Tutoria_5-_Nefropatias_
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Tutoria 5- Nefropatias
Compreender a ITU na infância, quanto a:
1. Epidemiologia e Etiologias;
2. Fisiopatologia;
3. Quadro Clínico;
4. Diagnóstico;
5. Diagnósticos Diferenciais;
6. Tratamento;
7. Complicações;
8. Prevenção e Recorrência;
1. Epidemiologia e Etiologias
As ITUs são prevalentes em crianças menores de 15 anos, com uma incidência estimada de 9%
nesta faixa etária[3]. A infecção pode ocorrer em qualquer segmento do trato urinário e é mais
comum em meninos até o primeiro ano de vida; após essa idade, a prevalência aumenta
significativamente entre meninas devido à uretra mais curta[1][4]. Os principais agentes
etiológicos são bactérias, sendo Escherichia coli responsável por cerca de 80% dos casos[2]
[4]. Outros patógenos incluem Klebsiella, Proteus, e Enterococcus. Anomalias estruturais do
trato urinário, como o refluxo vesicoureteral (RVU), também são fatores predisponentes
importantes[1][2].
2. Fisiopatologia
A ITU geralmente ocorre por via ascendente, onde as bactérias colonizam a região periuretral e
ascendem até a bexiga e rins. Em recém-nascidos, a infecção pode ocorrer por via
hematogênica[2][4]. A presença de anomalias anatômicas ou funcionais no trato urinário pode
facilitar a infecção. A urina normalmente é estéril; no entanto, a colonização por uropatógenos
como E. coli leva à multiplicação bacteriana e à inflamação do trato urinário[4].
3. Quadro Clínico
Os sintomas da ITU variam conforme a idade:
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Crianças mais velhas: frequentemente relatam dor ou queimação ao urinar (disúria),
aumento da frequência urinária (polaciúria), dor abdominal ou nos flancos e,
ocasionalmente, incontinência urinária[1][2].
4. Diagnóstico
O diagnóstico de ITU é realizado através da análise de urina e cultura. A presença de leucócitos
e nitritos na urina pode indicar infecção. A urocultura positiva com crescimento de um único
patógeno em concentrações adequadas é confirmatória[3][4]. É crucial considerar a história
clínica e os sintomas apresentados pela criança para um diagnóstico preciso.
5. Diagnósticos Diferenciais
Os diagnósticos diferenciais incluem:
Cistite intersticial
6. Tratamento
O tratamento da ITU envolve a administração de antibióticos apropriados com base no agente
causador identificado na urocultura. O tratamento deve ser iniciado rapidamente para evitar
complicações renais. Em casos de pielonefrite ou infecções recorrentes, pode ser necessário
um tratamento mais prolongado ou profilático[1][3].
7. Complicações
As complicações da ITU podem incluir:
Hipertensão arterial
8. Prevenção e Recorrência
A prevenção das ITUs envolve práticas de higiene adequadas, incentivo à ingestão adequada de
líquidos e atenção às anomalias do trato urinário que possam predispor a infecções. É
importante monitorar crianças com histórico de ITUs para evitar recorrências; cerca de 40% das
meninas podem ter novos episódios após a primeira infecção[2][4]. A correção cirúrgica de
anomalias estruturais também pode ser necessária em casos graves.
Em resumo, a ITU na infância é uma condição comum que requer atenção cuidadosa para
diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando minimizar complicações futuras e melhorar
a qualidade de vida das crianças afetadas.
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Atualiz2021.pdf
1. Anamnese Detalhada
A anamnese é fundamental para entender a história clínica da criança e identificar fatores de
risco. Aspectos a serem abordados incluem:
Sintomas atuais: Queixa de dor ao urinar, febre, urgência miccional, entre outros.
2. Exame Físico
O exame físico deve incluir:
3. Exames Laboratoriais
Os exames laboratoriais são essenciais para confirmar a ITU e avaliar sua gravidade:
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Microscopia urinária para detectar leucócitos, nitritos e cilindros.
Urocultura: O padrão ouro para diagnóstico; deve ser realizada com coleta asséptica
(preferencialmente por cateterização ou punção suprapúbica em crianças sem controle
esfincteriano). O crescimento bacteriano maior ou igual a 100.000 UFC/mL confirma a
infecção[1][2].
Cintilografia renal com DMSA: Indicada em lactentes com ITU febril ou em casos de
pielonefrite, para detectar cicatrizes renais[1][2].
Avaliação da função renal: Exames laboratoriais que avaliam a função renal podem ser
realizados se houver suspeita de comprometimento renal.
6. Diagnóstico Diferencial
É importante considerar diagnósticos diferenciais como:
Cistite intersticial
Infecções vaginais
7. Tratamento e Profilaxia
Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente com
antibióticos apropriados. Em casos de ITUs recorrentes, pode-se considerar quimioprofilaxia
com antibióticos por um período determinado, especialmente se houver anomalias anatômicas
identificadas[1][2].
