Tratamento Clínico Da Insuficiência Renal Crônica: Artigo Especial
Tratamento Clínico Da Insuficiência Renal Crônica: Artigo Especial
Tratamento Clínico Da Insuficiência Renal Crônica: Artigo Especial
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Departamento de Medicina Interna, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Serviço de Nefrologia, Hospital
de Clínicas de Porto Alegre. Correspondência: Rua Ramiro Barcelos 2350, Porto Alegre, RS, Brasil, CEP
90035-003. E-mail: [email protected]
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Serviço de Nefrologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
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Departamento de Medicina Interna, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
or even previous knowledge of the situation. Late referral to a nephrologist has been widely
discussed as it increases the morbi-mortality of uremic patients, before andafter the beginning
of dialysis, and as it increases treatment costs. Our objective is to provide general guidelines
regarding the conservative treatment of chronic renal failure, suggesting measures that should
be understood and carried out by, or together with, those indicated by a nephrologist. The
treatment of end-stage renal disease patients includes: an approach to the primary renal disease
and to additional acute renal damages; preventing the progression of renal failure; treatment of
comorbidities; treatment of uremia complications; monitoring of renal function and nutritional
status; patient education and preparation for dialysis and transplantation. Nutritional therapy
and control of arterial hypertension are important measures in order to prevent loss of renal
function; however, other factors should also be considered..
Key-words: Chronic renal failure; systemic hypertension; low protein diet; progression of renal
failure
a perda da filtração glomerular está associada anatômicas do trato urinário (refluxo vesico-
a uma perda de massa renal, ou seja perda ureteral, por exemplo), bem como a tuberculose
dos glomérulos que são a unidade filtrante dos urinária, têm um potencial mais destrutivo e
rins. Alguns glomérulos são perdidos podem eventualmente levar à perda de massa
totalmente, enquanto outros são poupados e renal.
tendem a se hipertrofiar compensatoriamente
(teoria do néfron intacto). Papel da hipertensão arterial
Esse processo de hipertrofia é mediado
por vários fatores de crescimento, incluindo A hipertensão arterial sistêmica
angiotensina II, insulina, fator de crescimento sustentada lesa o rim ao provocar isquemia
semelhante a insulina, fator de crescimento renal e fibrose periglomerular, por esclerose
epidérmico, fator de crescimento hepatocitário, glomerular induzida por hipertensão capilar ou
etc. (5). As resistências arteriolares dos néfrons por uma combinação desses fatores. O
hipertrofiados são reduzidas, e ocorre um resultado é um quadro patológico distinto,
aumento do fluxo sangüíneo glomerular e da chamado de nefrosclerose hipertensiva, que
fração de filtração (por vasodilatação arteriolar costuma se associar a um quadro clínico de
preferentemente aferente). Ocorre aumento do disfunção tubular, perturbação no mecanismo
fluxo plasmático renal e aumento na pressão de concentração e diluição da urina, noctúria,
capilar glomerular (6). Ocorre ativação de microalbuminúria ou proteinúria patológica leve,
hormônios locais e citocinas inflamatórias, muitas vezes associado à perda de função
secundariamente ao processo de hiperfiltração. renal. Embora sendo indubitável que a
A reação inflamatória intersticial, a ativação de hipertensão maligna descontrolada leve a um
TGF-beta e o acúmulo de fibroblastos provoca quadro de insuficiência renal (em geral
fibrogênese e cicatrização (7). rapidamente progressiva), acompanhada de
Estudos experimentais têm demonstrado retinopatia grave, proteinúria, necrose fibrinóide
que quando a perda de néfrons ultrapassa 50%, e hialinização arteriolar, não é tão claro que a
os néfrons remanescentes sofrem um hipertensão arterial sistêmica
processo progressivo de esclerose que leva à desacompanhada de doença renal prévia leve
proteinúria e colapso glomerular à insuficiência renal crônica (11). A dificuldade
(glomerulosclerose segmentar ou global reside na falta de estudos prospectivos
focalmente), que piora a função renal e leva a observacionais em população sem doença
um círculo vicioso inexorável de deterioração renal prévia e com hipertensão essencial de
funcional (8). É evidente que as outras funções longa duração. Os estudos disponíveis não
regulatórias, metabólicas, endócrinas e excluem a presença de lesão renal precedente
homeostáticas dos rins são também à hipertensão como causa da IRC. Biópsias
comprometidas, em graus variáveis, feitas em pacientes hipertensos mostram um
dependendo da natureza da doença renal alto percentual de lesões glomerulares
básica e do grau de comprometimento tubulo- (especialmente glomerulosclerose segmentar
intersticial. Outra conseqüência desse e focal). Resta esclarecer se estas lesões são
processo é a hipertensão arterial sistêmica, que primárias ou secundárias, se são causa ou
retro-alimenta positivamente a perda de função conseqüência da hipertensão (12,13). Sendo
renal. causa ou conseqüência da lesão renal, o fato é
