. Trata-se de uma exceção.
Conjunção integrante: Não quero saber se ele nasceu pobre. (não quero saber isto; introduz uma
oração substantiva objetiva direta)
Conjunção condicional: Se eu posso, todos podem.
Pronome reflexivo: Minha tia se barbeia. Nesse caso, “se” tem função sintática de objeto direto,
pois o sujeito e o objeto são a mesma pessoa. Acompanham verbos que indicam ações que podem
ser praticadas na própria pessoa ou em outra. Não confunda com verbos pronominais, em que o
“se” é parte integrante do verbo, como levantar-se, candidatar-se, suicidar-se, arrepender-se,
materializar-se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se...
Pronome recíproco: Irmão e irmã se abraçaram. Nesse caso, equivale a abraçaram um ao outro e o
“SE” terá função sintática de objeto direto.
Parte integrante de verbo pronominal (PIV): Candidatou-se à presidência e se
arrependeu/Certifique-se do horário. Esse “se” não tem função sintática, é parte integrante do
verbo!
Partícula expletiva de realce: Vão-se minhas últimas economias. Foi-se embora. Sorriu-se por
dentro.

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Classsificações da Palavra “QUE”


Conjunção consecutiva: Bebi tanto que passei mal.
Conjunção comparativa: Estudo mais (do) que você. (“do” é facultativo)
Conjunção explicativa: Estude, que o edital já vai sair.
Conjunção aditiva: Você fala que fala hein, meu amigo!
Locução conjuntiva final: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
Preposição acidental: Tenho que passar o quanto antes. (equivale a “tenho de passar”)
Pronome interrogativo: (O) Que houve aqui? (“o” é expletivo)
Pronome indefinido: Sei que (quais) intenções você tem com minha filha.
Pronome indefinido interrogativo: Não sei que (quais) intenções você tem com minha filha. (forma
uma interrogativa indireta, sem [?])
Substantivo: Essa mulher tem um quê de cigana. (sempre acentuado)
Advérbio de intensidade: Que chato!
Partícula Expletiva: Fui eu que te sustentei, seu ingrato! (SER+QUE)
Conjunção integrante: Quero que você se exploda! (quero ISTO)
Oração E Período
Frase é o enunciado que tem sentido completo, mesmo sem verbo. Ex: Fogo! Socorro!
Oração é a frase que tem verbo.
Período simples é aquele com uma única oração; composto, aquele que tem mais de uma oração.
Na coordenação, as orações são sintaticamente independentes. Na subordinação, a subordinada é
dependente da oração principal, pois exerce função sintática em relação a ela.
As orações subordinadas podem estar coordenadas entre si.
Ex: 1Espero 2que os alunos seja aprovados e 3que sejam nomeados logo.
As orações (2) e (3) estão coordenadas entre si, pois estão unidas pela conjunção coordenativa
aditiva “E”. Contudo, ambas são subordinadas à oração principal (1), pois exercem nela a função de
objeto direto.

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Vejamos um período com orações coordenadas e subordinadas:


Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim que saí, 2percebi 3que
tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei... 1Apesar
de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou não?

Primeiro período Segundo período. Terceiro Período


Frase nominal. 2 orações. 3 orações
Sem verbo unidas por coordenação unidas por subordinação

Quarto Período, Quinto período,


2 orações, 1 oração,
Unidas por subordinação período simples

Vejamos agora como as ligações nos períodos compostos se relacionam. Segue abaixo um período
composto por coordenação:
1
Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.

Oração Independente Oração Independente


Oração principal Coordenada aditiva

Conjunção coordenativa aditiva

Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo, indepedência sintática)


Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo, indepedência sintática)
1
Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário.

Oração subordinada concessiva Oração principal


Oração dependente Oração Independente
Locução
Concessiva

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Ex: Cheguei ao trabalho no horário. (sentido completo)


Ex: Apesar de ter esse contratempo... (sem sentido; fragmento; falta algo...)
Período misto: tem orações subordinadas e coordenadas, misturadas.

1
Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da
mesa e 5nem lembrei...
Orações Coordenadas:
As orações coordenadas sindéticas podem ser conclusivas, explicativas, aditivas, adversativas e
alternativas. (Mnemônico C&A). Teremos:
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado,
depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do
verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porque não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas
também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou pares correlatos ou,
ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez. Seja por bem, seja por mal.
ORAÇÕES SUBORDINADAS:
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por ISTO; exercem função
sintática típica de substantivo, como Sujeito, OD, OI, CN...)
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo antecedente; exercem
papel adjetivo, ou seja, modificam substantivo)
3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções adverbiais — causais, temporais, concessivas,
condicionais; tem valor de advérbio e trazem sentido de circunstância da ação verbal, como tempo,
condição...).
As orações reduzidas são formas menores, pois não trazem esses “conectivos” (pronome relativo,
conjunções). Seu verbo vem numa forma nominal: infinitivo, particípio, gerúndio.

