Juiz Thompson

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Sobre Thompson

Prolongo...

Ela usava um vestido salmão da última coleção da feira de moda de Paris, não era
justo nem rodado, era na medida certa como todas as peças confeccionadas pela
marca. O mínimo de se esperar pelo preço absurdo pago por ele, a maquiagem
estava perfeitamente leve como o habitual. O cabelo mantinha em um corte no formato
reto pouco acima do ombro, nos pés ousou colocar sandálias de salto médio na cor
caramelo, pois a mãe lhe ensinara um dia que somente mulheres da "vida" usavam
acima de dez centímetros...2

-- O que achou dessa Jhon?...

-- Troque...--- Thompson respondeu curto e grosso, sem se importar que a moça tinha
trocado de roupa por três vezes apenas porque não teve a sorte de escolher nenhuma
que o agradara ate o momento. Quando iam sair para algum lugar a moça trazia de
casa várias peças de direntes até achar uma do gosto do mesmo. Logo após sua
atenção foi tomada novamente pelo notebook a sua frente, quando tinha um caso
importante na mão não parava até desvendar o caso. Bastou fitar uma pequena parte
do joelho da moça de fora para achar que o vestido salmão não estava adequado
para um simples jantar a dois. Susana não respondeu o noivo, papel perfeito da
mulher que foi educada para obedecer o homem sem reclamar, também não queria
perder o posto de futura esposa de um dos homens mais poderosos e influentes dos
Estados Unidos. Era assim que os jornais e revistas como a Vogue denominavam o
Juiz. Além de poder, fama e dinheiro, o homem obtinha uma postura extremamente
elegante, e um charme galanteador...6

-- Esse está melhor querido?...-- Vinte minutos depois Suzana voltou com o
semblante cansado vestindo um modelo mais antigo da Prada, num tom de creme o
vestido era longo com mangas três quartos e pequenas pedras brilhantes por toda
extensão dele, nos pés manteve a mesma sandália. Thompson analisou por alguns
segundos a mulher insegura esperando ansiosa pela opinião dele, a moça tinha uma
necessidade doentia de agrada-lo sempre. Talvez o seu maior erro fosse colocar a
vontade dele na frente do seu amor próprio...3
-- Não adianta usar um vestido como este se não tem segurança o suficiente para
estar dentro dele..7

Ele foi até a gaveta do seu Closet e pegou uma pequena caixa vermelha aveludada,
dentro dela retirou um colar cravejado de diamantes e colocou no pescoço da noivs,
apesar de severo ele sabia muito bem como levantar a alto estima de uma mulher,
ainda mais Suzana que apreciava um tanto esses pequenos mimos do juiz...

-- Obrigada amor...-- Agradeceu com um sorriso enorme, queria gritar e pular com o
presente, mas Jhon não aprovava esse tipo de comportamento espalhafatoso em uma
mulher...7

-- De nada, Suzana...-- O Juiz não era o tipo de ficar chamando ninguém de amor,
nem nós momentos mais íntimos.

***

Ja no restaurante de luxo, ele cavaleiro como era puxou a cadeira para a noiva, que
sentou com delicadeza e uma classe que só ela obtinha, esse foi o maior motivo dele
ter escolhido para ser sua esposa, porque por amor não foi. Não acreditava nessas
coisas, apenas em casais que se davam bem, ela era ideal para o papel de Senhora
Thompson. Era obediente, dedicada em agrada-lo a todo momento, também vinha de
família tradicional como a dele, era bonita e o principal, era virgem, Jhon nunca se
casaria com um mulher violada. Para sorte dele a mãe da moça tinha lhe treinado
desde os cincos anos de idade para ser a esposa perfeita. Depois de fitar o cardápio
por alguns minutos, o Juiz fez um sinal para o Garçom anotar o pedido deles, quando
viu que o serviçal era mulher, não gostou, na opinião dele o sexo oposto tinha sido
feito para ficar em casa esperando o marido.
Mas fez os pedido assim mesmo ..10

-- Para mim traga um bife vermelho mau passado e uma salada de frutos marinhos
apenas ....

-- E para beber Senhor?...

A jovem morena com o cabelo preso em um coque alto trajando um conjunto social de
calça preta e camisa branca de botões, perguntou sorridente de mais para o gosto da
noiva do Juiz que fitava de forma séria o jeito abobalhado que a moça estava a olhar a
beleza abundantemente do homem a sua frente. Ainda mais naquele dia que vestia um
termo todo Preto sem gravata, no paletó os botões eram de ouro puro.
Proporcionalmente ou não deixou alguns abertos dando mais charme aquela
perfeição em forma de homens, o cabelo penteou todo para trás deixando bem em
evidência o belo rosto quadrado que tinha...

-- Quero um Gin e uma Budweiser , tônico com Henriks. Para finalizar traga
um Wisnik francês por favor...-- A voz do homem da Lei saiu de um jeito tão sexy que
se a noiva não soubesse ser da própria natureza dele pensaria que estava a paquerar
a moça...

-- E a Senhora o que vai querer?...

-- Para ela traga um bife de frango grelhado com cogumelos e molho chinês para
acompanhar, para beber um suco de laranja está otimo...-- O pedido de Suzana seria
outro, mas antes de abrir a boca ele fez o pedido por ela...9

Na volta foram conduzidos até a casa da jovem pelo pequeno exército de homens de
Preto do Juiz, ele acompanhou ela até a porta e se despediu com um leve beijo nos
lábios...

-- Achei perfeita a nossa noite, e você o que achou?...-- Perguntou esperançosa...2

-- Interessante...-- Na verdade nem tinha ouvido a pergunta, o caso importante ainda


estava rodando os seus pensamentos, queria acabar logo com o assunto e ir para
casa continuar trabalhando....

-- Bom noite amor, tenho que entrar antes que o meu pai venha me buscar aqui fora...-
- A jovem ja tinha vinte e quatro anos, mas era tratada pelos pais como se estivesse
quinze...6

-- Boa noite amor...

-- Boa noite Suzana...-- Ele até tentava chama-lá de amor, porém ele sabia que se
fosse para falar apenas para agrada a moça não seria certo, além do mais Thompson
nunca foi de usar a falsidade com ninguém. Se tinha uma coisa que repulguinava nas
pessoas era a mentira. Ele ficou a observar a sua futura esposa entrar em sua
residência, pensando que era um homem de sorte por ter encontrado a mulher
perfeita para ser a mãe de seus filhos um dia...3
"O que Thompson não sabia, era que o que é perfeito para nós na verdade não se
encontra em constatações físicas, pois esse tipo de coisa se esconde muito bem
dentro do coração. Na maioria das vezes debaixo de uma superfície que nem
sempre agrada os nossos olhos..."

Capítulo 1
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de MarliaSillva Following

Jhon sempre procurou ser o mais receptivo e prestativo possível no que fazia, seja lá
qual fosse a areia. Se tornando as vezes até um tanto didático é cruel na hora de agir,
desempenhar o papel de "homem justo" diante aos os alheios era uma mania doentia
de Thompson, as vezes algo irritante até mesmo para si. E isso não vinha de agora,
nasceu com essa necessidade de ser sempre o melhor em tudo o que fazia, a maneira
rígida com que foi criado pelo pai o Senhor Richard Thompson também Juiz
Criminalista, assim como o filho. Apenas colaborou para a aflorar algo que já habitava
ali naturalmente. No momento todos os pensamentos do "Homem da Lei" também
estava voltados para um caso muito delicado que vinha fazendo polemica pelo país,
após uma ligação anônima denunciando o Jovem Moçambicano Noen Said como
responsável por um atentado em um Shopping a dois meses atrás, um atirador do
nada começou a atirar em tudo o que movia a sua frente, ocasionando na morte de
vinte é duas pessoas, entre elas a maioria crianças e adolescentes. Mesmo com uma
vasta variedades de provas contra o acusado, Jhon por sua vez acreditava fielmente
na inocência do acusado, tinha adquirido essa opinião apos colher pessoalmente o
depoimento do jovem magro de estatura mediana de aproximadamente vinte e cinco
anos, que não chorou ou fez nenhum drama ao ser indagado sobre tal fato. Pelas
imagens da câmera era possível ver claramente o homem desfilando pelos corredores
do lugar minutos antes do ocorrido.
O Juiz chegou no presídio em uma quarta-feira a tarde, o Delegado responsável pelo
lugar veio recebe-lo como se estivesse diante de uma celebridade, quando soube da
visita fez questão de passar em casa na hora do almoço para tomar um bom banho,
vestir o uniforme mais novo e aparar a barba. Cumprimentou o Juiz sem tirar o sorriso
do rosto em nenhum segundo se quer, após a apresentação conduziu o ídolo até onde
se encontrava o acusado, até pensou em pedir para tirar uma foto com ele antes de se
retirar, mas pelo jeito sério de Thompson pensou não ser uma boa ideia.

Jhon entrou com sua postura intimidadora na enorme sala quadriculada, toda branca
apenas com uma mesa de quatro cadeiras de ferro no centro, em uma das quatros
paredes milimetricamente construídas do mesmo tamanho tinha uma grande janela de
vidro, visível apenas de dentro para fora. Foi a primeira coisa que Jhon notou,
estritamente observador como era não deixava nenhum detalhe passar despercebido
dos seus olhos azuis acinzentados da cor do mar em dia de tempestade. Avaliou sem
pressa o jovem de traços fortes demostrando claramente a origem do pais de onde
veio, sentado com o tronco um pouco abaixado apoiando os cotovelos na mesa como
se estivesse cansado.

-Eu sou inocente.-Proclamou firme assim que reconheceu o famoso Juiz.

.-Isso é o você que está dizendo. Não acredito em palavras, me dê fatos.-Respondeu


inquisidor, Jhon sentou em uma das cadeiras empoeiradas como se estivesse em sua
casa, queria passar confiança ao homem inseguro a sua frente. Opinou não ir de terno
para não parecer um espião da CIA atrás de alguma informação secreta, vestiu algo
mais "modesto" sendo que não se via nada não disso em nenhuma peça que usava no
momento. A calça era preta social num estilo mais despojado, a camisa escolhera uma
de algodão branca de malha fina da Dolce e Gabbana, o Juiz tinha um gosto peculiar
para roupas com cores neutras, talvez fosse para ajudar manter a pose de homem
serio, ou talvez para esconder algum sentimento sombrio quem sabe . Dentro do seu
closet não se encontrava uma peça se quer de outras cores, em seu mundo particular
existia apenas lugar para o Branco, cinza e na maioria das vezes Preto. O pior era a
decoração da sua casa que seguia os mesmos tons, até mesmo o seu local de
trabalho seguia o mesmo modelo.

.-Independentemente de qual for a minha resposta, o fato de eu ser estrangeiro, negro


morando no pior bairro da Cidade já e mais do que suficientemente para vocês
Americanos me denominarem culpado.-Noen carregava no rosto uma expressão
sofrida, os olhos cor de mel estavam pesados e tristes. Apesar de jovem parecia ter
mais de quarenta anos, o uniforme laranja fluorescente que estava usado também não
combinava muito com ele, a verdade é que nem Gisele Bündchen ficaria bem dentro
daquela roupa..
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.-Tanto faz de onde veio ou está. Se for realmente inocente como diz, eu mesmo farei
quem levantou falso testemunho contra você se retratar o mais breve possível.-A
confiança que Thompson passou em suas palavras entrou no homem a sua frente com
a mesma intensidade de um tiro, Said limpou sem vergonha uma lágrima de esperança
que escorreu sem pedir licença pelo seu rosto, sabia que se existisse alguém que
pudesse provar sua inocência esse homem estava bem a sua frente.1

.-Obrigado por me tratar como gente.-Thompson observava atento cada expressão do


rapaz. Cada detalhe encontrado ali poderia ser crucial...3

.-E de que qual outra forma trataria, como um Rei? O que vejo a minha frente e um
homem normal igual a mim.-Respondeu sincero.5

.-E que faz muito tempo que ninguém me trata assim Doutor, com igualdade.-O jovem
abaixou o olhar envergonhado com as próprias palavras...1

.-Não deve se envergonhar pela falta de educação dos outros, apenas ignore. Isso que
devemos fazer com coisas insignificantes na nossa vida.3

.-O Senhor tem razão, começarei a praticar hoje mesmo.-Sorriu meio torto como se
estivesse perdido o jeito de como fazer aquilo...

.-Já passou da hora, teria evitado muito sofrimento desnecessário na sua vida.-A forma
minuciosa com que Jhon analisava o acusado fazia o Moçambicano tremer como se
estivesse sem roupa no Alasca, o frio que percorria o seu corpo com certeza seria o
mesmo..

.-Sabe Doutor eu estava no Shopping por um motivo muito especial naquele dia.-Noen
não era estudado e ninguém lhe ensinará que ao se referir a um juiz deve-se usar
Meritíssimo e não Doutor, Thompison em outras ocasiões teria chamado a sua
atenção, pois exigia ser chamado assim em sinal de respeito diante a uma autoridade
como ele...

-- Pode me chamar apenas de Jhon.-Proclamou com a voz grave, o rapaz a sua frente
obtinha de uma humildade tão grande ao chama-lo de Doutor que achou justo que o
mesmo tivesse a liberdade de lhe chamar pelo primeiro nome.4

.-Não Senhor, se não importar prefiro continuar chamando de Doutor mesmo. Apenas
de Jhon seria estranho.--Realmente a postura do Juiz lhe cabia perfeitamente o nome
de Rei do Egito, Príncipe da Inglaterra, presidente dos Estados Unidos, Soberano dos
Mundos entre outros mais postos altíssimos, apenas Jhon era algo simples comparado
a uma postura tão nobre que o mesmo adquiria.-Se refira a mim conforme for mais
confortável para você.

--Obrigado, Doutor.--Agradeceu agora mais relaxado encostando as costas na cadeira


de ferro puxando o ar para tomar coragem antes de voltar a contando.-Como estava
dizendo, naquele dia eu tinha recebido o meu primeiro salário do emprego que tinha
conseguindo com muito custo, sabe Doutor as pessoas dizem que Preto é tudo
bandido, mas quando pedimos alguma oportunidade de emprego ninguém da, mesmo
a gente sendo mais estudado que o brancos ou não.

--E o que foi comprar no Shopping de tão especial?.-Perguntou direto, para qualquer
outro que estivesse interrogando o rapaz seria apenas mais uma pergunta, para
Thompson não. Dependendo da resposta o Juiz sentenciaria ali mesmo se o acusado
era culpado ou não. Sua vasta experiência no assunto lhe dava total liberdade para
isso.

--Quando vim de Moçambique deixei minha mulher grávida de quatro meses do meu
filho Mofat e mais uma filha de quatro anos a Mai.-Era uma garotinha linda e meiga,
cujo o sorriso tinha o mesmo brilho que o de dez mil Estrelas juntas. A mãe Alexandra
sempre vestia a filha com roupas simples. Porem, ricas em cores , o cabelo trazia
sempre caprichosamente em tranças feitas com muito amor. So pela expressão do
rosto Noen a falar da filha Thompson imaginou pelo sorriso dele que a pequena
deveria realmente ser uma graça, um dos maiores sonhos do Juiz era se tornar pai
algum dia.

--Minha ideia era ganhar dinheiro para trazer elas para viver aqui comigo, infelizmente
ainda não consegui. Como daqui a duas semanas e o aniversário da minha esposa
pensei em comprar um vestido que ela tinha visto em uma revista de gente bacana
sabe? A com certeza deve saber o Senhor e um deles... Comentou sem maldade...1

-E como séria esse vestido?.-Perguntou Thompson sem paciência.

-Ele era branco, cheios de flores amarelas, todo rodado igual a de uma rainha.
Porque?

-Nada. Apenas quis saber.-Cortou o assunto.


-A sua senhora também gosta de vertidos Doutor ?.-Perguntou simples.

-Não sou casado...Ainda.-Mas pensou que se fosse nem em sonho deixaria sua
esposa usar algo assim.

-Entendi Doutor, mas em breve vai encontrar uma mulher que fará o seu coração bater
mais forte, que mesmo te irritante o tempo todo não vai querer deixar ela nunca mais.-
Thompson não fazia ideia do que o estrangeiro estava falando, parou para pensar e
concluiu que Suzana nunca tinha lhe causado nenhum sentimento ao ponto de fazer o
seu coração ter algum tipo de alteração, e sobre o fato dela irrita-lo isso era possível já
que ela sempre fazia tudo conforme a vontade dele.3

-Foi um prazer Noen. Mas preciso ir agora...

-Mas o Senhor não vai querer ouvir o resto da história do dia do atentado?.

-Não, já ouvi o suficiente. Em breve sus família estará aqui com você, por enquanto
tomara que sua esposa se contente com o vestido branco de flores amarelas que eu
pessoalmente providenciarei para ela, espero que o meu gosto esteja a altura dela,
também mandarei uma boneca para sua filha e um carrinho para o menino quando
nascer, assinado em seu nome para saberem que mesmo longe nunca esqueceu
deles.-Jhon também mandaria uma quantia em dinheiro para ajudar na criação da
crianças durante a ausência dele. A verdade era que o dinheiro daria para os dois
pagar toda faculdade que eles escolhessem cursar algum dia. Essa parte preferiu não
comentar para o rapaz não se sentir humilhado. Jhon se despediu de Noen com um
aperto de mão forte e saiu daquele recinto deixando um coração esperançoso para
trás, mas levando com sigo a certeza que se existisse verdade ali descobria e faria
cumprir a promessa que fez ao jovem. Fazendo o possível e o impossível para
encontrar a verdade além dos fatos daquela história e inocentar o homem a todo custo,
alguma coisa lhe dizia que naquele crime tinha mais gente do próprio país envolvidas
do que as vinda de fora. Os repórteres estavam feito Urubus atrás de carniça
acampando em frente o fórum atrás de mais noticias, depois das últimas estampando
no Jornal da CNA sobre o caso, Thompson estava certo que tinha alguém do grupo
dele vendendo informações fora. Para sua surpresa descobriu que o traidor se tratava
do seu assistente, ficou surpresso com tal descarta , afinal o homem aparentava ser
culto e honesto. O problema e que as vezes a falta de caráter das pessoas se esconde
muito bem atrás da boa educação de muitos...
******

A grande porta do elevador do Fórum da Cidade de Whoshitom abriram dando entrada


pela primeira vez para a jovem Yudi Jackson, Dona de uma personalidade marcante e
uma inteligência considerável, para não dizer privilegiada. Filha de um pastor da
pequena igreja do Bairro Bluckin onde a maioria das pessoas eram pobres e negras, e
com o maior índice de criminalidade da cidade, teve que sair de casa aos dezesseis
anos por não ter um comportamento "adequado" ao da igreja que a família dela
frequentava, sempre gostou de viver de uma forma livre, principalmente na vida
pessoal ou na forma de se vestir. O seu estilo era provocante e ousado, mas nunca
vulgar, sempre gostou de roupas mais sensuais e de uma boa maquiagem, batom
vermelho era o seu favorito. Não se vestia assim para provocar o sexo oposto nem
nada do tipo, apenas se sentia bem assim e pronto.1

A cada passo que dava naquele extenso corredor estritamente limpo e encerado era
como se estivesse no tapete vermelho indo buscar o prêmio do Oscar, a emoção era a
mesma. Tinha batalhado muito para estar ali que queria aproveitar somente aproveitar
ao máximo, só Deus e ela sabiam que até fome passou para chegar onde estava.

.-Bom Dia, sou Yudi Jackson.-Disse a jovem educadamente com um sorriso enorme
no rosto para a secretária sentada atrás de um balcão de madeira na luxuosa
recepção do lugar, a mulher a sua frente era belíssima, usava um conjunto social de
saia preta justa na altura a baixo do joelho, e uma blusa branca com mangas longas e
botões transparentes combinando perfeitamente com o chão azulejado de branco e
Preto idêntico a um jogo de xadrez, a Senhorita Jackson não sabia se o piso era feito
para combinar com a roupa da moça ou verse e versa. O fato era que ambos eram de
muito mal gosto, principalmente o cabelo loiro preso em um coque irritantemente bem
arrumado que faltava pouco gritar "fui feito pela vovó ". A moça se perguntou como
aquele lugar era tão famoso na mídia em relação a eficiência dos funcionários se nem
tratar uma pessoa educadamente sabiam. Pois a atendente da mesma posição que
estava foleando uma revista da Vogue ignorando totalmente sua presença.

- Bom dia Senhorita Caili, sou Yudi Jackson.-- Leu discretamente o nome da moça em
uma plaquinha dourada presa na impecavelmente blusa branca dela, por um minuto a
ideia de perguntar qual a marca de sabão usava para lavar lhe pareceu bastante
tentadora, pois realmente o tom claro da peça era de invejar qualquer dona de casa,
sua mãe sempre dissera que a filha não levava jeito para os afazeres de casa, o que
de fato era verdade, também não era muito fã de crianças, gostava sim mas as dos
outros e de preferencia dormindo. Mas se sentiu orgulhosa quando lembrou que sabia
fazer um macarrão instantâneo e um ovo frito como ninguém, era de comer e pedir
mais.

-Me deixa adivinhar, você e mais uma profissional do sexo não e?..

-olhou jovem de cima a baixo.-Foi agressão por algum cliente e veio denunciar? Moça
aqui não é lugar para isso, tem que ir a uma
Delegacia da mulher e sair dessa vida, precisa se valorizar mais, ter mais amor no
coração.-Yudi apertou forte a bolsa de baixo do braço para não cometer um crime
doloso bem no seu primeiro dia de trabalho, pediu a Deus muita calma porque se ele
desse força faria uma loucura com aquele ser a sua frente.1

-- Se estivesse mais atenta ao seu trabalho e não lendo as ultimas notícias da Vogue,
teria ouvido quando tinha me apresentei a você, então saberia que é o mesmo nessa
lembrete ai colado no computador dizendo que sou a nova Assistente do Juiz
Thompson. -A secretaria ficou pálida, com o que acabará de ouvir, nunca imaginou
que a novo Assitente que tinha passado na prova para o cargo com noventa e oito
porcento de acerto na prova do concurso público teria aquela aparência "diferente "
pensou em alguém com a cara de inteligente pelo menos, principalmente que fosse do
sexo masculino, sendo que todos os outros eram homens por escolha de Thompson,
já que para ele não era todo tipo de trabalho que poderia ser feito por uma mulher.
Segundo a nova lei isso não era mais decidido por ele, mas sim através de um
concurso público onde quem passar não poderia ser mandando embora por ser
concursado..

--Me perdoe Senhorita Jackson, vou anunciar a sua chegada ao Juiz Thompson.--A
Secretamente ainda com a cor da pela alterada por conta do constrangimento pegou o
telefone com a mão ainda tremendo.

-- Da próxima vez, tente conhecer primeiro, e julgar depois. Não o contrário.-- Deu seu
recado elegantemente, apesar do gênio forte sabia muito bem se portar de forma
adequada em qualquer situação.
-- Senhor a pessoa que estava esperando chegou.--Não teve coragem de revelar que
a tal pessoa se tratava de uma mulher.

--Mande entrar...--Yudi mesmo de longe se arrepiou ao ouvir a voz imponente do


homem, andou pela primeira vez naquele dia insegura até parar de frente ao Gabinete
do Juiz, antes mesmo de bater a porta elétrica se abriu como se estivesse feita para
esperando a chegada dela. Entrou passos lentos no lugar sem fazer barulho com o
salto, depois de anos andando encima daquilo tinha aprendido como usar. Logo notou
que o mal gosto também habitava ali dentro, o chão era branco e as paredes negra
como a noite, ficou imaginando como que na época do verão deveria ficar quente ali
dentro, mas ligou lembrou que gente rica não senti frio nem calor. Vive o ano todo no
clima estável da estação chamada ar condicionado. A janela era enorme toda de vidro
que dava para observar a parte mais nobre da Cidade, no teto tinha um lustre
enfeitado com pequenas esferas de diamante. Quando olhou a sua frente viu o Juiz
sentado em sua mesa lendo uma pilha enorme de papéis, não demorou muito para
notar que o homem era lindo, sua postura masculina e viril era coisa de outro mundo,
estava estonteante bem vestido em um terno cinza escuro e bem alinhando,
combinando com a gravata preta com finos riscos branco. O cabelo penteou molhado
todo para trás, sem deixar nenhum fio perdido a solta, a barba por fazer dava-lhe um
poder estrondoso. Era a verdadeira elegância em pessoa, com certeza se fosse
participar do concurso do Homem mais lindo do mundo, pelo menos entre os finalistas
sua vaga era certa!2

-- Entre Senhor Jackson.-- Mas um vez à voz do grossa de Thompson fez as pernas
da negra tremeram feito gelatina..

-- Não é Senhor, e Senhorita. Se tivesse olhado para mim quando cheguei teria
notado-- Na mesma hora Thompson levantou o olhar para ter certeza do que tinha
acabado de ouvir aquela afronta, sem demoras avaliou minunciosamente o corpo da
mulher de curvas avantajadas diante de si, dentro de uma saia lápis cinza com uma
abertura na coxa deixando uma parte considerável a mostra, uma camiseta branca três
quartos malha fina tão colada que parecia fazer parte da sua pele, com um pequeno
Blazer preto por cima. Na boca tinha um batom vermelho fosco, o mais chamativo era
o cabelo que estava todo armado. Pela expressão que o Juiz fez nunca tinha visto algo
tão "vulgar" em toda sua vida! Jhon foi criado de maneira antiga, onde as mulheres de
respeito cobriam pelo menos setenta e cinco por cento do corpo. Mesmo assim não
conseguiu conter os olhos que desceram inexplicavelmente pelas curvas da jovem,
dando uma atenção especial para os enormes seios, os mais belos que tinha visto na
verdade. Depois notou a forma curvilínea da cintura da jovem era idêntica ao violão
que tinha desde a adolescência, as pernas eram grossas e firmes sustentadas em um
salto quinze também vermelho. Depois de sua análise minuciosa, Thompson percebeu
que a jovem negra não era atrevida apenas nas palavras, mas também nas roupas, a
denominando sem sobra de dúvidas ao grupo das "oferecidas" o tipo que mais lhe
causava repulsa, para não dizer nojo. Não sabia o "Homem da lei" que aquela era um
tipo diferenciado sim, mas a que os homens corriam atrás, é não ela. Tinha amor
próprio de mais para se rebaixar para alguém, sendo isso o que mais chamava a
atenção do sexo oposto.

--Bueno dias, desculpas my atraso para lá apresentacion, mas o trânsito estas una
loucura ... -- Proclamou de forma muito séria o Assessor do Juiz Alerrando González,
após chegar correndo para evitar a segunda guerra mundial, quando passou na
recepção e soube da presença da nova assistente ali veio correndo, estava ciente da
vinda dela pôs tinha visto o seu currículo e ficado muito impressionado com a
competência da jovem, o problema seria convercer o Juiz isso.1

-- Quem e essa González?..-- Perguntou com seu humor sério matinal, sabia muito
bem que o motivo do atraso do Assessor era outro bastante diferente, mas não se
disponha de um pingo de paciência no momento para discutir sobre o assunto com ele.
Além de trabalharem juntos eram amigos de longa data, Jhon como ninguém conhecia
a vida de farra que o Assessor levava, e não aprovava a postura mundana que o
mesmo adquiriu para si, sempre o aconselhou a arrumar uma mulher de respeito para
casar e gerar filhos. O problema era que ele preferia as mais safadas que assim como
ele não queria nada além de se divertir, e essa ideia de ter algo sério com alguém
passava bem longe da cabeça daquele espanhol mulherengo...

-- Hum, pelo jeito lá menina acordates de mal humor humor hoje...-- Alerrando Além de
ser dono de um charme enorme tipico dos Espanhóis, aquele Latino obtinha um senso
de humor inigualável. Thompson nada respondeu, estava nervoso demais com a
presença daquela criatura deplorável a sua frente.

--Eu sei falar, não precisa perguntar sobre mim para terceiros sendo que estou
presente . Meu nome é Yudi Jackson, sua nova assistente.
--E quem te iludiu com isso Senhorita Jackson?..--Jhon foi grosso fazendo Alerrando
encara-lo de forma séria, coisa muito rara se tratando do Latino.

-- Talvez a prova que passei com a diferença de trinta pontos do segundo colocado
Senhor.

--Não quero ela aqui González, mande-a para outro departamento.

--No podemos Jhon, la muchacha passou para essa vaga my amigo, es Lei no
pudemos fazer nada.--

-- Senhor, não sei qual o problema de trabalhar comigo. Mas se me ser uma chance,
prometo provar que realmente mereço a vaga..-Mesmo nervosa com a situação, não
abaixou o olhar em nenhum momento diante da postura firme dele, lhe encarava de
frente.-- Não faz ideia do que ja passei para chegar até aqui.-- Tinha o olhar longe,
como se estivesse lembrado de algum momento triste. Isso não passou despercebido
a ele, nada passava.

-- Eu entendo.-- Realmente entendia, mas ainda não queria ela lá.-- Pode ir assumir
essa função em outro departamento, creio que você não combina com esse setor. Vai
ter dificuldades em se adaptar.

-- Quanto a isso não se preocupe Vossa Exelencia. Sei porque sei ser educada com a
pessoa, mesmo não tendo simpatia por ela. Porém, quando são comigo também e
clar. Cada um tem o que merece de mim, sugiro não querer ver o meu lado ruim
porque o bom já não é grades coisas.-Ela falava calmamente, conseguia manter o
controle mesmo estando nervosa, mas por dentro chingava o homem da Lei de todos
palavrões possíveis. t

-- Primeiro, se a Senhorita não começar se referir a mim de maneira adequada como


seu superior, considere-se presa por desacato a autoridade. Segundo, suas vestes.-O
seu olhar detalhado para o corpo da mulher a sua frente contradizia a sua reprovação
em relação ao estilo da moça--. Não "combinam" com o seu novo local de trabalho, se
é o tipo que gosta de exibir enquanto trabalha, creio que está prestando serviços no
lugar errado. E sobre o seu cabelo prefiro nem comentar, apenas mantenha-o preso
por favor quando estiver aqui...

-- Não entendi o seu comentário sobre a minha roupa.-- Tinha entendido


perfeitamente.-- Mas, creio que elas não vão interferir de forma nenhuma no meu
trabalho afinal vou trabalhar com o meu cérebro e não com o meu corpo.-- Foi curta e
grossa.1

-- Santo Dios que mujer-- González exclamou olhando freneticamente de um para o


outro com o semblante divertido, estava amando o debate dos dois.

-- Se quer tanto a vaga fique. Como disse não posso te demitir por justa causa, mas
posso fazer você pedir para sair, não sou nem um mês para que isso aconteça.-- Se
fosse outra pessoa teria saído correndo de medo do olhar intimidador que o belo
homem lançou em sua direção.

-- Na minha vida sempre teve alguém querendo puxar o meu tapete, mas nunca
facilitei o trabalho delas. Por isso cheguei onde estou. -- Yudi sempre foi geniosa, tanto
que o pai a apelidou de furacão katrina quando pequena. Por outro lado era estudiosa,
fez vários cursos profissionalizantes oferecidos pelo governo e trabalhou em várias
empresas como secretaria e outras várias funções até mesmo de babá e empregada
doméstica para não passar fome, o sofrimento da vida a ensinou a ser forte e
principalmente não deixar ninguém humilhada de qualquer forma que fosse.
Principalmente pelo o seu jeito, já tinha sido demais por isso.--Agora se me der licença
vou no RH assinar os papéis da minha contratação.-Completou e saiu do Gabinete
sem pedir licença deixando dois homens de boca aberta com tanta prepotência em
uma só pessoa..

Capítulo.2
5.1K 629 142

de MarliaSillva Following

#Sem correção, Desculpas... �

O clima naquele Fórum nunca esteve tão fervoroso. Thompson por sua vez estava
empenhado em um trabalho árduo no objetivo de se livrar da nova Assistente o mais
rápido possível. Chegou no prédio antigo exatamente dez minutos antes das seis,
elegante como sempre, estacionou seu BMW modelo caríssimo na garagem escoltado
pelo seu pequeno exercito de homens de preto, pegou o elevador privado e apertou o
único botão que dava acesso ao Gabinete. Assim que a porta se abriu antes mesmo
do homem colocar os pés para fora o aroma amadeirado da sua loção pós barba
tomou conta do ambiente em questão de segundos. Ainda era muito cedo, pelo
silencio parecia ainda não ter chegado ninguém, Jhon por sua vez se orgulhou por
mais uma vez ser o primeiro a chegar no seu local de trabalho antes de todo mundo, já
dentro da sua sala colocou a maleta em cima da enorme mesa de vidro
impecavelmente limpa, fazendo uma varredura minuciosa com os olhos conferindo se
tudo estava no seu devido lugar. Vendo que sim, sentou-se na sua confortável cadeira
de couro preta. Começou antecipadamente revisar um relatório, antes mesmo de
terminar de ler o primeiro parágrafo sua atenção foi tomada pelo aroma delicioso de
café que emanava por toda sala, se tinha uma coisa que Jhon amava era tomar um
bem forte antes de começar o seu dia, não que já não tivesse tomado o dejejum em
casa, mas na opinião dele apenas pelo o cheiro aquele parecia estar esplêndido, não
poderia deixar de provar. Levantou apressado e foi a passos largos em direção ao
refeitório, não somente pela vontade de provar do café e claro, a curiosidade de saber
quem chegou tão cedo como ele também estava lhe consumindo por inteiro, isso
nunca acontecerá antes. Quando chegou na porta deu de cara com a sua nova
assistente entretida quebrado e cantarolando alguma coisa estranha em outra língua,
era óbvio que ela não sabia o idioma, mas mesmo assim cantava como se soubesse.
Era um funk brasileiro que ela tinha ouvido uma vez na rádio e se apaixonou pela
batida na mesma hora, abrindo o armário grudado na parede de azulejo preto para
pegar uma xícara que ficava guardado na porta de baixo, a pobre negra quando se
virou quase morreu de susto com o homem da Lei parado na porta...

-Gostou? Para não dizer que sou má, se quiser apertar um pouquinho eu deixo.-Disse
de forma abusada por conta da cara de bobo que Jhon a olhava, ele estava surpreso
de encontrar ela ali naquele horário.

-O que você disse?.-Ameaçou mais do que perguntou.

- Perguntei se gostou do meu Traseiro, já que o Senhor estava daí a admira-lo tanto ,
me olhando assim com essa cara de cão sem Dono me da até vontade de arrumar um
bichinho de estimação para "brincar".-Jackson era Mestre na arte de provocar, ainda
mais quando o seu alvo se tratava do tipo engomadinho a sua frente.8

-A Senhorita não parece ser o tipo de mulher que brinca com "bichinhos de
estimação".-Respondeu Thompson avaliando as vestes da moça que naquele dia
parecia ter escolhido aquele especialmente para irrita-lo. Vestia uma calça vermelha
de laica sem bolsos atrás tão justa que o Juiz pensou que se Deus era justo a roupa
dela era mais. Acompanhada de uma camiseta bege de alças finas balanços os seios
fartos sem surtia por baixo não despercebidos aos olhos acinzentados, as sandálias de
salto fino azul púrpura reluzente que davam para serem notadas a cem metros de
distância ou mais, fez Jhon se perguntar como alguém conseguia se equilibrar em
cima daquilo? De fato era muita vulgaridade para uma mulher só, concluiu por fim.2

-Então eu sou o tipo de mulher que brincar com o que Meritíssimo?.--O desafiou, era
incrível como aqueles dois não conseguiam conversar um com outro sem colocar um
segundo sentindo na frase, o abuso da irônica era brutalmente forte de ambas partes,
o clima que existia entre eles era quase palpável.

-Não faça pergunta na qual não irá gostar da resposta.--O Juiz pegou o recipiente
cheio do líquido fumegante em cima do balcão de mamore e tomou a xícara da mão
dela, voltou para o Gabinete sem dar satisfação ou agradecer pelo o que estava
levando com ele. Para piorar a situação de Yudi, a jovem teria que trabalhar ao lado da
Assistente do Gonzáles e da secretaria que tinha lhe tratado de forma inadequada
quando chegou ali. As duas moças ambas loiras, estavam tão bem vestidas sentadas
em suas mesas que pareciam estar em um desfile de moda, e não trabalhando.....
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-- Não sei porque o Juiz contratou você já que tenho certeza que conseguiria dar conta
de todos assuntos dele sozinha, era para essa vaga ser minha, mas como ele sempre
contratou homens para essa função nunca tive oportunidade nenhuma nem de tentar.

--Não teve ou não lutou por ela o suficiente? Pelo o que eu sei a prova por essa vaga
era aberta a todos, então não jogue em mim a sua frustação por não ter corrido atrás
do que queria quando pode.--Se a moça queria intimidar a novata tinha se dado muito
mal, porque Jackson nunca foi o tipo de levar desaforos para casa seja de quem
fosse.2

--Não pense que vai chegar aqui colocando as asinhas de fora porque isso não vai
acontecer sua oferecida, se não fosse de...--Pensou antes de falar para não cometer
um crime de racismo..-- Com traços afro-descendentes poderia jurar que pelo seu jeito
vulgar poderia ter usado uma forma que só mulheres do seu tipo usam para
conseguirem o que querem, mas duvido que um homem como o Juiz olharia para uma
do seu "Estilo" meu bem.- A secretaria do "Homem da Lei" proferiu tais absurdos de
uma forma abusiva, agora de pé Yudi notou que a mesma tinha uns sete centímetro a
mais do que ela, vestia uma saia lápis cinza a baixo do joelho, uma blusa social branca
bem engomada. O cabelos agora soltos em um perfeito corte Chanel, nos pés uma a
sandália caramelo com tranças dava um charme especial na parte lateral, a
maquiagem quase não tinha, se tinha estava muito bem feita para não ser notada.-Mas
já que está aqui, aquela lá e a sua mesa...--Completou com desdém. Assim que Yudi
abriu a boca para responder a altura, a porta do Gabinete se abriu revelando a imagem
galanteadora que somente aquele homem possuía. A criatura que antes tinha pura
arrogância mudou a expressão de azeda para simpática na mesma hora. Também não
tinha mulher que resistia tal cena, o Homem veio andando espalhando testosterona
por toda parte sem nem se dar ao trabalho de olhar para a oferecida, seus olhos
estavam ocupadas de mais fixo na negra...2

-Tenho uma reunião de extrema urgência com o Obama daqui a vinte minutos.--
Proferiu tal coisa conta tanta intimidade que por um momento Jackson pensou na
possibilidade dele estar se referindo a um amigo de infância e não ao Presidente dos
Estados Unidos.-- Sobre assuntos sigilosos em relação a segurança da Casa Branca.

-Sim senhor, vou preparar tudo que vamos precisar Meritíssimo e já estou indo.--A
mulher de cabelos dourados sem demoras começou a separar alguns papéis dentro de
uma pasta transparente localizada em cima da mesa.

-Não estou falando com você Amanda. Eu quero ela.--A voz grossa e a forma como
Jhon proclamou cada palavra à jovem negra se arrepiar por inteiro.

-- Mas Senhor ela chegou aqui praticamente agora, não deve nem fazer ideia de como
agir para satisfazer as suas necessidades perante a um momento inesperado.

-Duvido muito que não.-Novamente Thompson respondeu deixando a dúvida pairar no


ar sobre do que realmente estava se referindo, apesar que o seu olhar desafiador
encima da moça deixava bem evidente do que se tratava. Aquela situação lhe pareceu
perfeita para colocar a Assistente em uma saia justa, afinal não era qualquer um que
conseguiu manter a calma diante do Presidente, com ela não séria diferente. Queria
ver até onde ia a valentia dela tendo que se virar sozinha no meio de tanta gente
importante...
-Desculpe Senhor, mas não acho justo ela ocupar um lugar que é meu por direito.-A
mulher tinha o rosto tomado por um tom avermelhado por conta da raiva que não
estava fazendo nenhuma questão de esconder.

--Sua porque? Sendo que ficou em vigésimo lugar na prova, se prepare melhor e tente
da próxima vez.-- O homem da Lei foi firme como em tudo que dizia.

-Se faz tanta questão de ir querida, vai na fé e seja feliz.-Pela primeira vez ouviu-se a
voz de Yudi naquele recinto, era uma mulher esperta. Sabia muito bem que tinha muita
coisa atrás da vontade súbita na intenção do Juiz em querer levava com sigo,
realmente a entojada em dizer que ela era muito nova ali para acompanha-lo em uma
reunião tão importante vez do seu cão fiel de guarda. Se tratava de uma armadilha e
ela tinha completa noção disso.

-Quem decide quem vai ou não sou eu! Então sugiro que esteja pronta rápido
Senhorita Jackson, sairemos em menos de cinco minutos.

***

Os portões da Casa Branca se abriram para os carros da equipe do Juiz entrarem, ele
não deixou de reparar no semblante iluminado que se apossou do rosto da moça que
olhava cada detalhe do lugar encantada. Cavalheiro como era desceu primeiro e abriu
a porta para a nova Assistente, a mesma simplesmente passou para o outro lado do
Banco do carona e saiu, achou muito hipócrita da parte dele querer dar uma de bom
moço sendo que a trouxe ali com um plano maquiavélico em mente.1

-- Obrigada pela gentileza, mas não sou aleijada nem nada. Guarde suas boas
maneiras para aquelas que apreciam esse tipo de frescuras.
-- Yudi proferiu tais palavras carregadas de grosseria, isso era especialidade dela
quando o assunto era ele, passou rebolando com o seu traseiro enorme na frente dele
e da tropa de guarda costas que o acompanhava.
Thompson teve que contar até dez para conter a vontade que a de torcer o pescoço
daquela negra metida andando a sua frente segurando um monte de pastas como se
fosse a executiva do ano. Do outro lado do jardim tinha vários homens trabalhando na
construção de uma estufa para cultivar flores silvestres, quando viram aquele
monumento desfilando pela calçada, não aguentaram e tiverem que se manifestar
diante de tal maravilha ...1
-Ohhh lá em casa em...

-Que mulata gostosa..1

-Vou te dar um trato moreninha boa...

-Não sou fuso Horário morena, mas se quiser pode vir aqui fazer uma hora "extra"
comigo.2

Os homens gritavam sem nenhum pudor, Yudi desaforada como era ameaçou
responde-los na mesma hora, mas ficou paralisada assim que observou o Juiz
atravessado o Jardim ajeitando o terno de forma elegante deslizando logo após as
mãos para dentro do bolso sem se importar com a lama agarrando no seu sapato bem
engraxado na direção dos indivíduos...

26

-Primeiro ela não é "Mulata", "Moreninha" ou "Morena". Ela é Negra. Já ouviu falar
dessa raça? Para mim é a mais linda e autêntica que existe no mundo. Não vejo
motivo para ficarem inventando rótulos para se referir a cor da pele de uma pessoa,
seja ela branca, azul ou amarela, até porque o correto de chamar alguém é pelo nome
e não por apelidos supérfluos inventados por gente ignorante que não sabe distinguir a
diferença entre cor e raça. Sobre o termo "gostosa" ele só deve ser usado depois que
se prova alguma coisa, algo que nunca vai acontecer no caso de vocês meu amigo,
pelo menos não enquanto eu viver. Tenham um bom dia.-Mesmo contendo um peso
enorme em suas palavras, Jhon exclamou cada uma com muita leveza, sua extrema
educação não deixaria que o fizesse de outra forma. Os homens que antes falaram o
que queria não tiveram voz para responder nada para o Juiz, deixando assim o silencio
falar por eles o quanto estavam envergonhado por seus atos. Thompson passou pela
negra paralisada com um semblante confuso no rosto, se como se não tivesse feito
nada de mais. Para ele na verdade foi mesmo, pensava que aquilo era uma atitude
normal que qualquer homem de verdade tomaria. Já para Yudi aquilo lhe tocou de uma
forma massacrante, afinal ninguém nunca lhe defendeu daquela forma.2

-Obrigado.-Agradeceu a jovem assim que entrou na mansão, poderia ser muitas


coisas, mas ingrata não era uma delas. O Juiz a olhou de forma séria sem saber do
que a mesma estava a falar.
-Porque?.-Perguntou o Meretissimo realmente sem saber do que se tratava...

-Por ter me defendido com aqueles idiotas, o meu pai no seu lugar teria dito que sou
culpada por me vestir assim na intenção de provocar os homens.-Yudi parou de andar
pelo grande Salão de luxo e começou a fitar os pés sem coragem de encarar os belos
olhos azuis acinzentados, esse assunto a deixava um tanto que sensível.

-E é mesmo. Se quer respeito dos outros tem que ter uma postura descendente para
isso. O fato deu ter colocado aqueles Senhores no lugar deles não tira a sua grande
parcela de culpa no ocorrido, pelo jeito o seu genitor até tentou lhe ensinar a ser um
pessoa descente, uma pena que os esforços dele foram completamente em vão.--As
palavras do juiz entrou na jovem como uma espada de dois gumes, por um momento
pensou estar ouvindo alguns dos inúmeros discursos cruéis que o pai fazia sobre a
personalidade promíscua que segundo ela a filha tinha adquirido para si.7

-Já que pensa assim retiro o meu agradecimento, da próxima vez fique calado e deixe
que eu me defenda sozinha, tenho feito isso desde que me entendo por gente.--
Jackson depois de muito tempo sendo forte sentiu uma enorme vontade de chorar,
mas não o fez para não dar o gosto ao Thompson de ter a ferido.

***

Alerrando estava ignorando por completo a intrusa que tinha se apoderado da sua
sala, depois de muita briga acabou sendo obrigado a aceitar dividir o seu ambiente de
trabalho com a moça até que a dela estivesse pronta.

-Senhor Gonzáles sei que começamos com o pé esquerdo lá na boate, mas agora que
vamos trabalhar juntos pensei que poderíamos esquecer tudo o que passou e
começamos do zero o que acha?.-Incomodada com o clima pesado do ambiente
Solange tentou fazer as pazes com o amigo .

-Tu es una mujer metida e sem corácion sabia? No tem bom gosto para hombles e
nem es tão bela assim para ficar escolhendo com que queres ficar, também no gosto
de tu cabelo.-Mentiu, achava ela a mulher mais linda que já virá na vida, as tranças
então era um verdadeiro charme para ele-Agora si podemos esquecermos tudo que
passates e começarmos do zero muchacha.-O sínico disse lhe oferecendo a mão e o
melhor sorriso que tinha, se a cantora misteriosa não tivesse tão abobalhado
admirando o sorriso perfeito do Espanhol teria dado um soco bem dado bem no meio
daquele rosto bonito dele. Para não cometer uma loucura deixou o homem falando
sozinho e voltou a se sentar na mesa que foi improvisada do outro lado da sala
especialmente para ela, agora era a mesma que fazia questão de ignora-lo por
completo. Não demorou cinco minutos para o celular da advogada tocar para o Latino
atrevido quase cair da cadeira quando escutou Solange dizer "Alô amor".1

-O que este homble tem que yo no tenho Sol? .- A pobre mulher quase infartou a figura
do Espanhol se materializado bem a sua frente em uma fração de segundos com os
braços cruzados em cima do peito batendo o pé no piso liso freneticamente
demostrando o quanto estava nervoso.3

-Rafa depois eu te retorno pode ser querido?.-Solange desligou o aparelho, encostou


os cotovelos em cima da mesa e levou as mãos na cabeça fechando os olhos
respirando bem fundo na intenção de se acalmar um pouco.

-Uhh querido my carinho? Pelo jeito este homble es muy importante para ti no es Sol.-
Ele parecia uma criança birrenta falando.

-Primeiro, quem me chama de Sol são as pessoas próximas a mim, no seu caso
Senhorita Medeiros está ótimo. Quanto a sua pergunta não vejo o porque ficar falando
sobre o que o Rafael tem ou não melhor do que você.-Solange perdeu a paciência
ficando de pé apontando o dedo bem na cara dele, o que não o intimidou em nada pois
a negra era baixa diante de um homem alto e másculo como ele.

-Tu fica tão gostosa assim nervosa my carinho que até esqueço lá mujer insuportável
que tu es my amor.-Alerrando puxou a mulher pela cintura apertado ela contra a mesa,
Solange não conseguia mais ter controle do seu corpo que tremia sem parar nos
braços dele, o Espanhol tinha um pegada forte. Isso a negra não poderia negar.

-Me..Solta..Cretino.-Nem pela voz ela tinha mais controle, não conseguia pronunciar
uma palavra sem gaguejar.

-No precisa dizeres o que este Rafaer es mejor do que yo carinho, seja lá o que for vou
mostrar para ti que puesso ser muy mejor que ele my amor.-A boca dele estava tão
próxima a dela que podia sentir calor do hálito fresco de menta dele tocar no seu rosto.

-Duvido, o que ele significa na minha vida você nunca vai conseguir superar
Gonzáles.-- Dentro dos olhos de Sol trazia uma dor enorme, mas despercebida pela
falta de sensibilidade de Alerrando.2
-E o que veremos Carinho, no entro em una briga para perder.-Ele falava cada palavra
depositando beijos pelo pescoço da moça..

-Desista. Você não tem chance contra ele.-Solange lutou contra a força da atração
evidente entre os dois se soltando dos braços dele e saiu correndo mas não de ouvir
uma última provocação do Latino.

-Essa já está ganha my amor.-Gritou Gonzáles alto o suficiente para a moça escutar,
sempre gostou de um desafio, agora que o seu orgulho tinha sido ferido não iria parar
até provar que é capaz de conseguir o que quiser, ainda mais agora depois de senti-la
tão próxima a si aumentou ainda mais a vontade louca de dividir sua cama com aquela
Deusa de Ébano.

Capítulo . 3
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de MarliaSillva Following

Lado Obscuro...

—Vamos...

Ordenou Thompson sem paciência andando passos largos pelos corredores da Casa
Branca, Jackson estava quase correndo para conseguir acompanhar o homem.
Quando chegaram na sala ampla, onde eram tratados apenas assuntos sigilosos do
Presidente, todos convidados estavam mais do que ansiosos com a chegada do Juiz
do que a do próprio Presidente. Também não poderia esperar uma reação diferente
deles já que os criminosos mais perigosos do país tinham sido pego pelo homem, os
presentes ali o viam como uma espécie de ídolo, para não dizer Deus. A sala era
enorme com uma mesa de madeira gigantesca bem no centro, cheia de cadeiras
acolchoadas com tecido vermelho aveludado imitando o modelo da realeza da época
Medieval, na última da ponta a direita se encontrava Obama sentado de forma
elegante, atrás do chefe de Estado tinha um mastro com a Bandeira dos Estados
Unidos. Todos ficaram de pé para receber o Juiz, que apareceu caminhando com
sua postura máscula, trazendo com sigo o seu típico humor sério matinal,
cumprimentando todos com um leve aceno de cabeça, já a sua Assistente veio
desfilando como uma modelo de propaganda de creme dental, distribuindo sorrisos
para cada um presente naquele recinto, era simpática de mais. Não sabia ser de outra
forma. O Chefe evitava olhar para ela para não se irritar mais do que já estava.1

—Bom dia... – Exclamou com prosápia como se ninguém ali soubesse quem ele era.
A voz imponente do Juiz prendeu a atenção de todos como a força de um imã, isso
apenas com um simples cumprimento, algo normal se tratando de Thompson. O que
era para ser uma simples reunião parecia mais um encontro dos chefes de segurança
máxima, tinham Policiais trajando todo tipo de farda, fora os homens de terno preto e
óculos escuros que fizeram a língua da Yudi coçar de vontade de perguntar se eram
do C.S.I Miami sua série favorita.3

—Olá Jhon, como vai meu amigo? Já faz um tempinho que não saímos para pescar.

—Temos que marcar o quanto antes amigo, porque não me recuperei da última vez
quando você pescou três vezes mais do que eu..—Desde o dia que conheceu o Juiz,
aquela foi a primeira vez que a Assistente o viu conversando tão introsadamente, a
jovem não soube decifrar se tal imagem era humano ou celestial. O rosto quadriculado
com covinhas reluzentes quando sorria eram perfeitas, dando lhe um eterno ar jovial.
Os cílios longos davam ainda mais beleza ao par de olhos acinzentados, os dentes
eram incrivelmente brancos como um dia de neve no natal, muito bem alinhados pela
própria natureza. Não somente a jovem como as outras poucas mulheres presentes
no local estavam abobalhadas com a beleza do Homem da Lei. Jhon sentou ao lado
do Presidente, sua assistente se acomodou bem ao lado dele com os ouvidos atentos
para não deixar de anotar uma vírgula que fosse.

— Bom o motivo desta reunião..—Obama começou a falar com o semblante fechado,


sinal que o assunto era mais do que sério...—Se refere as notícias que vem estapando
as capas dos jornais nos últimos dias, sobre os jovens mortos pelos policias sem
motivo algum, este é um problema muito grave. Diante de grande calamidade em
questão, eu mesmo faço questão de resolver pessoalmente esse assunto..-- Afirmou
o presidente dos EUA, Barack Obama, ao comentar, de Varsóvia, os dois assassinatos
de negros por policiais em menos de vinte e quatro horas, nos estados de Louisiana e
Minnesota. A secular tensão racial americana ganhou novos contornos com a
tecnologia: os dois casos foram filmados e, o último, transmitido ao vivo pelo
Facebook, gerando uma onda de protestos em todo o país. Obama pediu que as
polícias locais implementem as reformas sugeridas por uma força-tarefa no ano
passado, após outros casos semelhantes.
— Estes não são incidentes isolados, são sintomáticos de um conjunto mais amplo de
disparidades raciais em nosso sistema criminal — Afirmou Obama, que viajou à
Europa para a cúpula da Otan, afirmando que casos como estes têm se repetido
muitas vezes. — Todos nós, como americanos, devemos ficar perturbados por estes
tiros.
Protestos ocorreram em todos os EUA. Em grandes cidades, como Nova York e
Chicago, grandes marchas chegaram a parar trechos importantes das cidades no
início da noite desta quinta-feira. Obama reforçou o pedido de reforma nas polícias.
— Se destas tragédias pode sair algo de bom, minha esperança reside em que as
comunidades espalhadas pelo país digam: “Como aplicar estas recomendações?” —
ressaltou o presidente. — Algumas jurisdições adotaram estas recomendações. Muitas
não o fizeram.
Outras autoridades também apontaram o caráter racial nas mortes. O governador de
Minnesota, Mark Dayton, foi direto sobre uma das mortes, na cidade de Falcon
Heights, em seu estado:
— Será que teria acontecido se o motorista fosse branco, se os passageiros fossem
brancos? Eu acho que não — afirmou em entrevista coletiva no local do crime.
A morte em Falcon Heights gerou ainda mais comoção do que a ocorrida na Louisiana,
no dia anterior, por ter sido transmitida ao vivo pelo Facebook. O vídeo já foi visto por
mais de 4,2 milhões de pessoas, que assistiram aos minutos finais da vida de Philando
Castile, de trinta e dois anos, na gravação feita pela namorada, Diamond Reynolds. A
filmagem começa quando Castile já havia sido alvejado com quatro tiros. De acordo
com ela, a polícia parou o carro numa blitz por causa de uma lanterna que não
funcionava. Segundo relato da namorada, a vítima afirmara que tinha uma arma e
porte para carregá-la, e se virou para trás para pegar documentos. Então, conta, o
policial atirou nele: é possível ver o agente com a arma na mão, dizendo:
— Eu disse para você manter as mãos levantadas e não se movimentar!
A impressionante serenidade de Diamond no vídeo passa ao desespero quando ela
percebe o namorado morto. A filha de quatro anos, no banco de trás, a consola:
— Mamãe, está tudo bem. Está tudo bem: estou aqui com você.3
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Em entrevista à CNN, a mãe Dr Castile, Valerie, disse que seu filho foi vítima de uma
guerra silenciosa contra negros e que ele “viveu pela lei e morreu pela lei”:
— Nunca imaginei que perderia meu filho por aqueles que deveriam protegê-lo. --A
mãe proferiu entre lágrimas.

O incidente ocorreu apenas um dia depois da morte de Alton Sterling, de trinta e sete
anos, morto a tiros pela polícia durante um incidente em Baton Rouge, na Louisiana.
Ele vendia CDs piratas na porta de uma loja de conveniências quando foi abordado,
imobilizado e baleado quatro vezes à queima-roupa, desatando protestos em mais um
caso de suposta violência policial no país. Segundo o chefe de polícia de Louisiana,
Sterling estava armado, mas as circunstâncias do incidente ainda não estão claras.
O FBI (a polícia federal americana) foi chamado para investigar os dois casos.
Autoridades e especialistas em questões raciais dos EUA, contudo, temem que ocorra
mais impunidade. Outros afirmam que pode haver, junto com a nova onda de protestos
pelo país, repressões violentas em alguns locais, como ocorreu após a morte de
Michael Brown, em agosto de 2014, na cidade de Ferguson, no Missouri.
— O problema racial é o mesmo, fazemos há décadas relatórios sobre isso. A
novidade agora é o vídeo, a tecnologia ajudando a mostrar como são, muitas vezes,
covardes estas mortes — afirmou ao GLOBO Antonio Ginatta, diretor do Programa
para os EUA da Human Rights Watch. — E apesar de Obama ter sempre falado deste
problema, a solução depende, basicamente, de governos locais, que precisam treinar
melhor e investigar melhor suas polícias.
O jornal “Washington Post” informou que 505 pessoas já foram mortas pela polícia dos
EUA em 2016, alta de 6% sobre o mesmo período de 2015: 27% das mortes eram de
negros, que são 13% da população do país. Mas há uma mudança: se ano passado,
só 14% das ações policiais que resultaram em mortes foram filmadas, em 2016 o
percentual sobe a 21%. E ainda colocou em destaque a frase de um mãe em luto, que
deve a perde do filho nessa mesma circunstância lamentável.

“Ele era apenas um negro no lugar errado.” –Diz mãe do homem morto pelos Polícias
no EUA.

—Devido a tantos casos vindo tristemente se repetindo resolvi fazer essa reunião em
carácter de urgência com vocês, para pedir que treinem os seus homens de forma
adequada para que tais absurdos não voltem a acontecer..—Obama dessa vez não
tinha simpatia no rosto, sua expressão de pura perplexidade diante do assunto,
fazendo um aceno para que o Juiz assumisse dali.

—E que fique bem claro que estou criando uma Lei em parceria com o Presidente para
punir não somente o Policial que cometeu o crime, mas também com pena igual ou
maior para o seu superior. Ética no trabalho, isso é algo profundamente necessário
para um ambiente saudável. Mesmo que não e existisse uma Lei formalmente definida
para isso, em geral existe um conjunto de aspectos que são considerados como "bom
senso", fato essencial que significa, muitas vezes renunciar a oportunidades de se
obter dinheiro, status e benefícios....
Se os seus princípios e valores estiverem ajustados de maneira correta dentro de si, a
decisão ética será sempre a correta..-- Yudi ficou encantada de ver Homem da Lei
atuando, a forma seria e mandona como sua voz saia parecia um ordem e não um
discurso...-- Podendo assim reduzir os conflitos facilitar o trabalho principalmente de
vocês Polícias que são pagos para proteger as pessoas, e não mata-las. Isso de
darem a mesma desculpa que “se confundiram” porque a maioria dos bandidos são
negros e um verdadeiro absurdo e tem que ter um fim....—Thompson disse curto e
grosso, fitando cada homem sentado naquela mesa com um olhar que dizia...

“Estou de olho em cada um de vocês..”

O Chefe da Polícia onde os dois jovens negros foram mortos a dois dias chegou a
engolir em seco com medo do Juiz, pensando se essa tal lei já estaria ou não em vigor
no julgamento dos seus homens, o que ele não sabia era que o nome dele já estava
no tribunal a muito tempo. Jhon realmente era bom no que fazia.

—Na verdade a Maioria é Sim..—Yudi pensou alto enquanto escrevia distraidamente


alguma coisa no seu bloco de notas com uma caneta nada discreta, com uma
bonequinha da Marie Morrou levantando a Barra do vestido e os peitos quase voando
para fora do decote fazendo cara de safada, bem na ponta...

—O que a Senhorita disse?..—Perguntou o Presidente para jovem, chamando a


atenção de todos os olhares que estavam nele agora sobre ela. Principalmente o do
Juiz que estava em um tom avermelhado por conta da enorme raiva que estava
sentindo em saber que a única opinião contra sobre o que acabará de dizer era a da
próprio Assistente dele ...
—Fique a vontade para dizer o que quiser querida, não é Jhon?..—Disse a Primeira
Dama chegando ao recinto apressada, trajando um vestido azul escuro, se sentando
ao lado esquerda de Barak, mas não antes de dar um beijo no rosto do rabugento
antigo amigo da família, e um leve selinho nos lábios do marido. --Desculpem o
atraso..-- Boa companheira que era Michele fazia questão de acompanhar o marido
em todas reuniões, vivida como ela era notou imediatamente a forma repressiva que
Jhon olhava para a Assistente. Yudi quase desmaiou na frente de todos, via sempre a
Primeira Dama em revistas e progamas de Tv,
tinha a mesma com um verdadeiro exemplo de mulher. Na fotos a achava linda, mas
de perto achou ainda mais..2

—Então Senhor Presidente, eu disse que de fato a maioria dos bandidos espalhados
por ai são negros. Cresci na Periferia e entendo bem do que estou falando, sabe
porque tantos dos nossos irmãos estão nessa vida? A resposta é a falta de
oportunidade de emprego, não adianta o Senhor ensinar os Policiais a trabalhar da
forma adequada se o número de criminosos na Rua continuarem enormes do jeito que
estão, o certo implantar mais oportunidades de trabalho nos Bairros mais carentes. E
fácil julgar um bandido quando não se sabe o que o criminoso está passando em casa,
deve ser horrível ver os filhos chorando pedindo comida e não ter nada para dar,
muitos estão nessa vida porque gostam, eu sei. Porém, tem aqueles que apenas
desistiram de serem honesto depois de ouvirem tanto “Não”, a fome pode deixar uma
pessoa em desespero Senhor..—Jackson abaixou o olhar, pois a lembrança de que
um dia passou por aquilo veio em cheio a sua mente. Thompson como bom
observador notou a mudança nas feições da moça, a forma pesada do seu respirar so
fez ter certeza que aquelas palavras bonitas escondiam muito mais coisas do que a
jovem deixou transparecer para todos,menos para ele...—Também seria legal as
escolas adquirisse uma forma diferenciada dos professores ensinarem para as
crianças que elas não descendem de escravos, mas sim de pessoas que foram
escravizadas, o que é bastante diferente se todos pararem para pensar.—Nesse
momento não se ouviu se quer o barulho da respiração de ninguém na mesa, a
atenção de cada uma estava voltada para o que a jovem dizia..—Chega de contar
apenas a parte humilhante da história o Senhor não Presidente? Bom eu acho...—
Jackson falava com uma naturalidade tão grande que parecia estar apenas os dois ali
em uma conversa casual, e não com o homem mais importante do mundo. Obama por
sua vez estava embasbacado com cada palavra que saía da boca moça, que apesar
da simplicidade sabia muito bem sobre o que estava falando, e como um quebra
cabeça ele foi montado com peças que ele vinha juntando a muito tempo através do
que ouvirá..—As pessoas nos vê de forma inferior porque aprenderam assim, pensam
que podem fazer o que quiserem com a gente porque temos menos valor do que eles.
Não é justo alguém te julgar pela quantidade de melanina presente na sua pele ou pelo
tamanho das vestes que cobre o seu corpo, sou mulher e mereço ser respeitada
independente da parte do meu corpo que esteja a mostra ou não. O problema da
sociedade é se vender barato de mais por aquilo que os olhos podem ver, sendo que o
essencial Deus fez questão de esconder em um lugar onde apenas as pessoas boas
de verdade consegue enxergar. Não adianta dar uma bíblia para o preso na cadeia se
quando era pequeno ninguém lhe ensinou como rezar. Essa nova Lei pode até ajudar,
mas não resolverá o problema. Afinal não vão matar por medo e não porque acreditam
que é errado...4

—Seguranças tirem essa mulher daqui..—Exclamou a Primeira Dama fingindo


indignação..—Antes que eu morra de tanta inveja diante de uma mulher incrível e
autêntica como essa, você e poderosa e lacradora minha filha. Que não tem medo de
falar o que pensa, veste do jeito que se sente bem e não esta nem ai para nada nem
ninguém. Acabou de dar a melhor uma aula cidadania o que o e Presidente poderia ter
na vida e uma boa lição de moral para muitos presentes aqui, você minha jovem es o
ser mais autêntico que conheço na minha vida, sua coragem de ser você mesmo não
só encantou a mim como a todos presentes..-- A Mulher do Presidente olhou para o
Juiz que fingia estar imerse ao assunto...-- Será uma honra se alguma das minhas
filhas terem a metade da sua força de vontade algum dia. Você apenas com essas
simples palavras me fez sentir orgulho de ser mulher, principalmente de fazer parte da
Raça negra..—Completou Michele com os olhos marejados de lágrimas indo em
direção a jovem para abraça-la.14

—Seu pai deve sentir orgulho de você..—Proferiu Obama..

—Na verdade não.—A jovem tinha um sorriso triste nos lábios e os olhos voltados
para o chão novamente, mas preciso na direção dos pés, era assim quando ficava
envergonhada com alguma coisa desde quando era criança. Thompson percebeu mais
uma vez que Yudi não estava bem, apesar de pouco tempo juntos ele estava começa
a pegar os pequenos trejeitos de Jackson.
—Não vejo o porque não se orgulhar de uma Filha como você..— Comentou Barak de
forma sincera..

—E que ele está ocupado de mais julgando o que sou por fora, em vez de enxergar o
que realmente carrego por dentro..—A Assistente proferiu tais palavras com o olhar
fixo aos do chefe, os dois sabiam muito bem que as palavras dela foram mais para ele
do para o próprio genitor.

—Sinto muito queria...—Michele havia gostado tanto da jovem que ainda estava
abraçada com ela..

—Tudo bem, já estou acostumada a lidar com esse tipo de gente...

Depois do Show dado pela Yudi, a Primeira Dama esperta como si só pediu para a
mesma para sentar do Marido, queria que ele pedisse a opinião de Jackson sobre
todo assunto que surgissem em pauta, ela como na primeira vez arrasa em cada
respostas..

--Você está anotando tudo que a Senhorita Jackson está falando Mateus?..--
Perguntou Barak ao seu secretário, um jovem branco alto de cabelos cumpridos, os
olhos eram cor de folha seca, um verdadeiro charme.

--Claro Senhor, estou prestando atenção em cada vírgula que sai dos belos lábios da
Yudi..--Disse o secretário de frete para Jackson, de uma forma visivelmente
interessando nela. O olhar dele era dividido hora na tela do seu notebook, hora nos
olhos negros da moça. Thompson mesmo disfarçando bem estava a ponto de chamar
a atenção do pobre rapaz por ter tido a ousadia de chamar a Assistente pelo primeiro
nome.

--Tenho certeza que está, você parece ser muito inteligente.. Matheus.—Respondeu
Jackson simpaticamente sorrindo meio sem jeito para o secretário, ela passava a mão
pelo cabelo volumoso mostrando o quando estava nervosa com os olhares descarado
dele em sua direção.

—Você veio aqui para trabalhar, e não para ficar de conversinha com outros. Então se
coloque no seu lugar antes que eu perca o pouco de paciência que ainda me resta
com você Senhorita Jackson.-- Ser grosso não fazia parte do feitio de Jhon, mas a
conversa cheia de segundas intenções dos dois o irritou profundamente.7
--Tudo bem Yudi, depois a gente marca alguma coisa fora do seu horário de trabalho..-
-A Piscadela que o Secretário fez para ela ao proferir tais palavras ocasionou em uma
guerra interna dentro do Juiz, era um rebuliço tão grande se formando dentro de si que
estava a ponto de explodir...

--Será um prazer Matheus..-- O homem da Lei reparou pela primeira vez como o
sorriso da negra era lindo, também ela não costumava sorrir quando estava perto dele,
ou melhor para ele na verdade. ..2

--Sua Assistente vai longe Jhon, ela é muito inteligente e extrovertida..-- Michelle
comentou animadamente no final da reunião..

-- Bastante..-- Respondeu desatentamente segurando um copo de whisky francês que


levava a boca de forma natural como se fosse um suco de laranja, olhando
incomodado a conversa animada de Yudi com o novo “amigo”...

--E a sua noiva Suzana como vai?. .

--Deve estar bem..--Respondeu sem paciência, não estava a fim de papo no


momento..

--Você está se sentindo bem Jhon? Parece que esta suando Querido, o engraçado e
que aqui nem está quente, na verdade estou até com um pouco de frio..3

--Esse calor que estou sentindo pode ter certeza que não é por conta do clima
Querida..— Comentou Obama dando um beijo no lábios da esposa notando o motivo
da raiva do amigo. Pela primeira vez depois de anos conseguindo manter adormecido
dentro de si um lado sombrio, Thompson começava a mostrar vestígios que ele estava
voltando a tona com tudo, misteriosamente depois da chegada de Yudi em sua vida.

--Quer um pouco de água meu bem?.-- Micheli estava realmente preocupada com o
homem, que cada vez suava mais é mais, principalmente as mãos.

--Não. Obrigado Micheli, apenas me faça o favor de dizer para a Senhorita Jackson
que estou esperando ela no carro, Agora..

***
—Parabéns Senhorita Jackson, sua presença foi muito útil na reunião de hoje.— Ja de
volta para o Fórum Jhon mesmo ainda irritado sem nem saber ao certo o motivo, não
pode deixar de elogiar a Assistente. Ate pensou em ter dizer mais coisas que caberia
perfeitamente no momento, como esperta, ágil, irritantemente maravilhosa em cada
palavra falava. Porém, preferiu guardar essa parte apenas para ele, se Deus com todo
sua soberania não tinha dado asas a cobra, não séria ele um mero mortal que faria tal
façanha. Sem elogios aquela mulher já era insuperável na opinião dele, elogiada então
ninguém aguentaria ficar perto dela. Meneou um meio sorriso de lado e balançou a
cabeça de forma negativamente se perguntado o porque estava pensando aquelas
coisas sendo que tinha outras muitos mais importante para pensar como o caso do
Noem Said.1

—Obrigada..—Respondeu apenas olhando a paisagem pela janela do carro, ainda


estava chateada de mais com as palavras que ele disse para ela na Casa Branca..
Depois que voltaram para o Fórum não se viram mais o resto do dia todo. Na hora de
ir embora Gonzáles entrou emburrado no elevador na companhia do amigo, ele
sempre andava sorrindo, mas depois da chegada de uma negra chamada Solange em
sua vida, o seu mal humor apareceu de uma hora para outra.

—Você está bem González?.—Thompson não estava acostumado a ver Alerrando


sério daquele jeito..

—Yo no estou, e lá culpa es toda sua caro amigo...

—Porque você não me culpa também porque a mocinha das novela das nove não quer
ficar com o Galã..—Jhon até tentou fazer uma piada, mas por mais boa que fosse não
teria muita graça, o Mestre em fazer graça era Alerrando..

—Tu Também assistes lá novela das noves Jhon? Pensei que era só yo, tu achas
quem foi o assassino de lá Samanthita? Si ben que aquela mojer mereceu morrer no
capítulo de ontem..—O Juiz teve que fechar os olhos e respirar fundo para não fazer
uma loucura com o Espanhol, odiava televisão, principal as novelas. Achava tudo uma
perca de tempo, a única coisa que costumava assistir muito contra gosto as vezes era
o Telejornal para ficar por dentro das notícias.4

—Ei segura ai para gente..—Assim que a porta do elevador estava acabando de


fechar Yudi apareceu correndo com a Solange para entrar, as duas tinhas se tornados
amigas assim que se viram. Praticamente como duas irmãs, principalmente porque era
as únicas mulheres negras trabalhando naquele andar...

--Obrigada Meretissimo..--Yudi falava a palavra de um jeito que a sua voz sedutora


causava sentimentos ocultos criarem vida dentro do Juiz, era como se existisse um
vulcão pronto para entrar em erupção a qualquer momento.

--Sol o que acha de sairmos esse final de semana para dançar?..-- Yudi tentou
quebrar o Silêncio que emanava dentro daquele lugar que estava apertado de mais
para os quatro, o clima era tão palpável que poderia cortar com uma faca.

--Não sei nega, o Rafael me chamou para ir passear no Parque sábado, não consigo
dizer não para ele.

-- Yo espero que chova neste finar de semana..-- Bastou o Latino ouvir o nome do seu
mistério rival para se manifestar. O elevador parou entrando um advogado da
Defensoria Pública desejando Boa tarde a todos com um enorme sorriso no rosto,
oferecido principalmente para as moças.2

--Está bom amiga, mas quando o Rafael te der uma folga vamos sair sim, estou louca
para te ver cantando..

--Nossa que legal, uma famosa entre nos. Se me chamarem no dia eu vou também..--
O estranho entrou na conversa sem ser convidado, a simpatia exagerada do mesmo
estava deixando os dois amigos impacientes, a sorte foi que logo chegou no primeiro
andar onde as jovens desceriam, pois Gonzáles estava a ponto de quebrar o pescoço
do homem caso o mesmo olhasse para Solange novamente..1

--Quem sabe um dia amigo..--Respondeu Solange antes de sair do Elevador


acompanhada logo em seguida pela Yudi.

—Se sorrir novamente dessa forma para elas..—Thompson que tinha o olhar fixo para
a porta grossa de aço que tinha acado de se fechar, agora estava com as grandes
esferas azuis voltadas de forma ameaçadora para o homem assustado a sua frente de
aproximadamente dez sentimentos a menos do que ele, trajando uma roupa social,
porém jovial...— Principalme a de calça vermelha, darei um sumiço tão bem dado em
você que nem a sua mãe lembrará que um dia teve um filho...—O homem que antes
tinha um sorriso galanteador no rosto, no mesmo momento apertou o botão várias
vezes seguidas para descer dois andares antes do seu de tanto medo que ficou, não
das palavras do Juiz, mas sim da forma sombria que ele as dissera. Thompson era um
homem bom, porém quando queria parecer mal era melhor ainda.10

—E no penses em dar uno de esperto muchacho, por que soy capaz de achartes tu
até no inferno...—Completou González antes do homem sair correndo...

Bônus
4.2K 635 128

de MarliaSillva Following

Em agradecimento aos 15k mais o monte de comentários no último capitulo, vai


aqui um bônus com a chegada de um dos personagens mais importante na
história..❤

—Sol que climão foi aquele com você e o Espanhol dentro do Elevador? — Jackson
estava sentada toda jogada no banco do ponto de ônibus, a cabeça estava apoiada no
ombro da Advogada, Yudi custava fazer um amigo, mas quando fazia era para vida
toda. Naquele dia caia uma garoa fina, a noite estava começando a chegar trazendo
com ela um ar gélido.

—Nada amiga, é apenas impressão sua. — Mentiu, sabia muito bem que mesmo não
querendo assumir entre os dois existia uma química gigantesca. Sol estava com o
pensamento longe, na Maioria das vezes em Rafael. “Nunca ninguém no mundo
conseguira chegar nem perto do amor que sentia pelo Rafa” afinal o que existia entre
os dois era especial de mais, sempre foi desde que ele nasceu, ainda mais quando o
médico deu diagnóstico de autismo ao irmão, hoje aos dezesseis anos Louys Rafael
tem a mentalidade de uma criança de cinco anos, vive em mundo cheios de cores e
animais que criou em sua mente, um lugar onde ninguém entra além dele. Solange até
tentou se aproximar desse lugar mágico, mas nunca conseguiu chegar nem perto...2

—Mas que ele é um gostoso, isso o Latino é My carinho. Não agüento quanto ele te
chama desse jeito nega. — A risada da Yudi despertou os pensamentos da amiga.
—Você acha?Eu nem reparei. — A Advogada levantou apressada virando o rosto na
tentativa de esconder a mentira que estava escancarada ali, o vento balançava o fino
pano do vestido longo de seda da moça, era branco com flores roxa, as mangas eram
tão longas que davam para tampar toda manga. As traças traziam em um coque alto
deixando bem a mostra à bela maquiagem, ela gostava de realçar os olhos que com
sombra de todas as cores, do jeito que Rafael gostava.1

—O Juiz também não está nada mal Jackson, não é mesmo?—Desafiou a colega que
estava a tremer de frio toda encolhida no banco, esse é o preço a se pagar por gostar
de andar sempre com roupas mais frescas.

—Nunca vi homem mais gostoso na minha vida, isso é um fato. Mas aquela carinha
dele me engana não Fia, deve atravessar a rua sem olhar para lados. Tenho certeza
que aquela coca cola não tem gás nenhum na hora do quente. Cara aquele jeito dele
todo engomadinho me irrita, minha vontade e mandar ele se ferrar.1

—Yudi olha a boca, tem criança aqui.— A Advogada tentou tampar evitar da amiga
falar de mais, mas já era tarde. A nova assistente do Juiz olhou para o garoto de
aproximadamente dez anos sentado na outra ponta do banco com o cão do lado,
vestia uma calça de tecido surrada preta e uma blusa de manga curta azul, os olhos
eram claros, a pele era branquinha cabelos lisos e um sorriso encantador, na
companhia dele tinha um cão todo peludo na cor de mel, notava-se de longe que o
bicho era de raça. Jackson perguntou para si mesmo, o que uma criança estava
fazendo sozinha com o cachorro naquela rua tão perigosa à noite no meio da chuva.

—Amiga meu ônibus chegou, bom descanso. Até amanhã é fica com Deus. —
Solange morava um bairro de classe média, não era rica, apenas vivia tranquilamente
com o que ganhava. Diferente da Yudi que morava no coração da Periferia, Beijou o
rosto da amiga e deu tchau para o garotinho, a advogada adorava crianças. Jackson
sentou novamente ouvindo sua barriga reclamar de fome, tirou um sanduíche da bolsa
que tinha trago escondido da Casa branca e levou com vontade em direção a boca,
assim que iria morder reparou o menino lhe obsevava aparentando estar faminto,
chegava até salivar.
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—Pega. —Proclamou resmungando a negra ao entregar o sanduiche para o garoto.

—Obrigado... —Agradeceu de coração o rapazinho que depositou de forma carinhosa


um beijo no rosto de Jackson, o que a fez sentir estranha, pós não estava habituada
com esse tipo de gentileza....
-- Não precisa agradecer garoto, nem estava com fome mesmo. — Deu de ombros,
mas a verdade era que a sua barriga estava roncando de tão vazia, a última vez que
comeu alguma coisa naquele dia foi no Coquetel na Casa Branca. Tinha-se uma coisa
que aquela mulher sempre carregava consigo era fome.

-Eu aceito de bom grado moça, porém apenas a metade. Não é justo a Senhora ficar
com fome para alimentar outra pessoa com a sua própria comida, mesmo estando
faminto não posso admitir que algo assim aconteça. Seria muita hipocrisia da minha
parte...5

-- Você tem dez ou quarenta anos garoto? Para falar tão bem assim deve ser a
segunda opção... -- Realmente o garoto tinha uma mente brilhante, falava de uma
forma enigmática e ao mesmo tempo fácil de entender. Esse conhecimento eram
vestígios da boa educação que teve no passado.

-- A sabedoria de uma pessoa não se mede pelos anos vividos por ela, mas sim
através da forma como se esforça para estar sempre adquirindo conhecimento. Sabe
qual é a diferença de um homem sábio para um tolo. O sábio vive sempre em um ciclo
buscando conhecer sempre coisas novas, já o tolo é aquele que pensa saber tudo,
criando um ego tão grande dentro de si, que não deixava ver nada nem ninguém além
dele mesmo. — Dono de uma vasta sabedoria, o pequeno trazia escondido
consingo marcas no corpo e principalmente na alma. O garoto era de uma família
tradicional dos Estados Unidos, moravam em um Bairro nobre em uma casa
carregada de luxo e conforto. Perdeu a família em acidente carro, sendo assim
obrigado a morar com o Tio. Além de ter que superar a morte dos pais, aconteceu
coisas horríveis do tipo que nenhuma criança deveria passar...

-- Qual é o seu nome moleque?

-- Maxmilian, ao seu dispor mademoiselle. — Colocou as mãos para trás e curvou o


corpo como um verdadeiro cavaleiro.

-- E o Don Juan ai não tem sobrenome? — Jackson não gostava de crianças, mas a
conversa ocasional com aquela estava lhe parecendo um tanto interessante.

-- Não Mais, ele ficou no passado junto com muitas outras coisas ruins... -- Pela
primeira vez o menino mostrou um lado obscuro, o que deixou a negra bastante
preocupada. A jovem poderia ter uma personalidade forte por fora, mas por dentro
habitava um coração mole, ela só não sabia demonstrar...

-- Você mora aqui perto?

-- Sim, eu e o Luck.

-- E como veio parar aqui Max, Cadê sua família?. -- O pequeno sorriu com a forma
carinhosa que a disse moça o seu nome abreviadamente...

-- Não tenho ninguém além do Luck.

Era incrível como Max mudava o semblante quanto o assunto era sua família, era uma
dor tão grande que os olhos dele enchiam de lágrimas voluntariamente. Então Jackson
percebeu que ela não era a única ali que guardava mágoas do passado...

-- Bom Max foi um prazer te conhecer. Tenho que ir embora porque amanhã trabalho
cedo. — A jovem avistou o seu ônibus vindo , com muita pressa juntou até os últimos
centavos dentro da bolsa e deu para o menino...

-- Obrigado, mas não preciso disso no momento. O que eu quero nenhum dinheiro no
mundo pode comprar...

-- E o que séria essa coisa tão valiosa?

-- Nada que você pudesse me dar...

-- Você quem sabe garoto! Cuide-se -- Disse já de costas caminhando para entrar no
Ônibus que tinha parado.

-- Moça você esqueceu me dizer o seu nome...

-- É, Yudi...

-- Lindo! Combina com você... -- Gritou de longe... -- Vai com Deus Yudi...

No mesmo momento a negra parou de andar sentiu algo tocar o seu coração, mesmo
assim entrou e sentou. O veículo começou a se movimentar com os olhos dela vendo
o pequeno tremendo de frio abraçado tão forte com o cão que pareciam um só. Um
remorso enorme de deixar aquela criança sozinha ali começou a tomar conta de si.
Porém, parou para pensar nos problemas que teria levando Max com ela, não vivia
uma vida normal e muito menos tinha jeito para ser mãe. Essa possibilidade nunca
tinha lhe passado pela cabeça até porque não teve exemplo maternal em casa, sua
mãe passava mais tempo na igreja do que em casa cuidando dos filhos. O pior era
que a Assistente não tinha um pingo de paciência com crianças, nunca ficou sozinha
com uma por mais dez minutos. Também tinha que pensar bem, afinal o garoto já
sofrerá de mais até ali para ser abandonado novamente, se escolhesse leva-lo seria
até encontrar um lugar descente para ele crescer. Depois de muito pensar tomou uma
decisão. Desceu do ônibus fazendo barraco com o motorista para abrir a porta porque
ali não era ponto de parada.

-- Gostaria de conhecer o meu esconderijo garoto? Não é como a do Batman, mais é


bem mais quente do que aqui na rua.

-- Jura que vai me levar com você... -- Era tanta alegria que não cabia no peito daquela
criança...

-- Sim, pega suas coisas e vamos logo antes que eu me arrependa...

-- Vem Luck, vamos arrumar nossas coisas...

—Coisas? — Perguntou confusa.

—Sim senhora moça, eu moro ali. —Ele apontou para um beco próximo de onde
estavam. Foi até o lugar com ele para ajudar pegar seus objetos, percebeu que o
ambiente era até bem organizado, com uma cama de papelão bem montada de baixo
de uma barraca de acampar velha, um varal improvisado com duas bermudas e três
camisas velhas impecavelmente limpas penduradas por ordem de cor.
Inteligentemente uma mesa montada com tijolos para servir de apoio para uma
quantidade considerável de livros de todo tipo e gêneros em cima dela, entre eles uma
bíblia. Não se encontrava se quer um pedaço de papel no chão, logo se lembrou da
sua casa que mais parecia um lixão de tão baguncada. Ser Dona de casa era uma
coisa que não combinava mesmo com a negra, por um momento a terrível imagem de
aquele menino morar ali fez o seu coração palpitar de uma forma descompassada.
Observou Max colocar todos os livros e algumas peças de roupa dentro da mochila..

—Você vai, mas o cão fica três é demais para uma casa do tamanho da minha. —
Queria dizer que odiava animais, principalmente cachorro, mas preferiu guardar isso
para si e não assustar o garoto....
-- Quando vim morar na Rua o Luck foi o único amigo que tive até hoje, não me tratou
como lixo igual às pessoas que passam por mim fazem. Não me abandonou nem nos
piores momentos, e olha que foi muitos moça, não faz ideia do que é passar frio à
noite ou acordar sem nada para comer de manhã. Sobre os dias de chuva então
prefiro nem comentar, não e justo só porque encontrei uma possibilidade de encontrar
um lugar melhor para ficar virar as costas para quem foi a minha única companhia até
hoje...

Yudi nunca tinha conhecido uma pessoa tão íntegra em toda a sua vida. O garoto
conquistou a confiança dela a partir dali, tinha conhecimento que leva-los com ela seria
uma loucura sim, mas deixá-los ali a mercê da maldade do mundo seria uma loucura
maior ainda, aquela criança não tinha mesmo necessidade de dinheiro, mas sim de
atenção e amor. O problema das pessoas é dar esmola ao necessitado, mas não tem
coragem de oferecer um abraço amigo a ele.
Então a negra abriu o um belo sorriso que tinha para menino como consentimento a
ida do animal com eles...+

***

Capítulo 4
4.1K 610 84

de MarliaSillva Following

Não era nem sete da manhã quando Yudi escutou batidas escandalosas na sua porta,
levantou resmungando alguns palavrões e batendo o pé em alguma das varias coisa
jogadas pelo chão e abriu.

-Isso são horas de acordar minha filha?-Reverendo Persi Jackson chegou trajando seu
costumeiro terno todo preto sem gravata com um pequeno detalhe branco na gola, o
sapato bem engraxados pareciam emitir mais brilho do que o próprio sol. Chamando a
atenção da jovem sem antes nem perguntar como ela estava ou dizer que que sentiu
saudades naqueles três meses sem ver a mesma. Jackson agradeceu o fato do Max
estar dormindo com o cão no quarto de hóspedes, porque se o pai visse um garoto
branco com cara de rico ali pensaria que a filha tinha sequestrado o menino e
chamaria a Polícia na mesma hora.

-Bênção pai, bom dia para o Senhor também.- O Reverendo nem ouviu a ironia da
feita por ela, estava ocupado de mais reparando a nova tatuagem nem visível nas
costas da filha, o baby-doll de alças finas deixava completamente a mostra a obra de
arte feita por um amigo tatuador dela.

-Quem fez esse estrago na suas costas Yudi Jackson? Essas coisas são do Demônio
filha..-O reverendo olhou para moça como se a mesma fosse um ser do mal que tanto
repugnava..-Você não cansa de envergonhar a sua família não é mesmo. Já não basta
andar seminua por ai? Não sei onde erramos tanto contigo garota, você como nossa
primogênita deveria se dar mais ao respeito. Ainda bem que a sua irmã mais nova não
seguiu o seus maus exemplos é esta de casamento marcado com o Samuel, rapaz
trabalhador e de igreja.-Yudi tinha dois irmãos, a do meio era Carmen, uma negra linda
de um metro e setenta e cinco de altura, cabelos longos lisados e lábios carnudos
iguais ao dela. Era o orgulho da família, principalmente do pai, pois tinha ganhado uma
bolsa na faculdade de Pedagogia, quase não saía de casa aos vinte anos e estava de
casamento marcado com o jovem mais religioso do Bairro, que fazia questão de jogar
tudo isso na cara da irmã mais velha sempre que podia. E o caçula Dimy de dezenove
anos, que perto do pai se fazia de Santo, mas nas costas dele vivia na forma
malandramente. Se o pai soubesse o poder devastador que as suas palavras tinham
no coração da filha, além de não pronuncia-las mais pediria perdão por tantas outras já
dita um dia, e não eram poucas. Ela tinha os seus defeitos e claro, muitos na verdade,
mas isso não dava ao pai nem a ninguém no mundo o direito de citar cada um deles
da forma mais cruel possível, isso é coisa de gente hipócrita..

-Sabe pai uma coisa que nunca vou entender?..-Ele a olhou de forma séria já
repreendendo pela mal criação que estava por vir..-Como servo do Senhor que e,
deveria saber que ninguém e obrigado a gostar da forma de viver de ninguém. Porém
Reverendo Jackson existe uma coisinha feita por Deus chamada respeito, como vive
lendo a bíblia dia e noite deve ter visto falar sobre isso em
Levítico - 19:15
Não farás injustiça no juízo; não respeitarás o pobre, nem honrarás o poderoso; com
justiça julgarás o teu próximo.
O Senhor negro de cabelo grisalho ficou chocado com a forma que a filha recitou o
versículo com perfeição, a verdade era que nem acreditava que a mesma sabia o
significado da palavra "Bíblia" não sabendo ele que ela lia um pedaço do antigo
testamento todos os dias. Por um momento pensou se ela realmente sabia daquilo por
conhecimento próprio ou se tinha passado semanas ensaiando para usar contra ele na
primeira oportunidade que tivesse..-Não use de esperteza comigo Didi.-Ele a chamou
pelo apelido que usava quando criança..-Usar a palavra de Deus para justificar os seus
erros é pecado.

-Pai o que o Senhor veio fazer aqui? Me visitar tenho certeza que não foi..-Jackson
conhecia o pai como ninguém, sabia que não viria ali se não tivesse um bom motivo..-
O seu irmão vai fazer um curso Bíblico em uma diocese aqui perto, pensei que
pudesse ficar alguns dias com você filha. Não confio nele indo toda noite indo para
casa sozinho, prefiro que fique aos cuidados de uma doida desajuizada feito você..-
Tinha acostumado tanto a se referir a filha de forma tão desrespeitosa, que falava
como se fosse a coisa mais natural do mundo. A primogênita do Reverendo amava
muito o irmão e teria o maior prazer em ajudar, sempre se deu muito bem com ele.
Porém, não podia arriscar que ninguém descobrisse que estava escondendo uma
criança dentro de casa, que era um apartamento minúsculo de quatro cômodos e uma
pequena varanda, os móveis eram simples, mas bem organizado cada um no seu
lugar, o problema era que ela fazia muita bagunça. Gostava de deixar as coisas
espalhadas pensando ser mais fácil de achar quando precisasse.
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-Desculpa pai mas eu não vou poder ficar com o Dimy..

-Obrigado filha sabia que podia contar com você, pelo menos dessa vez...- Provocou,
fingindo não escutar o que ela falava...-Edilson traga as malas filho, acredita que o seu
irmão está ali no corredor apanhando uma ovelha perdida do rebanho, viu que a moça
parecia estar precisando ouvir sobre as obras que o Senhor quer realizar na vida
dela...-Proferiu orgulhoso do filho, não sabendo ele que o jovem estava querendo
apanhar a ovelha sim, mas não as forma que ele pensava ...

-Edimilson, não vou chamar outra vez moleque..

-Estou aqui pai..-Dimy estava todo arrumadinho dentro de uma calça social cinza e
uma camisa social azul de botões, carregando malas de mais para quem pretendia
ficar apenas "Alguns dias".

2
- Conseguiu resgatar a ovelha perdida filho?..

-O se consegui pai..-Yudi que estava sentada no braço do sofá revirou os olhos


imaginando como o pai poderia ser tão cego que não conhecia o filho malandro que
tinha dentro de casa...

-Ele já foi Didi?...-Perguntou o jovem olhando para ela de rabo de olho..

-Já sim Edmilson...-Respondeu cansada..

