1. LEI COMPLEMENTAR N 053

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Legislação Estadual – Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Estado de Roraima – LC n°


53/2001, com as alterações supervenientes. Disposições preliminares. Direitos e vantagens.
Regime disciplinar ............................................................................................................. 2

Legislação Interna – Novo Código de Organização Judiciária do Estado de Roraima (COJERR) –


LC n° 221/2014, com as alterações supervenientes. ........................................................... 16

Legislação Interna – Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima –


Resolução TJRR/TP n° 27/2023 – Disposições Gerais – Art. 1° ao 4°. Do Primeiro Grau de
Jurisdição – Art. 35 ao 55 .................................................................................................. 34

Legislação Interna – Código de Ética e de Conduta dos servidores do Tribunal de Justiça do


Estado de Roraima – Resolução TJRR/TP n° 73/2022, com as alterações supervenientes...... 43

Legislação Interna – Política de Gestão de Desempenho por Competências – Resolução TJRR/TP


n° 28/2023 – Disposições Gerais e Do Ciclo da Gestão de Desempenho por Competências ... 51
LEI COMPLEMENTAR N. 53, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2001.

Dispõe sobre o Regime Jurídico dos

Servidores Públicos Civis do Estado de

Roraima e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA, no uso de suas atribuições legais, faço saber que a
Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Título I

Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado
de Roraima, excetuadas as categorias que, por disposição constitucional, são regidas por regime
próprio.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, SERVIDOR é a pessoa legalmente investida em
cargo público.

Art. 3º CARGO PÚBLICO é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura


organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos e funções públicas são acessíveis a todos os brasileiros e aos
estrangeiros, na forma da lei, que preencham os requisitos estabelecidos na legislação
pertinente, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento efetivo ou em comissão.

Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

(...)

Título III

Dos Direitos e Vantagens

Capítulo I

Do Vencimento e da Remuneração

Art. 37. VENCIMENTO é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado
em lei.

Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao


salário mínimo.

Art. 38. REMUNERAÇÃO é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei.

§1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma
prevista no art. 58
Art. 58. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
provimento em comissão ou de natureza especial é devida retribuição pelo seu exercício.

Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9º.
§2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa de sua lotação
receberá a remuneração de acordo com o estabelecido em lei específica.

§3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é


irredutível.

Art. 39. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância
superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Deputados Estaduais, Governador do Estado e
Desembargadores.

Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as seguintes gratificações e adicionais:

I - gratificação natalina;

II - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

III - adicional pela prestação de serviços extraordinários;

IV - adicional noturno; e

V - adicional de férias.

Art. 40. O servidor perderá:

I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; e

II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas


as concessões de que trata o art. 90, e saídas antecipadas, salvo na hipótese da compensação
de horário, até o mês subsequente as de ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.

Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão
ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo
exercício.
DAS CONCESSÕES

Art. 90. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

I - por um dia, para doação de sangue;

II - por dois dias, para se alistar como eleitor;

III - por oito dias consecutivos em razão de:

a) casamento;

b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e
irmãos.

Art. 41. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração ou provento.

Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de


pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma
definida em regulamento.
Art. 42. As REPOSIÇÕES E INDENIZAÇÕES ao erário serão previamente comunicadas ao
servidor e descontadas em parcelas mensais em valores atualizados.

§1º A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda dez por cento da remuneração
ou provento.

§2º A reposição será feita em parcelas cujo valor não exceda vinte e cinco por cento da
remuneração ou provento.

§3º A reposição será feita em uma única parcela quando constatado pagamento indevido no mês
anterior ao do processamento da folha.

Art. 43. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.

Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida
ativa estadual.

Art. 44. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial.
- ATENÇÃO AQUI NOS CONCEITOS

❖ O ARRESTO é uma medida judicial de apreensão de vários bens de um devedor para garantir um
futuro pagamento da dívida. Geralmente, é aplicado no início do processo de execução.
❖ O SEQUESTRO é a arrecadação de um bem específico, que esteja sendo disputado em ação
judicial. Como não há certeza quanto quem é o proprietário ou detentor dos direitos, o bem fica
indisponível até decisão final no processo. O intuito do sequestro é evitar a deterioração ou perda
do bem.
❖ PENHORA é uma forma de tomada de bem ou direito de um devedor, por ato de um juiz, com a
finalidade de efetivar o pagamento da quantia devida no processo. Quando a penhora é
decretada, o bem fica com restrição de venda, o que evita que o devedor o transfira para
terceiros e garante que o bem possa ser utilizado para pagamento parcial ou total da dívida.