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1 -Subordinadas Substantivas reduzidas de infinitivo


a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.
d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.
e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.
2 -Subordinadas Adverbiais reduzidas de infinitivo
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, emocionou-se.
3 -Subordinadas Adjetivas reduzidas de infinitivo
Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (que negligencia...)
Este é o último livro a ser escrito por Machado de Assis (que foi escrito...)
Orações subordinadas substantivas:
Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Estava claro [ISTO]
Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.
Quero [que você se exploda!]
Quero [ISTO]
Quem quer, quer algo. A oração tem função de objeto direto.
Detalhe!!! O “se” também pode ser conjunção integrante. Veja:
Não sei [se ele estuda seriamente!]
Não sei [ISTO]
Quem sabe, sabe alguma coisa. A oração tem função de objeto direto.
Discordo [de que eles aumentem impostos].
Discordo [DISTO]
Quem discorda, discorda de alguma coisa. A oração funciona como objeto indireto.

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A certeza [de que vou passar na prova] me alivia.


A certeza [DISTO] me alivia.
Quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa. Esse substantivo é abstrato, indica um sentimento.
Seu complemento preposicionado tem valor paciente, é alvo da certeza. A oração é um
Complemento nominal.
Quero apenas uma coisa: [que você passe!]
Quero apenas uma coisa: [ISTO]
A oração tem função de aposto explicativo do termo “coisa”. É uma oração apositiva, introduzida
por dois pontos ou até vírgula, único caso em que uma oração subordinada substantiva pode ser
separada por pontuação.
Orações subordinadas adjetivas:
Funcionam como um adjetivo (menino que estuda = menino estudioso). São introduzidas por
pronomes relativos (que, o qual, cujo, onde).
Podem ser restritivas, quando individualizam o nome em em relação ao universo:
Ex. Meu amigo que trabalha no TRT me ligou. (restringiu: há vários amigos, um deles é do TRT).
Podem ser explicativas, caso em que virão marcadas por vírgula.

Meu amigo, que trabalha no tribunal, ligou. (não há outros amigos: é explicativa).
A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e em avaliações de risco,
conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’: impedir a formação de
tumores

Oração subordinada Adjetiva Explicativa,


introduzida pelo pronome relativo “que”.

Oração subordinada apositiva (aposto explicativo de “sonho”),


introduzida por sinal de dois pontos (:)
Por não ter conector, é chamada “assindética”.
Está reduzida de infinitivo.

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LISTA DE QUESTÕES
1. (UFSC / ADMINISTRADOR / 2019)
Julgue o item a seguir.
Na sentença “Realizado por outra equipe de pesquisadores, um segundo estudo sugere
diferente”, a expressão ‘um segundo estudo’ exerce função de sujeito.
2. (CORE-PE / AUX. ADMINISTRATIVO / 2019)
Em “Ninguém se cura sem cortar a causa do mal”, o termo destacado possui função sintática
de:
A) Sujeito. B) Agente da passiva. C) Predicativo. D) Vocativo. E) Substantivo.
3. (STM / ANALISTA / 2018)
A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o comportamento pelo qual se
consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança” exerce a função de
sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
4. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Era custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” é
A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes”.
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes”.
C) o termo “custoso”.
D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento”.
5. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
Julgue o item a seguir.
É indefinido, em razão do contexto, o sujeito da forma Trouxeram a agricultura.
6. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto
de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.

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No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.4) é


A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 4 e 5).
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 4 e 5).
C) o termo “custoso” (L.4).
D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3 e 4).
7. (IF-PA / ADMINISTRADOR / 2019)
Julgue o item a seguir.
No período, “Apesar do HC ser um quesito legal, o desejo de prisão parecia ser maior que a
virtude da lei.”, o sujeito da primeira oração está preposicionado, de acordo com a norma culta
da língua portuguesa.
8. (STM / ANALISTA / 2018)
Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e
da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria
necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção
gramatical do texto.
9. (SEDF / 2017)
Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado
durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever, para
eles, aconteceu naturalmente.
No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.
O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram” é indeterminado.
10. (CORE-PE / ASS. JURÍDICO / 2019)
Pode-se dizer que o sujeito da oração “há vários estudos...” é:
A) Oculto. B) Simples. C) Composto. D) Indeterminado. E) Inexistente.
11. (AL-GO / POLICIAL LEGISLATIVO / 2019)
Tendo em vista as relações entre termos da oração, em “Faz parte do ser humano o sentimento
de pertencer...”, o sujeito classifica-se em
A) indeterminado. B) inexistente. C) simples. D) desinencial. E) composto.
12. (CÂM. DE BH / PROCURADOR / 2018)
Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...] os deficientes
visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há
quase 2 séculos por um menino de 13 anos.” é possível observar ocorrência de oração sem

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sujeito trazendo verbo impessoal que se apresenta na terceira pessoa do singular.


13. (SEDF / 2017)
Um estudo da FGV aponta que 80% dos professores de educação infantil têm nível superior
completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o
item que se segue:
O sujeito da forma verbal “mostram”, que está elíptico, tem como referente “Os dados”.
14. (Prefeitura Martinópolis / Professor / 2017)
Em: “Ainda é cedo”, temos:
a) Sujeito simples.
b) Sujeito composto.
c) Sujeito desinencial.
d) Sujeito indeterminado.
e) Oração sem sujeito
15. (CORE-SP / ASS. JURÍDICO / 2019)
Marketing Multinível muda vidas e movimenta a economia
No texto, a palavra vidas assume função sintática de:
A) Predicativo do sujeito.
B) Complemento nominal.
C) Adjunto adnominal.
D) Objeto direto.
E) Predicativo do objeto.
16. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
Pela primeira vez havia, no país, uma região em que predominavam os homens livres, que
viviam de seu trabalho, e não da exploração do trabalho alheio.
Julgue o item a seguir.
O segmento uma região em que predominavam os homens livres é o sujeito da forma verbal
constante em havia, no país.
17. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à
presidência do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.

