Júri M4a
Júri M4a
Júri M4a
Muito obrigada. Bom dia a todos, pessoal. Meu nome é Cláudio Lima, sou magistrado. Tive 12
anos e atualmente estou, Júri, no final de junho, aqui em Belém. Nós temos aqui em Belém três
varas, no final de junho, e trabalho exclusivamente, obviamente, com Júri. Nós, que operamos
desde a denúncia, dada a organização judiciária local, a parte de que é uma fase. É uma fase
específica que trata dos integros e, com a denúncia, o processo passa a tramitar a galera em
confinantes nas varas de Júri. Então, são as três varas que trabalham desde o recebimento da den
úncia até a realização da sessão de julgo. Bem, pessoal, o Tribunal do Júri, já devem, vocês devem
ter assistido, já devem ter publicado o que eu estou falando para vocês, é o nosso tribunal
competente para julgar os crimes dolosos contra a vida.
No Brasil, o único, a única, porém, fundamental atuação do Tribunal do Júri, é o julgamento dos
crimes dolosos contra a vida. E o crime doloso contra a vida, vocês já sabem o que se trata. Bem,
na prática, o que é o crime doloso contra a vida? Pessoal, é muito difícil a gente ver um crime
doloso contra a vida no Tribunal do Júri, se não o auxílio da Secretaria de Justiça. Eu, como eu disse,
eu fiz dois anos de carreira, talvez uns 500 juros realizados, e eu vi um júri de acordo. Fiz um júri
de acordo em toda essa carreira. Mais de 500 juros realizados. Então, infelizmente, teriam certos
casos que não chegam ao Judiciário, raramente chegam. E esse único que eu fiz, foi, teve resolução.
E foi feito aqui, em geral, acho que no ano passado.
Então, na prática, eu quero dizer, é o que vocês vão ver no Tribunal do Júri, são crimes, os crimes
de auxílio, ou tentativos de auxílio, e eventualmente, com certeza, os crimes comércios. Vocês, os
professores, já devem ter escutado, de que se trata os crimes comércios. São aqueles crimes que
acontecem dentro da mesma cena do auxílio, e que terminam o jurado se estendendo à compet
ência do Tribunal do Júri para julgar esses casos também. Muito bem. Só dando uma pequena
revisão para vocês. O procedimento, o processo de julgamento dos crimes de auxílio contra a vida
do Tribunal do Júri, no Judiciário, na fase do Judiciário, começa com a medição. E nós temos o que
se chama, em primeira fase, em que o juiz escuta, vai ouvir as provas, ouvir as testemunhas, sobre
o crime contraditório, e em seguida o juiz vai proferir uma decisão, chamada decisão de pronúncia.
Então, nós temos a primeira hipótese, a terceira possível, possível decisão dentro do que se chama
decisão de pronúncia. A pronúncia propriamente dita, a impronúncia, quando não há os tais indí
cios de autoria, a absolução sum á ria e h á ainda a quarta possibilidade. Algu é m lembra?
Desclassificação. Desclassificação. Muito bem. Há a possibilidade de o indício classificar o crime.
E aqui, na lei, pela organização judiciária, que é a mais complexa, neste caso, eu desclassificando,
eu detrindo da competência e diminuindo a vaga de juiz singular. Compreenderam? Então, são
quatro possibilidades que podem resultar nesta primeira fase do julgamento dos crimes do alojo
contra a vítima. Nesta primeira fase, entrando um pouco mais nela, nós temos a denúncia, o
recebimento da denúncia que o juiz determina que o réu apresente sua resposta à acusação, o
juiz aprecia essa resposta à acusação, ratifica o recebimento da denúncia, exibe na audiência de
discussão, é realizada a audiência de discussão e, ao final dela, alegações finais e a decisão de
pronúncia, que eu acabei de detalhar para vocês.
Então, n ó s vamos fazer, agora, preclusa a decisão de pron ú ncia, n é ? Preclusa, porque a í ,
eventualmente, a parte pode recorrer. Algu é m sabe qual o recurso que cabe na pron úncia,
senhoras e senhores? Qual o recurso que cabe na decisão de pronúncia? Não viu o recurso ainda?
Oi? Não. Reze. Reze. Muito bem. Reze. Recurso em sentido distrito. O reze, havendo recurso da
pronúncia, da decisão de pronúncia, pode haver o que eles chamam de reze. Recurso em sentido
distrito. E aí, preclusa a decisão de pronúncia, o juiz vai designar o juiz, né? Há um despacho que
o juiz determina que as partes apresentem. Então, ele vai fazer suas manifestações, de provas a
serem produzidas em plenário, que ele chama de despacho part 422.
Porque ele pode ser intimado e não aparecer, ou não ser intimado pessoalmente. E aí, o que é
feito quando ele não é intimado pessoalmente? É possível fazer júri? Se ele não for intimado
pessoalmente, é possível fazer júri? É, é possível, mediante intimidade. A intimação do edital,
não estesam nisso, é uma formalidade que a lei prevê, mas inclusive causa a imunidade. Então,
os alunos que não h á advogado, há intenção para isso, porque se o v é u não for intimado
pessoalmente e não saiu o edital de intimação, os tribunais entendem que isso é causa de
imunidade, pela ausência dessa formalidade. É, até, É salvo que em 2008, 2009, antes da reforma
que houve, se não me lembro mais qual foi a lei, mas salvo que eu não fui por aí, não senti nada
pessoalmente para a sessão de julho, o processo ficava parado.
É o que se chamava, na época, de crise de instância. O tribunal, o processo tinha que ficar
aguardando o réu ser localizado, pessoalmente, para ser intimado. Na verdade, intimado, salvo
que não era da sessão de julho, não sei. Salvo que não era isso. E aí, não sendo intimado, o processo
não podia continuar. Mas aí houve a revisão da legislação, e o devido que a gente podia, tinha que
ser intimado pelo edital e conseguir o processo. Isso realmente era por causa de muita prescrição.
Então, hoje a gente pode prosseguir, intima-se o réu da sessão de julgamento do edital, e a gente
pode, então, fazer o julho sem a presença do réu. Quer seja porque ele não foi, a gente foi intimado
e não compareceu, ou, enfim, quer seja porque ele não foi intimado pelo edital.
Muito bem. Então, presentes, promotoria, promotoria, dá pra gente, ao contrário, fisicamente,
promotoria, defesa, réu, testemunhas, a gente vai dar nisso o fundamento. Quando o Davi Espírita
andava com o apoio para uma sessão de justiça, o oficial de justiça é responsável a nossa prática
de Belém, em termos de dois oficiais de justiça, eu acredito que no Pará inteiro, dois oficiais de
justiça disponíveis para assessorar, para acompanhar o julgamento e providenciar que os atos
sejam realizados de forma adequada. Então, esses oficiais de justiça recebem uma ficha, uma folha,
que tem o procedimento do processo, autor, réu, testemunhas, o voto de testemunha, acusação,
condições eleitorais de defesa, e eles ficam logo na porta do salão, identificando quem é
testemunha e separando, já colocando em um local separado no plenário, por a hora do pregão.
E todos esses procedimentos, como eu disse há pouco, estão já procurados no recorde. Então,
iniciando as atividades, os dois oficiais de justiça vão verificar, com esse detalhe, presença em todos
os testemunhos, isso de forma informal. Quando a gente vai efetivamente começar o julgamento,
eu vou já passar essa lista, a gente já tem uma ideia de quais testemunhas estão presentes, se o
advogado está presente, o velho está presente ou não. Então, quando a gente, vamos começar, a
gente já tem uma ideia muito boa do que vai acontecer, das presenças ou ausências. Então, o iní
cio, na prática de tudo, é a gente fazer a chamada dos jurados, que é verificar quais jurados,
formalmente, estão presentes ou não. Nós temos na entrada, na prática, na entrada do salão, uma
mídia de presença que o jurado vai chegar e vai assinar.
Mas isso não é suficiente, isso tem que ser anunciado na sessão. Então, no início da sessão, se d
á uma chamada pelo juiz, pelos oficiais, para que eles comecem a fazer a chamada dos jurados.
Certo? Então, nós temos os jurados, está aqui. Eu vou chamar, e, na verdade, essa chamada é
feita pelos oficiais. Perdão? Isso, foi melhor. Então, o início da sessão se dá pelo juiz, dando boas-
vindas a todos, bom dia a todos, vamos iniciar o nosso trabalho, e eu peço que seja feita a chamada
do jurado titular de súplice. Que aí eu peço neste momento. E aí, o que acontece? Os oficiais de
justiça chamam o jurado, solenemente, levanta a mão neste momento, para saber que est á
presente, e marcar a presença. Somente isso. Então, eu peço que seja feita a chamada do jurado
titular de súplice.
Bom dia a todos, vou começar com a chamada dos jurados. Ana Tereza Ana Beatriz Ana Viviane
Silva Doutor Gonçalves Diomar Cabral Fabrício Mendes Gabriely Serrão
Giovanna Maria Glenda Nascimento Henrique Karen Alcedo Kenny Lucas Lara Janil Lívia Henrique
Gabriela Luana Viana Luna Rafaela Matheus Ponte Rodrigo Portilho Rodrigo Azevedo Renan
Nogueira
Muito bem, senhores alunos. Feito isso, a gente separa uma urna ou asquício, depende de cada pr
ática, de cada magistrado, os presentes e, um detalhe operacional para vocês, a gente tem os
jurados titulares e suplentes. A lei diz, se você for ver aqui os detalhes da prática adaptada, da lei
adaptada à prática, a lei diz que falta ausente os jurados e sordeio suplente, o titular. Se a gente
ler o código abrigou, deveria se marcar uma nova seção para chamar os suplentes para virar titular.
Na prática, o que a gente faz? A gente chama todo mundo titular e suplente, vem todo mundo.
Então, a gente vê, nós temos que ter vinte e cinco jurados presentes. Pode ser que seja menos,
mas no mundo em que não é este, é melhor que este, não é por causa dessas recusas.
Então, a gente chama até vinte e cinco titulares. Se já tiverem, por exemplo, dezenove, vinte,
vinte e um, o que faltar para os vinte e cinco, a gente chama entre os suplentes, que já estão
presentes. Então, a gente não vai designar uma nova data para chamar os suplentes, que já estão
l á . Então, se n ó s fiz é ssemos isso, a coisa ficaria muito burocratizada e não aconteceria
regularmente. Então, eu pressuponho, vamos imaginar, que aqui nós temos na urna, já, os vinte e
cinco nomes que serão sorteados. Mas não vou sortear, porque eu só verifiquei presença. Agora,
o próximo ato é o primeiro ato, digamos, formal do início do jornalismo, que é a leitura do
pregão do processo. Apregoar o processo, que lá fala na lei, é anunciar o processo que vai ser
julgado.
E não só o anúncio, o número do processo em si, mas o anúncio é feito dando o número do
processo, autor, qual é o produtor, que vai estar na bancada, que é a acusação, é réu, qual é
o advogado que vai estar na sua defesa, qual é a capturação penal, quem é a vítima e quais os
testemunhas arroladas no MP e quais as testemunhas arroladas na defesa. Certo? Então, a rigor
deste momento agora, nós iremos fazer o pregão do processo. E o pregão do processo, senhoras e
senhores, tem também uma importância fundamental, do ponto de vista processual. É neste
momento que os senhores advogados, o Ministério Público, poderá arguir algum tipo de, primeiro,
nulidade que possa ter acontecido da pronúncia até agora, bem como alguma questão de ordem
com o alcance do testemunho, que se ele tivesse sido arrolado em caráter de
E o desatoramento do júri implica, exatamente, desaforar, tirar do fórum e que o juízo competente
natural da causa tenha o local do fato e a regra geral do nosso processo penal. Então, nessas hipó
teses, a parte pode pedir ao tribunal o desatoramento do processo e, então, o tribunal manda que
ele seja feito em uma comarca próxima, de maior porte, em que aquelas condições que prejudicam
a isenção do juramento não ocorram. Normalmente, esses júris são desaforados em uma comarca
de Sporo, Maracanã, Santarém, Castanhal, Fiatri. A próxima semana, terça-feira, eu tenho um júri
e eu me adoro nisso. Vinte anos atrás, o que nós vamos fazer? Pois bem, então a questão da
testemunha é imprescindível, ela também depende disso, ela é imprescindível na qual ele está
com marca, a jurisprudência entende que isso prejudica a questão da imprescindibilidade.
Por quê? A imprescindibilidade se resolve, última hipótese, com uma condução coercitiva. Então,
se a pessoa foi lá, a testemunha foi localizada e não veio, e é imprescindível, a gente suspende o
juramento e manda buscar. Agora, não vai mais poder procurar mand á -lo, senão é uma
testemunha em Maracanã, Santarém, Rio Grande do Norte. Entendeu? Então, tudo isso tem que
ser ponderado para a gente, então, decidir sobre o questionamento que a parte fez na hora do
pregão, mas é a hora do pregão, é o momento de se fazer esses questionamentos. Certo,
pessoal? Então, agora, na nossa simulação, nós iremos fazer o pregão. E aí, quem faz é um oficial
de justiça e não preparamos aqui o pregão. Então, vou pedir que é nosso oficial. Alícia, nosso
oficial Alícia, leia apenas isso, o pregão, o juramento, leia o processo, autor, os réus, quem são os r
éus e diga quem são as vítimas.
O pregão começa com a identificação tribunal da bará, comarca tal, bará tal, sessão número tal,
processo tal. Então, vou pedir que a Alice, de forma simplificada, leia apenas o número do processo,
autor, o réu e o nome das vítimas.
E outra coisa, quando ela chama o réu, é o momento dele se apresentar. É este o momento tamb
ém que o réu se apresentar. Quando eu expliquei na prática, a gente já sabe que ele está. Mas é
o momento em que o Oficial de Justiça traz o réu, quando o réu chega, ele é recolhido para o
assalto ao lado. No momento em que um pedroeiro chama, diz aqui o nome do réu, ele é trazido
e sentado na cadeira à frente de Luiz. No momento em que ele chama as testemunhas, as
testemunhas são chamadas e vêm para a frente e se apresentam. Que aí, entendam, é o mesmo
momento em que, formalmente, as partes, com consciência de que a testemunha está presente
ou não. Está certo?
Então, feito esse pregão, agora, é o momento, seria, n é , de que os senhores advogados e
promotores se manifestem pelo questionamento a ser feito. No silêncio, a partir de agora, o juiz
segue. Ningué m falando nada segue, t á bom? Então, ningu ém falou nada, ou falou, enfim,
resolvido. É que aí, o juiz delibera, nesse momento, a gente vai passar ao sorteio do conselho de
sentença. Então, senhores e senhores, passa ali agora, ao sorteio do conselho de sentença. E aí, o
juiz passa a fazer advertências legais, tá? Quanto aos jurados, tá? No código, existe um texto, um
texto até um pouco rebuscado, né, tem um texto, todas as predições que estão lá, que são um
pouco rebuscadas. Alguns colegas leem aquilo lá. Eu, acalejado, faço uma leitura objetiva, suscita,
e da seguinte forma.
Senhores jurados, eu gostaria de ler pra vocês, agora, as, é, fazer agora, nesse momento, as advert
ências legais. O jurado não pode ter parentesco, amizade ou inimizade. Com o réu, com a vítima,
com os advogados, com a defesa, com o promotor, com o advogado, é, com este magistrado,
entendeu? O jurado não pode ter parentesco, amizade ou inimizade. Com o promotor, com o
defensor, com o réu, com a vítima ou com o juiz. No código, você dá uma série de casuísmos, tá?
Mas eu resumo desta forma, porque quem faz quatro, três, cinco juros por semana, a gente já, já
faz automático. E também tem uma advertência fundamental, também importante. O jurado não
pode ter parentesco entre os jurados. Tá? Entre os jurados. Então, eu digo desta forma. Senhores
jurados, eu gostaria de fazer lembrados.
Vocês não podem, o jurado não pode ter parentesco, amizade ou inimizade. Com o réu, com a ví
tima, com o promotor, com o defensor. Com este magistrado. Também, não pode haver parentesco
entre os jurados sorteados. Isso que eu disse agora, em dez segundos, o código leva dois minutos.
Tá bom? É, é, feita essa advertência, aí eu passaria agora ao sorteio do conselho de sentença. E
aí, vamos lá, senhores jurados, senhores jurados. E aí, vamos lá. Tem uma explicação agora
importantíssima. Recusas. Os professores aqui que falaram sobre isso falaram, né? Recusas. Cada
parto pode recusar, imotivadamente, até três jurados. Tá? Senhores, e aí a gente vê o seguinte.
Os advogados, muitas vezes, principalmente advogados, que fazem, ocasionalmente, eles pedem
para a nossa secretaria lixa dos jurados. Eles pesquisam, acredito que eles pesquisam um pouco
da vida deles.
Então, hoje, como tem redes sociais, eu acredito que eles devem pesquisar em redes sociais.
Verificar um pouco da vida da empresa dos jurados. Qual a criação política dele, religião. E, por
exemplo, senhores, é muito comum, senhoras, crimes que envolvam violência contra a mulher.
Qual a lógica do advogado? Recusar a mulher. Isso é óbvio. E ele vê claramente. Eu não estou
sendo aqui misógino, senhoras e senhores. Eu estou explicando. Os advogados, vocês, são pragm
áticos. Vocês vão exercer a diplomacia, se forem. E o objetivo de vocês é absorver o réu. Claro
que dentro de princípios éticos. Tá? E eu preferiria, prefiro, encostaria em vocês agirem. Agissem
de forma ética. Mas, tendo objetividade. Então, o crime que envolva a violência doméstica contra
a mulher. É natural a gente ver o jurado recusando mulheres. Tá?
Então, quando a gente vai começar agora o sorteio do conselho de sentença. Como é que então
é feito? O juiz lê o primeiro nome. E direto pergunta. Defesa. Quando eu digo defesa. Já está
automático. Para todo mundo. Que quando eu chamo defesa. Estou dando a palavra para defesa.
Fazer só recusa. Ou não deste nome. Se a defesa não recusa. Ele vê. E ele também já sabe. Certo,
senhores? Então, primeiro jurado, senhor Tiago. Rodrigo Azevedo. Eu me despego. Rodrigo,
levanta-se, por favor. Defesa. Eu aceito. MP. Eu aceito. Senhor Rodrigo, por favor. Adiante-se.
Segundo jurado, senhor Tiago. Gabriele Serrão. Dona Gabriele, se levante, por favor. Defesa. Eu
aceito. MP. Eu aceito também. Na ordem. Senta-se na ordem de chamada. Vocês estão refletindo
tudo aqui. Vai se espalhar da esquerda para a esquerda.
Vamos lá. Da esquerda para a direita. Segundo jurado, senhor Tiago. Rodrigo Azevedo. Oficial. Eu
vi no oficial exatamente quanto ... Ana Beatriz. Dona Beatriz, se levante, por favor. Defesa. Dona
Beatriz, se levante. Dona Beatriz, se levante muito bem. O cargo numerous dos bullies, os BR
Wireless, não perfeito? Eu vou fazer um parênteses aqui para as pessoas. É uma simulação e as
coisas vão aparecer naturalmente. Como é que é formado o corpo de jurados, a chamada?
Nossa, o código preto é isso, nós fazemos mais ou menos o que ele prevê. Ao final do ano, nós
acabamos de fazer o sorteio na semana passada, a gente manda para os ó rgãos p ú blicos,
empresas públicas, grandes empresas, um pedido para que eles encaminhem listas dos servidores,
funcionários.
E a gente monta uma, eu faço tudo eletrônico, alguns fazem no papelzinho, eu faço tudo no Excel,
um sorteio eletrônico no Excel. Monta uma tabela com o nome de todo mundo, com a profissão e
o órgão que faz parte. E aí a gente, com essa tabela, a gente publica a tabela inteira. Lá em
outubro foi publicada a tabela inteira. Nome da pessoa, cor, trabalho e tal. Essa é a lista das
pessoas que vão ser sorteadas para compor a lista do jurado. Em cima dessa lista, que eu acho que
eu tive, sei lá, 10 mil nomes, 15 mil nomes, foi muito bom, muito bom tudo isso, minha quantidade.
A gente sorteia. A gente sorteia.
A gente vai fazer, o senhor já publicou, né? Essa publicação implica a possibilidade de haver
impugnações, alguém impugnar alguém. Os senhores advogados, como sai no diário e sai o nome
desse CDF, eles tomam conhecimento. A população em geral não toma conhecimento. E aí já
começam as impugnações de advogados, porque não querem participar do grupo de jurados. Em
que pese não haver entendimento nenhum. Nem jurados, nem advogados participar. Então,
publicado isto, não haver impugnações, a gente vai pegar em cima dessa lista, sortear justamente
os 25 titulares que eu sorteio na minha prática 50 suplentes. Então isso foi sorteado na semana
passada. 25 titulares, 50 suplentes, que funcionarão por um semestre.
E aí a gente pega e oficia para os órgãos daqueles jurados sorteados e formando já uma lista das
primeiras sessões designadas. Então, os órgãos, isso que está acontecendo agora, esses dias, os
órgãos comunicam aos seus funcionários, olha, você foi sorteados para ser jurado, para ser
suplente, e a partir daí vem a enxurrada do pedido de despensa. E aí eu vou começar a analisar
essas despesas que estão começando a chegar essa semana. Então, por isso que eu peço 25 jurados
e 50 suplentes. Porque eu sei que tem uma despensa pedindo algumas justas, outras sem
fundamento. E nós vamos, a partir daí, firmar e fixar o nosso grupo de trabalho, que na verdade
vai girar em torno de 40 pessoas. Ou seja, eu chamo 75, mas eu vou trabalhar em torno de 40, 45
pessoas. Acontece muito de pessoas não mais estarem na presidência. Então, a gente tem que
fazer uma lista de órgãos, se aposentaram, certo? Apesar de serem listas renovadas anualmente.
Mas sempre acontece isso. A pessoa tem uma doença e, por várias razões, no final, a gente termina
trabalhando com umas 45, 50 pessoas. 25 jurados e 20, não chegam nem às vezes 20 suplentes. T
á bom? Então, eu chamei, a Leatriz levantou defesa. Aceita ele. A Leitriz pode se mexer.
Tá certo, pessoal? E aí, a gente vai trabalhar com o segundo. Mais um parêntese prático. Pessoal,
é curioso como o desconhecido causa medo. É curioso como enfrentar tipos que a gente não
conhece e só ouve falar, normalmente, da negra. Mas eu posso afirmar, com esse todo o tempo
na ajudatura nativa e três anos trabalhando só com tribunal de juros, que é impressionante
como muda a opinião do jurado ao longo de seis meses. Nos primeiros dias, eles vão para l á
obrigados. Nos últimos dias, eles vão para lá pedindo para ter mais. É impressionante como essa
história do jurado é vicinante. É uma droga que se calcula no jurado e ele não quer mais marcar.
Eu desafio que, no início do semestre, 90% não queira. No final do semestre, 90% quer continuar.
Doutor, eu quero continuar. O que eu faço para continuar? É interessante, senhoras e senhores,
como essa tarefa de julgar o próximo é difícil, mas apaixonante. Não é fácil. Fabrício Mendes.
Se levante, seu Fabrício. Se levanta. Se levantou. Ana Tereza Ana Tereza Defesa MP Giovanna Maria
Giovanna Maria, desculpe Giovanna Maria Doutor, não, está ali a Dona Giovanna Defesa Dona
Giovanna Dona Giovanna Essa recusa, a gente explica aos jurados Que não é nada Pessoal São
estratégias E quando eu falei há pouco também Delivrando a conversa Por outra linha, mas tamb
ém útil A gente explica pra eles Que não é nada pessoal E essa pesquisa que os advogados fazem
Atualmente eles não vão dizer O motivo da recusa Então dependendo do perfil do julgamento Eles
podem pegar uma pesquisa mais conservadora Ou mais geral Dependendo dos dez estratégias Que
os advogados Cai na seca, na cálice, levante Por favor, defesa Aceita, MP Uma recusa de MP Ou
uma recusa de defesa Como eu expliquei, são três pra cada E aí a gente vai adotando Essa
preparação O ministro de profissão secretária Que dá a volta até o lado A recusa, nós estamos
com uma recusa E uma da defesa Ana Viviane Silva Dona Ana, se levante Defesa Dona Ana, pode
se encaminhar
Henrique, senhor Henrique Defesa Refusa da defesa Seu Diomar Cabral Seu Diomar, defesa Aceita,
MP Refusa Seu Diomar, muito obrigado Renan Louqueira Seu Renan, se levante, por favor Defesa
Aceita, MP Refusa Então, o MP já chegou a um número de recusas, não é isso? Tem Então, o MP
já chegou a um número de recusas, não é isso? Então, a partir desse momento Nem pergunta
mais sobre o MP Tá? Rodrigo Portilho, seu Rodrigo, se levante Luna Rafaela, dona Luna, se levante
Defesa MP Aceita, MP Eu já errei Luna Rafaela Refusa da defesa Defesa Douglas Gonçalves, seu
Douglas, se levante Refusa da defesa Faltou uma vez Faltou uma vez Refusa da defesa Henrique
Lucas Henrique Lucas Defesa Defesa Defesa Refusa da defesa É o Sérgio de Arna, não é isso? Eu
me confundi, eu perdi o papelzinho. Vandrila Vazeverdo, Gabriela Zanon, Ana Galiz, Ana Viviane, o
Sérgio, qual o seu nome? Oi? Ana Tereza?
Não sei o que eu estou falando. Tem no chão? Vai no chão? Ah, não sei o que eu estou falando.
Obrigado. Obrigado. Vandrila Vazeverdo, Gabriela Zanon, Ana Tereza, Ana Galiz, Ana Viviane, Luna,
Rafael e 15 dias, é isso? Muito bem. Então nós chegamos a uma fase que está formada, o
conselho de sentença, e nós vamos fazer agora o quê? O compromisso do conselho de sentença.
A partir deste momento, começa algo que se chama de incomunicabilidade dos jurados. Ele
começa neste momento. Senhoras e senhores, mais uma coisa prática. De tanto fazer juros, a gente
aprende certas coisas e desenvolve, pelo menos eu, se é meu, assim que eu desenvolver, se nos
prática. Então, às vezes o jurado se ortear, e vem, é descompensado um pouco mais dagate que
participar num trabalho, por meio do júri, porque obriga. Porque o júri vai disputá-lo, por meio do
livro. Mas ele está chama galleta, está com disposição espontânea, tumpa o mal, brindou com a
esposa, brindou com o esposo. Lutar com lógica, opção e fazer tudo. E eu pergunto, o senhor jurado,
sorteado,
Eu pergunto dessa forma, está com dor de cabeça? Está com chaqueiro? Quando eu pergunto, j
á expliquei, até o ritmo está bem, já sabe o que eu tenho a dizer. Parênteses, eu estou fazendo
agora, este semana, eu devo ter feito minha certeza na fina sessão do ano. Eu devo fechar o ano
com 131 julhos feitos, este ano que eu vivo em cima. Então, a gente vai se acostumando, vai
desenvolvendo certas pr áticas, e não vamos esquecer que a gente est á na lei, mas que é
importante. Então, eu aprendi isso, que o jurado, às vezes, não está bem, e é melhor que ele
faça o discurso. Então, nesse momento, eu pergunto, senhor jurado, voc ê está bem? Tudo
tranquilo? Ninguém está em discurso?
Tanto que tudo ok, essa semana mesmo, eu substituí no jurado, por conta do juízo, porque isso
mudou todo o sentido de mal, como dor de cabeça, como dor de cabeça. Entendeu? Isso não está
na lei, essa premissa de suicídio. Mas eu faço isso, porque aí eu vivo, porque eu tive situações de
réu, de jurado, que ao longo do juramento, precisava de remédio, precisava sair e pedir remédio.