OBS? Todos são medidas de constrangimento judicial de bens.

Capítulo II

Das Vantagens

Art. 45. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: GAI

I - indenizações; não se incorporam

II - gratificações; incorporam-se

III - adicionais. incorporam-se

§1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

§2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento nos casos e


condições indicados em lei.
Art. 46. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de
concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou
idêntico fundamento.

Seção I

Das Indenizações

Art. 47. Constituem indenizações ao servidor: DATI

I - ajuda de custo;

II - diárias;

III – transporte; e

IV – Indenização por plantão extra. (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 100, de
2006)

Art. 48. Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua concessão serão
estabelecidos em regulamento.

Subseção I

Da Ajuda de Custo

Art. 49. A AJUDA DE CUSTO destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que,
no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em
caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de
o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na
mesma sede.

§1º Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família,
compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

§2º À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte
para a localidade de origem, dentro do prazo de seis meses, contado do óbito.

Art. 50. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser
em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a três meses.

Art. 51. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo,
em virtude de mandato eletivo.

Art. 52. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor do Estado, for nomeado
para cargo em comissão, com mudança de domicílio.

Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 87, ajuda de custo será paga pelo
órgão cessionário, quando cabível.
DOS AFASTAMENTOS SEÇÃO I

Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade

Art. 87. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade, nas seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;


Art. 53. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não
se apresentar na nova sede no prazo de dez dias.

Subseção II

Das Diárias

Art. 54. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para
outro ponto do território nacional ou para o exterior fará jus a passagens e diárias destinadas a
indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção
urbana, conforme dispuser em regulamento.

§1º As diárias serão concedidas por dia de afastamento, sendo devidas pela metade quando o
deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando o Estado custear, por meio diverso,
as despesas extraordinárias cobertas por diárias.

§2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o
servidor não fará jus a diárias.

§3º As diárias deverão ser pagas antes do deslocamento do servidor que fizer jus, na forma do
regulamento;

§4º Os valores das diárias poderão ser revisados anualmente.

Art. 55. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica
obrigado restituí-las integralmente, no prazo de cinco dias.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto
para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

➢ ATENÇÃO. Não confundir os prazos!

Na ajuda de custo - Quando não se apresentar na nova sede: 10 dias a restituição

Na diária - Quando não se afastar da sede: 5 dias restituição

Subseção III

Indenização de Transporte

Art. 56. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a
utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das
atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

Subseção IV

Indenização por plantão extra.

(Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 100, de 2006)

Art. 56-A. Conceder-se-á indenização por plantão extra ao servidor que laborar em regime de
plantão, sempre que por força da necessidade do serviço, devidamente justificada, o excesso
de jornada não possa ser compensado com a concessão de folga compensatória, conforme se
dispuser em regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 100, de 2006) 6
Seção II

Das Gratificações e Adicionais

Art. 57. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos
servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:

I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;

II - gratificação natalina;

III - adicional de férias;

IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;

VI - adicional noturno.

Subseção I

Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia ou Assessoramento

Art. 58. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou
assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de natureza especial é devida retribuição
pelo seu exercício.

Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que
trata o inciso II do art. 9º.

Subseção II

Gratificação Natalina

Art. 59. A gratificação natalina corresponde a um doze avos da remuneração a que o servidor
fizer jus no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício no respectivo ano.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral.

Art. 60. O Poder Público Estadual poderá antecipar o pagamento de cinquenta por cento da
gratificação natalina ao servidor, sendo o percentual restante pago até a data fixada no art. 61.

Art. 61. A gratificação natalina será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.

Art. 62. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá sua gratificação
natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da
exoneração.

Art. 63. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
Subseção III

Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas

Art. 64. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional
sobre o vencimento do cargo efetivo.

§1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar
por um deles.

§2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das


condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 65. O adicional de insalubridade corresponde aos percentuais de cinco por cento, dez por
cento e vinte por cento, de acordo com os graus mínimo, médio e máximo estabelecidos no
laudo médico- pericial, expedido por profissionais habilitados no Ministério do Trabalho e
Emprego.

ATENÇÃO!

