Lei 180 Estatuto e Alterações

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Estado do Maranhão

Prefeitura de Paço do Lumiar

Praça Nossa Senhora da Luz S/Nº C.G.C.(M.F.) 06.003.636/0001-73

LEI Nº 180/93

Dispõe sobre o Estatuto e o


Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos do
Município de Paço do Lumiar.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PAÇO DO LUMIAR, ESTADO DO MARANHÃO.


Faço saber a todos os seus habitantes que a Câmara Municipal aprovou, e eu,
sanciono a presente Lei, composta de 240 Artigos, tendo vetado o Parágrafo
Único do Artigo 52.

Prefeitura Municipal de Paço do Lumiar, Estado do Maranhão,


21 de outubro de 1993.

VANDERLÊ ANTONIO RIBEIRO

Prefeito Municipal
Titulo I

Capitulo I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei institui o regime jurídico dos servidores públicos civis do
Município de Paço do Lumiar – Maranhão.

Art. 2º - Para efeito deste Estatuto, servidor público é a pessoa legalmente


investida em cargo público.

Art. 3º - Cargo Público é aquele criado por lei, com denominação própria, numero
certo e paço pelos cofres do Município, cometendo-se a um servidor, um
conjunto de deveres, atribuições e responsabilidades para provimento em
caráter permanente ou temporário.

Art. 4º - É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos


em lei.

Art. 5º - Os vencimentos dos cargos públicos obedecerão a padrões fixados em


lei.

Art. 6º - É proibida a atribuição a servidor de encargos ou cargos diversos dos


de sua carreira ou cargo, ressalvadas as comissões legais e designações
especiais do Prefeito.

Art. 7º - Os cargos públicos são considerados de carreira ou isolados.

§ 1º Os cargos de carreira são de provimento efetivo.

§ 2º Os cargos isolados são de provimento efetivo ou em comissão,


segundo o que for determinado por lei.

Art. 8º - As disposições deste Estatuto aplicam-se por igual aos servidores da


Câmara Municipal, observada as normas constitucionais.

§ 1º Todos os atos de competência do prefeito, também serão exercidos


privativamente pelo Presidente da Câmara, das respectivas instituições.

§ 2º Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo Municipal não


poderão ser superiores aos pagos pelo poder Executivo para os cargos e
atribuições iguais ou semelhantes.

§ 3º Respeitado o disposto neste artigo, é vedada a vinculação ou


equiparação de qualquer natureza, para efeito de remuneração do pessoal do
serviço publico municipal.
§ 4º Aplicam-se, ao que couber, aos servidores do poder Legislativo
Municipal, o sistema de classificação e níveis de vencimentos dos cargos do
poder executivo municipal.

Art. 9º - os cargos públicos municipais são acessíveis a todos os brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos neste Estatuto.

Art. 10 – São requisitos básicos para investidura em cargo publico:

I – nacionalidade brasileira;

II - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

III – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

IV – a idade mínima de dezoito anos;

V – aptidão física e mental.

§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros


requisitos estabelecidos em lei.

§ 2º As pessoas portadoras de deficiência física é assegurado o direito de


se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições
sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, para tais pessoas
serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

Art. 11 – O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade


competente de cada poder.

Art. 12 – A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 13 – são formas de provimento de cargo público:

I – nomeação;

II – transferência;

III – readaptação;

IV – reversão;

V – reintegração;

VI – recondução;

VII – aproveitamento;

VIII - ascenção;

IX – promoção.
Seção I

Da Nomeação

Art. 14 – A nomeação far-se-á:

I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento


efetivo ou de carreira;

II – em comissão, para cargos de confiança, de livre nomeação e


exoneração.

Parágrafo único – A designação para acesso, para função de chefia e


assistência intermediária recairá exclusivamente em servidor de carreira,
satisfeitos os requisitos de que trata este parágrafo único.

Art. 15 – A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento


efetivo, depende de previa habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único – Os demais requisitos para o ingresso e o


desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, ascenção ou
acesso, serão estabelecidos pela lei.

Subseção I

Do Concurso Público

Art. 16 – O concurso público será de provas ou de provas e títulos, realizando-


se de acordo com o disposto em lei e regulamento específico.

Art. 17 – O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.

§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização


serão fixados no edital publicado em órgão oficial ou jornal de grande circulação.

§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em


concurso anterior com prazo de validade não expirado.

§ 3º Prescindirá de concurso a nomeação para cargos em comissão,


declarados em lei, de livre nomeação e exoneração de Prefeito ou do Presidente
da Câmara Municipal.

§ 4º O limite Maximo de idade, será dispensado para candidatos ocupantes


de cargos públicos.
§ 5º Os concursos serão julgados por comissão em que, pelo menos um
dos membros seja estranho ao serviço público.

§ 6º O concurso deverá estar homologado pelo Prefeito em 90 (noventa)


dias, a contar da data do encerramento das inscrições.

Subseção II

Do Estágio Probatório

Art. 18 – O servidor nomeado em caráter efetivo, fica sujeito ao estágio


probatório de 02 (dois) anos de exercício ininterrupto, observados os seguintes
requisitos:

I – idoneidade moral;

II – eficiência;

III – aptidão;

IV – disciplina;

V – assiduidade;

VI – dedicação ao serviço.

Art. 19 – Durante o estágio probatório, fica o chefe imediato do servidor obrigado


a enviar ao órgão de colocação e treinamento de sua unidade, relatórios
periódicos que informam o grau de ajustamento do servidor à sua função e sobre
a necessidade de ser ele submetido a programa de treinamento.

Art. 20 – Verificada a incapacidade do servidor para o exercício do cargo será


ele, por proposta do órgão de colocação e treinamento:

I – transferido ex-ofício, se for estável para seu antigo cargo;

II – exonerado ou transferido, a critério da administração, se não gozar de


estabilidade.

§ 1º Findo o estágio probatório sem que tenha havido propostas de


exoneração ou transferência, ou se feita esta, for a mesma rejeitada pela
autoridade competente, o servidor será automaticamente efetivado.

§ 2º Nos casos de transferências previstos neste artigo, bem como, nos


casos de acesso, sem prejuízos dos seus direitos, o servidor fica sujeito a estágio
probatório no novo cargo.

Subseção III
Da Posse e do Exercício

Art. 21 – Posse é a investidura em cargo público ou em função gratificada.

Art. 22 – A posse dar-se-á pela assinatura de termo, no qual constarão as


atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos do servidor.

Art. 23 – Do termo de posse assinado pela autoridade competente e pelo


servidor, constará o compromisso de fiel cumprimento dos deveres do cargo ou
função gratificada.

Art. 24 – a posse deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir da


publicação do ato de nomeação.

§ 1º Esse prazo poderá ser prorrogado por mais 30 (trinta) dias por
solicitação escrita do interessado e mediante despacho fundamentado da
autoridade competente.

§ 2º Quando o servidor estiver licenciado ou afastado por qualquer outro


motivo legal, o prazo será contado a partir do término do impedimento.

§ 3º Nos casos de provimento de cargo só haverá posse por ascenção ou


nomeação.

§ 4º Se a posse não ocorrer dentro do prazo inicial ou da prorrogação, a


nomeação será tornada sem efeito por ato do Prefeito.

§ 5º São competentes para dar posse:

I – o Prefeito aos Secretários Municipais;

II – os Secretários aos dirigentes diretamente subordinados;

III – os Dirigentes dos Órgãos da Administração Geral aos demais


servidores.

Art. 25 – A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de


responsabilidade se foram obedecidas as condições legais exigidas para a
investidura no cargo ou na função gratificada.

Art. 26 – A posse em cargo público dependerá também de prévia inspeção


médica oficial.

Art. 27 – No ato de posse em cargo ou função gratificada, o servidor apresentará


declaração pública de bens, que será juntada ao respectivo dossiê.

Art. 28 – O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão


registrados nos assentamentos individuais do servidor.
Parágrafo único – Ao entrar em exercício o servidor apresentará ao órgão
de pessoal os documentos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 29 – O servidor removido ou requisitado que deva ter exercício em outra


localidade, fora da sede do Município, terá 05 (cinco) dias de prazo para entrar
em exercício.

Subseção IV

Da Estabilidade

Art. 30 – O servidor aprovado em concurso público e empossado em cargo


efetivo, adquirirá estabilidade depois de 02 (dois) anos de efetivo exercício.

Parágrafo único – a estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao


cargo.

Art. 31 – O servidor estável perderá o cargo em virtude de:

I – sentença judicial transitada em julgado;

II – quando demitido do serviço público mediante processo administrativo,


assegurada a ampla defesa;

III – quando ocorrer a extinção do cargo ou a declaração pelo, pelo Poder


Executivo, de sua desnecessidade.

Seção II

Da Transferência

Art. 32 – Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo para


outro da mesma denominação, pertencente ao quadro de pessoal diverso, de
órgão ou instituição do mesmo Poder.

Parágrafo único – A transferência dar-se-á de oficio ou a pedido do


servidor, atendido o interesse do serviço, e somente se houver vaga.

Seção III

Da Readaptação
Art. 33 – Readaptação é a investidura em cargo ou função mais compatível com
a capacidade do servidor e dependerá de exame médico.

Art. 34 – A readaptação far-se-á:

I – de oficio;

a) Quando verificar modificação no estado físico ou psíquico ou nas


condições de saúde do servidor que lhe diminuam a eficiência no exercício
do cargo;

II – a pedido, quando ficar expressamente comprovado que:

a) O desvio de função advir e substituir por necessidade absoluta do


serviço;
b) O desvio tenha duração superior a 2 (dois) anos, sem interrupção na
data do início da vigência deste Estatuto;
c) A atividade foi ou está sendo exercida de modo permanente;
d) As atribuições do cargo ocupado são perfeitamente diversas e não
apenas compatíveis ou afins, variando somente de responsabilidade e
de grau;
e) O servidor possui as necessárias aptidões e habilitações para o
desempenho regular do cargo em que deva ser readaptado.

