Periodo Projeto Administrativo

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FACULDADE IMACULADA CONCEIÇÃO DO RECIFE

DIREITO ADMINISTRATIVO I

PRINCÍPIOS DA IMPESSOALIDADE E DA MORALIDADE, NO ÂMBITO DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

RECIFE
2022
“a Administração não pode proceder com a
mesma desenvoltura e liberdade com que
agem os particulares, ocupados na defesa de
suas próprias conveniências, sob pena de trair
sua missão própria e sua razão de existir”.

Celso Antônio Bandeira de Mello


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................00

PRINCIPIO DA IMPESSOALIDADE .....................................................00

PRINCIPIO DA MORALIDADE .............................................................00

EFICÁCIA DOS PRINCIPIOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA..........00

CONLUSÃO .........................................................................................00

REFERÊNCIAS ....................................................................................00
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre os princípios da


administração pública moralidade e impessoalidade, sendo eles um dos principais
regulamentadores e norteadores do administrador público, trazendo a moralidade e
a imparcialidade, fazendo-o assim agir pelo interesse público geral e afastar
diretamente seu interesse privado.
O princípio da moralidade e impessoalidade estão previsto no art. 37 da
constituição federal de 88, que em seu texto fala que:

“Art. 37 A administração publica direta ou


indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficácia [...].”

Observando assim que qualquer ato da administração pública deve ser regido pelos
princípios acima citados, alguns doutrinadores falam que o principio da moralidade
seria um princípio autônomo, haja vista que o mesmo diverge uma parte com o
princípio da legalidade.

Já o princípio da impessoalidade vem com o objetivo de garantir que o


administrador haja com imparcialidade no que tange a defesa do interesse público,
complementando outro aspecto importante na atuação dos agentes públicos
sendo imputado ao Estado, as realizações não devem ser
atribuídas à pessoa física do agente público, mas à pessoa
jurídica pela qual ele representa no momento.

Há seguir, discorreremos sobre a aplicabilidade dos


principios em tela referidos, suas atribuições e a impórtância dos
agentes públicos seguirem sem coação ou omissão o que tal
principios os imputam, trazendo assim um uma segurança
juridica ao interesse público geral.
PRINCIPIO DA MORALIDADE
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE

Os princípios administrativos são os instrumentos norteadores do legislador,


do administrador e do aplicador da Lei no caso concreto, constituindo um alicerce
basilar para os atos posteriores da Administração Pública. Na visão de Celso
Antônio Bandeira de Mello, o princípio da Impessoalidade se traduz na missão de a
Administração Pública tratar a todos os administrados sem discriminações,
benefícios, favoritismos ou perseguições. De acordo com o referido autor, o princípio
da impessoalidade não é, senão o próprio princípio da Igualdade ou Isonomia.
Nesse sentido, Maria Sylvia Zanella Di Pietro corrobora as ideias de Celso
Antônio Bandeira de Mello, e deixa claro que o princípio da Impessoalidade submete
tanto o administrado quanto o administrador. Segundo esse princípio, a finalidade
pública deve ser almejada de forma imperativa, não podendo a Administração
prejudicar ou beneficiar a determinadas pessoas, uma vez que o interesse público
deve ser perseguido de forma rígida, norteando, portanto, o comportamento da
gestão pública.

Decisão jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao


`Princípio da Impessoalidade:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 512 DA LEI ESTADUAL


N. 12.342/94-CE. PROIBIÇÃO DA PRÁTICA DE NEPOTISMO NO ÂMBITO DO
PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. EXCEÇÃO AOS SERVIDORES QUE
ESTIVESSEM EM EXERCÍCIO DO CARGO NO MOMENTO DA EDIÇÃO DA
NORMA. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA, MORALIDADE E
IMPESSOALIDADE. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO DIRETA.

A presente Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), se refere ao artigo 512


da Lei estadual nº 12.342/1994 do Estado do Ceará, com pedido de liminar ajuizada
pelo Procurador-Geral da República em face da expressão "ressalvados os atuais
ocupantes", constante no referido artigo:

“Art. 512. Ressalvados os atuais ocupantes, não poderá ser nomeado para
cargo em comissão em comissão o cônjuge e os parentes até terceiro (3°) grau
de qualquer membro do Poder Judiciário".

Consoante ao disposto, o Sr. Ministro Edson Fachin (relator) declarou o artigo


inconstitucional sob o fundamento de que o mesmo alega que, “não obstante o
objetivo da norma seja evitar a prática de nepotismo dentro do Poder Judiciário
estatal, é permitido a permanência dos servidores que tenham relação de
parentesco com os membros do poder e que estejam ocupando Cargo em comissão
antes da publicação do diploma em questão da referida Lei”. O Ministro segue
afirmando que tal dispositivo viola os princípios da impessoalidade, isonomia e
moralidade. Destarte, o relator requereu que fosse concedida uma medida cautelar
para suspender a expressão "ressalvados os atuais ocupantes" constantes no artigo
512 da Lei nº 12.342/1994 do Estado do Ceará. (ADI 3.094, Supremo Tribunal
Federal, Relator: MIN. Edson Fachin, data de julgamento: 27/09/2019).

EFICÁCIA DOS PRINCIPIOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

INTRODUÇÃO

Falaremos a seguir sobre o tema VIOLÊNCIA PISOCÓLOGICA, que foi


incluída no código penal pela aprovação da Lei 14.188 de 29 de julho de 2021,
estando escrita taxativamente no art 147-B do referido diploma legal.

Tal modalidade de violência já era prevista na Lei Maria da Penha (LMP),


mas ainda não havia sido detalhadamente tipificada. Já sabemos que são cinco as
modalidades de violência previstas na LMP contra a população feminina, mas faltava
descrever melhor a modalidade “violência psicológica”.

A nova norma teve origem no Projeto de Lei n º 741/2021, sugerido pela


Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e apresentado pela Deputada
Margarete Coelho (PP-PI). No Senado, a relatora da matéria foi a Senadora Rose de
Freitas (MDB-ES).

A violência psicológica consiste em ameaça, constrangimento, humilhação,


manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz e insultos. No
entanto, na LMP, já havia previsão de cinco formas de violência contra a mulher, a
saber: violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e
violência moral. Quanto melhor esclarecidas ficarem essas modalidades, mais eficaz
será a atuação da Justiça e do Ministério Público na proteção aos direitos da mulher
vítima.

Discorreremos a seguir a eficácia da inclusão desta lei, bem como nossa


opinião acadêmica sobre a disparidade de gênero sendo uma lei taxativa apenas
para um único gênero, mesmo, sabendo que ambos os gêneros sofrem esta referida
violência.

SURGIMENTO DA LEI 14.188/2021


EFICÁCIA DA LEI 14.188/2021
REFERÊNCIAS

CUNHA, Douglas. Jusbrasil, 2014. Princípios do Direito Administrativo.


Disponível em: https://douglascr.jusbrasil.com.br/artigos/134963299/principios-do-
direito-administrativo. Acesso em: 01 de Abr. de 2022.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 32° Ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2015.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32° Ed. Rio de Janeiro:
Editora Forense, 2019.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade n°


3.094. Requerente: Procurador-Geral da República. Requeridos: Governador do
Estado do Ceará e Assembléia Legislativa do Estado do Ceará. Relator: Min. Edson
Fachin. Brasília, 27 de Setembro de 2019. p. 3-11. Disponível em: <
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=751152275>.
Acesso em: 01 de Abr. de 2022.

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