-Vamos dar glória ao Senhor por isso..-Juntou as mãos como se estivesse rezando..-
Caraca meu, não aguentava mais essas roupas cafonas Mana, e pelo amor de Deus
se me chamar de Edmilson novamente pode preparar as armas porque a terceira
guerra mundial estará armada..-Ele falava tirando cada peça de roupa deixando a
mostra a calça de pano Largo Preta, uma camisa vermelha e um cordão enorme
Dourado com a letra S em baixo, fora o boné de bico reto que tirou do bolso da
mochila e colocou meio de lado. Quem não conhecesse pensaria ser um cantor de Rip
rop famoso, não deixava desejar em nada no estilo.-E Dimy gata..-Deu uma piscadela
charmosa para o lado dela..1

-Não tem curso religioso nenhum não moleque? Está e querendo se livrar uns dias do
nosso pai..-Yudi estava de braços cruzados olhando para o irmão caçula de forma
séria.

-Ta locona fia? Claro que não tem mulher. Eu em parece que bebeu..-Ele caiu no sofá
de tanto rir da pergunta dela..

-Sabia, mas para guardar esse segredo vai ter que me ajudar a esconder outro..

- Fala pouca roupa?..-Esse era o jeito que a chamava quando queria provocá-la.

-Vem aqui Max..-Ela sabia que o menino estava ouvindo tudo atrás da porta..

-Jesus, Maria e José..-Dimy caiu de cara no chão de tão chocado que ficou vendo o
menino sorrindo educadamente para ele.

-De onde você tirou isso mulher?..-Perguntou ainda todo torto no chão...

Achei na Rua e trouxe..-Disse como se fosse a coisa mais simples do mundo...


-Você está me dizendo que achou essa coisinha ai...-E Maxmilian, mas pode me
chamar de Max se for mais confortável para você..-Deus ele ainda fala..-Levou a mão
no rosto fingindo estar chocado..

-Claro que fala seu idiota, ele uma criança e não um animal..-Yudi amava o irmão, mas
as vezes tinha vontade de dar na cara dele por ser tão bobão.

-Mas é uma criança branca Didi..-Sua voz aguda ao falar mostrava o quanto estava
perplexo...

-Sou sim. Com licença, mas como é mesmo o seu nome?..-Educado como era, Max
lhe estendeu a mão...- E Dimy Galeguinho..-Respondeu o projeto de MC..
-Prazer Dimy, como pode ver sou branco sim, e você e negro não e mesmo?..-O irmão
da Yudi confirmou com a cabeça como se fosse óbvio..-Aquele sofá e roxo, o tapete
azul e as paredes brancas. Não vejo nenhum problema nisso você vê?..-A confiança
na voz do menino fez Jackson se orgulhar do pequeno.1

- Já quero um moleque desse pra mim..-Edmilson colocou as duas mãos na cintura


imitando voz de mulher e colocando as duas mãos na cintura, Max não pode deixar de
rir da figura a sua frente..-Sempre quis um sobrinho meu, tá certo que queria um mais
queimadinho, mas nada e perfeito, nada que uma semana boa de sol não resolva.
Vem aqui dar um abraço no Tio Dimy garoto...-Yudi sorriu percebendo que aquela era
a forma do irmão dizer que iria ajuda-la naquela loucura.

****

Depois de passar em três parques a procura da Solange e do suposto "namorado" da


mesma, González estava em frente ao último que existia na cidade, ficou de tocaia
escondido dentro do carro observando cada sentimento do lugar feito um falcão na
esperança de ver os dois, tinha várias famílias aproveitando o dia de sol. Não demorou
muito para avista-los de longe. Solange estava linda usando uma calça branco e uma
blusa colorida com estampas africanas..

A mão estava segurando a do irmão que mesmo tendo apenas dezesseis anos era um
pouco mais alto do que ela e tinha um corpo de estatura forte, de longe poderia sim
passar por namorado dela. Ainda mais aos olhos enciumados daquele Latino teimoso.
Desceu do carro e foi pisando em passos largos descido a tomar satisfação de algo
que nem era seu..

-Enton esse es o Homble mejor do que yo Sol?..-A Advogada quase não acreditou
quando ouviu a voz dele vinda de trás dela, nesse momento Rafael estava de costas
para o Latino brincando com a casca de uma árvore..- Vamos embora daqui agora
meu amor..-Solange chamou pelo irmão sem coragem de olhar na cara do colega de
trabalho para não fazer um estrago no rosto bonito dele ali mesmo. O pior era que
nunca tinha o visto tão lindo como naquele dia, usava uma camisa vermelho escura de
mangas compridas bem colada ao corpo seu másculo e um calça Jens escuro justa, o
óculos de sol da Ray ban apenas completou o look.

- My amor é? Já estas neste nível sol..-Os braços mantinha cruzados sobre o peito
como uma criança mimada fazendo pirraça..

-Rafael vamos embora agora, não vou falar novamente..-Gritou nervosa..-Alerrando


achou estranho a forma como Solange gritou com o "namorado" dela, mas estava
cego de ciúmes para enxergar a verdade bem diante aos seus olhos...

-Irmã gritou com Rafael porque? Ela não ama mais ele...-O adolescente abraçou no
pescoço dela e começou a chorar..

-E claro que eu amo você meu amor, não precisa chorar. A irmã esta nervosa sim, mas
não era com você minha vida..-Ela falava com carinho dando leve tapinhas nas costas
dele como se fosse um bebê...

-Perdon..-Foi a primeira palavra que veio a mente de Gonzáles olhando para aquela
cena, estava com um semblante estupefato no rosto..-Perdon ..Yo..No..Poderia
imaginar..que...Rafaer.. era..tu.. Irmon-Estava tão nervoso que não conseguia falar
sem gaguejar, se sentiu culpado ao perceber que ela nem ouviu o que dizia, porque
estava nervosa de mais tentando acalmar o choro compulsivo do irmão...

-Ei rapazito no precisa chorar, gostaria de ver uno truque de la mágica?..-O choro
cessou no mesmo momento que ouviu a voz do Espanhol...
-Simmmm..- Gritou batendo palmas sorrindo animado em meio as lágrimas, o menino
tinha os olhos fixo no homem ainda envergonhado a sua frente, Solange estava
passada de ver Rafael interagindo com alguém daquela maneira, principalmente com
um estranho. Alerrando tirou uma moeda de trás da orelha do menino com uma
rapidez que até a negra pensou que fosse mágica..

-De novo...De novo...-Pediu Rafael se divertindo com o pequeno Show do mágico


amador, González estava tão animado em ver a alegria do adolescente que esqueceu
do problemão que tinha para resolver com a Advogada. Assim que o rapaz se cansou
de brincar de ilusionismo foi colher algumas flores na beira do Lago..

-Tinha Rason, no poderia competir com ele nunca Sol..-Eles estavam sentado em um
bando de madeira localizado debaixo de a arvore enfolhada. González proclamou tais
palavras reparando a forma como Solange olhava com carinho para o Irmão brincando
correndo atrás de uma borboleta azul, sentiu algo forte dentro de si naquele momento.
Reparou também como ela era diferente de todas mulher que se relacionava, estava
longe de ser uma patricinha mimada...-Es uno Belo Nino, parabéns...-Completou...
-Ele é sim..-Respondeu agora com a voz fraca.
-Perdon my carinho..-Pediu pela terceira vez, coisa que nunca tinha feito antes com
nenhuma outra, com um olhar pidão que só ele sabia fazer olhando bem no fundo dos
olhos castanhos dela..

-Obrigada..-Respondeu Solange sustentando o olhar intenso que vinha dele..

- Obrigada porque muito amor? Por ser uno cretino com tu..-Abaixou a cabeça
envergonhado por ter sido tão idiota com ela..

-Não. Seus olhos estavam brilhando a espera das lágrimas que estavam por vir...-Por
fazer ele sorrir, a mais de uma semana que não via ele fazer isso...

Capítulo 5
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Na segunda feira como sempre Thompson chegou bem cedo no Fórum, estava um
silêncio tão grande por toda parte que estranhou o fato da Assistente não estar dando
o ar da sua graça desfilando por ali, afinal não podia negar que a criatura era pontual,
até de mais do que deveria na verdade. Naquele quase um mês que estava
trabalhando com ele chegava junto ou até mesmo antes que o próprio, fazendo suas
responsabilidades impecavelmente bem, sua agenda andava numa organização
tremenda, até mesmo melhor do que na época do seu antigo Assistente. Passaram-se
uma, duas, três horas e nada dela chegar, Jhon por sua vez estava por de mais
preocupado com o atraso da mesma.

—Quando a Senhorita Jackson chegar mande-a entrar imediatamente..— Ordenou


sério para sua secretaria, que sorriu com deboche imaginando a bronca que ele daria
na colega de trabalho. Quando Yudi chegou já era quase horário de almoço, seu
estado era deplorável, toda descabelada e com a roupa toda amassada de tanto
correr, a saia justa amarela de tecido elástico acima do joelho que já era curta tinha
subido ainda mais deixando bom parte das coxas grossas amostra. O corpete de
mangas medianas era preto deixando uma pequena um pedacinho da barriga de fora,
nos pés o salto altíssimo estavam presente ali como sempre.

Ela tinha perdido a hora depois de passar a noite toda ao lado do Max que acordou de
um pesadelo aos gritos todo suando e chorando muito, ficando nesse estado depois
por horas...

—Não deixa ele me pegar.. Por favor não deixa...— O Menino repetia a mesma coisa
por diversas vezes, quando sua mais nova protetora perguntava quem era o homem a
quem estava se referindo, Maxmilian ficava visivelmente mais nervoso e chorava ainda
mais. Quando conseguiu acalma-lo um pouco o dia já estava clareando, acabou
dormindo abraçada com ele. Tomada pelo cansaço dormiu por horas, quando acordou
no surto viu o quando tinha perdido a hora, foi até o Dimy que estava praticamente
desmaiado em um colchão na sala e pediu para cuidar de tudo enquanto estivesse
fora, principalmente do Max... Se arrumou as pressas e foi para o trabalho correndo
imaginando o sabão que levaria do homem da lei, mesmo atrasada quando ia
passando em frente a padaria não resistiu e acabou parando para comprar leite, pão,
creme de amendoim, geleia e alguns pacotes de biscoitos. Voltou em casa apressada
e ajeitou mais ou menos a mesa do café para os meninos quando acordassem,
pensou que depois da noite horrível que o garoto tinha passado, o mínimo que poderia
oferecer para ele era um café da manhã descente, até porque não adiantava correr
mesmo porque independente do horário que chegasse levaria advertência de qualquer
forma.

—O Juiz mandou você se apresentar na sala dele assim que chegasse..—Alertou a


secretaria com ar de deboche, Jackson se segurou para não voar no pescoço dela, se
tinha uma coisa que odiava nas pessoas era a forma abusiva de tratar as outras por se
acharem melhores do que elas..— Adorei o “look” de hoje amiga..—Completou rindo
escondido..

—E uma pena que não ficaria a mesma coisa em uma gata seca feita você..—
Respondeu Yudi indo em direção ao gabinete, novamente antes dela levar a mão na
porta elétrica para bater, a mesma se abriu como se ele soubesse que de chegada.
Antes de entrar olhou bem para os lados para ter certeza que não obtinha câmeras,
pois uma vez depois de sair dentro do gabinete nervosa com alguma das diversas
grosserias feito por ele, tinha feito sinal feio com o dedo do meio e isso não tinha
acontecido apenas uma vez, ouve uma ocasião que até língua fez entre outras coisas
que preferia nem lembrar...1

—Onde estava até agora Senhorita Jackson? Eu precisei dos seus serviços por
diversas vezes hoje, mas tive que me virar sozinho porque a minha Assistente estava
por ai sabe Deus por onde ou “quem”...—Enfatizou bem a última palavra, ele estava
sentado na sua mesa feito um rei no seu trono, impecavelmente lindo e elegante como
sempre. A jovem estranhou que ele mesmo tentando aparentar sério estava
exagerando de mais por conta de um simples atraso, era só dar um advertência e
descontar do salário dela depois..
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—Tive uma noite longa ontem, acabei perdendo a hora, Desculpe..—Respondeu com
a voz pesada lembrando do desespero do menino Max na noite passada, estava
preocupada querendo saber o que de tão ruim tinha acontecido com ele para deixa-lo
naquele estado...
—Imagino como deve ter sido longa..—Ironizou reparando na roupa dela toda
amassada...—Além de uma advertência vai ter que pagar por essas horas em dobro. –
Ele aproveitou para usar o acontecido para afrontar a negra, ainda estava com o plano
de fazê-la desistir de trabalhar com ele. Até achava que tinha competência para o
cargo, mas a permanência dela ali séria perigoso de mais para os dois, principalmente
para ela que tinha o poder de despertar um lado perigoso dele que estava mantendo
adormecido a muito tempo...3

—Ótimo, terei o maior prazer em pagar cada minuto. Virei mais cedo e sairei mas tarde
ao longo da semana. –Ela queria gritar e espernear dizendo que aquilo era um
absurdo, mais resolveu não entrar no jogo dele..

—Não.—Sua voz era impotente, olhou para ela sério mostrando que quem dita as
ordens ali era ele é não ela..—Vai pagar por elas hoje mesmo, vou trabalhar até
tarde..—Levantou da cadeira e apoiou as mãos na mesa de forma ameaçadora ..—E
você vai ficar aqui comigo..—Deu uma pequena pausa para encara-la..—Yudi ...—
Completou, fazendo ela se arrepiar de cima a baixo ouvindo ele pronunciar seu nome
pela primeira vez, deixando ela com a calcinha molhada apenas com a forma sexy
que seu nome soou na voz grossa e grave dele, Jackson provou pela primeira vez o
efeito que o Juiz Thompson tinha sobre as mulheres..

—E se eu não quiser ficar?..—Agora era ela que estava desafiando ele, mas a verdade
era que realmente não poderia ficar. Tinha uma criança e um cão aos cuidados do sem
juízo do irmão caçula dela..

—Não estou interessado no que você quer. Vai fazer o que eu estou mandando e
pronto Senhorita Jackson..—A negra no seu estado normal já era tempestuosa,
quando nervosa então era o demônio em pessoa. Thompson estava prestes a
descobrir isso...

—Não vou não meu bem.—Ela levou as mãos na cintura mostrando que o barraco
estava pronto para ser armado.—Você esta é louco se acha que pode mandar em
mim dessa forma abusiva, não sou sua mulher nem nada para falar assim comigo
cara..1

—Dou glórias a Deus por isso.—Fez graça com a cara dela a deixando mais irada
ainda..
—Faço das suas as minhas palavras, não gostaria de ser mulher de um homem
convencido como você nem aqui nem na China, acha que tem o Rei na barriga só
porque nasceu lindo e gostoso dessa forma. O que pra mim não faz a menor diferença,
te acho sem graça, essa sua cara de sonso não me engana. Pode ser que não
atravessa a Rua sem olhar para os lados ..—Mentiu, ele conseguia mexer com o
psicológico dela de uma forma inexplicável..4

—É você acha que só porque tem o corpo perfeito tem o direito de sair por ai
mostrando ele pra todo mundo? Isso é típico de mulheres como você que usam suas
belas curvas para conquistar os homens, prezam quantidade e não qualidade...4

— E você que nem pegada deve ter na hora do sexo..—Ela falou naturalmente, não
sabia medir as palavras quando estava nervosa, se ele a tinha provocado que ouvisse
tudo o que tinha para dizer sem reclamar agora. O Juiz olhava para ela sem acreditar
que tais coisas de tão baixo calão poderiam estar saindo da boca de uma mulher, não
sabendo ele que muito mais estava por vim ..—Você engomadinho dessa forma não
parece ser o tipo de homem que fala coisas como foder, comer ou dar um bom
trato.... Para uma mulher na hora H não é mesmo Meritíssimo? Deve ser uma só de
quinze minutos no máximo...3

—Não falo, eu faço! E muito bem feito por sinal. Um dia talvez entenda sobre o que
estou falando..—Olhou para ela de forma maliciosa.—Mas por hora contente-se
apenas em imaginar —A negra tentou provocar o Juiz, mas dessa vez ele debateu a
altura dela..6

—Posso saber o que está acontecendo aqui?.—Chegou na sala Marcos Louzada, juiz
mais antigo atuando naquela Comarca, foram mais de trinta e cinco anos de serviços
prestado naquele lugar, era o homem mais respeitado por ali, principalmente por
Thompison. Era um Senhor de idade trajando uma beca preta própria para Juízes, ele
olhava para os dois estupefato diante de tal cena, era amigo do pais dele desde a
época de faculdade, viu Jhon crescer e virar Juiz. Nunca tinha visto o mesmo tão fora
de si como naquele momento, seus olhos estavam saindo faísca de fogo de tanta
raiva..

—Eu não aguento essa mulher Padrinho, ela é insuportável. Nunca conheci ser mais
irritante no mundo, se o diabo fez outro deixou guardado com ele no inferno..2
—Que isso meu filho? Sou se Padrinho, te conheço desde que nasceu, sempre te
admirei por ser calmo e tranquilo até mesmo diante dos casos mais difíceis
envolvendo os bandidos perigosos, nunca imaginei te ver nesse estado. Ainda por
cima se referindo a uma mulher de forma tão desrespeitosa como essa..—Nesse
momento Yudi aproveitou para fazer sua melhor cara de Madre Tereza de Calcutá..—
Não foi essa conduta que seus pais lhe ensinaram, fico triste de chegar de férias hoje
é me deparar com uma cena como esta que acabei de presenciar, se tivessem me
contado não acreditaria...

—O Senhor fala isso porque não conhece esse demônio em forma de mulher.

—Filho.—O senhor Marcos repreendeu o afilhado..

—Tudo bem Senhor, não precisa brigar com ele por minha causa. Ele ficou nervoso
porque me atrasei um pouco hoje, mas já disse a ele que vou ficar até mais tarde para
compensar..—Thompson olhou para ela sem acreditar no estava ouvindo, nunca tinha
visto ser mais cínico..—Bom, agora vou voltar para o meu trabalho. Seja bem vindo de
volta as férias, espero que tenha aproveitado bastante. Sou Yudi Jackson, se precisar
de mim é só chamar.—Pronunciou tais palavras com um sorriso tão angelical no rosto
que ate o anjo mais puro do Céu ficaria no chinelo diante dela..2

—Obrigado querida, fico feliz que não tenha ficado chateada com as grosserias do
meu afilhado, parabéns você é muito gentil..1

***

Yudi chegou na sua mesa chorando de tanto rir da cara de raiva que o chefe estava
quando se retirou de lá fazendo papel de Santa na frente do Padrinho dele, odiava a
forma rude que a tratava sempre que podia, tinha certeza que ele assim como o seu
pai achava que ela era uma vadia. Nunca se importou com o pensamento Reverendo
ou dos outros em relação ao seu estilo, mas imaginar que o Juiz tinha esse tipo de
ideia sobre ela a incomodava bastante, se tem uma coisa que a moça estava longe de
ser era oferecida.. Ligou várias vezes para casa para saber como os gatos estavam e
avisar que iria se atrasar um pouco, trabalhou bastante o resto do dia feliz da vida
lembrando da arte que tinha feito, já Thompson se trancou no Gabinete sem sair nem
para almoçar ou ligou para pedir alguma coisa para comer. Quando bateu vinte e uma
horas, Jackson estava a roer as unhas se sentindo culpada do homem estar sem se
alimentar até o atual momento, então encomendou um lanche para levar para ele....

******

Jhon depois de passar o dia todo trancado no Gabinete em frente a um painel na


parede com o mapa do Bairro onde ficava o Shopping onde ocorreu o atentado para
conseguir traçar o caminho que o terrorista traçou para conseguir chegar ao local sem
ser visto. O quadro de isopor Estava todo furado com os pequenos alfinetes prateados
com uma bolinha vermelha encima, a essa altura o homem da Lei já tinha tirado o
paletó e a gravata, ficando apenas de calça preta e a camisa de baixo, mas mesmo
assim o cabelo o cabelo estava bem arrumado sem nenhum fio perdido fora do lugar,
parecendo ter acabado de se arrumar para sair...

—Meritíssimo..—A voz dela adentrou seus ouvidos como o canto de uma sereia
querendo seduzir um pescador.—Pedi o Jantar do Senhor...

—Não lembro de ter te pedido nada..—Foi grosso. Não queria, mas foi. Estava
frustrado por não ter conseguido descobrir o que queria, acabou descontando tudo
nela..—Não vivo a base dos seus pedidos, apenas pensei que deveria estar com fome,
já que ficou praticamente o dia todo trancado aqui.—Ela estava parada na porta
segurando duas sacolas, só então ele percebeu que ela mesmo mal criada como
sempre estava sendo gentil, ou pelo menos tentando..

—Obrigado, foi muita gentileza da sua parte..—O Juiz levantou com todo o seu charme
e foi até ela pegar as bolsas, sem querer sua mão tocou na dela fazendo ficaram
paralisados um encarando o outro. Yudi teve que admitir para si que nunca havia visto
beleza maior na vida, ele era enorme e obtinha uma um físico forte. Agora sem o palito
e a habitual gravata estava ainda mais atraente naquele estilo despojado. Tão de perto
Jackson notou que jhon era dono de duas covinhas que pareciam perfeitamente
quando sorria, coisa que mexia muito com ela.

—Espero que goste..—Disse sem jeito quebrando o silêncio predominante entre os


dois..

— Vou sim, obrigado..—Agradeceu sincero..

—Não precisa agradecer, também ser gentil quando quero.


—E você falando ou a atriz de Hollywood de hoje de manhã?..—Perguntou irônico,
porém um pouco divertido.—Sério, deveria seguir carreira nisso, realmente leva jeito
pra coisa...—Yudi soltou uma gargalhada gosto lembrando do tal episódio citado por
ele.
—Tinha que ver a sua cara na hora, estava vermelha igual um tomate de tanta raiva.—
Ela ainda ria divertida quando sentou em um sofá de canto branco sem ser
convidada, estava tão a vontade que parecia estar em casa..

—Ainda tenho algumas coisas para terminar, se quiser ir embora fique a vontade, hoje
não tenho hora para ir embora..—Ele falava enquanto abria a sacola para conferir o
que a Assistente tinha trazido para ele, fez cara de nojo assim que viu que se tratava
de um lanche do Mc Donald’s feliz, dentro da caixa Branca tinha um hambúrguer,
batata frita e um copo com refrigerante, de brinde ainda vinha um bonequinho de um
dos personagens da Disney. Como não era acostumado a comer aquele tipo de coisa
fez cara de nojo ao ver a quantidade de gordura escorrendo do Bife deixando o pão
todo encharcado, fechou a caixa imediatamente sentindo o estômago revirar, para uma
pessoa que comia apenas legumes orgânicos era de se esperar uma reação daquela..

—Não vai comer? Se esfriar vai ficar ruim.—Ele olhou para ela, depois para sacola e
resolveu dar pelo menos uma mordida apenas por educação. Pegou aquilo com o
maior nojo no mundo, segurando com muito cuidado para não se sujar e levou Até a
boca, ficou surpreso logo após sentir o gosto maravilhoso que aquilo tinha. Afinal
nunca tinha comigo um antes porque sua mãe dizia que fazia mal para saúde, sem
perceber comeu tudo e ainda bebeu o refrigerante, quando terminou notou que a
jovem estava olhando para ele sorrindo...

—O que foi agora?..—Perguntou irritado sem saber o motivo de tanta graça. Ela
levantou e veio andando até sua mesa, virou a cadeira giratória dele e se posicionou
bem no meio de suas pernas..—E que sua a boca está toda suja de molho..— A negra
inclinou-se de forma muito sexy para limpar para ele usando as pontas dos dedos, os
olhos de Thompson foram direto para dentro do decote mostrando boa parte dos seios
fartos da jovem, parecia estar em total estado hipnótico com aquela visão. Por conta
da posição a saia de Jackson acabou subindo um pouco, meio que por automático
Jhon levou as mãos uma em mãos lateral das coxa dela, o cabelos longos cacheados
caíram sobre o rosto dele dando uma ampla visão do belo rosto dela. Conforme ia
passando o polegar sobre as extremidades dos lábios do chefe de forma delicada e ao
mesmo tempo maliciosa sem tirar os olhos dos dele por nenhum segundo, foi
aproximando o rosto bem devagarinho a agora alisando toda extremidade da sua face
usando as costas da mão..

—Não posso fazer isso com a minha noiva, ela é uma mulher descente ..—O Juiz
proclamou tais palavras poucos sentimentos dos dois lábios se unirem, estavam tão
perto que um podia sentir o coração do outro batendo descompassado. Foi então que
ele lembrou das palavras do Moçambicano Noen Said sobre a mulher que aparecia
fazendo ele perder a razão de todas formas possíveis...

—Eu não sou descente não é mesmo?..—Yudi respondeu saindo na mesma hora sem
dar chance a ele de resposta, não sabia se estava mais magoada de ser chamada de
mulher da vida ou por descobrir que o Juiz tinha uma noiva. Depois que ela foi embora,
Thompson ficou andando de um lado para o outro sem saber explicar o que tinha
acabado de acontecer ali, nunca tinha perdido o controle com uma mulher daquela.
Pensou que apenas por um segundo não traiu Suzana, quando parou para reparar no
painel na parede percebeu que enquanto comia distraído, a Assistente tinha montado
em poucos minutos no mapa o caminho que o terrorista tinha feito até o Shopping,
coisa que ele com anos de experiência não conseguiu fazer durante o dia todo...

*******

No sábado a noite Suzana estava radiantemente linda dentro de um vestido digno de


Princesa, era longo na cor dourado. O cabelo estava perfeitamente bem arrumado
preso de lado, Thompson estava de braço dado com ela também muito elegante
dentro de um terno preto de gravata com riscos..

Estavam no tapete vermelho em frente a casa Branca sobre os fleches dos paparazzi
que estavam cobrindo o Jantar de caridade realizado pela esposa do Presidente para
arrecadar fundos para as vítimas do furacão que praticamente destruiu metade de uma
cidade no Haiti. Entre os convidados tinham várias celebridades do meio artísticos e
também do mundo da moda e tantas outras podre de ricas. depois do acontecido Jhon
não tinha mais visto a Assistente já que ela mesmo estava fazendo questão de evita-lo
de todas as formas, o que estava sendo um alívio para o mesmo. Já que não sabia
qual seria sua reação quando topasse com ela novamente, o que não demorou muito,
pois ela foi a primeira pessoa que viu bem no meio do salão radiantemente linda
dentro de um vestido longo Preto notavelmente ousado, dançando agarradinho com o
Matheus Secretário de Obama..

Bônus especial dia das crianças


3.6K 534 59

de MarliaSillva Following
Tá pequeno mas foi feito com muito amor, a continuação dele será inserida no
próximo capítulo...
Quem quiser fazer parte do grupo no Whats e só deixar o número aqui em baixo,
lá foi Sploler do próximo capítulo ou até posto lá antes de postar aqui como fiz
hoje, fora as conversar entre as leitoras que são sempre muito animadas..Beijos
Amoras �❤3

Se yo te buscar para ir em uno lugar comigo tu aceitarias Sol? Mas el nino Rafaer tem
quem ir também..—Gonzáles estava feito um adolescente deitado em sua cama com o
celular do lado todo nervoso esperando a Advogada responder a mensagem que tinha
mandando para ela convidando-a para sair com ele, queria levar o irmão dela em um
lugar especial já que era feriado dos dias das crianças. Seu coração acelerou assim
que ouviu o barulho da mensagem chegando...

“Mas que lugar séria esse espanhol?”..

“Isso es surpresa my carinho..”

“Não sei Alerrando, o Rafael está meio enjoado hoje. Outro dia talvez.”

“Por favor my amor, este lugar vai fazer tu nino sorrir..”

Depois de muito insistência Solange acabou aceitando, apesar dos dois estarem se
dando melhor depois do ocorrido no parque, ela ainda tinha os dois pé atrás com ele...
—Olá querido pode entrar, sinta-se em casa.— A mãe de Solange cumprimentou
simpaticamente o Espanhol assim que abriu a porta, ela era uma Senhora muito doce
e gentil. Vestia um vestido todo florido com flores lilás, o cabelo crespo curto era na
altura da orelha, o rosto tinham as mesmas características da filha. Porém, a Dona
Eulália carregava no olhar uma expressão triste, foram muitos anos de sofrimento na
mão do Ex-marido, os três tinham se mudado para ali mais para fugir dele que vivia os
ameaçando de morte.

—Buena noche Dona Eulália, es una Dama muy bela. Parece com tu filha..—
Galanteador como era sabia que conquistando a mãe era meio caminho andando para
conquistar a filha, entregou um boque de flores que tinha comparado especialmente
para ela..

—Sente-se querido, a minha filha esta ajudando o irmão a terminar de se arrumar..—


Ele sentou no sofá de três lugares meio sem jeito com a mãe da mulher que vinha
tomado os seus sonhos ultimamente, lhe encarando de forma inquisidora..

—Quais são as suas intenções com a minha menina Senhor González? Saiba que
aqui só namora quem tem intenção de casar e montar um família, estou louca para ser
avó..

—Ca..sar?..—Gonzáles chegou engasgar com o café que estava tomando, estava


nervoso de mais, afinal nunca teve que enfrentar mãe de nenhuma das mulheres que
tinha dormidos antes. Agora estava ali enfrentando aquela onça por causa de uma que
nem tinha beijado ainda.

—Sim meu filho, véu, grinalda, igreja e Padre já ouviu falar?..—Perguntou séria
fazendo o Latino ficar mudo sem saber o que falar..

—Estamos prontos..—Sol chegou sorridente segurando a mão do irmão, nesse dia ela
opinou em deixar as traças soltas , a maquiagem como era um programa de lazer fez
bem leve. A roupa colocou algo simples também, um vestido pouco acima do joelho
marrom bem rodado com uma jaqueta Jens por cima..
—Vamos..—Um homem para lá de assustado pegou na mão da Advogada e saiu
arrastando em direção a porta..

—Adios Dona Eulália, até uno dias deste..—Gritou um Espanhol bastante esperto já
do lado de fora da casa entrando no carro rapidamente..

***

—Já estamos chegando?..—Perguntou a jovem pela quarta vez, ela estava mais
ansiosa do que o próprio irmão que vinha entretido brincando com um carrinho no
banco de trás..

—Quase carinho... -- Respondeu como da penúltima vez com um sorriso charmoso no


rosto...

—Circo.. Circo..Circo...—Gritava o Rafael batendo na janela do carro totalmente


encantado com aquela enorme lona amarela com riscos azuis cheio de luzes brilhando
em volta.

—E amor, um circo. E não é qualquer um querido. E o Circo de Soleil.—A jovem olhou


para para Alerrado admirada com o esforço que o mesmo estava fazendo para
agrada-la. Ficaram na primeira fila para assistir o espetáculo, era uma apresentação
mais linda que a outra.
—Porque está fazendo isso pelo meu irmão Alerrando?..—Perguntou Solange
enquanto durante o intervalo de uma apresentação para outra..

-My objetivo es inspirar el tu nino a mechorar lá dificuldades de interação el


comunicacion para que ele queira interagir conosco de um forma mais profunda e
prazerosa, aprendendo la nuevas habilidades.
Quanto mais motivadora e divertida for esse processo, maior la chance da pessona
com autismo permanecer espontaneamente na atividade conosco...—Ele falando
parecia um médico especialista no caso. .

—Como sabe de tudo isso? Tem algum caso na sua família..

—No, depois que conheci tu irmon comecei estudar sobre o assunto..

— González mais só tem uma semana que conheceu ele..


— Isso foi mais do que tempo suficiente para me informar sobre o tudo..—Ela não
disse nada, mas estava surpresa com o interesse dele sobre querer ajudar seu irmão..
Durante todas apresentação o adolescente ficava com os olhinhos brilhantes
prestando atenção em tudo o que acontecia, ele ria o tempo todo enquanto a irmã
chorava emocionada com o som das risadas dele que predominava por toda parte,
não estava acostumada a ve-lo feliz daquela forma. González não conseguia parar de
olhar para mulher a sua frente, então percebeu que quando você fica ao lado de uma
pessoa e ela mesmo sem dizer nada lhe faz bem,
A todo momento pensa e sonha estar ao lado dessa pessoa. Mesmo se estiver em um
momento ruim,
e so olhar para ela e sentir que vai dar tudo certo, se sentido completo
por ter encontrado aquilo que sempre quis..

— Yo acho que estoy enamorado por ti carinho.—Proferiu com o semblante serio em


meio ao barulho da multidão, fazendo os olhos castanhos que antes estavam no irmão
pausar sobre ele...

Capítulo 6
4.2K 650 171

de MarliaSillva Following

Yudi nunca esteve em um evento tão luxuoso como aquele, sua alegria era a mesma
que a de João e Maria quando encontraram a casa feita de doces na floresta, mas o
que ela não sabia era que assim como na história, a bruxa ou melhor no caso da
negra o bruxo estava vigiando-a de longe esperando a primeira oportunidade para
jogar um feitiço mandando o Secretário do Presidente para um lugar bem longe dela,
de preferência outra dimensão. Ele estava como um gavião a espreita olhando
discretamente cada movimento dela, o que não eram poucos já que Jackson estava
desfilando por cada canto daquele recinto, conversava com o ator Morgan Fredman e
a esposa dele como se os conhecesse desde criança, esse jeito espojado dela era o
mais que irritava Jhon. O lugar era amplo é muito bem decorado, com mesas
redondas de seis lugares cobertas por toalhas brancas e arranjos de flores de todas as
cores por cima, espalhadas por todo salão. Não demorou muito para o jantar ser
anunciado, Obama emerge a situação embaraçosa presente ali reconheceu a jovem
com o Matheus e fez sinal para que eles sentassem na mesa dele junto com o amigo
Juiz e a noiva. Michelle como sempre estava elegante vestindo um vestido tomara que
caia longo em um tom caramelo muito bem trabalhando com renda, no pescoço um
colar de pedras tão brilhantes que era possível cegar alguém caso ficasse olhando
para elas por muito tempo, o cabelo estava em um coque alto deixando bem amostra
os brincos também de brilhantes que faziam par com o colar. A primeira Dama ficou
muito feliz em ver a jovem que tinha lhe causado tanto estima presente ali entre eles,
já Thompson estava a ponto de morrer por conta do mesmo motivo.

—Filha está esplendida dentro desse vestido, acho que qualquer coisa nesse corpo
ficaria perfeito.—A Primeira Dama não conseguia esconder a admiração que tinha
pela moça, a forma livre que vivia sendo ela mesmo a encantava de uma forma sem
igual, em um mundo onde todas mulheres vivem sobre a cruel ditadura do mundo da
moda, realmente a personalidade da jovem era de se admirar.1

—Obrigada Michelle, mas com certeza não estou nem com a metade da elegância
que a Senhora está com esse vestido bafonico, Realmente está um escândalo gata.4

—Bafonico?.—Perguntou o Presidente soltando uma gargalhada divertida.—Eu adoro


o seu jeito espontâneo filha, você é muito simpática e divertida. Jhon por sua vez
estava com um semblante enigmático de pé ao lado da noiva, não conseguiu segurar
os olhos que varriam discretamente o corpo da Assistente de cima a baixo, dando uma
atenção especial para a parte da cintura onde o vestido tinha um detalhe cruzado que
deixava boa parte dela amostra, quase todas suas roupas que a mesma obtinha eram
assim, quando seus olhos encontrou com o dela desviou na mesma hora. Jackson
mesmo dando total atenção a conversa com o Presidente, não deixou de notar a bela
mulher ao lado do chefe.

—Você também esta linda como sempre Suzana, você é a Yudi já se conheciam
antes?.—Perguntou Michele estranhando o jeito dela olhar para a moça com
indiferença.
—Não.—Respondeu com desdém, estava enojada reparando na mulher a sua frente
tudo aquilo que sua mãe lhe ensinou ser coisa de “mulher da vida” para ela como
prova disso o salto vermelho acima dos dez centímetros presentes no pé dela
deixando visivelmente a mostra em uma abertura nada modesta na lateral do vestido
justo da mesma.

—Não seja por isso querida, sou Yudi Jackson. Um anjo para quem me ama, e o
demônio para quem me odeia.—A negra não era boba, sabia bem reconhecer os
olhares preconceituosos quando via um, também só a cara de entojada que Suzana
tinha já era mais que suficiente para não gostar dela..

—Prazer, sou Suzana Escott noiva do Jhon.—Deixou claro sem nem ela mesmo
saber o porque, talvez o seu subconsciente estava sentido alguma coisa estranha ali.

—E você Matheus como vai filho? Muito trabalho lá na Câmara.—Perguntou Obama


ao empregado na tentativa de acabar com o clima estranho presente no ar.
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—Bastante Senhor, quase não vim aqui hoje por conta disso.

—E porque veio então ?.— Thompson pensou alto de mais, mas também não corrigiu
o motivo da pergunta ter saído de forma tão grosseira, estava sem paciência pra isso,
se abrisse a boca para falar qualquer coisa que fosse no estado em que se
encontrava poderia sair coisa pior.

—Porque quando essa moça linda me ligou.—o Juiz olhou para a Assistente com cara
de “Você tem o número dele?”, ela respondeu com um que dizia” Tenho sim, idai
cretino?”..—Me perguntado se eu viria para poder fazer companhia a ela, pois sua
amiga que viria não pode vir porque iria levar o irmão para passear junto com um
amigo, não pensei duas vezes em vir e passar a noite toda ao lado da minha Deusa de
Ébano.
—Fico muito feliz que aceitou o meu convite Querida, pensei que não viria..1

—Não precisa agradecer Michelle, estou me divertindo muito, e olha que a noite está
apenas começando.—Suzana olhava para a conversa das duas invejando a intimidade
entre elas, sendo que conhecia a Primeira Dama a muito mais tempo e nunca tinha
chegado a conversar de forma tão íntima com ela, era apenas o básico mesmo.

O jantar correu em meio de indiretas bem camufladas e olhares desafiadores, inocente


o casal Obama não perceberam nada da guerra íntima que estava ocorrendo entre os
casais. Depois que terminaram de comer, continuaram na mesa apenas degustando
alguma bebida. O homem da Lei como de costume fez o pedido dele e o da noiva não
somente na hora da refeição como também o que ela iria beber, coisa não
despercebida aos olhos de Yudi, Por um momento até sentiu pena da moça por viver
de forma tão controladora. Um pequeno altar tinha sido montado em um determinado
lugar estratégico onde todos convidados poderiam ouvir com clareza os discursos que
estavam por vir, primeiro foi o do Presidente, que tocou nos pontos direcionados a
necessidade que temos de ajudar nossos irmãos que estavam precisando da nossa
ajuda naquele momento, também elogiou a iniciativa da esposa de realizar aquele
evento para arrecadar fundos. Alguns representantes da ONU também discursaram
bonito relatando sobre o assunto em questão, mas o que chamou a atenção de todos
principalmente de Yudi foi o emocionante depoimento que a sobrevivente da tragédia a
Haitiana Ciara de apenas oito anos que tinha perdido toda família na passagem
devastadora do furacão na cidade onde morava com o pai, mãe e o irmão recém
nascido..1

—Na hora que aconteceu tudo só me lembro da minha mãe dizendo para mim não
ficar assustada porque iria ficar tudo bem..—Disse o intérprete que estava traduzido
às falas da menina..—Era tanto vento e água para todo lado que eu pensei ser o fim
do mundo, não tinha para onde correr porque as ruas estavam alagadas, meu pai
segurava a minha mão bem forte e dizia o tempo todo que me amava e que tudo iria
ficar bem, ele entrou em desespero quando viu as águas levando a mamãe abraçada
com o bebê. Então ao tentar salva-la foi arrastado junto eles.— Ciara parou de falar
por conta do choro, a dor da lembrança do ocorrido era tanta que não teve quem não
chorasse, menos Suzana que estava entretida de mais resmungando sozinha porque
tinha quebrado uma unha. O noivo dela não era homem de chorar, mas a expressão
de compaixão para com a menina era visível no seu rosto. Não dava para saber se
quem chorava mais era a própria vítima do furacão ou Yudi que se alinhou nós braços
do Matheus que a consolava de bom grado. O Juiz olhava aquilo com o semblante
fechado, como se pudesse sentir cada dedo dele tocando nela..

—Se me derem licença, preciso sair um instante. Já volto. –Anunciou Thompson


levantando apressado, minutos depois voltou com o rosto húmido como se estivesse
acabando de ser lavado, se sentou novamente ao lado da noiva que deitou a cabeça
no ombro dele.

—Algum problema querido? Você está com o corpo todo contraído..

—Estou ótimo Suzana, preste a atenção no discurso.—Ele tentava manter o foco em


qualquer lugar menos nós dois a sua frente..

—Meu Deus Jhon, o que ouve na sua mão?.—Suzana ficou assustada ao ver as
costas da mão direta do futuro esposo toda vermelha e inchada como se estivesse
socado alguém até não aguentar mais, não sabendo ela que o espelho do banheiro
tinha ficado em um estado bem pior.6
—Apenas um acidente no banheiro, nada de mais.—Disse sombrio.

—Amor os seus olhos estão estranhos.— Eles realmente estavam estranhamente


escuros. Por isso a noiva comentou ao notar que tinha muito preto onde sempre
predominou o azul intenso..

— Deve ser a iluminação daqui, agora para de falar e preste a atenção no evento, não
vou mandar novamente.—O olhar sério dele fez ela entender que não deveria fazer
mais nenhuma pergunta.

—Um Senhor me encontrou chorando e conseguiu me salvar antes que as águas me


levassem também.—A pequena continuou contando.— E agora o que vai ser de mim
sozinha nesse mundo onde as pessoas negras e pobres são vistas como lixo, olham
para gente como se fôssemos nada. As únicas pessoas que poderia me amar do jeito
que sou estão mortas agora..—Ela baixou a cabeça para chorar, Yudi levantou
apressada e foi andando decidida até onde a menina estava..

— A sua cor e linda, você é linda, o seu cabelo e lindo. Nunca deixe ninguém lhe fazer
acreditar o contrário.—A menina olhou assustado para a mulher desconhecida a sua
frente que falava firme com ela do mesmo jeito que a sua mãe fazia..—Você entendeu
o que eu falei mocinha?.—A Haitiana apenas confirmou com a cabeça.
—Então repita comigo. O meu nome e Ciara Brorton e nesse mundo não existe
ninguém melhor do que eu..—A pequena repetiu tão baixo que ninguém conseguiu
ouvir.—Acredite em você, sei que pode fazer melhor do que que isso, mostre o mundo
do que é capaz..—O tradutor estava a olhar a conversa das duas embasbacado, não
mais que o Juiz e claro. A final Jackson estava conversando com a menina como se
aquele fosse o seu idioma natural, melhor até que mesmo do que ele que passou
grande parte da vida estudando a língua para conseguir falar com fluência. As
vantagens de se morar na periferia era que lá estava sempre lotado de refugiados de
várias parte do mundo querendo fazer amizade nova.

—MEU NOME É CIARA BRORTON, E NESSE MUNDO NÃO EXISTE NINGUÉM


MELHOR DO QUE EU.—A criança gritou com toda força existente em seus pulmões,
abraçando logo após a cintura da Yudi..—Obrigada.—Agradeceu Ciara se sentindo
totalmente confiante.
Depois do ocorrido as doações triplicaram em questão de minutos, a Senhora Obama
não se cabia de tanta felicidade.
*****

No final do evento os garçons tiraram as mesas deixando livre a pista de dança,


Jackson logo que escutou a música Diamonts Rihanna , fechou os olhos e começou a
se mexer conforme a batida, era uma junção tão perfeita e única dos movimentos sexy
do corpo da negra com a música que parecia ser uma dança feita própria para
sedução, ela passava as mãos pelas curvas fartas do seu corpo jogando o cabelo para
o lado.

—Quanta vulgaridade.—Comentou Suzana fitando a dança sensual da jovem.2

—Onde que eu não estou vendo Querida?.—Retrucou Michele.— Uma mulher vulgar
dança para conquistar os homens, aquela ali está dançando para ela mesmo. Seus
olhos fechados para sentir melhor a musica e prova disso, Não pode julgar uma
pessoa só porque ela gosta de dançar de um jeito diferente ou porque gosta de roupas
mais curtas, existe muitas vadias por ai escondida atrás de vestidos longos da
Harmany, aliás mesma marca que você está usando.—Concluiu a Senhora Obama
com um sorriso educado no rosto. Thompson nada falava, apenas observava a dança
erótica da Assistente com os olhos em um tom ainda mais escuros.19

—Ai Jhon você está me machucando.—Gritou a futura mulher do Juiz ao sentir o noivo
apertar sua mão com tanta força que parecia que iria quebrar todos seus dedos, ele
nada respondeu. Pois estava vidrado vendo o Secretário posicionado por trás do corpo
da Assistente dançando grudadinho com ela, ameaçou ir até eles mas resolveu
desistir.1

—Vamos embora..—Anunciou já puxando Suzana em direção a porta sem se despedir


nem mesmo do Presidente.

Yudi viu o chefe indo embora com a noiva, mas não se importou nem um pouco. Para
ela os dois se mereciam, nunca foi de chorar o leite derramado. Estava em uma festa
maravilhosa, ao lado de uma companhia incrível, boba seria ela se não aproveitasse
cada minuto daquela noite. E foi o que a mesma fez..... Bebeu, dançou até o chão e
beijou muito na boca do Matheus. Porém, teve um momento que não sou ter certeza
se era culpa da bebida ou não, mas ouve um momento que podia jurar ter visto o Juiz
em meio a multidão todo vestido de Preto e com um capuz na cabeça a olhando de
uma forma assustadora...
No outro dia ficou ainda mais confusa quando o Juiz simplesmente não apareceu para
trabalhar sem dar nenhuma justificativa, simplismente não foi...

Capítulo 7
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de MarliaSillva Following

—Yo acho que estoy enamorado por ti carinho.

Não tinha se passado nem dez segundos que o Espanhol tinha proclamado tais
palavras e já estava a ponto de enfartar com o silêncio vindo como resposta da parte
da moça.

— Acho que este es uno bueno momento para ti dizeres que também estais
enamorada por mim carinho, depois me beijar com paixon dizendo que no mais
existe outro homble em tu vida além de uno Latino muy charmoso chamado Alerrando
González.—Falou muito sério fazendo Solange ter um ataque de risos.

—Você não existe Alerrando.—A Advogada ria tanto que não conseguia nem falar
direito.—Que susto me deu agora, pensei que estava falando sério cara. Ainda bem
que tudo não passou de mais umas das suas piadas bobas, também não sei que ideia
idiota minha pensar que você pudesse dizer algo tão romântico assim para alguém,
ainda mais pra mim, não parece ser o tipo de homem que se apaixona. Com essa
pinta de Galã de novela Mexicana pode ter a mulher que quiser.—Ele sorriu meio sem
graça para não demostrar o quanto tinha ficado magoado por ela não ter levado suas
palavras a sério.

—Menos a que yo quero.—Respondeu levantando rápido e saiu as pressas para não


demostrar o quanto estava destruído com a rejeição da moça. O problema era que
González não entendia que o destino estava fazendo ele pagar na mesma moeda o
monte de corações que quebrou ao longo da vida, infelizmente e assim que funciona a
lei do retorno. Saiu das dependências do circo com uma dor enorme dilacerado o seu
peito, caminhou a passos largos em direção ao carro cheio de raiva prometendo nunca
olhar na cara de Solange, não aceitava o fato de uma mulher na sua mentalidade
normal rejeitar um homem incrível como ele. Faltando poucos metros para chegar no
veículo parou assustado, levou a mão no rosto para limpar a pequena gotícula de água
que escorria pela sua face.

—No. Yo me recuso a aceitar que isso seja una lágrima, nunca choraria por causa de
mujer nenhuma, muito menos por una sem coracion, Isso deve ser chuva vindo por ai.
— Pensou alto fingindo não reparar no céu completamente estrelado sobre a sua
cabeça, chuva era uma coisa que não combinava com aquela noite linda. Entrou no
carro fazendo pirraça, sentou no banco segurando firme no volante.1

– Adios Solange.—Proferiu decido antes de começar a movimentar o carro, se tinha


uma coisa que os Espanhóis eram é pessoas de palavra.

Solange estava começando a se preocupar com o sumiço de Alerrando, mas se


acalmou assim que viu ele chegando com dois baldes de pipocas e refrigerante na
mão com uma cara azeda de dar dó. Os Espanhóis eram de palavra sim, menos um
que estava completamente apaixonado pela primeira vez na sua vida, por uma mulher
que não estava nem ai para com os sentidos dele.

—Obrigada.—Agradeceu despois dele ter praticamente quase jogado o balde de


pipoca no colo dela, se a mesma não fosse boa de reflexo o copo de refrigerante tinha
acertado em cheio bem no meio do belo rosto da moça. Dessa vez ele sentou do lado
de Rafael, deixou o garoto como parede entre os dos dois. O sentimento por ela era
forte, mas vontade de de brigar com ela por não gostar dele era ainda maior.

—E agora queremos chamar dois jovens para vir participar de um truque de mágica.—
O mágico disse antes de realizar a última apresentação da noite, o Rafael ficou louco
na hora querendo ir até o picadeiro de toda forma.

—E perigoso um garoto doente como ele ir lá.—Disse uma mulher sentada na fila da
frente da frente vendo a animação toda do garoto.

—A não? E o que veremos minha filha. E doente e a Senhora com esse pensamento
hipócrita.—González pegou na mão do adolescente e saiu arrastando ele para
picadeiro mesmo sem ser chamada, os seguranças não queriam deixar eles
passarem porque já tinham escolhido quem iriam participar da apresentação. Mas
Alerrandro implorou tanto que acabou tocando o coração de todos principalmente a do
Mágico, que deixou eles participarem também. Nunca Solange tinha visto o irmão tão
feliz e interagindo com outras pessoas, ela gargalhou vendo o Latino igual uma criança
se divertindo com aquilo tudo. Na volta para casa o silêncio predominou dentro
daquele carro, no banco de trás o irmão da negra dormia profundamente agarrado a
uma pilha de ursos de pelúcias e brinquedos que González ganhou nas barraquinhas
do parque de diversão que ficava do lado de fora do circo. Rafael comeu de tudo,
brincou, correu para todo lado sempre com um sorriso enorme no rosto demostrando
o quanto estava feliz de estar ali. Já na residência da sua paixão mal resolvida, o
Espanhol pegou o adolescente no colo e colocou na cama com o maior carinho do
mundo, o via como uma criança grande é não como um adolescente especial,
realmente tinha um sentimento especial pelo garoto. Sol olhava o jeito do Espanhol
tratar o irmão, observando a forma gentil dele cobrir Rafael que ainda dormia com o
semblante tranquilo.
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— Buena noche.— Olhava para ela de uma forma tão profunda que a Advogada podia
sentir a intensidade vindo dele e posando nela sem pretensão de sair. –Solange.—Se
despediu sério pela primeira não usando nenhum apelido carinhoso, e ela sentiu falta
disso.

—Alerrando eu queria agradecer por tudo que fez pelo meu irm...

—No precisa agradecer, fiz por ele e no por ti.—Ele a cortou antes mesmo de terminar
o agradecimento.

—Eu sei, mesmo assim estou muito grata com você, a alegria dele e a minha
também.— Falava de cabeça baixa sem entender a razão dele estar a tratando de
uma forma tão rude, não sabendo a jovem que aquela reação dele era reflexo do efeito
que a presença dela tinha sobre ele. Ainda mais que o mesmo tinha imaginado um
despedida bem diferente para eles naquela noite, queria poder beija-la e dizer como se
sentia bem ao lado dela.

—Yo entendo, tenha una buena noche... Solange.—Era até engraçado como a
Advogada tinha se acostumando tanto com ele a chamando por apelidos carinhos que
agora não conseguia ouvir ele se referindo a ela de uma forma diferente, também não
gostava de ver o mesmo tão sério como estava naquele momento.

—Adios Solange.— Com esse adeus González pretendia também se despedir do que
sentia por aquela mulher.—Será que da para parar de me chamar assim Espanhol?.—
Sol se zangou com ele, estava cansada de ser tratada com tanta indiferença sem nem
se quer saber o motivo.
—Mas este no es tu noble muchacha ?—Respondeu com cinismo.

—Quer saber? Se você quer agir como criança e não falar o que está acontecendo
tudo bem, Adios para você também muchacho.—O estado normal da moça era
calmaria, mas quando nervosa era tempestade pura. – Se tu no sabes o que é, no vai
ser yo que vai ficar explicando nada para ti.—A sua falta de experiência no assunto
não deixava o Latino entender que a moça não era culpada por não corresponder os
sentimentos dele.

—Não sei como consegue mudar de incrível para um idiota em tão pouco tempo.— A
jovem andava de um lado para o outro em frente o portão da casa dela como se
estivesse falando mais para ela do que para ele mesmo, o homem tinha uma
capacidade incrível de tira-la do sério.

—Porque no soy homble suficiente para ti carinho? Diga o que no gosta em mim que
yo posso mudar my amor.

—No começo te achava um idiota, mas hoje me provou ser um homem maravilhoso
Alerrando, mas não consigo sentir atração por homens brancos, nunca me interessei
por nem um se quer, desculpa.—Falou a verdade, e ele sabia disso. Dessa vez não
brigou, entrou no carro e foi embora sem dizer mais nenhuma palavra antes que a
chuva que estava querendo vir antes, começasse a cair feito uma tempestade sobre o
seu rosto bem na frente dela.

******

Jackson passou o dia todo trabalhando preocupada com o sumiço do Chefe, pensou
em perguntar para González ou para amiga Solange, mas a expressão triste
presente no rosto dos dois era tanta que preferiu não incomodar nenhum dos dois. Na
hora do almoço Matheus chamou ela para ir almoçar em um restaurante ali perto.

—Como está sendo o seu dia hoje nega?.—O Moreno alisava a mão da jovem sobre
a mesa com carinho.—O que você disse?— Perguntou confusa, estava com os
pensamentos longe de mais no momento.
—Perguntei como está sendo o seu dia linda?.

—Está sendo bom, ainda mais que estou aqui com você agora.—Mentiu, ate gostava
da companhia dele, mas não via a hora do dia passar logo para ir para casa, para ela
aquele Fórum ficava triste de mais sem a presença do Juiz.
—Pra mim estar com o seu lado se tornou a melhor coisa do mundo minha Deusa de
Ébano.—Matheus se inclinou sobre a mesa e a beijou de uma forma quente, assim
que terminaram o beijo Yudi teve uma sensação estranha de estar sendo vigiada por
alguém. O resto do dia passou focada no trabalho, ligou remarcado os compromissos
que o Juiz teria que ir naquele dia e organizou o gabinete dele todo antes de ir embora,
teve que prender a respiração para não se embriagar com o perfume dele que mesmo
não estando presente no local estava estranhamente predominando por toda a parte.
Fez o que tinha que fazer, pegou a bolsa e partiu um pouco mais cedo, sem a
presença de Thompson no Fórum não tinha muito o que fazer, ficou horas no ponto de
ônibus esperando um que fosse em direção ao seu Bairro, ouve um momento que
apareceu um homem estranho e ficou a encarando de forma, não parava de olhar
para as pernas grossas da negra que estavam de fora, naquele dia ela usava um
vestido curto vermelho colado ao corpo. Quando ônibus enfim chegou percebeu que o
homem estranho entrou também, sentou em uma duas cadeiras ao lado dela e
continuou a fitando de uma forma muito indecente, como um caçador vigiando a
presa. Era um homem de aproximadamente uns trinta e pouco anos, alto e de porte
físico forte, barbudo e com piercimg e tatuagem espalhado por todo rosto. O estranho
sorriu malicioso para ela mostrando dois dentes que faltavam bem na frete, estava
usando uma blusa de moletom cinza de touca que no momento estava na cabeça.
Yudi assim que o ônibus parou em seu ponto, esperta como era tirou a sandália preta
de salto começando a correr assim que desceu, não era boba. Notou logo que o
homem havia descido no mesmo ponto que ela é vinha andando rápido atrás dela, já
era um pouco tarde e não tinha ninguém na Rua naquela momento, tomada pelo medo
começou a correr cada vez mais, quando olhou para trás se desesperou vendo ele
também correndo atrás dela. Começou a chorar pedindo socorro, a distância entre os
dois era pequena quando em uma fração de segundos ela olhou para trás novamente
e o homem tinha simplesmente desaparecido, apenas o seu boné havia ficado caído
no chão como se o homem tivesse sido tirado dali a força por alguém, mas por quem?
Perguntou a negra para si mesmo, agradecendo mentalmente quem quer que fosse.

—Didi, aonde foi a festa gata?.—Perguntou Dimy assim que viu a irmã chegando toda
descabelada.

—Yudi o que ouve? Você está bem? Sente-se aqui enquanto vou buscar um copo de
água com açúcar para você se acalmar um pouco.—Max atencioso como sempre
notou imediatamente o estado nervoso da moça.—Obrigada.—Respondeu assim que
pegou o copo da mão dele, quase engasgou quando reparou que a casa estava tão
limpa e arrumada que dava para comer no chão se quisesse. Na estante os livros de
Maxmilian e os cds dela estavam arrumados por ontem alfabética, o piso de cerâmica
branca nunca teve tão limpo. O sofá Velho tinha sido coberto com uma colcha Antiga
de estampa de oncinha que tinha guardada, as almofadas estavam arrumadas de uma
forma tão estrategicamente que dava a impressão que a poltrona de dois lugares era
nova. A cozinha então estava de dar gosto de olhar, tudo limpo e guardado no seu
devido lugar. A mesa estava posta com o jantar pronto esperando por ela..

— Para agradecer o café da manhã que fez pra gente hoje.—Max disse com um
sorriso doce..

—Não precisava fazer isso pequeno, mas agradeço por ter feito. Essa casa nunca
esteve tão linda.—Jackson olhava para tudo admirada, não conhecia muitas crianças,
mas aquela de fato era diferente de todas.

—Poxa mana, e eu que lavei o banheiro inteiro sozinho não mereço agradecimento
não? Aquele lugar estava horrível, você tem comido o que em fia. – Edmilson estava
se sentindo magoado por ninguém dar valor ao trabalho árduo que tinha feito
passando um pano mais ou menos no chão do minúsculo comado que fazia parte da
casa.
—Obrigada por ter deixado a maioria do serviço para uma criança de dez anos fazer
Edmilson.1

—De nada mana, também te amo. Agora vamos jantar porque a lombriga aqui na
minha barriga está fazendo um carnaval de fome, vamos ver se a comida do meu
sobrinho branquelo cozia bem.1

Jantaram e depois passaram grande parte da noite vendo filme de terror, Dimy fazia
um escândalo em cada parte, Max chorava de rir do Tio postiço que tinha ganhado, a
todo momento perguntava Yudi se ela estava bem. A negra foi dormir pensando em
tudo que tinha acontecido, acordou cedo e foi trabalhar ansiosa pensando se o Juiz iria
aparecer, a cada vez que a porta do elevador abria seu coração batia forte na
esperança de ser ele. As nove e meia a grande porta de aço abriu dando a bela
imagem do homem que naquele dia estava mais lindo e cheiroso do que nunca, a
primeira coisa foi que reparou foi o curativo nas duas mãos. O terno era todo Preto,
com um no tão bem feito na gravata que era para dar inveja em qualquer um. O cabelo
muito bem arrumado para trás com gel, e um semblante mais sério do que sê costume
no rosto.

—Bom dia.—Cumprimentou sem olhar no rosto de ninguém, principalmente da


Assistente. Entrou no gabinete e ficou um bom tempo lá dentro, depois saiu com o
mesmo semblante sério.

—Tenho uma audiência daqui a meia hora. Thompson falava de uma forma fria.—
Arrume tudo porque vamos sair daqui a alguns minutos.

—Estarei pronta em poucos minutos Senhor.—A moça levantou apressada arrumando


tudo o que precisaria levar.

—Hoje quem vai me acompanhar e você Amanda, arrume tudo. Estarei te aguardando
no carro.—Jackson ficou triste como o Juiz falou com a Secretaria como se ela nem
estivesse ali, não era de se magoar fácil, mas aquilo lhe deixou extremamente
chateada.2

***

Depois de passar o dia todo evitando a Assistente, o Juiz foi para a casa cansado
devido ao dia tendo de trabalho, o fato de ter dormido pouco na noite anterior não
ajudou muito. Ficou grande parte do tempo fora devido a audiência, entrou no quarto
tirando cada peça de roupa do corpo e foi caminhando em direção ao enorme banheiro
azulejado, era totalmente branco e com grandes espelhos por toda parte. Apoiou as
mãos na parede e deixou a água cair sobre o seu belo corpo másculo, tinha
esperanças que com ela iria toda tensão que estava presente em si. Se enxugou com
calma, vestiu apenas uma calça de moletom e foi para cozinha preparar um salada
leve para comer. Fez um suco de laranja para acompanhar, sentou na mesa com uma
postura elegante que parecia estar em um restaurante de luxo e não em casa. Se bem
que a cozia luxuosa toda em inox não deixava a desejar em nada, era toda de aço com
os móveis mais moderdo que existia no mercado, gostava de cozinhar sempre que
tinha tempo. Assim que ia levar o garfo na boca ouviu a campanhia tocar, quando
abriu a porta deu de cara com um Espanhol completamente embriagado.

Capítulo 8
4.9K 709 249

de MarliaSillva Following

Thompson quase não conseguiu segurar o corpo do amigo que caiu desmaiado em
seus braços, com muito esforço arrastou Alerrando para o banheiro. Ligou o chuveiro
no grau mais frio que tinha e enfiou o mesmo com roupa e tudo de baixo da água
gelada.

“Ela no me quer, porque no soy de cor Jhon.”

“Ela no me quer... Ela no me quer my amigo.”1

“ Yo queria parecer com o Will Smith, assim aquela muchacha iria gostar de mim.”10

Era algumas das coisas que o Espanhol falava enquanto chorava sobre o efeito das
três garrafa de tequila que bebeu, John além de dar banho no amigo o ajudou a se
vestir e o colocou na cama do quarto de hóspedes, não deixava ninguém entrar no que
usava para dormir. Alerrando praticamente desmaiou em cima da cama, Jhon sem
sono resolveu trabalhar um pouco.

O juiz estava sentado no sofá branco da sala, agora trajando uma calça de moletom
preta e uma camisa branca fina de algodão, a outra tinha molhado. Os pés estavam
descalço, gostava de ficar assim dentro de casa, o cabelo bem arrumado e a postura
elegante como escrevia um relatório no seu notebook de última geração da Apple,
parecia estar no meio de uma reunião importante e não na sua sala de estar. Na
parede também branca como tudo presente ali diferente apenas do chão que era
negro como a noite, tinha uma televisão de noventa polegadas na parede, tão grande
que parecia uma tela de cinema. Ligada em um canal do Jornal News falando sobre a
violência nas periferias, em especial o caso de um homem que foi espancado
misteriosamente em um beco, após puxar a ficha do mesmo no hospital descobriam
que ele era procurado pela Polícia por abuso de mulheres.

“Hoje de manhã a Polícia encontrou Dalton Belcon caído dentro de um beco, tinha
sido misteriosamente espancado. Os moradores do Bairro de Buckilim disseram não
ter visto nada na noite do crime, o mais engraçado foi que no hospital onde a vítima foi
levada descobrir que o mesmo se tratava de um estuprador.”

Disse a repórter âncora do jornal em frente ao beco onde o homem tinha sido
encontrado.

—Este no es o Bairro onde la tua Assitente mora?. – González apareceu na sala com
o semblante totalmente desfalecido, tinha acabado de acordar, mesmo o Latino sendo
um homem grande Jhon era ainda maior, então suas roupas ficaram um pouco grande
nele, principalmente as calças que teve que andar segurando de um lado para não
cair. Praticamente se jogou no sofá sentando bem ao lado do amigo.

—Não sei.—Respondeu com desdém, apenas ajeitou sensualmente o óculos de leitura


que estava usando e olhou para TV por um estante, voltando a atenção novamente
para o notebook como se aquela notícia do Telejornal não o surpreendesse nenhum
pouco.2

—Boa noite.—O juiz desejou para aquela figura totalmente acabada ao seu lado.

—Buena noche só se for para tu.—Bufou Alerrando meio cabisbaixo, os cabelos que
trazia sempre bem arrumado agora estava todo bagunçado jogado encima do rosto.
Era até engraçado de ver o que o amor era capaz de fazer com uma pessoa.

—A minha também não está sendo das melhores.—Respondeu para o amigo sem tirar
a atenção do que estava fazendo.—Mas nem por isso saí por ai me embriagando, em
vez de agir como um adolescente prefiro ficar em casa fazendo alguma coisa útil.—
Thompson sabia ser hostil quando queria, não disse as claras, mas ver o Espanhol
naquele estado tinha o deixado um tanto chateado.

— Yo sei my amigo.—Abaixou a cabeça pensativo.—Mas tu no tem nenhuma garrafa


de tequila por aqui? Amanhã começo agir feito uno homble, hoje topo qualquer coisa
para esquecer aquela mujer sem coracion, que no me quer porque por no soy de cor.
— González falava sem coragem de olhar para o Juiz, estava envergonhado do estado
deplorável em que se encontrava.
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—Você não vai beber mais hoje.—O encarou de forma severa.—Nem nunca, sou seu
amigo é não vou admitir que isso se repita, se quer tanto essa mulher para você vai a
luta, isso é coisa que um homem de verdade faz.
—Olha quem esta aplando, tu no ama la entojada da Suzana e mesmo assim vai casar
com ela.

— Amor não existe González, pare de falar como se tivesse quinze anos, agora me
deixe assistir o meu jornal em paz .—O Homem da Lei se sentindo pressionado com o
assunto tentou mudar o foco da conversa, pegou o controle para aumentar o volume
para não escutar mais a voz do Latino, sabia se desse corda amigo iria falar da relação
dele com a noiva pelo resto da noite, não gostava dela e deixava isso bem claro.
—Dios mio.— O Espanhol levantou as pressas como se estivesse esquecendo de
alguma coisa muito importante, foi até TV e manualmente colocou no canal se
Telenovelas Mexicanas.—Quase me esqueci que hoje es o último capítulo de la minha
novela preferida.—O juiz do mesmo jeito que estava segurando o controle no ar ficou
olhando para o amigo, que sentou novamente ao seu lado roendo as unhas
hipnotizado olhando para a grande tela a sua frente. Jhon revirou os olhos só de ouvir
a voz enjoada do galã da novela, cruzou os braços sem paciência e respirou fundo
para não se irritar mais do que já estava.1

— Essa mulher não vai parar de chorar nunca?.—Perguntou Thompson nervoso


depois ver a mocinha chorarando pela terceira vez apenas naquela cena. O
engraçado que mesmo reclamando de tudo o que acontecia no desenrolar da história,
continuava ali firme e forte assistindo o grande sucesso do canal Mexicano Televisa.5

—Shiiiiii.—Alerrando levou o dedo indicador a boca pedindo que o amigo ficasse em


silêncio, era a parte onde enfim a mocinha Maria Mercedes dizia para o seu par
romântico Carlos Daniel que o amava do jeito que ele era, as lágrimas escorria pelo
rosto do Latino sem parar.1

—Serio que você está chorando González? Será meu Deus que o único amigo que eu
tenho na vida virou caso de psiquiatra, isso que está passando ai nem é verdade,
sinto muito em te desiludir mas amor de verdade não existe mesmo.4

—No estou a chorar por causa da novela Jhon.—Respondeu fungando enquanto


limpava o nariz na beirada da camisa de marca alemã do amigo que estava usando .

—Então está chorando por causa de que criatura?.—Jhon estava começando a perder
a paciência com ele.

—Porque queria que lá sol ablase isso para mim também.3


—Agora que você me fez começar ver essa porcaria, fecha a boca e vamos assistir até
o fim Alerrando. Não que eu esteja gostando e claro, mas odeio fazer as coisas pela
metade.5

—Sei.—Respondeu González sorrindo pela primeira vez naquela noite.

***

Era dia de Julgamento no Fórum, em vez do Juiz Thompson prestar atenção no


depoimento do acusado, estava com os olhos fixo nas pernas da Assistente que
estava sentada no fundo da sala para assistir a audiência. Ela vestia uma mini saia
roxa toda rodada com um véu Preto em baixo, uma camiseta branca com dois botões
abertos sdeixando um decote bem chamativo a mostra, nos pés um allstar surrado
que tinha desde a época da Escola. Queria estar usando um dos seus saltos, mas
tinha machucado o pé na fuga do homem que sumiu misteriosamente, estava
parecendo uma adolescente no colegial. A forma como cruzava as pernas de um lado
para o outro levando a caneta na boca de uma forma tão sensual mordendo com
aqueles lábios carnudos bem pintado de vermelho fosco para o Juiz parecia rolar em
câmera lenta, a negra passava a mão no cabelo de um jeito que parecia ser
especialmente para provoca-lo. O pobre homem tentava olhar para qualquer lugar
menos para a jovem, estava irritado por ela ter o poder de faze-lo perder o controle
assim tão rápido, de um jeito que estava começando a colocar o seu trabalho em
risco. Nunca nada tinha feito Thompson perder a razão daquela forma, mesmo sendo
um homem sem medo, aquela situação estava lhe deixando um tanto assustado para
não dizer apavorado.

—O Senhor está bem Meritíssimo?.—O Advogado do acusado parou o depoimento e


perguntou preocupado para o Juiz que estava suando sem parar, as gotas de água
desciam e traçava um caminho descendo pelo pescoço e sumindo dentro da sua toga.

—Essa audiência está em recesso por quarenta e cinco minutos. – Anunciou. Era o
tempo mínimo que precisava para acalmar o volume que tinha se formado debaixo
dentro da sua calça. Quando o Juiz voltou adentou o recinto desfilando dentro da sua
beca esbanjando charme para todo o lado, foi de fazer qualquer mulher no recinto
suspirar, Yudi não pode voltar porque do nada apareceu em cima da sua mesa uma
pilha de relatórios para revisar, sem a presença dela para atrapalhar o julgamento
transcorreu perfeitamente bem, Jhon como sempre fez um trabalho especular. Porém,
sem condições emocionalmente de continuar presente naquele Fórum, seguiu o
conselho do Padrinho Marcos Louzada veterano naquela profissão e tirou o resto do
dia de folga. Mesmo depois de tomar dois banhos frios e tentar outras coisas para
abaixar o membro que parecia ter adquirido vida própria, estava cansado e estressado
com aquilo. Com um mal humor fora do normal, resolveu acabar sua tensão
malhando, depois saiu acompanhado do seu exército de homens de preto para
comprar alguma coisa para comer, mesmo que não fosse o que ele queria. Saiu para
comprar alguma algo saudável no mercado, mas acabou chegando em casa com
quatro bolsas do Mc Donald’s, onde andava era o centro das atenções, principalmente
das mulheres que não tirava os olhos do volume que carregava no meio das pernas.

13

*******

Yudi passou o resto do dia revisando a pilha de relatórios, perdeu ate a hora fazendo
aquilo, tanto que nem viu Solange ir embora.

—Mas que droga.—Ficou com raiva quando olhou no relógio e descobriu o quanto já
era tarde, ajeitou a bagunça sobre a mesa e saiu andando rápido mancando
arrastando o pé esquerdo, estava sentada no ponto de ônibus distraída mexendo no
celular quando viu uma BMW preta luxuosa parando bem na sua frente, o vidro escuro
abaixou deixando a mostra belo rosto do homem que ela julgava de fato ser o mais
lindo do mundo. Parecia ter acabado de tomar banho, porque o cabelo estava molhado
muito bem arrumado penteado totó para trás, não trajava terno. Estava todo de preto,
blusa de manga cumprida e calça de pano mole, parecia estar arrumando para dormir
e não sair. Como se a decisão de estar ali tivesse sido tomada rápido. Mesmo a alguns
metros de distância do veículo o cheiro do perfume dele invadiu as suas narinas e a
puxou para mais perto do veículo como se fosse o aroma de um animal chamando a
fêmea para acasalar.

—Entre.— Mandou sem nem antes cumprimentar ou perguntar se ela queria carona.
—Boa noite para o Senhor também.—Ironizou sem desviar o olhar dos belos olhos
azuis que a fitava de forma indecifrável.
—Boa noite Senhorita Jackson.—Sua voz estava mais grave do que o de costume,
coisa que a Assistente notou na mesma hora, ela também notou que tinha alguma
coisa de muito diferente nele.

—Foi bom te encontrar por aqui Meritíssimo, mas não é seguro ficar parado com um
carro tão caro como este parado muito tempo na Rua, acho melhor ir embora enquanto
não acontece nada de mais com a vossa excelência.

—Ficar aqui conversando com você e mais perigoso pra mim do que imagina.—Ele
falava olhando para frente com o pensamento longe.
—Mas estou disposto a correr o risco.

Agora os olhos que pareciam perdidos estavam fixos ao da jovem de uma forma
penetrante. Tem razão, este bairro está se tornando muito violento, ainda mais para
uma mulher sozinha andando por ai a essa hora, vou te levar em casa hoje. E não
venha com desculpas por que não estou com paciência para discutir com você hoje.—
Parecia nervoso.—Então entre.

A porta do lado do passageiro no mesmo momento se destrancou, abrindo sozinha


para que ela entrasse.—Agradeço muito a gentileza do Senhor mais realmente não
precisa, o meu ônibus está quase chegando.—Tentou negar, se já era mal falada no
Bairro imagina se aparecesse saindo de um carro como aquele. Iriam dizer que tinha
virado prostituta de luxo, não que se importasse com os comentários alheios, mas não
queria mais problemas com o pai.1

—Entre.— O semblante dele estava assustadoramente sério.—Não vou mandar


novamente.—Ordenou de forma ameaçadora.

—A você manda? Só se for na suas negas pra lá gato, porque em mim nem em
sonho.—Ela fechou a porta com força e virou as costas saindo mancando em direção
ao banco.1

—Por favor... Yudi.—Ele pediu chamando ela pelo nome, fazendo a mesma parar ao
ouviu tais palavras, nunca tinha sido educada com ela daquela forma. Voltou meio
desconfiada e entrou no carro, era tanto luxo que ficou com medo de encostar em
qualquer coisa que fosse para não quebrar ou sujar, o sinto era moderno como tudo
naquele carro, estava tendo dificuldades para colocar. Então o Juiz se curvou por cima
dela para ajudar, teve que se segurar para não toca-lo quando sentiu o cheiro dele tão
próximo. Sentiu algo grande e duro tocar na sua perna, pensou que ele deveria andar
armado e por isso não estava com medo de ficar parado com aquele carrão no meio
da Rua.10

—Pronto.—Disse ainda na mesma posição, porém agora com o rosto virado para
frente. Seus lábios estavam tãoproximos que por um momento pensou que fosse
beija-la a qualquer momento. Mas não o fez, sentou de volta no seu lugar e deu
partida, saindo andando em uma velocidade moderada. Thompson dirigia com uma
postura tão elegante que a negra se perguntava se aquele homem não ficava de forma
a vontade nunca, apesar que naquele dia estava com o semblante mais leve, toda vez
que ia mudar de marcha fazia questão de encostar a mão na coxa dela.

—Gostou da minha saia?.—Perguntou Jackson incomodada com o chefe que vez o


outra passava os olhos discretamente nas pernas dela.

— É, achei cor bastante interessante .—Respondeu com um sorriso charmoso meio


de lado, se Yudi não estive tão chocada dele estar tentado fazer uma piada teria
respondido a graça que ele havia feito para o lado dela.

—Vindo de quem usa apenas Preto, branco e cinza é realmente um elogio.

—Provocou o gosto que o Juiz tinha por cores neutras, elas estavam presente no seu
local de trabalho, na sua resistência e principalmente nas suas vestes.—Bom saber
que não é só eu que reparo nas suas roupas exóticas.—Fez uma varredura nela de
cima abaixo proporcionalmente pousando o olhar no dela.—Pelo jeito você também
tem passado bastante tempo reparando nas minhas.

—Apenas sou observadora.— Ela tentou, mas conseguiu mentir. A presença dele
mexia de mais com ela para conseguir raciocinar direito.

—Eu também sou.


—Proclamou com sua habitual voz sexy arqueado a sobrancelha enquanto olhava
descaradamente para o decote da moça. O celular da Assistente vibrou avisando que
tinha mensagem nova chegando, ela sorriu e mexeu no cabelo meio tímida assim que
leu, o homem esperto como era apenas vendo ela digitar cada letra para responder
conseguiu saber exatamente o que ela estava digitando .

“ Também estou com saudades Matheus, amanhã a gente se vê, pode ser?.”
—Não pode.—Pensou alto.

—O Senhor disse alguma coisa?.—Jackson perguntou confusa, tinha ouvido bem mas
preferiu achar que fosse coisa da sua cabeça.—Não.—Respondeu com o semblante
sério como de costume.

—O que tem entre você e o Secretário do Presidente?.—Foi direto, não era homem de
meias palavras. Yudi olhou para ele sem acreditar na pergunta que tinha acabado de
ouvir, sendo chefe dela o não isso não lhe dava o direito de ficar querendo saber da
sua vida pessoal. Ela encostou mais as costas no banco e cruzou os braços encima
dos seios com a cara emburrada deixando bem claro que aquela conversa não estava
a agradando nem um pouco.
— Somos amigos.—Respondeu querendo dar fim ao assunto.
—Amigos não beijam na boca Jackson, ainda mais daquela forma.—A pobre moça
sentiu o seu rosto queimar diante de tais palavras do chefe, não entendia como o
mesmo sabia do beijo sendo que o ato aconteceu muito tempo depois dele ter ido
embora com a noiva. O jeito acusador que o Juiz a encarava estava lhe deixando
muito nervosa, era solteira e o Matheus também. Não via mal nenhum dos dois
estarem se conhecendo melhor.

—Se sabia que nós estávamos ficando porque perguntou o que tenho com ele?.—Foi
grossa, estava muito nervosa para agir de outra maneira

— Sabia. Mas queria ouvir de você.— A velocidade do carro aumentava cada vez
mais, Yudi teve que se segurar para não cair.
—Qual é a importância dele na sua vida?.—Perguntou prestando a atenção na
estrada.
—Por favor vai mais devagar Srnhor, estou ficando assustada.

—Responda.—Ordenou pisando fundo no acelerador.

—Ele me trata com respeito, consegue ver a mulher que sou por dentro, não como
uma vadia igual a maioria me julga quando me olham por fora, as pessoas são mais
do que os olhos podem ver, pena que pouca gente sabe disdo.—Jackson falava com
as duas mãos cobrindo o rosto e a voz trêmula por conta do medo que estava sentindo
com o carro naquela velocidade toda, sentiu o baque do carro freando rápido parando
bem em frente ao seu apartamento.
—Você é louco ou o que? Nunca mais entro em um carro com você.—Com muita
dificuldade conseguiu tirar o sinto para tentar sair, mas foi impedida. Soube disso
quando ouviu o barulho das quatro porta do veículo sendo trancadas.

—Me desculpa por ter falado na Suzana naquele dia.. Yudi. – Sua cabeça estava baixa
e as mãos entrelaçando um dedo no outro mostrando o quanto estava nervoso, era
perigo de mais ficar perto dela. Tinha um poder absurdo sobre as emoções dele.—
Não queria ter magoado você.—Completou ainda com o olhar baixo.

— Olha, muito obrigada pela carona, mas falando na sua noiva acredito que ela não
vai gostar de saber que tem carregado outra mulher por ai. Não quero problemas
então sugiro que isso não se repita mais Meritíssimo.—Ele segurou firme no volante
com a respiração ofegante, após ouvir ela chama-lo daquela forma, isso mexia com o
homem de uma forma arrebatadora.

—E se não existisse mais noiva?— Como uma chuva passageira de verão, os olhos
de Thompson foi mudando de azul profundo para um tom estranhamente escuro meio
acinzentado. Deixando a negra complementa hipnotizada com tal maravilha
acontecendo bem diante aos seus olhos, como se estivesse precinsiando um milagre
da natureza.3

—E porque não teria mais noiva?.—Respondeu uma pergunta fazendo outra, estava
com o coração batendo a mil, não era mulher de fugir de nada, queria saber onde ele
queria chegar com aquele jogo.

—Não é certo manter compromisso com uma mulher, com outra na cabeça.—
Respondeu seguro, faltando pouco falar que aquela outra estava bem na sua frente.

Capítulo 9
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de MarliaSillva Following

“ E se não existisse mais noiva?.”


O Juiz estava tenso, não sabia como foi acabar com o carro parado bem no meio do
Bairro Bucklim, lugar mais perigoso da cidade. Ainda mais por cima com sua
Assistente sentada ao seu lado toda sem jeito com a pergunta tão evasiva que tinha
acabado de fazer para ela, percebeu que além de perder o comando do seu corpo
também estava perdendo o da razão, e na condição dele isso não era nada bom.
Agora que já tinha falado de mais, estava ansioso querendo saber a resposta dela.
Passava a mão pelo cabelo compulsivamente mostrando o quanto estava nervoso,
acertou a postura no banco e respirou fundo na tentativa inútil de se acalmar um
pouco, a presença dela o deixava um tanto incomodado.

—Então Meritíssimo eu acho que.—Parou de falar assim que viu um grupo de jovens
bebendo em frente ao seu apartamento.— Espera um pouco ai, aquele e o Edmilson?
Abra esse carro agora.—Praticamente gritou.4

—Quem é esse... Edmilson.—Colocou bastante ênfase no nome continuando no


mesmo lugar onde estava sem mover um centímetro se quer.
– Abra ou vou começar a quebrar tudo que existe aqui dentro.—No mesmo momento
pode se ouvir o barulho da porta sendo destrancada, ela levantou em um pulo e saiu
igual a uma onça em direção onde o irmão estava, já chegou dando um cascudo bem
generoso na nuca dele o puxando pela orelha.

—Ai Didi, você me machucou mulher. E para te me tratar como criança porque quem
manda na parada sou eu minha filha.—Levantou a voz se fazendo de macho na frente
dos amigos, mas bastou a irmã levantar a mão para dar outro cascudo nele que se
encolheu todo chorando.2

—Se eu te pegar andando com esses vagabundos novamente eu vou te dar uma coça
que nunca mais vai esquecer garoto, ainda vou contar para o nosso pai tudo o que
você apronta.—Ela falava dando tapas nele que se protegia com os braços.

— Quem é vagado aqui sua vadia? E muito corajosa de enfrentar a gente sozinha,
não tem medo da morte não minha filha.—Um dos jovens de aproximadamente
dezessete anos vestindo um conjunto vermelho falsificado da Adidas a ameaçou na
cara dura, era um moreno alto, não dava para ver o rosto direito porque a sombra da
aba quadrada enorme do boné escondia tudo, no pescoço tinha uma coleção de
cordões pendurado.
—Quem disse que ela está sozinha?.—Thompson apareceu exibindo seus um e
noventa e cinco de altura, a camisa justa deixava muito bem a marcado os músculos
bem definido. Yudi ficou passada de ver ele ali, achava que tinha ido embora assim
que saiu do carro. O homem estava com os braços cruzados sobre o peito e uma cara
que não era das melhores, os três jovens que antes eram coragem pura ameaçando a
moça, agora tremiam de medo dele.1

—Vou contar até cinco.— Não precisou chegar nem no dois para não sentir mais nem
o cheiro dos garotos ali para contar história.

—Caraca Mano, parecia até que estava vendo a cena do filme do Super Man, Didi de
onde conhece o pronto para matar ai?.8

—Cala boca e entra agora Dimy.— Jackson estava fora de si de tão nervoso, amava
de mais o irmão para se quer imaginar vê-lo andando com más companhias. Jhon não
parava de olhar para ela, estava reparando com ficava atraente quando estava
nervosa.

—Tá bom mulher já estou indo.—Respondeu o jovem encostado na parede de tijolos


do prédio revirando os olhos, usava aquelas calças Jens largas que mostrava a
metade da cueca que a irmã tanto odiava que usasse .

—O nome dela e Yudi.—Thompson exclamou para Edmilson de forma advertida.—


Além de ser sua irmã é mais velha que você e merece ser tratada com respeito, se eu
souber que não a obedeceu se quer uma ordem dela dada a você, depois vai ter que
se entender comigo, entendeu bem?. – Olhou para o menino de uma forma tão severa
que até Yudi se sentiu intimidada de ficar perto dele.2
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—Sim Senhor.— Respondeu de cabeça baixa, apesar de não ter muito juízo era um
garoto educado, do jeito dele mas era.

—Não ouvi direito.—Tinha ouvido perfeitamente, mas faze-lo repetir novamente era
bom para não esquecer tão cedo, tinha aprendido isso quando foi para o exército.

—Sim Senhor projeto de Super Man.—Dimy rosnou alto antes de entrar pisando
duro.4

—Obrigada.—Agradeceu a negra envergonhada com o ocorrido.

—De nada.— Respondeu a encarando fixamente.

— Porque está me olhando assim?.—Estava ficando incomodada com aquilo.

—Estou esperando.

—O que meu bem? Um bebê.— A moça fez piada tentando desviar o assunto, sabia
que ele estava falando da conversa que começaram no carro.1
—Não se faça de boba Senhorita Jackson.— A expressão séria demonstrava que
estava começando a se irritar.

—Já está tarde Meritíssimo.—Olhava para mãos demostrando que também estava
nervosa, era segura de si, mas a presença dele a intimidava de uma forma
avassaladora.
—Tenho que entrar, boa noite.—Virou as pressas na intenção de ir embora, acabou
torcendo o mesmo pé que já estava machucado, sem conseguir se manter de pé caiu
nós braços másculos do chefe.

—Peguei.— Sussurrou sensualmente no ouvido da Assistente, segurança ela no colo


como uma casal recém casados, a voz grossa dele a fez arrepiar de cima a baixo, ele
sorriu meio de lado percebendo isso.

— Esta com frio Senhorita Jackson?..—A provocou com a voz mais sexy ainda.

—Não, é calor mesmo.—Respondeu sem pensar a pobre moça, estava nervosa de


mais com o contato tão próximo com ele.—Poderia me colocar no chão agora
senhor?.—Pediu.

— Thompson não respondeu nada, começou andar em direção ao mesmo lugar que
viu o irmão da moça entrar.

—Não precisa fazer isso se .—Yudi disse quando percebeu o que ele pretendia fazer.

—Não estou te perguntando nada.—Disse grosso, sabia ser bastante quando queria.
Curiosamente dentro do prédio foi exatamente onde era o apartamento dela, como não
tinha elevador subiu os cinco andares com ela nos braços como se estivesse
carregando uma pena. Abriu a porta com uma facilidade tremenda, um ato tão natural
que parecia ter feito aquilo várias vezes, o engraçado era que a maçaneta estava com
problema, só quem conhecia bem conseguia abrir na segunda ou terceira tentativa, o
Juiz abriu de primeira.

—Yudi o que ouve?.—Max veio correndo até ela preocupado, já Edmilson no mesmo
lugar que estava ficou hipnotizado vendo seu seriado favorito “Todo mundo odeia o
Chris” enquanto devorava uma sacola de pipoca de micro-ondas, sentado de forma
espalhafatosa no sofá tomando conta de pelo menos oitenta por cento dele.1
—Não aconteceu nada, apenas torci o pé.—Tranquilizou o garoto depois de ser
colocada com muito carinho pelo Juiz, que a sentou nos vinte por cento livre que
sobrou do sofá, já que o irmão tomou conta de todo o resto sem pretensão de sair.1

—Não acredito que estou diante do Juiz Jhon Thompson, grande nome na ala jurídica
dos Estados Unidos, homem que julga pensando na justiça e não na fama, cansei de
ler nos jornais caso de grandes magnatas que foram desmascarados pelo Senhor e
estão pagando pelos seus crimes até hoje. Tinha perdido a fé na humanidade, mas ter
conhecido a Yudi e o Senhor me faz ter vontade de voltar a acreditar nas pessoas
novamente, me sinto honrado de estar diante da sua presença.—Jhon que antes tinha
a atenção olhando cada detalhe da simples da residência de sua Assistente, agora
estava estupefato depois de ouvir tais palavras tão adulta saindo de uma criança.2

—O prazer e todo meu filho, não fiz nada além do meu trabalho.— Era modesto,
curvou um pouco o corpo lhe estendendo a mão, a educação ali era abundante em
ambas partes, como se os dois falassem a mesma língua.
—Não mais que o meu Senhor, sempre foi meu Super Herói. Não acredito nessa
baboseira que obrigam nós crianças a acreditar em poderes surreais que existe
apenas em quadrinhos, herói para mim é mais que isso entendi? Tipo quem da comida
aos pobres, sabe falar uma palavra amiga na hora certa ou que ajuda o próximo sem
nenhum interesse em troca.—O menino no mesmo momento olhou para sua bem
feitora de forma cumprisse , fazendo a mesma sorrir com o elogio discreto que fez
direcionado a ela. Não gostava de crianças, achava chatas enjoadas, mas realmente
simpatizava com aquela, e não foi a única porque o Juiz também tinha gostado do
garoto.

—Qual o seu nome filho?.

—Maxmilian ao seu dispor Senhor.

—Pode me chamar apenas de Jhon, prazer conhece-lo.

—Igualmente Meritíssimo.

—De onde conhece a Senhorita Jackson Maxmilian?.—Perguntou curioso, fazendo a


jovem arregalar os olhos com medo da resposta do garoto, se ele contasse a verdade
poderia ser presa por sequestro, mesmo tendo feito apenas na intenção de ajudar
poderia ter grandes problemas.
— Yudi e muito amiga amiga da minha mãe, como o namorado dela e músico e esta
sempre viajando, ela me deixa aqui as vezes para ir com ele. —Além de inteligente e
educado Max tinha uma esperteza fora do comum, Jackson tinha acabado de perceber
isso.

—Amanhã antes deu ir trabalhar vamos ligar para sua mãe, esta bem querido?.—
Sustentou a mentira com um sorriso amarelo no rosto.

—Você não vai trabalhar amanhã .—A fuzilou com o olhar.


—E porque não posso saber?.—Perguntou de forma irônica.

—Porque estou mandando e pronto. Trabalha pra mim, não tenho o porque estar lhe
satisfação sobre as ordens dadas a você.—Queria dizer que não queria que ela fosse
trabalhar com o pé machucado, mas não sabia dizer isso de outra forma a não ser
rude. Também a mesma não dava abertura nenhuma para que fosse gentil com ela,
respondia sempre na defensiva.

—Aceita que doi menos mana, quem pode mandar manda. Quem não pode se
sacode.—Dimy disse rindo remexendo o corpo igual uma cobra Cascavel balanço o
chocalho, ele que parecia estar focado no programa da Tv, estava mais dentro do
assunto deles do que político em época de campanha.—A vontade da negra era
levantar com o pé machucado mesmo e dar pelo menos uma dois ou três tapas bem
dado nele para largar de ser tão abusado, mas se conteve, aquela noite já tinha lhe
estressado bastante.1

—Maxmilian, está um pouco tarde você não acha? Já passou da hora de tomar
banho e dormir, e Edmilson também pode dar um jeito.—Puxou a tomada da TV
fazendo o irmão voltar de volta para a realidade.

—Eu vou dormir, mas fique sabendo que não preciso disso. Meu marido tem dois
empregos.—Edmilson falou jogando o cabelo imaginário para o lado e indo em direção
ao quarto com o nariz empinado.17

—Esse rapaz tem problema.—Thompson pensou alto, ficando constrangido logo


depois com o comentário.

—E muitos ainda por cima.—Completou Yudi rindo.


—Bom, amanhã tenho que acordar cedo.—Era incrivelmente como a personalidade do
Juiz mudava quando ficava a sós com a Yudi, era como se travasse uma guerra
mundial com ele mesmo para não cometer uma loucura.—Então já vou indo, Boa noite
Yudi..—Falou e já foi logo indo embora, não estava em condições de ficar olhando
muito para ela, conhecia bem o seu limite, sabia que estava perdendo o controle e se o
perdesse de fato tudo poderia acontecer...

—Espere Meritíssimo.—Ela pediu fazendo o mesmo paralisar imediatamente quase


chegando na porta, só com isso ele por resto nem sabia mais o significado da palavra
controle.

