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Livro Eletrônico

Aula 04

Português p/ Senado Federal (Todos os Cargos) - Com videoaulas

Felipe Luccas

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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
(MORFOSSINTAXE)

Sumário
1142487
Sumário ................................................................................................... 1
Noções Introdutórias .................................................................................. 2
Funções Sintáticas ..................................................................................... 2
Frase x Oração x Período: ......................................................................... 48
Coordenação x Subordinação: ................................................................... 49
Orações coordenadas: .............................................................................. 52
Orações Subordinadas Substantivas: .......................................................... 55
Orações subordinadas adjetivas ................................................................. 60
Orações subordinadas adverbiais ............................................................... 65
Orações Reduzidas X Orações Desenvolvidas ............................................... 76
Paralelismo............................................................................................. 81
Funções da palavra “QUE” ........................................................................ 86
Funções Sintáticas do “QUE” Pronome Relativo ............................................ 92
Funções da palavra “SE” ........................................................................... 96
Funções da palavra “Como” .................................................................... 102
Mais questões comentadas ..................................................................... 107
RESUMO .............................................................................................. 126
Lista das questões comentadas ............................................................... 135
Mais questões comentadas ..................................................................... 160
Gabaritos ............................................................................................. 172

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SINTAXE
Noções Introdutórias
Olá, pessoal! Vamos riscar mais alguns itens desse edital??
A análise sintática é o assunto que consolida as aulas anteriores. Embora de modo
indireto, estivemos estudando análise sintática desde o início do curso: na aula de
classes, em “preposições”, vimos adjuntos adnominais e complementos nominais,
na aula de verbos, vimos um pouco da sintaxe verbal, isto é, a necessidade dos
verbos terem ou não um complemento (objeto direto e indireto); em conjunções,
vimos as orações subordinadas e coordenadas; por fim, lembramos que as classes
gramaticais (assunto de morfologia) não se dissociam das funções sintáticas
(assunto de sintaxe). Esses assuntos estão totalmente interligados.
Nesta aula, vamos organizar esse conhecimento e focar naquelas funções
sintáticas que sua banca mais gosta de explorar. A aula é um bem extensa, mas é
completa e traz muitas questões comentadas (muitas mesmo), porque teoria
resumida sem prática apenas perpetua essa sensação de que ‘sintaxe é muito
difícil’. Optei também por não partir a aula porque todos os assuntos são
interligados (sintaxe, orações, funções do QUE e SE) e o entendimento é melhor
se vistos como uma unidade. Vamos lá!

Funções Sintáticas
A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA:

Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)


Eu comprei uma bicicleta semana passada
Nós gostamos de comer em rodízios

Chamamos também essa sequência de “estrutura de base” da oração.


Para começar, apresentamos o exemplo acima, que é uma oração na ordem direta
(SuVeCa), pois é mais fácil perceber os componentes da frase (sujeito, verbo,
complemento e adjuntos) nessa ordem. Todavia, devo alertá-lo de que, na prática,
esses termos são comumente invertidos e entre eles são intercaladas outras
estruturas, de modo que, muitas vezes, teremos dificuldade de encontrar cada
elemento desses. Deixo aqui a dica para o estudo de toda a língua portuguesa:
Sempre tente colocar a sentença na ordem direta e procurar o sujeito de
cada verbo. Na análise sintática e na pontuação, essa dica salva vidas!

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Termos oracionais:
Uma oração é simplesmente uma frase que tem verbo! As funções sintáticas
também podem aparecer em forma de oração, de modo que a sua “estrutura”
será oracional, sempre com um verbo, mas a análise que faremos será a
mesma. Então, um adjetivo que desepenha função de adjunto adnominal pode
aparecer na forma de uma oração adjetiva. Nesses casos, uma oração exerce uma
função sintática na outra, de forma que são sintaticamente dependentes,
subordinadas.
Ex: O menino estudioso passa / O menino que estuda passa.
Um adjunto adverbial pode aparecer na forma de uma oração adverbial.
Ex: Estudo no meu tempo livre / Estudo quando tenho tempo livre.
Um sujeito ou um complemento, por exemplo, podem aparecer na forma de
oração: substantiva subjetiva (sujeito oracional) , objetiva direta/indireta (objeto
oracional), completiva nominal (complemento nominal oracional)etc...
Ex: O estudo constante é vital / É importante que eu estude constantemente.
Ex: Anunciei a chegada do circo. / Anunciei que o circo chegaria.
Ex: Tenho medo de viagem aérea / Ex: Tenho medo de voar de avião.
Por isso, quando falarmos das funções, vamos mencionar também suas principais
formas, inclusive a forma oracional. Fique tranquilo caso não esteja familiarizado:
a partir de agora, vamos ver em detalhes cada uma das principais funções
sintáticas que os termos de uma oração podem assumir.

Sujeito e predicado:
Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre que se declara algo na oração. O
predicado é, via de regra, a declaração feita a respeito do sujeito.
Sintaticamente, ele é um termo essencial da oração, que normalmente atrai a
concordância do verbo. Então, em uma “regra prática”, o sujeito é o termo que
“conjuga” o verbo, justifica o verbo estar na primeira pessoa, no singular, no plural,
etc...
O sujeito tem um núcleo, que é o termo central, mais importante. Normalmente
é um substantivo ou termo de valor substantivo (pronomes, numerais, verbo no
infinitivo). Esse núcleo recebe termos que o “especificam”, “delimitam”: são os
chamados determinantes (artigos, numerais, pronomes, adjetivos, locuções
adjetivas...). Nada disso é exatamente novo, mas vamos ver melhor tais análises
nos exemplos.
Nas sentenças abaixo, o sujeito está sublinhado e seu núcleo está em negrito.
Vejamos:
Ex: Douglas é um gênio sem diploma. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um

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substantivo)
Ex: Mudaram as estações. (sujeito simples, há apenas um núcleo “estações”;
observe que o sujeito está invertido, isto é, posposto (após) o verbo)
Ex: Silvério e Everton são muquiranas generosos. (sujeito composto, há mais de
um núcleo, há dois substantivos)
Ex: Nós somos capazes de tudo, se trabalharmos. (sujeito simples, há apenas um
núcleo, um pronome pessoal reto)
Ex: Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples, há apenas um núcleo,
o substantivo ‘cães’, que tem, por sua vez, dois determinantes: o numeral “dois”
e o adjetivo “ferozes”)
Ex: Duas de suas amigas foram aprovadas. (sujeito simples, há apenas um núcleo,
o numeral ”duas”, que recebeu o determinante “de suas amigas”, locução adjetiva)
Ex: Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito simples, tem apenas um
núcleo, o verbo “estudar”, esse é o famoso sujeito oracional)
Observe que, como regra, o verbo se flexiona para concordar em número
e pessoa com o núcleo do sujeito.
O restante da sentença foi a ‘declaração’ feita sobre o sujeito, o que chamamos de
predicado. Aliás, essa palavra ”predicado” significa exatamente isto:
característica atribuída a um ser; atributo, propriedade.
Aprofundaremos essas análises, mais a frente, no estudo de cada função sintática.
Voltando ao sujeito, faço um alerta quanto à identificação desse termo:
Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de
determinantes longos, orações adjetivas, termos intercalados. Então, é importante
localizar o ‘núcleo’ para então conferir a concordância:
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo
do operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente
supostamente— se tudo der certo— serão votadas hoje.
Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos
somente: leis serão votadas.
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do
operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente— se
tudo der certo— serão votadas hoje.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele
indicará o número e pessoa do sujeito e também sua identidade: o que será
votado? As leis.
Resumindo: para fazer a análise sintática de um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele (a), eles(a)) e o número
do verbo (singular/plural)
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em
pessoa e número).

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Passaremos agora ao estudo do sujeito e suas diversas formas e classificações.


Esse termo é essencial, pois é a função sintática mais cobrada.

Sujeito Determinado:
O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos
exatamente quem está praticando (ou recebendo) a ação verbal. Ele pode tomar
diversas formas:
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam (sujeito composto; mais de um núcleo)
O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser
uma estrutura com verbo:
Ex: Não é surpresa que ele tenha passado. (aqui, o sujeito é uma oração
desenvolvida, com conjunção “que”. Reduzindo essa oração, teríamos: “não é
surpresa ele ter passado)
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar
mais” é uma oração reduzida de infinitivo, equivalente à forma desenvolvida “É
preciso que se exporte mais” > [que se exporte mais] é preciso. O núcleo
desse sujeito é o verbo no infinitivo “Exportar”. Quando o sujeito é oracional, o
verbo fica no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: Então, temos dois verbos e duas orações. O sujeito de “é” tem
forma oracional e o sujeito de “exportar” é indeterminado, pois não sabemos
“quem exporta”.)
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez
de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica
a ação, ele sofre a ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o
sujeito é oracional E paciente.

Pronome oblíquo como sujeito???


Em regra, pronomes oblíquos têm função de complemento; contudo, destaco que há um
caso especial em que o pronome oblíquo átono (o, a, os, as) pode desempenhar função
sintática de sujeito. Isso ocorre quando tais pronomes ocorrem dentro de um objeto direto

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oracional dos verbos causativos (deixar, mandar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir).
Vamos entender:
Ex: Eu mandei o menino sair.
Eu mandei o quê? Mandar pede um complemento. Esse complemento (Objeto direto) de
“mandei” é a oração: “o menino sair”, que está numa forma de oração reduzida de
infinitivo, equivalente à forma desenvolvida: “mandei que o menino saísse”. Agora, dentro
dessa oração, quem sai? É o menino; então: “o menino” é sujeito de “sair”.
Agora vamos trocar “o menino” por um pronome oblíquo átono:
Ex: Eu mandei o menino sair. >> Ex: Mandei-o sair.
Pronto, nesse caso, temos que este “o” é o sujeito de “sair”. Basta pensar que se a
oração fosse desenvolvida, “o menino” seria sujeito. Como o pronome o substitui, também
tem a mesma função sintática.
Detalhe, não podemos trocar o pronome “o” por outro:
✓ Mandei- o sair
 Mandei-lhe sair
 Mandei ele sair
Esse é o raciocínio detalhado, para você entender. Para efeito de prova, grave:
Com os verbos Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir, o pronome oblíquo
pode ser sujeito, como nas sentenças abaixo:
Ex: Deixe-me estudar/Não se deixe aborrecer/ Ela o fez desistir/ Mandei a ir embora.
Outro detalhe importante, como temos duas orações e, em uma delas, o sujeito é o
pronome, as formas deixe aborrecer, fez desistir, mandei ir etc NÃO SÃO LOCUÇÕES
VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.

1. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)


A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o
comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, a tomada de
decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança”
exerce a função de sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
Comentários:
Primeiro: marcamos o verbo> ‘é’. Após perguntarmos ‘Quem/O que É”, saberemos quem
é o sujeito, que segue sublinhado nas frases abaixo, com seu ‘núcleo’ destacado.

A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo


o comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha
A liderança só é sujeito do “é” na primeira sentença. Questão incorreta.
2. (VUNESP / PC-SP / INVESTIGADOR / 2018)
O substantivo funciona como núcleo do sintagma em que ocorre. Esse
sintagma pode ser nominal e, quando não preposicionado, desempenhar a
função de sujeito, entre outras.

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(Maria Helena de Moura Neves, Gramática de usos do português. Adaptado)


No trecho do 4° parágrafo – Foi com as tropas romanas que o latim chegou à
face sul do continente europeu… –, o termo que exemplifica a definição, sendo
um substantivo como núcleo do sujeito da oração, é
a) tropas. b) face. c) continente. d) latim. e) romanas.
Comentários:
Primeiro: localizamos o verbo — “chegou”. Quem/O que chegou? O latim. Então,
“O latim” é o sujeito simples e o núcleo é o substantivo “latim”. Gabarito letra D.
3. (CESPE / SEDF / 2017) Adaptada
É evidente que a interlocução comunicativa permite o entendimento,
proporciona o intercâmbio de ideias e nos faz refletir e argumentar com mairo
propriedade em defesa de nossos direitos como cidadãos...
De acordo com as estruturas linguísticas do texto, julgue o item: o pronome
“nos” exerce a função de complemento da forma verbal “refletir”
Comentários:
Com verbos causativos (deixar, fazer, mandar) e sensitivos (ver, ouvir, sentir), o
pronome oblíquo pode ser sujeito. Vamos analisar:
Quem faz refletir? A interlocução comunicativa. Esse termo é sujeito de “permite”.
Vai fazer quem refletir? Nós. Nós refletiremos.
Então temos: A interlocução comunicativa faz *nós refletirmos. Nós é o sujeito
do verbo refletir.
Não se deve usar o pronome reto “nós” como objeto direto, então foi usado o
pronome oblíquo átono correspondente “nos”. Logo, “nos” vai ser o sujeito do
verbo “refletir”: interlocução comunicativa nos faz refletir (nós refletimos)
Portanto, “nos” não exerce função de complemento, exerce função de sujeito.
Questão incorreta.

Sujeito Oculto/Elíptico/Desinencial:
O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo
contexto ou pela terminação do verbo (desinência).
Ex: Encontramos mamãe. (sujeito oculto/elíptico/desinencial [-mos>nós])
No exemplo acima, sabemos que o sujeito é “nós”, mesmo que a palavra “nós”
não esteja escrita, expressa na oração.
Ex: É preciso ter cuidado com as plantas. Sem dedicação, não crescem.
Da mesma forma, na oração em que ocorre o verbo “crescem” não há um sujeito
expresso. Contudo, sabemos, pelo contexto, que o sujeito é “plantas”: sem
dedicação, “as plantas” não crescem.

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Ex: Consultei meus advogados. Disseram que sou culpado.


Observe que a oração “disseram que sou culpado” não traz um sujeito expresso,
mas sabemos que o sujeito é “meus advogados”, pelo contexto.

Dica do Professor: Tenho aqui um vídeo EXTRA que trata do Sujeito Oculto /
Elíptico / Desinencial
Utilize um leitor de QR Code no seu smartphone e assista ao vídeo explicativo.

Sujeito Indeterminado:
Contrariamente ao sujeito determinado, o sujeito indeterminado é aquele que não
se pode identificar no período. Não sabemos exatamente quem é o sujeito e não
conseguimos inferir do contexto.
A indeterminação do sujeito pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do
plural, com omissão do agente que pratica a ação verbal; esse é o sujeito
favorito dos fofoqueiros (risos), veja só:
Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?)
Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?)

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Ex: Roubaram nosso carro! (quem roubou?)

Dica do Professor: Tenho aqui um vídeo EXTRA que trata do Sujeito


Indeterminado.
Utilize um leitor de QR Code no seu smartphone e assista ao vídeo explicativo.

OBS: não confunda sujeito “indeterminado” com sujeito “desinencial”! O sujeito oculto ou
desinencial é determinado, pois, mesmo que não esteja escrito ou dito na oração, ele pode
ser identificado pela terminação do verbo ou pelo contexto. Com o sujeito indeterminado,
isso não acontece, pois o contexto não é suficiente para determinar quem praticou a ação
verbal, ou seja, quem é o sujeito.
Ex: Aquele banco faliu. Roubaram mais de 20 milhões.
Observe que não está claro quem roubou. Aqui, o sujeito está “indeterminado”.
Ex: Os ladrões foram presos ontem. Roubaram mais de 20 milhões.
Agora, observe que neste caso o sujeito está oculto, porque não aparece escrito na oração.
Contudo, sabemos quem é o sujeito que praticou a ação de roubar 20 milhoes, pela
desinência e pelo contexto: o sujeito de “Roubaram” é o mesmo da oração anterior:
“ladrões”. Certo?

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Indeterminação do sujeito pelo uso da PIS:


O sujeito também pode ser indeterminado pelo uso da estrutura: VTI/VI/VL+SE
Verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação + SE (partícula de
indeterminação do sujeito-PIS).
Ex: Desconfia-se de que ela seja violenta.

Verbo Trans. Indireto + SE (Quem desconfia? Não se sabe...)

Ex: Precisa-se de médicos.

Verbo Trans. Indireto + SE (Quem precisa? Não se sabe também.)

Muitas vezes, o sujeito indeterminado é uma forma de expressar um sujeito


universal, algo que todos fazem, mas sem individualizar um agente em específico.
Veja:
Ex: Respira-se melhor no campo.

Verbo Intransitivo + SE (Em geral, todos respiram melhor no campo.)

Ex: Vive-se bem em Campinas.

Verbo Intransitivo + SE (Quem Vive? Não está determinado.)

Ex: Sempre se fica nervoso durante um assalto.

Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos durante um assalto, temos um sujeito
indeterminado, um agente universal, genérico, não específico).

Dentro dessa regra, temos uma expressão que simplesmente “DESPENCA” em


prova: “tratar-se de” (VTI+SE). Essa expressão, quando tem sentido de
assunto/referência ou como uma espécie de substituto do verbo “ser”, é sempre
invariável, indica sujeito indeterminado. Observe os exemplos.
Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre.
Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
Ex: Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de quem persiste mais.
Lembramos que o sujeito não deve ter preposição (“de”, por exemplo) no seu
início, dessa forma a expressão que vem após “tratar-se de” jamais poderá ser um
sujeito. Além do mais, a preposição “de” é, nesse caso, exigida pelo próprio verbo

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“tratar”, o que indica que esse é um verbo transitivo INDIRETO. Se o termo não é
o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar. Então, o verbo fica na terceira
pessoa do singular.
Por outro lado, se tivermos Verbo Transitivo DIRETO (VTD) + SE, essa
estrutura vai indicar voz passiva pronominal. Abordaremos mais à frente o
assunto, mas já adiantamos que diante de VTD + SE, o verbo vai se flexionar para
concordar com o sujeito (paciente), como na frase abaixo:
Ex: Vendem-se casas > Casas são vendidas. (sujeito plural, verbo no plural)
4. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio
da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias
revolucionárias, seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para
Tratam-se, para se manter a correção gramatical do texto.
Comentários:
“Tratar-se DE” é expressão invariável, que configura sujeito indeterminado “Verbo
Transitivo Indireto+SE”. Logo, o verbo não vai ao plural.
Questão incorreta.
5. (CS-UFG / 2016)
No segmento “vivem perguntando em redor”, o uso da locução verbal
a) refere-se ao enunciador do texto.
b) indica a eventualidade da ação.
c) apresenta o resultado do processo verbal.
d) indica a indeterminação do sujeito da ação.
Comentários:
Uma das formas de indeterminação do sujeito é o uso da terceira pessoa do plural.
Dessa forma, o agente daquele verbo fica oculto, indeterminado. Para você não
esquecer, lembre da linguagem do fofoqueiro, sempre na terceira pessoa: —
disseram que te viram... — falaram isso ou aquilo...
Não haveria como pensar em sujeito “oculto”, pois não há um contexto maior (na
prova também não havia texto) e, acima de tudo, não há “sujeito oculto” entre as
opções. Gabarito letra D.
6. (IBFC / EMBASA / 2017)
O crescimento assustador de casos de febre amarela trata-se de um sério
problema e fzeram com que muitas pessoas procurassem os postos de saúde.
Julgue o item.
O verbo “trata-se” está empregado incorretamente, pois o uso do “se” é
incompatível com a presença do sujeito simples.

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Comentários:
Da maneira que foi escrita a oração, parece que “crescimento” é o sujeito de “trata-
se de”. Contudo, “tratar-se de” é estrutura de “VTI+SE”, que configura “sujeito
indeterminado”. Ora, se o sujeito é indeterminado, o “SE” indeterminador é
incompatível com a presença do sujeito simples utilizado incorretamente na frase:
“crescimento”.
Em suma, não deveria haver sujeito nenhum. Se há sujeito simples, não deve
haver “SE” indeterminador do sujeito e vice-versa. Questão correta.
7. (CONSULPLAN / Ass. Manutenção / CBTU / 2014)
No trecho “Viveu-se nesse tempo sob a imposição de atos institucionais, [...]”,
percebe-se que o sujeito do verbo “viver” está
a) oculto.
b) explícito.
c) implícito.
d) indeterminado.
Comentários:
Verbo instransitivo, de ligação ou transitivo indireto + SE é indicação de
sujeito indeterminado.
Na questão, temos o verbo intransitivo “viver”+ SE e o sujeito não é conhecido
(quem viveu?). Então, temos as pistas sintática e semântica que caracterizam o
sujeito indeterminado. Gabarito letra D.

Indeterminação do sujeito pelo uso do


infinitivo impessoal:
No caso de indeterminação do sujeito pelo uso de um verbo no infinitivo, por não
haver concordância com nenhuma pessoa, a ação verbal é descrita de maneira
vaga, sem revelar o agente que pratica a ação. Veja:
Ex: Praticar esportes regularmente é muito importante. (o agente é genérico,
indefinido; não determinamos quem vai “praticar esportes”. O sujeito do verbo
“praticar” é, portanto, indeterminado. Já o sujeito do verbo “ser” vai ser a oração
sublinhada.)
Ex: Instruções: lavar as mãos com álcool... (quem lava? Agente genérico)
Se o verbo no infinitivo estiver flexionado, então está fazendo concordância com
um sujeito visível na sentença. Nesse caso, não há sujeito indeterminado.
Ex: É necessário passarmos por aquele caminho. (Aqui, a flexão do infinitivo
“denuncia” o sujeito “nós”; então, nesse caso, temos determinação do agente.)
Registre-se que as técnicas de indeterminação do sujeito são estratégias textuais
para omitir o agente de um verbo, caso não queira ou saiba precisar a “autoria”

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de uma ação.

Sujeito x Referente:
Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que
um termo (substantivo, pronome, etc) desempenha na oração.
Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase
e não necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere.
Na maior parte dos casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo
ter um “sujeito” diferente do seu “referente”. Veja:
Ex: Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todas os dias.
(Na primeira oração, “os meninos” é o sujeito de “jogar” e também o referente de jogar,
pois são os meninos que jogam).
(Na segunda oração, “os meninos” é apenas o ‘Referente” de “jogar; sintaticamente, o
sujeito está oculto, omitido, elíptico, mas o referente, no mundo das ideias, é ainda “os
meninos”). Observe o trecho:
[Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam futebol todas os dias.
Ex: Vi os meninos que jogam futebol.
(Agora, na oração sublinhada, “os meninos” continuam sendo o referente, pois,
semanticamente, são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome
“que”. Nesse caso, referente e sujeito não coincidem).

Ex: Uma dezena de médicos avaliou o candidato.


(Nessa oração, o verbo “avaliou” concorda no singular com o núcleo do sujeito “dezena”;
porém, semanticamente, o referente da ação é “médicos”, pois são os médicos que de
fato avaliam).

8. (CESPE / SEDF / 2017)


Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham
consultado durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”.
Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente.
No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.
O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram” é indeterminado.
Comentários:
Quem disse isso? Ora, foram os escritores. Então, o sujeito está determinado sim!
Nessa oração “Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente” o

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sujeito é oculto, já que, embora não conste expresso, isto é, escrito, na oração,
podemos recuperá-lo do contexto.
Questão incorreta.
9. (VUNESP / TJ-SP / Assistente Social Judiciário / 2017)
A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos
armados com fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.
Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio
das armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do
armamentismo: vai prolongar-se na criminalidade típica de uma população
armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil
está atrasado, como se indiferente, nas providências para essa emergência
social.
Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.
a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b) ... os venezuelanos fogem em massa
c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...
d) Seu número cresce.
e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio
das armas
Comentários:
Vamos sublinhar o sujeito:
a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b) ... os venezuelanos fogem em massa
c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...
d) Seu número cresce.
Na letra E, o sujeito não está presente na oração, mas podemos inferir sua
identidade pelo contexto:
e) (A decisão) Sugere que Maduro prevê ...
Gabarito letra E.
10. (CESPE / SEDF / 2017)
Um estudo da FGV aponta que 80% dos professores de educação infantil têm
nível superior completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram
que a formação dos professores das instituições públicas continua melhor.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente
apresentado, julgue o item que se segue:
O sujeito da forma verbal “mostram”, que está elíptico, tem como referente
“Os dados”.

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Comentários:
Vamos observar que há dois verbos na linha 6.
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor...].
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [(os dados) mostram que a formação dos
professores das instituições públicas continua melhor...].
O primeiro verbo, “correspondem”, tem como sujeito “os dados”. Já o segundo
verbo, “mostram”, não tem um sujeito expresso. O sujeito está elíptico, omitido.
No entanto, sabemos que são “os dados que mostram”, então podemos recuperar
o referente desse verbo no contexto. Essa é o caso clássico de “sujeito oculto,
elíptico, desinencial”. Questão correta.

Oração sem sujeito:


A oração sem sujeito pode tomar várias “formas”, vejamos as principais:
Fenômenos da natureza:
Ex: Choveu ontem.
Ex: Anoiteceu.
Verbos ser/estar/fazer/haver/parecer impessoais com sentido de
fenômenos naturais, tempo ou estado.
Ex: Faz 2 anos que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
Ex: Parecia cedo demais.
Ex: São 7 horas da manhã, acorde!
OBS: O caso mais cobrado de oração sem sujeito é o uso do verbo “haver”
impessoal (com sentido de “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”)
Ex: “Há pessoas ruins no mundo”.
Ex: “Houve acidentes graves na avenida”.
Ex: “Há dois anos não fumo”.
Na oração “Há pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas ruins no mundo”
é apenas “objeto direto” de “haver” (verbo impessoal), por isso não há flexão. O
objeto direto não faz o verbo se flexionar (ir ao plural), isso é papel do sujeito.
Por outro lado, na oração “existem pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas
ruins no mundo” é sujeito do verbo “existir” (verbo pessoal, com sujeito), por
isso há flexão.

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IMPORTANTE: Lembre-se de que o verbo haver impessoal (ou outro impessoal


que o substitua) vem sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que
formam locução com ele:
Ex: Há mil pessoas aqui.
Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Ex: Deve fazer 3 anos que não fumo.
Ex: Deve ir para 2 meses que não fumo.
Então, na locução, o verbo auxiliar também fica em forma de singular! Se o verbo
for pessoal, como “existir”, aí o verbo auxiliar se flexiona normalmente:
Ex: Existem mil pessoas aqui.
Ex: Devem existir mil pessoas aqui.
Essa lógica é vista na aula de concordância, mas está estritamente relacionada ao
tipo de verbo e à existência ou não do sujeito.
OBS: Orações como “basta/chega de brigas!”, “era uma vez uma linda princesa” e “dói
muito nas minhas costas, Doutor” também são classificadas como orações sem sujeito.

11. (CONSULPLAN / CÂM. DE BH / PROCURADOR / 2018)


Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...]
os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem
a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de
13 anos.” é possível observar ocorrência de oração sem sujeito trazendo
verbo impessoal que se apresenta na terceira pessoa do singular.
Comentários:
Sim. “Há quase dois séculos” traz uma oração sem sujeito, com verbo “haver
impessoal” indicando tempo decorrido. Logo, o verbo deve permanecer na terceira
pessoa do singular. Questão correta.
12. (Prefeitura Martinópolis / Professor / 2017)
Em: “Ainda é cedo”, temos:
a) Sujeito simples.
b) Sujeito composto.
c) Sujeito desinencial.
d) Sujeito indeterminado.
e) Oração sem sujeito
Comentários:
O verbo “ser” indicando tempo ou fenômeno da natureza indica uma oração sem

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sujeito. Ações da natureza são consideradas espontâneas, sem agente.


Gabarito letra E.
13. (CESPE / TRT-MT / 2016)
“Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...”
O termo “dúvida” exerce a função de sujeito na oração em que ocorre.
Comentários:
O verbo “haver” é impessoal, não tem sujeito. “Dúvida” exerce função de objeto
direto do verbo “haver”. Questão incorreta.
14. (FUNDATEC / IGP-RS / Perito Criminal / 2017)
Agora, pensa-se que essa mesma proporção seja inferior a 10%, e a
queda continua. “Essa é a melhor notícia do mundo atual”, disse Jim Yong
Kim, presidente do Banco Mundial.
Julgue o item a seguir.
A frase sublinhada representa o sujeito da forma verbal pensa, a qual se
encontra na voz passiva sintética.
Comentários:
Exatamente. A oração sublinhada é sujeito de “pensa”. Como temos VTD+SE,
temos estrutura de voz passiva sintética ou pronominal:
pensa-se que essa mesma proporção seja inferior a 10%
pensa-se [ISTO]
[ISTO] pensa-se (voz passiva sintética, com SE apassivador)
[ISTO] é pensado (voz passiva analítica)
Questão correta.
15. (CESPE / TRT-MT / 2016)
...verifica-se a existência de matas e de estradas rurais em condições ruins
ou onde é necessário o uso de barcos para chegar à seção eleitoral. É
importante lembrar, ainda, que, quando não havia a urna eletrônica —
facilitadora do voto —, o analfabetismo e os problemas de saúde dos idosos
poderiam comprometer a obtenção de um voto corretamente lançado (escrito
a caneta) na cédula de papel.
Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito
anos e facultativo para analfabetos...
Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma
função sintática nas orações em que ocorrem.
Comentários:
É necessário o uso de barcos > O uso de barcos é necessário.
Sujeito

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Estabeleceu-se o voto obrigatório > O voto obrigatório foi estabelecido.


Sujeito

Ambos os termos em destaque exercem função sintática de sujeito, com a distinção


de que o segundo sujeito é paciente, numa estrutura de voz passiva sintética
(VTD+SE). Questão correta.

Objeto direto (OD):


Alguns verbos não pedem complemento nenhum, pois costumam ter seu sentido
completo em si mesmo. São chamados então de intransitivos:
Ex: Joana corre todos os dias.
Ex: O tempo passa.
Ex: O povo não vive, sobrevive.
Os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento. Se o verbo for
transitivo direto, seu complemento é direto, sem preposição (Vendi carros). Se
for transitivo indireto, seu complemento é indireto, pede uma preposição (Gosto
de carros)
O objeto direto é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem
preposição. O verbo se liga ao seu objeto diretamente, isto é, “transita” até o
complemento sem “passar” por uma preposição.
Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons)
Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.)
O OD também pode ter forma de uma oração:
Ex: Pedi que me ajudassem logo no início.
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])
Nesse caso, o objeto direto será uma oração subordinada substantiva objetiva
direta, ou, em termos mais simples, um objeto direto oracional. Não se preocupe
com esse nome, essas orações são estudadas na aula de conectivos e serão
detalhadas adiante nesta aula.

Objeto Direto Pleonástico:


“Pleonástico” remete a ideia de “repetido”. O OD pleonástico é representado por
um pronome que retoma um objeto direto já existente na oração, com finalidade
de ênfase.
Ex: Esta moto, comprei-a na promoção.
Ex: Aqueles problemas, já os resolvi.
Ex: Que você era capaz, eu já o sabia.

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Objeto Direto Interno, Intrínseco, Cognato:


São objetos diretos que compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo. O
núcleo do objeto vem acompanhado de um determinante.
Ex: Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.
Ex: Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro.
Ex: Depois da prova, dormi um sono tranquilo.
Ex: Choveu aquela chuvinha leve, uma delícia para estudar.
Observe que, em outros contextos, “dormir”, “viver”, “sangrar” e “chover” são
verbos intransitivos, não pedem nenhum objeto.
16. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar
a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João
Goulart, então recém-alçado à presidência do país sob o arranjo do
parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função
sintática de
A) sujeito.
B) predicado.
C) objeto direto.
D) objeto indireto.
E) adjunto adverbial.
Comentários:
“Promulgar” é verbo transitivo direto e pede um objeto direto, sem preposição:
promulgou algo > promulgou a primeira LDB brasileira.
Gabarito letra C.
17. (UFMG / UFMG / TÉC. EM ARQUIVO / 2018)
Todo mundo, alguns pouco, outros mais, faz esse tipo de coisa.
O termo destacado no texto classifica-se como
a) Objeto direto
b) Objeto indireto.
c) Predicativo do Sujeito.
d) Complemento Nominal.
Comentários:
Todo mundo faz “algo”, faz “esse tipo de coisa”. O termo sublinhado
complementa o verbo “fazer”, sem preposição. Temos então um objeto direto.
Gabarito letra A.

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18. (FGV / CÂM. DE SALVADOR / ASS. LEGISLATIVO / 2018)


“Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam
alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria”.
Sobre um componente desse segmento do texto, é correto afirmar que: o
termo “alguns teóricos” funciona como objeto direto.
Comentários:
Cuidado. O “sujeito”, quando vem após o verbo, pode ficar parecendo um objeto,
porque normalmente o sujeito vem antes e o objeto vem depois do verbo. Contudo,
o sujeito pode muito bem estar invertido. Quem acredita?
Alguns teóricos acreditam.
O termo sublinado é “sujeito”, não objeto. Questão incorreta.
19. (CONSULPLAN / Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
Assinale a alternativa em que o termo, ou trecho sublinhado, apresenta uma
função sintática DIFERENTE das demais.
a) “... elas têm valores fortes,...”
b) “... e que garantam os seus direitos.”
c) “A escola perdeu sua importância na socialização de crianças e jovens?”
d) “E, mesmo assim, têm sido as famílias a instituição protetora dos mais
novos!”
e) “... as ideologias socioculturais da juventude, do sucesso e da
instantaneidade ganharam grande relevância,...”
Comentários:
a) “... elas têm valores fortes,...” (têm algo; objeto direto de “têm”)
b) “... e que garantam os seus direitos.” (garantam algo; objeto direto de
“garantam”)
c) “A escola perdeu sua importância na socialização de crianças e jovens?” (perdeu
algo; objeto direto de “perdeu”)
e) “... as ideologias socioculturais da juventude, do sucesso e da instantaneidade
ganharam grande relevância,...” (ganharam algo; objeto direto de “ganharam”)
Os termos sublinhados são todos complementos verbais.
Já em em: [têm sido as famílias a instituição protetora dos mais novos], “as
famílias” é sujeito de “têm”, conforme percebemos pelo acento diferencial de
número plural: as famílias têm sido a instituição... Gabarito letra D.
20. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 2015)
A escala dos ataques a cristãos no Oriente Médio, na África Subsaariana, na
Ásia e na América Latina alarmou as organizações que monitoram a
perseguição religiosa. A maioria relata uma deterioração significativa nos
últimos anos.

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No que diz respeito às estruturas linguísticas do texto, julgue o item:


Na expressão “uma deterioração significativa", “deterioração" é o núcleo do
objeto direto.
Comentários:
A maioria relata algo. Relata “uma deterioração significativa". O termo
“deterioração” é o núcleo do objeto direto, pois é o termo central, que recebe os
determinantes “uma” (artigo) e “significativa” (adjetivo). Questão correta.
21. (CESPE / Instituto Rio Branco / 2012)
No período “Que Demócrito não risse, eu o provo”, o verbo provar
complementa-se com uma estrutura em forma de objeto direto pleonástico,
com uma oração servindo de referente para um pronome.
Comentários:
Organizando, temos:
Eu provo [que Demócrito risse (ria)]
Eu provo [isto] > eu o provo
Então, percebemos que o objeto de “provo” está na forma de uma oração, e o
pronome “o” retoma essa oração, de forma que temos a repetição do objeto.
Portanto, temos um objeto pleonástico. Questão correta.

Objeto indireto:
É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu
objeto indiretamente, por via de uma preposição.
Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de
algo/alguém).
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém).
O objeto indireto também pode ter forma de uma oração (oração subordinada
substantiva objetiva indireta):
Ex: Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração desenvolvida)
Ex: Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)
O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida)
Ex: “Às violetas, não lhes poupei água”.
Ex: Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso.
Os “pronomes” exercem função de objeto indireto pleonástico, pois apenas
repetem o objeto indireto que já estava na sentença.

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22. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)


... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber,
que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função
sintática no período em que ocorrem.
Comentários:
Temos ‘vir DE+Aí’ (vir daí) e ‘vir DE+A ignorância’ (vir da ignorância). Em ambos
os casos temos objetos indiretos do verbo “vir”. Questão correta.
Obs: Verbos como VIR/IR/CHEGAR seguidos de um “lugar físico” tradicionalmente
classificados como Verbos Intransitivos que exigem um “complemento circunstancial de
lugar”. Contudo, é possível também considera-los como transitivos indiretos, quando o
complemento não indica exatamente um “lugar físico”, destino/origem de um movimento.
Essa controvérsia gramatical, no entanto, não faria diferença nessa questão e nem faz em
questões de “sujeito indeterminado”, uma vez que tanto Verbos Intransitivos + SE quanto
Verbos Transitivos indiretos + SE vão igualmente indicar que o SE indetermina o sujeito.

Objeto direto preposicionado:


Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida
no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse
caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”. Vejamos os casos mais
relevantes para os concursos:

Principais casos:
✓ Quando o objeto direto for um pronome oblíquo tônico ou “quem”.
Ex: Vendemos a nós mesmos. (“vender” é VTD, mas o complemento “nós” é um
pronome oblíquo tônico; nesse caso, a preposição “a”, é obrigatória)
Ex: “Nem ele entende a nós, nem nós a ele” (“entender” é VTD)
Ex: Encontrou o funcionário a quem tinha demitido. (“demitir” é VTD, mas o
complemento “quem” pede essa preposição “a”.)