INSALUBRIDADE – 5 %; 10%; 25% (MIN, MÉD, MÁX)

PERICULOSIDADE – 10% (CALCULADA SOBRE O VENCIMENTO)

Art. 65-A. Para os profissionais em pleno exercício da atividade fim de Técnico em Radiologia,
Tecnólogos em Radiologia e Médicos Radiologistas, será devido adicional de insalubridade de
quarenta por cento, estabelecidos em laudo médico-pericial expedido por profissionais
habilitados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. (Redação dada pela Lei Complementar
Estadual n. 282, de 2019)

Parágrafo Único. Para fins do disposto no caput, conceitua-se como Técnico em Radiologia
todos os Operadores de Raios X que, profissionalmente, executem as técnicas: (Redação dada
pela Lei Complementar Estadual n. 282, de 2019)

I – radiológica, no setor de diagnóstico; (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 282,
de 2019)

II – radioterápica, no setor de terapia; (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 282,
de 2019)

III – radioisotópica, no setor de radioisótopos; (Redação dada pela Lei Complementar Estadual
n. 282, de 2019)

IV – industrial, no setor industrial; e (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 282, de
2019)

V – de medicina nuclear. (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 282, de 2019)

Art. 66. O adicional de periculosidade corresponde ao percentual de dez por cento, calculado
sobre o vencimento do cargo efetivo.

Art. 67. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais


considerados penosos, insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a
lactação, das operações e locais previstos neste art., exercendo suas atividades em local salubre
e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 68. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de


periculosidade, serão observadas as situações estabelecidas em legislação específica.

Art. 69. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas
serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não
ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este art. serão submetidos a exames médicos a
cada seis meses.

Subseção IV

Do Adicional por Serviço Extraordinário

Art. 70. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de cinquenta por cento em
relação à hora normal de trabalho.

Art. 71. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais
e temporárias, respeitando o limite máximo de duas horas por jornada.

Subseção V

Do Adicional Noturno

Art. 72. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e duas horas de um
dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de vinte e cinco por cento,
computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos.

Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este art.
incidirá sobre a remuneração prevista no art. 70.

Subseção VI

Do Adicional de Férias

Art. 73. Independente de solicitação será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional
correspondente a um terço da remuneração do período das férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento,


ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional
de que trata este artigo.
(...)

Título IV

Do Regime Disciplinar

Capítulo I

Dos Deveres

Art. 109. São deveres fundamentais do servidor:

I - ser assíduo e pontual ao serviço;

II - tratar com urbanidade as pessoas;

III - exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo ou
função;

IV - ser leal às instituições a que servir;

V - observar as normas legais e regulamentares;

VI - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

VII - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

VIII - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por


sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações


de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

IX - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver conhecimento,


no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo; (OBS: Encaminhada via
hierárquica/ apreciada pela autoridade superior)

X - zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio
público;

XI - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder;

XII - guardar sigilo sobre assunto da repartição.

§1º A representação de que trata o inciso XI será encaminhada pela via hierárquica e apreciada
pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando
ampla defesa.

§2º Será considerado como COAUTOR o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou
representação a respeito de irregularidade no serviço ou de falta cometida por servidor seu
subordinado, deixar de tomar as providências necessárias a sua apuração.
Capítulo II

Das Proibições

Art. 110. Ao servidor é proibido:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto

da repartição;

III - recusar fé a documentos públicos;

IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de


serviço;

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional, sindical


ou a partido político;

VIII - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;

IX - Exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas em lei
ou regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as
comissões legais;

X - celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o


Estado, por si ou como representante de outrem;

XI - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro
ou parente até o segundo grau civil;

XII - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública;

XIII - participar da gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, salvo a


participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que o Estado
detenha, direta ou indiretamente, participação do capital social, sendo-lhe vedado exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
ATENÇÃO AS INFORMAÇÕES EXTRAS!

ACIONISTA: quando alguém tem ações em uma sociedade, tornando-se dona de uma parcela da empresa;

COTISTA: é a pessoa que compra uma parte do valor do patrimônio (cota) de um fundo de investimento;

COMANDITÁRIO: nas sociedades em comandita, quem é responsável até o limite do capital investido, não
fazendo parte da administração da empresa.