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No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função sintática de


A) sujeito. B) predicado. C) objeto direto. D) objeto indireto. E) adjunto adverbial.
18. (UFMG / TÉC. EM ARQUIVO / 2018)
Leia este trecho:
Todo mundo, alguns pouco, outros mais, faz esse tipo de coisa.
O termo destacado no texto classifica-se como
a) Objeto direto b) Objeto indireto. c) Predicativo do Sujeito. d) Complemento Nominal.
19. (CÂM. DE SALVADOR / ASS. LEGISLATIVO / 2018)
“Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos,
a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria”.
Sobre um componente desse segmento do texto, é correto afirmar que: o termo “alguns
teóricos” funciona como objeto direto.
20. (Instituto Rio Branco / 2012)
No período “Que Demócrito não risse, eu o provo”, o verbo provar complementa-se com uma
estrutura em forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para
um pronome.
21. (STM / ANALISTA / 2018)
... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que
vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período
em que ocorrem.
22. (PC-ES / AUX. PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)
Em “Nós não sabemos o que faz [...]” e em “[...] para convencermos a nós mesmos [...]”, o
pronome “nós” funciona, respectivamente, como sujeito e objeto indireto.
23. (CAU-AC / AUX. ADMINISTRATIVO / 2019)
Considerando a oração “às pessoas interessa o êxito”, é correto afirmar que o termo
sublinhado classifica-se em
A) objeto direto. B) complemento nominal. C) sujeito. D) adjunto adnominal. E) objeto indireto.
24. (STM / ANALISTA / 2018)
Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.
25. (STM / ANALISTA / 2018)
... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que

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vêm os enganos piores, não da ignorância.


O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período
em que ocorrem.
26. (Auditor / Pref. Friburgo SC / 2017)
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
Aos inimigos, não lhes daremos o prazer da vingança. (o termo sublinhado é um objeto indireto
pleonástico).
27. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)
“Médicos de prestígio aceitavam alegremente ser cúmplices desse crime.”
Julgue o item a seguir: “de prestígio” é adjunto adnominal; “desse crime” é complemento
nominal.
28. (AGU / TÉC. EM COMUNICAÇÃO SOCIAL / 2019)
Há um país onde, diferentemente do que ocorre no Brasil, a justiça processa ex-presidentes
conservadores, os condena por desvio de verbas e manda-os para a prisão.
Assinale a alternativa em que o termo indicado não exerça função sintática idêntica à de do
que ocorre no Brasil.
A) Onde, em vez de questionar um acordo de desarmamento nuclear, como aquele feito com
o Irã, ou um tratado de mísseis de médio alcance, como com a Rússia, o presidente dos
Estados Unidos.
B) Ela acenou para sua contraparte chinesa com a ameaça de uma invasão norte-americana
da Coreia do Norte.
C) Ela acenou para sua contraparte chinesa com a ameaça de uma invasão norte-americana
da Coreia do Norte.
D) E, durante um encontro republicano, ele até fingiu sentir “amor” por ele!
29. (CAU-AC / AUX. ADMINISTRATIVO / 2019)
Assinale a alternativa cujo termo sublinhado representa adjunto adnominal na respectiva
oração.
A) “A responsabilidade é inseparável do comprometimento”
B) “dificilmente será comprometida com os respectivos afazeres”
C) “são requisitados pelas empresas”
D) “Ser comprometido no trabalho é muito mais que cumprir”
E) “atitudes favoráveis para o crescimento da empresa”
30. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução de

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barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes
avanços nas comunicações.
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela presença de
“decorrente”, sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização
mencionadas no texto.
31. (Instituto Excelência / Procurador Jurídico / 2017)
Considere o seguinte período e julgue o item em certo ou errado:
“Diz que seus filhos pequenos se assustaram, mas depois foram brincar nos galhos tombados”.
Nessa construção, os adjetivos “pequenos” e “tombados” exercem a função de Adjunto
adnominal.
32. (PC-SP / INVESTIGADOR / 2018)
Nos enunciados – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. –
e – Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… –, os termos destacados são
a) acessórios da oração, ambos exercendo a função de adjunto adnominal.
b) integrantes da oração, ambos exercendo a função de objeto direto.
c) acessórios da oração: o primeiro é adjunto adnominal; o segundo, complemento nominal.
d) integrantes da oração: o primeiro é objeto direto; o segundo, indireto.
e) essenciais da oração, ambos exercendo a função de sujeito.
33. (PGE-PE / Ana. Judiciário de Procuradoria / 2019)
Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é difícil dizer se a maior
turbulência depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios
fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou até mesmo
biológicas.
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (L.1) funciona como complemento desse termo.
34. (UFF / ADMINISTRADOR / 2019)
Julgue o item a seguir.
No trecho “Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-
lo na sua esquina”, as duas ocorrências do termo “jovem” exercem, respectivamente, as
funções sintáticas de predicativo e sujeito.
35. (PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)
... é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral ...
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (L.3) funciona como complemento desse termo.
36. (CGM - JOÃO PESSOA / 2018)
Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo

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ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.


Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção”, os termos ‘jeitinho’ e “corrupção” funcionam como
complementos diretos da forma verbal “temos”.
37. (COSANPA / ADM / 2017)
No enunciado “e eu voltei maravilhado à Redação”, o termo sublinhado tem a função sintática
de
a) aposto. b) adjunto adnominal. c) predicativo do sujeito. d) complemento nominal.
38. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos saem em
disparada, ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para atender a alguém que nunca
viram. Mas podem chegar à cena e encontrar um amigo. Estão preparados. O espaço para a
emoção é pequeno em um serviço que só funciona se apoiado em seu princípio maior: a
técnica.
Os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos períodos em que
se inserem.
39. (DEINFRA-SC / ENGENHARIA CIVIL / 2019)
Nós somos seres éticos
Julgue o item a seguir.
Em “Nós somos seres éticos”, o predicado é nominal e “seres éticos” é predicativo do sujeito
“nós”.
40. (CÂM. DE BH / PROCURADOR / 2018)
Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...] os deficientes
visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há
quase 2 séculos por um menino de 13 anos.” é possível observar ocorrência de predicado
nominal, já que existe verbo de ligação seguido de predicativo do sujeito.
41. (CRB 6ª Região / 2017)
Em "Tornar Visíveis os Invisíveis", pode-se afirmar que o termo "visível" sintaticamente exerce
a função de:
a) sujeito simples.
b) predicativo do objeto.
c) objeto direto.
d) predicativo do sujeito.
e) adjunto adnominal.
42. (TJ-AL / ANALISTA / 2018)
O termo sublinhado abaixo que exerce uma função sintática diferente das demais é:

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a) “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que sermos
tolerantes...”;
b) “somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar tornando-se
irracionalmente intolerante”;
c) “O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial”;
d) “Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós vamos ficando cada
vez mais irracionalmente intolerantes”;
e) “No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz africana”.
43. (TCE-PA / 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
44. (TRE-PI / 2016) - Adaptada
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função sintática, uma vez que
atribuem característica ao termo “identidade”.
45. (SEDUC-SP / OF. ADMINISTRATIVO / 2019)
Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.
Julgue o item.
O termo em destaque identifica corretamente o sujeito da oração.
46. (SEE-AC / PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA / 2019)
“Infeliz iniciativa do senador Cyro Miranda (PSDB- GO), PRESIDENTE DA COMISSÃO DE
EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE DO SENADO, ao criar um grupo de trabalho com Ernani
Pimentel e Pasquale Cipro Neto, propondo uma simplificação do sistema ortográfico
brasileiro.”
Do ponto de vista sintático, o termo sublinhado classifica-se como aposto e Funciona como um
termo explicativo
47. (Anvisa / 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o Oscar Wilde
iconoclasta”, haveria mudança do significado original do texto, mas as funções sintáticas de
“Oscar Wilde” e de “iconoclasta” permaneceriam inalteradas.
48. (Despachante Aduaneiro / 2016)
...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-

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la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma
loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
— Olhe, se não dá por ela; perdia-a de vez.
— É verdade, concordou Honório envergonhado.
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã
uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado.
A palavra “envergonhado” e a expressão “quatrocentos e tantos mil-réis” exercem,
respectivamente, as funções de
a) adjunto adnominal e aposto.
b) predicativo de objeto e vocativo.
c) predicativo de sujeito e aposto.
d) adjunto adnominal e objeto direto.
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial
49. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)
“Médicos de prestígio aceitavam alegremente ser cúmplices desse crime.”
Julgue o item a seguir: “alegremente” é predicativo do sujeito.
50. (UFGD / ADMINISTRADOR / 2019)
No mundo todo, o principal componente do shoyu, condimento fundamental da culinária
asiática, é a soja.
Julgue o item a seguir.
A função sintática relativa aos termos destacados no texto é Objeto indireto.
51. (TRT 1ª REGIÃO / TÉCNICO / 2018)
Julgue o item.
Em “E a imaginação é o palco em que a vivência dessas possibilidades é encenada, por meio do
jogo entre identificações e rejeições.”, o trecho em destaque indica a causa de a imaginação
ser considerada um palco, sendo, portanto, um adjunto adverbial de causa.
52. (PC-RS / DELEGADO / 2018)
A seca persiste no Nordeste...
Sobre termos que constituem frases do texto, é correto dizer que: o termo no Nordeste
funciona como objeto indireto.
53. (BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato. Através dessas atividades,
consolidaram um mercado interno e desenvolveram a camada média da população. E, embora

