Enfermagem

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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE FONTE DO SABER

ENFERMAGEM GERAL

RELAÇÃO INTERPESSOAIS COM PACIENTE, FAMÍLIA E EQUIPE


MULTIDISCIPLINAR.
=SUPORTE EMOCIONAL A FAMÍLIA =

Integrantes
1. António Carlos.
2. Augusto Oficial.
3. Dadilson dos Santos.
4. Domingas Quinguengo.
5. Francisco Manuel Pedro
6. Fernanda Luamba
7. Gelson Chitanda
8. Joana Campos.
9. Gisela Pedro.
10. Jandira João.
11. Lucas Sebastião Vasco.
12. Vânia Buila.
13. Yolanda Bento

Malanje
2024
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................4
Aspectos importantes a considerar .............................................................................................................6
SUPORTE EMOCIONAL A FAMÍLIA ....................................................................................................8
Importância do suporte emocional .............................................................................................................9
Suporte emocional a família em enfermagem. .........................................................................................10
Aspectos importantes relacionados a esse suporte: .................................................................................10
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................12
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................................................4
INTRODUÇÃO
No presente trabalho abordaremos a temática que retrata sobre relação interpessoais com
paciente, família e equipe multidisciplinar.

O relacionamento interpessoal entre enfermeiro, paciente e família é importante para a


assistência humanizada, O enfermeiro deve ser capaz de reconhecer a interação entre os três e
desenvolver atitudes de empatia e sensibilidade. O relacionamento interpessoal entre enfermeiro e
paciente é uma interação planejada com objetivos definidos. O enfermeiro pode fornecer apoio e
informações à família do paciente para minimizar a ansiedade sobre os cuidados e obter respostas
positivas do paciente.

O relacionamento interpessoal entre os profissionais de saúde pode contribuir para um


ambiente de trabalho prazeroso e o mesmo promove um elo terapêutico que influencia diretamente
na prática do cuidado. A teoria do Relacionamento Interpessoal em Enfermagem segundo “Peplau,
1993” descreve somente as relações entre a enfermagem e o paciente.

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As habilidades interpessoais em contextos de saúde, especialmente no relacionamento com
pacientes e suas famílias, são fundamentais para a promoção de um atendimento de qualidade.
Estas habilidades envolvem a capacidade de se comunicar efetivamente, demonstrar empatia e
estabelecer uma relação de confiança.

As habilidades interpessoais e o processo de comunicação são ferramentas básicas no


atendimento de alta qualidade e competência profissional. O trabalho em saúde, desenvolve-se na
maior parte do tempo, por uma equipe que se caracteriza em modalidade de trabalho coletivo, dessa
forma, a comunicação é imprescindível para estabelecer as relações interpessoais e um objetivo
comum para a equipe, com a relação recíproca entre labuta e interação

É necessário que os profissionais de saúde reconheçam a importância das relações


interpessoais, pois, podem impactar negativamente na assistência ofertada ao paciente. Entretanto,
a execução do trabalho em equipe nem sempre será de forma harmoniosa, porém, o diferencial está
em saber vivenciar os conflitos como obstáculos a serem superados para o crescimento profissional
e de toda equipe, proporcionar trabalhar com diferentes condutas, ideias e soluções, sendo assim,
buscar agir de forma profissional frente aos conflitos. Desse modo, é vista a comunicação como
uma arte, que está voltada para objetivos a partir de estratégias específicas, particularmente quando
se refere ás questões de saúde, no que se diz respeito a necessidade de proteger a vida ou ocorrência
de danos, bem como, vários agravos de saúde pública em nível mundial como nacional.

É perceptível que a comunicação interpessoal, não traz benefícios apenas para a equipe de
saúde, mas, também na melhora da interação com o paciente facilitando sua avaliação por meio de
identificações mais fidedignas de suas necessidades, está habilidade é passível de aprendizagem
por parte dos profissionais uma vez que a comunicação interpessoal permeia toda e qualquer
atividade humana. Nos hospitais existem uma gama de informações e as experiências entre um ser
e outro ocorrem a todo momento, mas, se houver o domínio da comunicação, enquanto instrumento
facilitador na assistência, as necessidades prioritárias dos pacientes serão mais facilmente
observadas, compreendidas e assistidas pelos profissionais de saúde.

Deste modo, a comunicação é essencial para uma melhor assistência ao cliente e à família
que estão vivenciando o processo de hospitalização, podendo resultar em estresse e sofrimento.
Para tanto, o enfermeiro é capacitado a reconhecer a interação enfermeiro–cliente (paciente) –

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família, estabelecendo atitudes de sensibilidade e empatia entre todos, contribuindo com a
assistência humanizada.

