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TRABALHISTA
Unidade 6 - Relações trabalhistas e
sindicais
GINEAD
Unidade 6
Relações trabalhistas e sindicais
Prezado(a) aluno(a), este material de estudo é para seu uso pessoal, sendo
compartilhamento e distribuição.
Habilidades
Descritores de desempenho
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Apresentação da Unidade
Nesta unidade, iremos conhecer os tipos de contribuições sindicais previstos na
legislação brasileira.
A partir disso, nosso foco será direcionado para o dissídio coletivo. Iremos estudar
conceito, classificação, partes que o compõem e competência de julgamento. Isso
porque o dissídio coletivo é um importante instrumento de atuação sindical, nosso
objeto de estudo neste momento.
Também analisaremos a atuação sindical em prol do trabalhador, revelando os limites
estabelecidos para ela bem como os demais aspectos relativos à organização sindical
nas relações de trabalho.
Por fim, trataremos das comissões de fábrica, com a apresentação do conceito e papel
dessas organizações no contexto empresarial.
Mãos à obra e bom estudo!
Art. 579 - A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma
determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor
do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na con-
formidade do disposto no art. 591. (BRASIL, 1943).
Com essa definição, todos aqueles que integrassem determinada categoria profissional
ou econômica ou, ainda, uma profissão liberal deveriam pagar a contribuição sindical
em favor do sindicato representativo da categoria ou profissão. Ou seja, era obrigatório
o seu recolhimento.
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Nesse sentido, Gomes e Gottschalk (2011) sustentam que a noção de obrigatoriedade
advém de seus primórdios, quando a contribuição era denominada imposto sindical.
Mesmo com a mudança no nome, conforme os autores, esse caráter obrigatório não
se perdeu.
Garcia (2017), por sua vez, pondera que a contribuição sindical tem sua origem na
adoção, pelo legislador brasileiro, de um sistema de unicidade sindical – ou seja,
somente pode haver um sindicato representativo da categoria por localidade.
Contudo, com a aprovação da Lei nº 13.467/2017 e sua entrada em vigor, a redação
antes aplicada ao artigo 579 passou a viger da seguinte forma:
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Assim, com o advento da Reforma Trabalhista, as contribuições sindicais que
permanecem são as seguintes:
Contribuição sindical
Corresponde ao antigo imposto sindical. É descrita no artigo 579 da CLT.
Contribuição assistencial
Com previsão em acordo coletivo e desconto em folha em uma única
vez ou dividida em parcelas.
Contribuição associativa
Exclusiva para os filiados ao sindicato, com pagamento mensal de valor
determinado pelo próprio sindicato.
Contribuição confederativa
Prevista no texto da Constituição Federal de 1988, com valor determina-
do em acordo coletivo, cobrado normalmente após o reajuste coletivo
da categoria.
O Brasil, no Direito Comparado, era ainda um dos poucos países que contemplavam
a compulsoriedade no pagamento da contribuição sindical. Em vários países
desenvolvidos, experimentou-se uma evolução no sentido de se desgarrar das amarras
do corporativismo, enaltecendo a negociação coletiva e as contribuições voluntárias.
Atualmente, a contribuição sindical, com caráter compulsório, é mantida normalmente
em nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento, localizadas na África, América
Latina e Ásia.
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• Planejamento: dividido em três níveis, são eles:
Cláusulas econômicas
Causam impacto direto no caixa da empresa. São, portanto, custos dire-
tos, como horas extras, reajustes salariais, aumento real, entre outros.
(MARRAS, 2011).
Cláusulas sociais
Necessidades ou reivindicações que se encontram diretamente relacio-
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nadas a aspectos sociais, tais como a garantia de emprego à gestante e
ao empregado acidentado, entre outros. (MARRAS, 2011).
Cláusulas político-sindicais
Aspectos de interesse dos representantes dos sindicatos e das próprias
entidades sindicais, como é o caso da contribuição assistencial, por
exemplo. (MARRAS, 2011).
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois
ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam
condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações
individuais de trabalho.
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Quando, porém, as partes não chegam a um acordo nas negociações coletivas, é
instaurado o dissídio coletivo. Assim, a ele se atribui o papel de estabelecer solução
jurisdicional para os conflitos coletivos entre sindicatos (patronais e representativo dos
empregados) ou entre os sindicatos dos empregados e as empresas. A competência
para julgamento dos dissídios coletivos foi atribuída pela Emenda Constitucional nº
45/2004 à Justiça do Trabalho, com a alteração realizada na redação do artigo 114, §
2º. (BRASIL, 1988).
Contudo, devemos considerar que a competência originária para o julgamento é
atribuída aos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs). Logo, as Varas do Trabalho não
podem julgar um dissídio coletivo, nem o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A este,
no entanto, incumbe a competência originária de julgamento de dissídios coletivos
de empresas com atuação nacional e regimento interno aplicável uniformemente em
todo o País.
Vara do Trabalho
Não tem competência para julgamento de dissídios coletivos.
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Tribunal Superior do Trabalho (TST)
Tem a competência originária apenas para julgamento de dissídios co-
letivos de empresas com atuação nacional e regimento interno aplicável
em todo o País.
Reflita
Para ter maior eficácia e efetividade em sua atuação,
as entidades sindicais se organizam em áreas para
melhor atender às demandas dos empregados, cum-
prindo o seu papel como colaborador de promoção
da justiça social.
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção
na organização sindical;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da cate-
goria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
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IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindi-
cal respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
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modo, ainda conforme o autor, trata-se de formação que permite à classe operária se
reunir para reivindicar melhores condições de trabalho.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o direito de organização passou
a ser reconhecido como um direito fundamental dos trabalhadores, na categoria de
Direito Social. Mais recentemente, com a Reforma Trabalhista, a questão alçou um novo
nível de complexidade, já que o novo texto direciona a atenção para a representação
dos empregados no Título IV-A, formado pelos artigos 510-A ao 510-B.
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Síntese
Chegamos ao final de mais uma unidade. Até este momento, você já deve ter construído
os seguintes conhecimentos:
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Síntese
• as empresas com mais de 200 empregados podem eleger representantes
para promover-lhes o entendimento direto com os seus empregadores.
São as chamadas comissões de fábrica, que receberam especial trata-
mento da Reforma Trabalhista, com a dedicação de um título inteiro à
representação dos empregados.
Saiba mais
Caso queira aprofundar os seus conhecimentos, su-
gerimos a busca na legislação do artigo 611-A da
CLT, que possui quinze incisos e cinco parágrafos
que versam sobre os pontos nos quais se admitirá
a sobreposição da negociação coletiva sobre a lei.
Veja, também, o artigo 611-B, que enumera, em trin-
ta incisos e um parágrafo, as situações em que, ao
contrário, não se admite a supressão ou redução de
direitos exclusivamente por uma CCT ou um ACT.
Acesse o link para o texto da Lei nº 13.467/2017:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2017/Lei/L13467.htm#art1>.
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Referências
______. Curso de direito do trabalho. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
GOMES, O.; GOTTSCHALK, E. Curso de direito do trabalho. 19. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2011.
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