Então, isso não é bom, não ajuda ninguém, então, não adianta passar. Portanto, só sigo, a partir
de agora, quando eu pergunto isso. E, feita essa pergunta, já arribou. Começa a incomplicabilidade
dos jurados com o compromisso. Então, eu explico para os jurados, que a partir deste momento,
como eu já expliquei, dado o número de processos que eu já fiz esse ano, meus jurados hoje
estão em torno de nove, dez juros, no sinério, cada um feito.
Cada jurado, meu, hoje, segunda-feira, como júri, ele vai estar em torno de, na média, o jurado
titular, nove. Então, j á sabe tudo, j á afirma no autom á tico. Mas, então, aqui tem uma
demonstração. A incomplicabilidade começa a partir do compromisso que nós vamos fazer agora,
o compromisso do conselho de sentença. É o momento que marca o início da impossibilidade do
jurado de se comunicar com qualquer pessoa. Então, os celulares são recolhidos, desligados. Os
jurados podem, neste momento, avisar para a família, para o chefe, que não vai estar disponível.
A gente deixa que ele faça isso. Desliga os celulares e avisa, olha, você não fala mais com ningué
m. Precisando de alguma coisa, levanta a mão. Os oficiais de justiça estão até ela, a pessoa, o
jurado. E se comunicam, em particular, com o que você deseja. Se é café, é água, é o toalete,
às vezes é um documento do júri. Então, olha, eu quero ver o depoimento. Eu quero ver o
depoimento do fulano. É muito comum. E aí, me avisa. Eu vou tirar o copo e ir no plano do jurado.
Está certo? Então, nós vamos agora a esta fase, que é o compromisso do conselho de sentença.
Como é que é feito?
O jurado, a jurada, levanta a mão direita. Só o jurado e a jurada. Levanta a mão direita. Senhor
jurado, levanta a mão direita. Eu vou ler o compromisso e chamar nominalmente cada um dos
jurados. Ao ouvir seu nome, o jurado repete, assim o prometo. Assim o prometo. Senhor jurados,
em nome da lei, concito-vos em examinar a causa do contácio. A sanidade é proferir a vossa
decisão de acordo com a vossa consciência e os ditamentos da justiça. Rodrigo Azevedo. Assim o
prometo. Gabriele Serrão. Assim o prometo. Ana Tereza. Assim o prometo. Ana Beatriz. Assim o
prometo. Ana Viviane. Assim o prometo. Luna Rafaela. Assim o prometo. Jane Lucas. Assim o
prometo. Podemos sentar, senhores. Senhores, passaremos agora à oitiva da primeira
testemunha.
Senhores, dentro da simulação, e muito bem pensada pela equipe, a oitiva da testemunha vai ser
mediante a exibição do depoimento desta testemunha na primeira fase. Lembrem que eu expliquei
na primeira fase. Então, aqui neste momento, se fosse um juro ideal, a gente iria, tá, a primeira
testemunha que é a frente, sentada, eu iria, já está pronto? Enquanto o professor coloca o
sobrinho para ir para a exibição, eu vou explicar para vocês as minhas práticas. A testemunha é
apresentada, senta-se, à frente. Muito bem, atenção. Vamos lá. A testemunha senta-se à frente
e a gente vai passar toda a testemunha, isso é qualquer, qualquer ajuntamento, nós vamos passar
para a primeira parte, que seria a qualificação. A qualificação da testemunha e o compromisso ou
não dela, tá.
E aí, isso vai marcar a diferença em ela ser testemunha, ou ser informante. Qual a diferença? A
pergunta de prova. A gente prova que o amigo que foi testemunha, que foi testemunha, que foi
testemunha, que foi testemunha, a vítima ou o acusado é informante, porque é o próprio
jornalista da polícia. Não é, não é, não é do IPTQ, é da, não é, não é do IPTQ, é da, não é
do IPTQ, é da, não é do IPTQ, é da,Yeah, aí, não lembro. Suspeição, suspeição. Isso. Quando
você dá a suspeição, é basicamente isso. Existem as causas de impedimento de suspeição. A
testemunha pode ter parentes com amizade, amizade, com réu, o que a gente pergunta. A rigor e
no CPP, atenção pra isso, tá, pessoal.
Então, como isso é gravado, eu e a testemunha, já foi ouvida no processo, eu sou muito abjetivo.
Eu pergunto o seu nome, a pessoa diz o nome, o senhor tem parentesco, amizade ou inizade com
o réu? Se não, se a resposta for sim, eu digo, o senhor vai se ouvir conformante. Se a resposta for
não, eu digo, o senhor deu o compromisso de dizer a verdade, sobre o pena do cometimento do
crime de falso testemunho. Então, a pessoa foi prestada o apoiamento sob duas funções, sob duas
categorias. Testemunha a rigor, se mentir pode praticar o crime de falso testemunho, ou como
informante. Curiosamente, ontem, no júri de ontem, uma testemunha foi quesitada ao final, isso
é uma coisa interessante, se ela praticou o crime de falso testemunho.
O promotor entendeu que uma testemunha estava mentindo, e isso aqui é um parêntese, isso
pode ser levado a um quesito especial dos jurados, perguntando se a testemunha estava mentindo
ou não. No caso de ontem, eles entenderam que não. Então, a pessoa, eu mantive a pessoa retida
do fórum até o final do juramento, porque se os jurados tivessem dito que ela mentiu, eu teria
encaminhado ela para a delegacia e dado o voto do falso testemunho. Então, vamos prosseguir.
Está pronto, doutores? Está na ordem, os embaixados, na ordem das testemunhas? Começa pela
ofendida, que é uma tentativa, e aí depois tem as testemunhas aí. Ah, ok. Só mais um parêntese,
porque são tantas coisas interessantes para falar, que a gente vai analisar. Quando a gente começa
o juramento, a gente entrega para os jurados as peças essenciais, as peças básicas.
Uma peça delas é o relatório do processo. O relatório do processo, ele tem a descrição dos fatos
da acusação da denúncia e o que aconteceu no processo, quando foi inserida a denúncia, quando
apareceu a resposta da acusação, quando foi a audiência, a prova do conselho, se houve recurso
ou não. Então, em tese, vocês, jurados e juradas, estariam na mão de um ex-relatório com as perí
cias, as provas não repetíveis. Conselho de prova repetível e não repetível. Lembram? As provas
não repetidas, a gente já está na entrega na mão do jurado, com as perícias que existem no
processo. E as repetíveis são as testemunhas resolvidas. Então, isso já está na mão deles e nós
passaremos agora a ouvir as testemunhas que são as repetidas. Então, vamos ouvir. Aí eu explico
para todos, não sei se todos tomaram conhecimento, o caso. É um caso de homicídio consumado
e tentado. A pessoa matou uma, teve matado uma pessoa e atirado contra outra. Então, tem uma
v í tima fatal e uma v í tima sobrevivente. Então, pelo c ó digo, inclusive, a ordem jur í dica da
testemunha é, primeiro, a vítima. Então, nós vamos ouvir o depoimento da vítima. É isso? Então,
vamos lá. Então, imagine que a vítima está ali aqui, falando e vai falar.
Não vai ligar na caixa nenhuma, acho que não. Mas ela vem, ó. Já pode buscar o livro.
Bom dia a todos. Bom dia, Laila. Laila, conta para a gente o que foi que aconteceu.
Você ficou cagado por aí. O que aconteceu? Bom, nesse dia eu não me recordo de nada. Bom,
nesse dia eu não me recordo de nada. Estou ouvindo. Eu tinha acabado de sair do trabalho, mas o
meu ex-trabalhador não conseguia trabalhar. Aí eu me sentei naquela calçada. Eu tenho um filho,
que mora em Tegucigalpa, que está em casa fechada. E ele está me recordando. Eu me sentei na
calçada. Não. O rapaz, que nem deu o ovo, ele chegou, começou comigo, falou que estava sentindo
o pé, que ele estava com um monte de dor. Não era tudo por um. O bumbum ele chamava da vida.
Já a gente começou. Quando eu estava cansada, eu me sentei na calçada. Aí foi, eu sentar, aí eu
fui viajar no meu celular, por aquela roupa de mensagem, sabe?
Quando eu sentei, por aquela mensagem, eu não me recordo de muita coisa. Eu só me recordo
de chegar me atirando, e eu correndo. E eu disse que eu fui, eu acabei sendo atingida ainda, pelo
seu papai, que na casa dele foi e saiu. E eu corri, me escondi atrás do cartão, e fiquei lá. Com medo,
né? Fiquei lá. Aí, quando passou um tempinho, eu fui e peguei a minha irmã, como minha casa é
bem pequena, e peguei a minha irmã. Nossa, nossa. Senhores, isso aí, o que é que acontece? Nó
s usamos um procedimento chamado PJE. E ele tem uma limitação do tamanho de arquivo de á
udio que pode ser colocado nele. Por isso, as audiências são quebradas, então é assim. E aí baixa
os pedaços, sabe?
Abriu a janela, e correu, tentou lá, e ela chamou meu nome. Ai. Eu fui pra lá, pra minha casa, e ela
voltou pra cá, e eu falei que fiquei. E chegava, na base da tirão ali. Aí foi quando ela falou assim,
eu estou bem, eu estou, eu estou bem. Ela disse que eu levei um tiro, sabe? Eu falei assim pra
medizar, que ela não estava muito preocupada, que ela não estava muito contigo, ela falou. Aí
estava a minha mãe, o namorado da minha irmã, e aí depois foi o meu ex-cunhado, que é o
compadre do meu ex-namorado, a minha irmã, foi e chamou a minha irmã, pra vir me pegar,
porque eu levei um tiro nas costas, na minha estrada.
E foi, acordei, e a gente tomou, tomou um elenco, e a gente, a gente, o homem, eles, tiraram,
tiraram a costa, e viram que ela estava com a espécie de caixa em alta. É, a base que, que atingiu
a senhora, perguntei, que região do seu corpo? Ela pegou, o corpo do meu ex-namorado, ela pegou
aqui, na minha costa, nessa, eu tenho foto, se você quiser ver, eu só não trouxe lá do médico,
porque eu, eu não achei, mas, tem, tem o X, tem o A, tem, eu não lembro se eu já tenho uma T6,
na verdade, estou comendo, mas, tem, tem, tem, tem, o rapaz se moviu até embaixo, não sei se
você jáU foi,offs, e é isso passando
Ele trabalha no meu trabalho, eu conheci ele, porque ele trabalhava no acelerador da rua. Quando
eu começava uma parte de trabalhar no barco, eu cumprimentava ele todos os dias, todos os dias,
aí eu conheci ele lá, eu cumprimento a cumprimento de todo mundo. A senhora conhecia o
Marcelo Mendes, o Arthur Moraes, os acusados? Dá para parar só um pouquinho, por favor.
Pessoal, s ó para explicar uma coisa pr á tica, que talvez seja muito importante na vida do
profissional, a audiência é sempre uma ordem de perguntas. É uma expressão, isso tudo é ló
gico. Quem pergunta sempre me vê como um profissional. Quem pergunta primeiro é o autor
da ação. Ou melhor, sempre quem pergunta primeiro é quem abordou a testemunha. Ele sempre
vem a prioridade de perguntar primeiro, quem abordou a testemunha.
Então, a testemunha é a vítima, ela é intensa, indicada pelo setor, é a parte. E por isso que o
promotor está perguntando primeiro, certo? Vocês vão ver, não sei se tem testemunha em defesa.
A testemunha em defesa, quem começa perguntando é o advogado que abordou. Tá bom? É
sempre assim. E hoje, presta atenção que isso também é importantíssimo. Ainda tem um restinho
de colegas sobre isso, alguns colegas mais resistentes. Mas o juiz não pergunta. Até 2012, o juiz é
que pergunta. Então, se chamou de processo acusatório, né? Em que o juiz só pergunta ao final.
Primeiro o IP, depois a defesa, e o juiz só pergunta ao final se tiver alguma dúvida. O juiz não
pergunta mais, tá bom? Veja que o juiz passou a perguntar a palavra logo que o promotor fez.
E ele está ali caladinho a ser ele, tá? O IP pergunta, depois a defesa perguntar, e às vezes ele faz
uma pergunta. Tá bom? No momento que eles chegaram, né? Eles só chegavam chegando com
ele, ou foi isso? Olha, e eu me recordo assim. Eu me recordo com ele. Como eu já mexia com o
celular, eu não observei bem. Mas o que eu recordo, já foi atirando até porque eu comi. Eu fiz
uma câmera de segurança, pra ver se eles ficaram perfeitamente. Sim. Mas a senhora sabe dizer, n
é? Eles chegaram num momento secreto? Foi num momento secreto? Foi num momento secreto?
A moto? Eles chegaram? Sim. A senhora sabe dizer quem ficou na moto, e quem desceu pra chegar?
Ou os dois desceram na moto e saíram atirando?
Eu não sei dizer, porque eu só vi esses dois trabalhos. É, melhor pelo vídeo. É. Até porque eu fui l
á muito rápido. Perfeito. Então eles atiraram, eles chegaram e atiraram com ele. Aí, uma das bases,
uma das bases atingiu a senhora. Uma. Graças a Deus. É. É. Depois desse fato, é. Então, sabe dizer
se a senhora recebeu alguma ameaça? É. Com parte dos acusados? Ou de algum familiar dos
acusados? Ou não? Não, senhor. Eu não conheço nenhum deles. Não conhece nenhum deles? Eu
não tive contato com nenhum deles nesse caso. É. É. A senhora sabe dizer se o Endel, né? O Endel,
ele estava com alguma arma de fogo? No momento? Uma revolta? Uma pistola? O Endel?
Olha, eu acho que ele estava com a arma nele, que ele estava trabalhando, eu não sei, eu acho que
ele estava com a arma que ele estava usando. Sim, mas ele não chegou a reagir, não chegou a reagir.
Não tinha como reagir? Não, não foi tão rápido. Foi, tipo, chegar, tinha como, deu correr a pena,
graças a Deus, Deus me livrou.
É, é, é, é. A senhora chegou a fazer coisas? Sim. Na delegacia de polícia, os dois, os alunos lá.
Mas alguns fizeram muita coisa? Então, reconhecimento, reconhecimento. Não, eu nunca vi isso.
Mas, por que Deus, no dia em que aconteceu esse fato, ele não estava com capacete, ele estava
com máscara ou não? Estava com cada um. Eu não sei, não sei isso. Você sabe dizer, né? Não sei
dizer. Eu não olhei para ele. Então, Deus olhou para ele. Tipo, só teve que ver a pessoa gelativa,
quando ele correu. Foi, tipo, assim, nunca com o olhar, com a crítica, com o respeito. Sim. Lá o
certo, então. Lá o certo. Lá o certo. Lá o certo. Lá o certo. Lá o certo. Lá o certo, então. Lá o
certo. Lá o certo. É, bom dia, senhora, e da lábora. Bom dia. É, os acusados, quando eles chegaram,
os disparos foram, de momento, ou eles chegaram parados mesmo? Eu não me lembro. Eu não
recordo que eles chegaram. Eu não me recordo muito bem, já no país. isso, mas, tipo, é um
pouco disso. E um pouco granditado pra mim. Aí, tipo, assim, eu tentava esquecer o meu caminho.
Na verdade, eu tenho um pouco de ansiedade e eu, tipo, não tava conseguindo dormir. Então,
eu tentava esquecer, porque eu ficava lembrando muito. Certo. Esse disparo aí, esse disparo que a
senhora recebeu, ele foi raspando? A bala entrou e saiu. Certo. No momento dos disparos, você
se sente um pouco mal dos catiradores? Sim. Quando voc ê foi no disparo acidental, voc ê
perguntou pra senhora? Eu não sei. A í, eu não sei o que eu disse. Certo. Mas eles teriam a
possibilidade de acertar. Não entendi. Eles tiveram a oportunidade de acertar se eles pudessem?
Sim. Então, se eles tiveram a oportunidade de acertar, eles poderiam acertar novamente? Sim. Eu
não sei o que é que eu tô entendendo, mas eu não sei. Pode me repetir, por favor? Os atiradores,
eles teriam a possibilidade de acertar, se eles tivessem a intenção de acertar novamente? Não. Eu
não sei. Não sei. Não sei. Tá. Mas, eu acho que, eu não sei, eu não sei se eles poderiam acertar, se
eles pudessem acertar, porque, na hora em que eles tiveram a intenção de acertar, como assim?
Eles quisessem me aceitar, eles quisessem me aceitar, eu não sei, não sabe. Tá bom, excelência,
sem mais perguntas. Doutora Samara, que é o Calarão. Excel ê ncia, sem perguntas. Sem
perguntas, a gente pega em que as declarações não atendiam, pode ser a revelação.
E agora, a nossa testemunha do Ministério Público, tá? Para as duas audiências, que já falaram de
urgência. Direção da testemunha, a denúncia, policial militar, que não se imagina com o trabalho
do Ministério Público. Bom dia, policial, eu posso ir? Bom dia. O senhor se recorda dessa ocorrê
ncia em Correio? Os acusados, Marcelo, né? Pentes, que atuam. A vítima foi o Engel, vítima fatal,
né? Pessoal, primeiro, alguns comentários a respeito. Vocês estão vendo aí um ambiente virtual,
né? De audiência. Que se tornou, hoje, a regra. Eu dava a conversa para o professor. O professor
Filipe de Amor, que, por bem, por mal, ou por mal, a pandemia trouxe algumas coisas que ficaram,
né? Uma que ficou foi isso aí. É, e aí eu diria que o lado não interpretado em mal, como não é
interpretado por vítima, o lado bom, que já aconteceu.
É, eu posso dizer a vocês que isso aí não aconteceria nos judiciários, se não fosse a pandemia aí,
de 50 anos. É, nós somos, infelizmente, muito conservadores, Fernando e eu, do que fazemos. E
imaginarmos termos uma audiência num ambiente virtual desse, de forma voluntária, de um judici
ário, é, certamente, seria algumas décadas, devem levar para frente. Mas a pandemia veio, trouxe
essas realidades, essa necessidade. E isso foi implantado de forma quase instantânea, as coisas.
Quase instantânea. Nós tivemos menos de dois, três meses que nos adaptávamos e passávamos a
fazer audiência dessa forma. E ficou. Tanto que hoje a Rebouça MJ diz que nós temos que estar
presentes às audiências, o juiz tem que estar presente. O promotor tem que estar presente. Mas
na prática não estava acontecendo isso.
A pesquadinha deve estar presente, mas na prática não está acontecendo isso. Porque muitas
vezes até isso aí viabiliza. Na falta de promotor, na falta de defensor, o cara está hoje em uma
cidade e faz audiência em três cidades diferentes no mesmo dia. Eu já vi isso. Eu já vi de um
promotor fazendo júri comigo e fazendo audiência, sentado, o júri andamento e fazendo audiência
ali do lado. E graças a Deus também. Tá? E mais uma curiosidade para vocês. O cidadão lá, quando
se bate o olho lá, ele está de amarra. O cidadão amarelo é porque ele está preso. No ambiente
ao fundo dá para perceber, de uma que eu já conheço, um tipo de corte de cabelo, ladeiro,
porque ele está preso. Na parte de cima ele está preso, tá? Pode prosseguir.
E lá, Eduardo, a vítima que sobreviveu, você recorda essa ocorrência? Não, não recordo. É, os fatos
ocorreram, só para esclarecer aqui, foi 4 de julho de 2022. Dá uma paradinha aqui. Só uma
observação para os senhores jurados e senhoras juradas. Vocês são jurados e vocês vão julgar.
Então eu peço que voc ê s prestem atenção no que est á sendo dito. Voc ê s vão formar o
convencimento de você s, baseado no que est á aí. Então, por favor, tentem não se distrair,
principalmente com o celular, porque ele vai ser primorito. E prestar atenção no que est á
acontecendo, tá bom? Vamos lá, prosseguem. Então, você recorda, não? Não, não recordo. A ví
tima, aquele aluno da vítima, o Edson Souza Marques, trabalhava com segurança, vigilante e tal.
Você recorda desse caso? Não, não.
É porque, como eu sempre repasso, né, das audiências, que agora, quando vem para nós a audiê
ncia, a data da audiência, nunca vem o número da ocorrência. Então, fica ruim para a gente saber
qual é o fato que a gente está participando. Então, fica ruim para a gente saber qual é o fato
que a gente está participando. Aí, só pelo nome e pela foto, eu não vi, assim, eu não consigo
lembrar, felizmente. Certo. Se tiver com honra, leia a minha audiência, para ver se eu consigo
lembrar. Eu não posso ler a denúncia, eu não posso falar isso, né, essa situação. Foi em 2022, né,
o caso, né, Marcelo Luiz e Arthur foram sendo acusados de ter matado o vigilante com ele. Foi em
2022, né, o caso, né, Marcelo Luiz e Arthur foram sendo acusados de ter matado o vigilante com
ele. Foi em 2022, né, o caso, né, Marcelo Luiz e Arthur foram sendo acusados de ter matado o
vigilante com ele. Foi de julho de 2022, n é , na Calçada, Sushi Kazan. Sushi Kazan. Não sei,
felizmente, não. Não sei, felizmente, não. Não sei, felizmente, não. Tá certo, então, policial. Eu
entendo, aí são lutas, ocorrência mesmo. Eu entendo, aí são lutas, ocorrência mesmo. Eu estou
cego. Eu estou cego. Eu estou cego.
Isso que aconteceu aí, infelizmente é muito comum, o policial, vejam que eu não lembro de nada,
ele tem parcial razão do que ele está dizendo, realmente o cara que trabalha na rua, o policial, eu
como juiz, que faço de uma pedagogia, se me perguntar qual foi o juiz segundo, eu vou me dar
dificuldade de lembrar, porque eu fiz o segundo, eu fiz o terceiro, eu fiz o quinto, eu fiz o sexto.
Então a gente tem uma certa dificuldade com isso, porque trabalha com isso, inclusive pode ser
reconhecido na jurisprud ê ncia, que entende que no caso de suspensão do processo, pelo
previamento, eu vou explicar isso aqui, para vocês, eu vou diminuir uma coisa e puxar outra, a
produção da espada de prova é aceita somente no policial, e para o cidadão civil não, porque
exatamente se reconhece que eles trabalham com muitos processos, com muitas coisas, e podem
esquecer o que aconteceu ali.
Pela testemunha, falando da denúncia, dona Diana do Nascimento Ribeiro, com a palavra, ministé
rio público. É. Bom dia. Bom dia, dona Diana. Bom dia. Dona Diana, a senhora era casada com o
Endel, a vítima? Quando ele morreu, não. Não era casada com ele, mas com o Endel. A gente viveu
seis anos juntos, e a gente estava separados. Um homem e pouco, quando ele morreu. É, entendi.
Voc ê tiveram cinco? Dois, em cada um. Certo. Não presenciou esse crime? Não. A senhora
conhece os acusados? Não. Marcelo, né, e Arthur? O Arthur, eu só digo isso, porque eu nasci lá
do bairro de Alcaete, que está proposto, aí eu conheço a família dele, sem ir embora, por causa
da congregação do bairro. Certo. Você sabia disso? Certo. Antes desse crime, o Marcelo e o Arthur,
tiveram algum direito de peito? Com o Endel? Só sabe dizer?
Não sei não. Só sabe dizer? Marcelo e o Arthur fazem parte de alguma facção criminosa? Ele já
ouviu um rastro, né? A população está por uma cidade pequena, um bairro pequeno. Todo mundo
comenta, né? Comenta o quê? Comenta o que? Comenta o que? Que é uma facção? Qual facção
seria? Qual facção? Se não conhece, eu estou te respondendo. Na época, a senhora nos definia
como poeta, poeta pegou a relatora, a senhora, que lhe estava ensinando as áreas, da facção ao
apetite, no apetite.
Ele não chegou a falar, mas eu confiei, porque todos os dias ele ia dizer que a gente não ia em casa,
né? Aí, por dias, ele falou que não podia mais ir lá, porque o trabalho dele estava muito arriscado,
aí não podia mais, eu estava em casa. Eu me perguntei para ele se ele estava sendo ameaçado, e
ele não quis contar, e foi no dia seguinte que ele respondeu com fatalidade, por isso eu creio que
ele foi excluído, ameaçado. É, é horrível, porque ele estava estudando para fazer concurso para a
polícia. Eu não sei informar, eu não tinha mais nenhum contato simples com ele. Eu não tinha mais
contato com ele. Então, olha, nessa situação você não sabe disso, aí. Falando com o crime, quem
é? Você sabe dizer isso, né?
O crime é sobre o que eu disse, que é o que? E já estava separada da vítima quando aconteceu
o crime, né? Isso. Perfeito. Pode ser mais perguntas nisso. Doutor Sancho. Bom dia, dona Diana.
Bom dia. Dona Diana, especificamente o acusado Arthur. A senhora conhecia ele do seu bairro. Voc
ê tinha conhecimento, você já teve conhecimento do quarto que tinha sido preso a última vez?
Foi em movimento de brigas, alguma coisa de ilegal? Pelo que a senhora conhecia ele de vista
anterior a esse crime? Não, só ouvia quase. Mas a senhora, a senhora em si, sem boato, da
senhora mesmo, já prevenceu e cometeu outro perigo? Além desse, o sacramento que tinha sido
preso? Eu não. Tá. O seu ex-companheiro, ele alguma vez mencionou para o agente algum arrisco
com ele?
Não sei. Tá bom. Eu não tenho mais perguntas. Muito obrigado, dona Diana. Doutora Safara. Bom
dia, dona Diana. A senhora não conhece o Marcelo Mendes da Silva Vila, correto? Não. Nunca nem
ouviu falar sobre ele, também? Não. Certo. Durante o tempo que a senhora convivia em união est
ável, casamento com a vítima, a senhora tinha conhecimento se ele já era ameaçado desde essa
época ou nunca tinha ouvido falar? Não, só o que a gente achava que ele pegava para o mundo.
Certo. Ele chegou a relatar que estava sendo ameaçado, ele contou detalhes ou não? Não. Não, eu
não tenho nada a ver com isso. É uma aspecha, é meio que. Tem perguntas, encerro a inquisição
na testemunha. Pode ser uma anulação.
Tem mais perguntas? Tem. Tem que encerrar o aparelho que aí ficou. Tem mais perguntas? Foi
testemunha de ontem. Tem mais perguntas? Tem. Mas ele derruba todo o resto da polícia. Ali no
meio do ator. O ator não é um ator. Isso é um detalhe. Pessoal, então, o rei da exercição de
defesa, o rei da exercição de defesa, passa a ser o derrubador do réu. Que é o último ato. O réu
sempre fala o final. Ou seja, ele vai ouvir todos os depoimentos. Ele está presente a princípio. Há
a possibilidade de, às vezes, a testemunha ter receio do réu. E aí há a possibilidade de se retirar
o réu da sala no momento de depoimento da testemunha. Mas a defesa dele fica presente. Então,
fizemos a instrução. Imaginem que isso tenha acontecido a essas pessoas aqui.
Eu tinha de ouvir todas elas como se ouviam aí. De forma muito semelhante. Só que no júri. O jú
ri está sempre o promotor, a defesa e o juiz presentes. Já é comum também no júri a gente ouvir
testemunhas à distância. As testemunhas à distância. J á tem acontecido de forma muito
comum. Como curiosidade, eu já ouvi testemunha em Portugal. Num júri. Eu já tive um júri que
um dos advogados estava na Espanha. Uma advogada. Na Espanha. Ela estava militada nos autos
e queria participar do júri. Agora preste atenção no que eu estou dizendo. Preste atenção para não
dizer que o doutor disse que o advogado fez o júri na Espanha exclusivamente. Não. Ela queria
participar. Eu digo, olha, é possível desde que a senhora tenha um outro advogado aqui presente.
