Radio p2

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RADIOLOGIA P2

Luíza Gezak
ABDOME GERAL: IMAGENS + SEMIOLOGIA ABDOMINAL---------------------------------------------------------------
- Radiologia convencional: sobreposição de múltiplas estruturas em um plano
- Radiografia simples (convencional) do abdome → contraste natural
- preferencialmente em apneia ou final da expiração
- incidência na crista ilíaca, deve incluir sínfise púbica, polo superior dos rins e flancos
- indicações: pesquisa de cálculos, preparo intestinal, avaliação de dor abdominal
(obstrução, abd agudo perf, corpo estranho)
- ortostático: pneumoperitônio, afastar outras causas de dor abd
- limitado para avaliar órgãos sólidos (forma e tamanho, exceto tumores grandes)
- gordura do retroperitônio delimitam contorno dos órg abd (exceto magros, crianças ou líq)
- contornos (contato com gás ou gordura) densidade (espessura)
- vantagens: simples, baixo preço, informativo
- reconhecimento do padrão gasoso normal → quantidade inconstante, identifica TGI
- morfologia: padrão de relevo mucoso, válvulas coniventes, haustrações
- localização: estômago (hipocôndrio esquerdo), jejuno e íleo (central, raiz do
mesentério), cólon (móvel no transverso e sigmóide)
- exemplos através da opacificação com contraste baritado
- gás anormal nas alças intestinais e cavidades
naturais → intra-luminal, parietal (pneumatose
cística), aerobilia
- fora das alças → intraperitoneal
(pneumoperit) ou extra
(pneumoretoperitônio)

- gordura intra-abd normal:


- vista tangencialmente: epiplóica não contributiva
- faixas adiposas peri-renais (rins), para-renal (linha do psoas), faixas do flanco
- apagamento ou não visualização: pouca gordura, edema (patologia), caquexia
- calcificações abdominais anômalas
- vasculares: flebólitos (dx dif: cálculos urinários), arteriais
(arterioesclerose)
- patológicas: litíase, viscerais (ex: pancreatite crônica,
leiomiomas), parietais (ex: cistos), adenopatias, aneurismas
- Radiografia Contrastada: avaliação TGI e TGU
- contraste: bário (oral e retal) e iodo (oral, EV, injeção direta na árvore biliar ou TGU)
- para exames do TGI → contraste baritado// TGU → contraste iodado
- perfuração de víscera oca ou fístula para o interior da cav abd → baritado está
contraindicado !! (risco de peritonite por bário, difícil tto) → substituir por iodados
- seriadas de documentação progressiva
- tipos:
- (video)deglutograma: fluoroscopia, baritado, alterações morfofuncionais →
indicado em disfagia orofaríngea, pneumonia aspirativa, dças neuro, massas
cervicais afetando deglutição
- Esofagograma / Seriografia Esôfago, Estômago e Duodeno (SEED)
- trânsito intestinal
- enema/clister opaco
- urografia excretora/intravenosa
- uretrocistografia retrógrada/miccional
- USG: investigação de dor abdominal, via biliar, litíase urinária (>5mm, dilatação pielocalicial), fluxo
com doppler, guia de procedimentos percutâneos
- seccional por meio de ondas sonoras
- FAST → líquido (sangue) na cavidade em pacientes hemodinamicamente instáveis vítimas
de trauma abdominal fechado
- preparo: jejum mínimo de 4 horas (exceto urgência/emergência)
- TC: mais radiação, maior resolução espacial (maior redução de dose em equip multidetectores)
- melhor para pesquisa de cálculos urinários, investigação de dor abd e vítimas de trauma
- contraste iodado EV → vascularização e detecção de lesões focais
- em alguns casos, via oral ou retal
- reações adversas e nefrotoxicidade do contraste → maioria leves
- alérgicos ao contraste e atópicos são os mais propensos (preparo antialérgico), mas
pode acontecer em pacientes sem nenhum fator de risco
- evitar em pacientes com função renal alterada (precipita ou agrava, nefropatia)
- sem contraste → cálculos, identificação de abdome agudo (causas)
- RM: sem preparos especiais, jejum 3/4 horas (reduz peristaltismo e mantém vesícula distendida)
- raro contraste oral (reservado a casos específicos – enteroRM)
- uso de antiespasmódicos (Buscopan)
- Gadolínio: contraste EV (não é nefrotóxico nas doses usuais e menos reações adversas
comparada ao iodado), NÃO deve ser usado em pacientes com IRC com TFG<30 ml/min.
- avaliação de lesões parenquimatosas focais (método multiplanar)
- colangioRM: avaliação da árvore biliar e investigação de icterícia obstrutiva
- avaliação de órgãos pélvicos (estadiamento tumoral), abd agudo inflamatório em gestantes
- limitações: baixa sensibilidade para calcificações e uso restrito em pacientes com
dispositivos contraindicados no campo magnético (implantes cocleares / marca passo
cardíaco / alguns clipes de aneurisma)
RESUMO DAS INDICAÇÕES
EXAME INDICAÇÕES

Radiografia avaliação inicial de patologias abdominais agudas (pneumoperitônio e distensão intestinal)

USG disponível e conclusivo em grande parte dos casos, melhor para vias biliares, dor abdominal,
litíase urinária (>5mm, dilatação pielocalicial), fluxo com doppler, guia percutâneo, FAST

TC melhor para urolitíase e identificação da causa de abdome agudo

RM melhor para lesões em órgãos parenquimatosos (especialmente fígado, baço e pâncreas),


abdome agudo inflamatório em gestantes

- análise sistematizada
- esqueleto → vértebras lombares (contagem e constituição), cartilagens costais (calcif irreg), bacia
e fêmures (marcas anatômicas, efeito de subtracção)
- tecidos moles → dimensões, local (anatomia seccional, quadrantes…), morfologia
- andar superior: fígado, vesícula e vias (opacificação por contrastes, colecistografia oral,
colangiografias), pâncreas, estômago e baço
- visceromegalias: desvio de alças
contíguas, de planos adiposos,
aumento da densidade
- calcificações: cálculos vesiculares,
pâncreas, parede da vesícula
- gás anormal: aerobilia, colecistite
enfisematosa
- andar médio: rim, flancos
- sombras renais:
- oblíqua, paralela aos
m.psoas → rim esquerdo mais alto
- invisíveis → agenesia, hipoplasia,
nefrectomia, sem gordura peri-renal,
sobreposição gases e fezes
- dimensões: 9-15 cm // índ. reno-lombar = 3,7
- alterações
- morfológicas (contorno): processos
expansivos (estos, tumores)
- local: ptose, ectopia
- calcificações: litíase, tumor
- gás anormal: pielonefrite enfisematosa
- opacificação com contraste: urografia intra-venosa
- faixas adiposas no flanco: observação com luz intensa
- apagamento → edema, caquexia
- separação do cólon → derrames (ascite, sangue - centraliza alças, aumenta
densidade), espessamento da parede do cólon
- pelvis → delgado, reto, sigmóide, bexiga e ureteres, útero e anexos, próstata e vesículas seminais,
canais deferentes
- visceromegalias: desvios, aumento de densidade
- calcificações: não patológicas (flebólitos), cálculos (ureter, bexiga), apendicolitos,
leiomiomas uterinos, vasculares (aterosclerose)...
- estudos vasculares: vasos não aparentes (densidades de tecidos moles)
- contrastes → angiografia (ASD, TAC, RM…)
ANÁLISE DO ABDOME E ABDOME AGUDO---------------------------------------------------------------------------------
- alterações em:
- ossos → lesões blásticas/líticas (metástases), fraturas, artrite (quadril, artic. sacroilíacas, coluna)
- tecidos moles e órgãos abdominais
- Fígado: visibilização da borda posterior devido à presença de
gordura no espaço pararrenal posterior
- apagamento da margem hepática inferior: presença de
líquido livre na cavidade (imagem)
- Pâncreas: normalmente não é visibilizado
- calcificações em pacientes com pancreatite crônica
- Rins: contornos visíveis devido à gordura perirrenal
- Adrenais: geralmente também não são visíveis, calcificações
- Bexiga: se cheia, pode aparecer como massa arredondada

- padrão de distribuição dos gases → identificar deslocamentos (massas)


- bolha gástrica → bulbo duodenal → flexura
hepática → flexura esplênica → ampola retal
- delgado geralmente sem líquido → gás, líquido,
nível hidroaéreo = obst. distal/adinamia
- <3 cm de diâmetro, central, visto
somente com gás
- cólon geralmente com gás e fezes → sem gás =
obstrução proximal
- <6 cm (retossigmoide – 9cm), periférico
- estômago → esquerda da linha média, abaixo
do hemidiafragma, bolha gástrica, não
confundir com pneumoperitônio!
- volvo: sinal do grão de café ou bico de pássaro
VOLVO RADIOGRAFIA

Do Ceco bolha cecal invertida, ocupa todo o quadrante superior esquerdo do abdome

De Sigmóide alça dilatada e sem haustrações, forma de “U” invertido, geralmente mediano, com elevação
da cúpula diaf e projetando acima do cólon transverso em posição ortostática

- borda do psoas → apagamento pode ocorrer em


pacientes hígidos
- massas tumorais retroperitoneais,
abscessos ou líquidos
- borda direita → apendicite
- borda esquerda → pancreatite
- calcificações não são incomuns, podem sugerir
doenças específicas
- apendicolito → FID
- granulomas calcificados no baço e fígado
- miomas calcificados na pelve
- calcificações vasculares, pancreáticas; cálculos renais e da vesícula biliar

- órgãos abdominais
ÓRGÃO CARACTERÍSTICAS E IMAGENS

Fígado - Lobo direito → 70%; relação com o rim direito e ângulo hepático do cólon
- Lobo esquerdo → 30%; relação com o estômago
- Analisar: densidade, contorno regular e dimensões
- Boa avaliação ultrassonográfica
- Nódulos, massas → homo ou heterogêneos, hipo, iso ou hiperecog.
- Cistos e necrose → anecoicos
- Infiltração difusa (gordura, metais pesados), hiperecogenicidade difusa
Vesícula - Exame de escolha: USG, jejum de aproximadamente 6h (repleção)
- Normal: conteúdo anecóico homogêneo
- Alterações:
- Lama biliar (hiperecogênica)
- Cálculos biliares (hiperecogênicos com sombra acústica posterior)
- Tumores e pólipos; corpos estranhos (áscaris)

