1. LEI COMPLEMENTAR N 053
1. LEI COMPLEMENTAR N 053
1. LEI COMPLEMENTAR N 053
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA, no uso de suas atribuições legais, faço saber que a
Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
Título I
Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado
de Roraima, excetuadas as categorias que, por disposição constitucional, são regidas por regime
próprio.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, SERVIDOR é a pessoa legalmente investida em
cargo público.
Parágrafo único. Os cargos e funções públicas são acessíveis a todos os brasileiros e aos
estrangeiros, na forma da lei, que preencham os requisitos estabelecidos na legislação
pertinente, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento efetivo ou em comissão.
(...)
Título III
Capítulo I
Do Vencimento e da Remuneração
Art. 37. VENCIMENTO é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado
em lei.
Art. 38. REMUNERAÇÃO é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei.
§1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma
prevista no art. 58
Art. 58. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
provimento em comissão ou de natureza especial é devida retribuição pelo seu exercício.
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9º.
§2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa de sua lotação
receberá a remuneração de acordo com o estabelecido em lei específica.
Art. 39. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância
superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Deputados Estaduais, Governador do Estado e
Desembargadores.
I - gratificação natalina;
IV - adicional noturno; e
V - adicional de férias.
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão
ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo
exercício.
DAS CONCESSÕES
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e
irmãos.
Art. 41. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração ou provento.
§1º A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda dez por cento da remuneração
ou provento.
§2º A reposição será feita em parcelas cujo valor não exceda vinte e cinco por cento da
remuneração ou provento.
§3º A reposição será feita em uma única parcela quando constatado pagamento indevido no mês
anterior ao do processamento da folha.
Art. 43. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida
ativa estadual.
Art. 44. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial.
- ATENÇÃO AQUI NOS CONCEITOS
❖ O ARRESTO é uma medida judicial de apreensão de vários bens de um devedor para garantir um
futuro pagamento da dívida. Geralmente, é aplicado no início do processo de execução.
❖ O SEQUESTRO é a arrecadação de um bem específico, que esteja sendo disputado em ação
judicial. Como não há certeza quanto quem é o proprietário ou detentor dos direitos, o bem fica
indisponível até decisão final no processo. O intuito do sequestro é evitar a deterioração ou perda
do bem.
❖ PENHORA é uma forma de tomada de bem ou direito de um devedor, por ato de um juiz, com a
finalidade de efetivar o pagamento da quantia devida no processo. Quando a penhora é
decretada, o bem fica com restrição de venda, o que evita que o devedor o transfira para
terceiros e garante que o bem possa ser utilizado para pagamento parcial ou total da dívida.
Capítulo II
Das Vantagens
Art. 45. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: GAI
II - gratificações; incorporam-se
Seção I
Das Indenizações
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III – transporte; e
IV – Indenização por plantão extra. (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 100, de
2006)
Art. 48. Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua concessão serão
estabelecidos em regulamento.
Subseção I
Da Ajuda de Custo
Art. 49. A AJUDA DE CUSTO destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que,
no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em
caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de
o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na
mesma sede.
§1º Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família,
compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.
§2º À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte
para a localidade de origem, dentro do prazo de seis meses, contado do óbito.
Art. 50. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser
em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a três meses.
Art. 51. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo,
em virtude de mandato eletivo.
Art. 52. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor do Estado, for nomeado
para cargo em comissão, com mudança de domicílio.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 87, ajuda de custo será paga pelo
órgão cessionário, quando cabível.
DOS AFASTAMENTOS SEÇÃO I
Art. 87. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade, nas seguintes hipóteses:
Subseção II
Das Diárias
Art. 54. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para
outro ponto do território nacional ou para o exterior fará jus a passagens e diárias destinadas a
indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção
urbana, conforme dispuser em regulamento.
§1º As diárias serão concedidas por dia de afastamento, sendo devidas pela metade quando o
deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando o Estado custear, por meio diverso,
as despesas extraordinárias cobertas por diárias.
§2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o
servidor não fará jus a diárias.
§3º As diárias deverão ser pagas antes do deslocamento do servidor que fizer jus, na forma do
regulamento;
Art. 55. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica
obrigado restituí-las integralmente, no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto
para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.
Subseção III
Indenização de Transporte
Art. 56. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a
utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das
atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.
Subseção IV
Art. 56-A. Conceder-se-á indenização por plantão extra ao servidor que laborar em regime de
plantão, sempre que por força da necessidade do serviço, devidamente justificada, o excesso
de jornada não possa ser compensado com a concessão de folga compensatória, conforme se
dispuser em regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 100, de 2006) 6
Seção II
Art. 57. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos
servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
II - gratificação natalina;
VI - adicional noturno.