Então fizeram duas advogadas. Uma presente em Belém e uma na Espanha. E a da Espanha que
interagiu com a gente, que fazia perguntas e tal, e chegou a se manifestar alguns minutos durante
a sustentação oral. Eu deixei sem problema. Só que eu não deixei que fosse exclusivamente desta
forma. Porque aí o júri, senhoras e senhores, ele tem muitas peculiaridades. O júri tem muito de
presença cênica. E não sei se os professores explicaram isso. Eu posso comentar depois. Eu não sei
se os professores explicaram isso. Eu posso comentar depois. Eu não sei se os professores
explicaram isso. Eu não sei se os professores explicaram isso. Que júri, isso que é a beleza do júri
e, ao mesmo tempo, as críticas que se fazem a ele, o júri tem muito dito de questão de atuação de
dados contadinos.
Não só o aspecto técnico em si, mas como o ADP e a defesa se comportam, tanto no uso da palavra,
quanto até nos gestos. Isso é muito importante. Então, eu entendo que deixar da defesa, ou seja,
toda feita via rebota, isso pode trazer prejuízo ao réu. Então, encerrados os depoimentos, nós
vamos aterrolar para o réu. Então, o interrogatório do réu, senhoras e senhores, e aqui é um
pouco de teoria, ele tem duas partes, sempre. A primeira parte sobre a vida do réu, que ele é
Estado Civil, vivos, casado, de grau de expulsão. A gente quer um pouco mais sobre isso, mas, de
novo, o réu deve responder, tem a obrigação de responder isso. E a segunda parte do depoimento
é sobre o que aconteceu. Sobre o que aconteceu, o réu não é obrigado a falar. Então, eu costumo
resumir e digo sempre para o réu, nesta parte, sobre os fatos, o senhor não é obrigado a falar.
Fala o que quiser, se quiser, se quiser ficar calado, pode ficar, é um direito seu. Mas, é o
momento de o senhor falar com os jurados a sua versão dos fatos. E aí, ele decide se ele fala ou
não. Vamos ver o depoimento do réu.
O depoimento do réu sempre começa também, senhores, com a leitura da denúncia para ele. Ele
tem que ter conhecimento da acusação de forma formal. A princípio, ele foi citado, recebeu cópia
da denúncia, propriamente conversou com o advogado ou com o defensor a respeito da denúncia.
Mas, a gente começa sempre lendo a denúncia para o réu. E a gente lê a parte fática, eu, pelo
menos, não leio muito isso aqui. Eu leio os fatos, que é o que ele vai falar de fato. A rigor, o réu
não conhece no direito, a princípio, não é uma necessidade. Então, a gente tem que dar ciência
para ele dos fatos. Vamos lá, eu leio os fatos para ti. Tu disseste que quer falar. Então, eu posso
fazer uma defesa aqui? Presta atenção, eu li os fatos para ti.
Vocês entenderam isso? Eu li os fatos para ti. Quer dizer, ele já falou, já leu a denúncia, tá? O que
que aconteceu lá naquele dia 4 de julho de 2022? O que importa aí? Bom dia ao senhor, ao
presidente, na velha igreja. O que? Eu li os fatos também. E é o fato que ele correu em cima. Era
quando eu estava no quarto. Ele me deu uma serva e chegou lá. Aí, já era tarde, já. Eu ia para casa
já, porque eu tinha que trabalhar na segunda-feira. Depois, ficou uma catástrofe ali. Eu conheci ele
com muito esforço. Ele ficou caminhando para mim. E eu falei, mas já, quem não? E eu estava
olhando para ele. Aí, nós rompemos a praça, na principal. Chegamos perto da bebê.
Ele avistou esse outro rapaz que estava sentado na calçada. Aí, ele disse, eu tenho que voltar, que
a peste está pegando. Aí, eu falei, o que foi que ele me deu? Ele disse, não, pode ser que eu vou
falar consigo mesmo. Porque o negócio está a resolver com ele. Aí, eu falei, eu vou fazer com ele.
Onde que eu vou parar o moto? Ele disse, eu estou ocupado. Eu disse, eu vou parar o moto. Ele
disse, eu estou ocupado. Eu disse, não tem. Aí, eu fiquei lá. Fiquei em reação. Fiquei em reação.
Fiquei em reação. Fiquei em reação. Fiquei naquela situação que eu estava fazendo.
Então vamos voltar aqui do começo Quando ele te pediu a cada palavra Ele estava Foi subir na
minha roupa da roda Deixa eu abrir aqui minha tela Em nenhum momento eu percebi Que eles
estavam com um retorno de roda estalada Não? Não senhor Em nenhum momento eu percebi Não
Eu estou parado, uma automação já saiu, atirando contra o membro. Quantos tiros foram? Não,
senhor.
Você viu a mulher correndo na hora dos disparos? Na hora que eu cheguei, foi tão rápido como
se vieram com a mesa. Você viu que a mulher estava chorando?
É, sobre a arma de fogo do Wendel, foi o Marcelo que se subtraiu ou ninguém se subtraiu? Eu, para
lhe falar a verdade, eu ia estar lá com o filho perdoado. Tu não pegaste a arma do Wendel? Não,
senhor.
Vamos lá A gente teve uma linha lógica do tempo Então, está me dizendo que Não sabia da
intenção do maçã Que ia dar apenas uma carona Para ele Aí ele chegou Contra o médico, acabou
atingindo a moça Nesse momento, olha Eu não sei da intenção do cara Dei uma carona Nesse
momento que eu vejo O efeito do nome do espada Minha pergunta é Tu não gaste com a moto?
Ou tu deixaste ele subir na moto e foi embora com ele? O que é que tu fizeste? Qual foi a tua
reação? A minha reação Eu falei Se eu sair na moto Tu não podes me atirar Então O Marcelo subiu
na moto E tu seguiste o viagem Sim ou não? Sim ou não Sim ou não?
Então, vocês seguiram a viagem. Nessa viagem, com os desesperos, os jornais chamaram a senhora
para julgar o porquê de se despedir. A senhora não aprendeu, senhora, pois eu estava com medo.
Eu fiquei com medo, estava a cair e ... E ele te falou o motivo de ter disparado contra o Hélio? Não,
senhor. Não? Nessa viagem, não te falou? Não, eu não comentei nada. E quem que passou pediu
para a senhora vir lá em casa? Vocês foram falar alguma coisa de mar? Quem é que lhe disse
para que ele recolhesse? Ele só falou para eu me deixar ir no mar. Eu ia na estrada, eu ia para casa.
Eu não sabia onde era que eu tinha que ir. Eu deixei ele no local que ficou dentro da casa. E ele te
ameaçou? Olha, você falou alguma coisa, já sabe, acontece o mesmo contigo. Sim. Não, eu não
sei nada.
No dia desse fato, vocês estavam de cara limpa, sim ou não? Eu, sim, eu estava de cara limpa, eu
sempre fui de cara limpa, eu estava de cara limpa. Não é? Não é. A célula estava de cara limpa.
Sim, senhor. Já que tu conhece uma célula da bola, tu sabe me dizer se ele é integrante de facção
gremiosa, sim ou não? Não, senhor. Tu sabe dizer ou ele não é integrante? Eu não sei dizer, porque
o conhecimento que eu tenho com ele é pouco. Era mais horas que nós estávamos jogando bola.
Não sei.
O santo fez-me dizer que o atelo na delegacia em algum momento ele tinha eximido a culpa ele
falou, olha o ato não tem nada a ver com a história ele só me deu a palavra, senhor não senhor
não sabe dizer não sei dizer não sei dizer não sei dizer
Certo. Bom, Arthur, da minha parte era isso. Antes de passar a palavra às partes, eu pergunto, tem
mais algo que tu queiras contar em tua defesa ou já me disse tudo? Eu tenho uma palavra que me
dá palestra. Perfeito. Qual é a palavra do Ministério Público? Sem perguntas, isso é isso. Doutor
Senn, qual é a palavra?
um comentário aqui pessoal desde o primeiro interrogatório do réu o juiz fez a exceção do dia é
um pouco diferente as testemunhas do juiz perguntam por último lembro que eu falei há pouco
primeiro tem a rola da testemunha, depois a outra parte que confia o juiz as testemunhas no
interrogatório ainda a princípio o juiz pergunta do dia, eu particularmente eu aplico ao interrogat
ório a mesma coisa mais ou menos a mesma coisa porque o que eu faço eu peço que o réu diga a
versão dele minha parte do depoimento é pedir para o réu dizer a versão dele e aí eu não vou
atrás de eventuais testemunhas contradições que tenha no depoimento de prejuízo do processo
do testemunho eu sou muito sucinto inclusive no depoimento do réu e vejo que aí as partes
apontem quaisquer inconsistências contradições dos depoimentos do réu nas testemunhas ou
dentro do réu
nunca fui preso atrás de nenhuma primeira certo é, você estava trabalhando trabalhava na é
poca do fato dele o senhor, doze dias de segunda a sábado e aí você trabalhava lá na principal
do lado do restaurante que eu saí na gama quando eu entrei no samba entendi, eu sou bem
esclarecido com o magistrado e com o interno público a respeito do senhor você se encontrou no
bar com o Marcelinho qual foi a razão que você foi para esse bar? o que aconteceu? você teve
alguma discussão com alguém? você resolveu dar uma relaxada? o que aconteceu quando você
veio para o bar? a verdade senhor é porque eu tinha brigado com a minha namorada aí eu estava
na casa da minha mãe ela estava me olhando direto nós tínhamos brigado, discutido aí eu fui para
esse bar para tomar uma cerveja e sendo que eu fiquei cedo eu voltei para casa e falei assim o que
aconteceu? o que aconteceu? quando você chegou nesse bar o Marcelinho estava com outra
pessoa ele estava sozinho tinha outra pessoa na mesa como é que era? o senhor tinha uma
discussão com ele aí eu fui pedir uma cerveja e fiquei distante dele sentado só certo aí você
tocou algum ... ...
... ... me conte aí quando você foi embora qual foi o momento que o Marcelinho te abordou dar
uma carona lhe dar uma carona esclareça melhor isso senhor eu tinha tomado umas três cervejas
aí eu já ia para casa já levantei e paguei a conta aí eu já estava no cima da moto ele falou para
aí ele disse que foi me dá uma carona aí e deixa a garrafa do outro lado, aí tem que tomar moto,
aí você mudou a moto e foi levando ele, você foi, passou, você passou pelo segurança, foi isso,
tá, no trajeto, só pra entender um pouco melhor, esse bar ele fica atrás da praça, é isso? Sim,
senhor. E a praça é a principal onde aconteceu o crime, é isso? Aconteceu o crime, sim.
Certo, aí vocês passaram pelo segurança, não é isso? Sim, aí ele viu o segurança sentado. Aí voc
ês foram até a distância que eu vou, segurança, até o local que ele viu que não conseguiu voltar,
qual é a distância? Quarenta e quatro. Quarenta e quatro. Eu já tinha passado da metrô, eu tava
chegando próximo a brilhante, eu fico afundado. Falta aí, o que foi que aconteceu? Eu vi o quê,
uns trezentos, quatrocentos metros, é isso? Acho que foi aí, senhor. Aí eu vim pra você voltar,
falou que, olha, volta aí que eu quero conversar com a Gabi, o que aconteceu? Ele falou, Arthur,
volta aí, o que foi que aconteceu? Eu disse, não, porque meu segurança, meu, eu tava mais perto
dele, mas a turma é rápida.
Eu disse, volta aonde é que ele tá, eu disse, não, volta aí que eu vou te falar, a mulher. Aí na hora
que ele falou. Tem, mas ele mencionou a, deu problema com esse cara e falou, vamos voltar, só
pediu pra voltar. Ele só pediu pra voltar, falou que queria conversar com ele. Aí eu também não
perguntei o que era a conversa dele. Correto. Após o crime, você deixou ele lá, você relatou e foi
pra sua própria residência, não foi para a sua casa? Sim, senhor. Não, senhor. Tá. tá, ou não
esqueceram a questão do crime, esse cara que atuou no juiz, e aí você teve o conhecimento que
a polícia estava perto de você. Sim, senhor. E aí, você procurou a defesa, pode contar para o juiz a
í para ele entender um pouco melhor? Quando eu fiquei sabendo que a polícia estava atrás de
mim,
Com certeza foi a melhor escolha a apresentação juntamente ao Poder Judiciário e à Autoridade
Judiciária Excelência, não tenho mais perguntas, muito obrigado Antônio Samara, com a palavra
Obrigada, Excelência Bom dia, Arthur Bom dia, senhora Você disse, então, que você não tinha
uma amizade com o Marcelo era somente de bola, esse tipo de coisa Sim, senhora Então, o Marcelo
nunca chegou a reportar algumas situações sobre essa insegurança Não, senhora Essa vítima da
insegurança, o senhor conhece se é ele de vista, sabe se ele estava sendo ameaçado por alguém
ou o senhor não sabe falar? Não, senhora Se ele estava sendo ameaçado por mim, sei Mas o senhor
conhece ele de vista na cidade? Não, eu ouvi ele passando pelo lado da rua de casa Parece que ele
tinha a mão inteira Essa, de de dar uma amizade de bola com o Marcelo O senhor já teria há
quanto tempo? Era recente, de vários anos? Era refeito, senhora Perfeito, satisfeito, senhora Tenho
mais perguntas e interrogo o interrogatório judicial do denunciado Pode ser uma gravação, por
favor
Muito bem, pessoal. O que é que acontece? O cerrado do depoimento do réu, a gente vai passar
aos debates. Eu esqueci, agora que me deu a cabeça, um detalhezinho. Antes do interrogatório do
réu, atenção, isso é importante, tá? Eu falei, ouvir as testemunhas, não dizer o interrogatório.
Testemunhas, orações, penaltização, testemunhas, orações, defesa, e em seguida o interrogatório
do réu. E a gente, é comum e importante que o juiz dê a oportunidade do réu conversar com a
defesa antes do interrogatório. O réu pode conversar com a defesa, em particular, qual é a lógica
da coisa. Ouvidas as testemunhas, as testemunhas, todos ouviram a testemunha, o jurado, no caso,
o juiz, o réu vai falar. E a defesa pode orientar a sua fala.
Por isso, é permitido que a gente sustente o julgamento para que o réu possa sair com a sala
reservada, com o seu velho bagagem, e conversar. E orientar o que ele deve responder. E aí, há de
tudo, senhores. Há orientação, o que hoje é permitida, por exemplo, que o advogado, o réu, só
responda a pergunta da defesa. Às vezes, dentro do juiz, ele responde. Responde a qualificação,
mas não responde sobre os fatos. Prefere ficar calado. Aí a gente dá a palavra ao MP, o MP diz, à
s vezes, eu não vou responder perguntas, fica calado. E aí, quando dá a palavra à defesa, ele vai
e responde. Só responde a palavra da defesa. Isso é possível. A jurisprudência tem entendido
que é possível. O silêncio parcial do réu.
Ele responde a pergunta só de quem ele achar que deve. Tá bom? E aí, segue-se o depoimento
dele para algumas vítimas. Agora, senhores e senhoras, nós vamos passar, feito isso, aos debates.
Né? Como é que funciona? Nós temos manifestação da MP, manifestação da defesa, réplica e pr
éplica. Tá? É, qual é a previsão de tempo para isso? O quórum prevê uma hora e meia para MP,
uma hora e meia para defesa, uma hora para réplica, uma hora para préplica. Préplica. Se forem
mais de um réu, como é que é? Beleza essa parte? Foi? Não. Não. É, por aí eu quero dizer.
Primeiro, a distribuição de tempo é entre os advogados. Eles não se metem nisso, não. Se for mais
de um réu com advogado de diferença, eles vão expulso no tempo deles.
Quem fala conta. A gente não se mete. É o seguinte, a pergunta na verdade está voltada para o
seguinte. Quando é mais de um r é u, o tempo muda. Passa a ser duas horas e meia para
manifestação da MP, duas horas e meia para defesa, uma hora inteira de réplica, uma hora inteira
de préplica. Ou seja, se forem mais de um réu, pode, os debates podem durar nove horas. Ou seja,
cinco horas um réu só, nove horas mais de um réu. E o colega aqui falou, mas assim, normalmente
na prática eu não interfiro em quando é mais de um réu quem vai falar por quanto tempo. Os
advogados se entendem. Não me misturo, não interfiro nisso. Nunca tive problema com isso. Para
isso eles sempre são harmônicos, não há problema com isso.
E aí, professor, podemos começar o debate? Então, a gente tem a prática sobre o cronômetro que
eu coloco na tela para marcar uma hora e meia. Mas agora não, vamos fazer uma hora e meia,
doutor? Uma hora, uma hora, meia hora, meia hora. Tá, vamos lá. Eu acho que sim, acabou. Uma
hora, meia hora, meia hora. O seguinte, a gente passa. Cadê o outro microfone? Está aqui. Pega
aqui. O pessoal do MP, o MP está para lá. Porque eles estão invertidos. É, aí eu fico toda hora
perdido. Fazendo julgo todo, porque o julgo eu vejo toda hora. Então, o MP está aqui, né? Prontos,
senhoras promotoras, senhores promotores? Então, uma palavra para o Ministério Público.
Vamos lá. Bom dia a todos os presentes. Saúdo a Vossa Excelência, ao doutor Cláudio Hernandes.
Também saúdo aos meus colegas do Ministro Lia, aos meus colegas do Ministério Público e aos
novos jurados que estão aqui presentes que irão julgar esse caso. O Ministério Público está a
apelar ao senhor Artur Moraes por homicídio qualificado de Wendell Souza, bem como também
tentativa de homicídio da senhora Layla e também crime de furto quanto à arma de Wendell.
Doutores, eu gostaria inicialmente de contextualizar os fatos, bem brevemente. De início, o senhor
Wendell, como bem disseram os seus testemunhos, estava trabalhando como vigia, quase em
frente ao barco da ZAM. E ao lado, trabalhava uma outra moça, a senhora Layla, e eles estavam
conversando juntos, ali, em alguns momentos, até que, com o bomba da meia-noite, meia-noite
e vinte, por aí, mais ou menos, chegou dois homens na moto.
O senhor Artur e o senhor Marcelo. Atiraram em Wendell, que morreu ali naquele instante, e esse
garimpa lá, infelizmente, foi baleado, mas sobreviveu. E aí eles fugiram, doutores. Esses são, em
tese, os fatos sucintos. E aqui estamos acusando o Artur. Porque, doutores, nós temos esses fatos,
nós temos os vídeos desses testemunhos, mas a verdade é que é muito mais profundo que isso,
doutores. Eu vou trazer aqui três versões do que ocorreu. E essas três versões não são eu que digo,
doutores, não é o Ministério Público que fala, mas é o próprio Artur. A primeira versão contada
por Artur da contextualização dos fatos, e isso os senhores podem ver na página 37 do processo,
que ele fala que, inicialmente, ele estava bebendo, com o Marcelinho, dois rapazes e uma mulher.
Ele não quis identificar os nomes. Mas, ok. Marcelo, então, pediu para Artur levar ao local onde
estava o vigia, o senhor Wendel. Ele pediu uma carona para levar, porque ele queria conversar com
o senhor Wendel. E aí, quando chegaram perto, ali com a moto, nem bem parou quase a moto,
que o senhor Marcelo fez os fatos. Segundo o Artur, ele ficou sem reação, ficou estragado, ficou ali
parado. E só depois de Marcelo pegar a arma, que eles fugiram. E aí, Marcelo, como bem vocês
testemunham, pediu para que ele deixasse ele na passagem ricosuqueira, que era uma invasão,
uma área de mato. E essa é a primeira versão. A segunda versão, doutores, foi a que vocês
ouviram aqui no interrogatório, em que Artur fala, inicialmente, que ele brigou com a namorada.
Então, ele foi para o bar. Aí, nesse bar, foi que Marcelo chegou. E aí, foi que ele ia para casa. E aí,
Marcelo pediu uma caramba para conversar com ele. E aí, doutores, aí temos uma terceira versão.
Uma terceira versão, inclusive, de Marcelo, que está ali na página 205 do processo, que foi,
inclusive, juntado pela defesa. Que diz que, na verdade, Marcelo saiu com o Artur para beber umas
cervejas. Ali no bar. Então, ele chamou o Artur para eles irem para casa. Eles chegaram em casa. E
aí, Marcelo falou, Artur, vamos ali sair para comprar umas cervejas. E foi nessa ida de comprar
umas cervejas para ele beber ali em casa que eles passaram onde estava o vigia do Sr. Wendel. E
foi aí que ocorreu o incidente.
Doutores, eu queria mostrar esses fatos para os senhores para mostrar que não é só aquilo que
está ali visível aos nossos olhos, mas também os processos que as próprias testemunhas falaram.
O que foi, inclusive, relatado, não pelo Ministério Público, pelo próprio Sr. Artur, de três diferentes
formas. Então, doutores, eu faço uma pergunta como uma forma de reflexão. Se uma pessoa é
tão inocente, por que então ela não traz fatos concisos e claros? Ao contrário, traz três versões,
doutores. Tr ê s versões conflitantes. Uma que diz que estava bebendo, depois que sentou
isoladamente do Sr. Marcelo, aí depois uma outra que brigou com a namorada e depois foi para o
bar com o Marcelo e foram para casa juntos. Doutores, essas versões não batem. Ao contrário das
testemunhas, que falaram quase as mesmas coisas, doutores.
E ainda mais, doutores, aqui eu trago também uma outra dúvida, uma pergunta muito importante.
Já que Artur estava em um estado de choque, em um estado, ali, de sem reação, por que depois
do fato ele não procurou a polícia? Uma pessoa que se diz inocente, da primeira vez que se
encontra numa situação terrível desse desinfortunio, ele vai procurar as autoridades, procurar
apoio. Por que uma pessoa inocente, uma pessoa que não deve não ter livros? Ela não tem. Mas
Artur, ele foi para casa o que? Como ele bem relatou, foi dormir. Doutores, uma pessoa que se
encontra numa cena de crime, e não só de crime, de uma execução, doutores, porque na certidão
de óbito do Sr. Wendel, onde estava um traumatismo craniano encefalico, ou seja, não foi um tiro
de aviso, um tiro na perna, foi um tiro na cabeça, doutores.
Foi um tiro em que tirou a vida dele, inclusive deixou ele, doutores, deixou, ele longe dos filhos. E
eu já explico o porquê. Vocês que estão aqui, é porque se o Artur é tão inocente como se diz
ser, é porque ele não procurou as autoridades. E ainda mais um fato relevante, doutores, uma
pessoa que é inocente, além de procurar para as autoridades, ela não fica na cidade, ela não tenta
de todas as formas pedir apoio, ajuda. Mas, doutores, al é m dele dormir para casa dele
tranquilamente, ele fugiu. Doutores, ele fugiu. Não foi para casa de um parente próximo, ali, de
Capitão Poços, numa cidade pequena. Foi ele para casa da mãe, da vizinha. Doutores, foi apenas
para uma outra cidade, um outro município, para Opebas, doutores. Para Opebas.
Então, como é que uma pessoa que se diz inocente, foge para um outro município? Então, aqui
resta claro. Aqui os fatos são evidentes. Não h á o que se dizer de aus ê ncia de prova de
materialidade do crime. Porque tem uma certidão de óbito de um homem, de um pai, de um
trabalhador que deixou seus três filhos. E não apenas isso, doutores. Nós temos indícios de autoria.
Tá vendo mesmo? Ela pode chegar e muito bem dizer, ah, porque foram boatos, porque ouviram
de que foi Arthur. Doutores, não há o que se falar de boatos. Primeiro, a senhora Layla. Vamos
começar com a identificação dela. No depoimento dela, que consta nos autos do processo, ela
conseguiu demonstrar ali até a roupa que eles estavam usando.
Ela conseguiu identificar, mas como ela mesma diz nos autos do processo, ela não quis falar mais
porque ela tinha medo de represálios. Não só isso, doutores. Além de Layla, o próprio padrasto
de Arthur conseguiu reconhecer. Por que, doutores? Eu gostaria de ressaltar uma coisa. Estamos
tratando de um contexto de uma cidade pequena. Tá com tanto poço. Uma cidade que não é
muito grande. Uma cidade onde todo mundo cresce junto. Onde ocorre um fato ali no canto e aí j
á se espalha em menos de um dia. E aí, com isso, um outro dia, as imagens foram divulgadas,
doutores. E aí, os amigos de trabalho do padrasto de Arthur mostraram. E ele falou esse é meu
teatro. Então, doutores, como se diz que não há a inexistência de indícios de autoria, sendo que
o próprio padrasto reconheceu e inclusive sabia a roupa que ele estava usando.
Layla mostrou ali que estava usando. A defesa pode alegar isso porque ela pode usar o conceito
recetivo de autor. Doutores, esse é um conceito que foi criado por Claude Robson. Porque ele diz
que o conceito recetivo, o autor, ele é aquele que pratica o motor do tipo. O motor do tipo é
aquele que pratica a ação do peito, que no caso é o macaco. Mas ainda dentro desse mesmo
conceito tem a teoria do domínio do fato. O domínio do fato, como bem diz o próprio Claude, ele
fala que o autor não vem com o autor que auxilia na prática do teatro. E eu gostaria de ler no livro
de Wittgenburg, na página 586 e 587, que diz assim que é autor um conto que realiza uma parte
necessária do plano global.
Ou dito de outros termos, numa linguagem mais roxiana, o domínio do fato pode ser exercido das
seguintes formas. Pelo domínio da ação, pelo domínio da vontade e pelo domínio funcional do fato.
Que aqui eu destaco que é um exemplar da divisão do trabalho. Quando a gente realiza uma
contribuição importante, ainda que seja um ato típico, mas que se revele necessária no plano
global. Doutores, como eu bem falei, a cidade de Capitão Poço não é grande. Doutores, da
distância, se vocês pegarem o celular de vocês, jogarem um barco, restarem, e verem a distância
dele, do casão, é menos de 500 metros, três quarteirões. Ou seja, Marcelo poderia muito bem ir
andando. Exemplo, tem já que ele tinha, não se sabe o motivo, uma divergência com o vigia.
Quando ele não foi andando, eram três quarteirões, idade pequena, todo mundo anda, chega ali
bem rápido, em menos de cinco minutos, mas ele precisava de Arthur. Ele precisava justamente
porque ele tinha um modo pra fugir, pra ir pra invasão de onde que se queira, e então desaparecer.
E ainda mais, doutores, fora isso, ainda temos uma questão bem importante, como eu bem falei.
Porquê Laila, no seu decorrimento, diz que ela sofreu represálias. Que tem medo de represálias,
na verdade, perdão. E aqui, ela fala da sua ansiedade. Porque, doutores, é uma cidade pequena.
Infelizmente, há um homem nessa cidade, que é um ano vermelho. Um ano vermelho é uma
facção ali, naquela cidade, que infelizmente causa o morro daquelas pessoas. E isso não foi
diferente na vida de Arthur, de Wendel.
E por isso que Diana fala que há boatos de que eles dois fazem parte dessa facção. Doutores, eu
digo isso porque cidade pequena, você sabe o que cada um está fazendo. Eu digo isso porque
tem propriedade de uma família que mora em uma cidade pequena. Então a gente sabe quem são
as pessoas e quem não são. E a gente não fala o porquê. Porque a gente não quer ser bem com a
verdade? Não, doutores. Nós temos medo de represálias contra as nossas famílias. Contra crianças.
Neste caso, o Wendel tinha medo de estar com os outros filhos. Por que ele estava um ano
separado, se era um relacionamento de seis? Porque há dois anos ele sofria com essas represálias.