Pâncreas - retroperitoneal, interposição gasosa, escolha: TC


- no idoso: lipossubstituído e de volume reduzido
- pancreatite aguda: mais hipodenso / hipoecoico (edema)
- pancreatite crônica: mais hiperdenso / hiperecoico (fibrose)
- calcificações e tumores

Baço - órgão mais volumoso do sistema reticuloendotelial


- muito atingido no trauma abdominal fechado
- aumento volumétrico: leucemia, esquistossomose
- redução volumétrica: anemia falciforme (auto-esplenectomia)
- baço acessório
- comprometimento por doenças neoplásicas e inflamatórias

- ABDOME AGUDO: dor abdominal súbita, vômitos, distensão, rigidez, colapso…


- diagnóstico correto: imagem + clínica + laboratório
- classificação
- inflamatório → apendicite, pancreatite, colecistite, diverticulite, DIP
- obstrutivo → bridas/aderências, hérnias de parede/internas, tumores, fecalomas
- perfurativo → úlcera perfurada, trauma, DII, corpo estranho
- vascular → infarto intestinal, aneurisma de aorta abdominal
- hemorrágico → gravidez tubária rota, cisto ovariano hemorrágico, rotura espontânea de
baço ou de tumor hepático
- imagem → primeira etapa é a radiografia convencional (barato, disponível, rápido)
- RX: boa sensibilidade, principalmente para obstrução e perfuração de vísceras ocas
- TC: muito sensível, porém menor disponibilidade e maior custo são limitantes
- escolha para diverticulite, pancreatite e apendicite
- USG: avaliação de vias biliares, emergências ginecológicas e apendicite
- vantagens: baixo custo, disponibilidade, não tem radiação ionizante
- desvantagens: distensão de alças no abdome agudo (baixa visibilização), obesos,
operador-dependente
- o que procurar no RX?
Pneumoperitônio (ou sinal do Apagamento da gordura Velamento da borda externa do
crescente) → rotura de víscera oca pré-peritoneal → Processo psoas → Acometimento do
inflamatório retroperitôneo

Ausência de gás na ampola retal → Níveis líquidos → obstrução Retropneumoperitônio →


obstrução - pequenos e múltiplos no Destaca bem os rins e o psoas
delgado, maiores e menos no
grosso

Distensão de alças intestinais: Sinal de Rigler → Ar entre alças Escoliose antálgica: curva ocorre
jejuno tem o sinal de empilhamento (perfuração intestinal),dá para ver para o lado comprometido
de moedas bem o contorno

- rotina de abd agudo: RX TX PA ortostática + RX ABD AP em decúbito dorsal + RX ABD AP em ortostase


- RX tórax em PA ortostática
- doenças do tórax podem cursar com dor abdominal, simulando abd agudo → PNM dos
lobos inf, pleurite, IAM, infarto pulmonar, ICC, pericardite, dissecção aórtica, pneumotórax
- algumas doenças abdominais podem apresentar complicações torácicas
- derrame pleural: pancreatite aguda
- pneumonia por aspiração: vômitos da obstrução intestinal
- SINAIS GERAIS DO ABDOME AGUDO
- Gordura inflamada
- USG → hiperecoica, ocupa espaço e não compressível
- TC → gordura hiperdensa, “filamentosa”
- o órgão no centro ou mais próximo da gordura espessa é a causa do abdome agudo
- Espessamento da parede intestinal → inflamação ou tumor
- delgado: mais inflamação (tumores são raros – carcinoide,
linfoma, GIST)
- grosso: carcinoma é a primeira hipótese
- Íleo → distensão anormal de alças, obstrução ou paralisia
- 1o: determinar a porção do intestino afetada - delgado, grosso
ou ambos
- alças de calibre normal sugerem causa obstrutiva
- Líquido livre (ascite) → sinal não específico – “algo está errado”
- mulheres em idade fértil: pequena quantidade em fundo de
saco de Douglas
- paracentese diagnóstica
- Ar livre (pneumoperitôneo)
- causas frequentes: perfuração de úlcera gástrica/péptica ou de
diverticulite colônica
- lembrar de pós-operatório!
- incomum na apendicite aguda
- janela para parênquima pulmonar: melhor

- ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO


PATOLOGIA CLÍNICA EXAME IMAGENS

APENDICITE - obstrução do lúmen → RX:


hiperplasia linfóide, -apendicolito
fecalitos, áscaris, bário, -alça sentinela
corpos estranhos -obliteração da linha
- acúmulo de muco e gordurosa pré-perit e
estase - prolif bacteriana da linha do psoas
- ulceração da mucosa maior direito
- inflamação - escoliose antálgica
- distensão progressiva USG e TC:
pode causar isquemia, - espessamento
com necrose e perfuração parietal (diâm ≥ 7 mm)
- dor periumbilical → FID - não redutível à
- anorexia, náu/vom compressão com o
- RHA diminuídos transdutor
- febre ou não - hiperecogênico (USG)
- 1o: identificar o - densificação (TC) da
apêndice! gordura
- normal: estrutura periapendicular
tubular em fundo - apendicolito
cego na base do - realce anormal ou
ceco ausente das paredes
- 2o: avalie se está do apênd.
inflamado - coleção
- diâm: até 6 mm, periapendicular
- circundado por (perfuração)
gordura
homogênea e não
inflamada,
- gás intraluminal
COLECISTITE - impactação permanente RX:
de cálculo no ducto - cálculos biliares
cístico (10-15% calcificados)
- inflamação química - ar na parede da
- 5% sem cálculos: vesícula (colecistite
isquemia de a. cística, cx, enfisematosa) em
trauma, hiperalimentação diabéticos e idosos
- colecistite - TX: pequeno derrame
alitiásica: pleural, elevação
acamados graves, diafragmática
jejum prolongado, - distensão de alças
NPT, grandes (íleo regional)
queimados, SIDA
- cálculos no interior da USG: ESCOLHA!
VB: colelitíase → 15%: - padrão-ouro:
náuseas, vôm, sudorese, cintilografia com
plenitude pós-prandial e tecnécio
dor no HCD - v. distendida (> 4 cm)
- dor biliar: dor em fisgada, - paredes espessadas (>
contínua, no epigástrio ou 0,3 cm)
hipocôndrio direito - cálculos ou lama biliar
- irradiação para escápula - líquido entre as
ou ombro camadas da parede
- passagem transitória de (delaminação)
cálculo pelo cístico - líquido perivesicular
- pode durar até 6h - perfuração:
- se > 6h: pensar em circundada por
colecistite coleção
- sinal de Murphy - colecistite
ultrassonográfico enfisematosa: gás
intramural/
intraluminal

TC E RM:
- pouco útil
- distensão
- espessamento
parietal
- fase contrastada:
alterações
perfusionais no
parênquima hepático
adjacente,
densificação de planos
gorduroso
DIVERTICU- - mais em idosos US, TC e RM
LITE - herniação da mucosa pela - inflamação da gordura
parede muscular peridiverticular
- aumento da P intralum. - espessamento
(dieta pobre em fibras) parietal do cólon ou
- fraqueza muscular por do divertículo
deficiência de colágeno - hiperecogenicidade
- região mais acometida: (USG)
sigmóide - densificação (TC) da
- países industrializ (dieta) gordura pericolônica
- maioria: assintomática - divertículos em outros
- principal causa de HDB segmentos colônicos
em pacientes > 50 anos - líquido peritoneal
- descartar hemorragia livre
digestiva alta → EDA + - perfuração: coleções
exame proctológico pericolônicas,
- inflamação pericólica peritoneais e
- obstrução do colo dos pneumoperitôneo
divertículos
- clínica inespecífica: febre,
diarreia e dor na FIE

PANCREATITE - ativação e liberação de RX


enzimas para o interstício - derrame pleural bilat
- forma edematosa (leve, - atelectasia de bases
sem necrose) ou grave - íleo paralítico e “alça
(necrose + abscessos) sentinela”
- etiologia: litíase biliar - sinal do cólon
(obstrui ampola de Vater), amputado: dilatação
álcool → outras: drogas gasosa do transverso
ilícitas, pós-op, até a flexura
hipercalcemia, esplênica, onde a
hipertriglic, complic de coluna gasosa
CPRE desaparece (inflam do
- dor abdominal aguda no lig frenocólico,
andar superior do espasmo do cólon na
abdome, em faixa e flexura esplênica)
irradiação para o dorso - perda do contorno do
- mais intensa em psoas esquerdo
decúbito dorsal - aumento da distância
- abdome: distendido (íleo entre o estômago e o
paralítico) e doloroso cólon transverso
- náuseas e vômitos em
quase todos os casos TC CONTRASTADO
- icterícia, desidratação, - PADRÃO OURO
hipotensão e taquicardia - 90% são a edematosa
- nos quadros graves e
em que a clínica + EF +
lab não definem o dx
- prognóstico na necro-
hemorrágica
- quantificar a necrose
(mortalidade proprc.)
- aumento focal ou
difuso do pâncreas
- densificação dos
planos gordurosos
peripancreáticos
- coleções líquidas
pancreáticas e
peripancreáticas
- não impregnada pelo
contraste = necrose
- absc. /pseudocistos =
realce periférico
- img gasosa: infec.