Parágrafo único – A readaptação será feita por decreto do Prefeito, sendo


que, no caso do item II deste artigo será mediante transformação do cargo
do servidor, após sua aprovação em provas de suficiência para
confirmação do desvio funcional e sua habilitação.

Art. 35 – A readaptação não acarretará na hipótese do item I do artigo anterior,


diminuição nem aumento de vencimentos ou remuneração e será feita mediante
transferência.

§ 1º Somente poderá ser readaptado o servidor estável;

§ 2º Se o readaptado for julgado incapaz para o serviço público, será


aposentado.

Seção IV

Da Reversão
Art. 36 – A reversão é o reingresso à atividade de servidor aposentado por
invalidez no serviço público municipal, após verificação por junta médica oficial
de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.

Art. 37 – A reversão, que dependerá sempre de exame médico e existência de


cargo vago, far-se-á no mesmo cargo ou em cargo resultante de sua
transformação.

Parágrafo único – o aposentado não poderá reverter à atividade, se contar


mais de 70 (setenta) anos de idade.

Art. 38 – Quando o cargo estiver provido o servidor desenvolverá suas


atribuições como excedente, até que ocorra a vaga.

Seção V

Da Reintegração

Art. 39 – Reintegração é o reingresso do servidor estável no cargo anteriormente


ocupado, quando invalidada sua demissão mediante decisão administrativa ou
judicial com trânsito em julgado, com ressarcimento dos prejuízos decorrentes
do afastamento.

§ 1º No caso do cargo ser extinto, o servidor ficará em disponibilidade


observado o disposto nos art. 40 e 41 deste Estatuto.

§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu ocupante eventual será


reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização ou aproveitamento
em outro cargo.

Seção VI

Da Recondução

Art. 40 – A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente


ocupado.

§ 1º A recondução ocorre somente em decorrência de falta de habilitação


em estágio relativo a outro cargo ou no caso de reintegração do anterior
ocupante.

§ 2º Quando provido o cargo de origem o servidor será aproveitado em


outro, de atribuições e vencimentos compatíveis, respeitadas a escolaridade e a
habilitação legal exigidas.
Art. 41 – No caso de inexistência de cargo anterior, o servidor estável, exonerado
em decorrência da reintegração de outrem, ficara em disponibilidade.

Parágrafo único – Em nenhuma hipótese será indenizado o servidor


reconduzido.

Seção VII

Do Aproveitamento e da Disponibilidade

Art. 42 – Aproveitamento é a volta do servidor em disponibilidade ao exercício


de cargo público.

Parágrafo único – Extinto o cargo ou declarado sua desnecessidade, o


servidor será colocado em disponibilidade com remuneração integral do seu
cargo.

Art. 43 – poderá ocorrer o aproveitamento compulsório, a juízo e no interesse da


Administração, dos servidores estáveis, ocupantes de cargos incompatíveis com
sua capacidade funcional, mantido o vencimento do cargo anterior.

Art. 44 – Os servidores em disponibilidade serão, obrigatoriamente,


aproveitados no preenchimento das vagas que verificarem nos cargos do
funcionalismo.

§ 1º O aproveitamento dar-se-á em cargo equivalente, por sua natureza e


vencimento, ao que o servidor ocupava quando posto em disponibilidade.

§ 2º O aproveitamento dependerá sempre de inspeção médica que prove


a capacidade para o exercício do cargo.

§ 3º Se, dentro dos prazos legais, o servidor devidamente notificado por


escrito, não tomar posse e não entrar no exercício do cargo em que houver sido
aproveitado, será tornado sem efeito o aproveitamento e cessada a
disponibilidade, salvo comprovada impossibilidade pelo Serviço Médico Oficial
do Município.

§ 4º Será aposentado o servidor em disponibilidade que, em inspeção


médica, for julgado definitivamente incapaz, ressalvada a hipótese de
readaptação.

Art. 45 – Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o


que contar mais tempo de disponibilidade e, em igualdade de condições, o de
maior tempo de serviço público.
Capítulo II

DA VACÂNCIA

Art. 46 – A vacância de cargo decorrerá de:

I – exoneração;

II – demissão;

III – promoção;

IV – transferência;

V – remoção;

VI – recondução;

VII – readaptação;

VIII – aproveitamento;

IX – posse em outro cargo inacumulável;

X – perda de cargo por decisão judicial;

XI – falecimento.

§ 1º Dar-se-á exoneração de cargo efetivo:

a) A pedido do servidor;
b) De oficio.

§ 2º A exoneração de oficio dar-se-á:

I – quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

II – quando tenha tomado posse, e o servidor não entrar em exercício no


prazo estabelecido legalmente.

Art. 47 – A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:

I – a juízo de autoridade competente;

II – a pedido do próprio servidor.

Art. 48 – Para expedir atos de vacância a autoridade competente é o Prefeito,


que poderá delegá-la ao Secretário Municipal da Administração ou autoridade
equivalente

Capítulo III
DA MOVIMENTAÇÃO

Seção I

Da Remoção

Art. 49 – remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, dentro


do mesmo quadro, para novo local de trabalho.

§ 1º A pedido, para outra localidade, independentemente de vaga, quando


for para acompanhar cônjuge, companheiro, ou dependente ou por motivo de
saúde do servidor, do cônjuge, do companheiro ou dependente, condicionada à
comprovação por junta médica.

§ 2º a remoção poderá ser concedida respeitada a lotação de cada órgão,


podendo também, ser através de permuta.

§ 3º A remoção poderá ser de ofício, quando comprovado o interesse do


serviço, através de justificativa por escrito, assegurado ao servidor a prévia
audiência.

§ 4º A remoção por permuta será processada a pedido por escrito de ambas


as partes.

Art. 50 – Nenhum servido poderá ser removido a que título for, no período de 06
(seis) meses anteriores e de 03 (três) meses posteriores a cada eleição.

Capítulo IV

DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 51 – Os servidores investidos em função de chefia e os ocupantes de cargos


em comissão terão substitutos designados previamente pela autoridade
competente.

Parágrafo único – o substituto terá direito à gratificação pelo exercício da


função de chefia, que será paga na proporção dos dias de efetiva substituição.

Título II

DOS DIREITOS E VANTAGENS

Capítulo I

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 52 – vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público,
com valor fixado em lei.

Parágrafo único – VETADO...

Art. 53 – Remuneração é o vencimento de cargo efetivo, somado com as


vantagens pecuniárias permanentes e temporárias estabelecidas em Lei.

§ 1º É irredutível o vencimento de cargo efetivo, acrescido das vantagens


de caráter permanente, fixadas em lei.

§ 2º Fica assegurada a economia de vencimentos para cargos iguais ou


semelhantes do mesmo poder, ou entre os dois poderes ressalvadas as
vantagens de caráter individual e as relativas a natureza e local de trabalho.

Art. 54 – A título de remuneração, nenhum servidor poderá perceber,


mensalmente, a importância superior à soma dos valores percebidos como
remuneração em espécie a qualquer título, por secretário do Município.

Art. 55 – Quando autorizado pelo servidor, poderá haver consignação em folha


de pagamento a favor de terceiros, a critério da Administração e com reposição
dos custos na forma definida em regulamento.

Art. 56 – Serão descontadas em parcelas mensais não excedentes à décima


parte da remuneração ou proventos as reparações e indenizações ao erário, em
valores atualizados.

Art. 57 – O servidor que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua


aposentadoria ou disponibilidade cassada, em débito com o erário, terá o prazo
de 60 (sessenta) dias para quitá-lo.

Parágrafo único – Se o débito não for quitado dentro do prazo


estabelecido, implicará sua inscrição na dívida ativa.

Art. 58 – Não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, o vencimento, a


remuneração e o provento, exceto nos casos de pensão de alimentos resultantes
de decisão judicial.

Capítulo II

DAS VANTAGENS

Seção I

Art. 59 – Poderão ser pagas ao servidor, além do vencimento as seguintes


vantagens:
I – indenização;

II – gratificação;

III – adicional.

§ 1º As indenizações, para qualquer efeito, não se incorporam ao


vencimento ou provento.

§ 2º Incorporam-se ao vencimento ou provento, as gratificações e os


adicionais, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 60 – Para efeitos de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários


ulteriores, as vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas,
sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Seção II

Do Vencimento

Art. 61 – O servidor que estiver afastado do cargo, somente poderá receber


vencimento nos casos previstos em lei.

Art. 62 – O servidor ocupante de cargo efetivo que for nomeado para cargo em
comissão poderá optar nos termos da legislação especifica pelos vencimentos
deste ou pela retribuição de seu cargo ou função, na forma fixada em lei.

Art. 63 – O servidor perderá:

I – o vencimento do dia, quando não comparecer ao serviço, salvo nos


casos previstos neste Estatuto;

II – um terço do vencimento diário, quando comparecer ao serviço dentro


da hora seguinte à determinada para o início dos trabalhos ou quando se retirar
antes de findo o período dos mesmos;

III – metade do vencimento diário, quando for escalado para trabalhar em


dois turnos e deixar de comparecer ao serviço em um dos turnos
regulamentares;

IV – um terço do vencimento durante o afastamento do servidor quando


preso preventivamente, prenunciado por crime funcional, ou ainda, condenado
por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia, devendo o
servidor ser afastado do exercício, até decisão final transitada em julgado,
elevando-se o desconto a dois terços após condenação passada em julgado.

