Curso 63533 Aula 04 v2
Curso 63533 Aula 04 v2
Curso 63533 Aula 04 v2
Aula 04
Felipe Luccas
AULA 04
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
(MORFOSSINTAXE)
Sumário
1142487
Sumário ................................................................................................... 1
Noções Introdutórias .................................................................................. 2
Funções Sintáticas ..................................................................................... 2
Frase x Oração x Período: ......................................................................... 48
Coordenação x Subordinação: ................................................................... 49
Orações coordenadas: .............................................................................. 52
Orações Subordinadas Substantivas: .......................................................... 55
Orações subordinadas adjetivas ................................................................. 60
Orações subordinadas adverbiais ............................................................... 65
Orações Reduzidas X Orações Desenvolvidas ............................................... 76
Paralelismo............................................................................................. 81
Funções da palavra “QUE” ........................................................................ 86
Funções Sintáticas do “QUE” Pronome Relativo ............................................ 92
Funções da palavra “SE” ........................................................................... 96
Funções da palavra “Como” .................................................................... 102
Mais questões comentadas ..................................................................... 107
RESUMO .............................................................................................. 126
Lista das questões comentadas ............................................................... 135
Mais questões comentadas ..................................................................... 160
Gabaritos ............................................................................................. 172
SINTAXE
Noções Introdutórias
Olá, pessoal! Vamos riscar mais alguns itens desse edital??
A análise sintática é o assunto que consolida as aulas anteriores. Embora de modo
indireto, estivemos estudando análise sintática desde o início do curso: na aula de
classes, em “preposições”, vimos adjuntos adnominais e complementos nominais,
na aula de verbos, vimos um pouco da sintaxe verbal, isto é, a necessidade dos
verbos terem ou não um complemento (objeto direto e indireto); em conjunções,
vimos as orações subordinadas e coordenadas; por fim, lembramos que as classes
gramaticais (assunto de morfologia) não se dissociam das funções sintáticas
(assunto de sintaxe). Esses assuntos estão totalmente interligados.
Nesta aula, vamos organizar esse conhecimento e focar naquelas funções
sintáticas que sua banca mais gosta de explorar. A aula é um bem extensa, mas é
completa e traz muitas questões comentadas (muitas mesmo), porque teoria
resumida sem prática apenas perpetua essa sensação de que ‘sintaxe é muito
difícil’. Optei também por não partir a aula porque todos os assuntos são
interligados (sintaxe, orações, funções do QUE e SE) e o entendimento é melhor
se vistos como uma unidade. Vamos lá!
Funções Sintáticas
A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA:
Termos oracionais:
Uma oração é simplesmente uma frase que tem verbo! As funções sintáticas
também podem aparecer em forma de oração, de modo que a sua “estrutura”
será oracional, sempre com um verbo, mas a análise que faremos será a
mesma. Então, um adjetivo que desepenha função de adjunto adnominal pode
aparecer na forma de uma oração adjetiva. Nesses casos, uma oração exerce uma
função sintática na outra, de forma que são sintaticamente dependentes,
subordinadas.
Ex: O menino estudioso passa / O menino que estuda passa.
Um adjunto adverbial pode aparecer na forma de uma oração adverbial.
Ex: Estudo no meu tempo livre / Estudo quando tenho tempo livre.
Um sujeito ou um complemento, por exemplo, podem aparecer na forma de
oração: substantiva subjetiva (sujeito oracional) , objetiva direta/indireta (objeto
oracional), completiva nominal (complemento nominal oracional)etc...
Ex: O estudo constante é vital / É importante que eu estude constantemente.
Ex: Anunciei a chegada do circo. / Anunciei que o circo chegaria.
Ex: Tenho medo de viagem aérea / Ex: Tenho medo de voar de avião.
Por isso, quando falarmos das funções, vamos mencionar também suas principais
formas, inclusive a forma oracional. Fique tranquilo caso não esteja familiarizado:
a partir de agora, vamos ver em detalhes cada uma das principais funções
sintáticas que os termos de uma oração podem assumir.
Sujeito e predicado:
Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre que se declara algo na oração. O
predicado é, via de regra, a declaração feita a respeito do sujeito.
Sintaticamente, ele é um termo essencial da oração, que normalmente atrai a
concordância do verbo. Então, em uma “regra prática”, o sujeito é o termo que
“conjuga” o verbo, justifica o verbo estar na primeira pessoa, no singular, no plural,
etc...
O sujeito tem um núcleo, que é o termo central, mais importante. Normalmente
é um substantivo ou termo de valor substantivo (pronomes, numerais, verbo no
infinitivo). Esse núcleo recebe termos que o “especificam”, “delimitam”: são os
chamados determinantes (artigos, numerais, pronomes, adjetivos, locuções
adjetivas...). Nada disso é exatamente novo, mas vamos ver melhor tais análises
nos exemplos.
Nas sentenças abaixo, o sujeito está sublinhado e seu núcleo está em negrito.
Vejamos:
Ex: Douglas é um gênio sem diploma. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um
substantivo)
Ex: Mudaram as estações. (sujeito simples, há apenas um núcleo “estações”;
observe que o sujeito está invertido, isto é, posposto (após) o verbo)
Ex: Silvério e Everton são muquiranas generosos. (sujeito composto, há mais de
um núcleo, há dois substantivos)
Ex: Nós somos capazes de tudo, se trabalharmos. (sujeito simples, há apenas um
núcleo, um pronome pessoal reto)
Ex: Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples, há apenas um núcleo,
o substantivo ‘cães’, que tem, por sua vez, dois determinantes: o numeral “dois”
e o adjetivo “ferozes”)
Ex: Duas de suas amigas foram aprovadas. (sujeito simples, há apenas um núcleo,
o numeral ”duas”, que recebeu o determinante “de suas amigas”, locução adjetiva)
Ex: Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito simples, tem apenas um
núcleo, o verbo “estudar”, esse é o famoso sujeito oracional)
Observe que, como regra, o verbo se flexiona para concordar em número
e pessoa com o núcleo do sujeito.
O restante da sentença foi a ‘declaração’ feita sobre o sujeito, o que chamamos de
predicado. Aliás, essa palavra ”predicado” significa exatamente isto:
característica atribuída a um ser; atributo, propriedade.
Aprofundaremos essas análises, mais a frente, no estudo de cada função sintática.
Voltando ao sujeito, faço um alerta quanto à identificação desse termo:
Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de
determinantes longos, orações adjetivas, termos intercalados. Então, é importante
localizar o ‘núcleo’ para então conferir a concordância:
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo
do operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente
supostamente— se tudo der certo— serão votadas hoje.
Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos
somente: leis serão votadas.
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do
operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente— se
tudo der certo— serão votadas hoje.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele
indicará o número e pessoa do sujeito e também sua identidade: o que será
votado? As leis.
Resumindo: para fazer a análise sintática de um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele (a), eles(a)) e o número
do verbo (singular/plural)
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em
pessoa e número).
Sujeito Determinado:
O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos
exatamente quem está praticando (ou recebendo) a ação verbal. Ele pode tomar
diversas formas:
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam (sujeito composto; mais de um núcleo)
O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser
uma estrutura com verbo:
Ex: Não é surpresa que ele tenha passado. (aqui, o sujeito é uma oração
desenvolvida, com conjunção “que”. Reduzindo essa oração, teríamos: “não é
surpresa ele ter passado)
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar
mais” é uma oração reduzida de infinitivo, equivalente à forma desenvolvida “É
preciso que se exporte mais” > [que se exporte mais] é preciso. O núcleo
desse sujeito é o verbo no infinitivo “Exportar”. Quando o sujeito é oracional, o
verbo fica no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: Então, temos dois verbos e duas orações. O sujeito de “é” tem
forma oracional e o sujeito de “exportar” é indeterminado, pois não sabemos
“quem exporta”.)
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez
de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica
a ação, ele sofre a ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o
sujeito é oracional E paciente.
oracional dos verbos causativos (deixar, mandar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir).
Vamos entender:
Ex: Eu mandei o menino sair.
Eu mandei o quê? Mandar pede um complemento. Esse complemento (Objeto direto) de
“mandei” é a oração: “o menino sair”, que está numa forma de oração reduzida de
infinitivo, equivalente à forma desenvolvida: “mandei que o menino saísse”. Agora, dentro
dessa oração, quem sai? É o menino; então: “o menino” é sujeito de “sair”.
Agora vamos trocar “o menino” por um pronome oblíquo átono:
Ex: Eu mandei o menino sair. >> Ex: Mandei-o sair.
Pronto, nesse caso, temos que este “o” é o sujeito de “sair”. Basta pensar que se a
oração fosse desenvolvida, “o menino” seria sujeito. Como o pronome o substitui, também
tem a mesma função sintática.
Detalhe, não podemos trocar o pronome “o” por outro:
✓ Mandei- o sair
Mandei-lhe sair
Mandei ele sair
Esse é o raciocínio detalhado, para você entender. Para efeito de prova, grave:
Com os verbos Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir, o pronome oblíquo
pode ser sujeito, como nas sentenças abaixo:
Ex: Deixe-me estudar/Não se deixe aborrecer/ Ela o fez desistir/ Mandei a ir embora.
Outro detalhe importante, como temos duas orações e, em uma delas, o sujeito é o
pronome, as formas deixe aborrecer, fez desistir, mandei ir etc NÃO SÃO LOCUÇÕES
VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.
Sujeito Oculto/Elíptico/Desinencial:
O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo
contexto ou pela terminação do verbo (desinência).
Ex: Encontramos mamãe. (sujeito oculto/elíptico/desinencial [-mos>nós])
No exemplo acima, sabemos que o sujeito é “nós”, mesmo que a palavra “nós”
não esteja escrita, expressa na oração.
Ex: É preciso ter cuidado com as plantas. Sem dedicação, não crescem.
Da mesma forma, na oração em que ocorre o verbo “crescem” não há um sujeito
expresso. Contudo, sabemos, pelo contexto, que o sujeito é “plantas”: sem
dedicação, “as plantas” não crescem.
Dica do Professor: Tenho aqui um vídeo EXTRA que trata do Sujeito Oculto /
Elíptico / Desinencial
Utilize um leitor de QR Code no seu smartphone e assista ao vídeo explicativo.
Sujeito Indeterminado:
Contrariamente ao sujeito determinado, o sujeito indeterminado é aquele que não
se pode identificar no período. Não sabemos exatamente quem é o sujeito e não
conseguimos inferir do contexto.
A indeterminação do sujeito pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do
plural, com omissão do agente que pratica a ação verbal; esse é o sujeito
favorito dos fofoqueiros (risos), veja só:
Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?)
Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?)