8. Monitoramento e Seguimento
O seguimento regular é crucial para monitorar a resposta ao tratamento e prevenir novas
infecções. As crianças devem ser reavaliadas após episódios de ITU para ajustar o tratamento
conforme necessário.
Este protocolo visa garantir uma abordagem sistemática na investigação da ITU de repetição em
crianças, visando identificar causas subjacentes e implementar estratégias eficazes para o
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manejo da condição.
Citations:
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atuais
1. Epidemiologia e Etiologias;
2. Fisiopatologia;
3. Quadro Clínico;
4. Diagnóstico;
5. Diagnósticos Diferenciais;
6. Tratamento;
7. Complicações;
8. Prevenção e Recorrência;
1. Epidemiologia e Etiologias
A síndrome nefrótica na infância é predominantemente idiopática, com cerca de 90% dos casos
classificados como Síndrome Nefrótica Primária (SNI). A incidência varia entre 2 a 7 casos por
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100.000 crianças por ano, sendo mais comum em meninos entre 2 e 6 anos, com um pico de
incidência no terceiro ano de vida[1][5]. As principais etiologias incluem:
Síndrome Nefrótica por Lesões Mínimas (SNLM): Representa aproximadamente 80% dos
casos de SNI em crianças.
2. Fisiopatologia
A fisiopatologia da síndrome nefrótica envolve a alteração da permeabilidade da membrana
glomerular, resultando em perda maciça de proteínas (proteinúria). Isso leva a:
3. Quadro Clínico
Os principais sinais e sintomas da síndrome nefrótica incluem:
Outros sintomas podem incluir dor abdominal e hipertensão arterial em alguns casos[2][5].
4. Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome nefrótica é baseado em critérios clínicos e laboratoriais:
Critérios Clínicos:
Presença de edema.
Proteinúria significativa.
Hipoalbuminemia.
Exames Laboratoriais:
A biópsia renal pode ser indicada em casos com características atípicas ou quando há suspeita
de causas secundárias[1][3].
5. Diagnósticos Diferenciais
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Os diagnósticos diferenciais incluem:
Anemia hemolítica[2][3].
6. Tratamento
O tratamento da síndrome nefrótica envolve:
O manejo deve ser individualizado com acompanhamento regular para monitorar resposta ao
tratamento e possíveis efeitos colaterais[1][5].
7. Complicações
As complicações da síndrome nefrótica podem incluir:
8. Prevenção e Recorrência
A prevenção da síndrome nefrótica primária não é possível devido à sua natureza idiopática. No
entanto, a identificação precoce e o manejo adequado das ITUs podem ajudar a prevenir
episódios recorrentes. A recidiva é comum em SNLM, com até 50% dos pacientes
apresentando novos episódios após o tratamento inicial. O seguimento regular com avaliação
clínica e laboratorial é essencial para manejo eficaz[1][2][5].
Em resumo, a síndrome nefrótica na infância é uma condição complexa que exige atenção
multidisciplinar para diagnóstico precoce, tratamento adequado e monitoramento contínuo para
prevenir complicações futuras.
Citations:
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1. Epidemiologia e Etiologias;
2. Fisiopatologia;
3. Quadro Clínico;
4. Diagnóstico;
5. Diagnósticos Diferenciais;
6. Tratamento;
7. Complicações;
8. Prevenção e Recorrência;
1. Epidemiologia e Etiologias
A GNA é mais comum em crianças entre 5 e 12 anos, sendo menos frequente em crianças
menores de 3 anos. A forma mais prevalente é a Glomerulonefrite Pós-Estreptocócica (GNPE),
que ocorre após infecções por estreptococos β-hemolíticos do grupo A, como faringite ou
impetigo. A GNA pode ser desencadeada por:
2. Fisiopatologia
A fisiopatologia da GNA envolve uma resposta imune mediada por anticorpos contra antígenos
presentes nos glomérulos, resultando em:
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Ativação do sistema complemento: O que leva à hipocomplementemia.
3. Quadro Clínico
Os sintomas da GNA podem variar, mas incluem:
O início dos sintomas geralmente ocorre de uma a duas semanas após uma infecção
estreptocócica.
4. Diagnóstico
O diagnóstico da GNA é baseado em:
Exames laboratoriais:
Exames de sangue: Para avaliar função renal (ureia e creatinina), níveis de complemento
(C3 e C4) e hemograma.
A biópsia renal é raramente necessária, mas pode ser realizada se o diagnóstico for incerto ou
se houver suspeita de outras condições.
5. Diagnósticos Diferenciais
Os diagnósticos diferenciais incluem:
Síndrome nefrótica
Púrpura de Henoch-Schönlein
6. Tratamento
O tratamento da GNA é geralmente conservador e pode incluir:
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Restrição de sódio: Para ajudar a controlar a pressão arterial e o edema.