Parágrafo único – no caso de absolvição, o servidor terá direito a reaver a


diferença que lhe foi descontada.
Seção III

Das Gratificações e Adicionais

Art. 64 – Serão deferidas aos servidores as seguintes gratificações e adicionais,


além do vencimento e das vantagens:

I – gratificação pelo exercício de cargo em comissão de direção e


assessoramento;

II – gratificação pelo exercício de função gratificada de chefia e assistência


intermediária;

III – gratificação natalina;

IV – gratificação pela execução de trabalho técnico e científico;

V – gratificação por condições especiais de trabalho;

VI – gratificação adicional por tempo de serviço;

VII – gratificação adicional pelo exercício de atividades insalubres e


perigosas;

VIII – gratificação adicional pela prestação de serviços extraordinários;

IX – gratificação adicional noturno;

X – gratificação adicional de férias;

XI – outras gratificações ou adicionais previstos em lei.

Seção IV

Da Qualificação pelo Exercício do Cargo

em Comissão de Direção e Assessoramento


Art. 65 – O servidor ocupante de cargo comissionado tem direito a uma
gratificação de representação no valor correspondente 20% (vinte por cento) da
retribuição do referido cargo.

§ 1º O servidor que tenha exercido ou venha exercer cargo comissionado


por mais de cinco anos consecutivos ou dez anos com interrupção, terá
incorporado à sua remuneração, a gratificação prevista no “caput” deste artigo,
na preparação de 2% (dois por cento) por ano de exercício de cargo em
comissão.

§ 2º Quando o servidor tiver exercido mais de um cargo em comissão, a


importância a ser incorporada terá como base o valor do cargo comissionado de
maior símbolo, desde que lhe corresponda o exercício mínimo de 09 (nove)
meses ininterruptos.

§ 3º O servidor que já tenha incorporado os 5/5 (cinco quinto) não poderá


fazer nova incorporação.

§ 4º Não será considerada para efeito de cálculo de vantagens ou


gratificações incidentes sobre o vencimento do cargo efetivo, a importância
referida a este artigo.

Seção V

Da Gratificação pelo Exercício da Função de Chefia

e Assistência Intermediária

Art. 66 – Ao servidor ocupante de cargo efetivo designado para exercer função


de chefia e assistência intermediária a uma devida gratificação, cujos valores
serão estabelecidos em lei.

Seção VI

Da Gratificação Natalina

Art. 67 – O servidor fará jus no mês de dezembro, de cada ano, a gratificação


natalina correspondente a 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês de
exercício no respectivo ano.

Parágrafo único – a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será


considerada como mês integral.

Art. 68 – O servidor inativo terá direito à gratificação, em valor equivalente ao


respectivo provento.
Art. 69 – A gratificação natalina será pega até o dia 20 (vinte) do mês de
dezembro de cada ano.

Art. 70 – O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina,


proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do
mês da exoneração.

Art. 71 – Não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária a


gratificação natalina.

Seção VII

Da Gratificação pela Execução de

Trabalho Técnico Científico

Art. 72 – Será arbitrada pelo Prefeito, após sua conclusão, a gratificação pela
elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico útil ao serviço público.

Seção VIII

Da gratificação por Condições

Especiais de Trabalho

Art. 73 – Tem por finalidade a gratificação por condições especiais de trabalho:

I – permitir o aumento de produtividade de unidades administrativas quando


a natureza do trabalho o exigir;

II – fixar o servidor em áreas interioranas do Município.

§ 1º Será calculada com base no valor do vencimento do cargo efetivo, até


o limite de 100% (cem por cento), a gratificação a que se refere este artigo.

§ 2º Será autorizada pelo Prefeito e dependerá de prévio pronunciamento


favorável da Secretaria de Administração e concessão da gratificação
mencionada no “caput” deste artigo.

Seção II

Da Gratificação Adicional

Por tempo de serviço


Art. 74 – O servidor que completar 05 (cinco) anos de efetivo exercício no serviço
público municipal, terá direito à gratificação adicional de 5% (cinco por cento) por
quinquênio até o máximo de 35% (trinta e cinco por cento).

§ 1º Para o cálculo de gratificação de que trata este artigo não serão


computadas quaisquer vantagens pecuniárias ainda que incorporadas aos
vencimentos para todos os efeitos legais.

§ 2º O adicional por tempo de serviço não será computado para cálculo de


quaisquer vantagens pecuniárias que tenham por base e vencimento.

Art.75 – na contagem de tempo para efeito de adicional de trata o artigo anterior


considerar-se-ão exclusivamente os dias de exclusivo exercício.

Art. 76 – A gratificação será devido a partir do mês imediato àquele em que o


servidor completar período previsto no artigo 74, desde que reconhecido seu
direito por ato do dirigente do órgão da administração geral.

Art. 77 – Será considerado de efetivo exercício, com as referidas restrições deste


Estatuto, o afastamento em virtude de:

I – licença ao servidor, durante o tempo em que estiver afastado para


tratamento da própria saúde;

II – licença-prêmio;

III – licença decorrente de acidente ou agressão sofrida e não provocada


pelo servidor no exercício de suas atribuições ou de doença profissional;

IV – licença por motivo de gestação;

V – faltas abonadas, a critério do chefe imediato do servidor, no máximo de


três por mês, desde que não seja ultrapassado o limite de doze por ano;

VI – férias;

VII – casamento, até oito dias;

IX – júri, regularização de situação eleitoral e outras obrigações impostas


por lei;

X – serviço militar obrigatório;

XI – exercício de outro cargo de provimento em comissão ou de função


gratificada no serviço público municipal;

XII – exercícios em entidades de administração municipal indireta,


mediante autorização do Prefeito;
XIII – prisão do servidor, quando absolvido por decisão judicial transitada
em julgado ou quando dela não resultar processo ou condenação;

XIV – disponibilidade.

Seção X

Da Gratificação Adicional pelo Exercício

De Atividade Insalubres e Perigosas

Art. 78 – Os servidores que trabalham habitualmente em locais insalubres ou em


contato permanente com substâncias tóxicas ou com risco de vida, fazem jus à
adicional salarial.

Art. 79 – O adicional de insalubridade corresponde a 40% (quarenta por cento),


30% (trinta por cento) e 20% (vinte por cento), incidentes sobre o vencimento
do servidor, conforme classificação, nos graus máximo, médio e mínimo,
respectivamente.

Art. 80 – O adicional de periculosidade correspondente a 30% (trinta por cento)


do vencimento do cargo efetivo.

Art. 81 – O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a


eliminação dos riscos que deram causa à sua concessão.

Art. 82 – A caracterização da insalubridade e a classificação desta e da


periculosidade far-se-ão através de perícia médica, consoante às normas do
Ministério do Trabalho.

Art. 83 – É vedada à gestante ou lactante o trabalho em atividades insalubres


ou perigosas.

Art. 84 – Na concessão dos adicionais de insalubridade e periculosidade serão


observadas no que couber, as disposições pertinentes da legislação trabalhista.

Art. 85 – O adicional de insalubridade por trabalho em Raio X ou com


substâncias radioativas corresponde a 40% (quarenta por cento) do vencimento
do cargo efetivo e será concedido na forma da legislação especifica.

§ 1º Os locais de trabalho e os servidores que operam nas condições deste


artigo devem ser mantidos sobre controle permanente, de modo que as doses
de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação
própria.

§ 2º Os servidores que exerçam as atividades insalubres ou perigosas


serão submetidas a exames médicos periódicos, de seis em seis meses.
Seção XI

Da Gratificação Adicional pela Prestação

De Serviços Extraordinários

Art. 86 – O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50%


(cinqüenta por cento), em relação a hora normal de trabalho.

Art. 87 – Somente será permitido serviço extraordinário para atender as


situações excepcionais e temporárias, respeitando-se o limite máximo de duas
horas por jornada.

Seção XII

Da Gratificação por Adicional Noturno

Art. 88 – O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e


duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor da hora de
trabalho acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora
como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.

Seção XIII

Das Férias

Art. 89 – O servidor terá direito ao gozo de trinta dias consecutivos de férias por
ano, sem prejuízo da remuneração de acordo com a escala previamente
organizada pelo chefe de cada órgão, na proporção a seguir:

I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado mais de 05 (cinco)


vezes;

II – 24 (vinte e quatro) dias corridos quando apresentar entre 06 (seis) a 14


(quatorze) faltas;

III – 18 (dezoito) dias corridos quando apresentar entre 15 (quinze) e 23


(vinte e três) faltas;

IV – 12 (doze) dias corridos quando apresentar entre 24 (vinte e quatro) a


32 (trinta e duas) faltas.
§ 1º Somente depois do primeiro ano de efetivo exercício em cargo público
do Município, adquirirá o direito a férias. Nos casos subseqüentes serão gozadas
na forma que a escala determinar.

§ 2º Não terá direito a férias o servidor que durante o período aquisitivo


permanecer em gozo de licença para tratar de interesse particular.

§ 3º É vedada levar as férias qualquer falta ao serviço.

Art. 90 – Durante as férias o servidor terá direito a todas as vantagens, como se


em pleno exercício estivesse.

Art. 91 – Em casos excepcionais, a critério da administração, poderão as férias


ser concedidas em dois períodos, porém, nenhum dos quais poderá ser inferior
a dez dias consecutivos.

Art. 92 – É proibida a acumulação de férias, por dois períodos, salvo motivo


justificado e com autorização da autoridade competente.

Parágrafo único – Só é permitido a acumulação de férias até o máximo de


dois períodos no caso de necessidade de serviço, ultrapassando esses períodos,
perderá um como se gozada fosse.

Art. 93 – Por absoluta necessidade de serviço, devidamente demonstrada por


escrito, a autoridade competente poderá sustar as férias do servidor, ficando
determinada para ser gozada em uma nova data a definir.