OBS: não confunda sujeito “indeterminado” com sujeito “desinencial”! O sujeito oculto ou
desinencial é determinado, pois, mesmo que não esteja escrito ou dito na oração, ele pode
ser identificado pela terminação do verbo ou pelo contexto. Com o sujeito indeterminado,
isso não acontece, pois o contexto não é suficiente para determinar quem praticou a ação
verbal, ou seja, quem é o sujeito.
Ex: Aquele banco faliu. Roubaram mais de 20 milhões.
Observe que não está claro quem roubou. Aqui, o sujeito está “indeterminado”.
Ex: Os ladrões foram presos ontem. Roubaram mais de 20 milhões.
Agora, observe que neste caso o sujeito está oculto, porque não aparece escrito na oração.
Contudo, sabemos quem é o sujeito que praticou a ação de roubar 20 milhoes, pela
desinência e pelo contexto: o sujeito de “Roubaram” é o mesmo da oração anterior:
“ladrões”. Certo?
Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos durante um assalto, temos um sujeito
indeterminado, um agente universal, genérico, não específico).
“tratar”, o que indica que esse é um verbo transitivo INDIRETO. Se o termo não é
o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar. Então, o verbo fica na terceira
pessoa do singular.
Por outro lado, se tivermos Verbo Transitivo DIRETO (VTD) + SE, essa
estrutura vai indicar voz passiva pronominal. Abordaremos mais à frente o
assunto, mas já adiantamos que diante de VTD + SE, o verbo vai se flexionar para
concordar com o sujeito (paciente), como na frase abaixo:
Ex: Vendem-se casas > Casas são vendidas. (sujeito plural, verbo no plural)
4. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio
da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias
revolucionárias, seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para
Tratam-se, para se manter a correção gramatical do texto.
Comentários:
“Tratar-se DE” é expressão invariável, que configura sujeito indeterminado “Verbo
Transitivo Indireto+SE”. Logo, o verbo não vai ao plural.
Questão incorreta.
5. (CS-UFG / 2016)
No segmento “vivem perguntando em redor”, o uso da locução verbal
a) refere-se ao enunciador do texto.
b) indica a eventualidade da ação.
c) apresenta o resultado do processo verbal.
d) indica a indeterminação do sujeito da ação.
Comentários:
Uma das formas de indeterminação do sujeito é o uso da terceira pessoa do plural.
Dessa forma, o agente daquele verbo fica oculto, indeterminado. Para você não
esquecer, lembre da linguagem do fofoqueiro, sempre na terceira pessoa: —
disseram que te viram... — falaram isso ou aquilo...
Não haveria como pensar em sujeito “oculto”, pois não há um contexto maior (na
prova também não havia texto) e, acima de tudo, não há “sujeito oculto” entre as
opções. Gabarito letra D.
6. (IBFC / EMBASA / 2017)
O crescimento assustador de casos de febre amarela trata-se de um sério
problema e fzeram com que muitas pessoas procurassem os postos de saúde.
Julgue o item.
O verbo “trata-se” está empregado incorretamente, pois o uso do “se” é
incompatível com a presença do sujeito simples.
Comentários:
Da maneira que foi escrita a oração, parece que “crescimento” é o sujeito de “trata-
se de”. Contudo, “tratar-se de” é estrutura de “VTI+SE”, que configura “sujeito
indeterminado”. Ora, se o sujeito é indeterminado, o “SE” indeterminador é
incompatível com a presença do sujeito simples utilizado incorretamente na frase:
“crescimento”.
Em suma, não deveria haver sujeito nenhum. Se há sujeito simples, não deve
haver “SE” indeterminador do sujeito e vice-versa. Questão correta.
7. (CONSULPLAN / Ass. Manutenção / CBTU / 2014)
No trecho “Viveu-se nesse tempo sob a imposição de atos institucionais, [...]”,
percebe-se que o sujeito do verbo “viver” está
a) oculto.
b) explícito.
c) implícito.
d) indeterminado.
Comentários:
Verbo instransitivo, de ligação ou transitivo indireto + SE é indicação de
sujeito indeterminado.
Na questão, temos o verbo intransitivo “viver”+ SE e o sujeito não é conhecido
(quem viveu?). Então, temos as pistas sintática e semântica que caracterizam o
sujeito indeterminado. Gabarito letra D.
de uma ação.
Sujeito x Referente:
Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que
um termo (substantivo, pronome, etc) desempenha na oração.
Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase
e não necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere.
Na maior parte dos casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo
ter um “sujeito” diferente do seu “referente”. Veja:
Ex: Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todas os dias.
(Na primeira oração, “os meninos” é o sujeito de “jogar” e também o referente de jogar,
pois são os meninos que jogam).
(Na segunda oração, “os meninos” é apenas o ‘Referente” de “jogar; sintaticamente, o
sujeito está oculto, omitido, elíptico, mas o referente, no mundo das ideias, é ainda “os
meninos”). Observe o trecho:
[Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam futebol todas os dias.
Ex: Vi os meninos que jogam futebol.
(Agora, na oração sublinhada, “os meninos” continuam sendo o referente, pois,
semanticamente, são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome
“que”. Nesse caso, referente e sujeito não coincidem).
sujeito é oculto, já que, embora não conste expresso, isto é, escrito, na oração,
podemos recuperá-lo do contexto.
Questão incorreta.
9. (VUNESP / TJ-SP / Assistente Social Judiciário / 2017)
A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos
armados com fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.
Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio
das armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do
armamentismo: vai prolongar-se na criminalidade típica de uma população
armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil
está atrasado, como se indiferente, nas providências para essa emergência
social.
Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.
a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b) ... os venezuelanos fogem em massa
c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...
d) Seu número cresce.
e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio
das armas
Comentários:
Vamos sublinhar o sujeito:
a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b) ... os venezuelanos fogem em massa
c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...
d) Seu número cresce.
Na letra E, o sujeito não está presente na oração, mas podemos inferir sua
identidade pelo contexto:
e) (A decisão) Sugere que Maduro prevê ...
Gabarito letra E.
10. (CESPE / SEDF / 2017)
Um estudo da FGV aponta que 80% dos professores de educação infantil têm
nível superior completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram
que a formação dos professores das instituições públicas continua melhor.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente
apresentado, julgue o item que se segue:
O sujeito da forma verbal “mostram”, que está elíptico, tem como referente
“Os dados”.
Comentários:
Vamos observar que há dois verbos na linha 6.
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor...].
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [(os dados) mostram que a formação dos
professores das instituições públicas continua melhor...].
O primeiro verbo, “correspondem”, tem como sujeito “os dados”. Já o segundo
verbo, “mostram”, não tem um sujeito expresso. O sujeito está elíptico, omitido.
No entanto, sabemos que são “os dados que mostram”, então podemos recuperar
o referente desse verbo no contexto. Essa é o caso clássico de “sujeito oculto,
elíptico, desinencial”. Questão correta.
Objeto indireto:
É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu
objeto indiretamente, por via de uma preposição.
Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de
algo/alguém).
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém).
O objeto indireto também pode ter forma de uma oração (oração subordinada
substantiva objetiva indireta):
Ex: Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração desenvolvida)
Ex: Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)
O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida)
Ex: “Às violetas, não lhes poupei água”.
Ex: Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso.
Os “pronomes” exercem função de objeto indireto pleonástico, pois apenas
repetem o objeto indireto que já estava na sentença.
Principais casos:
✓ Quando o objeto direto for um pronome oblíquo tônico ou “quem”.
Ex: Vendemos a nós mesmos. (“vender” é VTD, mas o complemento “nós” é um
pronome oblíquo tônico; nesse caso, a preposição “a”, é obrigatória)
Ex: “Nem ele entende a nós, nem nós a ele” (“entender” é VTD)
Ex: Encontrou o funcionário a quem tinha demitido. (“demitir” é VTD, mas o
complemento “quem” pede essa preposição “a”.)
frase.)
Ex: Considero Ricardo como a um pai. (como “considero um pai”)
Sem a preposição, a leitura seria:
Considero Ricardo como um pai (como um pai “considera” — “pai” é sujeito).
Outros exemplos importantes: fazer com que ele estude, puxar da faca,
arrancar da espada, sacar do revólver, pedir por socorro, pegar pelo braço,
cumprir com o dever…
Objeto direto preposicionado partitivo: beber do vinho, comer do bolo, dar do
leite..
Complemento Nominal:
É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo
ou advérbio), com preposição. Parece um objeto indireto, com a diferença de que
não completa o sentido de um verbo, mas sim de um nome.
Ex: Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um
substantivo com transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de
algo/alguém).
Ex: João era dependente de café (Dependente é um adjetivo e pede um
complemento, preposicionado. Dependente de quê? DE café)
Ex: O juiz decidiu favoravelmente ao autor (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz
Adjunto adnominal:
Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes
características, qualidade ou estado. Os adjuntos adnominais têm função adjetiva,
ou seja, modificam termo substantivo.
Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros”
e atribuem a ele características como quantidade, qualidade, posse. Observe que
esses termos não foram exigidos pelo nome “carros”, mas sim acrescentados por
quem fala ou escreve.
Vejamos outros exemplos de adjunto adnominal:
Ex: O pobre do rapaz atropelou o azarado do gato.
Ex: Ouro em pó/em barras.
Ex: Barco a vela/a vapor/a gasolina
ATENÇÃO!
Diferenças:
✓ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e
advérbios. O adjunto adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo
preposicionado se ligar a um adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é
complemento nominal.
✓ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto
Português p/ Senado Federal (Todos os Cargos) - Com videoaulas 26
www.estrategiaconcursos.com.br 172
28908007504 - Lívia Allana Isabella Almada
Felipe Luccas
Aula 04
pode ser ou não. Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai
ter que ser Adjunto.
✓ O Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos (sentimento; ação;
qualidade; estado e conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes
concretos e abstratos. Então, se o nome for um substantivo concreto,
vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN.
✓ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não
seja “de”, normalmente será CN. Se a preposição for “de”, teremos que
analisar os outros aspectos.
Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso:
substantivo abstrato com termo preposicionado (“de”). Nesse caso, teremos
que ver alguns critérios de distinção.
integrantes da oração:
Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. (atualizar
as ideias) — Objeto Direto. Gabarito letra D.
Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… (não permitia a ele (ao
autor) — Objeto Indireto.
A propósito, o LHE pode sim ser adjunto adnominal, quando tem valor “possessivo” e
equivale a “dele (a)(s)”: Ela está muito triste. Roubaram-lhe as joias (joias dela – LHE –
Adj.Adn.)
Predicativo do sujeito:
É a qualificação/estado/caracterização que se atribui ao sujeito, normalmente por
via de um verbo de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se;
andar; virar; continuar. Vejamos os exemplos mais comuns e as diversas “formas”
como aparecem.