7. Complicações
As complicações da GNA podem incluir:
Hipertensão persistente
Edema pulmonar
8. Prevenção e Recorrência
A prevenção da GNA se concentra no tratamento adequado das infecções estreptocócicas para
evitar o desenvolvimento da doença. Após um episódio de GNA, as crianças devem ser
monitoradas quanto a sinais de recidiva ou complicações. Embora a maioria das crianças se
recupere completamente, algumas podem ter episódios recorrentes ou desenvolver doenças
renais crônicas ao longo do tempo.
Citations:
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1. Semiotécnica;
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2. Parâmetros;
3. Causas;
4. Diagnósticos Diferenciais;
1. Semiotécnica
A semiotécnica para a aferição da pressão arterial (PA) em crianças deve seguir um protocolo
rigoroso para garantir a precisão dos resultados:
Posição do paciente: A criança deve estar sentada ou deitada, com as pernas descruzadas,
pés apoiados no chão e dorso recostado. É essencial que a criança esteja relaxada e com a
bexiga vazia.
Aferição: O braço deve estar ao nível do coração, com a palma da mão voltada para cima. A
técnica auscultatória é a mais recomendada. Deve-se realizar pelo menos duas medições
em momentos diferentes para confirmar o diagnóstico de hipertensão.
2. Parâmetros
Os parâmetros para definir a hipertensão em crianças variam conforme idade, sexo e altura. A
classificação é feita utilizando tabelas percentuais:
Essas medições devem ser interpretadas em três ou mais ocasiões diferentes para um
diagnóstico preciso.
3. Causas
A hipertensão na infância pode ser classificada como primária ou secundária:
Hipertensão Secundária: Mais comum em crianças menores de 6 anos e pode ser causada
por:
Malformações congênitas
Coarctação da aorta
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Endocrinopatias (como hiperaldosteronismo)
4. Diagnósticos Diferenciais
Os diagnósticos diferenciais da HAS na infância incluem:
Coarctação da Aorta: Pode causar hipertensão em membros superiores com pressão baixa
em membros inferiores.
É fundamental realizar uma avaliação clínica completa e exames laboratoriais adequados para
excluir essas condições.
Em resumo, a hipertensão arterial sistêmica na infância é uma condição que requer atenção
cuidadosa na avaliação e manejo. A identificação precoce e o tratamento adequado são
essenciais para prevenir complicações futuras e promover a saúde das crianças afetadas.
A pressão arterial normal em crianças varia conforme a idade, sexo e altura. A classificação é
baseada em percentis, sendo que a hipertensão é definida quando os valores de pressão arterial
sistólica (PAS) e/ou diastólica (PAD) estão iguais ou superiores ao percentil 95 para a idade,
sexo e altura da criança.
Percentis
A hipertensão é classificada da seguinte forma:
Esses valores são utilizados para avaliar a pressão arterial em crianças e adolescentes,
destacando a importância de aferições regulares, especialmente em grupos de risco[1][2][4].
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1. Impactos Biológicos
Tutoria 5- Nefropatias 13
As nefropatias podem levar a uma série de complicações físicas que afetam diretamente o
crescimento e o desenvolvimento da criança:
Função Renal: A progressão da doença renal pode resultar em insuficiência renal crônica,
exigindo intervenções como diálise ou transplante renal. Isso implica em tratamentos
contínuos que afetam a qualidade de vida.
2. Impactos Psicológicos
Os aspectos emocionais e psicológicos são profundamente afetados pelas nefropatias:
3. Impactos Sociais
As nefropatias também têm repercussões sociais significativas:
Isolamento Social: Crianças com doenças renais podem se sentir excluídas de atividades
normais da infância, como esportes ou brincadeiras, devido às limitações impostas pela
condição. Isso pode levar ao isolamento social e à dificuldade em fazer amigos.
Impacto Familiar: A doença renal de uma criança afeta toda a família. Os pais podem
experimentar estresse financeiro devido ao custo do tratamento e à necessidade de
ausentar-se do trabalho para cuidar da criança. Isso pode gerar tensões nas relações
familiares.
4. Qualidade de Vida
Estudos mostram que crianças com insuficiência renal crônica frequentemente relatam uma
qualidade de vida reduzida em comparação com seus pares saudáveis. Aspectos como dor
durante os tratamentos (por exemplo, diálise), hospitalizações frequentes e limitações nas
atividades diárias contribuem para essa percepção negativa.
Conclusão
Tutoria 5- Nefropatias 14
As nefropatias na infância têm um impacto abrangente que vai além das complicações físicas. É
fundamental que profissionais de saúde considerem esses aspectos biopsicossociais ao tratar
crianças com doenças renais, garantindo um suporte integral que aborde não apenas as
necessidades médicas, mas também as emocionais e sociais. O diagnóstico precoce e o manejo
adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida dessas crianças e suas famílias.
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