Art. 94 – Ao entrar de férias o servidor comunicará ao seu chefe imediato o seu


endereço eventual, apara os devidos fins.

Art. 95 – No mês de dezembro, o chefe de cada setor organizará e remeterá


para o órgão de pessoal a escala de férias do seu pessoal para o ano seguinte.

§ 1º É proibida a alteração da escala de férias após ser encaminhada ao


órgão de pessoal, salvo por motivo de extrema necessidade do serviço, após a
devida comunicação por escrito.

§ 2º As férias somente poderão ser interrompidas por calamidade pública,


comoção interna, convocação para serviço militar ou eleitoral.

§ 3º Os membros da família que trabalhem no mesmo órgão têm direito de


gozar férias no mesmo período, desde que não importe em prejuízo para o
serviço.

§ 4º O servidor exonerado de cargo efetivo perceberá indenização relativa


ao período das férias a que tiver direito e do incompleto, na proporção de um
doze avos por mês de efetivo exercício ou fração superior a quatorze dias.
§ 5º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em
que for publicado o ato exoneratório.

§ 6º O servidor que o opera direto e permanentemente com Raios X ou


substâncias radioativas gozará vinte dias consecutivos de férias por semestre
de atividades profissionais, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Art. 96 – Ao servidor estudante é assegurado o direito de fazer coincidir as férias


funcionais com as escolares.

Art. 97 – Independente de solicitação, será paga ao servidor, por ocasião das


férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período
das férias.

Art. 98 – No caso do servidor exercer função de chefia ou assistência


intermediária, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será
considerada no cálculo do adicional de que trata o artigo anterior.

Capitulo III

DAS LICENÇAS

Seção I

Disposições Preliminares

Art.99 – Conceder-se-á licença ao servidor:

I – para tratamento de saúde;

II – por motivo de acidente em serviço e doença profissional;

III – por motivo de doença em pessoa da família;

IV – por motivo de gestação;

V – por motivo de afastamento de cônjuge ou companheiro;

VI – por motivo do serviço militar obrigatório;

VII – por motivo de atividade política;

VIII – licença como prêmio por assiduidade;

IX – tratar de interesses particulares;

X – para desempenho de mandato classista.


§ 1º As licenças previstas nos incisos I e III, serão precedidas de exames
por medico ou junta médica oficial, vedado ao beneficiário o exercício ou
qualquer atividade remunerada, durante o afastamento.

§ 2º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por


período superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos dos incisos V, VI e X.

§ 3º Findo a licença, o servidor deverá reassumir imediatamente o exercício


do cargo.

§ 4º A licença depende de exame médico e será concedida pelo prazo


fixado no laudo ou atestado.

§ 5º O pedido de prorrogação será apresentado pelo menos 05 (cinco) dias


antes de findar a licença, contando-se, se indeferido, como licença o período
compreendido entre a data da conclusão desta e a de conhecimento oficial do
despacho denegatório da prorrogação.

Art. 100 – Só será concedida licença para o servidor ocupante de cargo em


comissão nos casos dos incisos I a IV do artigo anterior.

Art. 101 – O ocupante de cargo em comissão que seja titular de cargo efetivo,
terá direito a licença prêmio a assiduidade.

Art. 102 – A concessão de licença compete:

I – ao Prefeito para os secretários e dirigentes de órgão que lhe são


diretamente subordinados;

II – ao Secretário da Administração ou dirigente equivalente para os demais


servidores.

Art. 103 – A licença concedida dentro de sessenta dias, do término da outra, da


mesma espécie, será considerada como prorrogada.

Parágrafo único – Serão consideradas como faltas injustificadas, os dias


em que o servidor deixar de comparecer ao serviço, na hipótese de recusar
submeter-se a inspeção médica.

Seção II

Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 104 – A licença para tratamento de saúde será concedida a pedido ou de


oficio, com base em pericia médica e sem prejuízo da remuneração.

§ 1º quando a licença for de até quinze dias poderá ser deferida com base
em atestado médico particular ou de instituição previdenciária oficial.
§ 2º quando superior a quinze dias deverá conter laudo do serviço médico
do município.

§ 3º estando o servidor impossibilitado de locomover-se, a inspeção médica


será feita em sua residência.

§ 4º o atestado ou laudo passado por médico ou serviço médico particular


só produzirá efeito depois de homologado pelo serviço médico do município.

§ 5º as licenças superiores a sessenta dias, dependerão de exame do


servidor pelo serviço médico do Município.

Art. 105 – Considerado apto, em exame médico, o servidor reassumirá o


exercício, sob pena de se apurarem como faltas injustificados os dias de
ausência.

§ 1º No curso da licença, poderá o servidor requerer exame médico caso


se julgue em condições de reassumir o exercício.

§ 2º o servidor será licenciado compulsoriamente quando se verificar que


sofrendo ele de uma das moléstias a seguir: tuberculose ativa, alienação mental,
neoplasia maligna, cegueira, ou redução de visão que praticamente lhe seja
equivalente, lepra, cardiopatia grave e irredutível ou qualquer enfermidade que
impeça a locomoção, o seu estado se tornou incompatível com o exercício das
funções do cargo.

Art. 106 – o servidor não poderá permanecer em licença para tratamento de


saúde por mais de vinte e quatro meses consecutivos ou intercalados, se entre
as licenças intermediarias um espaço superior sessenta dias ou a interrupção
decorrer de licença prevista no inciso IV do artigo 99.

Art. 107. Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, o servidor será


submetido a inspeção médica e se for considerado em condições físicas ou
mentais que não lhe permitam reassumir o exercício das funções de seu cargo
ou ser readaptado, será aposentado.

Art. 108 – A licença para tratamento de saúde será concedido com os


vencimentos e vantagens percebidos à época do afastamento.

Parágrafo Único – No caso de recusa injustificada, sujeitar-se-á à pena de


suspensão, considerando-se de ausência ao serviço os dias que excederem a
essa penalidade, para fins de processo por abandono de cargo.

Art. 109 – Efetuada a inspeção médica cessará a suspensão ou ausência.


Seção III

Da Licença por Acidente em Serviço

E Doença Profissional

Art. 110 – O servidor acidentado em serviço ou acometido de doença profissional


será licenciado, com remuneração integral nos casos a seguir:

I – decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no


exercício do cargo;

II – sofrido no percurso da residência para o trabalho e virce-versa.

Art. 111 – Entende-se por doença profissional a que resultar das condições
inerentes ao trabalho do servidor.

Art. 112 – O servidor acidentado em serviço ou acometido de doença


profissional, que necessite de tratamento especializado, não prestado pelo
sistema médico assistencial do Município, será tratado em instituição indicada
pelo serviço médico oficial, por conta dos cofres públicos.

Art. 113 – A prova do acidente será feita em processo especial no prazo de dez
dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

Seção IV

Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa

da Família

Art. 114 – A licença somente será deferida após comprovação da doença, por
inspeção médica e desde que a assistência direta ao servidor se torne
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do
cargo.

Art. 115 – A licença de que trata o artigo anterior, não poderá exceder de um
ano e será concedida com os vencimentos e vantagens percebidas à data de
sua concessão, até três meses, sofrendo os seguintes descontos, se superior a
tal período:

I – de um terço, quando exceder de três até seis meses;

II – de dois terços, quando exceder de seis até doze meses;

Art. 116 – Para efeitos desta seção, consideram-se da família do servidor:


I – o cônjuge, companheiro, os filhos de qualquer condição, os adotivos e
o menor sob outorgação judicial;

II – os pais.

Seção V

Da Licença por Gestação

Art. 117 – A servidora gestante fará jus à licença de cento e vinte dias, sem
prejuízo da remuneração.

§ 1º Terá início a licença no primeiro dia do oitavo mês de gestação, salvo


prescrição médica em contrario.

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do dia


imediato ao do parto, provado mediante certidão do registro de nascimento.

§ 3º No caso de nati-morto, decorrido trinta dias do evento, a servidora será


submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4º No caso de aborto não criminoso, atestado ou homologado pelo serviço


médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 118 – A servidora lactante terá direito durante a jornada de trabalho, a dois
descansos, de meia hora cada, para amamentar o próprio filho, até a idade de
06 (seis) meses.

Art. 119 – A servidora que adotar criança, de até cinco anos de idade, serão
concedidos trinta dias de licença remunerada para ajustamento do adotado no
novo lar.

Seção VI

Da Licença para Serviço Militar Obrigatório

Art. 120 – Ao servidor que for convocado para o serviço militar obrigatório, será
concedido licença com vencimentos ou remuneração integrais, pelo prazo da
convocação.

Art. 121 – A licença será concedida mediante comunicação por escrita do


servidor, ao Secretário da Administração ou a seu chefe imediato, acompanhado
de documentação oficial que comprove a incorporação.
§ 1º Dos vencimentos ou remuneração descontar-se-á a importância que o
servidor perceber na qualidade de incorporado, salvo se optar pelas vantagens
do serviço militar.

§ 2º O servidor desincorporado reassumira dentro de trinta dias o exercício


de seu cargo, sob pena de perda dos vencimentos e, se a ausência exceder
àquele prazo, de demissão por abandono do cargo.

Art. 122 – Ao servidor oficial da reserva das forças armadas, será também,
concedida licença com vencimentos ou remuneração integrais, durante os
estágios previstos pelos regulamentos militares, quando não perceber qualquer
vantagem pecuniária pela convocação.

Parágrafo único – quando o estágio for remunerado, assegurar-se-lhe-á o


direito de opção.

Seção VII

Da Licença para Atividade Política

Art. 123 – O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período
que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária, como candidato a
cargo eletivo e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral.

