Série Homens Perfeitos Milionário Perfeito Julia Mendez
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Criado no Brasil.
A violação dos direitos autorais é crime
estabelecido na lei nº. 9.610/98 e punido pelo artigo
184 do Código Penal.
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Prólogo
Anna Beatriz
Saí do banheiro apressada e enrolada na toalha
caminhando com dificuldades para não escorregar,
pois, meu celular estava tocando insistentemente. E
a pessoa do outro lado deveria estar desesperada ou
morrendo.
Atendi apressada e disse:
— Nossa May! O que é isso? Morreu
alguém? — perguntei assim que atendi o
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— Anna Hall?
— Sim, ela mesma. — respondi. — Quem está
falando? — perguntei mesmo imaginando que
poderia ser o Freddy.
— Oi! Perdão, aqui é o Freddy Mason, de
Toronto, lembra-se?
— Ah! Claro que me lembro de você, Freddy,
quem iria esquecê-lo, não é mesmo?
Escutei o barulho da risada espalhafatosa dele e
então voltou a falar:
— Muito bom! Bem Anna, é que estou
organizando um reencontro entre o pessoal que
estudou conosco no ensino médio. É uma festa bem
informal aqui mesmo no meu apartamento,
coisa simples, para que possamos rever toda à
turma, então estou te ligando para convidá-la, o que
me diz?
— Nossa, Freddy, estou bem surpresa com o
convite. — de fato eu estava. — Mas estou tão
longe que não sei se poderei ir.
— Poxa! Todos confirmaram presença. Eu ia
ficar muito feliz se todos pudessem vir,
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principalmente você.
Suspirei e questionei:
— E qual é a data que você marcou?
— Daqui a uma semana, dia 27 de setembro.
Vou ficar muito feliz se você se esforçar e aparecer.
Convidei a May também, e ela sabe o
endereço certinho, caso você decida vir.
Falou como se Toronto fosse logo ali.
— Freddy, fico muito feliz por sua lembrança a
minha pessoa, prometo estudar as possibilidades de
ir.
— Estarei torcendo para que venha. Eric vai
estar na festa também, achei que vocês gostariam
de se rever.
Ponderei antes de responder, e fingindo
desinteresse falei apenas:
— Mais uma vez muito obrigada.
— Não me agradeça, só apareça, por favor.
Boa noite, Anna, qualquer dúvida só retornar nesse
mesmo número.
— Boa noite, Freddy. Até mais. — desliguei
com o, por favor, dele martelando em minha
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cabeça.
Joguei-me de costas na cama com minha
cabeça criando um milhão de cenas onde eu iria
poder rever o Eric. Eu não o tinha em minhas redes
sociais, por algum motivo, resolvi abolir o meu
passado da minha vida, eu sofreria menos se
deixasse tudo para trás e foi exatamente o que fiz.
“Meu Pôr do sol”. Pensei lembrando-me de
como Eric me chamava, dizia que eu era o Pôr do
Sol mais lindo que ele já tinha visto, e de todos os
apelidos que recebi na vida, aquele, sem dúvida era
o mais carinhoso.
Visitava vovó em Toronto uma vez por ano e
em nenhuma delas vi Eric, eu simplesmente evitava
encontrá-lo. Será que era hora de repensar e aceitar
mesmo o convite?
Sentei-me na cama, apanhei meu notebook e
digitei o nome Eric Mason e em seguida cliquei em
imagens, então constatei que ele havia mudado
muito, não era mais tão franzino, muito pelo
contrário, era um homem lindo, forte, com uma
postura estática elegante, peito estufado na maioria
das fotos, e nas mais recentes estava com uma
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Capítulo 1
Eric
dessa vez?
— O mesmo de sempre, está no meio do meu
salão de treino, pendurado por uma flecha.
Eu tinha um hobby, e atirar com arco e flecha
nas imagens dos acionistas da empresa era um
deles e ultimamente colecionar celulares na parede
tinha virado meu passatempo preferido.
— Eu nunca me acostumo com essa sua mania
de atirar com uma flecha em tudo que você vê pela
frente.
— Aquele celular estava me perturbando,
tocando dia e noite. — Expliquei evitando ter que
ficar me aprofundando demais no assunto, pois,
Eve, minha ex-namorada não parava de me
perturbar.
— Já ouviu falar em trocar de número?
Comprar um aparelho novo? Essas coisas que um
milionário tipo você faria nesses casos?
Levantei-me de minha cadeira e fui em direção
ao enorme esboço da minha torre na parede em
frente, aquele croqui pegava toda a parede e eu
tinha simplesmente que subir em uma escada para
fazer os retoques, e assim com o lápis na mão, fui
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Capítulo 2
Anna
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casaquinho.
Descemos e por decisão correta de May,
entramos no táxi, pois ela pretendia beber e eu até
já imaginava que teria de voltar sozinha,
conhecendo à amiga que eu tenho. Avisei que eu
poderia ir dirigindo, mas ela alegou que eu também
deveria beber um pouco para deixar de ser tão
insossa. Não! Não me considero insossa, só não sou
tão espalhafatosa como ela, enfim, eu acabava não
me importando nada com o que ela falava.
A festa estava acontecendo no apartamento do
Freddy, que contrariando os instintos da família
acabou se tornando um advogado conceituado e
que havia decidido reunir toda a turma do colegial.
Freddy também morava sozinho em um
apartamento de luxo, os advogados costumam se
dar muito bem em Toronto, e ele já vinha de uma
família riquíssima.
Assim que chegamos fomos recebidas por ele,
o anfitrião da festa, e quando bati meus olhos em
Freddy, reparei que havia se tornado um homem
muito lindo, não que ele já não fosse quando o vi
pela última vez. Era alto, forte, cabelos curtos
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Capítulo 3
Eric
Com as mãos apoiadas na pia do banheiro,
fiquei observando o homem enrolado com uma
toalha branca na cintura, aquele homem que o
espelho me mostrava, esteve submerso dentro
daquele invólucro que a lâmina de cristal em minha
frente insistia em me provar que se tratava de mim
mesmo, só que agora sem a barba enorme que o
tempo tratou de me dar. Fiquei observando os
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Anna
Estávamos na cobertura com pouco mais de
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Capítulo 4
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Anna
Eu sabia que um encontro com Eric iria me
fazer sentir como se estivesse caminhando em uma
corda bamba, era exatamente assim que minhas
pernas estavam, e não me lembro de nenhum outro
homem do planeta me deixar tão abalada.
— AGO não deve ser assim um sonho tão
difícil de realizar. — especulou-me cerrando os
olhos.
— Não seria se eu não fosse apenas uma artista
plástica tentando um espaço nesse mar aonde só os
tubarões chegam ao topo da cadeia alimentar.
— Para estar no topo da cadeia alimentar, um
tubarão precisa explorar águas mais profundas, no
raso ele encalha. — retrucou-me sem pensar duas
vezes.
— May me convidou para voltar a morar aqui
em Toronto para ficar mais perto desse sonho.
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Sorri respondendo-o:
— Já te falei, vou estudar as possibilidades.
— Deguste o vinho. — falou apontando para a
taça em minha mão.
Levei a taça em meus lábios e bebi encarando-
o, e assim que o líquido tinto claro chegou em
minha boca, notei a diferença entre o vinho que
estava bebendo antes.
— E então, o que me diz?
—Ah, bom! Esse é mais... Delicado, não
amargou minha boca.
— Sim, tem taninos bem mais suaves que
o Shiraz.
— Bem mais elegante. — falei.
Assentiu e apontou com o indicador uma torre
enorme que ficava a leste, então me disse:
— Está vendo aquela Torre toda retorcida? A
mais alta de todas?
— Sim, estou vendo.
— Aquele é o arranha-céu mais alto aqui do
Canadá e o terceiro mais alto do mundo, e foi meu
pai quem o projetou. — falou orgulhoso.
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Capítulo 5
Anna
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Capítulo 6
Eric
Olhar para o lado enquanto dirigia e perceber
que ali ao meu lado estava a mulher que sempre
deveria ter estado ali, fazia-me sentir vivo
novamente, me fazia querer viver cada segundo
daquele momento e eternizá-lo, para que eu jamais
voltasse a perdê-la de vista.
Cheguei com Anna em minha casa que se
localizava na borda de uma ravina imersa entre
árvores, no bairro de Rosedale.
— Uau! — disse Anna com os olhos brilhando
ao observar a mansão. — Você mora praticamente
em um precipício. Meu Deus! Que coisa mais linda
isso, Eric! Nem parece que estamos em Toronto.
— Obrigado!
E quando desceu na garagem ela olhou em
volta e parecia admirada.
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— Vem comigo!
Saí pelo corredor puxando-a e entrei na
primeira porta a esquerda, meu quarto, bati a mão
em um dos interruptores deixando o quarto apenas
em meia luz, clareando apenas o necessário.
Anna
Era simplesmente impossível resistir ao Eric,
eu estava completamente seduzida por ele e pela
primeira vez eu estaria me entregando a um homem
de corpo e alma, pois, era o homem que amei toda a
minha vida. Ele foi me puxando pela mão guiando-
me por um lindo corredor com os vidros a minha
esquerda, eu estava me sentindo leve como uma
pluma, o vinho havia me relaxado de uma forma
deliciosa, não embriagada, apenas leve. Entrou
comigo em um ambiente espaçoso, lindo, com uma
luz fraca que simplesmente deixava o clima ainda
mais romântico. Deixei meus olhos percorrerem o
espaço e vi a enorme cama com lençóis brancos, e
era para onde ele se encaminhava comigo. E
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nua e envergonhada.
Não faça isso, Ohhhh! Faça, faça isso! Pensei
quando senti sua língua invadir minha vagina
lambendo-a e puxando meu clitóris com carinho.
— Oh! Eric, Eric! — sussurrei contorcendo-me
toda enquanto ele beijava e chupava ardentemente
minha vulva, deixando-me extasiada e louca para
senti-lo dentro de mim. Sua língua penetrou-me
profundamente e serpenteava como uma cobra em
meu clitóris, arqueei minhas costas, grudei em seus
cabelos e implorei.
— Por favor, Eric!
— Linda. — disse e voltou para mim da
mesma forma que desceu, beijando cada canto do
meu corpo, enlouquecendo-me de vontade de senti-
lo me invadir, e assim, senti quando seu peso estava
novamente em cima de mim, beijando-me
enlouquecido e sutilmente com uma de suas pernas
afastou a minha, e me invadiu deliciosamente
gemendo com os lábios grudados aos meus:
— Ohhhh!
Minha mente ferveu quando gemeu daquela
forma ao me penetrar, então senti a primeira
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Capítulo 7
Eric
Depois de um longo banho regado a muitas
carícias, Anna e eu saímos do banheiro, ela
vestindo um roupão branco, e eu apenas minha
cueca. No quarto Anna se secou e eu fui até o
closet pegar uma camisa minha para que ela
vestisse e ficasse confortável para dormir comigo.
E de todas as mulheres que se deitaram comigo,
Anna foi a única que despiu minha alma além de
minhas roupas, eu estive com ela completamente
pleno.
Caminhei com a camisa até Anna que estava
próxima da parede de vidro observando o céu,
então eu abracei por trás e levei meus olhos para o
céu, que naquela noite estava esplendoroso.
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camisa.
— Sim, muito.
— Como está se sentindo?
— Como acha que estou depois de você ter me
levado até as nuvens? Na verdade, você me largou
lá.
Joguei à cabeça para trás involuntariamente e
gargalhei de forma tão espontânea como há tempos
não conseguia fazer, amando saber como ela se
sentia em relação nossa primeira noite de amor,
então falei em seguida:
— Prometo te levar até as nuvens, literalmente
falando.
— Eric!
— Sim, vou planejar isso, aguarde.
— Você não existe, por favor, se eu estiver
sonhando não me acorde nunca.
— Anna. — toquei em sua face. — Se isso for
mesmo um sonho, estávamos compartilhando-o, e
se não quero acordar, também não irei acordá-la.
— Obrigada! — disse corando lindamente,
aliás, eu amava o tom natural dos lábios dela e de
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Anna
Meu relógio biológico despertou-me, e logo
que abri os olhos, tapei-os imediatamente quando
uma sutil claridade os invadiu, e assim quando me
acostumei com a luz, abri os olhos e olhei tudo ao
redor, sorri como uma boba ao perceber que ainda
estava nos lençóis de Eric e que à noite anterior
havia sido uma realidade maravilhosa. Levantei da
cama e saí caminhando descalço pelo enorme
quarto, olhei em volta à procura de meu celular e de
minhas coisas e não vi nada, eu precisava de minha
bolsa para pegar meu kit higiênico. Caminhei
admirando cada canto daquele quarto enorme e
assim como o restante da casa, tinha como mobílias
só o necessário. Segui reto e entrei no banheiro, e
em cima da pia havia uma escova de dente, pasta e
toalha meticulosamente deixados ali para que eu
usasse. Logo depois de fazer minha higiene
matinal, sai do banheiro e fui a procura de Eric,
admirando tudo em seu lindo quarto, todo branco,
com detalhes lindíssimos de madeira. Entrei em seu
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estar aqui.
Fiquei congelada sem reação, aquela era a
mulher que vi nas fotos com ele, e certamente era a
dona das roupas e dos sapatos.
— Conheço você de algum lugar. — disse a
mulher encarando-me. — Você é a mulher da tela,
a abóbora de halloween.
Olhei para o Eric sem entender nada, então um
raio em minha cabeça devolveu-me uma fala
atropelada.
Bom, tenho que te dizer que já tenho um
quadro seu aqui.
Então quando as ideias estavam se processando
em minha mente, a mulher voltou a falar:
— Quem é essa mulher Eric?
— Sou o fantasma do passado.
— Vê-se que é um fantasma mesmo, pálida
como está. — disse irônica.
Peguei minha bolsa no banco e abri à porta
com urgência, saí correndo da casa feito um trem
desgovernado, desci os degraus e avistei um carro
parado no gramado e tinha um homem encostado
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Capítulo 8
Eric
Novamente a vida dando voltas, desta vez, me
tirando do céu e devolvendo-me ao meu inferno
particular. O sangue em minhas veias fervia e eu
mataria o Benjamin assim que colocasse minhas
mãos nele, trouxe até mim a mulher que destruiu
minha vida e levou de mim a única mulher no
mundo que foi capaz de restaurá-la em apenas
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— Está certo!
— Ligue para o Ben.
Ela gargalhou irritando-me e dizendo:
— Acha mesmo que vou ligar atrás do seu
novo brinquedinho? Me poupe Eric.