APENDAGITE - incomum, benigna TC


EPIPLÓICA - autolimitada - densifica gordura
- dor no QIE pericólica + alongada
- torção ou trombose (“em dedo de luva”)
venosa das veias que - foco hiperatenuante
drenam os apêndices central (trombose
epiplóicos venosa)
- tto conservador - pouco ou nenhum
espessamento
parietal do cólon

- ABDOME OBSTRUTIVO
OBST. FUNCIONAL OBST. MECÂNICA

- derivada ao íleo - obstáculo físico à passagem do bolo alimentar


adinâmico - obstrução em alça fechada:
- distensão + sem - alça ocluída em um ponto proximal e distal
eliminação de gases e - obstrução do grosso por volvo + válvula ileocecal
fezes + náuseas e vômitos competente
- sem obstrução mecânica - alça dilata-se mais, evoluem mais rapidamente para
- distúrbio é na peristalse estrangulamento (comprometimento do fluxo sanguíneo)
- mais em pós-operatórios - causas e tto diferem entre delgado e grosso

- Como diferenciar os intestinos na imagem?


- delgado → central, válvulas coniventes (jejuno, íleo é “liso”), diâmetro 3-4cm, sem gás
- grosso → periférico, haustração, d > 5cm, distensão por gás no ceco

PATOLOGIA CLÍNICA EXAME IMAGEM

INTUSSUS- - uma das causas mais RX → normal em 25%


CEPÇÃO comuns de abd agudo na - massa de tecido mole
infância, 2a causa de no QSD do abdome,
emergência abd ped (1a: podendo obliterar o
apendicite) contorno hepático
- invaginação do intestino - sem gás ou fezes no
proximal para dentro do cólon ascendente
intestino distal - obstrução do delgado -
- vômito, dor abdominal sinal do empilhamento
em cólica, fezes em de moedas
“geleia de framboesa” ou - sinal do alvo: massa de
hematoquezia tecidos moles com
- massa palpável de áreas circulares
aspecto tubular no QSD concêntricas transp.
do abdome ou subcostal - sinal do crescente ou
- adultos: tumor polipóide do menisco:
intussuscepto ocupa
uma alça cheia de gás

VOLVO - torção completa (rotação - ceco: bolha cecal


de 180 graus ou mais) de invertida ocupando o
uma alça ao redor da sua QSE
fixação mesentérica - sigmóide: alça dilatada
- obstrução intestinal e e sem haustração, “U”
infarto mesentérico invertido, na linha
- mais comum: sigmóide mediana; sinal do “grão
de café” ou “bico de
pássaro”

ÍLEO BILIAR - colecistite litiásica → - tríade de Rigler:


fístula biliodigestiva → aerobilia + cálculo
cálculo migra pro biliar “ectópico” (íleo
intestino e o obstrui distal ou válvula
ileocecal) + sinais de
processo obstrutivo
intestinal

- ABDOME AGUDO VASCULAR


- causas: trombose e/ou infarto mesentéricos e
da torção de pedículos vasculares de víscera,
isquemia → ex: torção de ovários
- história de hipertensão arterial
- diagnóstico: angiografia / angioTC / Doppler
- achados inespecíficos na TC:
- distensão
- perda do realce das paredes intestinais
- falha de enchimento ao contraste nos
vasos mesentéricos
- pneumatose intestinal, aeroportograma, ascite
- ABDOME AGUDO PERFURATIVO
- causas: UP, neoplasia perfurada, CE, diverticulite, hérnia estrangulada, isquemia, DII grave
- TC:
- pneumoperitônio ou pneumoretroperitôneo
- causas não-cx e pneumoperitônio: extensão de pneumomediastino (vent mecânica,
barotrauma, rotura de rolhas pulmonares), pós-op, dç do colágeno, ginecológicas
(exploração ou exames vaginais)
- espessamento parietal da região acometida
- densificação da gordura, coleções líquidas, extravasamento de contraste administrado VO

- ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO → imagem: líquido livre


- ruptura espontânea ou trauma de vísceras, músculos, aneurismas, tumores e coagulopatias
- dor abdominal, geralmente de forte intensidade, podendo evoluir para choque e óbito

SISTEMA URINÁRIO--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
- o melhor método de avaliação depende dos sintomas e do que se procura!
- radiologia convencional, contrastada (urografia excretora, uretrocistografia retrógrada e
miccional, pielografia descendente e retrógrada, angiografia), USG, TC, RM, med nuclear, PET-CT

ANATOMIA
- rins: retroperitoneais, de T12-L4, rim D 2 cm abaixo do esquerdo, paralelo à borda do psoas, homens >
mulheres, contorno liso (lobulação fetal)
- sistema pielocalicinal → pelve: expansão achatada da extremidade superior do ureter, 3 a 10 mL
- porções: intrarrenal, extrarrenal (maior, distensível)
- recebe 2 ou 3 cálices maiores, que recebem 2 ou 3 cálices menores cada
- ureteres: tubular, paralelos à coluna vertebral, lúmen estreito, formam o trígono vesical na bexiga, 3
reduções fisiológicas = JUP, cruzamento com às aa ilíacas, JUV
- bexiga: forte camada muscular, arredondada em homens e triangular em mulheres, 150-200ml, pregas
grossas se pouco distendidas
- uretra: feminina é curta e sem divisões, masculina com dois segmentos
- posterior/bulbar (esfíncter externo membranoso, seguimento prostático)
- anterior/penoescrotal (seguimento peniano)

- RADIOGRAFIA SIMPLES DO ABDOME → sempre antes dos estudos


contrastados
- calcificações, massas
- dúvida = complementar com PF ou oblíqua
- calcificações podem se projetar sobre o sistema urinário sem fazer parte
dele: condrocostais, pancreáticas, vesícula biliar, linfonodais, vasculares
(flebólitos), partes moles, tumores
- fatores de risco para cálculos renais:
- ambientais → baixo vol urinário, sódio, fosfato
ou sulfatos urinários elevados, Mg urina baixo
- nutricionais → mta prot animal, baixa ingesta
líquida
- metab → hiper: calciúria, oxalúria, curicosúria /
hipocitratúria, pH urinário alterado
- hereditários → acidose tubular renal, cistinúria,
formação idiopática de cálculos de cálcio
- drogas → lítio, vit D e E, sulfonamidas, pirídio
- anatômicos → ectasia tubular, divertículo
calicinal, anomalia da junção ureteropélvica,
rins policísticos, “em ferradura”
- UROGRAFIA EXCRETORA
- visualiza rins e vias, por injeção EV de contraste a base de iodo
- indicações → anatomia, função renal, relação com massas
- litíase; obstrução; anomalias congênitas (estenose de JUP,
megaureter 1o); ITU de repetição (sequelas); hematúria
(cálculos, tumores)
- desuso após o aperfeiçoamento da TC.
- preparo: jejum de 12h com mínima ingestão de líquidos +/- laxativos
- rotina: AP abdome injeção EV de contraste, radiografias seriadas
- URETROCISTOGRAFIA
- opacificação da via urinária baixa (bexiga e uretra) com contraste iodado → retrógrada, miccional
- indicações → anomalia congênita do trato urinário, ITU de repetição, refluxo vesico-ureteral -
RVU, obstrução ou trauma de uretra

TIPO TÉCNICA INDICAÇÃO

RETRÓGRADA contraste injetado estudo de lesões uretrais, pós trauma (queda em


retrogradamente cavaleiro) e suspeitas de estenoses

MICCIONAL realizado durante a micção do válvula de uretra posterior, pesquisa de refluxo


contraste vesicoureteral, obstrução do TU inferior (próstata)
- PIELOGRAFIA
- anterógrada/descendente → punção percutânea do sistema pielocalicial, dirigida por
fluoroscopia ou USG ou TC, e injeção de contraste
- retrógrada → cateterização dos ureteres por via endoscópica e injeção de contraste
- indicações
- determinar nível e causa de obstrução do trato superior
- determinar nível e gravidade de fístula do trato superior
- avaliação anatômica de uma derivação urinária
- aspiração de urina para exames citológicos, bacteriológicos e bioquímicos
- determinação da pressão intrapiélica e a realização estudos urodinâmicos
- opacificação pielocalicinal antes da realização de outros procedimentos percutâneos
(nefrostomia, nefrolitotomia, dilatação por balão, colocação de “stents”, etc)

- ANGIOGRAFIA: aortografia renal, renal seletiva, cavografia, flebografia renal seletiva


- arteriografia renal: injeção de contraste por um cateter na artéria renal
- indicações (TC/RM): número e localização das aa. renais; suspeita de oclusão de a. renal;
pesquisa de estenose de aa. renais (HAS), avaliação de doador renal, pré-op de cx renal
- aortografia renal: hipertensão renovascular, avaliação de doador renal, suspeita de oclusão da
artéria renal, mapeamento arterial pré-operatório
- na maioria dos casos substituído por TC ou RM.
- grande vantagem das angiografias convencionais: inserção de stent durante o exame, impossível
nos exames não invasivos

- TC: estudo dos rins e retroperitônio,


- indicações → massas renais e adrenais, inflamação ou infecção, cálculos, estadiamento de
tumores renais, retroperitoneais e testiculares, avaliar traumatismo renal
- sem contraste: calcificações, sangue, coleções líquidas
- com contraste: função renal, vascularização (angioTC em doadores renais, doenças
renovasculares)
- USG: Rins melhores visibilizados na inspiração profunda
- indicações: anatomia renal, diferenciação nefropatia aguda x crônica (tamanho renal),
diferenciação entre sólidos e líquidos (tumores / cistos)
- Doppler: vascularização (estenose / transplante)
- primeiro exame para a avaliação inicial da morfologia do trato urinário
- ecotextura/ecogenicidade do parênquima
- RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: indicações
- complementação dx em alérgicos ao iodo ou com função renal
prejudicada com suspeita de tumor renal
- av dos planos de clivagem entre tu renais/retroperitoniais com
as estruturas adjacentes
- extensão tu intravascular, caract de massa adrenal incidental
- hipertensão renovascular (angio-RM), UE por RM (doenças
obstrutivas)

RESUMO DA INDICAÇÃO DOS EXAMES URINÁRIOS


EXAME INDICAÇÃO

RADIO SIMPLES calcificações, massa

UROGRAFIA litíase; obstrução; anomalias congênitas; ITU de repetição (sequelas); hematúria (cálculos,
EXCRETORA tumores)

URETROCISTO- anomalia congênita, ITU de repetição, refluxo vesico-ureteral, obstrução ou trauma de


GRAFIA uretra, pós trauma (queda em cavaleiro), válvula de uretra posterior, obstrução do TU
inferior (próstata)

PIELOGRAFIA - determinar
- nível e causa de obstrução do trato superior
- nível e gravidade de fístula do trato superior
- pressão intrapiélica e a realização estudos urodinâmicos
- avaliação anatômica de derivação urinária, aspiração de urina
- opacificação pielocalicinal antes de outros procedimentos percutâneos

ARTERIOGRAFIA número e localização das aa. renais; suspeita de oclusão de a. renal; pesquisa de estenose
RENAL de aa. renais (HAS), avaliação de doador renal, pré-op de cirurgia renal, STENT!