Parágrafo único – A partir do registro da candidatura e até o décimo quinto


dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus a licença remunerada, como se
em efetivo exercício estivesse.

Art. 124 – A licença de que trata o artigo deverá ser requerida pelo servidor,
instruindo com a prova de sua escolha ou do seu registro de candidatura,
conforme a natureza remunerada ou não.

Art. 125 – A renúncia à candidatura ou o cancelamento do seu registro


acarretará a extinção da licença, com a obrigatoriedade do retorno imediato ao
exercício.

Art. 126 – O servidor público municipal, investido em mandato eletivo federal ou


estatal, será considerado licenciado, com o afastamento do exercício do seu
cargo, até o término do seu mandato.

Parágrafo único – O período do exercício de mandato federal ou estadual


será contado como tempo de serviço apenas para efeito de aposentadoria.

Art. 127 - O servidor municipal quando no exercício de mandato de Prefeito,


afastar-se-á do seu cargo por todo o período do mandato, podendo optar pelos
vencimentos sem prejuízo da verba de representação.
Parágrafo único – Quando o mandato for de vice-prefeito, somente será
obrigado o servidor a afastar-se de seu cargo quando substituir o Prefeito,
podendo também, optar pelos vencimentos sem prejuízo da verba de
representação.

Art. 128 – O servidor municipal investido no mandato de vereador, havendo


compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou
função, sem prejuízo dos subsídios a que faz jus.

Parágrafo único – Se o ocupante do cargo em comissão for também titular


de cargo de provimento efetivo, ficará exonerado daquele e licenciado deste, na
forma prevista nesta seção.

Seção VIII

Da Licença Prêmio à Assiduidade

Art. 129 – O servidor fará jus a três meses de licença, a título de prêmio por
assiduidade, após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício exclusivamente
municipal, com a remuneração do cargo efetivo.

Parágrafo único – O servidor perceberá durante a licença, a importância


percebida à data de afastamento, se ocupante, há mais de três anos, de cargo
em comissão ou função gratificada.

Art. 130 – Perderá o direito à licença prêmio o servidor que, no período


aquisitivo.

I – Faltar ao serviço, injustificadamente por mais de quinze dias por ano e


quarenta e cinco por qüinqüênio, intercalado ou não,

II – Sofrer pena disciplinar de suspensão,

III – Afastar-se do cargo em razão de:

a) Licença para tratamento da própria saúde ou pessoa da família, por


prazo superior a cento e oitenta dias, consecutivos ou não,
b) Licença para tratar de interesses particulares ou outras não
remuneradas,
c) Afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.

Art. 131 – O período em que o servidor estiver em gozo da licença, o prêmio


será considerado como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.

Art. 132 – A requerimento escrito do servidor, a licença prêmio poderá ser


concedida em dois períodos de quarenta e cinco dias por ano civil desde que,
seja mencionado esse interesse no próprio requerimento.
Art. 133 – Para efeito de aposentadoria será considerado em dobro o período
de licença prêmio que o servidor não houver gozado.

Art. 134 – O servidor com mais de vinte anos de exercício e com direito a licença
prêmio, poderá optar pelo gozo da metade do período, percebendo em dinheiro
a importância equivalente aos vencimentos correspondentes à outra metade.

Parágrafo único – A opção constante neste artigo só alcança os


qüinqüênios posteriores ao vigésimo ano.

Art. 135 – O servidor sob pena de indeferimento do pedido, aguardará em


exercício a expedição do ato de concessão de licença, a qual deverá ser iniciada
dentro de 10 (dez) dias do conhecimento do ato oficial concessório, sob pena de
caducidade automática da concessão.

Art. 136 – Nos termos da Constituição Federal, o servidor terá direito a licença
prêmio pelos dois cargos, contando-se, porém, separadamente, o tempo de
serviço em relação a cada um deles.

Seção IX

Da Licença para Tratar Interesse Particular

Art. 137 – Poderá ser concedida ao servidor estável, a critério da administração,


licença para tratar de interesse particular, pelo período de até dois anos, sem
remuneração.

§ 1º Poderá ser interrompida a licença a qualquer tempo, a pedido do


servidor ou no interesse do serviço.

§ 2º Não será considerado para nenhum efeito, o tempo da licença a que


se refere este artigo.

§ 3º Não será concedida nova licença antes de decorridos dois anos de


efetivo exercício, após o término da anterior.

Art. 138 – Não será concedida licença ao servidor nomeado, removido ou


transferido, antes de assumir o exercício.

Seção X

Da Licença para Desempenho de Mandato Classista


Art. 139 – Ao servidor é assegurado o direito á licença remunerada para o
desempenho de mandato eletivo em confederação, federação, associação de
classe de âmbito nacional ou sindicato representativo da categoria.

Capítulo IV

Das Concessões

Art. 140 – Poderá o servidor ausentar-se do serviço sem qualquer prejuízo,

I – por 01 (um) dia para doação de sangue ou registrar o filho,

II – por 02 (dois) dias para se alistar como eleitor,

III – por 08 (oito) dias consecutivos em razão de:

a) Casamento,
b) Falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto,
filho, enteado, menor sob guarda ou tutela e irmão.

Art. 141 – Ao servidor estudante universitário, será concedido horário especial,


quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.

Parágrafo único - Para efeito do que dispõe este artigo, será exigida a
compensação de horário na repartição, respeitada a duração semanal do
trabalho.

Art. 142 – Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da


administração é assegurada, na localidade da nova residência ou mais próxima,
matrícula em Instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.

Parágrafo único – O disposto nesse artigo, estende-se ao cônjuge ou


companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia,
bem como, aos menores sob a sua guarda, com autorização judicial.

Capítulo V

Do Tempo de Serviço

Art. 143 – Será contado apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I – o tempo de serviço público anteriormente prestado ao Estado, à União,


Município e Distrito Federal,
II – licença para tratamento de pessoa da família,

III – licença para acompanhar cônjuge,

IV – desempenho de mandato eletivo, anterior ao ingresso no serviço


público municipal,

V – serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social,

VI – serviço prestado às Forças Armadas e à Polícia Militar do Estado.

Art. 144 – A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão
convertidos em anos, considerando o ano de trezentos e sessenta e cinco dias.

Parágrafo único – Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta


e dois dias, não serão computados, arredondando-se para um ano quando
excederem este número, para efeito de aposentadoria.

Capítulo VI

DAS VANTAGENS

Art. 145 – Poderão ser atribuídas ao servidor as seguintes vantagens:

I – ajuda de custo,

II – diária,

III – salário-família,

IV – gratificação e

V – adicional noturno.

Parágrafo único – As vantagens expressas neste artigo devidas ao


ocupante de cargo ou função de chefia, só serão pagas em razão da efetiva
prestação do serviço ou de expressa disposição legal, sob pena de reposição
das importâncias recebidas em qualquer tempo.

Art. 146 – Nenhum servidor da administração direta ou indireta perceberá


vencimento e vantagens que somados ultrapassem a remuneração dos
Secretários de Município.

Parágrafo único – Para o fim previsto neste artigo, não se computarão a


ajuda de custo, as diárias, o salário-família, a gratificação adicional por tempo de
serviço e a gratificação pelo regime de tempo integral.

Art. 147 – As gratificações adicionais e outras relacionadas com situações


específicas e as diferenças de vencimentos decorrentes de leis especiais e
decisões judiciais não constituem retribuição do trabalho e não podem servir de
base a reivindicações fundadas no princípio de igualdade de pagamento.

Art. 148 – Só será admitida procuração para efeito de recebimento de quaisquer


importâncias dos cofres Municipais, quando o servidor se encontrar fora do
Município ou comprovadamente impossibilitado de locomover-se. Em qualquer
caso a procuração será pública, passada em cartório oficial.

Art. 149 – A investidura em funções eletivas de caráter executivo ou legislativo


determinará o afastamento automático do servidor de suas atividades, ficando
privado de quaisquer direitos e vantagens do cargo, ressalvadas as exceções
previstas na Constituição Federal e neste Estatuto.

Seção I

Das Diárias

Art. 150 – Ao servidor que se deslocar temporariamente da respectiva sede no


interesse do serviço, com duração inferior a 30 (trinta) dias, será concedido além
de transporte, diária para atender às despesas de alimentação e hospedagem.

§ 1º Não será concedida diária quando o deslocamento não acarretar


despesas com alimentação e hospedagem.

§ 2º Entende-se por sede, a cidade, vila ou localidade onde o servidor tenha


exercício.

Art. 151 – A diária será concedida mediante autorização do titular do órgão


diretamente subordinado ao Prefeito, com base nas normas e valores fixados em
regulamento.

Parágrafo único – O total das diárias atribuídas ao servidor não poderá


exceder de cento e oitenta por ano, salvo em casos especiais previamente
autorizados pelo Prefeito.

Art. 152 – O servidor que indevidamente receber diária será obrigado a restituir,
de uma só vez, a importância recebida, ficando sujeito a punição disciplinar.

Seção II

Da Ajuda de Custo

Art. 153 – Será concedida ajuda de custo ao servidor que passar a ter exercício
em nova sede, ainda que temporariamente.
Parágrafo único – A ajuda de custo destina-se à indenização das
despesas de nova instalação, inclusiva de transporte compreendendo
passagem, bagagem do servidor e de sua família.

Art. 154 – A ajuda de custo será arbitrada pelo Secretário de Administração tendo
em vista, em cada caso, as condições de vida na nova sede, a distância que
deverá ser percorrida, o tempo e as despesas de viagem.