— Termine logo de pegar suas coisas, e não
esqueça nada, pois, não quero mais você aqui na
minha casa.
— Não se preocupe não irei me esquecer de
nada.
Levei as mãos em minha cabeça e girei
atordoado em meus calcanhares, então saí do
quarto uma pilha de nervos e fui para meu bar,
tomei uma dose de whisky generosa que desceu
queimando em meu estômago, já que naquela hora
da manhã meu estômago estava vazio, pois, quando
fui buscar Anna para tomar o café da manhã
comigo, toda a tormenta aconteceu.
— Eric! — chamou-me Lydia.
— Sim!
— Recolhi essas peças de roupas jogadas aqui
no chão, e esse aparelho celular estava em uma das
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banquetas do bar.
Estendi minhas mãos e apanhei o vestido e o
casaquinho de Anna na mão.
— Obrigado. — respondi pegando também o
celular dela.
Lydia virou de costas e eu simplesmente levei
meu nariz e cheirei o vestido, sentindo o cheiro
delicioso de Anna impregnado nele, e aquele cheiro
me devolveu os momentos mais lindos que vivi
com ela na noite passada.
Eve desceu carregando sua mala e dizendo-me:
— Eric, vamos conversar, ainda podemos
recomeçar, eu ainda amo você. — ela havia
chorado e seus olhos estavam vermelhos.
— Não podemos, um elo enorme entre a gente
se quebrou no momento em puxou o volante do
meu carro aquela noite, me fazendo bater naquele
caminhão.
— Estávamos exaltados, havíamos bebido
demais na festa da Jane.
— Minha mãe estava tão feliz, tinha acabado
de casar sua única filha. — sorri ao me lembrar da
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Anna
Benjamin encostou na porta do prédio da May,
e questionou-me:
— Acho melhor conversarmos com o porteiro
e pedir para entrarmos pela garagem para que você
desça lá e não seja vista aqui do lado de fora
trajando apenas uma camisa masculina, o que me
diz? Desço lá e explico tudo a ele.
— Não precisa, eu vou ficar bem. — respondi
triste lembrando-me do motivo que me fizera estar
trajando apenas uma camisa, a camisa do Eric.
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— Tem certeza?
— Sim, absoluta.
— O que vai fazer agora?
— Pegar minhas coisas e ir embora de Toronto.
Peguei minha bolsa, abri a porta do carro e
falei:
— Ben, muito obrigada, jamais vou esquecer o
que fez por mim hoje.
— Foi um prazer enorme te conhecer Anna,
espero poder vê-la em outra ocasião menos
conturbada.
— Você gosta de exposição de telas?
— Sim, claro, não me diga que você é uma
artista plástica?
— É eu sou, e no próximo mês, no dia do meu
aniversário, estarei envernizando algumas telas da
minha nova coleção, gostaria de ir?
— Obviamente que sim, vou adorar conhecer
sua coleção de pintura.
Abri minha bolsa e tirei de lá um convite para
o vernissage, entreguei a ele e abri a porta para
descer.
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Capítulo 9
Eric
Na estrada, indo em direção ao centro de
Toronto, peguei meu celular e tentei novamente
entrar em contato com Ben para saber se ele havia
mesmo deixado Anna no apartamento da May.
— Alô! — atendeu tranquilamente.
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me dizendo:
— Freddy, obrigado! No fim das contas sua
festa não foi idiota, foi só... A melhor ideia que
você já teve em anos.
Freddy sorriu e saí deixando para trás o que me
pareceu ser o novo casal de Toronto.
Fui para casa, tomei um banho, um café
caprichado e uma hora depois eu estava decolando
para Edmonton em meu jatinho executivo.
Assim que desci no aeroporto de Edmonton,
entrei no carro que já estava a minha espera,
entreguei o endereço de Anna, ao motorista e vinte
minutos depois estávamos na porta de uma linda
casa na cor salmão, que ficava em uma esquina de
um bairro tranquilo cheio de pinheiros por todos os
cantos que se olhava. Desci e toquei a campainha, e
logo que escutei o barulho da chave rodando na
maceta, minha ansiedade quase me matou, e então
a mulher em minha frente, tinha lindos cabelos
arruivados, exatamente como os de Anna, e
reconheci aquele rosto imediatamente, era a
senhora Charlotte, mãe de Anna.
— Eric! — disse completamente surpresa com
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a minha presença.
— Como vai senhora Charlotte?
— Ah! — segurou o ar e depois soltou
dizendo: — Estou muito bem, mas... Sua presença
me assusta, visto que minha filha está em Toronto.
— Como assim em Toronto? Ela não está em
casa?
— Entre, por favor. — indicou com a mão
saindo do caminho para que eu pudesse entrar na
casa.
— Obrigado. — respondi com a mente
completamente confusa.
— Eu lamento muito, Eric, mas Anna viajou
ontem para Toronto, até achei que fossem se
encontrar na tal festa do seu primo.
Engoli em seco achando que Anna tivesse lhe
pedido para mentir para mim.
— Anna e eu nos encontramos lá, mas tivemos
um problema e ela acabou voltando para casa.
— Não! Meu Deus, Eric! Anna não voltou para
casa, do que está falando? — vi o pânico nos olhos
dela e sua face ficar mais alva que o normal.
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pediu:
— Pode por gentileza entregar o casaco dela,
ela o esqueceu em cima de sua cama, tenho certeza
que irá precisar dele.
Estendi minha mão e o apanhei respondendo-
lhe:
— Hoje mesmo ele estará em suas mãos.
— Obrigada.
Saí apressado carregando o casaco de Anna em
meus braços, entrei com urgência no carro alugado
e disse ao motorista:
— Me leve de volta ao aeroporto.
— Sim senhor.
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Capítulo 10
Anna
Eu estava nos braços da melhor pessoa do
mundo. E ela tinha lindos cabelos acinzentados na
altura da nuca em um penteado clássico que fazia
questão de manter há décadas, e que no passado
também já foram acobreados. Era charmosa e de
uma vaidade inabalável, estava com seus lábios
coloridos e as bochechas rosadas. Ser ruiva era uma
herança genética, e vovó Emma não tinha mais o
fogo nos cabelos, mas ainda tinha suas sardas bem
acentuadas na pele.
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— Como me achou?
— Vou te achar sempre.
— Minha mãe. — sussurrei ao ver meu casaco
azul de estimação nas mãos de Eric.
— Posso? — questionou-me mostrando o
casaco, e um frio em minha barriga passeou
parando em meu ventre ao lembrar que na noite
passada, ele fez a mesma pergunta, mas naquela
ocasião era para me despir.
Então me virei e ele colocou o casaco em
minhas costas, protegendo-me do frio, em seguida
abraçou-me colocando suas mãos firmes em minha
cintura e obrigando-me a me encostar na cerca para
juntos apreciarmos o momento em que o Sol estava
descendo, sendo engolido em algum lugar pelo
lago.
— Você não fez o que estou imaginado. —
falei.
— O que está imaginado? — perguntou-me aos
pés do meu ouvido, fazendo com que cada canto do
meu corpo se arrepiasse ao som de sua voz grave e
compassada.
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Capítulo 11
Eric
Anna afastou-se de mim, ficou ponderando por
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tivesse.
— Esteve com a vovó?
— Sim! Como acha que te encontrei aqui? —
respondi diminuindo a intensidade daquele beijo
cheio de paixão e passei a dar-lhes selinhos.
Estávamos os dois respirando desejosos, um
pelo outro, mas em algum momento deixamos a
razão ganhar ar.
— Tomou vinho com ela? — questionou
assustada.
— Sim, ela é uma graça.
— Ah, Meu Deus! — girou em seus
calcanhares com a mão na cabeça desesperada.
— Ei! O que foi?
— Eric Mason tomou vinho de mesa com
minha avó! — tapou a boca com as mãos e
começou a rir. — Que vergonha! — estava
deliciosamente chocada, o que me fez gargalhar
espontaneamente, não fazia nem 24 horas que Anna
estava em minha vida novamente e ela já tinha
conseguido tirar de mim o que há anos ninguém
conseguia tirar, uma declaração de amor explícita e
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travesseiros.
Anna tirou meus sapatos, encarando com um
misto de sensualidade e lascívia que eu jamais
imaginei ver nos dela e com o desejo estampado em
seus olhos, ela abriu o zíper de minha calça e a
tirou rapidamente do meu corpo, em seguida,
desceu beijando-me até passear com seus lábios por
cima de minha cueca levando-me a loucura, alisou
meu pau com as mãos encarando-me, e retirou
minha cueca preta e subiu deslizando suas mãos em
minhas pernas até segurar firme no meu pau, e
querendo muito sentir o calor dos lábios dela,
simplesmente segurei em seus cabelos e urrei
quando ela se debruçou sobre mim e engoliu meu
pau, descendo com os lábios úmidos e quentes,
com sua língua constante se enfiando e me matando
de tanto tesão ao se enfiar em meu orifício, fazia
isso e alisava-o com a mão enquanto me chupava e
explorava a cabeça com maestria.
— Oh! Oh! Anna, isso, isso! — gemia e falava
enquanto me contorcia todo naqueles lábios macios
e deliciosamente carnudos e bem desenhados. Ela
descia, engolindo-me e subia masturbando-me com
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Capítulo 12
Anna
Eu tinha 28 anos e nunca havia experimentado
uma felicidade tão genuína, estar com Eric
novamente, superava inclusive o dia em que fiz
minha primeira exposição em uma galeria de artes
e olha que sempre considerei aquele dia como
sendo o ápice da felicidade.
O homem que havia acabado de me fazer ver
estrelas, era simplesmente perfeito demais,
qualquer defeito que Eric tivesse ficava
simplesmente camuflado diante de tanta perfeição,
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Capítulo 13
Anna
O jantar foi surpreendentemente delicioso, Eric
e vovó conversaram muito e até chegaram a
combinar um dia para jogarem carta. E eu fiquei de
lado só observando Eric e vendo como era lindo,
como se saía bem em qualquer situação como se
aquele fosse seu cotidiano, comer batatas e torta
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congelar aí fora?
Às noites de outono são geladas, mas nada que
conseguisse esfriar o calor que Eric havia deixado
em meu corpo.
Capítulo 14
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Anna
O som da voz de vovó entrou em minha mente,
no fundo, como se o mundo estivesse em câmera
lenta, Eric sempre exerceu esse fascínio em mim,
desde o tempo de colegial, pois, antes de
namorarmos, sempre que ele passava por mim,
sorrindo enquanto conversava com o Freddy, meu
mundo simplesmente ficava lento, pois, ele tinha o
sorriso mais lindo de todos.
Suspirei alto com a fumacinha do frio saindo
da minha boca, então me encolhi e me virei para
vovó e respondi:
— Estou indo vovó.
Caminhei em direção à porta com uma
felicidade estampada no rosto, mesmo que quisesse
disfarçar, não conseguiria, estava radiante demais.
Entrei e fechei à porta, então vovó disse-me:
— Você ama aquele homem. — não foi uma
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Eric
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sem jogar.
— Você é uma delícia caindo de sono, sua voz
mole desse jeito está me deixando excitado.
— Meu Deus, você é muito fogo para minha
torneira.
— Não, você é uma cascata.
Ela gargalhou do outro lado.
— Me diga, antes que você durma no celular.
À que horas está pretendendo ir a AGO?
— Eu havia dito que queria ir durante à tarde,
mas acho que irei pela manhã, se eu conseguir
acordar.
— Ótimo, mandarei Collin, buscá-la amanhã
depois das nove, pode ser?
— E quem é Collin, posso saber?
— Meu motorista.
— Ah! Eu... Eu vou chamar um táxi, não se
preocupe com isso.
— Um táxi? A última vez que você pensou
estar em um táxi, a senhorita estava dentro do carro
do homem que acabou de levar uma flechada na
testa.
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Capítulo 15
Anna
Acordei na manhã de Domingo, às 9:45h e a
galeria abriria aos domingos 10:30h, então resolvi
que visitaria algumas galerias na parte da manhã e
comeria algum lanche por lá mesmo e passaria
mais algumas horinhas lá durante à tarde. Toronto
tinha dezenas de Museus e Galerias, mais por
algum motivo especial, AGO sempre esteve entre a
minha favorita.
Assim que coloquei meus pés no chão, vi meu
celular caído em cima do tapete branco na lateral da
cama, então eu o peguei nas mãos e lembrei que...
Droga, acho que dormi enquanto falava com o
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almoçar comigo?
— Não, a galeria abre muito tarde aos
Domingos e pensei em comer algo por lá mesmo.
— Já vi que hoje quase não a verei. —
resmungou tristonha.
Caminhei até ela e a abracei apertado, dizendo-
lhe:
— Estarei aqui durante à tarde para ficar com a
senhora, e, durante à noite irei jantar com o Eric,
ele me convidou ontem à noite.
— Humm! Terá uma noite romântica de amor
com o bonitão do Eric? Muito bem!
Meneei à cabeça em negativo, os comentários
da vovó eram os melhores, sempre, às vezes eu me
perguntava se ela tinha mesmo 85 anos.
Olhei pela janela e vi que o taxista já estava me
esperando, e estava encostado no carro prata do
lado de fora vendo seu celular, notei que tinha algo
estranho, pois, dessa vez vi com clareza que não se
tratava do inconfundível e tradicional carro laranja
dos táxis de Toronto e nem amarelo.
— Vovó, já estou indo. — dei um beijo nela.
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lembra?
— Lembro, mas qual o problema em Collin
levá-la até a AGO? E depois ficar a sua disposição
para levá-la onde quiser? Inclusive trazê-la até mim
para almoçarmos juntos.
— Eric, combinamos de jantar juntos, eu tenho
outros planos para meu almoço, na verdade, vou
apenas comer um lanche na AGO, já que aos
domingos ela abre às 10:30h e eu pretendo passar
horas apreciando as galerias e isso inclui uma boa
parte da minha tarde.
— Amanhã você já vai voltar para Edmonton,
tem mesmo que passar tantas horas na AGO?
Pensei que pudéssemos aproveitar o dia de hoje
juntos.
Suspirei alto, dizendo-lhe:
— Podemos aproveitar o dia junto, basta ir me
encontrar lá na AGO, assim aproveito para te
mostrar minha tela preferida em todo mundo.
— Isso é um convite senhorita Hall?
— Sim! Claro que sim.
— E por que já não o fez ontem? Assim
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— Sim, senhorita.
