Lei Ordinaria 767 2006 2
Lei Ordinaria 767 2006 2
Lei Ordinaria 767 2006 2
(Mural 15/08/2006)
ATOS RELACIONADOS:
LEI ORDINARIA n° 1105/2011
LEI ORDINARIA n° 1178/2013
DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE SANTO
ANTÔNIO DO PALMA - RS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O PREFEITO MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DO PALMA, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Orgânica
Municipal, Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Santo Antônio do Palma.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o criado em lei, em número certo, com denominação própria, remunerado pelos cofres municipais,
ao qual corresponde um conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a servidor público.
Art. 4º A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 2º Somente poderão ser criados cargos de provimento em comissão para atender encargos de direção, chefia ou
assessoramento, e seu provimento, nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em Lei, será destinado aos
servidores de carreira.
Art. 5º Função gratificada é a instituída por lei para atender a encargos de direção, chefia ou assessoramento, sendo
privativa de detentor de cargo de provimento efetivo, observados os requisitos para o exercício.
Art. 6º É vedado cometer ao servidor atribuições diversas das de seu cargo, exceto encargos de direção, chefia ou
assessoramento e comissões legais.
Art. 6º É vedado cometer ao servidor atribuições diversas de seu cargo, exceto em situações de emergência e transitórias
para professores com formação na área e para o exercício de cargos de direção, chefia e assessoramento; Alterada por LEI
ORDINARIA n° 1653/2022, 16/02/2022
TÍTULO II
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
Seção I
Disposições Gerais
IV - gozar de boa saúde física e mental, comprovada mediante inspeção médica oficial;
Parágrafo Único Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, para as quais terão
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas.
I - nomeação;
II - recondução;
III - readaptação;
IV - reversão;
V - reintegração;
VI - aproveitamento.
Seção II
DO CONCURSO PÚBLICO
Parágrafo Único Além das normas gerais, os concursos serão regidos por instruções especiais, constantes no edital,
que deverão ser expedidas pelo órgão competente, com ampla publicidade.
Art. 10 Os limites de idade para inscrição em concurso público serão fixados em lei, de acordo com a natureza e a
complexidade de cada cargo.
Parágrafo Único O candidato deverá comprovar que, na data da posse, preencheu os requisitos constantes dos
incisos I, II, III e V do art. 7º, e que não ultrapassou a idade máxima fixada para recrutamento.
Art. 11 O prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável, uma vez, por até igual prazo.
Seção III
DA NOMEAÇÃO
I - em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de lei, assim deva ser provido;
Art. 13 A nomeação em caráter efetivo obedecerá à ordem de classificação obtida pelos candidatos e o prazo de validade
do concurso público.
Seção IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 14 Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o
compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de termo pela autoridade competente e pelo nomeado.
§ 1º A posse dar-se-á no prazo de até dez dias contados da data de publicação do ato de nomeação, podendo, a
pedido, ser prorrogado por igual período.
§ 2º No ato da posse o nomeado apresentará, obrigatoriamente, declaração sobre o exercício de outro cargo, emprego
ou função pública e, nos casos que a lei indicar, declaração de bens e valores que constituam seu patrimônio.
§ 1º É de cinco dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 2º Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se não ocorrer a posse ou o exercício, nos prazos legais.
§ 3º O exercício deve ser dado pelo chefe da repartição para a qual o servidor for designado.
Art. 16 Nos casos de recondução, readaptação, reintegração, reversão e aproveitamento, o prazo de que trata o § 1º do
artigo anterior será contado da data da publicação do ato.
Art. 18 O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do
servidor.
Parágrafo Único Ao entrar em exercício o nomeado apresentará, ao órgão de pessoal, os elementos necessários ao
assentamento individual.
Art. 19 O nomeado que, por prescrição legal, deva prestar caução como garantia, não poderá entrar em exercício sem
prévia satisfação dessa exigência.
§ 2º No caso de seguro, as contribuições referentes ao prêmio poderão ser descontadas do servidor segurado, em folha
de pagamento.
§ 3º Não poderá ser autorizado o levantamento da caução antes de tomadas as contas do servidor.
§ 4º O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da ação administrativa, cível e criminal, ainda
que o valor da caução seja superior ao montante do prejuízo causado.
Seção V
DA ESTABILIDADE
Art. 20 O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público adquire estabilidade após
três (03) anos de efetivo exercício, na forma desta Lei.
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
IV - para cumprimento dos limites da despesa com pessoal, nos termos da Constituição Federal e da legislação
correlata.
Art. 21 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por
período de 03 (três) anos, durante o qual a sua aptidão, capacidade e desempenho serão objeto de avaliação por Comissão
Especial designada para esse fim, com vista à aquisição da estabilidade, observados os seguintes quesitos:
I - assiduidade;
II - pontualidade;
III - disciplina;
IV - eficiência;
V - responsabilidade;
VI - relacionamento
§ 1º É condição para a aquisição da estabilidade a avaliação do desempenho no estágio probatório nos termos deste
artigo.
§ 2º A avaliação será realizada por trimestre e a cada uma corresponderá um competente boletim, sendo que cada
servidor será avaliado somente quando no efetivo exercício do cargo para o qual foi nomeado.
§ 3º Somente o afastamento decorrente do gozo de férias legais não prejudica a avaliação do trimestre e o implemento
do triênio.
§ 4º Todos os demais afastamentos no período considerado suspendem a avaliação do estágio probatório, cujo prazo
ficará automaticamente protelado até o implemento do efetivo exercício do trimestre.
§ 5º Três meses antes de findo o período de estágio probatório, a avaliação do desempenho do servidor, realizada de
acordo com o que dispuser a lei ou regulamento, será submetida à homologação da autoridade competente, sem prejuízo da
continuidade de apuração dos quesitos enumerados nos incisos I a VI do "caput" deste artigo.
§ 6º Em todo o processo de avaliação, o servidor deverá ter vista de cada boletim de estágio, podendo se manifestar
sobre os itens avaliados pela(s) respectiva(s) chefia(s), devendo apor sua assinatura.
§ 7º O servidor que não preencher alguns dos requisitos do estágio probatório deverá receber orientação adequada
para que possa corrigir as deficiências.
§ 8º Verificado, em qualquer fase do estágio, resultado insatisfatório por três avaliações consecutivas, será processada
a exoneração do servidor.
§ 9º Sempre que se concluir pela exoneração do estagiário, ser-lhe-á assegurada vista do processo, pelo prazo de
cinco dias úteis, para apresentar defesa e indicar as provas que pretenda produzir.