AORTOGRAFIA hipertensão renovascular, avaliação de doador renal, suspeita de oclusão da a. renal,


RENAL mapeamento arterial pré-operatório

TC massas renais e adrenais, inflamação ou infecção, cálculos, estadiamento de tumores


renais, retroperitoneais e testiculares, avaliar traumatismo renal
- sem contraste: calcificações, sangue, coleções líquidas
- com contraste: função renal, vascularização (dç renovasc, angioTC)

USG PRIMEIRO para avaliar anatomia renal, diferenciação nefropatia aguda x crônica
(tamanho), diferenciação entre sólidos e líquidos (tumores / cistos)
- Doppler: vascularização (estenose / transplante)

RM - complementação dx em alérgicos ao iodo ou função renal prejudicada com


suspeita de tumor renal
- avalia planos de clivagem entre tu renais ou retroperitoniais
- extensão tumoral intravascular, caracterização de massa adrenal incidental
- hipertensão renovascular (angio-RM), UE por RM (doenças obstrutivas)

- CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA RENAL


CLASSE CARACTERÍSTICAS IMAGENS

I - hematoma
subcapsular e/ou
contusão
parenquimatosa
- sem laceração

II - hematoma perirrenal confinado à


fáscia de gerota
- laceração renal <=1cm
- sem extravasamento
urinário
III - laceração do parênquima > 1 cm
- sem extravasamento urinário
- sangramento ativo a
partir do rim e contido
pela fáscia de Gerota;
- pseudoaneurisma
(PSA)/ fístula
arteriovenosa (AVF) a
partir do rim
- contida pela
fáscia de
Gerota

IV - laceração do parênquima
estendendo-se para o sistema coletor
- com extravasamento de urina;
- laceração da pelve renal e/ou
descontinuidade completa da JUP
- rotura da veia ou
artéria renal;
- sangramento para o
retroperitônio ou
cavidade peritoneal;
- infarto renal
segmentar ou
completo devido a
trombose de vaso
sem sangramento
ativo

V - destruição do rim
- sem parênquima
identificável
- ausência de
vascularização do rim
- sangramento ativo
- laceração de artéria ou
veia renal principal ou
avulsão do hilo

- DOENÇAS CONGÊNITAS
- embriologia renal: pelve e parênquimas → 20a semana os rins estão em posição lombar →
ascendem, rotam, e ficam laterais aos ureteres
- anomalias de forma são mais comuns que de número
PATOLOGIA CARACTERÍSTICAS IMAGENS

AGENESIA - raro, rim único é vicariante (maiores dimensões)


RENAL (rim - dx dif: nefrectomia (dá para ver o coto da a. renal), exclusão
único) renal (não funcionante), rim ectópico pélvico

HIPOPLASIA - hipoplasia → costuma estar associada a hiperplasia


E compensatória contralateral
HIPERPLASIA - hiperplasia → hidronefrose, doença policística, neoplasia,
trombose de veia renal, infecção aguda, infarto arterial agudo
etc
- bilateral: glomerulonefrite aguda, linfoma, amiloidose,
sarcoidose, anemia falciforme etc

ECTOPIA - rim pélvico: defeito na migração para a região lombar


RENAL - ectopia renal cruzada: no trajeto, um dos rins migra para o
lado oposto, podendo ou não fundir com o outro rim
- ureteres e trígono vesical em posição normal
- rim ectópico: mal rodado e predisposto à tríade de Randall
(estase urinária + infecção + cálculo)

RIM EM - tipo mais comum de anomalia de fusão


FERRADURA - fusão dos polos inferiores na linha média, conectados por uma
faixa de tecido mole (istmo)
- o eixo longo está invertido
- polo inferior mais próximo da linha média que o superior
- obstrução ureteral não é rara: dilatação pielocalicinal
- Tríade de Randall

DUPLICA- - duplicação completa ou incompleta do sistema coletor


ÇÃO PIELOU- - ureteres formam pelves separadas e não comunicantes
RETERAL - duplicação completa:
- um ureter termina no trígono vesical = obstrução
- outro ureter tem implantação ectópica = refluxo
- duplicação incompleta: fusão antes da entrada na bexiga
- Regra de Weigert-Meyer: a unidade que drena o polo
superior tem inserção ectópica e cursa com ureterocele e
obstrução; a unidade que drena o polo inferior tem inserção
tópica e geralmente cursa com refluxo vesicoureteral
ESTENOSE - congênita
DE JUP - adquirida: processos inflamatórios, tumores ou cálculos
- leva a dilatação do sistema calicinal
- estase, infecção

VÁLVULA DE - causa comum de uropatia obstrutiva em crianças


URETRA - apenas em meninos
POSTERIOR - membrana na porção distal da uretra prostática
- USG pré-natal: hidronefrose e oligoidrâmnio; fetos pequenos
para a IG
- sinal da fechadura

- DOENÇA ADQUIRIDA
PATOLOGIA CARACTERÍSTICAS

LITÍASE - infecção e estase urinária = gênese


URINÁRIA - tipos de cálculos:
- radiopacos: 90% com cálcio suficiente para serem identificados na radio
- cálcio → oxalato +/- fosfato; idiopático; radiopacos
- estruvita → infec por bac produtoras de urease (Proteus, Klebsiella,
Pseudomonas, Enterobacter)
- radiotransparentes: ácido úrico → hiperuricemia (insolúvel em pH ácido),
cistina → cistinúria congênita, indinavir
- podem alojar-se nas papilas e cálices, aumentando virando coraliformes
- clínica: dor lombar súbita + irradia p/ testículos ou grandes lábios e face int de coxas
- achados radiográficos: opacidade de tamanho e forma variáveis!
- caso obstrução ureteral → dilatação a montante (hidronefrose)
- aumento de densidade do parênquima renal na fase nefrográfica (estase)
- rim aumentado de volume, estreitamentos
fisiológicos: locais + comuns!
- US: tamanho de 4 a 10 mm, menor sensibilidade e
especificidade que a TC
- primeira linha em gestantes e <14 anos
- fácil detecção de hidronefrose
- TC sem contraste: melhor acurácia: alta
sensibilidade e especificidade, mensuração e
avaliação de patologias não relacionadas ao cálculo.
- TC com baixa dose tem as mesmas vantagens,
porém prejudica a avaliação em obesos

HIDRO- - dilatação das pelves renais e cálices → aumento da P nos túbulos


NEFROSE renais→ céls do epit tubular liberam quimiotáticos → destruição
progressiva do parênquima renal
- escolha: USG (leve, moderada e grave)
- urografia: achatamento da concavidade normal do cálice
- baqueteamento (inversão da concavidade da papila)
- rim hidronefrótico não funcionante e aumentado de tamanho
PIELONE- - vias hematogênica ou ascendente
FRITE - curso depende do patógeno, imunidade e condições
predisponentes
- rim de volume aumentado
- “sinal do nefrograma estriado” (faixas hipocaptantes de
contraste)
- densificação da gordura perirrenal, retardo no
aparecimento do contraste
- melhor exame: TC
- pielonefrite enfisematosa: rara, DM e obstrução do TU, gás
renal e perirrenal (E. Coli e Proteus vulgaris), forma
necrosante grave

- pielonefrite xantograulomatosa: forma cronica, resultando em um rim não


funcionante, mais em mulheres, oligossintomática
- imagem: perda dos contornos renais normais
- cálices dilatados + pelve retraída → sinal da pata de urso

ABSCESSO - raro, geralmente de origem hematogênica e com início


RENAL no córtex renal
- leva à destruição do parênquima se não tratado
- difícil dx no RX e urografia → TC: maior sensibilidade
- coleção fluida com realce periférico pelo contraste

TUBERCU- - a partir da infec pulm, qualquer órg pode ser afetado


LOSE RENAL - reação inflamatória crônica com necrose caseosa
- RX: calcificações (sem padrão típico)
- diagnóstico de certeza: ulceração para um cálice ou
para a pele (bacteriúria e piúria)
- autonefrectomia (rim grande e não funcionante)
- áreas de estreitamento e dilatação do ureter

CISTOS - massa renal unifocal mais comum, habitualmente sem


RENAIS significado clínico
- escolha: US (cistos renais simples) → cistos complexos:
TC ou RM com contraste
- lesão arredondada, anecóica e com reforço acústico
posterior
- classificação de Bosniak (estadiamento, malignidade)
TUMORES - maioria é assintomática (necrópsia)
BENIGNOS - adenoma, fibroma, hemangioma, etc
- angiomiolipomas: tecido vascular + músculo liso + gordura
- mulheres (4:1), esporádico (80%) ou associado a
facomatoses (múltiplos – esclerose tuberosa)
- ruptura: > 4 cm (hematoma retroperitoneal)
- imagem: presença de gordura macroscópica

TUMORES - mais comum: carcinoma de células renais


MALIGNOS - pode crescer muito antes de se tornar sintomático
- lesões limitadas pela cápsula (exceto avançados)
- pode provocar trombose de veia renal e invasão de
cava inferior
- áreas de necrose na porção central do tumor

NEFROBLAS- - neoplasia abdominal mais comum do lactente e


TOMA OU infância
TU. DE - RX: calcificações lineares e difusas
WILMS - US: massa ecogênica e heterogênea, com
pequenos cistos
- TC: melhor exame → delimita a extensão do tumor,
comprometimento de veias e rim contralateral,
apresenta realce pelo contraste

DOENÇA - forma autossômica dominante (mais em adultos)