— Meu Deus! Por que diabos tanta
formalidade?
Ele deu de ombros e sorriu, então, me virei
para apreciar a fachada da AGO, pois, eu jamais
colocaria meus pés lá dentro sem antes ficar um
bom tempo babando naquela arquitetura
maravilhosa.
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Capítulo 16
Anna
Entrei no museu da mesma forma que eu
sempre fazia, girando em meus calcanhares e
observando embasbacada toda sua arquitetura.
AGO é simplesmente o melhor museu em
minha opinião e é um dos melhores do mundo, a
galeria é formada por cinco andares e um
subterrâneo, se eu fosse mesmo querer rever tudo
que me encantava ali dentro eu simplesmente
precisaria de um dia inteiro e ainda não veria tudo.
Eu sempre ficava encantada com a escadaria em
espiral cheia de curvas que ultrapassa o teto de
vidro, que nos dava acesso aos andares superiores,
e eu a via simplesmente como uma escultura
maravilhosa. Ali mesmo, dentro do museu fui até o
Café e lá tomei um expresso e comi um cookie
delicioso de aveia e gotas de chocolate, sentada lá
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carona.
Meu celular tremeu em meu bolso, enfiei
minha mão no casaco rapidamente, então virei de
costas e li a mensagem do Eric que questionava:
Anna já estou subindo.
— Benjamin, por favor, você precisa sair
daqui, por favor!
— Ben! Para você sou só, Ben.
— O que quer comigo?
— Só queria saber se ficou bem e como você
está?
— Benjamin, por favor, Eric está subindo,
marcamos de nos encontrar aqui.
— Ele é seu dono?
— Por favor, não queira estar aqui quando ele
chegar.
Meu corpo estava tremendo por dentro, Eric já
havia deixado bem claro que não queria Benjamin
perto de mim.
Ben estendeu sua mão e levou em meu rosto,
então levei meus olhos na porta com urgência e
medo, eu não queria que a presença daquele
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tocar.
— Se ficar aqui, Eric mata você, pode apostar
que mata.
Benjamin gargalhou.
— A é? Ele te disso isso?
— Por favor!
— Tudo bem, só vou sair porque você está
pálida e não quero lhe causar nenhum
constrangimento.
— Não quer? E isso que está fazendo, o que é?
— Me perdoe!
Virei de costas em pânico, meu coração não
tinha mais compasso, não acredito que aquele
maluco ia estragar tudo de mais lindo na minha
vida.
— Não se preocupe, vou evitar me encontrar
com Eric, mas ainda quero falar com você.
— Por favor! Saia e não volte a me procurar.
— Até mais fantasminha.
Minha respiração estava completamente
descompassada, meu corpo tremia internamente e
tudo que eu conseguia ver na mente era aqueles
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Capítulo 17
Eric
Anna sempre foi o meu amor, mesmo estando
tanto tempo separados, esse sentimento nunca me
abandonou, e eu a conhecia como a palma da
minha mão, ela não mudou em nada. Sabia que
naquele momento, ali na galeria, enquanto ela me
mostrava uma tela de Picasso e explicava-me os
motivos de amar tanto a imagem retratada nela, que
alguma coisa estava errada, a sua voz estava
trêmula e as suas mãos frias, fora do normal.
Caminhamos na mesma galeria com ela
apontando uma a uma as telas que estavam
expostas lá e ia dizendo o nome de um por um dos
artistas, arte era realmente o mundo dela e confesso
que eu não entendia muito bem todo aquele
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Capítulo 18
Anna
Assim que contei a Eric sobre Benjamin ter
estado ali no museu, sua fisionomia mudou da água
para o vinho, confesso que fiquei trêmula de medo,
não queria de jeito nenhum, um confronto entre
Benjamin e Eric, mas também não poderia omitir o
que tinha acontecido, simplesmente não consigo
esconder quando estou nervosa com alguma coisa.
No meio do bistrô, fui até ele e tentei mudar o
foco de sua fúria, indo até o pé da sua orelha,
segredando algumas palavras seguidas de uma leve
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tirava o fôlego.
Assim que o respondi, ele passou a beijar-me
energicamente, grudou as suas mãos na minha
bunda e deu um tranco colocando-me em cima da
pia, e enquanto me devorava com seus lábios, foi
erguendo o meu vestido e puxando a minha
calcinha e tirando-a do meu corpo com urgência.
— Vou te foder, Anna. — falou enlouquecendo
todas as terminações nervosas do meu corpo, que se
contraíram deliciosamente.
— Só se for agora! — respondi levando
minhas mãos aflitas até o cós da sua calça, abrindo
o seu cinto e em seguida abaixando o zíper com
urgência; queria muito aquele homem dentro de
mim. Sem delongas levei as minhas mãos na sua
ereção. Ohh! Meu Deus, isso é muito forte. Pensei
assim que acaricie o pau dele e o coloquei para fora
com certa urgência, ele estava um ferro, duro e
deliciosamente grosso.
Ele levou os seus dedos na minha vagina e
sentiu toda a minha excitação, pois, eu estava
demasiadamente molhada, Eric excitava-me
demais, e assim, grudou a sua mão na minha bunda
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Capítulo 19
Anna
Enquanto caminhávamos para a saída da AGO,
com Eric segurando firme na minha mão, percebi
que o seu olhar estava perscrutando cada canto da
galeria e eu sabia que ele estava se certificando se
Ben ainda não estava por ali e enquanto ele
vasculhava tudo em volta com o olhar frio e com a
expressão fechada, enfurecido, eu simplesmente
rezava mentalmente para que não topássemos com
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em minhas mãos.
— Me prometa que não irá atrás dele?
— Não me pede isso, Anna. Não me pede, por
favor! Amanhã você vai embora, quem me garante
que aquele sujeito não vai dar um jeito de descobrir
tudo sobre você e ir para Edmonton te procurar?
— Eric, entenda uma coisa, ele pode ir até no
inferno me procurar, sou sua, lembra? Só sua, ele
nunca vai encostar um único dedo dele em mim.
— Minha? — me puxou para próximo dele e
me beijou. — Só minha? — beijava-me sofrido,
mordendo o meu lábio e puxando deliciosamente.
— Sua! — respondi.
Ele ficou me encarando então me disse:
— Já disse e vou repetir, não vou te perder,
nunca mais.
— Então se acalma, não vá falar com ele
assim, nervoso desse jeito.
— Me desculpa, mas não vou deixar passar, se
quiser te levo para a casa da sua avó.
— Eric! Não! Por favor, meu amor, você viu o
tamanho daquele homem? Ele vai machucar você.
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Eu imploro!
— Ele não vai me machucar, ele é grande, mas
é um só.
Meu coração voltou a descompassar, batia na
minha garganta e eu não tinha mais o que dizer
para impedir que Eric fosse atrás do tal Benjamin.
Eu estava me odiando por ter entrado no carro dele
feito uma louca, agora eu estava colhendo os frutos
da minha insensatez.
— Você vem comigo? Ou vai para casa? —
questionou-me.
Levantei os meus braços, passei as minhas
mãos nos meus cabelos e virei o rosto sem nada
responder, então, Eric ligou o carro e saiu pelas
ruas pelas de Toronto com um destino certo, que
nem ousei questionar.
Eu não ia deixá-lo sozinho com aquele
Benjamin, um homem que parecia ter 2 metros de
altura, e sempre que eu pensava nisso meu coração
acelerava, pelo menos estando juntos, talvez
conseguisse evitar uma tragédia.
Eric estava concentrado no caminho, não falei
mais com ele. Ele estava fazendo uma loucura indo
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com o Eric.
— Não sou um canalha, se fosse, não teria
procurado a Anna para tentar mostrar a ela com
quem está se metendo.
— Sei muito bem com quem estou me
metendo. — respondi.
— E com quem ela está se metendo? Pode me
dizer? — Eric questionou com as mãos fechadas
daquele jeito que faz qualquer um temer pelo pior.
— Sei como é com as mulheres e no dia em
que dei carona a ela, eu simplesmente achei que
tinha o dever de avisá-la sobre você não se prender
a nenhuma mulher, você só as faz sofrer.
— Conseguiu dizer a ela o que queria? — Eric
indagou com fúria nos seus olhos.
Benjamin apenas assentiu.
— Disse a ela o motivo de eu nunca me ter
apegado a mulher nenhuma? — perguntou-lhe,
Eric.
Benjamin se calou e Eric continuou falando:
— Claro que não disse, já que você não sabe
nada da minha vida, saiba que não me apegava a
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cavernas.
— Você merece alguém menos egocêntrico,
Anna. — disse-me Benjamin.
— Eu decido o que é melhor para mim, tudo
bem assim?
— Egocêntrico? — Eric questionou com os
olhos faiscando de ódio, aquilo não ia prestar.
— Depois do acidente você pensou só em você
e abandonou a empresa nas mãos do seu pai na
hora que ele mais precisou de você.
Eric balançou a cabeça negativando.
— Não abandonei e você sabe disso, sabe que
dei andamento em todos os projetos, não fui menos
presente que você.
— Mas você não estava lá.
— Por que ele nunca mais me olhou nos olhos.
Você sabe o que passei e passo. Aliás, passo porque
a sua irmã é uma irresponsável.
— Passa porque estava dirigindo alcoolizado.
— Não! Ben. Pergunte a Eve em que
circunstância aquele maldito acidente aconteceu.
Pergunte a ela.
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Capítulo 20
Eric
Sempre que o acidente que levou a minha mãe
era colocado sobre as minhas costas, sentia-me
como o Atlas, o titã que sustentava o mundo nos
ombros. Por um momento, com Anna voltando para
mim, cheguei a sentir-me leve, cheguei inclusive
achar que aquele peso estava sendo retirado aos
poucos, já que quando estava com ela, nenhum dos
problemas pareciam ter peso, mas todas às vezes
que alguém além de mim mesmo, faz-me recordar
o que aconteceu, eu simplesmente volto a desabar
abruptamente para o abismo onde caí e de onde não
consigo sair. Há três dias eu estava num estado
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Anna
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aglomeração.
— Sempre achei a sua timidez um charme,
ainda acho.
— Não, é um problema sério, que depois só
depois de muito me procurar, eu me encontrei.
— Eu te achei, há muitos anos.
— Continue respirando, mas agora diminua a
intensidade.
— Obrigada por estar aqui.
— Não seja tão cruel consigo mesmo, o mundo
já faz, não se torture, não se destrua, eu estou aqui
agora, estou aqui. Juntos vamos restaurar os elos
que foram perdidos, vou te ajudar com isso e será
tão sutil que quando você se der conta, tudo voltou
ao seu lugar, todas as peças se encaixarão
novamente.
— Não queria que me visse assim, fraco.
Soltei as minhas mãos do seu corpo e dei a
volta para encará-lo, encostando as minhas costas
no saco de boxe, segurei em sua fase e disse:
— Você não é fraco, qualquer ser humano que
tenha um coração batendo em seu peito e sangue
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— Sacanagem!
— Respira! Prende e solta.
— Vou dar o troco!
— Duvido! E nada de sentar na frente daquela
tela.
— Você viu?
— Vi, vamos falar sobre isso depois.
Eric não aguentou e foi saindo da casa grudado
no meu corpo, dificultando consideravelmente os
meus movimentos, guiando-me para à saída.
Então abriu à porta do seu carro e o confiou a
mim.
— Não demore!
Pisquei para ele e fechei à porta insultando-o:
— Não se esqueça de prender o ar.
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Capítulo 21
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Anna
Saí da casa do Eric dirigindo seu
charmosíssimo BMW, claro que nunca havia tido o
prazer de dirigir um carro daqueles, que me passava
uma liberdade única, porém, acabei dirigindo até
Ajax com um pouco mais de cautela que
normalmente eu teria com um outro veículo
qualquer. Assim que estacionei na frente da casa da
vovó, desci e dei dois passos no gramado em
direção à porta, então meu celular tocou em minha
bolsa.
— E então? Chegou em segurança? — era
Eric. Então o respondi assustada.
— Cronometrou o tempo que eu gastaria para
chegar em casa? Ou seu carro tem algum tipo de
rastreador?
—Sei o tempo que você gastaria para chegar
em casa, e só te liguei agora, pois, não quis tirar sua
atenção enquanto estivesse na estrada.
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— Humm!
— Te liguei pra te fazer um pedido. —
explicou-se.
— Um pedido? Meu Deus! Fico até
preocupada.
Eric gargalhou gostoso e vovó ralhou da porta:
— Aninha meu amor, entre logo, está frio aí
fora!
O tempo em Toronto estava louco e naquela
hora do dia, às duas da tarde, o tempo estava
fechado e gelado.
Acenei com a mão para vovó e questionei Eric:
— O que ia me pedir? Estou curiosa.
— Não é nada muito difícil, só quero que
venha com seus cabelos lisos.
— Lisos?!
— Sim! Lisos.
— E qual a razão disso? Posso saber?
— Saberá durante o jantar.
Fiquei pensando em uma resposta, mas nada
que se passou em minha cabeça deveria sair dos
meus lábios, não com Eric tendo ficado tão nervoso
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querida.
— Obrigada!
Vovó se retirou e enrolei-me em meus próprios
braços e passei a pensar em tudo o que havia
acontecido nesses últimos dias, onde muita coisa
aconteceu em tão pouco tempo, o que me fez
perceber, que estar ao lado de Eric era viver muitas
emoções. Ele estava machucado e eu sabia que só o
tempo curaria ele, por mais que eu tentasse ajudá-
lo, não era uma missão muito fácil, e acabei
chegando à conclusão, que para ajudá-lo teria que
começar de seus alicerces, que estavam abalados e
enquanto não voltasse a estarem firmes, nenhuma
nova edificação se sustentaria sobre eles.
Vovó me trouxe seu delicioso chá de maçã e
logo após tomá-lo e ficar pensando em Eric sem
parar, peguei no sono, encolhida na poltrona e
acordei com alguém me cutucando e dizendo:
— Não acredito que vem para Toronto para
ficar dormindo no sofá da vovó, só você mesma,
Anna.
Abri os meus olhos com preguiça e vi que era
May quem estava em pé na minha frente.
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Capítulo 22
Anna
Eric era um homem sedutor demais, sua forma
de me devorar com seus olhos e fazer meu corpo
queimar sem tocá-lo, era algo simplesmente
inexplicável. Nenhum homem nunca me deixou tão
ardente por dentro como ele fazia e dizer-me que eu
seria sua sobremesa, me fez enlouquecer. O homem
maravilhoso que estava parado na minha frente,
vestido elegantemente de preto, desde a camisa por
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divertido.