—Não me chame mais assim— Suplicou ainda de costas para ela, não queria que
visse o estado que ela tinha o deixado apenas com uma palavra.

—Mas porque não?.—Perguntou confusa, realmente não entendia o porque. O Juiz


fechou os punhos nervoso, odiava essa mania dela de sempre querer saber o porque
de tudo. Pensava que tudo poderia ser tão diferente se ela fosse como Suzana que
nunca o questionava, apenas obedecia suas ordens sem falar nada, por isso nunca
teve “problemas” com ela.

—Já te falaram que essa sua mania de querer saber o porque de tudo é simplesmente
insuportável Senhorita Jackson? .—As palavras saíram tão ásperas de sua boca que
chegaram até a jovem com a mesma intensidade de um punhal.

—Mas Senhor eu só queria falar sobre o erro que descobri quando estava corrigindo
um dos relatórios.—Por ela não dirigia palavra a ele nunca mais, porém o que tinha
descobrido o sobre o caso do Noen Said era realmente importante.

—Seu horário de trabalho acabou, depois de amanhã quando estiver de volta e se eu


estiver com tempo conversamos sobre o assunto.—Acabou de falar e foi embora sem
olhar para trás, nem a porta fechou, a pressa de sair dali era de mais.

*******

Yudi acordou com o pé bem melhor, mas ainda sentindo um pouco de dor. Aproveitou
o dia de folga para dormir até mais tarde, acordou por volta das onze horas, não de
forma natural como deveria, mas sim com o som da companhia tocando sem parar.
Levantou mancando e foi anteder a porta descalço usando apenas uma camisola
transparente azul clara bem curta, os cabelos estavam incrivelmente mais bagunçados
do que o habitual.

Quando abriu a porta deu de cara com o Juiz elegante como sempre dentro de um
terno Azul escuro quase preto, a gravata como de costumo com um no perfeito, o
cabelo bem arrumado e os sapatos bem engraxados, principalmente cheiro como
nunca.

—Vim agradecer.—Podia ser muitas coisas, mas mal agradecido não era uma delas.—
Se não tivesse descobrido o erro no relatório e corrigido a tempo no caso do Noen, a
audiência dele não teria sido marcada para daqui um mês, tudo indica que vai ser
inocentado, não faz ideia do quanto isso significa pra mim.— Seus olhos varriam cada
parte do corpo da moça, tentava não olhar, mas simplesmente não conseguia olhar
para outro lugar que não fosse as curvas fartas que a mesma obtinha.

— Não podem mantê-lo preso, a hora que estavam nas imagens da câmera do
Shopping não batiam com a do atentado, ele saiu dois minutos antes do atentado. Não
sei como ninguém notou esse erro, talvez seja porque é pobre e negro.—Estava
chateada com ele é não fazia nem um pingo de questão de esconder.

—Posso entrar?.—Perguntou fingindo não ter ouvido a indireta maldosa em relação


ao caso.

—Não pode. Se era só isso que tinha para falar tenha um bom dia.—Já ia fechando a
porta na cara dele quando foi impedida..

—Também queria saber como está o seu pé? Agachou e alisou o local da torção com
carinho, ela sentiu calor só com a sensação do toque dele, teve que se segurar para
não gemer.

—Gente por favor tem criança nesse recinto, tem lugar específico para fazerem isso
sabiam? Meu Deus ninguém respeita mais nada nesse mundo.— Edmilson estava tão
inconformado com a cena que tampou o rosto do Max com a mão para o menino não
crescer traumatizada com aquela cena. Yudi morta de vergonha com o comentário do
irmão saiu de perto do chefe na mesma hora.6
—Larga de falar bobagem Dimy.—O repreendeu.

— Didi, Vou levar o Galeguinho para conhecer uma loja nova de CD que abriu do
outro lado da Rua.

—Ok, mas não demorem muito por lá.

—Didi só mais uma coisa Mana.

— Fala Edmilson.—Proferiu com a voz cansada, perdia a paciência fácil com ele.

—O pai ligou confirmando a nossa presença no almoço de noivado da nossa irmã que
vai ser no domingo lá em casa, já vou logo avisando para preparar os ouvidos porque
o meu pai e a nossa irmãzinha querida.—Enfiou o dedo na boca fingindo está
vomitando.—Vão cair matando em cima de você porque é mais velha e ainda está
encalhada, se for para te ver chorando depois por conta das humilhações que vão
fazer com você prefiro nem ir nesse noivado.— Thompson notou como o assunto em
questão tinha mexido com a moça, seu olhar estavam nos pés e a respiração
descompassada típico de quem esta engolindo o choro.

—Você está bem Jackson?.—Perguntou com a voz grave levantando o queixo dela
com carinho para olhar em seis olhos, mesmo cheio de lágrimas notou como eram
lindos, teve que ser forte para não se perder no infinito escuro deles, aquela cor era
sua preferida. A Assistente nada respondeu, apenas confirmou com a cabeça.

—Tem certeza Yudi?.—Perguntou carinhosamente Max, no fundo sabia que não


estava.—Se quiser deixo para sair com o Dimy outro dia, fico aqui fazendo companhia
para você.—Completou de forma gentil, não era feitio dele ser de outra forma.

— Eu faço.— Respondeu o Juiz para o garoto sem tirar os olhos dela, ela não
conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir.

—Mas o Senhor não tem que trabalhar?.—A maleta na mão dele deixava bem claro
que sim.

—Isso não importa no momento.—Foi direto.—E você rapazinho não deveria estar na
Escola nesse horário?.—Perguntou desconfiado.
— Ele não tem aula hoje, Tchau Mana.—Beijou o rosto da irmã.—E bom dia para
você Clarke Quent.—Deu um tapinha no ombro do Jhon e saiu arrastando o menino
pelo braço.5

—Agora somos só eu e você.. – A forma cheia de segundas intenções na qual ele


proferiu tais palavras fez a jovem engasgar com a própria saliva, assim que o Juiz deu
dois passos para entrar o celular dele tocou..

—Droga, logo agora.—Resmungou impaciente antes de atender.

“ Seja breve porque estou muito ocupado no momento, como assim rebelião no
presídio? Estou indo para aí agora e não quero saber de desculpas Delegado
Gonçalves, se quando não chegar ai a situação não estiver sobre controle cabeças, e
pode ter certeza que a sua será uma delas.”

—Gostoso, foi a palavra que veio na cabeça de Yudi vendo o Juiz em ação, não
cansava de admirar como ele era bonito e atraente. Era o verdadeiro homem com H
maiúsculo, liberava testosterona até nas palavras.

—Desculpe, mas não vou poder lhe fazer companhia como prometi.—Sua voz estava
pesada, não queria ir.

—Tudo bem, não se preocupe comigo porque estou bem.—Foi sincera, não era
mulher de ficar chorando por qualquer coisa que fosse, conhecia bem a família que
tinha.

—Então até breve Senhorita Jackson.


—Até Mereti... Quer dizer Juiz.

—Só mais uma coisa.—Parou bem de frente paracela..

—Pode Senhor.

—Ligue para o seu pai confirmando a sua presença no almoço de noivado da sua
irmã.—Não perguntou se ela queria ir ou não, apenas mandou.—E diga que vai levar
o seu "namorado" com você. Não gosto de mentiras, mas se fez algo importante para
mim, não vejo o porque não fazer algo que tenha a mesma valia para você.—Ela
olhava para o homem dizendo tais coisas com uma confiança que chegava assusta-la.
– Esteja pronta as nove em ponto, odeio atrasos.—Completou antes de partir..
Capítulo 10
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de MarliaSillva Following

Fiquei tão preocupa quando soube que você não foi trabalhar hoje por conta de um
problema de saúde que nem ligar quis ligar, aproveitei o meu horário de almoço para
vim ver com meus próprios olhos como minha amiga esta, fico feliz em saber que é
apenas uma torção no seu pé, fiquei com medo que fosse algo mais grave.-Solange
nunca foi de ter muitos amigos, não confiava fácil em uma pessoa, mas quando
simpatizava com alguém era para vida toda.

-Fiquei muito feliz com a visita Sol, mas não queria atrapalhar o seu almoço amiga,
deveria ter aproveitando para descansar um pouco mulher, sei como o dia de trabalho
naquele Fórum tem sido puxado.-Yudi estava sentada toda desajeitada ao lado da
Advogada na pequena mesa de quatro lugares que tinha na cozinha, na parede a
esquerda tinha um armário embutido na cor branco com verde fluorescente, também
tinha um balcão de mármore fixado com a bancada da pia. Tudo ali era em cores
fortes, e abundante nos enfeites, nem dava para saber a cor da geladeira de tantos
imãs de vários gêneros colados nela.

-Que isso nega, quando gosto de uma pessoa, gosto mesmo. Além do mais esse
macarrão instantâneo que fez com queijo e presunto que fez esta uma delícia.-Pela
expressão no rosto da Dona do coração de González , realmente estava bom mesmo.
Também depois de anos comendo somente aquilo, Jackson tinha tornado mestre em
preparar aquele prato, o problema era que só sabia cozinhar aquilo.

- Também tenho muita dificuldade de confiar em alguém, esse mundo está cheio de
gente má se fazendo de amigo.- a Jovem se acomodou melhor na cadeira, se
apoiando encima de uma das pernas..-Mas que não perdem a primeira oportunidade
que aparece para te humilhar da forma mais cruel possível.-Completou Yudi com a
boca cheia de macarrão.
- Verdade amiga. Odeio gente hipócrita, que se faz de amigo na frente dos outros, mas
é o verdadeiro demônio nas suas costas. Por mais forte que eu seja, nunca vou saber
lidar com pessoas más.- A Assistente foi até a geladeira pegar uma jarra de suco,
porém sem deixar de prestar a atenção nas palavras proferidas pela amiga.

-Gosta de suco de Maracujá Sol?.-Perguntou segurando uma o recipiente de vidro com


o fundo arredondado cheia de líquido amarelo.

-Não só amo como necessito amiga, aquela Espanhol pirracento está me deixando
doida dentro aquele escritório.-Jogou a cabeça para trás fazendo com que todas as
tranças caíssem como uma cascatas sobre o casaco verde fosco que colocou sobre as
costas da cadeira quando chegou.-Ele parou de falar comigo só porque não sou a fim
dele acredita?.-Exclamou chocada enquanto bebia o suco, pensava que ninguém
deveria ser obrigado a gostar a gostar de nada, acreditava fielmente que essas coisas
deveriam acontecer naturalmente.

-Não acredito que o Latino se declarou para você.-Jackson dava pulos de metros por
toda parte na cozinha como uma criança que acabou de ganhar um doce.

-E o que ele disse?.-Se sentou novamente debruçando sobre a mesa usando o


cotovelo como apoio, colocando uma mão em cada lado do rosto, o olhar brilhante no
seu rosto denunciava o quanto queria saber cada detalhe do ocorrido.

-Que está enamorado por mim. - Não conseguiu segurar o leve sorriso que brotou em
seus lábios ao lembrar do jeito carinho que ele proferiu tais palavras.-No começo
pensei que estava brincando sabe? Mas as atitudes dele depois que eu disse que não
consigo me sentir atraída por homens brancos me fez pensar diferente.

- Que bonitinho a declaração dele, você definitivamente não tem coração mulher.-
Jackson ficou com pena de González, sabia que para um mulherengo como aquele
chegar ao ponto de se declarar para alguém, era porque realmente estava
apaixonando.

-Ser sincera com ele não faz de mim um pessoa má Yudi, não fui grossa em nenhum
momento. E olha que nem comentei nada que estou com alguém no momento.-Yudi
ficou pasma com a revelação, boca entre aberta em formato de O era prova disso.-Não
me olha com essa cara nega, comecei a ficar com ele a pouco tempo mas já era afim
dele não é de hoje. Gosto muito de estar com o Levem, é um homem maduro e serio,
realmente estou muito feliz com ele.-Tinha o olhar longe como se nem ela mesmo
acreditasse naquilo.
-Sei, então você não senti nada quando está perto dele?.-Yudi era esperta de mais
para saber que o que não faltava na amiga era atração por aquele Espanhol
charmoso.
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-Se disser que ele não mexe comigo estarei mentindo.-Revirou os olhos frustrada com
a própria revelação.-O cretino tem um charme que é só dele, não da para negar que o
homem e muito gostoso.

-Eu acho o Juiz mais.- Yudi levou a mão na boca, mas era tarde. Tinha falado de mais.

-Sabia que tinha uma queda pelo Homem da Lei.-Gargalhou Solange da cara dela.

- Ele me tira de mim tem hora, quase tenho um orgasmo só de ouvir aquela voz
grossa.-Abanava a mão em direção ao rosto fingindo estar com calor.

- Adoro a postura elegante dele, seu caráter é admirável. Nunca imaginei trabalhar ao
lado dele um dia, isso vai fazer toda diferença na minha carreira como Advogada.-Sol
tinha orgulho da profissão que escolheu para si, sonhava em um dia virar Juíza
também.

-Apesar de ser um grosso quando quer, não posso negar que é muito competente em
tudo o que faz.-A negra sabia ser justa quando necessário, pensou em contar para a
amiga sobre o almoço no qual o chefe se ofereceu para ir com ela, mas preferiu não
comentar nada porque não tinha certeza se iria comparecer no noivado da irmã ou
não, esse ideia do Juiz de se passar por seu "namorado" diante da sua família era um
tanto absurda ao seu ver.

-Amiga preciso ir agora porque meu horário de almoço está acabando.-A Advogada
beijou o rosto de Jackson e saiu correndo.

Já de volta ao fórum, Solange passou o resto do dia fingindo que o companheiro de


trabalho não estava dividindo o mesmo ambiente que ela, se o mesmo queria ignora-la
por completo não via o porque não agir da mesma forma em relação ao referido, e
assim foi o dia todo. Chegou do trabalho animada com o jantar que o seu atual ficante
tinha a convidado para ir em um restaurante luxuoso, foi no salão trocar as tranças
especialmente para a ocasião. Agora elas eram um pouco mais longas e grossas, mais
ou menos na altura pouco abaixo do meio do quadril. Tomou um banho demorado e
passou uma essência de flores por todo corpo, não sabia como a noite iria terminar,
mas preferiu se prevenir colocando apenas uma calcinha minúscula vermelha rendada
muito atraente, já que por cima colocaria um vestido amarelo justo pouco abaixo do
joelho com um decote V bem ousado.
2

Não era de usar roupas muito chamativas. Porém queria estar sexy, afinal tinha grande
chance da primeira vez dela e do Kévim rolar naquela noite, era um empresário bem
sucedido no ramo do petróleo. Um belo negro, alto com o corpo malhado, homem tirar
o fôlego de qualquer uma, principalmente da amada de Alerrando.

***

O belo casal desceu da Ferrari vermelha como atores de Hollywood chegando em


alguma estreia de um filme famoso, o tipo de homem que chamava a atenção por onde
passava, o jeito charmoso e cavaleiro apenas completava seu posto de uma dos
melhores partidos do país. Usava uma camisa de mangas longos preta mostrado o
corpo definido com uma calça branca. O sapato caríssimo da Because e o relógio de
ouro completava o charme que aquela criatura exalava por onde passava.

-Você está linda Preta.

-Elogiou Kevem a bela mulher ao seu lado assim que adentraram no restaurante, era
um lugar regado de muito luxo e elegância. Quase todas mesas estavam lotadas, mas
o empresário era o tipo que sempre teria a melhor do lugar que quisesse sem precisar
reservar vaga antes. Solange estava se sentindo muito feliz, tudo indo perfeitamente
bem até...

- Meu Deus não acredito que é você mesmo Kevin.-Uma voz feminina gritou de umas
das mesas, era uma mulher negra linda. Alta com o corpo bem definido, com uma
cintura de dar inveja a qualquer uma. Solange achava o corpo da Yudi maravilhoso,
mas o daquela estranha era literalmente perfeito, o cabelo era em um corte médio com
cachos largos bem definidos. Vestia um belo vestido branco caindo no ombro, a
maquiagem trazia muito bem feita com um batom rosa claro nos lábios que realçava
muito o tom escuro aveludado da sua pele. Não foi a forma intima que a moça referiu
ao empresário que incomodou a Advogada, mas sim a companhia que estava com ela
na mesa que não se tratava de um Espanhol que a negra conhecia muito bem. Estava
lindo vestindo uma calça Jens de marca e uma blusa de polo branca dobrada até no
meio do braço, sorrindo com os dentes perfeitamente brancos que só ele tinha, mas
fechou o semblante assim que viu a mulher dos seus sonhos de braços dados com
outro homem.

-Que bom encontrar você aqui prima, se não for incomodar poderíamos sentar com
vocês Naome?.-Perguntou Kevem de longe todo animado.

-Claro primo, podem sim.- Respondeu a jovem com simpatia, o parceiro de Solange
saiu arrastando a moça praticamente a força até a mesa, a vontade da coitada era
sumir dali o mais rápido possível.

.-Quem é essa moça linda com você Kevem? Não perde tempo mesmo em garanhão.-
A bela mulher levantou para receber o primo com um abraço.-Linda não é mesmo?
Sou um homem de sorte, a Solange é um amor, tenho certeza que vai adorar ela.-
Respondeu olhando de forma carinhosa para a mesma, fazendo o Latino trincar os
dentes de raiva. Mas não fez escândalo como costuma, incrivelmente se manteve
suave por fora, mas morrendo de ódio por dentro, se fosse tomar alguma atitude não
sairia dali sem cometer um assassinato.
-Prazer Solange, sou Karem prima do seu namorado.-González arregalou os olhos
como se estivesse recebido a notícia que Ozama Binladem tinha morrido.-E esse é o...

-Alerrando González.-Completou a Advogada com a voz mais áspera do que queria.


-Você já conhecia ele antes Sol?.-Foi nesse momento que o Espanhol quase pegou o
garfo que estava encima da mesa e enfiou bem no olho do homem a sua frente,
simplesmente por achar que somente ele tinha o direito de chama-la daquela forma.

- E... Acho que já devo ter visto essa mujer por ai.- Proclamou com desdém se fazendo
de bobo.
-Talvez seja na sua sala, onde passamos o dia inteiro juntos trabalhando.- Respondeu
Solange irritada, estava com muita raiva, não sabia ao certo o motivo, mas estava.
Virou o rosto de lado para não ter que olhar na cara di Latino para não ficar mais
nervosa do que já estava.

-Mudou tu cabelo?.- Perguntou o Espanhol de supetão, Sol olhou para Alerrando


embasbacada, nem mesmo Kevem que a conhecera a muito tempo reparou que ela
tinha mudado as tranças.-Sim.- Respondeu tímida.
-Ficou muy belo.-Comentou levando a mão em uma das tranças.-Assim como tudo em
ti...-Completou a desarmando completamente.
- Realmente você é linda Sol, se importa se eu te chamar assim?.-Além de linda a
mulher era incrivelmente educada também, o que irritava ainda mais Solange.

-Me chame como quiser.-Exclamou com um sorriso forçando no rosto, não sabia ser
simpática quando não gostava de alguém.

- Vamos sentar? Estou com fome.-Kevem cortou o assunto puxando a cadeira para
Solange, não era bobo, estava sentindo algo estranho no ar.

-A quanto tempo trabalham juntos?.-Perguntou Karen interessada no assunto


enquanto segurava um taça cheia de champanhe, o mais caro que existia no
restaurante na verdade. Sol já tinha tomado duas sem perceber, o que era um perigo
já que não estava acostumada a beber.

-Mas tempo do que yo queria.-Respondeu González com a cara emburrada.

-Faço das suas minhas palavras.- Exclamou Solange com a cara mais emburrada
ainda, pareciam duas crianças brigando.

-O vocês vão pedir hoje?.-Um homem alto trajando um termo de gravata borboleta
com um bloco de notas veio para notar os pedidos.

-O Que vai querer Carinho?.-Perguntou Gonzáles gentilmente para sua acompanhante


.
-Pensei que eu era a única que você chamava assim.- Pensou a Advogada mais alto
do que queria, ou talvez fosse a bebida começando a fazer efeito na sua cabeça, não
era muito forte para essas coisas.

- Agora yo só chamo assim quem me quer Solange..-Respondeu grosso, não era mais
ele falando e sim o ciúmes.

-Então aquele papo de estar enamorado por mim era tudo lorota?.- Praticamente gritou
sem se importar que todo mundo estava olhando para eles.
- O que isso importa para ti se no gosta de hombres sem cor como yo? Desculpa
muchaha, mas la fila tem que andar, se quiseres agora vai ter que pegar lá senha e
voltar para o final dela.-Debochou irônico. Assim que a jovem iria responder a graça
dele um garçom passou e derrubou sem querer uma taça de vinho sobre o vestido
branco da prima de Kevin.1
-Deixa yo te ajudar my amor.-González pegou um lenço e começou a limpar com
carinho o líquido que estava escorrendo do busto para dentro do vestido da moça.-
Deveria estar muy gelado o vinho no carinho?.- Ele passava o pequeno pedaço de
pano tão próxima a boca dela que parecia que iria beija-laa qualquer momento.

-Eu não sou obrigada a ficar aqui vendo isso.-Solange saiu correndo do restaurante
com muita vontade de chorar, sem acreditar que tinha se prestado a uma cena ridícula
daquela, queria colocar a culpa na bebida mas sabia muito bem que fez levada pela
raiva, ou até mesmo por ciúmes talvez. Não se importou em andar para longe dali
debaixo da chuva que estava começando a cair, achava até bom para lavar a
vergonha que estava sentido. De repente sentiu o seu braço sendo puxado com força
e o seu corpo sendo imprensado na parede.

- Tu ficates louca mujer? Abla que no me quer e depois faz uno show de ciúmes
daqueles.-As gotas de água caíam sem parar deixando os dois completamente
molhados.-Não estava com ciúmes, apenas bebi de mais. Agora vai ficar com tu novo
carinho e me deixa em paz seu espanhol metido.

-Quer saber? Yo no vou ficar aqui ablando com una mujer descontrolada como tu, se
no sabes o que quer para ti, yo sei o que quero para mim porque está bem na minha
frete.-Estava tão próximos que podia sentir o calor do hálito dele com cheiro de menta
tocar seu rosto.-Mas também no vou ficar mais me humilhando, se me deixar ir embora
dessa vez pode esquecer que uno dia gostei de ti Solange.-Pelo tom sério da voz do
Latino percebeu que estava falando muito sério, viu ele virar as costas e partir sem
olhar para trás.

-Fica.-Pediu assim que ele virou as costas e andou alguns metros para longe dela, o
Espanhol nem esperou pedir duas vezes. Voltou mais rápido do que o próprio Flesch
tomando sua boca com vontade. O gosto dela era melhor do que imaginava, quando
sol sentiu a língua dele pedindo espaço na sua boca não teve medo de dar autorização
para a mesma entrar de forma desesperada, a moça soltou um leve gemido quando
sentiu a mão do Latino enfiando dentro do seu decote apertando o seu seio esquerdo
com força.

-Tu me deixa louco Solange.-Sussurrou enfiando a outra mão debaixo do vestido dela
introduzindo um dedo dentro da intimidade dela, sorriu ao perceber o quanto estava
molhada aguardando ser tocada por ele.
-Por favor para de me chamar assim.-A moça suplicou completamente integre.

- Está bem "Carinho".-Sussurrou de forma maliciosa no ouvido dela dando uma


mordida logo após.-Se yo quisesse te faria minha aqui e agora.-Apertou a bunda dela
com vontade usando as duas mãos.-Mas isso só vai acontecer quando você assumir
que está enamorada por mim também carinho..-Táxi.-Gritou dando um assobio alto
fazendo o veículo parar no mesmo momento. Pegou ela pelo braço sem nenhuma
delicadeza, abriu a porta e jogou a Advogada no banco de trás.-Leve la minha mujer
em casa para mim por favor.-Entregou um bolo de notas para o motorista que ficou
com os olhos brilhando com o monte de notas na sua mão. Alerrando se despediu da
amada com uma piscada muito charmosa, quando o carro começou a se movimentar,
Sol ficou olhando atrás do vidro a imagem daquele belo homem sorrindo para ela
debaixo da chuva, sem ter a mínima ideia qual era o sentimento que tinha em relação
a ele..

****

Yudi passou o dia todo pensando na proposta que o Juiz tinha feito para ela, acabou
resolvendo que não iria. Não fazia questão de ir ao noivado da irmã mais nova que
fazia questão de espalhar para todo mundo que ela era uma vadia de marca maior,
mas uma mensagem que recebeu a tarde da mesma a fez mudar de ideia de uma hora
para outra.

"Oi mana, queria saber se além de você é o Edmilson você vai trazer mais alguém com
você? E que a mãe quer saber por conta da quantidade de comida que vai ter quer
fazer, sei que a resposta vai ser não já que não arruma ninguém que queira algo sério
com você, mas como sou educada resolvi perguntar. Te amo Irmã..Bjss"

" Levarei duas pessoas extras, é uma delas e o meu namorado.. Beijo no ombro gata.."

Quando viu Yudi já tinha mandado a mensagem, mas não se arrependeu. Estava
cansada de ser humilhada; mesmo que fosse só por um dia teria o prazer de esfregar
aquele homem gostoso na cara da irmã e de todas suas primas que saíam por ai
falando mal dela. Mesmo com muita preguiça arrumou a casa, quando os meninos
chegaram da rua tinha um lanche montado esperando por eles, assim que terminou de
comer Dimy foi tomar banho. Ficando sozinha com o Max aproveitou para fazer
algumas perguntas sobre o passando misterioso dele.
-Max, queria te fazer um convite, mas antes queria te fazer algumas perguntas sobre o
seu passa, pode ser?.- Proferiu meio sem jeito, sabia que o garoto não gostava de
falar sobre o assunto.

-Sobre o convite seja qual for vindo de você considera-se aceito.-Olhou para ele com
um olhar de firme como se fosse um homem de trinta anos.-Quando ao meu passado
por favor deixe-o onde está, ele não faz mais parte da minha vida.-Levantou e foi
embora dando o assunto como encerrando. Yudi não insistiu por hora, mas tentaria de
novo o mais breve possível....
Tarde da noite sentiu o seu celular vibrando anunciado que tinha chegado mensagem,
ainda não tinha conseguido dormir preocupada com o Max. Quando foi saber quem
tinha mandado viu que o número era estranho.

-Ainda acordada Senhorita Jackson?.-Tremeu de cima abaixo lembrando que só tinha


uma pessoa que a chamava dessa forma.

-Como sabe que estou acordada?.-Perguntou confusa.

- Foi só um chute.-Respondeu invasivo.

-Pelo o jeito e bom de chutes, já que ontem me deu carona sem se quer perguntar o
endereço onde eu moro, achou meu apartamento sozinho, e o meu número descobriu
na base do Chutometro também Juiz?.- Se tinha uma coisa que aquela negra sabia
era ser irônica.

-Quando tenho interesse na pessoa me mantenho informado sobre ela.-Respondeu


direto, não era de fazer rodeios.

-Já ouviu falar em invasão de privacidade Meritíssimo?.-Ironizou.

-Já mandei você parar de me chamar assim Jackson.-Parecia até que ela conseguiu
ouvir ele falando com aquela voz grave quando esta irritado.

-E eu já disse ao Senhor que ninguém manda em mim.

-Apenas quero avisar que não vai trabalhar mais essa semana, fique em casa
cuidando do seu pé se preparando para o noivado da sua irmã.+

- Mas e se a sua noiva ficar sabendo disso? Ela pode não gostar.-Perguntou
preocupada.
Término do noivado
3.7K 657 165

de MarliaSillva Following
Thompson estava nervoso, era um homem extremamente decidido e correto, mas não
sabia a menor ideia de como iria dizer para Suzana que não queria mais casar com
ela. Afinal foram quatro anos de noivado, a moça aos olhos do Juiz era perfeita para
montar uma família, ainda mais para um homem com a personalidade dele, nunca
desobedeu uma ordem sua se quer. Sabia que ficar com ela séria a escolha correta a
se fazer, mas como explicar para o coração o que a mente faz questão de lembrar a
todo momento? Sempre foi muito forte, porém lutar contra aquele sentimento que
estava lhe consumindo por completo era como nadar contra correnteza, algo
completamente impossível. Então antes de sair do trabalho ligou para a noiva
convidando para jantar naquela noite, disse que tinham que conversar sobre o
relacionamento dos dois. Estava se sentindo mal em fazer aquilo com ela, afinal era
uma mulher muito doce e frágil, com certeza iria ficar arrasada com o término do
noivado. Porém, manter um relacionamento forçado era a pior das opções. O juiz
odiava mentiras, acreditava fielmente que a verdade pode até machucar, mas dita de
maneira correta é sempre a atitude mais digna.5

—Suzana, o nosso relacionamento acaba aqui e agora.—Foi direto como uma espada
de dois gumes, queria ter sido mais gentil, mas não sabia ficar falando nada com
meias palavras. Estavam sentados em um restaurante de comida Italiana, o preferido
dela, pensou que se fosse para dar um noticia ruim, que fosse em um lugar onde a
mesma se sentisse bem.5

—Se você não terminasse eu mesmo o faria Jhon.—Olhou para o homem de beleza
avassaladora sentado a sua frente que sempre chamou a atenção de todas mulheres
por onde passava, menos a sua.—Estou grávida.—Jogou a bomba de uma só vez.—
Fazendo Thompson engasgar com o gole de vinho que tinha acabado de levar a boca,
para ele aquela mulher a sua frente nunca tinha sido tocada de forma íntima por
homem nenhum, tão pura como uma gota de orvalho ao amanhecer. Era a mulher
mais tímida e santa que conheceu na vida, escolheu para noivar exatamente por
isso.13

—De quem?.—A fitou de forma desafiadora com o maxilar cerrado e os olhos


completamente escuros, odiava ser enganado, principalmente por pessoas que tinha
sua total confiança. Ainda mais de uma forma tão medíocre, se ela tinha se
interessado por outra pessoa deveria ter terminado o namoro antes, assim como ele
pretendia fazer naquele momento..—Porque meu tenho absoluta certeza que não é,
muito menos do Espírito Santo acredito. Ou vai me dizer que algum anjo te visitou
essa noite?.—Ironizou.6

—Para falar a verdade não faço ideia de quem seja.—Revelou com uma calma
absurda.— Não sou a Suzana que você pensa.—Enquanto falava desfazia o perfeito
penteado de coque alto, deixando os cabelos totalmente soltos jogando de uma forma
muito sedutora para o lado. Até a voz e a forma de gesticular as mãos estavam
diferentes do que o Homem da Lei conhecia.

—Estou vendo que não é.—Thompson proclamou irritado, queria saber logo a quanto
tempo estava sendo enganado.

—A mulher que você foi noiva por todos esses anos não passou de uma criação da
minha mãe.— Tirou um batom vermelho intenso da bolsa e passou perfeitamente nós
lábios como se estivesse em frente a um espelho.—Me criou para ser a mulher que ela
sempre sonhou que ser, mas não sou. Pelo menos no nosso meio social não. Desde a
época do colegial que fugia de casa a noite para ir para festas a noite, na verdade
perdi a minha virgindade em uma quanto tinha quatorze anos. Quando te conheci
naquele evento Jurídico que fui com o meu pai, percebi logo que conseguiria me
esconder por um bom tempo atrás desse seu jeito todo certinho, minha mãe iria ficar
tão deslumbrada com o genro perfeito que nem pegaria mais no meu pe.—Agora ela
passava lápis escuro na borda dos olhos.—Essa é a verdade Suzana. – Levantou o
vestido que por pura consciência era da mesma cor do batom, bem acima do joelho
deixando totalmente a mostra as coxas. Proclamando tais palavras com uma
expressão completamente vulgar no rosto, fazendo todos homens naquele recinto
ficarem olhando para ela com desejo.2

4
Jhon estava chocado, confiava tanto na postura dela diante dos seus olhos que nunca
levantou nenhuma suspeita em relação a conduta da noiva, acreditava estar seguro ao
lado dela. Se fosse esperto o suficientemente, perceberia que quando uma coisa é
perfeita de mais, com certeza esconde algo de muito errado por trás.

—Você é doente Suzana.—Cuspiu as palavras enojado só de imaginar que ficou tanto


tempo ao lado de uma mulher que era exatamente o tipo que mais repugnava.

—Não meu querido, eu sou esperta..—Sentou novamente rindo maliciosamente


cruzando as pernas deixando as pernas ainda mais amostra.—Sobrevivi até hoje sem
ser descoberta.—Proferiu orgulhosa.

—Muito esperteza mesmo da sua parte engravidar sem nem saber quem é o pai.—
Retrucou de forma cruel, não tinha medo de ser quando necessário.

—Queria que fosse você, daria um ótimo pai.—Confessou com a cabeça baixa.

— Vamos dar glórias a Deus que não sou.

—Mas você vivia dizendo que eu era perfeita para ser mãe dos seus filhos Jhon.—Sua
voz saiu arrastada como se estivesse se sentindo ferida com as palavras dele. A forma
vulgar como passava a mão no cabelo compulsivamente estava começando a deixa-lo
deverás bastante irritado.

—Todo mundo tem direito de errar nessa vida.— Fitou detalhadamente aquela figura
depravada a sua frete.—Mas com você confesso que passei da conta, vou ter que me
redimir com Deus pelo resto da minha vida por isso.

—Não sei como vou contar para minha mãe dessa gravidez, ela pensa que sou uma
santa.— Apoiou a cabeça sobre a toalha branca da mesa pensativa.

— Diante do seu Teatro até o papa pensaria.4

—O pior vai ser descobrir quem é o pai, porque segundo as minhas contas o dia em
que engravidei foi quando participei de um suingue em uma boate própria para isso,
estou acostumada a esse tipo de festa mas esqueci de tomar o anticoncepcional nessa
noite. Entre os suspeitos deve ter uns oito ou dez talvez.—Falou pensativa lembrando
da tal ocasião, ainda usava os dedos para contar um por um para não deixar nenhum
do possível papai de fora.10
—Você pelo menos conhece algum desses homens Suzana?.—Perguntou juntando o
resto de paciência que tinha.

—Não sou de colar figurinha repetida no meu álbum Jhon.—Soltou uma gargalhada
asquerosa fazendo o Juiz ter ânsia de vômito no mesmo momento, sem ter mais
condições de se manter presente naquele local, levantou as pressas para sair de perto
daquele ser horrendo o mais breve possível. A sorte dela era que foi muito esperta,
porque se ele tivesse desconfiado de qualquer coisa que fosse antes, talvez não
estaria ali contando aquela história.

—Você vai me odiar pelo resto da vida não vai Thompson?.—Segurou no braço do
homem com o orgulho ferido sobre o tecido importado do terno perguntando de forma
profunda.

—Na verdade serei grato a cada minuto da minha existência.—Respondeu de forma


sincera.

—E porque séria?.—Ficou confusa com a resposta do ex noivo.

“ Por ter me mostrado que a verdade está muito além dos fatos, principalmente do que
os olhos podem ver.”1

-- Você não disse porque queria teminar o nosso noiva.

-- Não é da sua conta. Está com muitos proplemas na sua vida para ficar se
preocupando com a minha, esqueça que eu existo.-- A encarou de forma sombria.--
Porque farei o mesmo, a sua sorte que nunca tive nenhum sentimento de verdade por
você. --Thompson saiu daquele lugar ainda confuso diante de tal revelação, mas com
o coração vazio para viver coisas novas, ou melhor sentimentos novos. Já que com
Suzana ou nenhuma outra mulher tinha sentido o que estava sentindo agora.

Capítulo 11
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de MarliaSillva Following

O Domingo chegou rápido, Yudi acordou cedo para ajudar Max a se arrumar, ela tinha
levado ele um dia antes para compras algumas roupas, já que o pequeno obtinha
poucas, deixou de comprar o vestido que queria para fazer isso. Maxmilian ficou uma
graça dentro de uma camisa branca manga longa de botões com um colete preto por
cima, a calça era escura acompanhado a ton do sapato muito bem engraxado por ele,
cada peça foi de sua exclusiva escolha.

-Eu sou filho de uma amiga sua que viajou com o namorado músico, que me deixou
com você porque não queria que perdesse muito dias de aula.-Max estava ajudando
Jackson ensaiar a história pela décima vez enquanto ela penteava o seu cabelo. Como
já tinha tomado banho e feito a maquiagem que naquele escolheu passar algo mais
leve para não provocar o pai, apenas vestiu um vestido vermelho pouco a cima do
joelho extremamente colocado ao corpo, tão bem moldado as suas curvas que parecia
fazer parte de sua pele, era caído no ombro e as mangas três quartos dava lhe um
charme sem igual. O salto opinou em colocar um Meia Pata preto aveludado salto
finíssimo, as nove horas em ponto. Thompson tocou a companhia, Max saiu correndo
animado para atender. O Perfume do Juiz entrou primeiro do que ele, quando pôs os
olhos na bela negra a três passos a sua frente, a escuridão tomou conta das esferas
azuis no mesmo momento. Não conseguiu nem respirar diante de tanta beleza e
ousadia junta, realmente a Assistente tinha caprichado naquele dia, estava linda.

Ela também ficou de queixo caindo quando viu ele, usa uma blusa social azul escuro
da Calvin Klein, calça também social preta e o cabelo no habitual bem arruma puxado
todo para trás.

-Vamos.-Disse apenas, no estado em que se encontrava não estava em condições de


falar mais nada.
-Edmilson sai desse quarto porque o Juiz chegou.-Chamou pelo irmão que estava
enfiado lá dentro a mais de três horas se arrumando.

- Bom dia irmãos, a paz do Senhor esteja sempre com vosco.- Dimy apareceu na sala
trajando um terno cinza com a gravata preta e uma bíblia debaixo do braço, com uma
cara de anjo de convencer até o cardial mais antigo da diocese católica.-Como vai
Senhor Thompson?.-Ele disse passando por um Juiz completamente chocado.

-Não sabia que seu irmão era gêmeos.-Comentou confuso.2

-Não e, quando estiver no almoço vai entender.

***

-Mano alguém já falou para você que é a cara do ator que faz o filme do Super Mam?
Sabe aquele Henry alguma coisa sei lá..-O jovem estava sentado no bando de trás da
BMW do Juiz com o corpo todo inclinado pra frente o encarando como se estivesse
vendo um ET na sua frente, Thompson já estava ficando impaciente com o rapaz que
não fechava a boca um minuto, faltava pouco perguntar porque a cor do céu era azul..3

-Não.-Respondeu sem paciência, não fazia a mínima ideia do que ele estava falando.

-Mas parece muito Vei, até o furinho na bochecha quando fala.-Levou o dedo indicar
dentro da covinha do rosto quadrado do homem e ficou mexendo para e pra cá, como
se estivesse procurando alguma coisa lá dentro.8
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-Senta direito e fecha a boca Edmilson.-Yudi chamou a atenção do irmão vendo que o
Juiz estava a ponto de joga-lo pela janela a qualquer momento, Max que estava
sentado ao lado dele não fazia outra coisa além de rir daquela figura ao seu lado.
Quando chegaram em frente a antiga casa dos Jackson que ficava nos fundos da
pequena igreja onde o pai da Assistente era reverendo, Dimy e o garoto saíram
primeiro do carro e já foram logo entrando. Mas Jhon notando que a Assistente estava
um pouco nervosa resolveu ficar mais um pouco.

-Esse lugar não me trás boas lembranças.-Tinha a cabeça baixa e a respiração


ofegante como se estivesse ficando sem ar.

-Não sei o que aconteceu aqui, mas já passou.-Levou a mão até as costas dela
alisando com movimentos circulares bem leves sobre a pele negra descoberta na
tentativa de acalma-la um pouco, no momento em que a mesma sentiu o toque macio
e delicado do Homem da Lei, se acalmou no mesmo momento, como se sentisse
segura ao lado dele.- Não precisa mais enfrentar isso sozinha, estou com você agora.-
Completou seguro.

-Vamos então.- Exclamou uma mulher cheia de confiança.

-Tem certeza que está pronta?.-Perguntou com o cenho franzido.

-Eu nasci pronta querido.-Ofereceu uma piscadela charmosa para ele é saiu do carro,
ele não pode deixar de observar a forma redonda perfeita da bunda dela muito bem
desenhada debaixo do vestido justo. Levou a cabeça para trás passando as duas
mãos pelo rosto tentando se livrar dos pensamentos inadequados que estavam
invadido a sua mente naquele momento.

-Espere.-Thompson exclamou sério assim que estavam em frente a porta de madeira


muito bem envernizada, se tinha uma coisa que o pai dela era é caprichoso.

- Quer desistir?.- Perguntou triste.

-Não desisto nunca quando quero uma coisa.-Respondeu em duplo sentido. - Esperta
como é já deveria ter percebido isso..-Completou de forma irônica.

-Então o que foi? Estamos atrasados.-A ansiedade era notável na sua voz.

-Falta uma coisa.-Olhou para ela pela primeira vez sem jeito.

-O que criatura?.- Cruzou os braços mostrando que já estava ficando impaciente com
aquela conversa.

-Isso.-Pegou sua mão entrelaçado seus dedos aos dela, se encaixando tão bem que
pareciam sido feitos para viverem unidos.-Sou detalhista.-Explicou mesmo sem ela ter
perguntado nada.

-Meu Deus.-Foi o que umas das primas de Jackson exclamou levando as duas mãos
na boca assim que viu a jovem chegando de mãos dadas com o Juiz.

-Bom dia a todos.- Sua voz grossa tomou conta do lugar, a postura elegante e o
charme massacrante que obtinha chamou a atenção de todos. Isso era normal vindo
dele, o engraçado era que não precisava forçar nada para ser assim, era característica
natural dele.

-Acho que vou desmaiar.- A irmã mais nova do noivo comentou apenas de ouvir a voz
do homem. Entre os convidados estavam a família do cunhado e as dos tios, também
tinha alguns amigos do casal, sendo um deles alguém que a Assistente já tinha ficado
uma vez, o mesmo ainda tinha interesse de ter algo a mais com ela. Mas a jovem não
gostava de se apegar dessa forma a ninguém.

- Você não vai dar um abraço na sua mãe filha.-Uma senhora muito parecida com
Jackson apareceu com os braços abertos vindo em direção a jovem.

- Bênção mãe, como a Senhora esta?.-Mesmo magoada com a mãe por ela nunca a
ter defendido quando o pai lhe expulsou de casa aos dezesseis anos, Yudi a amava
muito, mas não conseguia esconder a tristeza quando lembrava do ocorrido quando
estava na frente da Dona Bernice.

-Com saudades filha, você sumiu daqui de casa.

-Não faço muita questão de vir um lugar onde minha presença não é bem vista por
todos.-Olhou para irmã que estava a encarando de forma desconfiada.-Não fala assim
querida, mesmo sendo sem juízo todos aqui te amamos muito, minha saúde não anda
a mesma Didi, qualquer hora dessas vai receber a notícia que sua mãe morreu, ai vai
ser tarde de mais para se arrepender por ter me abandonado.- A Senhora Jackson
sempre usava a mesma ladainha quando queria fazer drama, o que não fazia muito
sentido já quase nunca adoecia, era forte feito um touro.

-Esta bem mãe, qualquer hora dessas apareço por aqui, agora fica um pouco difícil
porque tenho trabalhado muito no emprego novo, também com a presença do
Edmilson lá em casa e do Max filho de uma amiga que deixou comigo por um tempo
para viajar fica muito difícil.

-Esse Max que esta falando e o menino gentil que estava na cozinha com o seu irmão
filha? Até o seu pai achou ele muito educado.

-Ele é um amor mãe, me dá menos trabalho que o Dimy.-Exclamou revirando os olhos.

-Que isso filha o Edmilson é um santo.-Respondeu uma pobre mãe inocente.

-Não sabe de nada inocente.-Thompson pensou alto, fazendo Yudi dar uma
cotovelada nele.5

-Se a Senhora esta dizendo. Mas prometo que assim que der apareço para vê-la com
mais frequência.
- Com esse namoro repentino acredito que deve ficar mais difícil para você tirar umas
horinhas do seu tempo precioso para vim visitar a sua mãe. E esse vestido não tinha
algo mais descente para vir no noivado da sua irmã?.-O Reverendo já chegou na sala
alfinetando a filha. Jhon que estava um pouco atrás dela a puxou mais para perto de si
quando sentiu a mão dela apertando a sua em sinal de nervoso.

-Eu estou aqui.-Sussurrou em seu ouvido discretamente.

- Nesses meus oitenta anos de idade já vi mulheres de mini saia com integridade de
sobra para dar e vender, e muitas de vestidos até no pé sem respeito nenhum.-Essas
foram as sabias palavras da Dona Corina Jackson, Avô de Yudi por parte de pai. Foi
dela que a negra puxou a personalidade forte e principalmente a boca suja, apesar que
a dela era duas vezes a mais que a da neta.

-Vovó que saudades da Senhora. - Jackson saiu correndo para abraçar a Avó, era a
pessoa que mais amava no mundo. Foi na casa dela que morou por um tempo quando
não teve para onde ir, as duas se tornaram ainda mais unidadas depois disso.

-Você esta com tudo é não está prosa em minha filha, como eu queria que a minha
bunda fosse uns quarenta anos mais nova para poder usar um vestido desses.-Pegou
na mão da neta fazendo a mesma dar uma volta com o corpo.

-A senhora não deixa de apoiar esse estilo ridículo da Yudi não é mesmo Vovó? Se ela
soubesse como fica feia usando esses tipos de roupa vulgar, por isso está tão mal
falada no Bairro.-Carmem comentou na intenção de deixar uma má impressão da irmã
em frente ao "namorado", cujo ela não tirava os olhos nem um momento, olhava mais
para ele do que o próprio novo. O homem da Lei estava com as mãos no bolso
observando tudo atentamente.

- Inveja de mais mata em minha filha.-Dona Corina conhecia muito bem a


personalidade de cada neta.2

- Indecente e pouco para as vestes que a sua irmã está trajando filha.-Carmem olhou
vitoriosa para irmã.-Mas dizer que ela está feia é impossível, puxou a beleza da mãe
dela. Verdade seja dita, ela ficaria linda dentro de qualquer coisa.-Não estava
elogiando, apenas sendo sincero. Porém, o suficiente para tirar o sorriso maldoso rosto
de uma certa irmã invejosa.
-Filha e quem é esse pedaço de mal caminho que veio com você? Jesus apaga luz,
deixa eu ir ali no banheiro trocar a minha calcinha porque deve e estar toda molhada.

-Mamãe.-Gritou o Reverendo Jackson morto de vergonha.

-Esse é Jhon Thompson.-caminhou de volta para o lado dele e segurou a sua mão
novamente, era uma sensação tão boa que poderia ficar fazendo isso o dia todo.-O
meu namorado.-Encheu a boca para falar toda orgulhosa, o Juiz deu um sorriso meio
de lado ouvindo tais palavras sendo pronunciadas com tanta firmeza, por um instante
até ele pensou que fosso verdade.

-E um prazer conhece-lo Reverendo Jackson.-Estendeu a mão para ele.-Sua filha


sempre fala muito bem do Senhor.-Jhon ficou pelo menos uns dois minutos com a mão
no ar esperando o "sogro" voltar do choque que teve quando enfim parou de implicar
com a filha e resolveu olhar para o seu rosto.

-Não acredito que o grande Juiz Thompson está pisando dentro da minha casa.-Estava
tão chocado que não conseguia soltar a mão dele.-E ainda por cima namorando com a
minha filha, por favor sente-se.-Praticamente empurrou Sérgio para que o Juiz
sentasse.-Filha vai ajudar sua mãe na cozinha porque agora o assunto e entre
homens.4

- Sangue de Jesus tem poder, além de gostoso o homem e da Lei, não quero nem
imaginar como deve ser esse Juiz atuando em quatro paredes, filha você é uma
mulher de sorte.-Dona Corina disse com a maior naturalidade do mundo.

- A Senhora fala isso só porque ele é rico e famoso Vó.-Carmem não conseguia mais
esconder a inveja.

-Não querida, é porque o homem e gostoso mesmo. Não posso fazer nada se
escolheu esse magrelo para casar, na vida cada um tem o que merece. -O noivo da
irmã de Yudi Sergio não era um homem feio, mas também não obtinha nenhuma
beleza avassaladora. Thompson por sua vez estava com o rosto corado por conta dos
comentários indecentes da Matriarca da família Jackson em relação a sua pessoa.8

- Recentemente fui em um julgamento do Senhor, quando um dos jovens da nossa


igreja foi morto por um policial só porque estava saindo de uma loja com o capuz da
blusa na cabeça, além de condenar o assassino o superior dele também foi punido por
isso..-O Reverendo tinha os olhos tomados pelas lágrimas, amava o Jovem como a um
filho, aproveitou a primeira oportunidade que teve sozinho com Thompson para
comentar o ocorrido.

-Não fiz nada além da minha obrigação.-Foi humilde.

- Eu sei filho, mas você poderia escolher não se importar. Então seria apenas mais um
jovem negro morto , mas o Senhor tratou o caso dele com dignidade. E pelo o que
fiquei sabendo foi o Senhor que criou essa Lei de punição para o chefe de Polícia que
tiver um dos seus homens envolvido nesse tipo de crime.

-Não posso receber um elogio por fazer nada além da minha obrigação, fico honrado.
Porém não sou merecedor dele.- A atitude do Juiz deixou Persi Jackson de queixo
caído, nunca tinha visto um homem tão íntegro na vida.

- Digníssimo pai, a minha mãe pediu para avisar o Senhor que o almoço esta pronto.-
Edmilson chegou de cabeça baixa falando com a maior educação do mundo, Jhon
cruzou os braços para assistir melhor a atuação dele.2

-Esse é o meu orgulho, garoto honesto e trabalhador. Morro de medo dele se juntar
com más companhia enquanto está morando com a irmã para fazer um curso bíblico.

-Ele não vai.-Olhou para o jovem de forma severa.-Estou de olho nele.-Completou


sério.

- Estou indo mãe.-Gritou.

-Indo aondo Menino?.-A Senhora Jackson estava bem ao lado dele.

-Jesus, Maria e José.-Levou a mão no peito assustado.-Você quase me matou


mulher.1

-Para de bobeira e vamos almoçar logo garoto.

****

Thompson sentou ao lado da "namorada" na mesa, Max ficou do outro. Como de


costume fizeram a oração antes de comer, fizeram a refeição toda em silêncio. Apenas
sentindo os olhares de todos queimado sobre eles. Antes da sobre mesa Sérgio pediu
a atenção de todos para entregar a aliança e fazer uma declaração de amor para a
noiva.
-Você é a mulher mais linda e doce do mundo, tenho certeza que vou ser o homem
mais feliz do mundo ao seu lado. Tenho sorte por Deus ter me dado a chance de casar
com a mulher mais correta e perfeita do mundo.-Terminou o pequeno discurso dando
um beijo em seus lábios é colocado a aliança no seu dedo.1

-Deus nunca ouvi tanta falsidade junto.-Dona Corina soltou debochada.2

-Já que o amor esta tão presente nessa mesa porque o namorado da minha irmã não
faz uma declaração de amor para ela também?.-Carmem deu a ideia de caso
pensando, queria montar uma situação constrangedora para eles diante de toda
família.

-O noivado é seu, não meu. Além do mais não temos que ficar gritando o nosso amor
para os quatros ventos. Jhon não tem que fazer declaração melosa nenhuma na frente
dos outros para provar que me ama, se estou com ele e porque sei que gosta de mim.-
Yudi foi firme, respondeu a irmã da forma que ela merecia.

-Eu quero fazer.-Thompson quase matou a negra nesse momento, olhou para ele
incrédula sem saber porque disse aquilo. Se era só uma farsa não precisava se prestar
a provocação da Carmem.

-Sério querido, não precisa mesmo fazer isso na frente deles.-Deu um sorriso falso.

-Não tenho, mas quero.-A encarou com o olhar severo.

-Então meu jovem? Já que quer tanto falar, gostaria de saber como um homem culto
como o Senhor possa ter visto em uma mulher sem juízo como Ela? Não parece ser o
tipo que está acostumado a se relacionar. - Perguntou o reverendo Jackson
desconfiado, chamando a atenção de todos na mesa para os dois. Estava achando
estranho de mais aquele casal exótico a sua frente, na opinião dele arroz e feijão só
combinava no prato..-Não precisa ser nenhuma declaração linda de amor como Sérgio
fez para Carmem, apenas defina o que sua namorada significa para o Senhor com as
suas palavras.

-Ela me irrita.-Todos riram, principalmente a irmã de Yudi.-O tempo todo na verdade..-


Dessa vez gargalharam mesmo.- Esta longe de ser uma mulher perfeita, mas quando
ela sorri.-Thompson fixou os olhos aos dela, não se ouvia mais nenhuma respiração se
quer naquele ambiente, a sintonia entre os dois era quase palpável..-E como se tudo a
minha volta estivesse passando em câmera lenta, nada mais importa além de nós
dois, ela me acertou como raio, tenho certeza que nunca mais serei o mesmo depois
dela.-O pai da Assistente olhou para o "genro" já satisfeito com a resposta, mas ele
não parou por ali..- De todas ela foi a única que se destacou na multidão pra mim,
porque a beleza dela e única aos meus olhos. Rezo para que mesmo quando as
coisas ficarem difíceis.-Sua voz suou tensa.-Porque vão ficar, não desista de mim é
fique mesmo quando não tiver nenhuma razão para ficar.-Completou ainda sem tirar
os olhos dela.

-Eu não sou de desistir nunca Jhon.-Respondeu sustentado na mesma intensidade o


olhar que recebia dele.

-Que coisa linda meu Deus, pude sentir o amor deles daqui.-- Edmilson limpou as
lágrimas falsas e o nariz na beirada da camisa do noivo que estava sentado ao seu
lado.-Pelo o que estou vendo não vamos demorar ter outro casamento nessa casa.-
Completou fazendo Yudi quase morrer engasgada com um pedaço de bolo de limão,
quando chegasse em casa iria dar uns bons tapas nele.2

-Duvido que dure até lá.-Mas uma vez Carmem não perdeu a chance de alfinetar os
dois.

-E porque não querida? E feio ficar gorando o relacionamento dos outros sabia, só
porque está casando não quer dizer que vão ficar juntos pelo resto da vida.-A
Assistente estava começando a perder a paciência com a irmã.

-Mas o fato de nós dois sermos negros e termos a mesma posição Social ajuda
bastante. Ou você acha que o mundo vai aceitar fácil um homem como ele ao lado de
alguém feito você? Vão cair matando sem do nem piedade.

-Nisso a Carmen tem razão filha, sua postura não combinaria nunca como esposa de
um Juiz. E o fato de ser negra também não ajuda muito.-O Reverendo falou
pensativo.1

-Sério que sua filha é negra? Sabia que eu nem tinha reparado nisso.-Foi irônico.-
Sinceramente eu não me importo nem um pouco com a opinião dos outros, somente
com a da minha namorada. E sobre a mídia nem sou de assistir TV.-O juiz respondeu
de forma afoita, não estava aguentado mais ver sua Assistente sendo atacada de
forma tão agressiva sem motivo algum. Esta certo que ele também não concordava
com a personalidade escandalosa dela, mas estarem a tratando daquela forma por
conta disso era cruel de mais.

-Falando em TV Senhor Thompson, outro dia vi uma reportagem em um programa


sobre os famosos falando sobre o Senhor e a sua noiva. O Senhor terminou com ela
por causa da minha filha?.-A mãe de Yudi perguntou apreensiva.

-Em parte sim, não é certo manter um relacionamento com uma mulher com outra na
cabeça.-Jackson começou a tremer lembrando da conversa dos dois no carro.-Mas
que fique bem claro que a sua filha não estragou o relacionamento de ninguém,
decisão de terminar o meu noivado partiu de mim. A verdade que ela aparecendo na
minha vida ou não ele não duraria muito tempo..-A defendeu.

-E porque acha isso meu filho?.

-Porque entre mim e Suzana não existia um sentimento maior, era mais afinidade.
Além do mais descobri que ela não era a mulher que eu pensava ser.-Jhon sentiu o
estômago revirar só de lembrar da ultima conversa com a ex noiva.

-E com a minha filha tem sentindo no meio?.-A mulher do reverendo perguntou séria.

-Mas do que a Senhora uma imagina.-A essa altura o coração já jovem estava batendo
mais do que Escola de samba no Carnaval, não sabia mais distinguir o que era
atuação ou realidade.

-Em coríntios fala que o amor e base de tudo.-Disse o Reverendo.

-Sim, na carta de Paulo.-Max disse naturalmente enquanto comia do mesmo bolo que
a Yudiu engasgou minutos antes.

-Você conhece esse versículo filho?.-Pergunto pasmo, ficando ainda mais quando o
garoto começou a recitar.

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o
sino que ressoa ou como e prato que retine.3

Ainda que eu tenha o dom de profetizar a palavra de Deus e saiba todos os mistérios e
todo o conhecimento do mundo, e tenha tanta fé ao ponto de mover montanhas. Se
não tiver amor isso tudo não me adiantaria nada.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser
queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

Quem ama é paciente, bondoso. Não inveja ou se vangloria, principalmente não


humilha.

Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o


conhecimento passará.

Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é


perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.

Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava
como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.

Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então,
veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da
mesma forma como sou plenamente conhecido.

Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles,
porém, é o amor."1

-Então independentemente das diferenças que existre entre duas pessoas se tiver fé,
respeito e acima de tudo o amor, não tem como um relacionamento não dar certo.-
Maxmilian completou com uma serenidade que emocionou a todos. Principalmente o
Juiz e a Yudi que estavam se olhando de forma intensa ao ouvir tais palavras do
garoto.

Capítulo 12
5.3K 688 258
de MarliaSillva Following

Quero convidar a todas para partipar do meu grupo no face, foi idéia das Amoras
fazer um. Lá será o nosso canto para falar sobre os meu livros, quem entrar vai
receber uma ótima notícia lá amanhã. Mas so que participa vai receber esse
presente, quem se interessar fazer parte dessa família é Só entrar no link a aqui
em baixo e pedir para participar que eu imediatamente vou aceitar. Desculpa
pelo capítulo curto, não estava com muita inspiração hoje. Bjss..�6

https://m.facebook.com/groups/645878968906909?ref=m_notif&notif_t=group_comme
nt9

Link do grupo... ☝�1

—Eu não estou apaixona por ele Keven.

—Solange Revirou os olhos enquanto falava com sua ex-paquera, tinha ligado para ele
para se desculpar sobre o ocorrido no jantar, o mesmo estava se acabando de rir da
cena que a Advogada tinha protagonizado por conta do ciúmes que estava sentindo da
prima dele, ele e Solange eram amigos antes de começarem o relacionamento
relâmpago, por isso tinham liberdade para falar de forma tranquilo sobre o assunto em
questão.

—Preta juro que nunca te vi tão nervosa daquele jeito antes, pior que você fez aquele
show atoa nega. A minha prima gosta da mesma fruta que eu, e mais fácil querer ficar
com você do que o Espanhol, ele e apenas Advogado dela, estavam em um jantar de
negócios.— Dava para ouvir de longe as gargalhadas que o Empresário soltava do
outro lado da linha.3

—O Que?.—Sol praticamente gritou com a revelação que tinha acabado de ouvir,


baixou a cabeça sobre a mesa do escritório que dividia com González lembrando o
quanto tinha sido idiota naquela noite. Não sabia onde enfiar a cara quando o
Assessor do Juiz chegasse para trabalhar.
—Isso tanto faz pra mim Kevin, apenas quero saber se realmente estou perdoada pelo
o ouve? Não devia ter saído daquele jeito e deixado você sozinho.—Perguntou
envergonhada, sabia que a sua atitude não tinha sido nem um pouco adulta.

—Claro que sim nega, mas sou homem o suficiente para admitir que o seu coração já
tem dono e ele não sou eu, mesmo assim acima de tudo seremos amigos sempre
linda.

—Desculpa.—Sua voz estava repleta de ressentimento, achava ele perfeito para casar
e ter filhos. Sonhava em ter um casal, queria que fossem negros assim como ela, a
menina imaginava com o cabelo Black bem volumosos para arrumar com lenços e
flores. Por isso fazia tanta questão de casar com um homem negro, talvez esse fosse
o motivo por se sentir atraída apenas por eles.—Não sei como deixei isso
acontecer.—Completou sem jeito ajeitando o casaquinho do terninho cinza que estava
usando.

—Relaxa Preta, não da para escolher por quem a gente se apaixona.—Gostava dela
mas estava sendo sincero.1

—Eu não estou apaixonada por ele Keven.—Gritou.

—Esta sim Carinho.—Alerrando chegou desfilando todo engomadinho dentro de um


termo preto bem alinhado segurando sua maleta de couro.—Buenos dias my amor,
parou em frente a sua mesa com um largo sorriso no rosto.3

—Tchau, preciso desligar agora.—Guardou o celular na bolsa e começou a ler alguns


relatórios fingindo que ele não estava ali, poucos segundos depois ouviu o barulho das
persianas sendo fechadas e a porta trancada.

—O Que pensa que esta fazendo?.—Levantou nervosa com a atitude dele.

—Ensinando una mujer sem educacion a cumprimentar os outros.—Partiu para cima


dela com tudo a colocando sentada encima da mesa, deu lhe um beijo molhado
enquanto alisava cada parte do belo corpo negro.—Tu es muy calhente carinho.—A
essa altura suas mãos já tinha subido a saia dela para se posicionar melhor em meio
as suas pernas.
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—Por favor González pare com isso, estamos no horário de trabalho, alguém pode
ver.—Exclamou preocupada de serem pego naquela situação constrangedora.

—Qualquer coisa la gente mata e some com o cuerpo.—Respondeu brincalhão em


quanto depositava beijos e chupões pelo pescoço da jovem.4
—Para Alerrando, estou falando sério seu Espanhol safado.—Empurrou ele com força
e desceu da mesa ajeitando a roupa e as tranças que foram todas emaranhadas pelo
homem charmoso com o sorriso malisioso a sua frente.

—Assume logo que está enamorada por mim também Carinho e vamos brincar uno
poquito my amor, ficar mentido para ti mesmo no vai te levar para lugar nenhum Sol, tu
me quer e yo também estoy louco por ti.— Falava indo em direção a ela.

— Posso até assumir que você mexe comigo Espanhol, agora me apaixonar por você?
Nunca. Não sei o tipo de mulher que está acostumado a sair, mas com certeza não
sou como elas, isso de se divertir apenas por uma noite não é pra mim.—Foi firme,
sabia muito bem o que ele queria dela.

—Claro que no Carinho, até porque una noche seria muito pouco para o que yo quero
fazer contigo paixon.—Por mais apaixonado que estivesse não conseguia esconder o
cafajeste que existia dentro dele.

—Pois, vai ficar querendo querido, sou mulher para casar. Não para realizar os seus
desejos sexuais, deve ter várias por ai loucas para fazer isso no meu lugar.— Passava
as mãos pela laterais da saia na intenção de secar o suor que brotavam delas, isso
sempre acontecia quando estava nervosa.

—Acontece que yo estoy disposto a qualquer coisa com tu, desde um rolo até.—
Passou a mão pelo o cabelo demostrando o quanto estava sendo difícil dizer tais
palavras para ela.—Casamento.—Completou de cara feia cruzado os braços sobre o
peito largo.—Topo qualquer coisa para estar ao seu lado carinho.—Estava sendo o
mais sincero que podia, mas não conseguiu desfazer a cara feia que fez só de falar a
palavra casar.

—Está vendo onde o que é capaz de dizer apenas para me levar para cama? Como
pode falar em casamento se nos conhecimentos não faz nem três meses direito.—O
problema quando um relacionamento começa de forma inadequada, depois para levar
para um rumo correto é muito complicado. Quando se conheceram Alerrando deixou
bem claro que queria somente levar Solange para cama, agora séria difícil provar para
ela que suas intenções mudaram completamente.

—Se yo ablar que quero te pegar de jeito, tu fica irritada. Se ablo que quero casar fica
nervosa também? E por isso que nunca me apaixonei por outra mujer antes, vocês são
completamente malucas. – olhou de forma séria para ela.—Se yo quisesse apenas
sexo, já teria partido para outra a muy tempo. E no ficar feito um adolescente me
aliviando sozinho deste que te conheci, no quero mais ninguém na minha cama além
de ti. Não faz ideia de como isso é difícil para uno hoble como yo que transava todo dia
com una mujer diferente, sinceramente era muito mais feliz assim do que hoje
recebendo fora a todo instante apenas de una sem coracion que no perda la
oportunidade de jogar na minha cara que no me quer. Qualquer hora dessas me
canso disso e volto para minha vida de farra.—Saiu bateu a porta magoado deixando a
amada de cabeça baixa pensativa em tudo o que tinha ouvido.3

*******

Depois do jantar Dimy levou Max para jogar videogame no seu quarto, como era tarde
a Vovó Corina foi dormir. O resto dos adultos ficaram na sala conversando enquanto
degustavam o maravilhoso café da Senhora Jackson. Yudi estava toda sem jeito com
aquela situação, torcendo que aquilo acabasse logo, até porque não estava aguentado
mais o rapaz que ficou apenas uma vez quando ainda adolescente, olhando para ela a
todo momento. Na verdade ela e Caio não deram nada além de um beijo, o seu
primeiro por sinal. E a jovem não era a única incomoda com aquilo, Thompson que se
encontrava abraçando ela por trás encostado em uma das parede da sala, estava a
ponto de ir até o homem perguntar se tinha perdido alguma coisa ali, a sorte foi que o
mesmo disse que iria ao banheiro.

—O que é isso?.— Jackson perguntou assustada sentindo alguma coisa grande e


dura encostando na bunda dela.

—Eu ando armado.—Respondeu Jhon com a voz rouca no pé do ouvido da moça.13

—Como consegue andar com uma metralhadora dentro das calças? Porque pelo
tamanho só pode ser uma.—Comentou chocada.15

—Tem muita gente nesse momento para lhe dar a resposta adequada.—Abaixou um
pouco para sua boca ficar próximo ao ouvido dela.—Na verdade eu preferiria te
mostrar a sós.— Sussurrou usando o seu tom mais sexy fazendo as pernas da negra
ficarem bambas.2

— Vou beber água.—Avisou o Juiz mudando o semblante para sério de uma hora
para outro.3
—Deixa que eu pego para você.-- Ofereceu educada.

—Eu sei o caminho.—Respondeu rude saindo apressado, voltou quinze minutos


depois com o semblante fechado e os olhos completamente escuro, se posicionando
no mesmo lugar que se estava antes. Não demorou muito para o Caio voltar com o
olho direito todo roxo dizendo que tinha que ir embora porque tinha escorregado no
banheiro, saiu correndo tão rápido que ninguém pode saber ao certo o que realmente
ouve.14

—Então Jhon, quais são as suas intenções com a minha irmã?.—Carmem perguntou
de forma intima.

—Não que seja da sua conta.—Foi extremamente grosso, não fazia questão de
esconder quando não simpatizava com alguém.—Mas são as melhores possíveis.

— Não se importa com o que os outros falam dela por ai?.—Alfinetou


descaradamente, a inveja ali estava gritante.

—Você Carmem poderia arrumar um gato sabia?.— Yudi disse de forma séria para a
irmã..

—Porque faria isso? Sabe muito bem que sou alérgica a pelos.

—Para cuidar da sete vidas dele e deixar a minha em paz.—Foi mal criada, não estava
aguentado mais as provações dela.2

—Não sege grossa com a sua irmã filha, ela só esta preocupada em saber melhor
quais são as intenções do Juiz com você querida. – Como sempre o Reverendo
defendeu a filha do meio.1

—Não acredito que insinuar coisas sobre a reputação da irmã seja alguma forma de
preocupação.—Thompson falou na cara dura sem medo de errar, do mesmo jeito que
fazia em seus julgamentos.

—O Senhor não sabe o quanto essa menina nos e envergonhou diante dos nossos
irmão da igreja por causa desse estilo exótico dela.—A mãe da Assistente falou triste
deixando a filha mais ainda com o seu comentário.

—Nem faço questão de saber.— Respondeu irritado, Jhon estava começando a ficar
nervoso de verdade.—O que eu sei ao respeito dela já é o suficiente pra mim, o que
os outros falam por ai são apenas fofoca de gente desocupada que não tem o que
fazer.—Seu olhar foi direto para Carmem deixando bem claro que a direta era para ela.

— Estamos somente preocupados com a Yudi Senhor Thompson, não me leve a mal
mas conhecemos bem ela para termos motivos suficiente para estarmos agindo assim
em relação ao namoro de vocês.—A jovem abaixou o olhar sentindo o efeito
devastador das palavras do pai lhe acertar com tudo.

— Desculpe a sinceridade Reverendo , mas desde que pisei dentro desta casa não vi
outra coisa além de vocês insinuarem coisas maldosas sobre a Yudi, O Senhor como
homem de Deus deveria saber muito bem que usar a palavra para ferir alguém e algo
abominável, para não dizer cruel. Verdade seja dita, com uma família como vocês ela
não precisa de inimigos, agora eu entendo o medo dela de pisar dentro desse ninho de
cobras.7

—Não seja injusto conosco Juiz.—Carmem se fez de Santa.

—De todos você é a pior, nunca vi tanta inveja em uma pessoa só.—Foi grosso.—Os
únicos que salvam e o mentiroso do Edmilson e a Vovó tarada.— A Assistente olhou
para o chefe de boca aberta, nunca ninguém a tinha defendido de tal forma.13

—E quer saber? Pra mim esse noivado já deu, chega de aborrecimento por hoje.—
Pegou na mão do Homem da Lei e saiu puxando em direção ao quarto do Dimy para
pegarem eles e irem embora o mais depressa possível.2

—Por mim já teríamos ido a muito tempo.—Jhon exclamou chateado. Porém, Máx
tinha dormido abraçado com o tio louco de mentirinha, uma amizade muito linda se
formou entre aquele dois. Edmilson mesmo que da forma dele cuidava do menino
como se fosse um irmão, com pena de acordar os dois o Reverendo prometeu leva-
los em casa no dia seguinte.

****

— Você é doida, a sua família e doida, naquela casa só tem gente maluca.—
Comentou Thompson assim que entraram no carro.—Yudi não aguentou e começou
gargalhar achando graça do jeito que o chefe tinha falado, ele não aguentou e
começou a gargalhar também. Não era de rir com vontade assim sempre, mas não
tinha como se manter sério diante daquela situação inusitada.
—Você fica lindo quando sorri.—Comentou sem querer fazendo o Juiz ficar serio no
mesmo momento envergonhado.

—E você fica linda de qualquer jeito..—Elogiou com aquele olhar sedutor que só ele
sabia fazer.4

—Bom acho melhor a gente ir porque daqui a pouco o meu pai esta ligando para saber
se chegamos em casa direitinho.—Cortou o clima que estava se formando dentro
daquele veículo. Foram o caminho todo em total silêncio, mas o pensamento dos dois
estavam gritando por dentro. Parando o carro em frente o prédio dela ele saiu primeiro
e abriu a porta para ela, que dessa vez saiu elegantemente segurando na mão do
mesmo sem fazer nenhuma graça.

— Obrigada por ter me acompanhado hoje. – Olhava para os pés envergonhada sem
coragem de olhar no rosto dele.

—Não precisa agradecer, de certa forma foi até divertido.—Respondeu a encarando


fixamente, estava encantado com aquela timidez toda nunca vista nela antes, era uma
mulher de língua afiada.

—Até amanhã Senhor Thompson.—Agora tomou coragem e olhou nos belos olhos
azuis, como era bem mais baixa tinha que olhar para cima para poder conseguir ver
rosto dele.

—Até amanhã Senhorita Jackson.—Caminhou até o carro, mas voltou um passo para
chegar nele.

— Faltau uma coisa para a nossa interpretação de namoro ser perfeita.—A beijou no
canto da boca com carinho, queria ter dado um beijo de verdade. Mas era cavaleiro de
mais para fazer tal ato sem o consentimento da moça, quando tivesse também não
faria cerimonia nenhuma em fazer da forma como queria.+

—Como te disse sou detalhista. – Completou por fim, antes de ir embora.

Capítulo 13
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O dia estava bastante tumultuado naquele Fórum, pois o auditório estava lotado de
pessoas para assistir a Palestra que o Veterano Juiz Marcos Louzada iria realizar
sobre a mente dos estuprados e piscopatas, para os cinquenta melhores alunos de
Direito do país, que foram escolhidos a dedo entre mais de setenta mil escritos para o
evento, também estavam presentes todos funcionários que trabalham ali e
investigadores do FBI responsáveis em desvendar esse tipo de caso. Thompson
chegou um pouco atrasado porque tinha ido ao presídio pegar o depoimento dos
Policiais que fizeram a apreensão do jovem Noen Saíd, estava se preparando para
não ser pego de surpresa por nenhum Advogado espertalhão da acusação no dia do
julgamento. Mas apareceu a tempo de pegar o começo do discurso do Padrinho,
sentou ao lado de González que estava sentado na fileira do lado onde se encontrava
Solange e Yudi. Vez ou outra os casais trocavam olhar um com outro, Alerrando
estava de cara virada com a Advogada. Jhon fez um leve aceno de cabeça para
cumprimentar a moça, não tinham se visto depois da noite do jantar. Ela sorriu de
maneira doce fazendo um aceno com a mão.

—Entender a cabeça de um estuprador e essencial para desvendar o caso, vocês que


estão chegando nesse meio agora devem usar como arma principal a observação e
nunca subestimar a mente de um psicopata. São pessoas que na maioria das vezes
são inteligentes e usam o que sabem para atacar outras pessoas, muitas delas estão
escondidas no meio de nós, fingindo de amigo para lhe dar uma rasteira sem dó nem
piedade na primeira oportunidade que tiver. São mestres em se fazer de santas,
aprontaram na calada, na espreita. Esse tipo de seres não conseguem passar boa
energia, então por mais atores que sejam, sempre vão deixar um mal pressentimento
nos outros por onde passa. Não amam, são obsessivos quando “admiram” alguém,
querem ser ou ter tudo o que a pessoa tem. – Comentou o Juiz Marcos Louzada com a
sua vasta experiência trabalhando por anos na área criminalista.

—Meritíssimo.—Uma jovem ruiva de cabelos longos e óculos fundo de grau gritou do


fundo da sala com a mão para cima na intenção de fazer uma pergunta.

—Diga minha jovem.— Louzada respondeu a jovem.

—Gostaria de saber a opinião do Senhor sobre uma reportagem que vi no jornal


semana sobre mulheres que se vestem na intenção de provocar os homens e depois
que são estupradas querem se fazer de vitima ou de “Injustiçada”. – Perguntou
deixando claro pelo tom da sua voz que disponha da mesma opinião da matéria do
jornal.4

—Essa semana minha jovem o Ipea divulgou uma pesquisa apontando que a maioria
(58%) dos homens crê que o uso de roupas mais comportadas pode evitar estupros.
Até ai pra mim tudo ok. Essa é uma conclusão intuitiva. Agora o que saltou aos meus
olhos foi que mais de 65%,ou seja, mais que os 58% que diziam que roupas
comportadas evitariam estupros – dos entrevistados disseram que “mulheres que
mostram o corpo merecem ser atacadas”. – Completou incrédulo.

—PRESTEM ATENÇÃO.—Gritou batendo a mão na mesa fazendo todos assustarem


com o barulho que ecoou pela sala. —Ou essa pesquisa foi mal feita ou ela foi
manipulada. Pois segundo os números que ela mesma apresenta existem homens (7%
da população) que acreditam que mulheres com roupas curtas merecem serem
estupradas mas não acham que roupas comportadas evitariam estupro. ISSO É
ILÓGICO! Parece que essa foi apenas uma pesquisa sensacionalista querendo
polemizar a troco de nada. Minha opinião pessoal sobre o estupro é um ato
abominável praticado por seres humanos doentes, que PODEM ou não ser motivados
pela vestimenta alheia; no entanto, não há nenhum estudo feito com estupradores que
corrobore para qualquer conclusão sensata. Por isso é inútil perguntar a homens que
nunca estupraram ninguém como eles acham que os estupradores pensam.
Conseguem entender esse desatino?..6

—Perfeitamente Senhor.—Solange proclamou de forma firme, ficando de pé


chamando chamando a atenção de todos. Principalmente do Espanhol que ficou de
cara fechada quando percebeu alguns homens olhando para ela.
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—Gostaria de expor minha opinião sobre esse assunto Senhor, tenho uma amiga que
me contou que foi seguida por um homem até o bairro onde morava quando voltava do
trabalho, só não foi estuprada por que foi esperta e correu assim que o ônibus parou,
na verdade o homem sumiu do nada. Tenho pra mim que alguém ajudou ela.—
Thompson coçou a cabeça e olhou para a Assistente meio sem jeito.—Enfim, ela gosta
de usar roupas mais sensuais. O que não vejo nada de mais nisso, cada veste o que
quer e ninguém tem nada com isso.— Retrucou a pergunta da ruiva.— Mas isso não
quer dizer que esse homem tinha o direito dele achar que tinha o direito de abusar
dela, nós mulheres temos o direito de querer sair com uma mini saia com a mente
leve por não precisar ter medo de ser estuprada na próxima esquina.—Louzada ficou
impressionado com a forma firme que a jovem Advogada proclamou cada palavra para
defender a amiga, A Assistente do Juiz se manteve calada, esse assunto não fazia
bem a ela.

—Se ela estivesse vestida adequadamente isso talvez não teria acontecido.—Debateu
a ruiva novamente.1

—Isso é um absurdo. Quer dizer então que eu merecia ser estuprada aquele dia só
porque usava um vestido curto.—Yudi proclamou incrédula.

—Senhorita Jackson a moça que a Advogada Solange Medeiros se referiu era você.—
Perguntou o Juiz Louzada.

— Sim Senhor.—Respondeu alto para mostrar que não tinha vergonha do seu estilo.

—Gostaria de vir aqui na frente compartilhar essa experiência horrível que passou
conosco.

—Faço questão de dar o meu depoimento Senhor Louzada.—Pareceu firme, mas


Thompson sabia que a sua Assistente estava destruída por dentro, sendo exposta
daquela forma. Ela andou pelo o corredor rebolando dentro de uma saia lápis preta
justíssima e uma camiseta branca muito bem decotada deixando suas curvas bem
acentuadas formando uma forma perfeita forma de violão. Todos estudantes homens
presentes naquele recinto entortaram a cabeça para o corredor na intenção de ter um
bom ângulo para observar o belo traseiro da jovem, o Juiz olhou com a cara tão feia
para um deles sentado ao lado que o pobre coitada chegou engolir em seco de tanto
medo.

—Pode começar a falar quando quiser Querida.—Lousada como sempre estava


usando a educação que tinha de sobra.

—Eu gostaria de contar um pouco da minha história.—Mesmo de longe, observador


como era Jhon conseguiu ver como as mãos da Assistente tremiam, o olhar estava na
direção dos pés..—Venho de uma família muito religiosa, meu pai e Reverendo da
igreja do Bairro onde cresci. Sempre tive um gosto exótico para roupas e uma
personalidade muito grande.

“— E como tem”.—Pensou Thompson.

—Bastou apenas essas duas coisas para minha vida ser um verdadeiro inferno dentro
de casa, minha mãe queria me obrigar a vestir vestidos longos e sem cor para mostrar
a todo mundo que eu era moça para casar, nunca perguntou se eu queria, me
obrigava e pronto. Mas o problema era que sempre fui como Bobby Marley, me
recusava a fazer uma coisa que não queria.—Louzada sorriu com a comparação que
a moça fez usando um das frases que mais gostava do seu astro favorito quando
moçoilo, simpatizava de verdade com a jovem, gostava da espontaneidade dela.—
Quando tinha dezesseis o meu primo tentou me agarrar na cozinha e eu acabei
quebrando uma garrafa na cabeça dele para me defender, o que ocasionou nele em
coma por uma semana por conta disso. Minha Tia disse que o filho era homem e que a
culpada era eu por me vestir feito uma vagabunda na intenção de provocar ele, meu
pai concordando com ela me expulsou de casa praticamente com a roupa do corpo
sem ter para onde ir, mas isso não chegou nem perto das ofensas que fui obrigada a
ouvir dele enquanto catava as poucas peças que ele jogou no meio da Rua com toda
vizinhança olhando, inclusive minha mãe que não fez nada para me defender com
medo dele.—Fungou o nariz na tentativa de segurar o choro que estava para vir a
qualquer momento, Jhon estava se segurando para não ir lá na frente e envolver a
Assistente em um abraço bem forte, agora entendia o porque tanto receio de entrar na
casa dos pais, aquele lugar estava repleto de má lembranças.7

—Para o meu pai e a maioria dos homens, a mulher deve “dar-se ao respeito. E
obrigada a obediência ao marido e só se sente realizada ao ter filhos e constituir
família. Acreditam que, “se a mulher soubesse se comportar melhor, haveria menos
estupros”. Mais que isso: para a maioria deles “mulheres que usam roupas que
mostram o corpo merecem ser estupradas”. Sabe como é doloroso ouvir o seu pai te
chamando de mulher da vida sendo que na época mal tinha dado o meu primeiro beijo,
me jogou ao relento sem dó nem piedade. Morei com a minha Vó Corina até fazer
dezoito anos, depois cai no mundo tentando melhorar de vida, trabalhei em tudo o que
possam imaginar para não passar fome, mas confesso que fui dormir sem ter o que
comer muitas vezes porque o meu salário mal dava para pagar as contas. Trabalhava
de dia é estudava a noite fazendo cursos oferecido pelo Governo, quase não terminei
o último porque tive que sair do trabalho porque o pai da menina de quatro anos que
eu era baba tentou me agarrar, é essa não foi a primeira vez que sai de um emprego
por causa de assédio sexual. Porem, de tudo o que sofri nessa vida nada se compara
a dor que sinto quando lembro das ofensas feita pelo meu pai.5

—Você se senti mal por não ser a filha que o seus pais queriam?.—Um jovem negro
perguntou.

—Não.—Respondeu certeira.—Eu sinto por eles até hoje não conhecerem de verdade
a filha que colocaram no mundo, não me lembro da última vez que ouvi o meu pai
dizer que me amava, sendo que os meus irmãos ele diz isso todos os dias, as vezes
penso que preferia que eu nunca tivesse nascido para não envergonhar ele.—Abaixou
a cabeça triste.

—Porque acha uma coisa horrível dessa filha?.—O Juiz Louzada perguntou incrédulo.

—Porque ele já me disse uma vez.—Yudi não conseguiu segurar mais o choro e saiu
correndo para que ninguém a visse chorando.

—Deixa os dois se entender Solange.—González segurou o braço da Advogada a


impedindo de ir atrás da amiga, a mostrando que Thompson já estava fazendo isso.

—Já disse que não gosto quando me chama assim.—Cruzou os braços emburrada
sobre o vestido vinho de mangas longas que estava usando.

—Desculpa my carinho.—Respondeu todo charmoso puxando ela pela cintura para


perto de si dando beijo no seu rosto.

—Sai para lá Alerrando, que coisa chata você ficar me agarrando toda hora.—Falou de
um jeito que não convencia nem ela.2

—Se tu começar com graça Carinho, yo vou procurar una outra mujer para colocar
dentro de my braços, pretendente aqui e que no falta my amor.—Solange ficou então
total silêncio quando olhou para o lado e viu grande parte das estudantes olhando para
ele.3

—Ótima escolha carinho.—Respondeu vitorioso fazendo Sol revirar os olhos.2

*****
Jhon encontrou a jovem chorando compulsivamente na pequena copa onde o café era
feito.

—Por favor não chore.—Imediatamente envolveu a Assistente em um abraço que


queria ter lhe dado a muito tempo, mas mesmo assim ela não parava de chorar nos
braços dele.

— Desculpa.—Pediu a ela enquanto acalentava o seu choro.

—Porque?.—Perguntou com os olhos marejados pelas lágrimas.

—Por ter me vendido barato de mais pelo o que via e demorando tanto para ver a
mulher incrível que você é.— Estava se sentido culpado pela forma que a tratou
quandi a conheceu, Yudi olhou para o Juiz perplexa com o elogio repentino que tinha
acabado de receber da parte dele, estavam tão próximos que uma atração absurda
tomou conta do lugar, não conseguiam tirar os olhos um do outro. Jhon ficou
paralisado na frente dela esperando sua autorização para beija-la, mesmo querendo
muito não o faria até que a jovem dar algum sinal que queria aquilo tanto quanto ele.
Cheia de atitude como era, simplesmente pulou no pescoço dele roubando um beijo
cheio de desejo, apertando os braços em volta do seu pescoço.
O mesmo envolveu os braços fortes envolta da cintura fina da sua Assistente trazendo
o corpo dela mais próximo de si. Os dedos de Jackson entrelaçou os dedos de forma
proposital entre meio o cabelo sedoso e bem arrumado do Juiz, sempre teve
curiosidade de ver como ficaria com os fios bagunçados sobre o rosto. O homem da
Lei enfiava a língua dentro da boca da moça com vontade, como se quisesse marcar
o seu território ali dentro. Porém, era muito respeitador e estava se contendo para não
levar Yudi para um canto mais afastado e mostrar tudo o que queria fazer com ela
desde que pôs os olhos nela dentro daquela calça justa. Sentir o seu gosto estava
sendo mil vezes melhor do que tinha imaginado, quando mais provava mais queria,
como uma droga feita especificamente para ele, que agora provada não conseguiria
mais ficar sem.1

—Eu tentei Yudi.—A olhou de forma profunda nos olhos.—Juro que tentei não querer
você.—Thompson tinha a voz abafada por conta do beijo desesperado que a Jovem
tinha acabado de roubar dele de uma forma desesperada.—Mas foi mais forte do que
eu, o efeito que tem sobre mim e arrasador. Você me deixa louco, mas se ficar longe
tenho certeza que enlouqueço muito mais, mesmo sendo perigoso, quero arriscar .—
Declarou por fim selando aquele momento com mais um beijo apaixonado.

—Você também me deixa louca.—Sussurrou no ouvido dele enquanto depositava


beijos e chupões no pescoço do chefe, era uma mulher muito fogosa, isso de ficar
fazendo charminho não era com ela.2

—Você parece que foi feita pelo diabo apenas para me atormentar.—Apertou o corpo
pequeno colando ao seu cada vez mais esfregando a sua enorme ereção nela, sem
“querer” a mão desceu para a bunda farta da moça, envergonhado pela sua
indelicadeza tirou rapidamente. Porém Jackson imediatamente pegou ela colocou no
mesmo lugar onde estava, Jhon sorriu enquanto ainda beijava os lábios volumosos da
moça.—Você é bem safada Senhorita Jackson.—Disse Thompson com a voz sexy
entre meio ao beijo.

—Você não viu nada ainda Juiz Thompson.—Se insinuou fazendo cara de perigosa.1

—Então me mostra.— Foi um pouco ousado dessa vez dando um aperto com vontade
no traseiro da Assistente, fazendo escapar um gemido da boca da mesma.

—E assim que se faz Meritíssimo.—Apertou a bumba durinha do homem da Lei com


gosto.—Ele se afastou dela no mesmo momento escondendo o rosto, tinha perdido o
controle, agora tudo poderia acontecer.5

—O Que foi? Fiz alguma coisa errada.—Perguntou sentindo faltar do calor das mãos
grandes dele tocar o seu corpo.

—Eu pedi para não se referir mais a mim dessa forma.—Respondeu de costas com a
voz assustadoramente sombria.

—Pelo menos olhe para mim quando estiver falando comigo, odeio quando viram as
costas pra mim.—Cruzou os braços nervosa, ficando ainda mais quando ele negou
com a cabeça.

—Você é louco o que cara? Estava nos pegando a um minuto e agora você vem com
essa neura toda só porque te chamei de Meritíssimo.—Repetiu fazendo Thompson
fechar os punhos como se estivesse tentando prender alguma fera que estava lutando
dentro dele querendo sair.9

—Por favor, para.—Suplicou entre os dentes.


—Olha pra mim.—Pediu mais uma vez o abraçando por trás.

—Não posso.—Respondeu com o corpo tenso e a voz tão baixo que Yudi quase não
ouviu.

—Por favor.—Implorou se posicionando a sua frente alisando o rosto bonito com belos
traços, lentamente foi abrindo os olhos fazendo a jovem levar as mãos na boca
assustada. Não se via mais nada ali além de uma escuridão profunda dentro das duas
grandes esferas negras, os cabelo bagunçado por ela estavam de forma avulsa sobre
a testa, gotas de suor escorriam para dentro da gola redonda da camisa branca, usava
apenas um casaco preto por cima sem gravata, naquele momento parecia uma
verdadeira fera em transformação.

—Não queria que me visse assim.—Virou o rosto para o lado. -- E um lado meu que
não quero que conheça.

— Você é lindo.—Afirmou chocada, fazendo o Juiz voltar o olhar para ela no mesmo
momento, Yudi se aproximou mais dele fazendo carinho em seu cabelo, que como um
animal feroz fechou os olhos para sentir melhor, a moça depositou um beijo com
ternura em seus lábios, que mesmo tenso correspondeu de bom grado.

—Talvez seja o contrário.—Sua voz agora era suave.— E Deus tenha feito você para
me salvar de mim mesmo.—Da mesma forma que escureceu, ao sentir o toque de
Yudi o azul voltou com tudo aos olhos do homem misterioso que instantes atrás
predominava apenas a escuridão dentro deles.

Capítulo 14
4.8K 712 121

de MarliaSillva Following
Gente desculpas, o capítulo está sem Correção, não passei bem o dia hoje. Para
não deixar vocês na mão vai assim mesmo. Bjss ❤1

—Buenos dias Senhorita Jackson.

Alerrando chegou no trabalho todo charmoso como sempre, esbanjando charme por
onde passava. Cumprimentando a Assistente do Juiz, se sentando logo após em sua
mesa sem ser convidado, a moça parou de digitar um relatório e olhou para o
Espanhol querendo saber o que o mesmo estava querendo.

—O Senhor está precisando de alguma coisa Senhor González?.—Perguntou


sorrateiramente tentando esconder a surpresa com a visita ilustre do Assessor do Juiz
na sua humildade sala tão cedo.

—Tu sabes que estoy enamorado por tuna amiga Solange, vocês mujeres fofoqueiras
como são sempre contam tudo unas para outras.—Cruzou as pernas elegantemente
ajeitando a postura na cadeira.

—Sim ela me contou.—Respondeu séria, confirmando a tese deles sobre mulheres


não conseguirem esconder nada das outras.

—Enton, yo gostaria de convidar tu a estar levando lá sua amiga em una festa típica
do meu país que será realizada no Bairro onde eu moro, em homenagem a Santa
Nossa Senhora Maria das Dores.—Convidou cinicamente deixando bem claro o seu
interesse.

— E quando seria essa festa?.—Perguntou achando graça do jeito dele de pedir sua
ajuda..

—No próximo sábado muchacha, minha família vai estar toda presente. Inclusive
minha mamazita, quero apresentar la minha futura mujer, bem futuramente mesmo é
claro.— Tudo achou fofo a atitude do Espanhol de querer apresentar a Solange para a
família, também o fato dela adorar uma festa ajudou muito na decisão dela ajudar ele
de levar a amiga até o evento.1

—Está bem Senhor González, pode avisar a sua mãe que nos iremos com certeza.—
Sorriu de forma gentil para ele mostrando que poderia contar com ela no que
precisasse.
—Primeiro para de me chamar de Senhor mujer, nos suemos amigos agora Yudi. E no
que precisar comigo em relação ao Jhon pode contar comigo também.—Proclamou
normalmente como se fosse a coisa mais natural do mundo, deixando a Assistente do
Juiz morta de vergonha imaginando que o chefe teria contado do beijo entre os dois.
Já faziam alguns dias do acontecido e Jhon estava evitando encontrar com a moça ao
máximo, chegava para trabalhar em um horário onde tinha certeza que não encontraria
com ela e só os embora através do elevador privado que dava acesso direto ao seu
Gabinete. A atitude dele deixou Jackson bastante chateada, se ele tinha se
arrependido de ficar com ela era só ter falado e não ficar fugindo dela feito um
adolescente que não sabe o que quer, até quando precisava de um documento era
para a secretaria dele que pedia e não para ela.