✓ Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar”


e “aprender”.
Ex: Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (“Surfar” é
objeto direto de “ensinar”; “nadar” é o objeto direto do verbo “aprendi” e, por estar
no infinitivo, a preposição “a” também é obrigatória)

✓ Quando houver dupla possibilidade de referente, ou seja, ambiguidade:


Ex: A onça ao caçador surpreendeu./ À onça o caçador surpreendeu.
(se retirarmos a preposição, teríamos “a onça o caçador surpreendeu” e você
poderia se perguntar quem surpreendeu quem, já que haveria ambiguidade na

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frase.)
Ex: Considero Ricardo como a um pai. (como “considero um pai”)
Sem a preposição, a leitura seria:
Considero Ricardo como um pai (como um pai “considera” — “pai” é sujeito).

✓ Quando o objeto indicar reciprocidade:


Ex: O menino e a menina ofenderam-se uns aos outros.
Nos casos abaixo, a preposição acompanhando o objeto direto geralmente aparece
por ênfase ou tradição.

✓ Com alguns pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas:


Ex: “Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?”
Ex: “A quantos a vida ilude!”
Ex: "A estupefação imobilizou a todos."
Ex: "A tudo e a todos eu culpo."
Ex: "Como fosse acanhado, não interrogou a ninguém."

✓ Quando o OD for um nome próprio.


Ex: Busquei a José no aeroporto.

✓ Quando o objeto direto for a palavra “ambos”


Ex: Contratei a ambos para minha empresa. (“contratar” é VTD)

✓ Quando houver reforço ou exaltação de um sentimento (normalmente


com nomes próprios ou por eufonia):
Ex: Ele ama a Deus e não teme a Maomé.
Ex: Judas traiu a Cristo.
Ex: Fizeram sorrir, sem dificuldade, a Tamires.

✓ Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-


lhe realce:
Ex: A você é que não enganam!

✓ Em construções paralelas com pronomes oblíquos (átonos ou tônicos) do tipo:


Ex: “Mas engana-se contando com os falsos que nos cercam. Conheço-os, e
aos leais”

Há implicações semânticas no uso do OD preposicionado:


Ex: Comi o pão (comi o pão todo) X Comi do pão (comi parte do pão)
Ex: Cumpri o dever X Cumpri com o dever (ênfase)
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Outros exemplos importantes: fazer com que ele estude, puxar da faca,
arrancar da espada, sacar do revólver, pedir por socorro, pegar pelo braço,
cumprir com o dever…
Objeto direto preposicionado partitivo: beber do vinho, comer do bolo, dar do
leite..

Obs 1: na passagem para a voz passiva, a preposição desaparece:


Ex: Cumpri com o dever> O dever foi cumprido (por mim).

Obs 2: A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, se


possível, deve ser feita com pronome “o”, “a”, “os”, “as”, não se faz com –“lhe”.
Amar a Deus -> amá-lo; convencer ao amigo -> convencê-lo.

23. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)


Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal
que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal
“absolveria”.
Comentários:
O verbo “absolver” não pede preposição; logo, não pede objeto INDIRETO. A
preposição que está ali configura um objeto direto preposicionado. Com o pronome
indefinido “todos” como objeto direto, acrescentamos a preposição, constituindo
um objeto direto preposicionado. A propósito, isso também ocorre com os
pronomes “quem” e “ninguém”. Questão incorreta.
24. (CESPE / TCE-PA / 2016)
Julgue correto ou incorreto o item que se segue, referente aos aspectos
linguísticos do texto.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os
tolos temem a lobisomem e feiticeiras” , a preposição “a” poderia ser
suprimida.
Comentários:
O verbo “temer” é transitivo direto, não exige preposição, portanto seu
complemento verbal será um objeto direto. Todavia, existe uma preposição, “a”,
entre o verbo e seu objeto. A preposição “a” utilizada no trecho introduz um objeto
direto preposicionado, para reforço ou exaltação de um sentimento. Trata-se
do mesmo caso de “amar a Deus”. Portanto, a preposição, por não ser obrigatória
pela regência do verbo, poderia ser suprimida. Questão correta.

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25. (CESPE / TRT-MT / 2016)


Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos
morais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais...
Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...
Os verbos “impor” e “dispor”, empregados, respectivamente, nas linhas,
recebem a mesma classificação no que se refere à transitividade.
Comentários:
Nós classificamos os verbos quanto à transitividade de acordo com o complemento
verbal que eles pedem naquele contexto. Se o verbo demandou complemento
com preposição, temos um Objeto Indireto; se demanda complemento sem
preposição, temos um objeto Direto.
Mas não confunda: no objeto direto preposicionado, a preposição, mesmo
quando obrigatória, é exigência do complemento, não do verbo.
...o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...> Quem dispõe, dispõe de
alguma coisa > o eleitor dispõe da melhor arma > OI, VTI.
...os preceitos morais que impõem a necessidade...> Quem impõe, impõe alguma
coisa > A necessidade é complemento sem preposição> OD, VTD.
“Impor” é VTD. “Dispor” é VTI. Logo, esses verbos não têm a mesma classificação.
Questão incorreta.
26. (FEPESE/ Auditor / Pref. Friburgo SC / 2017)
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
Aos inimigos, não lhes daremos o prazer da vingança. (o termo sublinhado é
um objeto indireto pleonástico).
Comentários:
Sim. Temos dois objetos indiretos repetidos para o verbo “DAR”: “aos inimigos” e
“lhes”. Logo, temos um objeto indireto pleonástico. Questão correta.

Complemento Nominal:
É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo
ou advérbio), com preposição. Parece um objeto indireto, com a diferença de que
não completa o sentido de um verbo, mas sim de um nome.
Ex: Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um
substantivo com transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de
algo/alguém).
Ex: João era dependente de café (Dependente é um adjetivo e pede um
complemento, preposicionado. Dependente de quê? DE café)
Ex: O juiz decidiu favoravelmente ao autor (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz

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decide favoravelmente a quem/quê? AO autor)


O complemento nominal (CN) também pode ter forma de uma oração:
Ex: O cão sentia falta de que brincassem com ele.
Ex: O cão sentia falta de brincar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo)
Ex: João tinha consciência de que precisava passar.
Ex: João tinha consciência de precisar passar. (Aqui, a oração está reduzida de
infinitivo)

Adjunto adnominal:
Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes
características, qualidade ou estado. Os adjuntos adnominais têm função adjetiva,
ou seja, modificam termo substantivo.

Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo

Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros”
e atribuem a ele características como quantidade, qualidade, posse. Observe que
esses termos não foram exigidos pelo nome “carros”, mas sim acrescentados por
quem fala ou escreve.
Vejamos outros exemplos de adjunto adnominal:
Ex: O pobre do rapaz atropelou o azarado do gato.
Ex: Ouro em pó/em barras.
Ex: Barco a vela/a vapor/a gasolina

ATENÇÃO!

Adjunto adnominal X Complemento Nominal


Esse tema é queridinho de qualquer banca. Vamos entender isso de uma vez por
todas!
Na verdade, esses dois termos são bem diferentes! Há um único caso em que ficam
parecidos e geram muita dúvida, mas é esse caso que cai em prova rs...

Diferenças:
✓ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e
advérbios. O adjunto adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo
preposicionado se ligar a um adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é
complemento nominal.
✓ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto
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pode ser ou não. Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai
ter que ser Adjunto.
✓ O Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos (sentimento; ação;
qualidade; estado e conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes
concretos e abstratos. Então, se o nome for um substantivo concreto,
vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN.
✓ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não
seja “de”, normalmente será CN. Se a preposição for “de”, teremos que
analisar os outros aspectos.

Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso:
substantivo abstrato com termo preposicionado (“de”). Nesse caso, teremos
que ver alguns critérios de distinção.

 O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.


 O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um
adjetivo equivalente: adjunto adnominal.
✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento
Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se
aquele nome for transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso
ocorre porque o complemento nominal é “como se fosse” o objeto indireto
de um nome.
Vamos analisar os termos sublinhados e aplicar essa teoria:

As duas meninas de branco sorriram com medo de mim.


“As” e “duas” se ligam a substantivo concreto e não são preposicionados: Adjunto;
“de branco” é termo preposicionado, mas se liga a substantivo concreto, então não
pode ser CN, é adjunto também. “Medo” é substantivo abstrato, indica sentimento.
A relação é paciente, pois “mim” não é quem está com medo, mas o objeto do
medo. Portanto, temos um complemento nominal.

O abuso de remédios é prejudicial à saúde da mulher.


“de remédios” se liga a substantivo abstrato (“abuso” – derivado de ação) e tem
sentido passivo. Por isso, não pode ser adjunto, é complemento nominal. “à
saúde” é termo preposicionado ligado a adjetivo (“prejudicial”). Se o termo é
ligado a adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal. Para
confirmar isso, observe que o sentido é passivo, pois “a saúde é prejudicada.
Já “da mulher” se liga ao substantivo “saúde”, que é abstrato. A mulher é agente,

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tem a saúde e há claro sentido de posse; então, temos um adjunto adnominal.


Para confirmar isso, poderíamos substituir a locução “da mulher” pelo adjetivo
“feminina”, mantendo exatamente o mesmo sentido e função sintática. Estamos
fazendo um exercício, nem sempre todos os critérios serão satisfeitos ao mesmo
tempo. A principal distinção deve sempre ser: “sentido passivo” (CN) x sentido
ativo/posse (AA)

As pessoas da família nem sempre são favoráveis ao trabalho dos filhos.


“da família” se liga ao substantivo concreto “pessoas”, então só pode ser adjunto
adnominal; “ao trabalho” é termo preposicionado ligado ao adjetivo “favoráveis”.
Se está ligado a adjetivo ou advérbio, só pode ser Complemento Nominal.
Observe também que se transformarmos “favorável” em verbo, teremos um
complemento verbal: favorecer o trabalho. Essa necessidade de complementação
também é pista para o sentido do complemento nominal.
Além disso, observe o papel de alvo de “favorável”, sentido paciente, outra
característica do CN. “dos filhos” é termo preposicionado ligado a substantivo
abstrato, trabalho (ação). Então, poderia ser CN ou Adjunto. Tiramos a dúvida pelo
teste do agente/paciente: os filhos trabalham, têm o trabalho, são agentes. Além
disso, há sentido de posse. Trata-se, portanto, de adjunto adnominal.
Pessoal, sempre tente “matar” a função sintática dos termos pelas diferenças. Se
for caso de substantivo abstrato ligado a termo preposicionado (“de”), aí tente ver
se é possível substituir perfeitamente por um adjetivo.
Se ficar a dúvida, veja se o sentido do termo preposicionado é agente ou paciente.
Esse deve ser o último critério.

Adjunto Adnominal x Complemento Nominal

Substituível por adjetivo Não pode ser substituído por um


perfeitamente equivalente adjetivo perfeitamente equivalente

Substantivo Concreto. Também pode


Só complementa Substantivo
ser Abstrato com sentido ativo, de
Abstrato (Sentimento; ação;
posse, ou pertinência. Se for concreto,
qualidade; estado e conceito).
só pode ser adjunto.

Refere-se a advérbio, adjetivos e


Só modifica substantivo: Então,
substantivo abstratos. Então, termo
termo preposicionado ligado a
preposicionado ligado a adjetivo e
adjetivo e advérbio nunca será
advérbio só pode ser Complemento
adjunto adnominal. Nominal.

Sempre preposicionado. Quando o


Nem sempre preposicionado.
termo é ligado a substantivo abstrato
Qualquer preposição, inclusive de
e a preposição diferente de “de”,
pode indicar adjunto adnominal.
normalmente temos CN.

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27. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da
redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das
inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações.
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela
presença de “decorrente”, sendo as inovações uma das quatro causas da
crescente internacionalização mencionadas no texto.
Comentários:
Os complementos nominais do adjetivo “decorrente” estão enumerados:
“decorrente” da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade
das inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações
O termo “das inovações” se refere a “velocidade” e constitui mero adjunto
adnominal, pois seu sentido é de posse/pertinência: “as inovações são velozes,
têm velocidade”. Questão incorreta.
28. (Instituto Excelência / Procurador Jurídico / 2017)
Considere o seguinte período e julgue o item em certo ou errado:
“Diz que seus filhos pequenos se assustaram, mas depois foram brincar nos
galhos tombados”.
Nessa construção, os adjetivos “pequenos” e “tombados” exercem a função
de Adjunto adnominal.
Comentários:
O adjunto adnominal vem ligado (junto) ao substantivo, modificando-o, atribuindo-
lhe alguma característica: Filhos pequenos e Galhos tombados.
A propósito, o adjetivo só exerce duas funções sintáticas: adjunto adnominal e
predicativo. Questão correta.
29. (FGV /Auditor Fiscal de Cuiabá / 2016)
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de tem sua presença
na frase por uma exigência de um termo anterior.
a) “minha memória traz os tempos de estudo”
b) “meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos”.
c) “tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir”.
d) “uma roda de conversa na escola”
e) “nos permite entrar em contato de forma sistemática”.
Comentários:
A banca fala de “exigência de um termo anterior”. Isso é pista para um CN.
a) “minha memória traz os tempos de estudo”
“Tempos” é substantivo que não pede preposição! Além disso, a expressão

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preposicionada “de estudo” atribui uma especificação aos “tempos” (tempos


estudantis, tempos de estudante). Temos um adjunto adnominal.

b) “meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos”.


“Anos” é substantivo concreto e não pede qualquer complemento! Além disso, a
expressão preposicionada “de ensino médio” atribui uma qualificação, uma
especificação aos “anos”. O nome “anos” não exige essa preposição. Temos um
adjunto adnominal.

c) “tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir”.


“Consciência” é substantivo abstrato, é um sentimento, é um nome com
transitividade. (Quem tem consciência, tem consciência de alguma coisa). O
termo preposicionado é exigência do nome “consciência”, para completar o sentido
dele. Caso você tenha dúvida, veja também que o termo preposicionado, a oração
“de que um ensino inovador pode surgir” é aquilo de que se tem consciência, é
aquilo que é sabido, ou seja, tem valor paciente.
d) “uma roda de conversa na escola”
“Roda” é substantivo concreto; “de conversa” não é um complemento obrigatório
de “roda”, apenas uma adjetivação, uma especificação de “finalidade”. Temos um
adjunto adnominal.
e) “nos permite entrar em contato de forma sistemática”.
O termo preposicionado “de forma sistemática” poderia ser substituído por um
advérbio: sistematicamente. Apenas especifica o substantivo “contato”, é um
adjunto adnominal. Gabarito letra C.
30. (VUNESP / PC-SP / INVESTIGADOR / 2018)
Nos enunciados – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui
para atualizá-las. – e – Como a tecnologia de então não lhe permitia
avançar… –, os termos destacados são
a) acessórios da oração, ambos exercendo a função de adjunto adnominal.
b) integrantes da oração, ambos exercendo a função de objeto direto.
c) acessórios da oração: o primeiro é adjunto adnominal; o segundo,
complemento nominal.
d) integrantes da oração: o primeiro é objeto direto; o segundo, indireto.
e) essenciais da oração, ambos exercendo a função de sujeito.
Comentários:
Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Os termos integrantes
da oração são os complementos (verbais ou nominais) e o agente da passiva. Os
termos acessórios da oração são os adjuntos (adnominais e adverbiais) e o aposto.
Ambos os pronomes oblíquos átonos são complementos verbais, então são termos

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integrantes da oração:
Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. (atualizar
as ideias) — Objeto Direto. Gabarito letra D.
Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… (não permitia a ele (ao
autor) — Objeto Indireto.
A propósito, o LHE pode sim ser adjunto adnominal, quando tem valor “possessivo” e
equivale a “dele (a)(s)”: Ela está muito triste. Roubaram-lhe as joias (joias dela – LHE –
Adj.Adn.)

Predicativo do sujeito:
É a qualificação/estado/caracterização que se atribui ao sujeito, normalmente por
via de um verbo de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se;
andar; virar; continuar. Vejamos os exemplos mais comuns e as diversas “formas”
como aparecem.
Ex: Ela continuava pomposa, mesmo na miséria. (Predicativo na forma de
adjetivo)
Ex: Mesmo celebridades ficam nervosas diante da mídia. (Predicativo na forma
de adjetivo)
Ex: O violão é de madeira rara. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Todos estão sem paciência. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Você é dos meus. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: O mundo é um moinho. (Predicativo na forma de substantivo)
Ex: O governo virou o maior inimigo do povo. (Predicativo na forma de
substantivo)
Ex: Lá em casa, somos quatro. (Predicativo na forma de numeral)
Ex: É necessário que estudemos mais. (Predicativo de um sujeito oracional)
Ex: O problema foi considerado como insolúvel. (Predicativo com preposição
acidental)
Ex: João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de pronome
demonstrativo)
Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma
qualidade do sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação.
Ex: O homem permaneceu no bar todo o tempo. (“no bar” é circunstância de lugar; “todo
o tempo” é circunstância de tempo. Nesse caso, “Permaneceu” é Verbo Intransitivo, não
é verbo de ligação!)
Ex: A professora saiu atrasada. (O verbo “sair” é intransitivo, e, mesmo assim, o
“atrasada” é predicativo do sujeito. Não é só verbo de ligação que acompanha predicativo
do sujeito! Quando ocorre ao lado de um verbo de “ação”, o predicativo do sujeito indica
o “estado/caracterização” do sujeito no momento da prática daquela ação.)

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31. (CESPE / CGM - JOÃO PESSOA / 2018)


Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita
federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho”
virando corrupção.
Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção”, os termos ‘jeitinho’ e “corrupção”
funcionam como complementos diretos da forma verbal “temos”.
Comentários:
“Corrupção” é um predicativo do sujeito “jeitinho”, ligado a ele por um verbo de
ligação (virando – “jeitinho” tornando-se “corrupção”: mudança de estado).
Questão incorreta.
32. (FADESP / COSANPA / ADM / 2017)
No enunciado “e eu voltei maravilhado à Redação”, o termo sublinhado tem
a função sintática de
a) aposto.
b) adjunto adnominal.
c) predicativo do sujeito.
d) complemento nominal.
Comentários:
Ex: Eu voltei maravilhado.
“maravilhado” é um estado/qualidade atribuído ao sujeito. Logo, temos um
predicativo do sujeito. Observe que o verbo “voltei” não é de ligação, o que prova
que não é necessário verbo de ligação para a existência do predicativo. Trata-se
de um predicado verbo-nominal, pois tem predicativo e verbo de ação.
Gabarito letra C.
33. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos
saem em disparada, ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para
atender a alguém que nunca viram. Mas podem chegar à cena e encontrar
um amigo. Estão preparados. O espaço para a emoção é pequeno em um
serviço que só funciona se apoiado em seu princípio maior: a técnica.
Os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos
períodos em que se inserem.
Comentários:
“um amigo” é objeto direto de “encontrar”. Preparados é predicativo do sujeito
oculto do verbo de ligação “Estão”:
condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos estão preparados
Questão incorreta.

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34. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 2015)


A distopia é uma distorção ou uma mutação utopia, um sonho que se
transforma em pesadelo.
A expressão “uma distorção” funciona, sintaticamente, como objeto direto de
“A distopia”.
Comentários:
A expressão “uma distorção” funciona, sintaticamente, como predicativo do sujeito
“A distopia”. Observe que há um verbo de ligação entre os termos:
Ex: a distopia é uma distorção.
Questão incorreta.
35. (CCV / UFC / Aux. Administração / 2016)
A função sintática do termo destacado na frase: O Ubuntu é a melhor
versão para iniciantes é:
a) objeto direto.
b) adjunto adverbial.
c) adjunto adnominal.
d) predicativo do objeto.
e) predicativo do sujeito.
Comentários:
Olhe para o verbo antes do termo destacado: “É”. Sabemos que o verbo “ser” é de
ligação. Então, se o termo sublinhado está qualificando (melhor) o sujeito
(“Ubuntu”), por via de um verbo de ligação (“é”), temos um predicativo do sujeito.
Gabarito letra E.

Predicativo do objeto:
Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos
(verbos transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo.

Ex: Julgaram o réu culpado.


Obj. dir.

Ex: O povo elegeu-o senador.


Ex: Achei o filme bacana.
Ex: A bebida torna o homem verdadeiro.
Ex: Ele fez o método mais rápido.
Ex: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação.

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Ex: Nomearam meu primo Procurador da República.


Embora menos comum, o objeto indireto também pode ter predicativo.
Ex: Chamei ao político de ladrão.
Ex: Não gosto de você maquiada.
Ex: Sonhei com você, fantasiado de mulher.
Bechara traz alguns exemplos menos “intuitivos” de predicativo do objeto, vale registrar
aqui:
Ex: Tinham o réu como/por inocente.
Ex: Dou-me por satisfeito.
Ex: Quero João para padrinho.
Ex: Vi-a forte, mesmo na doença.

Predicativo do objeto X Adjunto Adnominal


Semanticamente, o predicativo é uma característica atribuída ao ser, transitória,
não é permanente/inerente. O adjunto adnominal, por sua vez, é uma
característica própria do ser, vista como inerente e definitiva.
Ex. Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação. (predicativo do objeto:
o sujeito atribuiu o estado de “irritação” à menina, uma característica vista como
transitória, é uma “opinião do sujeito sobre o objeto”)
Ex. A menina irritada da sala implica com todos. (adjunto adnominal: ela é
irritada por sempre, a característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela por
um sujeito).
Sintaticamente, para identificar a diferença entre um predicativo do objeto e um
adjunto adnominal, devemos substituir o objeto direto por um pronome (o, a, os
, as) e verificar se o termo permanece junto (adjunto) ou se separa do substantivo
(predicativo). Isso também pode ser testado na conversão para a voz passiva.
Veja:
Ex. Julguei as perguntas complexas.
Ex. Julguei-as complexas.
Ex. as perguntas foram julgadas complexas.
O adjetivo permanece separado, então é predicativo, que é termo independente.
Agora veja um exemplo hipotético em que teríamos um adjunto:
Ex. Resolveram as perguntas complexas.
Ex. Resolveram-nas.
Ex. as perguntas complexas foram resolvidas
O adjetivo desapareceu junto com o substantivo na pronominalização, então é
adjunto. Isso significa que o adjetivo permaneceu sempre “junto ao nome”, o que
confirma sua função sintática de “adjunto adnominal”.

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Predicativo do sujeito X Adjunto Adnominal


Além da diferença semântica mencionada acima:
(predicativo: estados / características transitórios x adjunto: estados / características
permanentes).
Há outras formas de distinção: o predicativo do sujeito pode aparecer distante do
sujeito, separado por pontuação. O adjunto adnominal deve ficar “junto ao nome”.
Ex. [O menino] chegou desanimado e foi dormir. (predicativo do sujeito,
“chegou e estava desanimado”.)
Ex. [O menino], desanimado, chegou e foi dormir
Ex. Desanimado, [o menino] chegou e foi dormir. (predicativo do sujeito,
“chegou e estava desanimado”. A pontuação e o deslocamento também indicam
que não é adjunto.)
Ex. [O menino desanimado] chegou e foi dormir. (adjunto adnominal,
característica inerente “ele é desanimado e chegou”, não é um característica
limitada ao momento de “chegar’.)
Por fazer parte do sujeito, o adjunto adnominal o acompanha. Se substituirmos
por um pronome, o adjunto “some” com o sujeito; teremos: Ele chegou.
Já o predicativo não faz parte do sujeito, não o acompanha; então, se o
substituirmos por um pronome, teremos: Ele chegou desanimado.

Tipos de Predicado:
Agora que sabemos reconhecer um predicativo, fica bem mais fácil conhecer o
predicado e seus tipos.
Os termos “essenciais” de uma oração são “sujeito” e “predicado”. Numa oração,
tudo que não for o sujeito será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo,
o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.
O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou
intransitivo), que indica “ação”, “movimento”: correr, falar, pular, beber, sair,
morrer, pedir.
Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação “comprar”,
transitivo direto)
Ex: João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de ação “gostar”,
transitivo indireto)
Ex: João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, intransitivo)
João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal.
O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo
que atribuiu uma característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa
característica vai ser ligada ao sujeito SEMPRE por um verbo de ligação (verbos

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de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer, continuar, andar).


Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Ex: João tornou-se rancoroso.
Ex: João está empolgado.
Ex: João anda animadíssimo.
Ex: João é servidor público.
O predicado VERBO-NOMINAL, por sua vez, é uma mistura dos dois acima: tem
verbo de ação e tem também predicativo.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo (não de ligação)+ Predicativo (do sujeito ou do objeto) Para efeito
didático, vamos “quebrar” essa estrutura em duas possibilidades:
1) Verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito
Ex: João saiu triste.
Ex: João sorriu desconfiado.
Ex: João, cansado, desistiu.
OBS: Aqui, temos não só a ação, mas também um estado/característica atribuído
ao sujeito no momento da ação.
Já podemos tirar algumas conclusões:
Só o predicado verbal não tem predicativo.
Predicativo pode acompanhar também verbos que não sejam de ligação.
Vamos à segunda possibilidade de predicado verbo-nominal, dessa vez com um
predicativo ligado ao objeto do verbo.
2) Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto
Ex: João achou a menina melancólica.
Ex: João julgou o réu culpado.
Ex: O povo elegeu o réu presidente.
Ex: Os pais tornaram os meninos atletas.
Ex: Douglas gosta da mãe animada.
Ex: O professor precisa da turma motivada.
Observe que se atribui estado/qualidade ao objeto.
36. (CONSULPLAN / CÂM. DE BH / PROCURADOR / 2018)
Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...]
os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem
a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de

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13 anos.” é possível observar ocorrência de predicado nominal, já que existe


verbo de ligação seguido de predicativo do sujeito.
Comentários:
Não há verbo de ligação algum, então o predicado não poderia ser nominal. Temos
predicado verbal, com verbo “ter”. Na outra oração, o verbo ‘haver’ não tem sujeito
para receber predicativo. Os termos “visuais” e “ de 13 anos” são adjuntos
adnominais, pois estão diretamente ligados ao substantivo, na mesma estrutura,
no mesmo sintagma. Questão incorreta.
37. (Quadrix / CRB 6ª Região / 2017)
Em "Tornar Visíveis os Invisíveis", pode-se afirmar que o termo "visível"
sintaticamente exerce a função de:
a) sujeito simples.
b) predicativo do objeto.
c) objeto direto.
d) predicativo do sujeito.
e) adjunto adnominal.
Comentários:
Organizando. Teremos a seguinte estrutura: tornar os Invisíveis Visíveis.
“os Invisíveis” é um termo substantivo na função de objeto direto de “tornar”.
Visíveis é um adjetivo qualificando esse substantivo, isto é, dando predicado ao
objeto “os Invisíveis”. Portanto, temos um predicativo do objeto.
Cuidado: “tornar” aqui não é verbo de ligação, pois não liga sujeito a predicativo.
O verbo de ligação é “tornar-se”, como em “Ele tornou-se (ficou) rancoroso”. A
propósito, a presença do artigo “os” mostra que “invisíveis” está substantivado e
portanto é o objeto, não o predicativo. Gabarito letra B.
38. (FGV / TJ-AL / ANALISTA / 2018)
O termo sublinhado abaixo que exerce uma função sintática diferente das
demais é:
a) “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que
sermos tolerantes...”;
b) “somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de
estar tornando-se irracionalmente intolerante”;
c) “O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga
mundial”;
d) “Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós
vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes”;
e) “No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz
africana”.
Comentários:
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Na letra E, temos “ataques contra religiões de matriz africana”. “Ataques” é


um substantivo abstrato derivado de ação, que pede um complemento. Observe
também que o termo sublinhado tem sentido passivo: as religiões são atacadas.
Dessa forma, temos um caso evidente de complemento nominal. Gabarito letra E.
Nas demais opções temos predicativos, temos indicativos de estado/característica
usados com verbos de ligação, como (ser, tornar-se, ficar).
39. (CESPE / TCE-PA / 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
Comentários:
Aqui, o verbo “tornar-se” está sendo utilizado como verbo transitivo direto. A
estrutura é: Tornar X alguma coisa; ou seja, tem um objeto direto e esse objeto
vai receber um predicativo:
tornar o mundo (OD) melhor (predicativo do OD)
tornar a lei(OD) mais rigorosa (predicativo do OD).
Questão correta.
40. (CESPE / TRE-PI / 2016) - Adaptada
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função
sintática, uma vez que atribuem característica ao termo “identidade”.
Comentários:
“Cultural” é adjetivo, termo ligado ao nome “identidade”. Funciona como adjunto
adnominal. “Estável” e “movediça” atribuem qualidade ao sujeito, por via de um
verbo ligação, “é”, o que não ocorre com “cultural”. Temos, então, dois predicativos
do sujeito.
Observe que, se trocássemos “identidade cultural” por um pronome, o adjunto
sumiria: ela é estável e movediça. Como vimos, isso confirma a função de adjunto
adnominal.
De fato, as três palavras atribuem característica, mas não exercem a mesma
função sintática. Questão incorreta.

Vocativo:
O vocativo é um chamamento, é termo externo, pois se remete ao ouvinte ou
leitor. É isolado na oração, sempre marcado por vírgulas ou pausas equivalentes.
O vocativo não é considerado um termo interno “da oração”, pois se refere ao

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interlocutor.
Ex: Paulo, preciso de ajuda aqui!
Ex: Mãe, passei para Auditor.
Ex: Pela ordem, Meritíssimo, a prova não consta dos autos.
41. (CONSULPLAN / Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
“Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que
a família decidiu entornar o caldo da sociedade?” O trecho sublinhado
apresenta-se entre vírgulas porque trata-se de
a) um vocativo. b) uma enumeração. c) uma expressão explicativa.
d) um adjunto adverbial deslocado. e) elementos coordenados assindéticos.
Comentários:
O termo “caro leitor” é uma invocação ao ouvinte, um referência ao interlocutor.
Trata-se de um vocativo, que deve vir marcado por pontuação. Gabarito letra A.

Aposto:
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou
resume outro termo da oração, normalmente com uma relação de “equivalência”
semântica .
O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume
um termo anterior; ou pode ser especificativo, quando especifica o
referente dentro de um universo.
O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões
intercaladas, geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões.
Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo (AA), pois não traz uma qualidade, traz
sim “outra forma” de se referir ao termo. O aposto não tem valor adjetivo.
Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto)
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir:
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito)
O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o
termo a que se refere, assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere
ao sujeito, pode virar o sujeito; quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto
direto...
Ex: Maria, a babá, virou empresária.
“a babá” é termo explicativo que vem entre vírgulas e pode substituir o sujeito
Maria: A babá virou empresária. É um aposto do sujeito.

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Ex: Gosto de vários animais - cães, gatos, pássaros.


“cães, gatos, pássaros” é termo explicativo que vem separado dos outros termos
e pode substituir o objeto indireto “de vários animais”. É um aposto de objeto
indireto. Isso mostra a “identidade e equivalência semântica” entre o aposto e o
termo a que se refere: Maria=Babá; Animais=Cães, gatos, pássaros...
Entendeu a lógica?? Vamos avançar...
Outros exemplos comuns de aposto:
Ex: O pior desafio, o da mudança, acaba sendo vencido.
Ex: Anderson Silva, ex-campeão peso-médio, tem 41 anos.
Ex: Roupas, móveis e eletrodomésticos, tudo foi destruído pelo tornado.
Ex: Tenho dois desejos, trabalhar e ser reconhecido.
Ex: Chegaram apenas dois alunos: Mário e Ricardo.
Ex: Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Ex: Ninguém quer estudar, fato que impede a aprovação.
Ex: Ninguém quer estudar, o que impede a aprovação. (nesses últimos dois casos,
o pronome demonstrativo “O” e a palavra “fato” se referem a toda oração
anterior...

OBS: O aposto “especificativo” não vem separado por


pontuação e individualiza o seu referente. Sua forma mais comum se
configura em um nome próprio especificando um substantivo comum. Veja:
Ex: O artilheiro Messi é o melhor da história.
Ex: A praia da Pipa é linda.
Ex: Ele cometeu crime de latrocínio.
Ex: A cidade do Rio de Janeiro sofreu com a especulação imobiliária.

Adjunto Adnominal X Aposto Especificativo


Ah, Felipe! Por que não posso dizer que “da Pipa” é um adjunto adnominal?
Porque não há valor adjetivo nem de posse. Veja:
O aposto especificativo “nomeia”. “Pipa” é a própria praia, não é que uma “Pipa”
tem uma “praia”, não há sentido de posse, há identidade semântica entre os
termos: Pipa=Praia. Pipa é o nome da praia, a preposição poderia ser até retirada
e isso se manteria: A praia Pipa.
Veja uma lógica diferente:
Ex: O clima do Rio de Janeiro

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Nesse caso, temos adjunto adnominal, pois não há identidade semântica entre
“Clima” e “Rio de Janeiro”, o Rio não é um clima. Porém, há sentido de posse, o
Rio tem o seu clima.
Da mesma forma, Crime=Latrocínio, o “latrocínio” é o próprio “crime”. O
“artilheiro” é o próprio “Messi”, o “Rio de Janeiro” é própria “cidade”, assim por
diante, ok?
42. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela
concorrência, visto que é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no
mercado internacional, de estabelecer permanência ou de engendrar saída,
que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança
o resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e
serviços.
Na linha 5, os dois-pontos introduzem um esclarecimento a respeito do
“resultado último dessa interatuação”.
Comentários:
É clássico o aposto explicativo vir após o sinal de dois-pontos, já que este serve
para anunciar um esclarecimento. O termo “o preço eficiente dos bens e
serviços” é justamente o esclarecimento do que é “o resultado último dessa
interatuação”. Questão correta.
43. (FCC / TRT 24ª Região / 2017)
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no
Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. (2o parágrafo)
No contexto, o trecho destacado veicula a ideia de
a) explicação.
b) proporção.
c) concessão.
d) finalidade.
e) conclusão.
Comentários:
O trecho destacado é uma informação acessória intercalada, entre vírgulas,
referente ao sujeito “artesanato”. Trata-se de um aposto explicativo.
Gabarito letra A.
44. (CESPE / Anvisa / 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o
Oscar Wilde iconoclasta”, haveria mudança do significado original do texto,
mas as funções sintáticas de “Oscar Wilde” e de “iconoclasta” permaneceriam
inalteradas.

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Comentários:
Lembre-se de que se as classes mudarem, o sentido também muda. Bastava isso
para saber que o item está errado.
“o iconoclasta Oscar Wilde” (iconoclasta é a pessoa)
Subst

“o Oscar Wilde iconoclasta” (iconoclasta é a qualidade)


Adj

O aposto especificativo tradicionalmente aparece na forma de um nome próprio


substituindo o um nome comum. Então, notamos que “Oscar Wilde” é um aposto
especificativo do substantivo comum “iconoclasta”.
No segundo caso (Oscar Wilde iconoclasta), “Oscar Wilde” é núcleo substantivo,
sendo modificado pelo adjetivo “iconoclasta”, com função de adjunto adnominal.
Então, a inversão causa mudança sintática, pois no aposto especificativo, o nome
próprio vem depois do comum, que está sendo especificado.
Outros exemplos de aposto especificativo, que pode ser preposicionado ou não:
Praia de copacabana; Meu filho Pedro; Crime de latrocínio; O cantor Renato
Russo. Questão incorreta.
45. (ESAF / Despachante Aduaneiro / 2016)
...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se,
apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um
homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse
rindo:
— Olhe, se não dá por ela; perdia-a de vez.
— É verdade, concordou Honório envergonhado.
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem
de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira
trazia o bojo recheado.
A palavra “envergonhado” e a expressão “quatrocentos e tantos mil-réis”
exercem, respectivamente, as funções de
a) adjunto adnominal e aposto.
b) predicativo de objeto e vocativo.
c) predicativo de sujeito e aposto.
d) adjunto adnominal e objeto direto.
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial
Comentários:
Vamos usar essa questão para fazer uma boa revisão das funções sintáticas.
O adjetivo pode ter duas funções sintáticas: adjunto adnominal ou predicativo (do
sujeito ou do objeto).