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o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias e charqueadas, o
poder econômico dos imigrantes foi, aos poucos, se consolidando.
Julgue o item a seguir.
É exemplo de objeto direto o termo sublinhado em fosse detido pelos grandes senhores.
54. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
55. (CÂM. DE BH / TÉC. DE SEG. TRAB. / 2018)
Analise a frase: “Você acredita que nossos destinos são controlados pelas estrelas?” e julgue o
item a seguir.
“Pelas estrelas” atua sintaticamente como complemento verbal.
56. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Uma estrutura de VTS (Serviço de tráfego de embarcações) é composta minimamente de um
radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de
identificação de embarcações denominado automatic identification system, um sistema de
comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e
hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um
radar” (L.1-2), fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
57. (Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
“Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que a família decidiu
entornar o caldo da sociedade?” O trecho sublinhado apresenta-se entre vírgulas porque trata-
se de
a) um vocativo. b) uma enumeração. c) uma expressão explicativa.
d) um adjunto adverbial deslocado. e) elementos coordenados assindéticos.
58. (PC-ES / AUXILIAR DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)
Apesar de essas experiências terem diferentes características, todas tiveram um aspecto
comum: a introdução ou o fortalecimento da participação da comunidade nas questões de
segurança.
O segundo parágrafo do texto é formado por
A) dois períodos compostos.
B) um período simples e dois compostos, respectivamente.
C) dois períodos simples.
D) um período composto e um simples, respectivamente.

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E) um período composto por subordinação.


59. (CRP 11ª REGIÃO / PSICÓLOGO / 2019)
“mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se
suficientemente e morrem de inanição”
Julgue o item a seguir.
No período transcrito, há apenas orações coordenadas.
60. (CRP 11ª REGIÃO / PSICÓLOGO / 2019)
“Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos”
Julgue o item a seguir.
No período há uma oração coordenada sindética aditiva.
61. (Especialista Legislativo / ALERJ / 2017)
Observe o seguinte período, retirado do livro O Crime do Padre Amaro, do escritor português
Eça de Queiroz:
“A tarde caía quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia adiante, calada,
chibatava a sua burrinha, enquanto d. Maria vinha palrando com o moço da quinta, que
segurava a arreata”.
Sobre a estrutura sintática desse segmento, a única afirmação correta é:
a) o primeiro período é composto por uma só oração;
b) o segundo período é constituído por coordenação e subordinação;
c) o segundo período é formado por quatro orações;
d) no segundo período, o sujeito é o mesmo em todas as orações;
e) nos dois períodos há orações subordinadas de valor temporal.
62. (UFGD / ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO / 2019)
Compreendi então que estava num banco de jardim. E espantei-me de encontrar em redor
tudo em ordem. A lua estava brincando com as nuvens, como se aquele extraordinário
acontecimento não alterasse a harmonia do universo. Moviam-se lentamente os tinhorões. A
fachada do armazém fronteiro não se tinha desmoronado. E a garça de bronze, à beira da água,
levantava a perna inútil com displicência, mostrava-me o bico num conselho mudo, que não
percebi.
Julgue o item: a oração “que estava num banco de jardim.” é subordinada substantiva objetiva
direta.
63. (SEDF / 2017)
Mas é claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se

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segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” exerce a função
de complemento do vocábulo “claro”.
64. (Despachante Aduaneiro / 2016)
“Quem olhar, com alguma atenção, a carta geográfica da América do Sul e, mais precisamente,
da região amazônica, verificará que a larga faixa que se estende ao longo das fronteiras do
Brasil com seus vizinhos a norte e a oeste representa uma vasta região praticamente
desconhecida.”
Julgue o item a seguir.
A oração introduzida por “que”, após “verificará”, é uma oração subordinada substantiva
subjetiva.
65. (AL-GO / POLICIAL LEGISLATIVO / 2019)
No que se refere à relação de subordinação entre orações, assinale a alternativa que classifica
a oração sublinhada em “é necessário que cada um tenha também flexibilidade, capacidade
de tratar as informações racionalmente e emocionalmente.”
A) Oração subordinada adjetiva restritiva
B) Oração subordinada adverbial concessiva
C) Oração subordinada substantiva completiva nominal
D) Oração subordinada adverbial final
E) Oração subordinada substantiva subjetiva
66. (PGE-PE / Conhecimentos Básicos 1, 2, 3 e 4 / 2019)
A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica,
pautada na ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de
minimizar problemas sociais como concentração de renda, precarização das relações de
trabalho e falta de direitos básicos como educação, saúde e moradia, agravados, entre outros
motivos.
A inserção da expressão que seja imediatamente antes da palavra “pautada” — que seja
pautada — não comprometeria a correção gramatical nem alteraria os sentidos originais do
texto.
67. (TCE PE / 2017)
A política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica surgiu nos Estados
Unidos da América (EUA), em um rompimento com a tradição europeia de estudos e pesquisas
nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições
do que na produção dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do
que na produção dos governos” introduz, no período em que ocorre, além de uma explicação

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sobre “estudos e pesquisas nessa área”, uma comparação.


68. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade propriamente dita,
cercada por muralhas, onde ficavam os principais locais de culto e as células dos futuros
palácios reais; uma espécie de subúrbio, extramuros, local que agrupava residências e
instalações para criação de animais e plantio; e o porto fluvial, espaço destinado à prática do
comércio e que era utilizado como local de instalação dos estrangeiros
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse suprimido o trecho
“que era”.
69. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa
da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” expressa uma consequência do que se
afirma nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.
70. (FAUEL / ADVOGADO / 2017)
Assinale a única alternativa abaixo que apresenta uma oração subordinada adverbial, que
estabelece relação temporal no Período:
a) Receberão na próxima semana, a merecida premiação.
b) Quando chegou, não havia mais ninguém à sua espera.
c) O equipamento foi revisado semana passada.
d) O tempo é o melhor remédio para a maioria dos problemas.
71. (UFC / Auxiliar Administrativo / 2016)
Em: A opção para recuperar os padrões de fábrica geralmente aparece quando você reinicia o
computador e deixa apertada a tecla F8 enquanto ele começa a carregar. O vocábulo enquanto
explicita uma relação de:
a) causalidade. b) comparação. c) consequência. d) simultaneidade. e) condicionalidade.
72. (Secretaria de Educação-DF / 2017)
Embora não possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram —
as revoluções consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das próprias ciências
sociais e humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar
conta de resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir.
O conectivo “Embora” introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.

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73. (PGE-PE / Ana. Judiciário de Procuradoria / 2019)


Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver
o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas
ajudar a que se compreenda que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o risco
de parecer leviano.
No período em que se inserem, os trechos “para absolver o presente” e “para louvar os bons
tempos antigos” exprimem finalidades.
74. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos tenham acesso a um
ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que lhes foi violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” expressa circunstância
de
A) finalidade. B) causa. C) modo. D) proporção. E) concessão.
75. (Secretaria de Educação-DF / 2017)
Embora não possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram —
as revoluções consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das próprias ciências
sociais e humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar
conta de resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir.
O conectivo “Embora” introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.
76. (Fiocruz / Assistente / 2016)
“E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo.”
No período transcrito acima, as duas orações estruturam-se numa correlação sintática “quanto
mais ... mais” de sentido:
a) causal. b) proporcional. c) consecutivo. d) temporal. e) modal.
77. (CRP 11ª REGIÃO / PSICÓLOGO / 2019)
Marque a opção em que a indicação da classificação da oração destacada está correta:
A) “Muitos homens sabem que a paz não se estabeleceu de uma vez por todas e para sempre.”
(oração subordinada substantiva subjetiva);
B) “Ela se constrói quando aprendemos a história do mundo,” (oração subordinada adjetiva);
C) “Aparece um artigo no jornal propondo que se proíba a transmissão de jogo de futebol pela
televisão.” (oração subordinada objetiva indireta);
D) “e publicam artigos para dizer que não estão de acordo” (oração subordinada substantiva
objetiva direta).

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78. (PC-ES / INVESTIGADOR / 2019)


Todas as frases que seguem apresentam oração subordinada temporal, EXCETO
A) “Ao viajar, suspenda a entrega de jornais e revistas.”.
B) “Quando for tirar cópias de suas chaves, escolha chaveiros que trabalhem longe de sua
casa.”.
C) “Em sua residência, ao atender um chamado, certifique-se de quem se trata.”
D) “Caso haja suspeita, não estacione; ligue para a polícia e aguarde a sua chegada.”.
E) “À noite, ao chegar em casa, observe se há pessoas suspeitas próximas à residência.”.
79. (DPE-RJ / TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO / 2019)
“Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino
teórico para passar no funil do vestibular, obrigando os alunos a decorar fórmulas
matemáticas...”; o gerúndio “obrigando” (texto 1) poderia ser adequadamente substituído pela
seguinte forma desenvolvida:
(A) e obrigam;
(B) e para obrigar;
(C) mesmo que obriguem;
(D) quando obrigam;
(E) à medida que obrigam.
80. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
A pedagoga acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente
das crianças, têm maior capacidade de concentração ao estudar em casa. Apesar das
exigências, o método de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de estudos
e concilie a graduação com um emprego.
No texto, a oração “ao estudar em casa” tem sentido equivalente ao da oração
A) ao passo que estudam em casa.
B) ainda que estudem em casa.
C) quando estudam em casa.
D) porque estudam em casa.
E) por estudarem em casa.
81. (TRT 11ª Região / 2017)
Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos...
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
a) através de que se pedia

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b) que lhe pedia


c) da qual pedia-lhe
d) onde pedia-se
e) em que se pedia
82. (CGM / 2018)
O paralelismo sintático e a correção gramatical do texto CG4A1CCC seriam preservados se o
segmento “a perseguição política, racial ou religiosa” fosse substituído por
a) a perseguição política, de raça, ou por religião.
b) a perseguição por política, de raça ou pela religião.
c) ser perseguido politicamente, por raça, e de religião.
d) a perseguição por posição política, por raça ou por religião.
e) a perseguição politicamente, de raça e de religiosidade.
83. (SEFIN RO / Contador / 2018)
Um dos conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto tenham a mesma
organização sintática numa enumeração.
No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que pessoas se organizem
em grupos...”, para que as duas frases tenham a mesma organização, a mudança adequada
seria:
a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.
b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes sociais”.
c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas em grupos”.
d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam organizadas em grupos”.
e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se em grupos”.
84. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)
É natural que, hoje em dia, quando a indústria procura a academia, uma fumaça de
desconfiança empregne no ar.
Quanto às seguintes ocorrências da palavra que no texto, julgue o item a seguir.
Na linha 1, trata-se de uma conjunção.
85. (PREF. TERESINA-PI / GUARDA CIVIL MUN. / 2019)
Julgue o item a seguir.
Em: Adoramos as facilidades que a infraestrutura adicionou às nossas vidas, - a palavra que
retoma a palavra que a antecede.