—Não sei porque disse isso González.—Se fez de boba.

— A no?.—Perguntou com ironia.—Porque tu Baton vermelho deve estar grudado na


boca dele até agora muchacha.—Riu compulsivamente da cara dela, tinha encontrado
com o amigo com a boca toda suja depois que tinham se beijado na copa.

—Eu .eu.. Não é nada disso do que esta pensando.—Gaguejou tentando se defender.

—No precisa aplar nada, apenas digo para ter muita paciência, Jhon e uno hoble de
muchos segredos, vai ter que ter muita paciência com ele se quiser levar isso la frente,
se no tiver disposta a lutar lhe aconselho a nem tentar. Mas te garanto que o conheço
desde de pequeno e nunca vi ele olhando para nenhuma outra mujer como olha pra
tu, minha esperança es que seja la única esperança que dele se libertar de una vez
por toda e ser feliz.

—Se libertar de que?.—Yudi perguntou curiosa.

—Nada.—Alerrando vendo que falou de mais, se levantou as pressas para ir


embora.—Adios muchacha.—Se despediu e saiu pela mesmo porta que entrou a
pouco instantes atrás.
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*****

Edmilson tinha levado Max para aprender andar patins no Parque, Era outono então
as árvores assim como o chão estavam repleto de folhas alaranjadas, tinha pessoas
caminhando ou andando de bicicleta, até mesmo famílias fazendo piquenique sobre a
bela grama verdinha, a mesma onde o cão Luck corria para todo o lado. O garoto
estava animado com o passeio, mesmo quando os pais eram vivos não levava ele
para passear em lugares ao livre assim, era um homem muito ocupado com o trabalho.

—Posso colocar o patins agora Tio Dimy?.—Perguntou ansioso.

—Caro que pode galeguinho.—Respondeu com a voz chorosa, ficava sempre assim
quando o menino o chamava de “Tio” poderia ser algo normal para qualquer um, mas
o coração de Edmilson além de malandro era mole de mais, se sentia importante
cuidando dele. Era bom ter alguém além de Yudi gostando dele Quando era apenas
ele mesmo sem precisar fingir ser quem não era.

—Se você ficar assim toda vez que chamar de Tio vou parar então.—O menino
gentilmente limpou as lagrimas do rosto do rapaz usando a beirada da bolsa azul que
estava usando.

—Eu vou parar sobrinho, mas acontece que é muito bom saber que gosta de mim
mesmo conhecendo quem sou de verdade, isso é muito importante pra mim
irmãozinho.—Fungava o nariz choroso agachado no chão em quanto colocava os
patins no pé do menino, que estava sentado no banco louco para aprender andar com
aquilo.

—Porque não conta para o seu pai que não e o que ele acha? Talvez fique bravo por
um tempo mais depois vai perdoar porque e filho dele e te ama.

—Ele não me ama pequeno, mas sim o personagem que criei para agrada-lo. Não
tenho a mesma coragem de enfrentar o Senhor Persi Jackson, já viu o tamanho
daquele negão moleque? Vai fazer picadinho de Edmilson quando souber a
verdade.—Fazia umas caretas estranhas quando falou que fez Max gargalhar.

—Eu não sei o seu pai Tio, mas eu amo muito você por ser exatamente como é, ter o
poder de fazer os outros sorrir e fantástico, sinta-se honrado de ter nascido com esse
dom.

—Valeu a força moleque, também te adoro sobrinho, mas agora mãos a obra. Não
vamos sair até aprender a andar nesse troço, vamos andar por cada parte desse
lugar.—Maxmilian não sabia, mas Dimy tinha trocado o único tênis novo que tinha nos
patins, porque viu o menino com os olhinhos brilhando quando viu um na vitrine de
uma loja. Depois de passar o dia todo brincando do parque, o garoto andava naquilo
como se soubesse a muito tempo, o sorrio que Max sorria fez o Jovem perceber que a
troca tinha válido muito apena.

—Vamos embora Galeguinho? A Didi não deve demorar chegar em casa.—Perguntou


para o pequeno, mas Max estava paralisado de medo vendo um carro de luxo parado
no sinal com um homem de terno parado no sinal falando no celular.

—Por favor não deixa ele me ver.—Implorou Max agarrando nas pernas de Edmilson,
tremia tanto que o jovem ficou com medo dele passar mal.

—Ele quem moleque?.— Maxmilian olhou para o sinal e não viu nenhum carro lá
mais.

—Ninguém.—Respondeu se recompondo do susto.

—Podemos pegar o Luck e ir embora por favor?.

—Claro Galeguinho.— Maxmilian não deu mais nenhuma palavra no caminho de volta,
estava preocupado de mais em saber que aquele homem terrível poderia descobrir
onde ele estava.

***

—Não acredito que me convenceu a vir nessa festa do desse tal amigo seu, poderia
estar agora em casa vendo um filme com o Rafa.—Resmungou Solange com a cara
emburrada assim que chegaram no evento, ela não fazia ideia que esse tal amigo se
tratava nada mais nada mesmo do que Alerrando González. A vila estava toda
enfeitada com bandeirinhas coloridas e outros enfeites de vários tipos, barraquinhas
de comida era o que não faltava. No centro um palanque para o show de Henrique
Glesias, que veio para o país apenas para cantar na festa a pedido do amigo
González, as pessoas presentes eram todas muito receptivas e animadas.

—Que bom que tu veio carinho.—Solange quase morreu de susto com o Espanhol
aparecendo do nada a recebendo com um beijo no rosto, não precisou ser muito
esperta para descobrir que tinha o dedo da amiga nisso.

—O Que faz na festa do amigo da Yudi Espanhol?.—Perguntou sem paciência.


—Yo soy o amigo dela carinho, minha família faz essa festa aqui na Vila todos os anos
em homem la Senhora das Dores.—Explicou abraçando a cintura dela por trás
beijando o seu pescoço.

—E porque não me convidou diretamente para vir? Precisou pedir ajuda para minha
amiga.—Dessa vez não reclamou do abraço dele, ao contrário, se aconchegou neles
ainda mais. A noite estava um pouco fria.

—Olha eu vou comer um burrito enquanto o casalzinho aí se acertem.—Yudi foi em


direção a barraca deixando os dois sozinhos.

—No fiz o convite diretamente para ti porque sabia que tu no viria se yo chamasse
carinho, por isso pedi Socorro para sua amiga. Abraçava ela com tanta força que
parecia estar com medo dela fugir a qualquer momento dos seus braços.

—Não viria mesmo, não sou de sair. Prefiro ficar em casa vendo um bom filme e me
enchendo de pipoca.—Gemeu baixinho sentido ele morder a sua orelha de leve,
estava a seduzindo descaradamente.

— Yo quero que conheça alguém carinho.—Pegou ela pela mão e saiu arrastando
para uma casa grande e bonita que ficava perto dali.

—Madre essa és a mujer que yo aplei para a Senhora.—Solange não tinha onde enfiar
a cara de tanta vergonha que ficou da mãe de Alerrando, era uma Senhora morena
linda e jovem que parecia ser irmã dele, o cabelo dela era longos e negros. Vestia um
vestido amarelo forte caído no ombro todo cheio de babados na saia que era bem
rodado, estava segurando uma garotinha muito parecida com ele muito fofa de uns
seis anos no colo.

— Lelê que saudade de ti.—A pequena abriu os braços para o Espanhol com um
sorriso enorme no rosto.

—Mas como estais com saudade Mari Cruz se no tem nem cinco minutos se tu irmon
só saiu por cinco minutos my amor?.—González jogava a menina para o auto como se
fosse uma boneca de pano, pelo olhar dele dava para perceber o quanto a amava.

—No se preocupa Solange, ele faz isso com lá irmã desde que ela nasceu. Quase
enlouqueceu quando soube que sua mama estava grávida, tivemos ele muito jovem e
ficamos vários anos tentando até a Mari Cruz vim.—Chegou na cozinha António, pai
de González. Era um homem muito bonito de aproximadamente cinquenta anos, tinha
uma cor bronzeada e um olhar muito charmoso, vestia um trágico tipo da Espanha.
Agora Sol sabia de onde o Espanhol tinha herdado tanto charme.

—Tua namorada e muy bela filho.—Consuelo abraçou a nora de forma carinho, deu
dois beijos em seu rosto apertando a sua bochecha, falou tão animada que a jovem
não teve coragem de desmentir.

—Vocês vão casar irmon?.—A menina perguntou curiosa.

—Uno dia bem distante sim my amor.—Enchia o rosto da irmã de beijos, a amava
como uma filha, veio depois de homem feito então era o seu xodó. Sol estava achando
lindo relação dos dois.

— Tu tem o cabelo muy belo namorada do Alerrando.—Elogiou o cabelo da Advogada


do jeito que sabia.

— O seu também é muito lindo Mari, assim como você.—Sol sempre gostou de
criança, ainda mais uma encantadora como aquela.

—Tu irmon tem bom gosto filha, imagina que mistura linda não vai ser o filho desse
dois.—Disse o pai de González animado com a possibilidade de se tornar avó, fazendo
o filho imaginar o quanto gostaria de ver um pedacinho dele crescendo dentro dela.1

.*****
“E agora direto da Espanha a grande atração da Espanha, Henrique Glesias”

Anunciou o locutor a grande atração musical, Yudi ficou louca quando ouviu o nome
dele. Saiu correndo da barraquinha agora de churros e fui para a frente do palanque
assistir a atração de perto, adorava a batida das músicas latinas, a primeira música
que começou a cantar foi uma muito sensual. Jackson no mesmo momento começou a
mexer o corpo conforme a batida, a calça Jens claro enfiada dentro da botas de cano
longo acima do joelho com uma blusa preta de mangas longas só deixou ainda mais
sexy os seus movimentos ao som de..
2

(Bailando)

Yo te miro, se me corta la respiración


Cuanto tu me miras se me sube el corazón
(Bate bem mais forte o coração)
Y en silencio tu mirada dice mil palabras
La noche en la que te suplico que no salga el sol
(Bailando, bailando, bailando, bailando)
Dois corpos no cio, um imenso vazio, esperando amor
Esperando amor
(Bailando, bailando, bailando, bailando)
Esse fogo por dentro vai me enlouquecendo
E a gente suando

Con tu física y tu química también tu anatomía


La cerveza y el tequila y tu boca con la mía
Ya no puedo más (não aguento mais)
Ya no puedo más (não aguento mais)
A nossa melodia tem calor tem fantasia
Ate filosofia é desejo que vicia
Não aguento mais (ya no puedo más)
Não aguento mais (ya no puedo más)

Yo quiero estar contigo, vivir contigo


Bailar contigo, tener contigo
Una noche loca (una noche loca)
Ay besar tu boca (y besar tu boca)
Eu quero estar contigo, sorrir contigo
Dançar contigo, viver contigo
Uma noite louca, tão tremenda e louca
(Ooooh, ooooh, ooooh, ooooh)

Tu me miras y me llevas a otra dimensión


(Me leva a outra dimensão)
Tu latidos aceleran a mi corazón
(O seu brilho acelera o meu coração)
Que ironia do destino não poder tocar você
Abrazarte y sentir la magia de tu olor

(Bailando, bailando, bailando, bailando)


Dois corpos nesse imenso vazio esperando amor
Esperando amor
(Bailando, bailando, bailando, bailando)
Esse fogo por dentro vai me enlouquecendo
E a gente suando

Con tu física y tu química también tu anatomía


La cerveza y el tequila y tu boca con la mía
Ya no puedo más (ya no puedo más)
Ya no puedo mas (ya no puedo más)
A nossa melodia tem calor tem fantasia
Até filosofia é desejo que vicia
Não aguento mais (não aguento mais)
Não aguento mais (não aguento mais)

Yo quiero estar contigo, vivir contigo


Bailar contigo, tener contigo
Una noche loca (una noche loca) ay besar tu boca
Eu quero estar contigo, sorrir contigo
Dançar contigo, viver contigo
Uma noite louca, tão tremenda e louca
(Ooooh, ooooh, ooooh,
Bailando amor, es que se me va el dolor
(Ooooh)

Ela passava as mãos de forma provocante por todo o corpo, jogava o cabelo
volumosos para o lado e rebolava de uma forma enlouquecedora para qualquer
homem que estava a olhando. Até mesmo o próprio cantor não conseguia para de
olhar a performance da moça. Quando a música acabou, foi abrindo os olhos
lentamente e deu de cara com o Juiz de braços cruzados lhe encarando de forma
ameaçadora.

—Se você rebolar dessa forma mais uma vez, juro que vou fazer você ficar sem se
sentar por pelo menos um mês.—Ameaçou Thompson de uma forma completamente
sombria.

Capítulo 15
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Sem correção desculpas.. Bjss �

— Você acha mesmo que não vou rebolar só porque você não gosta? Se não quiser
olhar vira de costas.—O encarou de frente, era o tipo de mulher corajosa.2

—Não me provoque Yudi.— A aparência do Juiz já não era a mesma elegante de


sempre, os cabelos estavam alvoraçados sobre o rosto e a roupa toda amassada. O
olhar parecia o de uma fera pronta para atacar, se ela abrisse a boca para falar um “a”
que fosse, o homem seria capaz de fazer qualquer coisa.

—Vai fazer o que? Me bater.— Estavam um de frete para o outro se fuzilando com o
olhar.

— Padrinho que bueno que tu veio .—Assim que o Juiz ameaçou ir em direção a
Assistente, a pequena Mari Cruz veio correndo e abraçou suas pernas, assim que
ouviu a voz da menina sua expressão mudou no mesmo momento, tinha um carinho
muito especial pela afilhada.

—Olá princesa, como você está meu amor?.—Pegou ela no colo e depositou um beijo
em seu rosto.

—Com saudade de ti.—Respondeu envolvendo os braços em volta do seu pescoço,


era uma criança muito carinhosa.
– My também carinho.—Thompson falou imitando o sotaque dela, sabia que sempre
conseguia arrancar um sorriso lindo da pequena quando fazia isso.

—Essa mujer bonita es tu namorada Padrinho?.—Olhava de forma curiosa para ele


enquanto fazia carinho no rosto dele, era uma mania da caçula da família González.

—Não sou.—Yudi respondeu de imediato emburrada.

—Ainda.— Thompson completou a frase sem tirar os olhos da afilhada, fingindo que a
moça não estava ali.3

—Qual es tu noble ainda no namorada de my padrinho?.—Perguntou Mari Cruz


inocente.

— Sou Yudi, é você como se chama gatinha?.

—Yo soy Mari Cruz, irmã de Alerrando, o hoble mais belo do mundo.—Disse certa
daquilo, via o Espanhol como um verdadeiro herói.

—Poxa pequena, pensava que eu fosse o homem mais lindo do mundo para você
Mari.—Jhon fez um beicinho tão charmoso fingindo estar triste que Jackson chegou
respirar fundo lembrando do beijo que roubou dele.2

—No abla assim Padrinho.—Olhou para Thompson se sentindo culpada.—Tu sabes


que yo soy muy enamorada por ti também, mas my irmon es tudo para mim.—Não
tinha como não se apaixonar por aquela criaturinha, o sotaque dela era uma graça,
uma figura igual o irmão pensou Yudi.1

— Eu sei meu amor, o padrinho só estava brincando com você.— Sorriu para ela com
os belos dentes brancos.

—My irmon pediu para dizer que esta esperando tu no quarto dele, porque precisa
ablar contigo urgente.—O juiz ficou sério, sabia muito bem qual era o assunto sério
que o amigo queria conversar com ele.

—Está bem carinho, diga para o González que já estou indo.—Depositou um beijo na
testa dela antes de colocar no chão.

—Tchau moça bonita.— Se despediu de Jackson antes de sair correndo para levar o
recado.
—Eu vou.—Olhou para a filha do Reverendo de uma forma ameaçadora que só ele
sabia fazer.—Mas os meus olhos estão em toda parte.—A moça olhou para os lados
notando no mesmo momento que quarenta por cento das pessoas presentes no
evento eram homens do pequeno exército de preto do Juiz, tinha seguranças
espalhado por toda parte.—Não se esqueça disso quando for rebolar novamente,
minha promessa ainda esta de pé.—Deixou o recado antes de ir.6

****

-- Yo estou ton feliz que veio my amor.-- Exclamou Alerrando apertando mais os
braços em volta da moça sinicamente como se fossem namorados de verdade.
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-- Larga de ser cretino Espanhol, não sou sua namorada. Não tem vergonha de ficar
enganando os seus pais assim Alerrando?.-- Disse discretamente no ouvido dele com
um sorriso falso no rosto, estavam vendo o show de longe. O Latino esperto como era
estava aproveitando o máximo da situação, como os pais dele estavam sempre perto
dos dois impossibilitando a moça de qualquer rebeldia, ficava agarradinho com ela
roubando o máximo de beijos que podia.

-- No acredito que my menino vai casar, quero muitos netos correndo por essa casa.--
A mãe de Alerrando estava encantada com a nora, sabia que só uma mulher muito
especial para conseguir conquistar o coração bandido do filho mulherengo, tinha até
perdido a esperança de se tornar avó um dia.

-- Tu serás lá vovó mais bela do mundo Madre.-- Largou Solange e abraçou a mãe.

-- Te amo my amor, yo e tu padre ficamos muito felizes por ter encontrado alguém para
cuidar de ti, da para ver nós olhos de voces como estão enamorados.

-- Da para ver de longe mesmo my amor.-- Comentou o pai olhando orgulhoso para o
jovem casal.

-- Yo amo essa mujer papi.-- Declarou sério olhando para a Advogada.-- Eu que no
me imagiva casando mal posso esperar para que esse dia chegue logo, quero ver uno
moleque meu crescendo dentro da barrigada dela, depois quero una menina parecida
com ela, enton quando o time de futebol estiver pronto com mais uno ou dois reserva
eu paro.-- Solange olhou para ele chocada, queria ter no máximo apenas dois, achava
que essa quantidade estava mais do que boa.7
-- No me olhes assim carinho, yo no gosto de miséria com nada.-- Sol estava a ponto
de gritar toda a verdade, mas não o fez para não estragar a alegria dos pais deles.8

-- Irmon o meu padrinho disse que ja está vindo.-- Mari Cruz chegou correndo e disse
para Alerrando.

-- Yo Vou ter que sair por uno instante carinho.-- Sua expressão era extremamente
séria.

--Aconteceu alguma coisa Espanhol?.-- Perguntou preocupada.

-- No my amor, fique tranquila que em breve estarei de volta em tu braços novamente.-


- Entrou as pressas em casa e foi em direção ao antigo quarto, passou pelo extenso
corredor feito um tiro. Quando chegou o amigo ja se encontrava presente.

—Tu ficou louco Jhon? Partir para cima dela daquela forma foi loucura, no sei nem o
que teria acontecido se a Mari Cruz no tivesse chegado.—Alerrando não era de ficar
nervoso, mas quando ficava não tinha quem o contia.—Por uno momento pensei que
tu fosse arrastar aquela mujer pelos cabelos para fora dali como nos tempos da
caverna.—Thompson estava sentado em sua pequena cama de solteiro, os pais do
Espanhol mantinham o quarto do filho igual o jeito quando deixou para ir para a
faculdade, do lado esquerdo ficava a cama do mesmo bem do lado da do Juiz, no
canto uma escrivaninha com um computador modelo antigo sobre ela, a parede era
repleta de prateleiras com troféus de campeonatos de todo tipo de esporte que os dois
participavam na Escola, eram a dupla perfeita em tudo que faziam. Como o pai do
Jhon nunca tinha tempo para nada, Antônio pai de González que levava os dois nos
jogos, também era muito ocupado trabalhando na sua floricultura, que atualmente era
a mais famosa da cidade por ter as mais belas flores do país como muitos diziam, um
homem romântico como ele não poderia trabalhar em outra coisa. Arrumava um
tempinho para estar acompanhado os meninos onde quer que fosse, mesmo depois de
homens formados tratava os dois como se tivessem quinze anos. Na porta o pôster da
Banda de Rock Rolis Tony que mesmo apagado pelo tempo continuava colado no
mesmo lugar, na verdade tudo continuava do mesmo jeito que o Latino tinha deixado.
Depois que arrumou a vida comprou a sua própria casa, mas sempre que vinha visitar
os pais era ali que ficava, gostava de relembrar dos velhos tempos. Jhon conhecia
bem o lugar, pois passou inúmeras noites na casa do amigo quando adolescente, não
era atoa que até uma cama só sua tinha no quarto, no pequeno guarda roupa de
madeira ainda tinha roupas dele guardadas quando tinha apenas treze anos.

— Ela me dominou por completo González.—Abaixou a cabeça levando as duas mãos


sobre ela puxando os cabelos com força, mostrando o quanto estava nervoso.

—Essa situason está ficando perigosa de mais my amigo, você já tinha conseguido
controlar esse tu lado sombrio irmon. Mas ai chegou essa mujer ferrando mais de dez
anos de terapia, eu realmente gosto dela, porém, com a personalidade que tem vocês
dois no dariam certo nunca Jhon, isso é um fato.—Sabia bem o que estava dizendo,
pois era o único que conhecia esse lado obscuro de Thompson, morria de medo que
dessa vez o Juiz não conseguisse retomar a razão a tempo como e acabasse fazendo
uma loucura. Esse fato já tinha ocorrido a muito anos, mas do jeito que as coisas iam
poderia se repetir de maneira muito pior a qualquer momento.

—Diga isso para o meu coração Alerrando.— Colocou a mão ao peito como se
quisesse arrancar alguma coisa lá de dentro.—Porque eu não sei mais como fazer ele
entender isso.

—Cuidado Cara, aquela mujer e perigosa. O tipo que e gostosa e sabe muito bem
disso, é Mestre na arte de la seducion, ela no e a Sonsa da Suzana que tu controlava
cada passo que dava. E mesmo assim viu no que deu?.—Mesmo em meio a um
assunto tão sério o Espanhol não pode deixar de rolar na cama chegando chorar de
tanto rir da cara do amigo lembrando do dia que ele contou sobre a gravidez da ex-
noiva.—Com la Yudi enquanto aplar no vai ela já vai estar voltando, e impossível
prender quem nasceu para ser livre.

—Eu vou me afastar dela.—Prometeu com o semblante carregado pela dor que estava
sentindo dizendo aquilo.

—Igual fez hoje? Nunca viria em una festa como essa, mas bastou o meu papi ligar
para ti dizendo que my “namorada” e una amiga dela veio para tu desligar o telefone
na cara do coitado e aparecer aqui em menos de dez minutos.

— Não deu para evitar, quando vi já estava em frente a sua casa.—Nem parecia
aquele homem seguro, estava com a aparecia devastada.

—A no deu para evitar?.—Foi extremamente irônico, estava nervoso de mais em ver o


amigo naquele estado.—Pois espero que comece a dar, porque yo no vou aguentar
ver o único amigo que tenho naquele estado novamente.—A voz de le saiu chorosa, os
espanhóis são homens emotivos.

—Não vai ver meu amigo, eu prometo..—Levantou descido a ir embora, estava


disposto a tirar aquela tentação da sua cabeça de uma vez.—Nunca mais perderei o
controle por causa dessa mulher. – Praticamente jurou.3

—Agora yo senti firmeza nas suas palavras irmon.— Alerrando estava orgulhoso do
amigo.

—A Espanha vai amanhecer de luto.— Exclamou Thompson já do lado de fora da


casa, sua voz era calma, porém fria.

—Porque Jhon?.—Perguntou González confuso.

—Porque vão chorar a morte de um grande astro pop Latino.—Bastou ver Yudi cheia
de charme para o lado do Cantor Henrique Glesias, que estava dando encima dela
descaradamente, tinha ficado encantado por ela desde que a viu dançando ao som da
sua música. Para Jhon perder o controle novamente, os olhos tinham escurecidos,
mostrando que agora sim o Espanhol tinha um grande motivo para se preocupar com o
amigo.3

— Por favor jhon no vai machucar muicho o hoble.— O Assessor corria desesperado
atrás dele tentando impedir uma loucura, o que era praticamente impossível já que o
Juiz parecia um soldado do futuro pronto para matar como diria Edmilson.

—Não toque nela.—Ordenou desmaiando o Cantor com apenas um soco, pegou a


Assistente pelo braço e saiu arrastando se fosse uma boneca em meio a multidão que
tão entretida com as atrações do evento nem notaram o que estava acontecendo.3

—Me solta, você está atrapalhando o meu lance com o Henrique Glesias, sabe
quando vou ter outra chance de pegar um homem daquele?.—Reclamou tentando se
soltar dele que nem escutava de tanta raiva.1

—Entra.—Gritou parado em frente o carro com a porta aberta.

—Não vou a lugar nenhum com você.—Deu um chute bem dado no meio das pernas
dele e saiu correndo, o Homem da Lei mesmo com dor conseguiu alcançá-la e jogou
no ombro. Carregou até o carro novamente e jogou dentro do veículo sem nenhum
pingo de delicadeza, colocou o sinto bem apertado agradecendo mentalmente por ela
não saber como tira-lo.

—Vou chamar a Polícia seu maluco.—Estava realmente assustada com a atitude dele,
que depois de passar a semana toda fugindo dela agora estava fazendo aquela cena
toda.1

—Chame.—Abusou discando o número da Delegacia no seu celular caríssimo e


entregou para ela, que simplesmente abriu o vidro da janela e jogou o mais longe que
pode.

—Vai se foder cretino.—O respeito ali já tinha acabado em ambas partes. Jhon
respirou fundo pelo menos umas três vezes para não dar a ela o mesmo destino do
seu aparelho de última geração, ela gritou, esperneou, xingou todo tipo de palavrões,
uns até desconhecido pelo Homem da Lei durante todo o resto do caminho. Já ele não
falou mais nada, fixou toda sua atenção na estrada, cansada de ser ignorada acabou
adormecendo, quando acordou estava em um quarto luxuoso todo decorado na cor
branca. A cama extremamente macia e o lençol de seda pura, sentia uma sessão
gostosa quando o tecido tocava na sua pele nua.

—Pera ai, como assim nua?.—Pensou começando a se desesperar, levantou o lençol


imediatamente e percebeu que estava usando apenas uma camisa masculina também
branca que não tampava nem a metade das coxas. Logo sentiu o aroma do perfume
amadeirando do Juiz misturado com cheiro forte de álcool exalando por toda parte,
olhou para frente e viu o mesmo sentado em uma cadeira em frente a uma enorme
porta de vidro observando a tempestade que do na nada começou a cair lá fora, os
raios caiam sem parar do céu iluminado o quarto escuro que estava com a
temperatura fria por conta do vento, na mão segurava uma garrafa de bebida.

—Senhor Thompson.—Chamou receosa, mas ele não respondeu.

—Jhon?.— Usou o nome dessa vez. Porém, ainda não obteve resposta.

—Meritíssimo.—Resolveu arriscar chamando dessa forma, para ver se chamava sua


atenção. Chegou tremer quando ouviu a mesma se referir a ele de tal forma, levantou
transtornado e partiu pra cima dela com tudo. Já chegou rasgando a camisa dele que
com muito sacrifício tinha colocando nela e tomando a sua boca de uma forma muito
feroz, parecia que tinha deixado em fim a fera que existia dentro dele sair, suas mãos
segurava a cintura fina da moça com vontade, o peito não apertou como um homem
normal faria, a impressão era que iria arranca-lo a qualquer momento.

—Aiii.—Yudi gritou ao sentir o chefe mordendo a sua boca com força, no mesmo
Thompson saiu de cima dela imediatamente, estava visivelmente fora de si, todo
suado e a respiração descompassada andando de um lado para o outro, o cabelo
estavam bagunçando caído sobre os olhos. Porém, não o suficiente para esconder a
escuridão presente neles, o canto da boca manchado com o sangue dela.

—Você não pode ser minha Yudi.—Desviou o olhar da bela jovem seminua a sua
frente, não queria que o visse daquela forma.—Não do jeito que eu quero.—
Completou de forma sombria.
—Podemos encontrar um meio termo que agrade os dois.—A jovem levantou sem se
importar que estava quase nua e segurou o rosto do homem que tanto desejava entre
as mãos obrigando o mesmo a olhar em seus olhos, era tanta beleza que quase
esqueceu do que iria falar, não sabia o porque, mas sentia muito atraída por ele
quando perdia o controle daquela forma.—Vamos pelo menos tentar, você não me
deseja?.— Perguntou ainda segurando o belo rosto, apesar dos olhos ainda escuros
não tinha mais raiva dentro deles. Apenas uma dor muito grande por não poder fazer
dele o que mais queria nesse mundo.

—Muito.— Respondeu de imediato, não era nem necessário palavras, o desejo era
evidente em cada movimento do seu corpo, ate mesmo o som rouco da voz tomada
pelo tesão já dizia tudo.—Nunca quis tanto uma coisa na minha vida como quero
você.—Era tanta atração que Jackson tinha por aquele homem que poderia gozar
apenas ouvindo aquelas palavras.

—Então me faça sua por pelo menos essa noite.—Implorou pela primeira vez para um
homem.

—Não posso.—Os belos olhos azuis variam cada parte do corpo negro amostra,
estava se segurando para não jogar tudo para o alto e cometer uma loucura.—Séria
arriscado de mais, se provar de você uma vez, vou querer te fazer minha pelo resto da
vida.—Dessa vez sua voz suou mais pesada, mostrando claramente o grande esforço
que estava fazendo para fazer a escolha certa, era inteligente o suficiente para saber
que ao lado dele era perigoso de mais para ela.
—Essa é a sua última decisão ?.—Perguntou firme, ele como resposta apenas
confirmou com a cabeça.

—Ótimo, só espero que lembre depois que a escolha foi sua.—Desviou o olhar, estava
muito magoada, não conseguia entender as atitudes dele e isso lhe irritava bastante.+

—Lembrarei.—Respondeu antes de sair do quarto batendo a porta totalmente


devastado.

Capítulo 16
4.3K 650 113

de MarliaSillva Following

Gente o capítulo de hoje é muito especial, a situação escrita aqui e baseada


em parte na história de uma pessoa real, que conheci através da minha leitora
linda Dayse. Ele está acompanhado o livro e modéstia a parte está encantado
com o mesmo, saiba que sou muita grata por ter dividido conosco um
pouquinho sobre você através do nosso Juiz Thompson. Beijo da Autora Marília
Silva para você onde quer que esteja. Mesmo estando longe e não te
conhecendo consigo enchegar você através do seu coração e traduzir em
palavras o que sinto, talvez por isso tenha visto tanta semelhança com o
personagem. Sinta-sé abraçada por mim nesse momento. Bjss

Thompson praticamente se arrastou em direção ao quarto secreto, seu desejo


mesmo era voltar e fazer com ela tudo o que tinha vontade, seu desejo de possui-la
estava incontrolável, mas o medo de machucar a moça era ainda maior. O lugar tinha
sido construído especialmente para quando estava naquele estado, mesmo muitos
anos sem nenhuma crise tinha medo que pudesse acontecer a qualquer momento, ao
passar pela enorme porta de aço com fechadura apenas pelo lado de fora, o Juiz a
acionou o modo “Solitária” tinha dado esse nome para o local, pois era assim que se
sentia quando ficava lá dentro. Automaticamente as portas de fecharam trazendo
assim a escuridão por toda parte, as paredes eram acolchoadas com material maciço
e não obtinha nenhuma abertura além da porta, depois de preso era praticamente
impossível sair. Não tinha móveis ou nada do tipo, apenas um telefone grudado na
parede para se comunicar com a única pessoa que realmente confiava no mundo e
conhecia bem o nível de gravidade do seu problema, com muita dificuldade conseguiu
discar o número, por pouco não quebrou o aparelho apenas tocando nele, ganhava
uma força absurda quando se encontrava nesse estado.

—Perdi o controle.—Proclamou com a voz abafada pela respiração ofegante.—Me


ajuda.—González não precisou ouvir mais nada, saiu correndo disparado no mesmo
momento. Devido ao temporal Antônio achou melhor a namorada do filho passar a
noite na casa deles, sua esposa fez questão de ligar para mãe da jovem explicando a
situação.1

—Vou precisar sair uno instante carinho.—Solange olhou para ele desconfiada se
perguntando onde iria debaixo daquela chuva?.—Mas volto a tempo de me encontrar
quando abrir tu olhos my amor.—Depositou um beijo casto em seu lábios, na verdade
quando viu o amigo saindo arrastando a Assistente daquela forma já estava se
preparando para que isso viesse a acontecer.

—Onde vai debaixo desse temporal Alerrando? Espera pelo menos a chuva ficar um
pouco mais fraca, pode ser perigoso.—Não conseguiu esconder a preocupação com o
Latino.

—Estais preocupada comigo my bombomzinho?.—Ficou todo bobo com a


preocupação dela com ele.

—Estou.—Não mentiu, mas também não assumiu mais nada.

—Tu no sabes como fico feliz em saber disso my amor.— A envolveu em um abraço
forte.

—Promete que não vai demorar mesmo? E que os raios me assusta um pouco.—Se
encolheu mais dentro do abraço dele, só não estava mais preocupada porque tinha
recebido uma mensagem da amiga dizendo que estava tudo bem com ele.

—Yo no te deixaria sozinha se realmente não fosse importante minha vida, no


momento tem alguém precisando mais de mim do que tu.—Vestiu apressado sua
jaqueta de couro preta, pegou a chave do carro no bolso esquerdo e caminhou rápido
em direção a porta.1
—Filho no acha mejor ficar em casa para cuidar de tu namorada? Ela parece estar
assustada com la tempestade, seja quem for que esteja te precisando de ti pode
esperar até amanhã.—O pai aconselhou o filho, Alerrando olhou para o sofá com o
coração partido vendo a amada toda encolhida nele, desde de pequena tinha pânico
de dias como aquele, se estivesse em casa estaria agarrada com a mãe ou o irmão.
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— Ele precisa da minha ajuda padre.—Pelo olhar preocupado do filho, Antônio sabia
exatamente de quem ele estava se referindo. Mesmo Alerrando nunca contando nada
sobre o problema do amigo, o pai sabia que existia alguma coisa de muito errada com
ele.

— Vá logo então filho.—González sentiu o vento frio e as gotículas de água tocar seu
rosto assim que abriu a porta, em segundos sumiu debaixo da tempestade.

***

Depois de encontrar suas roupas perfeitamente dobradas sobre o criado mudo ao


lado da cama, por um minuto até passou pela sua cabeça que ele poderia ter passado
antes, afinal cada peça se encontrava notavelmente engomadas. Vestiu o mais rápido
que pode, mesmo sem nenhum centavo no bolso e com aquele temporal todo, não
fazia nenhuma questão de permanecer naquela casa por mais bem um segundo que
fosse. Mas antes de sair girou a cabeça em um ângulo de trezentos e sessenta graus
reparando o quanto era fria a decoração daquele lugar, tudo era estritamente branco.
Nem um detalhe se quer de outra cor perdida no local, nem mesmo o preto ou cinza
que ele costumava usar. Estava se sentindo um biscoito de chocolate perdido dentro
do de baunilha, as cortinas foi o que mais lhe chamou a atenção, principalmente pelo
tamanho exagerado e a grossura deixou uma certa pulga atrás da orelha da
Assistente. Aquele lugar lhe causava fobia, a cama era enorme e macia, também
para o corpo daquele tamanho não poderia ser diferente, pensou lembrando dos
enormes músculos do homem da lei muito bem espalhados em um metro e noventa e
oito de altura. Espantou os pensamentos pecaminosos em relação ao chefe que
estava tomando conta da sua mente, colocando no lugar a raiva que estava sentindo
dele por ter a rejeitado pela segunda vez. Ainda observando notou como o Juiz era
organizado, detalhista e perfeccionista, não deixando passar despercebido aos seus
olhos a coleção de carros e pequenas miniaturas das maiores invenções e principais
pontos turísticos do mundo, que Thompson não deixava ninguém chegar nem perto,
para ele era como a sete maravilhas na face da terra, mantinha guardado dentro de
um móvel de vidro blindado com ferro para que não fossem tocada por nenhuma mão
além da sua. Sem paciência, resolver continuar com o plano de ir embora, desceu as
escadas e deu de cara com um ambiente mais descontraído por assim dizer, uma sala
onde ele usava para ouvir musica clássica, gostava também muito de jazz, alguns
MPB, ritmo latino que conheceu por acaso. Bem no meio do salão havia um piano que
sabia tocar como ninguém, e na parede um violão. O Juiz também era um excelente
cozinheiro, gostava de fazer de tudo dentro de uma casa, ate porque para entrar em
sua residência era algo muito difícil, sua confiança não se conquistava fácil.
Assustada com aquele mistério todo e ainda muito nervosa com acontecido, a jovem
continuou a procurando a saída praticamente cuspindo fogo pelas ventas enquanto
andava pisando duro sobre o piso negro da grande mansão pronunciado os mais
pecaminosos palavrões existentes na face da terra. Na verdade ela queria mesmo era
ter falado cada um deles com o dedo apontado bem na cara do mesmo, mas não o
fez porque lembrou que não queria voltar olhar ele nunca mais. Apenas por isso, se
não teria feito com o maior prazer, se tinha uma coisa que aquela mulher nunca
levava para casa era desaforo, seja lá de quem fosse. Quando passava pelo extenso
corredor do segundo andar, por resto nem sabia mais a quanto tempo estava andando,
não conseguia parar de tentar entender o porque de tanta grosseira com ela sendo
que a iniciativa de agarra-la tinha vindo dele, pensava que não merecia ter sido
tratada de forma tão agressiva, tinha certeza que o Juiz pensaria depois que saiu
escondido porque roubou alguma coisa de sua da casa luxuosa dele, que para ela
parecia mais o castelo do Conde Drácula, nunca tinha visto lugar mais sombrio na
vida, os móveis de um mal gosto terrível, tudo em tons neutros, não sabendo ela que
tinha que ser assim não por gosto do Dono, mas sim porque realmente para uma
pessoa como ele não poderia ser de outra forma.

—Não sei pra que um lugar desse tamanho apenas para ele? Com certeza o Príncipe
das trevas precisa de muito espaço para poder conviver com toda aquela prepotência.
Coitado, realmente não me conhece, se fosse para roubar alguma coisa daqui teria
que virar a noite caçando algo que me agradasse, coisa que duvido muito ser
possível.—Esse eram os pensamentos que rondava a cabeça de Jackson.

—Droga.

Gritou quando tropeçou no tapete deixando a bota de salto alto que carregava nas
mãos cair no chão, jamais deixaria para trás nunca. Eram de marca, tinha comprado
em um bazar de luxo e dividido em mais de doze prestações, ser rejeitada tudo bem,
mas ficar sem uma peça da Salon nunca. Quando levantou deu de cara com uma
porta lisa enorme de aço puro sem maçaneta nem nada, apenas uma fechadura no
meio. Se escondeu quando ouviu passos fortes vindo em sua direção, olhou meio de
canto de onde estava conseguindo ver González chegando as pressas acompanhado
de um Senhor alto, tinha a barba grisalha na mesma cor do cabelo que era pouco a
cima do ombro, tinha o corpo cheio e estava vestido todo de branco com uma maleta
na mão. Seu coração paralisou de preocupação imaginando o que o Espanhol fazia ali
acompanhado de um médico, pois podia jurar que aquele homem se tratava de um
médico, é realmente era. Foi atrás deles o mais rápido que pode, mas os a porta
fechou automaticamente atrás deles, dando tempo apenas de ver a ponta da escuridão
que emanava lá dentro. Mas não era uma escuridão qualquer, nela tinha algo
assustador escondido, pode sentir o desespero e o medo presente nela, era tanta dor
que sua vontade era de chorar sem nem saber o motivo. Colocou o ouvido atrás da
porta para tentar ouvir alguma coisa, porém, não ouviu um ruído se quer, o quarto era
a prova de som. Sem saber o que fazer voltou para o quarto esperando que alguém
viesse dar notícias sobre o que estava acontecendo com o chefe, mesmo estando com
ódio dele não queria que nada de mal acontecesse com ele, e se ninguém aparecesse
sairia ela mesmo para descobrir, não era mulher de ficar esperando por nada.

***

— Ele esta aqui González.

Disse o Doutor Emanuel Patrício, médico psiquiátrico do Juiz desde que tinha nove
anos de idade, quando os primeiros sintomas da doença de Jhon começou a aparecer,
era uma criança muito agressiva. Não sabia conversar, batia primeiro e falava depois,
eram mais de dez reclamações por semana de agressões contra os coleguinhas da
Escola, mas o diagnóstico da patologia só foi descoberto ao certo na adolescência de
Thompson, quando tinha dezessete anos agrediu sem querer a primeira namorada
durante uma briga por conta de ciúmes da parte dele, tudo porque viu a garota
cumprimentando outro garoto, no mesmo momento perdeu o controle e começou a
sacudir a moça segurando com muita força exigindo explicações, que acabou
quebrando o braço da mesma em dois lugares, jamais faria por querer, mas
aconteceu. Passando mais de vinte anos do acontecido Jhon ainda tinha gravado em
sua mente o olhar de medo que a namorada olhou para ele quando enfim recobrou os
sentidos e percebeu o que tinha feito. Depois disso teve crises de pânico ate os
dezenove anos, nesse período morou um tempo em Londres, mesmo assim
continuou o tratamento com o Doutor Emanuel, o mais indicado nessa área. Nesse
período todo não parou de estudar para se tornar Juiz, mesmo com todos esses
“problemas” era o melhor aluno da turma, sendo que Alerrando não o abandonou nem
sequer um momento, por isso tinha tanto estima pelo amigo, talvez se não fosse o
apoio dele estaria perdido em meio as trevas. Através de muitos exames e consultas
com terapeuta, foi diagnosticado com o Transtorno compulsivo obsessivo, no caso do
Juiz extra violento. Normalmente quem tem este tipo de transtorno trabalha com a lei
em geral, mas infelizmente a maioria opta em virar bandido para extravasar toda esse
ódio que carrega consigo. Fica isolado, se auto flagela, não se alimenta, fica com, se
tornando o tipo de pessoa retraído e se você insiste em uma coisa que não o agrada,
fica agressivo. Jhon conseguiu manter esse lado sombrio adormecido por muito tempo
através de terapia e fazendo o uso de medicações fortíssimas, fazendo até hoje o uso
de anafiláticos, a pratica de esportes perigosos ajudou bastante, a adrenalina o
acalmava, então estava sempre em movimento. Gostava de escalar, pular bang junp,
era faixa preta em judô.1

Praticava boxe, muai tway e krav maga, amava nadar em piscina, mas mar aberto
nem pensar. Quando estava muito triste gostava de pintar imagens de lugares onde já
passou através das várias viagens que fez em torno do mundo, gostava de conhecer
culturas diferentes. Não podia ficar muito tempo em abstinência com nada do que
tinha costume de fazer, se não ficava suscetível a uma crise, por isso vivia uma vida
tão regrada, o fato de ter sido criado pela família de uma forma regrada não ajudou
muito com o seu problema, relacionamento com ele só se fosse muito sério, e com
alguém que pudesse controlar vinte e quatro horas por dia como “fazia” com Suzana.
Por isso tinha tanto medo do sentimento que estava crescendo dentro dele em relação
a Yudi, ela não abaixada para de forma nenhuma, teve momentos que a sua vontade
era dar uma boa lição nela para parar de ser tão mal criada. Fora o ciúmes doentio que
sentia dela, se segurou por muitas vezes para não matar os homens que ficavam
olhando para ela, olhos escurecendo, suor, tremores nas mãos são início de uma
crise, não pode ficar muito tempo no mesmo lugar, no máximo duas horas, ainda
mais se estive muitas pessoas no local. Festa? Odeia. Chegava ser hilário quando se
arruma para sair, pois não conseguia vestir ou estar em locais com cores muito
chamativas, somente cores sóbrias e neutras. Nenhum médico soube explicar o
porque disso, era coisa pessoal do transtorno dele. Alimentação saudável era
fundamental, então desde de pequeno a mãe ensinou a comer coisas naturais, por
indicação medica não podia comer chocolate, refrigerante e nem café por causa da
ansiedade, mas o café bebia do mesmo do jeito, era sua paixão. Tinha a mania de
que se alguém tentasse alguma coisa contra alguém de sua estima, criava uma raiva
da pessoa sem limites, que não tinha nada que o fizesse mudar de ideia, por isso
sentiu tanta antipatia da Irmã da Yudi quando a conheceu.2

—Soy yo amigo.—González abaixou com cuidado até o amigo, que estava todo
encolhido num canto com a cabeça baixa, parecendo um animal ferido com medo. O
rosto estava tomado por uma mistura de lágrimas com suor, os olhos ainda estavam
escuros e a roupa toda rasgada e amassada.

—Eu a machuquei González.—Tampou o rosto totalmente descontrolado.—Sou o pior


mostro do mundo.—O Espanhol estava arrasado de ver o amigo naquele estado.—Me
desculpa, por favor me desculpa, não queria ter machucada ela, foi mais forte do que
eu, por favo me perdoa?. – Repetia compulsivamente segurando o braço do Latino
com força.—E o pior é que eu senti prazer com isso, tudo o que mais quero e voltar
para lá e terminar o que comecei.—Confessou aterrorizado.

—Onde ela está Jhon?.—Perguntou o Doutor Emanuel já preparando um injeção com


efeito calmante, sabia que a qualquer momento poderia ficar agressivo novamente,
estava muito preocupado com a possibilidade dele ter machucado alguém. Tinha muita
estima pelo o Juiz, praticamente tinha o visto crescer dentro do seu consultório.

—Porque está perguntado sobre ela?.— Agora o seu tom era sombrio.—Quer tirar ela
de mim como todos os outros homens do mundo, mas não vou deixar ninguém tocar
no que é meu.

—Ela não é propriedade sua, e pode ficar com quem quiser.—Exclamou o Doutor
tranquilamente, estava acostumado com aquele tipo de situação.—Eu pedi tanto para
tomar cuidado com isso de se apaixonar filho, essas coisas pode ser muito perigosa
para um homem como você.

—Sim, ela é minha.— Partiu para cima do médico. Porém, foi impedido por González
que levou um belo soco como resposta.

— Deus olha o que eu fiz com o meu melhor amigo.—Levou a mão na cabeça
desnorteado vendo o Assessor caído no chão com o nariz sangrando, andava pelo o
quarto de um lado para o outro completamente fora de si.
—Relaxa filho, ele vai ficar bem.—O Doutor foi caminhando na direção dele com uma
a seringa na mão.—Agora me diga o que fez com a moça? Onde ela está.

—Por favor isso tem que parar Doutor, acabe logo com esse tormento antes que eu
machuque alguém de verdade,.—A declaração de Thompson foi de cortar o coração.

—Se você não teve sucesso nas duas vezes que tentou se matar, não serei eu que
vou facilitar as coisas para você.—Emanoel foi firme com o paciente.1

—Se eu machucar ela novamente não vou me perdoar nunca, então faça o que tem
que fazer e acabe com o meu sofrimento, esse é o único jeito de conseguir a minha
paz de volta.— Implorou.

— Se ele acabar com tu sofrimento vai ter que dar uno fim no meu também.—Com
muita dificuldade González conseguiu ficar de pé.—Porque no quebro minha
promessa, no vou te abandonar nem nessa vida nem na outra.—Abraçou o amigo
sentido as lágrimas dele molhar o seu rosto.— Se for fazer algo, faça logo Doutor.—
Disse por fim fechado os olhos para se preparar para o que quer que fosse.

—Depois que acordar vai se sentir melhor filho.—O Psiquiatra disse após aplicar a
injeção no braço de Jhon.

—Cuida dela pra mim.—Sussurrou para o amigo antes de cair em um sono profundo
ainda nos braços do Assessor.

—Você sabe que a situação dele e mais complicada do que imaginamos não sabe?.—
Olhou para o homem de trinta e oito anos dormindo feito um bebê a base de duas
dozes de calmantes com a mesma potência para derrubar um cavalo de corrida.

—Tu estais me assustando Doutor.—Seu semblante era muito preocupado.

—Dentro do seu amigo existe duas feras, uma dócil outra feroz. Pelo o que presenciei
aqui hoje não precisa ser muito inteligente para saber qual das delas se apaixonou por
essa moça, e pelo o que me contou a personalidade dela não vai ajudar em nada
nessa história. Temos que ficar de olho nele, pois a partir de agora tudo pode
acontecer.—Proclamou o homem com mais de quarenta anos de experiência no
assunto. Para carregar Thompson até o quarto de hospedes foi preciso juntar os dois,
antes de deita-lo deram um bom banho com água morna, Alerrando tinha certeza que
ele tinha levado Yudi para o seu quarto.1
—Você vai pegar essa moça agora é vai levar para bem longe daqui, ele pode acordar
a qualquer momento. E acredite que no estado dele, se ele colocar o olhos nela não
vai ter tranquilizante ou homem no mundo que de conta de segura-lo. Vou levar dias
para colocar sua mente no lugar novamente, enquanto isso não acontece não
podemos ariscar.— O Psiquiatra proclamou pensativo olhando para o seu paciente
dormindo com o semblante pesado, provavelmente tendo algum pesadelo, quase não
dormia, mas quando acontecia só sonhava com coisas ruins, por isso evitava ao
máximo. González não precisou andar muito, pois encontrou a moça nervosa andando
pelo o corredor batendo em porta e porta atrás de alguma notícia, era impaciente de
mais para ficar esperando.2

—O Que houve com ele espanhol? E nem pense em mentir para minha porque eu vi
você chegando com o médico. – Seus cabelos estavam rebeldes caindo sobre o rosto,
o Juiz tinha feito uma boa bagunça neles quando a agarrou.

—No se preocupes muchacha, Jhon está bem. Teve apenas uma queda de pressão,
mas o médico já cuidou dele, agora esta descansando. Mas antes de dormir pediu
para te levar em tu casa ainda hoje.—Yudi se sentiu mal por o Juiz não querer que ela
passasse a noite a li, não que quisesse ficar, mas ficou em saber daquilo.+

—Vamos então.—Respondeu séria jurando para si mesma nunca mais pisar ali, ou
melhor esquecer que aquele lugar existia.

Capítulo 17
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de MarliaSillva Following

Gente e com muito carinho que digo que nesse e no próxima capítulos terá a
participação de alguns personagens do primeiro livro (Amor Proibido) da minha
duologia "Homens da Lei" Vão poder matar um pouco a saudade do *Delegado
Ricardo Avilar, * Júlia e a pequena Maria Lara... ��
Sem correção desculpas....Bjsss ❤5

—Buenos dias.

Foi a primeira coisa que Solange ouviu assim que abriu os olhos, depois que deixou a
Assistente do Juiz em casa ainda voltou para ter certeza que o amiga estava
realmente bem. Voltou somente para a casa quando o dia estava clareando, não tinha
dormido um minuto se quer. Cansado e tenso com tudo o que tinha presenciado, só
queria chegar em casa logo para poder descansar nos braços da sua amada, ela não
precisa dizer nada, apenas o seu toque tinha uma capacidade enorme de acalma-lo.

—Você disse que não ia demorar.—Respondeu sonolenta ajeitando as tranças que


estavam espalhadas por todo travesseiro, ainda era muito cedo.

—Desculpa carinho, as coisas complicaram uno pouco.—Tinha a voz chorosa, ainda


estava muito emotivo.

— Vem aqui.—Abriu os braços, Alerrando se alinhou neles feito uma criança


assustada sobre a pequena cama de solteiro, escondeu o rosto na curva do pescoço
da Advogada e chorou em silêncio até cair no sono profundo. Quando acordou os raios
de Sol da bela manhã de domingo irradiavam por toda através da janela aberta, notou
que não estava mais com a jaqueta e os sapatos no pé que junto com as meias
também haviam sido retirados. Olhou para o lado sentindo o coração apertar, porque
Solange tinha ido embora sem nem se quer dizer tchau, levantou desanimado e foi
tomar banho. Quando terminou saiu do banheiro com apenas uma toalha enrolada na
cintura, o cabelo molhado caindo sobre o rosto, os pés descalços pisando no chão
deixava o homem mais charmoso do que nunca. Abriu o sorriso mais lindo do mundo
quando viu a amada sentada sobre a cama com uma bandeja de café da manhã muito
bem montada, com pães de mel e geleia de morango que achou em uma padaria a
dois quarteirão, também tinha leite, café, uvas e queijo com goiabada. No canto um
pequeno recipiente com flores frescas dentro.

—Pensei que tinha ido embora carinho.—O sorriso ainda estava aberto no rosto
bonito.

—Sem me despedir de você? Jamais Espanhol, o mal educado aqui es tu e no yo


muchacho.—Fez charme dando uma piscadela para o lado dele, nunca o deixaria
sozinho no estado que se encontrava, mesmo sem saber o motivo sabia que tinha
alguma coisa o preocupando bastante. González veio andando sensualmente e
colocou a bandeja sobre o móvel ao lado da cama, em um movimento rápido deitou
sobre o corpo frágil da moça e a beijou na boca com vontade. Apertava o seio da
moça com força por cima da roupa, as unhas dela estavam gravadas nas costas nua
do Latino.

—Alerrando.—Gemeu o nome dele mais auto do queria, estava morrendo de vergonha


que os pais deles escutasse, mas não conseguia evitar.

—Estou ouvindo carinho.—Respondeu com a voz rouca deixando um chupão no


pescoço da jovem.

—Quero que me faça sua.—Pediu sem vergonha.

— Só depois que aplar que esta enamorada por mim carinho.—Jogou baixo.

—Isso é chantagem Espanhol.

—Yo sei.—Tomou sua boca em um beijo quente.—E no me importo nem uno pouco
com isso.—Era sínico que só ele.

—Você que sabe então.—Empurrou ele de cima dela, ajeitando a roupa e foi embora
rebolando. O Assessor do Juiz soltou uma gargalhada divertida pensando que era
apenas questão de tempo para ter aquela mulher na sua cama pelo resto da vida,
tomou o café preparado por ela totalmente envaidecido por mais um ato de amor vindo
da parte da Advogada.
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Quinze dias depois...

Após tirar mais de duas semanas de licença por motivos de “Saúde” Thompson
chegou ao Fórum no mesmo horário de sempre, por volta das seis e quarenta da
manhã as portas do elevador se abriram dando a imagem de um homem muito
elegante dentro de um terno preto italiano. O cabelo estava impecavelmente arrumado
com gel, nos pés os sapatos caríssimos chamava a atenção por onde passava, só não
mais do que o perfume do Juiz que tinha o poder de embriagar qualquer mulher que
fosse, até as mais fortes. Depois de muitas sessões com a terapeuta e tratamentos de
choque com o Doutor Emanuel e o uso de medições fortíssimas, Jhon estava com as
emoções mais estável do que nunca, o Psiquiatra realmente era bom no que fazia.
Porém, dessa vez talvez tenha pesado um pouco a mão, pois Thompson nunca esteve
com um humor tão sério, passou pela recepção segurando firme a maleta olhando
fixamente para frente com intenção de não cumprimentar ninguém.
—Bom dia Meritíssimo.—Parou no mesmo momento quando ouviu tais palavras, olhou
para a mesa da Assistente sem entender o que aquele rapaz de aproximadamente
vinte e sete anos, pálido, magro com os cabelos bagunçados sobre a face, estava
fazendo no lugar de Yudi.

— O que faz aqui?.—Perguntou grosseiramente.

—Sou Bem Carter , seu novo Assistente Senhor.—Ajeitou os óculos de grau no rosto
totalmente sem jeito, era um rapaz tímido.—Fui o segundo colocado na prova para o
cargo, como a primeira colocada pediu para ser transferida para outro setor, fui
chamando para preencher o lugar dela já faz mais de dez dias.—Jhon fechou os
punhos nervoso, mas respirou fundo.

—Prazer Senhor Carter, seja bem vindo a nossa equipe.—Exclamou sério antes de
entrar para o seu Gabinete. Os dias foram passando rápido, Jhon não viu mais a
Assistente durante esse período. Porém misteriosamente tinha informação de cada
passo dela, só ele sabia o que estava passado para conseguir se manter longe da
jovem, mas sabia que era o melhor para ambas partes.

***
—O Senhor e um homem de palavra.

Sorriu humildemente com o rosto tomado pelas lágrimas o jovem Noen Said ao final do
julgamento onde saiu inocentado por unanimidade, o culpado ainda não tinha sido
pego, mas também um inocente não iria pagar no lugar dele. Tudo isso graças ao erro
que Jackson encontrou durante a digitalização dos relatórios em relação ao caso dele,
não teve como não pensar nela quando a defesa citou esse pequeno detalhe que
quase foi deixado passar despercebido.

—Não tem que me agradecer de nada. Eu que peço desculpas por terem te mantido
preso injustamente, saiba que já entrei com um processo contra o Governo em seu
nome para que seja devidamente indenizado pelo ocorrido.—Mesmo sem condições
de demonstrar o quanto estava feliz por ele, Thompson apertou sua mão em forma de
conforto. Desde o dia que perdeu o controle não conseguia mais demostrar nenhum
sinal de felicidade, o semblante era sempre sombrio, e isso já fazia quase um mês.

—Claro que tenho que agradecer, o Senhor é um anjo.


—Não sou.— Cortou o elogio rude, sabia que estava longe de ser uma criatura
celestial.

—Para mim e sim.—O rapaz era teimoso.

—Chega de conversa Noen, se eu fosse você iria correndo encontrar a sua mulher e
os seus filhos que estão lhe esperando do lado de fora, eram para ter chegado mais
cedo. Mas como não consegui passagens em outro horário, por isso atrasaram um
pouco.—Proclamou de forma natural sem preparar o rapaz antes.

—Depois diz que não é um anjo.—Abraçou o Juiz com carinho.—Obrigado por tudo
Senhor.— Mais tarde Noen descobriu que o Juiz havia comprado uma casa nova para
morar com a família e arranjou com um amigo um bom emprego para o mesmo
recomeçar a vida.

****

—Mulher tu vai mesmo para o Brasil?.—Edmilson estava pendurado de cabeça para


baixo em uma árvore da Rua em frente ao prédio deles, tinha visto uma matéria na
televisão que dizia que aquela posição fazia bem ao cérebro, então vinha praticando
pelo menos uma vez por semana. Max vendo a tristeza que a jovem andava nos
últimos dias a chamou para vê-lo fazendo algumas manobras que tinha aprendido com
os patins.

—O Juiz Marcos Louzada foi convocado para representar o país em um caso de tráfico
de crianças para prostituição infantil, tudo indica que a sede dessa monstruosidade fica
em solo Brasileiro.—A agora Assessora da agenda pessoal de Lousada estava
sentada na calçada com a mão no rosto pensativa olhando para o menino brincando
com outras crianças.

—Não acredito que o nosso pai vai cuidar do Galeguinho durante esse tempo que vai
ficar fora.—Essa era mais uma preocupação de Jackson, o Reverendo quando soube
da viagem de trabalho da filha imediatamente se ofereceu para ficar com o menino na
sua ausência, sabia que coisa boa não viria dessa bondade repentina com ela. Porém,
realmente não tinha com quem deixar Max. Então resolveu ariscar, deixar aos
cuidados do Edmílson seria bem pior, pensou a moça.

—Didi, não vamos conseguir esconder o moleque por muito tempo.—Tentou descer da
árvore, mais acabou caindo de cara no chão.2
— Você vai quebrar algum osso garoto.—Além da queda ainda ganhou um bom
cascudo da irmã.

— Foca no assunto Mana.—Yudi nunca tinha visto o irmão falar de forma tão séria.—
Não adianta ficar adiando cara, vamos chamar o moleque na chinxa e dar um bom
aperto nele até contar de onde veio, alguma coisa me diz que esconde algo de muito
cabuloso nessa história.—Rodou os olhos de um lado para o outro fazendo suspense.

— Está bem, hoje a noite vamos ter uma conversa séria com ele, só vamos poder
ajuda-lo se nos contar a verdade.

—Hoje não posso Didi..

—E porque não? Posso saber.

—Porque vou sair com uma gata ai que conheci.

—Então o menino que enche a boca para dizer que e seu sobrinho e menos
importante do que qualquer garota por ai?.

—Tente entender o meu lado minha filha.—Colocou as mãos na cintura.—Sou um


moleque transante.—Afirmou com cara de Cristian Grey.

—O máximo que deu até hoje foi uns dois ou três beijos na filha da vizinha.—Yudi ria
de escorrer lágrimas no canto dos olhos.

—Foram quase cinco tá? E com duas garotas diferentes se você que saber.—Cruzou
os braços sobre o peito fazendo birra.

—Esta bem Senhor beijoqueiro, vamos deixar para conversar com o Maxmilian depois
que eu voltar da viagem de trabalho.—Na verdade estava querendo prolongar o
máximo possível essa conversa com o garoto. No dia da viagem Yudi acordou cedo,
fez a mala animada de estar indo para um país tropical. Nunca tinha saído da cidade,
seu grande sonho era conhecer o mar, o lugar mais perto que chegou perto dele foi na
TV. Estava feliz, pois depois de ficar um mês sem tirar Thompson se quer um minuto
da cabeça, iria se distrair indo para um lugar lindo sem gastar se quer um centavo.
Talvez até conheceria algum Brasileiro gato por lá, já que com o Matheus não rolou
mais nada, depois de contar que tinha ficado com outra pessoa, ele não aceitou muito
bem a notícia. Mas, ficou admirado a atitude dela de contar que tinha se interessado
por outra pessoa, hoje ela e o Secretário do Presidente eram apenas amigos. Já no
aeroporto achou estranho toda equipe de Louzada chegar de menos ele, ao total eram
quatros Advogados, outro Assessor e mais uma Juíza residente como reserva para
alguma emergência. Para o azar de Jackson era uma mulher muito metida, que a
tratava com abuso como se fosse sua empregada, a moça estava a ponto de dar na
cara dela a qualquer momento. Era uma loira alta com os cabelos a baixo da cintura,
os olhos eram verdes cor de Rubi, sua elegância era de invejar qualquer uma que não
tinha estilo próprio como Yudi. Estava quase na hora de embarcar e nada de Louzada
aparecer, todos estavam começando a se desesperar. Até chegar uma comitiva de
carros pretos com o vidro escuro, mas quem desceu do carro não foi o Juiz que
estavam esperando.

—Meu Deus e o Juiz Jhon Thompson.—Gritou a Juíza novata toda animadinha, a


mulher de Louzada tinha passado mal, então pediu de ultima hora para o afilhado
assumir o caso no lugar dele, era o único que confiava em sua falta.

12

—Boa dia, por motivo pessoal o Juiz Louzada não pode vir. Estarei sumido o lugar
dele nesse caso.—Disse apenas sem olhar para ninguém, caminhou em direção o
local de embarque com o atrapalhado do novo Assistente correndo atrás do homem
na tentativa de acompanha-lo. Jackson se sentiu mal com a frieza de Jhon, que nem
um momento sequer olhou em sua direção, por outro lado pensou que assim era até
melhor. A única coisa que tinha certeza era que não seria fácil aguentar aquela loira
oferecida dando encima dele o tempo todo. Por azar o Thompson viajou sentado ao
lado Juíza Bruna, foram conversando o caminho todo, Yudi só ficou observado a
intimidade dos dois no lugar dela, a coitada viajou o tempo todo com um Senhor
praticamente dormindo no colo dela. Thompson nem bem desceu do avião e já foi
direto para o lugar onde seria a tal casa onde as crianças eram abusadas
sexualmente, a residência ficava no meio de uma reserva florestal.

—Boa noite.—Cumprimentou o homem de porte másculo e cara de mau vestido com o


uniforme da Polícia Federal.—Sou o Delegado Ricardo Avilar. – Se apresentou, seu
inglês era perfeito. Praticamente sem nenhum sotaque.10
—Sou Juiz Jhon Thompson, será um prazer trabalhar ao seu lado nesse caso.—Pegou
na mão do Delegado apertado forte.

—Não maior que o meu.—Era uma conversa séria entre dois homens da Lei que
admirava um o trabalho do outro.

— Qual e o plano Delegado?.—Perguntou inquisidor.

—Depois de eu juntamente com a Tenente Carol Azevedo ficarmos de tocaia por duas
semanas, podemos afirmar com certeza que hoje os grandes estarão todos aqui para
receber a “mercadoria” nova que esta para chegar. Tem um homem nosso dentro da
casa se passando por cliente, estamos apenas esperando o sinal dele para invadir.—
Explicou detalhadamente.

—Ótimo, assim que ele der o sinal vamos entrar com tudo.— O Juiz não era homem
de brincar em serviço, e o Delegado Ricardo Avilar atuava do mesmo modo.
Assim que a equipe do Major chefe do caso chegou em massa para dar reforço a
invasão, entraram literalmente quebrando tudo, o momento mais triste para o Juiz foi
presenciar com os próprios olhos a situação que aquelas crianças se encontravam. Ao
total eram doze meninas e oito meninos, entre cinco e dezessete anos. Estavam tão
assustados que se esconderam com medo dos polícias. A casa era luxuosa dividida
em várias suítes, o que mais o chocou foi uma garotinha de quatro anos, que após ter
sido violentada várias e várias vezes, estava em estado deplorável. Toda suja de
sangue e com sêmen espalhando por todo pequeno corpo frágil. Jhon ficou enojado
com aquela cena, não entendia como um homem conseguia sentir prazer fazendo algo
tão horrendo? Era uma coisa que não entenderia nunca. Se emocionou ao ver o
Delegado Avilar tirar a jaqueta e enrolar com o maior carinho do mundo na pequena,
infelizmente ela morreu minutos depois ainda nos braços dele. Prenderam muitos
homens importantes da alta sociedade Carioca e de outros países, inclusive dos
Estados Unidos. Eram clientes do lugar, também foram pego um dos donos, o outro
conseguiu fugir. Apesar dos pesares a missão foi um "sucesso" mas iria ficar marcado
na alma de todos por terem fracassado na tentativa de salvar a vida da garotinha. No
caminho de volta para o Rio de Janeiro, o Juiz notou que o Delegado estava
pensativo.

—A morte daquela criança tocou bastante você não foi?.


—Tenho uma filha na idade dela.—Thompson sorriu ouvindo aquilo, seu maior sonho
era ser pai. Porém, tinha ciência que era algo muito difícil de acontecer.

—Qual o nome dela?.

—Maria Lara, uma verdadeira peste! Nunca vi ser mais insuportável. Ela e a mãe dela
me leva a loucura, mas não vejo mais a minha vida sem as duas.—Comentou
brincalhão sorrindo de lado meio sem jeito, era o tipo de homem que não assumia na
frente dos outros o que sentia.

—Não sabe a sorte que tem, muitos daria tudo o que tem para estar no seu lugar.—
Declarou o Juiz com a voz entristecida.1

*****

Yudi estava no quarto do hotel Plaza, onde um andar havia sido fechado
especialmente para o pessoal do Fórum ficar durante estadia no país. Tomou um
banho demorado, mas não conseguiu descansar da viagem porque estava preocupada
de mais com Jhon enfiado no meio do mato em meio aos policias. Só acalmou o
coração quando foi até o quarto do novo Assistente dele e ficou sabendo que a
missão tinha sido um sucesso e já estavam voltando para o Rio. Antes da jovem ir
embora Bem a lembrou que no outro dia teria que deixar o Juiz apar dos
compromissos que Louzada teria que comparecer, cuidaria da agenda da mesmo
forma como se fosse a do novo chefe, já que Thompson estava no lugar dele. O
coração da jovem palpitou forte só de imaginar que teria que ficar novamente cara a
cara com o homem que a rejeitou.

Capítulo 18
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de MarliaSillva Following
Quem leu a minha segundo livro Amor proibido, vai ver que os personagens
estão em peso fazendo participação nesse capítulo, aliás eu interliguei uma
cena que é de lá.. Bjss ❤1

Yudi tinha se arrumado com a melhor roupa que tinha trazido para a tal reunião com o
ex chefe, nunca esteve tão nervosa, nem mesmo no seu primeiro dia de trabalho no
Fórum. Como o clima do lugar era quente opinou em colocar um vestido acima do
joelho todo florido com flores de todas as cores, com uma abertura nas costas. O
cabelo estava em um coque alto, estava calor de mais para deixar solto. Na boca um
batom roxo cintilante deixando bem marcado os lábios da moça. As mãos estavam
suando, enchendo de suor a agenda contendo todos compromissos que o Homem da
Lei tinha que comparecer no decorrer da semana, no total ficariam no país por quinze
dias no máximo. Entrou no elevador com as pernas tremendo e apertou o botão que
levava até a cobertura, ela foi toda reformada apenas para receber o famoso Juiz
Thompson. Já em frente a porta da suíte, a vontade da moça era voltar pelo caminho
que veio o mais rápido que pudesse. Mas era corajosa de mais para fugir de qualquer
coisa que fosse, então respirou fundo e bateu por duas vezes na enorme porta, que só
pelo lado de fora já poderia imaginar o luxo que existia na parte de dentro.

— Entre.—Ouviu uma voz feminina dizer, mesmo morta de ódio se manteve firme. Não
fugiu chorando como qualquer outra mulher no seu lugar faria, ao contrario. Empinou o
peito e ergueu a cabeça o mais alto que pode, humilhada poderia até ser. Mas
aguentaria o que quer que fosse com a cabeça erguida. Abriu a porta lentamente, se
tinha ficado admirada com o luxo do quarto onde estava hospedada, com o do Juiz
ficou foi e de boca aberta mesmo. Era uma replica perfeita da casa dele, até os
mínimos detalhes. Não tinha um objeto se quer em outra cor além do branco, Jackson
estava se sentindo perdida dentro daquele lugar.

—Boa tarde Senhorita... Como é mesmo o seu nome?.— A Juíza Bruna apareceu
saindo de um dos cômodos totalmente a vontade segurando um xicara de chá na mão,
vestida um conjunto de moletom cinza, a blusa quatro vezes maior do que ele
demostrava que a peça não era dela.1

—E Yudi Jackson Senhora.—Respondeu sem vontade.


— Tanto faz, vamos passar logo essa agenda. Tenho muitas coisas para fazer ainda
hoje.—Mentiu descaradamente, estava ali apenas como reserva, para ser usada em
ultimo caso.

—Onde esta o Senhor Thompson? Não vou ficar falando dos compromissos dele com
"terceiros".—Foi atrevida.

—Ele não deixaria “terceiros” dormir no quarto dele, ou melhor, na sua cama.—A
revelação cortou o coração da jovem em mil pedaços, o fato dele ter dormido com uma
mulher que mal conhecia, sendo que com ela ficou fazendo aquele charme todo. Isso a
magoou de uma forma massacrante.—Mas se não acredita em mim podemos ligar
para ele confirmar para você.—Pegou o telefone e entrou a ela.

—Não precisa Senhora, já vi mais que o suficiente.—Agiu profissionalmente, explicou


cada compromisso e o horário exato de todos, dando destaque para o evento que
séria realizado em homenagem aos oficiais envolvido na resolução do caso que os
trouxeram até o Brasil.
Depois que terminou saiu de lá arrasada, mas não chorou em momento nenhum, não
era de fazer drama, mesmo quando a situação pedia. Para refrescar a mente resolveu
dar uma volta pelo o Rio de janeiro para aproveitar o dia livre.

—Lindo não é mesmo?.

Perguntou uma moça também negra, que estava paralisada ao lado de Jackson
admirando através de uma vitrine um vestido branco com pregas em torno da cintura.
A desconhecida era de estatura mediana, corpo farto em curvas, cabelo cumprido em
belos cachos rebeldes caindo sobre o rosto ao balançar do vento. Vestia uma calça
jeans justa e uma blusa Rosa de mangas longas, não usava maquiagem, o que não
fazia diferença nenhuma já que a moça era linda de natureza. O sorriso simpático no
rosto lhe dava um charme natural.
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—Perfeito.—Yudi respondeu com um português horrível, conseguia entender bem,


mas falava com muita dificuldade. Porém, era entendível, para quem começou a
estudar o idioma pela Internet a duas semanas antes quando soube que viria para o
país, o que sabia até então era quase um milagre.

—Vejo que não é desse país.— Sorriu para filha do reverendo de forma acolhedora,
Jackson tinha ouvido falar que os Brasileiros eram receptivos, mas não fazia ideia do
quanto.

—Não sou, esse meu sotaque horrível e prova disso.—Fez piada.

—Mamãe, mamãe eu posso comprar outro boneco do homem de ferro?.—Chegou


uma menina de uns quatro anos de cabelos longos e ruivos partido ao meio, vestida
com roupas que aparentemente pareciam ser de menino, a ex Assistente do Homem
da Lei adorou aquela criança cheia de estilo. Nem em pensamento questionou o fato
das duas serem mãe e filha sendo tão diferente uma da outra, o que lhe chamou
atenção mesmo foi a demonstração clara de afeto entre as duas.1

— Você já tem um boneco desse enorme que o seu Tio Binho te deu filha, e está
novinho. Dinheiro não cai do Céu sabia?.—Se zangou com a filha.

—Mas mãe o Coroa tem dinheiro de sobra que eu sei, tenho que tirar alguma
vantagem de ser filha daquele Mané.— Além de estilosa a menina era esperta
também.

— Quer ficar de castigo pelo resto da semana? E para de chamar o seu pai de Mané..

—Idiota talvez?.—Perguntou com ironia de mais para uma criança da idade dela,
levando a mão no queixo cinicamente fingindo estar pensando.1

—Filha.—Se zangou com ela.

—Eu amei você garota, bate aqui. – A criança bateu a mão na da jovem se acabando
de rir do jeito estranho da mesma falar.

—Pow mãe, sua amiga fala estranho. Sua risada era tão gostosa que Yudi ria junto
com ela.3

—Me desculpe moça, a minha filha não tem trava na língua, tem a mania de falar o
que vem na cabeça.

—Não se desculpe, ela e uma graça. Prazer, sou Yudi.

— Sou Julia, e o prazer e todo meu.—Dali nasceu uma amizade que duraria pela vida
toda.

— Aqui as pessoas são sempre simpáticas assim ou dei sorte de me esbarrar com
vocês duas?.1

—Nós Brasileiros podemos ter todo defeito do mundo, mas essa nossa alegria e algo
natural do nosso povo.—Julia tinha um jeito doce de falar, a ruivinha esperta agora
estava no colo da mãe brincando com uma mecha de cabelo dela.

— Não poderia esperar menos de um país lindo como este.—Elogiou de forma


espalhafatosa.
—E o vestido? Não vai levar.

— Não, é elegante de mais para uma mulher como eu, com certeza não combina
comigo. Também nem tenho aonde ir para usar algo assim. —Yudi fez sinal para o
próprio corpo com o dedo indicador. —Julia pegou no braço da estrangeira e a
arrastou para dentro da loja. O que valeu muito apena já que fez a mesma
experimentar o vestido, que gostou tanto que dava volta e mais voltas rodando igual a
um peão dentro dele em frente ao espelho, pegando na boutique admirando como
tinha ficado perfeito em seu corpo. Depois das compras saíram para tomar sorvete e
ainda passearam em alguns pontos turístico, apenas não deu para Jackson realizar o
sonho de conhecer o mar.

No dia do evento em homenagem aos envolvidos na prisão traficantes de crianças,


Thompson não sabia o que era pior, ter que aturar a Juíza Bruna dando encima dele o
tempo todo descaradamente. Ou ter que aturar o Major amigo do Ricardo Avilar se
gabando de como sua ajuda um única para solucionar o caso, por coincidência o nome
do homem vaidoso também era John. Enquanto a festa já começava, Yudi estava em
casa se aprontando sem pressa para o evento, encheu a banheira com essência de
flores e várias pétalas de rosas vermelhas, parecia uma criança brincando com a
espuma. Ergueu uma perna e ficou observado a água descer sobre a mesma,
tentando não pensar no Juiz, mas isso era algo praticamente impossível de evitar.
Pensou como uma mulher esperta como ela foi deixar um homem tomar conta dos
seus pensamentos daquela forma, o pior era que se tratava de um que não se
importava com ela. Já vestida, agradeceu mentalmente por aquela moça simpática ter
lhe convenceu a comprar o vestido. Passou batom vermelho sangue para finalizar a
maquiagem que tinha levado poucos minutos para fazer, opinou por não abusar muito
nas cores, até porque a cor intensa presente nos lábios volumosos dava um contraste
perfeito com o branco do vestido. Nós pés colocou uma sandália de salto alto caramelo
puxado para o escuro toda trançada, os cabelos nunca esteve tão macio e sedosos,
tinha cortado um pouco em camadas para dar mais volumes..

***

Ei moça poderia servir alguma bebida para nós?...—O xará do Juiz chamou uma moça
que estava trabalhando servindo os convidados, que por acaso era namorada do
Delegado que já estava em uma cor avermelhada de raiva, por conta da provocação
do amigo.1

—Sim Senhor.—A bela negra aproximou timidamente com a bandeja cheia de taças
de champanhe.

—Então, o que uma moça tão bonita faz servindo as pessoas? Se fosse minha
namorada estaria em casa te enchendo de carinho e amor.—O Major disse na maior
cara de pau...

—Acontece que "essa moça" já tem namorado, e muito ciumento por sinal.—O Juiz riu
ao perceber que ele não era o único ali que sofria de ciúmes obsessivo.

— Não começa com escândalo Ricardo.—Chamou a atenção dele discretamente.

—Não me irrita Julia, alguém não te avisou que esse uniforme e dois números menor
que o seu? Suas pernas estão toda de fora..—Ciumento era pouco para definir aquele
homem, talvez fosse até mais que o próprio Juiz.

—E que pernas em.—Provocou o amigo mais uma vez.

— Já chega por hoje Major. Pare de provocar o Ricardo, deixa ele em paz pelo menos
essa noite. – Disse a Tenente Carol constrangida com a situação.

—Senhorita Júlia, estão precisando de você lá na cozinha...—Um amigo da moça


chegou para salva-la da situação constrangedora. O Delegado imediatamente fuzilou o
rapaz com o olhar.

— Alguma coisa me diz que hoje eu não saio dessa festa sem matar um.—Rosnou o
chefe da Polícia Federal do Rio de Janeiro emburrado.

—Idem.—Comentou Thompson com o semblante sombrio, ao ver a ex Assistente


chegando deslumbrante, era a única mulher do evento que não estava trajando longo.
Talvez seja por isso que chamou atenção de todos quando chegou, a ousadia da moça
tinha um certo poder sobre o sexo oposto. Jogou o cabelo para o lado de forma
atraente, fazendo os cachos em formato de mola cair feito uma cascata sobre as
costas.

— Meu Deus, é ela.—Julia gritou eufórica ao ver a nova amiga chegar divinamente
bela dentro do vestido que a convenceu comprar mais cedo.—Com licença
Senhores..— Fingiu não ter escutado o resmungo do Delegado e saiu andando passos
rápidos em direção a nova amiga, se abraçaram forte como se conhecessem a anos.

—Você está um escândalo amiga, notou que todos os homens da festa estão de olho
em você?.—Elogio a amiga.

—Todos menos aquele lindo de terno Preto com cara de mau que está secando você
de cima a baixo, ele parece que vai voar encima de você a qualquer momento.—Fez
um sinal discreto com a cabeça na direção do Delegado.

—Aquele e o pai da minha filha.—Bufou nervosa ajeitando a saia do uniforme,


realmente era bem menor que o seu numero.—Nós estávamos namorando, mas
depois de hoje não sei se estamos mais.—Sua voz saiu baixa e triste com a revelação.

—Como assim estavam, não estão mais?.— Yudi percebendo a tristeza dela, arrastou
a mesma para um canto mais reservado para conversarem melhor.

—Acho que tem vergonha de sair comigo em publico, somos de mundos diferentes.—
Enxugou uma lágrima que escorregou pelo rosto.— Além de branco, rico e Delegado
do Polícia Federal, eu sou negra, pobre e favelada. Prometeu hoje pra mim que ficaria
em casa, mas por coincidência tive que vir trabalhar na ultima hora para quebrar um
galho para o meu irmão que e funcionário do bife da festa, e dei de cara com ele aqui
acompanhando de outra mulher elegante.

—Mas pelo menos deu a chance do homem se explicar? Pela cara de bravo dele acho
que não neh?.—Gargalhou alto.

—A única coisa que tenho vontade de fazer e deixar a marca dos meus cinco dedos
bem na cara daquele cretino mentiroso.—Exclamou nervosa, ela e o Delegado tinham
um relacionamento intenso, o homem era Dono de um temperamento forte. As
diferenças entre os eram gritantes. Porém, não maior do que sentiam um pelo outro,
no final sempre faziam as pazes na cama.

—Mana, estão querendo salgadinho na mesa cinco.—Chegou um negro alto e forte


dos olhos incrivelmente verdes, uma verdadeira obra da natureza. Vestido o mesmo
uniforme de Júlia, deu uma olhada para Jackson que faltou pouco arrancar um pedaço
dela.
—Yudi esse é o meu irmão Binho.—Se olharam cheio de segundas intenções, a ex
Assistente do Juiz tinha acabado de encontrar uma distração perfeita para sua estadia
no Brasil.

— Desculpe gata, acontece que realmente estamos cheio de serviço agora. Porem,
mais tarde quando as coisas se acalmarem terei o maior prazer em te conhecer
melhor.—A pobre moça quase desmaiou com a piscadela que negro exótico deixou
para ela antes de sair, Yudi fez uma dançinha estranha toda animada abraçando a
irmã da sua nova paquera. Quando as duas olharam para o lado viram o Juiz e um
Delegando as fuzilando com o olhar, logo Júlia disse que tinha que trabalhar e sumiu
no meio da multidão. Jackson nada boba fez a mesma coisa. Ficar olhando para ele
com aquela loira metida ao seu lado, estava deixando a moça enjoada. Depois de um
tempo circulando entre os convidados, começou a se sentir totalmente entediada.
Reparando que a pista de dança estava vazia, logo concluiu que a causa disso era o
repertório de musicas horrível que não parou de tocar um minuto se quer.1

—Festa chata, com gente mais chata ainda.—Pensou alto revirando os olhos enquanto
virava todo líquido da taça de cristal de uma vez só , mal tinha chegado e já tinha
bebido umas cinco iguais aquela. Do nada um homem cochichou alguma coisa com o
Dj, que imediatamente colocou uma batida de Funk para tocar, Yudi quase
enlouqueceu quando viu os garçons inclusive a Julia irem para o meio da pista dançar.
Não esperou nem ser chamada, foi logo se instalando no meio deles e mostrando que
apesar de ser gringa sabia requebrar muito bem ao som de Mc Guiné e Nego Blu.1

"Quando ela dança, ela me encanta

Quando ela dança, ela me encanta

Chega no baile tirando onda

Ela rebolando é toda lindona"

-- Colocou as mãos no joelho e empinou a bunda grande rebolando até o chão, era a
sensualidade em pessoa. Fechou os olhos sentindo o som da musica tocar o seu
corpo, alisando a forma perfeita da cintura até chegar nas coxas, fazendo uma volta
com corpo de uma forma delirante.

"Linda de bonita, me hipnotiza. O que tem? Que todo mundo que.. Não tá nem aí, não
liga pra ostentação
Ela quer descer subir, rebolar até o chão...

Ela me desestabizou, sem me dar confiança

Me deixa maluco o jeito que ela dança"

Jackson parecia estar conectada com a batida, como se tivesse esquecido de todo
resto. Com certeza tirou a paz de pelo menos a metade do sexo oposto presente no
evento. A situação complicou ainda mais quando a Júlia veio dançar perto dela, juntas
rebolando até o chão de um jeito que ninguém nunca viu fazendo cara de safada.
Quando a música acabou, estavam sorrindo divertida uma para a outra com o corpo
todo suado. O som dos assobios dos homens ecoaram pelos quatro canto do lugar,
deixando as mesmas envergonhada.

—Ai Mulher se aquele cara Bonitinho não conseguir segurar mais o seu Delegado
gostoso, pode mandar fazer a cova porque vai dar morte na certa.—Disse uma das
garçonetes amiga da Júlia com a mão na boca assustada. A namorada do Delegado
olhou para o lado e viu o mesmo feito uma fera sendo segurado por pelo menos quatro
homens para não ir ate ela fazer nenhuma loucura. Yudi reparou que Thompson
estava ao lado dele com as mãos no bolso sem esboçar nenhuma reação se quer, o
seu semblante era indecifrável. Olhando tudo em total silêncio, mas o que Jackson não
sabia era que as vezes o silêncio pode ser mil vezes mais perigoso do que um ataque
de raiva. O Juiz era o tipo de homem que "comia" quieto, cedo ou tarde a moça
descobriria isso. Julia foi se esconder na cozinha com medo de encontrar o Delegado,
só voltou na hora da homenagem. Um telão enorme foi montado, as luzes do salão se
apagaram completamente deixando tudo escuro. De repente começou a passar várias
fotos deles durante o resgate das crianças, e depois delas sorrindo já seguras em um
abrigo. Uma em especial chamou a atenção da moça, era do Jhon sentando sorrindo
em meio aos pequenos.1

—Agora gostaria de chamar o Major John e os representantes principais de toda a sua


equipe de heróis nessa missão. Chamo ao palco para pegarem a medalha de honra ao
Mérito, o Juiz Thompson, Delega Ricardo Avilar, a Tenente Carol Viana entre outros.—
Foram as Palavras do Prefeito da cidade maravilhosa, depois de um lindo discurso
falando sobre amor ao próximo. O Ricardo estava com uma expressão muito séria o
tempo todo, já o Juiz como sempre estava calado, e impecável dentro de uma calça
preta e uma blusa preta justa ao corpo de manga longa com pequenos botões
dourados, de longe dava para notar que deveria ter custado uma fortuna.

— Mulher, se prepara porque agora é a vez do seu homem vai falar.— Brincou Yudi,
vendo o Ricardo pegar o microfone.

—Acho que não foi e nunca será meu.— O olhar da Julia estava tomado por
lágrimas.—Na nossa primeira vez disse que o amava e ele não disse nada.— Abaixou
a cabeça sem coragem de olhar para o namorado enquanto o mesmo se preparava
para iniciar o seu discurso, as lágrimas corriam no rosto da jovem feito um rio.

—EU TE AMO JÚLIA. – O Delegado praticamente gritou. A moça levantou a cabeça


surpresa pensando que tudo não passado de um delírio da sua cabeça. Então o
homem com cara de mau repetiu explicando detalhadamente para que não deixasse
dúvidas sobre o que sentia por ela.2

—Eu amo o jeito como me faz querer ser um homem melhor... Amo o jeito carinhoso
que cuida da nossa filha...Amo o seu sorriso quando me vê... Amo a sua forma simples
de se arrumar, principalmente quando deixa o seu cabelo natural que tanto adoro
solto.... Amo a sua vontade de querer subir na vida com seu próprio esforço, que
mesmo tendo um namorado rico que poderia te dar de tudo! Trabalha várias horas por
dia e ainda estuda a noite.... Amo a sua forma careta de aos vinte e quatro anos
obedecer fielmente as ordens do seu pai.... Amo a sua honestidade, o seu caráter, a
sua bondade, sua força, sua marra, seus defeitos... Enfim amo tudo que existe em
você. Principalmente te amo, porque me deu amor mesmo eu não merecendo ser
amado... Se eu não respondi nada quando disse que me amava, foi porque dizer "Eu
te amo" seria pouco de mais para expressar esse sentimento enorme que sinto por
você... Dizem que atrás de um grande homem existe uma grande mulher, no meu caso
existe três. A minha mãe que apesar não ser biológica me criou como se fosse.... A
minha filha que hoje posso dizer com certeza ser a coisa mais bem feita que "fiz" na
vida... E por você Júlia que me tirou das trevas e me mostrou a luz... Essa medalha eu
ofereço a você como símbolo do nosso amor. Confesso que ainda sou um homem com
um coração cruel, mas se existe alguém que me faz querer ser melhor todos os dias,
esse alguém e você. Meu lado bom e você Marrenta, eu te amo.

—Thompson ouviu cada palavra saída da boca do Ricardo pensativo, olhou para a
multidão na direção onde a ex assistente estava toda encolhida, estava feliz pela a
amiga, mas triste por não acreditar que alguém possa dizer tais palavras tão lindas
para ela um dia. Depois que tudo se acalmou e a música voltou a tocar novamente,
bebeu e dançou até não aguentar mais, como se não houvesse amanha. Começou
tocar uma música lenta, imediatamente os pares começaram a juntar no meio do
salão, Yudi como não tinha ninguém para lhe chamar para dançar , pensou em sair de
mansinho e deixar o salão livre para quem tinha com quem compartilhar aquele
momento. Mas, entre meio os casais dançando avistou de longe a imagem do Juiz a
observando de uma parte mais escura, porém, não o suficiente para esconder os seus
lábios mexendo bem de leve repetindo em silêncio cada palavra da música, como se
estivesse falando para ela. No mesmo momento tudo começou passar em câmera
lenda na frente da jovem, a deixando totalmente hipnotizada com a imagem daquele
homem sexy encostado na parede usado um pé como apoio e os braços cruzados, de
forma despojada e ao mesmo tempo elegante. O semblante sério e a forma como
mexia o lábios era algo incrivelmente sedutor. A batida da música era alta, mas não
mais do coração de Jackson. Ele estava a seduzindo sem se sequer tocar um dedo na
moça.

(Essa é a música oficial do casal) ❤

Tradução*

(Você vem comigo nessa?)

Suba a bordo

Vamos devagar e rápido ao mesmo tempo. Como a

luz e escuridão

Me segure forte e calmamente.

Estou vendo a dor, estou vendo o prazer

Ninguém além de você, além de mim, além de nós


Corpos juntos

Adoraria te abraçar perto de mim, esta noite e sempre

Adoraria acordar ao seu lado

Adoraria te abraçar perto de mim, esta noite e sempre

Adoraria acordar ao seu lado

Então vamos deixar os vizinhos bravos

No lugar que sentimos as lágrimas

No lugar para se perder os medos

Yeah, comportamento imprudente

Um lugar que é tão puro, tão sujo, tão bruto

Ficar na cama o dia todo, cama o dia todo, cama o dia todo

Transando e brigando

É nosso paraíso e nossa zona de guerra

É nosso paraíso e nossa zona de guerra

Conversa de travesseiro

Meu inimigo, meu aliado

Prisioneiros

Então estamos livres, é excitante

Estou vendo a dor, estou vendo o prazer

Ninguém além de você, além de mim, além de nós

Corpos juntos

Adoraria te abraçar perto de mim, esta noite e sempre

Adoraria acordar ao seu lado

Então vamos deixar os vizinhos bravos


No lugar que sentimos as lágrimas

No lugar para se perder os medos

Yeah, comportamento descuidado

Um lugar que é tão puro, tão sujo, tão bruto

Ficar na cama o dia todo, cama o dia todo, cama o dia todo

Transando e brigando

É nosso paraíso e nossa zona de guerra

É nosso paraíso e nossa zona de guerra

Paraíso, paraíso, paraíso, paraíso

Zona de guerra, zona de guerra, zona de guerra, zona de guera

Paraíso, paraíso, paraíso, paraíso

Zona de guerra, zona de guerra, zona de guerra, zona de guerra. "

—Se sentindo acuada por aquele homem como uma presa sendo hipnotizada pelo seu
caçador, saiu correndo assustada sentindo os olhos dele queimar por cada parte do
seu corpo. Pegou o primeiro táxi e voltou para o hotel, mas não foi para o quarto como
deveria. Seu corpo estava em brasa chamando por aquele homem, então
sorrateiramente passou pelas câmeras de um jeito que não pudesse ser vista, e se
jogou na piscina de roupa e tudo, ficava dentro de uma área fechada apenas para os
clientes Vips. Mergulhou no fundo e quando voltou a superfície, deu de cara com uma
parede dura feito pedra com os olhos tão azuis como a cor da água em volta deles.