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O predicativo é o termo que atribui ao ser referido um “predicado”, ou seja, uma


característica, um estado, uma qualidade, uma condição. Em outras palavras, é
um estado/característica atribuído ao sujeito no momento da ação verbal.
Ex: A menina bonita morreu. (“bonita” é adjunto adnominal, pois está ligado
diretamente ao substantivo “menina”, núcleo do sujeito “a menina bonita”)
Ex: A menina é bonita. (“bonita” é predicativo do sujeito, pois está ligado
indiretamente ao substantivo “menina”, por via de um verbo de ligação)
Ex: Considerei a menina bonita. (“bonita” é predicativo do objeto direto, pois
atribui qualidade a “ a menina”, termo que é objeto direto do verbo “considerar”)
Na maioria esmagadora dos casos, o predicativo do sujeito é introduzido por um
verbo de ligação. Porém, pode ocorrer com outros verbos:
A menina saiu humilhada. (“humilhada” é adjetivo, atribui qualidade ao sujeito
“a menina”, então é predicativo do sujeito, mesmo sem a presença de um verbo
de ligação: “sair” é verbo intransitivo. Trata-se do estado da menina quando saiu.)
Esse é exatamente o caso da questão, temos um predicativo sem verbo de ligação:

Honório concordou envergonhado


Quem estava envergonhado? Honório. Então, “envergonhado” é um estado ligado
ao sujeito “Honório”, específico do momento da concordância. Logo, é um
predicativo do sujeito, mesmo sem verbo de ligação.
Para quem pensou que “envergonhado” era o “modo” do verbo, veja lembre que o
advérbio é invariável e que o predicativo, sendo um adjetivo, concorda com o
sujeito:

Ela concordou envergonhada


Portanto, se o termo variou com o sujeito, é porque está ligado ao sujeito, não ao
verbo. Já poderíamos então marcar a letra C.
O segundo termo é um aposto, termo que esclarece, desenvolve ou resume outro
termo anterior.
Ex: Os vilões da dieta, açúcar e fritura, são difíceis de resistir. (aposto do sujeito,
esclarece “vilões da dieta”.)
Ex: Encontrei a solução: estudar para concursos. (aposto do objeto direto,
esclarece “a solução”.)
Ex: Encontrei livros de Juliana, a representante de turma. (aposto do adjunto
adnominal “de Juliana”, esclarece quem é “Juliana”)
Vem quase sempre separado por pontuação, mas nem sempre:
Ex: Discordo dos professores João e Maria (aposto do objeto indireto, esclarece
“dos professores”, é um aposto especificativo)
Ex: Visitei a praia de Copacabana (aposto especificativo, especifica “praia”)

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Ex: O profeta Maomé foi um líder (aposto especificativo de “profeta”)


O aposto pode se referir a diversos termos sintáticos, é importante observar que
ele trará uma explicação ou desenvolvimento de sentido daquele termo.
Portanto, temos um aposto na questão:

Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e


a carteira trazia o bojo recheado.
O termo quatrocentos e tantos mil-réis está entre vírgulas e desenvolve o
sentido de “dívida”, esclarecendo a quantia. Trata-se de um aposto do objeto direto
“dívida”, observe que poderíamos até substituir um pelo outro:
Honório tem de pagar amanhã quatrocentos e tantos mil-réis
Gabarito letra C.

Adjunto adverbial:
É a função sintática do termo que se refere ao verbo para trazer uma ideia de
circunstância, como tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo,
oposição.
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
Ontem (adjunto adverbial de tempo)
de fome (adjunto adverbial de causa)
assim (adjunto adverbial de modo)
aqui (adjunto adverbial de lugar)
só (adjunto adverbial de modo)
Não é possível listar ou memorizar todas as possibilidades de adjunto adverbial.
Para a prova, se um termo indicar a circunstância de um verbo, especificar a forma
como aquele verbo é praticado, teremos um adjunto adverbial.
O adjunto adverbial também pode ser referir a um adjetivo, um advérbio e até a
uma oração inteira.
Ex: Ela é muito bonita. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o adjetivo
“bonita”; sua função é de adjunto adverbial)
Ex: Ela será aprovada muito provavelmente. (“muito” é um advérbio usado para
“intensificar” o advérbio “provavelmente”; sua função é de adjunto adverbial)
Ex: Infelizmente, o governo não vai resolver seus problemas. (“infelizmente” é
um advérbio que se refere à oração como um todo e expressa uma forma de
“julgamento/opinião” sobre seu conteúdo; sua função é de adjunto adverbial)
O adjunto adverbial também pode aparecer na forma de uma oração adverbial,
com circunstância de condição, causa, tempo, condição, finalidade, etc...

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Ex: Se eu pudesse, ajudaria. (oração adverbial condicional)


Ex: Está tudo molhado, porque choveu muito. (oração adverbial causal)
Ex: Quando for nomeado, tudo terá valido a pena. (oração adverbial temporal)

Observe que fatores como o tipo de verbo, a pontuação ou ausência dela pode
influenciar na função sintática. Veja que o mesmo adjetivo pode assumir ou
participar de várias funções sintáticas:
O menino continua rico. (predicativo do sujeito – o sujeito é rico)
O menino fez o pai rico. (predicativo do objeto – o pai -objeto- ficou rico)
O menino rico tinha carros esportivos (adjunto adnominal – junto ao nome)
O menino, rico, tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
Rico, o menino tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
O menino, um rico, tinha carros esportivos. (aposto – O menino = um rico)
O menino, apesar de ser rico, vivia endividado. (adjunto adverbial – indica
concessão)
Menino rico, ajude-me. (vocativo – o menino rico é o ouvinte)
*Observe que nos exemplos 4 e 5, o adjetivo com função de predicativo tem
sentido cumulativo de causa (rico = porque era rico).
46. (AOCP / TRT 1ª REGIÃO / TÉCNICO / 2018)
Julgue o item.
Em “E a imaginação é o palco em que a vivência dessas possibilidades é
encenada, por meio do jogo entre identificações e rejeições.”, o trecho em
destaque indica a causa de a imaginação ser considerada um palco, sendo,
portanto, um adjunto adverbial de causa.
Comentários:
O termo intercalado é um adjunto adverbial de “meio” ou “instrumento”, não há
sentido de causa. Questão incorreta.
47. (FUNDATEC / PC-RS / DELEGADO / 2018)
A seca persiste no Nordeste...
Sobre termos que constituem frases do texto, é correto dizer que: o termo no
Nordeste funciona como objeto indireto.
Comentários:
“No Nordeste” é a circunstância de lugar do verbo “Persistir”, o local onde a seca
persiste. Temos então adjunto adverbial de lugar. Questão incorreta.

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48. (CONSULPLAN / Arquiteto / Pref. Cascavel-PR / 2016)


Considerando-se as relações sintáticas estabelecidas nas orações que
compõem o período “Ao lidar com clientes cujas vidas foram terrivelmente
desvirtuadas, ao trabalhar com homens e mulheres nas salas de fundo dos
hospitais do Estado, sempre penso nesses brotos de batatas.”, é correto
afirmar que
a) o termo “vidas” classifica-se como sujeito de uma das orações que
compõem o período.
b) “desvirtuadas” apresenta-se como predicativo do objeto já que indica uma
característica específica.
c) a expressão “sala de fundo dos hospitais do Estado” indica um complemento
diretamente ligado ao verbo.
d) é possível identificar a presença de sujeito indeterminado considerando-se
uma das formas verbais apresentadas.
e) o período é formado por orações constituídas de sujeito composto, sujeito
simples e sujeito indeterminado, respectivamente.
Comentários:
a) o termo “vidas” classifica-se como sujeito da oração “vidas foram terrivelmente
desvirtuadas”. Esse é nosso gabarito.
b) “desvirtuadas” apresenta-se como predicativo do sujeito já que indica uma
característica específica deste termo.
c) a expressão “sala de fundo dos hospitais do Estado” indica uma circunstância
de lugar ligada ao verbo. Trata-se de um adjunto adverbial de lugar.
d) O sujeito é determinado “eu”. Sujeito indeterminado é aquele cuja identidade
não é conhecida.
e) Não há sujeito composto nem indeterminado no período.
Gabarito letra A.
49. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 2015)
A escala dos ataques a cristãos no Oriente Médio, na África Subsaariana, na
Ásia e na América Latina alarmou as organizações que monitoram a
perseguição religiosa. A maioria relata uma deterioração significativa nos
últimos anos.
A expressão “nos últimos anos" tem a função sintática de adjunto adverbial
de lugar.
Comentários:
Atenção: “nos últimos anos” indica tempo. Questão incorreta.

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Agente da passiva:
Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a
pratica é justamente o “agente da passiva”. Em outras palavras, é o agente de do
verbo numa sentença na voz passiva.
Quando transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da
passiva e o objeto direto vira sujeito paciente.

Ex: Eu comprei um carro>Um carro foi comprado por mim.


Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva

O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser


introduzido pela preposição “de”.
Ex: O mocinho foi cercado de zumbis.
50. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no
segmento:
Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
Comentários:
O termo pela força do lirismo é um agente da passiva, pois a voz ativa seria:
A força do lirismo cimenta toneladas de acontecimentos
O termo “de acontecimentos” é um determinante, um adjunto adnominal de
“toneladas”.
Questão incorreta.
51. (CONSULPLAN / CÂM. DE BH / TÉC. DE SEG. TRAB. / 2018)
Analise a frase: “Você acredita que nossos destinos são controlados pelas
estrelas?” e julgue o item a seguir.
“Pelas estrelas” atua sintaticamente como complemento verbal.
Comentários:
“As estrelas” controlam nossos destinos. Na voz ativa, é o sujeito, o termo agente.
Portanto, como temos uma sentença em voz passiva, “Pelas estrelas” atua
sintaticamente como agente da passiva. Questão incorreta.
52. (CESPE / TRT-MT / 2016)
“A par disso, quando se pensa no processo eleitoral — embora logo venha à
cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações como sujeitos de uma
trama que é ordinariamente vigiada por eles próprios e por órgãos estatais...”
“Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos
morais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais”

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Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função


de complemento verbal nos períodos em que ocorrem
Comentários:
Uma trama que é vigiada por eles próprios e por órgãos estatais.
Sujeito Locução agente da passiva agente da passiva
paciente voz passiva

“por órgãos estatais” exerce função sintática de agente da passiva. “dos preceitos
morais” é complemento verbal preposicionado (OI) do verbo “advir” (VTI; de).
Questão incorreta.
53. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Uma estrutura de VTS (Serviço de tráfego de embarcações) é composta
minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas
imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações
denominado automatic identification system, um sistema de comunicação em
VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e
hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta
minimamente de um radar” (L.1-2), fosse empregada a preposição por, em
vez da preposição “de”.
Comentários:
O agente da passiva pode ser introduzido pela preposição “de” no lugar do “por”:
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de (ou por) um radar
Questão correta.

Frase x Oração x Período:


Geralmente a banca pede para analisar período X ou Y e ver se uma determinada
substituição ou reescritura está correta. Temos que saber essas noções básicas
para localizarmos trechos que estão sendo objetos de cobrança. Vamos, então,
diferenciar os conceitos de frase, oração e período.

Frase é qualquer enunciado de sentido completo, que exprima ideias, emoções,


ordens, apelos, ou qualquer sentido que seja plenamente comunicado e
compreensível.
Ex: Socorro! / Deus lhe pague / Você está sendo filmado / Morra!
Uma frase pode ter verbo ou não. Se não tiver verbo, será uma frase nominal.
Ex: Que matéria fácil! / Fogo! / Cão Feroz / Arraial do cabo a 50km.
Se tiver verbo, será uma frase verbal, isto é, uma oração.
Ex: Comprei um cachimbo./ Ned Stark foi decapitado!

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Oração é a frase verbal. A marca da oração é ter verbo. Por essa razão, nem
toda frase é oração.
Ex: Cuidado com o cão.
Como não tem verbo, é frase nominal, não é oração.

Período é a frase vista como um todo, podendo conter uma ou mais orações
dentro dele. Um período com somente uma oração é um período
simples e essa oração será chamada de oração absoluta, pois é uma frase de
sentido completo, com verbo e não ligada a nenhuma outra; um período com
mais de uma oração é um período composto e essas orações poderão
estar ligadas por coordenação ou subordinação.
==116ed7==

Coordenação x Subordinação:
Na prática, o período é a unidade de texto que vai até uma pontuação definitiva,
que exija um recomeço com letras maiúsculas: um ponto final (.), uma exclamação
(!), uma reticência (...) ou uma interrogação (?). Para contarmos orações, o mais
prático é contar os verbos!
O período composto pode conter orações coordenadas, subordinadas ou ambos os
tipos, quando será chamado de período misto.

Muita teoria?? Vamos ver isso tudo na prática! Observe o parágrafo abaixo:

Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim
que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha
deixado em cima da mesa e nem lembrei... 1Apesar de ter esse
contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou não?

Primeiro período Segundo período. Terceiro Período


Frase nominal. 2 orações. 4 orações
Sem verbo unidas por coordenação unidas por subordinação

Quarto Período, Quinto período,


2 orações, 1 oração,
Unidas por subordinação período simples

Vejamos agora como as ligações nos períodos compostos se relacionam. Segue


abaixo um período composto por coordenação:

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1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.

Oração Independente Oração Independente


Oração principal Coordenada aditiva

Conjunção coordenativa aditiva

As orações do período acima estão unidas por coordenação, uma não depende
sintaticamente da outra, pois, ainda que separadas, ambas têm sentido
completo, autonomia, ou seja, são frases.
Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo)
Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo)

1Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário.

Oração subordinada concessiva Oração principal


Oração dependente Oração Independente

Locução
Concessiva

As orações do período acima estão unidas por subordinação, a subordinada


depende sintaticamente da principal, pois, quando separadas, a oração
dependente não tem sentido completo, é “fragmento”, ou seja, não forma frase.
Ex: Cheguei ao trabalho no horário. (sentido completo)
Ex: Apesar de ter esse contratempo... (sem sentido; fragmento; falta algo...)
O período misto é aquele que tem orações de ambos os tipos, misturadas.

1Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu
tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei...
Veja a mistura de tipos de orações: A oração 1 é subordinada temporal da 2; a 3
é subordinada substantiva objetiva direta da 2 (é OD de “perceber”); a 4 é
subordinada causal em relação à 3. A oração 5 é coordenada aditiva em relação à
2.Temos, então, coordenação e subordinação, ou seja, um período misto.
Essa estrutura complexa é a mais recorrente em prova, temos que treinar nosso
olho para ver tais relações.
Um outro detalhe: termos “coordenados” são termos listados, organizados, que
têm a mesma função sintática.

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Ex: Comprei 1roupas, 2calçados, 3acessórios.

Os termos “roupas”, “calçados” e “acessórios” são objetos diretos coordenados.


Então, é possível haver orações subordinadas que estejam “coordenadas num
período”. Veja esse período abaixo:
Ex: 1Quero 2que você goste do hotel e 3que volte.

As orações 2 e 3 são subordinadas, pois exercem função sintática na oração


principal, “quero”. Observe que elas são Objetos Diretos do verbo “querer”. Porém,
elas estão sendo “organizadas” por uma conjunção coordenativa, o “e”. Veja bem,
não é que a oração deixou de ser subordinada, ela apenas está sendo listada,
coordenada por um elemento coordenativo. Então, duas orações subordinadas
estão “coordenadas” no período.
OBS: Para contar orações, basicamente temos que contar os verbos. Contudo, em alguns
casos, teremos mais de um verbo e apenas uma oração:
1) Quando houver locução verbal: “Tentamos ser felizes”
2) Quanto tivermos um verbo expletivo, como na expressão ‘ser+que’: “Minha mãe é que
manda na casa”
É possível também haver duas orações e um verbo estar implícito. Isso ocorre com as
orações comparativas: Trabalho tanto quanto meu concorrente (trabalha).
Cuidado com verbos causativos (deixar, fazer, mandar etc) e sensitivos (ver, ouvir, sentir
etc), que formam falsas locuções verbais. As formas “deixe aborrecer”, “fez desistir”,
“mandei ir” etc. NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM
PERÍODO COMPOSTO.

54. (CONSULPLAN / Dentista / Pref. Cantagalo-RJ / 2013)


Assinale a alternativa que é frase, mas não é oração.
a) “Estão amargos.”
b) “Seria uma suave solução:...”
c) “Com uma infelicidade crua na alma.”
d) “Os vinhos envelhecem melhor ainda.”
e) “O problema da velhice também se dá com certos instrumentos.”
Comentários:
Frase é todo enunciado de sentido completo: Fogo!; Socorro; É probibido fumar;
João faleceu...
Observe que nem toda frase tem verbo. A frase que tem verbo é chamada de
oração. Por essa razão, a frase “Com uma infelicidade crua na alma” não é oração,
pois não trouxe nenhum verbo.
Gabarito letra C.

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Orações coordenadas:
Esse conteúdo é estudado na parte de “conjunções e conectivos”. Contudo,
precisamos revê-lo, agora com um olhar mais “sintático”.
Orações coordenadas são independentes, isto é, não exercem função sintática em
outra, ao contrário das subordinadas, que exercem função sintática na oração
principal (funções como sujeito, objeto, adjunto adverbial etc).
Na prática, é como se tivéssemos duas orações principais, perfeitas e completas
em seu significado. As orações coordenadas são ligadas por conjunções
coordenativas. Por terem conector (síndeto), são chamadas de sindéticas. As que
não trazem conjunção são chamadas de assindéticas.
As sindéticas podem ser Conclusivas, Explicativas, Aditivas, Adversativas e
alternativas. (Mnemônico C&A).
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois
(deslocado, depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim,
sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que,
porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porquanto não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e
não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só...
mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas, como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas,
porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou, ou...
ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.
55. (FGV / Especialista Legislativo / ALERJ / 2017)
Observe o seguinte período, retirado do livro O Crime do Padre Amaro, do
escritor português Eça de Queiroz:
“A tarde caía quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia
adiante, calada, chibatava a sua burrinha, enquanto d. Maria vinha palrando
com o moço da quinta, que segurava a arreata”.
Sobre a estrutura sintática desse segmento, a única afirmação correta é:
a) o primeiro período é composto por uma só oração;
b) o segundo período é constituído por coordenação e subordinação;

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c) o segundo período é formado por quatro orações;


d) no segundo período, o sujeito é o mesmo em todas as orações;
e) nos dois períodos há orações subordinadas de valor temporal.
Comentários:
a) o primeiro período, que vai até o ponto final após “cidade” é composto por duas
orações, pois temos dois verbos:
A tarde caía quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade.
A oração sublinhada é subordinada adverbial temporal. A outra é a oração principal
(A tarde caía)
b) o segundo período é constituído apenas por subordinação;
(1) Amélia adiante, calada, chibatava a sua burrinha, (2) enquanto d.
Maria vinha palrando com o moço da quinta, (3) que segurava a arreata”.
A oração (1) é a principal; a (2) é subordinada temporal e a (3) é subordinada
adjetiva.
c) o segundo período é formado por três orações;
Atenção, “vinha palrando” é uma locução verbal, então os dois verbos funcionam
como um só, formando apenas uma oração.
d) no segundo período, o sujeito da oração 1 é “Amélia”, o da oração 2 é “d.Maria”
e o da oração 3 é o pronome “que”, cujo referente é “O moço da quinta”.
e) nos dois períodos há orações subordinadas de valor temporal.
1) quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade.
2) enquanto d. Maria vinha palrando com o moço da quinta.
“Quando” e “enquanto” são conjunções subordinativas temporais e introduzem
orações com sentido de tempo.
Gabarito letra E.
56. (FAUEL / ADVOGADO / 2017)
“Ficaram pasmados, ao entenderem a gravidade da situação.”
Analisando o período acima, pode-se concluir que:
a) Na oração: “Ficaram pasmados” há predicado nominal, pois a palavra
“ficaram”, neste caso, é apenas um verbo de ligação entre o Sujeito
Desinencial “eles” e o Predicativo do Sujeito “pasmados”.
b) Trata-se de um Período Simples, pois contém dois verbos.
c) Na oração: “Ficaram pasmados” há predicado verbo-nominal, visto que a
palavra “ficou”, neste caso, é um adjetivo, pois descreve a situação vivida
pelo Sujeito.
d) O verbo “ficaram” refere-se a uma ação praticada pelo Sujeito no
Pretérito, o que classifica o Predicado como Verbal.

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Comentários:
a) Correta. O predicado nominal é aquele cujo núcleo é um predicativo do sujeito.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Dessa forma, na oração: “Ficaram pasmados” há predicado nominal, pois a palavra
“ficaram”, neste caso, é apenas um verbo de ligação entre o Sujeito Desinencial
“eles” e o Predicativo do Sujeito “pasmados”: (Eles) ficaram pasmados
b) Incorreta. Trata-se de um Período composto, pois contém dois verbos,
marcando duas orações (“ficaram” e “entenderem”).
c) Incorreta. Na oração: “Ficaram pasmados” há predicado nominal, pela
existência do verbo ligação e do predicativo do sujeito.
d) Incorreta. O verbo “ficaram” indica mudança de estado. É um verbo de ligação,
não é de ação.
OBS: A banca não ofereceu texto para essa questão, então a distinção entre “sujeito
desinencial” e “indeterminado” na forma “ficaram” só poderia ser feita pela análise racional
das alternativas. Gabarito letra A.

57. (IBFC / Embasa / 2017)


Considere o período e as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
“Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome,
pedindo providências às autoridades.”
I. Trata-se de um período composto por coordenação.
II. O sujeito de “louve-se” é indeterminado.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II. b) I, apenas. c) II, apenas. d) Nenhuma.
Comentários:
O período é composto por subordinação, pois “que jamais morrerão de fome” é
uma oração subordinada adjetiva, ligada a “comerciantes”. O sujeito de “louve-se”
é determinado e passivo: “a insistência dos comerciantes” seja louvada.
Nenhuma está correta.
Gabarito letra D.
58. (INAZ / Engenheiro Segurança / Pref. Itaúna / 2016)
Em: “A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e
em avaliações de risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das
drogas ‘inteligentes’: impedir a formação de tumores”, as partes sublinhadas
constituem-se como uma Oração:
a) Absoluta; b) Coordenada; c) Subordinada; d) Principal; e) Reduzida.
Comentários:

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Veja que a banca organizou a oração principal na ordem direta, retirando os termos
intercalados: A genética conseguiu realizar o sonho das drogas inteligentes.
A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e em avaliações de
risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’: impedir a
formação de tumores

Oração subordinada Adjetiva,


introduzida pelo pronome relativo “que”.

Oração subordinada apositiva (aposto explicativo de “sonho”),


introduzida por sinal de dois pontos (:)
Por não ter conector, é chamada “assindética”.
Está reduzida de infinitivo.

Por essa razão, concluímos que a oração sublinhada é a principal do período


composto em que se encontra.
AHHHHH, Felipe, por que a oração realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’ não
pode ser considerada um complemento oracional de “realizar”?
Não há como cogitar isso, porque essa oração não está sublinhada sozinha, como
se fosse isolada. A banca sublinhou tudo: A genética conseguiu realizar o sonho
das drogas inteligentes.
Observe que temos uma locução verbal, dois verbos formando uma única oração,
com mesmo sujeito. Temos então um período simples. Gabarito letra D.

Orações Subordinadas Substantivas:


As orações subordinadas são introduzidas por uma conjunção integrante (que/se)
e são dependentes sintaticamente da oração principal. Serão classificadas
como substantivas quando exercem uma função sintática típica de substantivo,
como aposto, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e
agente da passiva.

Oração Subordinada Substantiva Subjetiva:


Muito importante. É o cobradíssimo sujeito oracional!
Ex: É importante que se estude sempre. (desenvolvida)
Muito comum aparecer na forma reduzida de infinitivo.
Ex: É importante estudar sempre.
Ex: É proibido fumar.
OBS: Não custa lembrar que o verbo fica no singular com sujeito oracional.

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Oração Subordinada Substantiva objetiva direta:


É a oração que faz papel de complemento de um verbo transitivo direto, ou seja,
é um objeto direto oracional.
Ex: Disse que ele deveria procurar ajuda. (desenvolvida)
Ex: Mandei-o procurar ajuda. (reduzida de infinitivo)
Um detalhe: interessante essa última sentença, pois é um raro caso em que o
pronome oblíquo tem função de sujeito (como se fosse: mandei ELE procurar).
A oração introduzida por conjunção integrante “SE” é normalmente objetiva direta:
Ex: Não sei se ele vem.
Ex: Ele não nos informou se vinha.
Em “Fazer com que ele desista”, o “com” é uma preposição enfática e a oração
sublinhada é objetiva direta.
Excepcionalmente, a conjunção integrante pode vir implícita: “Esperamos (que)
tomem vergonha os eleitores!”.
59. (CESPE / SEDF / 2017)
Mas é claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o
item que se segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português”
exerce a função de complemento do vocábulo “claro”.
Comentários:
A oração exerce função de “sujeito”!
Mas é claro [que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português]
Mas é claro [ISTO] > [ISTO] é claro
Temos então uma oração subordinada substantiva subjetiva, vulgo “sujeito
oracional”. Questão incorreta.
60. (ESAF / Despachante Aduaneiro / 2016)
“Quem olhar, com alguma atenção, a carta geográfica da América do Sul e,
mais precisamente, da região amazônica, verificará que a larga faixa que se
estende ao longo das fronteiras do Brasil com seus vizinhos a norte e a oeste
representa uma vasta região praticamente desconhecida.”
Julgue o item a seguir.
A oração introduzida por “que”, após “verificará”, é uma oração subordinada
substantiva subjetiva.
Comentários:
Vejamos:
Quem olhar verificará [algo]
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Quem olhar verificará [que a larga faixa que se estende ao longo das fronteiras
do Brasil com seus vizinhos a norte e a oeste representa uma vasta região
praticamente desconhecida]
Quem olhar verificará [isto]
A oração não tem função de sujeito, tem função de objeto direto. Trata-se de
oração subordinada substantiva objetiva direta. O sujeito é “Quem olhar...”.
Questão incorreta.
OBS: A propósito, era oração “quem olhar” faz papel de sujeito, mas não é introduzida
por conjunção integrante, mas por um pronome interrogativo, reparou?
Esse é um tipo muito específico de oração, chamado de “oração subordinada substantiva
justaposta”, por não ter conjunção.

Oração Subordinada Substantiva objetiva indireta:


Funciona como um objeto indireto, mas com forma de oração.
Ex: Desconfio de que ela conversa com a tartaruga. (desenvolvida)
Ex: Insisti em falar com o médico. (reduzida de infinitivo)

Oração Subordinada Substantiva completiva nominal:


Funciona semelhantemente a um objeto indireto, mas complementa nomes que
têm transitividade (Volte um pouco nesta aula e releia o complemento nominal.)
Ex: Tenho desconfiança de que ela conversa com a tartaruga. (desenvolvida)
Ex: Tenho receio de falar com o médico. (reduzida de infinitivo)
OBS: Diversos gramáticos entendem que é possível suprimir a preposição que iniciaria
uma oração completiva nominal ou objetiva indireta:
Ex: “Estava desejoso (de) que ele viesse.
Ex: “Duvidei (de) que ele fosse passar tão rápido.
Na hora da prova, dê sempre preferência ao uso da preposição, mas saiba que é
possível a banca considerar correta a supressão.

Oração Subordinada Substantiva apositiva:


Funciona como um aposto, termo substantivo que nomeia um substantivo ou
pronome substantivo e pode substituí-lo sintaticamente:
Hoje, terça, é feriado. >>> terça é feriado.
“terça” é aposto de “hoje”.
João, o mecânico, cobra caro. >>> O mecânico cobra caro.
O “mecânico” é aposto de “João”.
Uma oração também pode funcionar como aposto, essa, então, é nossa oração

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apositiva.
Ex: Tenho um sonho: que eu passe logo no concurso. (desenvolvida)
Ex: Tenho um sonho: passar logo no concurso. (reduzida de infinitivo)

Oração Subordinada Substantiva predicativa:


Funciona como um predicativo, qualidade que se atribui ao sujeito, por via de um
verbo de ligação: Fulana é bonita. “Fulana” é sujeito e “bonita” é seu predicativo.
Ex: A intenção é que eu gabarite a prova. (desenvolvida)
Ex: A intenção é gabaritar a prova. (reduzida de infinitivo)
OBS: Um artigo pode fazer toda a diferença:
Certo é que todos querem passar (= Isto é certo – SUBJETIVA)
O certo é que todos querem passar (=O certo é Isto - PREDICATIVA)
Se houver artigo ou pronome na oração principal, a oração substantiva vai ser
classificada como “PREDICATIVA”.

Oração Subordinada Substantiva de agente da passiva:


Funciona como um agente da passiva em forma de oração.
Ex: As vagas foram conquistadas por quem se preparou.
61. (CONSULPLAN / Analista / CFESS / 2017)
As orações substantivas exercem as mesmas funções, no período, dos termos
vistos na análise sintática das orações. Analisando sintaticamente o período:
“E um dia descobrem que as brilhantes contas de vidro são só isto: contas de
vidro.” pode-se identificar o mesmo tipo de oração substantiva vista em:
a) Nunca duvidei de suas palavras.
b) Ainda não verifiquei os relatórios que foram entregues ontem.
c) O professor permitiu que vários alunos fizessem nova avaliação.
d) Minha sensação era de que os alunos haviam compreendido todo o exposto.
Comentários:
A oração do enunciado é substantiva objetiva direta, pois funciona como
complemento de um verbo transitivo direto: “descobrem”.
descobrem [que as brilhantes contas de vidro são só isto]
descobrem [isto]
O mesmo ocorre na letra C:
c) O professor permitiu [que vários alunos fizessem nova avaliação].
professor permitiu [isto]

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A oração complementa o verbo “permitiu”; temos então uma oração subordinada


substantiva objetiva direta.
a) Nunca duvidei de suas palavras. (esse objeto indireto não tem forma de
oração, pois não tem verbo. Seu núcleo é o substantivo “palavras”.)
b) Ainda não verifiquei os relatórios que foram entregues ontem. (o “que” é
pronome relativo e retoma “relatórios”; trata-se de oração adjetiva restritiva, não
temos aqui oração substantiva)
d) Minha sensação era (de) [que os alunos haviam compreendido todo o
exposto].
Minha sensação era [Essa/Isto]
A oração destacada é predicativa, pois se relaciona ao sujeito “minha sensação”
por via de um verbo de ligação “era”. A preposição “de” é exigida pelo termo
sensação, mas pode ser eliminada, facultativamente, por ser considerada
“expletiva”. Portanto, não introduz oração subordinada completiva nominal.
Gabarito letra C.
62. (FCC / TRT 24ª / Oficial de Justiça / 2017)
Na frase Parece ser um fato assentado que um jornal expresse a “realidade”,
os termos sublinhados
(A) prendem-se ao mesmo verbo, do qual constituem adjuntos.
(B) são sujeitos de uma mesma forma verbal.
(C) integram duas orações distintas.
(D) exercem, respectivamente, a função de complemento nominal e a de
complemento verbal.
(E) estão empregados como predicativos do sujeito.
Comentários:
Temos duas orações, uma exercendo função sintática de sujeito na outra:
Parece ser um fato assentado [que um jornal expresse a “realidade]
Parece ser um fato assentado [ISTO]
[ISTO] Parece ser um fato assentado.
O termo um fato exerce função sintática de predicativo do sujeito[ISTO].
O termo um jornal exerce função de sujeito do verbo “expresse”.
Então, temos dois verbos, “parece” e “expresse”, que indicam duas orações
distintas, em relação de subordinação.
Gabarito letra C.

Orações subordinadas Substantivas Justapostas


Ocorrem, em geral, nas interrogativas indiretas e são iniciadas por pronomes

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interrogativos (que, quanto, que, qual) ou advérbios interrogativos (como, onde,


quando, por que). São chamadas de ‘justapostas’ porque não são introduzidas por
conjunção, mas por pronomes ou advérbios. São apenas orações “postas uma ao
lado da outra”, sem uma conjunção que as conecte.
Ignoro [quem/quanto/como/onde/quando/por que economizou]
Ignoro [ISTO]
Também podem ser introduzidas por pronome indefinido ou advérbio. Veja
outros exemplos:
Falava a quem quisesse ouvir.
Vejo quão felizes são vocês.
Descobri quando ele começou a desconfiar.

Orações subordinadas adjetivas


As orações adjetivas levam esse nome porque equivalem a um adjetivo e exercem
função sintática de um adjunto adnominal. Elas se referem a um substantivo
antecedente e são introduzidas por um pronome relativo.
Sujeito

Ex: O time vencedor foi vaiado. (“time” é modificado por um adjetivo)

Ex: O time que venceu foi vaiado.(“time” é modificado por uma oração adjetiva)
Sujeito

O detalhe mais relevante sobre essas orações é diferenciar uma oração


subordinada adverbial adjetiva restritiva de uma explicativa. Vejamos:

Orações adjetivas: explicativas x restritivas

Orações adjetivas explicativas são aquelas que acrescentam uma informação


sobre o antecedente, embora já definido, ampliando os dados e detalhes sobre ele.
São informações acessórias, mas são importantes para a construção de sentido.
Devem ser marcadas com vírgulas.

Orações adjetivas restritivas particularizam, individualizam um ser em relação


a um grupo de possibilidades. O comentário feito se refere a uma parte menor do
que o todo, a entidades específicas, não à totalidade do conjunto. Não são
marcadas por pontuação.

Vamos comparar:

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Ex: Meu aluno, que mora no interior, estuda on-line.


Observe que, por ser uma informação acessória, uma explicação, uma ampliação
de sentido. Meu aluno estuda on-line (e ele mora no interior). Temos, então, uma
oração adjetiva explicativa.
Se retirarmos a vírgula, teremos uma oração restritiva e o sentido vai mudar:
Ex: Meu aluno que mora no interior estuda on-line.
Agora temos vários alunos e somente um deles estuda online, aquele aluno
específico que mora no interior.
IMPORTANTE: A banca sempre pergunta se a retirada das vírgulas vai afetar as
relações de sentido. Afeta sim, pois acarreta a passagem de explicativa para
restritiva.
Ex: Meu filho, que mora em Brasília, toca violão. (explicativa, COM VÍRGULA).
Ex: Meu filho que mora em Brasília toca violão. (restritiva, SEM VÍRGULA).
A retirada das vírgulas na segunda oração muda completamente o sentido, pois
poderemos entender que há mais de um filho e especificamente aquele que mora
em Brasília toca violão. Na primeira oração, só se infere a existência de um único
filho.
O mesmo raciocínio vale para um adjetivo que venha entre vírgulas.
Ex: O menino, cansado, foi dormir. (valor explicativo, de mero acréscimo).
Ex: O menino cansado foi dormir. (restringe, delimita qual “menino”).

OBS: RESTRIÇÃO IMPOSSÍVEL.


Em alguns casos, por razões semânticas, somos obrigados a usar vírgula, pois não
há possibilidade de haver oração restritiva. Isso ocorre com seres que já são
individualizados, particularizados, únicos, como os substantivos próprios.
Ex: O grande Machado de Assis, que escreveu Quincas Borba, era um gênio.
Posso suprimir as vírgulas? Não! Pois isso daria ideia de que há vários Machados de
Assis e meu comentário se restringe a um Machado de Assis específico, aquele que
escreveu Quincas Borba. Essa restrição seria absurda, pois só há um!
Esse raciocínio vale também para outros termos que particularizam o substantivo:
Ex: O romance “O Guarani”, de José de Alencar, narra as aventuras do índio Peri.
Se retirarmos essas vírgulas, teremos um sentido retritivo de que há vários romances
chamados “O Guarani” e somente o de José de Alencar narra aventuras de Peri.

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63. (CESPE / TCE PE / 2017)


A política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica
surgiu nos Estados Unidos da América (EUA), em um rompimento com a
tradição europeia de estudos e pesquisas nessa área, que se concentravam,
então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na
produção dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas
instituições do que na produção dos governos” introduz, no período em que
ocorre, além de uma explicação sobre “estudos e pesquisas nessa área”,
uma comparação.
Comentários:
A oração “que se concentravam...” é explicativa, pois traz vírgula antes do
pronome relativo. Portanto, introduz sim uma explicação. Na estrutura, há também
uma oração comparativa
se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições
do que na produção dos governos
Questão correta.
64. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade
propriamente dita, cercada por muralhas, onde ficavam os principais locais de
culto e as células dos futuros palácios reais; uma espécie de subúrbio,
extramuros, local que agrupava residências e instalações para criação de
animais e plantio; e o porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e
que era utilizado como local de instalação dos estrangeiros
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse
suprimido o trecho “que era”.
Comentários:
Sim, dessa forma deixaríamos as duas estruturas simétricas, paralelas.
e o porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e utilizado como local de
instalação dos estrangeiros
Outra forma seria manter as duas estruturas com a oração adjetiva explícita:
e o porto fluvial, espaço (que era) destinado à prática do comércio e (que era) utilizado como
local de instalação dos estrangeiros

Questão correta.
65. (ESAF / ANAC / Analista Administrativo / 2016) Adaptada
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República divulgou
recentemente a pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos
e Rotas do Brasil, o mais completo levantamento sobre transporte aéreo
de passageiros do País. Mais de 150 mil passageiros, ouvidos durante 2014
nos 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do País,
revelaram um perfil inédito do setor.