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86. (PC-ES / AUX. PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)


No excerto “Exige-se que ela esteja constantemente atenta aos problemas que interferem na
segurança e bem-estar das pessoas [...]”, o “que”, considerando suas funções, pode ser
classificado, respectivamente, como
A) pronome indefinido e preposição.
B) conjunção integrante e conjunção integrante.
C) conjunção consecutiva e conjunção aditiva.
D) conjunção integrante e pronome relativo.
E) conjunção integrante e pronome adjetivo.
87. (IMESF / ENFERMEIRO / 2019)
De acordo com a brasileira Vera Luzia da Costa e Silva, chefe da Convenção do Controle do
Tabaco, com sede em Genebra, o que uma entidade endinheirada como a Foundation for a
Smoke-Free World almeja é atropelar as iniciativas coletivas para impor sua própria pauta, seus
próprios métodos e, no final, seus próprios interesses – que continuam comprometendo a vida
saudável.
Quanto às seguintes ocorrências da palavra que no texto, julgue o item a seguir.
Nas linhas 2 e 5 introduzem orações adjetivas.
88. (ITEP-RN / PERITO CRIMINAL-PSICOLOGIA / 2018)
Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado é uma conjunção integrante.
(A) “No momento em que eu apenas uso o rótulo, perco a chance de ver engenho e arte.”
(B) “Examino a obra em si, não a obra que eu gostaria de ter feito [...]”.
(C) "Sociedades abertas crescem mais do que sociedades fechadas.”
(D) “Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia cochilar [...]”.
(E) “Inexiste ser humano que não possa ser alvo de questionamento.”
89. (STM / ANALISTA / 2018)
Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria
tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do
escritório onde agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se
tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí
é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “que” recebe a mesma classificação em ambas as ocorrências no trecho “que daí é
que vêm os enganos piores”.
90. (PRF / POLICIAL / 2019)
Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em
razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos

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cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do


trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações
diversas entre os indivíduos”, o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção
dos objetos”.
91. (CGM JOÃO PESSOA / 2018)
Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa precisando pagar sua conta que vence naquele
dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”.
A palavra “que” retoma o termo que a antecede e relaciona duas orações no período.
92. (PM-MA / 2017)
No período “As células imploram pelo açúcar que não conseguem receber, e que sai,
literalmente, na urina”, o vocábulo “que”, nas duas ocorrências, tem o mesmo referente e
desempenha a função sintática de sujeito nas orações em que se insere.
93. (PF / AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL / 2018)
E, se o delegado e toda a sua corte têm cometido tantos enganos, isso se deve (...) a uma
apreciação inexata, ou melhor, a uma não apreciação da inteligência daqueles com quem se
metem. Consideram engenhosas apenas as suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa
que se ache escondida, não pensam senão nos meios que eles próprios teriam empregado para
escondê-la.
No trecho “ao procurar alguma coisa que se ache escondida”, o pronome “que” exerce a função
de complemento da forma verbal “ache”.
94. (CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo econômico, por
tributos que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior desenvolvimento
econômico, pois gera mais consumo, produção e lucros que compensam a tributação sobre a
riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto 1A10AAA, é
A) oculto. B) composto. C) indeterminado. D) inexistente. E) simples.
95. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
E no meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma
moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
O vocábulo “se”
A) poderia ser suprimido, sem alteração dos sentidos do texto.
B) encontra-se em próclise devido à presença do advérbio “sempre”.
C) indetermina o sujeito da forma verbal “encontrava”.

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D) retoma a palavra “povo” (L.10).


E) indica reciprocidade.
96. (UFSC / ADMINISTRADOR / 2019) - Adaptada
Julgue o item a seguir.
Na sentença “Se você prefere falar errado, continue assim, não vou corrigir”, o ‘se’ corresponde
à partícula apassivadora.
97. (PC-ES / AUX. PERÍCIA MÉDICO-LEGAL / 2019)
Em “Exige-se que ela esteja atenta [...]”, é correto afirmar que o “se” é
A) partícula apassivadora.
B) índice de indeterminação do sujeito.
C) partícula expletiva.
D) indicador de sujeito acusativo.
E) partícula reflexiva.
98. (AGU / TÉC. EM COMUNICAÇÃO SOCIAL / 2019)
“Ninguém se esqueceu da enxurrada de tuítes enraivecidos trocados há apenas um ano por
Trump e o presidente nortecoreano – ‘fogo e fúria’, o ‘grande botão’ nuclear etc.”
Julgue o item a seguir.
O SE se classifica como pronome reflexivo.
99. (ITEP-RN / AGENTE DE NECROPSIA / 2018)
Assinale a alternativa em que o “se” destacado introduz uma noção de condição.
(A) “A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos [...]”.
(B) “[...] há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas voltadas
para esse fim [...]”.
(C) “[...] estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-
passo [...]”.
(D) “[...] o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo,
medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida [...]”.
(E) “Essa medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não
é o bastante.”.
100. (STJ / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2018)
Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram
intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX.
Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si, eles estão
preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de justiça social e têm hipóteses

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concretas para se chegar a esse estado de coisas.