RENAL - múltiplos cistos renais + hepáticos + pancr
POLICÍSTICA - estágio crônico: insuficiência renal
- forma autossômica recessiva (precoce, peri/neonatal)
- menos comum
- associada a fibrose hepática congênita
(relação inversa)
- tipo perinatal = oligodrâmnio + hipoplasia
pulmonar; 75% óbito em 24h; fibrose hepática
mínima
- tardia (infância): doença hepática
- pode haver hipertensão portal e
esplenomegalia
- tratamento de suporte

TUMORES ÓSSEOS---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
- OSTEOSSARCOMA → maligno, capacidade de produzir osteóide (neoformação óssea)
- o mais comum em crianças e adultos jovens (10-25 anos)
- 80% metáfise ossos longos, 65% no joelho.
- classificação de Dahlin: tipo osteoblástico (50%), condroblástico (25%), fibroblástico (25%)
- achados clínicos: dor, massa de partes moles, febre, fratura patológica
- achados radiológicos:
- metafisário: fêmur distal, tíbia proximal, úmero proximal
- pode ser extra-ósseo ou envolver qualquer osso
- osso cilíndrico em <30a, osso chato > 50a (ilíacos)
- extensão epifisária
- lesão: esclerótica, osteolítica, mista
- aumento de partes moles: massa, matriz osteóide (fica um branco mais forte na imagem)
- reação periosteal: irregular e interrompida, raios de sol, casca de cebola, triângulo de
codman
- sugestivo: lesão metafisária, mista, agressiva e excêntrica, que penetra a cortical, acompanhada por
neoformação óssea periostal, com flocos de matriz osteóide e, às vezes, triângulo de Codman

- metástases: pulmonares → ossificadas, pneumotórax espontâneo


- esqueleto, linfonodos, cérebro, fígado

- outros métodos diagnósticos:


- RM → extensão na medula e tecidos moles, relação com vasos e nervos, “SKIP” de lesões
(salteadas, 10%)
- cintilografia → SKIP, metástases ósseas
- CT → SKIP, metástases pulmonares (10-20% ao dx)
- SARCOMA DE EWING
- agressivo, células pequenas, redondas e azuis, de origem óssea
- crianças e adolescentes e adultos jovens (70% < 20 anos) → <5a excluir meta de neuroblastoma
- 55 - 66% nas extremidades.
- pode acometer qualquer osso, raramente extra-ósseo → fêmur: 25%, íliaco: 17%
- cintura-pélvica e membros inferiores: 66%
- mais comum na: escápula, clavícula e fíbula
- ossos longos: 45% metafisário, 33% diafisário
- < 20 anos → ossos longos / > 20a → ossos chatos (tecido hematopoéticos e partes moles)
- clínica: dor e edema, febre, massa palpável, anemia, aumento VHS, leucocitose → simula
osteomielite
- radiologia
- ossos longos → meta e dia (78%): fêmur, tíbia, úmero, fíbula
- ossos chatos → bacia, costela, vértebra, escápula, clavícula
- lesão diafisária, rarefação óssea, tumor extracortical
- lesão óssea: 62% lítica, mínima formação de osso reacional, 15% esclerótica (raro, simula
osteossarcoma), aspecto permeativo com destruição cortical (roído de traça)
- lesão de partes moles: massa, sem matriz óssea
- reação periosteal: casca de cebola, espiculada, triângulo de codman
- menos grosseira que o osteossarcoma
- sugestivo: volumosa massa de partes moles sem osso tumoral ou cartilagem calcificada, lesão
osteolítica, permeativa, com reação periosteal.

- outros métodos de imagem:


- RM → avalia extensão óssea, medular e em partes moles (T1 - menos sinal, T2 mais)
- RX convencional hipoestima a extensão óssea
- cintilografia → detectar metástases ósseas
- TC → extensão de lesões originárias dos ossos pélvicos e da parede torácica, pesquisa
metástase pulmonar
- metástases: 40-75% pulmão e osso, algumas já presentes no dx
- diagnóstico diferencial: osteomielite, tumor neuroectodérmico primitivo, osteossarcoma, meta
de neuroblastoma, histiocitose de langerhans, leucemia, linfoma, sarcoma de partes moles,
pseudo-tumor hemofílico (simula)

PNET → tumor neuroectodérmico primitivo (Tu. de Askin) → DX DIF: EWING!


- tumor altamente maligno de céls redondas, pequenas, de provável origem neural
- frequência na região torácica (derrame pleural comum)
- Massa de partes moles de crescimento rápido.
- CT define bem sua extensão.
- PNET e EWING podem ser CLÍNICA, RADIOGRÁFICA E HISTOLOGICAMENTE semelhantes.

- CONDROBLASTOMA (T. DE CODMAN)


- < 1% dos tu ósseos (9% dos benignos), mais na segunda década de vida (adolescentes)
- epífise de ossos longos: fêmur distal, tíbia proximal, úmero proximal
- apófise de ossos longos: trocanter maior do femur, Grande tuberosidade do úmero,
sesamóide, patela
- 50% no joelho, mais em homens, esqueleto imaturo (fise aberta)
- radiologia: lesão osteolítica bem definida, bordos escleróticos em epífise, apófise ou osso
sesamóide, 50% com calcificações finas (melhor visualizadas na TC).
- pode originar cisto ósseo aneurismático secundário
- também: tumor de células gigantes,
osteoblastoma e displasia fibrosa
- dx dif: condrossarcoma de cels claras, tu de céls gigantes
(fise fechada!)

IMPORTANTE:
- tumor de codman não é sinônimo de lesão maligna! (pode
ocorrer em infecção e hemorragia)
- cisto ósseo aneurismático (COA) é a lesão benigna que mais
simula tumor maligno → secundário: TCG, condroblast,
osteoblast, displasia fibrosa

RESUMÃO DOS TUMORES ÓSSEOS


OSTEOSSARCOMA ERWIN CONDROBLASTOMA

Clínica acometimento na metáfise, mais ossos chatos e diáfise de longos, epífises com a fise aberta,
clássica em joelhos de jovens, principalmente fêmur, mais no joelho
mais agressivo (clínica e RX) metadiafisário menos comum

Faixa etária crianças e adultos jovens crianças, adolescentes e adultos adolescentes


jovens

Metástase pulmonar (pode ossificar e pulmonar e óssea


causar pneumotórax)

Diagnóstico Osteossarcoma Telangiectásico Osteomielite Tu de céls gigantes (fise


diferencial PNET (oms = sinônimo) fechada)
Cisto ósseo aneurismático Parede tx: Askin Indistinguível do
Pseudo-tumor hemofílico condrossarcoma de céls
<5a - meta de neuroblastoma claras

Sinais triângulo de codman, raios de roído de traça, casca de cebola, osteolítica definida,
radiológicos sol, casca de cebola, aumento espiculada, triângulo de codman bordos escleróticos em
das partes moles, penetra a permeativa e osteolítica, mínima epífise, apófise ou osso
cortical, neoformação óssea formação de osso reacional sesamóide, 50% com
periostal, com flocos de matriz calcificações finas
osteóide

NEURORADIOLOGIA-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
- MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DE IMAGEM
MÉTODO VANTAGENS DESVANT. USO E TÉCNICA

TC prático e rápido, radiação e - urgências/ trauma, multiplanar


disponível contraste - anatomia boa, contraste iodado
amplamente, iodado - pode injetar contraste intratecal
baixo custo - paciente supino, do vértex ao forame magno
- ótimo para sangramentos (AVCh)
- AngioTC de carótidas e vertebrais
- TCE, déficit focal agudo, cefaléia aguda severa, crise
epiléptica nova
- lesões importantes: hemorragia aguda, hidrocefalia,
coleções extra-axiais

RM contraste com cara e - casos complexos, AVC isquêmico, tumores


poucas contra- demorada - coluna e ligamentos
indicações (50min), muito - cefaléia crônica, epilepsia, esclerose múltipla
sensível aos - multiplanar, angiografia arterial sem contraste
movimentos - melhor resolução anatômica
do paciente - contraste gadolínio (menos ef adv, contra-ind
relativo em renais crônicos)
- pouca radiação: melhor para crianças
- ponderações T1 e T2
- avc agudo: sequência mais útil = difusão (DWI) e
mapa de ADC
- RM funcional: avaliação funcional →
hiperestimulação de áreas durante comandos ou
movimentos, ou para melhor planejamento cx
- não usa radiação ionizante e permite
múltiplas sequências na mesma sessão

Medicina pouco - alterações funcionais, metabolismo


Nuclear acessível, - métodos funcionais e pouco anatômicos
centros - tomografias de emissão (PET e SPECT)
maiores - PET e SPECT
- dx dif das demências (depressão nos idosos)
- dx dif entre parkinson e tremor benigno,
parkinson x parkinsonismo farmacológico,
alzheimer x corpos de lewy, recorrência
tumoral intracerebral x necrose pós-rad ou
pós-cx
- avaliação pré-cx em pac com epilepsia focal
- extensão e gravidade de insultos vasculares
(se não tiver RM) e prognóstico
- sequelas neuropsiq após TCE
- dx dif entre linfoma do SNC e granuloma por
toxoplasma tuberculoso em AIDS

US dinâmico, operador- - indicação: mensuração de estenose carotídea (AVCe


Doppler mensuração dependente, AIT)
de acurada e disponibilidade - paciente supino, exame de todo sist carotídeo
carótidas objetiva limitada

- TCE → objeto penetrante, desaceleração, colisão entre cabeça/objeto


- lesões primárias → contusão, hematoma, sangramento, lesão vasc, cisalhamento (axonal difusa)
- secundárias → edema, infarto, herniação, embolia, infecção (penetrante), hidrocefalia,
cisto leptomeníngeo, encefalomalácia
- utiliza-se a TC
- RM → sequências:
- T1: anatomia, líquido escuro (hipossinal), cinzenta mais escura
que branca
- T2: padrão, líquido claro (hiperssinal), branca mais escura que
cinzenta
- FLAIR: similar a T2, com supressão do líquido, útil para edema ou
inflamação, placas na esclerose múltipla
- DWI e ADC: difusão de moléculas de água, restrição à difusão = AVC, abscesso, tumores
- ACHADOS-CHAVE
ACHADO CARACTERÍSTICAS IMAGEM