Subseção I
Art. 58. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou
assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de natureza especial é devida retribuição
pelo seu exercício.
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que
trata o inciso II do art. 9º.
Subseção II
Gratificação Natalina
Art. 59. A gratificação natalina corresponde a um doze avos da remuneração a que o servidor
fizer jus no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício no respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral.
Art. 60. O Poder Público Estadual poderá antecipar o pagamento de cinquenta por cento da
gratificação natalina ao servidor, sendo o percentual restante pago até a data fixada no art. 61.
Art. 61. A gratificação natalina será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.
Art. 62. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá sua gratificação
natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da
exoneração.
Art. 63. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
Subseção III
Art. 64. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional
sobre o vencimento do cargo efetivo.
§1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar
por um deles.
Art. 65. O adicional de insalubridade corresponde aos percentuais de cinco por cento, dez por
cento e vinte por cento, de acordo com os graus mínimo, médio e máximo estabelecidos no
laudo médico- pericial, expedido por profissionais habilitados no Ministério do Trabalho e
Emprego.
ATENÇÃO!
Art. 65-A. Para os profissionais em pleno exercício da atividade fim de Técnico em Radiologia,
Tecnólogos em Radiologia e Médicos Radiologistas, será devido adicional de insalubridade de
quarenta por cento, estabelecidos em laudo médico-pericial expedido por profissionais
habilitados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. (Redação dada pela Lei Complementar
Estadual n. 282, de 2019)
Parágrafo Único. Para fins do disposto no caput, conceitua-se como Técnico em Radiologia
todos os Operadores de Raios X que, profissionalmente, executem as técnicas: (Redação dada
pela Lei Complementar Estadual n. 282, de 2019)
I – radiológica, no setor de diagnóstico; (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 282,
de 2019)
II – radioterápica, no setor de terapia; (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 282,
de 2019)
III – radioisotópica, no setor de radioisótopos; (Redação dada pela Lei Complementar Estadual
n. 282, de 2019)
IV – industrial, no setor industrial; e (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 282, de
2019)
V – de medicina nuclear. (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 282, de 2019)
Art. 66. O adicional de periculosidade corresponde ao percentual de dez por cento, calculado
sobre o vencimento do cargo efetivo.
Art. 69. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas
serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não
ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este art. serão submetidos a exames médicos a
cada seis meses.
Subseção IV
Art. 70. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de cinquenta por cento em
relação à hora normal de trabalho.
Art. 71. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais
e temporárias, respeitando o limite máximo de duas horas por jornada.
Subseção V
Do Adicional Noturno
Art. 72. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e duas horas de um
dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de vinte e cinco por cento,
computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este art.
incidirá sobre a remuneração prevista no art. 70.
Subseção VI
Do Adicional de Férias
Art. 73. Independente de solicitação será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional
correspondente a um terço da remuneração do período das férias.
Título IV
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos Deveres
III - exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo ou
função;
X - zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio
público;
§1º A representação de que trata o inciso XI será encaminhada pela via hierárquica e apreciada
pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando
ampla defesa.
§2º Será considerado como COAUTOR o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou
representação a respeito de irregularidade no serviço ou de falta cometida por servidor seu
subordinado, deixar de tomar as providências necessárias a sua apuração.
Capítulo II
Das Proibições
da repartição;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
IX - Exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas em lei
ou regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as
comissões legais;
XI - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro
ou parente até o segundo grau civil;
XII - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública;
ACIONISTA: quando alguém tem ações em uma sociedade, tornando-se dona de uma parcela da empresa;
COTISTA: é a pessoa que compra uma parte do valor do patrimônio (cota) de um fundo de investimento;
COMANDITÁRIO: nas sociedades em comandita, quem é responsável até o limite do capital investido, não
fazendo parte da administração da empresa.
- Perceba que o servidor pode até ser participante de uma empresa, mas não pode ser responsável por sua
gestão ou administração, uma vez que já se dedica integralmente à Administração Pública.
XIV - atuar como procurador ou intermediário, junto à repartições públicas, salvo quando se trata
de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;
XVII - praticar usura sob qualquer de suas formas; (OBS: usura é quando uma pessoa empresta
dinheiro para outra e cobra juros excessivo).
XX - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações
de emergência e transitórias; e
XXI - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função
e com o horário de trabalho.
Capítulo III
Da Acumulação
Art. 112. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto
no parágrafo único do art. 9º,(obs: remissão abaixo) nem ser remunerado pela participação em
órgão de deliberação coletiva.
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser
nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um
deles durante o período da interinidade.
Parágrafo único. O disposto neste art. não se aplica à remuneração devida pela participação em
conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas
subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que o Estado direta
ou indiretamente detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser
legislação específica.