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A inserção de "que é" antes do segmento grifado no texto transforma o aposto


em oração subordinada adjetiva explicativa.
Comentários:
Vamos analisar então a redação da banca.
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República divulgou recentemente a
pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, o mais
completo levantamento sobre transporte aéreo de passageiros do País.
(Aposto: termo de valor substantivo que esclarece o sentido de “a pesquisa O
Brasil que voa”, termo este que é objeto direto de “divulgou”. )
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República divulgou recentemente a
pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, (que é)
o mais completo levantamento sobre transporte aéreo de passageiros do País.
(Oração adjetiva explicativa, com valor de “adjetivo”, marcada por vírgula e
introduzida por pronome relativo). Questão correta.
66. (CESPE / TRE-PI / 2016) Adaptada
No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me
pareceu um pouco estranho”, o elemento “que” introduz oração de natureza
restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial.
Comentários:
Se retirarmos a expressão intercalada entre vírgulas, que tem valor adverbial por
expressar circunstância de concessão, teremos uma oração restritiva: “ele me
leva a um restaurante que me pareceu um pouco estranho”. Cuidado para não
confundir essa vírgula anterior com uma oração explicativa, pois aqui a oração
iniciada por “que” não foi a que veio entre vírgulas. Questão correta.
67. (IBFC / EBSERH / 2017)
No último parágrafo, o período “- Olhe: sou um cara que trabalha muito
mal.” É composto e sua última oração pode ser classificada como:
a) subordinada adjetiva.
b) subordinada adverbial.
c) coordenada sindética.
d) subordinada substantiva.
e) coordenada assindética.
Comentários:
Primeiramente, era necessário identificar a última oração: “que trabalha muito”. Essa
oração foi introduzida por pronome relativo, que retoma “cara”, substantivo a quem
atribui uma característica. Portanto, temos oração adjetiva. Gabarito letra A.

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Segundo Bechara, os pronomes relativos quem e onde podem aparecer com


emprego absoluto, sem referência a antecedentes, ou seja, sem “retomar
ninguém”:
“Quem tudo quer tudo perde.
Dize-me com quem andas e eu te direi quem és.
Quem com ferro fere com ferro será ferido.”
Moro onde mais me agrada.”
(Tribunal Regional Federal 2ª R – Analista / 2017) Acerca do vocábulo “onde”
no título “Onde o Direito e a Literatura se encontram”, de acordo com a aplicação e
relação estabelecida, é correto afirmar que
a) tem função anafórica no discurso como substituto de um circunstante locativo.
b) faculta-se a grafia “donde” tendo em vista o sentido original que lhe é atribuído.
c) emprega-se de modo absoluto como visto no verso “Moro onde não mora
ninguém”.
d) tal advérbio interrogativo foi empregado em uma pergunta indireta em referência
a lugar.
Comentários:
Nosso gabarito está na letra C, pois não há referente, o pronome está sozinho,
independente, absoluto. Em “moro onde não mora ninguém”, este “onde” equivale
a “lugar em que não mora ninguém”. Vejamos os problemas das demais:
a) Não tem função anafórica, pois não retoma um lugar citado anteriormente no
texto.
Veja um caso em que de fato o “onde” seria um pronome relativo normal e
“funcionaria no discurso como substituto de um circunstante locativo.”: Esta é a casa
onde nasci. (“onde” retoma “casa”)
b) A grafia “donde” ocorre com a fusão da preposicão “de” com “onde” (Donde ele
veio?). Não é caso aqui.
d) Onde é advérbio interrogativo quando usado em interrogativas (Onde você
estuda?). Não é o caso. Gabarito letra C.
Não se assuste, agora vamos aprofundar muito esse ponto. Como já caiu, melhor
pecar por excesso.
Os gramáticos divergem quanto a essa classificação do Quem . Há duas visões:
1) Celso Cunha e Rocha Lima: esse “quem” é desdobrado, considerado um relativo
sem antecedente e a oração, e introduz uma oração adjetiva.
“Quem tudo quer tudo perde = a pessoa que tudo quer tudo perde.”
2) Bechara, Said Ali, Gama Kury e Ulisses Infante: O “quem” é mero pronome
indefinido (ou indefinido interrogativo) e introduz oração substantiva.
Vejamos uma questão sobre esses detalhes! A banca ficou com a primeira visão.
(PREFEITURA/ SÃO JOÃO PE /ASSIST.EDUC. /2016) Assinale a alternativa cujo
termo sublinhado exerce a mesma função morfológica – possui a mesma classe
gramatical – que a palavra “quem” em “...mas é o eleitor quem decide...”
a) Quem está aí?

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b) Os apartamentos cujos moradores viajaram serão dedetizados.


Comentários:
As demais opções não nos interessam, pois o foco está na divergência: “quem” é
pronome indefinido (introduz oração substantiva) ou é pronome relativo sem
antecedente” (introduz oração adjetiva).
Na letra A, temos um pronome indefinido (interrogativo). Contudo, nosso gabarito é
letra B, o que nos mostra o posicionamento no sentido de “quem” ser considerado
um relativo sem antecedente (como se fosse “aquele que”) e a oração é classificada
como adjetiva, assim como “cujos moradores viajaram”.

Orações subordinadas adverbiais


Vimos esse assunto quando estudamos as conjunções. Agora vamos relembrar e
sistematizar.
As orações são chamadas de adverbiais quando exercem uma função de advérbio.
Elas trarão uma circunstância adverbial, justamente como faz o advérbio, com a
diferença que terão conjunção subordinativa e verbo.
Ex: Vou levar o cachorro para passear hoje à noite. (advérbio de tempo)
Ex: Vou levar o cachorro para passear quando ela chegar. (oração adverbial de
tempo)

Oração subordinada adverbial causal


Tem função de um advérbio de causa e é introduzida por uma conjunção ou locução
causal: porque, visto que, já que, que, como, porquanto...
A causa é a origem de um evento, que necessariamente ocorre antes dele.
Ex: Visto que acabara a luz, acendi uma vela.
Ex: Como não tinha Coca, tive que beber uma Pepsi.
Observe que toda causa tem uma consequência.
Ex: Visto que acabara a luz (causa), acendi uma vela (consequência).
Nesse exemplo, acender uma vela é consequência do fato (causa) de a luz ter
acabado.
OBS: Aproveito para ressaltar que a expressão “haja vista” tem sentido de causa:
equivale ao das locuções prepositivas devido a, por conta de, por causa de.
Em alguns casos, pode haver séria dúvida ou até confusão por parte da banca quanto à
diferenciação de ‘causa e explicação’. Isso ocorre justamente porque a causa também
explica. Mesmo os gramáticos reconhecem que não há limites claros, então você também
não deve perder o sono querendo resolver essa questão, até porque a banca não pedirá
isso. Nas raras questões em que a diferença entre causa e explicação é pedida
explicitamente, o aluno deve aplicar os critérios vistos na aula de conectivos.

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68. (FGV / Recenseador / IBGE / 2017)


ANIMAIS, NOSSOS IRMÃOS
Desde o início da vida no planeta Terra, muitas são as espécies animais que
foram extintas por vários motivos.
Atualmente, quando se mencionam ‘espécies em extinção’, afloram as várias
atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando.
Dentre essas ações, as principais talvez sejam:
“a caça predatória de animais de grande porte e de alguns animais menores;
todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem expressivos lucros”.
O segmento sublinhado, em relação ao trecho anterior, funciona como sua:
a) finalidade; b) causa; c) consequência; d) conclusão; e) proporção.
Comentários:
Observe que, muitas vezes, a relação semântica não vai estar materializada por
um conector. Nosso texto informa que “caça predatória” é uma das ações que
levam espécies à extinção.
Basicamente, temos a seguinte lógica: Por que ocorre “caça predatória”? A causa
são os “expressivos lucros”. Então, temos: a caça predatória de animais de grande
porte e de alguns animais menores ocorre porque todos esses animais, de uma
forma ou de outra, rendem expressivos lucros
Logo, nossa relação é de causa e poderia estar expressa por um conectivo causal.
Gabarito letra B.
69. (FCC / TRE-SP / 2017)
Isso é ainda mais verdadeiro em relação aos grandes museus de arte
contemporânea. Eles são grandes porque o artista moderno quer nos envolver
com o seu trabalho e deseja que entremos em sua obra.
Eles são grandes porque o artista moderno quer nos envolver com o seu
trabalho...
Com as devidas alterações, caso se invertam as relações de subordinação da
frase acima, mantém-se o sentido original fazendo-se uso da conjunção:
a) a despeito de
b) conquanto
c) em conformidade com
d) de maneira que
e) uma vez que
Comentários:
Questão de alto nível! Temos uma oração subordinada adverbial causal,
introduzida pela conjunção “porque”.

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A banca quer que invertamos a relação de subordinação e conservemos o sentido


original. O que isso significa? Significa que a oração principal vai virar subordinada
e a subordinada agora vai virar principal:
Eles são grandes porque o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho

o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho Eles são grandes
Agora a oração em azul é a principal e ficou uma vaga para ligar as duas conjunções
mantendo a mesma relação (museu grande >> artista quer envolver)
Ora, para manter a mesma relação causa-consequência, teremos que usar o
conectivo consecutivo “de maneira que”, então teremos:
o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho de maneira que Eles são
grandes
Dessa forma, invertemos a causa com a consequência e ajustamos a troca
invertendo também o conector, mantendo o sentido. Gabarito letra D.
Cuidado: “uma vez que” também tem sentido de causa, então a relação de
subordinação não estaria invertida, estaria mantida.
70. (CESPE / Ana. Legislativo Câmara Deputados / 2012)
A alternativa beleza/verdade é falsa, pois a obra pode ser bela e verdadeira
ao mesmo tempo.
Mantendo-se a correção gramatical e as relações semânticas do texto, seu
último período poderia ser assim reescrito: Haja vista que a obra literária pode
ser, a um só tempo, bela e verdadeira, a dicotomia beleza/verdade não
procede.
Comentários:
“Haja vista” é expressão que expressa relação de causa, como “pois, porque,
devido a, por conta de, por causa de”. Questão correta.
71. (CESPE / TRE-PI / 2016) - Adaptada
O formato (sistema eleitoral majoritário) enfraquece os partidos e fortalece o
personalismo, já que os votos são do candidato e de ninguém mais. Não chega
a ser improvável que personagens folclóricos dominem a câmara.
A oração “já que os votos são do candidato e de ninguém mais” enuncia a
causa dos fatos apresentados nas orações “o formato enfraquece os partidos
e fortalece o personalismo” .
Comentários:
Os partidos são enfraquecidos PORQUE os votos são do candidato e de ninguém
mais. Há uma clara relação de causa, além da presença da conjunção causal “já
que”. Questão correta.

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72. (AOCP / Prefeitura de Juiz de Fora / Contador/2016)


No trecho “A reunião não foi das mais frutíferas, já que os dois eram
incapazes de conversar [...]”, a expressão em destaque introduz uma oração
que denota
a) finalidade. b) condição. c) causa. d) tempo. e) consequência.
Comentários:
“JÁ QUE” introduz uma oração causal. Os dois eram incapazes de conversar e
isso gerou uma reunião infrutífera. Gabarito letra C.

Oração subordinada adverbial consecutiva.


Tem sentido de consequência do fato que ocorre na oração principal. São
introduzidas pelas conjunções consecutivas: de sorte que, de modo que, de forma
que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho)...
Ex: Comi tanto no rodízio que fiquei 16 horas sem fome.
Ex: A fome era tamanha que o leão comeu salada.

Oração Subordinada adverbial condicional:


Expressam condição, hipótese, e são introduzidas pelas conjunções condicionais
“SE” e outras conjunções que possam assumir sentido de hipótese, como caso,
contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem
que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
Ex: Se quiser passar, estude regularmente.
Ex: Uma vez que pague, exija o recibo. (se pagar...)
Ex: Caso pague, exija o recibo. (se pagar...)
Ex: Sem que estude, não há como passar. (se não estudar...)
73. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos
enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e
eram tão perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos
preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” expressa uma
consequência do que se afirma nas duas orações imediatamente anteriores,
no mesmo período.
Comentários:
Observe que a conjunção “que”, correlacionada a termos como “tão, tanto, tal,
tamanho”, introduz oração consecutiva:

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Como os hospitais curavam pouco e eram traziam perigo de infecção (causa), os


ricos preferiam tratar-se em casa (consequência). Questão correta.
74. (VUNESP / TJ SP / 2017)
Julgue o item a seguir.
A relação de sentido que há entre as partes sinalizadas no período – (I) Se
você não me ajudar com a lição de casa, (II) eu vou processar você – é:
(I) expressa uma condição; (II) expressa uma possível ação consequente.
Comentários:
O conectivo condicional “Se” denuncia facilmente a resposta. A condição é
exatamente um “requisito” para que algo ocorra, isto é, para que uma ação
consequente ocorra. Questão correta.
75. (IFBC / SES-PR / Administrador / 2016)
Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e,
de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.
O último parágrafo do texto revela a conclusão do autor sobre o tema
abordado. Por meio da passagem “se me fosse dada tal oportunidade”,
evidencia-se, em relação à ideia precedente, um sentido de:
a) condição b) concessão c) causa d) conformidade
Comentários:
A oração “se me fosse dada tal oportunidade” tem sentido condicional, de hipótese.
Gabarito letra A.

Oração subordinada adverbial temporal.


Equivale a um advérbio de tempo. São introduzidas pelas conjunções
temporais: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes
que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que)...
Ex: Mal (Assim que) ele saiu, o ônibus passou.
Ex: Assim que ela chegar, conte toda a verdade.
76. (FAUEL / ADVOGADO / 2017)
Assinale a única alternativa abaixo que apresenta uma oração subordinada
adverbial, que estabelece relação temporal no Período:
a) Receberão na próxima semana, a merecida premiação.
b) Quando chegou, não havia mais ninguém à sua espera.
c) O equipamento foi revisado semana passada.
d) O tempo é o melhor remédio para a maioria dos problemas.
Comentários:

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Para identificar uma oração subordinada, precisamos verificar se há uma conjunção


subordinando uma oração a outra, o que pressupõe existência de mais de uma
oração. Vejamos:
a) Receberão na próxima semana até indica tempo, mas não é oração
subordinada, pois é a única oração. INCORRETA.
b) Quando chegou (oração subordinada temporal), não havia mais ninguém
à sua espera (oração principal). CORRETA.
c) O equipamento foi revisado semana passada. (só uma oração, não há
subordinação)
d) O tempo é o melhor remédio para a maioria dos problemas. (só uma oração,
não há subordinação)
77. (FGV / DPE-MT / Advogado / 2015)
No caso da frase “Assim que pisa em solo estrangeiro, todo turista logo é
descoberto.”, as duas orações que compõem o período apresentam a seguinte
relação:
a) localização espacial / causa da oração anterior.
b) localização temporal / consequência.
c) afirmação / explicação.
d) situação temporal / ação posterior.
e) situação espacial / ação anterior.
Comentários:
A banca achou uma forma mais sutil de perguntar qual a relação que a oração
principal tem com sua subordinada temporal. Destaque para a conjunção temporal
“assim que”. Primeiro ele chega, depois é descoberto. A relação é de ação posterior
à situação temporal marcada na oração subordinada. Quem ficou em dúvida com
a letra B, pense que consequência tem a ver com efeito, com uma relação lógica.
Não há nenhuma relação causa-efeito entre chegar e ser descoberto, só mesmo
de antes e depois. Em outras palavras, o turista é descoberto quando chega e não
porque chega. Gabarito letra D.
78. (CCV / UFC / Auxiliar Administrativo / 2016)
Em: A opção para recuperar os padrões de fábrica geralmente aparece quando
você reinicia o computador e deixa apertada a tecla F8 enquanto ele começa
a carregar. O vocábulo enquanto explicita uma relação de:
a) causalidade. b) comparação. c) consequência. d) simultaneidade.
e) condicionalidade.
Comentários:
A conjunção “enquanto” relaciona as duas orações, com sentido de simultaneidade,
ou seja, de que as ações ocorrem ao mesmo tempo. Em alguns casos, “enquanto”
pode ter valor opositivo/contrastivo, equivalente a “ao passo que”:

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Ex: Emagrecer é lento e difícil, enquanto qualquer excesso de comida já nos faz
engordar. (Contraste: Emagrecer é lento, mas engordar é rápido).
Gabarito letra D.

Oração subordinada adverbial concessiva.


Equivale a uma expressão adverbial com sentido de concessão (expectativa de que
o fato não deve se realizar, mas se realiza mesmo assim). São introduzidas pelas
conjunções concessivas:mesmo que, ainda que, embora, apesar de que,
conquanto, por mais que, posto que, se bem que, não obstante, malgrado.
Nas orações concessivas, o verbo normalmente VEM NO SUBJUNTIVO. (Lembrar
terminações -A/-E/-SSE)
Ex: Embora fosse mulato, gago e epilético, Machado de Assis fundou a Academia
Brasileira de Letras.
Ex: Posto que estivessem grávidas, as mulheres vikings guerreavam.
Ex: Ainda que eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
Ex: Tenho que aceitar críticas, conquanto não goste.
Ex: Não obstante durma pouco, está sempre animado.
Ex: Os trabalhadores, pobres que sejam, mantêm as contas em dia.
Ex: “Os obstáculos, que sejam muitos, não o desanimam”
Ex: Por mais inteligente que seja, precisa estudar!
OBS: “Não obstante” também aparece na lista das conjunções coordenadas adversativas,
usada com verbo no indicativo (Ex: Estudei pouco, não obstante fui aprovado). Quando
conjunção concessiva, virá com verbo no subjuntivo (Ex: Não obstante tenha medo, nunca
deixo de tentar.)
É possível iniciar essas orações com locuções prepositivas de sentido concessivo:
apesar de, a despeito de... Contudo, a presença da preposição vai levar o verbo
para o infinitivo, numa oração reduzida:
Ex: Por mais que fosse engenheiro, errava todas as contas.
Ex: Apesar de ser engenheiro, errava todas as contas.
Portanto, a substituição só é possível com adaptação do verbo!
79. (CESPE / Secretaria de Educação-DF / 2017)
Embora não possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos
séculos assistiram — as revoluções consideráveis no campo da medicina, da
física, da química e das próprias ciências sociais e humanas —, essa ciência
capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar conta de resolver
o problema que ela própria ajudou a construir.
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item a
seguir.
O conectivo “Embora” introduz no período em que ocorre uma ideia de

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concessão.
Comentários:
Exato. Na oração concessiva, há um fato que cria a expectativa de um determinado
resultado, essa expectativa é quebrada pela oração principal. Em outras palavras:
embora haja avanço científico (expectativa), a ciência não têm conseguido dar
conta de resolver o problema (desfecho oposto à expectativa)... Questão correta.
80. (Fiocruz / Assistente / 2016)
“A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto.”
Das alterações feitas na redação do período acima, aquela em que se
modificou o sentido concessivo da oração subordinada é
a) A comida em pílulas não veio - ainda que a nouvelle cuisine tenha chegado
perto.
b) A comida em pílulas não veio - embora a nouvelle cuisine tenha chegado
perto.
c) A comida em pílulas não veio - contanto que a nouvelle cuisine tenha
chegado perto.
d) A comida em pílulas não veio - conquanto a nouvelle cuisine tenha
chegado perto.
e) A comida em pílulas não veio - posto que a nouvelle cuisine chegou perto.
Comentários:
Ainda que, embora, conquanto, posto que são todas conjunções concessivas
e mantêm o sentido original da frase. Já a expressão “contanto que” introduz uma
oração com sentido diferente, pois tem valor condicional. Gabarito letra C.
OBS: Na letra E, o verbo veio no modo indicativo, ao contrário da orientação gramatical
majoritária. No entanto, o item foi considerado correto porque alguns gramáticos (Maria
H. de M. Neves, Cegalla) registram a possibilidade de conectivos como apesar de que,
posto que, ainda que, mesmo que virem seguidos de verbo no modo indicativo também.
Em 2012, a FCC já também já considerou correta a oração “apesar de que essas reservas
continuam sofrendo.” (Apesar de que + verbo no indicativo)
Tranquilize-se: esse entendimento é absolutamente minoritário e não deve
suplantar a regra geral: conjunção concessiva pede verbo no subjuntivo. Além
disso, a letra C era óbvia demais e não dependia dessa informação. Vamos seguir?

Oração Subordinada adverbial final:


Traz uma circunstância adverbial de finalidade. Indica propósito, motivo,
finalidade: para que, a fim de que, do modo que, de sorte que, porque (quando
igual a para que), que.
Ex: Dou exemplos para que você entenda tudo.
Ex: Estude todo dia a fim de que acumule conhecimento ao longo do mês.

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Ex: Fiz o que pude porque você passasse logo. (para que você passasse...)
81. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos
tenham acesso a um ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o
direito que lhes foi violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade”
expressa circunstância de
A) finalidade.
B) causa.
C) modo.
D) proporção.
E) concessão.
Comentários:
Questão direta. Temos oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo,
introduzida pela preposição para. Nela temos o propósito da luta dos pais de baixa
escolaridade. Gabarito letra A.

Oração Subordinada adverbial proporcional:


Traz uma relação de proporcionalidade com a oração principal: à medida que, à
proporção que, ao passo que e também as correlações quanto
mais/menos...mais/menos...
Ex: Quanto mais eu rezo mais assombrações me aparecem.
Ex: Quanto mais estudo mais sorte tenho nas provas.
Ex: À medida que o tempo passa, a confiança vai aumentando.
82. (Fiocruz / Assistente / 2016)
“E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais
leigo fica o leigo.”
No período transcrito acima, as duas orações estruturam-se numa correlação
sintática “quanto mais ... mais” de sentido:
a) causal. b) proporcional. c) consecutivo. d) temporal. e) modal.
Comentários:
A correlação “quanto mais X...mais Y” é clássica estrutura de oração
proporcional, pois indicam que X e Y variam proporcionalmente, um em função do
outro. Gabarito letra B.

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Oração subordinada adverbial comparativa:


Traz uma comparação ou contraste em relação à oração principal: como, assim
como, tal qual, tal como, mais que, menos, tanto quanto. Nesses pares, as
palavras tanto e quanto são correlatas. Por isso, podemos chamar esses pares
de correlações. O mesmo vale para outros pares que possuem função de uma
conjunção.
Ex: Essa matéria é mais fácil do que a que estudamos ontem.
Ex: Corria como um touro.
Ex: Ele estuda tanto quanto seu tio médico (estuda).
Observe no exemplo acima que o verbo da oração subordinada costuma vir
implícito, porque é o mesmo verbo da principal.

Orações subordinadas adverbiais conformativas:


Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de acordo com outro. São
introduzidas pelas conjunções conformativas: como, conforme, consoante,
segundo.
Ex: A prova se desenrolou como tínhamos treinado!
Ex: Tudo correu conforme o que planejamos.
83. (NUCEPE / SEJUS-PI / Agente Penitenciário /2016)
Do ponto de vista sintático, a relação que se estabelece entre os termos
destacados está corretamente identificada em:
a) A maneira como o estupro e a violência contra as mulheres são tratados
em nossa sociedade é reveladora da ideologia subjacente: (O primeiro
termo especifica e determina o segundo).
b) Não é pensado como assunto que nos implica a todos! (A oração não
mantém, com aquela que a antecede, qualquer relação de dependência ou
subordinação).
c) Entenda-se aqui a falta de um real interesse em pensar, de forma
consistente e permanente, políticas públicas eficazes para promover a
equidade entre os gêneros. (A oração estabelece com a sua principal uma
relação de causalidade).
d) ... o que se vê são promessas de acirramento das leis, ... (o termo das
leis completa o sentido do nome que o antecede, por isso trata-se de um
complemento nominal).
e) eventualmente punem-se os culpados, até que apareçam novas
vítimas... (O conectivo introduz uma oração que, com sua principal,
estabelece relação de finalidade).
Comentários:
Essa questão pede vários conhecimentos sobre sintaxe. Vamos a ela:

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a) Na verdade, é o contrário: o segundo termo (subjacente), “por que”, é um


adjetivo, determina e modifica o primeiro (ideologia). Questão incorreta.
b) A oração “que nos implica a todos” é subordinada adjetiva e tem sentido
restritivo. Questão incorreta.
c) A relação é de finalidade: “para”. Questão incorreta.
d) “Acirramento” é termo abstrato, deriva de ação “acirrar”. Logo, pede um
complemento nominal. Para ter certeza, observe que há sentido passivo, as leis
são acirradas. Questão correta.
e) Até que estabelece relação de tempo. Questão incorreta.
Gabarito letra D.
84. (AOCP / EBSERH / 2016)
Assinale a alternativa correta.
a) Em “[...] Bauman diz que, nesses tempos líquidos modernos, os homens
precisam e desejam que seus vínculos sejam mais sólidos e reais.[...]”, os
dois termos em destaque introduzem orações subordinadas substantivas
objetivas diretas.
b) Em “[...]Quando as manifestações vão para as ruas, elas chamam a
atenção [...]”, a oração em destaque classifica-se como oração subordinada
adverbial causal..
c) Em “[...] Seriam as novas redes de relacionamento que são formadas em
espaços digitais que trazem a noção de aproximação [...]”, o termo em
destaque introduz uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
d) Em “[...] Estamos em rede, mas isolados dentro de uma estrutura [...]”,
a oração em destaque classifica-se como oração coordenada sindética
alternativa.
e) Em “[...] esperando que em uma rede sempre haja celulares
disponíveis para enviar e receber mensagens de lealdade [...]”, o termo em
destaque introduz uma oração subordinada adverbial consecutiva.
Comentários:
a) Exato. Olhe para a palavra antes do “que”. São verbos transitivos diretos: diz
algo/desejam algo. Então, a oração introduzida pela conjunção integrante “que”
vai ter função de objeto direto. Substitua por [ISTO] e você verá o papel de OD.
b) A oração em destaque classifica-se como oração subordinada adverbial
temporal.
c) Não é oração substantiva. Esse “que” é pronome relativo e retoma “redes”.
Trata-se de uma oração adjetiva.
d) Classifica-se como oração coordenada sindética adversativa (mas).
e) O termo em destaque introduz uma oração subordinada adverbial final (para).
Gabarito letra A.

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Orações Reduzidas X Orações Desenvolvidas


Ao longo da teoria, vimos diversos exemplos de orações reduzidas. Porém, chegou
a hora de sistematizar esse conhecimento e aprender a conversão de uma oração
desenvolvida em uma reduzida e também o caminho inverso. Isso faz parte do
conteúdo de sintaxe e também do item de reescritura de frases.
O período composto é aquele que tem mais de uma oração. Essas orações podem
ser unidas por coordenação (orações independentes) ou subordinação (orações
sintaticamente dependentes).
As orações subordinadas poderão ser:
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por
ISTO; exercem função sintática típica de substantivo, como Sujeito, OD, OI...)
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo
antecedente; exercem papel adjetivo, ou seja, modificam o substantivo)
3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções subordinativas adverbiais—
causais, temporais, concessivas, condicionais; tem valor de advérbio e trazem
sentido de circunstância da ação verbal, como tempo, condição...)
Feita essa recapitulação, podemos agora estabelecer a diferença entre as orações
desenvolvidas e as reduzidas.
As desenvolvidas terão conjunção integrante, pronome relativo ou
conjunções adverbiais. Além disso, o verbo estará conjugado.
Por outro lado, as reduzidas não terão esses “conectivos” e os verbos não estarão
conjugados, aparecerão em suas formas nominais: infinitivo (comer), particípio
(comido) e gerúndio (comendo). Podem vir com preposição, mas não vêm com
conjunção nem pronome relativo. São menores, pois têm menos elementos.
Basicamente, desenvolver uma oração reduzida é (1) inserir nela uma conjunção
(ou pronome relativo) e (2) conjugar seu verbo. Ok, ok, ok. Vamos ver isso na
prática:
Ex: Ao me ver, não me cumprimente! (oração reduzida de infinitivo: sem
conjunção; com verbo no infinitivo e com preposição)
Ex: Quando me vir, não me cumprimente! (oração desenvolvida, com conjunção
temporal “quando”, verbo conjugado no futuro do subjuntivo)
Viram a equivalência? Essa é uma forma de reescritura. Vamos a outro exemplo:
Ex: Vi alguém chorando! (oração reduzida de gerúndio: verbo no gerúndio, sem
conjunção)
Ex: Vi alguém que chorava. (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
imperfeito; pronome relativo “que”)
Ex: Li um livro explicando esse tema. (oração reduzida de gerúndio: verbo no
gerúndio, sem conjunção)
Ex: Li um livro que explicava esse tema. (oração desenvolvida: verbo conjugado,
no pretérito imperfeito; pronome relativo “que”)

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Vejamos agora uma reduzida de particípio:


Ex: Terminado o serviço, foi embora. (oração reduzida de particípio: verbo no
particípio; sem conjunção)
Ex: Assim que terminou o serviço, foi embora (oração desenvolvida: verbo
conjugado, no pretérito perfeito; conjunção temporal “assim que”)
Cuidado: na conversão, temos que manter o tempo correlato da oração principal
e também a voz verbal. Ao inserir a conjunção “que”, o verbo tende a ir para o
subjuntivo.
Vamos ver aqui alguns exemplos de orações reduzidas de infinitivo, pois são as
mais cobradas, especialmente as substantivas, pois desempenham maior
variedade de funções sintáticas.
1 - Subordinadas Substantivas
a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.
d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.
e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.

2 - Subordinadas Adverbiais
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, ele se emocionou.

#FICA A DICA: Vejam estruturas clássicas das orações reduzidas, temos:


Ao + infinitivo – Tempo: Ao chegar, avise.
A + infinitivo – Condição: A persistirem os sintomas, consulte um médico.
Por + Infinitivo – Causa: Por ser muito capacitado, ganhava muito dinheiro.
Sem + Infinitivo – Concessão: Sem se preparar, passou no concurso.
Sem + Infinitivo – Condição negativa: Sem se preparar, não passará no concurso.

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3 - Subordinadas Adjetivas
Ex. Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (...que negligencia)
Ex. Esse é o último livro a ser escrito por Machado de assis. (...que foi escrito...)
OBS: Nem sempre o sentido de uma oração reduzida é óbvio e indiscutível, de modo que
a conversão em oração desenvolvida (e vice-versa) pode ser feita de mais de uma
maneira, tudo vai depender do contexto.
Ex: Em se plantando, tudo dá. (Quando plantamos – tempo/Se plantarmos – hipótese)
Ex: Quando o verão chegar, ficaremos felizes. (Ao chegar o verão/ Chegado o verão/
Chegando o verão)
Além disso, há diversas orações reduzidas fixas, “cristalizadas” na língua, que não
conseguimos desenvolver:
Ex: Coube-nos pagar a conta.
Ex: Não há mais tentar ou negociar agora
Ex: Ele, além de ser bonito, era gentil.
Ex: “Em vez de você viver chorando por ele, pense em mim...”
Ex: Longe de desanimar, empolgou-se.
Ex: Não faz outra coisa senão estudar.
Portanto, não enlouqueça tentando dar o “sentido” de todas as orações e fazer a conversão
em cada caso. Não é viável nem é necessário para a prova, ok?

85. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)


A pedagoga acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos, que,
diferentemente das crianças, têm maior capacidade de concentração ao
estudar em casa. Apesar das exigências, o método de ensino permite que o
aluno organize seu próprio horário de estudos e concilie a graduação com um
emprego.
No texto, a oração “ao estudar em casa” tem sentido equivalente ao da oração
A) ao passo que estudam em casa.
B) ainda que estudem em casa.
C) quando estudam em casa.
D) porque estudam em casa.
E) por estudarem em casa.
Comentários:
A oração temporal “ao estudar” é forma reduzida. Para desenvolvê-la, precisamos
devolver a conjunção temporal e conjugar o verbo: quando estudam em casa.
Gabarito letra C.
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86. (FCC / TRT 11ª Região / 2017)


Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos...
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser
substituído por:
a) através de que se pedia
b) que lhe pedia
c) da qual pedia-lhe
d) onde pedia-se
e) em que se pedia
Comentários:
A oração introduzida por “pedindo conselhos” limita, especifica, dá característica a
‘conhecido’. Então, podemos dizer que ela é “adjetiva” e está “reduzida de
gerúndio”, já que não veio com pronome relativo. Observe a equivalência:
Freud uma vez recebeu carta de umconhecido que lhe pedia conselhos.
Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos.
Gabarito letra B.
87. (FGV / Agente Administrativo / IBGE / 2017)
“Com as novas medidas para evitar a abstenção, o governo espera uma
economia vultosa no Enem”.
A oração reduzida “para evitar a abstenção” pode ser adequadamente
substituída pela seguinte oração desenvolvida:
a) para que se evitasse a abstenção;
b) a fim de que a abstenção fosse evitada;
c) para que se evite a abstenção;
d) a fim de evitar-se a abstenção;
e) evitando-se a abstenção.
Comentários:
Para resolver uma questão desse tipo, devemos focar no procedimento. Se
queremos “desenvolver”, basicamente temos que devolver o conectivo e conjugar
o verbo, descartando a forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio).
De cara, podemos eliminar as alternativas que mantenham as formas nominais.
Riscamos “evitar-se”, na letra D e “evitando-se”, na letra E.
Então, bastava lembrar que precisamos manter o tempo original na conversão, o
presente. Assim, eliminamos “evitasse”, na letra A e “fosse evitada”, na letra B,
porque há verbos no pretérito.
Ficamos então com a letra C, no presente: para que se evite a abstenção.
O verbo está conjugado no presente do subjuntivo e temos conector “para que”.

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Temos então uma oração desenvolvida adequada e equivalente a “para evitar a


abstenção”.
88. (FGV / Prefeitura de Paulínia / Procurador / 2016)
“É próprio das famílias numerosas brigarem, fazerem as pazes e tornarem a
brigar.” (Machado de Assis)
Se transformarmos as orações reduzidas, sublinhadas na frase acima, em
orações desenvolvidas de modo adequado, a nova forma será:
a) as brigas, a realização das pazes e a volta às brigas
b) que brigassem, que fizessem as pazes e tornassem a brigar.
c) que tenham brigado, que tenham feito as pazes e que tenham tornado a
brigar.
d) que briguem, que façam as pazes e tornem a brigar.
e) que brigam, que fazem as pazes e tornam a brigar.
Comentários:
Para desenvolver uma oração reduzida, temos dois passos: inserir a conjunção e
conjugar o verbo, mantendo o tempo correlato da oração principal.
Dessa forma, já podemos eliminar a letra A, pois não tem verbo conjugado, apenas
nomes. O tempo da oração principal é o presente do indicativo “é”; então podemos
descartar a letra B, que traz pretérito imperfeito do subjuntivo, e a letra C, que
traz tempo composto (ter+particípio).
Na letra D e na letra E, a oração subordinada está no presente. Porém, a conjunção
integrante “que” leva o verbo para o subjuntivo “que briguem é próprio das famílias
numerosas”. Na letra E, o “que” é pronome relativo, introduzindo uma oração
adjetiva, o que não tem nada a ver com a oração do enunciado, que é substantiva.
Se você não entendeu o motivo de não poder ser a letra E, compare essas duas
frases:
Ex. É importante que ele faça exercícios.
Ex. É importante que ele faz exercícios.
Somente a primeira está correta e poderia corresponder a uma reduzida de
infinitivo: é importante ele FAZER exercícios. Gabarito letra D.
89. (ESAF / Analista MPOG / 2015) adaptada
Os cristãos enfrentam uma perseguição cada vez maior em todo o mundo,
alimentada principalmente pelo extremismo islâmico e por governos
repressivos.
Julgue o item a seguir.
O trecho “alimentada principalmente pelo extremismo islâmico e por governos
repressivos" é uma oração reduzida de gerúndio.
Comentários:

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O gerúndio tem terminação –NDO. Temos uma oração reduzida de “PARTICÍPIO”.


Se desenvolvêssemos a oração, veríamos seu valor adjetivo, algo como:
Os cristãos enfrentam uma perseguição cada vez maior em todo o mundo, que é
alimentada principalmente pelo extremismo islâmico e por governos repressivos.
Questão incorreta.
90. (FGV / IBGE / 2016)
“Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz escreveu outro conceito”;
aoração “Sem pedir licença” pode ser adequadamente substituída pela
seguinte oração desenvolvida:
a) Sem que pedisse licença;
b) Sem o pedido de licença;
c) Sem que peça licença;
d) Sem a petição de licença;
e) Sem que havia pedido licença.
Comentários:
As orações reduzidas são formas equivalentes às orações desenvolvidas, com a
diferença de que trazem uma forma nominal do verbo. A grosso modo, podemos
dizer que a oração desenvolvida traz um verbo conjugado e a reduzida traz o
mesmo verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio.
No caso da questão, “sem pedir” licença é uma oração adverbial reduzida de
infinitivo, pois o verbo se encontra nessa forma nominal. As letras B e D estão
descartadas, pois trazem substantivos, não trazem verbo. A letra C tem verbo,
mas apresenta erro de correlação: “peça/pegou”. A letra E também traz erro de
correlação, o que faz com que não tenha sentido. A letra A é o gabarito, pois
traz o verbo conjugado, em tempo corretamente relacionado ao verbo da oração
principal e com sentido perfeitamente equivalente.