Coleções - líquido fora do parênquima cerebral


extra-axiais - fluida → hemorragia subdural crônica
- sangue → hemorr extra-dura pós trauma
- pus → empiema subdural
- espaços extradural, subdural ou subarac
- extra → lentiforme, não cruza suturas
- subdural → crescente, pode cruzar
- subarac → extensão para sulcos e cisternas da
base
- melhor exame inicial: TC
- sempre procurar hidrocefalia e desvio da linha média

Hidrocefalia - dilatação ventricular (obstrução do fluxo liquórico)


- ocorre de maneira previsível → primeiro dilata os cornos
temporais (ficam redondos)
- padrão de dilatação depende da causa
- Ventrículo lateral unilateral → desvio da linha
média; massa no forame de Monroe
- V lateral bilateral → massa no III ventrículo
- Vs laterais e III ventrículo → obstrução do
aqueduto de Silvius; massa no IV ventrículo
- Vs laterais, III e IV ventrículo → geralmente não
obstrutiva
- Investigação: TC (inicial); RM (causa)
- AVC extenso: desvio de linha média e dilatação
ventricular contralateral
- aumento da P nos ventrículos = compressão do retorno
venoso no parênquima adjacente = edema
(hipodensidade) periventricular

Desvio da - a linha média não está na linha média!


linha média - causas: coleções extra-axiais, tumores parenquimatosos
ou AVC associado a edema causando efeito de massa
- Investigação: TC de crânio → melhor exame inicial
- devem se encontrar na linha média: foice, septo pelúcido,
III ventrículo, cisterna interpeduncular e IV ventrículo

- ABORDAGEM PADRÃO
- simetria → comparar os dois lados, nem todas as doenças têm assimetria, mas a assimetria
normalmente é patológica
- ventrículos → aumento pode ser pela idade (hidrocefalia é secundária ao aumento de pressão)
- espaços extra-axiais → cérebro deve se estender sob
toda calota
- hiperdensidade: sangue agudo
- hipo: crônico ou líquido
- diferenciação branco/cinzenta → córtex é mais branco
(borrado = sugestivo de isquemia)
- alterações parenquimatosas
- mudanças de densidade
- hiper: calcificação ou sangue
- hipo: isquemia ou edema
- massas
- defeitos ósseos → textura anormal, fraturas

- PRINCIPAIS PATOLOGIAS
PATOLOGIA CARACTERÍSTICAS IMAGEM

Hematoma - pacientes jovens em trauma de alta energia


extradural - clínica: cefaléia (com ou sem fratura), sinais localizatórios
(entre crânio (efeito de massa) e perda de consciência
e dura máter) - origem: a. meníngea média
- tto: intervenção neurocx (trepanação + retirar coágulo) ou
conservadora
- investigar: TC SEM contraste
- coleções periféricas hiperdensas biconvexas
- formato lentiforme ou de ovo (“eggs-tradural”)
- não cruza as suturas cranianas
- hemorragias ativas podem ser mais hipodensas
- sangue não coagulado
- outros achados: efeito de massa, desvio de linha média,
herniações
Hematoma - comuns, qualquer idade, mais com trauma
subdural - prognóstico: extensão + efeito de massa
(entre d-m e - crianças com trauma não acidental, adultos com trauma de alta
aracnóide) energia, idosos com quedas
- lesão de veias ponte subdurais (força de tração)
- tipos:
- agudo → TCE (+ contusões, hemorragia extradural),
malformações vasculares subjacentes
- subagudo ou crônico → confusão, alteração NC,
pseudodemência, cuidado com anticoagulados!
- tto: corrigir coagulopatias, neurocx ou observacional (TC
seriadas em pequenos)
- investigação: TC SEM contraste
- tipicamente unilaterais, em formato de crescente
- não são limitadas pelas suturas
- agudos → hiperdensas, hipo se anemia ou coagulopatia
- subagudos → hipo ou isodensa, tornando-se de difícil
visibilização = contraste!
- crônicos → geralmente se
resolvem – densidade
semelhante ao líquor
- áreas de maior densidade:
sangramento novo (pode ser mesmo
local de sangramento antigo, caso
seja baixa densidade também →
subdural agudo e crônico)

Hemorragia - central, ao redor do polígono de willis


subaracnóide - média <60 anos, associado com AVC
- lesão dos pequenos vasos subaracnóideos ou extensão direta
para o espaço subaracnóideo de uma contusão ou hematoma
- 85% associado com rompimento de aneurisma intracraniano
- ou: malformações, trauma
- TC sem contraste (inicial)
- Material hiperdenso no espaço subaracnoide
- Cisternas da base (polígono de Willis) Fissuras
Sylvianas, ventrículos laterais e cisterna
interpeduncular
- Áreas lineares de alta atenuação entre as cisternas e os
sulcos
- Continuação de hematoma subdural pela sua extensão
aos sulcos adjacentes
- RM → hiperaguda pode ser difícil detectar
- isointensa em T1 e T2 ao parênquima cerebral
- Se HAS espontânea = angioTC
- Punção lombar: xantocromia > 12h após sintomas
- clínica: cefaléia (trovoada, a pior da vida), rigidez de nuca,
confusão aguda, NC diminuído
- tto depende da causa: hidratação (previne vasoespasmo), bloq
de canais de Ca+ (nimodipino - vasodilatação), neurocx
- aneurismas embolizados ou clipados
- 40% na artéria comunicante anterior
- escala de fisher para vasoespasmo: mais chance no grau IV
Contusões e - hemorragia parenquimatosa com acúmulo de sangue
hematomas - hematoma – coleção bem definida com densidade homogênea
intra- - contusão – lesão com densidade mista e menos definida
cerebrais - lobos temporal e frontal anterior, golpe e contragolpe
- intumescimento extra-craniano

Hemorragia - lesão das veias subependimárias na superfície dos ventrículos


Intraventri- OU
cular - extensão direta do hematoma do parênquima OU
- refluxo retrógrado de uma hemorragia subaracnóide
- predisposição a hidrocefalia
- hiperdenso nas posições pendentes dos ventrículos

AVC - déficit focal neurológico agudo


- sintomas dependem do território vascular afetado
- Perda temporária de fluxo pode ocorrer (AIT)
- Investigação → TC sem contraste na 1ª avaliação
- tto: Trombólise ou trombectomia, manejar hipertensão e
fatores de risco, AVC isquêmico < 4,5 horas
- protocolo local, discutido com serviço especializado,
conduzidos em um centro de AVC
- objetivos da imagem no AVC agudo
- parênquima → avaliar sinais iniciais, excluir hemorragia
- vasos → avaliar circ extracraniana (carótidas e
vertebrais) e intracraniana para evidência de trombo
- perfusão → volume sanguíneo cerebral, fluxo e tempo
de trânsito
- penumbra → avaliar o tecido em risco de necrose, se a
isquemia contínua sem recanalização do trombo
- 80% ISQUÊMICO - penumbra
- ausência de reserva neuronal e completa de fluxo
- geralmente a isquemia é incompleta - suprimento por
colaterais
- zona central de isquemia (irreversível) + região
periférica de céls atordoadas (penumbra),
potencialmente reversível com recanalização precoce
- TC SEM CONTRASTE
- identifica hemorragia (contraindica trombólise!)
- isquemia aguda precoce:
- sinal da artéria hiperdensa
- trombo no interior da artéria
- sinal da linha insular
- obscurecimento do núcleo lentiforme
- perda de contraste subs branca/cinzenta
- ASPECTS: quantificação de parênquima envolvido
- Total de 10 pontos; menor o score = maior a
dependência, óbito e hemorragia sintomática
Tumores - adultos: metástases (pulmão, mama, melanoma, renal e
intracra- colorretal)
nianos - incidência aumenta com a idade, risco: outras malignidades
- maioria é neuroepitelial
- clínica:
- cefaléia, déficits focais,
- hipertensão intracraniana (vômitos intensos pela
manhã, náusea),
- alteração do estado mental,
- epilepsia de início na vida adulta
- achados incidentais: assintomáticos, exame por trauma
- investigação:
- TC: primeiro exame, sintomas
- múltiplos aspectos de imag: hipodensos ou
hiperdensos, irregulares ou definidos,
periféricos ou profundos, difusos
- avalia complicações: envolvimento ósseo,
hidrocefalia ou efeito de massa
- RM: cefaléias e epilepsia, escolha para melhor
caracterização
- pode identificar pequenos e precoces, não
vistos na TC
- diferentes sequências para diferentes tecidos

Abscesso - infecção do parênquima cerebral, com pus e cápsula espessa


cerebral - qualquer faixa etária
- risco: infecção sistêmica, abscessos em outras partes do corpo,
abuso de drogas EV
- sintomas neurológicos são mais prevalentes que os infecciosos
- aumento de provas inflamatórias (pedir função renal)
- déficits focais ou crises convulsivas
- disseminação de infecção para o cérebro → inflama
parênquima → abscesso
- disseminação hematogênica é a mais comum
- infecção direta (mastoidite, sinusite) requerem infecção severa
e destruição óssea
- microbiologia mista, estéril em 35% dos casos
- gram negativos em crianças e imunocomprometidos (+ fungos)
- TC COM contraste
- sempre que se encontra uma massa, deve-se
administrar contraste EV
- a parede do abscesso realça e o centro é hipodenso e
não realça (pus)
- halo hipoatenuante (edema)
- RM com difusão (restrição)
- demonstra melhor efeito de massa
- central com pus (líquido) - hipersinal T2

Esclerose - doença desmielinizante crônica (da subs branca)