Ex: Ela continuava pomposa, mesmo na miséria. (Predicativo na forma de
adjetivo)
Ex: Mesmo celebridades ficam nervosas diante da mídia. (Predicativo na forma
de adjetivo)
Ex: O violão é de madeira rara. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Todos estão sem paciência. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Você é dos meus. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: O mundo é um moinho. (Predicativo na forma de substantivo)
Ex: O governo virou o maior inimigo do povo. (Predicativo na forma de
substantivo)
Ex: Lá em casa, somos quatro. (Predicativo na forma de numeral)
Ex: É necessário que estudemos mais. (Predicativo de um sujeito oracional)
Ex: O problema foi considerado como insolúvel. (Predicativo com preposição
acidental)
Ex: João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de pronome
demonstrativo)
Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma
qualidade do sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação.
Ex: O homem permaneceu no bar todo o tempo. (“no bar” é circunstância de lugar; “todo
o tempo” é circunstância de tempo. Nesse caso, “Permaneceu” é Verbo Intransitivo, não
é verbo de ligação!)
Ex: A professora saiu atrasada. (O verbo “sair” é intransitivo, e, mesmo assim, o
“atrasada” é predicativo do sujeito. Não é só verbo de ligação que acompanha predicativo
do sujeito! Quando ocorre ao lado de um verbo de “ação”, o predicativo do sujeito indica
o “estado/caracterização” do sujeito no momento da prática daquela ação.)
Predicativo do objeto:
Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos
(verbos transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo.
Tipos de Predicado:
Agora que sabemos reconhecer um predicativo, fica bem mais fácil conhecer o
predicado e seus tipos.
Os termos “essenciais” de uma oração são “sujeito” e “predicado”. Numa oração,
tudo que não for o sujeito será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo,
o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.
O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou
intransitivo), que indica “ação”, “movimento”: correr, falar, pular, beber, sair,
morrer, pedir.
Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação “comprar”,
transitivo direto)
Ex: João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de ação “gostar”,
transitivo indireto)
Ex: João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, intransitivo)
João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal.
O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo
que atribuiu uma característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa
característica vai ser ligada ao sujeito SEMPRE por um verbo de ligação (verbos
Vocativo:
O vocativo é um chamamento, é termo externo, pois se remete ao ouvinte ou
leitor. É isolado na oração, sempre marcado por vírgulas ou pausas equivalentes.
O vocativo não é considerado um termo interno “da oração”, pois se refere ao
interlocutor.
Ex: Paulo, preciso de ajuda aqui!
Ex: Mãe, passei para Auditor.
Ex: Pela ordem, Meritíssimo, a prova não consta dos autos.
41. (CONSULPLAN / Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
“Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que
a família decidiu entornar o caldo da sociedade?” O trecho sublinhado
apresenta-se entre vírgulas porque trata-se de
a) um vocativo. b) uma enumeração. c) uma expressão explicativa.
d) um adjunto adverbial deslocado. e) elementos coordenados assindéticos.
Comentários:
O termo “caro leitor” é uma invocação ao ouvinte, um referência ao interlocutor.
Trata-se de um vocativo, que deve vir marcado por pontuação. Gabarito letra A.
Aposto:
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou
resume outro termo da oração, normalmente com uma relação de “equivalência”
semântica .
O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume
um termo anterior; ou pode ser especificativo, quando especifica o
referente dentro de um universo.
O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões
intercaladas, geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões.
Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo (AA), pois não traz uma qualidade, traz
sim “outra forma” de se referir ao termo. O aposto não tem valor adjetivo.
Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto)
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir:
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito)
O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o
termo a que se refere, assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere
ao sujeito, pode virar o sujeito; quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto
direto...
Ex: Maria, a babá, virou empresária.
“a babá” é termo explicativo que vem entre vírgulas e pode substituir o sujeito
Maria: A babá virou empresária. É um aposto do sujeito.
Nesse caso, temos adjunto adnominal, pois não há identidade semântica entre
“Clima” e “Rio de Janeiro”, o Rio não é um clima. Porém, há sentido de posse, o
Rio tem o seu clima.
Da mesma forma, Crime=Latrocínio, o “latrocínio” é o próprio “crime”. O
“artilheiro” é o próprio “Messi”, o “Rio de Janeiro” é própria “cidade”, assim por
diante, ok?
42. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela
concorrência, visto que é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no
mercado internacional, de estabelecer permanência ou de engendrar saída,
que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança
o resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e
serviços.
Na linha 5, os dois-pontos introduzem um esclarecimento a respeito do
“resultado último dessa interatuação”.
Comentários:
É clássico o aposto explicativo vir após o sinal de dois-pontos, já que este serve
para anunciar um esclarecimento. O termo “o preço eficiente dos bens e
serviços” é justamente o esclarecimento do que é “o resultado último dessa
interatuação”. Questão correta.
43. (FCC / TRT 24ª Região / 2017)
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no
Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. (2o parágrafo)
No contexto, o trecho destacado veicula a ideia de
a) explicação.
b) proporção.
c) concessão.
d) finalidade.
e) conclusão.
Comentários:
O trecho destacado é uma informação acessória intercalada, entre vírgulas,
referente ao sujeito “artesanato”. Trata-se de um aposto explicativo.
Gabarito letra A.
44. (CESPE / Anvisa / 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o
Oscar Wilde iconoclasta”, haveria mudança do significado original do texto,
mas as funções sintáticas de “Oscar Wilde” e de “iconoclasta” permaneceriam
inalteradas.
Comentários:
Lembre-se de que se as classes mudarem, o sentido também muda. Bastava isso
para saber que o item está errado.
“o iconoclasta Oscar Wilde” (iconoclasta é a pessoa)
Subst
Adjunto adverbial:
É a função sintática do termo que se refere ao verbo para trazer uma ideia de
circunstância, como tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo,
oposição.
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
Ontem (adjunto adverbial de tempo)
de fome (adjunto adverbial de causa)
assim (adjunto adverbial de modo)
aqui (adjunto adverbial de lugar)
só (adjunto adverbial de modo)
Não é possível listar ou memorizar todas as possibilidades de adjunto adverbial.
Para a prova, se um termo indicar a circunstância de um verbo, especificar a forma
como aquele verbo é praticado, teremos um adjunto adverbial.
O adjunto adverbial também pode ser referir a um adjetivo, um advérbio e até a
uma oração inteira.
Ex: Ela é muito bonita. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o adjetivo
“bonita”; sua função é de adjunto adverbial)
Ex: Ela será aprovada muito provavelmente. (“muito” é um advérbio usado para
“intensificar” o advérbio “provavelmente”; sua função é de adjunto adverbial)
Ex: Infelizmente, o governo não vai resolver seus problemas. (“infelizmente” é
um advérbio que se refere à oração como um todo e expressa uma forma de
“julgamento/opinião” sobre seu conteúdo; sua função é de adjunto adverbial)
O adjunto adverbial também pode aparecer na forma de uma oração adverbial,
com circunstância de condição, causa, tempo, condição, finalidade, etc...
Observe que fatores como o tipo de verbo, a pontuação ou ausência dela pode
influenciar na função sintática. Veja que o mesmo adjetivo pode assumir ou
participar de várias funções sintáticas:
O menino continua rico. (predicativo do sujeito – o sujeito é rico)
O menino fez o pai rico. (predicativo do objeto – o pai -objeto- ficou rico)
O menino rico tinha carros esportivos (adjunto adnominal – junto ao nome)
O menino, rico, tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
Rico, o menino tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
O menino, um rico, tinha carros esportivos. (aposto – O menino = um rico)
O menino, apesar de ser rico, vivia endividado. (adjunto adverbial – indica
concessão)
Menino rico, ajude-me. (vocativo – o menino rico é o ouvinte)
*Observe que nos exemplos 4 e 5, o adjetivo com função de predicativo tem
sentido cumulativo de causa (rico = porque era rico).
46. (AOCP / TRT 1ª REGIÃO / TÉCNICO / 2018)
Julgue o item.
Em “E a imaginação é o palco em que a vivência dessas possibilidades é
encenada, por meio do jogo entre identificações e rejeições.”, o trecho em
destaque indica a causa de a imaginação ser considerada um palco, sendo,
portanto, um adjunto adverbial de causa.
Comentários:
O termo intercalado é um adjunto adverbial de “meio” ou “instrumento”, não há
sentido de causa. Questão incorreta.
47. (FUNDATEC / PC-RS / DELEGADO / 2018)
A seca persiste no Nordeste...
Sobre termos que constituem frases do texto, é correto dizer que: o termo no
Nordeste funciona como objeto indireto.
Comentários:
“No Nordeste” é a circunstância de lugar do verbo “Persistir”, o local onde a seca
persiste. Temos então adjunto adverbial de lugar. Questão incorreta.
Agente da passiva:
Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a
pratica é justamente o “agente da passiva”. Em outras palavras, é o agente de do
verbo numa sentença na voz passiva.
Quando transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da
passiva e o objeto direto vira sujeito paciente.
“por órgãos estatais” exerce função sintática de agente da passiva. “dos preceitos
morais” é complemento verbal preposicionado (OI) do verbo “advir” (VTI; de).
Questão incorreta.
53. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Uma estrutura de VTS (Serviço de tráfego de embarcações) é composta
minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas
imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações
denominado automatic identification system, um sistema de comunicação em
VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e
hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta
minimamente de um radar” (L.1-2), fosse empregada a preposição por, em
vez da preposição “de”.
Comentários:
O agente da passiva pode ser introduzido pela preposição “de” no lugar do “por”:
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de (ou por) um radar
Questão correta.
Oração é a frase verbal. A marca da oração é ter verbo. Por essa razão, nem
toda frase é oração.
Ex: Cuidado com o cão.
Como não tem verbo, é frase nominal, não é oração.
Período é a frase vista como um todo, podendo conter uma ou mais orações
dentro dele. Um período com somente uma oração é um período
simples e essa oração será chamada de oração absoluta, pois é uma frase de
sentido completo, com verbo e não ligada a nenhuma outra; um período com
mais de uma oração é um período composto e essas orações poderão
estar ligadas por coordenação ou subordinação.
==116ed7==
Coordenação x Subordinação:
Na prática, o período é a unidade de texto que vai até uma pontuação definitiva,
que exija um recomeço com letras maiúsculas: um ponto final (.), uma exclamação
(!), uma reticência (...) ou uma interrogação (?). Para contarmos orações, o mais
prático é contar os verbos!
O período composto pode conter orações coordenadas, subordinadas ou ambos os
tipos, quando será chamado de período misto.
Muita teoria?? Vamos ver isso tudo na prática! Observe o parágrafo abaixo:
Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim
que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha
deixado em cima da mesa e nem lembrei... 1Apesar de ter esse
contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou não?