Nesse contexto, o enfermeiro tem o compromisso e a obrigação de incluir as famílias nos


cuidados de saúde. O significado que a família dá para o bem-estar e à saúde de seus membros,
bem como à influência sobre a doença, obriga este profissional a considerar a assistência centrada
na família como parte integrante da prática de enfermagem.

Assim, acredita-se que o cuidado de enfermagem extrapola a técnica (procedimento), sendo


expresso pelas atitudes, além de ser relacional. Então, quando o cuidado se dá em um ambiente que
exige alta tecnicidade, tal como ocorre em uma unidade de terapia intensiva (UTI), o cuidar pode
tornar-se mecânico devido à alta complexidade de equipamentos e tecnologia. Estes fatores,
portanto, podem favorecer um comportamento da equipe pouco comprometido com os sentimentos
dos doentes e seus familiares, resultando na desvalorização da assistência humanizada.

É fato que a UTI apresenta características totalmente diferentes de outras unidades. É um


ambiente cuja dinâmica impõe ações complexas, nas quais a presença da finitude da vida é uma
constante, gerando ansiedade, tanto do doente e familiar como dos profissionais que ali
desempenham suas atividades. A internação na UTI rompe bruscamente com o modo de viver do
paciente e de seus familiares. O paciente sente-se impedido de manter sua identidade, seus valores,
sua autonomia, levando-o à incapacidade de tomar decisões e de se auto cuidar, deixando de ser
singular e passando a ser tratado como objeto.

As relações interpessoais entre pacientes, famílias e equipes multidisciplinares são


fundamentais para a promoção de um cuidado de saúde de qualidade. Essas interações impactam
diretamente na experiência do paciente, na eficácia do tratamento e na satisfação geral com o
sistema de saúde

Aspectos importantes a considerar:

1. Comunicação Clara e Empática


 Pacientes e Famílias: A comunicação deve ser clara, respeitosa e empática. É
importante ouvir atentamente as preocupações e expectativas do paciente e de seus
familiares.

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 Equipe Multidisciplinar: A comunicação entre os membros da equipe deve ser
aberta e colaborativa, garantindo que todos estejam na mesma página sobre o plano
de cuidados e intervenções necessárias.
2. Participação e Colaboração
 Decisões Compartilhadas: Incluir o paciente e a família nas decisões sobre o
tratamento aumenta a adesão e a satisfação. O envolvimento deles no processo é
essencial para promover um sentimento de controle e parceria.
 Trabalho em Equipe: A colaboração entre profissionais de diferentes áreas
(médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, entre outros) contribui para uma
abordagem holística e integrada, melhorando os desfechos do paciente.
3. Construção de Confiança
 A relação de confiança é essencial. Pacientes e familiares precisam sentir que a
equipe se preocupa genuinamente com seu bem-estar. Isso pode ser alcançado por
meio de honestidade, consistência e suporte emocional.
4. Sensibilidade Cultural
 É importante respeitar as diferenças culturais e pessoais dos pacientes e suas
famílias. Isso inclui compreender crenças, práticas e valores que podem influenciar
a percepção da saúde e o tratamento.
5. Suporte Emocional
 Reconhecer a carga emocional que muitas vezes acompanha a experiência de
doença. Oferecer suporte psicológico tanto ao paciente quanto à família pode ajudar
a mitigar o estresse e a ansiedade.
6. Feedback e Melhoria Contínua
 Criar um ambiente onde pacientes e famílias se sintam à vontade para fornecer
feedback sobre os cuidados recebidos é crucial. Isso auxilia na identificação de áreas
a serem melhoradas e na adaptação das práticas de cuidado.
7. Educação e Informação
 Prover educação clara sobre diagnósticos, tratamentos e expectativas ajuda
pacientes e famílias a se sentirem mais seguros e informados, o que pode influenciar
positivamente sua interação com a equipe de saúde.