— Sim! Muito!
Eric soltou minhas pernas e subiu em minha
direção, levou seus lábios macios e molhados em
meios seios e enquanto apertava um deles, chupou
o outro deliciosamente e mordendo-o de leve, então
veio até meus lábios e devastou-me em um beijo
luxuriante, e enquanto me beijava, levei minhas
mãos em sua ereção e deslizei minha mão sobre ela
antes de tentar abrir o zíper dele, pois minha mão
foi brecada pelas mãos de Eric que simplesmente
afastou-se de mim e recompôs-se, me olhando com
um sorriso maldoso e apanhando minha calcinha no
chão, então veio até mim e a passou por uma de
minhas pernas e em seguida na outra.
— O que está fazendo? Eric! Por favor, não faz
assim comigo. — implorei ardendo em estado de
fervor.
— Me desculpe, lembrei que não se come a
sobremesa antes do jantar. — piscou pra mim,
sorriu delicioso e suspendeu minha calcinha
fazendo-me erguer as nádegas para que a mesma se
acertasse em meu corpo.
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Capítulo 23
Eric
Anna estava rubra como uma pimenta, só Deus
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— Humm! Delicioso.
— O que te lembra?
Anna levou a taça novamente em seus lábios e
respondeu-me:
— Ah, deixe-me pensar, lembra-me limão,
pêssego, não sei ao certo, mas parece que tem gosto
de pedra.
Gargalhei espontaneamente questionando-a:
— Me explica como é o sabor de pedra,
experimentou muitas? — deixei-a mais vermelha
ainda.
— Não sei se já experimentei, mas disse-lhe o
que me veio na mente.
— O olfato, costuma despertar lembranças, não
sentiu gosto de pedra no vinho, sentiu o cheiro que
buscou algo em sua lembrança que a fez pensar que
tinha gosto de pedra, afinal de contas, qual criança
nunca colocou uma pedra na boca? — levantei a
sobrancelha, especulativo.
Anna respirou olhando envergonhada para o
Jimmy, e assim, percebendo seu desconforto, falei:
— Jimmy, pode deixar que continuo daqui.
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Anna
Eric estava me levando novamente para seu
quarto e só de imaginar que tipo de vinho
degustaríamos, senti um frio na espinha e naquele
momento eu não conseguia me lembrar de mais
nada, apenas Eric e eu estava em meu foco.
Assim que coloquei meus pés em seu quarto
novamente, lembrei-me da noite maravilhosa que
tivemos ali, em cima daquela cama enorme.
O ambiente estava aquecido igual à sala de
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taça, dizendo:
— Você é minha sobremesa!
Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram no
momento em que aquelas palavras tiveram um
efeito delicioso em meu ventre, então peguei a taça
e quando ia levar em meus lábios, Eric disse:
— Espere! — tomou um gole de sua taça e a
colocou no aparador de vidro, veio até mim, pegou
a taça de minha mão e levou próximo do meu nariz.
— Sinta o perfume, feche os olhos e me diga o que
sentiu.
Aspirei e senti o cheiro que me remeteu a
frutas vermelhas e memórias de minha infância na
cozinha de vovó se afloraram.
— Frutas vermelhas! — falei. — Rosas!
— Sim, prove-as! Faça o líquido tocar na ponta
de sua língua e depois dançar em sua boca, deixe-o
conhecer cada canto e só depois engula. — levou a
taça até meus lábios e ingerir uma pequena dose,
fiz como ele disse e em seguida engoli. — Diga-me
o que sentiu?
— É suave, doce e leve, tem um gosto bem
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sussurrava:
— Eu te amo, te amo Anna.
Passei meu braço sobre o pescoço dele e
busquei seus lábios, então falei, pela primeira vez
desde que havíamos nos reencontrado.
— Também te amo, Eric. Te amo!
Ele parou de repente, me virou novamente em
sua direção e disse:
— Ohh, meu amor! — tocou afetuoso em meu
rosto e me pegou em seus braços, caminhando
comigo até a cama que estava novamente com
lençóis brancos e muito finos.
Eric me cobriu com seu corpo e voltou a me
beijar deliciosamente, estávamos novamente em
conjunção e o único som no ambiente vinha das
brasas crepitando e de nossos corpos suados se
explorando em um ritmo cadenciado e
enlouquecedor. Pof, pof, pof... Eu o arranhava em
suas costas a cada desferida deliciosa de seu pau
em mim, subindo e descendo, subindo e descendo
com Eric segurando firme nas laterais do meu rosto
enquanto me beijava e me estocava, bombando, e
me entorpecendo, causando um forte atrito em meu
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Capítulo 24
Anna
Acordei no meio da noite e o calor do corpo de
Eric não me aquecia mais, então me virei na cama,
abri meus olhos e o procurei do meu lado, e não,
ele não estava mais na cama, então meus olhos
vasculharam o quarto e foi na varanda que eu o
avistei, debruçado ao guarda-corpo e deitado ao seu
lado estava Bruce, como um fiel companheiro de
todas as horas. Levantei-me, apanhei um cobertor
macio que estava em cima da cama, já que estava
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vernissage.
Estendi minha mão e toquei em sua face
questionando-o:
— E precisa? Eu quero muito você lá comigo,
afinal de contas, você é meu namorado, não é?
Ele sorriu lindamente indagando-me:
— Sou é?
— Você disse isso.
— É eu disse sim, e você é minha, só minha.
Eu o apertei forte e Eric correspondeu meu
abraço.
— Tomei uma decisão. — disse.
— Diga-me!
— Amanhã vou voltar a trabalhar em meu
escritório na empresa, meu pai precisa de mim mais
perto, já me ausentei por tempo demais.
— Eric, isso é ótimo meu amor, fico tão feliz
que se sinta bem o bastante para voltar.
— Você é a responsável por eu querer voltar a
viver novamente.
— Ouviu isso, Bruce? — levei meus olhos em
Bruce deitado aos pés do Eric. — Você não sabe
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Capítulo 25
Eric
Ver Anna desaparecer na curva e sumir de
minhas vistas, não estava nos meus planos para
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— Ótimo!
Voltei a me virar e segui caminhando para o
estacionamento do aeroporto, onde Collin me
esperava encostado na porta, então ele abriu à porta
para mim e entrei com a pior sensação que um
homem pode sentir o de impotência perante uma
situação que momentaneamente eu não podia
mudar.
— Vamos para casa senhor?
— Não, Collin, me leve para a empresa
novamente.
— Não vai almoçar? — questionou-me ele.
— Não estou com fome e além do mais, tenho
um problema tamanho Golias me esperando na
Mason.
— Tudo bem.
Collin era meu motorista desde o tempo do
colegial e quando resolvi me mudar de casa, ele e
Lydia me acompanharam, então eu o via muito
mais como um amigo, do que como um empregado.
— Collin, peça a Lydia para fazer uma
pesquisa a respeito de cuidadoras de idosos, acho
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— Pai!
— Estive pensando, já que sua namorada
ocupa uma parede inteira em minha galeria pessoal,
eu gostaria muito de conhecê-la, então, marque
com a Jane um jantar lá em casa.
— Farei isso assim que possível. — respondi
tentando disfarçar o tamanho de minha felicidade.
— E por que não é possível? Não me diga
que...
— Ela voltou hoje para Edmonton, mas estará
de volta em alguns dias para o seu vernissage.
— Um vernissage? Aqui em Toronto?
— Sim, aqui em uma galeria.
— Vou adorar. — respondeu e se virou de
costas novamente.
Anna voltou para me devolver tudo que a vida
havia me levado, e aparentemente, isso incluía meu
pai, o homem que caminhava sobre a Terra, pelo
qual eu tinha o maior orgulho, pois, foi quem
ensinou a mim tudo que eu sabia.
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Capítulo 26
Anna
Tentei conter as lágrimas e evitar que elas
caíssem na frente do Eric e da vovó, já era
sofrimento demais para eles me verem partindo e
eu sabia que para o Eric era ainda pior, pois, ele já
me viu partir em outra ocasião. Naquela época eu
não sabia de muita coisa sobre nosso futuro, mas
agora eu sabia e de uma coisa eu tinha absoluta
certeza, jamais voltaria a fugir do homem da minha
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vida.
Entrei no avião e acomodei minha mala de mão
no bagageiro e me sentei em meu lugar, na janela.
Estava completamente absorta em meus
pensamentos e chorando, quando a senhorinha que
sentou ao meu lado questionou-me gentilmente:
— Está tudo bem com você, querida?
Enxuguei minhas lágrimas com o punho de
minha blusa e a respondi:
— Vou ficar bem, é só a despedida, odeio
deixar para trás quem amo, me dá uma sensação de
aperto.
— Ninguém gosta de despedidas, não é? Eu
espero que a sua não seja uma longa despedida.
— Não! Não é! — sorri para ela e voltei a
olhar pela janela e fiquei observando as asas do
avião.
Depois de uma longa conversa com ela e por
fim me permitir que minha mente fizesse um tour
pelos meus três últimos dias e perceber o quanto de
tempo perdi estando longe do Eric, acabei
adormecendo, e acabei por ser acordada pela
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Eric
Falava com Anna ao celular, quando Benjamin
interpelou-me, dizendo que queria falar comigo, e
quando terminei de falar com ela, virei-me em sua
direção e com ele já havia o mestre-de-obras e mais
alguns dos construtores.
Guardei o celular no bolso de minha calça, fui
até uma mesa de madeira improvisada, apanhei a
planta 25 e caminhei em direção ao pequeno
grupinho, que discutiam empurrando o problema de
um para o outro, então falei:
— Senhores! — falei e a discussão continuou
fervorosa. — Senhores! — gritei com mais
entusiasmo me fazendo ser ouvido.
— Eric, podemos falar em particular? —
indagou-me Ben.
— Já que estão todos reunidos aqui, não há
porque particularidades Ben, até porque eu já ia
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Capítulo 27
Eric
Saí do Edifício 6 e fui caminhando desnorteado
pela calçada, minha camisa branca estava suja de
sangue e eu sentia que meu lábio inferior queimava,
estava ferido. Um milhão de informações se
aglomeravam em meu cérebro, eram as palavras
que Benjamin havia me dito: Você! Quem garante
que você não as trocou em seu momento de
desespero após a morte da Julia? Caminhei rumo
ao carro parado do outro lado da calçada e o som
do trânsito tumultuado de Toronto, as buzinas, as
pessoas que passavam conversando apressadas do
meu lado, tudo se misturando e embaralhando
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— Eric!
— Eu sei Collin, sei que deveria ter me
controlado, mas, não sou de ferro e aquele homem
me tirou do sério.
— Vamos voltar para a empresa?
— Não! Vamos para casa. — respondi.
Enfiei a mão em meu bolso e tirei de lá meu
celular, apertei-o entre os dedos e ponderei sobre
ligar ou não para Anna, e acabei por não ligar.
Durante o trajeto para Rosedale, bairro onde
morava, fui analisando a planta do edifício em 3D
através do meu Ipad, e eu simplesmente não
conseguia me conformar com o fato de alguém ter
trocado as plantas.
Assim que coloquei meus pés em casa, Bruce
veio me receber como fazia todas às vezes, e
enquanto eu lhe dava atenção, Lydia apareceu na
sala e questionou-me assustada:
— Eric, isso em sua camisa é sangue?
Levantei a cabeça e a respondi:
— Sim! Mas não se preocupe Lydia, eu estou
bem, foi uma discussão com Benjamin.
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Capítulo 28
Anna
Fazia meia hora que May e eu estávamos ao
celular, ela estava simplesmente encantada com
Freddy, não estava nem pouco interessada em saber
como tinha sido tudo com Eric e eu, já que ela só
falava do Freddy e em como ele tinha um jeito
peculiar de transar com ela, mas que preferi não
perguntar esses detalhes.
Minha orelha já estava queimando, quando ela
me disse:
— A campainha está tocando amiga, vou lá
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atender.
— Vai lá, nos falamos depois, beijo!
— Beijo!
May desligou e me deitei na cama, com as
pernas metade em cima da cama e metade fora, e
nem tive tempo de descansar a mente e minha mãe
entrou no quarto, dizendo:
— Amor! O jantar já está servido, não se
demore, pois, seu pai já está na mesa.
— Já estou indo, vou apenas lavar as mãos.
May
— Meu Deus! Já estou indo. — alguém em
minha porta estava ansioso demais por me ver, já
que tocou a campainha duas vezes.
Eu estava toda à vontade, usava um short curto
e meias no pé, não estava esperando ninguém, já
que Freddy avisou-me que iria trabalhar em um
caso até tarde, mas assim que abri à porta, fui
surpreendida.
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delicioso.
— Oh, oh! — gozei gemendo sufocada, sem
que Freddy parasse de me apertar no pescoço, então
quando eu ainda estava mole e entorpecida, Freddy
passou a aumentar suas estocadas, bombou e
bombou, e gozou tremendo e gemendo no meu
ouvido, apertando seus dedos ainda mais em meu
pescoço, fazendo-me inclusive ter medo.
— Oh! Oh May, May. Oh gostosaaaa! — ele
estava me sufocando.
Senti seus dedos afrouxarem em meu pescoço e
assim o ar foi aos poucos voltando para meus
pulmões, achei que Freddy fosse me matar
enquanto transávamos.
Ele já havia feito aquilo comigo na ilha, e
confesso que ficava assustada com a forma com
que suas mãos me apertavam enquanto me comia,
mas não posso negar que era excitante demais.
Meu corpo despencou imóvel no sofá e fiquei
deitada com os braços estendidos para cima,
respirando com dificuldade, ansiando por ar, então
ele disse:
— May, me perdoe, me perdoe se passei dos
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Capítulo 29
Eric
Eu precisava comunicar meu pai sobre a
decisão que tomei interditando a obra do Edifício 6,
teria feito isso mais cedo, se não estivesse eu todo
manchado de sangue, e ao invés de ir até a empresa
avisá-lo pessoalmente, optei por ir para casa e
cuidar dos ferimentos em meu rosto e me trocar.
Saí de casa próximo das sete horas e fui para a
residência dos Mason que ficava no mesmo bairro
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raquetes de tênis.
Quando cheguei na quadra, meu pai estava
jogando com Joshua, um amigo antigo da família,
um grande bancário, e assim que me viu, meu pai
parou o jogo e veio até mim enxugando-se com
uma toalha azul.
