Perguntas - Paula
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3. Explique como a infecção por Ehrlichia canis poderia ter interferido no quadro
hematológico desta paciente.
A Ehrlichia canis pode causar trombocitopenia e anemia regenerativa, sobrepondo-se
aos achados hematológicos da LLA, dificultando o diagnóstico inicial.
Terapias e protocolos:
6. Quais seriam as vantagens e limitações de incluir outros fármacos no protocolo
CHOP-19 para LLA em cães?
Fármacos adicionais podem aumentar a eficácia e prolongar a remissão, mas também
elevam os riscos de toxicidade e efeitos adversos, como mielossupressão e
cardiotoxicidade.
Prognóstico e evolução:
11. A literatura aponta para uma sobrevida limitada em casos de LLA tratados com
quimioterapia. Quais fatores mais contribuem para este prognóstico
desfavorável?
Alta agressividade da doença, resistência aos fármacos, mielossupressão grave e
infiltração neoplásica em órgãos vitais.
12. A idade da cadela (11 anos) influenciou o prognóstico e a escolha do tratamento?
Justifique.
Sim, a idade avançada compromete a capacidade de recuperação e tolerância à
quimioterapia, limitando opções terapêuticas mais agressivas.
13. Em que situações específicas seria mais apropriado optar por cuidados paliativos
em vez de quimioterapia em casos de LLA?
Quando a condição clínica do paciente é extremamente debilitada ou quando a taxa de
sobrevida esperada não justifica os efeitos colaterais do tratamento.
14. Estudos indicam que a remissão completa é rara em LLA. Quais ajustes no
protocolo poderiam aumentar a taxa de sucesso terapêutico?
Adicionar terapia de suporte intensiva, como transfusões frequentes, controle de
infecções oportunistas e suporte nutricional.
Patogênese e etiologia:
16. Explique o papel de retrovírus na transformação neoplásica de linfócitos e
discuta por que esta relação não é comprovada em cães.
Retrovírus inserem material genético que ativa oncogenes, mas evidências concretas
em cães são limitadas devido à falta de estudos que confirmem esta associação.
19. Quais evidências suportam a hipótese de que a mieloftise medular contribui para
a anemia e a trombocitopenia em LLA?
A invasão da medula por linfoblastos reduz o espaço funcional para hematopoiese
normal, comprometendo a produção de eritrócitos e plaquetas.
20. A LLA é menos frequente que os linfomas em cães. Quais hipóteses explicam esta
diferença na prevalência?
Linfomas têm origem nodal, sendo mais facilmente identificados e tratados, enquanto
a LLA pode passar despercebida devido à inespecificidade dos sintomas iniciais.
24. Quais parâmetros laboratoriais seriam mais críticos para monitorar a eficácia do
tratamento e identificar efeitos adversos?
Contagem de leucócitos, plaquetas, ALT, FA e presença de blastos no sangue
periférico.
33. Se o segundo hemograma não tivesse confirmado a suspeita inicial de LLA, qual
seria seu próximo passo diagnóstico, e como você justificaria a escolha?
Solicitaria um mielograma para avaliar diretamente a medula óssea, pois é o
padrão-ouro para identificar blastos e alterações compatíveis com leucemia,
eliminando ambiguidades presentes no hemograma.
34. A cadela apresentou hipocromia e anisocitose. Qual seria sua estratégia para
confirmar se essas alterações são apenas secundárias à LLA ou refletem uma
condição independente?
Realizaria exames adicionais, como dosagem de ferro sérico e ferritina, para avaliar
anemia ferropriva, e repetiria o mielograma para descartar outra neoplasia primária ou
mielodisplasia coexistente.
35. Com base no protocolo CHOP-19, como você ajustaria as doses dos fármacos se a
paciente apresentasse toxicidade hepática moderada após a primeira sessão?
Reduziria as doses de ciclofosfamida e doxorrubicina, que são metabolizados pelo
fígado, e aumentaria o intervalo entre os ciclos. Também incluiria hepatoprotetores
como silimarina ou SAMe.
36. Quais parâmetros clínicos e laboratoriais você usaria para decidir se um
paciente com LLA está apto a receber a próxima sessão de quimioterapia?
Avaliaria hemograma (leucócitos, neutrófilos, plaquetas), função hepática e renal,
além de sinais clínicos (ex.: apetite, febre e hidratação). Leucopenia grave,
trombocitopenia severa ou sinais de infecção seriam contra-indicações temporárias.