Art. 155 – Não será concedida ajuda de custo:

I – ao servidor que se afastar da sede ou a ela voltar em virtude de


mandato eletivo,

II – ao servidor que for posto à disposição do Governo Federal, estadual


ou de outro Estado,

III – ao servidor que for transferido ou removido a pedido ou por permuta,

IV – à servidora casada com servidor municipal, quando o marido tiver


direito à ajuda de custo pela mesma mudança de sede.

Art. 156 – Quando o servidor for incumbido de serviço que o obrigue a


permanecer fora da sede por mais de sessenta dias, terá direito a receber ajuda
de custo.

Art. 157 – Restituirá a ajuda de custo que tiver recebido:

I – o servidor que não seguir para o local determinado nos prazos fixados.

II – o servidor que antes de terminado o desempenho da incumbência que


lhe foi cometida, regressar do local determinado, pedir exoneração ou abandonar
o serviço, salvo se o seu regresso for determinado pela autoridade competente
ou por motivo de força maior, devidamente comprovado.

Seção III

Do Salário-Família

Art. 158 – O salário-família será pago aos servidores ativos e inativos que tiveram
dependentes, de acordo com o valor que for fixado em lei.

Art. 159 – Consideram-se dependentes, desde que vivam total ou parcialmente


às expensas do servidor:

I – o filho menor de dezoito anos;

II – o filho inválido de qualquer idade,

III – o filho estudante universitário e que não exerça atividade lucrativa,


até a idade de 24 (vinte e quatro) anos,
IV – a esposa, desde que não exerça atividade remunerada.

Parágrafo único – Compreende-se nos incisos I, II, III deste artigo, os


filhos de qualquer condição, inclusive enteados, adotivos, menor que mediante
autorização judicial viver sob sua guarda e sustento, até o limite máximo de duas
(02) cotas e em se tratando de órfão, parente até 3º grau que mediante
autorização judicial, viver sob sua guarda e sustento do servidor, não haverá
limite de cotas nem concorrência com os outros dependentes referidos neste
parágrafo.

Art. 160 – Quando o pai e mão tiverem a condição de servidor público e viverem
em comum, o salário-família será concedido a um deles.

Parágrafo único – Se o pai e a mão não viverem em comum, será


concedido ao que tiver os dependentes sob sua guarda.

Art. 161 – Não será percebido o salário-família nos casos em que o servidor
deixar de receber o respectivo vencimento ou provento.

Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica aos casos de


suspensão nem nos casos de licença por motivo de doença em pessoa da
família.

Art. 162 – O salário-família relativo a cada dependente será devido a partir do


mês em que se verificar o ato ou fato que lhe der origem.

Art. 163 – Deixará de ser pago o salário-família relativo a cada dependente no


mês seguinte ao ato ou fato que tiver determinado sua suspensão.

Art. 164 – O salário-família não poderá sofrer qualquer desconto, nem ser objeto
de transação, consignação em folha de pagamento, arresto ou penhora ou servir
de base para qualquer contribuição ainda que para fim de previdência social.

Capítulo VII

DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 165 – É assegurado ao servidor o direito de requerer e representar, pedir


reconsideração e recorrer atendendo às normas de urbanidade.

§1º Para a defesa de direito ou de interesse legítimo, o requerimento é


cabível.

§2º A representação é cabível contra qualquer ato de ilegalidade ou abuso


de poder.

§3º O pedido de reconsideração precederá sempre o recurso para a


autoridade superior, podendo este ser interposto se não decido aquele no prazo
de 30 (trinta) dias.
Art. 166 – Caberá recurso:

I – do indeferimento do pedido de reconsideração,

II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

§1º O recurso será interposto perante a autoridade que tenha praticado o


ato ou proferido a decisão e será decidido pela autoridade imediatamente
superior sendo admissível, sucessivamente, atendida a escala ascendente das
autoridades, considerando o Prefeito do Município como instância final.

§2º O recurso será interposto perante a autoridade competente em razão da


matéria, por intermédio daquela a quem o servidor estiver diretamente
subordinada.

Art. 167 – A representação será encaminhada pela via hierárquica e


obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra qual é
formulada.

Art. 168 – Perante a mesma autoridade é vedado repetir pedido de


reconsideração ou recurso.

Art. 169 – A juízo da autoridade competente, o recurso poderá ser recebido com
efeito suspensivo.

§ 1º Os que forem providos terão as retificações necessárias, retroagindo


os seus efeitos à data do ato impugnador.

§ 2º A autoridade recorrida poderá reconsiderar a decisão ou submeter o


feito, devidamente instruído, á apreciação da autoridade superior.

Art. 170 – O prazo para a interposição do pedido de reconsideração ou de


recurso, é de 30 (trinta) dias, contados da publicação ou da ciência pelo
interessado, da decisão recorrida.

Art. 171 – Para o exercício de direito de petição, é assegurado ao servidor, vista


do processo, ou documento, pessoalmente ou a procurador constituído.

Art.172 – Prescreve o direito de requerer:

I – em 02 (dois) anos;

a) Quanto aos atos de demissão, cassação de aposentadoria ou


disponibilidade, e
b) Quanto aos créditos resultantes da relação de trabalho.

II – em cento e vinte (120) dias nos demais casos, salvo quando outro
prazo for definido em Lei.
§ 1º O prazo de prescrição será contado da data de publicação do ato
impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado.

§ 2º Interrompem a prescrição, quando cabível, o pedido de


reconsideração e o recurso.

Art. 173 – É de ordem pública a prescrição, não podendo ser relevada pela
administração.

Art. 174 – Desde que -------- de vícios ou ilegalidades, a administração poderá a


qualquer tempo rever seus atos.

Art. 175 – Não implica necessariamente, suspensão da instância administrativa,


o ingresso em juízo.

Capítulo VIII

DA APOSENTADORIA

Art. 176 – Será aposentado o servidor:

I – por invalidades permanentes, sendo os proventos integrais quando


decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, especificadas em Lei e proporcionais nos demais casos.

II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos


proporcionais ao tempo de serviço.

III – voluntariamente:

a) Aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se


mulher, com proventos integrais.
b) Aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em função de magistério, se
professor e 25 (vinte e cinco) se professora, com proventos integrais.
c) Aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se
mulher, com proventos proporcionais a esse tempo.
d) Aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60
(sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
serviço.

Parágrafo único – Consideram-se doenças graves, contagiosas ou


incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa,
alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira
posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave,
doença de parkinson, paralisia irreversível e incapacitante,
espondiloartrose anquilosante, neofropatia grave, estados avançados do
mal de paget (osteíte deformante), síndrome de imunodeficiência
adquirida – AIDS, e outras que a Lei indicar, com base na medicina
especializada.

Art. 177 – A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato,


com vigência a partir do dia imediato à aquele em que o servidor atingir a idade
limite de permanência no serviço ativo.

Art. 178 - Entrará em vigor a partir da data da publicação do respectivo ato a


aposentadoria voluntária ou por invalidez.

§ 1º Será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não


excedente de 24 (vinte e quatro) meses a aposentadoria por invalidez.

§ 2º O servidor cujo laudo médico competente concluir pela sua


incapacidade definitiva para o serviço público, poderá, excepcionalmente, ser
aposentado antes de transcorrido os vinte e quatro meses de licença de que trata
o parágrafo anterior.

§ 3º Expirado o período de licença e não estando em condições de


reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

§ 4º Será considerado como prorrogação da licença, o lapso de tempo


compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria.

Art. 179 – Passará a perceber proventos integrais o servidor aposentado com


proventos proporcionais ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das
moléstias especificadas no artigo 176 Parágrafo único.

Art. 180 – Não poderão ser inferiores a um terço do vencimento da atividade os


proventos proporcionais.

Art. 181 – Serão acrescidos a gratificação por tempo de serviço e demais


vantagens que o servidor haja percebido por mais de 05 (cinco) anos
consecutivos ou 10 (dez) anos com interrupção, na fixação dos proventos
proporcionais ou integrais.

§ 1º O disposto neste artigo se aplica, inclusive, às vantagens do cargo


em comissão ou de função gratificada que o servidor haja exercido por cinco
anos consecutivos ou dez intercalados.

§ 2º Será concedida igual vantagem ao servidor se o tempo de exercício


do cargo em comissão ou de função de chefia ou assistência intermediária
atingiu um período de cinco anos consecutivos ou dez interrompidos.

§ 3º No caso do parágrafo único anterior, quando mais de um cargo ou


função tenha sido exercido, serão atribuídas as vantagens do cargo de maior
valor, desde que lhe corresponda um exercício mínimo de 09 (nove) meses, fora
dessa hipótese, atribuir-se-ão as vantagens do cargo ou função de valor
imediatamente inferior.

Art. 182 – Terão direito à aposentadoria nos casos de invalidez, o servidor em


exercício de cargo em comissão, se não for titular de cargo efetivo ou detentor
de proventos de aposentadoria, de qualquer natureza, bem como o servidor
durante o período de estágio;

Art. 183 – Será concedida aposentadoria com proventos integrais, aos 25 (vinte
e cinco) anos de efetivo exercício, a ex-combatente que tenha efetivamente
participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos
da Lei nº 5315 de 12 de setembro de 1967.

Art. 184 – Os proventos de aposentadoria serão revistos na mesma data e


proporção sempre que se modificar a remuneração dos servidores em
atividades.

Seção I

Da Pensão Especial

Art. 185 – Fica assegurada à conta dos Cofres Municipais a concessão de


pensão a dependentes de servidor falecido em valor não inferior a 1/3 do
vencimento do servidor, quando o falecimento se verificar em razão de exercício
de cargo ou em conseqüência de doença profissional.

§ 1º O poder executivo municipal regulamentará a concessão da pensão.

§ 2º Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo


servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do
cargo exercido.

§ 3º Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

a) Decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no


exercício do cargo,
b) Sofrido no percurso da residência para o trabalho ou vice-verse.