Capítulo 19 parte I
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de MarliaSillva Following

Meu povo, pensa em um capítulo grande? Tive que dividir em duas partes, estou
escrevendo ele desde de ontem. Virei a noite nessa luta, vou almoçar e
descansar um pouco, mais tarde término a outra parte e posto... Bjss.❤4

O Juiz estava embriagada com todas aquelas sensações nunca sentidas antes, não
era o tipo de homem que acreditava no amor. Porém, o que sentia por aquela mulher
ia muito mais além de qualquer sentimento existente no mundo, era algo novo,
avassalador. Na verdade perigoso séria a palavra correta para definir tal sentimento.
Thompson olhava para a moça de uma maneira tão intensa que parecia querer
guardar cada detalhe do perfeito corpo negro a sua frente, as pequenas gotículas de
água escorria pela face da mesma traçando um caminho pelo pescoço, sumindo
segundos depois entre meio os seios fartos da moça . Que estavam com os bicos
duros por conta do vento gélido daquela noite misteriosa presente por toda parte.

—O Que você quer?.— Jackson perguntou grosseiramente, não entendia como ele
tinha chegado ali tão rápido.

—O Que você faz aqui nadando a esse hora da noite praticamente nua?.—Respondeu
uma pergunta com outra, os braços estavam cruzadas sobre o peito másculo. A
camisa molhada colada realçava ainda mais o corpo do melhor homem da lei, que
tinha os olhos fixos na mulher duas vezes menor do que ele a sua frente.

— Como nua se nem tirei o vestido para entrar?.—Os olhos da moça estavam
tomados por raiva, devido aos últimos acontecimentos tinha tomado um antipatia
enorme pela pessoa dele. Pensava que tinha o direito de nada da forma que quisesse
sem ter que dar satisfações para ninguém, principalmente para ele.

—Com ele ou sem da no mesmo, deveria ter pedido um bom desconto. Já que a
metade do pano ficou lá.—Olhou para a pequena saia branca que flutuava sobre a
água tão gelada quanto a expressão que Yudi estava o encarado, deixando a mostra a
calcinha vermelha de renda e as coxas grossas.

—Primeiro você não é meu pai ou meu irmão.—Apontou o dedo indicador bem no meu
da cara dele.—Muito menos o meu homem para ficar reparando no tamanho da minha
roupa.—Thompson achava aquela mulher linda, mais nervosa daquele jeito era uma
verdadeira tentação.
—Não sou muitas coisas, mas posso passar a ser de uma para outra se você quiser.—
Pela primeira vez na vida o Juiz cantou uma mulher, nunca tinha precisado usar tal
artifício antes, nem fazia questão. Mas não estava tendo mais controle sobre o seu
raciocínio, muito menos com as palavras.

— Não quero nada que esteja relacionado a você.—Virou de costas para não
demostrar o quanto ele era capaz de desestabiliza-la por completo, odiava o poder
que o mesmo tinha sobre ela. O Juiz passou a mão pelo rosto na tentativa recuperar a
sanidade que estava por um fio, o tecido do vestido era fino, dava para ver
perfeitamente cada curva do corpo farto da moça. Os olhos do homem da Lei fez uma
varredura minuciosa por cada mínimo detalhe, dando uma atenção especial para a
bunda da Ex Assistente que tinha a forma perfeita de um coração. Deu um mergulho
no fundo, voltando a superfície bem na frente do seu objetivo de desejo, tão próximo
que podia ouvir o seu coração batendo descompassadamente. Yudi tremia de cima
baixo, mas dessa vez não era culpa do frio. Levou a mão no rosto dela de uma forma
carinhosa, mesmo sendo um simples gesto, nele continha muita intensidade.

—Estou com saudades.—Confessou com a voz melancólica, realmente estava quase


morrendo longe dela. Porem, a mulher que vinha tomando todos os seus pensamentos
não respondeu nada, se esquivou do toque virando o rosto para o lado.

— Acredito que a Juíza esteja sendo uma companhia melhor que a minha.—
Thompson fechou a cara no mesmo momento, não sabia o porque dela estar com
aquela insinuação. Colocando o nome de terceiros em um momento onde era para ser
apenas dos dois, ainda mais uma pessoa que ele não tinha nenhum tipo de afinidade,
odiava mulheres oferecida.
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—Seja clara, não gosto quando ficam com meias palavras comigo. Se esta irritada
diga logo o motivo, e não agindo feito uma criança mimada.— Estava começando a se
irritar de verdade com ela.

— E você queria que eu agisse como? .—Perguntou óbvia fazendo sinais com a mão,
já estava para lá de nervosa com aquela situação.—Me rejeitou duas vezes, sendo
que com aquela loira metida que mal conhece foi para cama sem pensar duas vezes.
Ainda me humilhou fazendo passar toda sua agenda com ela enfiada dentro da sua
suíte, ou melhor no seu moletom.

—Ciúmes Senhorita Jackson?.— Arqueou uma sombra selha irônico, mas com um
sorriso escondido meio de lado.

—Não sou mulher de sentir ciúmes, muito menos do que não é meu.—Andou
apressada em direção a beirada da piscina para ir embora, ao sair rápido escorregou
na própria água que escorria do seu corpo.
—Aiiii.—Gritou caindo toda torta no chão.

—Machucou pequena? Vou te levar para o hospital agora mesmo, esse sangramento
pode ser perigoso.—A filha do Reverendo quando deu por si estava nos braços de
Jhon sendo carregada para o lado de fora, tinha apenas um arranhão na perna. Mas
aos olhos dele parecia que a perna tinha sido tirada fora de tão preocupado que
estava.

—Não precisa, estou bem.—Exclamou firme.—Apenas me leve para o meu quarto por
favor.—A indiferença na voz de Jackson atingiu o seu coração feito um tiro.

—Está bem.—Respondeu com a cara fechada caminhando com ela nos braços em
silêncio pelo corredor.—Eu não dormi com a Bruna, se isso esta incomodando tanto
você pode ficar com o coração tranquilo agora.—Explicou assim que estavam dentro
do elevador.—Da próxima vez me pergunte antes de tirar satisfações precipitadas
sobre ao meu respeito, é por isso que a cadeia esta lotada de inocentes.—Só porque
estava com a razão estava se aproveitando ao máximo da situação.

—Não haverá próxima vez. O que faz da sua vida de agora em diante não faz
diferença nenhuma pra mim, pode transar com uma mulher na minha frente que não
estou nem ai.—O corpo do Homem da Lei se contraiu todo de raiva, porém, não
respondeu a afronta para não piorar mais as coisas.

— Já passamos o andar do meu quarto.—Yudi bufou assim que olhou para o painel e
viu os números subindo até chegar na cobertura onde o Juiz estava hospedando. As
portas do elevador de abriram, e Thompson foi caminhando calmamente em direção a
porta, a essa altura a jovem já estava se debatendo em seus braços em forma de
protesto. Mesmo a desejando feito um louco, as vezes sua vontade era jogar ela pela
janela sem nenhum remorso, tinha o poder de irrita-lo de uma forma inexplicável. Forte
como era não teve nem um pingo de dificuldade de levar a moça para o quarto e deitar
a mesma em sua cama.

—Me recuso a deitar no mesmo lugar onde dormiu com ela.—Se esperneava sem
parar.

—Eu já disse que não dormi com ninguém, então fique calada e me deixe cuidar de
você antes que eu perca a minha paciência de vez.—Jackson se assustou com o
quanto a voz dele saiu elevada e forte, realmente estava muito nervoso. Não falou
mais nada com medo, virou o rosto para o lado, não queria nem olhar para ele.
—Ótima escolha moça .—Provocou, antes de levantar e ir até o banheiro, voltou
alguns minutos depois com apenas uma toalha em volta da cintura e outra na mão.
Yudi olhou para ele literalmente babando encima do homem, que veio andando feito
um tigre em direção a cama, pensou em como poderia existir um homem tão lindo.

—Tem que tirar essa roupa molhada antes que pegue um resfriado.—Sentou na
beirada da cama e com todo carinho possível passava a toalha de leve sobre o rosto
da moça, sem momento nenhum tirar os olhos dela. Sabia que não devia estar ali de
cara a cara com o perigo, até porque o Doutor Patrício e Principalmente González se
revezavam para ligar para Jhon a cada cinco minutos para lembrar que toda distância
dela era pouco para prevenir qualquer problema. Alerrando queria ter acompanhado o
Juiz nesse caso para poder vigiar o amigo de perto, mas teve que ficar para resolver
outro problema do Fórum de extrema urgência na grande cidade de Manhattan, estava
com a viagem marcada para após dois dias.

—Quero ir para o meu quarto.—A irmã de Edmilson era bem teimosa quando queria,
quando colocava uma coisa na cabeça ninguém tirava.

—Fica comigo essa noite?.—Pediu, mas independente da resposta dela não a deixaria
sair dali de forma nenhuma. Agora que estava na chuva iria se molhar.

—Não sou o que você quer, nunca serei.—Abaixou o olhar triste.

—Mas é o que eu sempre precisei.—Abraçou ela de uma forma acolhedora e começou


a cantar bem baixinho em seu ouvido um trecho da mesma música da festa, para
piorar a situação de Yudi o homem tinha a voz suave, Incrivelmente sexy.

“Você vem comigo nessa?”

—Deu uma pequena pausa antes de continuar cantando.

“Suba a bordo Vamos devagar e rápido ao mesmo tempo. Como a luz e escuridão
Me segure forte e calmamente.
Estou vendo a dor, estou vendo o prazer. Ninguém além de você, além de mim, além
de nós. Corpos juntos..
Adoraria te abraçar perto de mim, esta noite e sempre
Adoraria acordar ao seu lado,
te abraçar perto de mim, esta noite e sempre.1
— Thompson não era o tipo de homem que fazia declarações de amor, na verdade
nem acreditava que isso existia. Cada palavra daquela música sérvia feito uma luva
para dizer o que estava sentindo, um ficou olhando para o outro hipnotizado, queria
beija-la. Porém, só o faria com a permissão dela. Da ultima vez estava fora de si então
agiu imaturamente, dessa vez por mais que perdesse o controle novamente não a
tocaria sem sua permissão.

— Você me magoou demais.—Desviou o olhar.

—Se me der apenas uma oportunidade passarei o resto da minha vida me redimindo
por isso.—O Juiz por um momento esqueceu de todos os seus problemas e ousou
pensar somente naquele momento , era como se existisse apenas os dois no mundo.

—Me beija?.— Se entregou por fim cansada de tentar fugir, Jhon sorriu com o pedido.
Foi se aproximando de leve, primeiro depositou um beijo na testa, depois sobre a
ponta do nariz e por fim de apossou da boca de maneira lenta e cuidadosa, ainda
estava com receio por tê-la machucado. Com muito jeito alisava cada parte do corpo
da moça. Deliciando de cada ponto em que sua mão percorria, vendo que o vestido
estava começando a atrapalhar seus planos, delicadamente desfez o laço da alça.
Fazendo a parte de cima deslizar deixando os seios enormes a mostra.

—Você é a mulher mais linda que já vi na vida.—Declarou fitando a bela negra pela
primeira vez tímida a sua frente, mesmo envergonhada não tampou a parte do corpo
amostra, gostava da forma desejosa que o Juiz olhava para ela. O homem da lei
começou beijando o ombro enquanto acariciava as costas de Jackson de uma forma
casta, queria passar confiança para moça.2

—Obrigada.—Agradeceu o elogio sem jeito.

—Posso te tocar como eu quero?.—Perguntou, era cavalheiro de mais para ir levando


a mão de qualquer jeito no corpo seja de qual mulher fosse, principalmente o daquela.

— Estou esperando até agora para que faça isso.—Era uma mulher fogosa e não fazia
cerimonia para esconder isso.

—Entende que estou em suas mãos? Se pedir eu paro agora. Mas se não falar nada,
juro te amar até o meu último suspiro. Essa é a sua última chance de desistir, uma vez
minha não terá mais volta.—Não poderia deixar de dar a ela a última chance de fugir
enquanto ainda havia tempo, Yudi sem paciência pegou a mão de Thompson e
colocou sobre o peito esquerdo e apertou.

—Será que vou ter que fazer todo o resto do trabalho por você também?.— Provocou
deixando o homem ainda mais excitado, a ousadia da jovem o atraía de uma forma
massacrante.

—Depois não diga que não dei a você a chance de ir embora.— A puxou de um vez
só para o colo de maneira bruta, obrigando a mesma colocar uma perna de cada lado
de sua cintura apertando a bunda dela forte do jeito que sempre quis.—Agora não
quero reclamações sobre o que esta por vir.—Completou com a voz rouca por conta
do desejo, trazendo cada vez mais para perto i corpo frágil da Ex Assistente, fazendo
questão de esfregar sua ereção nela para mostrar o quanto a desejava. Jackson nada
casta praticamente esfregou os peitos na cara do homem.

— Jhon, por favor não para.—Sussurrou assim que o Juiz tocou um dos seios com a
boca, não de uma forma como homem normal faria. Mas sim de um jeito doloroso e
ao mesmo tempo muito prazeroso, os gemidos dela que ecoavam por todo quarto era
prova disso. Assim ouviu ela proferir o seu nome pela primeira vez, não conseguiu
mais se controlar. Os olhos ficaram negros como a escuridão que emanava no lado de
fora do Plaza, quem estava no comando agora não era mais o Juiz, e sim a fera feroz
que existia dentro dele.1

—Você é minha. – Afirmou com a voz sombria, Jackson olhou para ele completamente
entregue. Estava em um estado meio que hipnótico com aqueles olhos escuros a
encarando.—Entende que me pertence? Ninguém toca mais em você além de mim.—
A Jovem por sua vez apenas acenou com a cabeça em concordância, não estava em
condição de raciocinar direito sentindo a mão do Juiz descer cada vez mais para baixo
até adentrar a calcinha de renda vermelha. Pressionando seu clitóris com movimentos
circulares bem lentos, sensações forte que a pobre moça nunca havia sentido antes, o
toque experiente de Thompson tinha o poder de leva-la para outra dimensão sem se
quer sair do lugar. O Juiz estava totalmente fora de si, enfiou mais um dedo agora
fundo o baste para enlouquecer a mulher que rebolava em seu colo na intenção de
sentir mais prazer, se é que isso era possível. Gemia feito um animal no cio, seu
desespero para tê-lo de verdade dentro dela era de mais, só queria apagar o fogo que
estava lhe queimando por completo. O homem da lei em um movimento rápido deitou
por cima da moça, queria dar mais prazer ela antes de possui-la. Porém, naquele
momento o que mais queria era está dentro dela, era forte de mais o desejo que
estava sentindo. Sem parar de beijar os lábios carnudos, agora ainda mais volumosos
por conta do inchaço devido aos beijos anteriores, retirou os dedos de dentro dela a
suspendendo até encaixar sua entrada de uma forma perfeita para receber o seu
membro grande e potente, que já estava todo tomado por veias pulsantes. Assim como
o dono queria logo possuir o que era seu, estava disposto a ter aquela mulher de todas
formas possíveis.1

—Tem certeza que quer continuar com isso.?—Beijou seu pescoço deixando uma
mordida no mesmo lugar, as mãos revezavam trabalhando uma apertando o seio e a
outra alisando a coxa de um jeito possessivo, até nos toques mais simples queria
deixar claro que ela era sua.

—Te quero com todas as forças, me faz sua e me ame como se fosse a última coisa
que fosse fazer vida.—Gemeu no pé do ouvido do Homem da Lei, agora era ela que
estava de cara a cara com o perigo e não fazia se quer a menor ideia disso. Thompson
surpreso com tamanha sinceridade vinda da parte dela não pensou duas vezes em
atender o seu pedido, tirou a toalha que rodeava sua cintura e arremessou em
qualquer canto do quarto. Yudi arregalou os olhos quando viu o tamanho fora do
normal, seu pensando logo foi que séria impossível aquilo couber dentro dela.2

—Relaxa, vai caber.

Comentou naturalmente como se tivesse ouvindo os pensamentos dela, passava a


mão sobre o próprio membro em movimentos de sobe e desce na intenção de acalma-
lo um pouco, se entrasse do jeito que estava provavelmente deixaria um bom estrago
depois. O que séria burrice, afinal devemos cuidar com carinho de algo que
pretendemos usar por várias e várias vezes depois, mesmo sem controle da sua
mente ainda era um homem sábio. Após encaixar perfeitamente sua arma de prazer
na entrada de Jackson, tomou sua boca em um beijo alucinante na intenção de distrai-
la um pouco enquanto deslizava para dentro dela bem devagar, só se movimentaria
quando ela se acostumasse com o seu tamanho. Quase gozou quando sentiu a
parede vaginal apertar aquele corpo estranho que estava chegando com luxúria, para
tomar cada parte do território como sua propriedade. Teve que parar quando sentiu
alguma coisa impedindo sua passagem, aproveitou o momento para dar uma atenção
especial para os seios que estavam com os bicos duros mostrando o quanto estava
excitada, levou novamente a boca com vontade e o outro apertou forte fazendo a
negra gemer descontroladamente. Vendo que conseguiu fazer a mulher que tanto
desejava relaxar um pouco, continuou adentrando o canal lentamente. Prendeu os
braços de Yudi acima da cabeça , e ficou admirado a expressão de dor que estava
presente no rosto da moça conforme ia entrando. Poderia até ser doentio, mas sentia
prazer fazendo ela sentir dor, tentou passar uma, duas, na terceira percebeu que tinha
uma parede firme impedindo que passasse.3

— Ai meu Deus não pode ser! Como uma mulher do seu tipo ainda é virgem?.—
Thompson pensou alto de mais, saiu de cima dela imediatamente levando as mãos
na cabeça demostrando o quando estava chocado com a descoberta, andava de um
lado para o outro com o corpo completamente nu sobre o piso bem encerado do
luxuoso quarto do hotel, totalmente desnorteado. Pensando como quase estragou
tudo, não poderia admitir de forma nenhuma que a primeira vez dela fosse daquela
forma tão bruta. Mesmo sendo bem maior estava se sentindo pequeno diante da
pureza dela, sabia que desde o começo não tinha agido feito um homem de verdade
com a moca, e isso estava literalmente o destruindo por completo.1

—Do meu tipo?.—Repetiu mais para si do que para ele, puxou o lençol tampado o
corpo envergonhada, se encolhendo debaixo dele, sua vontade era sumir dali. Fechou
os olhos sentindo as palavras do Juiz cortar o seu coração em mil pedaços. Se tivesse
vindas de qualquer outro não importaria, mas se tratando do homem da Lei a
situação era mais complicada do que queria. Mesmo valente como era não
respondeu nada, estava magoada de mais para dizer qualquer coisa que fosse. Vestiu
o vestido de qualquer jeito, na pressa pegou o pé da sandália que encontrou e saiu
praticamente correndo. Nem elevador esperou, desceu as escadas a galope até onde
estava hospedada e se traçou no quarto, se jogou na cama e permitiu chorar tudo que
vinha guardado em seu peito por anos, tinha passado tempo de mais sendo forte.
Sempre teve curiosidade de fazer sexo, mas nunca tinha encontrado antes alguém que
lhe despertasse o desejo de se entregar de forma tão profunda. Quando enfim pensou
ter encontrado, foi tratada por ele feito uma vadia, Yudi jurou nunca mais deixar o Juiz
tocar nela, como tinha prometido a ele aquela foi a última chance que tinha dado.7

Já Thompson sem coragem de ir atrás da moça, sentou na cama ainda com uma baita
ereção, passava a mão pelos cabelos pensando se algum dia teria coragem de olhar
para ela novamente. Se martirizando por tantas vezes tê-la julgado de forma indevida
apenas por conta de suas vestes ou pela personalidade forte que a mesma tinha de
sobra, nunca nem em sonho poderia imaginar que Jackson era virgem. Isso era algo
incrivelmente maravilhoso, perfeito para ele na verdade. Se antes achava a filha do
Reverendo incrível, agora pensava nela com devoção. Acreditava que não a merecia,
mas o seu corpo chamava por ela como se fosse uma droga na qual estava em
abstinência por séculos. Olhou para o membro ereto e suspirou fundo pensando que
não teria banho gelado no mundo que faria aquilo abaixar de tão duro que estava, ou
melhor só existia uma coisa no mundo que teria o poder de fazer tal milagre.

****
Jackson acordou tarde, os olhos estavam inchados de tanto chorar. Levantou com
muito contra gosto praticamente se arrastando, caminhou a a janela e abriu a cortina
vendo o sol brilhar lá fora, se não estivesse tão triste chamaria a Júlia e a filha para
irem a praia. Resolveu tomar um banho para ver se animava o corpo, só de raiva
escolheu uma roupa bem provocante para usar naquele dia. Era uma camiseta grande
sem mangas que deixava boa parte das coxas grossas de fora, a sandália opinou pela
mais alta que tinha trazido. Pegou a toalha e o celular, tinha mania de ouvir musica
enquanto tomava banho. E foi preguiçosamente em direção até o banheiro, olhou seu
reflexo no espelho se perguntando como deixou um homem pisar nela daquela forma,
estava se sentindo humilhada. O cabelo se encontrava em um estado deplorável, o
rosto todo borrado de maquiagem por com do choro, mas o pior com certeza era os
olhos inchados. Teria que usar muita base e pó para tampar aquela tristeza toda
instalada em sua face, quando pensou em tirar a roupa para entrar no box, o celular
tocou com a foto da Vovó Corina na tela. Era sempre assim, sempre que estava mal a
Avó poderia estar a mil milhas de distância que sentia que alguma coisa não estava
bem com a neta.

— O que aquele Juiz gostoso fez com você minha filha? Ou melhor me diga onde ele
está pra mim ir chutar aquele traseiro sexy dele.—Mesmo com vontade de chorar,
Yudi soltou uma gargalhada da forma engraçada como a Avó falou.

—Eu também Te amo Dona Corina.—As lágrimas corriam pelo rosto da moça, estava
muito sensível por causa de tudo que tinha acontecido.

—O Que eu te ensinei sobre os homens Yudi Jackson?.


—Que não valem uma lágrima, se me fez chorar agora, não merece o meu sorriso
depois.—Sentou no vaso com a cabeça baixa, não sabia lidar com aquele tipo de
sentimento. Nunca tinha ficado com um homem mais de uma vez, tinha medo de se
apegar e acabar sofrendo no final.

—Mesmo o seu namorado sendo um tesão filha, porque vai ser gostoso daquele jeito
no canto da minha cama.—Riu divertido com as próprias palavras do outro lado da
linha.—Não vale a pena sofrer por causa dele, a vida e igual biscoito, vai um vem
dezoito. Manda esse Juiz se ferrar e vai ser feliz meu amor. A vida e muito curta para
ficar lamentado por uma coisa que não vale apena, como diz o malandro do Edmilson
joga tudo para o alto e deixa o pau lascar gata. O que tem que ser será de um jeito ou
de outro, enquanto o certo não aparece vai se divertindo com os errados.—Vovó
Corina era uma mulher incrível, sabia muito bem o que falar na hora certa. Depois de
ficarem conversando por mais uns cinquenta minutos, choram, riram e falaram
bastante palavrões para extravasar a raiva do Meritíssimo. Ao fim da ligação Yudi
estava se sentindo bem melhor, tomou um bom banho, se arrumou com calma e fez
uma maquiagem para causar. Colocou os brincos de argolas e resolveu descer para
tomar o café da manhã no salão juntos com os outros hóspedes, queria ver gente
diferente. Chegou no lugar andando elegantemente como se estivesse sobre a
passarela da Victoria Secret, procurou um mesa para se sentar a tomar o seu café em
paz.2

— Bom dia Senhorita Jackson, sente conosco em nossa mesa.— O nosso Assistente
do Juiz sorria simpaticamente, sem esperar resposta da parte dela, Ben pegou na
mão da mesma e saiu arrastando até onde todo pessoal do Fórum estavam reunidos,
para o seu azar Thompson também estava e a única cadeira vazia era de frente para o
próprio.

—Bom dia.—Cumprimentou séria, estava com tanta raiva que sua vontade era
levantar e dar uns bons rapa na cara dele.
—Bom dia morena.—Um dos Advogados sentado ao lado dela exclamou de forma
maliciosa olhando para pernas dela, a moça incomodada com aquilo puxou o vestido
para baixo.

—Ela não é morena, acho bom não se referir a ela dessa forma novamente. Senhorita
Jackson esta ótima para você.—O Juiz parecia que iria quebrar o pescoço do homem
a qualquer momento, estava roxo de ciúmes e não se importou em marcar o seu
território de forma tão grosseira na frente dos companheiros de trabalho.—Ou melhor,
não dirija a palavra a ela de forma nenhuma de agora em diante, se não olhar também
agradeceria bastante.—Completou possesso, era isso ou cometeria um homicídio
doloso ali mesmo. Estava paranoico, achando que o homem tiraria a virgindade da
jovem apenas olhando para ela.8

—Sim senhor.—Respondeu o Advogado engolindo em seco de medo do olhar sombrio


que o Homem da Lei lhe lançou ameaçadoramente. O clima ficou tendo na mesa,
Jackson mexeu incomodado na cadeira vendo os olhos de todos queimarem sobre ela,
principalmente o da Juíza Bruna.

—Então Yudi, Pra que se arrumou toda assim? Vai sair para conhecer a cidade na
companhia de alguém.—Bruna não perdeu a oportunidade de destilar o veneno.

—Se vou ou não, isso não é da sua conta.— Yudi respondeu calma enquanto tomava
um chá calmante de folha de Laranjeira, tudo sobre o olhar fixo de Jhon encima dela.7

10

—Jackson você já foi realizar o seu sonho de conhecer o mar? Ontem fui na praia, até
pensei em te chamar, mas acreditava que já tinha ido.—Ben perguntou animado,
tentando tirar o clima tenso que pairou no ar.

—Fui nada, acho que nem vou mais. Só quero ir embora daqui o mais breve possível,
esse lugar ficará marcado, afinal o pior dia da minha vida passei aqui ontem.—Olhou
nos olhos do Juiz quase se perdendo a intensidade que vinha deles.—Ainda bem que
sempre vai existir outros dias, outros lugares e principalmente outras pessoas. E
respondendo a sua pergunta Juíza Bruna, vou sair sim com uma pessoa mais tarde.
Se me derem licença, acho que perdi a fome.—A neta da dona Corina engoliu a
vontade de chorar, lembrou das palavras sabias da Avó e acabou aceitando o convite
de ir jantar com Binho o irmão da Júlia. Deixou bem claro que no momento que não
poderia oferecer nada além da amizade, ele gentil como era disse que qualquer coisa
vinda da parte dela seria lucro. Voltou para o quarto sentindo o estômago roncar de
fome, tinha tomado apenas o chá. Então ligou para o saguão pedindo que levassem o
café da manhã completo no quarto, assim que a bandeja chegou sentou sobre a cama
com ela para poder comer a vontade. Quando terminou de beber o suco sentiu um
sono absurdo, mal teve força para chegar a bandeja para o lado, apagou por completo
em questão de segundos.

Acordou sentindo um vento fresco tocar o seu rosto, bochechou ainda com um pouco
de sono. Abriu os olhos com dificuldade por conta da claridade que vinha das enormes
janelas de vidro espalhadas pelas quatro parede do comado. Imediatamente notou
que o quarto não era o seu, era todo branco, mas diferente da suíte do Juiz. Tinha
uma decoração mais leve, os móveis todo em madeira antiga. Levantou assustada e
caminhou até a varanda, levou a mão na boca chocada ao dar de cara com a imagem
do mar revolto a sua frente, que estava perfeito com o reflexo da lua cheia sobre
aquele enorme lençol maranhense. Mesmo maravilhada com que virá, estava com
medo e confusa querendo saber como tinha chegado até aquele lugar sem se lembrar
de nada. Saiu com cautela atrás de repostas para as perguntas que rondava a sua
mente, parou de andar imediatamente quando passou enfrente ao espelho e notou que
estava vestida com o mesmo vestido branco anterior. Porém, o que estava em seu
corpo era visivelmente uns quatro ou cinco dedos mais cumprido, mas o restante era
idêntico. A maquiagem também era, até mesmo o tom forte do batom.

—Me desculpa?.— Thompson apareceu do nada, vestido com uma camisa de manga
curta aberta na frente, a calça de pano mole dobrada até no joelho, os pés descalços
e o cabelo todo bagunçado assim como as cortinas balançando com forme a vontade
do vento. Nas mãos tinha um boque de flores com rosas de todas as cores, cada uma
com um significado diferente, que explicaria cada um deles para ela mais tarde. Não
sabia ser romântico, mas estava se esforçando para começar aquela noite de uma
maneira diferente, queria que dessa vez fosse especial do jeito que ela merecia.

Capítulo 19 Parte 2
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Peço mil perdões, devido problemas pessoais não pude postar o capítulo antes.

#Sem correção. Bjss ❤

—Me desculpa?.

Não se ouviu mais nada no quarto além do som do tapa que Yudi acertou com toda
força que tinha no rosto do Juiz, olhava para ele com ódio nos olhos se perguntando
como tinha conseguido traze-la para aquele lugar sem que ninguém visse.
—Você tem cinco minutos para chamar um táxi para me levar para o hotel o mais
rápido possível, se não vou gritar até alguém ouvir e chamar a Polícia .—Berrou o
mais alto que pode.

— Estamos em uma Ilha deserta Jackson, somos só eu é você aqui. Pode gritar o
quanto quiser que ninguém além de mim vai ouvir. Tinha que ser assim para acertar a
nossa situação de uma vez por todas.— Na verdade Thompson tinha escolhido aquele
lugar por medo dela fugir dele, também o mar daquela localidade era famoso por ser o
mais bonito do país. Perfeito para realizar o sonho da moça, inteligente como era
matou dois coelhos com uma cajadada só.

—Foda-se onde estamos.— Tomou o boque de flores da mão dele e jogou no chão,
parecia um furacão em forma de mulher.—Se não quiser ver o capeta na sua frente na
sua frente agora, acho bom chamar nem que seja a marinha para levar embora
daqui.— Acertou em cheio o outro lado do rosto do Homem da Lei com um tapa mais
forte ainda, por incrível que parece Jhon se manteve calmo o tempo todo. Abaixou
sobre os pés dela e começou a recolher as flores uma por uma espalhadas pelo
chão.

—Você sabe qual é o significado que cada cor dessas rosas representam?.—
Perguntou de forma serena, estava tentando ao máximo não perder o controle
naquele momento. Era tão detalhista que na hora de comprar o boque, fez a dona da
floricultura explicar pessoalmente o significado de cada flor da loja, queria que tudo
fosse perfeito. De todas da loja aquelas foram as que mais lhe chamou a atenção,
além de belas passavam uma mensagem uma bonita através de suas cores.

—Vai se ferrar você é as suas rosas.—Respondeu mal criada com uma tromba
enorme, o pé batia no chão compulsivamente demostrando o quanto estava nervosa.

—Eu não sei ser romântico com as palavras, muito menos nas ações. Mas por você
estou tentando fazer o melhor que posso, comprei essas flores escolhendo com muito
cuidado sabe porque? Elas significam tudo o que sinto por você.— Pacientemente
pegou rosa por rosa e explicou com cuidado o significado de cada cor para ela..2

*A Lilás e amor à primeira vista..

*Brancas: simboliza a paz, inocência e a pureza de um ser.

*Amarelas: amor platônico, ou amor entre duas pessoas completamente diferentes, a


felicidade entre o possível e o impossível.

*Laranja: deslumbramento e encantador, perfeição.

*Champanhe: admiração, simpatia, fidelidade entre o casal mesmo entre as


dificuldades.
*Cor de Rosa: amor, carinho, gratidão., paciência, perdão.

*Rosa Escuro: Obsessão.

* Rosa Claro: admiração, simpatia e calma.

* Coral: desejo incontrolável e entusiasmo.

*Vermelhas e paixão, amor ardente, coragem, medo, raiva, loucura.

E por fim a mais importante e a Roxa que é o amor de.. Prefiro deixar que descubra
sozinha em um futuro mais próximo..4

— Você é muito cruel.—Yudi tinha as mãos sobre o rosto, que estava completamente
tomado por lágrimas.—Me dizer essas coisas depois de tudo o que fez comigo e muita
maldade.—Não tinha mais raiva nas palavras da moça, a dor tinha tomado o lugar
dela.
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— Agora consigo ver quem você de verdade, me desculpe por ter sido tão cego
antes.—Ver ela chorando estava cortando o coração do Homem da Lei, por um
momento até se arrependeu de ter trazido ela para aquele lugar.
—Agora que descobriu que sou virgem não é? Porque antes eu era a vadia que ficava
com todo mundo, você não é diferente em nada da minha família.

—Jamais pensaria isso de você, mas confesso que a notícia da sua virgindade me
pegou de surpresa.— Foi extremamente sincero, não chorava quase nunca. Porém, os
olhos estavam marejados por lágrimas.

—Isso é o que mais me irrita, não entendo o que tem de mais na minha virgindade.
Nunca fui Santa, isso é um fato. Não me entreguei para ninguém antes não foi por falta
de vontade se você quer saber.—Olhou para ele de forma desafiadora.—Foi por que
não achei ninguém que me fizesse sentir a vontade, mas agora não estou nem ai para
mais nada. Vou resolver esse meu “problema” o mais rápido possível, e não vai ser
com você.

—Se deixar outro homem tocar em você eu mato ele entendeu bem?.—A imprensou
na parede com força dando um soco bem próximo ao rosto da mesma.

—Eu odeio você. Odeio.. Odeio..Odeio.—Valente como era o enfrentou como pode,
dando inutilmente vários socos em seu peito, estava descontrolada. Jhon não se
esquivava dos golpes, envolveu os braços envolta dela e deixou que extravasasse
sua raiva, isso sempre funcionava com ele quando estava nervoso. Depois de muito
espernear e gritar acabou se entregando dentro do abraço forte do Juiz, estava
cansada e sem forças para continuar lutando.

—Eu acho que te amo.—Se declarou do jeito dele, ela assustada com o que acabará
de ouvir, ergueu a cabeça para olhar no rosto do Homem que tinha a magoado tanto.

—Porque?.—Perguntou com a voz chorosa e uma lágrima teimosa escorrendo pelo


rosto, o homem da lei limpou com carinho e levou a boca para sentir o seu gosto.

— Porque não abaixa pra mim nem mesmo quando perco o controle, tem opinião
própria e um inferno de uma personalidade marcante que me tira do sério. Tem um
coração enorme mesmo vinda de uma família de cobras, e dona de um conhecimento
absurdo sem nunca ter feito curso superior. Se guardou por anos sendo que poderia
ter o homem que quisesse na cama e tirar o que fosse deles. Porque se pedir a lua pra
mim prometo que amanhã mesmo estará na sua porta embrulhada para presente. Não
menti quando disse que me tem em suas mãos, fora que o seu corpo.—Apertou a
cintura da jovem com malícia.—Só de olhar para ele vou do céu ao inferno em questão
de segundos, você me dominou por completo Yudi.8

—Não consigo ver um homem como o Senhor apaixonado por uma mulher como eu.—
Se encolheu escondendo o rosto na curva do pescoço do Jhon.1

—Se isso que sinto toda vez que olho para você não for amor, sinceramente não sei o
que possa ser.—Exclamou com a voz cansada.—Sou eu quem não merece uma
mulher como você, não sou um homem bom. Cedo ou tarde vai acabar descobrindo
isso, não sei porque me escolheu para entregar algo tão preciosa como a sua pureza.
Não sou digno disso, queria poder te deixar segura longe de mim, mas não consigo
mais me ver longe de você.—Sentou na cama com ela no colo.1

—As vezes não entendo você.—Ainda tinha a voz chorosa.

—Talvez nunca entenderá.—Depositou um beijo em sua testa.—Está com fome?.—


Perguntou ao ouvir a barriga da jovem roncar alto.

—Um pouco.—Respondeu envergonhada, na verdade estava faminta. Já era quase


noite e no estomago tinha apenas o café da manhã, passou mais de seis horas
dormindo.

***

—Posso perguntar uma coisa? Como me trouxe pra cá.—Estavam sentado jantando
em uma mesa muito bem montada por ele com, sendo que o jantar também tinha sido
preparado pelo próprio enquanto Yudi dormia.

—Eu tive ajuda, tenho olhos por toda parte. Lembre-se disso quando estiver longe de
mim.—Respondeu naturalmente enquanto cortava um pedaço considerável do peixe
grelhado ao molho branco francês com cogumelos. Pelo tom de sua voz não queria
prolongar mais o assunto, o semblante fechado era prova disso.

—Porque estou vestida com um vestido idêntico ao de ontem? A maquiagem também


é parecida.—Realmente estava muito curiosa com aquilo.

— O máxima que conheço de maquiagem e o gosto de batom que fica na minha boca
toda vez que te beijo, não sei para que tanto exagero. Essas coisas tem chumbo
sabia? Enfim.—Respirou fundo antes de continuar falando, não era hora para falar
sobre certas coisas que não o agradava, teria outras oportunidades para isso.—Essa
foi mais uma brincadeira sem graça da Scarlet chefe da minha equipe de segurança.
Te vestiu assim na intenção de me provocar, minha ordem foi jogar esse vestido
indecente fora. E não te enfiar dentro dele novamente, e ainda te maquiou do mesma
forma para deixar o serviço completo. Apesar de ser a pessoa que mais confio no
mundo depois de González, e ter salvado a minha vida por diversas vezes, essa
criatura tem o poder de me tirar do sério quando quer.—Bufou irritado.1

—Sério que tem uma mulher como chefe de equipe dos seus homens de Preto?.—
Estava perplexa.

—Ela fez o teste e entrou na minha equipe disfarçada de homem, quando descobri já
tinha mais de dois anos trabalhando para mim.—Revirou os olhos sem paciência
lembrando de quantas vezes foi pego pelas pegadinhas sem graça da sua chefe de
segurança, o restante da equipe se acabava de rir com isso.2

—Chega de drama chefinho, eu só fiz o meu trabalho. Olha como a moça está linda,
realmente sou muito competente.— Chegou uma mulher com a pele branca feito neve
muito bem maquiada, vestida com um terno todo preto. O cabelo longo escuro estava
bem preso em um rabo de cavalo, os olhos verdes eram uma perfeição da natureza.—
Bom, pelo menos e o que o meu marido sempre diz.—Scarlet vivia aquela vida
perigosa de guarda Costa do Juiz escondida da família, para eles trabalhava como
enfermeira em um hospital público, por isso passava tanto tempo fora de casa.

—Yudi essa e o meu Anjo da Guarda Scarlet.—Jackson estendeu a mão sorrindo para
mulher cheia de atitude a sua frente.

—Prazer em te conhecer, adorei o seu terno. Nunca imaginei que uma mulher poderia
ficar tão bem dentro de um.—Elogiou simpaticamente.

—E eu adoro suas roupas, seu estilo e único. Babei no vestido vermelho que usou no
almoço de noivado da chata da sua irmã Carmem. Mas se o meu digníssimo esposo
me visse dentro de um teria um ataque igual ao do Jhon.—Comentou simple.
Thompson cruzou os braços para ouvir a conversa animada das duas ignorando
completamente a presença dele.

—Como sabe tanto sobre mim? Até o nome da minha irmã sabe.—Perguntou confusa.

—Talvez eu saiba mais da sua vida do que você mesmo, como eu disse sou excelente
no que faço. Ah sobre o Edmilson sou Fã, está perdendo dinheiro fora dos programas
de comédia. E o menino Max como esta?.—Exclamou com o cenho franzido, como se
quisesse dizer alguma coisa a mais do que aquilo.

— O Max esta bem, obrigada.—Engoliu seco de medo da mulher saber de toda


verdade em relação ao garoto.3

—O papo das duas comadre já terminou?.—Foi irônico, estava com ciúmes da


conversa dela com a Yudi, queria a atenção da moça somente para ele.

—Já sim chefinho, já que aqui não funciona telefone vim pessoalmente avisar que está
tudo certo com aquela coisa que me pediu, e que a compra da ilha foi realizada com
sucesso.—Deu uma picadela cumprisse para o chefe.—Agora preciso ir, prometi
chegar a tempo de contar uma história para o meu pequeno antes de dormir.—
Jackson ficou chocada em saber que o Ex chefe era rico suficiente para comprar
aquele lugar inteiro.

—Obrigada Scarlet, mande um abraço para o Bob e as crianças.—Jhon foi gentil como
sempre, gostava dos filhos dela.

—Mandarei sim Senhor, bom jantar e juízo vocês dois sozinhos aqui nesse paraíso
tropical.—Sorriu de forma debochada.

— Boa noite Scarlet.—Thompson praticamente mandou a mulher embora.

—Só uma dúvida, esse não é o meu vestido. E muito parecido, mas não é o mesmo
nunca, o cumprimento e bem maior.

—Como assim não é se peguei dentro da sua mala?.—Olhou para cara de inocente
que o Juiz estava fazendo.—Ponto para o Senhor Chefe.— Scarlet sorriu pensando
como ele conseguiu arrumar outro vestido tão rápido.

—Não faço ideia do que está falando.—Se fez de bobo.

—Vai ter troco Jhon, me aguarde. Quanto a você Senhorita Jackson, foi um prazer
conhece-la. Alguma coisa me diz que de agora em diante nos veremos com
frequência. Deixei um presente para você em forma de desculpas por ter batizado o
seu suco. Espero que sirva, está no quarto sobre a penteadeira, tenham uma boa
noite.
—Passaram o resto do jantar em silêncio, conversando apenas por olhares. Lavaram
a louça se encostando proporcionalmente um no outro, a atração mútua era evidente
naquela cozinha, podia sentir o cheiro da excitação no ar.

—Vamos realizar o seu sonho?

Pegou na mão de Yudi e saíram caminhando pelo Jardim da bela casa toda construída
em madeira e vidro.

—Qual o nome desse lugar?.—Perguntou admirada com a beleza a sua volta.

—Ilha dos amantes, fica em Fernando de Noronha. Um dos lugares mais lindo do
Brasil, a noite não da para ver direito, mas amanhã terá o prazer de se deliciar com as
maravilhas da natureza e os animais silvestres presente nesse lugar.—Jhon pensou
que preferiria ficar no quarto se deliciando com o belo corpo negro da jovem, mas
preferiu guardar esse pensando apenas para ele.

—Meu Deus não acredito que estou de frente para o mar.—O Juiz sorriu com a
animação de Jackson, que soltou a mão dele e saiu correndo para entrar na água.
Infelizmente foi impedida por ele poucos metros antes..

—Acho melhor deixar para entrar amanhã, o mar esta revolto hoje. Pode ser perigoso
ariscar bate de frente com a irá dele a essa hora da noite.— Se sentiu mal ao ver a
expressão triste presente no rosto dela, então pegou na mão da moça novamente e
colocou em um lugar estratégico.

—Feche os olhos.— Obedeceu meio desconfiada. Assim que a mare tocou os seus
pés pulou feito uma criança correndo para todo lado até cansar. Jhon sentou na área
em uma distancia considerável do mar totalmente encantado com alegria da única
pessoa no mundo capaz de quebrar suas barreiras. Pensado que ela era uma menina
em um corpo de mulher, isso era o que mais o encantava nela, não tinha maldade com
nada. Não conseguia tirar o sorriso dos lábios olhando para ela.

Depois que Yudi cansou, sentou eufórica ao lado do homem da Lei.


—Me ensina a amar você?.—Perguntou pegando a jovem totalmente desprevenida—
Não sei como fazer sem te machucar, mas para ficar ao seu lado estou disposto a
tentar quantas vezes for preciso. Enquanto houver razões, prometo não desistir.—
Essas foram as palavras de Thompson, sobre a luz da lua, na linda praia dos
Amantes de Fernando de Noronha.3

—Também sou leiga nessa área, que tal aprendermos juntos?.—Depositou um beijo
doce nos lábios macios do belo homem.

—Assim pra mim está ótimo, topo qualquer coisa para ficar com você.—Declarou
apaixonado olhando como Yudi ficava linda com o cabelo todo bagunçado pelo vendo,
quando a abraçou sentiu os pelos do seu corpo arrepiados.

—Acho melhor entrarmos porque está começando a esfriar, não quero que fique
gripado depois.—Tinha uma preocupação fora do comum com ela.

—Para mim o clima esta ótimo, não sou muito de sentir frio.—Mentiu, estava
assustada com o que estava por vir dali em diante. Mesmo tendo muita atitude, ainda
era uma mulher virgem como qualquer outra insegura com a sua primeira vez.

—Não precisa se preocupar, não farei nada que não queira.—Mas uma vez respondeu
como se soubesse dos pensamentos dela. Já dentro da casa, subiram as escadas de
mãos dadas. O coração da moça batia feito uma escola de samba em época de
Carnaval.

—Boa noite Yudi.— Proclamou o Juiz dando um beijo no rosto da mesma, estavam
parados do lado de fora do quarto dela.

—Não vai dormir aqui comigo?.—Perguntou chocada.5

—Não.— Passava a mão pelos cachos rebeldes da Jackson.—Vou dormir no quarto


de hóspedes, não quero que se sinta obrigada a fazer nada só porque está sozinha
aqui comigo. Esperarei quanto tempo for até estar pronta para se tornar mulher, agora
tome um banho e descanse, amanhã tenho uma surpresa te esperando.—Beijou os
lábios carnudos pela última vez e foi embora. Yudi entrou no quarto sem entender
nada, não conseguia entender algumas atitudes do ex chefe, a maioria delas na
verdade. Sentada na cama pensando em tudo o que tinha acontecido, olhou para o
lado e viu a tal bolsa com o presente que a Scarlet tinha comprado para ela. Curiosa
abriu logo, ficou encantada com a Lingerie vermelha de três peças, em especial uma
calcinha minúscula ousada do jeito que ela gostava, uma loção provocante e um
bilhete dobrado no fundo.1

“ Se ir atrás do que quer não vai rolar nada gata. Ele é cavaleiro demais para dar o
primeiro passo. Já deixei o show preparado no quarto dele com a música de vocês.—
Qual Yudi nem sabia que existia.—Quando entrar apenas aperte o botão vermelho. O
resto e por sua conta, arrase...”

Jackson tomou banho e vestiu o presente meio insegura com aquela situação, mas
seguiu em frente. A peça íntima ficou tão perfeita em seu corpo que parecia ter sido
feita para ela, nunca se sentindo tão atraente. Caminhou até o quarto principal da
casa, abriu a porta lentamente apertando o botão do controle logo após. Estava tudo
escuro, o Juiz imediatamente levantou para acender a luz para ver o que estava
acontecendo. Ficou literalmente de queixo caído quando pôs os olhos nela, odiava
tons fortes, principalmente vermelho. Porém, nunca amou tanto aquela cor como
naquele momento. Yudi caminhou passos leve como se estivesse flutuando na
direção de Thompson que estava parado no meio do quarto, ficando frente a frente
com ele.

—Estou pronta a muito tempo, só estava esperando por você.

Thompson não esperou ela dizer mais nada. Praticamente voou encima da moça
empresando a mesma na parede com tudo, erguendo seus braços sobre a cabeça,
beijando sua boca de uma forma avassaladora. Enfiando a língua sem pedir licença,
fazendo movimentos fortes como se quisesse engolir a pobre coitada viva.

—Eu queria que fosse romântico.—Disse entre os beijos e mordidas que dava na
curva do pescoço de Jackson.—Mas se fecho os olhos te imagino nua.—Completou
tomando a boca dela novamente.2

—Quem esta falando em romantismo aqui?.—Empurrou ele para longe e foi


caminhando feito uma pantera negra até a cama, ficando de quatro encima dela
virando a cabeça para trás por cima do ombro com cara de safada e fez sinal com o
dedo chamando o Juiz. Que passou a mão sobre rosto alucinado por completo,
aquela mulher tinha o poder de tirar a sanidade mental dele que já era por si só
abalada. Depositou um beijo no traseiro farto perfeitamente empinado, dando um
tapa com força no mesmo lugar depois. Prendeu o cabelo rebelde em um rabo de
cavalo entre meio os dedos e puxou rude obrigando o corpo dela vir junto ate ficar
colado ao seu, com uma mão apertou um peito com gosto. Enquanto deslizava a outra
para dentro da calcinha, gemeu ao sentir o quanto estava molhada a espera dele.
Começou brincando com o clitóris
fazendo movimentos circulares entre os dedos. A moça levou um susto quando sentiu
dois dedos de uma vez entrando dentro da sua entrada com vontade, era uma mistura
muito gostosa de dor com prazer.

—Tem que me dizer se esta gostando, quero que acorde uma mulher satisfeita
amanhã.—Ela não respondeu nada, apenas gemia compulsivamente nas mãos dele.

—Responda.—Ordenou enfiando os dedos ainda mais fundo abrindo e fechando eles


o máximo que podia na intenção de alargar o canal vaginal para recebe-lo depois, mas
tomando o devido cuidado para não romper o hímen.

—Mui..to.—Respondeu gaguejando. Em um puxão apenas rasgou a lingerie da moça


a deixando apenas com uma calcinha minúscula fio dental, a deitou na cama se
encaixando por cima dela.

—Você confia em mim?.—Seus olhos por incrível que pareça não estavam escuros, na
verdade nunca esteve tão azul.

—De corpo é alma.—Estava quase se perdendo naquela infinito azul escuro, nunca
tinha visto nada mais lindo na vida. Thompson deu um sorriso mostrando todos os
dentes, ficou envaidecido com tais palavras da jovem. Levantou e pegou na carteira
sobre o móvel uma pacote inteiro de camisinha fechado, tirando uma apressado
tirando a única calça que estava usando. Tentando vestir o seu membro o mais
rápido que podia.

—Droga!.—Rosnou quando a camisinha estourou devido ao tamanho exagerado dele,


o fato de estar extremamente duro e ereto apontando na direção do teto não ajudou
muito. A ansiedade que estava também dificultou um pouco as coisas, queria estar
logo dentro dela.5
—Quer ajuda?.— Entregou o preservativo na mão dela sem acreditar no que estava
por vir depois. Sexualmente posicionou de joelhos a frente dele sem tirar os olhos do
seu, com muito cuidado segurou o membro com as duas mãos observando como era
grande e bonito, na ponta escorria um líquido pre-sêmen. Se ela demorasse mais um
minuto o Juiz gozaria apenas com aquele simples toque, o prazer que estava
sentindo era enorme. Sem mais forças manteve os olhos fechados para não perder a
razão de vez. A falta de experiência de Jackson era visível, mas colocou o preservativo
perfeitamente para quem nunca tinha feito aquilo antes. Assim que terminou
Thompson pegou a moça no colo como se fosse uma pena e sentou na cama, tirou o
surtia deixando os seios livres para o seu toque. Primeiro olhou com admiração
acariciando de leve, levando a boca enquanto deitava sobre ela sem parar de suga-
Los um minuto se quer. Se posicionando sobre o meio das pernas grossas,
encaixando o membro na entrada de Yudi, que se contorcia feito uma cobra doida para
ser preenchida por ele.

— Não vou mentir dizendo que não vai doer, porque vai. Mas farei da melhor forma
possível, quanto mais relaxada ficar será melhor para nós dois. – Começou a entrar
lentamente.—Está pronta?.—Estava com a voz rouca de prazer, queria entrar com
tudo. Porém, o medo de machuca-la era maior. Tomada pelo tesão a moça confirmou
com a cabeça ansiosa. Estava muito nervoso, então o Juiz depositou beijos
românticas por toda sua face, a abraçou de forma carinhosa e sorriu para ela de forma
amorosa.

—Ahhhhhh.—Gritou de dor assim que sentiu Jhon entrar de uma vez só o mais fundo
que podia, sem avisar para não assusta-la, tortura-la aos poucos séria pior.

—Desculpa.—Pediu dando a primeira estocada, sabia que deveria estar sendo muito
doloroso para ela, tinha ciência do seu tamanho. E o canal dela apertando como era só
piora as coisas, mas ficar enrolando seria mais doloroso. Por isso entrou logo de uma
vez, fazendo as unhas de moça gravar em suas costas em forma de protesto, para
distrai-la um pouco da dor beijou sua boca carinhosamente parando de se movimentar.

—Me desculpa.—Pediu na segunda estocada, após mais um grito de dor da parte


dela. Porém, dessa vez a expressão no rosto da mesma era de prazer.

—Desculpa... Desculpa..Desculpa.— Repetia compulsivamente a cada investida que


dava, agora no lugar da dor Yudi estava sentindo um prazer enorme. Queria mais e
que aquele momento não acabasse nunca,
Os únicos sons que saía de sua boca eram gemidos e mais gemidos.

—Por favor mais forte.—Estava rebolando debaixo do Juiz de uma forma


enlouquecedora, era o tipo insaciável. Ao ouvir o pedido da mocat perdeu o resto da
razão que tinha e aumentou a velocidade em um ritmo quase impossível de tão rápido,
era como se fosse parti-la ao meio.

—Gostosa demais.—Gemeu alto, parecia um animal enjaulado. O que era normal na


situação do coitado, afinal foram mais de quatro anos em abstinência namorando com
Suzana. A colocou em seu colo novamente sem sair de dentro dela, não precisou nem
se mexer. Porque Yudi tomou conta da situação, usou o pescoço dele como apoio
para dar impulso para os movimentos de sobe e desde que fazia. Agora com o rosto
tão próximo ao de Jackson, Thompson estava hipnotizado com tanta beleza. Os
cabelos em um emaranhado total e o rosto todo sua, a expressão de prazer em seu
rosto era a coisa mais excitante do mundo para ele.

-- Abra os olhos.-- Ordenou. E assim a bela negra fez, ficaram se amando naquela
posição olhando fixamente um para o outro.

—Agora não tem mais volta, você é minha para sempre.—Declarou chegando os dois
no último nível do prazer. Ela exausta praticamente desmaiou nos braços do homem
certo que esperou pacientemente por vinte e quatro anos..

Capítulo 20
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de MarliaSillva Following

Capítulo dedico as minhas Amoras do grupo do Whatsap, sei o quanto amam


esse casal.. ❤11

González estava em tempo de arrancar os cabelos porque simplesmente do nada o


amigo parou de atender suas ligações, estava muito preocupado. Principalmente com
medo de Thompson ter feito alguma loucura, tinha ligado mais de quarenta vezes
naquela manhã e todas caíram na caixa postal. Só não foi ver pessoalmente o que
tinha acontecido porque Solange o impediu dizendo para deixar o Juiz viver sua vida
em paz. Não sabendo o pobre Latino que o amigo se encontrava em uma situação
muito melhor do que a sua no momento, já que com Solange mesmo depois de um
mês juntos não tinham passado de uns amassos no escritório e em toda parte que
podiam.

— Irmon olha o desenho lindo que o Rafaer coloriu.—Mari Cruz chegou com uma
folha branca na mão encantada com a capacidade incrível que o jovem tinha de
pintar.

(Esse desenho foi colorido pelo verdadeiro Rafael Loys, disse que era
especialmente para o livro, deixem mensagens bonitas que depois vou mostrar
para ele. ) ❤

25

Descobriram esse talento dele por acaso através de mais uma das ideias inusitadas de
González de trazer um livro com figuras igual ao que tinha comprado para irmã colorir.
Sem um borrão se que Rafael Loys pintava divinamente, no seu quarto não se via
mais nada além do pinceis de tinta, lápis de colorir. Não tendo nem onde pisar de
tantas folhas espalhadas por toda parte.

—Lindo my amor.—Depositou um beijo na testa da pequena.

—Esta triste González?.— Rafael ficou preocupado com o tom sério na voz do
Espanhol, tinha se habituado a ver o mesmo sempre sorrindo. Por incrível que pareça
pela primeira vez o jovem estava lhe encarando nos olhos, isso era praticamente um
milagre. Já que não conseguia olhar no rosto de ninguém além da mãe e da irmã, tinha
uma timidez fora do normal.

—No garoto, esta tudo bem.—Fez carinho no cabelo do rapaz que estava sentado no
chão ao lado da pequena Mari Cruz colorindo, forçou um sorriso para não preocupar o
irmão da amada. Tinha levado a caçulinha da família Gonzalez para brincar com
Rafa, não era a primeira vez, vinha fazendo isso com frequência. Depois que se
conheceram não se largavam mais, também era uma boa desculpa para ver Solange.
“Minha mãe está na cozinha entretida com o almoço. Estou te esperando no meu
quarto, não demore.”1

—O Latino sorriu após ler a mensagem de sua paixão, pensando em como conseguiria
se safar das investidas da moça. Estava cada vez mais complicado fugir do charme
da Advogada, porem, por mais difícil que fosse se manteria firme até que assumisse
que também estava apaixonada por ele. Durante o mês que passou se tornaram cada
dia mais próximos, só não estavam namorando oficialmente porque Solange enrolava
o coitado de toda forma para não responder. Usando sempre a mesma desculpa
esfarrapada de que ainda não estava certa dos seus sentimentos, que por enquanto
era melhor se conhecerem melhor. Quando chegou no quarto de Solange abriu a porta
desconfiado, estranhou quando a procurou com os olhos por toda parte e não
encontrou a moça.
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—Estoy perdido.

Suspirou fundo quando ouviu o barulho da porta sendo trancada, olhou para trás e se
deparou com a imagem de Sol com um vestido salmão curto, até de mais na opinião
dele. Com um sorriso malicioso jogou a chave dentro do surtia, veio correndo e pulou
no colo dele confiante que conseguiria o que queria, encaixou uma perna de cada
lado da cintura do homem fazendo com que o vestido justo automaticamente subisse
deixando uma parte boa da bunda amostra. Para sustentar o corpo da jovem no ar,
Alerrando teve que segurar nas duas coxas dela, só com esse contanto físico foi o
suficiente para formar uma ereção enorme dentro das calças. Estava sem fazer sexo
desde que conhecerá, isso estava levando o homem a beira da loucura.

—No faz isso comigo my amor.—Implorou entre os beijos que a Advogada roubava
dele de forma quente, sem nenhum pingo de dó.

—Estou sem calcinha.—Cochichou no ouvido do Espanhol fazendo o mesmo soltar um


gemido, sem perceber levou as duas mãos na bunda dela e apertou com gosto
imprensando sua ereção nela. Mas sem nenhum segundo descolarem os lábios um
do outro, enrolando uma língua na outra em uma dança rítmica. Estava tudo ótimo até
ela abrir o sinto da calça social que González estava usando e enfiar a mão lá dentro,
antes dela pegar o que queria o esperto retornou a consciência antes de ver o seu
plano ir por água a baixo.

—Santo Dios mujer! Tu no era safada assim. – Praticamente jogou ela no chão
fingindo estar chocado.— Virou mexeu agora tu vem toda faceira quero me desvirtuar,
no conhecia esse seu lado devasso.—Faltou só a aureola sobre a cabeça para
completar a atuação de Anjo.2
—Mas González, a culpa e sua por ficar com essa chantagem idiota.—Cruzou os
braços emburrada, o Assessor achava ela ainda mais linda quando estava brava.

—Ainda por cima é cínica. Agora yo tenho culpa por ser irresistível? No pedi para
nascer gostoso, sei que no resiste a minha beleza. Mas tem que se controlar mais my
amor, tu madre está em casa e os ninos no quarto. Agora se me der licença vou voltar
para o quarto do Rafaer e só me chame se for para se desculpar por quase ter me
molestado.—Enfiou a mão dentro do surtia da moça e pegou a chave, abriu a porta e
saiu aliviado por ter conseguido reverter a situação. Porém, sabia que na próxima não
teria o mesmo sucesso, a única coisa que tinha certeza era que quando pegasse ela
de jeito estaria perdida na mão dele.6

Solange permaneceu no quarto até na hora do almoço, chegou vestida da cabeça aos
pés. González teve que se segurar para não rir da cara de culpada dela, realmente
tinha acreditado na sua atuação de moralista do ano. A coitada nem conversou muito
durante a refeição, já Alerrando estava em um papo muito animado com a sogra, a
irmã então estava se acabando de rir das carretas que o Rafa fazia comendo
espinafre.

—Desculpa por ficar tentado de seduzir o tempo todo Alerrando, tem razão isso não é
certo. Nem temos uma relação de verdade, acho melhor voltarmos a ser apenas
amigos.—Declarou Solange sincera no portão de sua casa, tinha acompanhado o
Espanhol até o lado de fora para se despedir dele antes de ir embora, Mari Cruz tinha
cansado de tanto brincar e acabou dormido nos braços dele. Chegava dar pena a
expressão de horror no rosto daquele homem apaixonado, não podia acreditar no que
tinha acabado de ouvir. Mas também não se humilhou como tantas outras diversas
vezes, estava cansado de ser o idiota da história.

— Amanhã a noche estarei viajando para Manhattan, no precisa ir até o aeroporto se


despedir de mim. Se no quer ser my amor no quero ser tu amigo também, adios
Solange.—Virou as costas segurando a irmã nos braços e foi andando em direção ao
carro com suas lágrimas caindo sobre o rosto da pequena, nunca poderia imaginar que
amar alguém poderia doer tanto.

—Espera Alerrando, também não precisa ser assim. Você está sendo infantil, por isso
nosso relacionamento nunca daria certo.
— Que relacionamento?.—Yo no sirvo para estar em tu coracion, mas em tu cama si
no é mesmo?.—A encarou com ódio nos olhos.—Nunca me arrependi tanto de una
coisa na vida como de ter entregado my amor para una pessoa sem sentimentos feito
você.—A menina acordou chorando com os gritos dele, nunca tinha visto o irmão
nervoso daquela forma. Solange magoada entrou correndo dentro de casa aos
prantos, passou assim o resto do dia até dormir com o rosto tomado por lágrimas.
Estava magoada com ele por ter a tratado daquela forma, sempre foi sincera em
relação aos seus sentimentos. Sabia que estava errada em ter dado esperanças ao
Espanhol sem ter certeza do que sentia, e principalmente por não conseguir se
segurar diante daquele charme todo. No outro dia quando chegou no Fórum e
encontrou suas coisas jogadas sobre a mesa e no chão da sala nova dela. Tinha
ficado pronta já á alguns dias, mas tinham combinado que se mudaria para lá apenas
no final do mês. Passou o dia sem vê-lo um minuto se quer, para piorar teve que
resolver vários problemas complicados que por azar apareceram aos monte naquele
dia.

******

— Tem certeza que no me ama mesmo carinho? Me perdoa, no queria ter gritado com
você.—Solange acordou no meio da madrugada com uma ligação de González,
nunca tinha ouvido a voz do Espanhol tão triste como naquele momento, ele estava
dentro de um avião indo para a conferência em Manhattan .—Apenas diga que sim,
por favor.—Implorou com a voz melancólica.

—Alerrando eu não acredito que me ligou a essa agora apenas para me fazer essa
pergunta pela primeira milésima vez, acho que deixou claro sua opinião sobre mim na
nossa última conversa.—Seu tom saiu grosso, tinha passado por um dia tenso de
trabalho, também quando acordava fora do horário normal ficava de mal humor.—
Desculpa , mas já te disse que ainda não estou pronta para dizer o que quer ouvir.—
Mesmo com o coração partido disse a verdade, não conseguiria dizer que o amava
apenas para agrada-lo. Sabia que sentia algo muito forte pelo Espanhol, mas a
insegurança não deixava ter a certeza que era amor.
—No precisa Aplar mais nada Solange.—A chamou pelo nome com a voz triste,
cortando o coração da moça em mil pedaços.—Saiba que yo te amei desde o primeiro
dia que te vi, meu sonho era uno dia ouvir tu aplar que sentia o mesmo por mim.—A
Advogada ouviu um barulho e do nada a ligação caiu, ficou muito chateada por ele ter
desligado o celular sem nem antes dar a ela a chance de se explicar. Pensou em
retornar mais não o fez, preferiu deixar para conversarem pessoalmente quando
chegassem.

" Por volta das 4:00hs da manhã, o avião da Gol que levava passageiros para a
grande cidade de Manhattan , sumiu misteriosamente do radar. Tudo indica que caiu
em meio a uma floresta com mais de duzentos passageiros."7

Foi a primeira notícia que Solange viu na TV de manhã, foi então que ela percebeu
que a ligação do Espanhol se tratava de uma despedida.

Capítulo 21
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#Desculpem a demora, tive uns problemas pessoais para resolver mais já estou
de volta a todo vapor.. A prova disso e esse capitulo que ficou enorme haha
Bjs...�

**Só lembrando que o prolongo do livro Cabo Barreto (Amor proibido II) já esta
disponível na minha plataforma, esse e o terceiro livro da Triologia Homens da Lei,
quem quiser ir lá e dar uma olhada pode ficar a vontade, e se gostar adicione na sua
biblioteca .. ;)

Os raios de sol entravam sem pedir licença pelas enormes janelas de vidro, que
estavam totalmente abertas. Banhado o belo corpo negro totalmente nu emaranhado
entre meio os lenções branco de seda pura. Os cachos rebeldes estavam
espalhafatosos pelo macio travesseiro revestido com penas importadas da índia. A
moça virava de um lado para o outro dando indícios que estava prestes a despertar,
esfregou os olhos e foi abrindo lentamente por conta da claridade que emanava por
toda parte do quarto. Sorriu quando o aroma perfumante do homem que tirou sua
pureza na noite anterior tomou conta das suas narinas, o cheiro dele tinha ficado
impregnando em sua pele. sentiu o rosto queimar ao lembrar dos momentos mais
quentes. Mas sentiu um vazio tremendo assim que percebeu que o Juiz não se
encontrava mais ao seu lado. Mentalmente se denominou uma boba em pensar que
ele séria a primeira figura que veria assim que acordasse.

—Provavelmente deve ter ido dormir em outro lugar.

—Pensou alto com a voz triste, tampou a cabeça com o travesseiro na tentativa de
tomar um pouco de coragem para ir tomar um banho. Com muita dificuldade conseguiu
sentar na cama e colocar o pé direito no chão, estava se sentindo como se um trem
tivesse passado por cima dela várias vezes. Enrolou o lençol da melhor forma que
conseguiu em volta do corpo. Logo na primeira tentativa de ficar de pé caiu feito um
saco de batatas, tinha perdido completamente as forças das pernas.

—Droga! Parece que fui atropelada por um ônibus. —Exclamou com rosto colado ao
chão.4

— Acho que exagerei um pouco ontem. — Thompson estava encostado na porta, de


braços cruzados olhando para ela com uma expressão divertida no rosto, muito bem
arrumado por sinal. Vestindo uma bermuda branca de pano mole e uma camisa azul
acinzentado. O cabelo muito bem penteado para trás como sempre, os pés estavam
descalços, era mania dele ficar assim quando estava dentro de casa.

Observava o estado em que Jackson se encontrava toda torta sobre o piso azulejado,
nem dava para ver o seu rosto porque os cachos volumosos estavam espalhafatosos
sobre sua face, que nem fez questão de tirar por conta da enorme vergonha que
estava sentindo naquela situação constrangedora.— Um bom banho quente vai ajudar
a relaxar um pouco os músculos, vou providenciar isso agora mesmo.— Veio
caminhando sedutoramente em direção a ela, com muita facilidade a pegou nos
braços e levou até o banheiro, sem nenhum momento deixar de olhar dentro dos olhos
da moça. Posicionou a jovem sentada na pia, logo após depositado um beijo
apaixonado em seus lábios, queria demostrar para ela o quanto lhe desejava.

—Bom dia. — O sorriso presente no belo rosto negro era tímido.

—Bom dia moça. —Respondeu suspirando fundo pensando que aquela mulher
poderia tirar o que quisesse dele apenas com aquele sorriso, não entendia como
conseguia acordar tão atraente daquela forma, estava entre as pernas dela alisando
uma das coxas com carinho, em movimentos estranhamente sincronizados. —Ou
melhor, bom dia nova mulher. E maravilhoso saber que ajudei você na conquista
desse titulo, agora a nossa ligação será eterna. —Fazia questão de deixar bem claro
que estava orgulho dela ter o escolhido para ser o primeiro e único se dependesse
dele.
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—Porque está me olhando assim? .— Estava sem jeito com a forma hipnótica que o
Juiz lhe encarava.

— Você é tão linda. — Tirou uma mecha que caia teimosamente sobre o a face da ex
Assistente, e colocou atrás da orelha. —E tímida assim fica mais linda ainda. —Ele via
uma beleza sobrenatural nela.

—Obrigada. —Agradeceu abaixando o olhar, agora a cor do seu rosto estava em um


tom vermelho escuro aveludado.

— Sabe qual é a minha vontade nesse momento? .—Aproximou o rosto próximo ao


dela, que totalmente sem ação apenas negou com a cabeça. — Acho melhor deixar
quieto, não quero te assustar. – Declarou com a voz rouca no pé do ouvido da moça,
fazendo a coitada soltar um gemido. Jhon se envaideceu ao perceber que ela também
o desejava na mesma intensidade que ele, a atração era visivelmente mútua entre os
dois.

— Aonde você dormiu? —Perguntou na cara dura.

—Em lugar nenhum. — Revelou sério.

—Como assim em lugar nenhum?..

—Eu não durmo. —Sua voz agora era sombria, assim como o seu olhar.—Nunca.—
Completou com o pensamento longe, deu ênfase na palavra para deixar bem claro que
não estava brincando. Foi ate a banheira e colocou para encher em total silêncio, foi
retirando peça por peça do corpo, deixando a mostra o corpo muito bem definido, um
físico tão perfeito que parecia o tipo que vivia dia e noite na academia. A jovem estava
a admirá-lo de boca aberta, quase deixou o queixo cair quando o homem da Lei veio
em sua direção e a conduziu segurando sua mão para dentro da água morna cheia de
espumas. Depois que entrou ele se posicionou sentado atrás da ex Assistente, para
que a mesma usasse seu peito como apoio para costas, depositou as mãos sobre os
dois seios dela com delicadeza. Ao mesmo tempo depositava beijos quentes no
pescoço de Jackson, que estava completamente entregue ao toque ágil do Juiz.2

— Não dormi, mas passei a noite toda ao seu lado. Levantei faz menos de uma hora,
depois da noite de ontem pensei que acordaria faminta hoje de manha, então desci
para preparar o seu café, minha intenção era voltar a tempo de ser a primeira coisa
que visse quando abrisse os olhos, infelizmente não deu.

—Não sabia que sabe cozinhar. —Ajeitou melhor o corpo, a banheira era pequena
para os dois, principalmente para um homem daquele tamanho.

—Tem muita coisa que você não sabe sobre mim Yudi, algumas nem sei se vai gostar
quando souber.—Depositou um beijo no rosto dela.

—Sabe o que eu gostaria de saber mesmo?. —Virou a cabeça para trás e o encarou
desconfiada.— E o que a Juíza estava fazendo na sua suíte enfiada dentro do seu
moletom, Sendo que o Senhor jura de pé junto que não dormiu com ela.—Colou para
fora o que estava lhe atormentado.

—Só a minha palavra não basta? —Se sentiu ofendido com a desconfiança .

—Não. E acho bom começar a falar logo. —Foi taxativa, com ela não tinha esse
negócio de ficar se fazendo de sonsa.

— Naquela noite a Bruna apareceu do nada na porta da minha suíte dizendo que havia
visto um rato no quarto dela, o que achei muito estranho se tratando de um hotel como
o Plaza. E que não voltaria para lá até que o mesmo fosse encontrado, para evitar
problemas liguei para recepção tentando achar outro para ela se instalar, mas estavam
todos ocupados. —Explicava calmamente, Yudi não gostou nem um pouco da
intimidade dela ao proferir o nome da referida em questão.

—E você cavaleiro como é ofereceu a sua cama para ela, não é mesmo?.— Estava
morta de ciúmes da gentileza dele para com a colega de trabalho.
—Exatamente. — Ela não soube decifrar se estava sendo cínico ou com ela, ou
realmente falava a verdade. A forma óbvia como sempre proferia tudo sempre lhe
deixava bastante confusa.

—Então porque não a trouxe para cá em vez de mim. —Ameaçou levantar para sair da
banheira, mas foi impedida por um braço forte quase da grossura da perna dela.

—Se não estivesse dolorida da noite de ontem, te mostraria o porque. —A posicionou


sentada de frente para ele com a boca colada no ouvido da mesma, sussurrando cada
palavra bem de uma maneira para lá de sexy. —Mas quando estiver pronta para a sua
segunda vez, vou te mostrar com riqueza de detalhes, não gosto de deixar ninguém
com duvidas da minha palavra. —Esfregou a ereção enorme que tinha se formado só
de imaginar fazendo amor com ela novamente.

—E porque não repetimos a segunda doze agora?. —Beijou Thompson com desejo,
rebolando em seu colo na intenção de provoca-lo.

—Acho que o Juiz Louzada não iria gostar de saber que deixei a nova Assessora dele
sem sentar pelo resto do mês, ontem me segurei porque era sua primeira vez, da
próxima não espere o mesmo autocontrole da minha parte. —Yudi arregalou os olhos
chocada com a revelação, se mesmo controlando a deixou sem conseguir ficar de pé,
imaginou como séria quando desse o melhor de si? O engraçado era que não ficou
com medo desse dia, estava e ansiosa para que chegasse logo.

—Mal posso esperar para que essa "próxima" vez chegue logo.—Estava jogando todo
seu charme.

— Gosta de brincar com fogo não é mesmo Senhorita Jackson?.

— Amo.—Envolveu os braços em volta do pescoço do juiz o puxando para próximo do


seu corpo, ficaram de a agarrando dentro da banheira até a água esfriar. Depois do
banho relaxante, desceram para tomar café. Como não sabia o gosto para a refeição
matinal da jovem, Jhon preparou de tudo um pouco na intenção de agrada-la. A mesa
parecia um banquete para alimentar dez ou mais pessoas, Yudi comeu rápido na
intenção de acabar logo para ir ver o amar, o som das ondas estava chamando por ela
feito o canto de uma sereia.1

***
Assim que a mulher colocou os olhos naquele imenso lençol maranhense, que agora
sobre a luz do dia era a imagem mais perfeita que tinha visto na vida. Porém, aquela
imensidão toda lhe causou um pouco de medo. Apertou a mão do Juiz com força, se
sentindo um grão de areia diante daquela obra de arte produzida por Deus.

—Entra comigo?.—Seu olhar era suplicante, queria muito fazer aquilo, mas sozinha
não teria coragem. Thompson imediatamente enrijeceu a expressão do rosto, amava
nadar em piscinas. Mar aberto tinha horror, a ideia de se quer encostar o pé na água
causava pânico nele.

—Desculpa, não posso fazer isso. — Deu uma passo para trás completamente
apavorado, queria realizar a vontade dela, mas simplesmente não conseguia nem
pensar na possibilidade de fazer aquilo.—Tenho pânico de lugares com muita água.—
A voz saiu baixa, estava se sentindo imensamente culpado por não conseguir ser o
que ela precisa dele no momento.

—Por favor. —Abraçou forte na cintura dele choramingando feito criança.—Vamos


vencer nossos medos juntos, temos um ao outro agora.—Estendeu a mão com um
sorriso confiante estampando no rosto, o que tinha de medo em Jackson, havia o
dobro em coragem e atitude.

—Yudi.— Exclamou seu nome com a voz arrastada, praticamente implorando para que
não o obrigasse a fazer tal coisa.

— A melhor liberdade e quando você se livra daquilo que te faz mal, nunca deixe o seu
medo ser maior do que a sua coragem.

—Promete que não vai soltar a minha mão?.—Estava começando a ceder ao pedido
dela. —O homem da Lei assim como qualquer ser humano tinha os seus medos. Afinal
ninguém é perfeito, somente Deus com toda sua gloria. E ela amou conhecer esse
lado frágil dele, pensava que era o tipo que não tinha receio de nada.2

—Só se você prometer não soltar a minha também. —Tirou a saída de praia que
estava usando, Scarlet prestativa como era tinha pensado em tudo. Deixou o guarda
roupa repleto de roupas adequada para a sua estadia na Ilha.

—O Que significa isso?.—Cruzou os braços com a cara feia. Nunca tinha visto um
biquíni tão curto na vida, a parte de baixo era fio dental.
—Lindo não é mesmo? Adorei o modelo, as mulheres brasileiras tem bom gosto para
biquínis, esse parece que foi feito para mim.

—Troque. —Ordenou severo, estava enciumado de vê-la vestida daquele jeito, mesmo
que fosse diante apenas dos olhos dele.5

—E porque faria isso? Se estou me achando linda dentro dele, se não gostou só
lamento . —Colocou as mãos na cintura na intenção de enfrenta-lo caso fosse preciso,
nem a força faria o que ele estava mandando.

—Porque eu quero.—Exclamou irado.

—Eu também queria ser a Pawer Ranger cor de Rosa sabia? E até hoje nada. Nem
tudo e como a gente quer, sinto muito em te desiludir dessa forma. Pegou na mão dele
e saiu arrastado em direção ao mar, no começo ficou incomodado quando tirou os
sapatos e sentiu a areia tocar a sola dos seus pés, conforme ia andando a sensação
estranha só piorava. Yudi percebeu que ao entrar na água cada musculo do corpo dele
se contraíram bruscamente, os olhos estavam começando a escurecer. A respiração já
estava visivelmente descompassada. O pobre coitado levou um susto tremendo
quando o rosto foi molhado por um jato de água fria e salgada. A risada da moça
devido a expressão de horror dele, era tão divertida e contagiosa que o distraiu
completamente. Tinha feito a brincadeira de propósito para tirar um pouco a tensão da
situação.1

—Você é maluca sabia?.—Disse mais relaxado vendo ela se acabando de rir d cara
dele, que estava igual a uma estátua parado sem se movimentar um milímetro se quer
do lugar. Quando a onda vim chegava fechar os olhos para não ver o momento que iria
tocar no seu corpo.

—Podemos sair agora?.—Mal tinham entrado e já queria sair, estava louco para
acabar com aquela experiência horrível logo. Do jeito em que se encontrava sabia que
poderia perder o controle a qualquer momento, queria evitar antes que acontecesse. A
resposta dela foi outro jato de água fria na cara mais forte ainda, mas dessa vez não
deixou barato. Retribuiu o ato na mesma moeda, ai foi a vez dele de rir da expressão
de susto que ela fez por não esperar essa atitude da parte dele.

—Vai me pagar por isso. —A partir daí começaram uma guerra para ver quem
molhava mais o outro, quando deram por si estavam os dois rindo e brincando feito
duas crianças no primeiro dia na praia. O Juiz estava se sentindo tão bem que se
arrependeu por não ter feito aquilo antes, pela primeira vez na vida se sentiu uma
pessoa normal.

— Você me faz sentir livre, capaz de fazer qualquer coisa. —Estavam os dois
abraçados como se fossem um só deitados na areia observada o crepúsculo dar o ar
da sua graça. Tinham passado o dia todo no mar, Thompson não tinha mais pânico
dele. O céu estava tomado por um tom alaranjado. Conforme o sol ia partindo a noite
vinha chegando de mansinho, junto com o ela o vento gelado típico do lugar ao
escurecer.

—E você me faz voar sem tirar os pés do chão. —Se aconchegou dentro dos braços
fortes.

—Eu poderia ficar o resto da minha vida aqui com você Yudi.—Beijou a testa da moça
com carinho. – Mas acho melhor irmos embora, está esfriando.— Morria de medo dela
adoecer, enlouqueceria se isso acontecesse.

— Gostaria de passar a noite aqui sobre a luz das estrelas, o que acha?.—Yudi
realmente tinha gostado do lugar, queria aproveitar o máximo que podia.

—Se eu disser não vai adiantar?.—Respondeu ironicamente, sabia o quanto a ex


Assistente era teimosa quando queria alguma coisa. O jeito foi fazer a vontade dela,
improvisaram uma fogueira e pegaram algumas coisas na cozinha para comer,
montando um verdadeiro luau a dois. O Juiz estava sentando em um tronco próximo
ao calor do fogo, os botões da camisa estavam escancarados deixando o peitoral
musculoso a mostra. O cabelo bagunçado caindo sobre o rosto e a boca toda suja de
mouse de maracujá que tinha acabado de comer, quase não comia coisas doces por
conta da ansiedade. Porém, aquele dia estava tão relaxado que ousou dar ao luxo de
se deliciar com o que sentisse vontade naquela noite. Jackson sempre achou Jhon
extremamente elegante, e era mesmo. Mas preferia quando estava assim mais a
vontade. Sentou ao lado dele cheia de segundas intenções, mal tinha se recuperado
da primeira vez e já estava querendo repetir a dose.

— Sua boca está suja de mouse—Chegou mais para próximo dele.

—Onde?.—Perguntou inocente.
—Aqui. —Passou a língua de forma provocativa no canto da boca dele, levando o
homem a total loucura.

— Impressão minha ou você está tentando me seduzir Jackson?.—Fingiu estar


chocado.

— Estou tentando gato, mas está difícil. —Riu da sinceridade dela.

—Realmente não consigo entender como uma mulher como você se manteve virgem
até hoje, isso sinceramente não faz nenhum sentido para mim.— Pronunciou sincero
fazendo ela fechar a cara no mesmo momento, se afastou para o lado aumentado a
distância entre os dois. A noite já não tinha a mesma beleza de antes, e se Thompson
falasse mais uma palavra que fosse em relação aquele assunto, iria embora nem que
fosse a nado.

—Não acredito que está tocando nesse assunto novamente. Se tem esse tipo de
opinião ao meu respeito guarde apenas para você, não sou obrigada a ouvir.—Queria
mesmo era xinga-lo de cretino ou coisa pior.

—E obrigada sim.—Olhou sério para ela.— Consigo ver quem você é de verdade Yudi,
não precisa mais fingir.—Declarou certo daquilo que estava dizendo.

—E quem eu sou de Verdade vossa excelência?. – Suas palavras saíram carregadas


de ironia.

—A mulher certa pra mim.—Disse de uma vez só, era difícil gostar de alguém. Mas,
quando gostava era de verdade.

—Pessoas certas não existem, somos todos errados procurando alguém que aceite as
nossas imperfeições.

—Espero que as minhas não seja um fardo grande demais para você.—Virou o rosto
para o lado pensando qual séria a reação dela quando soubesse do seu "Problema",
morreria se ela o rejeitasse quando descobrisse.

—Não sou de desistir, as coisas difíceis são as melhores na minha opinião. —


Thompson se sentiu aliviado ao ouvir isso.

—Como conseguiu se virar tanto tempo sozinha? Por mais louca que a sua família
seja, não deve ter sido fácil sem o apoio deles.—
—Quem disse que eu estava sozinha?.— O Juiz sentiu todo ódio do mundo se
apoderar de si em questão de segundos, apenas em imaginar quem poderia ser essa
pessoa que se fez presente em um momento tão difícil da vida dela. A essa altura as
mãos estavam suando e a respiração começando a ficar ofegante, fechou os punhos
com força para não demonstrar a raiva que estava sentindo. O pior era que como
aquele dia tinha esquecido de tomar seus remédios, tudo poderia acontecer se não
conseguisse se manter calmo.

—Jó nunca entendeu a razão do seu sofrimento, mas sabia que Deus estava com ele
o tempo todo, e isso sempre foi o suficiente para continuar lutando. Além do mais, nem
sempre quantidade e sinal de qualidade quando o assunto e lidar com as pessoas. —
No mesmo momento Jhon sentiu um aperto no peito ao lembrar da amizade que tinha
com o Espanhol, era o único amigo que teve na vida. Para ele não precisava de mais
nenhum, González supria em todos sentidos o significado da palavra amizade, se fazia
sempre presente nos momentos bons e ruins . Pensou que se algo acontecesse com o
mesmo, seria como se arrancasse uma parte do próprio corpo, a dor séria a mesma.

—Sabe qual é o seu maior erro Jackson?.—Nesse momento a atenção da moça


estava totalmente voltada para o rosto com traços perfeitos, era uma beleza
misteriosa. Nunca vista em outro rosto antes. Obtinha algo místico em si, era o tipo
que observava mais do que falava, mas quando queria expor sua opinião era curto é
grosso. E aquele momento séria um deles, independente da reação dela depois, não
sabia iludir ninguém com mentiras, e não suportava quem tinha esse tipo de atitude,
principalmente se fosse com ele. —E querer provar a todo custo para Deus e o mundo
que pode fazer o que quiser, esse excesso de ousadia nas suas roupas e na
maquiagem só prova o quanto é insegura.—Tinha acabado de mexer em um vespeiro
de abelha tocando nesse assunto.

— Você me trouxe para cá porque tem vergonha de ser visto com uma mulher do
"meu tipo" ao seu lado não é mesmo? Se quer conversar com sinceridade, então
vamos falar a verdade.

—Não, te trouxe para esse lugar porque sou egoísta. Queria sua atenção
exclusivamente direcionada a mim, desde pequeno tenho problemas em dividir o que é
meu com os outros. – Para bom entendedor uma palavra vale mais do que uma frase
inteira. Essa foi forma certeira de deixar bem claro que ninguém tocava no que lhe
pertencia.

—Me visto assim porque gosto, é o meu estilo e pronto. O que os outros pensam ao
meu respeito sinceramente não me interessa. Se gosta de mim um beijo, se não gosta
dois.—Era extremamente teimosa.2

— Não é questão de gostar ou não Yudi, mas sim de bom senso. Vai trabalhar como
se estivesse indo para uma balada, tudo isso porque tem o prazer de afrontar as
pessoas a sua volta.

—Comigo e assim. Me ame pelo o que sou, ou me odeie pelo mesmo motivo.—
Também sabia dar o seu recado quando queria, poderia até melhorar por quem fizesse
por merecer, mas nunca mudaria por ninguém. Chateada com o rumo da conversa,
levantou dando as costas para ele e ficou admirando a beleza do oceano.1

—Entre as duas alternativas eu escolho a primeira .—Abraçou a cintura dela por


trás.—Não fique brava comigo, apenas estou sendo sincero com você.—Depositou um
beijo casto em seus lábios na intenção de fazer as pazes.. – As pessoas não vão nos
deixar em paz quando descobrirem sobre o nosso namoro, toda discrição será válida
para evitar problemas futuros. Existem muitas pessoas por aí querendo de se vingar
de mim.

—Namoro?.— Perguntou perplexa, essa palavra lhe causava urticária.

—Não sou homem de uma noite só. Se não for para valorizar uma mulher, prefiro nem
tocar nela. —Cavalheirismo era uma das grandes qualidades do Juiz.

—Como pode falar em namoro se não aprova o meu jeito de ser. —Se soltou dos
abraços dele .—Além do mais sou o tipo que pega, mas não se apega.—Na verdade
era o tipo que não se apegava a ninguém com medo de sofrer depois, era muito
cuidadosa quando o assunto era amoroso.

—Você não acha que merece muito mais do que um amor de fim de festa, com cheiro
de álcool e gosto de outras bocas? O que eu tenho a lhe oferecer vai muito mais além
do que um " até que Deus no separe"...
—As vezes temos que ser cuidadoso com as palavras que lançamos ao vento, não
sabemos como está o coração de quem elas acertam, as coisa que você fala as vezes
me machuca bastante.—Ainda estava magoada com ele.

—Acho Bom ir se acostumando com a minha sinceridade, ela anda de mãos dada
comigo.— A virou de frente para ele.—Não suporto falsidade, principalmente mentiras.
A verdade pode até doer, mas proferida de maneira correta e respeitosa, é sempre a
atitude mais digna que uma pessoa possa ter.

—E mesmo? Não me diga.—Fez deboche com a cara dele, fazendo o mesmo soltar
uma gargalhada alta. Coisa que era quase impossível de se ver se tratando de
Thompson, não era o tipo de homem de ficar o tempo todo com um sorriso estampado
no rosto, momentos assim era artigo de luxo para quem convivia próximo ao Juiz.

— Você está merecendo um bom castigo por ser tão atrevida sabia?.—Fez um olhar
charmoso que só ele tinha.

—Estou morrendo de medo. —Saiu correndo feito uma maluca pela com os cabelos
alvoraçados pelo vento, com ele atrás tentando pega-la. Não demorou muito para que
conseguisse, jogou ela no chão a prendendo sobre a areia com o próprio corpo.

—Não estou nem ai para a sua roupa, ou essa boca suja que fala tudo o que vem a
mente sem se importar com quem está ouvindo. Fui o primeiro e serei o único homem
da sua vida, se que um amor diferente a cada dia, ótimo. Eu posso lhe oferecer isso
também, todo amanhecer estarei com um plano novo para te conquistar. — Diminuiu a
distancia entre a boca dos dois, mas sem beija-la.—Não estava brincando quando
disse que e minha, depois de ontem não tem mais volta, Aceita que doí menos. Não
jogue comigo, porque pode perder.—Ela ate poderia lhe dar uma resposta mal criada
que sempre carregava na ponta da língua, mas por hora sua única reação foi beija-lo
como se o mundo estivesse prestes a acabar.1

—Amanha tenho uma surpresa para você.—Disse entre o beijo ardente.

.— Adoro surpresa.—Mordeu o lábio inferior dele, beijando e rolando na área no


mesmo momento, agora ela que estava por cima.

—Vai gostar ainda mais quando descobrir o que é.—Pegou ela no colo e por impulso
pulou dentro do mar, apenas com a lua como testemunha da paixão dos dois.
Passaram a noite conversando sobre vários assuntos ate o sol aparecer no topo do
céu trazendo luz por toda parte.

—Estou com sono.— Bocejou cansada, estava sentada ao lado do Juiz com a cabeça
deitada no ombro dele.—Mas quero dormir na cama.—Estava com a voz sonolenta.
Entraram na casa de mãos dadas, os dois com a roupa toda amassada e suja de
areia.

—Senhor desculpa incomodar, mas o assunto e serio. —Scarlet estava esperando por
eles no sofá da sala, com um semblante preocupado no rosto.

— Para você aparecer sem avisar deve ser muito serio mesmo.—Não gostou da
intromissão dela no momento dos dois.

— E eu não vim sozinha Jhon.—Deu um passo para o lado abrindo visão para a
imagem do Doutor Emanuel Patrício.

—E sobre o Gonzáles filho.—Disse com a voz grossa. Porem, extremamente triste.


Assim como pelo seu paciente, tinha uma grande estima pelo Espanhol.

—O que houve com ele?—Nos olhos de Thompson não se via nada além do que uma
escuridão sem fim.

—Tire ela daqui. —Ordenou o Doutor para a chefe da equipe de homens de preto.

Capítulo 22
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de MarliaSillva Following

A mensagem ganhadora foi da Leitora Dark-Lovers.. Ganhou uma cópia do


capítulo, parabéns ❤

-- Por favor, não use mais esses tranquilizantes em mim. —Thompson implorou ao
Doutor Patrício, o mesmo já estava com a injeção pronta indo em direção a ele.
—Não queria ter que fazer isso filho, você mais do que ninguém sabe que é preciso.

—Eu consigo me controlar sem as medicações quando estou com ela Doutor, estou a
mais de dois dias sem tomar um comprido se quer. —Emanoel paralisou feito uma
estátua de gesso, com seringa parada no ar totalmente chocado. Olhou para Yudi
tentando entender o que ela poderia ter de tão especial para ter total controle sobre as
emoções do Juiz daquela forma, pela primeira vez viu um fio de esperança para o
paciente poder viver a vida o mais próximo do normal possível...1

—Você ficou louco rapaz? Faz ideia do que poderia ter acontecido se perdesse o
controle, eu não acredito que foi irresponsável dessa forma, ficar sem a sua medicação
controlada e loucura .—Realmente via a atitude dele com uma rebeldia.

—Seja lá o que aconteceu com o González eu preciso saber agora, sinto que está
precisando de mim. Se me dopar não poderei ajudar quem tanto me ajudou quando
precisei, agora e a minha vez de retribuir, não tira isso de mim. —Estava começando e
se descontrolar, mas estava fazendo o máximo para não demostrar. —A única coisa
que estou pedindo ao Senhor depois de tantos anos seguindo a risca o seu
tratamento, e que me de um voto de confiança. Se eu perder o meu amigo eu.. eu.. —
Não conseguiu completar a frase, tinha dificuldade de respirar quando estava nervoso.