§ 10º A defesa, quando apresentada, será apreciada em relatório conclusivo, por comissão especialmente designada
pelo Prefeito, podendo, também, serem determinadas diligências e ouvidas testemunhas.
§ 11º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado, observados os dispositivos pertinentes.
§ 12º O estagiário, quando convocado, deverá participar de todo e qualquer curso específico referente às atividades de
seu cargo.
Art. 22 Nos casos de cometimento de falta disciplinar, inclusive durante o primeiro e o último trimestre, o estagiário terá a
sua responsabilidade apurada através de sindicância ou processo administrativo disciplinar, observadas as normas
estatutárias, independente da continuidade da apuração do estágio probatório pela Comissão Especial.
Seção VI
DA RECONDUÇÃO
§ 2º A hipótese de recondução de que trata a alínea "a" do parágrafo anterior, será apurada nos termos dos parágrafos
do art. 21 e somente poderá ocorrer no prazo do estágio probatório em outro cargo.
§ 3º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as atribuições do cargo de origem, assegurados os direitos e
vantagens decorrentes, até o regular provimento.
Seção VII
DA READAPTAÇÃO
Art. 24 Readaptação é a investidura do servidor efetivo em cargo de atribuições, responsabilidades, habilitação e nível de
escolaridade compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção
médica.
§ 2º Realizando-se a readaptação em cargo de padrão inferior, ficará assegurada ao servidor a irredutibilidade do valor
total da remuneração já incorporada.
§ 3º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as atribuições do cargo indicado, até o regular provimento.
Seção VIII
DA REVERSÃO
Art. 25 Reversão é o retorno do servidor aposentado por invalidez à atividade no serviço público municipal, verificado, em
processo, que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.
§ 2º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão sem que, mediante inspeção médica, fique provada a capacidade
para o exercício do cargo.
§ 3º Somente poderá ocorrer reversão para cargo anteriormente ocupado ou, se transformado, no resultante da
transformação.
Art. 26 Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do servidor que, dentro do prazo legal, não entrar no
exercício do cargo para o qual haja sido revertido, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado.
Art. 27 Não poderá reverter o servidor que contar setenta anos de idade.
Art. 28 A reversão não dará direito à contagem do tempo em que o servidor esteve aposentado, para qualquer fim.
Seção IX
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 29 Reintegração é a investidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua
demissão por decisão judicial, com ressarcimento de todas as vantagens determinadas na sentença.
Parágrafo Único Reintegrado o servidor e não existindo vaga, aquele que houver ocupado o cargo será reconduzido
ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
Seção X
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 30 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Art. 31 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento em cargo equivalente por
sua natureza e retribuição àquele de que era titular.
Parágrafo Único No aproveitamento terá preferência o servidor que estiver há mais tempo em disponibilidade e, no
caso de empate, o que contar mais tempo de serviço público municipal.
Art. 32 O aproveitamento de servidor que se encontrar em disponibilidade há mais de doze meses dependerá de prévia
comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial.
Art. 33 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no
prazo legal, contado da publicação do ato de aproveitamento, salvo doença comprovada por inspeção feita por junta médica
oficial do município.
Seção XI
DA PROMOÇÃO
Art. 34 As promoções obedecerão às regras estabelecidas na lei que dispuser sobre os planos de carreira dos servidores
municipais.
CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA
I - exoneração;
II - demissão;
III - readaptação;
IV - recondução;
V - aposentadoria;
VI - falecimento.
I - a pedido;
II - de ofício quando:
Art. 37 A abertura de vaga ocorrerá na data da publicação da lei que criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer das
hipóteses previstas no art. 35.
Art. 38 A vacância de função gratificada dar-se-á por dispensa, a pedido ou de ofício, ou por destituição.
Parágrafo Único A destituição será aplicada como penalidade, nos casos previstos nesta Lei.
TÍTULO III
DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS
CAPÍTULO I
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 39 Dar-se-á a substituição de titular de cargo em comissão ou de função gratificada durante o seu impedimento legal.
§ 1º Poderá ser organizada e publicada no mês de janeiro a relação de substitutos para o ano todo.
CAPÍTULO II
DA REMOÇÃO
Art. 43 A remoção por permuta será precedida de requerimento firmado por ambos os interessados.
CAPÍTULO III
Art. 44 A função de confiança a ser exercida exclusivamente por servidor público efetivo, poderá ocorrer sob a forma de
função gratificada.
Art. 45 A função de confiança é instituída por lei para atender atribuições de direção, chefia e assessoramento, que não
justifiquem o provimento por cargo em comissão.
Parágrafo Único A função gratificada poderá também ser criada em paralelo com o cargo em comissão, como forma
alternativa de provimento da posição de confiança, hipótese em que o valor da mesma não poderá ser superior a cinqüenta
por cento do vencimento do cargo em comissão.
Art. 46 A designação para o exercício da função gratificada, que nunca será cumulativa com o cargo em comissão, será
feita por ato expresso da autoridade competente.
Art. 47 O valor da função gratificada será percebido cumulativamente com o vencimento do cargo de provimento efetivo.
Art. 48 O valor da função gratificada continuará sendo percebido pelo servidor que, sendo seu ocupante, estiver ausente
em virtude de férias, casamento, licença para tratamento de saúde, licença à gestante ou paternidade, serviços obrigatórios
por lei ou atribuições decorrentes de seu cargo ou função.
Art. 49 Será tornada sem efeito a designação do servidor que não entrar no exercício da função gratificada no prazo de
dois dias a contar da publicação do ato de investidura.
Art. 50 A designação para o exercício de função gratificada poderá recair também em servidor ocupante de cargo efetivo
de outra entidade pública posto à disposição do Município sem prejuízo de seus vencimentos.
Art. 51 É facultado ao servidor efetivo do Município, quando nomeado para o exercício de cargo em comissão, optar pela
designação para o exercício da função gratificada correspondente.
Art. 52 A lei indicará os casos, condições e percentuais em que os cargos em comissão serão exercidos preferencialmente
por servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo.
TÍTULO IV
DO REGIME DO TRABALHO
CAPÍTULO I
DO HORÁRIO E DO PONTO
Art. 53 O Prefeito determinará, quando não estabelecido em lei ou regulamento, o horário de expediente das repartições.
Art. 54 A jornada normal de trabalho de cada cargo ou função é a estabelecida na legislação específica, não podendo ser
superior a oito horas diárias e a quarenta e quatro horas semanais.