Ele era ameaçado e os autos, a Diana diz isso.
Por isso a Diana queria ser vista com seus filhos. Então, doutores, os fatos que eu trago aqui é
justamente para ressaltar que não há inexistência de prova de materialidade. Não há falta de í
ndice de autoridade. Muito pelo contr ário. Há fatos. Existem mentiras aqui nessas versões.
Justamente para tentar trazer dúvidas quanto à autoria. Mas na verdade, doutores, há só fatos
aqui que mostram cada vez mais que o Arthur estava cooperando para a morte desse pai que
justamente tinha dois filhos. Dois filhos que precisavam de seu sustento. Como é que Diana sabia
de tudo isso? Por que conversava com ele? Porque precisava daquele apoio também e dos filhos.
Então aqui eu trago essa palavra justamente para mostrar aos senhores a realidade, a versão dos
fatos que foram trazidos tanto pela testemunhas quanto no processo.
São fatos verídicos, são fatos de pessoas que infelizmente sofrem por esse mal. Infelizmente uma
vida foi cerifada. Uma vida não. Um pai de família, uma pessoa que infelizmente teve a vida essa
espada com apenas 33 anos. Agradeço a palavra. Eu passo agora a palavra para a doutora Elisabeth.
Reiterando os cumprimentos que foram feitos pela doutora Amanda, estendo meu bom dia a todos
os presentes, à doutora Gabriela, aos vice-presidentes, aos jurados e aos meus colegas de minist
ério. Amanda ressaltou muito a questão das contradições que foram expostas pelos depoimentos
tanto de Marcelo quanto de Arthur. E ainda em contradições eu gostaria de discutir dois fatos que
deixaram o Instituto muito intrigado acerca do que o próprio Arthur falou. Na folha 37 o Arthur
falou que não reagiu porque não entendia nada e de certa forma isso enseja em um estado de
choque.
Certo? No entanto, eu devo ressaltar que as imagens da filmagem capturada pela Escola de
Segurança no local, esse v ídeo, ele circulou pela internet e ele foi referenciado por todas as
testemunhas. Nessas imagens, a conduta de Marcelo não condiz com os sintomas médicos e psicol
ógicos do estado de choque. E eu vou ressaltar que o código do Colégio Brasileiro de Enfermagem
e Emergência, COBEM, e a Associação Brasileira de Psicologia de Saúde a abiciar. Alguns dos
sintomas do estado de choque são dificuldade de racionalizar, planejar ou pensar, incapacidade de
falar ou mover-se, inconsciência parcial ou total e fraqueza. Bom, como vocês podem perceber,
senhores jurados e todos presentes, em nenhum momento o Marcelo apresentou esses sintomas.
Tanto que ele foi capaz de estacionar a moto, dar uma ré e arrancar no momento que o Marcelo
sentou na garganta dele.
E no próprio intérim policial, no relatório do intérim policial, ele confessa que aguardou o Marcelo
terminar todo o interclínico, no caso, pra se evadir do local junto. E aí eu faço uma pergunta pra
vocês. Como uma pessoa que está em estado de choque, sofrendo dificuldade de pensar, letardia,
incapacidade de mover-se e fraqueza, que são sintomas relacionados à funcionalidade do
cereveiro, que é a parte do cérebro que é responsável por dar equilíbrio, é capaz de dirigir
uma motocicleta, veículo cuja tensão e equilíbrio são extremamente necessários. Nesse caso, a
gente não vê que foi uma falta de reação ou foi um estado de choque. Ele usou essa desculpa pra
ser coincidente com a conduta que estava sendo condenada e executada naquele momento. Outro
ponto que eu gostaria de ressaltar é sobre o uso da máscara.
Quando ele foi questionado acerca do uso da máscara, também na folha 37, que é a transcrição
do depoimento dele, o Arthur respondeu que foi um costume que ele adquiriu devido à
pandemia. Tudo bem. Vamos avistar. Os boletins epidemiológicos publicados pela Secretaria de Sa
úde do município de Capitão Poço comprovam que não existia nenhum caso de Covid registrado
desde o dia 27 de março de 2022. Sendo que, nesse dia, não houve nenhum caso na última
semana, tampouco nas últimas 24 horas. No entanto, a Covid só voltou a aumentar dias após a
ocorrência do fato. Por quê? Porque era o final do período de férias. Então as pessoas vibram para
as cidades interiorantes para fazer turismo. Sobre isso, vamos ser francos, é uma questão de bom
senso.
Uma pessoa preocupada com a pandemia, que adquire costumes de higiene, iria jogar bola?
Porque ninguém falava que conhecia o Marcelo da bola. E uma das versões apresentadas pela
doutora Amanda, eles tinham ido para o bar depois de um jogo de futebol. Uma pessoa
preocupada com a pandemia, com as consequências que são imensuráveis na pandemia no Brasil,
que não foi só nas capitais do Rio e no interior, ou sim na pandemia, os boletins devem ter um
epidemiológico que comprova isso. Ela iria jogar bola? Ela iria sair para beber? Ele nota que as das
pessoas que ela nem conhece, pois ele falou que ele não conhecia o Marcelo e que naquele
momento ele está fazendo contra duas pessoas, trois? Três pessoas, dois homens e uma mulher
e que, preocupado com a pandemia, não se trataria de falar convivendo com pessoas que não
sabem quais são os hábitos de higiene, quais são os hábitos de segurança, se as inclusões estão
para assinadas. Eu e o Ministério Público não achamos isso coerente.
Então, após toda essa abordagem, concluímos que o da máscara e do boné foi exclusivamente
relacionado ao fato de não ser identificado pela Chama de Segurança, o que, pasme, não deu certo,
porque ele foi reconhecido por várias pessoas, visto que esse vídeo começou a circular na internet,
inclusive pelo próprio quadrasto, e isso levou ele a se evadir da cidade. Ele mesmo fala que ele foi
para a casa da avó, em outro município, muito longe de Capitão Poço, porque as pessoas estavam
reconhecendo ele e atribuindo à persona dele a ligação com esse crime, e, de fato, ele foi morto.
Tendo isso em mente, a gente fica dizendo, pô, fica o Chama inconveniente esse, porque ficar em
casa, tomar vacina, enfim, tomar todas as providências necessárias que a Organização Mundial da
Saúde lhe impôs, e isso não rola, né?
Mas usar a máscara na hora de cometer um crime para não ser reconhecido, e isso dá tudo bem.
Tendo isso em mente, a TV não fez o possível para excusar o Arthur da culpa dele em relação a esse
crime. E uma das possíveis teses, às vezes, que a TV não fez, é tentar desqualificar esse crime
para latroc í nio, retirando, sim, a compet ê ncia do Tribunal do J ú ri. Bom, vejamos. Segundo
Guilherme Gould, página 385, quando o louco se qualifica pelo resultado morte, denomina-se
latrocínio, exige do louco na conduta antecedente, que seria o louco, ou culpa na conduta do ou
culpa na conduta subsequente, que é a morte. A TV é o método de causalidade entre a prática
do louco, a primeira conduta, e o resultado morte, a segunda conduta.
Nesse sentido, a jurisprudência é muito firme em relação aos requisitos para a configuração do
latrocínio. Eu vou ler dois trechos de jurisprudência que eu trouxe, uma do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais e outra do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Subsistindo dúvidas quanto ao
elemento necess á rio à configuração do latroc í nio, que é o ânimo de furante, h á de se
promover a qualificação do delito para homicídio. Submetendo-se os réus de ajudamento do
Tribunal de Justiça. A segunda jurisprudência agora do Tribunal do Pará. Se a subtração patrimonial
ocorrer posterior à violência, que nesse caso é o ânimo de furante, o ânimo de matar, em
designio autônomo, ou seja, intenções separadas, não conjugadas, que é o necessário para
estabelecer o crime de latrocínio, distinto daquele que terminou o ataque fatal, não há do que se
falar em delitos de latrocínio.
Com base nas declarações e nos demais elementos probatórios careados nos autos, não resta
contestada a intenção de matar. Verifica-se, então, que o crime não contém os elementos hábitos
para enquadramento de sua conduta na hipótese de latrocínio, porquanto não existe qualquer
relação contínua com o crime concreto entre as condutas e aquele crime. No presente caso, houve
sim o ânimo de furante, que é a intenção de subtrair o vítima, a intenção de furtar alguma coisa.
Porém, ele não est á conjugado com o ânimo de metano. Foram condutas separadas, foram
designios autônomos. Marcelo apenas roubou a arma da vítima quando percebeu a oportunidade.
Então, ele não leva a intenção dele desde o in í cio. Por isso, não é pertinente falar em
desclassificação do crime para latrocínio.
Portanto, para a configuração do latrocínio, o roubo teria que ser qualificado pela morte. E, nesse
cenário, a conduta antecedente foi a morte, e não o roubo. Logo, como eu já falei, não seria
pertinente a desqualificação do latrocínio e, caso a defesa sustente essa tese, ela não persiste. Ou
seja, não há que se eximir o réu, o acusado Arthur, da competência do Tribunal do Juiz. Agora eu
passo a fala para a Dra. Eveline.
Bom dia. Com respeito. Saúdo. Com respeito ao juiz Cláudio Hernández Silva Lima, os servidores
do Poder Judiciário, os inúteis representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e aos
juízes aqui presentes. Em minha argumentação, apresentarei os t ópicos que vão configurar a
tentativa de homicídio da vítima Laila de Abreu Soares. E o reconhecimento dos acusados. Pela
testemunha do informante Alessandro da Silva de Olímpica. Primeiramente, sobre a configuração
do suicídio tentado da testemunha, é bom relembrar alguns pontos que foram apresentados no
seu depoimento. Antes, é bom se lembrar que a vítima estava passando por sérios problemas
psicol ó gicos. E no seu depoimento apresentado, que a v í tima estava passando por s é rios
problemas psicológicos, que aconteceu um ano depois do fato, ela informou que precisou se
esquecer de alguns detalhes para ter uma melhor qualidade de vida.
Contudo, em seu depoimento feito na época do fim, ela deixou muitos fatos evidentes. Com a sua
memória, vamos assim dizer, mais fresca. Segundo a vítima, ela trabalhava com Mendel. Que era
a segurança do local perto do seu trabalho. Eles conversavam bastante. E na noite do crime, ela
sentou na calçada e começou a conversar com ele. Ela mexeu no celular, quando do nada foi
surpreendida pelos tiros que vieram do Marcelo e do Arthur. Certo? Como a vítima, ela estava
mexendo no celular, ela não conseguiu identificar na hora onde estava acontecendo. Ela s ó
escutou o barulho e saiu correndo. E foi atingida, e foi atingida por um tiro nas costas. Em seu
depoimento à vista, ela conseguiu identificar, depois de ver os vídeos de segurança, como eram
os acusados.
E ficou demonstrado que desde o início da infecção, era sem falar a vida de Mendel. Por quê?
Porque a vítima Laila saiu correndo quando escutou os barulhos do tiro. Então, Marcelo poderia
virar e continuar atirando no Mendel. Mas eles foram diretamente para Mendel. Sendo assim, a v
ítima ficou escondida e foi socorrida por sua irmã e o seu ex-cunhado. Assim, configuramos o homic
ídio tentado em desde o amor de Laila de Abreu. Mas o que significa a tentativa de um homicídio?
A tentativa de um homicídio é um crime grave que atenta contra a vida de uma pessoa, com o
objetivo de sem falar. Mas, por algum fato, não é um crime grave. Por algum fato não previsto,
isso foi impedido. Assim, há a intenção de matar. Então, eu tenho o dono.
Mas, para que seja enquadrada a tentativa, houve a falha. O doutrinador César Roberto do Tempo
define como a tentativa é um crime que entrou em execução, mas o seu caminho para a
consumação é interrompido por circunstâncias e acidentagens. Para, então, acontecer a tentativa
de homicídio, eu teria que ter algumas características, como, por exemplo, a intenção. O réu, ele
tem que ter a intenção de matar. E foi o que teve. O Marcelo e o Arthur tiveram sim a intenção de
secar a vida dos dois. E ele tem que ter uma ação incompleta. Infelizmente, no caso da última vez,
a ação não foi completa. Mas, de lá, ela sim. Pois ela conseguiu fugir do local do crime. Lembrem
que eu falei que, para ter, é, para ter um resultado, eu tenho que ter, eu tenho que ter dono.
Dono é a intenção que a pessoa tem de cometer o crime. Quando a gente fala do caso da Laia, a
gente está falando de dono eventual. O dono eventual, de acordo com o Luiz Regis Prado, é a
intenção do, é , não é a primeira intenção do agente. Ele tem uma intenção voltada para
determinar o resultado. É, mas, ele assume o risco, ele assume o risco desse resultado. Ele entende
que esse resultado pode acontecer. Não é o que ele quer. Mas, ele entende e mesmo assim
assume e faz as suas práticas. Então, o agente, conhece a probabilidade de sua ação e ainda assim
continua. É possível dizer que, de forma consciente, Marcelo e Arthur viram que Laia estava
sentada do lado da vítima vendo.
E quando saíram e começaram a atirar, eles tiveram, sim, a consciência de que a bala poderia
acertar a vítima Laia. Então, eles apresentaram, tentativa de homic ídio com dono eventual.
Ademais, a defesa pode tentar apresentar que não houve uma tentativa de homicídio e sim uma
lesão corporal. Contudo, é, a lesão corporal, ela tem a intenção de machucar e não de matar.
Sendo que, os agentes tiveram, sim, assumiram o risco de matar a v í tima. Al é m disso, o
reconhecimento do acusado foi feito pelo seu padrasto. O depoimento é uma das testemunhas,
é muito importante para ajudar a esclarecer os fatos. Quando se fala de informações, de
informantes, que normalmente são pessoas relacionadas ao acusado, as pessoas ficam, e os
delineadores, ficam com certas dúvidas.
Porque corre o risco desses, é, desses, desses informantes não falarem totalmente os fatos ou não
quererem proteger o seu parente, o que é perfeitamente normal. Ninguém quer participar da, da
acusação de uma pessoa que ama. Então, foi de suma surpresa para o Minist ério Público, o
testemunho do padrasto, do Artur Moraes Rodrigues. O Alexis Sandro, é, afirmou que era padrasto
e que, era, que, que quando o Artur completou a maioridade, ele virou uma pessoa que o, ele, que
o padrasto não reconhecia mais. Que, ele começou a ter certos comportamentos diferentes. Pois,
começou a sair muito à noite, passava a madrugada fora e voltava para casa extremamente bê
bada. É, além disso, ele estava andando com amizades que ele não quis apresentar à família. Eram
amizades estranhas, tanto para ele, quanto para a mãe do réu.
Sendo assim, no dia 4 de julho, a data do crime, o réu saiu para jogar bola, é, voltou para casa e
depois saiu à noite para beber. O crime, pela câmera de segurança, é, informa que aconteceu
por volta de meia-noite e vinte. Só que, o padrasto afirma que o réu se retornou perto do
reconhecer no dia, do dia 5. E que, é, quando ele saiu para o trabalho e quando ele voltou, por
volta de onze e meia, o réu não estava mais no pássaro. Não, o réu estava dormindo. E quando ele
saiu para trabalhar à tarde, e voltou, foi a última vez que encontrou, é, ele não teve mais notí
cia do réu. O réu estava desaparecido. Então, é, nada, quando no dia 6 ele voltou para o trabalho,
uns colegas mostraram o vídeo.
E, na hora, ele não teve nenhuma dúvida. Ele identificou a moto de samba vermelha, de, de seu
enteado, e identificou que era ele dirigindo essa moto, e que, é, ele estava com máscara e boné.
E agora eu pergunto aos presentes, é, se o réu não tivesse realmente participação, o padrasto
daria um depoimento tanto arriscado, motivando, é, a, motivando prejudicar o seu enteado, é, o
seu Alex agiu com a justiça, pois, ele falou, informou realmente o que estava acontecendo, e de
seu conhecimento. Sendo assim, eu agradeço, e passo a palavra para o, para o colega doutor
Alexandre. Bom dia, bom dia. É, inicialmente, eu gostaria de, trazer meus cumprimentos, agradecer
muitíssimo, o senhor juiz de direito, o doutor Cláudio Lima, é uma honra, é, acompanha já o seu
trabalho, já, já como assistiu uma, um julgamento com o senhor Petitinho.
Antes de descobrir o Marcelo e o Arthur tiveram algum direito de ver, como é que deu? Só sabe
dizer?
Só sabe dizer? O Marcelo e o Arthur fazem parte de alguma facção criminosa? E já ouviram o
Arthur, n é ? A população é cidade pequena, bairro pequeno, todo mundo comenta neles.
Comenta o quê? Que eles são os mais fracos. E qual a facção que são eles? Não conheço essas
coisas. Na época que a simbóloga que vive é como um doente, o doente pegou a relação com a
simbóloga. Eles estavam sendo ameaçados por alguma facção, alguma coisa assim. Ele não chegou
a falar, mas eu confiei. Porque todos os dias ele ia ter que ficar em casa, né? Aí um dia ele falou
que eu não podia mais ir lá para ele, porque o trabalho dele estava muito arriscado. Aí não podia
mais andar bem tarde. E eu fui verificar ele, se ele estava sendo ameaçado. E ele não quis contar.
E por uns dias ele me disse que ele ia poder despejar o trabalho dele. E eu fiquei sentindo
ameaçado. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim.
Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Sim. comparar é a questão do
depoimento dela por escrito, que no caso consta no processo e eu vou pedir aqui para a oficial
colocar, tá bom?
A í , adobo aqui, adobo, adobo, adobo, adobo, adobo, adobo, adobo. Então, em termos de
comparação, a gente percebe que ela não quer, no caso, falar um pouco mais sobre o fato. Ela tem
receio de falar sobre as ameaças, ela fala multamente sobre a questão das ameaças, e no
depoimento dela, que foi escrito, ela detalha muito bem a questão dessas ameaças que o ex-
companheiro sofria. No caso, eu vou trazer alguns trechos. E hoje, no depoimento dela, o nacional
Wendel Souza Marinho passou quase dois anos sendo ameaçado pela facção conhecida como
Comando Vermelho, que, segundo a declarante, o nacional Wendel, começou a andar mal até
dentro de casa, não largava mais a água de forma alguma. A declarante apoiou que o nacional
estava agindo de forma estranha e pedindo perdão o tempo todo.
Pedindo o tempo todo que a declarante não deixasse os filhos dele esquecerem ele. A declarante
afirmou que a facção sempre o ameaçava, afirmando que ele só queria ser polícia e, uma hora ou
outra, ele iria pagar. A gente percebe aí a questão do depoimento dela, que ele recebia ameaças
de fato. É importante ressaltar que, como o caso da minha colega já afirmou, a doutora Amanda,
que ele estava tão preocupado com a questão das ameaças que ele não estava mais nem vendo os
filhos dele. No caso, ele tinha dois filhos. Em relação a um dos trechos que ela comenta aqui, no
documento dela, é que ele confrontava a criminalidade e, por isso, uma hora ou outra, ele
poderia sofrer alguma consequência.
No caso do Comando Vermelho, todos aqui já sabem, é uma facção que age de forma violenta,
é uma facção que não tem questão só da violência, mas é uma questão também do tráfico de
drogas, é uma facção que domina a violência. Ela domina a cidade, domina bairros. E a gente tem
que pensar que, se uma facção, por exemplo, Brutal Winter, que era um segurança, que andava
armado 24 horas, imagina o que poderia fazer com um cidadão comum? Uma mãe, uma dona de
casa, uma criança, um adolescente. Outro ponto que eu quero ressaltar, em relação ao vídeo dela,
é que ela conheceu o Arthur do bairro e que há muitos boatos em que ambos são faccionados.
Dando ainda mais grande habilidade para o depoimento do padrasto, que ele diz que não conhece
as amizades do enteado e que o Arthur estava envolvido com pessoas estranhas que ele não queria
nem apresentar para a família.
Foi acompanhado até a invasão de Cidade de Deus, onde os mesmos, próximo à mata da invasão,
revidaram a coalição com disparos de arma de fogo. Sendo necessário, o revidado pelo relator era
injusto à agressão, percozendo cinco disparos com sua arma de trabalho. Esses feriantes
tomaram um ignorado, abandonaram o veículo no local. Então a gente percebe que a mesma moto
que foi usada no crime, no homicídio, do Andrew, está aparecendo aí de forma extremamente
violenta. A apreensão da moto, no caso, foi de forma violenta. Foi por meio de uma troca de tiros
que os policiais não conseguiram identificar os suspeitos e fugiram abandonando o veículo. Desta
forma, o veículo foi recuperado e o Arthur identificou. O Ministério Público jamais pode afirmar
quem está, quem estava pilotando essa moto, os dois indivíduos que estavam nessa moto, mas o
que poderíamos fazer é apresentar o fato aos senhores e mostrar as circunstâncias pelo qual a
moto foi apreendida, por meio de uma troca de tiros. Enfim, passo a palavra à doutora Carol que
iria dar o procedimento.
Bom dia. Eu gostaria de fazer uma saudação para o senhor doutor Luiz, para a linha de defesa, para
os jurados aqui presentes. Eu gostaria, primeiramente, de ressaltar a parte do que a gente pode
inferir relativamente a isso. Uma vez que, conforme o meu grupo relatou, tem a materialidade do
fato, tem a questão da autoria, sabemos que foi ele, sabemos que a materialidade, o bem jurídico
estava lá. Estava violado. O corpo estava no local do crime. E nós, juntando tudo isso, temos que
analisar a causalidade de tudo. Primeiro temos que analisar o que a conduta do referido réu tem
a ver com a consumação do crime. Afinal, não basta sabermos quem fez, o que fez, até porque,
no direito, nós sabemos que existem as possibilidades do dobro e da culpa.
Na culpa, podemos perceber muito bem que a pessoa está lá, tem a pessoa, tem a ação, mas o
que é que isso tudo tem relevância para a questão do fato típico. Gostaria de ressaltar bastante,
de uma forma, na verdade, bem simples, a teoria da equivalência das condições, que é ressaltada
pelo nosso útil jurista, Littencourt, em seu livro, que fala sobre a questão do Código Penal. Ele fala
sobre a estrutura do artigo 13 do Código Penal, que fala sobre a causalidade. Mas o que é que
essa teoria tem a ver com o fato? Ela afirma que todo o fator contribui, de alguma forma, para a
ocorrência do evento, e que ele é a causa, mesmo que for mera porcentagem, desse evento
causado.
Tendo em vista que o dobro e a culpa são reguladores dessa teoria, uma vez que a gente pode
perceber que, mesmo que tenha acontecido o fato, com tal pessoa, em tal momento, tem de onde
saber o que essa pessoa tinha intenção, qual era o ânimo de essa pessoa. E nisso, pegando essa
linha, a gente também tem que não apenas pensar, porque um exemplo que eu posso dar, é a
questão da Watkins, que vocês devem conhecer. Foi um caso que repercutiu muito, teve muitas
pessoas viciadas, e, em específico, uma pessoa que teve uma tentativa de início, que foi a pessoa
que vendeu o choco de artifício. Mas aí, vocês pagam e pensam. Essa pessoa realmente agiu de
forma que queria que esse crime se concretizasse? Ele estava vendendo o choco de artifício.
E podia facilmente, os focos poderiam ser comprados em qualquer lugar. Então, a questão dele
não foi assim tão relevante para o acontecimento do crime. E nisso, pegando essa linha, eu gostaria
de falar também da teoria da imputação, que é ressaltada por Mittencourt em seu livro, mas é
elaborada por Paul Schwartz, que fala sobre um resultado causado pelo agente somente pode ser
imputado a conduta que criou um perigo para o bem jurídico. E, digamos assim, qual o bem jurí
dico? A vida. Os seus critérios. Criação de risco jurídico penal, realização desse risco no ato e
resultado que gere importância no ato penal. Mas o que deve ser verificado sobre essa conduta do
agente? A conduta desse agente. Deu causa no resultado? Outros fatores interferiram nessa
condução? Da conduta. Desde a chegada dele ao barco.
Desde a chegada dele. Levando ele ao local onde o vigente estava. Até o local da fuga. Porque é
comprovado que eles se evadiram do local. Assim como também a conduta apresentou alguma
diminuição no risco do bem letal. Ele fez alguma coisa desse risco para o que o bem não estivesse
em risco. Levando em consideração que ele levou o autor do crime, evadiu-se do local com o autor
do crime e fugiu. Retornando para casa só de manhã com uma firma ao quadrado dele. E depois
sendo reconhecido, sendo evadido do local, não se prestando nem a fazer depoimento direto à
polícia. Porque, eu não sei vocês, mas eu, se presenciasse o evento de um crime hediondo, porque
foi um homicídio, tentativa de homicídio, eu iria para minha casa, depois de presenciar esse fato,
sem ao menos ir na delegacia e falar Ah, eu presenciei o caso, o que aconteceu, ele me ameaçou,
falou que era para eu voltar, que era para eu levar ele para lá, e depois eu ia embora.
E se evadiu do local. Sem contar que fugiu. A partir do momento que começaram a fazer
reconhecimento. Agora, eu pergunto, se não tivessem feito esse reconhecimento, ele teria
realmente se entregado? Porque aí vemos na data dos fatos. O crime foi ocorrido dia 4 de julho
de 2022. Ele se entregou na pol í cia dia 11 de setembro. Depois de terem feito todos os
reconhecimentos. A cidade sabia do fato. Ele se evadiu do local. E a nota é apreendida. Se esses
fatos não tivessem acontecido, vocês realmente acham que ele iria se entregar? Tão facilmente
assim? E, inclusive, na alegação, falando da questão, da causa, da conduta, quem interferiu na
produção, na alegação de Arthur, ele fala muito claro que, pelo menos em uma das alegações dele,
ele fala que chegou ao bar e Marcelo estava bebendo com mais dois homens.
Que nome era? Se ele afirmando, amigo de bola, se conheciam tão pouco, como é que essa
pessoa poderia ser, de tantas pessoas que estivessem no bar, dentre os amigos, prováveis amigos
de Marcelo, não sabemos, mas que estavam bebendo com ele no local? Ele era a única pessoa
que podia levar ele pra algum lugar? Porque, dizendo ele, cabra pra casa. Aí, dizendo outro, vamos
lá beber em casa. Dizendo as depoimentos de Marcelo. E aí, falando sobre isso, desses fatos de
depoimentos controversos, ele era a única pessoa que poderia acompanhar Marcelo para casa?
Dentre as outras pessoas que estavam bebendo com ele naquele local? Falando dessa forma, nós
podemos também falar que ele estava sentado distante dele. Então, como é que uma pessoa que
estava bebendo com talvez, prováveis amigos que estavam bebendo, chega uma pessoa distante
e fala, me dê uma perna pra casa?
É de se pensar se, realmente, a conduta dele não teve causa no fato. Se, necessariamente, como
falamos da questão da distância, 500 metros. Menos quatro partes de nós. Cidades pequenas,
cidades de interior, se ele quisesse realmente executar esse cara sem nenhuma ajuda, ele poderia
facilmente ir andando até o local do crime e disparar com o sujeito. Mas ele precisava de alguém
pra levar ele na fuga. Porque uma coisa é você matar alguém que está em um local. E como é
que você consegue fugir daquele local? Pra onde você vai? Toda essa linha de raciocínio, a gente
pode pensar que a defesa vai tentar negar que ele não sabia. Ele estava lá por puro azar, levou ele,
não sabia que. Que ele ia cometer esse crime. E aí, começamos a pensar que o que eles podem
alegar?