Paralelismo
Como o nome sugere, paralelismo é o uso de estruturas paralelas, simétricas, com
estrutura gramatical idêntica ou semelhante. Para escrever bem e organizar bem
o pensamento, a norma culta recomenda que só devemos coordenar frases que
tenham constituintes do mesmo tipo (adjetivo com adjetivo, substantivo com
substantivo, termo preposicionado com termo preposicionado, oração
desenvolvida com oração desenvolvida...); então, fere o paralelismo sintático o
uso de estruturas estruturalmente diferentes em uma coordenação/enumeração
de termos de mesmo valor sintático. Vejamos isso na prática, usando os exemplos
mais relevantes para a prova:
Ex: Tenho um primo inteligente e que tem muito dinheiro.
Algum problema? Aparentemente nenhum, não é?

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Porém, essa oração não foi construída com paralelismo, pois coordena dois termos
com mesma função sintática (adjunto adnominal de “primo”), mas que não têm a
mesma forma. Temos adjetivo (inteligente) no primeiro item, mas uma oração
adjetiva no segundo (que tem muito dinheiro), uma estrutura diferente,
assimétrica. Ajustando o paralelismo, teríamos uma oração com ambos os termos
em forma de adjetivo simples.
Ex: Tenho um primo inteligente e rico.
Haveria paralelismo também se os dois termos viessem com forma de oração
adjetiva.
Ex: Tenho um primo que é inteligente e que é rico.
Veja outro exemplo:
Ex: Estudo por estar desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
Não houve paralelismo, as estruturas são diferentes: o primeiro adjunto adverbial
de causa veio em forma de oração reduzida, e o segundo veio em forma de
oração desenvolvida. Reescrevendo com estruturas paralelas, teríamos:
Ex: Estudo por estar desempregado e por aspirar a uma vida melhor.
(estruturas simétricas: duas orações reduzidas de infinitivo)
Ex: Estudo porque estou desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
(estruturas simétricas: duas orações desenvolvidas)
OBS: Por serem estruturas equivalentes, podemos coordenar sem paralelismo
adjetivos e locuções adjetivas e também advérbios e locuções adverbiais.
Ex: João é rude e sem paciência. Anda sempre rapidamente e com pressa.
Os principais elementos coordenativos que estabelecem relações de paralelismo
são: Conectivos aditivos como E, Nem e as Correlações de valor aditivo (não
só/somente X...mas/como também Y; tanto X...quanto Y) ou de valor
alternativo (Ou X....Ou Y, Quer X...Quer Y, Seja X...Seja Y):
Ex: É necessário que você estude E que você revise (coordenação paralela de
orações)
Ex: Não só trabalho, como estudo. (coordenação paralela de orações)
Ex: Comprei não só frutas, mas também legumes. (coordenação paralela de
substantivos)
Ex: Não gosto de que me ofendam, nem de que me elogiem demais.
(coordenação paralela de orações desenvolvidas)
Ex: Não gosto de ser ofendido, nem de ser elogiado demais. (coordenação
paralela de orações reduzidas)
Ex: Não gosto de chuva, nem gosto de sol. (coordenação paralela de substantivos)
Ex: Ou você estuda, ou vai continuar sofrendo com desemprego. (coordenação
paralela de orações desenvolvidas)
Ex: Seja por bem, seja por mal, serei aprovado. (coordenação paralela de orações
termos preposicionados)
Então, se nos exemplos acima, modificássemos a estrutura de um dos termos,
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feriríamos o paralelismo, por exemplo:


Ex: Não gosto de chuva nem de que faça sol. (Sem paralelismo: o primeiro
objeto indireto é um substantivo, o segundo é uma oração).
Partículas “explicativas” como “isto é”, “ou seja”, “quer dizer” e similares exigem
normalmente paralelismo gramatical entre os elementos que coordenam.
Ex: João partiu desta para uma melhor, ou seja, morreu.
Então, observamos que o período a seguir traz uma assimetria de estruturas, pois
o primeiro termo, um adjunto adverbial de meio/instrumento, veio em forma
nominal, e o segundo veio em forma de oração. Veja:
Ex: Ricardo enriqueceu com investimentos arriscados, isto é, negociando
ações na bolsa de valores.
Uma forma de ajustar seria:
Ex: Ricardo enriqueceu com investimentos arriscados, isto é, com negociação
de ações na bolsa de valores. (ambas com forma nominal)

E aí, pessoal? Entenderam o espírito da coisa? A lógica geral é essa acima, os


elementos coordenados devem ter forma similar, isso vale para enumeração de
quaisquer termos, sujeitos, complementos, adjuntos adverbiais etc... Estudaremos
também alguns detalhes sobre paralelismo, contextualizados especificamente nos
assuntos de concordância, regência e crase.
Agora, vamos analisar algumas frases retiradas de prova e avaliar o paralelismo:
1) Os empregados daquela firma planejam nova manifestação pública e interditar o
acesso pelo viaduto principal da cidade.
Observe que o primeiro complemento de “planejam” tem forma nominal e o
segundo tem forma de oração. Não houve paralelismo.

2) Mande-me tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e se meu tio
encontrou os documentos que procurava.
Veja que o segundo termo coordenado não tem a forma necessária para ser
complemento de “Mande-me”, não poderíamos dizer “Mande-me se meu
tio encontrou os documentos que procurava.
Para ajustar, deveríamos, por exemplo, incluir um outro verbo, que aceitasse
corretamente os dois complementos:
Descubra tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e (descubra)
se meu tio encontrou os documentos que procurava.
A propósito, o contrário também é válido. Se tivermos dois verbos com um mesmo
complemento, esse complemento deve ser capaz de atender a regência dos dois

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verbos. Não podemos usar um mesmo complemento para verbos com regências
diferentes. Por exemplo:
Ex: Esse é o contrato que assinei e concordei.
“Concordar” pede preposição “com”, então seu complemento é um objeto indireto.
Já “assinar” pede um objeto “direto”, para corrigir, teríamos que ajustar de alguma
forma a preposição que foi “comida”, por exemplo:
Ex: Esse é contrato que assinei e com que concordei.
Por essa mesma lógica, seria incorreto dizer: Eu gosto e respeito meu professor.
Analisemos mais um período quanto à observância do paralelismo.

3) O tumulto começava na esquina de minha rua e que era perto dos gabinetes do
ministro e do secretário.
Não houve paralelismo. O primeiro adjunto adverbial veio em forma
nominal, o segundo veio numa confusa estrutura de oração adjetiva.

Paralelismo Semântico.
Devemos observar também o paralelismo “semântico”, que se refere à coerência
de sentido entre os termos coordenados.
Ex: O policial fez duas operações: uma no Morro do Juramento e outra no
pulmão.
Embora haja paralelismo estrutural, não há paralelismo semântico, pois se
cordenam ideias sem relação: uma referência geográfica e um órgão objeto de
cirurgia. Até o sentido de “operação” muda. A frase fica incoerente porque a lógica
seria ligar dois lugares geográficos ou dois órgãos operados.
Ex: Heber tem um carro a diesel e um carro nacional.
Não há coerência nessa correlação entre o combustível do carro e sua origem. A
lógica linguística seria relacionar, por exemplo, um carro nacional e um importado,
ou um carro a diesel e um a álcool.
Para consolidar o entendimento, vejamos outro exemplo:
Ex: Rodrigo é gentil e técnico de informática.
Veja que, do ponto de vista lógico e pragmático, fora de um contexto maior,
também não é coerente correlacionar uma qualidade pessoal com uma profissão
como se fossem itens de um mesmo nível semântico.
POR OUTRO LADO, esse tipo de ruptura semântica pode ser justificado por
alguma lógica interna do contexto. Veja os exemplos clássicos de Machado de
Assis:
“Marcela amou-me durante quinze dias e onze contos de réis.”
“Gastei trinta dias para ir do Rócio Grande ao coração de Marcela.”
No primeiro exemplo, causa estranhamento a correlação entre uma medida de

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tempo e uma quantia em dinheiro. Contudo, o sentido implícito é de que tempo e


dinheiro são a mesma unidade, pois Marcela era interesseira e só amou enquanto
duraram os onze contos de réis.
No segundo exemplo, parece haver incoerência pela falta de paralelismo semântico
entre um lugar físico e o coração de uma mulher. Contudo, tomando-se
metaforicamente o “coração de Marcela” como um “ponto de chegada”, um
“objetivo”, a aparente incoerência se desfaz.
Por fim, deixo uma ressalva muito importante: pelo amor de deus, não saia por
aí achando que as bancas vão considerar uma frase sem perfeito
paralelismo como uma alternativa gramaticalmente errada. Não é assim
que funciona, os próprios autores que são referência sobre paralelismo declaram
abertamente que “o paralelismo não se enquadra em uma norma gramatical
rígida”, “não sendo uma operação obrigatória”. “Constitui, na verdade, uma diretriz
de ordem estilística – que dá ao enunciado uma certa harmonia...”. Então, o que
a banca costuma fazer é apenas perguntar se há paralelismo ou não ou pedir para
avaliar possibilidades de reescritura que observem o paralelismo.

91. (FGV / SEFIN RO / Contador / 2018)


Um dos conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto tenham
a mesma organização sintática numa enumeração.
No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que
pessoas se organizem em grupos...”, para que as duas frases tenham a
mesma organização, a mudança adequada seria:
a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.
b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes sociais”.
c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas em
grupos”.
d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam organizadas
em grupos”.
e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se em
grupos”.
Comentários:
A primeira frase traz uma oração reduzida “existir redes sociais”; a segunda,
diferentemente, traz uma oração desenvolvida: “que pessoas se organizem”.
Para que as duas frases observem o paralelismo sintático, devem estar ambas
reduzidas ou ambas desenvolvidas.
“Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível pessoas se
organizarem em grupos...” (ambas reduzidas)

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“Se hoje é possível que existam redes sociais; se é possível que pessoas se
organizem em grupos...” (ambas desenvolvidas)
Essa última construção paralelística, com ambas desenvolvidas, é a única que
temos entre as opções. Gabarito letra A.
92. (BIO-RIO / Assistente social / 2016)
O paralelismo sintático foi desobedecido na seguinte frase:
a) “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você
conseguiu”. (Dale Carnegie)
b) “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o
pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras”. (William Arthur Ward)
c) “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores,
valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da
semente”. (Henfil)
d) “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição”. (F.
Mauriac)
e) “Um acontecimento vivido é finito. Um acontecimento lembrado é
ilimitado”. (Walter Benjamin).
Comentários:
a) “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você
conseguiu”. (Certo. Verbo com verbo.)
b) “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o
pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras”. (Correto. As duas
orações formam par com idêntica estrutura.)
c) “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu
a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente”.
(Correto. As orações repetem idêntica estrutura.)
d) “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição”. (Opa! Aí
“deu ruim”! Houve violação do princípio do paralelismo sintático, porque o primeiro
núcleo do sujeito veio em forma de oração “construir castelos” e o segundo tomou
forma de simples substantivo, “destruição”.)
e) “Um acontecimento vivido é finito. Um acontecimento lembrado é
ilimitado”. (Correto. As estruturas são idênticas!).
Gabarito letra D.

Funções da palavra “QUE”


O “que” é palavra muito comum na língua e pode ter diversos usos e sentidos. Já
vimos essas funções e sentidos ao longo do curso, mas vamos sistematizar aqui:

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Preposição acidental:
Ex: Primeiro que tudo, tenho que passar na prova.
Pronome relativo:
Ex: O aluno que estuda passa.
Pronome indefinido:
Acompanha substantivo, tem ideia de “qual(is)” e pode ter sentido exclamativo.
Ex: Sei que (quais) intenções você tem com minha filha.
Ex: Que ideia mais descabida!
Ex: Que mulher tinhosa, hein!
Pronome interrogativo:
Ex: (O) Que houve aqui? (“o” é expletivo)
Ex: Não sei que (quais) intenções você tem com minha filha. (forma uma
interrogativa indireta, sem [?])
Substantivo:
Ex: Essa mulher tem um quê de cigana. (sempre acentuado)
Advérbio de intensidade:
Ex: Que chato!
Interjeição:
Ex: Que! Não acredito que fez isso! (expressa surpresa, admiração)
Partícula Expletiva: pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou semântico. A
função é apenas dar “realce”, “ênfase”:
Ex: Você é que manda (mais enfático que apenas “você manda”)
Ex: Fui eu que te sustentei, seu ingrato! (SER+QUE)
Ex: Quase que caí da varanda. Que trágico que seria.
Ex: Naturalmente que disse sim.
Conjunção explicativa:
Ex: Estude, que o edital já vai sair.
Conjunção Alternativa: Equivale ao par alternativo “quer X...quer Y”.
Ex: “Que chova, que faça sol, irei à praia”
Conjunção Adversativa:
Ex: Culpem todos, que não a mim! (mas não a mim)
Conjunção aditiva:
Ex: Você fala que fala hein, meu amigo!
Conjunção consecutiva:
Ex: Bebi tanto que passei mal.

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Ex: “Ele não sai à rua que não encontre um amigo”. (sem encontrar um amigo)
Conjunção comparativa:
Ex: Estudo mais (do) que você. (“do” é facultativo)
Conjunção final:
Ex: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
Ex: “Faço votos que sejas feliz!”
Conjunção Concessiva:
Ex: Estude constantemente, pouco que seja. (=ainda que pouco)
Conjunção Temporal:
Ex: “Agora que eu ia viajar, chove”.
Conjunção integrante: introduz orações substantivas, aquelas que podem ser
substituídas por [ISTO]:
Ex: Quero que você se exploda! = Quero [ISTO]
Ex: É preciso que estudemos. = Quero [ISTO]

Então, vamos ver melhor a análise sintática de uma oração substantiva, aquela
introduzida por conjunção integrante e substituível por ISTO. Cai muuuito!
Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Estava claro [ISTO]
Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.
Quero [que você se exploda!]
Quero [ISTO]
(Quem quer, quer algo). A oração tem função de objeto direto.
Detalhe!!! O “se” também pode ser conjunção integrante. Veja:
Não sei [se ele estuda seriamente!]
Não sei [ISTO]
(Quem sabe, sabe alguma coisa). A oração tem função de objeto direto.
Discordo [de que eles aumentem impostos].
Discordo [DISTO]
(Quem discorda, discorda de alguma coisa). A oração funciona como objeto indireto.
A certeza [de que vou passar na prova] me alivia.
A certeza [DISTO] me alivia.
(Quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa). Esse substantivo é abstrato, indica um
sentimento. Seu complemento preposicionado tem valor paciente, é alvo da certeza.
Temos, então, uma oração com função de complemento nominal.

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93. (AOCP / ITEP-RN / PERITO CRIMINAL-PSICOLOGIA / 2018)


Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado é uma conjunção
integrante.
(A) “No momento em que eu apenas uso o rótulo, perco a chance de ver
engenho e arte.”
(B) “Examino a obra em si, não a obra que eu gostaria de ter feito [...]”.
(C) "Sociedades abertas crescem mais do que sociedades fechadas.”
(D) “Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia
cochilar [...]”.
(E) “Inexiste ser humano que não possa ser alvo de questionamento.”
Comentários:
(A) “Que” retoma “momento”, é pronome relativo (o momento no qual eu uso o
rótulo)
(B) “Que” é pronome relativo e retoma “a obra”.
(C) “Que” faz parte de uma estrutura comparativa.
(D) Horácio garantia algo. Garantia o quê?
Garantia [que até o hábil Homero poderia cochilar]
Garantia [ISTO]
Por introduzir uma oração substantiva, sabemos que o “que” é conjunção
integrante.
(E) “Que” é pronome relativo e retoma “ser humano”.
Gabarito letra D.
94. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão
elementar deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem
sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando,
pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e
prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que
vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “que” recebe a mesma classificação em ambas as ocorrências no
trecho “que daí é que vêm os enganos piores”.
Comentários:

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O primeiro “que” é conjunção explicativa; o segundo, palavra expletiva de realce


(SER + QUE), veja que sua retirada não causa prejuízo sintático ou semântico:
daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
daí vêm os enganos piores, não da ignorância.
Questão incorreta.
95. (FCC / TRT 24ª REGIÃO / 2017)
No trecho “Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos”, no início do
primeiro parágrafo, o “que” exerce função pronominal. Outro trecho do texto
em que essa palavra exerce a mesma função é:
a) De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que
atuam no campo de pagamentos eletrônicos... (3º parágrafo)
b) Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais
difícil detectar se uma transação é fraudulenta ou verdadeira... (1º parágrafo)
c) O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento
do número de transações on-line... (2º parágrafo)
d) Também vale notar que o desvio de pagamentos pode causar perda de
clientes... (3º parágrafo)
e) Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado... (4º
parágrafo)
Comentários:
Somente na letra A, o “que” é pronome relativo e retoma um antecedente.

a) organizações que atuam no campo de pagamentos eletrônicos... (retoma


“organizações”, introduzindo oração adjetiva restritiva)
Nas demais opções, temos conjunção integrante. Poderemos substituir as orações
substantivas por [ISTO]
b) Mais de um terço (38%) das organizações reconhece [que é cada vez mais
difícil detectar se uma transação é fraudulenta ou verdadeira]
Mais de um terço (38%) das organizações reconhece [ISTO]
c) O estudo revela [que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento
do número de transações on-line]
O estudo revel a [ISTO]
d) Também vale notar [que o desvio de pagamentos pode causar perda de
clientes...]
Também vale notar [ISTO]
e) Conclui-se [que a fraude não é o único obstáculo a ser superado...]
Conclui-se [ISTO]
Gabarito letra A.

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96. (FCC – TRT 11ª / Técnico / 2017)


Julgue o item a seguir.
Ambos os elementos sublinhados em “Freud sabia que as razões que mais
pesam.” são pronomes.
Comentários:
O primeiro “que” é conjunção integrante: Freud sabia [ISTO]
O segundo “que” é pronome relativo e retoma “as razões”.
Questão incorreta.
97. (CESPE / TRE-PI / 2016)
“É a primeira vez, desde a regulamentação da medida em 2011, que o
mecanismo é adotado no Brasil.”
No último período do texto Situação de emergência, o vocábulo “que” foi
empregado como
a) conjunção integrante. b) conjunção comparativa. c) advérbio.
d) pronome relativo. e) partícula expletiva.
Comentários:
Vamos eliminar o aposto explicativo, entre vírgulas: É a primeira vez que o
mecanismo é adotado no Brasil > É a primeira vez [ISTO] > [ISTO] é a primeira
vez.
A conjunção integrante “que” introduz uma oração substantiva, com função de
sujeito.
Gabarito letra A.
98. (IADES / HEMOCENTRO /2017)
Considerando o segundo parágrafo, nas orações “Os glóbulos vermelhos
(eritrócitos ou hemácias) têm uma identidade que permite a classificação” e
“É possível que filhos tenham tipo sanguíneo diferente”, os termos
sublinhados classificam-se, respectivamente, em
a) pronome relativo e conjunção coordenativa explicativa.
b) conjunção subordinativa consecutiva e conjunção subordinativa causal.
c) partícula expletiva e pronome relativo.
d) preposição e conjunção coordenativa adversativa.
e) pronome relativo e conjunção subordinativa integrante.
Comentários:
Os glóbulos vermelhos têm uma identidade que permite a classificação
O primeiro “que” retoma o substantivo “identidade”, ou seja, é pronome relativo
É possível [que filhos tenham tipo sanguíneo diferente]

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É possível [ISTO] >>> [ISTO] É possível


O “que” acima não retoma substantivo, é conjunção integrante e introduz oração
subordinada substantiva com papel de sujeito. Gabarito letra E.
99. (FGV / CODEBA / Administrador/2016)
“Autores de relatórios que têm leitores definidos podem pressupor que
compartilham com seus leitores um conhecimento geral sobre a questão
abordada”.
A frase em que os vocábulos sublinhados possuem, respectivamente, as
mesmas classes gramaticais – pronome relativo e conjunção integrante – que
as sublinhadas nesse segmento do texto é:
a) Ouvi, com humilde admiração, uma senhora declarar que a sensação de
estar bem-vestida dava-lhe um sentimento de tranquilidade interior que a
religião não lhe podia conferir.
b) É o uniforme que faz esquecer aquele que o veste.
c) O que é a felicidade além da simples harmonia entre o homem e a vida
que ele leva?
d) Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você
conseguiu.
e) O otimista é um cara que acredita que o que está para acontecer será
adiado.
Comentários:
a) Conjunção integrante/Pronome relativo.
b) Partícula expletiva (SER+QUE)/Pronome relativo
c) Pronome interrogativo/Pronome relativo (daquilo que)
d) Pronome relativo (aquilo que)/Pronome relativo (daquilo que)
e) Pronome relativo (retoma “cara”)/Conjunção integrante.
Gabarito letra E.

Funções Sintáticas do “QUE” Pronome Relativo


Para efeito de análise sintática, interessa saber as funções que o “QUE” pode
assumir quando for pronome relativo.
O pronome relativo introduz orações adjetivas e retoma o termo
antecedente, pois tem função anafórica e remissiva.
Para identificarmos a função sintática do pronome relativo, temos que olhar para
o termo que ele retoma e atribuir a mesma função sintática desse referente.
Então basicamente devemos seguir três passos:
1) Isolar a oração adjetiva, iniciada pelo “QUE” pronome relativo.

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2) Dentro dessa oração, substituir o “QUE” por seu antecedente.


3) Organizar a oração e analisar a função do antecedente que substituiu o
pronome. A função que esse termo assumir é a função do “QUE”. Vejamos:

A menina [que roubava livros] foi presa.


[que roubava livros]
[A menina roubava livros]
“que” retoma “a menina”> “que” roubava = a menina roubava> menina seria
sujeito, então“que” é sujeito.

O filme a [que me referi] é meio chato.


a [que me referi]
a [o filme me referi]
[me referi ao filme]
“que” retoma filme > Me referi a “que” = Me referi a “o filme”. O filme seria
objeto indireto, então “que” é objeto indireto.
Enfim, essa é a lógica aplicável aos outros pronomes relativos e às outras funções
sintáticas. Vejamos:

✓ Sujeito: Estes são os atletas que representarão o nosso país. (atletas


representarão)

✓ Objeto Direto: Comprei o fone que você queria. (queria o fone)


✓ Objeto Indireto: Este é o curso de que preciso. (preciso do curso)
✓ Complemento Nominal: Estas são as medicações de que ele tem necessidade.
(necessidade de medicações)

✓ Predicativo do Sujeito: Ela era a esposa que muitas gostariam de ser. (ser a esposa)
✓ Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado. (atacado pelo animal)
✓ Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (chegaram
no dia).

100. (CONSULPLAN / Ana. Jud. / TRF 2ª Região / 2017)


Em “a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar!” o termo destacado
indica, sintaticamente, a mesma função exercida pelo termo grifado em:
a) “a obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de
filme, lançado em 1996.”
b) “o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra
[...]”

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c) “A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar
d) “decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra.”
Comentários:
Para saber a função sintática do “que” pronome relativo, devemos olhar para o seu
antecedente e ver qual função sintática ele assume se o substituirmos pelo próprio
“que”:
Primeiro, isolamos a oração adjetiva, iniciada pelo “que”:

Daqueles [que mandou matar]


Depois, substituiremos o antecedente do “que” (aqueles) dentro da oração. O “d”
antes de aqueles estabelece uma relação de posse (poeira daqueles), então o
referente é “aqueles”.
[aqueles mandou matar] > [mandou matar aqueles]
Matar alguém, matar aqueles, temos que o termo “aqueles” é objeto direto de
“matar”. Logo, o “que” tem função de objeto direto.
O mesmo ocorre na oração:

uma metáfora [que o Direito usa para tentar]


[uma metáfora o Direito usa para tentar]
[o Direito usa uma metáfora para tentar]
Temos então, que “uma metáfora” é objeto direto de “usa”.
Gabarito letra C.
Nas demais opções, o “que” tem função sintática de sujeito, porque retoma um
referente que seria sujeito dentro da oração adjetiva entre colchetes.
101. (CESPE / PM MA / 2017)
No período “As células imploram pelo açúcar que não conseguem
receber, e que sai, literalmente, na urina”, o vocábulo “que”, nas duas
ocorrências, tem o mesmo referente e desempenha a função sintática de
sujeito nas orações em que se insere.
Comentários:
Vejamos:
Açúcar [que não conseguem receber] (vamos trocar o “que” pelo seu referente)
[Açúcar não conseguem receber] > [não conseguem receber Açúcar]
Açúcar é objeto direto de “receber”; logo, o “que” tem função de objeto.
Vejamos a outra oração:
Açúcar [que sai na urina] (vamos trocar o “que” pelo seu referente)

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[Açúcar sai na urina]


O açúcar sai, é o sujeito de “sair”, então o “que” tem função de sujeito. As funções
sintáticas, são, portanto diferentes. Questão incorreta.
102. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo
econômico, por tributos que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito
de criar maior desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo,
produção e lucros que compensam a tributação sobre a riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto 1A10AAA, é
A) oculto.
B) composto.
C) indeterminado.
D) inexistente.
E) simples.
Comentários:
Para saber a função do “que” dentro da oração adjetiva, precisamos trocar o “que”
por seu antecedente e depois analisar a função que assume:
tributos [que incidam]
[tributos incidam]
Ora, os tributos incidem, “tributos” assume função de sujeito; logo, o “que” é
sujeito, classificado como simples, por ter apenas um núcleo, o próprio pronome.
Gabarito letra E.
103. (AOCP / EBSERH / Técnico em Enfermagem / 2016)
Em “lembra-se de algo bizarro que aconteceu quando você tinha 13 anos!”,
o termo em destaque
a) é um pronome relativo que exerce a função de objeto direto.
b) é um pronome relativo que exerce a função de sujeito.
c) é uma conjunção integrante que retoma “algo bizarro”.
d) é uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada
adjetiva.
e) é um pronome relativo que exerce a função de objeto indireto.
Comentários:
Vamos olhar para a palavra que está antes do “que”. É o termo “ algo bizarro”,
que está sendo retomado. O “que”, então, é um pronome relativo e sua função
sintática vai ser a mesma que teria o termo que ele retoma; então, troquemos o
pronome pelo antecedente dentro da oração adjetiva:
[que aconteceu] > [Algo bizarro aconteceu.]

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Se “algo bizarro” assumiria papel de sujeito dentro da oração adjetiva, então o


“que” tem função de sujeito. Gabarito letra B.
A propósito, “algo bizarro” não faz parte da oração adjetiva e funciona como objeto
direto dentro da oração principal: “lembra-se de algo bizarro”. O sujeito é “que”!

Funções da palavra “SE”


A palavra “SE” pode ter muitas funções, vejamos de forma compilada as
principais:
Pronome apassivador (PA): Acompanha um verbo transitivo direto e indica voz
passiva.
Ex: Vendem-se casas.
Partícula de indeterminação do sujeito (PIS): Acompanha os verbos que não
possuem objeto direto, isto é, verbos intransitivos, transitivos indiretos e de
ligação.
Ex: Vive-se bem aqui.
Ex: Trata-se de uma exceção.
Ex: Sempre se está sujeito a erros.
Conjunção integrante:
Ex: Não quero saber se ele nasceu pobre. (não quero saber isso; introduz uma
oração substantiva objetiva direta)
Conjunção condicional:
Ex: Se eu estudar sempre, serei aprovado.
Conjunção causal: Equivale a “já que” e expressa um fato “real”, visto como
causa.
Ex: “Se você gosta dela, por que não a procura?” (Procuro porque gosto)
Ex: “Se não vale a pena desistir, eu devo concluir a missão” (Concluo porque não
vale a pena desistir)
Pronome reflexivo: Indica que o agente pratica uma ação em si mesmo.
Ex: Minha tia se barbeia.
Ex: O menino feriu-se com a faca.
Nesse caso, “se” tem função sintática de objeto direto, pois o sujeito e o objeto
são a mesma pessoa. Acompanham verbos que indicam ações que podem ser
praticadas na própria pessoa ou em outra.
Pronome recíproco:
Ex: Irmão e irmã se abraçaram. Nesse caso, equivale a abraçaram um ao outro
e o “SE” terá função sintática de objeto direto.
Parte integrante de verbo pronominal (PIV):

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Ex: Candidatou-se à presidência e se esforçou para ser eleito.


Ex: Certifique-se do horário.
Ex: Ele sempre se queixa da família.
NÃO CONFUNDA o “SE” reflexivo com o dos verbos pronominais, em que o “se” é
parte integrante do verbo, que não pode ser conjugado sem ele, como atrever-
se, alegrar-se, admirar-se, orgulhar-se, levantar-se, arrepender-se, materializar-
se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se, sentar-se, suicidar-se, concentrar-se,
afogar-se, precaver-se, partir-se (quebrar)...
Os verbos pronominais são quase sempre Intransitivos ou Transitivos Indiretos.
Isso já ajuda a distinguir da vozes passiva e reflexiva. Além disso, o “SE” dos
verbos pronominais não exerce função sintática alguma.
Partícula expletiva de realce:
Pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou semântico.
Ex: Vão-se minhas últimas economias.
Ex: Passaram-se anos e ela não voltou.
Fique atento, a banca vai te remeter a um trecho e dizer que o “se” destacado é
um desses acima, quando, na verdade, será outro. Por exemplo, vai dizer que o
“Se” indica voz passiva, quando na realidade vai indicar sujeito indeterminado, ou
condição, ou reflexividade...

Como não confundir todos esses tipos de “SE”?


Neste momento, vou mergulhar numa questão que os livros e materiais de concurso
costumam evitar, seja pela complexidade, seja pela divergência entre bancas e
gramáticos. Mesmo assim, prefiro pecar pelo excesso, rs...Venham comigo!
A classificação do “SE”, especialmente nos casos de Voz Passiva, Reflexiva e Verbo
Pronominal, não é unânime nem mesmo entre os gramáticos, então não se desespere se
você se deparar com uma situação em que mais de uma análise faça sentido. Isso ocorre
também porque muitos verbos pronominais tinham historicamente sentido reflexivo e o
foram perdendo, como “sentar-se”, “admirar-se”, “orgulhar-se” “candidatar-se”. Além
disso, verbos com pronome são genericamente classificados como “pronominais”, o que
acaba misturando casos de pronome reflexivo e parte integrante.
Se você estudar e revisar esta matéria, perceberá que a maior parte dos “SE” é bem fácil
de distinguir. A “zona cinzenta” está mesmo nos casos em ele se liga a verbos. Então,
tentemos sempre nos guiar por alguns critérios semânticos gerais:
1) Nos casos de voz passiva, além do verbo transitivo direto, primeiro fator que deve ser
considerado, deve estar bem claro que há sentido passivo, ou seja, que há um agente
“externo” praticando aquela ação e o sujeito do verbo tem que estar sofrendo a ação.
Ex: João se vacinou/se batizou/se curou.
Ora, temos voz passiva, pois alguém vacinou/batizou/curou João: o médico, o padre, o
curandeiro etc... de forma que ele recebe essas ações de um agente externo,

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passivamente.
2) A dica sintática é: Os verbos pronominais são transitivos indiretos ou
intransitivos. Os verbos com sentido reflexivo normalmente serão transitivos
diretos, o “SE” como objeto indireto é pouco comum. Dessa forma, na sua prova, se
o verbo for transitivo “indireto”, com certeza não há voz passiva muito dificilmente vai
haver voz reflexiva.
Pelo aspecto semântico, para haver voz reflexiva deve estar bem clara no texto a noção
de um ser animado ou ente personificado deliberadamente praticando uma ação
em si mesmo.
Ex: Maria se penteia cuidadosamente. (Maria opera o pente e recebe a ação de ser
penteada, esse é sentido reflexivo clássico, que deve estar evidente no contexto.)
Ex: João se amarrou ao tronco durante o furacão. (João prende a si mesmo no tronco, ele
“amarra” e “é amarrado” ao tronco)
Quando o sujeito não é o agente efetivo da ação, por ser ela espontânea ou independente
da sua vontade, não devemos pensar em voz reflexiva nem em voz passiva. Teremos o
“SE” como parte integrante do verbo.
Ex: A criança caiu do bote e se afogou.
Não temos como pensar em voz reflexiva, pois a criança não “afogou a si própria”, afogar-
se é verbo intransitivo e temos uma ação espontânea, independente da vontade do sujeito.
Não há também um agente externo “afogando” o menino, então não há voz passiva.
Ex: O barco se partiu nas rochas.
Não temos voz passiva, pois não há alguém exterior ao sujeito quebrando o barco.
Sintaticamente, também não é possível ver “nas rochas” como sujeito, pois é um termo
preposicionado. Além disso, o sujeito é “o barco”.
Não temos voz reflexiva, pois o barco não está partindo a si mesmo. O barco arrebentar
é um efeito natural, uma ação espontânea. Também não temos “partícula de realce”, pois
não conseguimos tirar o “SE” sem prejuízo. Isso tudo indica que o “SE” é parte integrante
do verbo.
Ex: “As nuvens se movimentam rapidamente”
Observe que não faz sentido pensar que as nuvens “movimentam a si mesmas”, pois
temos entes inanimados praticando uma ação espontânea, independente da sua vontade.
As nuvens se movimentam naturalmente.
Também não faz sentido pensar em voz passiva, pois não há nenhum ser exterior ao
sujeito praticando a ação de mover as nuvens e enquanto as nuvens “sofrem” essa ação.
Portanto, a conversão “as nuvens são movimentadas rapidamente” é inviável, pois tem
outro sentido. Essa “estranheza” e “artificialidade” na conversão indica que não havia
mesmo voz passiva.
3) Só existe dúvida entre voz passiva e reflexiva se houver logicamente a possibilidade
de o sujeito praticar a ação em si mesmo. Portanto, em “Consertam-se relógios”, só
podemos ter voz passiva, já que um relógio não pode consertar a si mesmo. Sabendo que
é muitas vezes impossível distinguir PIV de Pronome Reflexivo, a banca quase sempre vai
pedir mesmo a comparação com a voz passiva!
4) Justamente por haver tantas análises possíveis, em alguns casos, há ambiguidade
contextual:
Ex: Após o primeiro ato, vestiram-se a moça e o rapaz.

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Podemos entender que eles foram vestidos por alguém (voz passiva), que vestiram a si
mesmos (voz reflexiva) ou vestiram um ao outro, mutuamente (voz reflexiva recíproca)
Como disse, esses critérios não são infalíveis e misturam análises semânticas e sintáticas
alternadamente. Contudo, espero que ajudem justamente naqueles casos mais nebulosos.