Art. 55 Atendendo à conveniência ou à necessidade do serviço, e mediante acordo escrito, poderá ser instituído sistema de
compensação de horário, hipótese em que a jornada diária poderá ser superior a oito horas, sendo o excesso de horas
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, observada sempre a jornada máxima semanal.
I - pelo ponto, ou
II - pela forma determinada em regulamento, quanto aos servidores não sujeitos ao ponto.
§ 1º Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala o comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual se verifica,
diariamente, a sua entrada e saída.
§ 2º Salvo nos casos do inciso II deste artigo, é vedado dispensar o servidor do registro do ponto e abonar faltas ao
serviço.
CAPÍTULO II
DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
Art. 57 A prestação de serviços extraordinários só poderá ocorrer por expressa determinação da autoridade competente,
mediante solicitação fundamentada do chefe da repartição, ou de ofício.
§ 1º O serviço extraordinário será remunerado por hora que exceda à jornada normal de trabalho, com acréscimo de
cinqüenta por cento em relação à remuneração da hora normal.
§ 2º Salvo nos casos excepcionais, devidamente justificados, não poderá o trabalho em horário extraordinário exceder
a duas horas diárias.
Art. 58 O serviço extraordinário, excepcionalmente, poderá ser realizado sob a forma de plantões para assegurar o
funcionamento dos serviços municipais ininterruptos.
Parágrafo Único O plantão extraordinário visa a substituição do plantonista titular legalmente afastado ou em falta
ao serviço.
Art. 59 O exercício de cargo em comissão ou de função gratificada, não sujeito ao controle de ponto, exclui a remuneração
por serviço extraordinário.
Art. 60 O servidor terá direito a repouso remunerado, num dia de cada semana, preferencialmente aos domingos, bem
como nos dias feriados civis e religiosos.
§ 2º Na hipótese de servidores com remuneração por produção, peça ou tarefa, o valor do repouso corresponderá ao
total da produção da semana, dividido pelos dias úteis da mesma semana.
Art. 61 Perderá a remuneração do repouso o servidor que tiver faltado, sem motivo justificado, ao serviço durante a
semana, mesmo que em apenas um turno.
Parágrafo Único São motivos justificados as concessões, licenças e afastamentos previstos em lei, nas quais o
servidor continuará com direito ao vencimento normal, como se em exercício estivesse.
Art. 62 Nos serviços públicos ininterruptos poderá ser exigido o trabalho nos dias feriados civis e religiosos, hipótese em
que as horas trabalhadas serão pagas com acréscimo de cinqüenta por cento, salvo a concessão de outro dia de folga
compensatória.
TÍTULO V
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 63 Vencimento é a retribuição paga ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor do padrão
fixado em lei.
Art. 65 Nenhum servidor poderá perceber mensalmente, a título de remuneração ou subsídio, importância maior do que a
fixada como limite pela Constituição Federal, e sua interpretação, segundo o Supremo Tribunal Federal.
Art. 66 Excluem-se do teto de remuneração previsto no art. 65 as diárias de viagem, o prêmio por assiduidade, o auxílio
para diferença de caixa e o acréscimo constitucional de 1/3 de férias.
Art. 67 A lei poderá fixar a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores municipais.
I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, bem como dos dias de repouso da respectiva semana, sem prejuízo
da penalidade disciplinar cabível;
II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a
trinta minutos, sem prejuízo da penalidade disciplinar cabível;
Art. 69 Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração.
Parágrafo Único Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em favor de
terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, até o limite de trinta por cento da remuneração.
Art. 70 As reposições devidas por servidor à Fazenda Municipal poderão ser feitas em parcelas mensais, com juros e
correção monetária, e mediante desconto em folha de pagamento.
§ 1º O valor de cada parcela não poderá exceder a vinte por cento da remuneração do servidor.
§ 2º O servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado à Fazenda Municipal em
virtude de alcance, desfalque, ou omissão de efetuar o recolhimento ou entradas nos prazos legais.
Art. 71 O servidor em débito com o Erário, que for demitido, exonerado, destituído do cargo em comissão, ou que tiver a
sua disponibilidade cassada, terá de repor a quantia de uma só vez.
Parágrafo Único A não quitação de débito implicará em sua inscrição em dívida ativa e cobrança judicial.
CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS
I - indenizações;
II - gratificações e adicionais;
Art. 73 Os acréscimos pecuniários não serão computados nem acumulados para fim de concessão de acréscimos
ulteriores.
Seção I
DAS INDENIZAÇÕES
I - diárias;
II - ajuda de custo;
III - transporte.
Subseção I
DAS DIÁRIAS
Art. 75 Ao servidor que, por determinação da autoridade competente, se deslocar eventual ou transitoriamente do
Município, no desempenho de suas atribuições, ou em missão ou estudo de interesse da administração, serão concedidas,
além do transporte, ressarcimento de despesas com locomoção urbana, diárias para cobrir as despesas de alimentação e
pousada.
Parágrafo Único Lei específica definirá critérios, valores das diárias e ressarcimentos das despesas previstos no
caput deste artigo.
Art. 76 Se o deslocamento do servidor constituir exigência permanente do cargo, não fará jus a diárias.
Art. 77 O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, ficará obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de três dias.
Parágrafo Único Na hipótese de o servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto para seu
afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, em igual prazo.
Subseção II
DA AJUDA DE CUSTO
Art. 78 A ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas de viagem e instalação do servidor que for designado para exercer
missão ou estudo fora do Município, por tempo que justifique a mudança temporária de residência.
Parágrafo Único A concessão da ajuda de custo ficará a critério da autoridade competente, que considerará os
aspectos relacionados com a distância percorrida, o número de pessoas que acompanharão o servidor e a duração da
ausência.
Art. 79 A ajuda de custo não poderá exceder o dobro do vencimento do servidor, salvo quando o deslocamento for para o
exterior, caso em que poderá ser até de quatro vezes o vencimento, desde que arbitrada justificadamente.
Subseção III
DO TRANSPORTE
Art. 80 Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de
locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, nos termos de lei específica.
§ 1º Somente fará jus à indenização de transporte pelo seu valor integral, o servidor que, no mês, haja efetivamente
realizado serviço externo, durante pelo menos vinte dias.
§ 2º Se o número de dias de serviço externo for inferior ao previsto no parágrafo anterior, a indenização será devida na
proporção de um vinte avos por dia de realização do serviço.
Seção II
I - gratificação natalina;
Subseção I
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 82 A gratificação natalina corresponderá a um doze avos da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano.
Parágrafo Único Os adicionais, exceto o por tempo de serviço, que será computado sempre integralmente, as
gratificações e o valor de função gratificada não percebidos durante todo o período aquisitivo, serão computados
proporcionalmente, observados os valores atuais.