Que ele estava em perigo. Que ele não fugiu do local, porque tinha medo de levar um tiro. Assim
como o Laia levou um tiro nas costas, e o Edan levou tiros na cabeça. E aí, paramos pra pensar. Eles
podem insinuar que essa questão, dele não saber, que ele estava em perigo, ou por isso que ele
não fez nada, não fugiu. Assim, paramos pra pensar na questão do que é escrito no livro de
Wittenkuhl. Ele fala que quem não tem essa obrigação de proteger aquele bem jurídico, não é
policial, não é segurança, não é praticante dessa proteção, ele não tem a obrigação de se tornar
um condutor heróico. Os livros que falam sobre a questão da sua ação, não necessariamente falam
sobre a questão de você ir lá e tentar defender a pessoa, ir lá e tomar um tiro no lugar da pessoa,
ir lá e tentar impedir que o crime aconteça, mas também tem a questão do que a gente pode
imaginar que ele podia ter feito.
Ele podia ter fugido? Ele estava em cima de uma moto, o sujeito desceu da moto, ele esperou o
sujeito terminar de fazer a sua execução do crime, e nesse exato momento em que ele terminou,
ele afirma não vi o homem morrer, não vi ele disparar os tiros contra a Laila, mas podemos muito
bem ver que ele se vira, ele acompanha o crime, toda a condução penal é acompanhada por ele
visualmente. Então como é que ele não pode ter visto os tiros na cabeça, as balas indo em direção
a Laila? E podemos dizer que eles podem até tentar alegar um estado de necessidade porque ele
não tinha como fugir. Não tinha como fugir daquele crime. Inclusive, o estado de necessidade fala
sobre a extrusão da instituição, de fazer com que ele possa ser absolvido e não tenha que cumprir
a pena.
Mas aí para nós para pensar, realmente ele não podia fazer nada? Porque um dos requisitos que
falam sobre a questão da instituição, da instituição que fala sobre o estado de perigo, é perigo
atual inevitável. Inevitabilidade por outro meio. E aí para nós para pensar, ele estava armado,
podia ter despedido tiros, mas a questão fala sobre a ameaça. E como podemos ver no depoimento,
não separei esse vídeo, mas no depoimento dele ele diz, ele chama a pessoa de algum jeito, ele
falou para você, ah, me deixa aqui senão eu vou te matar, vai acontecer a mesma coisa com você.
Não. Me deixa em tal lugar. Foi lá, deixou e sumiu nesses tempos, nesse horário, desde a noite at
é de uma hora e dada. Estava sumindo. Então o que podemos pensar nesse fato?
Tá, ele tinha um risco, ele tinha um medo. O que ele poderia fazer com o sujeito que estava armado?
E aí pegamos nesse requisito de que é inevitável esse perigo. E aí falamos sobre a questão que
é muito bem ressaltada por Bittencourt que fala, que é dissertado como, havendo outra
possibilidade razo á vel de apostar o perigo, esta explodente não se justifica. Mesmo que a
possibilidade seja fulgida. Não teve expressa ameaça. Ele não chegou e ameaçou o réu. Ele não
chegou e ameaçou o réu. Então, como podemos ver esse perigo eminente e inevit ável? Era
realmente inevitável? Ele poderia não ter fugido mesmo? A partir do momento em que ele decide
levar o sujeito até o local do crime, retirar o próprio sujeito do local do crime e evadir-se do local,
ele também é conivente com a sequência desse crime.
Até porque, paramos para pensar assim, se ele realmente não quisesse fugir, ele não fugiria. Tanto
é o que ele fez. Ele poderia muito bem fugir. E não só isso, mas eu afirmo que a partir do momento
em que ele tivesse se entregado, a defesa e também a acusação seriam muito mais coniventes.
Porque uma pessoa que não tem culpa se propõe como vítima. E fazendo esse adendo, eu gostaria
de fazer um apelo para vocês, levando em consideração toda a questão do que foi ressaltado, do
que vocês podem comprovar do que foi alegado aqui, que vocês saibam, sim, ocorreu um homicí
dio. Ele foi conivente com esse homicídio. E ele evadiu-se do local. Ele cometeu um homicídio como
coautor. A tentativa de homicídio da moça que levou um tiro nas costas, e também os subtraíram
o bem da arma no segurança. Então, além de homicídio, a tentativa ainda furtou a arma, que,
dizendo ele, não viu ele furtar a arma em segurança. Dizendo isso, eu quero que vocês reflitam
sobre todas essas questões apresentadas e o Ministério Público inserir essas alegações para a
defesa falecer.
É, nesses intervalos, eu sempre fico falando, fico falando assim como toda a parte prática, né? É,
sempre que na passagem da palavra do EPI para a defesa, a gente sempre dá uma, normalmente
dá uma suspensão para a defesa, para que os jurados possam tomar água e outro alérgico. Como
aqui nós estamos com a simulação, eu vou, claro, pular isso só para explicar para vocês. Então
passaremos agora a palavra do Ministro da Defesa. Estou pronto, senhor? Microfone para o
Ministro da Defesa. Bota o lado errado. Microfone para a Defesa. Com a palavra, Defesa. Bom dia.
Eu gostaria, primeiramente, de saudar a vossa presença, doutor Claudio. Gostaria de saudar tamb
ém aos meus colegas do Ministério Público, os meus colegas da Defesa, o corpo de jurados e as
demais pessoas que estão aqui presente hoje aqui na plateia.
Hoje, aqui nessa tribuna, estamos a tratar de uma injustiça. Em relação ao senhor Arthur Moraes
Rodrigues. Um jovem de apenas 24 anos de idade. Que hoje está sentado na cadeira dos réus por
uma conduta que sequer cometeu. O Ministério Público distorceu totalmente os fatos. Eu gostaria
de pedir atenção para a veracidade dos fatos. No dia 4 de julho de 2022, na cidade de Capitão Poço,
no interior do Pará, estava o senhor Arthur no bar Ressaca, tomando a sua cerveja, depois de ter
brigado com a sua companheira. Quando chegou o senhor Marcelo, um conhecido seu, do Jogo de
Futebol, que pediu ao senhor Arthur uma carona. Vejam bem, no interior do Pará, é muito de
costume que as pessoas prestem atos de solidariedade. Eu falo isso porque eu também sou de
uma cidade no interior do Pará.
O senhor Arthur disse que sim. O senhor Arthur disse que sim. Ele disse que sim, que ele podia
levar o senhor Marcelo, Zungo Marcelinho, ao local que ele pretendia. Falou que era para levar
com sua casa. Então os dois subiram na moto e começaram o trajeto. Os dois passaram na rua
onde fica o local Sushi Casa. Onde trabalhava a senhorita Laila, que estava conversando com o
senhor Wendel. Pois o senhor Wendel era vigia em local ali perto. Quando passaram, o senhor
Marcelo disse para o senhor Arthur, eu preciso voltar. Eu quero falar com aquele vigia. Voc ê
poderia voltar? O senhor Arthur disse que sim. Então os dois voltaram. Ao se aproximar perto do
local onde estava a senhorita Laila e o senhor Wendel, o senhor Marcelo pulou da moto e começou
a efetuar tiros em direção ao senhor Wendel, sendo que um desses tiros pegou na sua mão. Então
o senhor Wendel disse para a senhorita Laila, nesse exato momento, o senhor Arthur ficou
paralisado. Ele não tinha reação. Ele ficou em um estado de extremamente medo. Eu gostaria de
fazer a pergunta para o corpo dos jurados. Vocês, no lugar do senhor Arthur, teriam uma reação
diferente? Vocês não ficariam? Vocês não ficariam? Em um estado de medo, vendo diante dos seus
olhos acontecer uma fatalidade dessas?
Posteriormente, o senhor Marcelo voltou à moto com o senhor Arthur. O senhor Arthur ficou com
medo, pois a sua vida estava em risco. Aquela mesma pessoa que efetuou tiros no senhor Wendel,
podia efetuar tiros também. Então eles continuaram o trajeto. O senhor Marcelo pediu ao senhor
Arthur que deixasse ele em um lugar distante, onde havia acontecido aquela conduta, aquela
infração penal. O senhor Arthur deixou ele. Em um lugar muito distante, na zona rural de Capitão
Poço. O senhor Marcelo ameaçou o senhor Arthur, dizendo que ele não devia falar nada, nada,
daquilo que tinha acontecido. Então o senhor Arthur, com muito medo, voltou para a sua casa. E
seguiu o trajeto. Eu gostaria de finalizar a minha fala, fazendo as seguintes indagações aqui com o
Corpo de Jurados. E se fosse alguém, um parente de vocês, uma pessoa próxima, que estivesse no
lugar hoje, do senhor Arthur, o que vocês pensariam em relação a isso? Além disso, diante dos
fatos aqui alegados hoje, vocês acham mesmo que em algum momento o senhor Arthur Moraes
Rodrigues cometeu algum crime? É isso. Obrigado. Eu encerro a minha palavra.
Bom dia a todos. Primeiramente, saúdo à mesa ao senhor, vossa excelência, senhor juiz, doutor
Cláudio, aos colegas da defesa e aos colegas do Ministério Público, e ao Corpo do Júri e aos demais
presentes aqui. Pelo que vocês viram, o Ministério Público alega total materialidade. A doutora
Isabelle trouxe que a defesa queria alterar a competência para o crime de latrocínio. Não estamos
aqui tentando demonstrar para vocês que não há materialidade. Que não houve o crime. Houve
o crime. O que estamos aqui demonstrando a vocês é que o senhor Arthur não foi coautor deste
crime. Não houve autoria de sua parte. A doutora Ribeirinho nos traz a tentativa de homicídio. Essa
controvérsia dizendo que para ter homicídio deve ter a intenção. E no depoimento da testemunha
da ofendida, a vítima, a senhora Laila, ela demonstra que apenas correu.
E diz que se tivesse a oportunidade, se o senhor Marcelo tivesse a oportunidade de separar a sua
vida, ele teria. Portanto, ele não teve nenhuma intenção de tirar a sua vida. Portanto, não é discut
ível a materialidade. Nesse caso, é discutível a coautoria do senhor Arthur, o motorista da moto
no local. De acordo com o doutrinador Rogério Greco, ele nos traz uma fala do senhor Milo Batista.
Que ele fala da divisão do trabalho em uma conduta criminosa. A questão da teoria no domínio do
fato. A teoria no domínio do fato é a questão do autor quando ele planeja, ele tem a intenção
que no caso do crime homicídio que está sendo julgado, a intenção de matar. Quando ele possui
o domínio do núcleo do crime, a intenção de matar.
Para ser coautor deste crime, necessita do domínio funcional do fato. De acordo com a jurisprudê
ncia do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, alega que para ter a coautoria, para ter o domí
nio funcional do fato, é necessário conhecer e ter a intenção de matar. A intenção também do
coautor. Ter o conhecimento do planejamento do crime. E não foi o caso. O depoimento do senhor
Arthur, ele menciona que não sabia que o senhor Marcelo tinha uma arma. Não sabia que o senhor
Marcelo tinha uma rixa com o senhor William, a vítima no caso. Ele não sabia de absolutamente
nada. Apenas iria levá-lo. Uma carona iria dar à sua casa. Então, não há qualquer indício da teoria
funcional do fato. O que seria elemento necessário para atribuir a coautoria do senhor Arthur.
Portanto, o senhor Marcelo. Eu gostaria, para iniciar a justiça, para mostrar o tempo e vítima do
senhor Marcelo aos senhores jurados. Para que vocês vejam que o senhor Marcelo afirma que não
comunicou o que iria fazer ao senhor Arthur. Não comunicou sua intenção. Não comunicou
qualquer motivo que iria levá-lo a aceitar a vida do senhor Wendel. Portanto, ele apenas disse que
ao encontrar o senhor Arthur no barco, ele convidou a ir à sua casa para tomar uma cerveja. E,
conforme ele, chamaram algumas gadas, segundo o depoimento. E, chegando lá, retornaram. Em
busca de decidir o que eles tinham feito, iam atrás de comprar essa cerveja. Voltando, avistaram o
segurança. E, na hora, o senhor Marcelo pediu para Arthur para que encostasse onde o senhor
Wendel estava para que ele tenha uma conversa.
Apenas uma conversa. O senhor Arthur jamais imaginaria que ele iria aceitar a vida do senhor
Wendel. Ele levou como qualquer outra pessoa levaria se estivesse dando uma carona. É apenas
um favor. É apenas a sua questão de solidariedade com qualquer cidadão. Então, levou. Ao chegar
ao local, o Minist é rio P úblico afirma que o senhor Arthur at é deu r é na moto. Chegou e
estacionou. O que não foi um fato benigno. Na questão do acontecimento, o senhor Arthur, antes
de chegar no local, o senhor Marcelo pulou na moto, efetuando os tiros. E, naquele momento, o
senhor Arthur ficou paralisado. Ele não entendeu o que estava acontecendo. Por isso, eu trago uma
reflexão para vocês. Qual seria a sua reação no momento? A de Arthur foi ficar paralisado. A reação
do Ministério Público que todos torceram era ele fugir.
Mas, não tem como, não é algo objetivo entender qual será a reação de cada um. Então, a reação
de um é diferente da reação do outro. E a reação do senhor Arthur foi ficar paralisado no
momento. O Ministério Público alega que, se ele estava tão paralisado, porque ele conseguiu dirigir
a moto depois? Senhores, qualquer pessoa em estado de medo pode dirigir uma moto. Não tem
provas de que uma pessoa em estado de medo não possa dirigir uma moto. Ele levou. Ele sabia
dirigir. O estado de medo não tinha essa capacidade. Então, ao levar o local, o senhor Arthur saiu
do local, levou o senhor Marcelo ao local distante, no meio de um lago, e o senhor Marcelo desceu
da moto. E, ameaçou o senhor Arthur, para ir para casa, e não contar a ninguém.
E entrava o pensamento da questão da ameaça. O que significa ameaça? Ameaça não é apenas
falar. Não é apenas mostrar que, se você não fizer isso, você vai morrer. Se você não fizer isso,
vai para a sua família. Em nenhum momento a ameaça significa isso. A ameaça pode ser a questão
da intimidade, de deixar intimidado o senhor Arthur. Então, o senhor Arthur presenciou o homicí
dio. Presenciou o homicídio. Então, ele ficou intimidado na questão. Ficou com medo de ser ele a
próxima vítima. Então, ele apenas obedeceu o senhor Marcelo. Levando ao local onde ele pediu,
e depois indo para casa. O ministério colocou atrás a questão do padrasto ter, no outro dia, visto
Arthur dormindo e, à tarde, não ter visto o Arthur sem o Arthur.
Portanto, no outro dia, o senhor Alex reconheceu que seria o Arthur quem estava dirigindo aquela
moto. Só que, senhores, a questão do Arthur ter ido para outra cidade não significa que ele se
achava ou se ele sabia que ele era culpado. É uma reação que qualquer pessoa pode ter. Então, a
partir do momento em que o senhor Alex reconheceu o Arthur, ele foi à delegacia. Deu o seu
depoimento e, portanto, deu a intimação ao senhor Arthur. E, a partir do momento em que o
senhor Arthur percebeu que tinha uma denúncia com ele, ele foi até a delegacia, voltou a comarca
de patrão posto e se apresentou. Se ele fosse culpado, ele iria se apresentar? Então, nesse caso, o
que o Ministério Público alegra é que ele fugiu por ele ser culpado.
Mas ele não sabia que tinha uma denúncia contra ele. A partir do momento em que ele soube, ele
se apresentou. Então, ele não fazia ideia do que iria acontecer e ele se apresentou afirmando que
não sabia do acontecimento. Portanto, senhores, o que o Ministério Público traz são comprovações
materiais. Estão comprovações de que, se eu não me lembro, desculpe, se o Marcelo foi o autor
do crime. Mas o Ministério Público não comprova em nenhum momento que o senhor Arthur sabia
do crime. Em nenhum momento o Ministério Público comprovou de fato, concreto, que o senhor
Arthur sabia do que iria acontecer. Então, senhores, passando atenção à questão da
materialidade, a questão da materialidade é indiscutível. Mas a autoria, o senhor Marcelo,
individualmente, ele assumiu a responsabilidade da humanidade do crime e ele arrimou e não
comunicou ao senhor Arthur.
Portanto, não há nenhuma prova concreta sobre a autoria e a qual autoria do senhor Arthur. Deixo
a reflexão e a indignação de vocês na questão da autoria. É isso que estamos ponderando. A autoria,
a qual autoria do senhor Arthur? Não houve em nenhum momento a sua intenção coligada com a
intenção do senhor Marcelo. Portanto, a materialidade, a partir da autoria, ela teria que se
estender ao senhor Arthur. Mas não há não há autoria. Portanto, essa materialidade não se
estende ao senhor Arthur. O homicídio feito por o senhor Marcelo, a ditativa, como o mestre tanto
alega, e o vulto, não se estende ao senhor Arthur, por conta que ele não teve a intenção, não houve
um domínio funcional do fato. A intenção do senhor Arthur não era levar o senhor Marcelo para a
morte do senhor Lêndon. Era apenas dar uma caramba para a sua casa. Então não houve qualquer
qualquer comprovação da sua autoria. Deixo aqui a indignação e finalizo minha palavra com a
reflexão de que comprovação há da questão da coautoria do senhor Arthur. Faça a palavra agora
ao companheiro.
Bom dia a todos, meus deputados, a vossa excelência, doutor Cláudio Dias de Eleito, saúde aos
amigos do Ministério Público, bem como a sua defesa, e por fim, os jurados que estão aqui para
fazer um julgamento justo e soberano. Bom, hoje nós estamos aqui diante de uma grande injustiça.
Estamos aqui porque tem uma pessoa sentada no banco dos réus que é inocente. Senhores
jurados, hoje o Ministério Público veio aqui e trouxe suas alegações totalmente baseadas em
achismos e suposições. Hoje o Ministério Público usou e acusou do si e do eu. Mas, senhores
jurados, quando nós estamos acusando alguém, o si, o eu-acho, a suposição não deve prevalecer.
Não deve prevalecer porque acusar alguém é algo muito grave. É algo que pode custar a vida de
uma pessoa.
Porque estar lá nas amarguras do cárcere vai muito além de cessar o direito de liberdade. Vai
muito além de ficar privado. Senhores jurados, beijo. Esse homem, ele hoje está aqui porque ele
simplesmente foi prestar o seu dever de solidariedade. Esse homem está aqui pelo fato de ele ter
uma carona para uma pessoa que cometeu um delírio. O Ministério Público hoje trouxe ideias gen
éricas e se comprometeu muito mais em ver o que nós devemos fazer. E nós devemos alegar do
que, de fato, comprovado o que eles estavam batendo. Do que eles estavam batendo na fleca. O
Ministério Público em nenhum momento trouxe comprovações concretas de que Arthur praticou
o delito. Elementos técnicos, de fato, usaram e acusaram. Não há o que se discutir. No entanto,
em nenhum momento trouxeram comprovações.
Então, eu pergunto, cadê os vídeos? Cadê a câmara de segurança? Por que não foi exposto nos
autos? Por que não tem nos autos tal fato alegado? Por que, se não tem nos autos o fato alegado,
é porque, de fato, não existe. Não existe. Nós estamos diante de normas constitucionais. O artigo
326, como eu expliquei aqui para vocês, explica isso. Explica isso. Então, acusar sem comprovar é
a mesma coisa que não acusar. Por quê? Eu preciso comprovar para me falar a verdade que esse
cara participou aqui do crime. Mas não foi o que aconteceu. Não foi o que aconteceu. O Ministé
rio Público trouxe também a alegação de que Arthur, ali, ele ficou, inclusive, no momento do crime,
arredou a moto, trouxe a moto para o bar, para isso. De fato, o senhor Arthur paralisou.
Paralisou porque ele estava em um estado de medo. E o estado de medo jamais pode ser definido.
Jamais pode ser definido porque o que? O meu estado de medo é diferente. O que é o estado
de medo para mim é diferente para você, para você e para você. Você pode ficar desesperada,
você pode ficar paralisada e você pode ter qualquer outra reação. Então, eu não posso definir o
que é medo. O que é o estado de medo para a pessoa? Isso é totalmente inadmissível.
Senhores, o Ministério Público alega aqui também que Arthur fugiu. Ele alegou que Arthur se exaliu,
se fugiu da cidade de Capitão Poço. Bom, como muito bem eles falaram, Capitão Poço é uma
cidade pequena. É uma cidade pequena e, no entanto, familiares de Arthur não residiam ali.
A avó de Arthur morava em outro município e o seu irmão morava em Paraupecos. É dizer que
Arthur, naquele momento, não sendo acusado da prática de nenhum crime, não podia sair da
cidade de Capitão Poço? Não podia sair? Não podia ir visitar o seu irmão? Não podia ir visitar a sua
avó, que residia em outro município? Qual era o problema disso? Qual era a tese para isso? Ele
nem sabia daquela situação e quando soube, ele, por conta própria, se apressou. Ele não sabia
daquela situação e, quando soube, ele se apresentou na delegacia. Quem é que, por conta pró
pria, se apresenta na delegacia sabendo que cometeu um crime? Ninguém. Ninguém, porque
ninguém queria estar passando por isso hoje. Então, hoje, esse homem que está sentado no banco
dos réus é uma pessoa inocente.
Ele é uma pessoa inocente por todos esses quesitos. E ainda, ainda que soubesse, ele não sabia,
mas ainda que soubesse, como muito bem falado, o sortudo troféu? Como inteiramente inocente.
Estamos me sentindo tão indiferente da cidade que já tivemos um prato muito para blahblah. E
aaksã de Capitão Poço é uma cidade pequena. E, infelizmente,어서, o lixamento social é muito
grande. O lixamento social é muito grande. Se voce imagina sendo lixado pela sociedade, quando
o crime sequer cometeu. É uma prática extremamente inadmissível e impugnante. Então, senhores
raios, veja que o estado de Capitão O Ministério Público não consegue comprovar os fatos. O Minist
ério Público, alegações genéricas, baseadas em achismo, suposições, enfim, nunca trazem provas
concretas. Nós precisamos, para acusados, precisamos de provas concretas. O artigo 326 fala isso.
A gente não pode colocar as nossas normas constitucionais contra o nosso código. E resta o que n
ós estamos vivendo. Aqui, muito bem explícito, a ausência de provas suficientes para a condenação
de um réu implica na sua absolvição. E é isso que vocês devem fazer hoje. Absolver. Absolver uma
pessoa inocente que, durante aproximadamente dois anos, experimentou as anárquicas do cárcere
em uma prisão preventiva totalmente sem fundamentação. Porque o Ministério Público, a mesma
coisa que alegou aqui hoje, alegou lá, naquele tempo. Alegou lá. E ele? Isso foi acatado. Mas a
decisão de vocês hoje aqui é soberana. Somente vocês hoje têm a possibilidade de fazer justiça,
de fato, como ocorrido. Não tem provação. Não tem nada. E se ainda há dúvidas, eu trago aqui
um princípio de extrema importância na nossa Constituição Federal.
Eu trago aqui o princípio chamado de duplo pró-réu. O princípio do duplo pró-réu diz que, se há
dúvidas, eu devo absolver o réu. Bem, se não há comprovação, se o governo não provar o fato,
logicamente, comigo o máximo que vai ter ali é dúvida. E na dúvida, eu absolvo. Eu absolvo
porque eu reitero. Para você acusar, não basta de si. Não basta o eu acho. Não basta a mera
suposição. Eu preciso concretizar. Eu preciso de provas concretas que este cara, que este homem
cometeu, cumpriu. Este homem que est á sentado no banco dos r é us, bem d é bil, ficou
aproximadamente dois anos privado. Privado ali do seu trabalho. Privado ali de conviver com seus
familiares. Você não adianta para uma mãe, se coloca em algum lugar, não adianta para uma mãe
ver o seu filho ali privado durante aproximadamente dois anos.
Diz que ele está passando por tudo isso, por um crime que ele não cometeu. Um crime que ele
não sabia que iria acontecer. Vocês entendem? Se coloquem em um lugar de dois lados. Então, a
perda que eu faço aqui hoje, é que só vocês, temos todo um percurso, temos todo um percurso
de tempo que eu já expliquei para vocês. Este homem, passou por diversas situações, inclusive a
privação de liberdade. Privação de liberdade diante de sua inocência. Diante de sua inocência.
Diante do seu dever de solidariedade. Será mesmo que hoje em dia, a gente dar uma carona, a
gente ser solidário, nos leva a uma prática tão cruel como essa? Como este homem está vivendo
hoje, sentado no banco dos relos? Em que mundo nós estamos?
Em que a solidariedade, como alegado pelo ministério público, em que mundo nós estamos? A
solidariedade é um dever. Todos nós temos que ser solidários. Nós vivemos em harmonia. Nós
precisamos viver em harmonia. Então, hoje só vocês que podem fazer justiça, e absorver este
homem. Este homem que sequer cometeu crime, que sequer participou de um crime, como muito
bem explicado pelo doutor Alexandre, para a pessoa ser coautor de um crime, é necessário o
domínio do fato. Mas como eu vou ter o domínio do fato, se eu nem sei que o crime iria acontecer?
Eu não sei, se o crime eu não sabia. Arthur estava num bar, prestou sua inocente solidariedade e
deu uma carona. E aconteceu, infelizmente. É uma fatalidade. Mas Arthur não sabia. Nós estamos
aqui para defender Arthur. Para julgar Arthur.
Vocês estão para isso. Então, senhores jurados, logicamente, isso não tem pró. Não há acusação
concreta. Outra tese abordada pelo ministério público foi que o senhor acustava demais. Mas,
vejam, em 2019, n ó s passamos por uma pandemia hist ó rica. Hist ó rica chamada Covid-19.
Pandemia essa que deixa traumas, até hoje, nas pessoas. Até hoje. Pessoas que perderam seus
familiares por conta dessa calamidade. Então, quer dizer que o uso de máscara é prova para isso?
É prova para a prática de delito? Vamos ser mais empáticos. Estávamos no final de 2022. No final
de 2022, estava presenciando ali a pandemia. Por que ele não poderia usar máscara? Por que ele
não poderia se prevenir? O Covid-19 não poderia pegar sua mente? Poderia repassar? Ele morava
ali com sua mãe? Poderia repassar? Não, senhor Gerardo. Não há comprovação. Não há tese da
acusação que comprove tal fato. Repito, a acusação ficou muito mais preocupada em ver o que a
gente ia falar aqui na defesa, o que a gente ia alegar. Ah, por que a gente pode alegar isso? Por que
a gente pode alegar aquilo? De fato, n ó s estamos debatendo tudo, mas por que não se
comprometeram em provar o que estão alegando? Porque não tem toque, não há comprovação.
Eu encerro a minha palavra e repasso o microfone para o doutor Arouca.
Bom dia a todos. Primeiramente gostaria de saudar o doutor Luiz, o doutor Luiz, o doutor Luiz, o
doutor Luiz, os meus colegas da defesa, os meus colegas da acusação, o Ministério Público e o
Corpo de Jurados, bem como todos os outros que compartilham esses atos de juízo. Senhoras e
senhores, diante desse caso, precisamos primeiro analisar circunstâncias para podermos analisar
a culpa de ator ou a falta da verdade. Por que ator não tem culpa nesse caso? Primeiramente,
senhores, a culpabilidade penal, a teoria da culpabilidade penal em si,
ele deve ter a plena capacidade de agir conforme aquilo, ele não pode ter impedimento para aquilo.
Ele precisa estar no seu pleno estado mental para cometer aquilo. O que não é o caso de Arthur,
por exemplo. A Netanyahu nas circunstâncias de Arthur, de novo. Como já foi dito pelos meus
colegas aqui da defesa, Arthur, naquele momento, foi a circunstância de se encontrar naquele bar.