- Perceba que o servidor pode até ser participante de uma empresa, mas não pode ser responsável por sua
gestão ou administração, uma vez que já se dedica integralmente à Administração Pública.
XIV - atuar como procurador ou intermediário, junto à repartições públicas, salvo quando se trata
de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;

XV - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas


atribuições;

XVI - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XVII - praticar usura sob qualquer de suas formas; (OBS: usura é quando uma pessoa empresta
dinheiro para outra e cobra juros excessivo).

XVIII - proceder de forma desidiosa;

XIX - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares


ou políticas;

XX - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações
de emergência e transitórias; e

XXI - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função
e com o horário de trabalho.

Capítulo III

Da Acumulação

Art. 111. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, excetuadas as hipóteses


previstas em dispositivos constitucionais.

§1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, empresas


e fundações públicas, sociedades de economia mista mantidas pelo Poder Público Estadual.

§2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da


compatibilidade de horários.

§3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento do cargo efetivo com


proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem
acumuláveis na atividade.

Art. 112. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto
no parágrafo único do art. 9º,(obs: remissão abaixo) nem ser remunerado pela participação em
órgão de deliberação coletiva.

Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser
nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um
deles durante o período da interinidade.

Parágrafo único. O disposto neste art. não se aplica à remuneração devida pela participação em
conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas
subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que o Estado direta
ou indiretamente detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser
legislação específica.
Art. 113. O servidor vinculado ao regime desta lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos,
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos
efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de
um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidas.

Capítulo IV

Das Responsabilidades

Art. 114. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições.

Art. 115. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma
prevista no art. 42, na falta de outros bens que assegurem a execução do debito pela via
judicial.

§2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Estadual,
em ação regressiva.

§3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até
o limite do valor da herança recebida.

Art. 116. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor,


nessa qualidade.

Art. 117. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no


desempenho do cargo ou função.

Art. 118. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes
entre si.

Art. 119. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição


criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Capítulo V

Das Penalidades

Art. 120. São penalidades disciplinares:

I - advertência; ( ESCRITO)

II - suspensão; (REINCIDÊNCIA DE ADVERTÊNCIA)

III - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

IV - destituição de cargo em comissão;

V - destituição de função comissionada; e

VI - demissão.
Art. 121. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes funcionais.

Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a


causa da sanção disciplinar.

Art. 122. A ADVERTÊNCIA será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante
do art. 110, incisos I a VIII e XI, e de inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
❖ ATENÇÃO AQUI! APLICA-SE ADVERTENCIA

Art. 110. Ao servidor é proibido:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; ADVERTENCIA

II - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
ADVERTENCIA

III - recusar fé a documentos públicos; ADVERTENCIA

IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; ADVERTENCIA

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; ADVERTENCIA

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja
de sua responsabilidade ou de seu subordinado; ADVERTENCIA

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional, sindical ou a partido
político; ADVERTENCIA

VIII - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; ADVERTENCIA

XI - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o
segundo grau civil; ADVERTENCIA

Art. 123. A SUSPENSÃO será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade
de demissão, não podendo exceder de noventa dias.

§1º Será punido com suspensão de até quinze dias o servidor que, injustificadamente, recusar-
se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser
convertida em multa, na base de cinquenta por cento por dia de vencimento ou remuneração,
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 124. Os registros funcionais de multa serão automaticamente cancelados após cinco anos,
desde que neste período o servidor não tenha praticado nenhuma nova infração.

Parágrafo único. O cancelamento do registro na forma deste art. não gerará nenhum direito
para fins de concessão ou revisão de vantagens.

Art. 125. As penalidades de advertência (3 ANOS) e de suspensão (5 ANOS) terão seus registros
cancelados, após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 126. A DEMISSÃO será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a administração pública;

II - abandono do cargo;

III - inassiduidade habitual;

IV - improbidade administrativa;

V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

OBS: A Incontinência pública é o ato praticado pelo servidor público fora do serviço público, mas
que repercute em seu dever de se comportar de acordo com a moral e os costumes vigentes.

A conduta escandalosa está associada à incontinência pública por motivos similares, com a
diferença que é praticada no interior da repartição pública.

VI - insubordinação grave em serviço; (DEIXAR DE CUMPRIR ORDENS)

VII - ofensa física, em serviço a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de
outrem;

VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;

XI - corrupção;

XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; e

XIII - transgressão dos incisos XII a XIX do art. 110.

ATENÇÃO AQUI!