—Olha pra mim.—Jackson segurou o rosto dele com as duas mãos, uma de cada
lado. Não se assustou com os olhos escuros, na verdade achava lindo, um verdadeiro
fenômeno da natureza. —Vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você. —Mesmo sem
entender nada da conversa dos dois, foi atenciosa dando todo apoio que ele precisava
no momento, o abraçando mais forte que pode fazendo carinho em seus cabelos
castanhos.—Não está mais sozinho agora, e aí de quem tentar me tirar de perto de
você.—Deu o seu recado de maneira nada discreta aos demais presente no recinto,
olhando para os mesmos por cima do ombro do Juiz com o olhar desafiador, estava
disposta a lutar com fosse preciso para ficar ao lado dele.

—Agora eu sei por que a fera se apaixonou por você. —O Doutor estava encantado
olhando para aquela cena sem piscar uma vez se quer, mal conhecia a moça e já era
fã número um dela. A forma como defendeu Jhon foi como a de uma leoa, então
constatou que o caso ali foi que uma fera se apaixonou pela outra, e lutariam com
quem ou que fosse preciso para se manterem juntas. – Acabou de conseguir o meu
voto de confiança rapaz, vai ter que ser forte para não perder o controle da situação,
esta pisando em um campo minado.

—Eu serei, apenas me conte o que houve com o Gonzalez.

—O avião que levava o seu amigo para Manhattan sumiu do radar durante a
madrugada, tudo indica que caiu no meio da floresta. —Jogou a notícia de uma vez só,
queria testar até onde ia o poder da jovem sobre o Juiz, aquela era a oportunidade
perfeita para descobrir. No mesmo instante Thompson apertou tanto os braços em
conta de Yudi que parecia querer parti-la ao meio, o Psiquiatra nunca tinha visto os
olhos do paciente tão escuro como naquele dia, chegou a ter medo da energia sombria
que emanava de dentro deles. Sem pensar duas vezes veio descido a voltar atrás na
palavra e dopa-lo antes que o pior acontecesse, mas foi impedido antes que o fizesse.

— Seja lá o que existe dentro de você, não deixe que te domine. Não vou soltar a sua
mão.—Entrelaçou os dedos entre os deles como fez no dia que entraram no mar, que
estavam completamente rígidos devido a tensão espalhado por todo corpo. Ela queria
deixar bem claro que não iria a lugar nenhum, e não iria mesmo. Se assustou ao
perceber como estava suando frio, a camisa já estava toda molhada.—Eu acho que
também te amo.—Sussurrou no ouvido do Homem da Lei de uma maneira que só ele
ouviu.
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—Por Deus, isso é impossível! —Exclamou Emanuel Patrício ao ver os olhos de


Thompson voltar ao azul profundo novamente, em mais de trinta anos de profissão
nunca tinha presenciado uma cena como aquela. A fera tinha se curvado diante da
moça, apenas ao ouvir a voz dela.

O clima ficou um pouco tenso durante a volta para Washington, opinaram por fretar um
jatinho particular para adiantar a viagem. O Juiz não soltou a mão de Yudi em nenhum
momento, o médico sentou de frente para os dois os encarando intrigado com aquele
casal inusitado a sua frente. Que mesmo tão diferente um do outro, eram perfeitos
juntos, como se as diferenças os completasse. A ligação entre os dois era quase
visível aos olhos humanos, ainda mais aos do Psiquiatria que tinha grande experiência
em analisar as pessoas. Jhon fez uma coisa que não fazia a muito tempo nem a base
de remédios, dormiu serenamente usando o colo da moça como apoio. Ela fazia
carinho no rosto dele com tanta delicadeza que dava até gosto de ver, era bruta
quando preciso. Porém, sabia exatamente como ser carinhosa quando necessário.6
— Espero que esteja ciente que só amor não será o suficiente para manter vocês dois
juntos, como pode perceber Thompson não é um homem normal. — Tirou os óculos e
cruzou as pernas, tinha o semblante preocupado. Não estava querendo assustar a
jovem, apenas queria adverti-la sobre o que estava por vir dali pra frente.

—Ótimo, nunca gostei de coisas "normais". —Patrício achou graça do jeito arrisco da
jovem. – As melhores coisas pertencem aos atrevidos. As pessoas são como maça em
árvores, as melhores estão no topo. Mas ninguém quer alcançar essa boas, porque
tem medo de cair e se machucar. Preferem pegar as podres que ficam no chão, que
não são tão boas como a topo, mais são mais fáceis de conseguir, assim as maças
que estão no alto pensam que tem alguma coisa de errado com elas, sendo que não
tem. Os são aqueles que se contentam com pouca coisa porque tem preguiça ou
medo de lutar pelo o que realmente vale a pena. Essas maças apenas tem que ser
paciente e esperar a pessoa certa chegar, que vai ser valente o suficiente para chegar
até o topo.—Disse naturalmente enquanto olhava a vista pela pequena janela de vidro.

—Não tem como discutir com Machado de Assis.—Proclamou o Doutor ao perceber


que a moça tinha usado um verso do Escritor Brasileiro, um dos seus preferidos na
verdade. Para dizer que não iria desistir fácil do Juiz, e que ela era valente o suficiente
para escalar até no topo. Quando mais conhecia Yudi, mais o Doutor Emanoel
entendia o porque Thompson que era um homem tão reservado tinha se apaixonado
por ele, era o tipo que não se via fácil por ai.

—Que bom que sabe disso, porque não disponho de paciência no momento para ficar
explicando que não vou me afastar dele de forma nenhuma. Se essa for sua vontade
desista, porque esta perdendo o seu tempo. —A mulher não tinha medo de nada,
muito menos de cara feia como ele estava fazendo para ele por estar afrontando-o
daquela forma.

—Espero que use essa garra que aparenta ter quando as coisas ficarem complicadas,
porque vão ficar em breve.

—Nada na vida e fácil. Se eu fosse desistir a cada dificuldade que apareceu na minha
vida, já teria morrido de fome há muito tempo. —Jhon mexeu em seu colo como se
fosse acordar, mas era somente um alarme. Ajeitou a cabeça melhor e continuou no
sono profundo, estava tendo um sonho lindo com os momentos a sós que tiverá com
ela na ilha. Já na vida real Jackson estava pensativa, sabia que tinha muito mais coisa
ali do que tinham deixado transparecer, Scarlet por sua vez ouvia tudo e não falava
nada. Apenas observava tudo de longe. Mas independe do que fosse estava disposta
a estar com ele para o que der e vier.1

—Você é sempre assim direta ou só quando se senti ameaçada com alguma coisa?—
Perguntou divertido apenas na intenção de saber qual seria a resposta.

—Sinceramente, se não for para causar nem saio de casa.—Respondeu com


desdém.3

— Depois de tudo o viu e ouviu não está curiosa para saber qual é o problema dele?
.—Perguntou desconfiado.

—Não, vou esperar até que ele mesmo se sinta a vontade para me dizer. — Emanuel
assentiu com a cabeça satisfeito com cada palavra proferida por ela, gostava do jeito
atrevido e dissimulado da jovem. Era como uma flor que floresce fora do seu habita-te
natural, veio para abalar as estruturas e romper barreiras em meio as diversidades.
Pousaram em solo Americano com o dia começando a clarear, uma comitiva de carros
estavam a espera deles no aeroporto. Jhon estava com um semblante enigmático, em
sua cabeça estava passando mil coisas.

—Scarlet, cuide dela para mim enquanto estiver fora. —Tirou o casaco e colocou em
volta de Yudi.

—Por favor, me leve com você, não quero te deixar sozinho. —Segurou na mão dele
com força.

— Aonde vou pode ser muito perigo, quero que fique esperando por mim segura em
casa, se acontecer alguma coisa com você também eu morro! Voltarei o mais breve
possível. – Beijou os lábios volumosos com carinho, ajeitou o casaco para que não
sentisse frio.

—Pelo menos me diga onde está indo? —Escondeu o rosto na curva do pescoço dele.

— Atrás do meu amigo.

—Promete que vai voltar inteiro pra mim? —Estava extremamente preocupada.

—Prometo. —Olhou intensamente no fundo dos olhos de Yudi. —Meu amor.


—Falou naturalmente surpreendo até ele mesmo. Afinal durante quatro anos de
namoro com Suzana, nunca conseguiu se referir de forma tão carinhosa para com a
mesma.

—Se cuida, estarei horando para que tudo de certo.

—Obrigado, quando voltar precisamos conversar .—Depositou um leve beijo na testa


da moça antes de ir embora.

****

Fazia mais de quinze dias que a equipe de resgate estava embreada dentro da mata a
procura de alguma pista do avião sem fazer a minima ideia de onde poderia ter caído.
Também a floresta obtinha mais de mil quilômetros quadrado de puro mato, grande
parte de areia montanhosa, para piorar era época de chuva. O que dificultava ainda
mais o trabalho do corpo de bombeiros. Parentes e amigos das vítimas já estavam
com o coração preparado para o pior. Segundo as estáticas, era quase impossível
encontrar alguém com vida depois de tanto tempo. Mesmo se houvesse algum
sobrevivente, coisa que acreditavam ser muito difícil, provavelmente morreria por conta
dos ferimentos ou de fome.1

— Se continuar nesse estado, vai acabar morrendo filha, precisa ser forte. Quando ele
aparecer vai precisar de você meu amor. —A mãe de Solange não aguentava mais ver
a moça morrendo aos poucos encima daquela cama, perdeu totalmente a vontade de
viver desde que saberá da notícia do acidente. Não fazia nada além de chorar e orar
para que González estive vivo, infelizmente foi preciso acontecer uma tragédia para a
Advogada perceber o quanto era enorme o amor que carregava consigo por aquele
Espanhol. Para aliviar um pouco a dor passava horas relembrando os momentos que
viveram juntos durante o último mês que passaram juntos. Havia uma situação em
especial que sempre fazia ela sorrir quando lembrava, era uma entre tantas outras
loucuras de amor que o Latino fez naquele curto período de tempo por ela. Sabendo
do gosto da amada por homens negros, Alerrando procurou um lugar especializado em
bronzeamento artificial. O problema foi que a pele dele era muito branca e sensível,
para piorar ficou mais do que o indicado, o que resultou em queimadura de segundo
grau por todo o corpo. Preocupada por ele não aparecer para trabalhar, foi de surpresa
na casa dele para ver o que estava acontecendo.
—O Que aconteceu com você Espanhol? —Solange não conseguia parar de rir
quando González abriu a porta vermelho igual a um camarão, a cor alaranjada era a
mesma.

—Isso no tem graça carinho. —Tinha a cara emburrada, não gostou nem um pouco
dela estar rindo dele.5

—Tem sim. —Não queria rir mais era mais forte do que ela.

— Yo só queria escurecer uno pouco o tom da minha pele para tu no ter mais motivos
para no me amar, mesmo artificialmente gostaria de ser o que você quer. —Sua voz
era triste, abaixou a cabeça envergonhada por não ter tido muito sucesso no seu
plano, que quando teve parecia infalível. Tinha uma mania terrível de querer agradá-la
a todo custo, talvez o maior erro do Alerrando foi acostumar a moça apenas ser
amada, e não a ama-lo.

—Eu gosto de você do jeito que é. não quero que mude apenas para me agradar. —
Foi sincera como tantas outras vezes, não estava mais vendo graça na situação.

—Gosta, mas no ama. —Sentou no sofá com muito cuidado, o coitado estava todo
assado. Até nas partes baixas, estava tendo que usar apenas uma cueca larga da
época do vovô para não colar nas queimaduras.

—Estou me sentindo tão culpada por estar nesse estado. —Sentou ao lado e dele com
intenção de abra-lo, estava com pena de vê-lo cheio de dor.

— Nem pense em fazer em fazer isso carinho. —se afastou com medo dela tocar nele,
estava sentindo o corpo queimar como se estivesse sido frito no oleio quente.

—Desculpa. —Sol se desculpou toda sem jeito olhando para as mão triste., realmente
queria abraça-lo.

— Se for com jeitinho pode my amor, desculpe yo no me expressei direito. —Era


mentira. Iria sentir do mesmo jeito, mas entre preferia assim a ver ela triste. Ela com
muito cuidado abraçou ele com um sorriso enorme no rosto e ficou assim com ele por
um bom tempo.

—Está com fome? Cede? Sono?.—Tinha tirado a noite para cuidar dele, Gonzáles
estava deitado confortavelmente na cama, pensando como poderia se acostumar fácil
com aquilo. Ter ela todos os dias como dona de casa seria incrível, ainda mais se
estivesse um moleque correndo para todo lado atrás dela. Sorriu imaginando a cena.

—Sonhando acordado Espanhol? – Implicou vendo rir sozinho.

— Sonhos pode se tornar realidade com o tempo carinho, pelo menos estoy lutando
para que vire. —Passaram aquela noite conversando e rindo das banalidades do dia a
dia, que somente hoje denominava como a melhor de toda a sua vida.

*******

—Se ele não voltar logo mãe, o meu destino será a morte. —Passou a mão no rosto,
agora magro mostrando que não se alimentava direito há dias. – Eu descobri que o
amo, sem ele simplesmente não tenho mais vontade de viver. —Confessou em voz
alta pela primeira vez que o amava, o que não foi nenhuma surpresa para sua
progenitora. Já que a mesma tinha notado isso desde que virá os dois juntos pela
primeira vez. Sabia que a filha tinha um gênio difícil em relação à vida amorosa, nunca
se interessou por homens brancos, mas como não se apaixonar por González? Além
de lindo era divertido, extremamente engraçado e dono de um charme fora do comum.
Não tinha vergonha de lutar pelo o que queria, mesmo sendo rejeitado por diversas
vezes pela advogada. Deixou a vida de mulherengo para correr atrás apenas de uma,
que homem em sã consciência faria isso? Mesmo louco de desejo por ela se segurou
ao máximo que pode para não estragar tudo. Não queria apenas sexo, isso poderia
conseguir com qualquer outra, com ela seria diferente, tinha amor envolvido.

—Foi preciso acontecer isso para perceber que o ama Sol? Agora talvez seja um
pouco tarde para dizer isso. —Dona Eulália sempre foi justa, mesmo sabendo o
quando a filha estava sofrendo não passaria a mão na cabeça dela sabendo que
estava errada.

—Eu sei mãe, nunca vou me perdoar por não ter dito a ele que o amava quando podia.
Esse será o meu maior castigo pelo resto da vida. —Se encolheu debaixo do edredom,
tampado até a cabeça. Como se estivesse escondendo do mundo, morrendo aos
pouco envenenada pelo arrependimento.

—Senhor António porque o Alerrando não vem mais me ver? Ele não gosta mais de
mim?.—Rafael Loys chegou ao quarto falando no telefone com o pai de González, o
pobre jovem e a pequena Mari Cruz não sabiam de nada, não contaram para eles para
não assusta-lo mais do que já estava com o sumiço do Espanhol, pensavam que
estava viajando.

— Solange o Senhor Antônio ligou, disse que quer falar com a irmã do Loys.—A
Advogada levantou rápido e pegou o telefone da mão do adolescente, seu coração
estava batendo esperançoso de ser notícias sobre o agora assumido então seu
amado. – Não precisa mais chorar irmã do Loys, o papai do González disse que ele vai
aparecer aqui logo para me ver.—Foi nessa que a moça quase caiu dura no chão,
levou o aparelho ate o ouvido com as mãos trêmulas.

—Filha, acharam o avião. —Antônio tinha a voz chorosa, sinal que as notícias não
eram nada boas.

—Só me diga que ele está vivo. — Mesmo sem ouvir a resposta já estava aos prantos.

—No sei querida. — O Homem não aguentou e começou a chorar também. — Foram
resgatados mais de duzentos e seis couerpos, dois simplesmente sumiram. No estava
entre os destroços e nem nas localidades próximas. Eston chamando os parentes dos
passageiros para fazer o reconhecimento. Considero tu como se fosse da família,
quero que vá junto. Mas se achar que seria muito para ti no precisa ir filha.

—Eu vou.—Respondeu decidida. Tinha certeza que Alerrando não seria nenhum
deles, sentia no fundo da alma que o homem que roubou o seu coração sem que ela
mesmo percebesse estava vivo. Entre meio ao desespero colocou uma calça Jens e
foi com a parte de cima do pijama mesmo, as tranças estava quase dreads de tão
emaranhadas que estavam uma nas outras, tinha perdido o prazer de se arrumar.
Durante o caminho até o IML ligou para a amiga pedindo que a mesma lhe
acompanhasse até o local, Yudi foi de bom grado. Também estava com a cabeça
cheia, Thompson não tinha dado mais notícias desde a despedida do aeroporto,
simplesmente tinha sumido do mapa. Fora que o Max e o Edimilson voltaram muito
estranhos da casa do pai dela, pareciam estar escondendo alguma coisa que
acontecerá na casa do Reverendo enquanto estava fora. Dimy estava serio, e isso não
era nada bom.

—Não precisa fazer isso, pode me esperar aqui fora. —Solange disse para a amiga
antes de entrar no lugar onde os corpos estavam esperando para serem reconhecido
por seus entes querido.
—Amigos são para todas as horas. —Respondeu para a amiga que lhe abraçou grata
por não abandona-la naquele momento horrível. Depois de passar um dia horrendo ao
lado com os pais do Espanhol, a cada corpo que viam o coração vinha na boca com
medo de ser ele. Muitos estavam mutilados ou em estado de decomposição, por isso
foi recolhido material do pai para fazer exame de DNA. Dias depois os resultados
saíram, deixando sem nenhuma sobra de dúvida que González não estava entre os
corpos encontrados até o momento. Ele estava entre as duas vítimas desaparecidas, a
outra foi constatador pela lista de passageira ser Emily Rouse, professora do jardim de
infância do Colégio Por do Sol. Estava viajando para tirar as tão merecidas férias, um
presente dos colegas de trabalho. Era muito amada por todos, tanto que os mesmos
juntaram para dar as paragens para ela. Era de família rica, mas fazia questão de se
bancar sozinha, trabalha duro para isso.4

—Eu sabia que ele estava vivo. —A Advogada agora trazia um sorriso esperançoso no
rosto, tinha certeza que o homem que amava estava vivo. Podia sentir o coração dele
batendo de longe, às vezes a pessoa que quase não diz que ama, na verdade carrega
mais amor dentro do peito do que aquela que vivi declarando amor dia e noite.

—Sol eu sei que quer acreditar que ele esta vivo, mas tem que se preparar para o pior.
Como sua amiga tenho que te alertar disso, não pode ficar se iludindo dessa forma.—
Nesse momento a campainha tocou, era um integrador com uma caixa linda na cor
lilás, preferida de Solange, muito bem embrulhada com um laço enorme por cima.
Dentro tinha um envelope e um cartão escrito à mão por Alerrando, até o perfume dele
ainda estava presente no pequeno pedaço de papel que dizia..

"Agora o sonho de ver os desenhos de tu irmon em una exposição tem data e hora
marcada para ser realizar. Serão colocados à mostra para o público no Museu mais
famoso da cidade, quero que o mundo veja como Rafaer e especial. Foi difícil, mas
consegui. E no pense que vai sair de graça Carinho, a noiche vou ai receber com juros
e correção monetária"

Ass: Um homem que te ama. A.G.

A data do bilhete era de um dia antes do acidente, se a moça estava se sentindo


culpada antes, agora estava destruída. Tinha sido tola por não enxergar o homem
maravilhoso que tinha ao seu lado, e agora estava pagando caro por isso.
—Por favor, Deus traga o meu amor de volta pra mim. —Caiu de joelhos no chão em
total desesperado.

—Filha, corri aqui. Pararam a programação normal para dar uma notícia urgente sobre
o acidente aéreo.

"Um milagre acabou de acontecer, depois de serem dados como desaparecidos pela
equipe de busca, as duas vítimas do terrível acidente do avião da Gol foram
encontrados com vida pelo famoso Juiz Thompson, que formou um grupo particular
com os melhores especialistas nesse tipo de caso e foi pessoalmente junto deles na
procura incansável pelo amigo. Por milagre Alerrando González e Emily Rouse que
estavam sentados em lugares distantes um do outro, sobrevivem misteriosamente a
queda. O rapaz teve pouco ferimentos, e foi ele que achou e tirou a professora entre
os destroços e a carregou por quilômetros até encontrar uma tribo indígena que vivia
escondida e uma área mais fechada da floresta. No seu depoimento Alerrando disse
ter seguido o sinal de fumaça que viu no céu, era da fogueira que os índios Norte
Americanos mantinha acessa por dois dias devido a um ritual em homenagem para a
Deusa do Sol. Se não fosse a época desse ritual os dois estariam perdidos até hoje,
ou até mortos quem sabe. Agora fiquem com a imagem da chegada deles ao
hospital.."2

Thompson vinha caminhando passas firmes ao lado do Espanhol, ambos se


encontravam todo sujo de lama da cabeça aos pés. Mas com uma expressão de
satisfação no rosto. Ainda mais o Juiz que tinha descido que não voltaria daquele lugar
sem o amigo. Já González estava com Emily nos braços, mesmo morto de cansado e
mancando de um dos pés machucado. Não deixou que ninguém a carregasse, depois
de passarem por esse trauma juntos tinham criado um elo muito forte um com o outro.
Ele a manteve segura a cada minuto que passaram perdidos, e mesmo agora já a
salvos se sentia na obrigação de continuar cuidando dela. Era muito frágil e delicada,
parecia uma boneca de porcelana de tão linda. Mesmo com os cabelos castanhos
mediano caindo sobre o rosto, que estava escondido na curva do pescoço dele, dava
para perceber de longe o quanto era bela. Solange nem notou a presença da moça,
passava a mão no rosto do Assessor através do monitor da televisão em total estado
de choque com a notícia. Quando recobrou a consciência, saiu correndo para o
hospital com Yudi junto com ela. Também estava louco para ver o Jhon, a saudades
dele era enorme. Quase não conseguiram entrar no Centro de atendimento médico
devido à centena de repórteres do lado de fora querendo uma foto ou noticias dos
sobreviventes, só amigos e família podiam entrar na unidade onde estavam. Para
conseguir autorização para vê-lo sol teve que mentir dizendo que era noiva dele, a
segurança do lugar era difícil de burlar, deixaram apenas porque de ver o estado de
sofridão que a jovem se encontrava. Entrou no quarto feito um tiro, seu coração se
compadeceu ao ver como ele tinha emagrecido e estava com a barba grande. No
quarto além do Thompson estava a família do Latino, e o veterano Juiz Marcus
Louzada também estava presente no local, gostava do Alerrando da mesma maneira
que do afilhado, tinha visto os dois crescer.6

.—Eu te amo! Muito mesmo. Principalmente quando me faz sorrir, já te disse como seu
sorriso e lindo? Ele e perfeito. Ainda mais quando está olhando pra mim, Deus eu te
amo tanto. Obrigada por tudo que fez para me ver feliz, e principalmente por me amar
mesmo eu não merecendo ser amada por homem maravilhoso como você, mas vou
fazer o possível para me redimir por minha infantilidade. —Se declarava sem vergonha
como se estivesse apenas os dois presentes ali.—Daria minha vida pela sua se fosse
preciso, não quero ficar mais um minuto se quer longe de você meu amor, senti tantas
saudades. Teve momentos que pensei que morreria de amor esperando pela sua
volta, sabia que Deus te traria de volta pra mim. Sem você eu não vivo, me desculpe
por ter percebido isso somente depois de quase ter te perdido .—Chorava tanto que
todos presentes se emocionaram com a declaração dela.

— Poderia voltar una outra hora Solange? – Exclamou frio, alguma coisa tinha se
perdido durante o tempo que ficou desaparecido. Gonzáles já não era mais o mesmo,
tinha a expressão seria e olhar que antes esbanjava sentimentos estava em um total
vazio.—No estou podendo receber muitas visitas agora, me desculpe mas nesse
momento yo quero ficar ao lado apenas das pessoas que realmente são importante
pra mim.—Lançou as palavras sem dó virando o rosto para o lado, como se até olhar
para ela fosse um grande sacrifício. Partindo o coração apaixonado da moça em mil
pedaços, estava sentindo na pele a dor de ser rejeitada.

Capitulo 23
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As lágrimas corriam pelo rosto da jovem feito um dia chuvoso, eram tantas ao mesmo
tempo que a pequena mão extremamente magra não dava conta de conter. Era o
mínimo de se esperar de alguém que acabou de ter o coração partido em mil pedaços,
se a intensão do homem era magoar a moça, tinha conseguido com sucesso. O
Espanhol não acreditou em uma palavra se quer proferida pela a mesma, tudo não
passava de remorso. Não importava como Solange tentasse dizer ou demostrar, para
ele tudo não passaria de palavras ao vento, realmente não era o mesmo homem de
antes.

—Filho, não fale assim com a sua namorada meu amor. —A mãe de Alerrando
chamou sua atenção pela forma que tratou a moça.

—Ela no é minha namorada. Nunca foi. —A forma fria como voltou o olhar para a
Advogado chegava ser assustador, definitivamente não estava se importando com os
sentimentos dela. Sol tentava ao máximo encontrar algum vestígio do homem que
conhecerá um dia, por mais esforço que fizesse não conseguia achar nenhuma
semelhança que fosse. Mesmo com o coração partido, se ele abrisse os braços, iria
correndo para dentro deles sem pensar duas vezes. Ainda repetiria novamente em Alto
e bom som o quanto o amava e que séria capaz de fazer qualquer coisa para se
redimir por não ter valorizado os sentimentos dele quando teve a oportunidade.4

— Desculpa, não queria incomodar. —Olhou para os pés envergonhada, só então


percebeu que saiu tão apressada de casa que estava usando pantufas cor de rosa,
mas diante a situação nem se importou.—Queria ver com os meus próprios olhos que
estava realmente bem, só de ouvir de outra pessoa não seria o suficiente.—A voz
estava pesada, ainda chorava em silêncio, por mais culpada que fosse não entendia
porque estava sendo tratada daquela forma.

—Agora que já viu pode ir, e no precisa vir mais. —Mesmo sendo rude, a presença
dela ali mexia com ele, por isso tinha tanta necessidade que fosse embora logo.1
—Alerrando González Martins. —Antônio levantou a voz, não tinha criado o filho para
ser mal educado daquela forma. Nesse exato momento ouviram-se batidas na porta.
Logo após a professora Emily entrou de cadeiras de rodas com a ajuda do padrasto,
González abriu um sorriso enorme quando pôs os olhos nela, sua expansão mudou no
mesmo momento de seria para incrivelmente feliz. Como se tivesse visto a luz sol
depois de um mês chuvoso, tinha criado uma necessidade de proteção para com ela,
tinha um desejo absurdo de estar ao seu a todo o momento.

—Tudo bem Senhor Antônio, já estava de saída. —A Advogada vendo a ligação


evidente entre os dois, logo entendeu tudo. Era notável que estava sobrando. Saiu tão
rápido que quase derrubou uma Senhora de muletas no corredor, a dor era tanta que
queria sumir dali o mais rápido possível. Como somente autorizaram a entrada de
uma, Yudi que esperava ansiosa pela volta da amiga do lado de fora, em um minuto de
distração nem viu quando a mesma passou disparado em direção a saída.

— Senti Saudades. —A agora então Assessora pessoal do Juiz Marcos Louzada sorriu
ao ouvir a voz do homem que vinha roubando seus pensamentos durante os últimos
dias, não fazia outra coisa além de suspirar pensando em qual dia o veria novamente.
Levantou do banco de madeira que estava sentada na recepção, não sabia da
presença da moça ali. Mas saiu a sua procura no mesmo instante que Jackson tinha
chegado, o sentimento que sentia por ela era tão forte que podia sentir sua presença
em qualquer lugar do planeta.

— Eu nem lembrei que estava fora. — Brincou com ele. Ainda estava todo sujo de
lama da floresta onde passou dias procurando pelo amigo, poderia até ter tomado
banho. Porém, preferiu deixar para isso com calma em casa.

— Se é assim vou voltar para onde estava. —Mencionou ir embora fazendo o maior
charme, não precisa fazer muito esforço para ser irresistível.

—Você não é louco de fazer isso. —Puxou o Homem da Lei pelo braço roubando um
beijo apaixonada, era muita saudade presente em ambas partes. Enquanto entre um
casal era pura tensão, no outro sobrava amor e paz, pelo menos por enquanto.
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—Nossa, você está sujo até agora. Porque ainda não tomou banho?

— Prefiro tomar em casa, não quer vir comigo me ajudar?. —Cantou na cara dura,
estava ficando bom naquilo.
—Eu adoraria, mas estou esperando a Solange sair. —Falou enquanto tirava os ciscos
de folha seca que estavam entre os cabelos dele, o juiz adorava quando fazia esse
tipo de carinho.

—A Solange já foi embora. —Puxou ela para mais perto dele, sabia que iria ficar
nervosa quando contasse o que havia acontecido com a amiga. Tinha conhecimento
que a atitude do Assessor não tinha sido correta com a moça, porém, não queria vê-lo
ser assassinado por Jackson antes mesmo de se recuperar do acidente.

—Sem falar comigo? —Perguntou confusa.

—Acho que não está a fim de conversar com ninguém no momento, digamos que não
foi recebida da forma que esperava pelo González. – Não alongou muito o assunto,
mas o que disse já foi o suficiente para tirar a moça do sério.

—O que aquele Espanhol metido fez com a minha amiga? Não precisa falar nada, eu
mesmo quero ouvir da boca dele. —Saiu mandada em direção ao quarto do Latino,
não estava nem ai para o estado dele, mexeu com os dela agora teria que se explicar
direitinho, não ficava calada diante de desaforo.

— Calma. —Pediu a mobilizando por completo para que não fizesse nenhuma loucura,
a mesma olhou para ele de uma forma que dizia " me solta agora".—Não faz assim
Amor.—Praticamente implorou com a voz arrastada, Yudi não aguentava quando o
Homem da Lei a chamava daquela forma, não era o tipo de ficar com romantismo o
tempo todo. Quando era, deixaria qualquer mulher caída de amores por ele..

—Então vou atrás da minha amiga.

—Também não. —Exclamou sério agora, estava começado a se irritar com ela de
verdade. —Você vai deixar ela esfriar a cabeça, se quisesse sua companhia não teria
ido embora sem falar nada.

—Mas eu queria estar com ela nesse momento...

—Mas nada Jackson, chega desse assunto antes que eu perca minha paciência com
você. —O tom alterado presente na voz do Juiz assustou a moça, lhe fazendo se
lembrar da conversa que teve com o médico.—Não queria ser rude, mas parece que
só me escuta quando falo assim com você.—Ela nada respondeu, ficou emburrada.2
—Não vai falar mais comigo pirracenta? —Agora estava com a expressão divertida no
rosto, achava ela uma graça quando nervosa.

— Vai se ferrar. —Respondeu sem medo de errar, não tinha trava na língua quando
estava irritada. Ele nem respondeu a afronta, a pegou pelo braço e levou a força até a
garagem.

—Entra. —Ordenou nervoso com a porta do carro aberta.

—Não pode me obrigar a ir com você.—Tentou correr, mas foi impedido por ele que a
jogou dentro do carro de luxo sem nenhuma gentileza. Durante o caminho não falaram
nada, ele até tentou puxar assunto. Desistiu depois de ser totalmente ignorado, a moça
era boa nisso.

—Desculpa?—Ela estava sentada na grande cama branca do quarto dele, ainda


estava emburrada e não respondeu também ao pedido dele. —Ótimo não vai
responder?.—Colocou Yudi no obro feito um saco de batatas e saiu andando em
direção ao banheiro, ligou o chuveiro a enfiando debaixo com roupa e tudo.

—Para! Você ficou louco? —Tentava sair de toda forma, mas era impedida por uma
parede de músculos.

—Da próxima vez que me afrontar dessa forma vai ser bem pior. —Proclamou de
forma sombria, a moça estava tremendo e não era por conta da água fria. —Estamos
entendidos?—Perguntou um Thompson nunca visto por ela antes, era uma versão
extremamente dominadora.

—Esta. —Respondeu meio que hipnotizada, não estava tendo controle sobre suas
atitudes, agia automaticamente conforme os comandos dele.

—Ótimo.—Completou roubando um beijo intenso, queria deixar claro quem estava no


comando da situação. Desceu as mãos alisando o corpo farto em curvas, pairando-as
sobre a bunda grande. —Boa menina. —Sussurrou no ouvido de Yudi de forma
totalmente idecente depositando um tapa com força, não satisfeito deixou um chupão
no pescoço da moça que gemia a cada movimento dele por menor mais pequeno que
fosse. Ficaram se agarrando um bom tempo no banheiro, o banho foi bem demorado é
quente, mas não passou disso. Jamais faria amor com ela de qualquer forma, assim
como a primeira teria que ser muito especial, além do mais não dormiria com a jovem
novamente até que a situação dos dois estivesse resolvida.
—E agora vou vestir o que? Faz ideia de como amava aquele vestido, fazia o maior
sucesso com ele. —Estava dentro de um hobby branco três vezes maior do que ela ,
assim como tudo que existia naquele quarto. Isso a incomodava bastante, adorava
cores arregaladas, quanto mais vibrantes melhor.

—Com certeza fazia, principalmente com os homens. —Respondeu sem paciência


olhando o reflexo dela pelo espelho enquanto arrumava a gravata borboleta do terno
preto que tinha acabado de vestir. Estava posicionada ao seu lado reclamando desde
que saíram do banheiro por causa do vestido rasgado sem culpa nenhuma.

—Aonde vai tão elegante dessa forma? —Analisou o belo homem a sua frente, se
perguntado se era nomal alguém ser tão bonito.

—Vamos ao jantar de aniversário do meu pai, devido aos acontecimentos com


González minha mãe opinou em fazer algo simples apenas para família, na minha
opinião estão fazendo isso apenas como desculpa para te conhecer, depois que o
Doutor foi lá pessoalmente contar sobre nós, estão muito curiosos para conhecer a tal
mulher que tem total domínio sobre mim.—Falou naturalmente penteado
freneticamente o cabelo todo para trás em um ritimo continuo.

—Vamos é muita gente meu bem.—Debochou da cara dele soltando uma gargalhada
alta.1

—"Nós" vamos sim Senhora, e acho bom se apressar porque começa daqui a duas
horas.—Seu tom foi autoritário, odiava o jeito teimoso dela.

—Não acha que está um pouco cedo para me apresentar a sua família? Se eu fosse
apresentar para os meus pais cada um que já fiquei. —Parou de falar assim que notou
o olhar fuzilante sobre ela. —Enfim, quero dizer que está indo depressa de mais. —
Concluiu por fim, não gostava de ser pressionada com esse negócio de
relacionamento.

—Por mim cassaríamos amanhã mesmo, não fico fazendo hora quando quero uma
coisa. — Disse a verdade, quando queria algo não via o porquê esperar.
—Digamos se eu fosse, iria como? Pelada que não é, não acredito até agora que
rasgou meu vestido favorito. Também não vou nem na esquina sem a minha
maquiagem ou minhas bijuterias. —Fez o maior drama.

—Quanto a isso não se preocupe, já resolvi esse detalhe com apenas uma ligação.
Tem gente especializada no assunto para te ajudar a se vestir adequadamente para
essa ocasião. —Pegou ela pela mão e saiu arrastando até o quarto de hóspedes, lá
estavam presentes os representantes das maiores boutiques de roupa de marca da
atualidade, cabeleireiros, maquiador entre outros profissionais dessa areia.

—Meu Deus. —Yudi levou as mãos na boca assustada com a quantidade de vestidos
e sapatos espalhados pelo lugar.

—Não estou brincando de namorar, se você estiver não vou te impedir de ir embora.
Mas se resolver ficar saiba que as coisas não será nem um pouco fácil para nós, está
pronta para lutar para que essa relação dê certo? Eu morreria por isso.

—Querido, eu nasci pronta. Será que tem aquela sandália na cor rosa choque?—
Perguntou pensativa fazendo ele rir, amava o jeito espontâneo dela.1

—Lembre-se que estão aqui para lhe servir. Podem entender de moda, mas é você
que escolhe o que vai vestir. Vista o que te agrada, não para agradar a mim ou aos
outros presentes nesse jantar.—Ela assentiu sorrindo, era bom saber que agora
entendia o lado dela.—Mas se fosse algo que tampasse pelo menos setenta por cento
do seu corpo eu agradeceria bastante.—Tinha mudado, mas nem tanto.

—Queridos mãos a obra porque a mamãe chegou.—O Juiz fechou a porta pensando
que aqueles pobres coitados estavam perdidos na mão daquela mulher, iria pintar e
bordar com eles.

Uma hora depois..

—Então gostou do resultado?—Perguntou insegura parada bem no meio da sala, ele


estava esperando por ela sentado no sofá enquanto bebia um Martine.

—Nunca vi nada mais bonito no mundo. —Olhou para ela de queixo caído como se
estive vendo a imagem de um anjo bem na sua frente. Usava um vestido vermelho
longo, modelo sereia de mangas longas, a maquiagem era simples com o batom na
mesma tonalidade dos brincos de puro diamante. Nos pés tinha uma sandália dourada
de salto alto de salto fino, o cabelo pela primeira vez na vida escovados, o que os
deixou na altura abaixo da cintura.—Pensei que não poderia ficar mais linda do que já
é, mas como sempre você está sempre me surpreendendo Jackson.—Por um
momento quase desistiu de sair e a fez sua novamente.

—Que bom que gostou. —Exclamou satisfeita, também tinha gostado do resultado
final. Só não estava conseguindo se sentir ela com os cabelos lisos, faltava o volume
que tanto gostava.

—Está perfeito, mas não escove os cabelos sempre, gosto mais ao natural. —Beijou
os lábios dela com carinho.—Agora vamos antes que eu desista de sair e prenda você
no meu quarto pelo resto da vida.—Brincou de forma maliciosa, estava se sentindo
leve. Por outro lado Jackson era puro nervosismo com o primeiro encontro com os
sogros, principalmente a sogra. Se a própria mãe não gostava dela da forma correta, a
dele muito menos o faria. Tinha a imagem dela na cabeça como uma dessas piruás
metidas que vivia para gastar o dinheiro do marido com coisas inúteis, que tratava as
pessoas conforme a conta bancária dela. Sentiu o coração acelerar quando o carro
parou em frente a casa dos Thompsons. Lugar onde o Juiz cresceu, a residência dos
não era tão grande e luxuoso como pensava, ficava no campo. Em um lugar tranquilo
e confortável, longe da loucura da cidade grande. Tinha poucas pessoas presentes,
porém, muito bem vestidas. O primeiro que avistou de cara foi o Doutor Emanuel
Patrício, estava trajando um terno cinza com a gravata azul escuro, na mão tinha um
copo de whisky francês . Fez um sinal com a cabeça com um sorriso satisfeito no rosto
assim que viu os dois chegando, do lado dele tinha um Senhor muito parecido com o
Jhon, a beleza era a mesma. No entanto em um estado mais maduro, cochichou no
ouvido do Psiquiatra alguma coisa e sorriu vindo em direção deles.

— Como vai filho? —Abraçou Jhon com carinho.

—Com saudades pai. —Yudi percebeu imediatamente de onde o Juiz tinha herdado
tanto charme elegância..
—Eu também filho, e o González como está? Sabia que não voltaria sem ele, sua mãe
quase teve um ataque com você enfiado no meio daquele mato. —Brincou..

—Ele está bem na medida do possível, voltou meio calado. Falando na minha mãe
onde está ela? —Discretamente fez uma pequena varredura entre os convidados a
procura dela, mas não encontrou em lugar nenhum.

—Acho que na cozinha preparando os últimos detalhes para o jantar, quando souber
que já chegaram vai vir correndo. Esta louca para conhecer a sua namorada nova, já
que não simpatizava com a antiga, para a falar a verdade nem eu.—Revirou os olhos
como se estivesse lembrado da pessoa citada em questão, mesmo se fazendo de
Santa a maioria não gostava dela, imagina se soubessem quem ela era de verdade
então? Foi a pergunta que Thompson se fez mentalmente, lembrar disso ainda o
deixava bastante irritado.

— Pai essa e a Yudi.—A moça apertou a mão dele envergonhada.

—Prazer minha jovem, sou Richard Thompson. Pai do Jhon e seu humilde servo de
agora em diante, a mulher que faz bem ao meu filho, tem a minha gratidão eterna.—
Dava para notar de longe que por trás das suas palavras obtinha muita sinceridade.

—O prazer e todo meu Senhor, o seu filho apesar de ser a maioria do tempo um chato,
também me faz muito bem. —A declaração deixou Thompson com um sorriso vaidoso
no rosto.

—Pensei que não iriam chegar mais. —Chegou à mãe do Juiz toda animada como
sempre, era uma mulher atenciosa e gentil. Completamente diferente do que Jackson
imaginou, tinha no máximo um metro e sessenta de altura, o corpo era cheio, porém,
com curvas. Vestia um vestido longo na cor bege com pedrinhas brilhantes, que
apesar de ter tudo para ser extremamente elegante, nela aparentava ser uma peça
simples. Usava pouca maquiagem, e os cabelos grisalhos estavam presos em um
coque alto com alguns fios soltos. Maria Joana era a pessoa que Thompson mais
amava no mundo, mesmo o criando de forma rígida era muito amorosa. Desde garoto
quando perdia o controle em qualquer situação e acabava explodindo agindo de forma
totalmente inadequada para com os outros, permanecia ao seu lado quando todo
mundo ia embora. Por mais difícil que as coisas ficassem, ela estava firme e forte
segurando sua mão, porque quando o amor e de verdade é isso que as pessoas
fazem independente da situação. O homem da Lei não manteve muito contato com ela
depois de adulto, por amor preferiu se afastar para que não sofresse mais por causa
dele. Para ele era melhor sofrer sozinho do que vê-la chorando novamente por sua
causa.

—Eu te amo mãe. —Sua forma de cumprimenta-la era sempre assim, gostava de
deixar bem claro o quanto a amava.

—Eu te amo mais filho. — Também sempre respondia da mesma forma, tinha um dom
de ver as coisas de um jeito diferente. Não era de julgar, apenas amava e pronto.

—Sabe quanto eu te amo Senhora Maria Joana?. —Abraçou a mãe de forma


carinhosa.

—Não faço ideia Juiz Jhon Thompson.—Se fez de boba apenas para ouvi-lo pela
milésima vez declarar o amor que sentia por ela.

— Eu te amo por nunca desistir de mim mesmo quando todos foram embora, por me
amar mesmo quando não teve mais motivos. Isso é realmente importante para mim,
não tem um dia se quer que não pense na Senhora. Se for para te manter ao meu lado
para sofrer por minha causa, prefiro te amar de longe sabendo que está feliz. Poderia
dizer ao certo o tamanho do meu amor por você, mas nesse mundo não existe número
para medir esse sentimento todo que carrego dentro de mim, se dez vidas eu tivesse,
onze te daria. —O Juiz limpou uma lágrima que descia pelo rosto da mãe, os dois
sabiam muito bem o que tinham passado por conta do problema dele, como o pai
trabalhava muito não esteve presente em vários momentos importantes, esse elo era
único entre mãe e filho.

—Você gosta de me fazer chorar não é garoto? —Deu um tapa no ombro do filho
brincando. —Agora larga de ser mal educado e me apresente essa moça bonita que
está com você. Imagina a mistura de vocês dois como vão ser lindos, se nascerem
com essa cor de chocolate maravilhosa e com os seus olhos azuis então? . —Nem
tinha falado uma palavra com Yudi e já estava encantada com ela, imaginando como
seria os netos.

—Isso mesmo priminho, também estou louco para conhecer melhor essa gata.—Jhon
tremeu de raiva só de ouvir a voz do primo David, desde de pequeno tinha o prazer de
provoca-lo apenas com a intenção que ficasse nervoso. Tinha inveja dele por não ter
conseguido nada na vida, aos trinta e seis anos ainda morava com os pais e nunca
tinha trabalho em nenhum emprego por mais de três meses.

—Querida não quer me ajudar ajeitar o resto das coisas para o jantar?.—Conhecendo
bem as intensões do sobrinho, Maria Joana deu um jeito de tirar a moça de perto
deles. O que não adiantaria por muito tempo, já que aquela foi a primeira provocação
de muitas, afinal a noite estava apenas começando.

Capítulo 24
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de MarliaSillva Following

#Sem Correção. ..Bjs1

—Porque a irmã do Loys está chorando?.

Olhava para irmã com o coração partido, não entendia porque ela não parava de
chorar desde que chegou em casa. Solange estava toda encolhida no sofá em uma
posição fetal, as tranças estavam espalhadas por todo lado. Com rosto inchado e
pálido de tanto chorar, se encontrava nesse estado desde o sumiço do Espanhol, e
pelo jeito a tendência era piorar agora que o mesmo tinha voltado uma pessoa
amargurada.2

—Vem cá meu amor, não precisa ficar assustado. A irmã do Loys está um pouco dodói
hoje, mas se me der um beijinho vai passar. —Tentou forçar um sorriso para
tranquilizar o irmão, não queria vê-lo mal por causa dela.

— Loys ama Sol.—Depositou um beijo carinhoso no rosto dela posicionado sua


cabeça encima do colo, fazendo carinho de leve em seu rosto. Ainda cantou a mesma
canção de ninar que ela cantava para ele dormir, o que deu certo já que em poucos
minutos caiu em um sono profundo. Depois foi até o quarto, pegou o cobertor favorito
com o desenho do homem aranha e cobriu a irmã com muito jeito para não acorda-la.
Que somente despertou com o celular vibrando sem parar debaixo da almofada que
usava como travesseiro, era Yudi ligando pela vigésima segunda vez querendo saber
como estava. Como não se encontrava em condições emocionais para falar com
ninguém, mandou uma mensagem dizendo para não se preocupar porque estava bem.
Mesmo prometendo para si mesmo nunca mais procurar o Espanhol, acabou não
resistindo e mandou uma mensagem enorme se declarando novamente e pedindo
várias vezes perdão. Que estava morrendo de saudades dos seus beijos e
principalmente da sua companhia, tinha conseguido o número novo dele com o pai
antes de ir no hospital. Ja que o mesmo tinha comprado um celular novo para o filho,
perdeu o antigo no acidente.
para quebrar ainda mais o coração da Advogada, visualizou mas não respondeu. Virou
para o canto na intenção de evitar que o irmão a visse chorando novamente, não
queria magoar mais ninguém com suas atitudes. O problema foi que ela cega pela dor
não conseguiu ver que ás vezes nem sempre o silêncio quer dizer que se a resposta
fosse dita séria algo ruim, o complicado é que algumas pessoas deixam orgulho ser
mais forte que o próprio amor. Isso explicaria porque o Espanhol tinha relido a
mensagem tantas vezes que nem saberia dizer ao certo quantas.6

—Aconteceu alguma coisa González?.—Emily estava preocupada depois de notar que


o Latino ficou mais de trinta minutos olhando para o aparelho em sua mão sem piscar,
pela expressão podia-se notar que os pensamentos estavam longe.

—No aconteceu nada linda, Yo apenas estou um pouco cansado my amor.— Ela
passava mais tempo no quarto dele no que no próprio, tanto que só conseguiam
dormir da mesma forma que faziam quando estavam perdidos na tribo de índios, que
eram abraçados como se fossem um só. Ela fechou os olhos sentindo o calor dos
braços fortes a sua volta, adormecendo com um sorriso sereno no rosto. Já Alerrando
não dormiu, em sua mente andava dominada por mais de mil pensamentos ao mesmo
momento. Por um momento se perguntou se Solange poderia estar realmente falando
sério quando dizia que o amava, mas não iria arriscar ser rejeitado novamente. Se a
queda misteriosamente não o matou, isso mataria na certa, o melhor era tentar ser
feliz ao lado de outra pessoa, de preferencia alguém que soubesse valorizar os seus
sentimentos. Olhou para Emily dormindo imaginando que talvez essa pessoa fosse
ela, Deus não teria colocado a jovem na sua vida por acaso.10

***
Então Yudi, o meu primo te contou o probleminha que tem em se controlar quando
está nervoso?.—Perguntou David provocativo, Thompson estava totalmente tenso ao
lado da Ex Assistente e de frente para o primo. O jantar já estava quase no fim, e o
Juiz se manteve calado o tempo todo, aguentando provocações e mais provocações
sem fim. Assim como o Doutor Emanoel a família toda estava estupefatos em como
ele não tinha perdido o controle até o momento presente, em outros tempos já teria
partido pra cima do primo a muito tempo.
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—Se contei ou não isso não é da sua conta. — Jhon tinha o corpo todo contraído, não
imagina que ele estaria presente no jantar, já que as noticias dele era que estava
fazendo uma volta pelo mundo na companhia dos amigos que assim como ele viviam
uma vida mundana gastando o dinheiro dos pais.

—Devid não provoque o seu primo meu filho, sabe que ele explode com qualquer
coisa meu amor, o coitadinho da esses chiliques desde pequeno.—Comentou Sara,
esposa do irmão mais velho de Richard. Não importava o que o filho fizesse, era
sempre um santo ao seus olhos.3

—Você sabe muito bem Sara que o problema do Jhon e muito mais do que um
chilique.—Doutor Emanuel entrou na conversa.

—E qual problema mesmo e esse que o famoso Juiz Thompson esconde Doutor? A
namorada gostosa do meu primo pelo jeito e a única que não sabe.—Riu de forma
debochada.

—Respeite a namorada do seu primo, e chega de provocação por hoje. Ninguém aqui
e obrigado a ficar ouvindo suas gracinhas, e quanto a você Sara, não culpe o meu filho
por mesmo dando "chiliques" se tornou o que o seu jamais será nem se nascesse
novamente. —Maria Joana custava entrar em discussões desnecessárias, mas
quando o fazia era curta e grossa. Yudi escutava tudo chocada em perceber que
barraco acontecia até nas famílias mais tradicionais. Sua preocupação mesmo era
com o Homem da Lei que estava começando a transpirar de tão nervoso, os olhos
eram pura escuridão, não estava suportando ver a forma que o primo comia
descaradamente a moça com os olhos.2
— Apenas vamos acalmar os ânimos e terminar esse jantar em paz, daqui a pouco
vão servir a sobre mesa que a minha esposa fez especialmente para mim, quero ter o
prazer de degusta-la sem ter que ouvir provocações desnecessárias. —Pediu Richard
Thompson educadamente, estava envergonhado com a situação, além de vários
outros membros da família, estavam presente grandes amigos de longa data. A
maioria ouvia tudo, mas não opinava em nada.

— E você primo, não vai dizer nada? A eu esqueci, não quer perder o controle na
frente da namoradinha.—Era o deboche em pessoa.

—Aonde a ignorância fala a inteligência se cala.— Sua paciência estava por um fio.1

—Posso não ser tão intelectual como você primo, mas pelo menos não sou eu quem
está sujando o nome da nossa família trazendo esse tipo de gente para dentro da
nossa casa. Todos podem não ter coragem de falar, porém, tenho certeza que é o que
pensaram assim que colocaram os olhos nela. Pode até ser bonitinha, mas não chega
nem aos pés da elegância da Suzana.—Todos no mesmo momento voltaram o olhar
para Thompson, a mãe dele chegou ficar pálida com medo de qual seria sua reação
diante de tais palavras tão absurda. O mesmo tinha as duas mãos sobre a mesa e a
cabeça baixa, era visível que estava totalmente fora de si. Yudi pensou em responder,
mas ao contrario apenas levou a mão até os cabelos sedosos do juiz e fez carinho.
Não satisfeita ainda depositou um beijo doce em sua face, sabia o ponto certo onde
tocar para agrada-lo.2

— Sabe o que mais me encanta no seu filho Dona Joana? E a capacidade de


respeitar as pessoas impendentemente de quem seja. Não e o tipo que pisa, humilha,
ou faz de tudo para estar por cima sem medir as consequências. Isso não e vantagem,
é doença.— Jackson deu um tapa bem dado sem ser Grossa ou abaixar ao nível do
ofensor presente, estava aprendendo a se defender sem fazer barraco. O uso da
palavra de forma correta, as vezes tem mais forma que o próprio grito. Enquanto falava
não deixou de fazer carinho nos cabelos acastanhados, fazendo movimentos
circulatórios.— E por isso que posso afirmar sem sombra de duvidas que o amo.—O
homem da Lei levantou o olhar para ela, dentro obtinha um pedido de socorro
suplicante, como se quisesse ser salvo de uma coisa que nem ele sabia ao certo o que
era. Patrício anotava tudo no seu bloquinho de notas, até os mínimos detalhes, através
da moça estava criando uma nova teoria em relação a patologia.1
—Não quero esconder mais nada de você, podemos ter aquela conversa agora?—
Pediu de uma forma de cortar o coração, parecia uma criança assustada.1

—Eu nem queria sobre mesa mesmo. —Brincou para tirar a tensão que paira pelo ar.

—Obrigada filha. — Agradeceu a mãe do Juiz assim que os dois iam saindo em
direção ao jardim.

—Porque?.—Perguntou Yudi virando o rosto para trás para olhar para ela.

—Por ter aparecido na vida do meu filho.—Assentiu sorrindo.1

Os dois foram caminhando passos calmos pelo extenso jardim, que naquela época
estava todo florido com flores de todo tipo e cores. O vento balançava os cabelos
longos da jovem, que tentava inutilmente tirar os fios que caiam teimosos sobre os
olhos. Cavaleiro como era, a conduziu um dos bancos que ficava bem no meio do
lugar, próximo a uma fonte com duas estatuas de um anjo. O Homem da Lei sentou ao
seu lado sem coragem de olhar em seus olhos, pela primeira vez sentiu envergonhado
de falar sobre o seu transtorno com alguém.

—Estou em um nível da minha vida que não sei se conseguiria viver longe de você,
mas se opinar em não ficar no meio disso tudo eu entenderei perfeitamente.—Matinha
o olhar fixo para o horizonte, os pensamentos estavam perdidos em algum lugar,
menos ali.

—Apenas me conte logo, independentemente do que seja não vai alterar o resultado
final. Estou envolvida demais para te deixar seja lá qual fosse o motivo.

—Não sei se manterá essa ideia depois que souber. —Deu um sorriso sem graça.1

—Se você não contar, nunca vamos saber.

— Aos nove anos fui diagnosticado com transtorno compulsivo obsessivo, no meu
caso extra obsessivo. —Passava a mão conclusivamente pelo rosto, suava sem parar.
Falar sobre aquilo era difícil, ainda mais com ela.—Não faz ideia de como tive que me
segurar para não matar cada homem que apenas olha para você, tento me controlar
mais minha mente automaticamente trabalha sozinha imaginando torcendo o pescoço
deles da forma mais dolorosa possível.—Fez o sinal com as mãos como se estivesse
fazendo o ato naquele exato momento, separou as mãos uma da outra quando viu a
expressão de espanto no rosto da moça olhando para ele.—Hoje mesmo amassei o
garfo de prata que a minha mãe herdou da minha avó para não perder o controle e
enfiar dentro do olho do David.—Foi nesse momento que Yudi começou a gargalhar
sem parar, chegou sair lagrimas no canto dos olhos de tanto rir.4

—Desculpa, mas não consigo evitar. —Disse entre meio as gargalhadas, nunca tinha
rido tanto na vida.

—Se soubesse que iria rir de mim dessa forma, preferia que tivesse saindo correndo
assustada.—Abaixou o olhar magoado.1

—Todo esse drama por conta disso? Eu enfiaria o garfo no olho do seu primo sem
motivo nenhum, isso pra gente como ele pouco.— Thompson não aguentou e riu da
constatação, ele todo tenso falando de coisa seria, e ela fazendo piada. Deveria ter
ficado com raiva, mas não conseguia fazer outra coisa além de achar graça da
situação inusitada.1

—Você realmente e louca, acabei de falar que sofro de obsessão compulsiva e em vez
de ficar com medo acha graça. —Balançou a cabeça negativamente, de todas as
maneiras que imaginou aquela cena, nenhuma passou nem perto daquilo que de fato
estava ocorrendo.2

— No caso qual séria o nível da sua obsessão em relação a mim?.—Perguntou com


receio, não estava mais rindo. Estava começando a perceber o quanto era grave o
assunto.

—A palavra mais próxima que vem a minha mente agora para responder sua pergunta
é obcecado. Meus pensamentos são todos direcionados sobre como, onde, ou
principalmente com quem esta. Tudo na minha vida se resume a você, se pudesse te
manteria ao meu lado vinte e quatro horas por dia.

— Para falar a verdade sinto o mesmo quando estou longe de você, não consigo
mesmo entender o porque se preocupa tanto isso.—realmente não entendia.

—Lembra aquele rapaz no almoço de noivado da sua irmã que foi embora às pressas
porque machucou caindo no banheiro?. —Dessa vez tinha os olhos fixos aos dela, já
que começou a contar não iria parar.
—Não vai me dizer que foi você que fez aquilo com ele..?.—Estava incrédula. Se ela
soubesse que isso era apenas um detalhe diante de tudo que já fez por conta de
ciúmes dela.

—Fiz e faria novamente se olhar para você daquela forma, ainda mais agora que é
minha de verdade.— Seu temperamento estava sombrio, chegava ser assustador.

—Eu não sou propriedade sua Jhon, não pode sair por ai batendo em todo mundo
porque olharam para minhas pernas ou meu decote. —Apontou o dedo bem no meio
da cara dele.—Não sou ninguém para te julgar, nem estou aqui para fazer isso. Estou
apaixonada por você, e para mim não existe nem um outro no mundo. Vai ter que
confiar nos meus sentimentos para isso dar certo.1

— Gosto de ouvir o meu nome ao som da sua voz, me deixa com vontade de sorrir.
Aliás tudo em você tem esse efeito sobre mim.—O sorriso de canto deixado escapar
por ele, a desarmou completamente, nem sabia mais o que estava dizendo.

— As vezes não sei se te dou um tapa ou um beijo por ter essa capacidade absurda
de me tirar totalmente do eixo.

—Não sei como amar você sem te machucar, o certo seria nem ter começado com
essa loucura. —Levantou ficando de costas para ela, sabia que isso era o certo e se
fazer.—Eu quero te prender, e você tem a necessidade de ser livre, como isso poderia
dar certo?.—Era um fato crucial entre os dois.

—A gente faz dar.—Abraçou as costas larga por trás.

—Eu não sou um homem normal Yudi.—Alisou o braço em volta de si com carinho.—A
minha medicação diária para controlar a minha raiva e equivalente para derrubar dois
cavalos de corrida.

—Se fosse não estaria com você agora, foi feito edição ilimitada apenas para mim.

—Dorme comigo essa noite? .—Necessitava passar a noite sentindo o seu calor.

—E quem vai cuidar das crianças? Queria muito, mas não posso.

—Yudi, o Edmilson não é mais criança, tem que parar de tratar ele como se fosse
uma. Aliás a mãe do Máx não está demorando muito para voltar?.—Virou ela de frete e
beijou os lábios carnudos de forma cumprisse. Agora não havia mais segredos entre
eles, pelo menos não da parte dele.1

—Resolveram aumentar a turnê pela Europa, em breve estarão de volta..—Por ela


contaria toda verdade, mas não o faria isso sem o consentimento de Maxmilian. O
segredo pertencia ao garoto é não a ela, depois que retornou do Brasil tentou de toda
forma ter a tal conversa seria com ele sobre o seu passado, o problema era que agora
até o irmão estava fugindo do assunto.2

—Ligue para o seu irmão e diga que amanhã cedo estará de volta.— Mesmo
preocupada assim o fez, depois de muitas ameaças ao irmão para cuidar do menino
direito na sua ausência e claro.

—Não estou com nem um pouco com vontade de voltar lá para dentro, por mim ficaria
aqui fora com você pelo resto da noite.— Apertou ainda mais a amada dentro dos seus
braços, realmente estava feliz, era bom demais saber que ela ainda queria estar ao
seu lado mesmo sabendo de tudo..

—E se fugíssemos sem dar satisfação a ninguém?.—Não teve como dizer não para
aquele sorriso lindo, poderia conseguir qualquer coisa dele apenas com aquele gesto
simples.

—E para onde você pretende me levar Jackson?.—Franziu o cenho divertido.

—Para as estrelas Juiz Thompson.—Respondeu com malícia.

Thompson nunca tinha dirigido tão rápido em toda sua vida, fez em vinte minutos um
percurso que levaria no mínimo quarenta e cinco para chegar até sua casa.

— Mal posso esperar para fazer amor com você novamente.—Sussurrou no ouvido de
Yudi de forma provocativa, a voz era rouca e sexy.—Tinham acabado de chegar,
passavam a Passos largos pela muito bem decorada sala de estar.

— Então não espere, faça..—Foi direta como sempre, com ela era oito ou oitenta.

—Somente essa declaração da moça, foi mais que suficiente para surgir um volume
considerável por debaixo da calça preta social perfeitamente moldada no corpo do
Homem da Lei. Sem precisar dizer uma palavra, caminharam direção ao quarto, era
como se seus corpos estivesse ligado um ao outro. Não precisava falar, apenas sentir.
Yudi ficou maravilhada ao passar pelo corredor percebendo que o mesmo tinha sido
todo decorado com velas aromatizantes e pétalas de rosas cobrindo todo chão, não
fazia a menor ideia de como ele planejava aquelas coisas em tão curto prazo. Durante
todo caminho não soltou sua mão, a cada minuto tinha mais certeza do quanto a
existência dela fazia sua vida valer a pena. A surpresa mesmo foi grande quando ela
abriu a porta e viu a cama toda enfeitada cheia de almofadas no formato de coração e
várias fotos dela que o próprio tirou sem que percebesse durante a viagem ao Brasil,
as paredes tinhas cores novas, vivas e vibrantes do jeito que ela gostava. Tinha
perdido o receio de ficar em lugares como aquele, ao contrario, se sentia bem porque
fazia lembra ela. Queria fazer da segunda vez tão importante quanto a primeira. Em
cima de uma pequena mesa no centro tinha uma garrafa de vinho importado e duas
taças de cristal, as costinas agora então vermelhas deu um certo charme ao lugar.
Vendo tudo aquilo feito apenas para ela, ficou emocionada. Teve a certeza sem
sombra de duvidas que aquele homem tinha sido feito na medida certa para ela, sem
perder tempo puxou o Juiz para um beijo repleto de amor e ternura, para demonstrar o
quanto estava grata por tudo.

—Obrigada, está tudo perfeito.—Agradeceu tímida.

—Eu estou tão apaixonado.—Proferiu lhe encarando com devoção.— Não faz ideia do
quanto.—Repetiu afagado seus cabelos.

—Me sinto da mesma forma em relação a você.

—O Juiz se ajoelhou diante dela e tirou uma caixinha vinho aveludada do bolso do
casaco, abriu deixando a mostra um anel de brilhantes no valor de milhões talvez, se
não fosse chegaria bem perto. Como um verdadeiro cavaleiro inclinou a cabeça
olhando fixamente para o piso negro, erguendo o objeto com uma das mãos,
mantendo a outra posicionada para trás.

—Quer namorar comigo?—Fez o pedido no susto, quase fazendo Jackson desmaiar,


ficando tão emocionada que não consegui abrir a boca para falar nada, estava em
estado de choque. Percebendo a demora para receber sua resposta, levantou o olhar
para ela. Que estava com as mãos sobre o rosto chorando compulsivamente, nunca
em sua humilde vida imaginou que seria tão amada de tal forma.1

— O que foi meu amor? Não gostou da surpresa.—Estava confuso.1


—Eu não gostei, amei.—Pulou no colo do Juiz entrelaçado as pernas em volta da
cintura dele, beijando sua boca com vontade. Para sustentar o peso de Yudi, cravou as
duas mãos nas coxas grossas.

—Eu aceito.—Sussurrou dando uma mordida de leve na sua orelha.

—Pronta para ser minha pela segunda vez?.—Sussurrou de volta, repetindo o mesmo
ato da mordida.1

—Estou sempre pronta para você.—Foi direta e segura como sempre, mas estava
envergonhada e ansiosa ao mesmo tempo. Sentiu a mão forte pairar sobre suas
costas indo em direção ao fecho do vestido que foi aberto de forma escancarado por
ele, depositava beijos na região do pescoço e ombro. Fazendo a moça se arrepiar por
completo apenas com aquele simples gesto, era muitas sensações nova ao mesmo
tempo. Caminhou com ela ainda no colo até a grande cama enfeitada com pedalas de
rosas roxa, as mesmas cujo não revelará o significado na ilha. Assim que a colocou
no chão, não demorou muito para que a peça inteira fosse ao chão. Dando lhe a
visão de um belo conjunto intimo branco rendando de duas peças, tinha escolhido na
intenção de agrada-lo mais tarde. Virou ficando de frente para Thompson, seus olhos
nunca estiveram tão azul como naquele momento. E com um beijo lento começaram
se amar, a necessidade que um precisava do outro era evidente. Ainda beijando os
lábios de Jackson de forma desejosa, foi conduzido a mesma até a cama. Deitando-a
sobre os lenções de seda pura, em um pulo levantou e encheu uma taça com vinho,
virando em um gole só logo após . De pé na beirada da cama, primeiro se livrou do
casaco. Foi abrindo botão por botão da camisa branca de manga longas com uma
expressão incrivelmente sexy, era a verdadeira tentação em pessoa. Não fez muita
hora para se livrar da calça e da cueca box, ficando totalmente nu sem nenhum pingo
de vergonha. Mantendo os olhos nela foi engatinhando sobre a cama com a agilidade
de um tigre pronto para atacar sua presa, o olhar era o mesmo. Se posicionando sobre
ela, usando como apoio os cotovelos um de cada lado do belo corpo negro para tirar
um pouco o peso, tinha ciência do quanto era maior que ela.

—Tem certeza que não quer cair fora?.— Ele declarou.—Ainda está em tempo.—
Como resposta Jackson ofereceu um daqueles sorrisos que lhe tanto atormentava, era
doce e ao mesmo tempo provocante.
—Quero apenas fazer amor com você. Te amar sem pressa, quero conhecer cada
parte do seu corpo.—Ela fez beicinho, fogosa como era queria algo mais quente.—Na
próxima rodada prometo lhe ensinar coisas novas.— Jogou uma piscadela na intenção
de provocar, o que surtiu muito efeito, já que a mente da moça voou longe pensando
que "coisas novas" seriam essas. O Juiz deu um jeito se livrar do surtia logo, a
calcinha apenas deslizou a mão direita para dentro dela. Brincou um pouco com os
dedos dentro do canal vaginal totalmente molhado ansioso para recebe-lo. A cada
toque era um gemido auto que explodia dentro daquele quarto, o Homem da Lei era
experiente no que estava fazendo. Para piorar a situação de Yudi, levou um dos seios
fartos a boca. Não sabia se sugava, lambia ou mordia, por resto se dividiu entre os
três. Em um gesto ágil chegou o único pedaço de pando presente no corpo da moça
para o lado e se preparou para entrar, segurou o membro ereto totalmente duro feito
pedra tomado por veias grossas, e direcionou até o canal. Foi entrando aos poucos,
mas sem conseguir controlar os gemidos ensandecidos que saíam de sua boca,
parecia um cavalo no cio. Estar dentro dela sentindo o seu calor era alucinante, e o
fato de ser apertada era melhor ainda. Queria entrar o mais fundo que pudesse e só
sair de lá depois de perder todas as forças.2

—Eu te amo.—Deu a primeira estocada com força, fazendo Jackson erguer o corpo
por conta da sensação de dor e prazer ao mesmo tempo tomar conta do seu ser. Foi
então que a tortura começou, entrava e saia em um ritmo lendo. Jackson cravou as
unhas grandes nas costas dele, era forte demais o que estava sentindo. As vezes o
Juiz parava dentro dela enquanto roubava um beijo ou dois, depois começava a
castiga-la novamente, e assim foi por horas.

—Eu.. também.. te amo.—Bastou apenas a moça falar tais palavras, ou melhor gemer.
Para o homem da Lei chegar ao seu limite e gozar como nunca antes dentro dela,
depois cair sobre seu corpo totalmente exausto. Escondeu o rosto na curva do
pescoço da jovem na tentativa de recuperar o ar dos pulmões, tinha gastado muita
energia. Ela também exausta o acolheu em um abraço forte, a expressão de satisfação
estava presente em seu rosto.

—Eu esqueci de usar camisinha.—Pensou alto, para ele não fazia a menor diferença.
Caso algo viesse a acontecer futuramente, seria a realização do seu maior sonho. O
melhor era que seria realizado com ela, mas ficou apreensivo dela se importar com a
falha dele, afinal essa atitude tinha sido um tanto imatura da sua parte, estava sedo
para pensar em ter filho. Estava envergonhado do seu ato, afinal não era mais um
adolescente, já estava no auge dos seus trinta e oito anos.

—Não se preocupe.—Se aconchegou mais próximo a ele sonolenta, realmente estava


muito cansada.—Eu não posso ter filhos.—Revelou sem querer tomada pelo feitiço do
sono. Thompson ficou chocado por um instante, mas logo relaxou. Não estava
brincando quando disse que estava disposto a tudo para ficar com ela, até mesmo
abrir mão do seu maior sonho. Estavam tão unidos que se alguém visse os dois
pensaria que tinha apenas uma pessoa na cama, e assim os dois dormiram o resto da
noite... 6

Quando o Juiz acordou o dia já estava começando a clarear, em seu rosto tinha um
sorriso bobo estampado. Mas que se desfez imediatamente assim que notou que Yudi
não estava mais ao seu lado, no lugar estava o vestido fino que usou na noite anterior,
o anel e um bilhete ainda com o perfume dela que dizia.

"Bom dia meu amor, tive que ir embora bem cedo porque vi varias ligações perdida do
Edmilson, como não consegui retornar fiquei muito preocupada. obrigada pela noite
maravilhosa. Espero que não fique chateado por eu não ter aceitado o vestido e o anel
de diamante, mas o problema é que essas coisas de gente rica não combina comigo.
Nunca tive ganancia de subir na vida , não mesmo, ainda mais nas costas dos outros.
Quero que me ame, não que me banque. Ficou claro isso? O que realmente importa
pra mim e o que sinto quando estou ao seu lado. Não critico mulheres que aceitam
presentes caros e até dinheiro dos seus parceiros, cada um faz o que quer da sua vida
e ninguém não tem nada com isso. Porém, me desculpa ma eu não sou dessas! Meu
pai pode ser o que for, mas me ensinou a trabalhar para ter o que é meu com o meu
próprio suor, pode parecer orgulho mais não é. Apenas e minha forma de pensar e
esperou que isso não seja um problema entre nós. Sei que suas intenções fora das
melhores, e isso me faz te amar ainda mais. Me apaixonei por suas qualidades e
defeitos, seus medos e angústias. Para ficar ao seu lado enfrento tudo e todos, não
importa o que aconteça estarei sempre segurando sua mão. "5

*Com Amor: Yudi J.


.Obs: Peguei emprestado um conjunto de moletom no seu closet..Beijos (Na boca.)

—Mesmo orgulhoso com atitude dela, ficou chateado pela surpresa que tinha
preparado ter ido por água a baixo. Não comprou a Ilha por mero capricho, era
presente para ela. Um pedaço do mar só seu, onde seria o refugio secreto dos dois.
Mas alguém que não aceitou um simples vestido jamais aceitaria um presente
daqueles, seria briga na certa. Pensou Thompson respirando fundo, sem muito o que
fazer em relação ao assunto e como sabia que só conseguia dormir quando estava
com ela, levantou e foi tomar o seu banho. Se arrumou calmamente para ir trabalhar,
tomou café também sem pressa. Porém, ansioso para vê-la novamente. Já estava
louco de saudades, se pudesse a manteria ao seu lado o tempo todo. Estava se
preparando para sair quando o interfone tocou, era um dos seus seguranças.1

—Tem um homem aqui dizendo que precisa falar urgentemente com o Senhor,disse
que o caso é serio e do seu interesse. Até tentei despachar ele mais o bicho e teimoso
demais chefe, jurou que só vai embora depois que atende-lo.—O Juiz olhou pela tela
do monitor da câmera que mostrava a imagem de fora do portão, ficou surpreso ao
reconhecer de quem se tratava o tal homem querendo falar com ele.

—Deixe-o entrar.—Ordenou.

—Então Senhor, em que posso lhe ser útil?.—Perguntou sutilmente, estava sentado
na cadeira do seu escritório. Com a postura elegante de sempre, olhando fixamente
para o homem a sua frente.

— Eu descobri que a sua namorada está mantendo uma criança ilegalmente dentro de
casa.— Exclamou o homem certo do que estava dizendo, deixando Thompson
embasbacado com tal revelação.3

—O Senhor tem noção o quanto é grave a acusação que está fazendo? Tem certeza
que essa informação procede. – No fundo do seu coração queria que a resposta fosse
não, ficaria extremamente chateado com a moça caso fosse realmente verdade, tinha
deixado bem claro que não surpotava esse tipo de comportamento nas pessoas.+

—Tão certo como a luz do dia.— Afirmou o homem.

Sobre Maxmilian Toledo


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de MarliaSillva Following
Era uma tarde chuvosa de domingo, Max olhava as gotículas de água escorregar pelo
vidro do carro prateado. Recebeu um sorriso confortante da mulher simpática sentada
ao seu lado, que dizia "vai ficar tudo bem". Trajava um terninho cinza, o tecido não era
dos melhores. Porem, a costura era perfeita, se não contasse ninguém saberia que
havia sido feito por ela mesmo. Se tratava de um delicado conjunto de três peças, uma
saia justa pouco acima do joelho, blazer fechado de três botões marcando a curva da
cintura, com uma plaquinha pregada do lado direito escrito Assistente
Social. Os cabelos cor de mel muito bem preso em um coque alto, sem nenhum fio
solto. Usava pouca maquiagem, apenas um batom rosa claro nos lábios que
combinava com o tom rosado natural das suas bochechas, principalmente quando fica
muito tempo exposta ao sol. Vaiola era nome dela, que bondosa como era queria
passar confiança ao garoto, já que o pequeno perdera a família a pouco menos de
uma semana em um trágico acidente de carro. Ainda tão inocente e já tendo que
passar por aquela situação dolorosa, perdendo o pai, mãe e o irmão mais velho tudo
ao mesmo tempo. Estavam indo buscá-lo após aula de piano que fazia toda terça e
quinta. para depois irem jantar em comemoração ao aniversário de sua mãe, a mulher
mais doce e gentil que conhecerá no mundo. É o pior foi que tudo ocorreu bem na sua
frente, estava ansioso sentado na escada esperando a chegada deles. Assim que
estacionaram o veículo, só deu tempo de acenar alegremente ao vê-los de longe. Do
nada apareceu um caminhão desgovernado os acertando em cheio, o carro deu perda
total. Levaram mais de doze horas para tirar os corpos em meio as ferragens, foram
momentos doloroso até mesmo para os integrantes do corpo de bombeiros que
participou do resgate. Depois do ocorrido foi obrigado a ir morar com seu único parente
vivo, o Tio de segundo grau da parte do pai. Entrou com um pedido de guarda assim
que soube do ocorrido, seu interesse no menino ia muito mais além da fortuna que o
mesmo herdou dos pais, Afinal ja era um homem milionário. Mas sim outro bem
diferente. Algo horrível, repugnante na verdade.
-Chegamos querido.-Disse a Assistente Social sorridente. Max levantou o olhar
desanimado. Olhando para mansão a sua frente totalmente apavorado, era possível
sentir de longe as más energias vinda daquele lugar. Ainda mais que a construção
apesar de muita bela, era antiga e sombria. Pelas caracterizas, provavelmente meado
do Século XI talvez, toda pintada sombriamente em um tom roxo escuro. Era de dar
medo em qualquer, principalmente na mulher que o acompanhará. Por um momento
pensou se era realmente seguro deixar o garoto naquele lugar macabro.

-E se ele não gostar de mim?.- Soou mais como afirmação do que uma pergunta.
Nunca ouviu ninguém da sua família falar nesse tal Tio, para agora o mesmo aparecer
do nada querendo cuidar dele? Quando a esmola e demais o Santo deve desconfiar, e
Max estava bastante. Estavam de frente a grande porta de madeira naturalmente
escura, tipo raro encontrado apenas no Egito. A maçaneta era dourada em formato
que lembrava um bumerangue.

-Não tem como não gostar de você meu amor, é uma criança adorável. Disse Vaiola
de forma tranquila, mas por dentro também estava morrendo de medo do que estava
por detrás daquela porta. Se o lugar era estranho, imagina o Dono?.-Se perguntou
mentalidade. Mas segredou, não queria assusta-lo mais do que já estava.

-Mesmo que eu ande pelo Vale da sombra da morte, não temerei mal algum pois Deus
estará comigo.-Recitou o versículo que mais gostava enquanto via a porta se abrindo
lentamente, antes mesmo que tocassem a companhia. O dedo indicador da Assistente
Social parou no ar antes de chegar até o botão, foi algo típico dos filmes de terror. A
figura que apareceu foi de um Homem que aparentava ter os seus cinquenta e poucos
anos, cabelos lisos e grisalhos em um corte perfeito. Era o tipo vistoso e elegante,
muito bem vestido dentro o de um terno azul marinho inglês. Os sapatos era de um
brilho ofuscante, capaz de cegar quem ficassem olhando por muito tempo. Sorriu
furtivamente assim que colocou os olhos no menino, um olhar tão malicioso que Max
deu um passo para o lado e segurou e mão de Vaiola com força.

-Seja bem vindo Maxmilian, tenho certeza que vamos nos divertir muito juntos.-
Proclamou o homem com um sorriso angelical no rosto, parecendo até um ser
celestial. O problema é que muitos demônios se escondem por de trás de cara de anjo,
e Max descobriu isso tempos depois. E foi da pior forma possível.
Capítulo 25
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de MarliaSillva Following

Gostaria de me desculpar pelos últimos dois capítulos, não estava muito bem
como quando escrevi. Então não saíram nem a metade do que eu queria, graças
a Deus estou melhor e vou fazer de tudo para compensar daqui pra frente. Bjs
Amoras .. �1

Quando Yudi chegou em casa, se deparou com uma cena que partiu seu coração em
mil pedaços. Por um momento ate se arrependeu por ter deixando os meninos
sozinhos em casa. Edmilson se encontrava todo desajeitado sentado no chão,
dormindo com o corpo debruçado sobre a cama segurando firme a mão de Max. O
pequeno dormia um sono profundo com o cão Luck deitado próximo aos seus pés,
tinha uma expressão assustada no rosto. Dimy parecia ter passado a noite toda
naquela posição, a respiração cansado comprovava isso.

—Edmilson, acorda. Vai dormir na sua cama, assim vai dar mal jeito nas coluna.—
Cutucou de leve no ombro do irmão, falou em um tom baixo para não acordar a
criança.

— Isso Megan Fox, vem para o papai neném.— Disse ele ainda dormindo, pelo jeito
aprontava até no sonho.

—Para de palhaçada e acorda logo criatura.—Dessa vez deu um tapa com força na
nuca dele, fazendo o mesmo dar um pulo de tanto susto.

—Você quer me matar mulher?.—Tinha a mão no peito e os olhos arregalados, quem


tem o rabo preso se assusta com qualquer coisa.2

—Dimy, quero saber o porque me ligou tantas vezes. O que houve?..

—O Max acordou febril de madrugada, teve im pesadelo. E pelo jeito foi horrível,
porque não quis ficar sozinho de forma nenhuma, tive que segurar sua mão até pegar
no sono.—Jackson tocou com jeito na testa da criança para ver se ainda tinha febre,
seu sono era tão leve que acordou apenas ao ser tocado.

—Por favor, não me machuque.—Se encolheu todo de medo, estava assombrado com
o pesadelo.

—Calma meu amor, sou eu a Yudi.—Assim que ouviu a voz dela pulou no seu colo,
apertava com tanta força o pescoço da moça que parecia querer arrancar fora.

—Não deixe ele pegar.—Escondeu o rosto apavorado, suas palavras eram


desconexas.

—Ele quem meu anjo?.—Não sabia como agir naquele momento, antes de conhece-lo
nem gostava de crianças. Na adolescente quando recebeu a notícia que nunca
poderia ter filhos devido uma anomalia rara nos ovários, nem se importou. Na verdade
achou até bom, não nasceu com jeito para a coisa, de fato a maternidade realmente
não combinava com ela.

Maxmilian já passou da hora de contar toda a verdade para ela, a situação está
ficando fora de controle.—Edilson sentou na cama ao lado deles, estava
tremendamente preocupado com o menino.

—Do que você está falando Dimy?.—Perguntou ela sem entender nada.

—Ele me encontrou Yudi, não deixe me levar.—Choramingou Max agoniado.

—Ele quem?.—Não queria, mas quase gritou. Aquela conversa estava lhe assustando
bastante.

— O homem mal.— O medo era visível na voz do menino, na sua mente vinha tudo
que havia passado na mão dele.

—Gente eu não estou entendo nada, me expliquem isso direito por favor.

—Didi, o Galeguinho ainda não está totalmente bem. Essa conversa vai ser tensa,
então deixa o garoto descansar mais um pouco. Depois teremos uma conversa
definitivamente ele, o bagulho e cabuloso nega.—Afagou o cabelo do pequeno de
forma carinhosa.—A única coisa que posso te adiantar e que estamos ferrados, se
prepara porque vem chumbo grosso por ai minha filha.—Vendo que Max não estava
realmente bem, aceitou esperar até mais tarde para conversarem, mas daquele dia
não passaria.
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—Esta bem, vou preparar o nosso café da manhã.—Na verdade iria comprar na
padaria do outro lado da rua.—Depois quero saber de tudo. Não sabendo ela que
naquele mesmo momento o Juiz estava ficando a par da mesma história, e nos
mínimos detalhes.

— Meu Deus, não posso acreditar no que esta me contanto. Isso é muito grave, como
Yudi foi capaz de esconder isso de mim? —O Juiz estava chocado com tudo que
acabara de ouvir..1

—Não é somente o Senhor que ficou chocado quando soube.

—Como conseguiu descobrir isso tudo Reverendo Jackson?—Perguntou para o sogro,


estava curioso em saber como o mesmo estava tão bem informado sobre o assunto.

—O próprio garoto me contou quando ficou alguns dias lá em casa no período que
estavam no Brasil, me ofereci para ficar com ele de caso pensado.—Ajeitou os óculos
de grau no rosto, estar diante da presença de uma pessoa como o Juiz lhe deixava
bastante inquieto.— Dias antes resolvi dar uma faxina no quartinho de tralhas da
igreja, por acaso achei um jornal falando sobre o acidente fatal da família Toledo, uma
das mais rica é tradicional do país. E adivinha quem estava na foto ao lado do irmão
mais velho e dos pais, sendo apontado como sortudo por não estar no veículo na hora
do acidente, e por ser agora o único herdeiro de toda fortuna?.— Contava o
Reverendo calmamente.

—O Max.—Concluiu o Juiz, tinha a mão no queixo analisando bem cada palavra


proferida pelo Reverendo.

—O Próprio. O reconheci na mesma hora que vi a foto no jornal, sabia que uma
criança educada como aquela só poderia ter vindo de família nobre.

— Os filhos de pessoas pobres não podem ser inteligentes e educados Reverendo?.—


Retrucou o Juiz com o cenho franzido, odiava esse tipo de preconceito.

—Prefiro não entrar nessa discussão com o Senhor agora.—Desviou o assunto, sabia
que se começasse um debate com Thompson iria perder antes de pensar em abrir a
boca.— Vim aqui pedir sua ajuda, minha filha mesmo sem ter um pingo de juízo, é
uma pessoa boa.—Pena que ele nunca disse isso a ela, resultava apenas os defeitos.
–E essa criança merece ser feliz, não acha que já sofreu o suficiente perdendo a
família de uma vez só? Não merece viver escondido feito um bandido, ele é a maior
vítima nosso tudo.1
—Concordo plenamente, menos com a parte da sua filha não ter juízo.—O corrigiu.—
Não estou dizendo que a atitude dela foi correta, mas sim humana.

—Mas não teve bom senso. Nessa história tem muito mais coisa do que o ela e o
Senhor imagina. Ela está correndo risco de vida, principalmente a criança.—O Senhor
Persi Jackson tinha a voz chorosa, não veio fazer fofoca ou para arranjar mais
problemas para a filha. Mas sim pedir ajuda em um momento de desespero, Yudi
poderia ser o que for, mas mesmo que não demonstrasse a amava da mesma forma
que aos outros dois filhos. Passou os últimos dias remoendo essa história, pensou em
conversar com ela, o vasto conhecimento que tinha em relação a primogênita lhe fez
desistir disso. Era explosiva demais, além de piorar ainda mais a situação do garoto,
colocaria a própria vinda em risco. Por isso opinou em procurar ajuda com peixe
grande, combatendo fogo com fogo.
—Me conte tudo desde o começo. E assim o Reverendo fez. Contou tudo como havia
acontecido, sem aumentar ou tirar nada. Em menos de uma hora depois Thompson
estava batendo na porta de Yudi, acompanhado do seu exercito de preto fazendo sua
escolta. A mesma o recebeu com um sorriso escandaloso no rosto, o pouco tempo
longe dele já foi mais que suficiente para estar com saudades.

—Já com saudades?.—Mesmo chateado com ela não conseguiu deixar de reparar
como o seu conjunto de moletom cinza ficava muito sexy nela, aos olhos dele qualquer
coisa ficaria.

—Bom dia.— Respondeu lhe encarando com frieza, parecendo, genuinamente


desconfiado.

—Aconteceu alguma coisa Jhon?.—Soou como uma pergunta inocente, porém cheira
de medo.

—Você confia em mim?.—Mandou logo de cara ainda parado no vão da porta, os


olhos azuis escuro se estreitou frios e brilhantes como uma espada afiada.—Porque se
não confia, sugiro que comece a cofiar a partir de agora.—Foi evasivo como em seus
julgamentos.
—Porque esta falando assim comigo? Está me deixando assustada.—Levou a mão
para toca-lo, mas a distância que o próprio abriu entre os dois através de um passo
para trás impediu o contato físico.1
—Se tiver alguma coisa para contar, conte agora.—Não queria dizer que sabia de
tudo, queria que ela contasse.

—Ela não tem culpa de nada Senhor.—Max apareceu na sala enrolado em um


cobertor maior do que ele.—Só queria me ajudar.—Concluiu.

—Sabe quantos problemas arranjou para ela por não ter contado toda verdade desde
o começo filho?.—Jackson escutava a conversa dos dois sem entender nada.

—Ele contou tudo para o Senhor não foi?.—O pequeno sentou triste no sofá, a
expressão de preocupada estampada no rosto era a mesma de um homem de trinta
anos.1

—Sim Max..

— Ele me disse que o faria.—Sua voz era triste, lembrou da conversa que teve com o
Reverendo durante sua estadia na casa do mesmo.

—Quando eles vem me buscar Senhor?.—Era inteligente, sabia muito bem qual seria
o seu destino de agora em diante. Até porque não era a primeira vez que vivia aquela
cena.

—Daqui a pouco filho.—Deitou o olhar triste sobre a criança, estava fazendo aquilo
com o coração partido. Mas era o certo a se fazer no momento, evitaria mais
problemas futuros para os dois. —Vá arrumar suas coisas, enquanto converso com a
Yudi.

—Por favor não briga muito com ela, apenas me acolheu na intenção de me ajudar.—
Pediu com lágrimas nos olhos.

—Não vou Max, pode ficar tranquilo.—Afagou os cabelos loiros do menino.

—Promete que não vai deixar ele me machucar novamente?—Se encolheu no sofá
abraçando as próprias pernas, estava realmente apavorado.

—Dou a minha palavra que não. Para chegar ate você, ele vai ter que passar por cima
de mim.—Maxmilian saiu em direção ao quatro para arrumar o pouco de coisas que
tinha, a maioria delas comprada pela Yudi. Sem coragem de olhar para mesma que
estava imóvel, se sentindo como se estivesse em um pesadelo. Como assim ele que
não sabia nada sobre o menino, agora pelo jeito estava mais informada dele do que
ela? E de certo modo chateado com Max por não ter contado nada para ela antes,
então percebeu que fez a mesma coisa com o Juiz.1

—Não sei que papo e esse de vocês dois, mas daqui o Max não vai sair assim de
uma hora para outra.—Sabia que não poderia impedi-lo caso quisesse realmente leva-
lo, mas não desistiria sem tentar. Tinha de fato se apaixonado pela criança, agora as
dores dele eram suas também.

—Não pode mantê-lo aqui Yudi.—Sua voz saiu áspera e crítica.—Na verdade nem
deveria ter trazido.—Foi realista e duro ao falar.

—E você queria que eu fizesse o que? Deixasse o menino lá para morrer de fome.—
Alterou a voz com ele.
—Não.—Lhe encarou com o olhar triste.—Queria que tivesse confiado em mim.1

—Não podia contar um segredo que não era meu, posso ser muitas coisas. Menos
dedo duro.—Sentou no braço do sofá cabisbaixo, estava se sentindo de mãos atadas
diante da situação.

—Entendo o seu lado.—Realmente entendia, porém mesmo assim estava magoado.


— Para onde vão leva-lo?.—Perguntou com lágrimas nos olhos.

—Para um abrigo até resolver sua situação legal. Não se preocupe, eu mesmo escolhi
o lugar, e de minha total confiança.—Na verdade ele mantinha o local a anos, era uma
espécie de pai adotivo para as crianças que moravam lá. Depois de uma visita no local
e notar o estado caótico que viviam, resolveu pegar de braços abertos a causa.
Reformou o lugar, paga os estudos das crianças em colégio particular mais vários
cursos variados por fora como: Natação, balé, piano, futebol americano, judô, outras
idiomas entre outros. Claro que ninguém sabia, não era homem de ficar gabando os
seus feitos. O que uma pessoa faz com a mão direita, a esquerda não precisa ficar
sabendo.

—Como posso ter certeza que esse lugar e mesmo seguro?.—Perguntou,


genuinamente desconfiada.

—Lhe dou a minha palavra, espero que confie em mim.—Não ousou olhar para ela.—
Pelo menos dessa vez.— Teve a necessidade de colocar aquilo para fora, a falta de
confiança da parte dela em relação a ele o feriu bastante. O fato de não gostar de
mentiras também ajudou muito. —Vai me deixar por ter mentido para você? Se for eu
entendo.—Agora era ela que não tinha coragem de encara-lo. Olhava para qualquer
lugar, menos para o Juiz. —Olhe para mim.—Ele pediu. Mas ela não atendeu ao seu
pedido, continuou com o rosto virado para o lado. Não conseguindo conter as lágrimas
que começaram a cair sem avisar. Ele andou até ela, carinhosamente segurando em
seu queixo, obrigando a encara-lo.
—Estava falando sério quando disse que não estava brincando de namorar.—Tinha
uma expressão leve ao falar.—Que espécie de relacionamento seria esse se lhe
virasse as costas no primeiro erro que cometeu?.—Deu aquele tipo de sorriso que
seria capaz de iluminar o mundo todo.—Eu amo suas qualidades, e acima de tudo
seus defeitos, eles provam você é de verdade. Quem pouco erra, muito esconde,
quando te peguei pra mim foi com a bagagem completa Senhorita Jackson.—Ainda
tinha um sorriso iluminado no rosto, porem agora com a expressão mais divertida. Ela
a beijou com carinho, se sentindo protegida dentro dos braços fortes, era bom saber
que agora tinha alguém para cuidar dela.

—Quem é esse homem que ele tanto tem medo que o encontre?.—Sentiu um arrepio
passar por toda sua coluna, era um alerta sobre o que estava por vir.1

—Não sei ao certo. Mas não vou parar até descobrir, apenas sei se tratar de um Tio do
pai dele, foi obrigado a morar com ele depois que perdeu toda família em um acidente
de carro.—Preferiu não abrir todo o jogo, contando que o homem maltratava o garoto
de uma forma horrenda. Não queria assusta-la mais do que já estava.

—Meu Deus, que horrível. Por isso é uma criança tão séria é triste, sabia que tinha
passado por algo difícil, só não imaginava que poderia ser algo tão forte assim.