Art. 83 A gratificação natalina será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.
Parágrafo Único Entre os meses de maio e novembro de cada ano, o Município poderá pagar, como adiantamento da
gratificação referida, de uma só vez, metade da remuneração percebida no mês anterior.
Art. 84 Em caso de exoneração, falecimento ou aposentadoria do servidor, a gratificação natalina será devida
proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração, falecimento ou
aposentadoria.
Art. 85 A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Subseção II
Art. 86 O adicional por tempo de serviço é devido à razão de cinco por cento por cada três anos de serviço público
ininterrupto prestado ao Município, incidente sobre o valor do padrão de vencimento do servidor ocupante de cargo efetivo.
§ 1º Computar-se-á para a vantagem o tempo de serviço anteriormente prestado ao Município, sob qualquer forma de
ingresso, desde que sem solução de continuidade com o atual.
Subseção III
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 87 O serviço noturno prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do
dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 20% (vinte por cento) sobre o valor-hora diurno.
Parágrafo Único Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, o adicional
será pago proporcionalmente às horas de trabalho noturno.
Seção III
Art. 88 Após cada cinco anos ininterruptos de serviço prestado ao Município, a contar da investidura em cargo de
provimento efetivo, o servidor fará jus a um prêmio por assiduidade de valor igual a um mês de vencimento do seu cargo
efetivo, mesmo que esteja no exercício de cargo em comissão ou função gratificada.
V - somar cinco atrasos de comparecimento ao serviço e/ou saídas antes do horário marcado para término da jornada.
Parágrafo Único As licenças para tratamento de saúde excedentes de noventa dias, consecutivos ou não, dentro do
período aquisitivo do prêmio por assiduidade, protelarão sua concessão em período igual ao número de dias das licenças
excedentes, salvo se decorrentes de acidente em serviço ou moléstia profissional, que não protelarão o prêmio.
Art. 90 O prêmio por assiduidade não será considerado para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Seção IV
Art. 91 O servidor que, por força das atribuições próprias de seu cargo, pagar ou receber em moeda corrente, perceberá
um auxílio para diferença de caixa, no montante de dez por cento do vencimento.
§ 1º O servidor que estiver respondendo legalmente pelo tesoureiro ou caixa, durante os impedimentos legais deste,
fará jus ao pagamento do auxílio, calculado sobre o vencimento do seu cargo.
§ 2º O auxílio de que trata este artigo só será pago enquanto o servidor estiver efetivamente executando serviços de
pagamento ou recebimento e nas férias regulamentares.
CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS
Seção I
Art. 92 O servidor terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.
Art. 93 Após cada período de doze meses de vigência da relação entre o Município e o servidor, terá este direito a férias,
na seguinte proporção:
I - trinta dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de cinco vezes;
II - vinte e quatro dias corridos, quando houver tido de seis a quatorze faltas;
III - dezoito dias corridos, quando houver tido de quinze a vinte e três faltas;
IV - doze dias corridos, quando houver tido de vinte e quatro a trinta e duas faltas.
Art. 94 Não serão consideradas faltas ao serviço as concessões, licenças e afastamentos previstos em lei, nos quais o
servidor continuar com direito ao vencimento normal, como se em exercício estivesse, bem como nas demais hipóteses
expressamente previstas nesta Lei.
Art. 95 O tempo de serviço anterior será somado ao posterior para fins de aquisição do período aquisitivo de férias nos
casos de licenças previstas nos incisos II, III e V do art. 102.
Art. 96 Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisitivo, houver tido mais de 32 faltas ao serviço,
tiver gozado licenças para tratamento de saúde, por acidente em serviço ou por motivo de doença em pessoa da família,
isoladamente ou em conjunto por mais de seis meses, embora descontínuos, e licença para tratar de interesses particulares
por qualquer prazo.
Parágrafo Único Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo, após a perda do direito a férias prevista neste
artigo, no primeiro dia em que o servidor retornar ao trabalho.
Seção II
Art. 97 É obrigatória a concessão e gozo das férias em um só período, devendo ocorrer nos 10 (dez) meses subseqüentes à
data em que o servidor tiver adquirido o direito.
Art. 97 É obrigatória a concessão e gozo das férias em até dois períodos de no mínimo 10 (dez) dias cada, devendo ocorrer
nos 10 (dez) meses subsequentes à data em que o servidor tiver adquirido o direito. Alterada por LEI ORDINARIA n° 1105/2011,
02/08/2011
§ 1º As férias somente poderão ser suspensas por motivo de calamidade pública, comoção interna ou por motivo de
superior interesse público, por ato devidamente motivado.
§ 1º As férias somente poderão ser suspensas por motivo de calamidade pública, comoção interna ou por motivo de
superior interesse público, por ato devidamente motivado. Alterada por LEI ORDINARIA n° 1105/2011, 02/08/2011
§ 2º A Administração poderá indenizar 1/3 do período de férias, observado o interesse público e mediante ato
motivado, com a concordância do servidor.
§ 2º A Administração poderá indenizar 1/3 do período de férias, observado o interesse público e mediante ato
motivado, com a concordância do servidor. Alterada por LEI ORDINARIA n° 1105/2011, 02/08/2011
Art. 98 A concessão das férias, mencionado o período de gozo, será participado, por escrito, ao servidor, com antecedência
de, no mínimo, 15 dias, cabendo a este assinar a respectiva notificação.
Art. 99 Vencido o prazo mencionado no art. 97, sem que a Administração tenha concedido as férias, incumbirá ao servidor,
no prazo de dez dias, requerer o gozo de férias, sob pena de perda do direito às mesmas.
§ 1º Recebido o requerimento, a autoridade responsável terá de despachar no prazo de quinze dias, marcando o
período de gozo de férias, dentro dos sessenta dias seguintes.
§ 2º Não atendido o requerimento pela autoridade competente no prazo legal, o servidor poderá ajuizar ação, pedindo
a fixação, por sentença, da época do gozo de férias, hipótese em que as mesmas serão remuneradas em dobro.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a autoridade infratora será a responsável pelo pagamento da metade da
remuneração em dobro das férias, que será recolhida ao erário, no prazo de cinco dias, a contar da data da concessão das
férias nessas condições.
Seção III
Art. 100 O servidor perceberá, durante as férias, a remuneração integral acrescida de 1/3 (um terço).O servidor perceberá,
durante as férias, a remuneração integral acrescida de 1/3 (um terço).