As orações do período acima estão unidas por coordenação, uma não depende
sintaticamente da outra, pois, ainda que separadas, ambas têm sentido
completo, autonomia, ou seja, são frases.
Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo)
Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo)
Locução
Concessiva
1Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu
tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei...
Veja a mistura de tipos de orações: A oração 1 é subordinada temporal da 2; a 3
é subordinada substantiva objetiva direta da 2 (é OD de “perceber”); a 4 é
subordinada causal em relação à 3. A oração 5 é coordenada aditiva em relação à
2.Temos, então, coordenação e subordinação, ou seja, um período misto.
Essa estrutura complexa é a mais recorrente em prova, temos que treinar nosso
olho para ver tais relações.
Um outro detalhe: termos “coordenados” são termos listados, organizados, que
têm a mesma função sintática.
Orações coordenadas:
Esse conteúdo é estudado na parte de “conjunções e conectivos”. Contudo,
precisamos revê-lo, agora com um olhar mais “sintático”.
Orações coordenadas são independentes, isto é, não exercem função sintática em
outra, ao contrário das subordinadas, que exercem função sintática na oração
principal (funções como sujeito, objeto, adjunto adverbial etc).
Na prática, é como se tivéssemos duas orações principais, perfeitas e completas
em seu significado. As orações coordenadas são ligadas por conjunções
coordenativas. Por terem conector (síndeto), são chamadas de sindéticas. As que
não trazem conjunção são chamadas de assindéticas.
As sindéticas podem ser Conclusivas, Explicativas, Aditivas, Adversativas e
alternativas. (Mnemônico C&A).
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois
(deslocado, depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim,
sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que,
porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porquanto não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e
não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só...
mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas, como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas,
porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou, ou...
ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.
55. (FGV / Especialista Legislativo / ALERJ / 2017)
Observe o seguinte período, retirado do livro O Crime do Padre Amaro, do
escritor português Eça de Queiroz:
“A tarde caía quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia
adiante, calada, chibatava a sua burrinha, enquanto d. Maria vinha palrando
com o moço da quinta, que segurava a arreata”.
Sobre a estrutura sintática desse segmento, a única afirmação correta é:
a) o primeiro período é composto por uma só oração;
b) o segundo período é constituído por coordenação e subordinação;
Comentários:
a) Correta. O predicado nominal é aquele cujo núcleo é um predicativo do sujeito.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Dessa forma, na oração: “Ficaram pasmados” há predicado nominal, pois a palavra
“ficaram”, neste caso, é apenas um verbo de ligação entre o Sujeito Desinencial
“eles” e o Predicativo do Sujeito “pasmados”: (Eles) ficaram pasmados
b) Incorreta. Trata-se de um Período composto, pois contém dois verbos,
marcando duas orações (“ficaram” e “entenderem”).
c) Incorreta. Na oração: “Ficaram pasmados” há predicado nominal, pela
existência do verbo ligação e do predicativo do sujeito.
d) Incorreta. O verbo “ficaram” indica mudança de estado. É um verbo de ligação,
não é de ação.
OBS: A banca não ofereceu texto para essa questão, então a distinção entre “sujeito
desinencial” e “indeterminado” na forma “ficaram” só poderia ser feita pela análise racional
das alternativas. Gabarito letra A.
Veja que a banca organizou a oração principal na ordem direta, retirando os termos
intercalados: A genética conseguiu realizar o sonho das drogas inteligentes.
A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e em avaliações de
risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’: impedir a
formação de tumores
Quem olhar verificará [que a larga faixa que se estende ao longo das fronteiras
do Brasil com seus vizinhos a norte e a oeste representa uma vasta região
praticamente desconhecida]
Quem olhar verificará [isto]
A oração não tem função de sujeito, tem função de objeto direto. Trata-se de
oração subordinada substantiva objetiva direta. O sujeito é “Quem olhar...”.
Questão incorreta.
OBS: A propósito, era oração “quem olhar” faz papel de sujeito, mas não é introduzida
por conjunção integrante, mas por um pronome interrogativo, reparou?
Esse é um tipo muito específico de oração, chamado de “oração subordinada substantiva
justaposta”, por não ter conjunção.
apositiva.
Ex: Tenho um sonho: que eu passe logo no concurso. (desenvolvida)
Ex: Tenho um sonho: passar logo no concurso. (reduzida de infinitivo)
Ex: O time que venceu foi vaiado.(“time” é modificado por uma oração adjetiva)
Sujeito
Vamos comparar:
Questão correta.
65. (ESAF / ANAC / Analista Administrativo / 2016) Adaptada
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República divulgou
recentemente a pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos
e Rotas do Brasil, o mais completo levantamento sobre transporte aéreo
de passageiros do País. Mais de 150 mil passageiros, ouvidos durante 2014
nos 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do País,
revelaram um perfil inédito do setor.
o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho Eles são grandes
Agora a oração em azul é a principal e ficou uma vaga para ligar as duas conjunções
mantendo a mesma relação (museu grande >> artista quer envolver)
Ora, para manter a mesma relação causa-consequência, teremos que usar o
conectivo consecutivo “de maneira que”, então teremos:
o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho de maneira que Eles são
grandes
Dessa forma, invertemos a causa com a consequência e ajustamos a troca
invertendo também o conector, mantendo o sentido. Gabarito letra D.
Cuidado: “uma vez que” também tem sentido de causa, então a relação de
subordinação não estaria invertida, estaria mantida.
70. (CESPE / Ana. Legislativo Câmara Deputados / 2012)
A alternativa beleza/verdade é falsa, pois a obra pode ser bela e verdadeira
ao mesmo tempo.
Mantendo-se a correção gramatical e as relações semânticas do texto, seu
último período poderia ser assim reescrito: Haja vista que a obra literária pode
ser, a um só tempo, bela e verdadeira, a dicotomia beleza/verdade não
procede.
Comentários:
“Haja vista” é expressão que expressa relação de causa, como “pois, porque,
devido a, por conta de, por causa de”. Questão correta.
71. (CESPE / TRE-PI / 2016) - Adaptada
O formato (sistema eleitoral majoritário) enfraquece os partidos e fortalece o
personalismo, já que os votos são do candidato e de ninguém mais. Não chega
a ser improvável que personagens folclóricos dominem a câmara.
A oração “já que os votos são do candidato e de ninguém mais” enuncia a
causa dos fatos apresentados nas orações “o formato enfraquece os partidos
e fortalece o personalismo” .
Comentários:
Os partidos são enfraquecidos PORQUE os votos são do candidato e de ninguém
mais. Há uma clara relação de causa, além da presença da conjunção causal “já
que”. Questão correta.
Ex: Emagrecer é lento e difícil, enquanto qualquer excesso de comida já nos faz
engordar. (Contraste: Emagrecer é lento, mas engordar é rápido).
Gabarito letra D.
concessão.
Comentários:
Exato. Na oração concessiva, há um fato que cria a expectativa de um determinado
resultado, essa expectativa é quebrada pela oração principal. Em outras palavras:
embora haja avanço científico (expectativa), a ciência não têm conseguido dar
conta de resolver o problema (desfecho oposto à expectativa)... Questão correta.
80. (Fiocruz / Assistente / 2016)
“A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto.”
Das alterações feitas na redação do período acima, aquela em que se
modificou o sentido concessivo da oração subordinada é
a) A comida em pílulas não veio - ainda que a nouvelle cuisine tenha chegado
perto.
b) A comida em pílulas não veio - embora a nouvelle cuisine tenha chegado
perto.
c) A comida em pílulas não veio - contanto que a nouvelle cuisine tenha
chegado perto.
d) A comida em pílulas não veio - conquanto a nouvelle cuisine tenha
chegado perto.
e) A comida em pílulas não veio - posto que a nouvelle cuisine chegou perto.
Comentários:
Ainda que, embora, conquanto, posto que são todas conjunções concessivas
e mantêm o sentido original da frase. Já a expressão “contanto que” introduz uma
oração com sentido diferente, pois tem valor condicional. Gabarito letra C.
OBS: Na letra E, o verbo veio no modo indicativo, ao contrário da orientação gramatical
majoritária. No entanto, o item foi considerado correto porque alguns gramáticos (Maria
H. de M. Neves, Cegalla) registram a possibilidade de conectivos como apesar de que,
posto que, ainda que, mesmo que virem seguidos de verbo no modo indicativo também.
Em 2012, a FCC já também já considerou correta a oração “apesar de que essas reservas
continuam sofrendo.” (Apesar de que + verbo no indicativo)
Tranquilize-se: esse entendimento é absolutamente minoritário e não deve
suplantar a regra geral: conjunção concessiva pede verbo no subjuntivo. Além
disso, a letra C era óbvia demais e não dependia dessa informação. Vamos seguir?
Ex: Fiz o que pude porque você passasse logo. (para que você passasse...)
81. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos
tenham acesso a um ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o
direito que lhes foi violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade”
expressa circunstância de
A) finalidade.
B) causa.
C) modo.
D) proporção.
E) concessão.
Comentários:
Questão direta. Temos oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo,
introduzida pela preposição para. Nela temos o propósito da luta dos pais de baixa
escolaridade. Gabarito letra A.
2 - Subordinadas Adverbiais
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, ele se emocionou.
3 - Subordinadas Adjetivas
Ex. Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (...que negligencia)
Ex. Esse é o último livro a ser escrito por Machado de assis. (...que foi escrito...)
OBS: Nem sempre o sentido de uma oração reduzida é óbvio e indiscutível, de modo que
a conversão em oração desenvolvida (e vice-versa) pode ser feita de mais de uma
maneira, tudo vai depender do contexto.
Ex: Em se plantando, tudo dá. (Quando plantamos – tempo/Se plantarmos – hipótese)
Ex: Quando o verão chegar, ficaremos felizes. (Ao chegar o verão/ Chegado o verão/
Chegando o verão)
Além disso, há diversas orações reduzidas fixas, “cristalizadas” na língua, que não
conseguimos desenvolver:
Ex: Coube-nos pagar a conta.
Ex: Não há mais tentar ou negociar agora
Ex: Ele, além de ser bonito, era gentil.
Ex: “Em vez de você viver chorando por ele, pense em mim...”
Ex: Longe de desanimar, empolgou-se.
Ex: Não faz outra coisa senão estudar.
Portanto, não enlouqueça tentando dar o “sentido” de todas as orações e fazer a conversão
em cada caso. Não é viável nem é necessário para a prova, ok?
