TCC PÓS ABA
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Resumo
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAL E MÉTODO
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Embora os pais consigam atingir a fase de adaptação e que queiram ajudar o seu
filho da melhor forma possível, Maia (2008) afirma que cuidar de uma criança com
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Contudo, Schmidt e Bosa (2003) apresentam três fatores para justificar os impactos
emocionas acarretados, elucidados pela aparência saudável da criança que cria
falsas expectativas, que posteriormente terão de ser destruídas, a possibilidade de
apresentar incapacidades graves que necessitarão de cuidados intensos por toda a
vida e as poucas perspectivas de melhoria e tratamento.
Estudos feitos por Cutler e Kozloff, (1987) e Perry et al. (1992) evidenciam a
existência de estresse agudo em famílias que possuem um membro com diagnóstico
de TEA. Sprovieri e Assumpção (2001) adicionam que o estresse, a ansiedade e a
depressão são maiores em pais de crianças com TEA, quando comparados com
pais de crianças com outros acometimentos, como a Síndrome de Down, sugerindo
que o estresse pode ser influenciado por características específicas do autismo e
não apenas pelo atraso do desenvolvimento.
Nunes e Santos (2010) dizem que o autismo, quando se manifesta, afeta toda a
família, pois o processo de enfrentamento desencadeia mudanças em toda a
dinâmica familiar, em especial na relação mãe e filho. Desse modo, a existência de
uma criança com deficiência tem um impacto maior nas mães do que nos pais
(FRIEDRICK, 1979; GUMZ & GUBRIUM, 1972; TALLMAN, 1965; VOYSEY, 1975,
CITADOS POR PEREIRA, 1996; GRAY, 2003). As mães de crianças autistas, diante
da situação de vulnerabilidade e de dependência do filho, passam a dedicar-se
integralmente a eles, acumulando muitas responsabilidades, como os cuidados com
a casa, com a família e ainda com o filho autista, o que acarreta grande sobrecarga
emocional e física (ZANATTA EA, MENEGAZZO E, GUIMARÃES NA, FERRAZ L,
MOTTA MGC, 2014), transformando-se em uma rotina de cuidados árdua, difícil e
cansativa.
Em vista disso, Beckman - Bell (1980) citado por Pereira (1996) encontrou elevados
níveis de estresse em mães que vivem sós. Os mesmos resultados foram
observados por Holroyd (1974) que, ao comparar mães casadas com mães
solteiras, concluiu que estas últimas sentem-se mais angustiadas e que a sua família
não tem uma boa inclusão social.
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Dessa maneira, a pesquisa de Goin-Kochel et al. (2006) mostrou que famílias com
maior renda familiar tendem a receber o diagnóstico de TEA do filho antes do que
aquelas com baixo poder aquisitivo, provavelmente porque tiveram rápido acesso a
serviços especializados, vencidas as barreiras particulares de cada família e as
barreiras contextuais (por exemplo, financeiras). Desse modo, estudos mostram que
as famílias com um nível socioeconômico baixo apresentam maiores níveis de
estresse e, consequentemente, maiores necessidades do que as famílias de nível
socioeconômico mais alto (ROSENBERG, 1979; CHESS & KRON, 1978;
WEGGENER, 1988, CITADOS POR PEREIRA, 1996; TURNBULL & TURNBULL,
1986).
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Para Lima (2016), as pessoas com deficiência devem ser colocadas em posição de
prioridade mediante as suas necessidades de reconhecimento de direitos visto que a
deficiência e as limitações lhe deixam em condições de desigualdade com relação a
outros. Nesses aspectos as Políticas Públicas para estes sujeitos são de suma
importância pois, garante acesso aos serviços e ainda promove a equidade. A seguir
discorreremos sobre as Políticas Públicas de Saúde e Assistência Social para
pessoas com deficiência dando ênfase as questões relativas ao Transtorno do
Espectro Autista (TEA).
Para Teixeira (2018) as pessoas com deficiência seja ela física ou mental deve ser
priorizadas em toda e qualquer situação e inclusive nas questões de saúde. Ainda
de acordo com este autor, a integridade no atendimento deve ser estendida para
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diversos setores sociais uma vez que a garantia de direitos é estabelecido pela
Constituição Federal de 1988.
Algumas das conquistas no âmbito da saúde que os autistas conseguiram foram a
partir da Lei 8080/90 e da Lei 12.764/ 2012 conhecida como Lei Berenice Piana que
institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista.
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4. CONCLUSÃO
Bosa (2006), por sua vez, afirma que o tratamento se torna eficaz quando a equipe
técnica possui habilidades para trabalhar junto à família da criança autista. Dessa
maneira, uma aliança precisa começar a se estabelecer entre a família e o
profissional da saúde, não importando ser este um médico, um psicólogo ou um
fonoaudiólogo. Essa aliança configura-se como uma parceria na qual o profissional
começa a fazer parte dessa caminhada com a família, no sentido de buscar o melhor
atendimento específico para aquela criança (SEMENSATO; BOSA, 2013).
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REFERÊNCIAS
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handicaps: maternal perceptions. American Journal Of Mental Retardation: AJMR,
[s.1], v. 92, n.6, p.502-509, 1988.
GOMES P.T.; LIMA L.H.; BUENO M.K.; ARAÚJO L.A.; SOUZA N.M. Autism in
Brazil: a systematic review of family challenges and coping strategies. J Pediatr
(Rio J). v.91, p.111-121, 2015.
SANINI, C.; BRUM, E.H.M.; BOSA, C.A. Depressão materna e implicações sobre
o desenvolvimento infantil do autismo. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum. v.20,
n.3, p.809-815, 2010.
ZANON, R.B.; BACKES, B.; BOSA, C.A. Identificação dos primeiros sintomas do
autismo pelos pais. Psic.: Teor. e Pesq. [online], vol.30, n.1, p.25-33, 2014.
ZANON, R.B.; BACKES, B.; BOSA, C.A. Autism diagnosis: relation among
contextual, family and child factors. Psicol. teor. prat. v.19, n.1, p. 152-163, 2017.