Novo (A) Documento Do Microsoft Word-3
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Rio de Janeiro
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2024
I - Introdução
As políticas públicas de saúde mental no Brasil têm buscado cada vez mais
incorporar práticas de redução de danos e promoção da saúde mental, conforme o
Ministério da Saúde (2013). Essas políticas enfatizam a importância de uma
abordagem não punitiva e voltada à inclusão social dos indivíduos em tratamento,
combatendo o estigma associado ao uso de drogas e transtornos mentais. A
colaboração entre profissionais de saúde, familiares e a comunidade é essencial
para garantir um tratamento eficaz e humanizado (Ministério da Saúde, 2013).
II - MetodologiaLocal:
Local: Avenida Brasil, comunidade Nova Holanda, Rio de Janeiro.
A Nova Holanda é uma área de grande vulnerabilidade social e econômica,
conhecida pela concentração de usuários de substâncias ilícitas. A escolha desse
local visa a intervenção direta em uma região com altas taxas de dependência
química.
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Data: 12 de outubro
Estratégias:
1. Mapeamento Social:
Identificar as áreas de maior concentração de usuários de drogas dentro da
comunidade, através de visitas domiciliares e conversas com líderes
comunitários.
2. Educação em Saúde:
Realizar rodas de conversa e palestras com o objetivo de conscientizar sobre
os efeitos do uso de drogas, doenças associadas, e os riscos à saúde mental
e física. Abordagens terapêuticas e modelos de recuperação serão
discutidos com os participantes.
3. Redução de Danos:
Implementar práticas de redução de danos, como a distribuição de kits de
higiene, preservativos, e informar sobre o uso seguro de substâncias
para minimizar os riscos de infecções e overdose.
III – Resultados
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expandido conforme os resultados das próximas intervenções, mantendo um
acompanhamento contínuo para aprimorar a abordagem.
Durante o mapeamento social, foi identificado que a maioria dos participantes são
jovens entre 20 e 30 anos, sendo 95% homens. Os dados apontam que 90% deles
começaram a usar crack após o uso inicial de maconha, e 85% também faziam uso
de álcool antes de progredir para o crack. As influências para o início do uso foram
variadas: 80% citaram o envolvimento de amigos, 15% mencionaram curiosidade, e
os demais relataram outros motivos. A predominância de participantes moradores do
Complexo da Maré também destaca o contexto comunitário desses usuários.
No momento da distribuição dos lanches, como pães, frutas e bebidas, foi observado
que muitos dos participantes pareciam estar com fome e apreciaram a refeição
oferecida, sugerindo que a alimentação básica pode ser um componente importante
em futuras interações. A receptividade positiva aos lanches distribuídos reforça a
necessidade de ações contínuas que combinem apoio social com assistência
nutricional, visando não apenas a saúde física, mas também uma melhora no bem-
estar geral. No final, foram distribuídos também preservativos, escovas de dente e
pasta de dente.
Essa descoberta indica que o contexto familiar tem um papel protetor importante,
sugerindo que a criação de redes de apoio afetivo e comunitário pode ajudar a
retardar ou até evitar o contato com substâncias mais nocivas.
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Referências:
Ministério da Saúde. (2013). Cadernos de Atenção Básica: Saúde Mental (Nº 34).