Outros fatores envolvidos na fisiopatologia que a incidência da assim chamada
da IRC incluem hiperlipidemia e deposição nefrosclerose hipertensiva como causa de
glomerular de lipídios, hiperfosfatemia, acidose, uremia vem aumentando, mesmo nos países
fatores imunológicos, isquemia renal, em que a hipertensão tem sido melhor
nefrotoxicidade e obstrução. A infecção urinária, controlada, com diminuição de mortalidade por
isoladamente, não parece levar à insuficiência doenças cardíaca e cerebro-vascular. É
renal (9,10). Entretanto, quando complicadas provável que países em desenvolvimento,
por abscessos, obstrução, formação de como o Brasil, tenham um impacto mais
cálculos, ou associadas a anormalidades negativo da hipertensão sobre a incidência de
hipoaldosteronismo hiporreninêmico, que fator agravante da lesão renal, seja qual for a
ocorre associado a algumas nefropatias e que doença básica que lesou os rins
causa hipercalemia precocemente. Já o primariamente. Mesmo aumentos discretos da
fósforo tende a acumular-se muito cedo, e é pressão arterial podem levar à piora da função
envolvido na fisiopatogênese do renal. Mecanismos que explicam este
hiperparatireoidismo secundário. Isso é mais fenômeno incluem: alterações hemodinâmicas
uma razão para se restringir proteínas, como e estresse mecânico, com dano endotelial,
também as “colas”, refrigerantes ricos em hiperfiltração glomerular, proteinúria; estímulo
fósforo. à síntese de substâncias vasoativas, citocinas
Outros minerais devem ser e fatores de crescimento. O resultado da
suplementados: cálcio, ferro e zinco. O agressão pressórica ao rim é a esclerose
carbonato de cálcio tem sido amplamente glomerular e a fibrose intersticial. Indivíduos
usado como quelante de fósforo e é também de origem africana, diabéticos e aqueles com
útil no tratamento da hipocalcemia. Mais insuficiência renal mais avançada são os mais
recentemente, tem-se demonstrado que o uso sensíveis aos efeitos danosos da hipertensão.
crônico de cálcio pode causar calcificações A normalização da pressão arterial com
da camada média das artérias. A qualquer esquema anti-hipertensivo efetivo
suplementação de ferro endovenoso pode retarda a progressão da perda de função renal
aumentar o hematócrito em 2 a 3 pontos (32,33).
percentuais nos pacientes em tratamento
conservador (30,31), mesmo quando não há Proteinúria e Hipertensão arterial
deficiência absoluta de ferro (isto é, ferritina
menor do que 100 ng/ml ou saturação da A proteinúria é um desfecho substituto
transferrina menor do que 20%). Silverberg et que sinaliza dano renal e que também é
al. (31) demonstraram que a reposição melhorado pela normalização da pressão
intravenosa de ferro, na dose de 200 arterial (7). Pacientes diabéticos têm benefício
miligramas por mês durante 5 meses, provoca mesmo nas fases de nefropatia clínica. A
uma melhora do hematócrito em pacientes hipertensão glomerular causada por não
sem tratamento com eritropoetina. Em dois constrição relativa da arteríola aferente é uma
terços dos casos, o hematócrito aumentou de das supostas causas de esclerose e pode ser
29 para 32% e a hemoglobina de 9,9 para prevenida com a manutenção da pressão em
11,1%. Outro estudo de Silverberg (30) níveis normais. Os inibidores da enzima
mostrou que a administração IV de ferro pôde conversora da angiotensina (IECA) diminuem
melhorar a anemia e manter 30% dos a pressão glomerular, relaxando
pacientes em tratamento conservador da IRC preferencialmente a arteríola eferente e
com hematócritos de 35% ou mais, mesmo parecem proteger os rins dos diabéticos (19).
sem reposição de eritropoetina. Este efeito ocorre mesmo quando não são
O sódio deve ser restrito em pacientes hipertensos. Alguns pacientes apresentam uma
hipertensos e naqueles com tendência à resposta favorável (remissão da proteinúria e
hipervolemia/edema. Pacientes com IRC em preservação da função renal) mesmo quando
fase pré-dialítica têm mais dificuldade em inicialmente portadores de síndrome nefrótica
concentrar a urina do que em excretar água (20). Outra hipótese para esta proteção é a
livre. Por isto, é importante manter um aporte diminuição da angiotensina, que funcionaria
hídrico adequado, maior do que o volume da como fator de crescimento, indutor de
diurese. A restrição hídrica só se justifica em esclerose ou fibrose. Entretanto, o efeito
casos de congestão circulatória ou protetor também ocorre com o uso de
hiponatremia. bloqueadores de receptores tipo 1 da
angiotensina II (BAT1) (18), e o tratamento
Controle da pressâo arterial combinado com IECA e BAT1 reduz a
microalbuminúria em diabéticos não insulino-
A hipertensão arterial sistêmica é um dependentes mais do que o efeito individual (17).
Hipoperfusão renal ( hipovolemia, insuficiência cardíaca, cirrose hepática com ascite, síndrome nefrótica,
sepse, hipotensão)
Infecção (infecção urinária, sepse, efeitos indiretos de outras infecções)
Nefrotoxicidade por drogas (aminoglicosídeos, contrastes iodados, antiinflamatórios não esteróides,
anestésicos, anfotericina B, quimioterápicos, inibidores da ECA)
Obstrução urinária (hiperplasia prostática, neoplasia, urolitíase, necrose de papila renal, bexiga
neurogênica, etc.)
Hipertensão arterial sistêmica descontrolada
Alterações metabólicas (hipercalcemia, hiperuricemia, hiperglicemia)
Doença ateroembólica renal
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