Primeiramente Arthur entrou naquele bar, foi frequentar aquele bar por conta de uma amiga que
tinha assistido com a sua namorada, sua companheira na época. Obviamente, todos quando
passamos por alguma amiga ou algu é m pr ó ximo, entramos em algum estado, mesmo que
minimamente, em algum estado de uma confusão mental. Temos, querendo ou não, abatido
quanto à situação. Então imagina senhores, brigar com alguém próximo, não sei como, sua
namorada, deixa você um pouco abatido psicologicamente.
Dessa forma, Arthur encontra o Marcelo no bar, que era um conhecido seu, companheiro de roda.
Primeiramente é , principalmente em questão de hobbies, mesmo Arthur não conhecido o
Marcelo, ele era um companheiro de hobby dele. Muitas vezes companheiros jovens, até como
colegas de trabalho, por exemplo, voc ê não conhece a vida pessoal daquela pessoa. Voc ê
simplesmente tem uma relação dela, uma relação muito, às vezes amigável, justamente porque
é nossa natureza, muitas vezes, tentar ser amigável sempre com o próximo, vai causar alguma
impressão. Esse é o caso de Marcelo, de Arthur, em que ele às vezes causa uma boa impressão
de Marcelo, fora de uma companheira de bola dele. Então, Marcelo o convidou para beber, para ir
em outro local, e Arthur, como estava falando, psicologicamente, e muitas vezes, como o senhor
estava falando, psicologicamente, nos encontramos em um estado em que somos muitas vezes
facilmente influenciados, ou queremos agradar alguém, justamente por conta da nossa agilidade
emocional, e ele simplesmente foi com o Marcelo.
Ora, Arthur queria, obviamente foi no bar, está folgado, não gosta de beber. Por conta dela, e só
veio com a sua namorada. Obviamente, Marcelo ofereceu, ah, vamos a minha casa, vamos beber
um pouco mais, como foi o estado dos altos, vamos chamar umas mulheres. Ah, por que você
queria só descontrair? E conectei bastante para descontrair aquela noite. Então, ele deu uma
carona para Marcelo. Ah, vamos descontrair, então ok. Ok, grande carona, era local perto.
Obviamente, Marcelo, pergunte. Marcelo pediu para Arthur. Arthur, para aqui, quando eu te
chamo em segurança. Para aqui, preciso falar com aquele sujeito. Arthur, obviamente, ok. Já tinha
o caminho de casa mesmo. Ok, para aqui, rápido. Enquanto, de repente, na parada, Marcelo
simplesmente pulou da moto. Ela não parou, ele já pulou e, efetivamente, disparou de volta ao
vidro.
Arthur, vamos analisar. Arthur, nos colocamos no velho Arthur. Os senhores, dando uma carona
para algum conhecido seu. Como, no caso, era Marcelo e Arthur. Apenas conhecidos, nem amigos.
Ele, do nada, sacou uma arma, cometeu um crime, um crime bruto. Na frente dos senhores, os
senhores teriam alguma reação? Os senhores parariam? Não? Pare? Ou tentariam fugir, na mesma
hora? Não temeriam pelas suas vidas? O psicanalista Eric Fromm, em sua teoria da psicanálise,
argumenta que indivíduos, em situações de estresse, muitas vezes sem justificação social, muitas
vezes, principalmente, temos duas condutas. Ou, nós buscamos um certo reconhecimento social,
uma certa aprovação social, buscamos agrad á veis à nossa volta, ou, simplesmente, nos
submetemos a uma figura de autoridade, para nos autopreservarmos. Como é o caso de Arthur.
Arthur, simplesmente por autopreservação, decidiu escutar Marcelo.
Nem escutar Marcelo, simplesmente, submeteu ao mesmo. Por que ele não fugiu, como a
acusação argumenta? Arthur, se ele não tivesse fugido, podia ter fugido. Ok. Arthur, se tivesse
fugido, podia conseguir fugir. Ele está numa moto. Ok. Ele podia pensar, não, minha moto é mais
rápida, eu consigo fugir dele quando está executando. Mas, e aí, senhores, pensando de um lugar
no outro? Se ele tivesse conseguido fugir, Arthur não podia ter pensado, olha, eu consigo fugir hoje.
Mas, esse cara matou uma pessoa na minha frente. E, o que impede dele ir atrás de mim depois?
O que impede dele ir atrás da outra, ter uma possível testemunha do crime dele? Sendo que ele
viu ele ter matado o rei com a sangue frio. O que impede dele vir atrás de mim, se eu conseguir
fugir?
Então, a resposta mais lógica daquilo é simplesmente submetê-lo. Arthur, Marcelo, vai ficar
parado aí na situação, ficam estando de choque. Não tem como reagir àquilo. Senhores, ok, ok, a
acusação argumenta também. Por que Arthur, depois do ocorrido, não se apresentou à polícia
diretamente? Por que ele foi para casa e estava tão chocado, cresceu aqui e ficou chocado? Por
que ele não foi à polícia? Olha, senhores, Arthur só foi de choque. Ele não foi acusado, ele não
foi argumentado. Ele não chegou em casa direto. Ele saiu durante meia-noite e voltou só de
madrugada. No começo da manhã. Ora, ele estava em um estado de choque. Às vezes, ele
simplesmente ficou vagando por aí, não sabia o que fazer. Ele viu que sua vida estava em perigo,
que poderia acontecer alguma coisa com ele.
Ele simplesmente ficou vagando. É muito comum isso acontecer. Então, em um estado de choque,
nós simplesmente paramos. Nossa cabeça, a gente precisa respirar. E a gente não sabe o que fazer.
Ora, o presidente está a argumentar. Por que Arthur fugiu da cidade sem Deus ter a culpa? Por
que ele foi para cá para um poço? Para ser um poço de árvore? Por que ele veio para cá para
albergar? Ora, como o meu colega de defesa comentou, o Brasil, não sei se é brasileiro ou não, é
uma cidade muito politivista ainda. E é uma cidade pequena. Então, fosse uma cidade pequena.
Logo que aconteceu o crime, já fosse espelhada a notícia. Arthur tinha amigos empresários. Ora,
eu posso ter corrigido o crime, mas a população vai acreditar em mim?
A população brasileira, muitas vezes, politivista, porque eles não buscam a justiça, buscam
simplesmente a punição. Ela vai acreditar em mim? Eles acreditam que eu ajudei a matar um pai
de família, que era um irmão, com segurança, com alguém que estava servindo a segurança de
alguém. Eles vão acreditar em mim? Ou eles vão me lixar? Ou eles vão querer a minha morte
primeiro? Às vezes, nesses casos, eles me entregam para a polícia. Às vezes, a polícia tem que
intervir com a população, se eu lixo algum criminoso, porque senão, às vezes, o mundo acaba
morrendo. Então, o mais lógico de Arthur foi fugir, não fugir, mas ir para outra cidade, com medo
da população e com medo de Marcelo também.
Porque, olha, Marcelo, no localzinho, não ameaçou Arthur, verbalmente, mas, muitas vezes, nosso
próprio direito penal ameaça não precisa ser só verbal, pode ser simplesmente visual, mas tamb
ém visual. Olha, senhores, Marcelo não, como eu já disse, não ameaçou, geralmente, Arthur, mas,
segundo o meu fato, tem que ter uma arma, senhores. Isso j á causa uma ameaça. Pensem.
Senhores, alguém aparecendo, se ele acidente com uma arma na cintura à vista, os senhores, não
têm medo? Uma situação parecida muito com a nossa cidade, senhores. Há, no menos, alguma
praça por aqui, por perto, para destacando, para esta república, que, às vezes, tem muito uma
população de mendigos, pessoas de rua, muitos problemas psicológicos. É muito comum ver casos
de humanos de hoje, que estão cortando armas.
Eu já vi, uma vez, por exemplo, um alemão de rua, que estava com um facão na sua cintura,
acortado aqui na cintura, segurando, só encarando nada. Eu não me sentia ameaçado por aquilo,
eu senti respeito, porque, ora, ele não me ameaçou, provavelmente, de uma vez, mas causa um
medo. Então, imagina-se, uma arma fria com a chacola, você vê, imagina uma arma de fogo,
depois, você tem presenciado um crime. Causa um medo, mesmo, aquela pessoa não ameaça
realmente, causa um medo. E, depois que Arthur entregou o Marcelo, levou o Marcelo ao local,
que ele mandou, pelo Matagal, justamente para o Marcelo fugir, a gente só apenas disse, esquece
a situação, não aponte a ninguém. Não sabemos o tom que ele falou isso para Arthur. Hoje, a gente
não está indo pertinho, por exemplo, das palavras, senhores.
Mesmo não tendo palavras de ameaça, o simples tom muda completamente ela. E, não fale isso
para ninguém. Esqueça isso. Ora, se ele viu uma cidade pequena, é muito comum o filme de
telhado para aquele que faz os trânsitos com o homem. Arthur não tinha conhecimento que o
Marcelo era de uma faculdade criminosa. Mas, poxa, ele presenciou o Marcelo matar alguém na
frente dele. Então, por que a pessoa está decidindo mexer? Vai, ok, aquela pessoa pode fazer parte
de uma coadição, não vou mexer com ela. Então, é isso, senhores. Por que Arthur não denunciou
o Marcelo? Por que não satisfez o homem? Por que ele fugiu da cidade? Simplesmente medo,
senhores, medo de represálias. É isso. Finalizando, senhores, eu coloco uma indagação para você
s, senhores do lugar de Arthur, com esse possível medo de represálias.
Os senhores que já viam os filmes, os senhores sabendo que em uma cidade pequena, em que,
teoricamente, é muito fácil você chegar àquela pessoa, porque muitas vezes vocês podem ter
conhecido esse comum, principalmente o Marcelo, que era meu grupo de bola. Então, por exemplo,
Marcelo não era amigo de Arthur, era conhecido, mas eles podiam ter algum amigo em comum lá
naquele campo. Então, poxa, Marcelo conseguiu me perguntar, alguém conhece essa pessoa? e eu
depor para uma pessoa que os senhores podem ter esse direito de fazer parte de uma facção
criminosa? Poderia conhecer o endereço da sua casa? E, de certa forma, conheciam sua aparência
e é isso, senhores, os senhores deporiam para uma pessoa assim, ou você devia tudo. Eu posso
me apontar.
Saúdo o presidente aos meus colegas da defesa, aos meus colegas da concessão e ao corpo do
jurado. Bom, hoje estamos aqui no julgamento do senhor Arthur Moraes Rodrigues, um jovem de
24 anos que está sentado, como já foi mencionado, na cadeira do chefe injustamente, senhores.
O Ministério Público trouxe técnicas, trouxe jurisprudências sobre o que aconteceu, doutrinas,
mas em nenhum momento o Ministério Público trouxe provas concretas sobre o que aconteceu.
Senhores, é um absurdo o que consta de luz ao achismo. O Ministério Público alegou fofocas por
conta de testemunhas que alegam ouvir comentários. Quer dizer que por ouvir comentários eu
posso alegar que a pessoa é culpada. O Ministério Público traz o uso de máscara. Como já
mencionado era após a pandemia. O uso de máscara obrigatório foi até por um bom tempo.
E além disso, gostaria de falar sobre o senador Roberto Mittencourt porque foi o que trazeram se
não me engano para mencionar a autoria. E ele fala sobre a autoria que é a realização conjunta
por mais de uma pessoa de uma mesma infração penal e a atuação consciente de estar
contribuindo na relação comum de uma infração penal. Senhores, não existe essa ação consciente
do senhor Arthur. Ao contrário, ele não tinha noção do que ele estava fazendo. Ele meramente deu
uma carona como já mencionado com uma solidariedade inocentemente e bondosamente e o
senhor Marcelo maliciosamente com o intuito de praticar aquele ato como mesmo mencionado
pelo Ministério Público ele precisaria de uma moto e o senhor Marcelo verificando que o Arthur
tinha essa moto e daria para servir para cometer o crime abusou da bondade do Arthur e se
aproveitou dele.
O senhor Arthur com isso foi e deu a carona para o senhor Marcelo. O senhor Marcelo já sabendo
da situação ao ver o ene que é o lado pediu para o senhor Arthur voltar e voltou a repetir
inocentemente e nem dando o tempo do senhor Arthur parar o senhor Marcelo já saiu atirando.
Senhores jurados imaginem vocês nessa situação vocês darem uma carona e logo no momento o
seu conhecido descer atirando em estado de choque automaticamente ele ficou em estado de
choque com medo da represália com medo de ser a próxima vítima do senhor Marcelo. Com isso
é o ministério público vem com alegações que o intuito do senhor do senhor Arthur de ter
praticado
o crime foi tais de chapéu foi tais de máscara como já mencionado após a pandemia até hoje nó
s vemos gente usando máscara por aí então quer dizer se eu tiver usando uma máscara no chapé
u são estigmas eu posso estar indo cometer um crime é isso que o ministério público gostaria de
alegar com esses estigmas uma pessoa não pode usar um boné uma pessoa não pode usar uma
máscara é o artigo 156 do CPP fala aprova a alegação e convida alguém a quem fizer e porque ao
mencionar os vídeos que não estão nos autos porque não colocaram nos autos porque não
trouxeram esse v ídeo nos autos para serem vistos o minist é rio público não buscou provas
concretas porque não existem provas concretas de coautoria o senhor Arthur é inocente e é um
absurdo é inadmissível
culpar um jovem de 24 anos que tem uma vida pela frente por um crime que ele não cometeu
quem deve ser julgado é o senhor Marcelo a maternidade existe mas a coautoria a autoria do
senhor Arthur nessa situação não existe ele não sabia do que estava vindo ocorrer ele não tinha
intuito de cometer crime algum estava perecendo solit á rio estava perecendo amigo estava
perecendo uma pessoa bondosa e inocentemente e o senhor Marcelo se aproveitou disso para
cometer o crime senhores jurados é a nossa constituição tem um princípio indúbio pro réu na d
úvida é sempre sobre o réu como já foi mencionado e creio que está claro para todo mundo
inclusive para o Ministério Público e para os jurados pelos que constam nos autos que não há
prova suficiente como eu mesmo já mencionei como já foi mencionado não há provas o Ministé
rio Público não conseguiu arrecadar provas suficientes para alegar que o senhor Arthur tem
totalmente culpa que o senhor Arthur tinha intuito de cometer aquele crime logo
se há dúvida senhores apelo a vocês que absorvam o réu absorvam o réu da situação que da
situação que ele irá passar no caça de produtos que não há provas concretas que se se houver o
Ministério Público teria trago que ele não trouxe prova concreta como já foi mencionado o vídeo
que não trouxeram o vídeo os vídeos não foram usados o Ministério Público não trouxe as provas
não existem provas concretas porque não existem o senhor Arthur é inocente nesse caso se existe
uma maternidade existe existe coautoria não existe pois não havia intuito de cometer aquele crime
pelo senhor Arthur houve houve coautoria não houve e na dúvida deve ser absorvam o réu eu faço
essa apelação aos dados analisem o que está sendo exposto aqui e vejam que não há provas
concretas não há intuito do senhor Arthur em cometer aquilo e o que o Ministério Público trouxe
foi apenas um estigma sobre chapéus e imagens que estão sendo repetidos repetitivamente por
ele encerro a palavra senhores obrigada satisfação
senhores senhores alunos a gente terminado a manifestação da defesa o juiz pergunta para a
acusação o senhor pare senão o juiz está enfermo então pergunto ao Ministério Público se vai
repetir sim muito bem com a palavra do Ministério Público a gente entra por meia hora meia hora
por meia hora
Bom dia, primeiramente, bom dia. Bom dia para o juiz, bom dia para os inúteis membros do júri,
bom dia para a tela, bom dia para a defesa, bom dia também para os meus colegas, que todos nó
s nos emocionamos muito por estar aqui. E, bom, começando, são tantos pontos a serem relatidos,
que a defesa disse, que posso até não ter tempo para falar de todos eles. Mas eu vou começar por
o senhor Marcelo. Eu sei que não é ele que está aqui na posição de réu, mas eu gostaria de dar
essa resposta muito importante. O senhor Marcelo, ele estava numa bola com as amigas. Senhor.
O senhor disse que não era o amigo do senhor Marcelo. Ele poderia ter pedido para qualquer um
desses amigos me levar até o local do tempo e fazer a execução, mas não, ele deveria ter pedido
para o senhor Marcelo.
Segundo ponto. A defesa disse várias vezes que nós nos baseamos em achismos e distorcemos os
fatos, nós distorcemos os fatos. Segundo ponto. A defesa disse várias vezes que nós nos baseamos
em achismos e distorcemos os fatos. Vocês diversas vezes falaram que o senhor Arthur ficou
paralisado de medo, que o senhor Arthur foi ameaçado. O senhor Arthur mesmo, vocês viram que
o jurado, o jurado viu a plateia que o senhor Arthur disse aqui em vídeo, que ele não, em nenhum
momento, foi ameaçado pelo senhor Marcelo. Pelo contrário, ele afirmou diversas vezes, foi
perguntado. E ele afirmou, não foi ameaçado, com todas as letras, voc ê s viram no v í deo,
claramente o que ele disse, com todas as letras, e o Ministério Público, o Ministério Público não, a
defesa, novamente, rebateu isso, várias e várias vezes, falando que ele foi ameaçado, que ele ficou
paralisado, sem reação.
No entanto, eu pergunto a vocês, como alguém que ficou paralisado, sem reação, em extremo
medo, conseguiu se preparar tão rápido para a fuga? Porque, caso vocês não saibam, esse caso
repercutiu na cidade de Papo Camposo. Esse caso, ele passou no Jornal Liberal, ele foi filmado pela
Escola de Médicos de Segurança. Esse caso, foi claramente, inclusive nos autos do quadrasto do
senhor, ele fala que reconheceu o réu, justamente por conta desse vídeo que rodou pela cidade.
Ele foi até a delegacia, um familiar, eu gostaria de frisar isso, um familiar do senhor, foi até a
delegacia, para confirmar que era o senhor. Uma pessoa que convive com ele, todos os dias, e
colocou em prova, sobre a índole dele, conferidíssimo.
Ele fala, que ele sempre voltava, ele estava bêbado, ele dava a entender que, justamente, um
comportamento estranho, do senhor, desde que completou a maioridade, que não parava em casa.
Então, senhores, eu gostaria de lhe perguntar, se nem mesmo o senhor Alex, que é quadrasto do
senhor, confiava nele, quem que o senhor não é para confiar, não é mesmo? Outro ponto
importante, disse que não sabia que estava sendo procurado pela polícia, que ele se evadiu, ele se
evadiu da própria residência, o senhor Alex confirma, várias e várias vezes, que não sabia do
paradeiro do senhor Arthur. Ele sumiu, ele não estava nem na casa de parentes próximos, o senhor
Alex convive com o senhor Arthur, que é quadrasto dele, falou que ele simplesmente sumiu, de
uma hora para outra, da própria casa.
Uma pessoa que vai visitar a família, em outra cidade, realmente precisa sumir, e lhe dar satisfação
para a própria família? Para onde iria? Então, senhores, ele disse também que, retornando a
Capitão Poço, recebeu a intimação, né, com uma letra exalera, e aí se entregou à polícia. Isso é
mentira, tá, a gente pode provar, nos autos. Existe um DO, da Polícia, que dia 8 do nove, antes que
o senhor Arthur fosse se entregar, houve uma troca de tiros, com a mesma moto que ele utilizou,
pra fazer esse crime com o senhor Marcelo. Houve uma troca de tiro com a Polícia, a Polícia fez o
DO, entendeu? A Polícia fez o DO, e neste DO consta, que nessa troca de tiros, houve a árvore,
digitalizou, Havia duas pessoas, essas duas pessoas trocadas de um com a polícia, abandonaram o
veículo no dia 8 do 9, ou seja, o Sr.
Fio já estava em Capitão Poço no dia 8 do 9. Ele só foi se pegar em 11 do 9. Ele já estava em
Capitão Poço, ele sabia sim que a polícia estava procurando por ele, justamente porque o vídeo, o
vídeo da execução já havia rodado pela cidade inteira. Entendam isso? Outra coisa, Capitão Poço
é uma cidade pequena. Aqui mesmo em Belém, que é uma capital, já tem certeza que acontece
com o Sr. Fio, com o Sr. Fio de Grado, de ir a algum lugar e encontrar várias pessoas conhecidas.
Imaginem que Capitão Poço é uma cidade pequena. Todo mundo se conhece. Agora, imaginem
que o grupo de habitador que vocês jogam, o grupo de algum esporte que voc ês praticam,
justamente, é um grupo enorme. Não tinha possibilidade do Sr.
Arthur não conhecer a Indra e do Sr. Marcelo, não conhecer dos guardas. A própria Laila, a própria
Diana, a própria Diana, que é a ex-cônjuge do Sr. Ender, ela fala que conhecia da Indra, que
conhecia dos guardas, que conheciam do envolvimento da facção criminosa do Sr. Marcelo. Como
pode o Sr. Arthur não conhecer? Ele era todo desatento assim? Na questão da mágica. Senhores,
realmente, pensem comigo, realmente, uma pessoa que está em bares, que está jogando bola,
que está saindo por aí a todo momento, a todo instante, ele está preocupado em pegar Covid?
Ele está preocupado em pegar algum tipo de doença? Claro que não, porque se ele realmente
estivesse preocupado, ele não estava ali entendendo isso.
Então mesmo assim ele det nhân hãulcon anda pas 格 ge. Só um 2º. Só um 2º. Outra coisa que
eu gostaria de frisar. Na 1ª audiência, das 5 testemunhas de abus picnicão, apenas 1 apareceu,
que foi o Sr. Alex. 4 não compareceram. Inclusive a Sra. Diana, que era ex-cônjuge do Ender. Ela
teve que ir a outra audi ê ncia. com condição coercitiva, justamente por não apresentar
tecnicamente interesse e ir até ligamento para rolar sobre isso. Então, realmente o perigo da
sociedade são as pessoas envolvidas de um comando perfeito. Entendo isso. Em dúvida para o ré
u, como os nossos colegas da defesa alegaram, eu levo aqui em dúvida para a sociedade. Porque,
claramente, deixar um sujeito que está envolvido com condição, conhecida ainda de outros, é
um perigo para Capitão Poço, é um perigo para o nosso Estado do Pará.
E em nenhum momento o Ministério Público, distorceu os papos. Pelo contrário. Nós estamos aqui
falando das contradições. Esse processo est á cheio de contradições a todo segundo, a todo
instante, a todo momento. E vocês só souberam rebater falando que ele foi ameaçado. Ele foi
ameaçado, ele foi ameaçado. O próprio vídeo do senhor Arthur falando que ele não foi ameaçado,
passou à tela para todos verem. E voc ê s, a todo instante, alegaram que ele estava sendo
ameaçado. Alegaram até que, depois de sair da moto, depois do senhor deixar o senhor Marcelo
na moto, ele foi pedido para ficar em silêncio. Paulo, me mostrem nos áudios aonde ele fala isso.
Por favor, gostaria de saber. É isso, eu vou passar a palavra para a minha mãe.
Bom dia. Boa tarde. Eu gostaria de reverenciar o vice-presidente, os jurados e a defesa também. E
eu queria desabafar. Eu me sinto emocionada após a defesa. Emocionada com o fato de que a
defesa, inúmeras vezes, tentou usar esse argumento para lesar os jurados. Por quê? Porque eles
alegaram várias vezes que o Ministério P úblico usou apenas palavras fofocas. Usaram essas
palavras. Fo-focas. Agora pergunte. As testemunhas são fofocas? O processo, ele é fofoco? Vamos
pensar. Por que nós estamos aqui hoje? Nós estamos aqui hoje para fazer justiça. Todos os jurados
saíram de casa hoje para fazer justiça. Inúmeros pontos que eles alegaram, por exemplo, eles
ressaltaram que houve a materialidade dos fatos. Isso é inegável. Realmente, se eles tentassem
falar que não existisse, eu ia ficar com a boca aberta.
Mas não na autoria? Será que não na autoria? Vamos ver aqui. A coautoria é configurada quando
duas ou mais pessoas contribuem de forma relevante para a realização do crime. Seja na fase
preparatória, executória ou de consumação. Só porque o réu não preparou ou planejou o estudo
não quer dizer que ele não seja cómodo. Por quê? Porque ele esteve presente em fase 5 do
processo. Ele esteve presente na fase executória e de consumação. E está presente, por exemplo,
no artigo 29 do Código Penal. A gente não está falando de achismo daqui. A gente não está
trazendo coisas que já estão na nossa cabeça. E eu queria também perguntar um pouco sobre o
dever de solidariedade. Assim, nunca me ocorreu, obviamente, de estar num bar bebendo, né?
E eu senti o dever de solidariedade para estar em uma cena do crime, em um homicídio consumado.
O réu, ele não sabia, mas ele estava lá. Ele estava lá. E a defesa toda hora tenta falar pra gente que
ele estava em estado de choque. No entanto, os vídeos, né, que eles falam que não estavam nos
autos, mas as testemunhas referenciadas, os vídeos, mostram que a conduta do réu não era de
estado de choque. Ele deu ré na moto. Ele não estava paralisado. Porque houve ameaça, mas a
ameaça, ela se configura, a ameaça deve ser grave, perigo eminente e inevitável. Em nenhum
momento ele ameaçou. Certo? Então, assim, eu queria perguntar que é uma cidade pequena,
que realmente era um desconhecido, ele não era desconhecido, eles eram amigos de bola, e uma
cidade pequena.
Será que não chegou no nosso ouvido dizer que ele é faccionado? Porque, sinceramente, até a
fofoca da vizinha chega nos nossos ouvidos. Porque o cara que é faccionado não chegaria no
ouvido dele. Então, o réu, ele tem um caráter idoso. E não é um mistério que não tem nem todo
isso. Até o padrasto dele, como testemunha do processo, que não é fofoca, ele falou sobre. Eu
queria também destacar um pouco a teoria do dolo eventual. O dolo eventual ocorre quando a
gente não deseja diretamente o resultado, mas assume o risco de socorrência ao aderir a uma
conduta perigosa. Mesmo que o Arthur Aleric não sabia das intenções de Marcelo, ao transportar
uma pessoa armada e permanecer no local enquanto os tiros eram disparados, ele assumiu o risco
de que o crime grave fosse cometido.
Isso é fato. Medo de represalhas. Como a defesa alemã estava com medo de represalhas. Só que,
no momento em que ele chegou lá, no local, viu que o crime estava acontecendo, que o crime
aconteceu, vocês acham que uma pessoa que tem o dever de solidariedade e estava tão contra o
que aconteceu, por que ele não fez um dolo de socorrência? Por que ele não foi lá e denunciou?
Vocês acham que numa situação em que vocês estão em um estado de choque, estão perplexos,
vocês concordam, não concordam com aquilo, vocês queriam sair da cidade, sair com o cara a
pedras, entendeu? E só voltar quando sua moto fosse apreendida. Ele chegou, ele voltou. E foi pro
seu advogado. Então assim, eu acredito no discernimento que os jurados têm de rebater com toda
a certeza a defesa, a testa da defesa.
Por que nenhum de nós aqui, somos bobos, desprovidos de inteligência, de saber que uma
situação dessa, ela envolve pessoas, envolveu uma morte de um pai e família. Ou seja, a gente tem
que ser bondoso, a gente tem que ser bondoso e desprezar a família que está sofrendo, certo?
Então, bem, a defesa alegou tudo isso, falou que nós trouxemos fofocas, que nós trouxemos coisas,
mas a gente trouxe fatos. Mas será que as pessoas estão dispostas a ouvir fatos? Então eu peço,
eu reitero que os jurados tragam consigo a justiça, porque é o que nós estamos fazendo aqui hoje.
E é o que nós sempre temos que fazer. A gente tem que ser justos. E com isso, eu passo a palavra
para a Amanda.