104. (AOCP / ITEP-RN / AGENTE DE NECROPSIA / 2018)


Assinale a alternativa em que o “se” destacado introduz uma noção de
condição.
(A) “A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de
70 anos [...]”.
(B) “[...] há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas
públicas voltadas para esse fim [...]”.
(C) “[...] estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à
implantação de um marca-passo [...]”.
(D) “[...] o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como
fazer o curativo, medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida [...]”.
(E) “Essa medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio
entre idosos, não é o bastante.”.
Comentários:
Clássica questão sobre as funções do “SE”:
Vejamos:
a) Aqui, “SE” é apassivador (a taxa foi/está concentrada entre idosos acima de 70
anos)
b) Temos o “SE” condicional: caso o país tivesse políticas públicas voltadas para
esse fim, então teríamos um efeito: outras mortes seriam prevenidas.
c) O verbo “submeter-se” é pronominal, o “SE” é parte integrante dele.
d) Temos o “SE” apassivador (o cuidado é traduzido no cumprimento de tarefas)
e) O “SE” é indeterminador do sujeito, pois temos “tratar-se de”, VTI+SE.
Gabarito letra B.
105. (CESPE / STJ / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2018)
Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia política e moral
se debruçaram intensamente em torno dessa questão ao longo do século
XX.
Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,
eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de

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justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de


coisas.
Nos trechos “se debruçaram” e “se chegar”, a partícula “se” recebe
classificações distintas.
Comentários:
O primeiro é pronome reflexivo; o segundo é índice de indeterminação do sujeito,
já que temos a estrutura VTI + SE, sem identificação clara de quem chega “ao
estado de coisas”. Questão correta.
106. (CESPE / TCE PE / 2017)
...o ser humano se sente plenamente confortável com a maneira como as
coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na
acomodação.
No trecho “rendendo-se”, o pronome “se” indica que o sujeito dessa forma
verbal é indeterminado.
Comentários:
O sujeito está muito claro no texto: é “o ser humano”. O “SE” faz parte do verbo
“render-se”. Questão incorreta.
107. (CESPE / STM / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
A inclusão ou a omissão de uma letra ou de uma vírgula no que sai impresso
pode decidir se o autor vai ser entendido ou não, admirado ou ridicularizado,
consagrado ou processado.
A palavra “se” classifica-se como conjunção e introduz uma oração
completiva.
Comentários:
O “SE” é conjunção integrante e introduz uma oração que complementa o verbo
“decidir”, daí o nome completiva (complemento).
decidir [se o autor vai ser entendido ou não]
decidir [ISTO]
Temos então uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Questão correta.
108. (IBFC / EBSERH / Técnico em Enfermagem / 2016)
Considerando o emprego do pronome “se” em:
“A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos.”
Nota-se uma ambiguidade oriunda do emprego incomum da forma passiva
sintética. Desse modo, NÃO entendendo a construção como passiva, o leitor
compreenderia a passagem da seguinte forma:
a) A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma necessita de projetos
e afetos

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b) A alma tem suas dores, e para que seja curada necessita de projetos e
afetos
c) A alma tem suas dores, e para que se sinta curada necessita de projetos e
afetos
d) A alma tem suas dores, e para que a curem necessita de projetos e afetos
e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita de projetos e
afetos”
Comentários:
Questão muito interessante, porque toca numa grande polêmica gramatical, a
dúvida entre “voz passiva” e “reflexiva” em alguns contextos.
A voz passiva indica que o sujeito da frase, neste caso a “alma” sofre a ação “cura”
de forma que o pronome “se” é uma partícula apassivadora.
O enunciado pede uma construção que não apresente “alma” na construção
passiva, isto é, o exercício está pedindo uma oração em que o “se” não seja
tomado como uma partícula apassivadora.
Por conta da ambiguidade, é possível a interpretação do “se” como uma partícula
reflexiva. Na voz reflexiva o sujeito da oração “alma” precisa indicar uma
ação executada por ele mesmo e que recaia sobre ele.
Dessa forma, a única opção que apresenta essa característica de ação é a
alternativa A:
“A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma necessita de projetos e
afetos.”
Gabarito letra A.
109. (ESAF / ANAC / 2016) Adaptada
Em "se sustentavam" (Ao contrário dos balões, que se sustentavam na
atmosfera...) e "se elevassem" (os aviões precisavam de um meio para que
se elevassem por seus próprios recursos) o pronome "se" indica voz reflexiva.
Comentários:
O próprio texto dá a pista: se elevassem por seus próprios recursos. O avião eleva
a si mesmo e sustenta a si mesmo no ar. O “se” tem, de fato, sentido reflexivo.
Trata-se de um pronome reflexivo, com função de objeto direto. Questão correta.
110. (FGV / IBGE / 2016) - Adaptada
O pronome “SE” no primeiro período do texto (O aumento dos índices de
desemprego se refletiu nos resultados da PNAD já em 2014.) indica que esse
período está na voz passiva.
Comentários:
Temos “refletir-se EM”, verbo com transitividade INDIRETA. Então, o “SE” não é
pronome apassivador. Por uma análise semântica, não poderia ser voz passiva,
pois não é possível, no contexto, pensar em um agente refletindo o desemprego

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nos resultados e o desemprego sofrendo de forma paciente essa ação de ser


refletido. Questão incorreta.
111. (AOCP / EBSERH / 2016)
Em“Segundo Wild, se você não se sente à vontade para sair de casa [...]”, os
termos em destaque funcionam, respectivamente, como
a) conjunção subordinativa condicional e parte integrante do verbo.
b) conjunção subordinativa condicional e pronome apassivador.
c) índice de indeterminação do sujeito e parte integrante do verbo.
d) parte integrante do verbo e conjunção subordinativa condicional.
e) conjunção subordinativa condicional e índice de indeterminação do
sujeito.
Comentários:
O primeiro “SE” indica condição, já poderíamos ficar entre as letras A e B.
Já o segundo “SE”, em “se sente”, é parte integrante de um verbo pronominal,
que é conjugado com essa partícula: eu ME sinto, ele SE sente, nós NOS
sentimos... Não poderia ser voz passiva, pois não há sentido passivo, você não é
“sentido” por ninguém. O primeiro “se” não poderia ser índice de indeterminação
do sujeito pois o sujeito está bem claro e determinado, é “você”.
Gabarito letra A.
112. (CESPE / Prefeitura São Luis-MA / 2017)
Foi embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a
liberdade: os bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem
compaixão.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso fosse suprimido o
pronome “se”, em “sorriam-se”.
Comentários:
O verbo é “sorrir” (das minhas lágrimas). Esse “SE” não é exigido pelo verbo, está
ali somente para efeito de realce e pode ser retirado sem prejuízo. Temos uma
partícula expletiva de realce. Questão incorreta.

Funções da palavra “Como”


A palavra “como” também traz uma gama de classificações, muitas delas vistas ao
longo de nossas aulas. Vamos sistematizar aqui as mais importantes para nossa
prova. A palavra “como” pode ser:
Interjeição:
Ex: Como?! Não acredito no que estou ouvindo!
Verbo: representa a primeira pessoa do singular do verbo “comer”.

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Ex: Eu não como carne!


Conjunção aditiva: normalmente em “correlações aditivas”: tanto...como; não
só...como.
Ex: Tanto corro de dia, como nado à noite.
Ex: Não só estudo, como reviso diariamente.
Ex: Juntos na alegria como na tristeza (Houaiss).
Conjunção comparativa: estabelece um paralelo entre qualidades, ações,
entidades.
Ex: Ele canta como um anjo.
Ex: Amou sua mulher como se fosse a última (comparação hipotética).
Conjunção conformativa: indica que um fato ocorre conforme outro.
Ex: Como todos sabem, não existe milagre em concurso público.
Ex: O mundo é um moinho, como dizia Cartola.
Conjunção causal: Vem antecipada, antes da oração que indica a consequência.
Ex: Como choveu, a rua está toda molhada.
Pronome relativo: retoma substantivos como “modo”, “maneira”, “forma”, “jeito”
etc.
Ex: A maneira como você fala magoa as pessoas.
Ex: Essa não é a forma como você deve estudar.
Preposição Acidental: Normalmente com sentido de “por” ou “na qualidade de”.
Ex: Ele joga como atacante.
Ex: Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Ex: Os heróis tiveram como prêmio uma medalha.
Ex: As matérias de maior peso, como português e direito, são prioridade.
Advérbio Interrogativo:
Ex: Como lidar com as críticas desmedidas? (Advérbio interrogativo de modo em
interrogativa direta.)
Como advérbio, também pode iniciar oração substantiva “justaposta” (posta junto,
ao lado), um tipo específico de oração substantiva não introduzida por conjunção
integrante:
Ex: Desejo saber como vai. (oração subordinada substantiva objetiva
direta)
Ex: Ignoramos como ele gastou tanto dinheiro. (oração subordinada
substantiva objetiva direta)
Ex: Sua produtividade não está como a diretoria deseja. (oração subordinada
substantiva predicativa justaposta)
Ex: Até agora, não se sabe como ficarão as leis trabalhistas. (oração

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subordinada substantiva subjetiva justaposta)


Ex: Fui convencido de como deveria agir para vencer. (oração subordinada
substantiva completiva nominal justaposta)
Na oração substantiva que introduz, o “como” tem função de adjunto adverbial de
modo.
Advérbio de Intensidade:
Ex: Como é grande o meu amor por você.
Ex: Ninguém esquece como foi difícil passar. (oração subordinada
substantiva objetiva direta)
Ex: Descobrimos como eram infelizes os vaidosos. (oração subordinada
substantiva objetiva direta)
Nesses casos acima, o “como” equivale a “quão” (“quão infelizes”; “quão difícil”),
e introduz oração substantiva “justaposta”, uma oração substantiva não
introduzida por conjunção integrante. Como advérbio, o “como” exerce função de
adjunto adverbial na oração que introduz.
Não precisa ficar apavorado com tantas classificações. A banca não costuma
mergulhar nessas nomenclaturas e apenas pede o reconhecimento do “uso”, isto
é, foca principalmente no “sentido”, sem pedir o nome. Quer ver?

113. (FGV / TRT SC / Analista / 2017)


Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com
o tempo.
O valor semântico do termo sublinhado se repete no seguinte pensamento:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (Raoul
Dufy)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (Bertrand
Russell)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (Jean Rostand)
(D) As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia.
(M. Fernandes)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (Henri-Louis
Bergson)
Comentários:
Essa questão cobra os diversos usos da palavra “como”. No enunciado, o “como”
é preposição acidental, normalmente utilizada para citar “exemplos”. Esse uso se
repete na letra D:
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com o tempo.

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As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia


Vejamos as demais:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (pronome
relativo, retoma “maneira”)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (conjunção
comparativa: “teimoso como uma mula é teimosa”)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (conjunção
comparativa: “igual aos demais”)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (conjunção
comparativa, veja que o verbo está elíptico, por ser igual ao da oração anterior:
“Pense como um homem de ação pensa e aja como um pensador age”)
Gabarito letra D.
114. (FCC / ARTESP / 2017)
Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de
uma "nova revolução industrial", como define o secretário de Transportes
paulistano, Sérgio Avelleda.
O vocábulo como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de
sentido que a verificada em:
(A) Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no
cotidiano é desconhecido.
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização
dos carros autônomos.
(C) Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já
são uma realidade.
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é
realmente espantoso.
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros
no início do século 20.
Comentários:
O “como” destacado no enunciado é conjunção conformativa, assim como ocorre
na letra C:
"nova revolução industrial", conforme/segundo/consoante define o secretário de
Transportes paulistano, Sérgio Avelleda.
conforme/segundo/consoante dito no texto, os carros autônomos, com diferentes
tecnologias, já são uma realidade.
Vejamos o sentido do “como” nas demais alternativas:
(A) Como (porque) ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no
cotidiano é desconhecido. (conjunção causal)
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização

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dos carros autônomos.


Ainda não se sabe [isto]
[isto] Ainda não se sabe
[isto] Ainda não é sabido
Temos então o “como” introduzindo uma oração substantiva subjetiva, que será
chamada de “justaposta”, por não ser introduzida por conjunção integrante. Esse
“como” é classificado como advérbio.
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é
realmente espantoso. (pronome relativo, retoma “modo”)
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no
início do século 20. (conjunção comparativa)
Gabarito letra C.
115. (AOCP / HRF/ Analista / 2017)
Em “[...] falou sobre a importância das pessoas com deficiência serem vistas
como consumidoras, funcionárias e prestadoras de serviço.”,
Julgue o item a seguir.
O “como” exerce função de conjunção subordinativa comparativa.
Comentários:
Não há comparação. Aqui, o “como” tem sentido de “no papel de”. Trata-se de
uma preposição acidental introduzindo um predicativo de “pessoas com
deficiência”. Questão incorreta.
116. (CESPE / TRE TO / 2017)
Na época moderna, as eleições estão ligadas ao sistema de governo
representativo e ao preenchimento de 28 cargos executivos. É nessa época
que se fortalece a ideia de que a eleição é a forma pela qual as pessoas em
uma sociedade escolhem politicamente candidatos ou partidos por meio do
voto.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso
se substituísse “pela qual” por “como”.
Comentários:
A palavra “como” pode ser pronome “relativo” quando tem como antecedente
palavras como forma, maneira, modo, jeito etc. No texto, “a qual” (em pela
qual) retoma “forma”, então é possível trocar pelo relativo “como”.
Questão correta.

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Mais questões comentadas

117. (FGV / SEFIN RO / Contador / 2018)


Um dos conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto tenham
a mesma organização sintática numa enumeração.
No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que
pessoas se organizem em grupos...”, para que as duas frases tenham a
mesma organização, a mudança adequada seria:
a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.
b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes sociais”.
c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas em
grupos”.
d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam organizadas
em grupos”.
e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se em
grupos”.

Comentários:
A primeira frase traz uma oração reduzida “existir redes sociais”; a segunda,
diferentemente, traz uma oração desenvolvida: “que pessoas se organizem”.
Para que as duas frases observem o paralelismo sintático, devem estar ambas
reduzidas ou ambas desenvolvidas.
“Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível pessoas se
organizarem em grupos...” (ambas reduzidas)
“Se hoje é possível que existam redes sociais; se é possível que pessoas se
organizem em grupos...” (ambas desenvolvidas)
Essa última construção paralelística, com ambas desenvolvidas, é a única que
temos entre as opções. Gabarito letra A.
118. (FGV / Prof. de língua portuguesa / SEE-PE / 2016)
A oração introduzida pelo conectivo mas que recebe classificação diferente
das demais – por ter valor aditivo e não adversativo – é
a) “Ver é crer, mas sentir é a verdade.”
b)“A vontade de acreditar é talvez o mais poderoso, mas certamente é o mais
perigoso atributo humano.”
c)“Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”
d)“Você pode fazer muito pouco com a fé, mas você não pode fazer nada sem
ela.”
e)“A fé remove montanhas, mas não se esqueça de ficar empurrando

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enquanto você reza.”


Comentários
a) Em ”mas sentir...” há valor adversativo, ou seja, contrário ao de “crer”.
b) Em “mas certamente...” há valor aditivo pois acrescenta uma outra ideia (de
certeza=certamente) a anteriormente exposta em “A vontade de acreditar é
talvez o mais poderoso”. Veja que não há oposição entre ser “poderoso” o
“perigoso”.
c) Em “mas não duvide...” há valor adversativo, ou seja, contrário ao de “creia”.
d) Em “mas você não pode...” há valor adversativo, ou seja, contrário ao de
“pode”.
e) Em “mas não se...” há valor adversativo, ou seja, contrário ao de “remove”.
Gabarito letra B.
119. (FGV / Analista Portuário / CODEBA / 2016)
A frase em que houve adequada substituição de uma oração desenvolvida por
uma oração reduzida é:
a) Uma crença não é verdadeira porque ela é útil. / por sua utilidade.
b) O mundo não pode ser dividido sem deixar resto. / sem que deixe resto.
c) Em algumas coisas é preciso acreditar para que sejam vistas. / para serem
vistas.
d) Morrer por uma causa não faz com que essa causa seja justa. / justiça a
essa causa.
e)Eu jamais morreria por uma crença porque eu poderia estar errado. / por
poder que eu estivesse errado.
Comentários
a) ”por sua utilidade” não substitui adequadamente a oração (“porque ela é
útil”) pois sequer há verbo, desse modo, nem como uma oração pode ser
considerada.
b) “sem deixar resto” é a forma reduzida da oração “sem que deixe resto”,
porém o enunciado pede a forma desenvolvida para depois a forma reduzida.
c) “para serem vistas” é a forma reduzida correta da oração “para que sejam
vistas”, pois a conjunção “que” foi suprimida e o verbo passou para o infinitivo,
numa oração reduzida. Não há prejuízo ao sentido, logo a substituição é adequada.
d) “justiça a essa causa” não substitui adequadamente a oração (“com que
essa causa seja justa”) pois sequer há verbo, desse modo, nem como uma
oração pode ser considerada.
e) “por poder que eu estivesse errado” não substitui adequadamente a oração
(“porque eu poderia estar errado”) pois está incoerente. Deveria estar redigida
da seguinte forma: por poder estar errado. Gabarito letra C.

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120. (FGV / Analista Portuário / CODEBA / 2016)


Do relatório à pizza
Nos últimos anos, relatórios produzidos por Comissões Parlamentares de
Inquérito têm merecido destaque na mídia nacional por impactos das
denúncias que investigam. Algumas das sessões de inquérito são transmitidas
por canais de televisão e acompanhadas por milhares de brasileiros
interessados no resultado das investigações conduzidas por seus
representantes legislativos. Muitos jornais publicam trechos dos relatórios
produzidos por essas comissões de inquérito. De modo geral, porém, as
expectativas dos eleitores são frustradas quando veem relatórios que
apontam responsabilidades por crimes de corrupção e desvio de verbas
públicas serem “engavetados” sem que os responsáveis sejam punidos.
No texto, o termo que exerce uma função sintática diferente das demais é:
a) por Comissões Parlamentares de Inquérito.
b) por impactos das denúncias que investigam.
c) por canais de televisão.
d) por milhares de brasileiros interessados.
e) por seus representantes legislativos.
Comentários
a) ”por comissões Parlamentares de Inquérito” tem função de agente da
passiva.
b) “por impactos das denúncias que investigam” é um adjunto adverbial, com
valor de causa.
c) “por canais de televisão” tem função de agente da passiva.
d) “por canais de televisão” tem função de agente da passiva.
e) ”por seus representantes legislativos” tem função de agente da passiva.
Gabarito letra B.
121. (FGV / Analista Judiciário / TJ-PI / 2015)
Entre os termos sublinhados abaixo, aquele que exerce a função de
complemento é:
a) áreas da cidade;
b) campanhas de conscientização;
c) cidades de médio porte;
d) cobrança de pedágio;
e) número de vítimas.
Comentários
Mais uma vez, busque logo o complemento nominal, identificando substantivo

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abstrato derivado de verbo, de ação. Achamos logo na letra D.


a) ”da cidade” tem função de adjunto adnominal pois tem sentido de posse.
b) “de conscientização” tem função de adjunto adnominal pois tem valor
adjetivo e não passivo.
c) “de médio porte” tem função de adjunto adnominal pois tem valor ativo, de
posse. Observe também a função de adjetivo em relação ao substantivo anterior.
d) “de pedágio” tem função de complemento pois está ligado a um substantivo
abstrato com sentido de ação, além de sofrer o efeito passivo dessa ação.
e) “de vítimas” tem função de adjunto adnominal pois é o termo com valor
adjetivo em relação a número. Gabrito letra D.
122. (FGV / Fiscal de Posturas Prefeitura de Niterói-RJ / 2015)
Julgue: o item abaixo mostra o emprego de vírgula em função de um adjunto
adverbial deslocado :
“Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing".
Comentários
De fato, o termo “hoje” é um advérbio de tempo e cumpre função sintática de
adjunto adverbial. Está deslocado porque a posição do adjunto na ordem direta é
no fim da frase. Por estar no início, foi marcado por pontuação. Questão correta.
123. (FGV / TJ / TJ-RO / 2015)
Texto - O século XX foi marcado pelo uso crescente de veículos automotores.
Desde então observam-se com maior frequência episódios críticos de poluição
do ar. Com o aumento alarmante da poluição e a ameaça de escassez das
reservas de petróleo, estudiosos de vários países investem esforços na
procura de novas fontes alternativas de energia, como hidrogênio e biomassa.
De acordo com pesquisadores, a mudança definitiva do século pode ser
representada pela revolução nos transportes, por meio de tecnologias que já
foram criadas e que poderão estar acessíveis em menos de 20 anos.
Entre os termos sublinhados abaixo, aquele que representa um agente do
termo anterior, e não seu paciente, é:
a) poluição do ar;
b) uso de veículos;
c) aumento da poluição;
d) reservas de petróleo;
e) mudança de século.
Comentários
Nesse tipo de questão, temos que identificar a diferença entre o complemento e o
adjunto adnominal. O primeiro, complementará um nome transitivo, geralmente
substantivo abstrato derivado de ação. Tem sentido passivo.
Já o segundo tem sentido agentivo ou de posse e normalmente pode ser

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substituído por um adjetivo equivalente.


a) ”do ar” é um termo paciente pois “recebe” o que foi expresso pelo substantivo
com sentido de ação (poluição) em que está ligado, ou seja, o “ar” é poluido, sofre
a ação de ser poluído.
b) “de veículos” é um termo paciente pois “recebe” o que foi expresso pelo
substantivo com sentido de ação (uso) em que está ligado.
c) “da poluição” é um termo paciente pois “recebe” o que foi expresso pelo
substantivo com sentido de ação (aumento) em que está ligado.
d) “de petróleo” é um termo agente pois está ligado a um substantivo concreto
com sentido de posse. E não pode “receber” o que é expresso pelo termo
antecedente, o petróleo tem as reservas.
e) “de século” é um termo paciente pois “recebe” o que foi expresso pelo
substantivo com sentido de ação (mudança) em que está ligado, o século é
mudado. Gabarito letra D.
124. (FGV / Ag. Faz. Niterói / 2015)
Texto – Argumentos contra a redução da maioridade penal
1. A redução da maioridade penal fere uma das cláusulas da Constituição
Federal que não podem ser modificadas por congressistas.
2. A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não
iria contribuir para sua reinserção na sociedade.
3. A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos
isolados, e não em dados estatísticos.
4. Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em
educação e em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a
vulnerabilidade deles diante da violência.
5. A redução da maioridade penal iria afetar, principalmente, jovens negros,
pobres e moradores de áreas periféricas no Brasil, na medida em que este é
o perfil de boa parte da população carcerária brasileira.

Considerando os seguintes segmentos do texto: “redução da maioridade


penal” e “inclusão de jovens”, a afirmação correta sobre o papel dos termos
sublinhados é:
a) os dois termos exercem a função de adjuntos adnominais;
b) apenas o primeiro termo exerce a função de adjunto;
c) apenas o segundo termo exerce a função de adjunto;
d) os dois termos exercem a função de complementos nominais;
e) apenas o primeiro termo exerce a função de complemento.
Comentários
“da maioridade penal” é um complemento nominal pois está ligado a um

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substantivo com sentido de ação “redução”, e é paciente, ou seja, “recebe” a


ação expressa pelo termo anterior: a maioridade penal é reduzida.
“de jovens” é um complemento nominal pois está ligado a um substantivo com
sentido de ação “inclusão”, e é paciente, ou seja, “recebe” a ação expressa pelo
termo anterior: os jovens são incluídos.
Gabarito letra D.
125. (FGV / AFRE-RJ / 2011)
“Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros,
assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui
operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que
as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos
outros segmentos da economia. Trata-se, portanto, de um assunto de
relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no
Brasil, bem como para os profissionais especializados na área criminal, que
atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa.
(...)”
A palavra sujeitas exerce, no texto, função sintática de
a) complemento nominal.
b) objeto direto.
c) predicativo do objeto.
d) predicativo do sujeito.
e) adjunto adverbial de modo.
Comentários
O termo destacado “sujeitas” exerce, no texto, a função sintática de predicativo
do sujeito pois concorda com termo “empresas transnacionais”, funcionando,
assim como um adjetivo para o termo, atribuindo um “predicado”, uma qualificação
para o termo que é o sujeito do verbo operar.
as matrizes das empresas transnacionais operam sujeitas Gabarito letra D.
126. (FGV / AFRE-RJ / 2011)
Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para as empresas
nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais
especializados na área criminal, que atuarão cada vez mais veementemente
na prevenção dos riscos da empresa.
No período destacado acima, o SE classifica-se como
a) pronome reflexivo.
b) partícula apassivadora.
c) parte integrante do verbo.
d) pronome oblíquo.
e) indeterminador do sujeito.

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Comentários
O SE classifica-se como uma partícula indeterminadora do sujeito, pois está
acompanhando um verbo transitivo indireto na terceira pessoa do singular. O “se”
de voz passiva depende da transitividade direta do verbo. Lembre-se que a
expressão “trata-se de” é típica de sujeito indeterminado.
Gabarito letra E.
127. (FGV / ACI / SEFAZ-RJ / 2011)
Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se que o desenvolvimento
social e econômico foi possível porque o homem sistematizou formas de
organização entre os povos.
A oração sublinhada no período acima tem valor
a) causal.
b) concessivo.
c) comparativo.
d) temporal.
e) consecutivo.
Comentários
A oração reduzida “Ao analisar o progresso da humanidade” ao ser
desenvolvida fica da seguinte forma: “Quando se analisa o progresso da
humanidade”. Desse modo, ela assume valor temporal. Gabarito letra D.
128. (FGV / T.J. / TRE-PA / 2011)
Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o
permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir − de verdade −
em bases cotidianas.
Os termos sublinhados no período acima classificam-se, respectivamente,
como
a) adjunto adnominal e adjunto adnominal.
b) complemento nominal e complemento nominal.
c) adjunto adnominal e complemento nominal.
d) complemento nominal e adjunto adnominal.
e) objeto indireto e objeto indireto.
Comentários
Os termos sublinhados “da democracia” e “da cidadania” estão ligados aos
substantivos abstratos com sentido de ação “consolidação” e
“desenvolvimento”, respectivamente. Desse modo, eles são complementos
nominais. Gabarito letra B.

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129. (FGV / T.J. / TRE-PA / 2011)

De acordo com o contexto da fala do aluno, o uso do verbo no plural indica


sujeito
a) desinencial.
b) indeterminado.
c) inexistente.
d) composto.
e) elíptico.
Comentários
O uso do verbo na terceira pessoa do plural na fala do aluno indica a
indeterminação do sujeito, o seja, quando não conseguimos identificar o sujeito no
contexto. O sujeito também pode ser indeterminado pelo “SE” após verbos que
não sejam transitivos diretos, como o verbos intransitivos, de ligação e transitivos
indiretos. Gabarito letra B.
130. (FGV / AP / SEJAP-MA / 2013)
“Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália, onde um centro
de detenção foi elaborado a partir de containers de transporte de mercadorias
em navios modificados para servir como celas temporárias”.
Assinale a alternativa em que o termo sublinhado apresenta uma função
textual diferente da exercida pelo segmento “de detenção”.
a) Problemas de superlotação.
b) Caixa de metal.
c) Equipe de designers.
d) Containers de transporte.
e) Transporte de mercadorias.

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Comentários
O termo sublinhado “de detenção” se refere ao substantivo concreto “centro”,
dando a ele uma qualificação; logo, esse termo exerce a função de adjunto
adnominal. O único termo que apresenta uma função textual diferente é o “de
mercadorias” por se tratar de um complemento nominal, já que está ligado ao
substantivo abstrato de ação “transporte”. Gabarito letra E.
131. (FGV / Ass. / DETRAN-MA / 2013)
A EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO
A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos
números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de
educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de
segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas
alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são
comprovadamente eficientes. É crescente a preocupação com o ensino dos
princípios básicos do trânsito desde a infância e ele pode acontecer no espaço
escolar, com aulas específicas, ou também nos ambientes especialmente
desenvolvidos para o público infantil nos departamentos de trânsito. Com a
chegada do Código Brasileiro de Trânsito (CBT), em 1998, os condutores
imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de
reeducação.
Como se vê, alguma coisa já vem sendo feita para reduzir o problema. Mas
há muito mais a fazer. A experiência mundial mostra que as campanhas para
alertar e convencer a população, de forma periódica, da necessidade de
obedecer regras básicas de trânsito, não são suficientes para frear veículos
em alta velocidade e evitar infrações nos semáforos. O bolso, nessas horas,
ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal
é um exemplo de casamento bemsucedido entre comunicação de massa e
fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no
número de vítimas fatais do trânsito na cidade. O governo local, a partir da
década de 1990, adotou uma série de medidas preventivas. Foram veiculadas
campanhas de conscientização, foi adotado o controle eletrônico de velocidade
e foi implementado o respeito às faixas de pedestres. Essas providências,
associadas à promulgação do novo Código de Trânsito, levaram a uma
expressiva redução nos índices de mortalidade por 10 mil veículos em Brasília
- de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse período, apesar do crescimento
da frota de 436 mil para 469 mil veículos, o número de mortes por ano caiu
de 652 em 1995 para 444 em 2002.
Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando uma
indústria de multas,devido ao grande número de notificações aplicadas.
Reclamações à parte, o saldo das ações se apresentou bastante positivo.
Recentemente as estatísticas mostram que o problema voltou a se agravar. O
número de vítimas fatais de acidentes no trânsito passou de 444 em 2002
para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais
motivos desse aumento é o uso de álcool por motoristas.

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O elemento sintático sublinhado funciona como paciente do termo anterior em


a) faixa de pedestres.
b) regras de trânsito.
c) utilização de bebidas alcoólicas.
d) cinto de segurança.
e) vítimas do trânsito.
Comentários
Um termo paciente é aquele que recebe (é alvo) da ação. Em “de bebidas
alcoólicas” temos esse sentido de alvo da ação do substantivo antecedente
“utilização”, que é abstrato derivado de ação. Desse modo, o complemento
nominal “de bebidas alcoólicas” é o que exerce a função de paciente do termo
anterior. Gabarito letra C.
132. (FGV / Ana. DETRAN-MA / 2013)
“É verdade que os moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam
circulando pela cidade com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam
em casa ou no trabalho”. Os conectivos sublinhados constroem uma estrutura
que não se repete em:
a) Consertem se os sinais ou o trânsito vai ficar caótico.
b) Ora a culpa é da natureza, ora a culpa é das autoridades.
c) A situação se repete seja por acaso, seja por inépcia.
d) Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
e) Já se reclama da chuva, já se protesta contra o prefeito.
Comentários
Os conectivos destacados no enunciado (quer..., quer...) têm significado de
alternância, e toda oração iniciada por eles é classificada como coordenada
sindética alternativa. E, a única opção que não tem valor alternativo é “Tanto os
semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.”, pois nela nota-se um
significado de adição. Gabarito letra D.
133. (FGV / Aux. Leg. / 2013)
“Segundo a PRF, apesar de representar 3,5% dos acidentes, essa modalidade
provoca 40% dos óbitos”; o segmento “apesar de representar” pode ser
substituído por:
a) após representar
b) antes de representar
c) embora represente
d) a fim de que represente
e) à proporção que representa

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Comentários
A expressão “apesar de” possui um valor de concessão, sendo assim, em “apesar
de representar” temos uma oração subordinada adverbial concessiva. A única
opção que traz uma uma conjunção com o mesmo valor de concessão é em
“embora represente”. Gabarito letra C.
134. (FGV / Cons. Leg. / 2013)
Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de
coordenação.
a) “É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover
crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive de
recuperação diante de deslizes sociais”.
b) “Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram
proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o
certo e o errado à luz das regras sociais”.
c) “Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o
viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que cobra
obrigações daqueles a quem pretende proteger”.
d) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a
lei”.
e) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,,
como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a
lei”.
Comentários
Uma oração coordenada é aquela independente sintaticamente das demais, elas
geralmente têm sentido completo em si mesmas e se unem de forma justaposta.
A única sentença destacada e sintaticamente independente das demais é “ou
serve de salvo-conduto a jovens criminosos”, sendo classificada como uma
oração coordenada alternativa. Gabarito letra E.
135. (FGV / Ana. Amb. / INEA / 2013)
Assinale a alternativa cujo termo sublinhado exerce função diferente da dos
demais.
a) Conjunto de políticas.
b) Redução de riscos.
c) Situações de desastres.
d) Presenças de ameaças.
e) Condições de vulnerabilidade.
Comentários
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Em questões como essa, que pedem para diferenciar uma locução adjetiva (com
valor de adjetivo) de um complemento nominal, a dica é procurar logo um
substantivo abstrato derivado de ação, como temos na letra b.
a) ”de políticas” é adjunto adnominal pois tem valor de agente (que partica a
ação) e está ligado a um substantivo concreto.
b) “de riscos” é complemento nominal pois está ligado a um substantivo com
valor de ação, além de ter valor de paciente (alvo da ação).
c) “de desastres” é adjunto adnominal pois tem valor de agente (que pratica a
ação).
d) “de ameaças” é adjunto adnominal pois tem valor de agente (que pratica a
ação).
e) ”de vulnerabilidade” é adjunto adnominal pois tem valor de agente (que
pratica a ação). Gabarito letra B.
136. (FGV / TSJ / DPE-RJ / 2014)
A expressão sublinhada que exerce uma função sintática diferente das demais,
por ser considerada um complemento, e não um adjunto é
a) interesses das crianças.
b) autonomia das mulheres.
c) direitos de homossexuais.
d) teses da esquerda.
e) ampliação das liberdades.
Comentários
Procuremos logo algum substantivo abstrato derivado de ação para configurar o
complemento nominal: pronto, achamos na letra E.
Vejamos a análise das alternativas:
a) ”das crianças” é um adjunto adnominal pois pode ser substituído por um
adjetivo (infantis).
b) “das mulheres” é um adjunto adnominal pois pode ser substituído por um
adjetivo (feminina).
c) “de homossexuais” é um adjunto adnominal pois pode ser substituído por um
adjetivo (homossexuais).
d) “da esquerda” é um adjunto adnominal pois pode ser substituído por um
adjetivo (esquerdistas).
e) “das liberdades” é um complemento nominal pois tem valor de paciente e
está ligado a um substantivo com valor de ação. Gabarito letra E.
137. (FGV / TMD / DPE-RJ / 2014)
Sobre a estrutura sintática do período “Quem vive e estuda problemas, ajuda
a achar soluções” a única alternativa com uma afirmação correta é

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a) o período é composto por coordenação.


b) o pronome “quem” exerce a função de sujeito.
c) o termo “problemas” exerce a função de predicativo.
d) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto.
e) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes.
Comentários
a) O período é composto por subordinação, pois depende sintaticamente de outro
período. Observamos isso pela presença do pronome “quem”, que introduz uma
oração adjetiva, com sentido de “aquele que vive e estuda...”.
b) O pronome “quem” é sujeito dos verbos “vive” e “estuda”.
c) O termo “problemas” exerce a função de objeto direto da forma verbal
“estuda”.
d) O termo “soluções” exerce a função de objeto direto do verbo “achar”.
e) os verbos “vive” e “estuda” possuem como complemento o mesmo termo,
“problemas”. Podemos entender também que “vive” é intransitivo e não pede
complemento, o que não afetaria o gabarito. Gabrito letra B.
138. (FGV / ATM / Recife / 2014)
“Medina vê na lei que impõe severas sanções aos corruptores o início do que
pode ser uma profunda mudança de costumes – dos maus costumes”.
Na parte final desse período, o segmento “dos maus costumes” funciona
como
a) a intromissão de um elemento humorístico.
b) a especificação dos “costumes” antes mencionados.
c) a retificação de uma informação incompleta.
d) a reafirmação enfática de uma informação já dada.
e) uma redundância desnecessária de uma informação.
Comentários
O segmento “dos maus costumes” tem função de aposto explicativo, ou seja, é
uma explicação (especificação) dos costumes citados anteriormente. Não são
meros costumes, são os costumes “ruins”, são os “maus costumes”.
Gabarito letra B.
139. (FGV / TAJ / TJ-RJ / 2014)
TEXTO – ANTES QUE A FONTE SEQUE
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o
empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar,
em sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia

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eram não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua
bela carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos
ancestrais lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e
onipresente cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua
inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de
desperdício explícito nas cidades e no campo. E também na timidez de
políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do
mineral.
No segmento “as águas da nova colônia eram não só muitas, mas ‘infindas’”
há uma adição de dois termos; esse mesmo tipo morfossintático de adição se
repete em:
a) “lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de
esbanjamento”;
b) “esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua inesgotabilidade”;
c) “desperdício explícito nas cidades e no campo”;
d) “e também na timidez de políticas públicas”;
e) “políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas
do mineral”.
Comentários
No segmento “as águas da nova colônia eram não só muitas, mas (também)
‘infindas’” temos a adição de dois adjetivos “muitas” e “infindas”.
a) Adição de dois adjetivos “arraigada” e “onipresente”. Essa é nossa resposta.
b) Adição de dois complementos nominais “do preciosos líquido” e ”do mito de
sua inesgotabilidade”.
c) Adição de dois adjuntos adverbiais de lugar “nas cidades” e “no campo”.
d) Adição de adjuntos adverbiais “na timidez de políticas públicas”.
e) Adição de complementos nominais “à preservação” e “ao bom uso das
reservas do mineral”. Gabarito letra A.
140. (FGV / TAJ / TJ-RJ / 2014)
Considerando os dois termos sublinhados, é correto afirmar que temos
diferentes classes de palavras na seguinte opção:
a) “consomem de 30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as
camadas mais ricas da população...”;
b) “o ideal é substituí-las por outros modelos. O banho é outro problema”;
c) “quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um
chuveiro convencional”;
d) “cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no
caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de
gestão adequada...”;

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e) “cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no


caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de
gestão adequada do recurso e ao roubo”.
Comentários
a) ”Mais água” é pronome indefinido, pois modifica um substantivo, indicando
quantidade vaga; “mais ricas” advérbio pois modifica adjetivo. Esse é nosso
gabarito.
b) “outros modelos” é pronome indefinido adjetivo, pois qualifica um
substantivo; “outro problema” é pronome indefinido adjetivo, pois qualifica um
substantivo.
c) “quem opta” sujeito da forma verbal “opta”; “quem usa” sujeito da forma
verbal “usa”. Ambos são pronomes.
d) “à falta de manutenção” preposição a + artigo a= fenômeno da crase; “à
falta de gestão” preposição a + artigo a= fenômeno da crase.
e) “e tratada” conjunção aditiva; “e ao roubo” conjunção aditiva.
Gabarito letra A.
141. (FGV / AFRE-RJ / 2011)
Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal - que
atende diretivas da União Europeia sobre o tema - trouxe, no artigo 31 bis,
não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica (por
delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por
conta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras de como
essa responsabilização será aferida nos casos concretos (ela será aplicável
[...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre atividades
desempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu
nome).
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. Há uma oração coordenada sindética aditiva e uma oração coordenada
sindética alternativa.
II. Há três orações na voz passiva, mas somente uma com agente da passiva
explícito.
III. Há quatro orações subordinadas adjetivas desenvolvidas e uma oração
subordinada adjetiva reduzida.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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Comentários
Questão de altíssimo nível, compatível com o cargo do concurso. Não se intimide,
vamos entender:
I – Oração coordenada sindética aditiva: “não só a possibilidade..., mas
também estabelece...”. Oração coordenada sindética alternativa: “ou por
conta, nome...”. CORRETA.
II – Orações na voz passiva: “por delitos que sejam cometidos no exercício
de suas atividades sociais”; “regras de como essa responsabilização será
aferida nos casos concretos”; ...atividades (que são) desempenhadas pelas
pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome (agente da passiva
“pessoas físicas”). CORRETA.
III – Orações subordinadas adjetivas desenvolvidas:
“que atende diretivas da União Europeia sobre o tema”;
“que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por
conta, nome, ou em proveito delas”;
“que as dirigem”;
“que agem em seu nome”.
Oração subordinada adjetiva reduzida (de particípio): “desempenhadas pelas
pessoas físicas”.
Gabarito letra E.