Art. 113. O servidor vinculado ao regime desta lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos,
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos
efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de
um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidas.
Capítulo IV
Das Responsabilidades
Art. 114. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições.
Art. 115. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma
prevista no art. 42, na falta de outros bens que assegurem a execução do debito pela via
judicial.
§2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Estadual,
em ação regressiva.
§3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até
o limite do valor da herança recebida.
Art. 118. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes
entre si.
Capítulo V
Das Penalidades
I - advertência; ( ESCRITO)
VI - demissão.
Art. 121. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes funcionais.
Art. 122. A ADVERTÊNCIA será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante
do art. 110, incisos I a VIII e XI, e de inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
❖ ATENÇÃO AQUI! APLICA-SE ADVERTENCIA
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; ADVERTENCIA
II - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
ADVERTENCIA
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja
de sua responsabilidade ou de seu subordinado; ADVERTENCIA
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional, sindical ou a partido
político; ADVERTENCIA
XI - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o
segundo grau civil; ADVERTENCIA
Art. 123. A SUSPENSÃO será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade
de demissão, não podendo exceder de noventa dias.
§1º Será punido com suspensão de até quinze dias o servidor que, injustificadamente, recusar-
se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser
convertida em multa, na base de cinquenta por cento por dia de vencimento ou remuneração,
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 124. Os registros funcionais de multa serão automaticamente cancelados após cinco anos,
desde que neste período o servidor não tenha praticado nenhuma nova infração.
Parágrafo único. O cancelamento do registro na forma deste art. não gerará nenhum direito
para fins de concessão ou revisão de vantagens.
Art. 125. As penalidades de advertência (3 ANOS) e de suspensão (5 ANOS) terão seus registros
cancelados, após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
II - abandono do cargo;
IV - improbidade administrativa;
OBS: A Incontinência pública é o ato praticado pelo servidor público fora do serviço público, mas
que repercute em seu dever de se comportar de acordo com a moral e os costumes vigentes.
A conduta escandalosa está associada à incontinência pública por motivos similares, com a
diferença que é praticada no interior da repartição pública.
VII - ofensa física, em serviço a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de
outrem;
XI - corrupção;
ATENÇÃO AQUI!
XII - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública;
Art. 127. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas, a autoridade a que se refere o art. 137 notificará o servidor, por intermédio de sua
chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da
ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para sua apuração e
regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes
fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois
servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão
objeto da apuração;
III - julgamento.
§1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e
a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de
acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação das datas de ingresso do horário de
trabalho e do correspondente regime jurídico.
§2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, TERMO DE
INDICIAÇÃO em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem
como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia
imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar DEFESA ESCRITA, assegurando-lhe vista do
processo na repartição, observado o disposto nos arts. 157 e 158.
.......
§5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese
em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.
§8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste art., observado-se, no que lhe for
aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV (REGIME DISCIPLINAR) e V (PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR) desta Lei.
Art. 128. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado,
na atividade, falta punível com a demissão.
Art. 129. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este art., a exoneração efetuada nos
termos do art. 33 será convertida em destituição de cargo em comissão.
ATENÇÃO AQUI!
Art. 130. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e
XI do art. 126, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo
da ação penal cabível.
Art. 126. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
IMPLICA A INDISPONIBILIDADE DOS BENS E O RESSARCIMENTO AO ERÁRIO, SEM PREJUÍZO DA AÇÃO PENAL CABÍVEL.
IV - Improbidade administrativa
Art. 131. A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infringência do art. 110,
incisos XII e XIV, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público estadual,
pelo prazo de cinco anos.
ATENÇÃO!
XII - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
pública; incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de cinco anos.
XIV - atuar como procurador ou intermediário, junto à repartições públicas, salvo quando se trata de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; incompatibiliza o ex-
servidor para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de cinco anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público estadual o servidor que for demitido
ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 126, incisos I, IV, VIII, X e XI.
ATENÇÃO AQUI!
Art. 126. A demissão será aplicada nos seguintes casos: Não poderá retornar ao serviço público estadual
IV - improbidade administrativa;
XI - corrupção;
Art. 132. Configura ABANDONO DE CARGO a ausência intencional do servidor ao serviço por
mais de trinta dias consecutivos.
Art. 133. Entende-se por INASSIDUIDADE HABITUAL a falta ao serviço, sem causa justificada,
por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.
Art. 134. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado
o procedimento sumário a que se refere o art. 127, observando-se especialmente que:
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa
justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período
de doze meses.
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até trinta dias; e
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em
comissão.
Art. 136. A ação disciplinar prescreverá:
§1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
§4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia que cessar a
interrupção.