Direito Coletivo Do Trabalho I
Direito Coletivo Do Trabalho I
Direito Coletivo Do Trabalho I
Sindicatos
Certamente você deve se lembrar que quando estudamos as origens e o histórico do direito do
trabalho, foi comentado que o empregado, sozinho, não possuía qualquer condição de pleitear
melhores condições de labor. Porém, quando houve uma união em prol de interesses comuns,
passaram a pleitear, com força, um novo contexto. Essa foi a essência dos sindicatos naquela
época.
Portanto podemos defini-lo como uma entidade de natureza privada (não há intervenção estatal,
mas apenas a necessidade de registro perante os órgãos competentes, na forma do art. 558, §1º,
da CLT) representativa dos interesses de seus componentes, sejam eles empregados ou mesmo
empregadores.
Aos sindicatos aplica-se o princípio da unicidade, ou seja, não se permite a existência de mais
de um em uma mesma base territorial, entende-se como tal, ao menos um município (apesar de
haver esse mínimo, não há conceito de abrangência máxima).
Constituição Federal de 1988: “Art. 8º (...) II - é vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma
base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não
podendo ser inferior à área de um Município”.
Dentro da base territorial que lhe for determinada é facultado ao sindicato instituir delegacias ou
seções para melhor proteção dos associados e da categoria econômica ou profissional ou
profissão liberal representada (art. 517, §2º, da CLT).
Esse princípio é, sem dúvida, a materialização de uma barreira impedindo que haja competição
(e por consequência, melhoria nos serviços) entre os sindicatos.
Colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo e solução dos
problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal;
Sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de
pessoal, em convênio com entidades assistenciais ou por conta própria, um assistente
social com as atribuições específicas de promover a cooperação operacional na empresa
e a integração profissional na Classe.
A Assembleia Geral é um órgão colegiado de máxima hierárquica, ao qual cabe deliberar sobre
as matérias que lhes são submetidas (vota, portanto, em relação à celebração, extensão e
revogação das normas coletivas). Além disso, é responsável pela criação dos estatutos e
diretrizes do sindicato.
Ao Conselho Fiscal (composta por três membros eleitos em assembleia geral), na forma do art.
522, §2º, da CLT) cabe à fiscalização dos recursos, ou seja, arrecadação das contribuições e
aplicação das mesmas de acordo com os fins estatutários.
Negociação Coletiva
Pois bem, sabemos que muitos direitos constantes em nossa legislação podem ser negociados
mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho, que são documentos que envolvem
negociação sindical (direito coletivo do trabalho) para buscar melhores condições de trabalho
aos empregados.
Considerando que tanto a Convenção como o Acordo Coletivo são instrumentos normativos,
para sua validade devem constar em seus textos, obrigatoriamente, as seguintes condições (art.
613 da CLT):
2. Prazo de vigência;
4. Condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência;
5. Normas para a conciliação das divergências sugeridas entre os convenentes por motivos
da aplicação de seus dispositivos;
É possível perceber que a busca por melhores condições de trabalho será mais efetiva se houver
a união dos trabalhadores em um sindicato. A força que apenas um trabalhador isolado possui é
muito pouca se comparado com a pressão que grandes sindicatos podem fazer para buscar esse
ideal.