§ 4º Para efeito do disposto neste artigo entende-se como dependente a


viúva ou companheira com mais de cinco anos de convivência
comprovada judicialmente, os filhos menores de 21 (vinte e um) anos de
qualquer condição e os inválidos.

§ 5º Configura-se doença profissional aquelas discriminadas no código


Internacional de Doenças, inclusive a AIDS.

Art. 186 – Cessa o pagamento da pensão:


I – para a viúva ou companheira quando contrair novas núpcias ou viver
em concubinato,

II – para os filhos, quando atingirem 21 (vinte e um) anos, salvo em relação


ao inválido ou incapaz que ficará permanente e ao filho universitário durante a
realização do curso superior,

III – com o falecimento do beneficiário, em qualquer caso.

Título III

DO REGIME DISCIPLINAR

Capítulo I

DOS DEVERES

Art. 187 – São deveres do servidor:

I – exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares


inerentes ao cargo ou função,

II – ser leal às instituições a que servir,

III – observar as normas legais e regulamentares,

IV – cumprir as ordens superiores, exceto quanto manifestamente ilegais,

V – atender com presteza:

a) Ao público em geral, prestando as informações requeridas,


ressalvadas àquelas protegidas pelo sigilo,
b) A expedição de certidões requeridas, para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse individual ou coletivo,

VI – zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público,

VII – guardar sigilo sobre assuntos da repartição, desde que envolvem


questões relativas à segurança pública e da sociedade,

VIII – manter conduta compatível com a moralidade pública,

IX – ser assíduo e pontual ao serviço,

X – tratar com urbanidade os demais servidores públicos e o público em


geral,

XI – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder,

XII – residir no local onde exercer o cargo ou mediante autorização, em


localidade vizinha, se não houver inconveniência para o serviço,
XIII – manter o espírito de cooperação e solidariedade com os
companheiros de trabalho,

XIV – apresentar-se convenientemente trajada em serviço ou com o


uniforme que for determinado para cada caso,

XV – atender, prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço:

a) Às requisições de documentos e informações feitas pelo poder


legislativo, no exercício de suas funções constitucionais,
b) Ás requisições feitas para a defesa da fazenda pública e do Município,
c) À expedição de certidões requeridas para defesa de direitos e
esclarecimentos de situações.

XVI – sugerir providências tendentes à melhoria dos serviços.

Parágrafo único – A representação de que trata o inciso XI, deste artigo


será obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior, contra a qual é
formulada, assegurando ao representado, ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes.

Capítulo II

Das Proibições

Art. 188 – É proibido ao servidor público:

I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização


do chefe imediato,

II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer


documento ou objeto da repartição,

III – recusar fé pública a documento,

IV – opor resistência injustificada ao andamento do processo ou à


realização de serviço,

V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da


repartição,

VI – referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades


públicas ou a atos do poder público, em requerimento, representação,
parecer, despacho ou outro expediente,

VII – cometer, a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos,


em lei, o desempenho de encargo que lhe competir ou a seu subordinado,

VIII – compelir subordinado a filiar-se a associação profissional ou


sindical, ou a partido político,
IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,

X – participar de gerência ou administração de empresa privada, ou ainda,


de sociedade civil prestadora de serviço ao Município,

XI – exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como


acionista, cotista ou comanditário se fornecedora do Município,

XII – pleitear, como procurador ou intermediário, junto a repartições


públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parente até o terceiro grau,

XIII – receber comissão, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em


razão de suas atribuições.

Capítulo III

DO REGIME DE TRABALHO

Seção I

Do horário e da Freqüência

Art. 189 – O servidor é obrigado a registrar sua freqüência à entrada e à saída


do serviço.

§ 1º Dos registros deverão constar todos os elementos necessários à


apuração da freqüência.

§ 2º O executivo, em regulamento, discriminará quais as categorias


funcionais que em virtude de suas atribuições poderão ser dispensadas de
registro de freqüência.

§ 3º O abono de faltas só poderá ser concedido se o servidor o requerer


no prazo de 48 (quarenta e oito) horas após o retorno ao serviço e
exclusivamente nos limites deste Estatuto.

§ 4º Somente constarão da folha de pagamento mensal os servidores


relacionados no resumo de freqüência elaborado no respectivo órgão de lotação.

Art. 190 – A jornada de trabalho dos servidores é de 30 (trinta) horas semanais,


devendo o horário ser definido em regulamento.

Art. 191 – O período normal de trabalho, nos casos de comprovada necessidade,


será antecipado ou prorrogado pela autoridade competente em regulamento ou
regimento, devendo a remuneração ser efetuada como indicado:

I – por hora de trabalho prorrogada ou antecipada,

II – por tarefa especial,


III – por tarefa prestada além do limite fixado em lei ou regulamento.

§ 1º No caso do inciso I, a gratificação será paga por hora de trabalho


antecipado ou prorrogado à mesma razão do percebido pelo servidor em cada
hora de período normal.

§ 2º No caso do inciso II, será arbitrada a gratificação pelo Secretário de


Administração, e não excederá a metade do vencimento mensal do servidor, só
poderá ser concedida por execução de trabalho nitidamente destacado das
tarefas de rotina e sem prejuízo deles.

§ 3º No caso do inciso III, será paga:

a) Sempre que for solicitada do servidor a prestação de serviço além do


limite fixado em lei, ou regulamento, a exemplo das aulas
suplementares do ensino,
b) À razão do quociente entre o valor do vencimento de cargo e o total de
unidades de trabalho postas com o limite legal.

§ 4º O servidor que exercer cargo em comissão não poderá perceber


gratificação por serviços extraordinários salvo casos especiais, a critério
do Secretário ou titular de órgão municipal.

Art. 192 – A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou


científico útil ao serviço público será arbitrada pelo Secretário de Administração.

Art. 193 – A gratificação relativa ao exercício em órgão legal de deliberação


coletiva será fixada em lei.

Capítulo IV

DA DISPONIBILIDADE

Art. 194 – Extinto o cargo ou declarado pelo Executivo a sua desnecessidade, o


servidor municipal ficará em disponibilidade remunerada com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º A juízo e no interesse da Administração o servidor em disponibilidade


poderá ser aproveitado ex-oficio em outro cargo ou função compatível com a sua
capacidade funcional, mantido o vencimento do cargo ou retribuição da
respectiva função.

§ 2º Tratando-se de cargo de magistério, dever-se-á observar, ainda a


afinidade de disciplina.

Capítulo V

DAS RESPONSABILIDADES
Art. 195 – O servidor responde contábil, administrativa, penal e civilmente pelo
exercício irregular de suas atribuições.

Art. 196 – A responsabilidade contábil dar-se nos termos do dispostos na lei


sobre a administração financeira do Município.

Art. 197 – A responsabilidade administrativa resulta do descumprimento dos


deveres ou da violação das proibições impostas ao servidor público, nos termos
dispostos neste Estatuto.

Art. 198 – A responsabilidade penal se configurará quando, ocorridas as


hipóteses previstas nos artigos anteriores, o fato caracterizador de
responsabilidade contábil ou administrativa também for definido como crime ou
contravenção.

Art. 199 – A responsabilidade civil se configurará quando, com dolo, ou culpa,


causar o servidor, no exercício irregular de suas atribuições, prejuízo ao
Município ou a terceiros.

Art. 200 – As responsabilidades definidas neste capítulo são independentes


entre si, podendo o servidor incidir em todas elas.

§ 1º Absolvição penal só excluirá a pena na esfera contábil ou


administrativa quando tenha negado, em Juízo, a existência do fato ou a sua
autoria.

§ 2º O fato considerado não delituoso ou a insuficiência de prova não


exime da aplicação das penas disciplinares se o fato apurado com o processo
administrativo, corresponder, a qualquer das figuras típicas definidas no Capítulo
VI deste Estatuto.

Art. 201 – O ressarcimento dos danos causados pelo servidor à Fazenda


Municipal, no que exceder às forças da garantia, poderá ser liquidado mediante
o desconto de prestações mensais não excedentes da quinta parte do
vencimento, à falta de outros bens que respondam pela indenização.

Capítulo VI

DAS PENALIDADES

Art. 202 – São penalidades disciplinares:

I – advertência,

II – repreensão,

III – suspensão,

IV – demissão,
V – demissão a bem do serviço público,

VI – cassação de aposentadoria,

VII – cassação da disponibilidade.

Art. 203 – Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza


e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público.

Art. 204 – A pena de advertência será aplicada verbalmente em caso de


negligência.

Art. 205 – A pena de repreensão será aplicada por escrito nos casos de falta de
cumprimento dos deveres, violação das proibições ou de reincidência na falta
prevista no artigo anterior desde que não tenha havido má fé.

Art. 206 – São punidas com pena de suspensão, se não prevista expressamente
para mais grave, as faltas previstas no artigo anterior, havendo dolo, ou má-fé
ou reincidência.

§ 1º Estas penalidades não excederão 90 (noventa) dias.

§ 2º A autoridade que der posse sem fazer cumprir o disposto nos artigos
25 a 28 e §1º deste Estatuto, ficará sujeito à pena de suspensão por 30 (trinta)
dias, se se tratar de posse em cargo de direção, fiscalização, arrecadação, chefia
e à pena de repreensão nos demais casos.