—Esse menino e um sobrevivente Yudi, por tudo o que passou os estragos provocado
na sua personalidade eram para ser bem maiores.1

— Vou poder pelo menos visitar ele nesse lugar onde vão leva-lo?.—Não pode conter
o choro ao perguntar.

— Levar quem?.—Edmilson apareceu deixando cair no chão uma sacola de balas de


caramelo, mas não era qualquer uma. Era a preferida do Máx, aproveitou que o
menino estava dormindo e foi até o mercado do Centro comprar, único lugar mais
próximo que vendia tal coisa. Como o dinheiro que tinha era a conta, sem poder pegar
condução, andou uma distância absurda apenas para fazer um agrado para o menino.
—O Max vai para um abrigo Edmilson.—Escondeu o rosto no peito de Thompson
chorando.

—Não cara, por favor não faz isso com o moleque.—Edmilson estava em total
desespero.

—Não se preocupe Tio, eles vão me tratar bem.—Max retornou a sala com uma
pequena mochila nas costas, ao lado do velho e antigo companheiro de guerra o vira
lata que encontrou na rua e nunca mais o deixou. Caminhou até Edmilson e abraçou
sua cintura.—Apenas cuide do Luck enquanto estiver fora, para onde vou não poderei
leva-lo.—As lágrimas do garoto molhava a blusa do Dimy, que também estava
chorando igual uma atriz de novela Mexicana que o González tanto gostava de ver.

—Eu não vou te abandonar carinha, vou ir te ver onde quer que te levem. E vou cuidar
desse pulguento com o maior amor do mundo.— Bagunçou o cabelo do menino
fazendo carinho nele.

— Quero que lembre-se sempre, que mesmo você tendo um monte de defeitos, e em
alguns momentos se perder no caminho da vida, sendo por muitas vezes derrotado
pela ansiedade. Não há duas pessoas iguais a você no palco da vida, sem sua
presença o mundo jamais seria o mesmo. Principalmente a minha vida, não faz ideia
do quando sua passagem por ela foi importante.—Max proferiu as palavras ainda
abraçado com Edmilson, não poderia ir embora sem dize-las.

—Eu também te amo Galeguinho.—Proclamou chorando escandalosamente, os


vizinhos do prédio ao lado até pensou ter morrido alguém da família. O garoto sorriu de
forma doce entre as lágrimas e foi até onde Yudi estava se escondendo dentro dos
braços do Juiz.

—Sabe Yude, minha mãe era a mulher mais linda e maravilhosa que existia no mundo.
Quando ela morreu.—Parou para limpar um lágrima que caiu, respirou fundo para
tomar força para continuar.—Pensei que já mais conseguiria amar alguém como a
amava, mas ai apareceu você. Mesmo que do seu jeito cuidou de mim a troco de
nada, apenas me acolheu da melhor forma que pode e pronto. Quero que saiba que te
levarei dentro do meu coração para onde for, e que eu te amo muito.—Ele concluiu.1

—Eu também te amo meu amor, muito mesmo.— Ajoelhou para ficar da sua altura e o
tomou em um abraço cheio de ternura.
—Me desculpa por trazer problemas para você, eu iria embora escondido antes que
isso acontecesse, mas acabei me apaixonei por você e pelo o Tio Edimilson. Pensei
com o coração e não com a razão.

—Isso não importa querido, nós também nos apaixonamos por você meu amor.—Yudi
estava se sentindo como uma espada estivesse atravessado o seu peito. Ficando
ainda pior quando ouviram a companhia tocar.

– Eles chegaram.—Disse Thompson. Jackson abriu a porta completamente devastada


segurando a mão do menino. Se tratava de uma Assiste Social, dois conselheiros
Tutelares e uma Senhora sorridente que era diretora da casa de apoio onde Max
ficaria. Como foi um pedido especial do Juiz. Fez questão de ir pessoalmente busca-lo.

—Esta pronto Maxmilian Toledo?.—Perguntou a Assistente Social, essa era bem


diferente da Vaiola. Tinha a cara fechada, parecia nem gostar de crianças. Muito
menos de pessoas de renda baixa, dava para notar isso pela forma enojada que
olhava para o apartamento simples da Yudi.

—Fique sabendo que não vai ficar nessa casa de apoio por muito tempo, só não vai
para um orfanato nesse exato momento porque tem as contas quente.—Retrucou
olhando para o Juiz por cima dos óculos de grau.—Agora vamos logo porque hoje não
estou só por sua conta garoto.—Completou grosseiramente, tinha um mal humor
terrível.

—Eu prometo não te abandonar meu amor, eu e o Dimy vamos te visitar todos os dias.
Faz parte da família agora.

—Tchau Yudi, fique com Deus.

—Até Max, em breve nós veremos novamente.—Prometeu.

—Cuida deles pra mim.—Pediu ao Juiz, o mesmo apenas confirmou com a cabeça.
Estava emocionado demais para dizer qualquer coisa, tinha pegado um sentimento
pelo garoto também.

—Sabe que ele está vindo atrás de mim não sabe? Não vai parar até me achar.—
Disse de forma misteriosa.
—Deixa ele vir filho, estou esperando ansioso para que esse encontro aconteça.—
Respondeu Thompson sombrio, seja quem fosse esse homem estava perdido nas
mãos dele.

Edmilson deu um último abraço no sobrinho que Deus havia colado na sua vida,
colocou a sacola de balas na sua mochila. Acompanharam eles até o carro, assim
que Max estava entrando parou olhando fixamente para Yudi.

—Lembra do dia que me achou na rua? Me deu o seu lanche e ainda queria me dar
todo dinheiro que tinha, eu disse que não queria. Porque o que eu precisava nenhuma
riqueza no mundo era capaz de comprar, sabe do que eu estava falando Yudi?.—
Acenou negativamente com a cabeça.

—Uma família, principalmente um mãe.—Jackson olhou para o garoto de forma


triste.—Se eu pudesse escolher seria você.—Ele concluiu entrando no carro, indo
embora dando tchau através do vidro.

—E se eu pudesse ter um filho, queria que fosse igual a você.—Sussurrou apenas


para ela, mas não o suficiente para os ouvidos aguçados do Juiz.2

*Alguns dias depois..

—Buenos dias.

Chegou González todo metido de óculos escuros, em meio da reunião mensal feita
com a equipe de Thompson, era ideia do próprio para manter a harmonia no local de
trabalho.

—O Que pensa que está fazendo aqui Alerrando?.—Perguntou o Juiz, tinha o cenho
franzido. Não gostou muito da ideia do Assessor voltar para o trabalho um dia depois
de ter recebido alta do hospital, pensou que ficaria em casa por no mínimo um vez.

—Brincar e que no é.

—Respondeu mal criado. Ultimamente andava assim, com língua afiada. Como se
quisesse descontar sua amargura nos outros. Estava muito bem vestido como sempre,
não gostava de ficar de terno e gravata por vinte e quatro horas por dia, opinava em
trajar algo mais jovial. No momento presente usava uma calça de pano cor de
caramelo escuro, não era muito justa, mas também não era larga. Uma camisa branca
manga curta, com um paletó preto por cima, nos pés sapatos social que davam um ar
mais serio para o restante das outras peças. No rosto ainda estava presente alguns
arranhões por conta do acidente, a ferida maior carregava no coração. Sentou
elegantemente no único lugar vazio ao lado de Thompson, cruzando as pernas com a
postura completamente ereta. Passou a mão pelos cabelos de forma sedutora, em
corte moderno estilo bagunçado. A barba muito bem feita, realçando o queixo
arrendado com um furinho no meio, a coisa mais atraente do mundo. O tom da pele
em um tom bronzeado tão sonhado pelo mesmo um dia, por conta do sol cruel que
enfrentou por dias quando estava perdido. Não conseguiu segurar os olhos que correu
sobre Solange. Sentiu como se estivesse levando um soco no estomago, a dor foi a
mesma. Ela ainda mexia demais com ele, mas não admitiria nunca. Discretamente fez
uma varredura minuciosa pelo rosto da Advogada. Que estava visivelmente diferente
da última vez que a virá no hospital, tinha ganhado peso. Mudado as tranças para um
tom acastanhado, dando um perfeito contraste com o tom da sua pele. O rosto estava
mais redondo e corado, muito bem maquiado por sinal. Depois de tentar por diversas
vezes vê-lo ou pelo menos falar com ele através de todos meios de comunicação
possíveis, apelando até para cartas escrita a mão jogadas por debaixo da porta do seu
apartamento, e não foi somente uma, foram mais de cem. Sempre com pedidos de
desculpas e declarações lindas de amor. Após, ouvir milhões de conselhos da Yudi
resolveu parar de se humilhar e começar a agir de outra forma. Primeiro iria amar ela,
depois quem merecesse de fato o seu amor. Cuidar de si tanto fisicamente como
psicológico. Procurou a academia mais próxima e um terapeuta, também renovou o
guarda roupa com peças mais ousadas e elegantes. Isso era visível através do look
que estava trajando no momento, era uma saia lápis na cor vinho escuro, cor que
combinava com o batom que trazia nos lábios, o que os deixou mais atraentes do que
já eram naturalmente. No comprimento quatro dedos acima do joelho, com um
considerável rachadura do lado. Uma blusa bege de seda fina, dando para ver de leve
a marca do surtia por baixo. Mesmo tremendo por dentro com a presença do Espanhol
com sua beleza estonteante, se manteve firme por dentro. Totalmente indiferente a
sua presença, seria ousado demais arriscar olhar para ele e acabar perdendo
totalmente o controle da situação. Continuou fazendo suas anotações sobre os pontos
mais fortes que queria citar durante a reunião, era muito profissional. Não deixaria de
forma nenhuma a presença dele atrapalhar o seu rendimento profissional, já bastava o
estrago que havia feito em sua vida pessoal. O difícil seria se manter firme diante
daqueles olhos negros que tanto lhe atormentava, não estava pronta para um
reencontro logo agora que começou a se recuperar. Mesmo sem olhar para ele podias
sentir suas esferas queimando sobre seu corpo, mas pensou que se o Latino não
queria falar com ela, tudo bem. Se fizesse alguma provocação ou insinuação por mais
pequena que fosse, iria escutar muito desaforo. Não era obrigado a gostar mais dela,
mas tratar de forma respeitosa sim. Da mesma forma que ela o tratara quando não
tinha total certeza dos seus sentimentos para com o mesmo, não deveria estar sendo
punida por ter sido sincera em relação aos seus sentimentos.

Capítulo 26
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de MarliaSillva Following

Gente, não gosto muito de ficar pedindo as coisas. Mas se não for muito para
vocês, gostaria de pedir que comentacem mais sobre o que estão achando dos
capítulos. A opinião de vocês é muito importante para o desenvolvimento melhor
da história. So lembrando que estamos na reta final do Juiz, e falta apenas
quinze dias para a estreia do Blade... �7

González parecia inquieto naquela manhã. Mexia de um lado para o outra na cadeira,
cruzava e descruzava as pernas. Parecia um criança que foi obrigada pelos pais a
permanecer em um lugar que não queria, realmente suas atitudes ultimamente
estavam de fato sendo um tanto infantis, e talvez agora estaria começando a pagar por
isso. Já tinha-se passado mais de quarenta minutos de reunião, para o Latino estava
sendo inaceitável o fato da Solange não ter lhe direcionado o olhar em nenhum
momento que fosse. Onde estava aquela mulher chorosa e apaixonada que esteve no
hospital declarando mil amores por ele? Toda esfarrapada e triste, literalmente
acabada. Aquela que estava ali nem parecia à mesma pessoa, de fato não era mesmo.
Um pouco de atitude faz bem a qualquer pessoa, ninguém pode viver sofrendo para
sempre. Solange não perdia em nada para essas modelos de capa de revista, tanto na
beleza como no charme. Muito bem vestida e maquiada, parecia ter ganhando uns dez
quilos, muito bem distribuído pelo corpo, principalmente nas partes trazeira, busto e
pernas. Pode conferir de perto quando a Advogada levantou para ir pegar alguns
papéis que o Juiz havia esquecido na sua sala, ela gentil como era, se ofereceu para ir
buscar. Passou por ele sensualmente toda cheia de charme, andando em uma
malemolência entorpecedora. Fez de propósito, estava maravilhosa e sabia muito bem
disso.1

—Acredito que o respeito é a base de tudo, principalmente no local de trabalho.—


Exclamou o Juiz Thompson com prosápia, dando andamento a reunião.—Gosto de
coisas bem feitas e organizadas. Principalmente de dar atenção para as pessoas que
trabalham comigo, acho que uma equipe unida trabalha melhor. Porém, veio ao meu
conhecimento que estamos recebendo vários funcionários novos nesse mês,
primeiramente que desejar que sejam todos bem vindos a nossa família. Porém,
também quero falar tanto para vocês novatos como para os mais antigos sobre Ética
no trabalho, isso é algo profundamente necessário para um ambiente saudável.
Mesmo que não haja uma Lei formalmente definida para isso, em geral existe um
conjunto de aspectos que são considerados como "bom senso", fato essencial que
significa muitas vezes renunciar a oportunidades de se obter dinheiro, status e
benefícios. Se os seus princípios e valores estiverem ajustados de maneira correta, a
decisão ética será sempre a correta a se tomar. Podendo assim reduzir os conflitos e
facilitar a resolução dos nossos casos sem maiores problemas, existe muita gente
maldosa nesse mundo. Sou exigente nessa questão, gosto de trabalhar ao lado de
pessoas competentes e de raciocínio rápido. Conforme a Instituição Federal, em
respeito à dignidade do trabalhador, ao estabelecer princípios gerais, e, portanto,
também aplicável ao Direito do Trabalho consagra em seu art. 1º, inciso III, como um
dos fundamentos da República Federal dos Estados Unidos "a dignidade da pessoa
humana"... – O objetivo do Juiz era parar de citar o artigo por ali, queria apenas dar um
exemplo, e não ficar dando aula sobre leis e tal, até porque ganhava muito bem, mas
não para isso. Quando pensou em dar continuidade ao seu objetivo de orientar todos
democraticamente sobre harmonia no ambiente de trabalho, o seu discurso foi cortado
pela voz da atrevida da jovem advogada Solange Medeiros. Gonzáles estava a olhar
para performance da moça com a boca entre aberta em formato de "o" a admiração
era notável nos olhos dele, ainda mais pela voz doce e sexy que a mesma obtinha.
Alerrando ficou orgulhoso da inteligência de Solange, além de linda de morrer, era
educada, doce e sensível. O tipo que qualquer homem se apaixonaria facilmente,
parando para pensar sobre isso, o Espanhol sentiu um certo aperto no peito. Por mais
que quisesse não admitir, a jovem havia acertado em cheio o seu coração bandido. E
com esses pensamentos, eles ouvira a Advogada dar um show, ao recitar com
perfeição as Leis citada por Thompson.1
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-- ♦ O art. 3º, além de outros objetivos fundamentais, prevê "a construção de uma
sociedade livre, justa e solidária".

♦ No art. 5º e incisos V e X, é taxativa ao afirmar que: "Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança.

♦ O art. 7º dispõe especificamente sobre "os direitos dos trabalhadores urbanos e


rurais".

♦ Art. 186. "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direto e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito".

♦ Art. 187. "Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes".

♦ Consolidação das Leis do Trabalho CLT

A CLT estabelece as situações de rompimento unilateral de contrato de trabalho


quando houver uma falta grave de uma das partes.

O artigo 483* dispõe a penalização por assédio está relacionado ao elevado grau de
subjetividade em questão, bem como à dificuldade de verificação do nexo causal (ou
seja, definir que a ocorrência do assédio levou ao adoecimento, por exemplo). Em
casos de ações na Justiça, o assédio moral somente poderá ser caracterizado se,
além das impressões do assediado, forem apresentadas provas materiais e
testemunhas de tal fato.

— Concluiu ela de forma segura e atrevida. O engraçado que nem havia notado a
grandiosidade do próprio feito, estava bastante entretida anotando algumas coisa no
seu bloquinho de notas. Notando um certo silencio no recinto, levantou a cabeça para
ver o que estava acontecendo. Se deparou com todos os demais presentes olhando
para ela, estavam chocados pela sua fácil capacidade em citar algumas das Leis mais
difíceis da legislação. Seu vasto conhecimento no assunto era visivelmente grande,
nem Thompsom sabia todas assim com tanta perfeição em pontos e virgulas. E ela
não disse para se gabar que sabia ou para impressionar ninguém. Simplesmente saiu
naturalmente, não era nada demais para ela. Sabia aquilo de cor e salteado, estudou
dia e noite para isso na época da faculdade. Alunos bolsistas não podiam dar mole em
época de prova, não se deve brincar quando tem um sonho em jogo.1

—Maravilhosa!.—Comentou uma voz masculina, sexy e viril. De um homem que se


encontrava sentado bem ao lado de Solange, uma figura de postura elegante, de
presença chamativa. Negro, alto, e com um porte físico de invejar qualquer um. Muito
bem vestido dentro de um terno de ceda cinza, mas o que mais chamava a atenção
nele, era o sorriso largo com dentes perfeitamente alinhados e brancos direcionados
para a Advogada, o pior era que ela retribuía o gesto na mesma intensidade que ele
lhe oferecia. Gonzáles estava tão fixado nela notar a presença dele no local, que nem
notou a do homem que mal o conhecera e já odiava com todas as forças, apenas por
estar sorrindo para moça.

—Sim, Solange e umas das melhores Advogados aqui do Fórum.—Exclamou


Thompson orgulhoso, com um sorriso enorme no rosto. Mas que morreu no mesmo
instante assim que colocou os olhos em González, o mesmo estava uma cara azeda
como de quem acabara de chupar limão.1

—E tu quem es?—Quando o Latino viu, já tinha perguntado de forma grosseira.

—Sou Robert Smith, prazer em conhecê-lo Também. —Proferiu de forma irônica, já


que Gonzáles não havia se apresentado a ele. Também não gostou nem um pouco do
tom provocativo usado pelo mesmo.—Advogado chefe da equipe do Juiz Marcos
Louzada. Trabalho em outro setor aqui no Fórum, por isso não deve ter me visto por
aqui antes. Se eu soubesse que nesse andar tinha mulheres bonitas e inteligentes
como esta ao meu lado, pode ter certeza que já teria vindo aqui a muito tempo.—
Elogiou Solange discretamente, fazendo a mesma sorrir tímida. Para Gonzáles tanto
fazia quem ele era, aquela cena foi como se os dois estivessem fazendo sexo explicito
na frente dele, estava com tanto ódio que poderia mata-lo sem pensar duas vezes.2

—Se es da equipe do Juiz Louzada, sinceramente no sei o que está fazendo aqui
Senhor Smith, pensei que essa reunião fosse apenas para o pessoal que trabalha
nesse andar.—Podia se notar de longe a raiva na voz do espanhol, estava afim de
afronta-lo sem medir as consequências. Queria marcar um território que nem lhe
pertencia mais, e por escolha dele.

—Provavelmente o motivo não é da sua conta, já que não devo satisfações da minha
vida a pessoas que não se apresenta a mim de forma educada.—Além de atraente,
Robert era bom com as palavras.

—E quem es tu para aplar assim comigo? Para mim no passa de uno projeto de Will
Smith, no vejo o porque ser educado com una pessoa que no fui com a cara dela.—
Respondeu com desdém, não estava mais conseguia mais segurar o ciúmes. O fato
do homem ser a cara do ator de Hollywood preferido da Solange não estava ajudando
em nada, até o sobre nome era o mesmo.2

—Você também notou a semelhança física que tenho que tenho com o meu primo
Will? Sempre sou confundindo com ele na rua, por suas fãs. Já até me acostumei com
isso.—Respondeu educadamente Robert com um sorriso charmoso no rosto, olhando
para Sol. Que ficou chocada diante te tal revelação, mais tarde perguntaria se
conseguiria um autografo do ídolo para ela, realmente era muito fã do Will. O que
deixou González ainda mais irritado, não bastava somente parecer com o ator, tinha
que ser parente dele também. Revirou os olhos pensando nisso.6

—Ele esta aqui por que eu o chamei Gonzáles.—Proferiu Thompson com o semblante
sério, não estava gostando nada das atitudes grotescas do Espanhol. Sabia que tudo
não passava de puro ciúmes, mesmo sendo seu amigo, não admitiria de forma
nenhuma esse comportamento da parte dele no local de trabalho.—E sobre a Solange,
não concorda que o Senhor Smith tem total razão em dizer que ela é maravilhosa?.—
Perguntou de propósito, queria dar uma lição nele lhe colocando em uma saia justa.1
—Nunca disse que no é.—Cruzou os braços com um bico no rosto, igual uma criança
emburrada.2

—Pelo menos bom gosto você tem. Além de maravilhosa, ela é linda e doce. Esse
sorriso tímido dela é capaz de conquistar qualquer júri.—Concluiu Robert, era esperto.
Logo notou o clima tenso no ar, estava realmente interessado na moça e não iria
desistir fácil. Era o tipo de homem que não parava até conseguir o que queria, nunca
mesmo.

— Dizem por ai que las tímida son as piores.—Proferiu Gonzáles sorrindo


ironicamente. Solange sentiu o rosto queimar de raiva, olhou para ele pela primeira vez
naquele dia, cheia de raiva. Pronta para responde-lo a altura, mas aquele sorriso lindo
que tanto amava presente no rosto dele, suavizou o comentário maldoso. Nem
lembrará mais o que ele havia falado, foi desarmada por completo.4

— E Dizem por ai que quem desdenha quer comprar, as pessoas tem a mania de ficar
criticando aquilo que perdeu por orgulho, e agora ficam irritadas porque não pode mais
ter.—Respondeu calma ao retomar o Juízo, porém, com um olhar desafiador. Solange
não havia mudado somente por fora, mas também por dentro.5

—Intervalo de trinta minutos para o café.—Comunicou Jhon, se a situação continuasse


no pé que estava, as coisas poderia se tornar um tanto embaraçosa. Após se
deliciarem com uma mesa farta, providenciada apenas para eles. Com frutas, pães,
bolos, leite, café fresco, entre tantas outras diversas coisas. Retornaram com a reunião
pontualmente no horário definido pelo Juiz.

—Antes que fiquem sabendo pela imprensa ou pela boca de terceiros, quero
conscientizar vocês que em breve virá a público um caso, onde tenho vínculo pessoal
com a vítima e pincipalmente com as pessoas próxima a ela.—Explicou calmamente.

—Como assim vínculo pessoal? Se trata de alguém da sua família?.—Perguntou a


Juíza Bruna, que agora de fato havia sido contratada recentemente para fazer parte da
equipe.

— Não fazem parte da minha família.—Respondeu sem paciência.—Ainda.—Concluiu


certeiro.
—Se não é da sua família, que tipo de envolvimento tem com essa pessoa próxima a
vítima?.—Indagou a Juíza curiosa, mesmo depois da tentativa mal sucedida no Brasil.
Ainda tinha esperança de ter alguma coisa com ele.

— Se trata da minha futura esposa .—Olhou firme para ela.—E do meu filho. Pretendo
adotar a vítima, se trata de um menino de dez anos que sofreu mal tratos na mão do
tio.—Não tinha o porque mentir, até porque não devia nada para ninguém para ficar
escondendo os fatos.5

—Não sabia que tinha reatado o noivado com Suzana Schinaider.—Comentou triste.2

—E não reatei.—Declarou apenas.

— Arranjou outra namorada, assim tão rápido?.—Pensou alto.

—Na verdade por mim já estaria casado com ela.—Foi curto e Grosso.

— Será que poderíamos continuar com a reunion? No tenho o dia todo.—Bufou


González irritado com o interrogatório desnecessário da mulher, que além de chata,
estava se mostrando uma fofoqueira de marca maior.2

—Então Senhores, o fato e que não poderei estar de frente nesse caso. Mas
supervisionarei tudo de longe, sendo que dois Advogados de grande confiança minha
estarão me representado.—González ajeitou a gravata e arrumou a postura
corretamente na cadeira certo que o seu nome seria dito.—Roberto Smith e Solange,
vocês a partir de hoje em diante são advogados do menor Maxmilian Toledo.3

— Mas nem muetro que yo vou permitir isso.—Bateu o punho fechado sobre a mesa
de vidro.

—Permitir o que Alerrando? Minha decisão já está tomada.—Thompson tinha perdido


a paciência com ele.

—No é justo colocar uno advogado de fora da sua equipe em caso tão importante. Por
que no escolheu a mim ou qualquer outro que trabalha com você? Pelo jeito no somos
bons o suficiente para atuar em casos dessa importância.—Lançou as palavras
carregadas de mágoas e ressentimento.
—Penso da mesma maneira que o González.—Comentou Joshua Li, homem com
traços orientais, tinha lá os seus quarenta e cinco anos, muitos deles trabalhando com
Thompson. Era inteligente e esperto, um dos melhores Advogados da equipe.

—Quantos dos Advogados aqui presentes estão trabalhando em menos de cinco


casos no momento?.—Apenas Solange e Alerrando levantou a mão.

—Você não conta González. Por Deus, pelo o que passou nem era para estar aqui.
Não vai pegar nenhum caso até esta totalmente curado do acidente, sabe muito bem
que é a pessoa que mais confio no mundo.—Olhou de maneira cumprisse para o
amigo, os dois sabiam muito bem o que passaram para chegar até ali.

—Enton prova que confia em mim e me coloca nesse caso.—Fez a graça de rubotizar.

—Está bem.—Proferiu contrariado.—Mas vai trabalhar junto com Solange e o Robert.


Ele é um dos melhores nessa areia, foi muito bem indicado pelo Juiz Marcos Louzada,
vai ficar conosco durante esse mês apenas para atuar nesse caso.—Mesmo não
saindo como o Espanhol queria, conseguiu o que queria. Após discutir mais algumas
banalidades na rotina do Fórum, Thompson finalizou a reunião, foram cada um para
sua sala. No final do dia ao de ir embora, a primeira coisa que o González viu foi
Solange de papinho com Robert, ela ria compulsivamente de alguma coisa que ele
havia falado. O Latino respirou fundo e foi pisando duro em direção a eles, mas não
fez nenhum escândalo.

—Buena noche. —Cumprimentou sério sem olhar para eles, e ali permaneceram os
três parados e em total silêncio a espera do elevador. Minutos que pareciam horas,
eram tantas palavras não tidas que parecia sufoca-los a qualquer momento.

—Como pode uma mulher tão linda e inteligente como você ainda estar solteira?
Aposto que foi algum idiota que te magoou.—Disse Robertt propositalmente, enquanto
levou a mão no rosto dela com carinho dentro do Elevador.

– No sabe da missa metade.—Alfinetou o Espanhol.

— Na verdade a culpa foi minha Robert, não dei o devido valor quando podia, então
perdi. Fiz o possível para me redimir, mas já era tarde.—Cada palavra acertou
Alerrando na mesma intensidade que um tiro, ela mexia com ele demais.— Mas
também não vou ficar chorando pelo resto da vida por conta disso. Sempre haverá
outro dia, outros lugares, outras pessoas.—Sorriu triste para ele.—Eu descobri que o
amor próprio também se conquista.—Completou.

—Ele não te amava mais?—Indagou Robert.

—Não o suficiente, quem ama perdoa.—Foi direta ao ponto.

—Muy incluso dar tan rápido.— Proclamou em Espanhol.. "Muito menos desiste tão
rápido."

— Linda preciso passar no RH antes de ir embora, almoça comigo amanhã?

—Não sei se posso, ando muito atareda.—Mentiu, poderia te usado a oportunidade


para fazer ciúmes no Gonzáles, mas não era mulher de ficar fazendo joguinhos.

—" Outras" pessoas lembra?.—Usou as próprias palavras dela contra ela mesmo,
realmente era um bom advogado.

—Vou conferir minha agenda, depois te ligo.—Sorriu graciosamente.—Ele havia dado


o numero dele, ou ela teria pedido? Essa pergunta vagou pela mente de Alerrando.

—Boa noite Sol.—González quase morreu ao ouvir ele chama-la daquela forma tão
íntima. Mal posso esperar para te ver amanha novamente.—Deu uma piscadela para o
lado dela antes de sair do elevador, deixando os dois completamente sozinhos.

—Eu não desisti de você González.—Com um imenso esforço e humildade ao proferir


tais palavras, manteve o olhar voltado para o chão.—Mas também não vou mais ficar
fazendo papel de boba e me humilhando atrás de você, isso já esta ficando chato.

—Yo entendo bem o que é fazer papel de bobo, já corri muito atrás de quem no me
queria.—Foi Exasperado e critico. Porém, ficou surpreso da moça ter entendido o que
ele tinha falado em seu idioma nativo. Ela limitou-se apenas a olhar para ele, quando
não se sabe ao certo o que dizer, a melhor alternativa e se manter calado .— Pelo
visto tu encontrastes alguém com o "perfil" que tanto queria.—Não perdeu a
oportunidade de provocar. Solange nada respondeu, continuou calada. Contou ate dez
antes que voasse no pescoço dele, não queria fazer um estrago naquele rosto bonito
dele, seria um desperdiço. havia aguentado provocações demais naquele dia. Estava
com raiva ate do elevador, que parecia estar descendo em câmera lenta, ou o tempo
havia parado e ninguém tinha percebido.
— Que bom que você encontrou alguém digno do seu amor, já que o meu não lhe
interessa mais.—Tremia de cima abaixo, depois tantas tentativas de falar com ele,
agora cara a cara as palavras quase não saíam de tanto nervosismo.

—Ela é una mujer maravilhosa.—Comentou sincero com um sorriso bobo no rosto ao


lembrar dela, realmente Emily era uma jovem encantadora.

—Então porque não casa com ela logo de uma vez.—Cruzou os braços nervosa,
batendo o pé no chão compulsivamente.

— Yo vou. E ainda terei uno monte de ninos com ela ee seremos felizes para sempre.

—Eu odeio você Alerrando González!.—Alterou a voz para ele, o ciúmes de imaginar
outra mulher gerando um filho dele era doloroso demais.

—No mais do que yo, Solange Medeiros.—Estavam um de frente a para o outro se


encarando. Solange empertigou-se no alto dos seus pouco mais de um metro e meio
de altura, e a agarrou em um beijo selvagem, urgente e cheio de paixão. Fez o que
queria ter feito desde que o viu chegar na sala de reuniões, a saudade de sentir o
gosto do homem que amava era muita. E pelo jeito não era somente ela que tinha
essa necessidade, a língua do Espanhol avançou para dentro da boca dela explorando
cada canto, lhe segurando apertado na cintura com as duas mãos. A moça correu os
dedos pelos cabelos lisos e sedosos dele, agarrando-lhe a nuca e apertado o corpo
contra o dele.1

"El amor es algo que no se puedes ocultar. Si no lo dices con Los lábios, se delata al
mirar."4

—Ele piscou chocado, estaria imaginando ou Solange acabara de falar em Espanhol?


E com uma pronúncia perfeita. Na verdade no momento não se encontrava em
condições de ter certeza de nada, estava atordoado demais por conta do beijo que a
moça havia acabado de roubar dele dentro do elevador.

"O amor é algo que você não pode, esconder. Se não dizer com os lábios, delata-se
no olhar." Foi o que ela havia dito na língua dele.

—Sabia que ainda me amava, Alerrando..-- Proferiu a moça saindo de dentro do


elevador rebolado. Deixando um González com cara de bobo olhando para a bunda
dela, e a boca toda suja de batom cor de vinho cintilante. Solange chegou ao
estacionamento com as pernas bambas, ainda não tinha conseguido uma vaga na
garagem do fórum, para piorar a situação estava começando a chover. Com as mãos
tremulas, custou para achar a chave do gol vermelho de segundo mal que havia
acabado de comprar dividindo em vinte quatro prestações. Assim que estava abrindo a
porta, sentiu o braço ser puxado brutalmente.

—Quando alguém rouba una coisa de mim, yo no deixo barato muchacha. Vai me
pagar com juros e corecion monetária.—A advogada tentou formular alguma resposta
inteligente, mas não conseguiu pensar em mais nada ao ser agarrada por ele, era
tanto desejo presente entre os dois que chegava doer. Quase fizeram amor sobre o
capô do carro, beijando-a de forma urgente, necessitada. A cariciou em cada parte do
seu corpo, deslizando as mãos de forma sem vergonha das coxas para debaixo da
saia, a trazendo cada vez mais para perto de si. E Solange o tocava também, alisando
o peito cheio de musculosos, perfeitamente emoldurados debaixo da camisa molhada.
Ele era perfeito, nem parecia ter um trabalho sedentário. Não pode deixar de apertar
um dos seios, fazendo-a liberar curtos gemidos de prazer, a cabeça sendo inclinada
para trás dando lhe espaço para espalhar beijos na região do pescoço e colo. Solange
fechou os olhos totalmente tomada pelo prazer, enquanto sentia os pingos de chuva
cair sobre seu rosto. Gonzáles segurava o corpo frágil com força para mantê-lo firme
dentro dos seus braços, um encaixe perfeito dos dois. Fazendo questão de esfregar
nela a enorme ereção que havia se formado em questão de segundos ainda dentro do
elevador. Ele era perfeita, e tinha o mesmo gosto doce de sempre. Mas havia algo de
diferente nela, estava mais ousada e desafiadora, o que despertava ainda mais o
desejo que sentia em possui-la. A quem queria enganar? Ainda a desejava da mesma
forma, ou até mais.

—Yo nunca disse que no te amava mais.—Exclamou de uma forma mortalmente sexy,
se recompondo da melhor forma que pode.— No esqueça que no próximo sábado e a
expocion dos desenhos de Rafaer.— Pegou a maleta que fora atirada de forma
brutalmente no chão, e foi embora distribuindo charme por onde passava.

Capítulo 27
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Sem correção, desculpas.. �

#Só lembrando que a votação de presente de Natal ainda contínua no grupo


Marília Sillva-Livros. Se não votou corri lá.. Bjss.1

Ahhh não esqueçam de comentar. �

—Você esta linda.

Elogiou o Juiz Jhon Thompson, a bela mulher sentada ao seu lado no banco carona da
Mercedes-Benz. Ela vestia um exuberante vestido tomara que caia preto, na altura
pouco acima do joelho. Justo no busto até a cintura, moldando perfeitamente a curva
da cintura. A saia era rodada como a de uma bailarina, com uma boa camada de véu
fino por baixo dando um volume delicado a peça. Para completar, nos pés ousou
colocar sandálias rosa florescente. Em qualquer outra, aquela roupa ficaria totalmente
estranha, mas nela havia ficado algo único, um verdadeiro charme. O cabelo deixou
preso em uma trança bem embutida, com alguns cachos soltos. A maquiagem era
simples e ao mesmo tempo marcante, na medida certa.

—Obrigada, fico feliz que tenha gostado.—Respondeu com um sorriso tímido do rosto,
mas a verdade era que se ele não tivesse aprovado teria ido daquele jeito assim
mesmo, porque ela havia gostado.

—Só acho que a saia poderia ser um pouco mais cumprida.—Não poderia deixar de
comentar isso, estava se corroendo por dentro por conta disso.1
—Jhon...—Proferiu o nome dele com a voz arrastada, já tinham conversado muito
sobre isso antes de sair de casa. Ele tinha prometido controlar o ciúmes, mas pelo o
jeito já estava começando a descumprir a promessa.

—Desculpa, vou parar.—Bufou contrariado tentando manter os olhos na Estrada. Pelo


retrovisor via o carro dos seus homens de preto fazendo escolta, na frente deles tinha
mais dois, em um deles a Scarlet estava presente para a segurar que nada de mal
aconteceria com ele. Estavam indo para a exposição dos desenhos do Rafael Loys,
não queria estragar uma noite que tinha tudo para ser perfeita.2

—Eu te amo Juiz Jhon Thompson.—Olhou para ele de forma apaixonada.

—Eu te amo mais Jackson. – Não tinha como mais ficar bravo diante de uma
declaração daquela, lhe restava apenas sorrir pensando em como era louco de amor
por aquela mulher teimosa ao seu lado. Ao chegarem no lugar onde seria o evento,
caminharam sobre o tapete vermelho até a entrada sobre os fleches dos fotógrafos.
Era a primeira vez que o Juiz seria visto em publico com a nova namorada, fez
questão de segurar na mão dela e foi o percurso todo sorrindo. Foram recepcionados
por Solange, que também estava radiantemente linda dentro de um vestido branco
longo de renda. Caído no ombro, deixando à mostra a primeira tatuagem nas costas,
uma flor dente de leão ao ser tomada pelo vento torna-se assim como em um passe de
mágica, suas pequenas esferas no ar em pássaros voando. O que tinha tudo haver
com o significado dela que era "Liberdade".1

As tranças presas toda de lado, com delicadas flores brancas enfeitando. Tão bem
colocadas que até dava gosto de ver, no rosto fez uma maquiagem leve, olhos bem
marcados e batom nude nos lábios. Para completar, sandálias douradas de salto
médio nos pés, delicada assim como quem usava.
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—Não precisa se preocupar Sol, ele virá.—Comentou Yudi ao reparar a amiga inquieta
olhando para a porta, na esperança que González chegasse a qualquer momento.

—Está tão na cara assim?—Exclamou com a voz cansada.1


—Sim Sol, só cuidado para não se magoar mais.—Alertou a amiga, Thompson tinha
comentado que o Espanhol não iria sozinho. Mas antes que contasse para ela, a
mesma tinha acabado de conferir com os próprios olhos. Alerrando acabará de chegar
de braços dados com Emily, sorriam feito um casal feliz de capa de revista.

Com eles estavam os pais do González e a pequena Mari Cruz, que veio correndo
assim que viu Solange.

—Solange tu estais parecendo una princesa.—Elogiou a pequena Mari.1

—Obrigada meu amor, mas se tem alguma princesa aqui, ela é você.—Abaixou para
abraçar a menina, que realmente parecia uma princesa dentro de um vestido lilás
rodado, todo rendado nas bordas e um laços muito bem feito atrás. O cabelo estava
solto, era liso. Porém, com cachos largos nas pontas.

— Buena noche filha.—Antônio Cumprimentou a Ex Nora, sua esposa abraçou a moça


com carinho.

—Buena noche, seja bem vindos.—González quase morreu ao ouvir Solange falando
em espanhol novamente, para ele era a coisa mais sexy do mundo. E de fato era
mesmo, sua voz era naturalmente doce e delicada, quanto cantava parecia um
verdadeiro anjo celestial.

—No vai cumprimentar a Sol meu filho?. – Consuelo chamou a atenção de González
que estava entretido conversando com Emily, depois do que havia acontecido no
estacionamento do fórum, jamais Solange imaginara que o mesmo teria coragem de
convidar outra mulher para ir com ele na exposição do seu irmão. Na verdade não
tinha convidado mesmo, a irmã dele havia comentado por acaso perto dela, e a
mesma se alto convidou para acompanha-lo.

—Oi.—Disse seco, tinha notado a presença de alguém no evento que não lhe agradou
nem um pouco, aliais se olhar matasse, Robert Smith poderia se considerar um
homem morto. O advogado chefe da equipe do Juiz Louzada, se encontrava
conversando animadamente com a mãe de Solange. Não era bobo, sabia que se
conquistasse a sogra já era meio caminho andando. O difícil mesmo seria conquistar o
irmão, já que Rafael não foi nem um pouco com a cara dele. Mal respondia o que ele
perguntava, e quando o fazia era com aspereza.

—Prazer, sou Emily.— Se apresentou a Delicada moça de sorriso angelical.


Incrivelmente elegante em um vestido longo de alças finas prateado com pedrinhas
brilhantes, um conjunto de joias de três peças cravejado de diamantes, o cordão era
tão brilhante que podia-se notar o seu valor de longe. Maquiagem praticamente não
usava, era bonita de natureza. Solange logo pensou em como competiria com ela?
Além de linda e doce, já obtinha a admiração de Alerrando, não demoraria muito para
ter o amor também. Era tão perfeita que nem conseguia sentir raiva dela, Sol era
madura o suficiente para assumir que aquela mulher poderia faze-lo sim muito feliz,
talvez até mais do que ela mesma faria. Afinal a história dos dois já havia começado
errado, e a deles tinha tudo para ser firme e douradora.

—Sou Solange Medeiros, e o prazer é todo meu.—Não foi grossa, mas também não
foi gentil. Apenas educada, era a única coisa que pode oferecer no momento.

—González, você também veio ver os desenhos do Rafael?.—O irmão de Solange


chegou todo gracioso dentro de um terno preto de gravata borboleta, abraçou o
Espanhol com tanta força que quase o deixou sem ar.

—Yo jamais poderia deixar de vir, acima de tudo suemos amigos.— Solange entendeu
muito bem o que ele quis dizer com "Acima de tudo". A noite mal tinha começado, e
ele já estava a provocar a moça, mesmo que camufladamente.

—Rafael ama González, Rafael com saudades.—Choramingou agarrado no pescoço


dele.

—González também ama Rafaer.—Tentou esconder, mas Estava chorando. Sentia


muito saudades do garoto, o amava como um filho, na verdade amava tudo o que tinha
qualquer tipo de ligação com Solange.

—Vamos olhar os desenhos.. amor.— Thompson fez o convite a amada, pegou na


mão dela é saíram caminhando em direção onde as obras estavam espalhadas de
forma muito bem organizadas, o lugar havia sido decorado de forma rústica. Tudo
esquematizado nos mínimos detalhes, o Espanhol havia pensado em tudo. O casal
apaixonado olhava detalhadamente cada desenho emoldurados na parede cor de
canela, Yudi ficou de verás impressionada com o talento do jovem, de fato era um dom
muito especial.

—Gostei desse.— Disse o Juiz, estavam abraçados. Ele discretamente depositava


leves beijos na região do pescoço dela, queria fazer mais, porém no meio de tanta
gente ficaria difícil. Se encontravam parados em frente a um desenho que mais lhe
chamaram a atenção, ara a junção de várias pequenas flores que formava uma
grande. Todas coloridas em diversas cores fortes e cativantes.

—Ficaria lindo na parede da nossa casa.—Comentou ele naturalmente, mas no plural.

—Nossa?.—Perguntou Yudi com o cenho franzido.

—Sim.—Confirmou seguro.—Nosso lar, nosso esconderijo secreto, nosso ninho de


amor.— Sua voz esbanjava amor.

—Você está tão romântico hoje.—Brincou com ele depositando um beijo em seu rosto.

—Não sou romântico, apenas tento chegar ao máximo possível do que você
merece.—Apertou os braços com mais forma em volta dela, como em um passo de
bailarina, Yudi rodopiou suavemente ficando de frente para ele. Tomou a boca do
homem da Lei com vontade, um beijo cheio de desejo.

—Meu amigo esta precisando de mim.—Exclamou Thompson para a amada, Jackson


olhou para a direção onde ele estava olhando e viu um Espanhol que era sofrencia
pura. Com uma cara triste de dar pena, estava sozinho em um canto observando
Solange de longe, e para piorar ao lado do Robert sorrindo. Estava se sentindo mal por
saber que ele era tudo o que ela sempre quis, e o que ele jamais poderia ser.1

— Vai lá e tenta colocar um pouco de juízo naquele teimoso do seu amigo.—


Depositou um selinho em seus lábios.

— Ele até pode ser teimoso, mas a sua amiga não esta facilitando em nada as coisas
para o lado dele.—Resmungou em defesa do amigo.

—Só falta nos dois brigarmos por causa desses dois, vai lá conversar com o teimoso
que eu vejo o que posso fazer com a minha amiga casca dura.—Brincou mostrando a
língua para ele.
—Queria ir.—Lhe envolveu totalmente dentro dos seus braços musculosos.—Mas não
consigo tirar as minhas mãos de você.—Falou fazendo charme, a coisa mais linda do
mundo.3

—Vai logo, antes que eu desista de deixar você ir.—Yudi ficou admirando o seu
homem se afastando dela, andando com sua postura viril. Tinha as costas largas e a
bunda grande e durinha, dava até vontade de apertar. Todos os olhos femininos
presentes no local se dirigiam a ele, mesmo com o lugar lotado. Thompson se
sobressaia na multidão, era lindo, rico e poderoso.2

—Porque não diz logo a ela que a ama?.—Jhon chegou perto do Latino mandando a
real logo de cara, que estava a admirar mais um dos perfeitos desenhos do Rafael,
esse realmente era muito especial, principalmente para Gonzáles.

—Ainda es muy cedo para ablar em amor com a Emily.—Se fez de bobo.

—Não se faça de bobo espanhol, sabe muito bem que não é dela que estou falando.—
Thompson andava perdendo a paciência fácil com ele, não entendia como porque não
dizia que amava e pronto.

—Yo nunca vou ser o que ela quer. No importa o quanto me esforce, nunca será o
suficiente.—Sua voz era melancólica, e a forma que olhara para Solange rindo ao lado
de Robert, era de cortar o coração.1

—Isso, deixa mesmo de fazer falta na vida dela. Da mesmo espaço para outro chegar
e ser o homem que você não esta sendo, quando resolver olhar para trás ela já vai ter
ido embora.—Levantou o olhar para ele, González sabia que o amigo estava coberto
de razão.3

—No sei o que fazer, estou confuso.—Realmente estava, o coração mandava ficar
com uma, enquanto a razão achava melhor ficar com a outra.

—O que está fazendo não é certo com nenhuma das duas, não acha que a Emily
merece muito mais do que ser uma segunda opção? E quanto a Solange, não acha
que já foi duro o suficiente com ela? Já passou da hora de agir feito um homem de
verdade.—Thompson sabia exatamente ir ao ponto quando preciso.1

— Yo tenho medo Jhon, no vou aguentar ser rejeitado por aquela mujer novamente. E
se esse amor que diz sentir por mim for passageiro, ou pior no passar de culpa.
—Você a ama? Você a quer?.—Gonzáles segredou a resposta, mas os dois sabiam
muito bem qual era.— Se for a resposta que eu estou pensando, sugiro que tome uma
atitude logo. Pois a concorrência está grande, alguém muito especial me ensinou que
nunca devemos deixar o medo ser maior do que a nossa coragem.—Saiu deixando o
Latino pensativo com suas palavras, depois de continuar um bom olhando para o
desenho na parede, tentando ao máximo controlar a vontade louca de rouba-lo para si,
votou para perto dos pais. Emily intrigada com o que ele tanto olhava, esperou que
saísse e foi discretamente ver do que se tratava. Era um desenho perfeito da Solange
feito a lápis preto, Rafael havia desenhado a irmã em uma pose espontânea . Ela
tentava cobrir o rosto com uma das mãos, no qual havia presente um sorriso tímido
que ele tanto amava. As tranças soltas enfeitada com uma rosa vermelha, a única
parte do desenho com cor. Era uma verdadeira obra de arte, a mais bela da exposição
na verdade. Foi então que a jovem começou a entender muitas coisas, principalmente
que Gonzáles nunca olhara para ela da mesma forma que olhou para Solange quando
chegaram no evento.

Depois do ocorrido, Emily passou o resto da exposição seria, tinha muitas coisas
passando em sua mente naquele momento. Já o Juiz quando voltou, viu algo que não
gostou nem um pouco. Havia um garçom oferecendo uma bebida para Yudi, não
estavam apenas nada demais, ela apenas sorriu em forma de agradecimento pela
gentileza.

—Vamos embora.—Disse grosseiramente tomando o copo da mão dela, praticamente


jogando encima da bandeja do garçom.

—Como assim embora? Temos que pelo menos nos despedir do pessoal.—Não
estava entendo nada.

—Vamos.—Pegou no braço dela e saiu arrastando-a com violência para fora, sendo
brutalmente arrogante com ela.—Nunca mais vai sorrir para outro homem daquela
forma novamente.—Yudi nem sabia como já tinham entrado no carro, já fazendo o
caminho de volta para casa. Ele tinha os olhos firmes na estrada, com corpo
completamente tenso.

—Do que você está falando Jhon?.—Perguntou confusa.


—Sabe muito bem do que estou falando Jackson, aquele garçom queria você. Não
percebeu a forma que ele te olhava? Mas se ousar olhar para você novamente eu o
mato.—Esbravejou com a voz assustadoramente sombria, era de dar medo em
qualquer um.

—Você só pode ter ficado louco pode estar ficando louco, o pobre o homem apenas
me ofereceu uma bebida, esse é a função dele caso você não saiba.—Respondeu
irônica, sem olhar para ele.

—Não brinque comigo Yudi, não sabe do que sou capaz para proteger o que é meu.—
Lançou seu melhor olhar ameaçador.

—Eu não tenho medo de cara feia Thompson, e acho bom baixar o tom de voz
comigo.—Não deixou se intimidar por ele.

—Porque se não vai fazer o que Jackson? Me deixar para ficar com aquele homem,
um cara que acabou de conhecer.—Estava completamente paranoico, passava a mão
pelo cabelo por diversas vezes tentado desfasar o nervosismo.

—Não faz com a gente amor.—Implorou.—Estavam os tão felizes não faz nem quinze
minutos.—Recostou mais no banco, estava muito chateada com ele.

—Quero que me conte cada palavra que ele disse a você, e não ouse me enganar ou
vai se arrepender muito caro por isso.—Pela primeira vez Yudi sentiu medo do Juiz,
não conseguia ver naquela pessoa a sua frente, o homem por quem tinha se
apaixonado.

—Não acredito que está fazendo isso tudo apenas por conta de uma bebida, para e
pense em como tudo isso é absurdo.

—Absurdo é esse seu fetiche com garçons, ou vai me dizer que aquele irmão da
namorada do Delegado Ricardo Avilar no Brasil te convidou para sair porque isso fazia
parte do trabalho dele.—Yudi olhou incrédula para o Juiz, como o mesmo sabia sobre
o convite que o irmão da Júlia havia feito a ela? Só estavam presente os dois quando o
convite tinha sido feito.

—Pensou que eu não sabia disso.?—Seu tom lhe convidava a discutir.—Eu já te disse
que tenho olhos por toda parte, porque acha que ele não te ligou mais durante sua
estadia no Brasil.—Yudi respirou fundo duas vezes antes de dizer qualquer coisa,
estava nervosa demais com c

—Eu te amo, não importa quantos olhos estejam sobre mim. Os meus estarão sempre
ao encontro dos seus, pois não há outro homem no mundo pra mim além de você.—
Se declarou, mesmo irritada queria fazer as pazes.

—Eu também te amo! Mas a única coisa que consigo pensar no momento,e voltar lá e
matar aquele homem da pior forma possível.

—Como pode querer fazer tanto mal a uma pessoa que não fez nada além de ser
educado comigo? O pobre coitado esta sendo condenado culpado só porque foi gentil
com uma convidada do evento em que está sendo pago para fazer isso.

—Ele não é culpado, você é. Se arrumou bonita assim na intenção de provocar, não
posso culpa-lo por te querer, qual homem em sã consciência resistiria a tanto charme
e beleza em uma mulher só.—Desse vez ele havia conseguido magoa-la de verdade.
Já ouvira tais palavras da boca do pai, "que suas roupas eram para provocar os
homens" não iria aceitar ouvir da boca do homem que amava.3

—Pare o carro. Não pediu, mandou.

—Não.—Exclamou com a voz sombria.

—Agora Thompson.— Ordenou com a voz elevada, fazendo ele freia o carro
bruscamente. Assustando com o grito, olhou ela com os aqueles olhos negros cheio de
mistério como a noite que predominava do lado de fora da Mercedes-Benz. Saiu
mandada do veículo, assoviou chamando a atenção do taxi que passava, e foi embora
sem olhar para trás. Passou a noite chorando, ainda mais porque Thompson não foi
atrás dela ou ligara para poder se desculpar do que havia dito a ela de forma tão cruel.
Sabia que a machucaria, e mesmo assim dissera sem dó nem piedade. Se sentiu
ainda pior quando antes de ir trabalhar passou na casa de apoio para ver Max, teve
que mentir para ele quando perguntou o porque os olhos dela estavam inchados e
vermelhos. Disse ao menino que estava gripando, mas esperto como era logo
percebeu que tinha chorado por um bom tempo.

—Sabe que eu te amo não sabe?— Max perguntou a Ela.

—Sim.—respondeu com vontade de chorar.


—Seja o que for, vai passar. " Porque á sua ira dura só um momento, no seu favor
está a vida. O choro pode durar a noite toda, mas a alegria vem de manhã.—Exclamou
o menino ao limpar as lagrimas que escorria do rosto dela.

—Salmo 30-5..—Ela disse sorrindo em meio as lagrimas, amava conversar com Max,
tinha o poder de acalma-la.—Eu também te amo.—concluiu.

—Eu te amo mais.—Respondeu da mesmo forma que Thompson na noite passada, os


dois tinham uma postura muito parecida, se fossem pai e filho não parecia tanto.
Pensou Yude.

Jackson trabalhou o dia todo triste, o Juiz não mandou se quer uma mensagem para
dizer como estava. Soube pela boca de terceiros que ele tinha vindo trabalhar,
ninguém o viu chegar. Mas como a porta do Gabinete passou o dia todo trancada, era
óbvio que ele estava lá dentro. Já era hora de bater ponto para ir embora, quando o
Juiz Louzada antes de sair pediu Yudi para ir levar alguns documentos urgentes para
Thompson. Queria gritar, pular, dizer que não iria de forma nenhuma. Pois não estava
pronta para se encontrar com ele, mas foi profissional. Pegou as folhas com as mãos
tremulas e foi caminhando pelo corredor como uma presa indo para a armadilha do
caçador. Quando chegou, achou estranho a porta estar entre aberta, à sala em um
breu total. Mas não era uma escuridão qualquer, era assustador, sombrio. Mesmo
morta de medo, entrou aliviada por ele já ter ido embora. Como não sabia onde ficava
o interruptor para ligar as luzes, com muita dificuldade conseguiu chegar ate a mesa.
Quando acabou de colocar os documentos sobre a mesa, se sentiu em um cofre forte
ao ouvir o barulho de varias fechaduras sendo trancada ao mesmo tempo. As janelas
foram cobertas uma segunda camada de aço puro, a porta foi do mesmo modo. Lá de
dentro não saia nem um ruído se quer, era aprova de som.

—Você e muito corajosa vindo aqui sozinha Jackson.—Yudi tremeu de cima baixo ao
ouvir a voz do Juiz ecoar em meio a escuridão, ainda mais porque não era ele que
estava falando, mas sim a fera que existia dentro dele. Assim como havia construído o
quarto do pânico em casa, ele havia feito uma "proteção particular" no seu gabinete,
como pagou com dinheiro do bolso dele ninguém falou nada. Pensavam que era para
se proteger do monte de ameaças de morte que recebia dos bandidos que colocou na
cadeia, mas na verdade era para proteger as pessoas dele mesmo, caso tivesse uma
crise durante ao trabalho não poderia fazer mal a ninguém.
— Se não abrir essa porta agora, eu vou gritar até não aguentar mais.

— Eu me tranquei aqui o dia todo para não ter que encontrar, me segurei para não ir
ao seu encontro. Mas você tinha que vir aqui me provocar, Deus! Eu pude sentir o seu
cheiro desde que saiu do elevador.—Sua voz era grave, mortalmente sexy.

— Se esta tentando me assustar, esta perdendo o seu tempo. Não tenho medo de
você.—A moça era dissimulada, não tinha medo do perigo.

—Devia ter.—Seu tom era ameaçador, a escuridão predominante no lugar, só deixava


tudo ainda mais assustador. Mas aquele mistério todo estava deixando Yudi um tanto
excitada, a temperatura estava subindo dentro daquele gabinete.

—Devia porque? Meritíssimo.—O provocou. Sabia que ele já havia lhe proibido de
chama-lo assim, essa palavra era como um palavra chave para acordar a fera que
existia dentro dele. Se ele já estava perdendo o controle, agora tudo poderia
acontecer.1

—Não me provoque Yude.—Avisou fora de si. Ela tentava descobrir de onde o som da
sua voz vinha, mas como ecoava pelos quatros cantos da sala, não tinha como saber.

—Meritíssimo.. Meritíssimo... Meritíssimo...—Repetiu três vezes bem devagar. Não


levou nem um milésimo de segundo e eleja estava junto a ela. E a beijou. Naquele
momento jamais sentia tamanha urgência. Era tanta que chegava doer, não conseguia
controlar suas mãos que deslizava por todo corpo da moça. Agora não havia barreiras
entre os dois, e a fera que existia dentro do Homem da Lei poderia possui-la da
maneira que quisesse. Ela podia sentir o coração dele batendo forte e rápido. Levou
um susto ao ter a blusa amarela ser arrancada do seu corpo bruscamente, aquela ela
não usava mais, estava em pedaços pelo chão. Quando tentou beija-la novamente ela
se afastou, queria continuar. Mais de outra forma.

—Eu quero te ver.—Ela pediu.

—Não quero assustar você.—Sua voz era apavorante.

—Por favor.—Implorou.

—Luzes.—Ele disse, e ao seu comando de voz todas as lâmpadas do lugar se


acenderam. Ele estava de cabeça baixa a dois passos de distancia dela, trajando o
que restou do terno. Porque o palito e a gravata estavam jogados pelo chão. Estava
todo amassado e com o cabelo todo bagunçado, não tinha dormido aquela noite, só
conseguia quando passava a noite com ela.

—olhe pra mim.—Ele negou com a cabeça, continuou de cabeça baixa.

—Por favor.—Pediu mais uma vez.

O Juiz foi levantando a cabeça lentamente, os olhos ainda estavam negros desde a
noite passada que brigara com ela. Não conseguiu se controlar desde então, não havia
ido trabalhar. Tinha passado a noite ali, era o lugar seguro mais perto para se
esconder até retomar um pouco o Juízo. O pior era que estava sem suas medicações,
parou de usar depois que começaram a namorar. Os cabelos que antes viviam sempre
bem penteado pra trás, agora estavam caídos avulsos sobre o rosto. De fato sua
aparecia selvagem estava de dar medo mesmo, não para ela. Nunca vira coisa mais
atraente no mundo! Queria ser possuída por ele naquele momento, de todas formas
possíveis. Sem pensar duas vezes ela correu até ele e pulou no seu colo, entrelaçando
as pernas em volta da cintura dele.

—Me faça sua.— Olhava dentro dos olhos negros, havia tantas coisa dentro deles.
Principalmente raiva e medo misturado com desejo.

—Não quero te machucar.—Virou o rosto para o lado.

—Eu sei que não vai..

—Não sei como fazer sem te machucar.

—Apenas me ame..

E assim ele o fez. Aconchegou Yudi em seus braços, certificando que estava segura
com as mãos ao redor do seu pescoço e a carregou-a atravessando a enorme sala.
Thompson pousou um beijo nos lábios dela enquanto a amparava com um braço
derrubando tudo que estava sobre a mesa com o outro livre. Ele a sentou sobre o
móvel, era a primeira vez que lhe amaria da forma que a desejara deste que a viu pela
primeira vez, seria sem segredo ou medo. Queria ver cada expressão no rosto de
Jackson, queria ver o que a faria contorcer-se, suspirar, o que a faria perder totalmente
a razão em seus braços. Sobre os olhos atentos da moça, ele foi desabotoando os
botões da sua camisa e desnudando um peito musculoso. Deus, ele era perfeito!
Pensou a Yudi. E, com a camisa desalinhada, parecia incrivelmente quente. E era todo
dela. Não jogou a camisa no chão, ela imaginou mesmo que não faria isso. A dobrou
com zelo e colocou sobre a cadeira, o visual de suas costas era tão bom quanto
afrente. Os músculos eram definidos e bem destacados, isso era resultados dos
diversos esportes que praticava. Ele agarrou o cós da calça, tudo sobre o olhar dela.
Sensualmente abriu o botão, foi descendo o fecho lentamente. Suas pernas eram bem
torneadas e firmes, perfeitas como tudo que havia em seu corpo. Ela usava surtia de
renda branca, combinando com a calcinha. E meias finas até a coxa com a beirada
rendadas, o sonho de qualquer homem. O sonho dele.

—Tem certeza que quer tentar isso? Daqui pra frente não sei o que pode acontecer.—
Tinha a respiração ofegante. Ela como reposta fez um rastro de beijos sobre o peito
másculo até chegar na curva do pescoço, lá depositou uma leve mordida.

—deveria correr enquanto há tempo, se eu começar não vou conseguir parar.—


Tentou alerta-la pela ultima vez.

—Querendo amarelar agora, Meritíssimo?—O Provocou de forma sensual sussurrando


em seu ouvido.

—Eu te avisei.—Exclamou com a voz sombria. Prendeu os longos cabelos rebeldes


em uma rabo de cavalo dentro da sua mão e puxou com força, obrigando ficar com o
rosto bem colado ao dele.—Eu vou possuir você da forma que eu quiser hoje
Senhorita Jackson, e se não for uma menina boa me dando tudo o que quero, vai ser
castigada.—Yudi quase gozou apenas ao ouvir Thompson dizendo aquilo, jamais
imaginara ouvir tais palavras da boca do Juiz.. De fato não era ele mesmo que estava
falando, era a fera. Calado homem já era uma tentação, imagina sendo ousado então?
Era o verdadeiro Deus do sexo.

—Eu.. eu.— Gaguejou . Sua mente não conseguia formular nada inteligente para
dizer.

—Calada.—Ordenou severo.—Só vai dizer alguma coisa sobre a minha ordem.—Pelo


tom grave, o Thompson dominador estava no comando. Desceu ele da mesa de forma
brutal, virando-a de costas para ele. Yudi sentiu todos os pelos do corpo arrepiar ao
sentir a mão dele descendo para dentro da calcinha branca de renda, sem muita
delicadeza deslizou a peça pelas pernas grossas e guardou no bolso da calça que
estava no chão. Se posicionou de joelho entre meio as pernas dela, a moça gemeu
apenas em sentir o calor da respiração dele pousar sobra a sua intimidade. Gemeu
mesmo foi quando o toque ágil da língua do Juiz adentrou sua intimidade enquanto
com a outra mão apertava fortemente o seio esquerdo dela por debaixo do surtia,
reclamou pela peça estar dificultando o trabalho dele. Era um homem experiente, sabia
onde tocar para leva-la a loucura. Fazendo movimentos circulatórios com o clitóris,
movendo-se em vai e vem. Não satisfeito, enfiou dois dedos também. Enfiando fundo
dentro do canal, movendo-os sobre o ponto mais sensível. Jackson ergueu o corpo de
tanto prazer, teve que segurar nos cabelos dele para não cair de cima da mesa, os
gemidos dela ecoavam alto pelo gabinete. Ainda bem que não era mais horário de
pico, mas se fosse não teria problema, afinal a sala era aprova de som. A jovem deu o
ultimo grito chegando ao ultimo nível do prazer, mal tinha se recuperado do intenso
orgasmo e ele já foi pra cima dela devorando sua boca com ferocidade. Segurou firme
nas duas coxas e a puxou para perto de si, de uma forma que ela sentisse sua ereção
pulsante serrar nela. Rapidamente tirou a cueca box deixando o membro avantajado a
mostra, era grande e grosso. Na ponta rosada saindo um liquido branco vistoso, pre-
sêmen. Com as pernas Yudi abrasou os quadris dele, o envolvendo de forma urgente,
a vontade ser possuída por ele era grande demais. Se esfregou nele sem nenhuma
timidez, era muito decidida quando queria alguma coisa. Entendo a intenção dela, a
deitou de costas sobre a grande mesa de vidro, ajeitando uma posição melhor para o
que pretendia fazer. Segurou o membro direcionando com perfeição na entrada dela é
ficou brincando um pouco, esfregando a glande macia no clitóris de Jackson, fazendo
a mesma gemer de ansiedade para recebe-lo. De forma ousada entra um pouco
depois saia, apenas para provoca-la. Escorregou para dentro dela sem avisar, em uma
estocada só. Forte e profunda, fazendo Yudi gemer de dor e prazer ao mesmo tempo.
Fazendo ela perder o folego, entrando e saindo na mesma intensidade, cada vez mais
fundo e com mais força.

—isso vai doer um pouco.—Avisou. Em um movimento rápido virou ela de costas, com
os pés apoiado no chão, e da cintura para cima deitado sobre a mesa, de forma que
sua bunda ficasse totalmente empinada para ele. A penetrou nessa posição
novamente, uma mão segurava na cintura dela e a outra puxando-a pelo o cabelo para
dar mais impulso nas investidas. Em um rítmico arrebatador a possuiu naquela posição
por um bom tempo, depois a ergueu no colo e sentou com ela no sofá, ai foi a vez dela
fazer sua parte. Arremeteu seu corpo sobre o dele, apoiou as mão em volta do
pescoço dele e cavalgou, rebolando freneticamente sem tirar os olhos dos seus.
Vendo que ele estava quase gozando aumentou o ritmo, mas parou de se movimentar
antes que acontecesse, fazendo o Juiz lhe encarar frustrado e confuso. Yudi saiu do
colo dele e sentou na ponta do sofá com as pernas abertas levou a mão até a própria
intimidade e ficou brincando com ela, alisando o citros com os dedos fazendo cara de
safada. Deixando ele completamente doido, os olhos escureceram mais do que já
estava. Passava a mão pelo cabelo e mordia o lábio inferior olhando para aquela cena
sensual protagonizada por ela, apenas para ele. Quando viu já estava praticamente
voando encima dela, só parou quando a moça não tinha força nem para ficar de pé,
haviam feito testes de varias poses e ângulos. Jackson acabou literalmente apagando.
Acordou de manhã entre meio os lençóis brancos de seda da cama do Juiz, não fazia
ideia de como havia sido trazida para casa dele. Ainda enrolada no lençol, saiu a
procura do amado. Ouviu vozes alteras vindo do andar de baixo, entre elas a de Jhon.
Parou no topo da escada e ficou escondida para ouvir o que estavam falando, sua mãe
lhe ensinara que era errado fazer aquilo, mas isso não a impediu de fazer.

—Nós exigimos que você assuma a desonra que fez com a nossa filha! Ela disse que
não revelou a gravidez antes porque você ameaçou obriga-la tirar a criança. Por isso
viajou esse tempo todo se escondendo, mas agora que descobri, eu como pai vim aqui
exigir que case-se com ela o mais rápido possível.—Disse ao berros o pai de Suzana,
a mesma se encontrava no braços da mãe chorando se fazendo de vitima.

—Se essa criança fosse de fato minha, eu seria o homem mais feliz do mundo. Afinal o
meu maior sonho e ser pai, nada me deixaria mais realizado.— Thompson respondeu
calmo e direto como sempre, deixando Yudi totalmente sem chão com tal revelação.
Principalmente culpada por nunca poder ser capaz de realizar o sonho dele, e por não
ter contado antes que não podia ter filhos.

Capítulo 28
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de MarliaSillva Following
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Coração bandido 2

González depois de muito pensar, havia tomado à decisão com quem iria ficar.
Aproveitou que a exposição estava quase no final, então chamou a escolhida para o
lado de fora do Museu de artes para poderem conversar melhor, afinal era um
momento íntimo que só pertencia aos dois. Nervoso, colocou a moça de frente para
ele para poder olhar dentro dos seus olhos enquanto se declarava.

— Tu gostaria de ser minha namora?.—Olhou intensamente para ela.

—Porque que quer namorar comigo González?—Respondeu a jovem com outra


pergunta, em seu rosto havia uma expressão enigmática.

—Porque yo estou enamorado por ti horas, es a mujer perfeita para mi.—Disse óbvio.

—Paixão não é amor González, não chega nem perto. Para sermos felizes iríamos
precisar de muito mais do que isso, não quero algo que dure dois ou três anos no
máximo. Quero um amor para vida toda.—Explicou com a voz triste, mas com muita
sinceridade no olhar.—Até porque, não quero ficar com um homem sabendo que esta
com outra na cabeça.—Concluiu.2

—Isso no vai acontecer! Se escolhi ficar com você, e porque no haverá nenhuma
outra.—Alterou a voz, não estava entendo o porque estava colocando tanto
impedimento na relação dos dois, era só dizer sim é pronto. Odiava a mania que as
mulheres tinham de complicar tudo. – Pensei que também estava enamorado por mi.—
Completou decepcionado.

—É estou González, muito na verdade. Por isso minha responda é não! Espero que
entenda a minha decisão.—Virou o rosto para o lado, estava sendo difícil demais
deixa-lo ir. Só quem ama de verdade e capaz de abrir mão da própria felicidade para
que o outro seja feliz.

—Porque está fazendo isso com a gente mi amor? Podemos ser muy felizes juntos.—
Tentou faze-la mudar de decisão.
—Está tentando me usar para esquecer ela, coisa que nos dois sabemos que nunca
vai acontecer. Consegue entender isso?—Emily lançou tais palavras de uma vez só,
não aguentava mais ver ele tentando negar uma coisa que estava estampada na cara
dele.

—Yo no sei o que dizer.—Realmente não sabia, foi pego de surpresa por ela.

—Você à ama de verdade não é mesmo?.—Virou de frente para ele novamente,


queria ouvir a resposta olhando dentro dos olhos dele.

—Desde o primeiro dia que vi. —Respondeu direto.

—Então creio que está pedindo a mulher errada em namoro. O verdadeiro amor só
aparece uma vez na vida da gente, não vai acontecer outra vez se dessa vez
passar.—Emily realmente era uma mulher incrível, jamais ficaria com González por
mero capricho. Era correta demais para fazer algo assim, abriria os olhos deles antes
que cometesse o maior erro da sua vida.

—Yo no menti quando disse que te amava Emily.—Realmente não estava. No mundo
existe várias maneiras de amar uma pessoa.—Tenho certeza que poderíamos ser muy
felizes juntos, mas o que sinto por Solange no tem explicacion. Me consume a razão,
me tira do eixo, rouba mi chon. Me toma por completo. No só morreria por ela como
mataria também se fosse preciso.1

—Então o que está esperando para dizer isso tudo para ela?.—Disse com um sorriso
lindo no, de um jeito meigo que era só dela.

—Obrigado.—O Espanhol depositou um beijo em seu rosto, voltou as pressas para


dentro do Museu de artes totalmente desesperado a procura de Solange. Mas por
incrível que parecia não a encontrou em nenhuma parte, quando avistou a mãe dela
de longe foi logo perguntar onde poderia encontra-la.1

—A Solange não estava se sentindo muito bem meu filho, então Robert se ofereceu
para leva-la em algum lugar mais tranquilo para poder respirar um pouco.—Alerrando
fechou os punhos enraivecido, tinha os músculos faciais contraído de tanta raiva.
Sabia muito bem para qual lugar "Tranquilo" o projeto de Will Smith queria levar a
moça, com certeza para o quarto dele concluiu em pensamento.
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—Tem mucho tempo que saíram, Dona Eulália?—Estava disposto a encontra-los onde
quer que fosse.

—Uns cinco minutos meu filho, se correr talvez ainda os encontre.—Respondeu


sorridente a mãe do grande amor da vida dele. Ela mal acabou de falar e ele já saiu
disparado no meio do povo, estava morrendo de medo de ter caído em si tarde
demais. E já era. Não tinha nenhum sinal dos dois em lugar nenhum, e olha que ele
fez uma varredura minuciosa por toda parte. Tomado pelo desespero, pegou o celular
e ligou para Solange, tantas vezes que até perdeu a conta. Mas era sempre a mesma
coisa " Esse número se encontra indisponível no momento, tente mais tarde" mandou
infinitas mensagens e nada dela visualizar. Sem ter muito o que fazer, e totalmente
devastado! Voltou para o seu apartamento sem dar satisfação a ninguém, queria ficar
sozinho. Em sua mente passavam mil suposições sobre o que Solange poderia estar
fazendo naquele momento, ou melhor, em que o Robert poderia estar fazendo com
ela. Era tanto ciúmes que chegava doer, e o fato disso estar acontecido por conta do
orgulho idiota dele fazia a dor ser ainda maior. Primeira coisa que fez, foi ir até o seu
escritório e abrir o cofre, de dentro dele retirou todas cartas que a moça havia
mandado para ele. Estavam guardadas como a coisa mais valiosa do mundo, para ele
era. Pegou os dois malotes bem preso com elásticos, fazendo assim um envelope ficar
bem cumprido ao outro. Caso contrário não caberiam no cofre, afinal não era uma ou
duas, eram mais de duzentas cartas. E tudo escrita à mão, sentiu embriagado ao sentir
o perfume dela presente em cada uma delas. Atravessou o corredor com segurando
aquilo, tirou o palito e jogou no sofá da luxuosa sala de estar. Mas estava só de
passagem por ali, seu destino era o quarto. Sentou na cama, ou melhor, derramou-se
sobre ela. Pegou um travesseiro e colocou sobre a cabeceira da cama para usar como
apoio para as costas. E fez o que vinha fazendo todas as noite, chorou relendo carta
por carta, tanto que sabia de cor cada palavra. E a emoção que sentia era como se
estivesse lendo pela primeira vez, principalmente uma que mais gostava que dizia que
apesar dele de fato não ter nada haver do que ela havia idealizado para vida dela,
acabou se tornando tudo o que sempre precisou para ser feliz. Que passava todas
noites sonhando em como seria montar uma família ao lado dele, com direito a
cachorro e tudo. Um lar completo e feliz, onde o amor e a paz reinariam todos os dias.
Em um rompante de desespero com medo de perder tudo aquilo, um sonho que
também era o dele. O Espanhol levantou em um pulo, pegou a chave do carro e saiu
descido a encontra-la nem que fosse no fim do mundo. Levou o maior susto quando
abriu a porta e deu de cara com ela, pensou estar tendo uma ilusão. Solange tinha
uma expressão chorosa no rosto, as sandálias na mão e as tranças soltas todas
bagunçada caindo sobre o rosto.2
—Sei que não quer falar comigo, mas precisamos conversar para resolver nossa
situação de uma vez por todas.—Disse ela decidida, deixando González confuso. Será
que não vira as milhares de ligaçõs perdida ou o monte de mensagens que tinha
mandado para ela? Se perguntou mentalmente. Na verdade não tinha visto, o celular
acabará a bateria ainda no meio da exposição. Vir ali tinha sido inciativa dela, não
tinha nada haver com ele.

—Entre.—Disse apenas, era esperto. Já que ela não sabia do arrendamento dele, não
iria entregar o jogo logo de cara, queria ter certeza do amor que dizia tanto sentir por
ele.12

—Assim que o caso do Max for solucionado, eu irei embora González.—Revelou logo
de uma vez.—Para Tóquio.—Completou o deixando completamente pasmo.

—O que?.—Quase gritou.3

—Não suporto mais viver assim Alerrando, a forma fria como tem me tratado está me
matando.—A essa altura já se encontrava em lágrimas.—Estou entregando os pontos,
saindo fora. Não tem como competir com a Emily, ela é maravilhosa. Linda, elegante,
doce e inteligente. Incapaz de te magoar algum dia, simplesmente perfeita para
você.—Virou de costas sem coragem de olhar para ele, estava sendo muito
complicado ter que assumir tal coisa na frete dele. Diante a declaração da moça, a
única coisa que mais lhe chamou a atenção foi a nova tatuagem dela, localizada na
região do ombro escorrendo para o meio das costas, nunca tinha visto coisa mais sexy
na vida.

—Sim, ela é una mujer incrível. E de fato me faria muito feliz mesmo.—Solange fechou
os olhos sentindo a dor tomar conta do seu peito, já era difícil assumir isso, imagina
ouvir da boca dele então?—Mas ela tem uno defeito impossível de mudar.—Se
aproximou próximo ao corpo dela.

—E o que séria?.—Perguntou confusa ainda de costas para ele.

—Ela no é você.—Abraçou a cintura dela por trás unindo os dois corpos que nunca
deviam ter se separados um dia, fazendo a respiração da advogada ficar ofegante.—
Na verdade nenhuma outra será.—Completou virando ela de frente para ele e lhe
roubando um beijo apaixonado.1
—Eu quero que seja feliz, mesmo que não seja comigo.—Choramingou a moça
escondendo o rosto cheio de lágrimas no peito másculo, só Deus sabia o esforço que
estava fazendo para dizer aquilo. Mas estava sendo sincera, a felicidade dele tinha se
tornado mais importante do que a sua.1

—Tu me amas carinho?—Perguntou da mesma forma como no dia acidente, mas


dessa vez não foi como uma despedida. Era para um novo começo para a vida dos
dois, tudo dependeria de qual séria a resposta dela dessa vez. Ela como resposta ficou
na ponta do pé, e o abraçou o mais forte que pode apoiando a cabeça no seu ombro.
Sem palavras para expressar o sentimento que tinha dentro do peito, fez a única coisa
que fazia para quando não sabia o que dizer. Cantou a música que parecia ter sito
composta especialmente para os dois.1

Tiziano Ferro...

(Atrapalhado)

Tudo começou por um capricho teu

Eu não ligava, era apenas sexo!

Mas o sexo é uma atitude

Como a arte em geral

E talvez eu tenha entendido isso e estou aqui...

Desculpe, sabe, se tento insistir

Me torno insuportável, eu sou.

Mas te amo, te amo, te amo...

É engraçado, tudo bem, é antiquado, mas te amo.

Desculpe se te amo e se nos conhecemos

Há dois meses ou pouco mais

Desculpe se não falo baixo,


Mas se não grito, eu morro.

Não sei se sabe, mas te amo..

E desculpe-me se rio, me embaraço todo! Se

olho pra ti fixamente eu tremo..

À ideia de te ter ao meu lado,

e me sentir somente teu

estou aqui me faz ficar emocionado...

E sou um atrapalhado!

E sou um atrapalhado!

Oi, como está? Pergunta inútil!

Mas o amor me torna previsível

Falo pouco, eu sei, é estranho, dirijo devagar

Será o vento, será o tempo, será... fogo!

Desculpe se te amo e se nos conhecemos

Há dois meses ou pouco mais

Desculpe se não falo baixo

Mas se não grito, morro

Não sei se sabe que te amo

E desculpe se rio, me embaraço todo

Olho pra ti fixamente e tremo

À ideia de te ter ao meu lado

E me sentir somente teu

E estou aqui e falo emocionado

E sou um atrapalhado!
E sou um atrapalhado!

Mas, sim. Eu, te amo...3

—Yo também te amo carinho, mucho.3

Declarou ele assim que a amada acabou de cantar a música. Tirou uma alça do
vestido, beijando cada parte que ia ficando desnuda. Depois tirou a outra, fazendo a
peça cair em camadas sobre o chão. Admirou que a mesma usava apenas uma
pequena calcinha minúscula, tamvem na cor branca. A ergueu em seu colo fazendo
com que rodeasse as pernas em volta da sua sua cintura. González colocou os braços
de Solange em torno do seu pescoço, e a conduziu até seu quarto sem tirar os lábios
dos dela. A advogada arqueou o corpo de prazer quando o Latino deslizar a mão para
dentro do único pedaço de pano, e apertou a bunda dela com vontade. Era um safado
de marca maior. Aquele sorriso brincalhão presente no rosto do Espanhol, mostrou a
Sol que o homem por quem se apaixonara estava de volta. Ao chegar ao quarto a
lançou sobre a cama, e foi engatinhando para cima dela, parou olhando fixamente para
o rosto dela. Como se quisesse ter certeza de que aquilo não era um sonho, então
tocou –lhe a face sorrindo logo após ao perceber que ela realmente esta ali, totalmente
entregue em seus braços. Solange reparava detalhadamente cada traço do belo
homem a sua frente, e se perguntou como não percebeu antes que estava louca de
amores por aquele Espanhol metido? Ele era o sonho de qualquer mulher. Fazia muito
tempo que Sol não chegava em um ponto tão intimo com um homem, não era
nenhuma virgem, mas também não exper no assunto. Mas resolveu ousar.

—Poderia fazer um streap tease pra mim?—Ela pediu meio sem jeito, Alerrando
levantou o cenho meio surpreso com o tal pedido, mas não se impôs a ele. Levantou
da cama afrouxando a gravata de seda pura, tudo sobre aos olhos atentos da moça.
Desfez o nó sensualmente, Solange ao ver os movimentos, soube exatamente como
seria eles deslizando em sua pele. E ansiou que isso acontecesse logo, estava louca
de desejo por aquele homem. Que jogou a pequena peça longe, com a maior cara de
safado. Foi desabotoando os botões da camisa branca, deixando desnudo um peitoral
repleto de músculos. Parecia um atleta Olimpico, nem parecia ficar o dia todo enfiando
dentro de um escritório, essa profissão sedentária não combinava nem um pouco com
ele. Era o tipo que deixara qualquer astro de Hollywood no chinelo, simplesmente
perfeito. E, todo bagunçado daquela forma era ainda mais imprestável.
—Continue.—Ela pediu sem vergonha.

A camisa teve o mesmo destino da gravata, foi arremessada em um canto qualquer do


quarto. caminhou até a o som sobre a estante e promocionalmente ergueu o braço
para pegar um Cd sobre a prateleira, o cínico estava se amostrando para ela. Sabia o
belo corpo que tinha, não usava modéstia nenhuma quando o assunto era seduzir. Ao
som de Grazy in love da Beyonce, na versão cinquenta tons de cinza votou para o
mesmo lugar onde estava. Levou a mão até o cós da calça e foi abrindo o fecho
lentamente.2

—Deixa que eu te ajudo.—Em um pulo, Solange levantou da cama é terminou o


trabalho que ele começara. Desceu deixando um rastro de beijos no peito dele,
fazendo o mesmo gemer em reposta.

—Solange...—Gemeu o nome dela ao sentir a pequena mão dentro da sua cueca box,
ela brincou com o monte considerável grande presente lá dentro.—No precisa fazer
isso se no quiser.—puxou ela para cima novamente e a empresou na parede.—Disse
Gonzáles ao sentir as mãos da moça tremulas, era óbvio que nunca tinha feito aquilo
antes.

—Não precisa, mas eu quero provar você de todas as formas possíveis.

Sedutoramente deslizou as costas pela parede, ficando de joelhos. Abaixou a cueca


box deixando livre o membro que estava a ponto de explodir por baixo do tecido.
Alerrando fechou os olhos apoiando as duas mãos na parede esperando ansioso pelo
o que ela pretendia fazer. Delicada como era, segurou o membro e ficou estimulando-o
com movimentos de vai e vem, passou a língua na ponta o torturando, queria vê-lo
totalmente entregue a ela. E estava. Quando levou a boca enfiou quase todo tamanho
dele dentro, tirava e colocada em uma sequência perfeita. Bem lenta, do jeito que ele
gostava. Já havia vivido muitas vezes aquela experiência com mulheres com mulher
que entendia bem do assunto, mas nenhuma delas se comparava ao tesão que estava
sentindo com Solange. Ficando ainda melhor quando olhava para baixo e via olhar de
safada que a mesma fazia olhando para cima, quando sentia que o Latino iria gozar,
parava os movimento e começava tudo novamente.

—Você é muito calhente carinho.


Proferiu totalmente sem ar antes gozar loucamente, nunca tinha chegado ao clímax
tão rápido, mal tinha tocado nela ainda. A pegou no colo com carinho e colocou
sentada em uma poltrona no canto do quarto, usava as vezes para ler antes de dormir.
Abaixou se posicionando entre meio as pernas dela, a puxando bruscamente
segurando com força em suas coxas, usando o ombros como apoio para elas. Ai foi a
vez dela de ser torturada nas mãos dele, o homem era experiente. Sabia muito bem
onde tocar com a língua para deixar qualquer mulher louca, principalmente a que
amava.

— Eu.. te... amo Eu.. te amo..—Gemia sem parar puxando os cabelos dele, como se
fosse possível traze-lo ainda mais para próximo a ela. Já que estavam parecendo um
só de tão unidos. Ele totalmente tomando pela excitação, sentou com a moça no colo.
Ela segurou o membro duro feito pedra, e calmamente sentou sobre ele. Sem deixar
de olhar nós olhos dele, era uma conexão absurda existente entre eles. Solange
inclinou a cabeça pra trás subindo e descendo em um ritmo cada vez mais rápido, ele
segurava com foça da cintura dela elevando o quadril para dar mais impulso aos
movimentos dela. Solange gemeu ainda mais ao sentir a boca dele tomar o seu peito,
que sugava e mordia loucamente. Com os olhos negros repletos de pura luxuria, agora
não tinha mais volta, o amor deles estava mais que consumado. Para deixar bem claro
isso repetiram a dose na cama , no chão e debaixo do chuveiro. Enfim depois de
tantas idas e vindas do amor, estavam definitivamente juntos como um casal de
verdade. Sem medo, barreiras, preconceitos ou qualquer outra coisa que poderia ser
uma barreira entre os dois. Às vezes é preciso perder algo, para quanto tiver de volta
souber da valor.

Bônus
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O Outro lado da moeda..

Robert Smith...

Solange era a mulher mais linda que eu já vira em toda minha vida. Sua aparência
exótica me encantava, era simplesmente perfeita, tipo raro hoje em dia. Cheia de
personalidade e atitude, o tipo independente. E quando sorria era a coisa mais linda do
mundo. Porém, era notável que por de trás dele havia muita tristeza. Era como se
estivesse faltando algum pedaço dela, ou toda razão de viver. Estávamos saindo do
Museu de artes, ela não estava se sentindo bem lá. E, eu sabia muito bem o porque.
Estava na cara que morria de amores por aquele Espanhol convencido, e o mais
engraçado é que o sentimento dela era recíproco da parte dele, isso era notável a
quilômetros de distância. No começo pensei que poderia competir com ele, mas no
estado em que ela ficou hoje apenas de vê-lo ao lado de outra, me fez perder toda
esperança. Não conseguiu nem permanecer no mesmo lugar que eles, e pelo jeito
nem no mesmo país, pois havia acabado de me contou que depois do caso do
Maxmilian Tolelo vai aceitar uma proposta de trabalho em Tóquio, praticamente do
outro lado do mundo. Mas se gostavam tanto, porque não estava juntos? Era o que eu
iria saber naquele momento.

—O que houve entre você e o Espanhol?—Perguntei logo de uma


vez. Estavamos caminhando para uma praça que ficava próximo ao local da
exposição, perfeito para arejar um pouco a mente.

—Isso é uma grande história.—Respondeu com a voz triste.

—Pode contar com calma, sou bom em ouvir.—Sentamos debaixo de um carvalhinho.


Pacientemente ouvi ela contar o que havia o corrido entre eles, e de fato a história era
grande mesmo.

—Sério que ele se queimou todo em um tratamento de bronzeamento artificial na


tentativa de ficar negro?—Perguntei limpando as lágrimas que caíam de tanto que
estava rindo, a imagem do Espanhol todo assado deveria ter sido ilharia.

—Sim, ele fez.—Respondeu com um sorriso terno no rosto, provavelmente lembrando


do dia do ocorrido.

—Você tem ciência que só um homem que ama uma mulher de verdade e capaz de
fazer esse tipo de coisa, querer ser o que nunca vai ser apenas para agrada-la.—
Depois de ouvir tudo aquilo entendi o que havia de mal resolvido entre os dois, o que
os impediam de ficar definitivamente juntos.

—Sim, eu tenho.—Respondeu desanimada encostando as costas no tronco de uma


árvore atrás do banco, respirou fundo e olhou meio perdida para os carros passando
na rua.—Não sei como fui tão boba que não vi o homem maravilhoso que tinha bem ao
meu lado.

—Não viu porque estava cega demais pelo racismo, por mais que o pobre coitado se
esforçasse nunca seria bom o suficiente para ser amado por você não é mesmo? Seria
sempre o branquelo desbotado que só servia para estar correndo atrás de você, mas
não ao seu lado.—Mandei a verdade nua e cria para ela. Que olhou para mim chocada
com a minha constatação.

—Eu não sou racista Robert, esse tipo de coisa é horrível.—Proferiu nervosa.

—A não? Então tente se colocar no lugar dele por pelo menos uma vez, apenas feche
os olhos e imagine.—Assim ela o fez.—Você chega para ele e diz que o ama, mas ele
fica tentando te levar para cama de todas as formas porque se sente atraído por você.
Mas te amar não pode porque só se senti atraído emocionalmente por mulheres
brancas, mesmo assim não desiste e luta por infinitas vezes indo até contra a natureza
para ser digno do amor dele. Em um belo dia segundos antes de morrer, você tem
apenas tempo para ligar para uma pessoa. Entre família é amigos escolhe ligar para
ele, porque era a última voz que queria ouvir antes de morrer. Mas pela milésima vez
é rejeitado, da forma mais dolorosa possível. Retorna do trauma e encontra ele de uma
ora para outra morrendo de amores por você, correndo atrás da mesma maneira que
fizera antes.—Segurei a mão dela, precisaria de força naquele momento.—Agora
responda com sinceridade, o que faria no lugar dele diante dessa situação?—Conclui.

—Eu pensaria que tudo não passava de culpa da parte dele, e que por mais que
tentasse provar que me amava de verdade, não acreditaria porque me deu vários
motivos antes para jamais acreditar que isso pudesse acontecer. E, me agarraria ao
primeiro que aparecesse sendo o que não foi na minha vida, jamais trocaria o certo
pelo duvidoso caso fosse preciso escolher. —Tampou o rosto com as mãos para
esconder o choro, estava começando a entender o que queria dizer a ela.
—Sabe o que precisa fazer, não sabe?.—Afaguei suas tranças, a abraçando com
carinho.

—Procura-lo para ter uma conversa definitiva.—Respondeu com a voz chorosa.

—Vamos, se tivemos sorte talvez ainda encontramos ele lá.—Peguei na mão dela e
saímos correndo feito duas crianças. Fiquei tão comovido pela história dos dois que
até estava torcendo para a reconciliação deles, apenas precisavam para pôr um
minuto e conversar francamente. Infelizmente não achamos mais ele lá, mas não
desistiu. Pegou o carro dela é saiu disparado em direção ao apartamento do González,
decidida a resolver de uma vez a situação dos dois.

—As vezes só sentimos a dor de uma pessoa quando nos colocamos no lugar dela.—
Pensei alto vendo o carro dela sumir na primeira curva.

—Sabias palavras.—Comentou uma mulher muito bonita parada na calçada que


parecia estar esperando o táxi, além de linda tinha um sorriso meigo no rosto.

—Obrigado, mas é uma pena que ninguém levam elas a sério.—Respondi meio sem
jeito, a forma doce dela me olhar estava me deixando totalmente sem jeito.

—Sim, mas a verdade e que é muito difícil ser uma pessoa de carácter hoje em dia, e
preciso ter muito caráter.—Passou a mão nos cabelos ondulados, na altura da cintura.

—Como assim?.—Perguntei confuso.

—Hoje abri mão do homem por quem estava apaixona, porque ele ama outra. Queria
ficar comigo na tentativa inútil de esquece-la, estava inseguro sobre o que sentia por
ela. Pelo jeito já havia sofrido muito por causa dela, mas acredito que todos nós
merecemos uma segunda chance.—Foi então que percebi que já tinha visto aquela
mulher em algum lugar.

—Mas se abriu mão foi porque ele te escolheu, e porque a outra era a segunda opção.
Talvez tenha sido tola e feito a escolha errada.

—Tenho total certeza que não. Se aceitasse a oferta de namoro dele, a segunda
opção seria eu. Nenhuma mulher no mundo deveria aceitar ser tapa buraco de outra,
isso se chama amor próprio.
—Isso é muito verdade.—Prazer, sou Robert Smith.—Ofereci a mão para ela que
apertou de bom grado. Não sabia o porque, mas aquela mulher chamou muito a
atenção, mulheres com amor próprio sempre foram o meu tipo.

—O prazer e todo meu.—Abriu aquele sorriso que ilumina o mundo todo.—Sou Emily.

-- Posso lhe oferecer uma carona? -- Perguntei meio sem jeito.

-- Não quero incomodar.-- Repondeu tímida, pelo jeito estava sentindo o mesmo que
eu.

-- Não quero que me incomode só por hoje, mas sim pelo resto da minha vida se você
quiser.-- As vezes perdendo, a ganha. Pensei comigo olhando ela consentir com a
cabeça, com um leve sorriso nos lábios..