Nos trechos “se debruçaram” e “se chegar”, a partícula “se” recebe classificações distintas.
101. (STM / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
A inclusão ou a omissão de uma letra ou de uma vírgula no que sai impresso pode decidir se o
autor vai ser entendido ou não, admirado ou ridicularizado, consagrado ou processado.
A palavra “se” classifica-se como conjunção e introduz uma oração completiva.
102. (EBSERH / 2016)
Em“Segundo Wild, se você não se sente à vontade para sair de casa [...]”, os termos em
destaque funcionam, respectivamente, como
a) conjunção subordinativa condicional e parte integrante do verbo.
b) conjunção subordinativa condicional e pronome apassivador.
c) índice de indeterminação do sujeito e parte integrante do verbo.
d) parte integrante do verbo e conjunção subordinativa condicional.
e) conjunção subordinativa condicional e índice de indeterminação do sujeito.
103. (Prefeitura São Luis-MA / 2017)
Foi embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a liberdade: os
bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem compaixão.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso fosse suprimido o pronome “se”, em
“sorriam-se”.
104. (UFSC / TÉCNICO EM TECNOGIA DA INFORMAÇÃO / 2019)
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal
que soa ou como o sino que tine.
Julgue o item a seguir.
As duas ocorrências da palavra ‘como’ funcionam para estabelecer uma relação de
comparação.
105. (TRT SC / Analista / 2017)
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com o tempo.
O valor semântico do termo sublinhado se repete no seguinte pensamento:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (Raoul Dufy)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (Bertrand Russell)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (Jean Rostand)
(D) As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia. (M. Fernandes)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (Henri-Louis Bergson)

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106. (ARTESP / 2017)


Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova
revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda.
O vocábulo como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de sentido que a
verificada em:
(A) Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é
desconhecido.
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros
autônomos.
(C) Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são uma realidade.
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente
espantoso.
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século
20.
107. (HRF / Analista / 2017)
Em “[...] falou sobre a importância das pessoas com deficiência serem vistas como
consumidoras, funcionárias e prestadoras de serviço.”,
Julgue o item a seguir.
O “como” exerce função de conjunção subordinativa comparativa.
108. (TRE TO / 2017)
Na época moderna, as eleições estão ligadas ao sistema de governo representativo e ao
preenchimento de 28 cargos executivos. É nessa época que se fortalece a ideia de que a eleição
é a forma pela qual as pessoas em uma sociedade escolhem politicamente candidatos ou
partidos por meio do voto.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso se substituísse
“pela qual” por “como”.

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GABARITOS
1. CORRETA 28. LETRA A 55. INCORRETA 82. LETRA D
2. LETRA A 29. LETRA E 56. CORRETA 83. LETRA A
3. INCORRETA 30. INCORRETA 57. LETRA A 84. CORRETA
4. LETRA A 31. CORRETA 58. LETRA E 85. CORRETA
5. INCORRETA 32. LETRA D 59. INCORRETA 86. LETRA D
6. LETRA A 33. INCORRETA 60. CORRETA 87. CORRETA
7. INCORRETA 34. CORRETA 61. LETRA E 88. LETRA D
8. INCORRETA 35. INCORRETA 62. LETRA B 89. INCORRETA
9. INCORRETA 36. INCORRETA 63. INCORRETA 90. INCORRETA
10. LETRA E 37. LETRA C 64. INCORRETA 91. CORRETA
11. LETRA C 38. INCORRETA 65. LETRA E 92. INCORRETA
12. CORRETA 39. CORRETA 66. CORRETA 93. INCORRETA
13. CORRETA 40. INCORRETA 67. CORRETA 94. LETRA E
14. LETRA E 41. LETRA B 68. CORRETA 95. LETRA B
15. LETRA D 42. LETRA E 69. CORRETA 96. INCORRETA
16. INCORRETA 43. CORRETA 70. LETRA B 97. LETRA A
17. LETRA C 44. INCORRETA 71. LETRA D 98. INCORRETA
18. LETRA A 45. INCORRETA 72. CORRETA 99. LETRA B
19. INCORRETA 46. CORRETA 73. CORRETA 100. CORRETA
20. CORRETA 47. INCORRETA 74. LETRA A 101. CORRETA
21. CORRETA 48. LETRA C 75. CORRETA 102. LETRA A
22. INCORRETA 49. INCORRETA 76. LETRA B 103. INCORRETA
23. LETRA E 50. INCORRETA 77. LETRA D 104. CORRETA
24. INCORRETA 51. INCORRETA 78. LETRA D 105. LETRA D
25. CORRETA 52. INCORRETA 79. LETRA A 106. LETRA C
26. CORRETA 53. INCORRETA 80. LETRA C 107. INCORRETA
27. CORRETA 54. INCORRETA 81. LETRA B 108. CORRETA

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