Obrigada. Doutores, eu vim aqui reiterar uma coisa que me passou como destaque. Primeiramente
chegou o doutor Lino, falou aqui sobre a versão da briga com a namorada. Eles estavam brigando
e aí o senhor Arthur foi para o bar e ficou ali conversando com o Marcelo. Ficaram ali no bar
bebendo e depois o Arthur ia para casa e o senhor Marcelo pediu macarrão para ele para conversar
com o vigia. Aí então veio o senhor Alexandre, o doutor Alexandre, e veio falar uma outra versão,
como eu falei. Gostaria mais uma vez de lembrar como são as três versões desse caso. Três versões
e duas delas pelo Arthur, que falou essas duas versões que não se complementam, mas se
contradizem. Uma, que o Arthur brigou com a namorada e que simplesmente ele foi beber, sentou
distante do Marcelo, mas não foi embora.
O Marcelo chegou com ele, pediu macarrão na praia e ia conversar com o vigia. E a segunda, que
foi pontuada logo em seguida, que na verdade eles estavam bebendo e aí o senhor Marcelo falou
para eles irem para casa dele. Amigos que, assim de estranho, quando você tem uma amizade
muito próxima com alguém, se convida para sua casa. Um conhecido, apenas um colega. Você me
levaria para sua casa? Uma pergunta que eu gostaria de deixar aqui, doutores, em evidência. Mas
continuando a narrativa. Chegando na casa deles, simplesmente o Marcelo falou para Arthur para
eles voltarem para sair para comprar cerveja. E foi nessa ida que ele foi falar com o vigia. Doutores,
duas conversões na defesa. A gente não está aqui falando sobre meras especulações ovuadas.
Estamos trazendo dados aqui, que foram postos pelas testemunhas e declarações que o Arthur
falou. O Arthur, eu não estou, o Ministério Público não está criando fatos novos. Estamos apenas
falando para os senhores. E ainda, a defesa ficava ressaltando que o Arthur foi ameaçado, que o
Marcelo ia matá-lo se ele não o levasse para a Eurema Suqueira. Mas, doutores, o próprio Arthur,
como vocês viram no interrogatório, em nenhum momento ele chegou e falou eu fui ameaçado.
Pelo contrário, ele disse que ele não foi ameaçado. Duas vezes, ele não foi ameaçado. Então,
doutores, eu venho aqui trazendo esses fatos justamente para deixar claro aqui que não h á
confedições na questão do nosso esclarecimento. Não há boatos. Não há e se, mas na verdade
fatos que nós trazemos aqui no processo.
E como bem disse, doutores, a bem da verdade é que a gente tem a prova da materialidade e nó
s temos indícios de autoria. Mais uma vez eu falo isso porque o Arthur era conivente, ele era
coautor, ele sabia dos fatos, ele estava junto com o Marcelo porque, como muito bem eu expliquei
aos senhores, e agora eu gostaria que peço aos doutores oficiais de justiça que abram um
documento que mostre a localização do bar Kazan para o bar da Barca Sacro. Eu gostaria de mostrar
para os senhores, para os senhores entenderem a bem da verdade à distância, porque eu falando
que nem os médicos parece muito, mas a bem da verdade, doutores, é que o Marcelo não
precisava de outra pessoa. E se precisasse, já que ele estava jogando bola, porque ele não foi para
os outros amigos negros?
Né, doutores? Então, eu gostaria de mostrar esta mídia para os senhores, para que os senhores
vejam como a Marcelete Pequena, ele não poderia ter ido andando, ele não poderia muito bem
ter ido e executado esse crime, ele precisava de atitude, porque ele era uma peça fundamental
para a fúria dele, doutores. Pode dar um zoom, por favor, bem aqui. E levante um pouco mais,
certo, doutores? O primeiro ponto verde, lá em cima, é o bar da ressaca. Mais abaixo, este ponto,
é o bar Kazan, doutores. Ou seja, três quarteirões. Três quarteirões que muito bem dava para se
ter andado, doutores. Ou seja, como é que ele precisava de mais um terceiro, justamente para ir
levar da moto, só se, é claro, ele precisasse fugir. E ele precisou, doutores.
Então, aí mostra mais uma vez, eu demonstro, doutores, aos senhores, e afirmo que a fúria era
com limites. E eu não estou falando isso apenas como subjetividades, como achismos. O mato que
a gente usa até mesmo para se teleguiar aqui no trânsito das cidades e também agora em Capitão
Poço. Então, doutores, eu encerro a palavra e também mostro aos senhores que, de fato, aqui
temos um coautor, um conivente com a morte, infelizmente, de um pai de família de um homem
que trabalhava dia e noite, mas infelizmente teve a sua vida ceifada. Agradeço a palavra. Passo a
palavra à doutora Isabel. Oi. Voltando aqui, recapitulando algumas coisas, eu fiquei um pouco
surpresa com a defesa por todo o ensinamento que eles trouxeram e por algumas alegações que
foram feitas, como, por exemplo, a ameaça.
Já provamos que não houve ameaça nesse caso porque quando o inquilino, sobre isso, o Arthur
respondeu duas vezes que não tinha nenhum tipo de ameaça, eles já tomaram muitas vezes um
estado de choque, sendo que o Ministério Público apresentou todos os sintomas de estado de
choque e os sintomas de estado de choque não convivem com a possibilidade de dirigir uma morte
numa fuga. Também gostaria de ressaltar sobre o dever de solidariedade. Eu achei até engraçado
eles falarem isso, porque ele tem o dever de solidariedade de dar carona para uma pessoa, mas
depois de presenciar o crime, ele não tem o dever de solidariedade de solidariedade com a vítima
morta em uma delegacia e pressão voluntária de ocorrência. Que dever de solidariedade relativo
é esse, né?
Uma pessoa tem que dar carona para outra, mas depois de presenciar o crime não tem que, na
delegacia, falar que esse crime aconteceu. Acho um tanto suspeito defender essa tese do dever de
solidariedade. Outra coisa que eu gostaria de apresentar é a questão da morte. O TPP fala que o
Arthur não conhecia ninguém, que ele conhecia malmente Marcelos, ali no céu, e ele voltou para
Capitão Posto, como ressaltaram, após a morte dele ter sido apreendida na posse de desconhecida.
Uma pessoa, eu acho isso muito frio, um bem material que é a morte, a conquista de obter uma
morte na vida de várias pessoas, principalmente nas vidas das pessoas que necessitam desse meio
de transporte, porque ficam sujeitos a ficar na bicicleta de ônibus, de Uber, enfim, vários outros
motivos.
Eu acho engraçado porque o bem patrimonial da morte foi mais importante do que o bem da vida,
o bem jurídico tutelado pelo homicídio, que é a vida. Ou seja, ele só voltou para Capitão Posto
quando a morte dele foi apreendida, mas após uma pessoa morrer na frente dele, ele não foi dado
a den ú ncia. E essa morte foi apreendida por pessoas desconhecidas. Por que motivo voc ê
emprestaria o seu veículo, o seu bem patrimonial tão importante e relevante como uma morte,
para pessoas desconhecidas? E como o Dr. Alexandre ressaltou, essa morte foi apreendida em
circunstâncias muito violentas, depois de uma troca de tiros entre a polícia e as pessoas que
estavam pelotando a morte. E como ele falou, a gente não sabe quem são essas pessoas, mas o
investigador de polícia no relatório do inquérito, depois das investigações, ele concluiu, sim, que o
Marcelo e aqueles outros indivíduos tinham relação com o Comando Vermelho.
Isso está no exato, não é fofoca, mistério duro. Isso foi comprovado através de investigações do
inquérito policial. O delegado assinou o inquérito e esse mesmo delegado estava presente quando
o Arthur falou de não ter ameaça. Vou passar aqui a palavra para a defesa, mas esse é o meu
questionamento. Eu achei toda essa defesa da banca de defesa um tanto subjetiva. Eles relativizam
algumas coisas que para ajudar no crime está tudo bem, mas para se entregar e denunciar não
está. Continuando a fala da minha colega, eu vou resumir praticamente tudo o que foi apresentado,
porque a defesa leve que não tem como me informar que o Arthur sabia que o crime aconteceria.
Acontece que minhas colegas provaram diversas contradições sobre o encontro no bar.
Acontece que elas mostraram que o comportamento que ela teve depois que aconteceu o crime,
não foi o comportamento de alguém que se prova inocente. Acontece que foi falado que diversos
advogados informaram que houve diversas informações que foram feitas por perícia, que foram
feitas por familiares, e foi feito pela própria Laila, que segundo os vídeos, que a mesma pretende
assistir para fazer o seu depoimento. Pois ela sim entrou em estado de choque depois e foi vítima
do crime praticado por Marcelo e por Arthur. Marcelo e por Arthur morreram. O réu fugiu. Ele se
escondeu. O réu fugiu, se escondeu e só retornou quando essa moto foi apreendida. E não teve
nenhuma solidariedade, não teve nenhuma empatia com a vítima em que aconteceu. Por quê?
Porque ele sabia. Não era porque ele estava com medo. Ele não tinha medo de nada. Ele tinha
medo, sim, que a polícia ia pegar ele. Isso. Agradeço a sua fala e a votação que será.
Com a palavra a defesa intelectual.
Bom dia a todos. Bom dia a todos. Eu saludo Vossa Excelência, o Presidente durante este mês e o
Ministério Público e o Ministério da Defesa e os novos grados que estão aqui presentes e todos
aqueles que estão presentes. Respondendo a uma pergunta da Dra. Ellen e da Maria Clara sobre o
fato de por que foi escolhido o Arthur que poderia ser qualquer outro homem, galera. Só que o
real pedido do Marcelo foi que o Arthur era algo vulnerável e não era proibido de seus amigos, já
que os membros lá eram da facção. Arthur era uma pessoa que não tinha condivência com o crime.
Ele não sabia como agir. E naquela situação de como foi briga, foi vis í vel a pena de um
relacionamento com o Arthur. Ele foi até verificado por causa desse acontecimento, desse vício
encíclico. Eu acho que quem estava vulnerável e conhecido foi uma opção fácil para o Marcelo.
Logo, eu quero entender também sobre o fato da ameaça. Às vezes a maioria dos brasileiros mé
dios não conseguem compreender o quanto é ameaçado. Talvez ele não tenha uma reação
dominante. Por isso que, de certa forma, ele deveria ter sido ameaçado. E eu passo minha palavra
para Leonardo.
Professora Serena, nós gostaríamos de pedir a parte em que parte do processo estava dizendo que
excelência, gostaríamos de perguntar em que parte do processo estava expresso que Marcelo tinha
escolhido o Arthur porque ele considerava ele uma pessoa que era vulnerável e que não faria isso
com que os amigos dele fossem acusados desse tal perigo. Não fala especificamente, mas há fato
de ele ter uma morte e ter o fato de escolher. Isso faz presumir que ele estava vulnerável. Então é
presumido, não estabilizados. Sim, sim, doutor. Estava presumido. Mas vamos dar as falas. Eu fiquei
um pouco abismado que a promotoria trouxe muitas falas técnicas, muitos requisitos legais de
escutar. No entanto, eu uma fala da senhora promotora em que ela rebate a fala do indústria pro
réu que eu utilizei e que deve ser utilizada no indústria pro sociedade.
Mas vamos a breves explicações. Bom, até a decisão que nos pôs aqui, de fato, o indústria pro
sociedade pode prevalecer. Beleza? No entanto, quando passa pro julgamento que é onde nós
estamos, prevalece o indústria pro réu. Se você tem dúvida, você absolve o réu porque não há
provas da autoria daquele crime. Certo? Nós voltamos aos fatos. O Ministério Público de Tronto
teve mais 30 minutos pra trazer provas acerca da autoria do crime. Que Arthur tivesse cometido o
crime. Mas o Ministério Público se ateu em rebater ameaça, se ateu em rebater teles de defesa e
não comprovar o que eles alegam, se ateu em rebater ameaça, o que dá pra perceber que o Minist
ério Público traz teles de ameaça como um simples fato de palavra. Ameaça não se pauta somente
em palavra.
Ameaça. O senhor Arthur presenciou a assíntota de um crime. Após o fato que Marcelo saiu no
bar com Arthur. Até então, tudo bem. Arthur não sabia que Marcelo estava no bar, como vocês
viram no depoimento. Mas ele presenciou a assíntota de um crime depois. Logo, obviamente, ele
sabia que ele não teria arma. Então, o fato alegado da ameaça por essa defesa foi posterior ao
crime. Posterior no sentido de que quem está citando uma pessoa armada, armada, com uma
arma de fogo na garrafa de sua moto, você não vai se sentir ameaçado? Você não vai se sentir
ameaçado sabendo que em qualquer momento a próxima vítima pode ser você? Infelizmente, o
depoimento do senhor Arthur padece de breves ignorâncias jurídicas. Ele considera também a
ameaça, de fato, como o Ministério Público considerou.
Uma ameaça apaladrada. Uma ameaça falada. Só que ameaça, senhor Gerardo, explico a vocês
novamente. A ameaça não é essa. A ameaça não se pauta somente em palavra. A ameaça vai
muito além. Como já foi explicado também por esses professores, esses lindíssimos professores
que estão aqui hoje. Senhores jurados, o Minist é rio P ú blico trouxe tamb é m depoimentos
controversos. Depoimentos controversos do Arthur que, de fato, não vão muito longe um do outro.
E eu trago a vocês o livro que se trata de Tensões Contemporâneas de Repressão Criminal. Nesse
livro, inclusive, a doutora, Cláudia Pio, autora desse livro também, junto de outros, ela traz um
princípio ali, vamos dizer, que se trata das falsas memórias. Falsas memórias. Arthur deu esse
depoimento bem após o crime.
Bem após o crime, então, obviamente, esse depoimento aí podia se distorcer um pouco, mas não
se distorcer tão amplamente para acusar ali um indivíduo. Para acusar o indivíduo porque, de fato,
em nenhum momento ele se acusa. E quando você vai ver o depoimento do senhor Marcelo,
Marcelo assume a autoria sozinho. Marcelo fala que Arthur não sabia. Então, veja, o Ministério Pú
blico não comprova, novamente, todas as teses abordadas no Minist é rio P ú blico não tem
comprovação. Não tem comprovação. E, para isso, Alvino Alpijuno ele traz em seu livro a seguinte
frase o processo penal define uma situação jurídica em que o problema da carga probatória o
problema da carga probatória é, na realidade, uma regra proibindo a condenação de alguém cuja
culpabilidade não tenha sido completamente provada. Então, veja, se não tem culpabilidade
provada não tem crime.
Não tem crime cometido, não tem autoria. O Ministério Público não prova isso. Então, eu já
expliquei como é que eu vou aderir o indústria do processo penal se na fase que estamos adere-
se o indústria para o réu? Se vocês têm dúvida acerca da autoria do crime vocês devem absorver
o réu porque torna repetir muito fácil você apontar, acusar o cidadão sem provas. Mas quando
passa para o quesito das provas aquilo não se concretiza. Aquilo não se concretiza. E voc ê s
puderam ver na fragilidade dos depoimentos que o Ministério Público trouxe se aderem falar em
ameaças se aderem falar em depoimentos controversos mas provar o fato não provam não provam
o fato não provam que aquilo ali de fato existe que Arthur é autor do crime. Não provam isso.
Então veja senhores jurados torna repetir hoje hoje prevalece o que está previsto no nosso código
penal no nosso artigo 286 que j á expliquei para voc ê s e prevalece tamb é m o princ í pio
constitucional chamado indústria para o réu que a condena que a condenação existindo dúvida
em base a esse princ ípio a condenação existindo d úvida é a mesma coisa que voc ê está
desrespeitando a Carta Magna Brasileira que está desrespeitando a Constituição Federal que voc
ê está rasgando a Constituição Federal porque não tem prova de um certo fato não tem prova é
princípio está na nossa Carta Constitucional se eu não tenho prova da serva do fato eu absolvo o
réu eu absolvo o réu muito obrigado eu passo a palavra para a doutora doutor Alexandre
Boa tarde eu vim aqui fiquei surpreso da questão da doutora eu queria alegar que por conta da
cidade ser pequena o fato do senhor Arthur jogar bola com o senhor Marcelo em uma cidade
pequena todo mundo conhece todo mundo alegaram isso então só pelo fato dele conhecer de
um futebol jogado as vezes então o senhor Arthur saberia ainda do senhor Marcelo de participar
de uma ação de saber a sua intenção se vocês perceberem na no testemunho da senhora Itabaila,
a vítima ela fala que conhecia o senhor Arthur de vista não conhecia o senhor Marcelo mas
conhecia o senhor Arthur de vista por conta que via ele passando e uma cidade pequena se ela já
como alegar se o senhor Arthur joga bola com o senhor Marcelo
da índole dele então já que em uma cidade pequena a senhora Itabaila via constantemente o
senhor Arthur passar então ela deveria saber da índole dele e ao ser questionada sobre saber se
ele era de uma ação ela falou não sei é boatos são boatos que rodam na cidade não é uma
cidade pequena ela não deveria saber a controvérsia que o ministério público alega de um lado o
senhor Arthur deveria conhecer a índole do senhor Marcelo mas a senhora Itabaila não conhecer
a índole do senhor Arthur é motivo de prova de comprovação que ele é coautor do crime então
meu rebato não faz nenhum sentido a controvérsia não tem nada concreto nessa questão a
doutora Maria Clara nos traz a defesa alegou meras fofocas a própria testemunha disse que são
boatos da questão de ele ser de facção são meros boatos então não há comprovação não há algo
concreto é isso que estamos alegando a comprovação da sua autoria não tem nenhum
comprovação concreta dele ser coautor é apenas achismo é apenas a questão
de que o senhor Marcelo foi coautor de boatos dele ser de facção e por isso ele ter ajudado o
senhor Marcelo longe disso ele apenas prestou o seu dever de solidariedade que foi questionado
pela doutora Itabaila o dever de solidariedade ela disse que se ele fez o seu dever de solidariedade
de dar carona
ela não teve o dever de solidariedade de depois ir a uma delegacia e confirmar como foi dizendo o
senhor Marcelo só para ressaltar o senhor está confundindo as testemunhas no caso o senhor
está falando da Laila mas no caso quem estava falando sobre a questão do Arthur era a Diana
gostaria de só ressaltar que o senhor está confundindo as testemunhas senhores então se eu
estou confundindo as testemunhas vou falar na questão da Laila ela disse que conhecia alegado?
eu não conhecia servista eu gostaria de iniciar então ela não foi aprovada gostaria de demonstrar
os jurados presenciaram a questão de ela falar que via ele passar o senhor Arthur constantemente
passava no local então é isso que é a controvérsia na questão do Ministério Público alegado
portanto na questão do direito da solidariedade que eu vinha falando a doutora Isabelle disse que
ele deveria ir à delegacia e dizer como ocorreu o crime então senhores eu trago aqui para vocês
a questão do doutor Gabriel Barbosa advogado ele fez um artigo mencionando quais são os modos
se você está sendo acusado falsamente de um crime quais são os modos que você tem que ter
o que você deve fazer pela regra que primeiramente deve-se reunir provas e segundamente deve-
se manter em silêncio ir atrás de um advogado ou de um consultor jurídico foi isso que o senhor
Arthur fez ele não fugiu ele apenas saiu da comarca sem nem saber de um crime
Então, ele apenas, ao descobrir, ao chegar à intimação, à sua citação, ele procurou um advogado.
E, sozinho, assumiu e apareceu na delegacia para prestar o seu devolvimento. Então, não h á
nenhuma questão de que ele não agiu com solidariedade. Ele agiu. Ele pensou, se ele está sendo
acusado falsamente, que ele necessitava de informações jurídicas de alguém, de um profissional,
de um advogado, para entender como agiu nesse caso. Foi isso que ele fez. Isso não comprova
nada que ele agiu como um culpado. Não comprova que ele agiu, que ele sabia o que tinha
acontecido. Ele apenas foi garantir a sua proteção, o seu direito da presunção de inocência. E é
isso que estamos presenciando aqui, a dúvida, me duvido para o réu que eu tinha mencionado.
Presume-se que ele é inocente até que prove o contrário. Não foi provado o contrário. Está a d
úvida. É perceptível a dúvida nos olhares dos senhores. Então, se há dúvida, deve absorver o réu.
Passo a palavra agora para a minha colega criada.
Boa tarde, cumprimento a vossa excelência, meus cumprimentos à defesa e aos meus colegas da
associação, aos senhores jurados que são as peças fundamentais aqui nesse júri e a todos aqui
presentes. Senhoras e senhores, estamos diante de um caso fundamentado apenas em injustiças.
Injustiças em relação a que sentaram a vida de ônibus e isso que o Ministério Público quer alegar
é que a defesa está tentando defender o Marcelo, mas não estamos tentando defender você.
Estamos defendendo o Arthur, que não participou do crime, não houve o toque. E isso está claro
nos autos de vocês. Como muito bem o meu colega Leonardo alegou, que o Ministério Público não
trouxe nenhuma prova de unidade, cad ê nenhuma das vítimas, nenhuma das testemunhas,
afirmaram que o Arthur participou realmente do crime. Nenhuma das testemunhas falaram sobre
isso.
Nenhuma. A vítima, a Laila, foi presa. Sobre uma vítima de tentativa de homicídio, ela mesma falou
que não viu os autores, o autor do crime, que foi o Marcelo. Ela foi saber, ela identificou as roupas
dele perante um vídeo que supostamente o Ministério Público está fundamentando a todo
momento nesse vídeo. Mas cadê? Eu faço a parte do Ministério Público sobre esse vídeo. Cadê
esse vídeo nos autos de processo? Cadê? Esse vídeo não consta nos autos de processo. Como o
Ministério Público quer fundamentar em um vídeo que não consta nos autos de processo? Não
consta. Em um determinado momento, a doutora falou a respeito de uma suposta troca de tiros.
Essa troca de tiros foi o primeiro depoimento de um policial. Foi logo depois que ocorreu o crime.
O Ministério Público trouxe agora essa troca de tiros, mas não consta na pensão do Ministério Pú
blico. Cadê essa troca de tiros? Cadê as provas dessa troca de tiros? Não tem, não existe essas
provas, dessas provas das provas de tiros. E com isso, é claramente evidente que o senhor Arthur,
ele não sabia deste crime. Não sabia. Ele não foi o autor. Eu queria repassar. Eu queria repassar a
questão do conceito de reconhecimento de coautoria. Eu sei que foi trazido pelo meu colega
Alexandre, só que eu queria repassar novamente para que o Ministério Público entenda que não
houve coautoria. Não houve, não houve, não houve coautoria. E com isso, criando o conceito de
coautoria. Bem de uma forma simples, para o senhor Arthur entender. A coautoria, ela só se
encaixaria nesse índice de processo.
A partir de que os ambos autores, eles participaram do mesmo grau de envolvimento do crime.
Que eles participassem efetivamente. Mas o Arthur, ele apenas estava no bar, obviamente,
fragilizado porque ele teve uma briga com a namorada. Ele bebeu algumas cervejas e, de repente.
Mochile, me pede uma parte, por favor. Desculpa, eu tenho um sinal. Pode colocar? Falou que não
existiam nos autos esse ato de tiro. Então está a página 20 nos autos do processo. Polícia de ocorr
ência do próprio policial. E também queria saber em relação ao vídeo que não consta nos autos,
que vocês fundamentaram a todo momento. Não consta nos autos, mas todas as testemunhas
referenciaram esse vídeo defendendo a mesma tese. Ao invés das outras pessoas que estão se
contradizindo. Justamente. E as testemunhas afirmaram que o Arthur cometeu o crime.
Inclusive, o próprio Alex, que é o padrasto do Arthur, mostrou, falou que esse vídeo foi mostrado
para ele pelos colegas de trabalho dele. E a partir desse vídeo que foi reconhecido o que era o
Arthur. E o pr ó prio Alex, ela s ó reconheceu depois de informar que tinha feito o crime.
Continuando. Como muito bem consideram, o Ministério Público. Ele não conseguiu comprovar
que de fato ele efetivou o crime. Ele participou do crime. Ele estava lá no bar. E quando chegou,
ele já estava de saída do bar. Quando chegou o senhor Marcelo. Perguntando se ele poderia
oferecer uma carona. Esse justamente era de solidariedade que batemos tanto e tanto e tanto a
respeito do Arthur. E com isso. Ele passou pela rua. Em que o senhor Mandeu estava trabalhando.
Juntamente com a senhora Laila.
E o senhor Marcelo, ele pediu para voltar. Só que. Só que o senhor Arthur. Ele questionou o porqu
ê. Por que voltar? Ele falou, porque eu quero conversar com o tal segurança. Obviamente o senhor
Arthur. Não quis levar a frente esse questionamento. Justamente porque ele não tinha intimidade
com o senhor Marcelo. Ele não tinha intimidade com o senhor Marcelo. E com isso. Eu queria
apresentar a vocês essa análise. Que claramente. Não tem prova. Eu reforço a questão de que
nenhuma das testemunhas. Falou. Olha, o senhor Arthur. Ele participou efetivamente do crime. Ele
atirou. Ele participou. Ele fugiu do crime. Não tem. Não tem, não tem, não tem. E a respeito de
que. O senhor Arthur. Ele supostamente fugiu. Na verdade ele não fugiu. Como muito bem
apresentado pelos doutores.
Ele estava sofrendo um linchamento social. Linchamento social. Como foi também apresentado
pela acusação. Que capitão fosse uma cidade pequena. É uma cidade pequena. Todos nós sabemos
o que acontece em cidades pequenas. Que quando o fato. Ele se espalha. Totalmente. O pessoal
vai saber. Vai saber que o senhor Arthur. Supostamente fugiu. Supostamente. Tudo baseado a
respeito de um vídeo. Que se fosse verdade. Ele seria o colocador dos autos do processo. Ele seria
o colocador dos autos do processo. Com isso, infelizes. Finalizando a parte da defesa. Eu queria.
Quando forem os resultados para vocês. Em relação a materialidade do crime. Vocês respondem
que sim. Houve a materialidade do crime. Mas a respeito de que. O Edram. Infelizmente ele foi
morto. Aqui reiterando que não estamos defendendo o Marcelo. O autor do crime.
Estamos defendendo o senhor Arthur. Que não participou do crime. Então a materialidade existiu.
Tem o corpo do senhor Arthur. Infelizmente. Ela existiu. Mas não em relação ao senhor Arthur. E
outra pergunta também. Quando for feita a vocês. É sobre a coautoria. Que tanto a defesa bateu.
De que não houve coautoria. Não tem os requisitos permitidos da coautoria. Não tem. Não existe.
O Ministério Público não trouxe. Não trouxe. Não trouxe. Não trouxe. A única questão que eles
queriam afirmar. É de que. Supostamente houve controvérsia do que foi vencido. Só isso. Só isso.
Que a coautoria que eles tanto alegram. Não tem. Não tem. Não tem. E por fim. A respeito da
absolução. Devem absolver o r é u. Devem absolver o r é u. Justamente por tudo que n ó s
apresentamos aqui. Por tudo que nós defendemos.
E ainda mais porque nós. de que não houve contoria, se aplica o princípio do indústrio pró-réu,
ele não participou do crime, tem a fatalidade do crime de fato, mas não a respeito do Arthur, e sim
a respeito do Marcelo, de fato. E com isso, excelências, deixo essa indagação a vocês, de que, se
realmente o Arthur tivesse participado do crime, será que o Ministério Público, tanto bateria na
questão de que houve coautoria, mas sem trazer os requisitos, sem trazer as provas, sem trazer
nada, a única questão deles é que eles têm que falar sobre os nossos depoimentos, sobre as
nossas alegações, tudo a respeito da defesa, mas nenhuma prova, nenhuma nada, nem nada,
perdão, nada do Ministério Público. E com isso, encerro a defesa. Muito bem, senhoras e senhores.