§ 1º Os adicionais, exceto o por tempo de serviço, que será computado sempre integralmente, as gratificações e o
valor de função gratificada não percebidos durante todo o período aquisitivo, serão computados proporcionalmente,
observados os valores atuais.
§ 2º O pagamento da remuneração das férias, por solicitação do servidor, poderá ocorrer dentro do período de 05
(cinco) dias anteriores ao início do gozo.
Seção IV
DOS EFEITOS NA EXONERAÇÃO, NO FALECIMENTO
E NA APOSENTADORIA
Art. 101 No caso de exoneração, falecimento ou aposentadoria, será devida a remuneração correspondente ao período de
férias cujo direito o servidor tenha adquirido nos termos do art. 93.
Parágrafo Único O servidor exonerado, falecido ou aposentado após doze meses de serviço, além do disposto no
"caput", terá direito também à remuneração relativa ao período incompleto de férias, na proporção de um doze avos por
mês de serviço ou fração superior a quatorze dias.
CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vinte e quatro meses,
salvo nos casos dos incisos II e V.
§ 2º A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será considerada como
prorrogação.
Seção II
Art. 103 Poderá ser concedida licença ao servidor ocupante de cargo efetivo, por motivo de doença do cônjuge ou
companheiro, do pai ou da mãe, do filho ou enteado e de irmão, mediante comprovação médica oficial do Município.
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado, através de acompanhamento pela Administração
Municipal.
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração, até um mês, e, após, com os seguintes descontos:
II - de 2/3 (dois terços), quando exceder a dois meses até cinco meses;
III - sem remuneração, a partir de sexto mês até o máximo de dois anos.
Seção III
Art. 104 Ao servidor ocupante de cargo efetivo que for convocado para o serviço militar ou outros encargos de segurança
nacional, será concedida licença sem remuneração.
§ 2º O servidor desincorporado em outro Estado da Federação deverá reassumir o exercício do cargo dentro do prazo
de trinta dias; se a desincorporação ocorrer dentro do Estado o prazo será de quinze dias.
Seção IV
Art. 105 O servidor ocupante de cargo efetivo que concorrer a mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal,
fará jus a licença remunerada.
Parágrafo Único O período de duração da licença coincidirá com o prazo de afastamento estabelecido pela legislação
federal reguladora do processo eleitoral.
Seção V
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 106 A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para tratar de assuntos particulares,
pelo prazo de até 90 (noventa) dias consecutivos, sem remuneração.
Art. 106 A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo, licença para tratar de
assuntos particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, prorrogável por igual período, sem remuneração. Alterada
por LEI ORDINARIA n° 1178/2013, 20/02/2013
§ 1º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor, desde que aceito ou no interesse do
serviço.
Parágrafo Único A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do
serviço. Alterada por LEI ORDINARIA n° 1178/2013, 20/02/2013
§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos do término ou interrupção da anterior. Revogado por LEI
ORDINARIA n° 1178/2013, 20/02/2013
§ 3º Não se concederá a licença a servidor nomeado ou removido, antes de completar um ano de exercício no novo
cargo ou repartição. Revogado por LEI ORDINARIA n° 1178/2013, 20/02/2013
Seção VI
Art. 107 É assegurado ao servidor o direito a licença para desempenho de mandato em confederação, federação ou
sindicato representativo da categoria, sem remuneração.
§ 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas
entidades, até o máximo de três, por entidade.
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição e por uma única vez.
CAPÍTULO V
Art. 108 O servidor ocupante de cargo efetivo e estável poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
Art. 108 O servidor ocupante de cargo efetivo poderá ser cedido para ter exercício em outro Órgão ou Entidade dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: Alterada por LEI ORDINARIA n°
1178/2013, 20/02/2013
Parágrafo Único Na hipótese do inciso I deste artigo, a cedência será sem ônus para o Município e, nos demais casos,
conforme dispuser a lei ou o convênio.
CAPÍTULO VI
DAS CONCESSÕES
III - até cinco dias consecutivos, por motivo de falecimento de avô ou avó.
a) casamento;
Parágrafo Único A servidora terá direito a uma hora por dia para amamentar o próprio filho até que este complete
seis meses de idade. A hora poderá ser fracionada em dois períodos de meia hora, se a jornada for de dois turnos. Se a
saúde do filho o exigir, o período de seis meses poderá ser dilatado, por prescrição médica, em até três meses.
Art. 110 Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante quando comprovada a incompatibilidade entre o
horário escolar e o da repartição, desde que não haja prejuízo ao exercício do cargo.
Parágrafo Único Para efeitos do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horários na repartição,
respeitada a duração semanal do trabalho.
CAPÍTULO VII
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 111 A apuração do tempo de serviço será feita em dias, os quais serão convertidos em anos, considerados estes como
período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Parágrafo Único Os dias de efetivo exercício serão computados à vista dos comprovantes de pagamento ou dos
registros funcionais.
Art. 112 Além das ausências ao serviço previstas no art. 114, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos
em virtude de:
I - férias;
V - desempenho de mandato eletivo Federal, Estadual, Distrital ou Municipal, exceto para promoção por merecimento;
VII - licença:
a) à gestante e à adotante;
d) para concorrer a mandato eletivo Federal, Estadual, Distrital ou Municipal, na forma determinada pela legislação
eleitoral, exceto para promoção por merecimento.
e) para participar de cursos, congressos ou similares, sem prejuízo da remuneração, quando autorizado pela
administração.
I - de contribuição no serviço público federal, estadual, distrital e municipal, inclusive o prestado às suas autarquias e
fundações;
II - de contribuição na atividade privada, urbana e rural, desde que devidamente certificado, nos termos da legislação
federal pertinente;
Art. 114 Para efeito de disponibilidade será considerado o tempo de serviço público Federal, Estadual, Distrital e Municipal.
Art. 115 O tempo de afastamento para exercício de mandato eletivo será contado na forma das disposições constitucionais
ou legais específicas.
CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 117 É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsideração, recorrer e representar, em defesa de direito
ou de interesse legítimo.
Parágrafo Único As petições, salvo determinação expressa em lei ou regulamento, serão dirigidas ao Prefeito
Municipal e terão decisão no prazo de trinta dias.
Art. 118 O pedido de reconsideração deverá conter novos argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, a
decisão ou ato.
Parágrafo Único O pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, será submetido à autoridade que houver
prolatado o despacho, proferido a decisão ou praticado o ato.
Art. 119 Caberá recurso ao Prefeito, como última instância administrativa, sendo indelegável sua decisão.