Múltipla - dano à bainha de mielina
- sem causa ou gatilho - genética e ambiente?
- placas com disseminação no tempo e espaço
- média de início: 29 anos (da adolescência até > 60 anos)
- Predomínio no sexo feminino (2-3 : 1)
- clínica depende da localização das placas → distúrbios motores
ou sensitivos, envolvimentos de pares cranianos
- neurite óptica, neuralgia do trigêmeo
- TC: déficits focais, pouco sensível (geralmente normal)
- RM: escolha!, sempre com contraste e incluir coluna
- As lesões aparecem melhor nas sequências FLAIR eT2
- FLAIR: supressão de líquido; melhor
visibilização de lesões periventriculares
- lesões periventriculares perpendiculares – dedos de
Dawson no plano sagital
- Lesões crônicas: black holes
- tto em centros especializados, redução da progressão (agentes
modificadores e esteróides)

Compressão - compressão por invasão do canal medular


Medular - emergência neurocx → sínd da cauda equina, dano permanente
- todos os grupos etários
- alerta: dor na coluna
- História de malignidade
- Trauma de grande energia: queda de grandes alturas,
acidente automobilístico
- Dor torácica ou radicular
- Dor constante, progressiva e não-mecânica
- Mal estar geral
- Sinais e sintomas neurológicos
- Redução de força: 80% pctes precisam de ajuda para
mexer
- Perda de sensibilidade e retenção urinária
- compressão mecânica (hérnia discal, fraturas), malignidade
(metástases ou primários), infecciosa (discite, abscessos
epidurais)
- tto: corticóide EV em dose alta (reduz edema), cx descomprime,
Rt para malignidades
- TC não é suficiente → envolvimento ósseo, má avaliação
medular
- RM de urgência! → padrão ouro
- alterações ósseas, anatomia da medula
- espaços liquóricos (T2) reduzidos

- SÍNDROMES NEUROLÓGICAS E INVESTIGAÇÃO


Questões Investigação Doenças comuns

TRAUMA mecanismo, evolução da ECG, TC crânio sem contraste fraturas de crânio,


NC, proteção da VA (hemorragia, fraturas) hemorragia
extra/subdural, HSA
RM → pacientes que não traumática
despertam

DÉFICIT Fraqueza: n. motor superior ou TC → quadros agudos, AVCi, hemorragia


FOCAL inferior? Distribuição? exclui hemorragia e intracraniana, esclerose
Velocidade de início? Sintomas massa, contraste múltipla, tumores
associados? Comorbidades? intracranianos,
RM → mais sensível compressão medular

CEFALÉIA Sinais de alerta? Pupilas normais? TC → urgência, início migrânea, HSA, tumor
SEVERA Nova, diferente ou “pior da vida”; súbito, hemorr/tum, HSA: cerebral, trombose de
náuseas e vômitos angioTC seio venoso
Paralisia, ataxia confusão RM → crônicos, AngioRM
Cefaleia matinal ou de alteração venosa se tem suspeita de
postural trombose
Cefaleia nova em > 50 anos
HISTÓRIA: agudas, tempo de
duração, se progride/piora, onde
a dor é pior, posicional? tem
aura?, rigidez de nuca, febre…

CONVULSÕES Focal ou generalizada? TC → aguda, nova crise AVCi, hemorragia


Fez EEG? Déficit focal novo? ou novo comportamento intracraniana, lesões com
Estado de consciência efeito de massa
permanentemente alterado? RM → alteração na
Febre? Cefaleia persistente? semiologia, tumor
História médica (neo, SIDA)? conhecido
Anticoagulantes?

ALTERAÇÕES DA Causa sistêmica? (sepse, hipoglic, TC → primeiro exame infecção sistêmica,


CONSCIÊNCIA drogas) (agudo) demência, AVCi,
Causa direta? (trauma,PA, hemorragia subdural,
infarto, infecção) RM → após a TC lesões com efeito de
Sinais focais? Medicações massa
relevantes? (anticoagulantes,
álcool, narcóticos)

SÍNDROME DA É realmente isso? (disf da bexiga, RM na urgência (saber protrusão discal,


CAUDA EQUINA intestino ou sexual; parestesia qual a lesão e seu nível) fratura/colapso vertebral,
perianal / perineal) malignidades, infecção
- Sintomas desenvolvem discal ou vertebral
durante horas
História de doença na
coluna lombar? de câncer?

SISTEMA DIGESTÓRIO-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
- métodos radiológicos (SEED, trânsito de delgado, clister opaco) e não radiológicos (EDA - mucosas e bx)
- solicitação de exames contrastados tem diminuído
- EDA tem dificuldade em avaliar o íleo terminal → SEED = complementar
- exame contrastado: sulfato de bário + intensificador de imagens
- acompanha e realiza radiografias seriadas
- VO: seed e trânsito / VR: clister
- duplo contraste (ar): distende a alça e leva à melhor aderência do bário à mucosa
- contraindicações do bário:
- obstrução cólica (impactação em desidratados)
- diverticulite aguda, megacólon tóxico, complicações de DII (risco de perfuração)
- muito debilitados (exames podem durar horas)

EXAME CARACTERÍSTICAS INVESTIGAÇÃO

SEED - esôfago, estômago e duodeno até o ângulo de Treitz Esôfago


- preparo: jejum absoluto na noite anterior, sem tabaco por - transição
pelo menos 4h (estimula sec gástrica), realizar no início da esofagogástrica:
manhã (estímulo da secreção do estômago - floculação do hérnias de hiato e
contraste) refluxo
Esofago: 3 segmentos: cervical (geralmente não avalia), torácico e Estômago e duodeno
abdominal - grau de abertura do
- torácico: paredes lisas e pregas mucosas longitud piloro: estenose
Estômago e duodeno (vômito e
- Estômago: fundo, corpo e antropiloro em AP e oblíquas regurgitação em
- Duodeno: bulbo (1a porção), descendente (2a porção), RNs)
horizontal (3a porção) e ascendente (4a porção), mucosas
mais irregulares que as do esôfago

TRÂNST. - mesmo preparo do seed dor abdominal inexplicada,


DO - diferenciação do jejuno e íleo -prega mucosa e topografia diarréia, obstrução int,
DELGADO - Jejuno: pregas transversais (coniventes/ Kerckring) hemorragia digestiva (se a
e exuberantes ( “folha de samambaia”), no QSE origem não for no esôfago,
- Íleo: pregas longitudinais, mais tubulares, com estômago, duodeno ou
pregueado mucoso menos exuberante, no QID cólon)
- Válvula ileocecal: aspecto em “bico de pássaro” Massa abdominal palpável:
US ou TC

CLISTER - contraste único (bário) ou duplo (bário + ar) avaliação do cólon


OPACO - duplo é superior na detecção de lesões sutis - pregueado mais
(pequenos pólipos, erosões superficiais, úlceras) largo, com
- preparo: dieta leve na antevéspera, sem resíduos e haustrações
abundante em líquidos na véspera, jejum a partir da noite - divisão: ceco,
anterior ao exame, laxantes (restos alimentares prejudicam ascendente,
avaliação da mucosa) transverso,
descendente,
sigmoide e reto

- DOENÇAS DO ESÔFAGO
- lesões fundamentais: estenose, dilatação, desvio, falhas de enchimento, úlceras e divertículos
- esofagograma: indicações → suspeita de DRGE, disfagia e odinofagia, suspeita de distb de
motilidade, esofagite, estenose esof, varizes, massas mediast, neoplasia, suspeita de fístula, pós-op
PATOLOGIA CARACTERÍSTICAS

Estenose - irregular, transição abrupta (lesões malignas) ou gradual (esofagites cáusticas)


- Segmento a montante: dilatado

DRGE - refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago → erosões, inflamação e edema


- escolha: endoscopia digestiva alta
- hérnia de hiato: predispõe à DRGE → crianças com PNM de repetição

Acalásia - déficit no relaxamento do EEI durante a deglutição + alterações na peristalse


- dilatação a montante, halitose, regurgitação
- exemplo: esofagopatia chagásica (invasão dos plexos pelo Trypanosoma Cruzi)
- sinais: massa mediastínica tubular ao lado da aorta, sem bolha gástrica, nível líquido
na reg média do esôfago, estenose na topografia do EEI (afilamento distal → sinal da
ponta de lápis/rabo de rato/bico de pássaro)

Esofagite - granularidade (edema de mucosa), espessamento de pregas (edema de submucosa)


- ulcerações, úlceras e erosões lineares
- terço inferior ou metade inferior do esofago
- esofagite cáustica → esofagite aguda e estenose após 1-3 m, depende do grau
Estenose - estreitamento concêntrico
péptica - 1-4cm de comprimento
- simétrico ou não
- saculações e pseudodivertículos

Esofago de - metaplasia colunar da mucosa


Barret - esofagite de refluxo
- condição pré maligna: adenocarcinoma
- padrão reticular fino
- estenose distal ou do terço médio

Hérnia de hiato - passagem de um elemento gástrico para uma


região acima do diafragma
- Deslizamento: passagem da TEG e
do fundo gástrico para acima do
diafragma
- Paraesofágica (rolamento): passa
apenas o fundo gástrico, com TEG na
topografia habitual
- Mista

Divertículo - disfagia, regurgitação, halitose e tosse pós-prandial


esofágico - superior: pulsão, hipofaringe
- de Zenker:
- causa: aumento da P intraluminal durante a fase faríngea da
deglutição (distúrbio do esfíncter esofágico superior)
- herniação da mucosa por uma área frágil muscular posterior
- Triângulo de Killian: entre as fibras do músculo faríngeo
inferior e o músculo cricofaríngeo
- Divertículo de Killian-Jamieson
- extrusão da mucosa (pseudodivertículo)
- abaixo do m. cricofaríngeo, anterolateral, mais comum à esquerda
- raramente sintomáticos e menores (diferente do Zenker)
- médio: tração por doença granulomatosa, verdadeiros
- secundários a processos cicatriciais, fibróticos e inflamatórios mediastinais
- inferior: epifrênica

Megaesôfago
chagásico
Carcinoma - EDA + bx é o mais importante
- esofagograma → redução abrupta da luz , contornos irregulares e
nodular (sinal da maçã mordida)
- US endoscópico: profundidade da invasão tumoral
- CT: avalia espessura da parede, invasão mediastinal direta,
linfadenopatias regionais, meta pulmonar, hepática, adrenal e
para linfonodo distante

