58 Probabilidade
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Probabilidade
Um experimento aleatório pode ser repetido inúmeras vezes e nas mesmas condições e, mesmo assim,
apresenta resultados diferentes. Cada um desses resultados possíveis é chamado de ponto amostral.
São exemplos de experimentos aleatórios:
A) Cara Ou Coroa
Lançar uma moeda e observar se a face voltada para cima é cara ou coroa é um exemplo de experi-
mento aleatório. Se a moeda não for viciada e for lançada sempre nas mesmas condições, poderemos
ter como resultado tanto cara quanto coroa.
B) Lançamento De Um Dado
Lançar um dado e observar qual é o número da face superior também é um experimento aleatório.
Esse número pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6 e cada um desses resultados apresenta a mesma chance de
ocorrer. Em cada lançamento, o resultado pode ser igual ao anterior ou diferente dele.
Observe que, no lançamento da moeda, as chances de repetir o resultado anterior são muito maiores.
Cada carta tem a mesma chance de ocorrência cada vez que o experimento é realizado, por isso, esse
é também um experimento aleatório.
Espaço Amostral
O espaço amostral (Ω) é o conjunto formado por todos os resultados possíveis de um experimento
aleatório. Em outras palavras, é o conjunto formado por todos os pontos amostrais de um experimento.
Veja exemplos:
a) O espaço amostral do experimento “cara ou coroa” é o conjunto S = {Cara, Coroa}. Os pontos amos-
trais desse experimento são os mesmos elementos desse conjunto.
O espaço amostral também é chamado de Universo e pode ser representado pelas outras notações
usadas nos conjuntos. Além disso, todas as operações entre conjuntos valem também para espaços
amostrais.
O número de elementos do espaço amostral, número de pontos amostrais do espaço amostral ou nú-
mero de casos possíveis em um espaço amostral é representado da seguinte maneira: n(Ω).
Evento
Um evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral. Ele pode conter nenhum elemento (con-
junto vazio) ou todos os elementos de um espaço amostral. O número de elementos do evento é re-
presentado da seguinte maneira: n(E), sendo E o evento em questão.
O evento é sair cara e possui um único elemento. A representação dos eventos também é feita com
notações de conjuntos:
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PROBABILIDADE
E = {cara}
E = {2, 4, 6}
Os eventos que possuem apenas um elemento (ponto amostral) são chamados de simples. Quando o
evento é igual ao espaço amostral, ele é chamado de evento certo e sua probabilidade de ocorrência
é de 100%. Quando um evento é igual ao conjunto vazio, ele é chamado de evento impossível e possui
0% de chances de ocorrência.
Cálculo da Probabilidade
Seja E um evento qualquer no espaço amostral Ω. A probabilidade do evento A ocorrer é a razão entre
o número de resultados favoráveis e o número de resultados possíveis. Em outras palavras, é o número
de elementos do evento dividido pelo número de elementos do espaço amostral a que ele pertence.
P(E) = n(E)
n(Ω)
Observações:
O número de elementos do evento sempre é menor ou igual ao número de elementos do espaço amos-
tral e maior ou igual a zero. Por isso, o resultado dessa divisão sempre está no intervalo 0 ≤ P(A) ≤ 1;
Quando é necessário usar porcentagem, devemos multiplicar o resultado dessa divisão por 100 ou usar
regra de três;
P(A-1) = 1 – P(A)
Exemplos:
Solução:
Observe que o espaço amostral só possui dois elementos e que o evento é sair cara e, por isso, possui
apenas um elemento.
P(E) = n(E)
n(Ω)
P(E) = 1
Solução:
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PROBABILIDADE
Há quatro casos possíveis (número de elementos do espaço amostral) e dois casos favoráveis (número
de elementos do evento), logo:
P(E) = n(E)
n(Ω)
P(E) = 2
Solução:
Observe que os números do dado menores do que 3 são 1 e 2, por isso, o evento possui apenas dois
elementos. O espaço amostral possui seis elementos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
P(E) = n(E)
n(Ω)
P(E) = 2
Solução:
Temos duas maneiras de resolver esse problema. Note que não sair o número 1 é o mesmo que sair
qualquer outro número. Faremos o mesmo cálculo de probabilidade considerando que o evento possui
cinco elementos.
P(A-1) = 1 – P(E)
P(A-1) = 1 – P(E)
P(A-1) = 1 – n(E)
n(Ω)
P(A-1) = 1 – 1
P(A-1) = 1 – 0,166..
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PROBABILIDADE
A análise combinatória é a matéria que desenvolve métodos para fazer a contagem com eficiência. Os
problemas de contagem estão presentes no cotidiano, por exemplo, no planejamento de pratos em um
cardápio, a combinação de números em um jogo de loteria, nas placas dos veículos, entre inúmeras
outras situações.
A ideia é a seguinte: Imagine que você tenha 3 calças, 5 camisas e 2 sapatos e queira saber quantas
são as combinações possíveis utilizando essas peças. Para isso basta efetuar a multiplicação, assim:
5 . 3 . 2 = 30 possibilidades de combinações. Esse é chamado de princípio multiplicativo.
Exemplo 1. Quantos números de dois algarismos distintos podemos formar com os dígitos: 3, 5, 7 e 6?
Então são 4 possibilidades para as dezenas, são quatro dígitos diferentes, e para as unidades serão 3,
pois não queremos repetidos, portanto:
Muitos problemas de Análise combinatória podem ser resolvidos utilizando o fatorial (n!), que é a mul-
tiplicação de números consecutivos: 4!= 4.3.2.1= 24.