Parágrafo Único Terá caráter de recurso o pedido de reconsideração quando o prolator do despacho, decisão ou ato
houver sido o Prefeito.
Art. 120 O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso, é de trinta dias, a contar da data da ciência
do interessado da decisão recorrida, mediante notificação pessoal, ou da publicação do despacho.
Parágrafo Único O pedido de reconsideração e o recurso não terão efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos
retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 121 O direito de reclamação administrativa prescreverá, salvo disposição legal em contrário, em um ano a contar do
ato ou fato do qual se originar.
§ 1º O prazo prescricional terá início na data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência, pelo interessado,
quando o ato não for publicado.
Art. 122 A representação será dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a solução não for de sua alçada, a
encaminhará a quem de direito.
Parágrafo Único Se não for dado andamento à representação, dentro do prazo de cinco dias, poderá o servidor dirigi-
la direta e sucessivamente às chefias superiores.
Art. 123 É assegurado o direito de vistas do processo ao servidor ou ao seu representante legal.
TÍTULO VI
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; e
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
XIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e convenientemente trajado ou com o uniforme que for
determinado;
XIV - observar as normas de segurança e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos
equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem fornecidos;
XVII - apresentar relatórios ou resumos de suas atividades nas hipóteses e prazos previstos em lei ou regulamento, ou
quando determinado pela autoridade competente; e
Parágrafo Único Nas mesmas penas incorre o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou representação a
respeito de irregularidades no serviço ou falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providências
necessárias à sua apuração.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 125 É proibido ao servidor qualquer ação ou omissão capaz de comprometer a dignidade e o decoro da função pública,
ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à Administração Pública, especialmente:
II - retirar, modificar ou substituir, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento, registro
eletrônico ou objeto da repartição;
VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder Público, mediante
manifestação escrita ou oral;
VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que seja de
sua competência ou de seu subordinado;
VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à associação profissional ou sindical, ou a partido
político;
IX - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau civil, salvo se decorrente de
nomeação por concurso público;
X - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem licença prévia nos termos da lei;
XVI - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de
trabalho.
Art. 126 É lícito ao servidor criticar atos do Poder Público do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em
trabalho assinado, respondendo porém civil ou criminalmente na forma da legislação aplicável, se de sua conduta resultar
delito penal ou dano moral.
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 127 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários:
§ 1º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrente dos artigos 40, 42 e 142 da
Constituição Federal com a remuneração de cargos, empregos ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na
forma do "caput", os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 2º A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 128 O servidor responde civil, penal e administrativamente pelos atos praticados enquanto no exercício do cargo.
Art. 129 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuízo ao Erário
ou a terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízo causado ao Erário poderá ser liquidada na forma prevista no art. 70.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros responderá o servidor perante a Fazenda Pública em ação regressiva,
sem prejuízo de outras medidas administrativas e judiciais cabíveis.
Art. 131 A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado por servidor investido no cargo
ou função pública.
Art. 132 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 133 A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal definitiva que
negue a existência do fato ou a sua autoria.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 134 São penalidades disciplinares aplicáveis a servidor após procedimento administrativo em que lhe seja assegurado
o direito de defesa:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
Art. 135 Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes.
Art. 136 Não poderá ser aplicada mais de uma pena disciplinar pela mesma infração.
Parágrafo Único No caso de infrações simultâneas, a maior absorve as demais, funcionando estas como agravantes
na gradação da penalidade.
Art. 137 Observado o disposto nos artigos precedentes, a pena de advertência ou suspensão será aplicada, a critério da
autoridade competente, por escrito, na inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, nos
casos de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de demissão.
Parágrafo Único Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em
multa, na base de cinqüenta por cento por dia de remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço e a
exercer suas atribuições legais.
Art. 139 Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos casos de:
II - abandono de cargo;
V - improbidade administrativa;
VII - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa;
XI - corrupção;
Art. 140 A acumulação de que trata o inciso XII do artigo anterior acarreta a demissão de um dos cargos, empregos ou
funções, dando-se ao servidor o prazo de cinco dias para opção, antes da abertura de processo administrativo disciplinar.
§ 1º Se comprovado que a acumulação se deu por má-fé, o servidor será demitido de ambos os cargos que detêm no
Município e obrigado a devolver o que houver recebido dos cofres públicos municipais.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido na União, nos Estados, no
Distrito Federal ou em outro Município, a demissão será comunicada ao outro órgão ou entidade onde ocorre acumulação.
Art. 141 A demissão nos casos dos incisos V, VIII e X do art. 139 implicará em ressarcimento ao erário, sem prejuízo da
ação penal cabível.
Art. 142 Configura abandono de cargo a ausência intencional ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.
Art. 144 O ato de imposição de penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a identificação da sindicância ou
processo administrativo disciplinar que serviu de base.
Art. 145 Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se ficar provado que o inativo, quando na atividade:
I - praticou falta punível com a pena de demissão.
II - quando for verificado que, por negligência ou benevolência, o servidor contribuiu para que não se apurasse, no
devido tempo, irregularidade no serviço.
Parágrafo Único A aplicação da penalidade deste artigo não implicará em perda do cargo efetivo.
Parágrafo Único Poderá ser delegada competência aos Secretários Municipais para aplicação da pena de suspensão
ou advertência.
Art. 148 A demissão por infringência ao art. 125 incisos X e XI, incompatibilizará o ex-servidor para nova investidura em
cargo ou função pública do Município, pelo prazo de cinco anos.
Parágrafo Único Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que for demitido por infringência do art.
139, inc. I, V, VIII, X e XI.
Art. 149 A pena de destituição de função de confiança implicará na impossibilidade de ser investido em funções dessa
natureza durante o período de cinco anos a contar do ato de punição.
Art. 150 As penalidades aplicadas ao servidor serão registradas em sua ficha funcional.
I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria e disponibilidade, ou
destituição de função de confiança;
§ 1º A falta também prevista na lei penal como crime prescreverá juntamente com este.
§ 2º O prazo de prescrição começará a correr da data em que a autoridade tomar conhecimento da existência da falta.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo prescricional recomeçará a correr novamente, no dia imediato ao da
interrupção.
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO DISCIPLINAR EM GERAL
Seção I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 152 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar sob pena de incorrer nas previsões do art. 124.
Parágrafo Único Quando o fato denunciado, de modo evidente, não configurar infração disciplinar ou ilícito penal, a
denúncia será arquivada, por falta de objeto.