XII - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública;

➢ INFORMAÇÕES ADICIONAIS: uso do cargo para obtenção de vantagens para si ou para


terceiro que não tenha, objetivamente, prejuízo ao erário ou ofensa à dignidade do
cargo, restando uma mera irregularidade.
EXEMPLO: Imagine-se um chefe de repartição que venha a usar de sua influente função
pública, por exemplo, para “furar” fila de banco, alegando uma urgência
comprovadamente inexistente. Não há dúvida que teria usado do cargo para obter uma
vantagem através de um ardil reprovável para um servidor em cargo de chefia, conduta
que poderia ensejar talvez uma advertência, mas se mostraria irrazoável e
desproporcional a demissão.

XIX - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares


ou políticas;

Art. 127. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas, a autoridade a que se refere o art. 137 notificará o servidor, por intermédio de sua
chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da
ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para sua apuração e
regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes
fases:

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois
servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão
objeto da apuração;

II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; e

III - julgamento.

§1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e
a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de
acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação das datas de ingresso do horário de
trabalho e do correspondente regime jurídico.

§2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, TERMO DE
INDICIAÇÃO em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem
como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia
imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar DEFESA ESCRITA, assegurando-lhe vista do
processo na repartição, observado o disposto nos arts. 157 e 158.

§3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará RELATÓRIO CONCLUSIVO quanto à inocência


ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre
a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo
à autoridade instauradora, para julgamento.

§4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora


PROFERIRÁ A SUA DECISÃO, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art. 161.

OBS: ART. 161

§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade,


o julgamento caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 135.

.......

Art. 135. As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I - pelo Governador do Estado, Presidente do Poder Legislativo e dos Tribunais Estaduais,


quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;

§5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese
em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.

§6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão,


destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos
ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades
de vinculação serão comunicados.
§7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário
não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão,
admitidos a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.

§8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste art., observado-se, no que lhe for
aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV (REGIME DISCIPLINAR) e V (PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR) desta Lei.

Art. 128. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado,
na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 129. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este art., a exoneração efetuada nos
termos do art. 33 será convertida em destituição de cargo em comissão.

ATENÇÃO AQUI!

Art. 33. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança darse-á:

I - a juízo da autoridade competente;

II - a pedido do próprio servidor.

Art. 130. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e
XI do art. 126, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo
da ação penal cabível.
Art. 126. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
IMPLICA A INDISPONIBILIDADE DOS BENS E O RESSARCIMENTO AO ERÁRIO, SEM PREJUÍZO DA AÇÃO PENAL CABÍVEL.

IV - Improbidade administrativa

VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;


IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

Art. 131. A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infringência do art. 110,
incisos XII e XIV, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público estadual,
pelo prazo de cinco anos.
ATENÇÃO!

Art. 110. Ao servidor é proibido:

XII - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
pública; incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de cinco anos.

XIV - atuar como procurador ou intermediário, junto à repartições públicas, salvo quando se trata de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; incompatibiliza o ex-
servidor para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de cinco anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público estadual o servidor que for demitido
ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 126, incisos I, IV, VIII, X e XI.
ATENÇÃO AQUI!

Art. 126. A demissão será aplicada nos seguintes casos: Não poderá retornar ao serviço público estadual

I - crime contra a administração pública;

IV - improbidade administrativa;

VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;

XI - corrupção;

Art. 132. Configura ABANDONO DE CARGO a ausência intencional do servidor ao serviço por
mais de trinta dias consecutivos.

Art. 133. Entende-se por INASSIDUIDADE HABITUAL a falta ao serviço, sem causa justificada,
por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.

Art. 134. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado
o procedimento sumário a que se refere o art. 127, observando-se especialmente que:

I - a indicação da materialidade dar-se-á:

a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência


intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; e

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa
justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período
de doze meses.

II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência


ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o
respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a
intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à
autoridade instauradora para julgamento.

Art. 135. As penalidade disciplinares serão aplicadas:

I - pelo Governador do Estado, Presidente do Poder Legislativo e dos Tribunais Estaduais,


quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas


mencionadas no inciso anterior, quando se tratar de suspensão superior a trinta dias;

III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até trinta dias; e

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em
comissão.
Art. 136. A ação disciplinar prescreverá:

I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou


disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

II - em dois anos, quanto à suspensão; e

III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência.

§1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

§2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares


capituladas também como crime.

§3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição,


até a decisão final proferida por autoridade competente.

§4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia que cessar a
interrupção.

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