Terminado aqui, terminamos o debate, t á ? Subventação, r é plica, treta. E passamos, nesse
momento, a indag á-lo. Os jurados e as partes sobre os quesitos, que estão no consumo de
responder os quesitos. Então, o juiz deu os quesitos. O público é obrigatório e indaga as partes
que tenham algum questionamento sobre os quesitos. Os jurados têm condições de votar. Se
precisam, dão um esclarecimento a base, tá? Então, vou passar aí por outros quesitos e, em
seguida, nós vamos à votação.
O público é obrigatório e indaga as partes que tenham algum questionamento sobre os quesitos.
Os jurados têm condições de votar. Se precisam, dão um esclarecimento a base, tá? Então, vou
passar aí por outros quesitos e, em seguida, nós vamos à votação. Muito bem Agora a explicação
aos senhores alunos Há uma série de dízimos A gente estudando a legislação Deve existir uma sé
rie de dízimos Para cada réu e cada vítima E cada crime Então a gente chama de questionário
Aquilo a ser o conjunto de quesitos Para um determinado réu No caso nós temos dois réus Mas n
ós estamos julgando só um, o Arthur Então nós temos um questionário Só no Arthur nós temos
três crimes O homicídio, a tentativa e o fundo Para todos eles, tá?
Então nós temos que fazer uma série De dízimos Para cada crime Então a primeira série se refere
ao homic í dio qualificado A primeira pergunta é a seguinte Primeiro quesito do homic í dio
qualificado Consumado, que a vítima é o Wendel Primeiro quesito E aqui só os quesitos valeriam
Alguns minutos de conversa Mas eu vou tentar resumir Existem três crimes de quesito Sobre o
narcótico Maternidade, o delírio Autoria E o absolvo Que é o quesito Todos os três tem que ter
qualquer tipo de crime Maternidade, você já sabe se aquele fato aconteceu Se a pessoa morreu,
se a pessoa foi ferida Às vezes não deixa o vestígio Não deve ter um caso, ou um desfado em direção
à vítima Ou se a pessoa morreu, se a pessoa foi ferida Alguma coisa nesse sentido Se o fato da
vida ocorreu materialmente no processo O segundo, a autoria Se o r éu é autor Porque há
situações, obviamente, que o réu é a autoria No caso aqui, a tese principal da defesa E por fim, o
outro quesito é o quesito da defesa O jurado absolve, o jurado absolve o r éu Pessoal, é o
seguinte Até, salvo em anos 2011,
2010 Eu não lembro bem a época Mas foi por aí, 2010, 2011 A participação das teses de defesa
Principalmente quando havia a alegação do legítimo da defesa É extremamente complexo Porque,
vocês lembram que os requisitos da legítima defesa Que a lei descreve como Agir em legítima
defesa Como em Aquele que usa de Meios proporcionais para reagir A uma ilegítima agressão de
terceiro Para a defesa Para a defesa Para defender bem de seu ou terceiro Não é isso? Eu estou
falando aqui do CD ou do texto Mas é mais ou menos nessa linha Então, cada requisito desse Ele
era desmembrado em quesito E isso gerava muita polêmica Muita polêmica A legítima defesa
terminava Tirando dois ou três quesitos
E o que o que fez o legislador Em função da polêmica Muitas vezes Superáveis, nulidades foram
geradas Nessa resposta aos quesitos Foi feita uma simplificação Que eu entendo muito boa Salutar
Transformando todas as teses de defesa Em um quesito só Que é o jurado absorveu o artigo No
caso, em morais E aí a gente diz o seguinte Que tudo que é tese De defesa De defesa Algumas
formas de defesa As principais teses de defesa Estão em serviço só Inclusive a plenência Porque o
jurado pode Absorver por plen ê ncia Coisa que o juiz de direito não pode O jurado pode
Simplesmente ter pena da pessoa E absorver O jurado pode entender Presentes situações
Extrapenais Que somente O cidadão do povo Pode Ter sensibilidade E poder Para dizer isso Para
julgar com base nisso E absorver com base nisso Por exemplo
Situações como a seguinte Eu fiz muito julgo Porque eu peguei uma vara Que estava
sobrecarregada Com muitos processos antigos E nós fizemos um grande mutirão Que nós estamos
terminando Para julgar esses processos antigos Para vocês terem ideia Eu levei a julgamento de
processos Que eu atuei como subidio E isso me chegou 20 anos antes Então em situações como
esta Aconteceu e acontece E aconteceu o que eu vi várias vezes Um réu ter praticado algo Um clipe
Quando tinha 20, 21 anos 25 anos E a gente fazer o julgamento 20, 25 anos depois Não tendo
ocorrido prescrição Não pense em prescrição Porque foi analisado Existe e eu falei Agora sobre
suspensão de processo Da prescrição Não ocorrendo a prescrição O cara ser julgado 20, 25 anos
depois Esse cara já construiu família Está trabalhando
Mudou completamente A sua vida De forma que o jurado O povo pode avaliar Que levar uma
pessoa dessa Ao cárcere Não tem mais Nenhuma eficácia E absorve E eu capiço Muitas vezes Outra
situação também que eles absorvem Por exemplo, os senhores Quando há uma questão moral
Envolvida, social Valor moral, valor social Envolvido, forte Que se confunde um pouco Com o homic
ídio Privilegiado No Pará que primeiro Então, por exemplo Tive uma situação no ano passado Que
causou bastante Impressão Em todos Quando um padrasto Um padrasto Matou uma pessoa
Apusada de abusar Da própria enteada Ele soube a notícia De que o padrasto estava abusando Da
enteada Ele foi até a porta da casa do cara Chamou ele e matou E se partiu E chegou no plenário
Ele simplesmente disse Fui eu, matei E com o pai não falei diferente Eu estou aqui defendendo A
vingança E ações como essa Resultado Ele foi absorvido
Então, nem sempre isso acontece Já tem situações de agir A pessoa agir sobre Esse argumento De
que estava Defendendo a família E não colar Digamos assim Mas eu estou aqui apenas Explicando
para vocês Com as suas práticas Para ilustrar o poder Que o jurado tem Com este quesito O jurado
absorve o réu No caso abuso Então nós temos três quesitos aplicatórios Mas que em muitas
situações Dependendo do caso Há quesitos adicionais No nosso caso Que vai haver Nos dois As
duas qualificadoras E na tentativa Sempre tem um quesito adicional Que eu tinha considerado A
tentativa para explicar para vocês Então vamos lá para a primeira vítima Que é o Wendel O que
faleceu Então o primeiro quesito No dia 4 de julho de 1922 Por volta das 0h20min Nos próximos
restos da casa Nesta cidade A vítima Wendel Marinha de Souza Marinha de Fatinha Por parte de
Seguidores para o Pernambuco Conforme certidão de óbito Continuando o e-mail 808-2009-131-
9 Conforme escrito nos autos Que ele causara morte
E outras palavras Vamos publicar O jurado especificar Que isso aqui é a forma Prolíquica do Judici
ário dizer A pessoa morreu Se não lhe dizer O réu Arthur Foi o autor do fato Que Vitimou o Wendel
E aqui Eu falei Autor do fato Não autor do crime E ele tem que ter um propósito Isso aqui Isso vem
também Da experiência Muito muito realizado É que as vezes Eu botei fato de propósito Para
comentar com vocês As vezes a defesa A linha de defesa É justamente de legítima defesa E se eu
puser aqui O autor do crime Dependendo do advogado Que defensor Ele vai protestar Porque se
ele agiu Legítima defesa Não vai te cumprir Nesse momento Então doutor Por favor Corrija O autor
do fato Não é autor do crime É autor do fato Tá
O terceiro Dizendo O jurado absorve o réu Arthur Isto a respeito Do Wendel Da vítima Wendel
Superado isso Não absorvido Claro Senhoras e senhores Tem o que a gente chama De prejudicar
Dependendo da resposta Que exige O outro que exige Não é feito Não é questionado Se ele
absorve Claro Nós vamos perguntar O quesito seguinte Né Que são as qualificadoras Agora O réu
Arthur Praticou Tanto por motivo Torpo Em vez de a vítima Wendel Trabalhar como vigilante O qu
ê? Atrapalhar Nas atividades criminosas Da afecção Que o réu A que o réu é ligado Ou seria ligado
E o quinto Quesito relativo A essa série O réu Arthur Praticou o fato Utilizando recursos Que
dificultou Tornou impossível A defesa da vítima O dedo sobrevivido Com o disparo De arco de fogo
Em dia público E aí Essa primeira série Relativa à vítima A vítima Wendel Né
Wendel E vem Assim O quesito Da Laila Então tem relação A Laila Tamb é m Quesito da
materialidade No dia 4 de julho De 2022 Por volta das 0 horas E 20 minutos Próximo restaurante
Casado nessa cidade A v ítima Laila Sofreu lesões Compras Por disparo De armação Que foi
Conforme Lá O quesito Corrigido Dos autos E aí É Reconhecido A materialidade Logo Por cima Do
quesito O réu Arthur Foi o autor Do fato De que a vítima Laila Teceu Do quesito Que é O da
tentativa Como expliquei Quando há Tentativa Sempre há Este quesito De quesito Intermediário
Entre ele E o absolve O réu Arthur Juntamente com o terceiro Pessoa Deu início Na execução Do
crime O quesito Que deixou De consumir Uma presunção Seria a sua vontade Porque na tentativa
Senhoras e senhores Há a possibilidade
De a defesa Entender Que Ou argumentar Que o réu Apesar de ter Ablevido a vítima Ele não quis
Matá-la Ou Às vezes Também se argumenta Que ele Desistiu Voluntariamente De matar E nesses
casos Ele responde Somente pelos Resultados Praticais E não pelo Homicídio E não pelo Homicídio
E aí Se os jurados Reconhecerem Que Ele não quis Matar Ou não teve Início A execução Do crime
Homicídio Ele responde Não Esse terceiro Quesito Ao que a gente Chama de Desclassificação
Desclassificação Ou seja Ele deixa De ter praticado O crime Doloso Contra a vida E aí Se interrompe
A Acresitação Aí E o juiz Direito Que passa A decidir O que aconteceu Ele passa A proferir Na
sentença Adetando Ao mérito Da acusação O jurado Absorve O terceiro Quesito O jurado Absorve
O relator E o quarto E o quinto Quesito São as mesmas Qualificadoras Relativas ao réu A vítima Ou
entre Muito bem E aí Tem um Clínico Né?
O caso de furto Dentro do cenário Do homicídio Podem acontecer Outros crimes Como exatamente
Esse caso aqui Mataram a vítima Queriam matá-la Lembrem Prestem bem atenção No seguinte O
que diferencia Alguns crimes Alguns que não Os crimes em geral Importantes O que vai diferenciar
A cartulação Que o profissional Vai dar Ao fato A ação Que vai dar É Principalmente A intenção Do
réu Nós temos Por exemplo Claro O crime de latrocínio O crime de homicídio E o crime de furto
Que pode Eventualmente Se questionar Por que Não se Capturou Esses crimes Aqui E tem o de
roubo Ainda que está Relacionado Com o de furto É que Segundo os autos Do processo A intenção
Dos dois Era Matar O Wendel E não Possivelmente Somente Ou Pegar O celular dele Uma coisa
Eles teriam
Poderia ter acontecido Matar Do Wendel Porque Queriam Na verdade Somente O celular dele Eles
Por exemplo Não sabiam Que ele era Vigilante Ou Ele era vigilante Mas não estava incomodando
O Wendel Ele não tinha o propósito De matar Eles poderiam Consumir Supondo Ter agido Tão
somente Para pegar A arma dele Aí sim Seria o Wendel Lá por cima Não iria para a jura Entendeu?
Então dependendo Da intenção Dos agentes É que a gente vai Capturar corretamente O crime
Neste caso Lá na comarca De origem E eu acredito Que sim Ficou demonstrado Que o que eles
Queriam era Efetivamente Matar o Wendel Porque ele era Vigilante E incomodava A Ação Dos ré
us E dentro Do contexto Pegar a arma dele Por isso Pegar a arma dele É o crime Que a gente chama
De Crime conexo Ao homicídio Que está Ao lado do homicídio Está relacionado Com o homicídio
Mas que não muda A calculação Do homicídio Está certo?
Então é o furto E aí a Acusitação Isso também É acusatado Ao jurado Que a Acusação Fica assim
No dia 4 de julho De 2022 Por volta das 0 horas E 20 minutos Próximo ao restaurante Caso a
necessidade A arma de fogo Da vítima O Wendel Foi subtraída Quer dizer A materialidade Primeiro
De pergunta Fato existiu Depois Pergunta O relator Foi o autor Da subtração Da arma A
materialidade Autoria E depois O jurado Absolve o relator Entendeu? Senhoras e senhores Então
Aí Neste momento Lido Os quesitos O juiz pergunta Se as partes Têm alguma consideração A fazer
Então as partes Têm alguma consideração A fazer sobre os quesitos Senhoras e senhores O Minist
ério Público Da Defesa Sem consideração Podemos passar a votação Os senhores jurados?
Então Neste momento O juiz Começa a votação Como é que é feito Senhoras e senhores Na pr
ática? Se o fórum tiver estrutura Pode-se levar Para uma sala Chamada sala secreta Em que vão s
ó os jurados As partes O juiz O senhor auxiliar Para fazer a votação De modo geral Apesar de aqui
em Belém Nós temos sala secreta Numa dos Salões Só que temos Aqui no nosso fórum Três salões
de juros Num deles O maior Temos sala secreta Nos outros dois não Mas mesmo no maior Temos
sala secreta A gente prefere Com homenagem Retirar as pessoas Do plenário Certo? Então a gente
pede Que seja retirado O réu E os populares Do plenário Ficando somente As partes Os jurados E
algum advogado Presente A gente permite que fique Bem como A gente tamb é m permite
Normalmente que alunos Fiquem Alunos direitos De que caso São alunos Que permitem que
fiquem Durante A votação Com os jurados
Muito bem Então vamos considerar Que o plenário foi esvaziado E nós estamos aqui Para proceder
a votação Como é a mecânica Da votação Quem já foi acompanhar o grupo Levanta a mão Quem
já foi acompanhar o grupo A maioria não foi Então muito bem A mecânica da votação É feita de
tal forma Que a gente procura preservar O sigilo do voto Certo? Então os jurados Recebem fichas
Fichas com a palavra Sim ou não Vocês viram que Os quesitos Os quesitos somente admitem Duas
respostas Sim ou não E a gente não pode Então a gente Passa a lei E coloca em votação Passando
uma primeira urna Com o primeiro Oficial de justiça Pegando o voto Do jurado Só que o jurado vai
ficar Com outra ficha na mão Que ele chama de descarte Se ele exibir a ficha A gente percebe que
ele votou Então por isso Há uma segunda urna Que vai passar coletando Com a segunda oficina
da justiça Os descartes E o juiz só abre a urna A primeira urna do voto
Quando todos os descartes são punidos Entendeu? Então com isso a gente Procura preservar O
sigilo da votação Tá certo? Então vamos começar a votação Com o questionário Relativo à vítima
O Endel O que faleceu Então eu peço que a senhora Oficial de justiça Entregue uma ficha sim ou
não Para cada jurado E cada uma fica com Todas as outras Tá? Vocês vão ver
king Eu já peço a você Com o descarte Por não ter Innervo Por isso Há muito tempo Então eu
peço à senhora as forças e O juiz e opiece Diem a notícia Sim ou não Para cada jurado E cada uma
Cada uma fica para mim, para as outras. cada um verifica se tem que receber o sim e o não a gente
orienta também na votação valendo a gente orienta que os jurados também procurem manusear
as cédulas de forma que nem o vizinho do lado mesmo que está votando a gente normalmente
pede que eles coloquem a uma cédula da parte para dentro da mesa que aí dificulta o vejo então
vamos dar a votação relativa primeiro a série da vítima Weber agora eu pediria que eu pudesse
votar se eu pudesse votar eu posso também tentar votar aqui então primeiro o verbo de sítio
materialidade da vítima Weber como eu expliquei há pouco a pergunta
ela é mais prolixa porque nós fazemos ela mais detalhada mas a pergunta em essência é se a ví
tima morreu dia 4 de junho de 2022 volta das 0 horas e 20 minutos próximo registro de casa nessa
cidade a vítima Weber, o Souza Marinho foi atingida por vários disparos de arma de fogo conforme
nos autos teve que causar aborto ou seja, a vítima morreu e a vítima morreu resposta senhoras e
senhores a primeira oficiada peca o voto isso a segunda vai vir para trás perdoe o descarte pelo
descarte
A primeira, né, a primeira, a primeira sombra de água. O juiz, o juiz abre, falou, falou, inclusive.
O juiz abre as primeiras cédulas Não, não se deve publicar mais algumas coisas Então, a gente
somente lê os quatro votos vencedores A gente não divulga, o juiz olha as cédulas E escolhe as
quatro majoritárias E somente divulga, no caso, os quatro sim Então a gente lê sim, sim, sim e sim
Alguns colegas ainda lêem todos Eu prefiro ler só os vencedores De modo que não se sabe se o
que é foi ruim ou não Ou qual foi o placar Isso ajuda a preservar o sigilo dos votos Então,
terminada essa leitura É feita a votação E a gente passa Outra prática é que as oficiais de justiça
Ou os oficiais de justiça Quando a gente termina a leitura Entrega a urna
Elas se viram de costa da plateia De costa da plateia E vão reorganizar as cédulas No sim e não de
um lado para o outro Às vezes, as cédulas são feitas de um lado para o outro Às vezes, inclusive,
simulam Às vezes, a gente sabe que é unânime Mas elas simulam para as pessoas não
perceberem Que houve uma troca de cédulas entre elas Entenderam? Esse trabalho aqui se
destina também A demonstrar, a esconder qual foi o placar Que elas se reúnem de costa da plateia
Para reorganizar as cédulas Porque o placar de todos os sims E outras de todos os não Então se
elas simplesmente virarem as costas E voltarem para a plateia Vai se perceber que foi unânime ou
não Mas então o que se faz Fica de corte para a plateia Por jurados E reorganiza-se as cédulas De
forma que não se sabe Se houve uma troca entre elas ou não Então distribuam as cédulas
Muito bem, senhoras e senhores, o segundo quesito, o relator Corais Rodrigues foi um dos autores
do fato que vitimou o Endel? Resposta, senhores.
Não. Não. Não. E não. Então, com isso, senhores, o que aconteceu? Os jurados não reconheceram
que o Andrew, o Arthur, foram os autores do fato, obviamente, e com isso fica, a gente chama de
prejudicada, a leitura dos demais que vivem desta série. Eu passo, então, para a seguida vítima. E
aqui vai o comentário, por ser algo simulado. Uma das coisas que a gente se preocupa, e aí às
vezes a gente explica para o jurado, é que tem certas situações, isso não é regra, tá, que são
situações caso a caso, em que a resposta para uma série meio que vincula a seguinte, porque veja
qual foi o fato de dois homens numa moto, que é típico dessa situação de execução, o piloto para,
o carona atira, sobe na moto de novo e segue.
Por que os julados decidiram que o piloto não tenha reação temporária, não estava envolvido,
provavelmente não sabia, claro, que esses comentários devem ter sido simulados, tá? Se não foram
simulados, não valiam esses comentários. Então, provavelmente, os jurados entenderam que o
piloto não sabia da ação do seu carona. Como, na cena, uma outra pessoa foi ferida, é provável
que a resposta do filme tem que, para esclarecer? este réu tem que ser resposta da outra. Então,
quando isso acontece, a gente diz assim, eu, como juiz, eu digo assim, senhor jurado, por favor,
respondeu assim, respeitando, claro, a resposta é essa. Cuidado com a coerência. Você não pode
dizer que ele não tem relação com a vítima que morreu e ter relação com a vítima que está ferida.
Aqui é aquele velho estilo americano, o teorismo é o de 19. Quer dizer, o de ganhar leva tudo,
o de perder leva tudo também. Entenderam? Esse aqui é o comentário que eu estou fazendo,
porque isso aqui é uma simulação, mas claro que eu não posso fazer esse comentário a este nível
com os jurados. Eu digo apenas, olha, pessoal, cuidado com a coerência. Porque ele ficaria sem
sentido neste caso o réu ser condenado por um absoluto ou resolvido por um e condenado por
outro. Tá bom? Então, nós mesmo assim fazemos a votação. Tem que fazer. A vítima Laira agora,
quanto a vítima Laira, vamos lá, então, também, na realidade, no dia 4 de junho de 2022, por volta
das 0 horas e 20 minutos, próximo restaurante de casa, nessa cidade, a vítima Laira sofreu aleações
corpulais descritas do laudo tal, conforme, por arma de fogo, ou seja, ela foi oferida, naquele dia,
respostas. Desculpa, não tinha entregado antes. Espera um pouco, e eu leio de novo. Entrega as
fichas. Eu adiantei. Então, primeiro quesito da Laira, materialidade. No dia 4 de junho de 2022, por
volta das 0 horas e 20 minutos, próximo restaurante de casa, nessa cidade, a vítima Laira sofreu
aleações corpulais por disparo de arma de fogo, conforme, l á, descrito nos autos. Respostas,
senhoras e senhores.
Então, sim, sim, sim e sim. Então, a conclusão é que a maternidade foi reconhecida. Então, a
conclusão é que a maternidade foi reconhecida. A gente refaz a votação. Acontece.
A gente, eventualmente, explica direitinho, mostra muito cuidado para não transparecer a opinião
dos juízes e também dar um tipo de orientação. Então, apenas explicar. Para eles, o que é incoer
ência e diferença ajustada. Então, vamos lá. O relator, Borais Rodrigues, foi um dos autores do fato
de que Laila foi vítima? Resposta.
Vamos agora ao físico do furto Lá na cena do crime Foi tirado, levado A arma Do ator Então é
preciso Que a gente agora diga se O ator Desculpa, a arma foi levada Do enter, da vítima É preciso
que vocês digam se Ele tem relação com isso Então, primeiro princípio Materialidade No caso do
furto A pergunta é se a arma Foi subtraída No dia 4 de julho de 2022 Por volta das 0h20min A
arma de fogo da vítima Foi subtraída Resposta, senhores jurados
E sim Tá?
E agora nós vamos à autoria, saber se os jurados entendem que o Arthur foi o autor dessa
explicação.
Muito bem, terceiro quesito, o jurado, desculpe, segundo quesito, o réu Arthur, foi um dos autores
da subtração da arma da vítima, respostas?
Então, senhores e senhores, não, não, não, não. Muito bem, senhor. Voc ê encerrou sua
convocação, porque os demais que disseram são prejudicados, né? E aí o juiz passa a conferir a
sentença. E aí,
basicamente, a sentença é bem simples, no primeiro parágrafo, porque o juiz, isso varia muito de
juízo para juízo, o que faz, eu faço a coisa muito objetiva, é, submetida a julgamento o réu Arthur,
perante o tribunal de júri da Unifamar. Mas, o conselho de sentença entendeu que ele não ser o
autor dos fatos que vitimavam o Wendel, o Wendel e a Laila. Isto, por outro, julga o procedente de
acusação para absolver Arthur Moraes Rodrigues da acusação da prática do vício de ofensivo
consumado, tendo como vício o Wendel, e tentado, tendo como vício a Laila. E, como da subjetação
da arma da vício ao Wendel. Basicamente é isso, a sentença. Eu só tenho algumas disposições
adicionais, digamos assim, burocrática do judiciário, que é, por exemplo, destinação de bens
aprendidos no processo, que existem bens aprendidos, e existem normas que dizem que o
processo não pode ser ativado sem a destinação do bem aprendido.
E, mais uma coisa, que a gente tem que entender, que a gente tem que entender, que a gente tem
que entender quais disposições práticas, relativas a recurso, né? É, o que o juiz diz que é, não, é
um recurso a arquivos e os autos, que mandam intimais e tal. E diz também que as partes estão
intimadas em audiência, né? Feita a leitura da sentença, o juiz pergunta às partes se tem algum
requerimento a fazer, inclusive sobre recursos. Sempre o primeiro, primeiro do Ministério Público,
depois da defesa. Então, eu pergunto. Então, o Ministério Público se tem algum requerimento a
fazer. E aí o Ministério Público pode eventualmente, qual é o requerimento, num caso como esse,
o Ministério Público apresenta neste momento a apelação de forma que vai apelar o processo.
E já diz nos artigos lá do CPP o fundamento apelo dele. As apelações, as razões da apelação não
são apresentadas agora. É apenas ele apresenta o recurso. Aí, em seguida, a gente dá voz à
defesa para que também se manifeste em determinada situação, como este, em caso desse, a
gente diz que a defesa não tem interesse em repulsá-lo. Então, normalmente, é só uma forma
de dar a palavra à defesa. Muitas vezes ela só agradece ao jurado, etc. Um detalhe só que eu
preciso falar. Quando encerra a votação, a gente já pode, a gente pode quebrar a incomodidade
do jurado. Já pode confessar. No final da votação, a gente já diz para eles que eles podem se
comunicar, mas que ele deve aguardar a leitura da sentença. Com isso, senhoras e senhores, me
parece que a gente conclui todo o procedimento dentro do ciclo da simulação do Fundo. Depois
do requerimento das partes, a gente até para encerrar o Fundo, através da participação de todos
os jurados, e finaliza. Até a próxima sessão. Então é isso, senhoras e senhores. Muito obrigado a
todos.
Primeiro eu quero agradecer ao doutor Cláudio por ter dedicado o seu sábado aqui com vocês.
Parabenizar tanto os meninos que estiveram na defesa como as meninas e meninos que estiveram
na acusação. É isso mesmo. O treino vai mostrando para a gente muito acordo, muitas coisas. E eu
queria aqui, em agradecimento do Unifamag, entregar ao doutor Cl á udio o certificado de
reconhecimento da participação dele aqui. Esperamos, doutor, muitas outras vezes, poder contar
com o senhor aqui também. Muito obrigada. E eu vou passar também agora para o professor
Murilo, que tem tamb é m mais questões para passar para o senhor. Obrigada. Bom, gente.
Primeiramente, parabéns a todos. Obrigada. A todos os envolvidos. Tanta acusação, tanta defesa.
Reitero que são momentos de simulação. Então, para exercitar mesmo a manuseio de um processo
jurídico, tem como manusear aí a oratória.
Enfim, agradeço a todos. E temos também aqui uma lembrancinha para o doutor Cláudio. Em
nome da Unifamag, a gente agradece a presença. Eu gostaria de agradecer a todos. Os alunos, dê
uma olhada só para ver. Agradecer a todos. Está disponível para outros dias vir aqui, participar
de outros eventos. Eu só quero mostrar para vocês, como aprendizagem, onde vocês encontram
no site do tribunal, a sessão dos Juntos. É bem simples, é bem interessante. E para quem, eu
queria até pontuar o seguinte. Eu vi aqui vários colegas de vocês, que atuaram muito bem, que
tem realmente, parabenizar vocês, que vocês têm, a gente vê que já tem algum traquejo, que
podem, com certeza, evoluir. E vocês evoluem muito ouvindo, vendo o sessão do juro, vendo como
eles se comportam, como eles abordam isto. Então, percebam que bem aqui na página do tribunal,
aqui embaixo, sessão de julgamento. Na sessão de julgamento, você entra nessa página. E você
tem as transmissões online, bem aqui. Isso até no celular funciona. E aí, você tem aqui, se fosse
durante o dia ou durante a semana, em sessões ao vivo, ele mostra o que está sendo transmitido
ao vivo. Agora, vejam aqui do lado, tem sessões anteriores. E aí, é sendo tribunal do júri. E tem v
ários júris.