Art. 153 As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas em processo regular com direito a plena defesa, por meio
de:
I - sindicância investigatória, quando não houver dados suficientes para sua determinação ou para apontar o servidor
faltoso;
II - sindicância disciplinar, quando a ação ou omissão torne o servidor passível de aplicação das penas de advertência
e suspensão.
III - processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da ação ou omissão torne o servidor passível de demissão,
cassação da aposentadoria ou da disponibilidade.
Seção II
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA
Art. 154 A autoridade competente poderá determinar a suspensão preventiva do servidor, até sessenta dias, prorrogáveis
por mais trinta se, fundamentadamente, houver necessidade de seu afastamento para apuração de falta a ele imputada.
Art. 155 O servidor fará jus à remuneração integral durante o período de suspensão preventiva.
Seção III
DA SINDICÂNCIA INVESTIGATÓRIA
Art. 156 A sindicância investigatória será cometida a servidor ocupante de cargo efetivo e estável, ou, a critério da
autoridade competente, considerando o fato a ser apurado, à comissão de três servidores efetivos e estáveis, podendo estes
serem dispensados de suas atribuições normais até a apresentação do relatório.
§ 2º Preliminarmente, deverá ser ouvido o autor da representação e o servidor ou servidores referidos, se houver.
§ 3º Reunidos os elementos apurados, o sindicante ou comissão traduzirá no relatório as suas conclusões, indicando o
possível culpado, qual a irregularidade ou transgressão e o seu enquadramento nas disposições estatutárias.
§ 4º A autoridade, de posse do relatório, acompanhado dos elementos coletados na investigação, decidirá, no prazo de
cinco dias úteis:
§ 5º Entendendo a autoridade competente que os fatos não estão devidamente elucidados, inclusive na indicação do
possível culpado, devolverá o processo ao sindicante ou comissão, para ulteriores diligências, em prazo certo, não superior a
dez dias úteis.
§ 6º De posse do novo relatório e elementos complementares, a autoridade decidirá no prazo e nos termos deste
artigo.
Seção IV
DA SINDICÂNCIA DISCIPLINAR
Art. 157 A sindicância disciplinar será cometida a comissão de três servidores efetivos e estáveis, podendo estes serem
dispensados de duas atribuições normais até a apresentação do relatório.
§ 2º Preliminarmente, deverá ser ouvido o autor da representação e o servidor ou servidores referidos, passando-se,
após, à instrução.
§ 3º O sindicado será intimado pessoalmente da instalação da sindicância e da audiência para sua oitiva, com
antecedência de, no mínimo, 48 horas, sendo que nessa será intimado do prazo de dois dias para apresentar defesa escrita,
requerer provas e arrolar testemunhas até o máximo de três.
§ 4º Concluída a instrução o sindicato será intimado para apresentar defesa final no prazo de cinco dias.
§ 5º Reunidos os elementos apurados, a comissão traduzirá no relatório as suas conclusões, indicando qual a
irregularidade ou transgressão, o seu enquadramento nas disposições estatutárias e a penalidade a ser aplicada, se for o
caso, a abertura de processo administrativo ou o arquivamento do feito.
Art. 158 A autoridade, de posse do relatório, acompanhado dos elementos coletados na instrução, decidirá, no prazo de
cinco dias úteis:
§ 1º Entendendo a autoridade competente que os fatos não estão devidamente elucidados, devolverá o processo à
comissão, para ulteriores diligências, em prazo certo, não superior a dez dias úteis.
§ 2º De posse do novo relatório e elementos complementares, a autoridade decidirá no prazo e nos termos deste
artigo.
§ 3º Aplicam-se supletivamente, no que couber, as normas previstas nesta lei para o processo administrativo
disciplinar.
Seção V
Art. 159 O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão de três servidores efetivos e estáveis,
designada pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu presidente.
Parágrafo Único A comissão terá como secretário, servidor designado pelo presidente, podendo a designação recair
em um dos seus membros.
Art. 160 A comissão processante, sempre que necessário e expressamente determinado no ato de designação, dedicará
todo o tempo aos trabalhos do processo, ficando os membros da comissão, em tal caso, dispensados dos serviços normais
da repartição.
Art. 161 O processo administrativo será contraditório, assegurada ampla defesa ao acusado, com a utilização dos meios e
recursos admitidos em direito.
Art. 162 Quando o processo administrativo disciplinar resultar de prévia sindicância, o relatório desta integrará os autos,
como peça informativa da instrução.
Parágrafo Único Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a autoridade competente
oficiará ao Ministério Público, e remeterá cópia dos autos, independente da imediata instauração do processo administrativo
disciplinar.
Art. 163 O prazo para a conclusão do processo não excederá sessenta dias, contados da data do ato que constituir a
comissão, admitida a prorrogação por mais trinta dias, quando as circunstâncias o exigirem, mediante autorização da
autoridade que determinou a sua instauração.
Art. 164 As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
Art. 165 Ao instalar os trabalhos da comissão, o Presidente determinará a autuação da portaria e demais peças existentes
e designará o dia, hora e local para primeira audiência e a citação do indiciado.
Art. 166 A citação do indiciado deverá ser feita pessoalmente e contra-recibo, com, pelo menos, quarenta e oito horas de
antecedência em relação à audiência inicial e conterá dia, hora e local e qualificação do indiciado e a falta que lhe é
imputada, com descrição dos fatos.
§ 1º Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser certificado, com assinatura de, no mínimo, duas
testemunhas.
§ 2º Estando o indiciado ausente do Município, se conhecido seu endereço, será citado por via postal, em carta
registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso de recebimento.
§ 3º Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, divulgado como os demais atos
oficiais do Município, ou publicado pelo menos uma vez em jornal de circulação, no mínimo, na região a que pertence o
Município, com prazo de quinze dias.
Art. 167 O indiciado poderá constituir procurador para fazer a sua defesa.
Parágrafo Único Em caso de revelia, caracterizada pelo não comparecimento após as providências previstas no § 3°
do artigo anterior, o presidente da comissão processante designará, de ofício, um servidor para atuar em sua defesa, dando-
se preferência a servidor que seja formado em curso de ciências jurídicas, quando possível.
Art. 168 Na audiência marcada, a comissão promoverá o interrogatório do indiciado, concedendo-lhe, em seguida, o prazo
de três dias para oferecer alegações escritas, requerer provas e arrolar testemunhas, até o máximo de cinco.
§ 1º Havendo mais de um indiciado, o prazo será comum e de seis dias, contados a partir da tomada de declarações do
último deles.
§ 2º O indiciado ou seu advogado terão vista do processo na repartição podendo ser fornecida cópia de inteiro teor
mediante requerimento e reposição do custo.