— Eric! O que te trouxe aqui? — perguntou
assustado, visto que já faziam 3 meses que eu não
pisava na casa. — O que diabos aconteceu com seu
rosto?
— Preciso falar com o senhor, é sobre o
trabalho, e, tive um contratempo com Benjamin.
— Você está cansado de saber que não trago
trabalho para casa. — respondeu-me com os olhos
em Joshua que cruzou a quadra em nossa direção.
— Ora, ora! Há quanto tempo não o via Eric,
como está? — questionou-me Joshua estendo sua
mão e cumprimentando-me:
— Estou bem, obrigado!
— Ótimo! Bom, Norman, vou para casa, outro
dia terminamos essa partida. — disse Joshua a meu
pai.
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parada.
Meu pai pegou a raquete e a toalha e saiu
caminhando para fora da quadra, deixando a mim e
Ben sozinhos.
— Boa tentativa, Benjamin. — falei e fui
caminhando atrás do meu pai.
— Você tem sorte por ser filho do dono da
empresa. — respondeu-me de peito estufado.
Parei e ponderei, mas preferi seguir sem
respondê-lo.
— Pai! Espera um pouco. — falei andando
rapidamente a fim de alcançá-lo.
— Sim! — parou para me ouvir.
— Jane me contou sobre o bebê, parabéns, vai
ser vovó.
— Viu só, será que teremos um construtor do
naipe do vovô Noah?
— Meu avô era fera, mas o senhor o superou.
Meu pai bateu em meu ombro, dizendo:
— Você também é muito bom no que faz, me
orgulhou hoje tomando a decisão certa.
Falou e continuou caminhando para dentro de
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casa.
— Pai! Só mais uma coisa.
— Diga logo, não quero me atrasar para o
jantar.
— Quando poderemos falar sobre o que
aconteceu?
— Eu... Não quero falar sobre sua mãe, espero
que respeite minha decisão. — respondeu-me e se
afastou de mim.
Não conseguia evitar de me sentir enterrado
junto com minha mãe, eu simplesmente seria
mutilado enquanto não conseguisse recuperar meu
pai por inteiro, era só um abraço, só o que meu
coração ansiava receber do homem que era meu
esteio, e sem ele eu era simplesmente incompleto.
Quando entrei em meu carro, lembrei-me de
Anna, e peguei rapidamente o celular em meu bolso
e fiz a ligação, mas Anna não estava atendendo,
será possível que já ficou magoada porque não
pude atendê-la no momento em que eu falava com
meu pai e Ben? Não! Não pode ser!
Liguei meu carro e fui para casa, e logo que
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— Vou tentar.
Capítulo 30
Anna
Liguei para o Eric, para avisá-lo que eu iria
trabalhar um pouco, pois queria adiantar o último
painel para poder despachar ele logo para Toronto,
mas por algum motivo ele não me atendeu, e assim
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meu ateliê.
Caminhei até uma poltrona que ficava próxima
da janela e me sentei lá.
— Quando me ligou eu estava tendo uma
conversa difícil com minha mãe, por isso a voz de
choro, já que ambas estávamos chorando.
— E o que te fez chorar? Pode me contar?
— Acabei de informar a ela uma decisão que
tomei.
— E eu posso saber do que se trata?
— Disse a ela que não serão somente os meus
quadros que irei despachar para Toronto, e sim tudo
que tem dentro do meu ateliê.
— Anna, não faz assim comigo.
— Vou me mudar para Toronto, não quero
passar mais tempo longe de você.
— Me diz quando posso ir buscá-la, e eu irei
na mesma hora.
— Calma aí senhor Mason, eu ainda preciso
terminar meu último painel.
— Meu Deus, e quanto isso vai demorar?
— Alguns dias.
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— Obrigado.
— Agora me conte sobre você e Benjamin,
pois eu me recuso acreditar que tenham brigado
novamente.
— Tivemos um problema sério nos edifícios
onde Ben e eu trabalhávamos juntos e acabou que
ele tentou me culpar pelo erro dizendo que eu
estava distraído com a morte de minha mãe.
— Não posso acreditar!
— Acredite, e por sorte meu pai ficou do meu
lado, mas se Ben continuar tentando me derrubar
não sei o que será.
— Só me prometa uma coisa.
— Não vou te prometer fazer vistas grossas
para as canalhices do Benjamin.
— Eric, não quero te ver machucado, não
posso nem imaginar se isso ficar mais sério.
— Não vou deixar acontecer de novo, até
porque é isso que ele quer me desestruturar.
— Como foi com seu pai?
— Ele está mais próximo, porém, ainda não
quer falar sobre o acidente.
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Capítulo 31
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Anna
Os dias se passavam e não tinha um dia em que
Eric não estivesse em minha cabeça o tempo todo,
ele passou anos em minha cabeça, mas havia dias
que minha saudade dava paz, ou que a correria do
dia a dia me fazia esquecê-lo, mas não demorava
muito e ele estava novamente em minha mente.
Hoje em dia ele não saía da minha cabeça nenhum
momento, pintando, comendo, no banho, andando
pela rua e nos museus de Edmonton, fazendo
compras e finalmente os momentos que antecediam
meu descanso na cama, que era sempre o momento
onde Eric e eu passávamos horas grudados ao
celular, e tinha noites que eu estava tão exausta de
tanto trabalhar que eu simplesmente dormia com o
celular na mão.
Cinco dias haviam se passado do dia que voltei
para Edmonton, minha mãe estava começando a
aceitar minha mudança, e ao contrário do que disse
minha mãe, meu pai estava pouco se importando.
Eric estava muito ocupado com o problema no
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Capítulo 32
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Eric
Falei com Anna ao telefone, e alguns
minutinhos foram suficientes para perceber que ela
não estava bem, algo estava errado e ouvi-la me
pedir para ir a Edmonton, apertou meu coração, ela
precisava dos meus braços e eu não iria ficar aqui
sem fazer nada, então recostei em minha cadeira no
escritório, rodei com ela pensativo e peguei o
telefone em cima da mesa, disquei o ramal 2 e disse
a minha secretária:
— Sue, venha até a minha sala por gentileza.
— Sim, estou indo.
Levei meus dedos em meus olhos e os apertei,
eu estava exausto, mais mentalmente que
fisicamente, trabalhei feito louco nos últimos dias
com meu pai, tentando encontrar a solução mais
adequada para o problema do Edifício 6, que por
sorte ficou provado de uma vez por todas que eu
não havia sido o responsável pelas trocas das
plantas, visto que o chefe de obras disse ao meu pai
que quando eu as entreguei a ele, as plantas
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— 12 anos.
— Isso, 12 anos. Você mudou bastante.
— Sim, e o senhor também, professor.
— Pai, vai guardar essa arma, pelo amor de
Deus, antes que alguém se machuque. — Anna
disse ao pai, tentando lhe dizer algo com os olhos.
— Eric! Que bom vê-lo, estávamos esperando
você para o jantar de amanhã, espero que não se
incomode em jantar conosco uma comidinha mais
simples do dia a dia. — disse a senhora Charlotte
que entrou na sala e cumprimentou-me, dando-me
um abraço.
— Não se preocupe comigo, vou comer
alguma coisa no restaurante do hotel. — avisei-a.
— De jeito nenhum, faço questão. — insistiu
ela.
— Tudo bem senhora Charlotte, se não for
incomodar.
— Você é o namorado da minha filha, nunca
irá incomodar. — ela respondeu enxugando sua
mão no avental pendurado em sua cintura.
Olhei para Anna, sorri com os olhos, então
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Anna
Naquela altura eu já estava em pânico, meu pai
ia acabar contando para o Eric, sobre Benjamin, e
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Capítulo 33
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Eric
Anna estava gelada, então abrimos à porta de
sua casa e entramos com urgência, e como não
havia ninguém ali naquele cômodo, segurei em sua
cintura e a trouxe para mim dizendo:
— Vem cá minha Cenourinha, estou morrendo
de saudades dessa boca. — então eu a segurei firme
na cintura e fui para os lábios de Anna, que enfiou
seus dedos em meus cabelos e tratou de
corresponder minha ânsia por ela e por seus lábios,
que me deixavam louco.
Eu a puxava para mim, enquanto nossas
línguas matavam a saudade, era um fogo que nem o
caminhão de bombeiros iria conseguir apagar, e
com meus lábios grudados aos dela, eu sussurrei
questionando:
— Precisamos mesmo ficar para o jantar? —
eu a queria o mais rápido possível, e ficar para
jantar só iria adiar isso.
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Anna
Assim que terminei meu banho, me troquei e
coloquei um vestido que eu amava, era jeans de
mangas compridas, meias pretas de fio grosso,
botas pretas de cano curto e fiz uma maquiagem
bem leve. Quando cheguei às escadas, vi uma cena
um tanto inacreditável, se alguém me contasse que
Phill Hall e Eric Mason estavam sentados no sofá,
cada qual com uma taça de vinho, beliscando
algum queijo qualquer, e rindo, rindo muito alto e
gargalhando a ponto de Eric jogar sua cabeça para
trás, eu iria dizer que era mentira ou uma
alucinação. Sem querer atrapalhar, me sentei em
um degrau da escada e fiquei escutando a conversa
deles.
— Nada disso, a culpa foi do senhor que
encostou o cano daquele rifle em mim.
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Capítulo 34
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Anna
Eric estava animado demais em todos os
sentidos, e saiu me puxando para fora de casa ou
precisaríamos usar o sofá como cama e ainda correr
o risco de meu pai nos surpreender naquela
situação. Assim que colocamos nossos pés no
gramado, Eric pegou meu sobretudo em suas mãos
e o vestiu em meu corpo, e ele tinha certos gestos
que me faziam pensar que ele foi um lorde em
outra vida, tamanha era sua postura cavalheiresca,
de uma gentileza que não vi em nenhum dos
homens com quem tive algum tipo de
relacionamento. Terminou de me vestir e me
abraçou forte segurando em minha cabeça
firmando-a em seu tórax e dizendo-me:
— Você nasceu para ser minha. — me olhou
nos olhos e deu-me um beijo carinhoso na testa. —
Vamos, está muito frio aqui fora.
Ainda era outono, mas as noites desta estação
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— Não vou!
Capítulo 35
Anna
Eric virou de costas para mim e foi abrindo os
botões de sua camisa bege e foi entrando no
banheiro, fiquei observando o momento em que ele
a retirou de seu corpo deixando seus ombros largos
e costas bem definidas à mostra, ele era forte,
deliciosamente forte, senti uma vontade enorme de
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perguntou.
— Não, não, ohh! Eric. — eu mal conseguia
falar com ele enfiando seus dedos em mim,
masturbando e me dilacerando em seus lábios
úmidos.
Virou-me de costas, e com meu corpo grudado
ao dele continuou me castigando com seus dedos
longos e deliciosos, enquanto que com a outra mão
segurava firme em minha mão com nossos dedos
entrelaçados.
Deitei com meu pescoço em seu ombro e meu
corpo serpenteava em busca de seus dedos, eu
estava mole, completamente enlouquecida,
principalmente porque eu sentia a ereção dele roçar
em minha bunda, e ser tocada por ele daquela
forma aumentava ainda mais minha vontade de
senti-lo dentro de mim, então soltei minha mão que
estava presa à dele e passei a acariciar toda a
extensão do pau dele, que estava rígido demais,
forte demais, e quando sentiu o calor de minhas
mãos, ele gemeu no pé do meu ouvido.
— Oh! Oh! Anna, venha cá. — me virou e
agarrou suas mãos em minhas nádegas, impulsiono-
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— Oh! Ohh!
— Oh meu amor, meu amor que delícia!
Vendo que minhas forças haviam me
abandonado, Eric se ajeitou na banheira ficando
com um de seu joelhos dobrados no degrau da
banheira e a outra perna estendida, segurou firme
em minhas costas com uma das mãos e com a outra
segurando minha perna, grudei com uma de minhas
mãos em seu pescoço e a outra segurei na borda,
então me larguei em suas mãos com Eric me
comendo sem parar, metendo, se enfiando fundo,
cadenciado. Eu estava entregue em seus braços, tão
mole quanto uma boneca de pano, e ele bombava,
bombava, e voltou chupar os meus seios.
— Ohh, ohh, Anna, Anna, oh! Oh.
Eric gozou dentro de mim, gemendo e urrando
em um orgasmo delicioso e quando escutei o som
de seu prazer, senti tudo tremer novamente, e um
novo orgasmo acabou de me destruir
completamente.
— Eric! Ohh! Ohh.
— Isso, isso amor, quer me matar assim?
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Capítulo 36
Eric
Depois de se empolgar muito por estar se
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esclareceu.
— Sim, estou vendo sim, a propósito, como foi
seu encontro com meu sogro? Eu fiquei sabendo,
por ele mesmo, que foi um tanto quanto
desagradável para você.
Benjamin não mudou suas feições, não tinha
como saber o quanto dizer-lhe que eu já sabia que
ele esteve na casa dos Hall havia abalado ele.
Ele ergueu seu pescoço colocando-se de forma
desafiadora e respondeu-me:
— Sabia que eu posso ir à polícia e denunciá-lo
por me ameaçar com um rifle, não sabia?
— E por que não fez isso? — tirei as mãos de
meu casaco.
— Em respeito à Anna, já que não se pode
escolher o tipo de pai que tem.
O sangue começou a ferver em meu corpo, e
tentando me controlar ao máximo indaguei-o:
— O que queria com a Anna? Se não me
engano eu já havia proibido você de chegar perto
dela.
— Você não é o dono dela, não manda nela. —
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respondeu desafiador.
— Não, claro que não, mas sou o namorado
dela, e disso você também já sabe.
— Eu também sabia que você era o namorado
da Eve, e olha como está hoje, se dizendo
namorado de outra mulher.
— Não se faça de cínico, Ben, você sabia
muito bem que Eve e eu havíamos terminado tudo
depois do acidente.
— Você abandonou minha irmã na cama de
um hospital covardemente, nem sei como ela tem
coragem de dizer que ama você.
— Eu fui tão ferido quanto ela, meus
ferimentos não foram só na carne como os dela, eu
fui ferido gravemente na alma, e isso ainda não
cicatrizou e tenho minhas dúvidas se irá algum dia.
Benjamin abaixou a cabeça e se calou por
alguns segundos, parecia ter se compadecido do
que eu havia acabado de escutar, mas logo em
seguida voltou a desferir seu veneno.