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SUPORTE EMOCIONAL A FAMÍLIA
O suporte emocional à família é essencial para promover o bem-estar e a saúde mental de
todos os membros. O suporte emocional é uma parte essencial do atendimento em diversas áreas
da saúde, incluindo a enfermagem. Ele envolve ações e intervenções que visam aliviar o estresse,
a ansiedade e a tristeza que podem surgir em situações de doença, hospitalização ou mudanças
significativas na vida. Aqui estão algumas estratégias e aspectos relevantes do suporte emocional:
Aqui estão algumas maneiras de oferecer suporte emocional: O

 Comunicação Aberta: Incentive o diálogo honesto e respeitoso. Esteja disponível


para ouvir os sentimentos e preocupações dos outros sem julgamentos.
 Empatia: Tente entender as experiências e emoções dos membros da família.
Mostrar compreensão e validação pode fortalecer os laços familiares.
 Tempo de Qualidade: Dedique tempo para estar juntos, seja através de atividades
em família, refeições compartilhadas ou momentos de lazer. Isso ajuda a construir
conexões mais fortes.
 Apoio Prático: Oferecer ajuda em tarefas diárias pode aliviar a carga emocional.
Isso pode incluir ajudar com responsabilidades domésticas, cuidar de crianças ou
simplesmente estar presente em momentos difíceis.
 Encaminhamento Profissional: Em situações mais complexas, encorajar a busca
de ajuda profissional, como terapeutas ou conselheiros, pode ser uma boa
alternativa.
 Criação de um Ambiente de Apoio: Fomentar um lar onde todos se sintam seguros
para expressar suas emoções, sem medo de repercussões, é fundamental.
 Celebrar Conquistas: Reconhecer e celebrar as realizações e marcos importantes
da família ajuda a criar um ambiente positivo e de apoio.
 Prática do Autocuidado: É importante que cada membro da família também cuide
de sua saúde mental e emocional, já que isso impacta diretamente o ambiente
familiar.

Fornecer suporte emocional requer sensibilidade e compromisso, mas os benefícios para a


dinâmica familiar e o bem-estar coletivo são inestimáveis.

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Importância do suporte emocional
O suporte emocional desempenha um papel crucial no bem-estar individual e coletivo. Aqui
estão algumas razões que destacam sua importância:

 Saúde Mental: O suporte emocional ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão.


Saber que há alguém para ouvir e oferecer apoio pode fazer a diferença em momentos de
crise.
 Resiliência: Ter uma rede de apoio emocional fortalece a resiliência. Pessoas com suporte
emocional tendem a enfrentar desafios e adversidades com mais coragem e confiança.
 Melhoria nas Relações: O suporte emocional promove vínculos mais fortes entre amigos,
familiares e parceiros. Relações saudáveis se baseiam na empatia, comunicação e
confiança.
 Autoconfiança: O encorajamento emocional ajuda a aumentar a autoestima e a
autoconfiança. Saber que alguém acredita em nós pode nos motivar a perseguir objetivos.
 Saúde Física: Estudos mostram que o suporte emocional pode ter efeitos positivos na saúde
física, contribuindo para uma vida mais longa e saudável. Isso se deve ao fato de que a
saúde mental e física estão interligadas.
 Gerenciamento do Estresse: Ter alguém com quem compartilhar preocupações e
ansiedades pode ajudar a aliviar a carga emocional, resultando em um melhor
gerenciamento do estresse.
 Apoio Durante Transições: Situações de transição, como mudanças de emprego, perdas e
separações, podem ser desafiadoras. O suporte emocional é fundamental para ajudar a lidar
com essas mudanças.
 Sensação de Pertencimento: O apoio emocional cria um senso de comunidade e
pertencimento. Saber que somos parte de algo maior é reconfortante e fortalece o bem-estar
emocional.
 Motivação e Inspiração: O suporte emocional pode inspirar e motivar indivíduos a superar

desafios e a buscar desenvolvimento pessoal, seja em áreas profissionais ou pessoais.

 Prevenção de Conflitos: Em relacionamentos, o suporte emocional pode ajudar a evitar


mal-entendidos e conflitos, ao promover uma comunicação aberta e honesta.

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Em resumo, o suporte emocional é fundamental para o bem-estar e para a qualidade de vida.
Promover e buscar esse tipo de apoio, tanto para si quanto para os outros, é essencial para construir
comunidades e relações mais saudáveis e solidárias.

Suporte emocional a família em enfermagem.


O suporte emocional à família no contexto da enfermagem é uma parte crucial do cuidado
integral ao paciente. Enfermagem não se limita apenas ao tratamento físico e à administração de
medicamentos, envolve também o apoio psicológico e emocional tanto ao paciente quanto à sua
família.

Aspectos importantes relacionados a esse suporte:


1. Escuta Ativa

 Empatia: Ouvir as preocupações, medos e angústias dos familiares é fundamental.