Art. 169 A comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a
coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
Art. 170 O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por intermédio de procurador, assistir aos atos probatórios que se
realizarem perante a comissão, requerendo as medidas que julgar convenientes.
Art. 171 As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a
segunda via, com o ciente do intimado, ser anexada aos autos.
Parágrafo Único Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao
chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para a inquirição.
Art. 172 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito a testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º As testemunhas serão ouvidas separadamente, com prévia intimação do indiciado ou de seu procurador.
Art. 173 Concluída a inquirição de testemunhas, poderá a comissão processante, se julgar útil ao esclarecimento dos fatos,
reinterrogar o indiciado.
Art. 174 Ultimada a instrução do processo, o indiciado será intimado por mandado pelo presidente da comissão para
apresentar defesa escrita, no prazo de dez dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, sendo fornecida cópia
de inteiro teor mediante requerimento e reposição do custo.
Parágrafo Único O prazo de defesa será comum e de quinze dias se forem dois ou mais os indiciados.
Art. 175 Após o decurso do prazo, apresentada a defesa ou não, a comissão apreciará todos os elementos do processo,
apresentando relatório, no qual constará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que foi
acusado, as provas que instruíram o processo e as razões de defesa, propondo, justificadamente, a absolvição ou punição do
indiciado, e indicando a pena cabível e seu fundamento legal.
Art. 176 O processo será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, dentro de dez dias contados do término
do prazo para apresentação da defesa.
Parágrafo Único A comissão ficará à disposição da autoridade competente, até a decisão final do processo, para
prestar esclarecimento ou providência julgada necessária.
Parágrafo Único A comissão ficará à disposição da autoridade competente, até a decisão final do processo, para
prestar esclarecimento ou providência julgada necessária.
a) pedirá esclarecimentos ou providências que entender necessários, à comissão processante, marcando-lhe prazo;
b) encaminhará os autos à autoridade superior, se entender que a pena cabível escapa à sua competência;
II - julgará o processo dentro de dez dias, acolhendo ou não as conclusões da comissão processante, fundamentando
a sua decisão se concluir diferentemente do proposto.
Parágrafo Único Nos casos do inciso I deste artigo, o prazo para decisão final será contado, respectivamente, a partir
do retorno ou recebimento dos autos.
Art. 178 Da decisão final, são admitidos os recursos previstos nesta Lei.
Art. 179 As irregularidades processuais que não constituam vícios substanciais insanáveis, suscetíveis de influírem na
apuração da verdade ou na decisão do processo, não lhe determinarão a nulidade.
Art. 180 O servidor que estiver respondendo a processo administrativo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido do
cargo, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Parágrafo Único Excetua-se o caso de processo administrativo instaurado apenas para apurar o abandono de cargo,
quando poderá haver exoneração a pedido, a juízo da autoridade competente.
Seção VI
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 181 A revisão do processo administrativo disciplinar poderá ser requerida a qualquer tempo, uma única vez, quando:
III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar a inocência do interessado ou de autorizar diminuição da
pena.
Parágrafo Único A simples alegação de injustiça da penalidade não constituirá fundamento para a revisão do
processo.
Art. 183 O processo de revisão será realizado por comissão designada segundo os moldes das comissões de processo
administrativo e correrá em apenso aos autos do processo originário.
Art. 184 As conclusões da comissão serão encaminhadas à autoridade competente, dentro de trinta dias, devendo a
decisão ser proferida, fundamentadamente, dentro de dez dias.
Art. 185 Julgada procedente a revisão, será tornada insubsistente ou atenuada a penalidade imposta, restabelecendo-se os
direitos decorrentes dessa decisão.
TÍTULO VII
CAPÍTULO Único
Art. 186 O regime de previdência social dos servidores ocupantes de cargo de provimento efetivo é o estabelecido pelo
Município em lei específica.
Art. 187 O regime de previdência social dos ocupantes, exclusivamente, de cargo de provimento em comissão e dos
servidores contatados temporariamente é o estabelecido pela Constituição e pela legislação federal pertinente.
TÍTULO VIII
Art. 189 Consideram-se como de necessidade temporária de excepcional interesse público, as contratações que visam a:
III - atender outras situações de emergência que vierem a ser definidas em lei específica.
Art. 190 As contratações de que trata este capítulo terão dotação orçamentária específica.
Art. 191 É vedado o desvio de função de pessoa contratada, na forma deste capítulo, sob pena de nulidade do contrato e
responsabilidade administrativa e civil da autoridade contratante.
Art. 192 Os contratos serão de natureza administrativa, ficando assegurados os seguintes direitos ao contratado:
I - remuneração equivalente à percebida pelos servidores de igual ou assemelhada função no quadro permanente do
respectivo poder no Município;
II - jornada de trabalho, serviço extraordinário, repouso semanal remunerado, adicional noturno e gratificação natalina
proporcional, nos termos desta Lei;
TÍTULO IX
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 193 O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e oito de outubro.
Art. 194 Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente,
salvo norma específica dispondo de maneira diversa.
Art. 195 Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos definidos em lei ou regulamento, como próprios de seu cargo
ou função gratificada, não decorre nenhum direito ao servidor.
CAPÍTULO II
Art. 196 As disposições desta Lei aplicam-se aos servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, das autarquias e
fundações públicas.
Art. 197 Os atuais servidores municipais, estatutários ou celetistas admitidos mediante prévio concurso público ficam
submetidos ao regime desta Lei.
§ 1º Os empregos ocupados pelos servidores celetistas de que trata este artigo ficam transformados em cargos na data
da publicação desta Lei.
§ 2º Os contratos individuais de trabalho se extinguem automaticamente pela nomeação para cargo público.
§ 3º No que pertine às férias, o servidor continuará a contagem do tempo de serviço para efeito de aquisição e para
posterior gozo no novo regime.
Art. 198 Revogam-se as disposições da Lei Municipal n.° 18 de 30 de abril de 1993; Lei Municipal n° 46 de 13 de setembro
de 1993; Lei Municipal n° 166 de 13 de fevereiro de 1996; Lei Municipal n° 169 de 05 de março de 1996; Lei Municipal n°
180 de 21 de maio de 1996; Lei Municipal n° 219 de 12 de junho de 1997; Lei Municipal n° 303 de 01 de abril de 1999; Lei
Municipal n° 312 de 10 de junho de 1999; Lei Municipal n° 395 de 18 de janeiro de 2001.
GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DO PALMA – RS, AOS 15 (QUINZE) DIAS DO MÊS DE AGOSTO DE
2006.