— Anna me contou que você está acusando
Eve, covardemente de ter provocado o acidente, e
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Capítulo 37
Eric
Passei toda a manhã de Sábado trabalhando
com Jimmy, o engenheiro responsável pelas obras
de Edmonton, e acabei constatando que por lá as
obras estavam inclusive bem adiantadas e em
perfeita ordem. Durante o almoço era a vez de
Jimmy escolher onde iríamos almoçar, e logo
acabamos em um restaurante japonês. E entre um
gole de saquê e outro, Anna povoava minha mente
com seu sorriso doce e seu jeitinho retraído, mas
que quando estávamos só em quatro paredes ela era
simplesmente surpreende, pois só de imaginá-la em
meus braços eu me sentia queimando. Vez ou outra
Jimmy me chamava atenção dizendo que eu estava
deveras distraído, e assim trabalhamos e jogamos
muita conversa fora. Pouco depois de uma da tarde,
passei no Mac, tomei um banho, fiz algumas
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— Que lugar?
— É uma surpresa que resolvi fazer, tive a
ideia hoje.
— Eric, me conte. — exigiu com as mãos na
cintura com aqueles olhos vermelhos.
— Se eu te contar estrago a surpresa, poxa!
— Está bem, vou tomar um banho para tirar
toda essa tinta. O que devo vestir? — questionou.
— Bom, eu já estou pronto.
— Entendi. — disse sorrindo.
— Vou te esperar lá na sala.
— Está bem, não me demoro.
Os olhos tristes cheios de lágrimas de Anna,
deram lugar a olhos especulativos, pois ficou
curiosa com a ideia de uma surpresa e eu tinha
certeza que ela ficaria encantada. Peguei meu
celular e antes de descer para sala fiz uma ligação.
— E então Amy, tudo certo?
— Sim, sim, senhor Mason, só me dê o sinal
para que eu possa começar e assim sair a tempo.
— Ótimo. — olhei em meu relógio de pulso.
— Estaremos aí em quarenta minutos.
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— Certeza?
— Absoluta. — respondi enfático.
— Então vou começar a preparar tudo com o
pessoal e sair daqui o mais rápido possível,
— Obrigada, Amy.
— As ordens, patrão.
Fiquei na sala assistindo um jogo de futebol
americano com Phil e em menos de vinte minutos,
Anna estava de volta na sala.
— Podemos ir? — questionou-me ela, que
estava linda como sempre, seus cabelos estavam
soltos em ondas grandes e àquela cor laranja me
enchia os olhos, era o meu Sol, e ela vestiu um
jeans, uma camisa branca e estava segurando seu
casaco azul marinho, o mesmo que levei a ela dá
outra vez que estive aqui em Edmonton.
— Você está linda. — falei completamente
bestificado com tanta beleza.
— Ela é linda! — ressaltou meu sogro.
— Sim, ela é. — respondi estendendo minha
mão para Anna.
— Até amanhã, Phil. — disse despedindo-me.
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Capítulo 38
Anna
Eric e eu deixamos meu pai na sala, na
verdade, eu saí puxando o Eric pelas mãos, do
contrário ainda estaríamos na sala com meu pai nos
enchendo de perguntas, já que era inconveniente
como só ele sabia ser.
No carro, indo para a tal surpresa que Eric
disse ter preparado para mim, questionei:
— Onde estamos indo, amor? Me conta vai,
estou morta de curiosidade.
Ele me olhou, estreitou os olhos como se
estivesse ponderando e respondeu-me por fim:
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manhã.
— Por que não me contou? — questionei
assustada virando meu corpo para o lado do dele.
— Porque eu não queria preocupa-la, ele estava
só vistoriando as obras, mas...
— Mas?
— Acabamos discutindo novamente.
— Vocês brigaram?
— Não, me contive, mas ele sabe como
despertar o pior de mim. Ben, não vai parar e eu
nem sei ao certo o que move o ódio dele por mim.
— Ele precisa estar em Toronto para trabalhar,
e ele não pode estar em dois lugares, lá e aqui,
então fique tranquilo meu amor, além do mais, não
posso viver com medo daquele homem.
Eric tocou em meu rosto, e falou:
— Não, não pode, e nem deve, vou cuidar
disso.
— Eric, não! Nem pense nisso.
— Mas eu ainda nem falei nada.
— Mas eu te conheço bem, não quero ninguém
andando na minha cola.
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— Você promete?
— Sim, eu prometo.
— Então está bem, estarei te esperando para
uma bela noitada de poker regada a muito vinho.
— Combinado, e não fique brava com o Eric,
tenho certeza que ele estava só pensando no seu
bem-estar.
— Ele vai ouvir umas poucas e boas quando
aparecer na minha frente.
— Isso mesmo, coloca ele no lugar dele. —
Eric me cutucou.
— Boa noite, minha querida.
— Boa noite vovó.
Desliguei o celular e encarei o Eric que estava
sério encarando a estrada como se não tivesse feito
nada de errado.
— Por que não me contou?
— Me esqueci, me perdoe amor, quando estou
com você me esqueço de todo o resto.
— Boa tentativa.
Eric parou no portão do edifício e o abriu com
um controle, e estacionou numa vaga que ficava no
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subsolo.
— Ela está furiosa com você. — falei.
— Escutei, mas vou dobrar ela também. —
sorriu cínico. — Ela precisa de uma cuidadora.
— Escuta aqui, senhor Mason, não vai
conseguir dobrar a vovó Emma, muito menos a
mim.
Eric inclinou seu corpo para o meu lado,
segurou em meu rosto, dizendo:
— Já dobrei você, em mil partes como um
origami. — seu tom de voz era uma arma, e mesmo
que eu quisesse respondê-lo não tinha como fazer,
pois, meus lábios estavam sendo delicadamente
invadidos pelos lábios de Eric, que me beijou
covardemente quando eu ia dizer-lhe poucas e
boas, e quando estava em seus lábios, eu realmente
era transformada em um pedaço de papel sendo
dobrada e moldada geometricamente por ele.
Fiquei mole e completamente desarmada, Eric
conseguia me desmontar com um único beijo.
— Vem comigo? — abriu a porta do carro. —
Gostaria de conhecer um arranha-céu em fase de
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Capítulo 39
Anna
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Capítulo 40
Eric
Nada no mundo me dava mais prazer do que
ver Anna desfalecida após sentir fortes contrações
em um orgasmo que simplesmente a desmontou,
saber que eu era o responsável me excitava demais,
e tudo o que mais queria naquele momento era estar
dentro dela, era sentir sua umidade tocar minha
pele, assim saí do meio de suas pernas, depois de
fazê-la tremer e gemer alto grudada em meus
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Capítulo 41
Eric
No hotel, fizemos à noite ser longa, mais uma
vez eu a amei intensamente nos lençóis da cama da
rainha Elizabeth, Anna acreditava piamente que
aquela era sim a cama em que a rainha dormiu
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Capítulo 42
Eric
Cheguei em casa aquela tarde, e a tempos não
me sentia tão leve, tão completo novamente, o
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Capítulo 43
Eric
Na minha sala fui logo perguntando a Josh, o
advogado da empresa:
— Quem é o sócio que ainda não vendeu as
ações ao Benjamin? — eu estava uma pilha de
nervos e não conseguia ficar parado, e assim
andava de um lado a outro.
— Rupert Palmer. — respondeu-me.
Respirei aliviado, pois com Rupert as coisas
seriam mais promissoras, se não havia vendido as
ações para Ben, era porque sabia que eu iria atrás
dele, e sem perder tempo falei:
— Josh, entre em contato com ele o mais
rápido possível, ofereça o dobro, o triplo do valor
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Capítulo 44
Eric
Assim que todos saíram da sala de reunião, eu
simplesmente não conseguia sair da minha cadeira,
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— É só marcar.
— Que tal no dia que trouxer sua namorada
para me conhecer?
— Ela chega em dois dias, então marcaremos
isso.
— Se prepare para passar vergonha na frente
dela.
— Pode deixar, vou deixar o senhor ganhar.
— Até parece! — respondeu jogando-me uma
toalha e enxugando-se com outra.
Se aquela não era o melhor momento para falar
com meu pai, eu não sabia qual era, então
aproveitei todo aquele momento de
desconcentração e questionei:
— Pai, sei que não quer falar sobre o acidente,
mas será que podemos conversar sobre isso agora?
Ele tirou a toalha de seu rosto e me encarou,
indagando-me:
— Sério que escolheu estragar esse momento?
Sabe quanto me custa dormir todas as noites
sentindo a falta do calor do corpo da Julia?
— Pai! Precisamos disso, sabe que precisamos
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falar.
— Eric, o que quer me dizer? Que sente muito
ter bebido tanto a ponto de provocar um acidente
que vitimou sua mãe?
— Eu sinto muito sim, pai. Eu também não
consigo dormir sem antes um filme ficar passando
na minha cabeça e reprisando, reprisando tudo
aquilo.
Ele levou as mãos na cintura e virou de costas
para mim.
— Não dói mais em você do que em mim.
— Não fale da minha dor. — rugiu se virando
e me encarando.
— Não me julgue antes de saber toda a verdade
dos fatos, nem você, nem a Jane me permitiu
explicar, e isso é o que mais dói, porque não perdi
só a mamãe naquele maldito acidente, eu perdi meu
pai e perdi a Jane também, eu perdi toda a minha
família.
— O que quer que eu faça ou diga?
— Não quero que diga, nem faça nada, quero
apenas que me escute.
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Capítulo 45
Anna
Eric estava tão feliz por ter sido convidado pelo
pai para jogar tênis em sua casa, que acabei me
animando e convidei meus pais para irmos ao
cinema como fazíamos no passado, e estávamos
prontos para sair quando a campainha tocou e eu
abri à porta.
— Você aqui? — questionei estarrecida com a
presença daquela mulher em minha frente.
— Desculpe por incomodá-la, mas achei que
só você poderia me ajudar.
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Capítulo 46
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Anna
Escolhi viajar bem cedo porque Eric raramente
me ligava antes das dez da manhã, eu sabia que o
motivo de antecipar a viagem não era o melhor de
todos, e ainda assim queria que ficasse surpreso ao
me ver, então não o avisei sobre estar indo para
Toronto. As horas dentro do avião pareciam não
passar, foram às três horas e meia mais longas da
minha vida, já que não consegui dormir durante o
voo de tanto olhar aquele maldito resultado de
gravidez que Eve deixou comigo. Assim que
desembarquei no aeroporto, fiz exatamente o que já
vinha programando em minha mente, ligar para o
Collin vir me pegar, porque eu não sabia como
chegar até o Eric.
Peguei o celular e disquei o número que Eric
havia registrado do Collin, três toques depois ele
atendeu:
— Alô!
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— Aiiii! — grunhiu.
Quando fui sair de perto dele, senti novamente
suas mãos me segurarem firme.
— Me solta ou eu vou gritar. — vociferei.
— Solte a moça, Benjamin, — escutei uma voz
forte e firme vinda de trás de mim, e assim
Benjamin endireitou seu corpo e ficou olhando a
imagem do homem grisalho com espanto e com o
cenho fechado.
Deu alguns passos para trás, até ficar encoberta
pelo corpo do homem, que disse:
— Você está passando dos limites, Benjamin,
não sei o que está lhe movendo, mas eu juro que
assim que eu descobrir, vou esquecer a promessa
que fiz no leito de morte do seu pai e dar um jeito
de te colocar para fora da minha empresa.
É o pai do Eric. Pensei.
— Norman não é nada do que está pensando,
eu só estava tentando ajudá-la a encontrar a sala do
Eric.
— Eu sei o que vi, Ben, e te digo uma coisa, se
voltar a encostar um único dedo nessa mulher, que
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— Igualmente, Dr.
— Passe bem. Um abraço.
Quando Eric desligou o celular, amassou o
papel entre seus dedos com o olhar perdido, ele
estava furioso e simplesmente odiava ver aquele
olhar em seu rosto, então ele pegou seu terno na
cadeira, pegou em minha mão e foi saindo de sua
sala, arrastando-me com ele.
— Aonde vamos?
— Você vai para casa, eu vou resolver essa
história.
— Eric não! Por favor, meu amor, chega de
ficar batendo de frente com essas pessoas, Ben e
essa Eve estão começando a me deixar com medo.
Ele parou e me encarou dizendo enquanto me
tocou afetuoso:
— Enquanto Benjamin estava mexendo só
comigo, tentando me prejudicar, tudo bem, mas não
vou permitir que tirem a sua paz, não vou permitir
que fiquem confabulando para nos separar.
— E o que vai fazer?
— Falar primeiro com a Eve e depois com o
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irmão dela.
— Eric não, por favor, não procure o
Benjamin.
Ele tocou em minha face e disse-me:
— Não tenho medo dele, não sou covarde
como ele.
Eric desceu comigo até o estacionamento, lá
nos encontramos com Collin que ainda me esperava
como havia prometido.
— Collin leve Anna para casa.
— Sua casa ou para Ajax? — questionou
Collin.
Quando Eric encheu os pulmões para
responder, falei antes dele.
— Ajax, vou para casa ver minha avó.
Eric veio até mim, encostou sua testa na minha
e em seguida beijou meus lábios e falou:
— Buscarei você lá para irmos à casa do meu
pai. Me perdoe, não consigo deixar essa situação
passar em branco.
Assenti respondendo:
— Tome cuidado com o Benjamin.
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Capítulo 47
Anna
Após sairmos da empresa, Collin foi me levar
para Ajax e no caminho eu observava a veloz e
pulsante Toronto, com suas ruas largas e cheia de
edifícios altos e glamorosos que me faziam lembrar
de Eric e sua paixão pelo que faz. E muito me
encantava a mescla da arquitetura moderna com os
prédios de arquitetura vitoriana que enchiam os
olhos, resumindo, Toronto é uma cidade dinâmica
que não para nunca, muito trânsito, muita gente de
diversas etnias circulando rápidas pelas calçadas e
ruas. Os Plátanos estavam com suas folhas caducas
avermelhadas e eram um show à parte, e foi com
meu olhar perdido nos edifícios que me lembrei de
Eric e no que deveria estar fazendo naquele
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ligar.
— Obrigada.
Collin saiu da casa passando a mão na cabeça,
eu tapei minha boca, e assim que ele se distanciou o
bastante não consegui me conter e caí na
gargalhada, questionando:
— Vovó! Como pode bater no motorista do
Eric com aquele guarda-chuva?
— Oras! Bato naquele macho alfa com ele
também, aliás, ele bem está merecendo. —
respondeu-me brava.
— Antes que saia batendo em mim também,
me dê um abraço.
— Ahh minha Cenourinha que saudade. —
abraçou-me forte.