Atresia de - divisão inapropriada entre esofago e traqueia


esôfago - associado a outras malformações
- subtipos sem fístula traqueoesofágica: não visibiliza estômago
fetal

- DOENÇAS DO ESTÔMAGO E DUODENO


- indicações de EED em função da clínica: RGE, epigastralgia, dispepsia, náu/vom, HDA, anemia de
origem incerta, perda de peso, massa abdominal, gastrite/duodenite, UP, hérnia hiatal, varizes,
neoplasia, obstrução gástrica, controle pós-op, fístula gastroduodenal
- lesões inflamatórias e neoplásicas estomacais → falhas de enchimento, irregularidades do
pregueado mucoso e perda da distensibilidade
- Deslocamento gástrico (lesões extrínsecas)
- defeito de enchimento → pólipo adenomatoso/hamartoso, metástase, restos pancreáticos,
linfoma, carcinóide, sarcoma de kaposi, lipoma, neurofibromatose, leiomioma, leiomiossarcoma

PATOLOGIA CARACTERÍSTICAS

Úlcera péptica - lesão escavada e profunda, atinge submucosa


- H. pylori (urease), AINEs
- benigna → nicho (depósito de ba) projetado
para fora do órgão, prega converge para
borda, regular, profunda e ovóide,
peristaltismo normal
- maligna → nicho projetado para dentro do
órgão, pregas não chegam até a lesão,
irregular, rasa e plana
- coleções persistentes de bário que se
projetam além da luz, geralmente com borda elevada e enema circundante

UP duodenal - 90% no bulbo → em outros locais,


pensar em hiperacidez acentuada
- ex: Zollinger Ellison:
recorrência de UP resistentes
ao tto + diarréia e dor
abdominal
- 90% tumor secretor de gastrina duodenal ou pancreático
- 50% das úlceras são malignas

Câncer gástrico - adenocarcinoma é o tumor maligno mais comum do estômago


- homens, > 60 anos, alimentos salgados e defumados ricos em nitrito, associado a
ausência de refrigeração
- polipóide e infiltrativo, muitos se manifestam como úlceras
- carcinoma → sintomas inespecíficos (anorexia, emagrecimento, dor epigástrica)
- precoce: limitado à mucosa e submucosa
- avançada: facilmente diagnosticada pela SEED → perda da peristalse,
estreitamento, ulceração e falhas de enchimento

- linite plástica
- forma difusa de Ca gástrico com infiltração de todo o órgão
- adenocarcinoma - cél em anel de sinete (5-15%)
- infiltração cirrose na parede, disseminação pela submucosa
- início na porção distal do estômago, piloro e antro, corpo e fundo
- estreitamento de todo o lúmen, porém o meio de contraste passa por ele
rapidamente, sem sinais de obstrução
- dx diferencial: linfoma gástrico

- pós-operatório
- gastrectomias totais ou parciais
- Billroth I: gastrectomia parcial + gastroduodenostomia
- Billroth II: gastrectomia parcial + gastrojejunostomia
- bariátricas → balão intragástrico (aumenta saciedade), banda gástrica
ajustável (anel), gastroplastia com Y de Roux (restritiva + disabsortiva),
derivação biliopancreática (Scopinaro – restritiva)

- DOENÇAS INTESTINAIS
- lesões muito parecidas e de difícil diagnóstico diferencial, dx por bx
- infecção por Strongyloides stercoralis → delgado proximal
- Doença de Crohn, linfoma, TB intestinal, paracoco e infecções por Yersinia,
Salmonella e Campylobacter → íleo terminal
- INTESTINO DELGADO

PATOLOGIA CARACTERÍSTICAS

Doença de Crohn - qualquer região do TGI, principalmente íleo terminal e cólon ascendente
- mucosa normal entre as lesões (aspecto saltatório)
- alterações transmurais e granulomas não caseosos
- fístulas, espessamento da parede e estenoses (“sinal da corda”)
- adultos jovens, brancos e judeus
- lesões aftosas (ulcerações minúsculas), em paralelepípedo (ulcerações lineares com
mucosa interveniente intacta)
- mucosa em aspecto de “pedra de calçamento”
- alças afastadas pelo espessamento de paredes
Tuberculose - raro acometimento intestinal
- geralmente ileocecal (90%)
- espessamento concêntrico da parede
- estreitamento luminal
- incompetência da válvula ileocecal
- espasmo, hipermotilidade e edema de pregas inicial
- Tuberculose Ileocecal
- difícil diferenciar com Crohn (íleo
terminal
- bacilo invade parede →
espessamento irregular das pregas e
ulcerações → fístulas
- imagem →

Tumores - local menos frequente


- carcinóide: mais comum (+ no íleo)
- células endócrinas profundas da mucosa
- secretam substâncias vasoativas, como serotonina
- pequenos defeitos de enchimento, estenose e meta hepática
- adenocarcinoma: delgado proximal, prognóstico ruim e dx tardio

Linfoma - infiltração dos tec linfóides


- especialmente no íleo terminal
- TI: espessamento e apagamento das pregas, alarga luz,
múltiplos locais
- CT: grande massa espessando e infiltrando a parede
difusamente, com preservação dos planos gordurosos de
parede, sem obstrução, volumosa linfoadenopatia

Divertículo de - congênito
Meckel - degeneração fibrosa do ducto vitelino
- íleo terminal - 60 cm da válvula ileocecal
- geralmente têm mucosa gástrica
- CÓLON
- Artéria mesentérica superior – ângulo de Treitz até flexura esplênica
- Artéria mesentérica inferior – porções distais à flexura esplênica
- cólon ascendente e descendente são retroperitoniais
- indicações de exames → sangramento retal, dor abdominal, anemia, perda ponderal
- enema opaco: diarreia/constipação, mudança intestinal, sangramento, anemia
desconhecida, massa, obstrução, fístula enteral, pós-op
- falhas de enchimento → pólipos, lesões vegetantes
- estenose → lesões parietais ou extraparietais
- anomalias congênitas → defeito de rotação, ânus imperfurado e aganglionose
- exame normal: injeção retrógrada
- contraste simples em lesões obstrutivas e fístulas
- duplo contraste (bário e ar) em polipóides, av da mucosa (carcinoma, DII)
- fezes podem simular lesão

PATOLOGIA CARACTERÍSTICAS

Retocolite - diarreia sanguinolenta, dor, colangite esclerosante, artrite, transtornos visuais e


ulcerativa dermatológicos
- apenas mucosa, reto (95%) e cólon, SEM lesões salteadas
- altíssimo risco de malignidade
- início no reto, progressão retrógrada → sigmóide, descendente e transv
- pseudopólipos: ilhas de regeneração da mucosa circundadas por áreas ulceradas
(falhas de enchimento)
- ulcerações com aspecto de “papel rasgado”, mucosa com aspecto granular
- perde haustrações e espessamento da mm lisa → aspecto de “cano de chumbo”
- aumento do espaço pré-sacral (perfil) – reto reduzido (fibrose)
- úlceras em botão de colarinho (secundárias à destruição mucosa)
- reduz diâmetro do cólon

Crohn - mais no íleo terminal e ceco, reto relativamente poupado, fístulas perianais
- transmural com nodularidade, imagem em paralelepípedo
- fissuras, fístulas e abscessos
Megacólon - colite transmural, perde tônus e rápida
Tóxico dilatação da luz
- potencialmente fatal - intoxicação sistêmica,
diarreia com sangue abundante
- dilatação acentuada do cólon (+ transverso)
>6cm
- enema e colono → NÃO! pode perfurar
- TC: extensão transmural, complicações
intra-perit (abscesso, fístula, perfuração)
- clostridium difficile
- cólon > 6 cm + dor abdominal + febre alta +
redução da peristalse

Doença - diverticulose simples: múltiplos divertículos


diverticular do - doença diverticular: múltiplos + hipertrofia da mm colônica
cólon - diverticulite: inflamação, pode ter perfuração e abscesso

Tumores - maioria são pólipos adenomatosos descobertos acidentalmente


benignos - únicos ou múltiplos, síndromes familiares
- falha de enchimento, de base larga ou estreita e contorno regular
- pólipos harmatosos ou adematosos (pré malignos, sínd gardner ou turcot)

Tumores - AdenoCa: mais frequente, retossigmoide, pico 60-70 anos, homens


malignos - cond pré-malignas: pólipo adenomatoso e adenoma viloso
- anemia, fraqueza, perda de peso e dor abdominal
- reto: sintomas mais precoces; sangramento
- falha de enchimento, irregular, podendo ter ulceração
- cólon direito: massas, anemia, sangue nas fezes, invaginação intestinal
- c esquerdo: disseminação circunferencial dentro dos linfáticos da camada circular
muscular, reduz luz, “miolo de maçã”, altera hábito int, fezes em fita, obstrução
- metástase de ca cólon → linfática ou hematogênica, mais pro fígado e pulmão e
adrenal

Má rotação - congênita, associada a outras malformações


intestinal - crianças = volvo
- adolescentes e adultos = episódios autolimitantes de obstrução duodenal

Aganglionose - causa mais comum de obstrução colônica neonatal, mais meninos


congênita - não eliminação de mecônio em até 48h
(Hirshsprung) - falha de migração dos neuroblastos para o cólon distal
- segmento curto (75%), segmento longo (15%)
- aganglionose colônica total (6,5%) e doença de segmento ultracurto
- reto normal e sigmoide dilatado, com a presença de zona ou cone de transição
- crianças normais tem oreto maior que o sigmoide (razão aprox. 1)

- DII → diferenciadas por critérios clínicos, endoscópicos e histopatológicos


- manifestações extraintestinais: articulações, cutâneas, oculares, hepatobiliares, etc

- endoscopia permite a biópsia, porém: dificuldade de atravessar lesões estenosantes, não avalia as
fístulas, lesões infiltrativas submucosas, como na linite plástica, podem passar despercebidas na EDA,
colonoscopia – 10-20% falso negativo, dificuldade de avaliar o cólon direito, mais caro

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