Paralelismo
Como o nome sugere, paralelismo é o uso de estruturas paralelas, simétricas, com
estrutura gramatical idêntica ou semelhante. Para escrever bem e organizar bem
o pensamento, a norma culta recomenda que só devemos coordenar frases que
tenham constituintes do mesmo tipo (adjetivo com adjetivo, substantivo com
substantivo, termo preposicionado com termo preposicionado, oração
desenvolvida com oração desenvolvida...); então, fere o paralelismo sintático o
uso de estruturas estruturalmente diferentes em uma coordenação/enumeração
de termos de mesmo valor sintático. Vejamos isso na prática, usando os exemplos
mais relevantes para a prova:
Ex: Tenho um primo inteligente e que tem muito dinheiro.
Algum problema? Aparentemente nenhum, não é?
Porém, essa oração não foi construída com paralelismo, pois coordena dois termos
com mesma função sintática (adjunto adnominal de “primo”), mas que não têm a
mesma forma. Temos adjetivo (inteligente) no primeiro item, mas uma oração
adjetiva no segundo (que tem muito dinheiro), uma estrutura diferente,
assimétrica. Ajustando o paralelismo, teríamos uma oração com ambos os termos
em forma de adjetivo simples.
Ex: Tenho um primo inteligente e rico.
Haveria paralelismo também se os dois termos viessem com forma de oração
adjetiva.
Ex: Tenho um primo que é inteligente e que é rico.
Veja outro exemplo:
Ex: Estudo por estar desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
Não houve paralelismo, as estruturas são diferentes: o primeiro adjunto adverbial
de causa veio em forma de oração reduzida, e o segundo veio em forma de
oração desenvolvida. Reescrevendo com estruturas paralelas, teríamos:
Ex: Estudo por estar desempregado e por aspirar a uma vida melhor.
(estruturas simétricas: duas orações reduzidas de infinitivo)
Ex: Estudo porque estou desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
(estruturas simétricas: duas orações desenvolvidas)
OBS: Por serem estruturas equivalentes, podemos coordenar sem paralelismo
adjetivos e locuções adjetivas e também advérbios e locuções adverbiais.
Ex: João é rude e sem paciência. Anda sempre rapidamente e com pressa.
Os principais elementos coordenativos que estabelecem relações de paralelismo
são: Conectivos aditivos como E, Nem e as Correlações de valor aditivo (não
só/somente X...mas/como também Y; tanto X...quanto Y) ou de valor
alternativo (Ou X....Ou Y, Quer X...Quer Y, Seja X...Seja Y):
Ex: É necessário que você estude E que você revise (coordenação paralela de
orações)
Ex: Não só trabalho, como estudo. (coordenação paralela de orações)
Ex: Comprei não só frutas, mas também legumes. (coordenação paralela de
substantivos)
Ex: Não gosto de que me ofendam, nem de que me elogiem demais.
(coordenação paralela de orações desenvolvidas)
Ex: Não gosto de ser ofendido, nem de ser elogiado demais. (coordenação
paralela de orações reduzidas)
Ex: Não gosto de chuva, nem gosto de sol. (coordenação paralela de substantivos)
Ex: Ou você estuda, ou vai continuar sofrendo com desemprego. (coordenação
paralela de orações desenvolvidas)
Ex: Seja por bem, seja por mal, serei aprovado. (coordenação paralela de orações
termos preposicionados)
Então, se nos exemplos acima, modificássemos a estrutura de um dos termos,
Português p/ Senado Federal (Todos os Cargos) - Com videoaulas 82
www.estrategiaconcursos.com.br 172
28908007504 - Lívia Allana Isabella Almada
Felipe Luccas
Aula 04
2) Mande-me tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e se meu tio
encontrou os documentos que procurava.
Veja que o segundo termo coordenado não tem a forma necessária para ser
complemento de “Mande-me”, não poderíamos dizer “Mande-me se meu
tio encontrou os documentos que procurava.
Para ajustar, deveríamos, por exemplo, incluir um outro verbo, que aceitasse
corretamente os dois complementos:
Descubra tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e (descubra)
se meu tio encontrou os documentos que procurava.
A propósito, o contrário também é válido. Se tivermos dois verbos com um mesmo
complemento, esse complemento deve ser capaz de atender a regência dos dois
verbos. Não podemos usar um mesmo complemento para verbos com regências
diferentes. Por exemplo:
Ex: Esse é o contrato que assinei e concordei.
“Concordar” pede preposição “com”, então seu complemento é um objeto indireto.
Já “assinar” pede um objeto “direto”, para corrigir, teríamos que ajustar de alguma
forma a preposição que foi “comida”, por exemplo:
Ex: Esse é contrato que assinei e com que concordei.
Por essa mesma lógica, seria incorreto dizer: Eu gosto e respeito meu professor.
Analisemos mais um período quanto à observância do paralelismo.
3) O tumulto começava na esquina de minha rua e que era perto dos gabinetes do
ministro e do secretário.
Não houve paralelismo. O primeiro adjunto adverbial veio em forma
nominal, o segundo veio numa confusa estrutura de oração adjetiva.
Paralelismo Semântico.
Devemos observar também o paralelismo “semântico”, que se refere à coerência
de sentido entre os termos coordenados.
Ex: O policial fez duas operações: uma no Morro do Juramento e outra no
pulmão.
Embora haja paralelismo estrutural, não há paralelismo semântico, pois se
cordenam ideias sem relação: uma referência geográfica e um órgão objeto de
cirurgia. Até o sentido de “operação” muda. A frase fica incoerente porque a lógica
seria ligar dois lugares geográficos ou dois órgãos operados.
Ex: Heber tem um carro a diesel e um carro nacional.
Não há coerência nessa correlação entre o combustível do carro e sua origem. A
lógica linguística seria relacionar, por exemplo, um carro nacional e um importado,
ou um carro a diesel e um a álcool.
Para consolidar o entendimento, vejamos outro exemplo:
Ex: Rodrigo é gentil e técnico de informática.
Veja que, do ponto de vista lógico e pragmático, fora de um contexto maior,
também não é coerente correlacionar uma qualidade pessoal com uma profissão
como se fossem itens de um mesmo nível semântico.
POR OUTRO LADO, esse tipo de ruptura semântica pode ser justificado por
alguma lógica interna do contexto. Veja os exemplos clássicos de Machado de
Assis:
“Marcela amou-me durante quinze dias e onze contos de réis.”
“Gastei trinta dias para ir do Rócio Grande ao coração de Marcela.”
No primeiro exemplo, causa estranhamento a correlação entre uma medida de
“Se hoje é possível que existam redes sociais; se é possível que pessoas se
organizem em grupos...” (ambas desenvolvidas)
Essa última construção paralelística, com ambas desenvolvidas, é a única que
temos entre as opções. Gabarito letra A.
92. (BIO-RIO / Assistente social / 2016)
O paralelismo sintático foi desobedecido na seguinte frase:
a) “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você
conseguiu”. (Dale Carnegie)
b) “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o
pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras”. (William Arthur Ward)
c) “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores,
valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da
semente”. (Henfil)
d) “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição”. (F.
Mauriac)
e) “Um acontecimento vivido é finito. Um acontecimento lembrado é
ilimitado”. (Walter Benjamin).
Comentários:
a) “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você
conseguiu”. (Certo. Verbo com verbo.)
b) “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o
pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras”. (Correto. As duas
orações formam par com idêntica estrutura.)
c) “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu
a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente”.
(Correto. As orações repetem idêntica estrutura.)
d) “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição”. (Opa! Aí
“deu ruim”! Houve violação do princípio do paralelismo sintático, porque o primeiro
núcleo do sujeito veio em forma de oração “construir castelos” e o segundo tomou
forma de simples substantivo, “destruição”.)
e) “Um acontecimento vivido é finito. Um acontecimento lembrado é
ilimitado”. (Correto. As estruturas são idênticas!).
Gabarito letra D.
Preposição acidental:
Ex: Primeiro que tudo, tenho que passar na prova.
Pronome relativo:
Ex: O aluno que estuda passa.
Pronome indefinido:
Acompanha substantivo, tem ideia de “qual(is)” e pode ter sentido exclamativo.
Ex: Sei que (quais) intenções você tem com minha filha.
Ex: Que ideia mais descabida!
Ex: Que mulher tinhosa, hein!
Pronome interrogativo:
Ex: (O) Que houve aqui? (“o” é expletivo)
Ex: Não sei que (quais) intenções você tem com minha filha. (forma uma
interrogativa indireta, sem [?])
Substantivo:
Ex: Essa mulher tem um quê de cigana. (sempre acentuado)
Advérbio de intensidade:
Ex: Que chato!
Interjeição:
Ex: Que! Não acredito que fez isso! (expressa surpresa, admiração)
Partícula Expletiva: pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou semântico. A
função é apenas dar “realce”, “ênfase”:
Ex: Você é que manda (mais enfático que apenas “você manda”)
Ex: Fui eu que te sustentei, seu ingrato! (SER+QUE)
Ex: Quase que caí da varanda. Que trágico que seria.
Ex: Naturalmente que disse sim.
Conjunção explicativa:
Ex: Estude, que o edital já vai sair.
Conjunção Alternativa: Equivale ao par alternativo “quer X...quer Y”.
Ex: “Que chova, que faça sol, irei à praia”
Conjunção Adversativa:
Ex: Culpem todos, que não a mim! (mas não a mim)
Conjunção aditiva:
Ex: Você fala que fala hein, meu amigo!
Conjunção consecutiva:
Ex: Bebi tanto que passei mal.
Ex: “Ele não sai à rua que não encontre um amigo”. (sem encontrar um amigo)
Conjunção comparativa:
Ex: Estudo mais (do) que você. (“do” é facultativo)
Conjunção final:
Ex: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
Ex: “Faço votos que sejas feliz!”
Conjunção Concessiva:
Ex: Estude constantemente, pouco que seja. (=ainda que pouco)
Conjunção Temporal:
Ex: “Agora que eu ia viajar, chove”.
Conjunção integrante: introduz orações substantivas, aquelas que podem ser
substituídas por [ISTO]:
Ex: Quero que você se exploda! = Quero [ISTO]
Ex: É preciso que estudemos. = Quero [ISTO]
Então, vamos ver melhor a análise sintática de uma oração substantiva, aquela
introduzida por conjunção integrante e substituível por ISTO. Cai muuuito!
Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Estava claro [ISTO]
Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.
Quero [que você se exploda!]
Quero [ISTO]
(Quem quer, quer algo). A oração tem função de objeto direto.
Detalhe!!! O “se” também pode ser conjunção integrante. Veja:
Não sei [se ele estuda seriamente!]
Não sei [ISTO]
(Quem sabe, sabe alguma coisa). A oração tem função de objeto direto.
Discordo [de que eles aumentem impostos].
Discordo [DISTO]
(Quem discorda, discorda de alguma coisa). A oração funciona como objeto indireto.
A certeza [de que vou passar na prova] me alivia.