— Também já estava com saudades de você.
— Mas me diga, eu não estava esperando você
hoje, e o que são todas aquelas caixas lá em cima?
— Bom, lembra que me convidou para morar
aqui com a senhora?
— Sim, sim! — ficou me encarando enquanto
segurava em meus braços.
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Capítulo 48
Eric
Meu corpo entrava em erupção ao pensar em
Anna, mas assim que desliguei meu celular e liguei
o carro novamente, pois eu havia encostado para
poder falar com Anna, minha mente se voltou em
Eve e em Ben, então como não podia tirar
satisfação com Eve naquele momento, voltei à
empresa. Passei com urgência pela mesa das
secretárias e nem olhei para o lado de Sue, quando
me chamou:
— Eric! Eric. — repetiu meu nome por duas
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aviso:
— Fique longe da minha mulher! Essa é última
vez que te aviso.
Ben não me respondeu nada, apenas estufou o
peito como um pavão, e olhou-me com o ódio
faiscando em seus olhos.
Mais uma vez meu pai chegou a tempo de
evitar que minha conversa com Ben partisse para o
contato corporal, mas meu pai não estaria sempre
por perto, sendo assim, saí da sala de Benjamin e
fui para a do meu pai esperá-lo para almoçarmos
juntos. Durante o almoço com um dos investidores
que queria saber sobre a atual situação da empresa
e sobre se ele precisava temer alguma coisa, meu
pai estava aéreo, parecia preocupado com a
conversa que teve com Benjamin depois que saí,
contudo quando eu o questionei no caminho de
volta para a empresa, ele alegou estar cansado e
desconversou falando sobre o jantar e como me
deixaria envergonhado na frente da Anna quando
ganhasse de mim.
Durante à noite, às seis em ponto cheguei na
casa de Anna, e vovó Emma foi quem abriu a porta
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Capítulo 49
Anna
Saímos de Ajax pouco depois das seis, por
causa da vovó Emma que me fazia passar mil e
umas vergonhas, ela era espontânea demais e eu
simplesmente amava o jeito dela, mas às vezes ela
extrapola, e pelo visto Eric gostava muito, pois
dizia se divertir muito com ela. Eric estava lindo
demais trajando roupas típicas de jogadores de
tênis, não posso negar que o ver enfiado naquele
short curto que deixava todos os seus atributos
evidentes demais, não me deixou excitada, aliás, a
simples e única existência do Eric já é um fator
excitante para mim, sempre foi na verdade.
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— Eric!
— O que foi? Não fiz nada. — ele respondeu
baixinho com um sorriso delicioso.
— É mãe, eu sei o quanto a senhora é
desligada. — meu corpo se esticou para trás no
banco involuntariamente quando os dedos de Eric
passaram para dentro de minha calcinha, então,
olhei assustada para ele que estava com uma cara
muito séria olhando para frente e me violava
descaradamente enquanto eu falava ao celular.
— Não sou desligada filha, sou ocupada
demais, você sabe.
— Sim, eu sei mãe.
Eric passou a enfiar seu dedo em mim e a
movê-lo de forma deliciosa e perigosa, enquanto
mantinha seus olhos na estrada, ele inclusive
diminuiu a velocidade. Senti um calor subir em
meu rosto, minha vagina começar a molhar e meu
corpo serpentear com seus dedos que se afundavam
em mim e subiam molhados em direção ao meu
clitóris, fazendo minha respiração ficar ofegante.
— Filha você está bem? Onde você está agora?
E a vovó...
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Capítulo 50
Anna
Os homens deixaram, Jane e eu, e aquele clima
estranho ficou conosco, mas eu sabia que aquele
era o momento de fazer o que o senhor Mason
havia me pedido. Falar com Jane sobre o Eric e
contar a ela tudo o que aconteceu na noite do
casamento, já que nem o senhor Mason, ela quis
ouvir.
— Jane eu poderia usar a toalete? — questionei
a ela.
— Sim, venha comigo. — disse caminhando
em direção a um banheiro e assim que chegamos
em um corredor, ela apontou com o dedo e disse:
— Terceira porta a esquerda, estarei esperando
você na sala.
Assim que entrei no ambiente, girei meu corpo
admirando tanta beleza em um espaço tão pequeno,
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aconteceu?
Jane estava com os olhos lacrimejando.
— Ele bebeu e dirigiu com minha mãe dentro
do carro no dia do meu casamento, ele a matou no
dia do meu casamento, tem noção de como me
sinto? — vociferou com as lágrimas escorrendo em
seu rosto. — Se eu não tivesse me casado talvez ela
estivesse aqui agora. Eu já estava grávida e nem
tive tempo de contar a ela, seria uma surpresa para
o fim da festa. — Jane se encolheu e se abraçou em
seus braços.
— Jane! Eu sinto muito. — disse com minhas
vistas turvando devido as lágrimas que se juntaram
em meu rosto.
— Eu nem tive uma lua de mel, minha noite de
núpcias eu passei gritando em desespero com a
notícia do acidente. E tudo isso poderia ter sido
evitado se Eric tivesse sido um pouco menos
imprudente, era para isso que ele tinha motorista.
— Jane, beber e dirigir foi um ato reprovável
não há o que discutir, mas tem uma coisa nessa
história toda que você ainda não sabe.
— Eu sei que minha mãe está morta por culpa
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— Sim, exatamente.
— Eve sempre foi louca de ciúmes da Rebecca,
era uma doente, tinha ciúmes até de mim, não
queria o Eric do meu lado por muito tempo.
— O fato é que na noite do acidente, ela teve
uma de suas crises de ciúmes, e ... — minha voz
travou na garganta, eu estava tão emocionada com
o sofrimento de Jane quanto ela mesma.
— E o que aconteceu? Termine por favor.
— Jane, a Eve puxou o volante do carro em seu
momento de insanidade, fazendo com que o Eric
perdesse a direção do carro e batesse no caminhão.
— O que?! — questionou estarrecida olhando
para Eric na quadra, que sorria descontraído
enquanto o pai o abraçava e dizia alguma coisa que
não conseguíamos ouvir.
— Eric errou ao entrar no carro depois de
ingerir bebida alcoólica, mas ele garante que estava
bem para dirigir e que o acidente jamais teria
acontecido sem que Eve fizesse o que fez.
Jane estava atordoada, ficou parada olhando
para a quadra e nem piscava, eu não conseguia
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lado e disse-me:
— Julia te mandou para ser a nova luz da
minha família, obrigado. — tinha lágrimas em seus
olhos também.
Sorri sem conseguir respondê-lo.
— Meu irmão, me perdoe, me perdoe, Eric. —
Jane dizia olhando nos olhos de Eric, que estava tão
emocionalmente destruído que nada era capaz de
dizer.
Eric
Restaurado, era assim que me sentia naquele
momento em que senti o calor dos braços de Jane
sobre meu corpo. Eu estava extasiado, abrandecido,
sentindo-me leve como o mundo tivesse sido
retirado de minhas costas. Jane era tudo que ainda
me tirava o sono e enquanto eu a abraçava, olhei
para Anna e vi apenas luz, era ela a luz no fim do
túnel escuro que Eve havia me jogado.
— Diga que me perdoa meu irmão, por favor,
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atravessando o jardim.
— O que foi tudo isso? — questionei Anna
encarando-a.
— Não foi nada demais, só achei que Jane
precisava de uma forcinha para te dar um abraço.
— Um abraço! — exclamei pasmado. — Anna,
você é a melhor pessoa na minha vida, obrigada
meu amor, eu nem sei como te agradecer. — puxei-
a em meus braços, a beijei e em seguida, a apertei
com muita força. — Minha luz, você é minha luz.
— Eu também amo você, senhor Eric Mason.
— Annaaaaa! — apertei-a com mais força
ainda.
À noite foi incrível, juntos comemos as pizzas,
tomamos vinho, menos Jane é claro, falamos de
lindas lembranças, e Anna ficou surpresa com a
coleção de obras de arte do meu pai, não se cabia
dentro de si quando ele a mostrou a parede que os
quadros de Anna ocupava em sua galeria particular,
ela ficou eufórica ao reconhecer uma por uma de
suas obras e parecia uma criança ganhando a
primeira bicicleta. Meu pai explicou a Anna que
conheceu sua obra através de mim quando dei a ele
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Capítulo 51
Eric
Felicidade é algo que não se pode medir,
porque se pudesse passariam meses tentando medir
a minha naquele momento de minha vida. Tudo
estava aos poucos se encaixando e a vida estava
devolvendo-me muito do que levou de mim, Anna
e minha família, de uma forma incompleta visto
que minha mãe jamais voltaria a estar conosco,
pelo menos não em carne e osso, mas recuperar o
amor deles já era restauração e tanto.
Desde que Anna voltou a fazer parte de minha
vida, à noite passada foi a mais maravilhosa de
todas, pois após amá-la incansavelmente e
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Anna
— Anna, olhe! — May apontou para o portão
do condomínio que estava sendo aberto pelo
porteiro. — será que é ele?
— Acho que sim, o carro é o mesmo que vi
com ele outro dia. — respondi inclinando-me para
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Capítulo 52
Anna
Depois de passar um bom tempo quebrando
minha cabeça com o que cozinhar no jantar que eu
mesma inventei, me decidi por algo bem óbvio,
macarrão com queijo e um lombo assado, únicas
coisas que eu sabia fazer com 100% de certeza de
acerto. May foi quem me acompanhou ao
supermercado para comprar os ingredientes, e até
uma torta de chocolate havíamos comprado. Eu
ainda não havia me acostumado com a mordomia
de ter Collin parado na minha porta para me levar
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— Chardonnay.
— Obrigada!
Eu estava me deliciando com o vinho quando
Freddy questionou-me:
— Ainda podemos ir para um restaurante, eu
conheço um de massas italianas que você vai amar
Anna.
— Freddy! — ralhou May. — Vem, vamos pra
lá seu chato inconveniente. — saíram os dois da
cozinha.
Eric aproximou-me de mim por trás e abraçou-
me na cintura, ele estava com um cheiro delicioso
que fez tudo em mim estremecer, quando me beijou
no pescoço dizendo carinhoso:
— Freddy é um bobão amor, ele não faz ideia
da delícia que vai ficar esse macarrão ao queijo.
Não é?
Meu Deus, nem Eric confiava muito em mim
na cozinha, e quando fui respondê-lo, May entrou
na cozinha e disse-nos:
— Eric, parece que você tem visita.
— Visita? Não espero mais ninguém.
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— May questionou-me.
— Pode apostar amor. — respondeu Freddy
antes que eu pudesse dizer alguma coisa, então
ambos se afastaram e saíram da sala deixando Eric
e eu a sós.
Caminhei em direção ao Eric que estava de
costas para mim e parecia bastante abalado.
— Amor! Perdoe-me! Sei que errei em ter
induzido que ela viesse aqui essa noite.
Eric se virou em minha direção e segurou firme
nas laterais do meu rosto, dizendo-me:
— Eu te prometo que nunca vou te abandonar,
eu te amo mais que a mim mesmo, Anna. Eu te
amo! — puxou meu rosto com carinho em sua
direção e encostou seus lábios gelados aos meus e
beijou-me com paixão.
— Também nunca mais vou te abandonar,
amor.
Capítulo 53
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Anna
Continuamos abraçados na sala por alguns
minutos, Eric tinha um calor no corpo que
simplesmente me esquentava de uma forma
deliciosa, todo aquele calor me preenchia e tocava
em minha alma, eu o amei no instante em que o vi e
depois de muito tempo separados, agora eu tinha
um único objetivo, cuidar desse amor a qualquer
custo, eu já havia feito uma promessa a mim
mesma, sempre e qualquer situação parar, respirar e
ouvir o que o Eric tinha a dizer.
Ele me olhou nos olhos e disse:
— Fiquei orgulhoso de você minha
Cenourinha, estou surpreso com o que fez, eu não
pensaria em nada melhor, você me poupou o
trabalho de ter que ir até ela, porque eu não ia
deixar essa história passar em branco.
Eu o apertei mais forte ainda e respondi:
— Achou mesmo que iria deixar você ir até ela
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brincando.
Fiquei observando a forma como Eric e Freddy
se davam bem, e em como Eric estava leve, com
um sorriso fácil. Ele estava visivelmente mais feliz
e tranquilo do que quando nos reencontramos, toda
a carga negativa que ele carregava consigo parecia
ter desaparecido por completo.
O jantar foi um sucesso completo, Freddy
esbaldou-se com a torta de chocolate, e Eric
preferiu ficar só no vinho já que não gostava muito
de doces.
Próximo das dez, Freddy e May foram embora
e quando à porta se fechou atrás deles senti-me
aliviada por tudo ter dado muito certo aquela noite.
— Parece que finalmente se acertaram. —
comentei.
— Sim, e eu torço muito para que isso dure,
Freddy é louco pela May.
— E ela por ele, tanto que está até tentando se
acostumar com o jeito meio estranho dele.
— Jeito estranho? — Eric questionou virando a
cabeça de lado de modo especulativo.
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Capítulo 54
Anna
A semana passou voando e nunca antes torci
tanto para que o tempo congelasse, era sempre a
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Capítulo 55
Anna
Eu estava uma pilha de nervos, até Collin
percebeu e tentou me acalmar:
— Senhorita, se acalme tudo vai dar certo e
logo o Eric se juntará a você no vernissage.
Acredito que já tenha estado em outros vernissages,
então apenas respire e pense em coisas boas.
— Respirar! É você está certo, eu preciso
respirar.
Enchi meus pulmões de ar, prendi por um
tempo e soltei logo em seguida, mas minha
ansiedade era tanta que o exercício de respiração
nada resolvia, minhas mãos estavam suando e os
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aqui.
— Sabemos que toda a alta sociedade estará
nesse evento hoje, inclusive o Prefeito da cidade.
Isso vem da influência de Eric Mason?
— Enviei convite a todos que já acompanham
meu trabalho e que tem apreço pelas artes, e isso
não tem nada a ver com meu namoro, visto que eu
não estava com o Eric quando os convidei.
— Vamos Anna! — May me puxou e fui
acompanhando-a.
— Senhorita, senhorita, senhorita! — não
paravam de gritar e de me deixar mais atordoada
ainda.