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142. (FGV / ACI / SEFAZ-RJ / 2011)

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Percebe-se que o desenvolvimento social e econômico foi possível

Assinale a alternativa em que a oração desempenhe função sintática


DISTINTA da de que o desenvolvimento social e econômico foi possível .

a) que a arrecadação incidente sobre os diversos setores produtivos é


necessária para a manutenção da máquina governamental, para a
sustentação do Estado em suas atribuições sociais e para aplicação na
melhoria da qualidade de vida da população
b) que a tributação seja suportável

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c) manter as necessidades básicas da população


d) que esse profissional aprimore seu entendimento tributário
e) participar de forma efetiva das decisões econômicas
Comentários
A oração “que o desenvolvimento social e econômico foi possível” é uma
oração subordinada substantiva subjetiva. Ela desempenha função sintática de
sujeito paciente, numa estrutura de voz passiva.
Percebe-se [que o desenvolvimento social e econômico foi possível]
Percebe-se [isto]
[isto] Percebe-se
[isto] é percebido
A única oração que desempenha um papel distinto da oração acima é a oração
subordinada substantiva objetiva indireta “participar de forma efetiva das
decisões econômicas”. O verbo precisar é transitivo indireto, mas a preposição
não apareceu porque o objeto indireto está em forma de oração reduzida.
Precisasse [participar de forma efetiva das decisões econômicas].
Gabarito letra E.

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RESUMO
Veremos aqui as principais funções sintáticas e detalhes que são cobrados em
prova:

Sujeito:
Simples: 1 núcleo/ Composto: + de 1 núcleo.
Indeterminado: 3ª Pessoa do Plural (Dizem que ele morreu) ou VI/VTI+SE
(Vive-se bem aqui/Gosta-se de cães na China)
Oculto/Desinencial: Pode ser determinado pelo contexto ou vem implícito na
terminação da palavra: Estudamos hoje (nós)
O sujeito pode ter forma de:
Nome: O menino é importante.
Pronome: Ele é importante. Alguns desistiram. Aquilo é bonito demais.
Oração: Estudar é importante (oração reduzida).
Que se estudasse mais foi necessário. (sujeito oracional e passivo. A oração está
desenvolvia, introduzida por conectivo)
Oração sem sujeito:
Fenômenos da natureza: Ex: Choveu ontem/ Ex: Anoiteceu.
Estar/fazer/haver impessoal com sentido de tempo ou estado.
Ex: Faz tempo que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
O verbo haver impessoal vem sempre no singular e “contamina” os verbos
auxiliares que formam locução com ele. Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Predicativo do Sujeito: Indica estado/qualidade/característica do sujeito.
Ex: Fulana é bonita (VL)/ Ele tornou-se chefe (VL)/ João saiu contente (VI)

Objeto direto: complemento verbal sem preposição. Pode ter forma de:
Nome: Não vimos a cena.
Pronome: Ele nos deixou aqui.
Oração: Espero que estudem.
Preposicionado: Amava a Deus/ Deixei a quem me magoava/ Vendi a nós
mesmos.
OD Pleonástico: As frutas, já as comprei.
(O pronome “quem” e os pronomes oblíquos tônicos são casos de OD
preposicionado)

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Objeto indireto: complemento verbal com preposição. (a, de, em, para,
com).
Pode ter forma de:
Nome: Gosto de comida./Penso em comida/ Concordo com o policial.
Pronome: Gosto disso./ Ela obedeceu-lhe. (a preposição está implícita)
Oração: Duvidava (de) que ele fosse passar. (Essa preposição pode ser
suprimida).
OI Pleonástico: Ao pastor, não lhe dei nenhum dinheiro. (lhe=ao pastor)

Predicativo do Objeto: atribui característica ao complemento verbal.


Considerei/Julguei o réu culpado. (predicativo do OD)
Chamei ao médico de mentiroso. (predicativo do OI)

Adjunto adverbial:
Se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como tempo,
modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição...
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
Ontem (adjunto adverbial de tempo)
de fome (adjunto adverbial de causa)
aqui (adjunto adverbial de lugar)
só (adjunto adverbial de modo)
Pode vir em forma de oração, então teremos as orações subordinadas adverbiais:
finais, temporais, proporcionais, causais, consecutivas, conformativas,
comparativas, concessivas.
Ex: Ele morreu assim que chegou (oração adverbial de tempo)
porque estava doente (oração adverbial de causa)

Agente da passiva:
Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva

O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser


introduzido pela preposição “de”. Sua omissão serve para dar ênfase ao sujeito
paciente ou esconder a autoria da ação.

Adjunto adnominal:

Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.

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Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros”
e atribuem a ele características como quantidade, qualidade, posse...

Complemento nominal:
Termo preposicionado ligado ao nome (substantivo, adjetivo, advérbio) que possui
transitividade. Parece um objeto indireto, mas não complementa verbo.

Adjunto adnominal X Complemento Nominal


Diferenças:
✓ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e
advérbios. O adjunto adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo
preposicionado se ligar a um adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é
complemento nominal.
✓ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto
pode ser ou não. Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai
ter que ser Adjunto.
✓ O Complemento nominal se liga a substantivos abstratos (Sentimento; ação;
qualidade; estado; conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos
e abstratos. Então, se o nome for um substantivo concreto, vai ter que
ser adjunto e será impossível ser CN.
✓ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não
seja “de”, será CN. Se a preposição for “de”, teremos que analisar os
outros aspectos.

Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas só ficam parecidas em um caso: substantivo
abstrato com termo preposicionado (“de”) ligado a ele. Nesse caso, teremos
que ver alguns critérios de distinção.

 O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.


 O termo preposicionado pode ser substituído perfeitamemente por uma
palavra única, um adjetivo: adjunto adnominal.

✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento


Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se
aquele nome for transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso
ocorre porque o complemento nominal é “como se fosse” o objeto indireto
de um nome.

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Adjunto Adnominal x Complemento Nominal

É um termo substantivo. Não pode ser


Substituível por adjetivo
substituído por um adjetivo
perfeitamente equivalente
perfeitamente equivalente

Substantivo Concreto. Também


Só complementa Substantivo Abstrato
pode ser Abstrato com sentido
(Sentimento; ação; qualidade;
ativo, de posse, ou pertinência. Se
estado e conceito).
for concreto, só pode ser adjunto.

Refere-se a advérbio, adjetivos e


Só modifica substantivo: Então,
substantivo abstratos. Então, termo
termo preposicionado ligado a
preposicionado ligado a adjetivo e
adjetivo e advérbio nunca será
advérbio só pode ser Complemento
adjunto adnominal.
Nominal.

Sempre preposicionado, em geral com


Nem sempre preposicionado.
a preposição de. Outras preposições
Qualquer preposição, inclusive de
ligadas a substantivo abstrato vão
pode indicar adjunto adnominal.
geralmente indicar um CN.

Classsificações da Palavra “SE”


Pronome apassivador (PA): Vendem-se casas.
Partícula de indeterminação do sujeito (PIS): Vive-se bem aqui. Trata-se de
uma exceção.
Conjunção integrante: Não quero saber se ele nasceu pobre. (não quero saber
isto; introduz uma oração substantiva objetiva direta)
Conjunção condicional: Se eu posso, todos podem.
Pronome reflexivo: Minha tia se barbeia. Nesse caso, “se” tem função sintática
de objeto direto, pois o sujeito e o objeto são a mesma pessoa. Acompanham
verbos que indicam ações que podem ser praticadas na própria pessoa ou em
outra. Não confunda com verbos pronominais, em que o “se” é parte integrante
do verbo, como levantar-se, candidatar-se, suicidar-se, arrepender-se,
materializar-se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se...
Pronome recíproco: Irmão e irmã se abraçaram. Nesse caso, equivale a
abraçaram um ao outro e o “SE” terá função sintática de objeto direto.
Parte integrante de verbo pronominal (PIV): Candidatou-se à presidência e
se arrependeu/Certifique-se do horário. Esse “se” não tem função sintática, é parte
integrante do verbo!
Partícula expletiva de realce: Vão-se minhas últimas economias. Foi-se
embora. Sorriu-se por dentro.

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Classsificações da Palavra “QUE”


Conjunção consecutiva: Bebi tanto que passei mal.
Conjunção comparativa: Estudo mais (do) que você. (“do” é facultativo)
Conjunção explicativa: Estude, que o edital já vai sair.
Conjunção aditiva: Você fala que fala hein, meu amigo!
Locução conjuntiva final: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
Preposição acidental: Tenho que passar o quanto antes. (equivale a “tenho de
passar”)
Pronome interrogativo: (O) Que houve aqui? (“o” é expletivo)
Pronome indefinido: Sei que (quais) intenções você tem com minha filha.
Pronome indefinido interrogativo: Não sei que (quais) intenções você tem com
minha filha. (forma uma interrogativa indireta, sem [?])
Substantivo: Essa mulher tem um quê de cigana. (sempre acentuado)
Advérbio de intensidade: Que chato!
Partícula Expletiva: Fui eu que te sustentei, seu ingrato! (SER+QUE)
Conjunção integrante: Quero que você se exploda! (quero ISTO)

Oração E Período
Frase é o enunciado que tem sentido completo, mesmo sem verbo. Ex: Fogo!
Socorro!
Oração é a frase que tem verbo.
Período simples é aquele com uma única oração; composto, aquele que tem mais
de uma oração. Na coordenação, as orações são sintaticamente independentes. Na
subordinação, a subordinada é dependente da oração principal, pois exerce função
sintática em relação a ela.
As orações subordinadas podem estar coordenadas entre si.
Ex: 1Espero 2que os alunos seja aprovados e 3que sejam nomeados logo.
As orações (2) e (3) estão coordenadas entre si, pois estão unidas pela conjunção
coordenativa aditiva “E”. Contudo, ambas são subordinadas à oração principal (1),
pois exercem nela a função de objeto direto.

Vejamos um período com orações coordenadas e subordinadas:

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Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim
que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu o tinha
deixado em cima da mesa e nem percebi... 1Apesar de ter esse
contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou
não?

Primeiro período Segundo período. Terceiro Período


Frase nominal. 2 orações. 4 orações
Sem verbo unidas por coordenação unidas por subordinação

Quarto Período, Quinto período,


2 orações, 1 oração,
Unidas por subordinação período simples

Período composto por coordenação:


1
Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.

Oração Independente Oração Independente


Oração principal Coordenada aditiva

Conjunção coordenativa aditiva

Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo, indepedência sintática)


Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo, indepedência sintática)
1Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário.

Oração subordinada concessiva Oração principal


Oração dependente Oração Independente

Locução
Concessiva

Ex: Cheguei ao trabalho no horário. (sentido completo)


Ex: Apesar de ter esse contratempo... (sem sentido; fragmento; falta algo...)
Período misto: tem orações subordinadas e coordenadas, misturadas.

1Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu
tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei...

Orações Coordenadas:
As orações coordenadas sindéticas podem ser conclusivas, explicativas, aditivas,
adversativas e alternativas. (Mnemônico C&A). Teremos:

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➢ Orações subordinadas coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções


logo, pois (deslocado, depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim,
sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações subordinadas coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porque não vai vir fácil a prova.
➢ Orações subordinadas coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem
(= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só...
mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas como legumes.
➢ Orações subordinadas coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações subordinadas coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou
pares correlatos ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez...
talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez. Seja por bem, seja por mal.

ORAÇÕES SUBORDINADAS:
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por
ISTO; exercem função sintática típica de substantivo, como Sujeito, OD, OI, CN...)
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo
antecedente; exercem papel adjetivo, ou seja, modificam substantivo)
3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções adverbiais — causais, temporais,
concessivas, condicionais; tem valor de advérbio e trazem sentido de circunstância
da ação verbal, como tempo, condição...).
As orações reduzidas são formas menores, pois não trazem esses
“conectivos” (pronome relativo, conjunções). Seu verbo vem numa forma
nominal: infinitivo, particípio, gerúndio.
1 -Subordinadas Substantivas reduzidas de infinitivo
a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.
d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.
e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.
2 -Subordinadas Adverbiais reduzidas de infinitivo
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.

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b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.


c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, emocionou-se.
3 -Subordinadas Adjetivas reduzidas de infinitivo
Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (que negligencia...)
Este é o último livro a ser escrito por Machado de Assis (que foi escrito...)

Orações subordinadas substantivas:


Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Estava claro [ISTO]
Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.
Quero [que você se exploda!]
Quero [ISTO]
Quem quer, quer algo. A oração tem função de objeto direto.
Detalhe!!! O “se” também pode ser conjunção integrante. Veja:
Não sei [se ele estuda seriamente!]
Não sei [ISTO]
Quem sabe, sabe alguma coisa. A oração tem função de objeto direto.
Discordo [de que eles aumentem impostos].
Discordo [DISTO]
Quem discorda, discorda de alguma coisa. A oração funciona como objeto
indireto.
A certeza [de que vou passar na prova] me alivia.
A certeza [DISTO] me alivia.
Quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa. Esse substantivo é abstrato,
indica um sentimento. Seu complemento preposicionado tem valor paciente, é alvo
da certeza. A oração é um Complemento nominal.
Quero apenas uma coisa: [que você passe!]
Quero apenas uma coisa: [ISTO]
A oração tem função de aposto explicativo do termo “coisa”. É uma oração
apositiva, introduzida por dois pontos ou até vírgula, único caso em que uma
oração subordinada substantiva pode ser separada por pontuação.

Orações subordinadas adjetivas:


Funcionam como um adjetivo (menino que estuda = menino estudioso). São

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introduzidas por pronomes relativos (que, o qual, cujo, onde).


Podem ser restritivas, quando individualizam o nome em em relação ao
universo:
Ex. Meu amigo que trabalha no TRT me ligou. (restringiu: há vários amigos, um
deles é do TRT).
Podem ser explicativas, caso em que virão marcadas por vírgula.

Meu amigo, que trabalha no tribunal, ligou. (não há outros amigos: é explicativa).
A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e em avaliações
de risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’:
impedir a formação de tumores
Oração subordinada Adjetiva Explicativa,
introduzida pelo pronome relativo “que”.

Oração subordinada apositiva (aposto explicativo de “sonho”),


introduzida por sinal de dois pontos (:)
Por não ter conector, é chamada “assindética”.
Está reduzida de infinitivo.

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Lista das questões comentadas

1. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)


A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o
comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, a tomada de
decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança”
exerce a função de sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
2. (VUNESP / PC-SP / INVESTIGADOR / 2018)
O substantivo funciona como núcleo do sintagma em que ocorre. Esse
sintagma pode ser nominal e, quando não preposicionado, desempenhar a
função de sujeito, entre outras.
(Maria Helena de Moura Neves, Gramática de usos do português. Adaptado)
No trecho do 4° parágrafo – Foi com as tropas romanas que o latim chegou à
face sul do continente europeu… –, o termo que exemplifica a definição, sendo
um substantivo como núcleo do sujeito da oração, é
a) tropas. b) face. c) continente. d) latim. e) romanas.
3. (CESPE / SEDF / 2017) Adaptada
É evidente que a interlocução comunicativa permite o entendimento,
proporciona o intercâmbio de ideias e nos faz refletir e argumentar com mairo
propriedade em defesa de nossos direitos como cidadãos...
De acordo com as estruturas linguísticas do texto, julgue o item: o pronome
“nos” exerce a função de complemento da forma verbal “refletir”
4. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio
da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias
revolucionárias, seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para
Tratam-se, para se manter a correção gramatical do texto.
5. (CS-UFG / 2016)
No segmento “vivem perguntando em redor”, o uso da locução verbal
a) refere-se ao enunciador do texto.
b) indica a eventualidade da ação.
c) apresenta o resultado do processo verbal.
d) indica a indeterminação do sujeito da ação.
6. (IBFC / EMBASA / 2017)
O crescimento assustador de casos de febre amarela trata-se de um sério

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problema e fzeram com que muitas pessoas procurassem os postos de saúde.


Julgue o item.
O verbo “trata-se” está empregado incorretamente, pois o uso do “se” é
incompatível com a presença do sujeito simples.
7. (CONSULPLAN / Ass. Manutenção / CBTU / 2014)
No trecho “Viveu-se nesse tempo sob a imposição de atos institucionais, [...]”,
percebe-se que o sujeito do verbo “viver” está
a) oculto.
b) explícito.
c) implícito.
d) indeterminado.
8. (CESPE / SEDF / 2017)
Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham
consultado durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”.
Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente.
No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.
O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram” é indeterminado.
9. (VUNESP / TJ-SP / Assistente Social Judiciário / 2017)
A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos
armados com fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.
Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio
das armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do
armamentismo: vai prolongar-se na criminalidade típica de uma população
armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil
está atrasado, como se indiferente, nas providências para essa emergência
social.
Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.
a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b) ... os venezuelanos fogem em massa
c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...
d) Seu número cresce.
e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio
das armas
10. (CESPE / SEDF / 2017)
Um estudo da FGV aponta que 80% dos professores de educação infantil têm
nível superior completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram
que a formação dos professores das instituições públicas continua melhor.

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Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente


apresentado, julgue o item que se segue:
O sujeito da forma verbal “mostram”, que está elíptico, tem como referente
“Os dados”.
11. (CONSULPLAN / CÂM. DE BH / PROCURADOR / 2018)
Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...]
os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem
a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de
13 anos.” é possível observar ocorrência de oração sem sujeito trazendo
verbo impessoal que se apresenta na terceira pessoa do singular.
12. (Prefeitura Martinópolis / Professor / 2017)
Em: “Ainda é cedo”, temos:
a) Sujeito simples.
b) Sujeito composto.
c) Sujeito desinencial.
d) Sujeito indeterminado.
e) Oração sem sujeito
13. (CESPE / TRT-MT / 2016)
“Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...”
O termo “dúvida” exerce a função de sujeito na oração em que ocorre.
14. (FUNDATEC / IGP-RS / Perito Criminal / 2017)
Agora, pensa-se que essa mesma proporção seja inferior a 10%, e a
queda continua. “Essa é a melhor notícia do mundo atual”, disse Jim Yong
Kim, presidente do Banco Mundial.
Julgue o item a seguir.
A frase sublinhada representa o sujeito da forma verbal pensa, a qual se
encontra na voz passiva sintética.
15. (CESPE / TRT-MT / 2016)
...verifica-se a existência de matas e de estradas rurais em condições ruins
ou onde é necessário o uso de barcos para chegar à seção eleitoral. É
importante lembrar, ainda, que, quando não havia a urna eletrônica —
facilitadora do voto —, o analfabetismo e os problemas de saúde dos idosos
poderiam comprometer a obtenção de um voto corretamente lançado (escrito
a caneta) na cédula de papel.
Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito
anos e facultativo para analfabetos...
Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma
função sintática nas orações em que ocorrem.

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16. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)


Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar
a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João
Goulart, então recém-alçado à presidência do país sob o arranjo do
parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função
sintática de
A) sujeito.
B) predicado.
C) objeto direto.
D) objeto indireto.
E) adjunto adverbial.
17. (UFMG / UFMG / TÉC. EM ARQUIVO / 2018)
Leia este trecho:
Todo mundo, alguns pouco, outros mais, faz esse tipo de coisa.
O termo destacado no texto classifica-se como
a) Objeto direto
b) Objeto indireto.
c) Predicativo do Sujeito.
d) Complemento Nominal.
18. (FGV / CÂM. DE SALVADOR / ASS. LEGISLATIVO / 2018)
“Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam
alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria”.
Sobre um componente desse segmento do texto, é correto afirmar que: o
termo “alguns teóricos” funciona como objeto direto.
19. (CONSULPLAN / Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
Assinale a alternativa em que o termo, ou trecho sublinhado, apresenta uma
função sintática DIFERENTE das demais.
a) “... elas têm valores fortes,...”
b) “... e que garantam os seus direitos.”
c) “A escola perdeu sua importância na socialização de crianças e jovens?”
d) “E, mesmo assim, têm sido as famílias a instituição protetora dos mais
novos!”
e) “... as ideologias socioculturais da juventude, do sucesso e da
instantaneidade ganharam grande relevância,...”

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20. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 2015)


A escala dos ataques a cristãos no Oriente Médio, na África Subsaariana, na
Ásia e na América Latina alarmou as organizações que monitoram a
perseguição religiosa. A maioria relata uma deterioração significativa nos
últimos anos.
No que diz respeito às estruturas linguísticas do texto, julgue o item:
Na expressão “uma deterioração significativa", “deterioração" é o núcleo do
objeto direto.
21. (CESPE / Instituto Rio Branco / 2012)
No período “Que Demócrito não risse, eu o provo”, o verbo provar
complementa-se com uma estrutura em forma de objeto direto pleonástico,
com uma oração servindo de referente para um pronome.
22. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber,
que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função
sintática no período em que ocorrem.
23. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal
que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal
“absolveria”.
24. (CESPE / TCE-PA / 2016)
Julgue correto ou incorreto o item que se segue, referente aos aspectos
linguísticos do texto.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os
tolos temem a lobisomem e feiticeiras” , a preposição “a” poderia ser
suprimida.
25. (CESPE / TRT-MT / 2016)
Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos
morais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais...
Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...
Os verbos “impor” e “dispor”, empregados, respectivamente, nas linhas,
recebem a mesma classificação no que se refere à transitividade.
26. (FEPESE/ Auditor / Pref. Friburgo SC / 2017)
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
Aos inimigos, não lhes daremos o prazer da vingança. (o termo sublinhado é
um objeto indireto pleonástico).

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27. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da
redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das
inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações.
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela
presença de “decorrente”, sendo as inovações uma das quatro causas da
crescente internacionalização mencionadas no texto.
28. (Instituto Excelência / Procurador Jurídico / 2017)
Considere o seguinte período e julgue o item em certo ou errado:
“Diz que seus filhos pequenos se assustaram, mas depois foram brincar nos
galhos tombados”.
Nessa construção, os adjetivos “pequenos” e “tombados” exercem a função
de Adjunto adnominal.
29. (FGV /Auditor Fiscal de Cuiabá / 2016)
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de tem sua presença
na frase por uma exigência de um termo anterior.
a) “minha memória traz os tempos de estudo”
b) “meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos”.
c) “tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir”.
d) “uma roda de conversa na escola”
e) “nos permite entrar em contato de forma sistemática”.
30. (VUNESP / PC-SP / INVESTIGADOR / 2018)
Nos enunciados – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui
para atualizá-las. – e – Como a tecnologia de então não lhe permitia
avançar… –, os termos destacados são
a) acessórios da oração, ambos exercendo a função de adjunto adnominal.
b) integrantes da oração, ambos exercendo a função de objeto direto.
c) acessórios da oração: o primeiro é adjunto adnominal; o segundo,
complemento nominal.
d) integrantes da oração: o primeiro é objeto direto; o segundo, indireto.
e) essenciais da oração, ambos exercendo a função de sujeito.
31. (CESPE / CGM - JOÃO PESSOA / 2018)
Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita
federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho”
virando corrupção.
Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção”, os termos ‘jeitinho’ e “corrupção”
funcionam como complementos diretos da forma verbal “temos”.

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32. (FADESP / COSANPA / ADM / 2017)


No enunciado “e eu voltei maravilhado à Redação”, o termo sublinhado tem
a função sintática de
a) aposto.
b) adjunto adnominal.
c) predicativo do sujeito.
d) complemento nominal.
33. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos
saem em disparada, ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para
atender a alguém que nunca viram. Mas podem chegar à cena e encontrar
um amigo. Estão preparados. O espaço para a emoção é pequeno em um
serviço que só funciona se apoiado em seu princípio maior: a técnica.
Os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos
períodos em que se inserem.
34. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 2015)
A distopia é uma distorção ou uma mutação utopia, um sonho que se
transforma em pesadelo.
A expressão “uma distorção” funciona, sintaticamente, como objeto direto de
“A distopia”.
35. (CCV / UFC / Aux. Administração / 2016)
A função sintática do termo destacado na frase: O Ubuntu é a melhor
versão para iniciantes é:
a) objeto direto.
b) adjunto adverbial.
c) adjunto adnominal.
d) predicativo do objeto.
e) predicativo do sujeito.
36. (CONSULPLAN / CÂM. DE BH / PROCURADOR / 2018)
Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...]
os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem
a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de
13 anos.” é possível observar ocorrência de predicado nominal, já que existe
verbo de ligação seguido de predicativo do sujeito.
37. (Quadrix / CRB 6ª Região / 2017)
Em "Tornar Visíveis os Invisíveis", pode-se afirmar que o termo "visível"
sintaticamente exerce a função de:
a) sujeito simples.
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b) predicativo do objeto.
c) objeto direto.
d) predicativo do sujeito.
e) adjunto adnominal.
38. (FGV / TJ-AL / ANALISTA / 2018)
O termo sublinhado abaixo que exerce uma função sintática diferente das
demais é:
a) “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que
sermos tolerantes...”;
b) “somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de
estar tornando-se irracionalmente intolerante”;
c) “O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga
mundial”;
d) “Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós
vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes”;
e) “No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz
africana”.
39. (CESPE / TCE-PA / 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
40. (CESPE / TRE-PI / 2016) - Adaptada
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função
sintática, uma vez que atribuem característica ao termo “identidade”.
41. (CONSULPLAN / Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
“Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que
a família decidiu entornar o caldo da sociedade?” O trecho sublinhado
apresenta-se entre vírgulas porque trata-se de
a) um vocativo. b) uma enumeração. c) uma expressão explicativa.
d) um adjunto adverbial deslocado. e) elementos coordenados assindéticos.
42. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela
concorrência, visto que é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no
mercado internacional, de estabelecer permanência ou de engendrar saída,
que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança

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o resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e


serviços.
Na linha 5, os dois-pontos introduzem um esclarecimento a respeito do
“resultado último dessa interatuação”.
43. (FCC / TRT 24ª Região / 2017)
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no
Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. (2o parágrafo)
No contexto, o trecho destacado veicula a ideia de
a) explicação.
b) proporção.
c) concessão.
d) finalidade.
e) conclusão.
44. (CESPE / Anvisa / 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o
Oscar Wilde iconoclasta”, haveria mudança do significado original do texto,
mas as funções sintáticas de “Oscar Wilde” e de “iconoclasta” permaneceriam
inalteradas.
45. (ESAF / Despachante Aduaneiro / 2016)
...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se,
apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um
homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse
rindo:
— Olhe, se não dá por ela; perdia-a de vez.
— É verdade, concordou Honório envergonhado.
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem
de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira
trazia o bojo recheado.
A palavra “envergonhado” e a expressão “quatrocentos e tantos mil-réis”
exercem, respectivamente, as funções de
a) adjunto adnominal e aposto.
b) predicativo de objeto e vocativo.
c) predicativo de sujeito e aposto.
d) adjunto adnominal e objeto direto.
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial

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46. (AOCP / TRT 1ª REGIÃO / TÉCNICO / 2018)


Julgue o item.
Em “E a imaginação é o palco em que a vivência dessas possibilidades é
encenada, por meio do jogo entre identificações e rejeições.”, o trecho em
destaque indica a causa de a imaginação ser considerada um palco, sendo,
portanto, um adjunto adverbial de causa.
47. (FUNDATEC / PC-RS / DELEGADO / 2018)
A seca persiste no Nordeste...
Sobre termos que constituem frases do texto, é correto dizer que: o termo no
Nordeste funciona como objeto indireto.
48. (CONSULPLAN / Arquiteto / Pref. Cascavel-PR / 2016)
Considerando-se as relações sintáticas estabelecidas nas orações que
compõem o período “Ao lidar com clientes cujas vidas foram terrivelmente
desvirtuadas, ao trabalhar com homens e mulheres nas salas de fundo dos
hospitais do Estado, sempre penso nesses brotos de batatas.”, é correto
afirmar que
a) o termo “vidas” classifica-se como sujeito de uma das orações que
compõem o período.
b) “desvirtuadas” apresenta-se como predicativo do objeto já que indica uma
característica específica.
c) a expressão “sala de fundo dos hospitais do Estado” indica um complemento
diretamente ligado ao verbo.
d) é possível identificar a presença de sujeito indeterminado considerando-se
uma das formas verbais apresentadas.
e) o período é formado por orações constituídas de sujeito composto, sujeito
simples e sujeito indeterminado, respectivamente.
49. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 2015)
A escala dos ataques a cristãos no Oriente Médio, na África Subsaariana, na
Ásia e na América Latina alarmou as organizações que monitoram a
perseguição religiosa. A maioria relata uma deterioração significativa nos
últimos anos.
A expressão “nos últimos anos" tem a função sintática de adjunto adverbial
de lugar.
50. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no
segmento:
Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.

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51. (CONSULPLAN / CÂM. DE BH / TÉC. DE SEG. TRAB. / 2018)


Analise a frase: “Você acredita que nossos destinos são controlados pelas
estrelas?” e julgue o item a seguir.
“Pelas estrelas” atua sintaticamente como complemento verbal.
52. (CESPE / TRT-MT / 2016)
“A par disso, quando se pensa no processo eleitoral — embora logo venha à
cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações como sujeitos de uma
trama que é ordinariamente vigiada por eles próprios e por órgãos estatais...”
“Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos
morais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais”
Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função
de complemento verbal nos períodos em que ocorrem
53. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Uma estrutura de VTS (Serviço de tráfego de embarcações) é composta
minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas
imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações
denominado automatic identification system, um sistema de comunicação em
VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e
hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta
minimamente de um radar” (L.1-2), fosse empregada a preposição por, em
vez da preposição “de”.
54. (CONSULPLAN / Dentista / Pref. Cantagalo-RJ / 2013)
Assinale a alternativa que é frase, mas não é oração.
a) “Estão amargos.”
b) “Seria uma suave solução:...”
c) “Com uma infelicidade crua na alma.”
d) “Os vinhos envelhecem melhor ainda.”
e) “O problema da velhice também se dá com certos instrumentos.”
55. (FGV / Especialista Legislativo / ALERJ / 2017)
Observe o seguinte período, retirado do livro O Crime do Padre Amaro, do
escritor português Eça de Queiroz:
“A tarde caía quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia
adiante, calada, chibatava a sua burrinha, enquanto d. Maria vinha palrando
com o moço da quinta, que segurava a arreata”.
Sobre a estrutura sintática desse segmento, a única afirmação correta é:
a) o primeiro período é composto por uma só oração;
b) o segundo período é constituído por coordenação e subordinação;

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c) o segundo período é formado por quatro orações;


d) no segundo período, o sujeito é o mesmo em todas as orações;
e) nos dois períodos há orações subordinadas de valor temporal.
56. (FAUEL / ADVOGADO / 2017)
“Ficaram pasmados, ao entenderem a gravidade da situação.”
Analisando o período acima, pode-se concluir que:
a) Na oração: “Ficaram pasmados” há predicado nominal, pois a palavra
“ficaram”, neste caso, é apenas um verbo de ligação entre o Sujeito
Desinencial “eles” e o Predicativo do Sujeito “pasmados”.
b) Trata-se de um Período Simples, pois contém dois verbos.
c) Na oração: “Ficaram pasmados” há predicado verbo-nominal, visto que a
palavra “ficou”, neste caso, é um adjetivo, pois descreve a situação vivida
pelo Sujeito.
d) O verbo “ficaram” refere-se a uma ação praticada pelo Sujeito no
Pretérito, o que classifica o Predicado como Verbal.
57. (IBFC / Embasa / 2017)
Considere o período e as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
“Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome,
pedindo providências às autoridades.”
I. Trata-se de um período composto por coordenação.
II. O sujeito de “louve-se” é indeterminado.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II. b) I, apenas. c) II, apenas. d) Nenhuma.
58. (INAZ / Engenheiro Segurança / Pref. Itaúna / 2016)
Em: “A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e
em avaliações de risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das
drogas ‘inteligentes’: impedir a formação de tumores”, as partes sublinhadas
constituem-se como uma Oração:
a) Absoluta; b) Coordenada; c) Subordinada; d) Principal; e) Reduzida.
59. (CESPE / SEDF / 2017)
Mas é claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o
item que se segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português”
exerce a função de complemento do vocábulo “claro”.
60. (ESAF / Despachante Aduaneiro / 2016)
“Quem olhar, com alguma atenção, a carta geográfica da América do Sul e,

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mais precisamente, da região amazônica, verificará que a larga faixa que se


estende ao longo das fronteiras do Brasil com seus vizinhos a norte e a oeste
representa uma vasta região praticamente desconhecida.”
Julgue o item a seguir.
A oração introduzida por “que”, após “verificará”, é uma oração subordinada
substantiva subjetiva.
61. (CONSULPLAN / Analista / CFESS / 2017)
As orações substantivas exercem as mesmas funções, no período, dos termos
vistos na análise sintática das orações. Analisando sintaticamente o período:
“E um dia descobrem que as brilhantes contas de vidro são só isto: contas de
vidro.” pode-se identificar o mesmo tipo de oração substantiva vista em:
a) Nunca duvidei de suas palavras.
b) Ainda não verifiquei os relatórios que foram entregues ontem.
c) O professor permitiu que vários alunos fizessem nova avaliação.
d) Minha sensação era de que os alunos haviam compreendido todo o exposto.
62. (FCC / TRT 24ª / Oficial de Justiça / 2017)
Na frase Parece ser um fato assentado que um jornal expresse a “realidade”,
os termos sublinhados
(A) prendem-se ao mesmo verbo, do qual constituem adjuntos.
(B) são sujeitos de uma mesma forma verbal.
(C) integram duas orações distintas.
(D) exercem, respectivamente, a função de complemento nominal e a de
complemento verbal.
(E) estão empregados como predicativos do sujeito.
63. (CESPE / TCE PE / 2017)
A política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica
surgiu nos Estados Unidos da América (EUA), em um rompimento com a
tradição europeia de estudos e pesquisas nessa área, que se concentravam,
então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na
produção dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas
instituições do que na produção dos governos” introduz, no período em que
ocorre, além de uma explicação sobre “estudos e pesquisas nessa área”,
uma comparação.
64. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade
propriamente dita, cercada por muralhas, onde ficavam os principais locais de
culto e as células dos futuros palácios reais; uma espécie de subúrbio,
extramuros, local que agrupava residências e instalações para criação de

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animais e plantio; e o porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e


que era utilizado como local de instalação dos estrangeiros
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse
suprimido o trecho “que era”.
65. (ESAF / ANAC / Analista Administrativo / 2016) Adaptada
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República divulgou
recentemente a pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos
e Rotas do Brasil, o mais completo levantamento sobre transporte aéreo
de passageiros do País. Mais de 150 mil passageiros, ouvidos durante 2014
nos 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do País,
revelaram um perfil inédito do setor.
A inserção de "que é" antes do segmento grifado no texto transforma o aposto
em oração subordinada adjetiva explicativa.
66. (CESPE / TRE-PI / 2016) Adaptada
No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me
pareceu um pouco estranho”, o elemento “que” introduz oração de natureza
restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial.
67. (IBFC / EBSERH / 2017)
No último parágrafo, o período “- Olhe: sou um cara que trabalha muito
mal.” É composto e sua última oração pode ser classificada como:
a) subordinada adjetiva.
b) subordinada adverbial.
c) coordenada sindética.
d) subordinada substantiva.
e) coordenada assindética.
68. (FGV / Recenseador / IBGE / 2017)
ANIMAIS, NOSSOS IRMÃOS
Desde o início da vida no planeta Terra, muitas são as espécies animais que
foram extintas por vários motivos.
Atualmente, quando se mencionam ‘espécies em extinção’, afloram as várias
atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando.
Dentre essas ações, as principais talvez sejam:
“a caça predatória de animais de grande porte e de alguns animais menores;
todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem expressivos lucros”.
O segmento sublinhado, em relação ao trecho anterior, funciona como sua:
a) finalidade; b) causa; c) consequência; d) conclusão; e) proporção.
69. (FCC / TRE-SP / 2017)
Isso é ainda mais verdadeiro em relação aos grandes museus de arte

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contemporânea. Eles são grandes porque o artista moderno quer nos envolver
com o seu trabalho e deseja que entremos em sua obra.
Eles são grandes porque o artista moderno quer nos envolver com o seu
trabalho...
Com as devidas alterações, caso se invertam as relações de subordinação da
frase acima, mantém-se o sentido original fazendo-se uso da conjunção:
a) a despeito de
b) conquanto
c) em conformidade com
d) de maneira que
e) uma vez que
70. (CESPE / Ana. Legislativo Câmara Deputados / 2012)
A alternativa beleza/verdade é falsa, pois a obra pode ser bela e verdadeira
ao mesmo tempo.
Mantendo-se a correção gramatical e as relações semânticas do texto, seu
último período poderia ser assim reescrito: Haja vista que a obra literária pode
ser, a um só tempo, bela e verdadeira, a dicotomia beleza/verdade não
procede.
71. (CESPE / TRE-PI / 2016) - Adaptada
O formato (sistema eleitoral majoritário) enfraquece os partidos e fortalece o
personalismo, já que os votos são do candidato e de ninguém mais. Não chega
a ser improvável que personagens folclóricos dominem a câmara.
A oração “já que os votos são do candidato e de ninguém mais” enuncia a
causa dos fatos apresentados nas orações “o formato enfraquece os partidos
e fortalece o personalismo” .
72. (AOCP / Prefeitura de Juiz de Fora / Contador/2016)
No trecho “A reunião não foi das mais frutíferas, já que os dois eram
incapazes de conversar [...]”, a expressão em destaque introduz uma oração
que denota
a) finalidade. b) condição. c) causa. d) tempo. e) consequência.
73. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos
enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e
eram tão perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos
preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” expressa uma
consequência do que se afirma nas duas orações imediatamente anteriores,
no mesmo período.