A certeza [DISTO] me alivia.
(Quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa). Esse substantivo é abstrato, indica um
sentimento. Seu complemento preposicionado tem valor paciente, é alvo da certeza.
Temos, então, uma oração com função de complemento nominal.
✓ Predicativo do Sujeito: Ela era a esposa que muitas gostariam de ser. (ser a esposa)
✓ Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado. (atacado pelo animal)
✓ Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (chegaram
no dia).
c) “A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar
d) “decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra.”
Comentários:
Para saber a função sintática do “que” pronome relativo, devemos olhar para o seu
antecedente e ver qual função sintática ele assume se o substituirmos pelo próprio
“que”:
Primeiro, isolamos a oração adjetiva, iniciada pelo “que”:
passivamente.
2) A dica sintática é: Os verbos pronominais são transitivos indiretos ou
intransitivos. Os verbos com sentido reflexivo normalmente serão transitivos
diretos, o “SE” como objeto indireto é pouco comum. Dessa forma, na sua prova, se
o verbo for transitivo “indireto”, com certeza não há voz passiva muito dificilmente vai
haver voz reflexiva.
Pelo aspecto semântico, para haver voz reflexiva deve estar bem clara no texto a noção
de um ser animado ou ente personificado deliberadamente praticando uma ação
em si mesmo.
Ex: Maria se penteia cuidadosamente. (Maria opera o pente e recebe a ação de ser
penteada, esse é sentido reflexivo clássico, que deve estar evidente no contexto.)
Ex: João se amarrou ao tronco durante o furacão. (João prende a si mesmo no tronco, ele
“amarra” e “é amarrado” ao tronco)
Quando o sujeito não é o agente efetivo da ação, por ser ela espontânea ou independente
da sua vontade, não devemos pensar em voz reflexiva nem em voz passiva. Teremos o
“SE” como parte integrante do verbo.
Ex: A criança caiu do bote e se afogou.
Não temos como pensar em voz reflexiva, pois a criança não “afogou a si própria”, afogar-
se é verbo intransitivo e temos uma ação espontânea, independente da vontade do sujeito.
Não há também um agente externo “afogando” o menino, então não há voz passiva.
Ex: O barco se partiu nas rochas.
Não temos voz passiva, pois não há alguém exterior ao sujeito quebrando o barco.
Sintaticamente, também não é possível ver “nas rochas” como sujeito, pois é um termo
preposicionado. Além disso, o sujeito é “o barco”.
Não temos voz reflexiva, pois o barco não está partindo a si mesmo. O barco arrebentar
é um efeito natural, uma ação espontânea. Também não temos “partícula de realce”, pois
não conseguimos tirar o “SE” sem prejuízo. Isso tudo indica que o “SE” é parte integrante
do verbo.
Ex: “As nuvens se movimentam rapidamente”
Observe que não faz sentido pensar que as nuvens “movimentam a si mesmas”, pois
temos entes inanimados praticando uma ação espontânea, independente da sua vontade.
As nuvens se movimentam naturalmente.
Também não faz sentido pensar em voz passiva, pois não há nenhum ser exterior ao
sujeito praticando a ação de mover as nuvens e enquanto as nuvens “sofrem” essa ação.
Portanto, a conversão “as nuvens são movimentadas rapidamente” é inviável, pois tem
outro sentido. Essa “estranheza” e “artificialidade” na conversão indica que não havia
mesmo voz passiva.
3) Só existe dúvida entre voz passiva e reflexiva se houver logicamente a possibilidade
de o sujeito praticar a ação em si mesmo. Portanto, em “Consertam-se relógios”, só
podemos ter voz passiva, já que um relógio não pode consertar a si mesmo. Sabendo que
é muitas vezes impossível distinguir PIV de Pronome Reflexivo, a banca quase sempre vai
pedir mesmo a comparação com a voz passiva!
4) Justamente por haver tantas análises possíveis, em alguns casos, há ambiguidade
contextual:
Ex: Após o primeiro ato, vestiram-se a moça e o rapaz.
Podemos entender que eles foram vestidos por alguém (voz passiva), que vestiram a si
mesmos (voz reflexiva) ou vestiram um ao outro, mutuamente (voz reflexiva recíproca)
Como disse, esses critérios não são infalíveis e misturam análises semânticas e sintáticas
alternadamente. Contudo, espero que ajudem justamente naqueles casos mais nebulosos.
b) A alma tem suas dores, e para que seja curada necessita de projetos e
afetos
c) A alma tem suas dores, e para que se sinta curada necessita de projetos e
afetos
d) A alma tem suas dores, e para que a curem necessita de projetos e afetos
e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita de projetos e
afetos”
Comentários:
Questão muito interessante, porque toca numa grande polêmica gramatical, a
dúvida entre “voz passiva” e “reflexiva” em alguns contextos.
A voz passiva indica que o sujeito da frase, neste caso a “alma” sofre a ação “cura”
de forma que o pronome “se” é uma partícula apassivadora.
O enunciado pede uma construção que não apresente “alma” na construção
passiva, isto é, o exercício está pedindo uma oração em que o “se” não seja
tomado como uma partícula apassivadora.
Por conta da ambiguidade, é possível a interpretação do “se” como uma partícula
reflexiva. Na voz reflexiva o sujeito da oração “alma” precisa indicar uma
ação executada por ele mesmo e que recaia sobre ele.
Dessa forma, a única opção que apresenta essa característica de ação é a
alternativa A:
“A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma necessita de projetos e
afetos.”
Gabarito letra A.
109. (ESAF / ANAC / 2016) Adaptada
Em "se sustentavam" (Ao contrário dos balões, que se sustentavam na
atmosfera...) e "se elevassem" (os aviões precisavam de um meio para que
se elevassem por seus próprios recursos) o pronome "se" indica voz reflexiva.
Comentários:
O próprio texto dá a pista: se elevassem por seus próprios recursos. O avião eleva
a si mesmo e sustenta a si mesmo no ar. O “se” tem, de fato, sentido reflexivo.
Trata-se de um pronome reflexivo, com função de objeto direto. Questão correta.
110. (FGV / IBGE / 2016) - Adaptada
O pronome “SE” no primeiro período do texto (O aumento dos índices de
desemprego se refletiu nos resultados da PNAD já em 2014.) indica que esse
período está na voz passiva.
Comentários:
Temos “refletir-se EM”, verbo com transitividade INDIRETA. Então, o “SE” não é
pronome apassivador. Por uma análise semântica, não poderia ser voz passiva,
pois não é possível, no contexto, pensar em um agente refletindo o desemprego
Comentários:
A primeira frase traz uma oração reduzida “existir redes sociais”; a segunda,
diferentemente, traz uma oração desenvolvida: “que pessoas se organizem”.
Para que as duas frases observem o paralelismo sintático, devem estar ambas
reduzidas ou ambas desenvolvidas.
“Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível pessoas se
organizarem em grupos...” (ambas reduzidas)
“Se hoje é possível que existam redes sociais; se é possível que pessoas se
organizem em grupos...” (ambas desenvolvidas)
Essa última construção paralelística, com ambas desenvolvidas, é a única que
temos entre as opções. Gabarito letra A.
118. (FGV / Prof. de língua portuguesa / SEE-PE / 2016)
A oração introduzida pelo conectivo mas que recebe classificação diferente
das demais – por ter valor aditivo e não adversativo – é
a) “Ver é crer, mas sentir é a verdade.”
b)“A vontade de acreditar é talvez o mais poderoso, mas certamente é o mais
perigoso atributo humano.”
c)“Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”
d)“Você pode fazer muito pouco com a fé, mas você não pode fazer nada sem
ela.”
e)“A fé remove montanhas, mas não se esqueça de ficar empurrando
Comentários
O SE classifica-se como uma partícula indeterminadora do sujeito, pois está
acompanhando um verbo transitivo indireto na terceira pessoa do singular. O “se”
de voz passiva depende da transitividade direta do verbo. Lembre-se que a
expressão “trata-se de” é típica de sujeito indeterminado.
Gabarito letra E.
127. (FGV / ACI / SEFAZ-RJ / 2011)
Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se que o desenvolvimento
social e econômico foi possível porque o homem sistematizou formas de
organização entre os povos.
A oração sublinhada no período acima tem valor
a) causal.
b) concessivo.
c) comparativo.
d) temporal.
e) consecutivo.
Comentários
A oração reduzida “Ao analisar o progresso da humanidade” ao ser
desenvolvida fica da seguinte forma: “Quando se analisa o progresso da
humanidade”. Desse modo, ela assume valor temporal. Gabarito letra D.
128. (FGV / T.J. / TRE-PA / 2011)
Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o
permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir − de verdade −
em bases cotidianas.
Os termos sublinhados no período acima classificam-se, respectivamente,
como
a) adjunto adnominal e adjunto adnominal.
b) complemento nominal e complemento nominal.
c) adjunto adnominal e complemento nominal.
d) complemento nominal e adjunto adnominal.
e) objeto indireto e objeto indireto.
Comentários
Os termos sublinhados “da democracia” e “da cidadania” estão ligados aos
substantivos abstratos com sentido de ação “consolidação” e
“desenvolvimento”, respectivamente. Desse modo, eles são complementos
nominais. Gabarito letra B.
Comentários
O termo sublinhado “de detenção” se refere ao substantivo concreto “centro”,
dando a ele uma qualificação; logo, esse termo exerce a função de adjunto
adnominal. O único termo que apresenta uma função textual diferente é o “de
mercadorias” por se tratar de um complemento nominal, já que está ligado ao
substantivo abstrato de ação “transporte”. Gabarito letra E.
131. (FGV / Ass. / DETRAN-MA / 2013)
A EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO
A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos
números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de
educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de
segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas
alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são
comprovadamente eficientes. É crescente a preocupação com o ensino dos
princípios básicos do trânsito desde a infância e ele pode acontecer no espaço
escolar, com aulas específicas, ou também nos ambientes especialmente
desenvolvidos para o público infantil nos departamentos de trânsito. Com a
chegada do Código Brasileiro de Trânsito (CBT), em 1998, os condutores
imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de
reeducação.
Como se vê, alguma coisa já vem sendo feita para reduzir o problema. Mas
há muito mais a fazer. A experiência mundial mostra que as campanhas para
alertar e convencer a população, de forma periódica, da necessidade de
obedecer regras básicas de trânsito, não são suficientes para frear veículos
em alta velocidade e evitar infrações nos semáforos. O bolso, nessas horas,
ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal
é um exemplo de casamento bemsucedido entre comunicação de massa e
fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no
número de vítimas fatais do trânsito na cidade. O governo local, a partir da
década de 1990, adotou uma série de medidas preventivas. Foram veiculadas
campanhas de conscientização, foi adotado o controle eletrônico de velocidade
e foi implementado o respeito às faixas de pedestres. Essas providências,
associadas à promulgação do novo Código de Trânsito, levaram a uma
expressiva redução nos índices de mortalidade por 10 mil veículos em Brasília
- de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse período, apesar do crescimento
da frota de 436 mil para 469 mil veículos, o número de mortes por ano caiu
de 652 em 1995 para 444 em 2002.
Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando uma
indústria de multas,devido ao grande número de notificações aplicadas.
Reclamações à parte, o saldo das ações se apresentou bastante positivo.
Recentemente as estatísticas mostram que o problema voltou a se agravar. O
número de vítimas fatais de acidentes no trânsito passou de 444 em 2002
para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais
motivos desse aumento é o uso de álcool por motoristas.
Comentários
A expressão “apesar de” possui um valor de concessão, sendo assim, em “apesar
de representar” temos uma oração subordinada adverbial concessiva. A única
opção que traz uma uma conjunção com o mesmo valor de concessão é em
“embora represente”. Gabarito letra C.
134. (FGV / Cons. Leg. / 2013)
Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de
coordenação.
a) “É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover
crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive de
recuperação diante de deslizes sociais”.
b) “Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram
proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o
certo e o errado à luz das regras sociais”.
c) “Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o
viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que cobra
obrigações daqueles a quem pretende proteger”.
d) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a
lei”.
e) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,,
como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a
lei”.
Comentários
Uma oração coordenada é aquela independente sintaticamente das demais, elas
geralmente têm sentido completo em si mesmas e se unem de forma justaposta.
A única sentença destacada e sintaticamente independente das demais é “ou
serve de salvo-conduto a jovens criminosos”, sendo classificada como uma
oração coordenada alternativa. Gabarito letra E.
135. (FGV / Ana. Amb. / INEA / 2013)
Assinale a alternativa cujo termo sublinhado exerce função diferente da dos
demais.
a) Conjunto de políticas.
b) Redução de riscos.
c) Situações de desastres.
d) Presenças de ameaças.
e) Condições de vulnerabilidade.
Comentários
Português p/ Senado Federal (Todos os Cargos) - Com videoaulas 117
www.estrategiaconcursos.com.br 172
28908007504 - Lívia Allana Isabella Almada
Felipe Luccas
Aula 04
Em questões como essa, que pedem para diferenciar uma locução adjetiva (com
valor de adjetivo) de um complemento nominal, a dica é procurar logo um
substantivo abstrato derivado de ação, como temos na letra b.
a) ”de políticas” é adjunto adnominal pois tem valor de agente (que partica a
ação) e está ligado a um substantivo concreto.
b) “de riscos” é complemento nominal pois está ligado a um substantivo com
valor de ação, além de ter valor de paciente (alvo da ação).
c) “de desastres” é adjunto adnominal pois tem valor de agente (que pratica a
ação).
d) “de ameaças” é adjunto adnominal pois tem valor de agente (que pratica a
ação).
e) ”de vulnerabilidade” é adjunto adnominal pois tem valor de agente (que
pratica a ação). Gabarito letra B.
136. (FGV / TSJ / DPE-RJ / 2014)
A expressão sublinhada que exerce uma função sintática diferente das demais,
por ser considerada um complemento, e não um adjunto é
a) interesses das crianças.
b) autonomia das mulheres.
c) direitos de homossexuais.
d) teses da esquerda.
e) ampliação das liberdades.
Comentários
Procuremos logo algum substantivo abstrato derivado de ação para configurar o
complemento nominal: pronto, achamos na letra E.
Vejamos a análise das alternativas:
a) ”das crianças” é um adjunto adnominal pois pode ser substituído por um
adjetivo (infantis).
b) “das mulheres” é um adjunto adnominal pois pode ser substituído por um
adjetivo (feminina).
c) “de homossexuais” é um adjunto adnominal pois pode ser substituído por um
adjetivo (homossexuais).
d) “da esquerda” é um adjunto adnominal pois pode ser substituído por um
adjetivo (esquerdistas).
e) “das liberdades” é um complemento nominal pois tem valor de paciente e
está ligado a um substantivo com valor de ação. Gabarito letra E.
137. (FGV / TMD / DPE-RJ / 2014)
Sobre a estrutura sintática do período “Quem vive e estuda problemas, ajuda
a achar soluções” a única alternativa com uma afirmação correta é
eram não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua
bela carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos
ancestrais lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e
onipresente cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua
inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de
desperdício explícito nas cidades e no campo. E também na timidez de
políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do
mineral.
No segmento “as águas da nova colônia eram não só muitas, mas ‘infindas’”
há uma adição de dois termos; esse mesmo tipo morfossintático de adição se
repete em:
a) “lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de
esbanjamento”;
b) “esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua inesgotabilidade”;
c) “desperdício explícito nas cidades e no campo”;
d) “e também na timidez de políticas públicas”;
e) “políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas
do mineral”.
Comentários
No segmento “as águas da nova colônia eram não só muitas, mas (também)
‘infindas’” temos a adição de dois adjetivos “muitas” e “infindas”.
a) Adição de dois adjetivos “arraigada” e “onipresente”. Essa é nossa resposta.
b) Adição de dois complementos nominais “do preciosos líquido” e ”do mito de
sua inesgotabilidade”.
c) Adição de dois adjuntos adverbiais de lugar “nas cidades” e “no campo”.
d) Adição de adjuntos adverbiais “na timidez de políticas públicas”.
e) Adição de complementos nominais “à preservação” e “ao bom uso das
reservas do mineral”. Gabarito letra A.
140. (FGV / TAJ / TJ-RJ / 2014)
Considerando os dois termos sublinhados, é correto afirmar que temos
diferentes classes de palavras na seguinte opção:
a) “consomem de 30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as
camadas mais ricas da população...”;
b) “o ideal é substituí-las por outros modelos. O banho é outro problema”;
c) “quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um
chuveiro convencional”;
d) “cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no
caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de
gestão adequada...”;
Comentários
Questão de altíssimo nível, compatível com o cargo do concurso. Não se intimide,
vamos entender:
I – Oração coordenada sindética aditiva: “não só a possibilidade..., mas
também estabelece...”. Oração coordenada sindética alternativa: “ou por
conta, nome...”. CORRETA.
II – Orações na voz passiva: “por delitos que sejam cometidos no exercício
de suas atividades sociais”; “regras de como essa responsabilização será
aferida nos casos concretos”; ...atividades (que são) desempenhadas pelas
pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome (agente da passiva
“pessoas físicas”). CORRETA.
III – Orações subordinadas adjetivas desenvolvidas:
“que atende diretivas da União Europeia sobre o tema”;
“que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por
conta, nome, ou em proveito delas”;
“que as dirigem”;
“que agem em seu nome”.
Oração subordinada adjetiva reduzida (de particípio): “desempenhadas pelas
pessoas físicas”.
Gabarito letra E.
RESUMO
Veremos aqui as principais funções sintáticas e detalhes que são cobrados em
prova:
Sujeito:
Simples: 1 núcleo/ Composto: + de 1 núcleo.
Indeterminado: 3ª Pessoa do Plural (Dizem que ele morreu) ou VI/VTI+SE
(Vive-se bem aqui/Gosta-se de cães na China)
Oculto/Desinencial: Pode ser determinado pelo contexto ou vem implícito na
terminação da palavra: Estudamos hoje (nós)
O sujeito pode ter forma de:
Nome: O menino é importante.
Pronome: Ele é importante. Alguns desistiram. Aquilo é bonito demais.
Oração: Estudar é importante (oração reduzida).
Que se estudasse mais foi necessário. (sujeito oracional e passivo. A oração está
desenvolvia, introduzida por conectivo)
Oração sem sujeito:
Fenômenos da natureza: Ex: Choveu ontem/ Ex: Anoiteceu.
Estar/fazer/haver impessoal com sentido de tempo ou estado.
Ex: Faz tempo que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
O verbo haver impessoal vem sempre no singular e “contamina” os verbos
auxiliares que formam locução com ele. Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Predicativo do Sujeito: Indica estado/qualidade/característica do sujeito.
Ex: Fulana é bonita (VL)/ Ele tornou-se chefe (VL)/ João saiu contente (VI)
Objeto direto: complemento verbal sem preposição. Pode ter forma de:
Nome: Não vimos a cena.
Pronome: Ele nos deixou aqui.
Oração: Espero que estudem.
Preposicionado: Amava a Deus/ Deixei a quem me magoava/ Vendi a nós
mesmos.
OD Pleonástico: As frutas, já as comprei.
(O pronome “quem” e os pronomes oblíquos tônicos são casos de OD
preposicionado)
Objeto indireto: complemento verbal com preposição. (a, de, em, para,
com).
Pode ter forma de:
Nome: Gosto de comida./Penso em comida/ Concordo com o policial.
Pronome: Gosto disso./ Ela obedeceu-lhe. (a preposição está implícita)
Oração: Duvidava (de) que ele fosse passar. (Essa preposição pode ser
suprimida).
OI Pleonástico: Ao pastor, não lhe dei nenhum dinheiro. (lhe=ao pastor)
Adjunto adverbial:
Se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como tempo,
modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição...
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
Ontem (adjunto adverbial de tempo)
de fome (adjunto adverbial de causa)
aqui (adjunto adverbial de lugar)
só (adjunto adverbial de modo)
Pode vir em forma de oração, então teremos as orações subordinadas adverbiais:
finais, temporais, proporcionais, causais, consecutivas, conformativas,
comparativas, concessivas.
Ex: Ele morreu assim que chegou (oração adverbial de tempo)
porque estava doente (oração adverbial de causa)
Agente da passiva:
Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva
Adjunto adnominal:
Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros”
e atribuem a ele características como quantidade, qualidade, posse...
Complemento nominal:
Termo preposicionado ligado ao nome (substantivo, adjetivo, advérbio) que possui
transitividade. Parece um objeto indireto, mas não complementa verbo.
Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas só ficam parecidas em um caso: substantivo
abstrato com termo preposicionado (“de”) ligado a ele. Nesse caso, teremos
que ver alguns critérios de distinção.
Oração E Período
Frase é o enunciado que tem sentido completo, mesmo sem verbo. Ex: Fogo!
Socorro!
Oração é a frase que tem verbo.
Período simples é aquele com uma única oração; composto, aquele que tem mais
de uma oração. Na coordenação, as orações são sintaticamente independentes. Na
subordinação, a subordinada é dependente da oração principal, pois exerce função
sintática em relação a ela.
As orações subordinadas podem estar coordenadas entre si.
Ex: 1Espero 2que os alunos seja aprovados e 3que sejam nomeados logo.