Mostrar compreensão pode ajudar a aliviar a ansiedade.
 Validação: Reconhecer os sentimentos da família é essencial. Dizer que é normal sentir-
se assim pode proporcionar um grande conforto.

2. Educação

 Informação sobre a condição de saúde: Explicar de forma clara a situação clínica do


paciente, os procedimentos e as expectativas pode ajudar a reduzir a incerteza.
 Orientações sobre cuidados: Instruir a família sobre como ajudar nos cuidados do
paciente, incluindo o que esperar durante a recuperação.

3. Apoio Prático

 Recursos disponíveis: Informar sobre grupos de apoio, serviços comunitários e recursos


que podem ajudar a família a lidar com a situação.
 Cuidados paliativos: Se necessário, discutir opções de cuidados paliativos, que podem
ser importantes para a qualidade de vida do paciente e conforto da família.

4. Estratégias de Enfrentamento

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 Auxiliar na busca de estratégias saudáveis: Incentivar a família a participar de atividades
que promovam bem-estar emocional, como exercícios físicos, hobbies ou momentos de
lazer.

5. Incluir a Família no Cuidado

 Participação nas decisões: Sempre que possível, incluir a família nas decisões sobre o
tratamento do paciente. Isso pode ajudar a dar um senso de controle em uma situação difícil.
 Visitas e Presença: Incentivar a presença da família no ambiente hospitalar, respeitando os

limites e regras do espaço.

6. Apoio Psicológico

 Referência a profissionais de saúde mental: Quando necessário, encaminhar os familiares


para apoio psicológico ou psiquiátrico para lidar com o estresse e a ansiedade.

7. Promoção da Comunicação

 Facilitar a comunicação entre família e equipe de saúde: Garantir que a família tenha
acesso à equipe de enfermagem e médicos para esclarecimentos e conversas sobre o estado
do paciente.

8. Cuidado com a Dinâmica Familiar

 Reconhecer a dinâmica familiar: Observar como diferentes membros da família


interagem e podem impactar o bem-estar do paciente.
 Conflitos familiares: Abordar quaisquer conflitos que possam surgir e tentar mediar a
situação, sempre que possível.

O suporte emocional à família é vital, pois ajuda a criar um ambiente mais positivo e de
cooperação, contribuindo para a recuperação do paciente e para o bem-estar dos familiares. A
formação contínua e a sensibilização dos profissionais de enfermagem sobre a importância desse
aspecto do cuidado são fundamentais para promover uma prática de enfermagem mais humana e
integral.

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CONCLUSÃO
Após uma abordagem sucinta sobre o tema em abordagem, chegamos à conclusão que as relações
interpessoais no contexto de saúde são complexas e multifacetadas. Cultivar um ambiente de
respeito, empatia e colaboração entre pacientes, famílias e equipes multidisciplinares não apenas
melhora a experiência do tratamento, mas também contribui para resultados clínicos mais positivos.
Investir nessa dinâmica relacional é fundamental para a construção de um sistema de saúde mais
eficaz e centrado no paciente.

O suporte emocional é um componente fundamental do cuidado de saúde, especialmente


na enfermagem, pois reconhece a importância do bem-estar psicológico tanto do paciente quanto
de sua família. Ao proporcionar empatia, educação e assistência prática, os profissionais de
enfermagem podem reduzir a ansiedade e o estresse associados a uma situação de adoecimento,
promovendo um ambiente mais favorável à recuperação.

Além disso, o suporte emocional fortalece a resiliência familiar, permitindo que os entes
queridos se sintam mais capacitados a enfrentar desafios e a se envolver no processo de cuidado.
A inclusão da família na tomada de decisões e o encaminhamento para apoio psicológico quando
necessário são práticas que contribuem para a saúde integral.

Em suma, o suporte emocional não só melhora a experiência do paciente e de sua família,


mas também enriquece a prática da enfermagem, tornando-a mais humana e centrada no indivíduo.
Investir nesse tipo de cuidado é essencial para promover uma recuperação mais completa e
significativa.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Wethington, E., & Kessler, R. C. (1989). "Perceived support, received support, and adjustment
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CHAPLIN. J. P. - Dicionário de Psicologia. Publicaçôes Dom Quixote, Lisboa, 1981.Elsen I,


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Atheneu; 2000. p. 169-79.

GREEN, Roger Lancemy - As Alegres Aventuras de Robin dos Bosques. 14" ed., Lisboa, D.
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Latino-am Enfermagem 2004; 12(2).

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