Art. 207 – A pena de demissão será aplicada nos casos de:

I – abandono do cargo ou função resultante da ausência ao serviço, sem


causa justificável, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias
interpolados durante o ano,

II – aplicação indevida de dinheiro público,

III – procedimento irregular,

IV – participar de empresa comercial, industrial ou prestadora de serviços


que mantenha transação com a Prefeitura Municipal,

V – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em


empresas, estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o governo
municipal,

VI – requerer ou promover perante o Município a concessão de privilégio,


ou outros favores semelhantes

VII – fazer contratos de natureza comercial ou industrial com o governo


municipal, por sim ou como representante de outrem,
VIII – valer-se di cargo para lograr proveito pessoal,

IX – cometer a pessoa estranha á repartição, fora dos casos previstos em


lei, a desempenho do encargo que lhe competir ou aos seus subordinados,

X – acumulação de cargos quando não autorizado por lei,

XI – INSUBORDINAÇÃO GRAVE.

Art. 208 – Aplicar-se-á pena de demissão a bem do serviço público ao servidor


que:

I – praticar crime contra a administração, contra a fé pública e a Fazenda


Municipal,

II – revelar os segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo


ou função desde que o faça dolosamente com prejuízo para o Município ou
particular,

III – praticar, em serviço, ou em decorrência deste ofensas físicas contra


servidores ou particulares salvo se em legítima defesa,

IV – lesar os cofres públicos ou dilapidar o patrimônio do Município,

V – receber ou solicitar comissões ou vantagens de qualquer espécie,

VI – pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas


sujeitas à sua fiscalização,

VII – for convencido de incontinência pública e escandalosa, de vícios de


jogos proibidos,

VIII – exercer advocacia administrativa,

IX - fornecer ou exibir atestado gracioso ou documento falso para


obtenção de quaisquer vantagens ou benefícios.

Art. 209 – O ato que demitir o servidor mencionará a disposição em que se


fundamenta.

Art. 210 – O servidor submetido a processo administrativo só poderá ser


exonerado a pedido após conclusão do mesmo, se reconhecida a sua
inculpabilidade.

Art. 211 – O servidor que, sem justa causa, deixar de atender a qualquer
exigência legal, para cujo cumprimento seja marcado prazo, poderá ter suspenso
o pagamento de seus vencimentos até que satisfaça essa exigência.

Art. 212 – Deverão constar dos assentamentos individuais do servidor todas as


penas que lhe forem impostas.
Art. 213 – Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade se ficar provado,
em processo regular que o servidor:

I – praticou quando em atividade, qualquer dos atos para os quais é


cominada neste Estatuto a pena de demissão, ou de demissão a bem do serviço
público,

II – for condenado por crime cuja pena importaria em demissão se


estivesse na atividade.

Parágrafo único – Nas hipóteses previstas neste artigo, ao ato de


cassação da aposentadoria ou disponibilidades seguir-se-á o de demissão ou de
demissão a bem do serviço público.

Art. 214 – Para aplicação das penas previstas são competentes:

I – o Prefeito Municipal nos casos da demissão e cassação de


aposentadoria e disponibilidade,

II – os Secretários de Município, nos casos de suspensão por mais de


trinta dias,

III – os Diretores, nos casos de advertência, repreensão e suspensão até


trinta dias,

IV – os chefes imediatos, nos casos de advertência.

Capítulo VII

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 215 – Sob pena de responsabilidade, a autoridade que tiver ciência ou


notícia da ocorrência de irregularidade no serviço público é obrigada, a promover
a sua apuração imediata por processo administrativo.

Parágrafo único – Será dispensado o processo administrativo para


aplicação das penas de advertência, repreensão e suspensão até 30 (trinta) dias.

Art. 216 – Para determinar a instauração do processo administrativo são


competentes o Prefeito Municipal, os Secretários do Município e os dirigentes de
órgãos subordinados diretamente ao Prefeito Municipal.

Art. 217 – São asseguradas as garantias de ampla defesa, ao servidor submetido


a processo administrativo.

Art. 218 – Será realizado por uma comissão designada pela autoridade que
houver determinado a sua instauração e composta de três servidores efetivos, o
processo administrativo procedido em instruções contraditórias.
§ 1º A autoridade indicará no ato da designação o servidor de categoria
mais elevada, que fizer parte da comissão para dirigir os trabalhos como
presidente.

§ 2º Quando houver igualdade hierárquica entre os membros da


comissão, ficará a critério da autoridade a indicação do presidente dos trabalhos.

§ 3º Os membros da comissão terão obrigatoriamente categoria igual,


equivalente ou superior à do acusado.

§ 4º O presidente designará um servidor para secretário da comissão.

Art. 219 – Os membros da comissão e seu secretário devem dar todo seu tempo
para concluir os trabalhos mais rápido possível. Se necessário podem ficar
dispensados dos serviços da repartição durante o curso do processo de modo a
concluí-lo.

Art. 220 – O processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo


improrrogável de 05 (cinco) dias, contados da data da publicação no órgão oficial
do ato de designação dos membros da comissão e concluído no de sessenta
(60) dias a contar da data da instalação dos seus trabalhos.

Parágrafo único – O prazo de conclusão a que se refere este artigo a juízo


da autoridade que determinou a instauração do processo administrativo, até o
máximo de 45 (quarenta e cinco) dias.

Art. 221 – Instalados os trabalhos da comissão o servidor ou os servidores


indiciados deverão ser notificados da acusação para no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas apresentarem defesa prévia.

Parágrafo único – Quando o servido acusado não for encontrado ou se


achar em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado inclusive
no jornal de grande circulação durante três dias consecutivos,

Art. 222 – É facultada assistência jurídica ao servidor submetido a inquérito


administrativo em qualquer fase do processo, por advogado legalmente
habilitado, podendo requerer diligências que achar necessárias, realizáveis a
critério da comissão, quando julgada imprescindível a elucidação dos fatos.

Art. 223 – Além das diligências requeridas pelos interessados, a comissão fará
realizar as que julgar convenientes, ouvindo, quando necessário, a opinião de
técnicos ou peritos.

Art. 224 – Ultimado o inquérito a comissão mandará dentro de 48 (quarenta e


oito) horas, intimar o acusado para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar defesa
escrita, que poderá ser instruída com documentos.
Art. 225 – No caso de revelia será designado ex-ofício pelo presidente da
comissão, um servidor de preferência bacharel em direito, para se incumbir da
defesa.

Art. 226 – Se esgotado os 10 (dez) dias dado ao acusado para apresentação da


defesa escrita, a comissão apreciará a defesa produzida e apresentará o seu
relatório, no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 227 – As irregularidades de que fez acusado o indiciado, a comissão


apreciará separadamente fazendo-a também em relação a cada indiciado,
quando mais de um houver, bem como as provas colhidas no inquérito, as razões
de defesa, propondo, justificadamente a absolvição ou a punição a indicando,
neste caso, a penalidade cabível.

Art. 228 – Apresentado o relatório a comissão de inquérito ficará


automaticamente dissolvida, podendo ser chamada para prestar qualquer
esclarecimento à autoridade julgadora.

Art. 229 – Entregue o relatório da comissão acompanhado dos autos, à


autoridade que houver determinado a instauração do processo, esta proferirá o
despacho em forma de julgamento, dentro do prazo improrrogável de 30 (trinta)
dias, sob pena de responsabilidade.

§ 1º No julgamento de que trata o presente artigo, a autoridade poderá


justificadamente aplicar pena superior á indicada pela comissão de inquérito.

§ 2º Se o processo não for julgado no prazo de 30 (trinta) dias, o indiciado


reassumirá automaticamente o exercício de seu cargo, salvo caso de prisão
administrativa que ainda perdure.

Art. 230 – A autoridade julgadora promoverá a expedição dos atos de julgamento


e determinará as providências necessárias à sua execução.

Art. 231 – As decisões serão obrigatoriamente publicadas no órgão oficial dentro


do prazo de 08 (oito) dias de sua prolação.

Art. 232 – No caso de abandono de cargo, o chefe imediato do servidor faltoso


dará ciência do fato ao seu superior hierárquico que promoverá os meios
necessários à instauração do processo administrativo, se não for competente
para determiná-lo.

Art. 233 – A autoridade que julgar o servidor encaminhará os autos ao juízo


criminal para os devidos fins, sem prejuízo da aplicação imediata das penas
disciplinares cabíveis, se o apurado no processo administrativo, verificar-se a
existência de responsabilidade penal.

Art. 234 – A conclusão do processo não poderá exceder de 20 (vinte) dias


contados da designação do respectivo encarregado.
Art. 235 – A nulidade dos atos do processo Administrativo somente será
decretada quando da inobservância de qualquer das formalidades estabelecidas
neste capítulo resultar prejuízo para a defesa do servidor.

Art. 236 – As nulidade deverão ser argüidas:

I – com a defesa prévia, se lhe forem anteriores;

II – na defesa final, as que ocorrerem após a defesa do servidor.

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 237 – O Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara Municipal, nas suas


respectivas áreas de atuação, farão executar o levantamento e declararão a
estabilidade dos servidores municipais em conformidade com as determinações
emanadas da Constituição Federal, Constituição do Estado do Maranhão e Lei
Orgânica de Paço do Lumiar.

Art. 238 – O Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara Municipal, por decreto,


poderão transpor os atuais ocupantes de cargos do antigo regime da
Consolidação das Leis do Trabalho, para o atual Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos do Município de Paço do Lumiar.

Art. 239 – Esta Lei entrará em vigor após a sua aprovação, e publicação com
efeito retroativo a 1º de agosto de 1993.

Art. 240 – Revogam-se as disposições em contrário.

ESTADO DO MARANHÃO

Câmara Municipal de Paço do Lumiar

C.G.C. N.: 35.101.344/0001-71


CERTIDÃO

Certifico, para fins de direito que a Lei nº 181/93 de 28.10.93, foi publicada
na portaria da Prefeitura Municipal de Paço do Lumiar nos dias 28, 29, 30,
31/10/93 e 01/11/93.

Gabinete do Prefeito da Câmara Municipal de Paço do Lumiar – MA, 03


de novembro de 1993.

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