5.4.3.2.1
5.4
20 . 3 . 2 . 1
120
Essa propriedade utilizada na análise combinatória é a permutação, significa mudar a ordem, pense:
De quantas maneiras distintas sete pessoas podem sentar em sete poltronas?
A combinação é a formação de um grupo não ordenado. Vamos pensar dentro da contagem: Em uma
turma de 30 alunos, 6 serão sorteados para uma viagem. Quantas possibilidades possíveis para esse
sorteio?
Já arranjo forma grupos específicos, vejamos uma situação: Na formação de senhas para clientes, um
banco disponibiliza oito dígitos entre: 0, 2, 3, 4, 5, 7, 9, 8. Sabendo que cada senha é formada por três
dígitos distintos, qual o número de senha?
A8,3= 8!
8!- 3!
8!
5!
8.7.6.5!
5!
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PROBABILIDADE
8.7.6
336 senhas.
A análise combinatória é utilizada para resolver problemas de contagem. Utilizando os processos com-
binatórios é possível determinar o número de combinações, arranjos e permutações possíveis. Para
cada uma destas aplicações, alguns critérios devem ser respeitados. Iremos agora conduzir você a
entender o Diagrama da Árvore. Quando conseguir assimilar esta estrutura será fácil entender o Prin-
cípio Fundamental da Contagem, que define - se como sendo:
Em notação matemática isso seria o mesmo que considerarmos, que determinada atividade pode ser
realizada em duas etapas, ou seja, de m e n maneiras distintas, o total de possibilidades será dado
pelo produto de m por n (m x n). Iremos agora resolver um problema utilizando o Diagrama da Ár-
vore para que possamos entender o Princípio Fundamental da Contagem:
Problema: Jeniffer irá participar da promoção de uma loja de roupas que está dando um vale compras
no valor de R$ 1000,00 reais. Ganhará o desafio o primeiro participante que conseguir fazer o maior
número de combinações com o kit de roupa cedido pela loja. No kit temos: seis camisetas, quatro saias
e dois pares de sapato do tipo salto alto. De quantas maneiras distintas Jeniffer poderá combinar todo
o vestuário que esta no quite de roupa?
Camisetas
Saias
Sapatos
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A outra forma que temos para resolver este problema é utilizando o Princípio Fundamental da Conta-
gem.
6 x 4 x 2 = 48
Observe que ao utilizarmos o Princípio Fundamental da Contagem, também foi possível determinar o
número de combinações do Kit roupa, este número corresponde ao que foi encontrado quando utiliza-
mos o Diagrama da árvore.
O princípio fundamental da contagem diz que um evento que ocorre em nsituações independentes e
sucessivas, tendo a primeira situação ocorrendo de m1 maneiras, a segunda situação ocorrendo
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PROBABILIDADE
Exemplos
Como o zero à esquerda de um número não é significativo, para que tenhamos um número natural com
dois algarismos ele deve começar com um dígito de 1 a 9, temos, portanto, 9 possibilidades.
Para que o número seja um múltiplo de 5, o mesmo deve terminar em 0 ou 5, portanto temos ape-
nas 2 possibilidades.
Logo:
Eu possuo 4 pares de sapatos e 10 pares de meias. De quantas maneiras poderei me calçar utilizando
um par de meias e um de sapatos?
Pelo princípio fundamental da contagem temos que multiplicar 4, que é o número de elementos do
primeiro conjunto, por 10 que corresponde ao número de elementos do segundo conjunto.
Portanto:
De quantas formas podemos dispor as letras da palavra FLUOR de sorte que a última letra seja sempre
a letra R?
Para a última letra, segundo o enunciado temos apenas uma possibilidade que é a letra R.
Para a primeira, segunda, terceira e quarta letras temos respectivamente 4, 3, 2 e 1 possibilidades. As-
sim temos:
Note que este exemplo é semelhante ao caso dos livros, explicado no início da página, só que neste
caso teríamos mais um livro, digamos de ciências, que sempre seria colocado na pilha por último.
Podemos dispor as letras da palavra FLUOR de 24 formas diferentes, tal que a última letra seja sempre
a letra R.
Quantos números naturais com 3 algarismos podemos formar que não comecem com 16, nem
com 17?
Neste exemplo iremos fazer o cálculo em duas partes. Primeiro iremos calcular quantos são os números
com três algarismos.
Como neste caso na primeira posição não podemos ter o dígito zero, o número de possibilidades para
cada posição é respectivamente: 9, 10 e 10.
Para a primeira posição temos apenas uma possibilidade, o dígito 1. Para a segunda temos 2, pois
servem tanto o dígito 6, quanto o 7.
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Para a terceira e última posição temos todos os dígitos possíveis, ou seja, 10 possibilidades.
São quantos os números ímpares com três algarismos, que não possuem dígitos repetidos e que de
trás para frente também são ímpares?
Os números devem ser ímpares, temos então 5 possibilidades para o último algarismo.
A história do "de trás para frente", em outras palavras quer dizer que o primeiro algarismo também é
ímpar. Como um dígito ímpar já foi utilizado na última posição, temos então apenas 4 disponíveis para
a primeira posição.
Para o dígito central temos apenas 8 possibilidades, pois dois dígitos ímpares já foram utilizados.
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