As orações (2) e (3) estão coordenadas entre si, pois estão unidas pela conjunção
coordenativa aditiva “E”. Contudo, ambas são subordinadas à oração principal (1),
pois exercem nela a função de objeto direto.
Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim
que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu o tinha
deixado em cima da mesa e nem percebi... 1Apesar de ter esse
contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou
não?
Locução
Concessiva
1Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu
tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei...
Orações Coordenadas:
As orações coordenadas sindéticas podem ser conclusivas, explicativas, aditivas,
adversativas e alternativas. (Mnemônico C&A). Teremos:
ORAÇÕES SUBORDINADAS:
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por
ISTO; exercem função sintática típica de substantivo, como Sujeito, OD, OI, CN...)
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo
antecedente; exercem papel adjetivo, ou seja, modificam substantivo)
3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções adverbiais — causais, temporais,
concessivas, condicionais; tem valor de advérbio e trazem sentido de circunstância
da ação verbal, como tempo, condição...).
As orações reduzidas são formas menores, pois não trazem esses
“conectivos” (pronome relativo, conjunções). Seu verbo vem numa forma
nominal: infinitivo, particípio, gerúndio.
1 -Subordinadas Substantivas reduzidas de infinitivo
a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.
d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.
e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.
2 -Subordinadas Adverbiais reduzidas de infinitivo
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
Meu amigo, que trabalha no tribunal, ligou. (não há outros amigos: é explicativa).
A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e em avaliações
de risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’:
impedir a formação de tumores
Oração subordinada Adjetiva Explicativa,
introduzida pelo pronome relativo “que”.
b) predicativo do objeto.
c) objeto direto.
d) predicativo do sujeito.
e) adjunto adnominal.
38. (FGV / TJ-AL / ANALISTA / 2018)
O termo sublinhado abaixo que exerce uma função sintática diferente das
demais é:
a) “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que
sermos tolerantes...”;
b) “somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de
estar tornando-se irracionalmente intolerante”;
c) “O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga
mundial”;
d) “Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós
vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes”;
e) “No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz
africana”.
39. (CESPE / TCE-PA / 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
40. (CESPE / TRE-PI / 2016) - Adaptada
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função
sintática, uma vez que atribuem característica ao termo “identidade”.
41. (CONSULPLAN / Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016)
“Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que
a família decidiu entornar o caldo da sociedade?” O trecho sublinhado
apresenta-se entre vírgulas porque trata-se de
a) um vocativo. b) uma enumeração. c) uma expressão explicativa.
d) um adjunto adverbial deslocado. e) elementos coordenados assindéticos.
42. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela
concorrência, visto que é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no
mercado internacional, de estabelecer permanência ou de engendrar saída,
que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança
contemporânea. Eles são grandes porque o artista moderno quer nos envolver
com o seu trabalho e deseja que entremos em sua obra.
Eles são grandes porque o artista moderno quer nos envolver com o seu
trabalho...
Com as devidas alterações, caso se invertam as relações de subordinação da
frase acima, mantém-se o sentido original fazendo-se uso da conjunção:
a) a despeito de
b) conquanto
c) em conformidade com
d) de maneira que
e) uma vez que
70. (CESPE / Ana. Legislativo Câmara Deputados / 2012)
A alternativa beleza/verdade é falsa, pois a obra pode ser bela e verdadeira
ao mesmo tempo.
Mantendo-se a correção gramatical e as relações semânticas do texto, seu
último período poderia ser assim reescrito: Haja vista que a obra literária pode
ser, a um só tempo, bela e verdadeira, a dicotomia beleza/verdade não
procede.
71. (CESPE / TRE-PI / 2016) - Adaptada
O formato (sistema eleitoral majoritário) enfraquece os partidos e fortalece o
personalismo, já que os votos são do candidato e de ninguém mais. Não chega
a ser improvável que personagens folclóricos dominem a câmara.
A oração “já que os votos são do candidato e de ninguém mais” enuncia a
causa dos fatos apresentados nas orações “o formato enfraquece os partidos
e fortalece o personalismo” .
72. (AOCP / Prefeitura de Juiz de Fora / Contador/2016)
No trecho “A reunião não foi das mais frutíferas, já que os dois eram
incapazes de conversar [...]”, a expressão em destaque introduz uma oração
que denota
a) finalidade. b) condição. c) causa. d) tempo. e) consequência.
73. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos
enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e
eram tão perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos
preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” expressa uma
consequência do que se afirma nas duas orações imediatamente anteriores,
no mesmo período.
[...]”
c) “A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar
d) “decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra.”
101. (CESPE / PM MA / 2017)
No período “As células imploram pelo açúcar que não conseguem
receber, e que sai, literalmente, na urina”, o vocábulo “que”, nas duas
ocorrências, tem o mesmo referente e desempenha a função sintática de
sujeito nas orações em que se insere.
102. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo
econômico, por tributos que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito
de criar maior desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo,
produção e lucros que compensam a tributação sobre a riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto 1A10AAA, é
A) oculto.
B) composto.
C) indeterminado.
D) inexistente.
E) simples.
103. (AOCP / EBSERH / Técnico em Enfermagem / 2016)
Em “lembra-se de algo bizarro que aconteceu quando você tinha 13 anos!”,
o termo em destaque
a) é um pronome relativo que exerce a função de objeto direto.
b) é um pronome relativo que exerce a função de sujeito.
c) é uma conjunção integrante que retoma “algo bizarro”.
d) é uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada
adjetiva.
e) é um pronome relativo que exerce a função de objeto indireto.
104. (AOCP / ITEP-RN / AGENTE DE NECROPSIA / 2018)
Assinale a alternativa em que o “se” destacado introduz uma noção de
condição.
(A) “A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de
70 anos [...]”.
(B) “[...] há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas
públicas voltadas para esse fim [...]”.
(C) “[...] estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à
implantação de um marca-passo [...]”.
e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita de projetos e
afetos”
109. (ESAF / ANAC / 2016) Adaptada
Em "se sustentavam" (Ao contrário dos balões, que se sustentavam na
atmosfera...) e "se elevassem" (os aviões precisavam de um meio para que
se elevassem por seus próprios recursos) o pronome "se" indica voz reflexiva.
110. (FGV / IBGE / 2016) - Adaptada
O pronome “SE” no primeiro período do texto (O aumento dos índices de
desemprego se refletiu nos resultados da PNAD já em 2014.) indica que esse
período está na voz passiva.
111. (AOCP / EBSERH / 2016)
Em“Segundo Wild, se você não se sente à vontade para sair de casa [...]”, os
termos em destaque funcionam, respectivamente, como
a) conjunção subordinativa condicional e parte integrante do verbo.
b) conjunção subordinativa condicional e pronome apassivador.
c) índice de indeterminação do sujeito e parte integrante do verbo.
d) parte integrante do verbo e conjunção subordinativa condicional.
e) conjunção subordinativa condicional e índice de indeterminação do
sujeito.
112. (CESPE / Prefeitura São Luis-MA / 2017)
Foi embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a
liberdade: os bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem
compaixão.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso fosse suprimido o
pronome “se”, em “sorriam-se”.
113. (FGV / TRT SC / Analista / 2017)
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com
o tempo.
O valor semântico do termo sublinhado se repete no seguinte pensamento:
(A) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (Raoul
Dufy)
(B) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (Bertrand
Russell)
(C) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (Jean Rostand)
(D) As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia.
(M. Fernandes)
(E) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (Henri-Louis
Bergson)
a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.
b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes sociais”.
c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas em
grupos”.
d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam organizadas
em grupos”.
e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se em
grupos”.
118. (FGV / Prof. de língua portuguesa / SEE-PE / 2016)
A oração introduzida pelo conectivo mas que recebe classificação diferente
das demais – por ter valor aditivo e não adversativo – é
a) “Ver é crer, mas sentir é a verdade.”
b)“A vontade de acreditar é talvez o mais poderoso, mas certamente é o mais
perigoso atributo humano.”
c)“Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”
d)“Você pode fazer muito pouco com a fé, mas você não pode fazer nada sem
ela.”
e)“A fé remove montanhas, mas não se esqueça de ficar empurrando
enquanto você reza.”
119. (FGV / Analista Portuário / CODEBA / 2016)
A frase em que houve adequada substituição de uma oração desenvolvida por
uma oração reduzida é:
a) Uma crença não é verdadeira porque ela é útil. / por sua utilidade.
b) O mundo não pode ser dividido sem deixar resto. / sem que deixe resto.
c) Em algumas coisas é preciso acreditar para que sejam vistas. / para serem
vistas.
d) Morrer por uma causa não faz com que essa causa seja justa. / justiça a
essa causa.
e)Eu jamais morreria por uma crença porque eu poderia estar errado. / por
poder que eu estivesse errado.
120. (FGV / Analista Portuário / CODEBA / 2016)
Do relatório à pizza
Nos últimos anos, relatórios produzidos por Comissões Parlamentares de
Inquérito têm merecido destaque na mídia nacional por impactos das
denúncias que investigam. Algumas das sessões de inquérito são transmitidas
por canais de televisão e acompanhadas por milhares de brasileiros
interessados no resultado das investigações conduzidas por seus
representantes legislativos. Muitos jornais publicam trechos dos relatórios
produzidos por essas comissões de inquérito. De modo geral, porém, as
c) Situações de desastres.
d) Presenças de ameaças.
e) Condições de vulnerabilidade.
136. (FGV / TSJ / DPE-RJ / 2014)
A expressão sublinhada que exerce uma função sintática diferente das demais,
por ser considerada um complemento, e não um adjunto é
a) interesses das crianças.
b) autonomia das mulheres.
c) direitos de homossexuais.
d) teses da esquerda.
e) ampliação das liberdades.
137. (FGV / TMD / DPE-RJ / 2014)
Sobre a estrutura sintática do período “Quem vive e estuda problemas, ajuda
a achar soluções” a única alternativa com uma afirmação correta é
a) o período é composto por coordenação.
b) o pronome “quem” exerce a função de sujeito.
c) o termo “problemas” exerce a função de predicativo.
d) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto.
e) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes.
138. (FGV / ATM / Recife / 2014)
“Medina vê na lei que impõe severas sanções aos corruptores o início do que
pode ser uma profunda mudança de costumes – dos maus costumes”.
Na parte final desse período, o segmento “dos maus costumes” funciona
como
a) a intromissão de um elemento humorístico.
b) a especificação dos “costumes” antes mencionados.
c) a retificação de uma informação incompleta.
d) a reafirmação enfática de uma informação já dada.
e) uma redundância desnecessária de uma informação.
139. (FGV / TAJ / TJ-RJ / 2014)
TEXTO – ANTES QUE A FONTE SEQUE
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o
empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar,
em sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia
eram não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua
Gabaritos