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74. (VUNESP / TJ SP / 2017)


Julgue o item a seguir.
A relação de sentido que há entre as partes sinalizadas no período – (I) Se
você não me ajudar com a lição de casa, (II) eu vou processar você – é:
(I) expressa uma condição; (II) expressa uma possível ação consequente.
75. (IFBC / SES-PR / Administrador / 2016)
Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e,
de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.
O último parágrafo do texto revela a conclusão do autor sobre o tema
abordado. Por meio da passagem “se me fosse dada tal oportunidade”,
evidencia-se, em relação à ideia precedente, um sentido de:
a) condição b) concessão c) causa d) conformidade
76. (FAUEL / ADVOGADO / 2017)
Assinale a única alternativa abaixo que apresenta uma oração subordinada
adverbial, que estabelece relação temporal no Período:
a) Receberão na próxima semana, a merecida premiação.
b) Quando chegou, não havia mais ninguém à sua espera.
c) O equipamento foi revisado semana passada.
d) O tempo é o melhor remédio para a maioria dos problemas.
77. (FGV / DPE-MT / Advogado / 2015)
No caso da frase “Assim que pisa em solo estrangeiro, todo turista logo é
descoberto.”, as duas orações que compõem o período apresentam a seguinte
relação:
a) localização espacial / causa da oração anterior.
b) localização temporal / consequência.
c) afirmação / explicação.
d) situação temporal / ação posterior.
e) situação espacial / ação anterior.
78. (CCV / UFC / Auxiliar Administrativo / 2016)
Em: A opção para recuperar os padrões de fábrica geralmente aparece quando
você reinicia o computador e deixa apertada a tecla F8 enquanto ele começa
a carregar. O vocábulo enquanto explicita uma relação de:
a) causalidade. b) comparação. c) consequência. d) simultaneidade.
e) condicionalidade.
79. (CESPE / Secretaria de Educação-DF / 2017)
Embora não possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos

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séculos assistiram — as revoluções consideráveis no campo da medicina, da


física, da química e das próprias ciências sociais e humanas —, essa ciência
capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar conta de resolver
o problema que ela própria ajudou a construir.
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item a
seguir.
O conectivo “Embora” introduz no período em que ocorre uma ideia de
concessão.
80. (Fiocruz / Assistente / 2016)
“A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto.”
Das alterações feitas na redação do período acima, aquela em que se
modificou o sentido concessivo da oração subordinada é
a) A comida em pílulas não veio - ainda que a nouvelle cuisine tenha chegado
perto.
b) A comida em pílulas não veio - embora a nouvelle cuisine tenha chegado
perto.
c) A comida em pílulas não veio - contanto que a nouvelle cuisine tenha
chegado perto.
d) A comida em pílulas não veio - conquanto a nouvelle cuisine tenha
chegado perto.
e) A comida em pílulas não veio - posto que a nouvelle cuisine chegou perto.
81. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos
tenham acesso a um ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o
direito que lhes foi violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade”
expressa circunstância de
A) finalidade. B) causa. C) modo. D) proporção. E) concessão.
82. (Fiocruz / Assistente / 2016)
“E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais
leigo fica o leigo.”
No período transcrito acima, as duas orações estruturam-se numa correlação
sintática “quanto mais ... mais” de sentido:
a) causal. b) proporcional. c) consecutivo. d) temporal. e) modal.
83. (NUCEPE / SEJUS-PI / Agente Penitenciário /2016)
Do ponto de vista sintático, a relação que se estabelece entre os termos
destacados está corretamente identificada em:
a) A maneira como o estupro e a violência contra as mulheres são tratados
em nossa sociedade é reveladora da ideologia subjacente: (O primeiro

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termo especifica e determina o segundo).


b) Não é pensado como assunto que nos implica a todos! (A oração não
mantém, com aquela que a antecede, qualquer relação de dependência ou
subordinação).
c) Entenda-se aqui a falta de um real interesse em pensar, de forma
consistente e permanente, políticas públicas eficazes para promover a
equidade entre os gêneros. (A oração estabelece com a sua principal uma
relação de causalidade).
d) ... o que se vê são promessas de acirramento das leis, ... (o termo das
leis completa o sentido do nome que o antecede, por isso trata-se de um
complemento nominal).
e) eventualmente punem-se os culpados, até que apareçam novas
vítimas... (O conectivo introduz uma oração que, com sua principal,
estabelece relação de finalidade).
84. (AOCP / EBSERH / 2016)
Assinale a alternativa correta.
a) Em “[...] Bauman diz que, nesses tempos líquidos modernos, os homens
precisam e desejam que seus vínculos sejam mais sólidos e reais.[...]”, os
dois termos em destaque introduzem orações subordinadas substantivas
objetivas diretas.
b) Em “[...]Quando as manifestações vão para as ruas, elas chamam a
atenção [...]”, a oração em destaque classifica-se como oração subordinada
adverbial causal..
c) Em “[...] Seriam as novas redes de relacionamento que são formadas em
espaços digitais que trazem a noção de aproximação [...]”, o termo em
destaque introduz uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
d) Em “[...] Estamos em rede, mas isolados dentro de uma estrutura [...]”,
a oração em destaque classifica-se como oração coordenada sindética
alternativa.
e) Em “[...] esperando que em uma rede sempre haja celulares
disponíveis para enviar e receber mensagens de lealdade [...]”, o termo em
destaque introduz uma oração subordinada adverbial consecutiva.
85. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
A pedagoga acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos, que,
diferentemente das crianças, têm maior capacidade de concentração ao
estudar em casa. Apesar das exigências, o método de ensino permite que o
aluno organize seu próprio horário de estudos e concilie a graduação com um
emprego.
No texto, a oração “ao estudar em casa” tem sentido equivalente ao da oração
A) ao passo que estudam em casa.
B) ainda que estudem em casa.

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C) quando estudam em casa.


D) porque estudam em casa.
E) por estudarem em casa.
86. (FCC / TRT 11ª Região / 2017)
Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos...
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser
substituído por:
a) através de que se pedia b) que lhe pedia c) da qual pedia-lhe
d) onde pedia-se e) em que se pedia
87. (FGV / Agente Administrativo / IBGE / 2017)
“Com as novas medidas para evitar a abstenção, o governo espera uma
economia vultosa no Enem”.
A oração reduzida “para evitar a abstenção” pode ser adequadamente
substituída pela seguinte oração desenvolvida:
a) para que se evitasse a abstenção;
b) a fim de que a abstenção fosse evitada;
c) para que se evite a abstenção;
d) a fim de evitar-se a abstenção;
e) evitando-se a abstenção.
88. (FGV / Prefeitura de Paulínia / Procurador / 2016)
“É próprio das famílias numerosas brigarem, fazerem as pazes e tornarem a
brigar.” (Machado de Assis)
Se transformarmos as orações reduzidas, sublinhadas na frase acima, em
orações desenvolvidas de modo adequado, a nova forma será:
a) as brigas, a realização das pazes e a volta às brigas
b) que brigassem, que fizessem as pazes e tornassem a brigar.
c) que tenham brigado, que tenham feito as pazes e que tenham tornado a
brigar.
d) que briguem, que façam as pazes e tornem a brigar.
e) que brigam, que fazem as pazes e tornam a brigar.
89. (ESAF / Analista MPOG / 2015) adaptada
Os cristãos enfrentam uma perseguição cada vez maior em todo o mundo,
alimentada principalmente pelo extremismo islâmico e por governos
repressivos.
Julgue o item a seguir.
O trecho “alimentada principalmente pelo extremismo islâmico e por governos

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repressivos" é uma oração reduzida de gerúndio.


90. (FGV / IBGE / 2016)
“Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz escreveu outro conceito”;
aoração “Sem pedir licença” pode ser adequadamente substituída pela
seguinte oração desenvolvida:
a) Sem que pedisse licença;
b) Sem o pedido de licença;
c) Sem que peça licença;
d) Sem a petição de licença;
e) Sem que havia pedido licença.
91. (FGV / SEFIN RO / Contador / 2018)
Um dos conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto tenham
a mesma organização sintática numa enumeração.
No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que
pessoas se organizem em grupos...”, para que as duas frases tenham a
mesma organização, a mudança adequada seria:
a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.
b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes sociais”.
c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas em
grupos”.
d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam organizadas
em grupos”.
e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se em
grupos”.
92. (BIO-RIO / Assistente social / 2016)
O paralelismo sintático foi desobedecido na seguinte frase:
a) “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você
conseguiu”. (Dale Carnegie)
b) “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o
pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras”. (William Arthur Ward)
c) “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores,
valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da
semente”. (Henfil)
d) “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição”. (F.
Mauriac)
e) “Um acontecimento vivido é finito. Um acontecimento lembrado é
ilimitado”. (Walter Benjamin).

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93. (AOCP / ITEP-RN / PERITO CRIM. - PSICOLOGIA / 2018)


Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado é uma conjunção
integrante.
(A) “No momento em que eu apenas uso o rótulo, perco a chance de ver
engenho e arte.”
(B) “Examino a obra em si, não a obra que eu gostaria de ter feito [...]”.
(C) "Sociedades abertas crescem mais do que sociedades fechadas.”
(D) “Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia
cochilar [...]”.
(E) “Inexiste ser humano que não possa ser alvo de questionamento.”
94. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão
elementar deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem
sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando,
pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e
prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que
vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “que” recebe a mesma classificação em ambas as ocorrências no
trecho “que daí é que vêm os enganos piores”.
95. (FCC / TRT 24ª REGIÃO / 2017)
No trecho “Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos”, no início do
primeiro parágrafo, o “que” exerce função pronominal. Outro trecho do texto
em que essa palavra exerce a mesma função é:
a) De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que
atuam no campo de pagamentos eletrônicos... (3º parágrafo)
b) Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais
difícil detectar se uma transação é fraudulenta ou verdadeira... (1º parágrafo)
c) O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento
do número de transações on-line... (2º parágrafo)
d) Também vale notar que o desvio de pagamentos pode causar perda de
clientes... (3º parágrafo)
e) Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado... (4º
parágrafo)
96. (FCC / TRT 11ª / Técnico / 2017)
Julgue o item a seguir.
Ambos os elementos sublinhados em “Freud sabia que as razões que mais
pesam.” são pronomes.
97. (CESPE / TRE-PI / 2016)
“É a primeira vez, desde a regulamentação da medida em 2011, que o
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mecanismo é adotado no Brasil.”


No último período do texto Situação de emergência, o vocábulo “que” foi
empregado como
a) conjunção integrante. b) conjunção comparativa. c) advérbio.
d) pronome relativo. e) partícula expletiva.
98. (IADES / HEMOCENTRO /2017)
Considerando o segundo parágrafo, nas orações “Os glóbulos vermelhos
(eritrócitos ou hemácias) têm uma identidade que permite a classificação” e
“É possível que filhos tenham tipo sanguíneo diferente”, os termos
sublinhados classificam-se, respectivamente, em
a) pronome relativo e conjunção coordenativa explicativa.
b) conjunção subordinativa consecutiva e conjunção subordinativa causal.
c) partícula expletiva e pronome relativo.
d) preposição e conjunção coordenativa adversativa.
e) pronome relativo e conjunção subordinativa integrante.
99. (FGV / CODEBA / Administrador/2016)
“Autores de relatórios que têm leitores definidos podem pressupor que
compartilham com seus leitores um conhecimento geral sobre a questão
abordada”.
A frase em que os vocábulos sublinhados possuem, respectivamente, as
mesmas classes gramaticais – pronome relativo e conjunção integrante – que
as sublinhadas nesse segmento do texto é:
a) Ouvi, com humilde admiração, uma senhora declarar que a sensação de
estar bem-vestida dava-lhe um sentimento de tranquilidade interior que a
religião não lhe podia conferir.
b) É o uniforme que faz esquecer aquele que o veste.
c) O que é a felicidade além da simples harmonia entre o homem e a vida
que ele leva?
d) Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você
conseguiu.
e) O otimista é um cara que acredita que o que está para acontecer será
adiado.
100. (CONSULPLAN / Ana. Jud. / TRF 2ª Região / 2017)
Em “a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar!” o termo destacado
indica, sintaticamente, a mesma função exercida pelo termo grifado em:
a) “a obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de
filme, lançado em 1996.”
b) “o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra

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[...]”
c) “A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar
d) “decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra.”
101. (CESPE / PM MA / 2017)
No período “As células imploram pelo açúcar que não conseguem
receber, e que sai, literalmente, na urina”, o vocábulo “que”, nas duas
ocorrências, tem o mesmo referente e desempenha a função sintática de
sujeito nas orações em que se insere.
102. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo
econômico, por tributos que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito
de criar maior desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo,
produção e lucros que compensam a tributação sobre a riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto 1A10AAA, é
A) oculto.
B) composto.
C) indeterminado.
D) inexistente.
E) simples.
103. (AOCP / EBSERH / Técnico em Enfermagem / 2016)
Em “lembra-se de algo bizarro que aconteceu quando você tinha 13 anos!”,
o termo em destaque
a) é um pronome relativo que exerce a função de objeto direto.
b) é um pronome relativo que exerce a função de sujeito.
c) é uma conjunção integrante que retoma “algo bizarro”.
d) é uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada
adjetiva.
e) é um pronome relativo que exerce a função de objeto indireto.
104. (AOCP / ITEP-RN / AGENTE DE NECROPSIA / 2018)
Assinale a alternativa em que o “se” destacado introduz uma noção de
condição.
(A) “A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de
70 anos [...]”.
(B) “[...] há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas
públicas voltadas para esse fim [...]”.
(C) “[...] estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à
implantação de um marca-passo [...]”.

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(D) “[...] o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como


fazer o curativo, medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida [...]”.
(E) “Essa medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio
entre idosos, não é o bastante.”.
105. (CESPE / STJ / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2018)
Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia política e moral
se debruçaram intensamente em torno dessa questão ao longo do século
XX.
Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,
eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de
justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de
coisas.
Nos trechos “se debruçaram” e “se chegar”, a partícula “se” recebe
classificações distintas.
106. (CESPE / TCE PE / 2017)
...o ser humano se sente plenamente confortável com a maneira como as
coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na
acomodação.
No trecho “rendendo-se”, o pronome “se” indica que o sujeito dessa forma
verbal é indeterminado.
107. (CESPE / STM / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
A inclusão ou a omissão de uma letra ou de uma vírgula no que sai impresso
pode decidir se o autor vai ser entendido ou não, admirado ou ridicularizado,
consagrado ou processado.
A palavra “se” classifica-se como conjunção e introduz uma oração
completiva.
108. (IBFC / EBSERH / Técnico em Enfermagem / 2016)
Considerando o emprego do pronome “se” em:
“A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos.”
Nota-se uma ambiguidade oriunda do emprego incomum da forma passiva
sintética. Desse modo, NÃO entendendo a construção como passiva, o leitor
compreenderia a passagem da seguinte forma:
a) A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma necessita de projetos
e afetos
b) A alma tem suas dores, e para que seja curada necessita de projetos e
afetos
c) A alma tem suas dores, e para que se sinta curada necessita de projetos e
afetos
d) A alma tem suas dores, e para que a curem necessita de projetos e afetos

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e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita de projetos e
afetos”
109. (ESAF / ANAC / 2016) Adaptada
Em "se sustentavam" (Ao contrário dos balões, que se sustentavam na
atmosfera...) e "se elevassem" (os aviões precisavam de um meio para que
se elevassem por seus próprios recursos) o pronome "se" indica voz reflexiva.
110. (FGV / IBGE / 2016) - Adaptada
O pronome “SE” no primeiro período do texto (O aumento dos índices de
desemprego se refletiu nos resultados da PNAD já em 2014.) indica que esse
período está na voz passiva.
111. (AOCP / EBSERH / 2016)
Em“Segundo Wild, se você não se sente à vontade para sair de casa [...]”, os
termos em destaque funcionam, respectivamente, como
a) conjunção subordinativa condicional e parte integrante do verbo.
b) conjunção subordinativa condicional e pronome apassivador.
c) índice de indeterminação do sujeito e parte integrante do verbo.
d) parte integrante do verbo e conjunção subordinativa condicional.
e) conjunção subordinativa condicional e índice de indeterminação do
sujeito.
112. (CESPE / Prefeitura São Luis-MA / 2017)
Foi embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a
liberdade: os bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem
compaixão.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso fosse suprimido o
pronome “se”, em “sorriam-se”.
113. (FGV / TRT SC / Analista / 2017)
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com
o tempo.
O valor semântico do termo sublinhado se repete no seguinte pensamento:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (Raoul
Dufy)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (Bertrand
Russell)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (Jean Rostand)
(D) As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia.
(M. Fernandes)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (Henri-Louis
Bergson)

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114. (FCC / ARTESP / 2017)


Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de
uma "nova revolução industrial", como define o secretário de Transportes
paulistano, Sérgio Avelleda.
O vocábulo como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de
sentido que a verificada em:
(A) Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no
cotidiano é desconhecido.
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização
dos carros autônomos.
(C) Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já
são uma realidade.
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é
realmente espantoso.
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros
no início do século 20.
115. (AOCP / HRF/ Analista / 2017)
Em “[...] falou sobre a importância das pessoas com deficiência serem vistas
como consumidoras, funcionárias e prestadoras de serviço.”,
Julgue o item a seguir.
O “como” exerce função de conjunção subordinativa comparativa.
116. (CESPE / TRE TO / 2017)
Na época moderna, as eleições estão ligadas ao sistema de governo
representativo e ao preenchimento de 28 cargos executivos. É nessa época
que se fortalece a ideia de que a eleição é a forma pela qual as pessoas em
uma sociedade escolhem politicamente candidatos ou partidos por meio do
voto.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso
se substituísse “pela qual” por “como”.

Mais questões comentadas

117. (FGV / SEFIN RO / Contador / 2018)


Um dos conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto tenham
a mesma organização sintática numa enumeração.
No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que
pessoas se organizem em grupos...”, para que as duas frases tenham a
mesma organização, a mudança adequada seria:

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a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.
b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes sociais”.
c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas em
grupos”.
d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam organizadas
em grupos”.
e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se em
grupos”.
118. (FGV / Prof. de língua portuguesa / SEE-PE / 2016)
A oração introduzida pelo conectivo mas que recebe classificação diferente
das demais – por ter valor aditivo e não adversativo – é
a) “Ver é crer, mas sentir é a verdade.”
b)“A vontade de acreditar é talvez o mais poderoso, mas certamente é o mais
perigoso atributo humano.”
c)“Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”
d)“Você pode fazer muito pouco com a fé, mas você não pode fazer nada sem
ela.”
e)“A fé remove montanhas, mas não se esqueça de ficar empurrando
enquanto você reza.”
119. (FGV / Analista Portuário / CODEBA / 2016)
A frase em que houve adequada substituição de uma oração desenvolvida por
uma oração reduzida é:
a) Uma crença não é verdadeira porque ela é útil. / por sua utilidade.
b) O mundo não pode ser dividido sem deixar resto. / sem que deixe resto.
c) Em algumas coisas é preciso acreditar para que sejam vistas. / para serem
vistas.
d) Morrer por uma causa não faz com que essa causa seja justa. / justiça a
essa causa.
e)Eu jamais morreria por uma crença porque eu poderia estar errado. / por
poder que eu estivesse errado.
120. (FGV / Analista Portuário / CODEBA / 2016)
Do relatório à pizza
Nos últimos anos, relatórios produzidos por Comissões Parlamentares de
Inquérito têm merecido destaque na mídia nacional por impactos das
denúncias que investigam. Algumas das sessões de inquérito são transmitidas
por canais de televisão e acompanhadas por milhares de brasileiros
interessados no resultado das investigações conduzidas por seus
representantes legislativos. Muitos jornais publicam trechos dos relatórios
produzidos por essas comissões de inquérito. De modo geral, porém, as

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expectativas dos eleitores são frustradas quando veem relatórios que


apontam responsabilidades por crimes de corrupção e desvio de verbas
públicas serem “engavetados” sem que os responsáveis sejam punidos.
No texto, o termo que exerce uma função sintática diferente das demais é:
a) por Comissões Parlamentares de Inquérito.
b) por impactos das denúncias que investigam.
c) por canais de televisão.
d) por milhares de brasileiros interessados.
e) por seus representantes legislativos.
121. (FGV / Analista Judiciário / TJ-PI / 2015)
Entre os termos sublinhados abaixo, aquele que exerce a função de
complemento é:
a) áreas da cidade;
b) campanhas de conscientização;
c) cidades de médio porte;
d) cobrança de pedágio;
e) número de vítimas.
122. (FGV / Fiscal de Posturas Prefeitura de Niterói-RJ / 2015)
Julgue: o item abaixo mostra o emprego de vírgula em função de um adjunto
adverbial deslocado :
“Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing".
123. (FGV / TJ / TJ-RO / 2015)
Texto - O século XX foi marcado pelo uso crescente de veículos automotores.
Desde então observam-se com maior frequência episódios críticos de poluição
do ar. Com o aumento alarmante da poluição e a ameaça de escassez das
reservas de petróleo, estudiosos de vários países investem esforços na
procura de novas fontes alternativas de energia, como hidrogênio e biomassa.
De acordo com pesquisadores, a mudança definitiva do século pode ser
representada pela revolução nos transportes, por meio de tecnologias que já
foram criadas e que poderão estar acessíveis em menos de 20 anos.
Entre os termos sublinhados abaixo, aquele que representa um agente do
termo anterior, e não seu paciente, é:
a) poluição do ar;
b) uso de veículos;
c) aumento da poluição;
d) reservas de petróleo;
e) mudança de século.

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124. (FGV / Ag. Faz. Niterói / 2015)


Texto – Argumentos contra a redução da maioridade penal
1. A redução da maioridade penal fere uma das cláusulas da Constituição
Federal que não podem ser modificadas por congressistas.
2. A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não
iria contribuir para sua reinserção na sociedade.
3. A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos
isolados, e não em dados estatísticos.
4. Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em
educação e em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a
vulnerabilidade deles diante da violência.
5. A redução da maioridade penal iria afetar, principalmente, jovens negros,
pobres e moradores de áreas periféricas no Brasil, na medida em que este é
o perfil de boa parte da população carcerária brasileira.

Considerando os seguintes segmentos do texto: “redução da maioridade


penal” e “inclusão de jovens”, a afirmação correta sobre o papel dos termos
sublinhados é:
a) os dois termos exercem a função de adjuntos adnominais;
b) apenas o primeiro termo exerce a função de adjunto;
c) apenas o segundo termo exerce a função de adjunto;
d) os dois termos exercem a função de complementos nominais;
e) apenas o primeiro termo exerce a função de complemento.
125. (FGV / AFRE-RJ / 2011)
“Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros,
assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui
operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que
as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos
outros segmentos da economia. Trata-se, portanto, de um assunto de
relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no
Brasil, bem como para os profissionais especializados na área criminal, que
atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa.
(...)”
A palavra sujeitas exerce, no texto, função sintática de
a) complemento nominal.
b) objeto direto.
c) predicativo do objeto.
d) predicativo do sujeito.
e) adjunto adverbial de modo.

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126. (FGV / AFRE-RJ / 2011)


Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para as empresas
nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais
especializados na área criminal, que atuarão cada vez mais veementemente
na prevenção dos riscos da empresa.
No período destacado acima, o SE classifica-se como
a) pronome reflexivo.
b) partícula apassivadora.
c) parte integrante do verbo.
d) pronome oblíquo.
e) indeterminador do sujeito.
127. (FGV / ACI / SEFAZ-RJ / 2011)
Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se que o desenvolvimento
social e econômico foi possível porque o homem sistematizou formas de
organização entre os povos.
A oração sublinhada no período acima tem valor
a) causal.
b) concessivo.
c) comparativo.
d) temporal.
e) consecutivo.
128. (FGV / T.J. / TRE-PA / 2011)
Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o
permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir − de verdade −
em bases cotidianas.
Os termos sublinhados no período acima classificam-se, respectivamente,
como
a) adjunto adnominal e adjunto adnominal.
b) complemento nominal e complemento nominal.
c) adjunto adnominal e complemento nominal.
d) complemento nominal e adjunto adnominal.
e) objeto indireto e objeto indireto.

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129. (FGV / T.J. / TRE-PA / 2011)

De acordo com o contexto da fala do aluno, o uso do verbo no plural indica


sujeito
a) desinencial.
b) indeterminado.
c) inexistente.
d) composto.
e) elíptico.
130. (FGV / AP / SEJAP-MA / 2013)
“Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália, onde um centro
de detenção foi elaborado a partir de containers de transporte de mercadorias
em navios modificados para servir como celas temporárias”.
Assinale a alternativa em que o termo sublinhado apresenta uma função
textual diferente da exercida pelo segmento “de detenção”.
a) Problemas de superlotação.
b) Caixa de metal.
c) Equipe de designers.
d) Containers de transporte.
e) Transporte de mercadorias.
131. (FGV / Ass. / DETRAN-MA / 2013)
A EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO
A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos
números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de
educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de
segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas
alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são
comprovadamente eficientes. É crescente a preocupação com o ensino dos
princípios básicos do trânsito desde a infância e ele pode acontecer no espaço

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escolar, com aulas específicas, ou também nos ambientes especialmente


desenvolvidos para o público infantil nos departamentos de trânsito. Com a
chegada do Código Brasileiro de Trânsito (CBT), em 1998, os condutores
imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de
reeducação.
Como se vê, alguma coisa já vem sendo feita para reduzir o problema. Mas
há muito mais a fazer. A experiência mundial mostra que as campanhas para
alertar e convencer a população, de forma periódica, da necessidade de
obedecer regras básicas de trânsito, não são suficientes para frear veículos
em alta velocidade e evitar infrações nos semáforos. O bolso, nessas horas,
ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal
é um exemplo de casamento bemsucedido entre comunicação de massa e
fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no
número de vítimas fatais do trânsito na cidade. O governo local, a partir da
década de 1990, adotou uma série de medidas preventivas. Foram veiculadas
campanhas de conscientização, foi adotado o controle eletrônico de velocidade
e foi implementado o respeito às faixas de pedestres. Essas providências,
associadas à promulgação do novo Código de Trânsito, levaram a uma
expressiva redução nos índices de mortalidade por 10 mil veículos em Brasília
- de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse período, apesar do crescimento
da frota de 436 mil para 469 mil veículos, o número de mortes por ano caiu
de 652 em 1995 para 444 em 2002.
Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando uma
indústria de multas,devido ao grande número de notificações aplicadas.
Reclamações à parte, o saldo das ações se apresentou bastante positivo.
Recentemente as estatísticas mostram que o problema voltou a se agravar. O
número de vítimas fatais de acidentes no trânsito passou de 444 em 2002
para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais
motivos desse aumento é o uso de álcool por motoristas.

O elemento sintático sublinhado funciona como paciente do termo anterior em


a) faixa de pedestres.
b) regras de trânsito.
c) utilização de bebidas alcoólicas.
d) cinto de segurança.
e) vítimas do trânsito.
132. (FGV / Ana. DETRAN-MA / 2013)
“É verdade que os moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam
circulando pela cidade com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam
em casa ou no trabalho”. Os conectivos sublinhados constroem uma estrutura
que não se repete em:
a) Consertem se os sinais ou o trânsito vai ficar caótico.

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b) Ora a culpa é da natureza, ora a culpa é das autoridades.


c) A situação se repete seja por acaso, seja por inépcia.
d) Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
e) Já se reclama da chuva, já se protesta contra o prefeito.
133. (FGV / Aux. Leg. / 2013)
“Segundo a PRF, apesar de representar 3,5% dos acidentes, essa modalidade
provoca 40% dos óbitos”; o segmento “apesar de representar” pode ser
substituído por:
a) após representar
b) antes de representar
c) embora represente
d) a fim de que represente
e) à proporção que representa
134. (FGV / Cons. Leg. / 2013)
Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de
coordenação.
a) “É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover
crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive de
recuperação diante de deslizes sociais”.
b) “Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram
proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o
certo e o errado à luz das regras sociais”.
c) “Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o
viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que cobra
obrigações daqueles a quem pretende proteger”.
d) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a
lei”.
e) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,,
como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a
lei”.
135. (FGV / Ana. Amb. / INEA / 2013)
Assinale a alternativa cujo termo sublinhado exerce função diferente da dos
demais.
a) Conjunto de políticas.
b) Redução de riscos.

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c) Situações de desastres.
d) Presenças de ameaças.
e) Condições de vulnerabilidade.
136. (FGV / TSJ / DPE-RJ / 2014)
A expressão sublinhada que exerce uma função sintática diferente das demais,
por ser considerada um complemento, e não um adjunto é
a) interesses das crianças.
b) autonomia das mulheres.
c) direitos de homossexuais.
d) teses da esquerda.
e) ampliação das liberdades.
137. (FGV / TMD / DPE-RJ / 2014)
Sobre a estrutura sintática do período “Quem vive e estuda problemas, ajuda
a achar soluções” a única alternativa com uma afirmação correta é
a) o período é composto por coordenação.
b) o pronome “quem” exerce a função de sujeito.
c) o termo “problemas” exerce a função de predicativo.
d) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto.
e) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes.
138. (FGV / ATM / Recife / 2014)
“Medina vê na lei que impõe severas sanções aos corruptores o início do que
pode ser uma profunda mudança de costumes – dos maus costumes”.
Na parte final desse período, o segmento “dos maus costumes” funciona
como
a) a intromissão de um elemento humorístico.
b) a especificação dos “costumes” antes mencionados.
c) a retificação de uma informação incompleta.
d) a reafirmação enfática de uma informação já dada.
e) uma redundância desnecessária de uma informação.
139. (FGV / TAJ / TJ-RJ / 2014)
TEXTO – ANTES QUE A FONTE SEQUE
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o
empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar,
em sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia
eram não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua

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bela carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos


ancestrais lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e
onipresente cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua
inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de
desperdício explícito nas cidades e no campo. E também na timidez de
políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do
mineral.
No segmento “as águas da nova colônia eram não só muitas, mas ‘infindas’”
há uma adição de dois termos; esse mesmo tipo morfossintático de adição se
repete em:
a) “lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de
esbanjamento”;
b) “esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua inesgotabilidade”;
c) “desperdício explícito nas cidades e no campo”;
d) “e também na timidez de políticas públicas”;
e) “políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas
do mineral”.
140. (FGV / TAJ / TJ-RJ / 2014)
Considerando os dois termos sublinhados, é correto afirmar que temos
diferentes classes de palavras na seguinte opção:
a) “consomem de 30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as
camadas mais ricas da população...”;
b) “o ideal é substituí-las por outros modelos. O banho é outro problema”;
c) “quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um
chuveiro convencional”;
d) “cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no
caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de
gestão adequada...”;
e) “cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no
caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de
gestão adequada do recurso e ao roubo”.
141. (FGV / AFRE-RJ / 2011)
Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal - que
atende diretivas da União Europeia sobre o tema - trouxe, no artigo 31 bis,
não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica (por
delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por
conta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras de como
essa responsabilização será aferida nos casos concretos (ela será aplicável
[...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre atividades
desempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu
nome).

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A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:


I. Há uma oração coordenada sindética aditiva e uma oração coordenada
sindética alternativa.
II. Há três orações na voz passiva, mas somente uma com agente da passiva
explícito.
III. Há quatro orações subordinadas adjetivas desenvolvidas e uma oração
subordinada adjetiva reduzida.
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
142. (FGV / ACI / SEFAZ-RJ / 2011)

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Percebe-se que o desenvolvimento social e econômico foi possível


Assinale a alternativa em que a oração desempenhe função sintática
DISTINTA da de que o desenvolvimento social e econômico foi possível .
a) que a arrecadação incidente sobre os diversos setores produtivos é
necessária para a manutenção da máquina governamental, para a
sustentação do Estado em suas atribuições sociais e para aplicação na
melhoria da qualidade de vida da população
b) que a tributação seja suportável
c) manter as necessidades básicas da população
d) que esse profissional aprimore seu entendimento tributário
e) participar de forma efetiva das decisões econômicas

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Gabaritos

1. INCORRETA 37. LETRA B 73. CORRETA 109. CORRETA


2. LETRA D 38. LETRA E 74. CORRETA 110. INCORRETA
3. INCORRETA 39. CORRETA 75. LETRA A 111. LETRA A
4. INCORRETA 40. INCORRETA 76. LETRA B 112. INCORRETA
5. LETRA D 41. LETRA A 77. LETRA D 113. LETRA D
6. CORRETA 42. CORRETA 78. LETRA D 114. LETRA C
7. LETRA D 43. LETRA A 79. CORRETA 115. INCORRETA
8. INCORRETA 44. INCORRETA 80. LETRA C 116. CORRETA
9. LETRA E 45. LETRA C 81. LETRA A 117. LETRA A
10. CORRETA 46. INCORRETA 82. LETRA B 118. LETRA B
11. CORRETA 47. INCORRETA 83. LETRA D 119. LETRA C
12. LETRA E 48. LETRA A 84. LETRA A 120. LETRA B
13. INCORRETA 49. INCORRETA 85. LETRA C 121. LETRA D
14. CORRETA 50. INCORRETA 86. LETRA B 122. CORRETA
15. CORRETA 51. INCORRETA 87. LETRA C 123. LETRA D
16. LETRA C 52. INCORRETA 88. LETRA D 124. LETRA D
17. LETRA A 53. CORRETA 89. INCORRETA 125. LETRA D
18. INCORRETA 54. LETRA C 90. LETRA A 126. LETRA E
19. LETRA D 55. LETRA E 91. LETRA A 127. LETRA D
20. CORRETA 56. LETRA A 92. LETRA D 128. LETRA B
21. CORRETA 57. LETRA D 93. LETRA D 129. LETRA B
22. CORRETA 58. LETRA D 94. INCORRETA 130. LETRA E
23. INCORRETA 59. INCORRETA 95. LETRA A 131. LETRA C
24. CORRETA 60. INCORRETA 96. INCORRETA 132. LETRA D
25. INCORRETA 61. LETRA C 97. LETRA A 133. LETRA C
26. CORRETA 62. LETRA C 98. LETRA E 134. LETRA E
27. INCORRETA 63. CORRETA 99. LETRA E 135. LETRA B
28. CORRETA 64. CORRETA 100. LETRA C 136. LETRA E
29. LETRA C 65. CORRETA 101. INCORRETA 137. LETRA B
30. LETRA D 66. CORRETA 102. LETRA E 138. LETRA B
31. INCORRETA 67. LETRA A 103. LETRA B 139. LETRA A
32. LETRA C 68. LETRA B 104. LETRA B 140. LETRA A
33. INCORRETA 69. LETRA D 105. CORRETA 141. LETRA E
34. INCORRETA 70. CORRETA 106. INCORRETA 142. LETRA E
35. LETRA E 71. CORRETA 107. CORRETA
36. INCORRETA 72. LETRA C 108. LETRA A

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