Capítulo 29
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#Gostaria de anunciar que final do Juiz ganhou, mas para quem não sabe eu sou
enfermeira. Então minha vida é a base de plantões de 14 horas, tive que trabalhar
ontem. Então não deu para escrever, então peço mil desculpas, mas
infelizmente não vai dar para postar o final hoje. Mas estamos quase lá.. Beijos..
�4

Thompson estava um tanto nervoso com aquela situação. Já não bastava tudo o que
Suzana havia feito com ele, ainda tinha que vir até a sua casa fazer aquele show? E
ainda trazer os tolos dos pais dela para dar mais emoção a cena. O que ele não
entendia era o que ela ganharia com isso, afinal ela sabia muito bem que não iria muito
longe com aquela mentira.

—Se essa criança fosse de fato minha, eu seria o homem mais feliz do mundo. Afinal
meu maior sonho e ser pai, nada me deixaria mais realizado no mundo.—Exclamou
calmamente, diferente do pai de Suzana que só falava aos gritos, era o tipo de pessoa
que achava que essa era a melhor forma de ser ouvido. – Mas isso era antes, agora a
única coisa que eu quero é casar com a mulher que eu amo e ser feliz ao lado dela
pelo resto da minha vida. E, essa mulher não é a sua filha Senhor Scott, não faz ideia
do que ela esconde atrás dessa carinha de anjo. Posso afirmar com cem por cento de
certeza que não sou o pai, nunca toquei um dedo nela. Para falar a verdade nem ela
sabe ao quem é o pai do bebê, essa pobre criança já vai vir ao mundo predestinado a
sofrer na mão dessa mulher baixa que se faz de santa para conseguir o que quer do
outros.

—Do que ele esta falando Suzana?—Perguntou a mãe da mesma, olhando para ela
totalmente chocada, no fundo sabia que tinha alguma coisa de muito errada naquela
historia, conhecia a integridade do Juiz, se de fato tivesse engravidado a filha dela
provavelmente já estaria casado com ela. Tentou impedir o marido de vir ali nervoso
daquela forma, mas tomado pela raiva resolveu agir por impulso.

—Não sei mãe, ele esta apenas tentando fugir da sua responsabilidade.— Suzana
chorava com tanta emoção que chegou lembrar o Juiz da mocinha da novela mexicana
que o Gonzáles obrigou ele a ver um vez, o drama era o mesmo.—E claro que ele não
que o nosso filho, a Bruna me contou que ele disse na frente de todo mundo que está
querendo adotar uma criança com essa mulherzinha para colocar no lugar do nosso
bebe. Jhon nunca tinha visto tanta falsidade junta. E, desde quando ela e a Juíza
Bruna eram amigas? Seja como fosse não alteraria os fatos, a partir daquele momento
ela não fazia mais parte da equipe dela. Uma pessoa que expoi detalhes pessoais da
vida dele, também seria capaz de soltar informações sigilosas de algum caso
importante ao qual esteja ligada.

—Marquem o dia, horário e local para fazer o DNA dessa criança, que eu estarei lá.
Agora enquanto a você Suzana.—Cruzou os braços sobre o peitoral músculos,
estufando-os ainda mais para fora. Com uma cara de mal de dar medo em qualquer
um.—Não quero o seu mal, não vê que já passou da hora de tomar um rumo nessa
sua vida mundana em que vive? Mesmo que não for por você, faça pelo o seu filho. Já
envergonhou os seus pais o suficiente fazendo-os virem aqui se expor prestarem este
papel ridículo, nós dois saberemos muito bem qual será o resultado desse exame.
Agora sugiro que vá para casa e pense bem nas suas atitudes, aposto que sentirá
vergonha do que se tornou. Agora se me derem licença, quero estar ao lado da minha
futura esposa quando ela acordar.—Exclamou subindo as escadas, mas quando
chegou ao quarto Yudi já tinha acordado a muito tempo, é pior, ouvido grande parte da
conversas deles. Principalmente sobre o seu sonho de ser pai.

—Ouviu tudo não foi?.— Mais afirmou do que estava perguntando. Ela apenas
meneou que sim com a cabeça, estava sentada na borda da cama dele vestida dentro
de outro moletom dele bem maior do que ela. Tinha o rosto voltado para o chão, o piso
estava tomado por uma possa de lagrimas que havia se formado sobre ele.—Eu não
sou o pai dessa criança Yudi, você precisa acreditar em mim.—Caminhou até ela e
ficou de joelhos para ficar na altura dela.
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—Eu sei que não é.—Olhou dentro dos olhos dele.—mas queria que fosse, assim
realizaria o seu sonho de ser pai. Já que comigo isso nunca vai acontecer, eu não
posso ter filhos Jhon.—Revelou logo de uma vez.

—Eu sei.—Ele disse, sem tirar os olhos do dela, a mesma lhe fitou perplexa com tal
revelação.

—Mas como? Se só eu é a minha Avó sabíamos disso.—De fato era mesmo. Foi na
época que estava morando com a Dona Corina, que ao ser levada pela mesmo no
ginecologista para averiguar umas dores abominais que vinha sentindo que descobriu
o problema raro nos ovários . Ainda era uma adolescente, tinha apenas dezessete
anos. Como não tinha uma vida sexual ativa, depois que saiu da casa da Avó nunca
mais voltou ao medico.

—Você me revelou sonolenta um dia depois de fazermos amor sem proteção, mas não
vejo o porque estar assim por causa disso. Não vou mentir que ainda sonho em de ser
pai, mas tudo que passei antes de te conhecer, tudo o que eu achava que era bom,
que era importante pra mim. Não se compara em poder ficar com você, abro mão de
qualquer coisa por isso.—A forma dele olhar para ela era de cortar o coração.

—Não é justo ter que abrir mão de nada por mim, ainda mais uma coisa dessas.
Merece ser feliz com uma mulher completa, não como uma mulher pela metade feito
eu.—Nunca importou com o fato de não poder ter filhos, mas agora nunca quis tanto
uma coisa como poder gerar um mini Thompson algum dia, chegava ver o rostinho
dele quando fechava os olhos.
—Não preciso de mais nada, você me completa.—Estava começando a se
desesperar.

—Preciso de um tempo, desculpa. Mas não sei se conseguirei viver com essa culpa, e
demais pra mim.—De fato era mesmo. Não é fácil conviver sabendo que está privando
a pessoa que ama de viver um sonho, isso serei egoísta demais.

—Por favor, não me deixa.—Implorou chorando, não era de fazer isso quase nunca.
Mas a dor era muito grande, quase insuportável.

—Não estou te deixando meu amor.—Acariciou o belo rosto.—Mas ficar com você
agora no estado que estou poderia estragar mais as coisas, você merece o melhor de
mim, é isso não tenho para oferecer no momento.

—Você prometeu não soltar a minha mão.—A abraçou deixando as lágrimas caírem
feito uma cachoeira, pelo seu tom sabia que não iria voltar, esse tempo seria para
sempre.

—E, não estou. Onde quer que esteja, eu vou estar lá, mesmo que seja em
pensamento.—E assim ele soltou a mão dela a deixando ir embora levando o coração
do juiz com ela. Quando voltou para trabalhar na segunda já tinha outro Juiz atuando
no lugar dele, Thompson havia tirado férias sem previsão para volta. Passaram se dois
meses e nem sinal dele, e para piorar o advogado do Tio do Max apareceu
reivindicando os direitos do mesmo sobre o menino. A sorte era que Gonzáles, Robert
e Solange trabalhando juntos eram infalíveis. Mais o homem era rico e muito influente,
de nome importante. Se não aparecesse uma boa argumento para não entregar o
menino a ele, ganharia a audiência por unanimedade dos votos dos jurados. O
problema era que quando Max era interrogado sobre o Tio, o garoto não fazia nada
além de chorar, tremendo de medo apenas de ouvir o nome dele.1

*****

—Que tal pularmos o muro para irmos tomar um sorvete? Voltaremos antes que notem
a nossa falta.— Edmilson teve mais uma de suas mirabolantes ideias estava na casa
de apoio visitando Max. Que naquele dia estava em um tristeza de dor, mal respondia
o que lhe era perguntado. Dimy por sua vez estava fazendo de tudo para animar o
menino.
—Não, obrigado.—respondeu triste de cabeça baixa. Estavam os dois sentados na
escada do casarão cor de rosa vendo as outras crianças correrem animadas no jardim.

— O que você tem galeguinho?.—Afagou o cabelo do menino com carinho.

—Saudades do Luck.—Respondeu choroso.

—Não chora galeguinho, o pulguento está bem. Tirando que e claro quando o pobre
coitado não tem que aguentar as loucuras da Yudi, ela anda tão estranha. Depois que
terminou o namoro com o projeto de Clarck Quente não faz outra coisa além de chorar
e dormir. Fica nervosa atoa, não come direito, e quando o faz joga tudo para fora.—
Disse fazendo cara de nojo.—Porque estava com esse sorriso bobo no rosto?—
Perguntou ao garoto que estava com o pensamento longe...6

—Nada, só estava pensando uma coisa.—Desconversou o assunto.

— Eu em, falo nada! Só observo.—Disse ele virando os olhos de um lado para o outro.

—E se invés de fugimos para tomar o sorvete, fomos ver o Luck?.—Perguntou com um


sorriso enorme do rosto, como ali era proibido animais, não virá o cachorro a mais
quase três meses.

—Não sei carinha, uma coisa e ir toma sorvete na esquina. Outra e ir do outro lado da
cidade, se a Didi descobre ela e capaz de arrancar o meu coro fora..—Edimilsom
morria de medo da irmã, tinha um enorme respeito por ela.

—Desculpa, você tem razão.—Outra criança teria esperneado e chorado até conseguir
o que queria. Mas Max não, sabia que não era correto. Se sentiu envergonhado de ter
tido aquela ideia, mas estava realmente com muitas saudades do cão.

—Quer saber? Vamos puxar o bonde moleque. Se a Didi não arrancasse o meu coro
por isso, seria porque qualquer outra coisa. E, eu nem sei o porque, afinal sou
praticamente um anjo.—Declarou sincero, quem não conhecia a peça se ouvisse até
acreditaria.2

—Então vamos logo, o horário de visita está quase acabando.—Disse o Max decidido,
mas com um pesar na consciência, se não fosse pelo o Luck jamais faria aquilo. Na
hora de pular o muro, Edmilson não pulou, se jogou do outro lado. O barulho dele
caindo foi tão alto que quase entregou a fuga dos dois. Saíram correndo feito dois
malucos pela Rua, Max mesmo ciente de que aquilo poderia não terminar em coisa
boa, nunca havia se sentindo tão livre antes. Abriu os braços para sentir melhor o
vento tocar o seu rosto, olhou para o lado e viu Dimy sorrindo da mesma forma que
ele, estavam felizes. De repente apareceu um homem estranho tampando o rosto com
uma toca e agarrou o garoto pela cintura e saiu arrastando.

—Socorro Tio Dimy, Socorroo.—Ele gritava aos prantos no colo do homem que
andava as pressas em direção ao carro preto parado do outro lado da Rua, dentro dele
tinha mais três homens encapuzados. Edmilson vendo o menino chamar por ele, não
pensou duas vezes e partiu atrás. Tinha lágrimas no rosto, daria a vida se fosse
preciso para protege-lo. Quando conseguiu alcança-los, deu uma voadora encima
deles, fazendo com que os dois caísse no chão. Parecia o próprio Jackie Cham dando
golpe até no vento, não tem lugar para o medo quando assunto e proteger alguém que
se ama. Lutou com a força que não tinha para deixar o sequestrador ir atrás do
menino, e nem se intimidou quando viu os outros homens saindo do carro e vindo para
ajudar o comparsa.2

—Corre Max, e não olhe para trás.—Gritou para o menino, que continuou parado no
mesmo lugar. Estava em choque, afinal o homem era três vezes maior que o
Edmilson. Ameaçou ir até ele para ajudar, sabia que não teria nenhuma chance
sozinho.

—VAI AGORA.—Berrou assustando o menino que saiu correndo, só parou quando


ouviu o barulho dos tiros, e o som da derrapada do carro em fuga. Quando virou viu de
longe o Edmilson caído no chão. Voltou as pressas, se assustou com a quantidade de
sangue que tinha em volta do corpo dele.

—Não chora amiguinho, eu vou ficar bem.—Falou com a voz fraca limpando uma
lagrima que escorria pelo rosto do menino, que chorava compulsivamente.

—Por favor Tio não me deixa sozinho, não quero perder mais ninguém que eu amo.—
Implorou, por algo que talvez não tivesse mais jeito.

— Ei cara, não fala isso. Cedo ou tarde a gente ainda vai se encontrar, para onde vou
poderei ser apenas eu. Não preciso mais me esconder, estou livre.—Foi a ultima coisa
que declarou antes de se entregar a uma escuridão sem fim. Yudi corria pelos
corredores do hospital onde foi informada que o irmão havia sido levado, ela chorava e
rezava ao mesmo tempo. Em sua menti só vinha a imagem do Edmilson com um
sorriso travesso no rosto, desde menino tinha jeito para malandro. Aprontava o que
queria e saia como o santo da historia, mas sempre teve um bom coração. Yudi não
ficou nem um pouco surpresa quando soube que lutou para não deixar que levassem o
menino, não desistir nunca era a marca registrada dele. Chegou na recepção e viu sua
família em prantos, o pai literalmente devastado com o Max todo encolhido no colo,
que assim que a viu correu e abraçou a cintura dela. A mãe abraçada com a irmã dela.
A primeira coisa que veio a sua mente, foi que Dimy havia morrido.1

—Por favor, não me diga que ele se foi pai.— Quase não deu para entender por causa
do tanto que chorava.—Não andava com uma relação muito boa com o se genitor, se
sentiu traída por ele ter ido conversar com o Juiz e não com ela antes.

— Yudi Jackson, porque não nos contou a vida promiscua que o seu irmão estava
vivendo? Porque pela a roupa que ele estava trajando na hora da tentativa de
sequestro não era apropriada para ir ao curso religioso. Temos sorte que ele estava
usando aquele troço enorme no pescoço que chamava de cordão, pois foi isso que
evitou que umas das balas acertasse em cheio o coração. Os médicos estão operando
ele, mesmo assim não sabe se vai sobreviver, perdeu sangue demais. – Deixou a pose
de forte e se entregou ao choro.

—A culpa e toda dela pai, levou o Edmilson para mal caminho. Se o meu irmão morrer
por causa de você sua vagabunda eu nunca vou te perdoar.—Carmem lançou as
palavras cheia de veneno, não perdia uma oportunidade se quer de atacar Yudi.1

—Tem certeza que eu que sou a vagabunda aqui Carmem? Acha que eu não sei que
trai o seu noivo com o filho do dono da lanchonete da esquina, não só com ele como
tem um caso com o seu chefe. Outro dia ele me agarrou na Rua pensando que fosse
você, e ainda me implorou para não contar para esposa dele.—O Senhor Jackson
olhou para filha com o semblante estupefato, nunca imaginaria algo assim dela, e pela
reação da mesma percebeu que era tudo verdade.

—Meu Deus, a minha família e uma mentira.—Proferiu o Reverendo desabando sobre


uma das poltronas da recepção, eram muitas emoções para um homem na idade dele.

—Não pai, nem todos. Sempre fui eu mesma! E por causa disso sou tratada feito uma
qualquer pelo o Senhor, o Edmilson fingiu esse tempo todo ser quem não era por
medo de passar por tudo que eu passei.—O encarou cheia de magoa no olhar,
carregou aquilo preso na garganta por anos.—Sabia que passei fome quando me
expulsou de casa? Tive que passar a noite na rua porque não tinha dinheiro para
pegar o ônibus até a casa da Vovó Corina. Comi o pão que o diabo amassou para me
manter viva, mas nunca precisei vender o meu corpo ou nenhum tipo de coisa suja. O
que adianta subir no altar da igreja para falar coisas bonitas se jogou a filha para
própria sorte, ainda tão nova e inocente em um mundo cheio de maldade. As vezes me
pergunto como consegue deitar a cabeça no travesseiro a noite e dormir depois de
tudo o que fez e faz comigo até hoje me tratando como se fosse um lixo.—Quando ela
terminou de falar o Reverendo tinha as mãos na cabeça chorando feito uma criança,
sempre julgou os outros e esqueceu de parar para pensar nos seus próprios atos.

—Desculpe interromper a conversa em família, mas tem uma coisa aqui que me
pertence é eu vim buscar.—Chegou um homem muito elegante, pela postura podia ver
que vinha de família nobre. Yudi pode sentir o Max tremendo de cima a baixo de medo
apenas em ouvir a voz dele.

—E, quem é você para chegar com toda essa arrogância.—O enfrentou de frente, ele
apenas sorriu. Gostava de mulheres corajosas.

.—Sou Cristofer Toledo, Tio e tutor do Maxmilian. Acabei de receber a ordem da


justiça para leva-lo comigo, não pode fazer nada a respeito disso.—Exclamou seguro.

—Mas, eu posso.—O Juiz Thompson apareceu com toda sua exuberância e charme.
Estava bem vestido como sempre, mas com a aparência meio abatida, e a barba
grande. Parecia que tinha semanas que não fazia, os olhos fundos como se não
estivesse conseguindo dormir mais como antes. Não olhou em nenhum instante para
Yudi, manteve a atenção toda no homem a sua frente.—Considere-se detido por ser o
chefe da quadrilha de tráfico internacional de crianças, prostituição infantil e pratico de
pedofilia. Principalmente pela morte da menor Jessica nascimento de seis anos, após
ser abusada por varias vezes pelo Senhor em uma de suas casas no Brasil, próprias
para essas coisas horrendas. E não tente mentir dizendo que é inocente, e para mim
está envolvido na tentativa de sequestro contra o seu sobrinho. – Nesse tempo que
Thompson estava sumido, ele não estava tento nenhuma de suas crises. Apenas havia
viajado para o Brasil para juntar as provas que precisava para pegar o Tio do Max, em
uma conversa com o agora amigo dele o Delegado Ricardo Avilar descobriu que o
nome dele estava envolvido em alguns documentos encontrado na tal casa no dia da
apreensão do lugar. Então constataram que o chefe do quadrilha só poderia ser ele,
depois de muita investigação descobriram que era ele mesmo.

—Isso é um absurdo, sabe com quem esta falando? Um homem poderoso como eu
não vai preso nunca, até porque a menina que poderia depor contra mim está morta
não é mesmo, tadinha.—Disse com deboche, Jhon teve que se segurar para não voar
nele.

—Tem certeza disso Senhor Chistofer Toledo? – Arqueou uma das sobrancelhas com
uma expressão enigmática no rosto. – Podem leva-lo.—Ordenou aos Policias que o
acompanhava. E, assim eles o fizeram.

—Isso não vai ficar assim, o Max e meu! Ninguém vai tira-lo de mim.—Gritou Cristofer
ao ser levado.

—E o que veremos, te aguardo no tribunal.—Yudi quase desmaiou com tanto poder


em um homem só, era de amedontrar qualquer um.

—Como está o Edmilson? –Perguntou sério, não parecia estar muito para conversa.

—Não sei ao certo, só sei que é grave.— Ela começou a chorar novamente. Queria
correr para os braços dele, mas depois de tanto temo longe um do Outro hvia se criado
uma barreira entre os dois.

—Se quiser eu posso cuidar do Max essa noite, consegui a guarda provisória dele até
o Julgamento do Tio. – Falava sem olhar para ela.

—E se ele for inocentado? Teremos que entregar o Max a ele..

—Não Yudi, ele vai me machucar de novo.—O menino parecia um filhote assustado.

—Isso não vai acontecer, vou dar o meu melhor para que ele seja condenado pelo os
crimes que cometeu, mas para isso precisarei da sua ajuda.—Pegou ele no colo, Yudi
sorriu imaginando que poderiam ser pai e filho de tão parecidos que era.

—Você confia em mim filho?—Ele acentiu com a cabeça, limpando as lágrimas do


rosto.—Preciso que conte o seu segredo na frente de algumas pessoas, sei que é
difícil. Mas o seu depoimento e essencial para que você sabe quem não saía por ai
machucando outras crianças, além do mais não quero perder de forma nenhuma a
oportunidade que Deus me mandou para realizar o meu sonho de ser pai. Se tudo de
certo em breve você vai passar a se chamar Maxmilian Thompson.

—Thompson?.—Perguntou eufórico, sabia a resposta, mas quria ouvir da boca dele


para ter certeza.

—Sim filho, mas estava pensando aqui... Sozinho não vou dar conta, preciriamos de
uma mãe para arrumar a nossa bagunça.—Brincou com um sorriso meio de lado.—
Tem alguém em mente para ocupar essa vaga?..—Nem esperou ele acabar de falar,
pulou do colo dele e foi correndo até a Yudi.1

—Por favor, gostaria de ser minha mãe? Prometo não fazer muita bagunça.—Pediu
inocente, tinha medo dela dizer não.

—Nada me faria mais feliz meu amor.—Respondeu emocionada.

—Obridado mãe, eu te amo.—A abraçou feliz da vida.1

—Eu também meu filho, prometo fazer o que tiver ao meu alcance para te fazer feliz.
Agora porque não vai dar um abraço no seu pai também? Ele pode ficar com
ciúmes.—Saiu dos braços dela, e foi correndo ao encontro do Juiz.

—Não precisa ficar com ciúmes pai, eu também te amo.—Declarou.

—Eu sei filho, eu também. Porque não conta a novidade para o seu avó, talvez ele se
anime um pouco.—Max olhou para o banco e viu o Reverendo sentado triste com as
mãos sobre o rosto, provavelmente chorando.

—Está bem pai.—Deu um beijo no rosto dele e foi caminhando em direção ao novo
avô, sentou no colo dele e limpou suas lágrimas.

—Não tenho palavras para agradecer o que está fazendo pelo Max.—Yudi disse
envergonhada com a maneira que ele a olhara, queria agradecer enchendo-o de
beijos. Mas a maldita barreira entre os dois estava impedindo, o mesmo tempo que
cura e capaz de separar corações.

—Quero que saiba que voltei para ficar.—Lhe encarou firme.—Espero que o tempo
que tedei foi o suficiente, porque não pretendo te dar nem mais um minuto. E, não me
venha com aquela ladainha sobre filhos, porque já temos um.—A envolveu dentro dos
braços, lhe oferecendo um beijou com gosto de saudade.
Capítulo 30
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Thompson deixou o hospital com o coração pesado por ter deixado a amada para trás,
queria ter ficado no hospital com ela, porém deixou metade dos seus seguranças com
ela, principalmente Scarlet de vigia ao lado dela . Mas pensou que não seria prudente
expor o filho a aquela situação tensa, já bastava o que ele havia passado durante o
atentado. Também estava exausto com a viagem de volta do Brasil, havia trabalhado a
semanas atrás de pistas contra Christofer Toledo. Jamais deixaria que o Max voltasse
para as mãos do Tio, prometeu para si mesmo cuidar do garoto pelo resto da vida, de
fato o amava como um filho. O Juiz não tinha nem vinte e quatro horas como pai, e já
estava agindo muito melhor do que muitos por ai.1

—Nossa pai, o senhor mora aqui?—Perguntou o garoto de boca aberta vendo a linda
casa a sua frente. Jhon sentia uma emoção enorme quando o menino o chamava de
pai, não conseguia tirar o sorriso bobo que ficava estampado no seu rosto.

—A partir de hoje sim filho, e você também. —Disse com um sorriso largo no rosto,
admirando a nova casa. Havia comprado uma bem maior é mais bonita, principalmente
colorida. Nos tons fortes que a Yudi mais gostava, aquele mundo sombrio não fazia
mais parte da vida dele.

—Esse e o seu quarto Max.—Abriu a porta revelando um mundo magico ao menino,


não era decorado com coisa de nenhum super herói ou algo do tipo. Parecia mais uma
biblioteca de tantas estantes de livros, tinha de diversos gêneros. O menino parecia
estar entrando em um lugar encantado, não pelo luxo, afinal vinha de família rica. Mas
sim pela riqueza de detalhes, o Juiz prepara tudo pessoalmente para ele. Durante
esses dois meses longe da Yudi, teve que distrair a cabeça com o máximo de coisa
que podia para não ir atrás dela. No meio tinha uma cama de madeira montada
manualmente na cor azul e branco, persianas na janelas de vidro. Que descobertas
dava uma maravilhosa vista do extenso jardim florido com flores de todas qualidades e
cores, principalmente as rosas. Havia também uma mesa com um notebook sobre ela,
um bloco para anotações e um porta caneta cheio delas. Tudo perfeitamente
organizado, do jeito que o garoto gostava. Emocionado, sentou pela primeira vez em
sua cama, com muito jeito para não desarrumar a mesma. E, chorou.

—O que foi filho, não gostou?—Perguntou Thompson preocupado.

—Não é isso, nunca imaginei que teria outra família novamente..—declarou


emocionado, apesar de ser apenas uma criança já havia passando bastante coisas
tristes.

—O pai não quer te ver mais chorando meu amor, minha vida agora se resume em
fazer de tudo para ver você é a sua mãe felizes, são meu maior tesouro. – No fundo
ele sabia muito bem o que Max estava sentindo, ele também pensara que nunca iria
poder amar e ser amado de verdade por alguém algum dia. Agora estava ali, ao lado
da mulher que amava e do filho que tanto sonhou ter. Não cabia mais lugar para tanta
felicidade, estava se sentindo realizado.4

—Estou com medo que o Tio Dimy morra, o mundo não vai ter mais graça pra mim
sem ele.—Deitou a cabeça no colo do pai. O mesmo levou a mão até os fios loiros e
afagou com carinho, apesar disso de paternidade ser muito novo para ele, estava
amando atuar nessa área.1

—Até parece que não conhece o Edmilson, ele é esperto. Se é capaz de enrolar o
Senhor Jackson, a morte para ele vai ser fichinha. Em breve vai estar por ai
aprontando algumas de suas loucuras novamente, é um jovem de bom coração.
Merece viver muitos anos para espalhar sua alegria pelo mundo, fazer os outros
sorrirem não é apenas um dom, é uma arte, tranquilizou o menino. Enquanto Max
tomava banho, Thompson preparou o jantar. Comeram conversando diversos
assuntos, dos jornais e do Fórum. Cada vez se surpreendia mais com a inteligência do
menino.1
—Quando eu crescer pai, quero ser Juiz igual ao Senhor. – Jhon abriu um sorriso
enorme, estava orgulhoso do filho querer ter a mesma profissão que ele.—Para poder
prender homens maus que maltratam crianças.—Sabia muito bem o porque ele havia
dito aquilo.2
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—Para realizar esse sonho, vai ter que se esforçar muito. Deixar de fazer coisas que
gosta para estudar, dar total prioridade a isso.—Tinha conhecimento que não
precisava alerta-lo daquilo, Max além de estudioso era esforçado. Se quisesse de fato
ser Juiz, seria um dos bons. Mas era obrigação de pai falar.

—Darei o melhor de mim para que sinta orgulho de ser meu pai, quero o Senhor na
primeira fileira quando me formar Advogado.

—Já sinto orgulho de você filho, pode ter certeza que quando esse dia chegar serei o
primeiro .—Declarou Jhon, fazendo o pequeno soltar um sorriso cheio de esperança.
Na hora de dormir leu uma historia para Max, tentou ao máximo não deixar
transparecer a preocupação que estava com a Yudi. Pois ligara mais de cinco vezes e
a mesma não atendeu, chamava até cair na caixa postal. A verdade era que ela nem
vira o aparelho tocar, o medico estava anunciando á família que a cirurgia tinha sido
um sucesso, que não corria mais risco de vida. De tanto Jackson implorar ao Doutor,
ele acabou autorizando a visita de três pessoas, a moça nem esperou ele falar duas
vezes. Partiu em direção o quarto onde o irmão estava, era particular. O Juiz havia
deixado essa parte burocrática resolvida antes de sair, sempre pensava em tudo. Yudi
sentiu-se tonta ao ver o caçula da família naquela situação, se não tivesse sido
amparada pelo pai teria caído no chão. Não era a primeira vez que ficava assim, o
próprio Edmilson já tinha passado aperto com ela desmaiada em casa no chão da
sala.2

—Você esta se sentindo bem filha? O Reverendo perguntou preocupado, ainda


apoiava a filha nos braços.

—Olha o que fizeram com o nosso menino pai.—disse tomada pelo choro, sem pensar
duas vezes ele a abraçou. Fazia muito tempo que não tinham aquele tipo de contato
físico, apesar de não admitirem, os dois sentiam falta um do outro. O que foi de cortar
o coração foi quando a mãe de Edmilson se sentou ao lado do mesmo, e começou a
cantar um louvor que ele gostava de ouvir antes de dormir quando pequeno.

Aleluia

Pai eu quero te amar, tocar o teu coração

E me derramar aos teus pés

Mais perto eu quero estar Senhor, e te adorar com tudo que eu sou
E te render glória e aleluia

Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia

Quando lutas vierem me derrubar, firmado em ti eu estarei

Pois tu és o meu refúgio

Oh Deus

E não importa onde estiver, no vale ou no monte adorarei

A ti eu canto glória e aleluia

Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia4

—Sem condições de continuar cantando, parou tomada pela emoção. Mas uma voz
fraca continuou da parte que ela havia para, e não se tratava do Reverendo ou da
Yudi. Era Edmilson que estava acordando...

Senhor eu preciso do teu olhar, ouvir as batidas do teu coração

Me esconder nos teus braços oh Pai

—A partir daqui Yudi e o pai começaram a cantar juntos com eles, um verdadeiro Coral
da família Jackson.

Toda minha alma deseja a ti, junto com os anjos cantarei

Tu és santo, exaltado, aleluia

Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia

—Seja bem vindo filho.—Disse à mãe fazendo carinho no rosto do jovem.

— E o Max?—Foi a primeira coisa que perguntou, mesmo se encontrando naquele


estado sua única preocupação era o menino.

—O nosso menino está bem filho.—Disse o Reverendo.—Graças a você.—Concluiu


orgulhoso.

—Desculpa por ter decepcionado o Senhor pai.—Exclamou as palavras com um pouco


de dificuldade.
—Eu que peço perdão por esse meu jeito filho, vejo o erro nas pessoas, mas fecho os
olhos para os meus próprios defeitos. Eu amo você, e tenho muito orgulho de ser seu
pai, hoje agiu com um verdadeiro herói! Poucos teriam a coragem que teve.—Declarou
sincero.1

—Estou tendo alucinações? Deus está me chamado. Posso ver a luz no fim do túnel. –
Dramatizou Edmilson, era mestre nisso.—Digam á todos da nossa família que amo
cada uma deles.—Fechou os olhos como se estivesse fazendo a passagem para o
outro lado.—Menos a prima Gertrudes, oh mulherzinha nojenta sô. Essa deixa de
fora.—Voltou do além só para dizer isso.—Agora vou mesmo, Adeus mundo cruel.—
Tossiu entre meio as palavras para dar mais emoção a cena, nem um astro de cinema
faria melhor. Foi virando o rosto lentamente para o lado, com direito a lagrima
escorrendo no canto do olho e tudo.

—Pelo visto ele já está ótimo.—Disse Yudi revirando os olhos.—Pai, quero lhe
apresentar o verdadeiro Edmilson, confesso que gosto mais dessa versão do que à
outra.—Concluiu se acabando de tanto rir.

—Acho que estamos perdendo dinheiro com esse menino, deveríamos leva-lo para
Hollywood. Ganharia no mínimo o Oscar na categoria drama.—Disse a mãe de Yudi
gargalhando.2

—Para falar a verdade, eu também prefiro essa versão do seu irmão filha.—Revelou o
Reverendo divertido fazendo todos rirem. Depois que a visita terminou, Yudi viu que
havia inúmeros ligações perdidas de Thompson, então retornou para avisar que estava
tudo bem.

—Oi amor, como o seu irmão está?.—Disse o Juiz com a voz pesada, era o cansaço
acumulado da viagem.

—Eu te amo.—Declarou ela antes de qualquer outra coisa, fazendo ele se sentir
envaidecido do outro lado da linha.

—Não mais do que eu! Isso eu garanto.—Respondeu com aquela voz grossa capaz de
seduzir qualquer mulher existente na face da terra. Ela sorriu tímida, ele era perfeito de
mais para ser verdade, as vezes pensava estar vivendo um sonho.

—O Edmilson está fora de risco, acabei de visitar ele. Como não vamos mais poder
vê-lo hoje, vou para casa. Amanhã voltarei cedo no horário de visita.—Explicou.
—Eu vou te buscar, te quero comigo hoje.—Fez uma pausa.—E sempre, agora ao
meu lado e o seu lugar.—Concluiu no estilo Juiz Jhon Thompson, simplesmente
irresistível.

—Não precisa amor, quem vai ficar cuidando do nosso filho enquanto isso? Aliais
como ele esta?—A palavra "nosso" nunca lhe pareceu tão linda aos ouvidos do
homem da Lei, como naquele momento.

—Verdade amor, mas queria tanto passar a noite sentindo o seu cheiro. E não se
preocupe, ele está no quarto dele dormindo feito um anjo.

—Nada me deixaria mais feliz, não faz ideia de como senti falta dos seus toques. Da
sua boca na minha, dos seus olhos que tanto amo sobre mim.—Suspirou fundo.

—Da gente fazendo amor.—Seu tom era mortamente sexy.—Lento e gostoso.—Ele


estava seduzindo a moça descaradamente, e conseguiu. Pois, o gemido soltado por
ela era prova disso.

—Gosto de lento, mas prefiro quando me pega de jeito.—Ai foi a vez dele gemer.—
Rápido e com força.—Completou deixando ele duro, quase não resistiu a vontade que
estava de se tocar pensando nela. Havia acabado de tirar a roupa para entrar no
banho, a ocasião era perfeita para fazer isso. Porem, não faria. Queria matar o desejo
que sentia nos braços dela.

—Vou me lembrar disso na próxima.— Disse cheio de segundas intenções.2

—Se não lembrasse, eu lembraria.—Ele amava esse jeito direto dela.

—Você é muito safada amor.—Brincou.

— E, você gosta que eu sei.—Era segura de si, sabia bem o poder que exalava sobre
ele.

—Na primeira oportunidade que eu tiver, mostrarei o quanto.—O homem que antes
mal sabia como dar uma cantada, agora estava ficando mestre naquilo.

—Depois a safada sou eu.—Ele soltou uma gargalhada.

—Amor, agora eu vou indo porque esta ficando tarde. Eu te amo, de um beijo no Max
por mim.

—Esta bem amor, nós te amamos.


Yudi no meio do caminho mudou de planos e pediu Scarlet para leva-la ao encontro do
seu amado. Porque passar a noite sozinha se poderia passar nos braços dele? De fato
isso realmente não fazia sentindo, diante de tantos acontecimentos complicados o
melhor mesmo era ficar ao lado de quem se ama. Durante o percurso notou que o
percurso até a casa dele estava diferente, mas não perguntou nada. Confiava
cegamente na chefe de segurança do juiz, pensou que poderia estar fazendo uma rota
diferente.

—Mas essa não é a casa do Jhon.—Comentou assim que o carro parou diante de uma
bela mansão.

—Não é, essa agora será a nova casa de vocês.—Respondeu Scarlet sorridente. A


cada passo que Jackson dava dentro do lugar ficava ainda mais encantada, as
paredes e principalmente os moveis eram de cores vivas, totalmente diferente da
antiga casa dele. Não demorou muito para encontrar o quarto principal, onde seria o
ninho de amor dos dois. Se emocionou ao ver a cena do pai e filho dormindo
abraçados, Max havia tido um pesadelo. Tomado pelo medo correu para procurar
abrigo onde saberia que encontraria toda proteção que precisava. E o Juiz pela
primeira vez conseguiu dormir sem estar ao lado de Yudi, durante que esteve fora não
precisou tomar os remédios. Conseguiu se controlar o tempo todo, o fato de ter ficado
na ilha durante sua estadia lá ajudou bastante, para onde olhava lembrava dos
momentos bons que viveu naquele lugar ao lado dela. A moça tirou os sapatos e
caminhou até a cama para não acordar os dois, deitou ao lado deles e dormiu se
sentindo uma sensação boa, nunca sentida antes. Thompson acordou com risadas
altas vinda do andar de baixo, curioso desceu as pressas para ver do que se tratava.
Quando chegou na cozinha se divertiu ao ver a mulher e o filho brincando enquanto
tentavam preparar um bolo para o café da manhã, era farinha para todo o lado,
principalmente no rosto do Max.

—Bom dia pai.—Disse o garoto assim que notou a presença dele na cozinha.1

—Bom dia filho.—Respondeu com um sorriso que mal cabia no rosto, de tão grande.

—Oi amor.—Disse Yudi envergonhada, tinham feito um bagunça consideravelmente


grande na cozinha.

— Eu te amo.—Respondeu lhe tomando em um abraço e beijando os seus lábios.


—Para Jhon, o Max esta aqui.—Parou o beijo no meio.

— Para de bobeira amor, ele não é mais criança. É bom que ele veja o quanto os pais
dele se amam e que não pensam em se se parar nunca.

— O que Deus criou para ficar junto, nada consegue separar.—Completou Max com
os olhinhos brilhando.

—Amém..—responderam os três na mesma hora.

Dia do Julgamento de Christofer Toledo...

— O das Espanhas, alguém já te disse que você parece muito com o ator que faz o
Batman? Ben alguma coisa sei lá, parece demais meu. Até a cara larga é a mesma,
sabe tipo a lua quando esta cheia.— Edmilson pegou no queixo do Gonzáles e ficou
virando de um lado para o outro.-- Agora só o Clarck Queent chegar para a Liga da
Justuca ficar completa.-- O Latino estava a ponto de gritar com ele a qualquer
momento. Mas limitou-se apenas em responder a pergunta dele. Não seria bom para o
caso se Advogado perder as estribeiras dentro do Fórum com uma das testemunhas
da vitima, apesar que isso estava por um fio para acontecer. Solange e Robert
estavam se acabando de rir da conversa dos dois, o Espanhol era naturalmente
engraçado, mas emburrado era hilário.

—No conheço esse homble à quem tu estais referindo.—responde seco, quando


pensou ter acabado com o assunto, Edmilsom abriu a boca novamente.

—Caraca Mano, eu amo esse seu sotaque latino. Sabia que yo sei cantar una cancion
em tu língua muchacho?—Perguntou animado, tinha ido com a cara de Alerrando,
quando gostava de alguém não conseguia se conter.

—E mesmo? No me diga. Yo mal posso esperar para ouvir .—Respondeu o Espanhol


com ironia, não estava para graça no momento. Estava preocupado com a audiência,
sabia o quanto era importante para Thompson.

—No seja por isso muchacho.—Gonzáles não acreditou que ele iria fazer aquilo, com
muita dificuldade Edmilson conseguiu ficar de pé com auxílio de muletas , ainda estava
em recuperação da cirurgia. E começou o show com o Fórum lotado, um caso
envolvendo o nome do Juiz Thompson trouxe vários profissionais da área de varias
comarcas vizinhas, até mesmo o Juiz veterano Marcos Louzada se encontrava
presente. Então ele começou a cantarolar e mexer o corpo da forma que dava ao som
da própria musica que cantava.1

“ Para bailar la bamba,


Yo necesito de una poca de gracia.
Una poca de gracia por mí, por ti.
Ay arriba y arriba
Y arriba y arriba, por ti seré,
Por ti seré.
Por ti seré.
Yo no soy marinero.
Yo no soy marinero, soy capitan.
Soy capitan.
Soy capitan.
La-la-bamba,
Lam-la-bamba,
Lam-la-bamba..1

Não dava para saber o que era mais engraçado, a forma dele cantar, a dança
esquisita, ou as caretas que fazia. Acho que o conjunto da obra toda era uma comedia.
Por resto até Gonzáles deixou toda tensão do lado e se entregou ao riso, na verdade
todos presentes fizeram a mesma coisa. Edmilson tinha o poder de levar a felicidade
até mesmo nos lugares mais improváveis, isso realmente não era apenas um do, mas
sim uma arte. Além do testemunho dele, também teve de outras supostas vitimas que
viram o caso pela televisão e decidiram se manifestar. Os pais da menina morta, o
Delegado Ricardo Avilar que viajou até o país apenas para depor e o ultimo foi o do
Max o que fez com que muitos presentes chorarem com tal testemunho. Ao ser
chamado, o menino veio de cabeça baixa. Esta com medo e se sentindo
envergonhado de falar sobre o assunto em frente tantas pessoas, mas só o fato de
olhar para eles e ver Yudi e o Jhon entre eles, percebeu que não estava sozinho e teve
força para começar a falar.1

—No começo quando fui morar com o meu Tio, ate pensei que ele fosse muito legal.
Parecia se preocupar comigo, era atencioso e gentil. Mas teve um dia que me chamou
para perto dele, com um olhar malicioso que me assustou bastante. Ele me elogiou,
falando que eu era bonito e passava a mão no meu cabelo. Quando me dei conta,
percebi que estava no colo dele com ele alisando a minha perna. Fiquei muito confuso,
assustado. Saí correndo e fui ao banheiro e me tranquei lá, morrendo de vergonha me
sentindo sujo. Fiquei com tanto medo e envergonhado que não conseguia contar para
ninguém. Porém, esses tipos de abusos voltaram a acontecer com frequência. Todos
do mesmo jeito que o primeiro. Mas graças a Deus sempre dava um jeito de fugir, ou
colava em alguns dos empregados que trabalhava na casa, me trancava no meu
quarto e rezava até pegar no sono. Mas ai o dia amanhecia e o pesadelo começava
novamente, era horrível ter que viver se escondendo, como um criminoso. O pior era
me sentir culpado por me calar por medo, e deixar isso acontecer.—Parou de falar
para limpar uma lágrima, estava constrangido de estar relatando tais
acontecimentos.— Então teve um dia em que ele chegou tarde de uma das "viagens"
de trabalho, para minha sorte não ficava muito tempo em casa, estava sempre
viajando. Entrou no meu quarto nu e ficou tocando o meu corpo, acordei com a mão
dele dentro da minha calça.—Nessa parte Yudi tampou os ouvidos sem coragem de
ouvir o resto, Thompson lhe abraçou o mais forte que pode.—Disse que se eu não
fizesse o que mandasse iria me machucar. Que era apaixonado por mim e que iríamos
brincar um pouco aquela noite. Como sempre fui ágil nos esportes é ele já e um
Senhor com um pouco de idade, não foi muito difícil empurra-lo para longe de mim e
sair correndo. Depois disso fui morar nas ruas, por incrível que pareça me sentia mais
seguro lá do que na casa do meu Tio. Por um tempo pensava que tivesse perdoado
ele e tentei deixava pra lá. Porém, no íntimo do meu coração, tinha ferida emocional,
um fardo enorme que carrego até hoje nas costas. Eu mal sabia que vários
sentimentos ruins prevaleceriam em meu coração e que isso atrapalharia todas as
esferas de minha vida. Eu tinha medo, insegurança, baixa autoestima, rejeição, ódio,
rancor e amargura. Meu medo era de acontecer de novo, então inconscientemente eu
me protegia de homens. Me sentia nojento, sujo e negativo para tudo. Com base nisso,
comecei a ter compaixão por aquele que abusou de mim. O perdão foi meu segundo
passo para superar o ocorrido. Os abusos e assédios devem sim ser denunciados.
Mas não com ódio no coração, porque o ódio não vai fazer justiça. Você, quando
perdoa, não esquece do que aconteceu, porém você lembra sem sentir rancor, raiva,
ódio. Você fica em paz. Minha fé em Deus tem a ver com quem eu sou. Algo que
mudou e ainda muda minha vida e minha história. Seria egoísmo de minha parte não
falar Dele. O terceiro passo para mim superar o que passei foi saber que Deus nos
ama independente daquilo que fazemos e dos títulos que as pessoas nos dão.2
—Já é o suficiente, disse o Juiz que estava no comando da audiencia, selecionando
especialmente para o caso.

—CULPADO.—Foi o veredito unânime do caso. O recinto foi tomado pelo som das
palmas ao ouvirem o veredito.

Mais tarde na sala de reuniões fizeram uma pequena confraternização em


comemoração ao sucesso no caso, todos comiam e riam até que Solange saiu
correndo para o banheiro com a mão na boca, após ingerir um salgadinho. Yudi partiu
atrás dela, ninguém além dela tinha percebido o ocorrido. A encontrou debruçada
sobre o vaso quase colocando as tripas para fora, estava branca feito um papel.3

—O que você tem amiga? Parece que a minha doença passou para você.—Brincou
com ela, também não andava com o estomago muito bom ultimamente.

—Eu acho que estou gravida.—Revelou começando a chorar logo após, ultimamente
qualquer coisa era motivo para isso. E pobre do Gonzáles pensando que a culpa era
dele, trazia o mundo na mão dela, mas não adiantava nada.

—Ai meu Deus, o Gonzáles vai morrer de felicidade quando souber.—Yudi pulava
eufórica dentro do banheiro..

—Ou de raiva. —Disse chorando ainda mais, estava com medo dele pensar que
engravidou de proposito só para prender ele.

—Mas porque pensa isso Solange?—Sentou do lado dela no chão.

—Porque pelas minhas contas, se eu estiver mesmo gravida aconteceu na nossa


primeira vez. Acabamos de reatar nosso relacionamento, esta muito cedo para temos
uma criança.—Abraçou a amiga.

—A primeira coisa que temos que fazer é um exame para confirmar se está mesmo
gravida, ai depois vamos ver o que faremos.—Jackson foi coerente, havia mudado
muito depois que conheceu Thompson.

—Eu tenho mais de dez na minha bolsa já faz uma semana, estou com medo de fazer
e der positivo.—Fungou o nariz chorosa.

—Então vamos resolver isso agora.—Pegou todos dentro da bolsa dela.

—Eu não tenho coragem Yudi, estou com muito medo.


—Se eu fizer um também você anima?—Assentiu com a cabeça. Não seria nada
demais para Jackson fazer aquilo, afinal sabia muito bem qual seria o resultado.1

— Agora e só esperar alguns minutos.— Saíram do banheiro e se abraçaram, estavam


nervosas. Tão ansiosas que acabaram deixando os exames caírem no chão
semisturando um com outro.

—Parabéns amiga, deu positivo.—Yudi disse feliz da vida, o teste da mão dela havia
dado positivo. Como não podia ter filhos tinha certeza que o teste não era o dela.

—Então é parabéns para nós amigas.—Porque o que esta na minha mão também deu
positivo. Foi nesse momento que Jackson literalmente desmaiou...

Parte final 1
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de MarliaSillva Following

Quero desejar um feliz ano novo a todos, obrogada por terem me aconhando
nesse ano de 2016. Queria postar o capítulo final todo. Mas está enorme e eu
estou com os meus dedos doendo de tanto escrever, só parei para almoçar
rápido e mais nada. Espero que gostem, e peço que comentem por favor.
Gostaria de saber a opinião de vocês... �❤4

—GRAVIDA?...

—Yudi despertou do desmaio soltando um grito que chegou ecoar dentro do banheiro,
não podia acreditar no que a amiga estava dizendo, isso era impossível. Depois de
conferir e fazer outros vinte que deram o mesmo resultado, ainda não conseguia
acreditar que estava realmente grávida.

—Isso é impossível! Minha menstruação está vindo regularmente. Além do mais o


médico que a minha vó me levou quando tinha dezessete anos disse garantiu que
jamais seria mãe, esses testes de farmácia devem estar com defeito. —Falava rápido
rindo e chorando ao mesmo tempo, estava nervosa. Queria muito acreditar naquilo,
nada lhe deixaria mais feliz do que dar outro filho a Thompson. Mas ao mesmo tempo
tinha medo de não passar alarme falso e deixa-lo e triste depois por tudo não ter
passado de um engano.

—E você foi a outro médico para ter certeza disso mulher?—Indagou Solange. A
referida apenas meneou negativamente com a cabeça. Estava com as bochechas em
um tom avermelhado escuro, de fato era mesmo de se envergonhar uma mulher com
quase vinte e cinco anos ter ido apenas uma vez ao ginecologista.

—Por Deus Yudi! Nem vou comentar nada a respeito disso, mas amanhã mesmo
vamos resolver esse problema. Se está de fato grávida ou não, vamos descobrir
através de um exame de sangue. Vou ligar para o consultório do meu ginecologista e
deixar uma consulta agendada para você, tirará o dia apenas para isso. —Disse
Solange preocupada.

—Esta bem amiga. Mas no seu caso Solange, acho que tem um Espanhol lá fora que
tem o direito de saber que vai ser pai, não acha melhor resolver isso logo?—Yudi
aconselhou à amiga, se tivesse certeza que estava realmente gravida sairia correndo
dar a noticia ao Thompson.

—Estou com tanto medo da reação dele, mas não vou ficar enrolando para contar a
novidade, e seja o que Deus quiser.— saíram as duas confiantes do banheiro, quando
voltaram para a pequena confraternização deram de cara com os dois amigos
conversando animadamente, abriram um sorriso assim que colocarão os olhos nelas.
As moças suspiraram pensando que aquele lugar era pequeno para tanta beleza junta,
era uma verdadeira tentação.

—Tomara o Espanhol goste saber que vem um mini Gonzáles por ai.—Solange
mesmo nervosa com a situação sorriu imaginando como seria incrível ter uma
pedacinho do homem que amava crescendo dentro dela, independente da reação dele
estava radiante com aquilo.

—Ou uma mini Solange.—Brincou Yudi sorrindo.


—Já parou para pensar que se estiver mesmo gravida, coisa que tenho certeza que
sim. Nossos filhos terão a mesma idade, isso e um máximo. —Comentou a Advogada
emocionada.
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—Um Sonho na verdade. —Exclamou com a voz tremula, se segurando para não
chorar. Quase desmaiou de novo ao olhar para Thompson e receber do mesmo uma
piscadela charmosa e um sorriso estonteante logo após. De longe ele notou que
Jackson estava tensa e veio as pressas ao seu encontro, Gonzáles percebeu a mesma
coisa na amada e acompanhou o mesmo caminho que o amigo.

—Aconteceu alguma coisa amor? Esta tão seria. —Comentou o Juiz assim que
chegou perto dela. Que não respondeu nada, abraçou-lhe com força escondendo o
rosto em seu peito. Thompson vendo que a moça não estava bem, fez a única coisa
que podia fazer, correspondeu o abraço na mesma intensidade de Yudi. Grande como
era, quase não dava para ver a moça em meio aos braços musculosos.

—Precisamos conversar Espanhol.—Disse Solange seria demais para o gosto do


Latino, o deixando-o apreensivo para o que estava por vir dessa "conversa".

—No puedes ser em casa Carinho?—Os dois haviam decididos morar juntos já fazia
um mês. Estavam vivendo um verdadeiro sonho, como uma lua de mel sem data para
terminar. Por isso Solange estava tão apreensiva em dar a noticia, tinha medo dele
achar que m filho agora poderia atrapalhar os planos dele de abrir o seu próprio
escritório de Advocacia.

—Na sua sala agora Alerrando Gonzáles.—Disse autoritária e saiu andando rápido
sem esperar por ele, o coitado arregalou os olhos, afinal ela só o chamava pelo nome
todo quando estava muito nervosa com ele. Tentou puxar em sua mente se tinha
aprontado alguma coisa naquele dia, mas não se lembrará de nada. Depois que
reataram o relacionamento andava na linha, morria de medo de fazer alguma coisa de
errado e estragar tudo.

—Lembra o que disse sobre formamos um time de futebol juntos?—Disse receosa


assim que chegaram à sala dele, as mãos tremiam sem parar.

—Lembro Carinho. —Respondeu entretido enquanto olhava atenciosamente o próprio


reflexo através da grade janela de vidro no seu escritório, que da vista para grade
cidade de Washington, se encontrava de costas para Solange no momento. Estava
tentando ver onde o Edmilson tinha tirado aquilo que o seu rosto era largo como uma
lua cheia, não se conformava de forma nenhuma com a comparação que o mesmo fez
dele com o ator Ben Nafre, na opinião dele tinha total certeza que era muito mais
bonito do que um atorzinho qualquer de quinta categoria. Por mais que tentasse não
conseguiria ver nenhum defeito em sua face, era convencido demais para isso.1

—Então...—Respirou fundo duas vezes.—Faltam só dez agora, porque um já esta a


caminho. —o Espanhol ficou literalmente paralisado com á noticia! Nem se quer
piscava, entrou em total estado de choque. De costas estava de costas continuou,
como não ouve da parte dele nenhum tipo de manifestação com a novidade, Solange
começou a se desesperar achando que ele não havia gostado de saber sobre o bebê.

—Acima de tudo quero que saiba que eu não deixei isso acontecer de proposito, sei
que o nosso relacionamento tem pouco tempo e você talvez não esteja preparando
para assumir uma responsabilidade tão grande como essa. Sua carreira profissional
está uma fase ótima, em breve estará abrindo o seu próprio escritório de Advocacia,
entendo perfeitamente que isso seja sua maior prioridade no momento. —Começou a
chorar, por mais que intendia estava com o coração partido perante a reação dele. —
Não precisa se preocupar porque vou criar o meu filho sozinha, assumo total
responsabilidade sobre ele. Prometo que nem vai ouvir falar de nós dois, pode
continuar com os seus projetos em paz.—Concluiu com a voz choroso indo em direção
a porta para sair o mais rápido que pudesse, estava destruída demais para
permanecer no mesmo lugar que ele. Mas antes de chegar na porta sentiu o braço ser
puxado de forma brutal.

— Por favor me diga que no esta brincando carinho, tem mesmo uno pedacinho meu
crescendo dentro de você? – Gonzáles tinha o rosto tomado por lagrimas.

—Si my amor.—Confirmou na língua dele.

—Dios mio, voy a tener uno hijo.—Gritou para quem quisesse ouvir, enquanto rodava
Solange no ar como se fosse uma boneca de pano, não sabia se ria ou chorava,
acabou fazendo os dois ao mesmo tempo. A felicidade que sentia era grande demais
para guardar apenas para ele, queria que todos soubessem o quanto estava feliz. —
Desculpa carinho, deixei você tonta?.—Colocou ela no chão com cuidado.—Será que
corre risco de você romper a bolsa? Vamos para o hospital agora, vai que nuestro hijo
resolver nasce agora .—Disse ele preocupado, fazendo Solange soltar uma
gargalhada.
—Calma amor, pelas minhas contas ainda faltam sete meses para o nosso bebê
nascer.—Disse com um sorriso enorme no rosto, estava aliviada dele estar feliz com a
chegada de mais um integrante para a família Gonzáles.

—Sete carinho? Enton ele foi feito na nossa primeira vez.—Ela confirmou tímida a
cabeça.—Yo sou bom de mira, acertei o alvo logo de primeira. Mal posso esperar que
esse nino nasça logo para colocar outro ai dentro, quero nuestro time de futebol
completo logo.—Disse animadamente.3

—Vai com calma ai Espanhol, esse mal nasceu é você já esta pensando em fazer
outro?— Disse fingindo estar brava.

—Tu sabes muito bem que no gosto de miséria carinho, nessa remessa já poderia vir
pelo menos uns três de uma vez só.—Disse como se fosse a coisa mais simples no
mundo.

—Serio que esta feliz mesmo amor? Esta cedo para temos filhos, e você tem tantos
planos para o futuro, não estragar a sua vida.—Abaixou o olhar, estavam os dois
sentados no chão sobre um tapete macio que tinha bem no meio da sala. Mesmo com
ele feliz com á noticia ainda se sentia culpada, não queria de forma nenhuma que
pensasse que deixou aquilo acontecer de caso pensado.

—Tu es my minha vida.—Sorriu cheio de charme.—Ou mejor, vocês son my vida


agora.—Ele sabia bem desamar a moça quando queria.

—Eu também te amo Espanhol.—Beijou os lábios dele.—Porém mesmo assim ainda


me sinto um pouco culpada, tenho certeza que por mais que gostou da noticia não
esperava por ela agora.—Constatou.

—Yo confesso.—Ele levantou e ficou andando de um lado para o outro na sala.—


Venho sabotando la camisinhas desde a nossa primeira vez, enton estava esperando
por esta noticia a qualquer momento.—Soltou com o maior cinismo do mundo,
deixando Solange pasma com tal revelação.4

—Você o que? – Quase gritou com ele.

—No puedes me culpar por querer montar una família com la mujer que amo.—Se fez
de santo.1
—E eu aqui feito uma boba me sentindo culpada, não acredito que não pensei nisso
antes. Por isso demorava mais que o normal para colocar, e fez pouco caso quando
disse que iria começar tomar anticoncepcional, eles seriam mais difícil para sabotar.

—Na verdade yo sabotava todas assim que comprava para no perder tempo na
hora.—Explicava calmamente.—O fato que yo demoro para colocar é porque tu mejor
que ninguém sabe que o meu tamanho e privilegiado, uma verdadeira obra de arte do
prazer.—Completou sem um pingo de modéstia.—Solange ficou tão nervosa com ele
que nem respondeu nada, saiu pisando duro de tanta raiva, mas ele não deixou ela
sair trancando a sala.

—Eu juro para você que é mais seguro para você me deixar sair Espanhol, manter
presa uma mulher negra e gravida propositalmente por um latino metido e assinar a
própria certidão de óbito.—A mulher estava cuspindo fogo pelas ventas de tanta raiva,
e ele estava amando aquilo. Achava a mãe do seu filho linda de qualquer forma, mas
nervosa daquela forma o excitava além do normal.

—Hum, e assim que yo gosto! No sabes como fica calhente nervosa assim carinho.—
Foi caminhando em direção a ela afrouxando o nó da gravata com cara de safado,
visivelmente cheio de segundas intenções.

—Se você acha que vou transar com você depois de tudo o que ouvi está muito
enganado, se e que eu deixe tocar em mim novamente algum dia.—Apontou o dedo
na cara dele.

—É o que veremos carinho.—Ela chegou salivar quando ele acabou de desabotoar a


camisa deixando o peitoral bem definido a mostra.—Gosta do que vê my amor?—
Provocou percebendo que os olhos dela não saia de cima dele, ela fazendo pirraça
cruzou os braços e virou de costas para não ter que olhar mais para a cara dele, tinha
uma expressão convencida no rosto.

—Feche os olhinhos my amor, porque tu padre vai brincar uno poquito com tu
madre.—Abraçou a cintura da moça por trás encostando propositalmente a enorme
ereção já formada dentro de sua calça, dai digamos e a "conversa" dos dois levou o
resto do dia para terminar, viram quando os demais foram embora.

*****
Yudi não aguentava mais de ansiedade ao esperar o medica acabar de avaliar os
exames que havia feito, neles teria a resposta de estava gravida ou não. Ao seu lado
estava Solange segurando sua mão, tão nervosa quanto ela. Para passar um pouco
nervoso Jackson olhava para todos os lados, menos para o rosto da Doutora. Era uma
Senhora de idade, de aproximadamente uns sessenta anos, baixinha e muito elegante.
Tinham os cabelos brancos preso em um coque alto, não usava maquiagem, mas sim
joias que davam para ver de longe que eram caríssimas. Provavelmente continuava
trabalhando por conta do amor a profissão, tinha uma fama ótima de ser muito boa no
que fazia. A sala dela era muito bem organiza e com uma decoração linda, cheia de
cores do jeito que Yudi gosta, o que mais lhe chamou a atenção foi os quadros
pendurados na parede, em especial um com uma rosa roxa. Foi então que a moça
lembrara do dia em que perdeu a virgindade na ilha dos amantes em Fernando de
Noronha no Brasil, onde Thompson lhe presenteou com um boque com rosas de todas
as cores e explicou o significado da cor de todas elas, menos a da roxa, disse que
deixaria para que ela descobrisse sozinha em um futuro mais próximo.

—Parabéns nova mamãe, a Senhora está gravida de seis semanas e meia.—A medica
disse fazendo Yudi chorar de alegria, pelas contas dela também havia engravidado
praticamente no mesmo dia que Solange, as duas amigas dariam a luz no mesmo dia.

—Eu preciso contar para Thompson que vai ser pai novamente.—Disse levantando
alvoraçada para sair.

—Sente-se Senhora Jackson, temos que conversar sobre a sua gravidez.—Proferiu a


Doutora com um tom preocupado, Yudi pensou que estava tudo muito bom para ser
verdade.

—Tem alguma coisa de errado com o meu bebê?—Perguntou em prantos abraçada


com a Sol.

—Você tem um problema raro nos óvalos filha, o seu útero e muito frágil por conta
disso. Para falar a verdade não sei como você conseguiu engravidar, em mais de trinta
anos nessa trabalhando nessa areia nunca vi um caso como seu, com certeza tem
intervenção divina nisso.—Yudi se emocionou nessa parte, de fato só poderia ter a
mão de Deus naquilo.—Sua gravidez é de total risco, qualquer esforço que fizer pode
sofrer um aborto espontâneo. Terá que ficar repouso, sem trabalhar, fazer exercícios
físicos muito pesado e mudar totalmente sua alimentação. Para que essa criança
vingue vai depender muito de você mamãe, não vou mentir dizendo que vai ser fácil,
mas não é impossível também, e eu quero ter o prazer de fazer o seu parto querida.—
Tinha um sorriso terno no rosto.

—Quanto a isso não se preocupe Doutora, se for preciso dou a minha fida para que o
meu filho venha ao mundo.—Exclamou Yudi já se preparando para sair, tinha que
contar logo a novidade para o Juiz. Se despediu da Doutora, mas quando ia saindo
parou de repente para fazer uma ultima pergunta pra a medica, e não era em relação
sua gravidez.

—A Senhora sabe me dizer qual e o significado daquela rosa roxa na pintura do seu
quadro, é muito importante para mim saber.—Não poderia ir embora sem perguntar, e
sorriu feito uma boba ao ouvir a resposta.

****

Thompson passou o dia todo atolado no trabalho, nem horário de almoço pode fazer.
Como sua equipe contava com um Juiz a menos, havia transferido a Juíza Bruna para
outra comarca. Não tinha gostado nem um pouco da postura dela em procurar sua ex
noiva para dar informações sobre a vida intima dele, jamais manteria uma pessoa tão
leviana trabalhando ao lado dele. Falando em Suzana em um encontro casual com a
mãe dela ficou sabendo que a mesma tinha descido entregar o bebê para adoção, mas
depois de ouvir o coraçãozinho do Bebê pela primeira vez desistiu de entrega-lo,
acabou se apaixonando pelo filho. Pediu desculpas aos pais, mudou de vida, arrumou
emprego e estava vivendo uma vida digna. O problema era que os casos em que ela
estava atuando vieram todos para eles, o que estava resultando em ter que se
desdobrar para dar conta de tudo, só naquele dia havia participado de três audiências.
Estava exausto e morto de saudades do Max e da Yudi, não tinha visto ela durante o
dia todo, quando tentou ligar para ela não atendeu ao telefone. Foi para a casa
chateado com isso, para piorar teria que passar a noite sozinho, pós o Reverendo
havia ligado pedindo autorização para o neto passar a noite com eles, como ele disse
que a Yudi já tinha autorizado não viu o porque não deixar. Fez o trajeto de volta para
casa com calma, apreciando a vista pela janela, sentindo o vento bater o seu rosto,
estava se sentindo em paz. Quando chegou ao abrir a porta da frente notou logo de
cara que tinha alguma coisa diferente, escutou uma musica tranquila vinda da cozinha.
Deixou a mala sobre o sofá na sala e foi seguindo o som, sorriu ao vera amada
concentrada cozinhado para ele, achou graça dela rebolando conforme as batidas de
outra musica que havia começado em quanto mexia alguma coisa na panela. Era algo
mais quente, pela batida se tratava de Quizomba, ritmo sexy natural da África. Usava
um vestido curto vermelho todo rodado, que dava ainda mais malemolência para a
cintura curvilínea. Elas estava diferente aos olhos dele, mas bonita. Simplesmente
irradiante.5

—Boa noite.—Ele disse abraçando o corpo dela por trás, mexendo junto com ela
sensualmente com forme as batidas, seguindo os movimentos que ela fazia.

—Boa noite Meritíssimo.—Respondeu com a voz sedutoramente sexy, levando a mão


por trás do pescoço dele rebolando ainda mais, esfregando a bumba no membro dele,
lhe deixando totalmente excitado. Tomado pelo tesão Jhon levou a mão na coxa da
moça e foi sumindo semvergonhamente para debaixo de vestido.

—Que surpresa boa chegar em casa e encontrar minha mulher esperando por mim.—
Depositava beijo e mordidas pela região do pescoço e do ombro dela.

—E as surpresas estão só começando meu amor.—Virou de frente para ele e o beijou


com paixão. Sem perder tempo apertou o traseiro farto da moça, intensificando cada
vez mais o beijo.

—Calma ai Homem da Lei, vai tomar o seu banho enquanto eu arrumo a mesa.—Com
muito custo conseguiu se soltar dos braços dele.

—Pensei que não soubesse cozinhar nega.—Comentou sentido o cheiro bom que
vinha do forno.

—Eu venho treinando.—Respondeu meio sem jeito, na verdade tinha entrado para um
curso de culinária.

Depois de tomar banho Thompson desceu com os cabelos molhados, todo cheiroso
dentro de uma calça moletom cinza e uma camisa branca de algodão, os pés
descalços como costumava andar dentro de casa, totalmente à vontade. Quando
chegou a sala de jantar Yudi lhe esperava sentada em uma mesa muito bem arruma,
seus olhos imediatamente correram sobre as flores que usou para decorar,
principalmente no vaso repleto de rosas roxas bem no meio. Ficou intrigado com
aquilo, mas não falou nada. Beijou o rosto da moça sentando logo após de frente para
ela, que estava visivelmente nervosa, não sabia se a suspresa que tinha preparado
daria certo, podeia ter feito varias coisas grandiosas para contar a novidade a eles,
mas tem coisa que são mais bonitas quando são feitas de forma simples. O jantar
transcorreu a base de muitas declarações de amor, risadas e um pouco de malicia
também. Ele estavara tão feliz e sorridente, era óbvio que ja se sentia realizado com a
familia que havia formado com ela, imagina depois que soubesse sobre o bebê então?
Na hora da sobremesa foi até cozinha trazendo consigo uma travessa redonda de
prata com tampa e colocou na frente dele.

—Espero que goste. —Disse sorridente ainda de pé.

—Vou amar, assim como tudo que você faz.—Respondeu retribuindo o sorriso.

—Acredita que só hoje que fui descobrir o significado da rosa roxa.—falava enquanto
observava ele ajeitar o prato e a talher para se servir da sobre mesa.—Tinha razão
quando disse que era a mais importante de todas.—Concluiu.

—Com certeza é.—Confirmou Thompson levando a mão sobre a tampa da travessa


arredondada.—Afinal se trata do amor mais lindo que existe no mundo.. o de mãe.—
Disse na mesma hora em que levantou a tampa se deparando com dois sapatinhos
brancos de pano, eram tão pequenos que parecia um grão de areia quando ainda em
choque os levou na palma da mão. Tão delicados que tinha até medo de segurar,
usava de um cuidado tão grande como se estivesse segurando o próprio bebê.

—Parabéns papai, tem lugar para mais um nessa família?-- Disse emocionada.1

— Pelo amor de Deus amor, não me diga que esta..—Nem conseguiu terminar a frase,
começou a chorar compulsivamente. Tanto que chegava soluçar, levou as mãos no
rosto tentando conter o ataque de choro que ficava cada vez mais intenso, as lagrimas
teimavam em brotar cada vez mais nos lindos olhos azuis.

—Sim amor, estou gravida.—Confirmou também chorando. Quando o Juiz conseguiu


conter o choro e abrir os olhos, Yudi estava ajoelhada diante dele com uma caixinha
de veludo vermelha na mão combinado com o vestido que ela usara, com duas
alianças dentro.+

— Juiz Jhon Thompson, gostaria de casar comigo?— Ela fez o pedido sorrindo entre
as lagrimas.
Final
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de MarliaSillva Following

Seja bem vindo ano novo! Adeus ano velho... ��

—Te amo demais, você é a minha vida. Eu que não tinha nada agora me tornei o
homem mais feliz do mundo, tudo de bom que há em mim, trouxe luz onde só havia
sombras. Depois de tudo, ainda me dá mais um presente desses. —A envolveu em
seus braços, ela não fazia ideia do peso esmagador que aquela noticia sobre ele.

—Estou tão feliz de poder realizar o seu sonho.—Yudi declarou sincera.

—Eu realizei todos os meus sonhos quando te conheci, nossos filhos são apenas fruto
deles.— concluiu mais apaixonado do que nunca.1

—Eu te amo Meritíssimo, e quero viver ao seu lado pelo resto da minha vida. Então
casa comigo?—Fez o pedido novamente.

—Aceito. —Disse enquanto alisava a barriga lisa que se não dissesse ninguém
acreditaria que de fato estava grávida.—Mas com uma condição..—Exclamou serio.

—Qual? –Perguntou confusa olhando para ele.

—Que a partir de agora tudo o que for meu ser seu também, e virse e versa. Somos
um só agora.—Sorriu lindamente tímido.—Ou melhor quatro.—Não aguentou e voltou
a chorar novamente escondendo o rosto na curva do pescoço dela, que afagava os
cabelos do futuro marido e pai dos seus filhos.1

—Mas essa condição não é justa Juiz Thompson, você tem tudo. O que ainda não
tenha que eu possa lhe dar?— Fingiu estar brava.

—Uma menina.—Respondeu com a voz carregada por conta do choro, olhando no


fundo dos olhos dela com aquelas esferas azuis que fez com que Yudi se apaixonasse
por ele desde que o vira pela primeira vez. A moça limitou-se apenas a olhar para o
amado com um sorriso terno no rosto, a partir dali iniciava uma aliança eterna entre os
dois.1

Em menos de um mês estavam se casando, Solange e Gonzáles aproveitaram a deixa


aceitando o convite de se casarem no mesmo dia. A cerimônia ocorreu em uma casa
no campo, em um belo e extenso jardim decorado de branco e dourado, um altar foi
montado repleto de fores de todas as cores, para realização da cerimonia. Entre os
padrinhos de Thompson estavam o Juiz Marcos Louzada, Delegado Ricardo Avilar
com a noiva Julia, Edmilson com a primeira namorada uma jovem que fazia estagio
como técnica de enfermagem no hospital onde ficara internado, o jovem tinha tomado
jeito. Entrou para o teatro, queria ser comediante profissional, na verdade já era um e
não sabia, só faltava ganhar dinheiro com isso. E também o Moçambicano Noen Said
com a esposa que usara na cerimonia o mesmo vestido branco com flores amarelas
comprado pessoalmente por Thompson e enviado para ela em nome do esposo que
se encontrava detido injustamente, recentemente o verdadeiro culpado já havia sido
preso e condenado, se tratava de um jovem israelita que veio para o pais apenas para
cometer ataques terroristas. Yudi opinou em usar um vestido de noiva modelo curto,
porém descente. Na altura pouco acima do joelho, de mangas longas e um decote V
consideravelmente sensual na frente, cheio de pedrinhas brilhantes.1

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Fez uma maquiagem leve, o cabelo deixou natural preso do lado e uma rosa roxa atrás
da orelha dando um charme especial para ela. Foi entregue ao futuro esposo pelo pai,
que chorou durante toda cerimonia. A irmã dela apesar de convidada, não
compareceu. Estava se mantendo escondida dentro de casa envergonhada por ter
levado uma surra da mulher do chefe que descobriu o romance dos dois, tudo
aconteceu bem no meio da rua em frente a casa dos pais, além de apanhar foi
ofendidas de vários nomes feios inclusive de "vagabunda" como costumava chamar
Yudi diariamente. Agora Carmem tinha que aguentar as pessoas do bairro falando
dela, e o próprio ex noivo que a abandonou assim que descobriu quem ela era de
verdade. A mãe da Jovem e a Vovó Corina choraram a cerimonia toda, até a prima
Jertrudes estava presente para tristeza de Edmilson. Ouve muita emoção Inclusive
quando o Revendo entrou orgulho de braços dados com a filha e entregou ao noivo
que lhe aguardava ansioso em frente ao altar, com os cabelos caindo sobre o rosto por
conta do vento é um sorriso lindo no rosto. Thompson assim como Gonzáles não
usavam terno como costumas estar diariamente, trajavam roupas brancas e leves. Já
Solange usava um vestido de noiva mais tradicional, cumprido e colado ao corpo.
Prendeu as tranças em um coque alto, também não usava muita maquiagem, mas
nunca esteve tão linda como naquele dia, principalmente aos olhos de Alerrando.1

Foi entregue na mão do Espanhol pelo irmão Rafael Loys que estava uma graça
dentro um terno preto de gravata borboleta, mas sem palito. Não teve quem não
chorou com os votos dos noivos, lembraram de tudo o que passaram para chegar até
ali. Max entrou junto com o cão Luck trazendo as alianças, com um sorriso tão grande
no rosto que dava até gosto de olhar. Solange e Gonzalez passaram a lua de mel na
tribo onde o Espanhol passou enquanto estava sumido, e ainda levaram com eles
Emily e Robert que haviam acabado de ficarem noivos, os casais eram amigos agora.
Lá tornaram reafirmar os votos em uma cerimônia indígena, se divertiram ao terem o
corpo todo tomado pelas pinturas tradicional dos nativos. Já os Juíze Thompson e Yudi
não puderam viajar por conta da gravidez de risco, na verdade ele nem deixara a
esposa levantar da cama para beber agua. Tirou licença do trabalho só para cuidar
dela, obrigou a coitada comer apenas coisas saudáveis, fez todos os desejos dela e
passou noites em claros velando o sono da amada quando a mesma não se sentia
bem. Ele e Max ficaram loucos quando souberam que era uma menina, agora de fato o
sonho estava completo. Alerrando soltou fogos quando recebeu a noticia que seria pai
de um menino, já foi logo fazendo planos para o garoto.4

— Já pensou se o mio nino namorar com tu filha?—Disse Gonzáles animadamente


enquanto ele e Thompson indo em direção ao quarto de espera do parto onde as
esposas se encontravam.

—Mantenha o seu filho e as mãos dele longe da filha.—Disse Jhon parado de andar
com uma expressão sombria, a menina mal tinha nascido e já estava morrendo de
ciúmes dela.4

—No está aqui mais quem falou irmon, mas mantenha sua cabritinha presa porque o
mio cabritinho está vindo com aí tudo.—Implicou o Espanhol saindo correndo e rindo
pelos corredores do hospital.6
—Não se preocupe amor, vai dar tudo certo. Nossa princesa vai chegar ao mundo
cheia de saúde e benções. Ela foi um presente mandado por Deus como fruto do
nosso amor, eu já era feliz e realizado apenas com o Max como nosso filho, mas com
a chegada da Lia em nossas vidas me levou á um nível de felicidade que nem sei
como explicar. Apenas posso dizer que eu te amo mais do que a minha própria vida,
vou fazer de tudo para que seja a mulher mais feliz desse mundo.—Jhon declarou
para Yudi minutos antes dela entrar para sala de cirurgia, como seria uma cesariana
de risco não pode acompanhar o nascimento da filha. Ficou do lado de fora com a
família dele e da esposa, também estavam a de Gonzáles e da Sol. Rezando o tempo
todo, mesmo muito nervoso se manteve controlado, não perdia mais o controle com
facilidade. A caçula do casal Lia Thompson nasceu pequena, mas com saúde. Tinha a
cor da mãe e os olhos do pai, que chorou feito criança quando pegou a filha nós
braços pela primeira vez. Já o Espanhol desmaiou duas vezes durante o parto do filho
e ainda matou a Solange de vergonha tendo uma crise de ciúmes do medico que
estava fazendo o parto. O pequeno Javier Gonzáles nasceu à cara do Latino, o que
deixou Alerrando mais metido do que já era.2

***

Yudi acordou meio sonolenta, totalmente nua envolvida pelos lençóis brancos de seda
pura. Com o corpo dolorido, mas com um sorriso de satisfação no rosto ao lembrar-se
da noite quente que passou nos braços do marido. Depois de um ano do nascimento
da filha resolveram enfim fazerem a viagem de lua de Mel, mas não conseguiram
deixar os filhos para trás, levando assim os dois com eles. Ao despreguiçar encontrou
no lugar do Jhon na cama um bilhete que dizia:

"Bom dia Senhora Thompson, levei as crianças para brincar um pouco na praia,
estamos a sua espera."

Ps: Te eu amo...

Com muita preguiça levantou e caminhou até a janela de madeira rustica, de lá avistou
de longe Max correndo atrás do Luck sobre a areia da Ilha de Fernando de Noronha
em frente o mar azul que presenciou tantas coisas lindas a vida dos dois. Thompson
estava sentado com a filha nos braços, brincando jogando ela para o alto. Era um
ótimo pai, babão e super protetor, que chorou feito criança quando presenciou Lia dar
o primeiro passo aos onze meses. Morria de ciúmes dela quando Gonzáles vinha com
brincadeiras bobas dizendo que a cada dia a norinha dele estava ficando cada vez
mais linda, estava feliz da vida porque Solange estava prestes a dar a luz de gêmeos,
dois meninos, não perdoaram nem o resguardo. Para piorar o pequeno Javier era
galanteador igual ao pai, não podia ver a menina que já queria abraçar e beijar ela. E
Alerrando ainda achava bonito, chegou levar um soco no olho do amigo por conta
disso.8

—Bom dia meus amores.—Disse Yudi chegando na praia com um biquíni minúsculo
branco, a primeira coisa que o Juiz viu foi a falta de pano na peça. Mas não com
ciúmes, mas sim em como a esposa ficava linda dentro dele. Com a paternidade e o
tempo os dois foram aprendendo a confiar um no outro, amadureceram juntos.

—Bom dia para mamãe, acho que tem uma mocinha aqui com fome.—Beijou os lábios
dela lhe entregando a filha que abriu os bracinhos assim que viu a mãe. Yudi liberou
um dos peitos e colocou na boca da filha que sugava com vontade, a pequena
realmente estava faminta. Thompson olhava aquela cena maravilhado como se
estivesse vendo aquilo pela primeira vez, para ele era a coisa mais linda do mundo.

—Ai filha.— Gritou Jackson, fazendo Lia arregalar os olhos da cor do mar, assustada.
Ela era a cara do Thompson, até o rosto quadrado, a única coisa que herdou da mãe
foi a cor da pele. Parecia uma bonequinha de tão linda, era a paixão da vida de
Thompson.

15

—Que foi amor?—Preguntou Jhon preocupado.

—Não sei amor, ultimamente meus seios andam tão sensíveis. Ficam doloridos por
horas depos que amamento a Lia, não sei por que esta acontecendo isso, quando
chegarmos em casa vou procurar um medico.1

—Faça isso minha vida.—Alisou o rosto dela, vendo sua beleza com os cabelos
rebeldes ao vento, lembrando em como continuava linda do mesmo jeito a um ano
atrás quando passaram a noite naquele mesmo lugar onde estavam sentados sobre a
luz da lua.
—Mamãeee eu e o Luck fomos em casa buscar o seu sorvete preferido, vocês
querem?.—Max chegou correndo com o cão todo serelepe atrás dele, dando um beijo
no rosto da irmã que ainda sugava o peito da mãe, com todo cuidado do mundo para
não despertar a pequena que tinha acabado de dormir.

—O pai não quer filho, obrigado.—Afagou o cabelo do menino com carinho, morria de
amores pelo primogênito, nunca virá criança mais educada e dedicada em tudo o que
fazia. Tinha vencido todos os traumas causados pelo Tio Christofer, falando nele
depois de preso nunca mais ouviram falar do mesmo. A herança milionária que herdou
dos pais foi totalmente doada para entidades caridosas, principalmente para os
refugiados da Síria. Não precisa desse dinheiro que trazia tantas lembranças ruins, até
porque agora era filho de um dos homens mais rico e poderoso do país.

—E a Senhora mãe?— Ofereceu chegando o recipiente cheio de sorvete de morango


bem próximo ao rosto dela.

— Também quero filho, ando enjoando com cheiro de tudo.—Virou o rosto para o lado
fazendo cara de nojo.

—Que tipo de enjoou amor?—Perguntou Thompson esperançoso.

—Sei lá amor, tipo o que sentia quando estava gravida da Lia.—Relatou entretida
enquanto limpava um gota de leite que escorria do canto da boca da pequena, quando
levantou o rosto estavam o marido e o filho sorrindo olhando para ela.

—Os dois podem tirar esse sorriso bobo no rosto, porque a minha medica disse que a
gravidez da Lia foi um milagre, os exames que fiz deixaram bem claro que não posso
ter mais filhos, não tem como discutir sobre isso diante dos fatos.—Yudi falava
nervosa, não queria se iludir.

—Se tem uma coisa que aprendi nessa vida, e ver a verdade além dos fatos.—
Exclamou Thompson sorrindo lindamente, certo que o terceiro herdeiro já estava vindo
por ai, e estava mesmo.+

FIM...

Epílogo
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-Filha anda logo, vamos nos atrasar para a formatura do seu irmão.

Yudi chamou pela Lia pela terceira vez enquanto ajeitava no espelho que ficava no pé
da escada os brincos de ouro puro que o Max havia lhe presenteado no dia do seu
aniversario para que usasse no dia da sua formatura, o jovem para orgulho de toda
família aos vinte e cinco anos estava se formando em Direito pela faculdade Havard ,
considerada a melhor do mundo. Por conta do tempo que ficou morando na rua, ficou
um pouco atrasado em relação os demais alunos as sua sala.

-Estou indo mãe, ainda falta mais de uma hora para começar! Não sei porque o meu
pai quer ser o primeiro a chegar se os nossos lugares já estão marcados, tanta coisa
só porque e a formatura do queridinho dele, e o da Senhora também não é Dona
Yudi?-Respondeu mal criada descendo as escadas emburrada, era muito vaidosa,
odiava quando ficam apressando ela quando estava se arrumando. Tinha o mesmo
jeito forte que a mãe, e a beleza também. Estava na fase adolescente rebelde, o pai
havia estragado a menina mimando lhe dando tudo o que queria, mesmo com
dezesseis anos Thompson tratava a filha como se tivesse cinco.

-Se me responder dessa forma novamente vai ficar duas semanas de castigo.-Chamou
a atenção dela, diferente do pai ela tinha pulso firme com a filha.

-Duvido que o meu pai deixe que faça isso, sou a bonequinha dele.-Disse com
deboche.

-Está de castigo por três semanas, e se aprontar mais alguma coisa hoje vai ser por
três meses.-Foi taxativa.
-Mas mãe, eu nem sai do outro castigo ainda. -Choramingava atrás da mãe enquanto
andavam em direção ao carro.

-O que a Lia fez dessa vez mãe? Essa menina não toma jeito.-Disse o filho mais novo
Liam sentado no banco carona do carro revirando os olhos.

Aos quinze anos tinha duas vezes mais juízo do que a irmã mais velha, tinha puxado
ao pai, coerente em tudo o que fazia. Foi uma alegria sem tamanho quando
retornaram da viagem de lua de mel, e Yudi descobriu que estava de fato grávida de
pouco mais de oito semanas.

- Fica na sua garoto, você é outro puxa saco do Max. -Era egoísta as vezes, por ser a
única menina queria sempre a atenção de todos sobre ela.

-Sou mesmo Lia, além de o meu irmão ser um cara muito legal é o meu melhor amigo
ou vai dizer que não curte o nosso "mano" também?-Respondeu sem paciência com
ela.

-Mas é claro que eu curto o meu irmão ora bolas, mas ele tinha que ser tão perfeito?
Nosso pai baba em tudo que ele faz, às vezes confesso que tenho um pouco de
ciúmes. Mas eu não imagino a nossa vida sem ele, e o respeito. Não é por ser o meu
irmão mais velho, mas sim porque o amo e valorizo a forma como cuida de mim desde
que nasci.-As palavras dela fizeram Yudi se emocionar, teve que respirar duas vezes
antes de dar partida no carro. Thompson tinha ido mais cedo para cumprir uma
promessa que havia feito ao filho quando ainda era pequeno. Enquanto isso Max se
encontrava ficou extremamente nervoso com o evento, afinal estava dando um passo
muito grande em sua vida, aproveitou que ainda faltava um bom tempo para começar
a formatura e foi ver como estava os últimos preparativos da decoração, afinal era o
chefe do grêmio estudantil e organizador do evento. Ficou totalmente emocionado
quando viu o pai sentado sozinho sentado na primeira cadeira da fileira da frente,
estava aproveitando para repassar o discurso já que o Juiz Jhon Thompson foi
convidado para ser o orador da turma.
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-Oi pai, o Senhor já chegou.-O abraçou lhe dando um beijo no rosto, sempre se
complementavam assim. Max diferente da maioria dos jovens não tinha vergonha de
demostrar na frente de todo mundo o amor que sentia pelos pais que eram o seus
bens mais preciosos.
-O pai não te prometeu um dia que seria o primeiro a chegar no dia na sua
formatura?.-Exclamou repleto de orgulho.

-Não acredito que ainda lembra disso, eu te amo pai.-O jovem ficou tocado pela atitude
do pai, sabia o homem maravilhoso que era, mas mesmo depois de tantos anos ele
estava sempre o surpreendo.

-Não precisa chorar filho, estou muito orgulhoso de você, sempre soube que chegaria
longe.-Envolveu o jovem em um abraço que chorava feito uma criança, e olha que Max
nunca foi de chorar.

-Não mereço receber tanto amor, não sou filho de vocês de verdade, mas sempre
tradado como se fosse.-John afagava o cabelo do menino como fazia quando ainda
tinha dez anos.

-Eu e a sua mãe não vemos diferença entre você é os seus irmãos Max, amamos os
três da mesma forma.-Limpou as lágrimas do rosto dele.

-Eu também amo demais o senhor e os meus irmãos pai, mas a mãe e a minha vida.-
Declarou lembrando do dia que ela tirou ele das ruas.

-Eu entendo filho, ela é a minha vida também.-Ajeitou o no da gravada de Max.-Agora


pare com essa choradeira porque sua mãe não vai gostar de chegar e ver você nesse
estado, seus avós e o seu Tio Edmilson estão vindo ai.

-Sério que o Tio Dimy vem pai? Ele me mandou uma Ferrari de presente com um laço
em cima e um bilhete dentro dizendo que não poderia vir porque tinha que adiantar as
gravações dos capítulos especiais de fim de ano do programa dele. - Edmilson agora
era astro de hollywood, estrelando em mais de vinte filmes e oito séries, tendo agora o
seu próprio programa de humor em horário nobre. Casou com a técnica de
enfermagem, tinha dois filhos e era um dos atores mais bem pago de Holywood.

-Ele ligou para sua mãe de última hora dizendo que vai dar um "pulinho" com jatinho
particular dele, mas vai embora hoje mesmo.

-E o Tio Gonzáles e Tia Solange também virão?-Perguntou envergonhado, as


bochechas estavam coradas. Na verdade queria perguntar se a Mari Cruz viria com
eles, os dois gostavam um do outro.
-Vem filho, e pode ficar tranquilo que a irmão dele vem com eles.-O jovem abriu um
sorriso.

-Mas a Tia Solange já não esta prestes a dar a luz novamente?-Perguntou rindo,
Gonzáles estava mesmo empenhado em formar um time de futebol, agora faltavam
apenas quatro.

-Ainda falta um mês para o bebê nascer, mas alguma me diz que não vão parar por
ai.-Respondeu rindo. Thompson como orador da turma fez um belo discurso, começou
a chamar cada aluno para pegar ir lá à frente pegar o diploma, Jackson estava na
platéia morta de orgulho da perfeita performance marido. Max estava atrás das
cortinas ao lado do melhor amigo e colega de quarto da faculdade nervoso esperando
o pai chamar o nome dele.

-Eu acho que ele não vem Max.-Disse Bobbi, melhor amigo do Max. Tinha um olhar
triste, como se estivesse faltando alguma coisa para aquele momento ficar perfeito.

-Eu sei que você queria que todos seus irmãos estivessem aqui, mas deveria ficar feliz
por pelo menos três deles está aqui com você nesse momento tão especial.-Puxou a
ponta da cortina azul escuro da mesma cor da beca deles, dando a visão de três
indivíduos sentado na terceira fileira a esquerda. Um completamente diferente do
outro, de um lado estava Lí Xing um chinês que vivia com um sorriso simpático no
rosto, mas que escondia muita coisa por trás dele, no meio estava o Mexicano Julius
Peres, um homem com mais de dois metros de altura cheio de músculos, dava até
medo de olhar para ele porém, tinha o coração mole feito manteiga e estava chorando
sem parar fugando o nariz no palito preto do homem que estava sentado na ponta,
esse era Estêvão Salvatore um inglês e o mais calado de todos, tinha uma aparência
sombria, na verdade gótica sua pele era extremamente branca, os olhos azuis
penetrantes, o cabelo longo tão negro como a noite era um ser sem nenhum tipo de
sentimento, nem bom nem ruim, apenas era vazio por dentro vivendo em uma
dimensão obscura que ele mesmo criou ainda quando pequeno quando não fora aceito
pelas outras crianças por ser diferente.

-Você tem razão Max.- Bobbi sorriu olhando para os irmãos de criação, fora adotados
pelos quatro amigos ainda pequeno.-Mas mesmo assim queria todos aqui comigo, mas
conheço o meu irmão, jamais viria a um evento desses ele não é muito de andar sobre
a luz do dia, é apaixonado pela noite.-Concluiu triste, sua família além de exótica era
repleta de segredos.

-E agora é com muito orgulho que chamo o meu filho Maxmilian Thompson, para pegar
o seu diploma.-Proclamou o Juiz todo orgulhoso. Chorou ao abraçar o filho, assim
como toda a família observando aquela cena linda.

- Você é meu maior orgulho Max, eu te amo filho.-Declarou ainda abraçado com ele.

-Não mais do que eu pai.-Exclamou chorando.

-Agora chamo o Jovem Roberto Salvatore Xing Perez Maldonado.-John achou


estrando um nome tão grande, mas Bobbi quando adotado recebeu o sobrenome de
todos os irmãos. O jovem veio timidamente, os olhos discretamente correram pela
platéia sobre os irmãos e principalmente em Lia, apesar de ser apenas uma
adolescente a beleza da moça chamava sua atenção além do normal.

O evento literalmente parou quando todos se assustaram com o ronco assustador de


uma moto que mais parecia uma máquina de tão potente, era último modelo Alemã da
BMW que nem havia sido lançado ainda, tinha a potência de trezentos e cinquenta
cavalos ao ser estacionada antes de dar uma última roncada ensurdecedor, dela
desceu um homem alto é forte que após descer tirou o capacete abrindo visão para um
rosto tão perfeito que parecia uma pintura de obra de arte, com sobrancelhas grossas,
porém definidas. A boca com o lábio superior em um formato perfeito de coração, um
rosto com traços fortes e marcantes seus olhos eram hipnotizantes, com o fato do tom
acinzentado deixar total dúvida se eram azuis ou verdes, um verdadeiro milagre da
natureza. O cabelo cortado bem curto "estilo presidiário" a barba estava aparada bem
baixa, um verdadeiro charme. Com a jaqueta na mão veio caminhando sedutoramente
pisando firme com as botas de cano de cano cumprido sobre o tapete vermelho, usava
calça Jeans surrada bem justa emoldurando os músculos glúteos. Camisa branca de
malha com mangas curtas deixando a mostra os dois braços tomados por tatuagens
por toda intenção ate o pulso, colada ao peito largo musculoso. No pescoço um cordão
com a numeração que era chamado no exercito, não teve quem não olhasse para ele.
Era o tipo que sobressaia na multidão, principalmente pela cara de mal que o indivíduo
obtinha. Parando bem na frente encarou Thompson de frente, era um homem sem
medo!

-Quem é esse cara?-Thompson pensou alto, seus sentidos de Juiz estavam aguçados
afinal um Homem da Lei reconhece um bandido quando coloca os olhos em um.

-Esse e o meu irmão.-Respondeu Bobbi com um sorriso enorme é lagrimas escorrendo


pelo rosto, tinha perdido as esperanças que ele viesse.-Blade Maldonado.-- Completou
correspondendo satisfeito o aceno de cabeça feito pelo irmão, naquela família
estranha é misteriosa além segredos também havia muita união e principalmente
lealdades.

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