Caminhamos pela Galeria Allen Lambert que
unia as duas torres que fazia parte do complexo
Brookfield Place, e ao olhar para cima e observar
os arcos elevados, eu sentia como se estivesse
vendo uma obra de arte, um incrível dossel que
parecia ser um emaranhado de vidro. Assim que
chegamos a galeria de arte, fui recebida por meus
pais e vovó Emma, e então posamos para algumas
fotos a pedido da cerimonialista, eu estava
completamente aérea, tudo havia saído exatamente
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Capítulo 56
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Anna
Ver Eric desaparecer no longo corredor me
colocou em uma situação de escolha e eu precisava
fazer uma, o mais rápido possível, a imagem do
amor da minha vida se desaparecendo em minhas
vistas e ficando cada vez mais distante encheu
meus olhos de lágrimas e apertou meu coração.
— Não posso perdê-lo, May, eu vou atrás dele.
— falei.
— É o seu sonho, tudo aquilo lá dentro é o seu
sonho. Tem certeza que vai jogar tudo no lixo? Seu
nome é que vai parar no lixo, e eu duvido muito
que você consiga se reerguer depois disso.
— Eric não vai me perdoar.
— Com o Eric você se acerta depois, mas
primeiro têm seus convidados lá dentro.
— Não posso ficar aqui sem me explicar para
ele, May.
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Eric
Novamente a queda era livre, eu me sentia
como se tivesse me atirado de um precipício sem
cordas de proteção, eu precisei fugir para não me
tornar o assassino que Benjamin dizia que eu era,
pois se continuasse mais um segundo naquele
espaço fechado com ele, eu o mataria com minhas
próprias mãos lá dentro, se não fosse Freddy eu
teria feito, pois o ódio corria feito adrenalina em
minhas veias. Minha cabeça estava cheia de
bifurcações, a adrenalina não parava de me fazer
apertar o pé no acelerador e tudo que eu via eram
luzes e luzes e seus flashes me cegando. Julia e eu
nos amávamos, nos amávamos, amávamos! A voz
de Benjamin não saía de minha cabeça, martelando
e me corroendo.
— Desgraçado! Desgraçado! — soquei o
volante com o ódio me cegando, e tudo que se
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que ponto, mas que outro motivo ele teria para ter
passado a me odiar tanto depois do acidente? Seja
lá qual for a verdade disso tudo, ele amava minha
mãe. Calhorda desgraçado!
— Me recuso acreditar que a tia Julia tenha
sido capaz de trair o tio Norman.
Me sentei na frente do meu computador e o
respondi enquanto acessava minha caixa de e-mail
para mandar os projetos para meu pai.
— Isso é o que não quero descobrir agora, não
com tudo que estou sentindo, e te digo mais, se
aquele maldito disser uma só palavra sobre isso
com meu pai, ele é um homem morto.
Saí em direção a meu quarto, Freddy ficou
onde estava e no meu quarto troquei de roupa,
arrumei uma mala com roupas pesadas de frio e
botas. Andei por toda a casa com Bruce me
seguindo. Quando voltei para sala, Lydia estava
com Freddy.
— Está tudo pronto para viagem, Eric, arrumei
lanches para você também. — avisou Lydia.
— Ótimo! Lydia, avise ao Collin que fiz uma
transferência para ele.
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— Aviso sim.
— Cara, espere amanhecer para você viajar.
— Não! Não quero correr o risco de ficar e
machucar ainda mais a Anna.
— Porra cara! Vai machucá-la se sair assim
sem falar com ela.
— Eu preciso disso agora.
— Ela vai sofrer sem saber como te encontrar.
— Não quero ser encontrado, entendeu
Freddy? Quando eu achar que posso voltar eu
volto, no momento eu preciso desligar minha mente
disso tudo aqui ou vou surtar novamente, e o que é
pior, vou acabar cometendo uma loucura.
Peguei uma das caixas que Lydia preparou com
os mantimentos do Bruce, minha mala e segui para
a garagem com Freddy carregando uma bolsa
térmica.
— Eric!
— Desista Freddy.
— Fique para ouvir o que a Anna tem a dizer.
Estufei o peito e levei minha mão no painel e
peguei a chave do meu Dartz Prombron e falei:
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Capítulo 57
Anna
Um dia pela metade, incompleto, foi assim o
balanço final do dia mais esperado por mim há
meses, completei 29 anos e boa parte dele sonhei
com esse dia. O dia em que Eric estaria em um
vernissage meu, mas novamente isso não se
concretizou.
O último convidado do vernissage se retirou
depois de comprar duas de minhas telas, que por
sinal foram todas vendidas, mas que agora ficarão
um mês em exposição na galeria. Estava contando
os minutos para que ele se retirasse para que eu
pudesse sair correndo de lá e ir atrás do Eric, ele
precisava me ouvir, precisava entender que quando
convidei Benjamin, vi nele apenas um comprador
para alguma de minhas telas, afinal de contas eu
vivia da venda delas.
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desmontado.
— Vamos, vou te levar para casa. — disse
May.
— Não vou sair daqui, ele vai voltar e eu
estarei aqui esperando ele. — respondi.
— Ele não vai voltar, Anna. Pelo menos não
enquanto não esfriar a cabeça. — respondeu
Freddy.
— O senhor Norman deve saber para onde ele
foi, eu vou até ele perguntar.
— Você não pode ir até lá uma hora dessas,
Jane acabou de sair do hospital, você pode assustá-
la. — disse-me Freddy. — Vou ligar pro tio
Norman e tentar ver se ele sabe onde encontrá-lo.
— Faça isso, por favor Freddy. — respondi
sentando-me na cadeira do Eric.
Eu estava em choque enquanto escutava
Freddy conversar com o tio, e pelo teor da
conversa, o pai do Eric também não sabia onde ele
estava.
— Tio Norman também não sabe de nada, Eric
não disse a ele para onde estava indo.
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Capítulo 58
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Eric
Alguém havia apagado meu farol, único facho
de luz que me manteve vivo após o acidente que
levou a vida da pessoa mais maravilhosa que
conheci, minha mãe era esse farol, e quando eu me
sentia realmente culpado pelo acidente e tinha
vontade de acabar com minha vida, era sua luz que
me guiava no escuro do desespero e me trazia de
volta novamente. Lembro-me nitidamente de cada
traço de sua fisionomia encantadora e o que mais
me vem à mente são os lindos olhos castanhos e
brilhantes que transmitiam nada além de paz e de
segurança e seu sorriso encantador. Ela
simplesmente desmontava qualquer pessoa com
aquele sorriso, sempre foi meu farol e agora se
apagou.
A viagem que deveria durar 6 horas, de
Toronto a Mont-Tremblant em Quebec, durou 7
horas, visto que fui devagar o bastante para que eu
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Anna
Assim que saí do banho, me troquei vestindo
uma calça jeans e o meu velho suéter vermelho, saí
caminhando pelos corredores da mansão onde o
silêncio era cortante e chegava a doer, sem Eric e
Bruce tudo tinha ficado vazio demais, até o fato de
ter Bruce caminhando atrás de mim o tempo todo
fazia falta naquele momento.
— Bom dia, senhorita Anna! Seu café será
servido na cozinha. — disse-me Lydia.
— Obrigada, Lydia, não estou com fome.
— Anna! Não é deixando de se alimentar que
irá trazer o Eric de volta para essa casa, você
precisa estar forte e não doente.
— Eu sei, como alguma coisa mais tarde,
obrigada Lydia.
— Se precisar de alguma coisa me chame.
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Inspirei e respondi:
— Convidei Benjamin assim que o conheci,
achei que ele fosse de confiança e que compraria
alguma tela minha, eu vivo disso senhor Norman.
— Sim, sei disso, prossiga querida.
— Não me lembrei que havia convidado ele e
quando Eric chegou e o viu no vernissage ficou
possesso de ódio, os dois discutiram, Ben falou
algumas coisas terríveis e Eric quase o enforcou, se
não fosse Freddy intervir não sei o que teria
acontecido.
— Ah! Meu Deus! Sempre o Benjamin
tentando destruir minha família.
— Foi horrível!
— Eu sinto muito que Eric tenha perdido o
controle bem no seu vernissage, mas me diga, o que
foi que Benjamin disse ao Eric para deixá-lo
transtornado a ponto de tentar enforcá-lo?
Não sabia como responder aquela pergunta,
então fiquei ponderando tentando criar uma mentira
rápida e certeira, mas fui pega de surpresa.
— Benjamin não fez o que estou pensando que
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Capítulo 59
Anna
Alguns minutos de voo de helicóptero e já
estávamos sobrevoando o cenário mais estonteante
que meus olhos já contemplaram, estávamos no
parque nacional de Banff, e Gordon foi indicando a
mim os lindos lagos de um azul turquesa
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inacreditável.
— Bem-vinda as montanhas rochosas do
Canadá, senhorita. — disse Gordon, que após
saímos do avião foi quem seguiu pilotando o
helicóptero.
— É tudo tão lindo!
— Sim, está vendo aquelas montanhas que
circundam o Moraine? É chamado de o vale dos 10
picos há mais de 2.000m de altitude, eles
estampavam o verso da nota de 20 dólares, se
lembra disso?
— Sim, claro que sim.
O lago está aos pés de 10 picos escarpados
cobertos de neve e cercado por lariços.
— Magnífico.
— Vou pousar naquela clareira. — apontou
com indicador.
Então Gordon pousou na clareira que havia
dito, descemos e ele me disse:
— Vai senhorita, aquela é a casa do lago dos
Mason.
Olhei para ele com os olhos brilhando e saí em
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May
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Anna
Rodei a chave na maçaneta da porta da May e
entrei em seu apartamento, bati meus olhos na sala
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Capítulo 60
Anna
Saí do apartamento de May sem ser notada
graças a Deus, e logo que fechei a porta com
cuidado, me encostei nela ofegante pensando: Meu
Deus o que foi aquilo?! Confesso que apertei uma
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Eric
Depois de oito dias afastado de tudo e de todos,
comecei a cogitar que estava na hora de voltar e
tentar corrigir o erro que cometi ao me ausentar
sem dar explicações à Anna. Naquele momento eu
estava cego de ódio e tudo que eu via em minha
frente era Benjamin com uma flecha no meio da
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Capítulo 61
Anna
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meu guarda-chuva.
— Vovóoooo!
— O que foi, minha querida? Vai me impedir
de ensinar uma lição para o Eric que quase me
matou de preocupação?
— Eu também te amo, vovó Emma. — disse
Eric piscando para ela, derretendo-a toda.
— Bem! Se é assim está perdoado, vamos
entrar e beber para comemorar a sua volta.
Vovó deu saltos de alegria quando soube que
iríamos nos casar, fez dezenas de telefonemas
avisando as amigas de poker que sua neta se casaria
com um Mason, e ela quase me matou de vergonha.
Eric ficou conosco até perto do anoitecer, vovó
Emma adorou o Bruce e o Bruce adorou a vovó
Emma, e quando Eric foi embora levando-o, vovó
Emma ficou muito sentida, e confesso que também
fiquei. E sem conseguir ficar longe do Eric atendi
ao seu pedido para ir dormir com ele na mansão.
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Capítulo 62
Anna
Encostada na parede do closet e enfiada como
sempre em uma camisa branca do Eric, eu o
observava se trocar para ir para a empresa
trabalhar. Vê-lo se sentindo bem o bastante para
voltar ao trabalho, me fazia sentir uma felicidade
excessiva, finalmente ficaríamos juntos sem
permitir que nada e ninguém nos impedisse de
sermos felizes, merecíamos ser.
Com os olhos atentos e imersa em um orgulho
sem medida, o observava lindo e elegante enquanto
abotoava os botões dos punhos de sua camisa
branca, Eric era elegante por natureza, sua postura
autoritária por si só já lhe dava uma aparência
imponente.
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excitantemente lindo.
Eric gargalhou de forma espontânea e deliciosa
como só ele sabia fazer, e com o rosto liso, pois
havia feito a barba, estava mais gostoso ainda.
— Então a senhorita também acha que eu daria
um bom Clark Kent?
— Sem sombra de dúvida. — respondi
cruzando os braços e encostando na parede
enquanto o observava terminar de se arrumar.
— O que achou? — questionou deixando seus
olhos caírem em seu terno. — Estou parecendo um
homem que vai embarcar em um novo futuro?
— Está perfeito, estou muito orgulhosa de
você, queria poder ver sua carinha hoje lá.
— Estou nervoso! Acredite!
— Não fique, você nasceu para isso. Vai lá e
mostre para eles quem é o Eric Mason de hoje em
diante.
— Bom, eu preciso ir amor, seu super-homem
aqui não pode se atrasar, não no dia de hoje, papai
marcou a reunião com a diretoria da empresa para
as primeiras horas, não quero me atrasar. —
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Eric
No dia anterior quando voltei da cabana com
Anna, após deixá-la em Ajax, a primeira coisa que
fiz foi procurar meu pai para desculpar-me pela
ausência e para ter toda a história que envolvia
Benjamin e minha mãe esclarecida de uma vez por
todas. Meu pai contou-me detalhes de toda a
perseguição que Ben fazia com minha mãe, contou-
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Anna
Eric agora era o macho alfa perfeito da vovó
Emma e meu, era o novo CEO da MCE e ele estava
que não se cabia em si, se sua pose já era de um
homem imponente, autoritário, agora então, ele
exalava isso pelos poros, e que o deixava ainda
mais atraente a mim, eu amava aquela pose dele.
Ele fez questão de estar comigo no Lago
Moraine, disse-me que não era justo eu ter estado
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Eric
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May
Freddy estava encostado na pia da cozinha, de
braços cruzados me observando cortar legumes
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ouvido questionando:
— Está tudo bem? Posso continuar?
Assenti sem conseguir responder sonoramente,
então ele mordeu minha orelha fungando nela e
dizendo:
— Você é gostosa demais! — passou a mão em
meus lábios, enfiou seu dedo dentro de minha boca
e eu chupei, e ele gemeu delirante ainda no meu
ouvido, eu adorava saber que estava lhe dando
tanto prazer, minha boceta queimava, eu estava em
chamas. — Posso continuar? Diga May, diz amor!
— Por favor, Freddy! Continue, continuei!
Suas mãos queimavam em minha cintura e a
cada estocada ele ia mais fundo como se fosse
possível, então passou a mão em meus cabelos e os
juntou em seus dedos puxando meu pescoço para
trás, fazendo com que nossos olhares se
encontrassem e nossos lábios também, pois ele me
beijava enlouquecido e não parava de desferir
fortes estocadas, eu estava inebriada, me
permitindo aproveitar cada instante daquela
sensação nova de ser completamente dominada por
um homem, então, senti quando Freddy levou seus
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Referências.
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Agradecimentos
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