Aula Direito Empresarial

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DIREITO EMPRESARIAL JOEL BRAGA

O QUE É DIREITO EMPRESARIAL?

O direito empresarial, muitas vezes chamado de


Direito Comercial, tem como objetivo cuidar do
exercício da atividade econômica organizada
de fornecimento de bens ou serviços, que é a
chamada empresa. Além disso, é importante
ressaltar que o seu objeto de estudo é resolver
os conflitos de interesses envolvendo
empresários ou relacionados às empresas que
eles exploram.
CONCEITOS DE EMPRESA E
EMPRESÁRIO
Comerciante é aquele que pratica atos de
comércio/ mercancia, de forma profissional,
habitual - art. 4º, do Código Comercial (CCom).
Podem comerciar, segundo o art. 1º, do CCom:
maiores de 21 anos, mulher casada, menor
emancipado, com autorização paterna. E são
proibidos de comerciar, conforme previsto pelo
art. 2º, do CCom: funcionários públicos, leiloeiros,
interditos e corporações de mão-morta.
CONCEITOS DE EMPRESA E
EMPRESÁRIO
A figura do empresário caracteriza-se pela iniciativa e
pelo risco do empreendimento. Pode ser empresário
comercial: individual, coletivo e pequeno/micro
empresário.
Conceitua-se empresa como sendo atividade, cuja marca
essencial é a obtenção de lucros com o oferecimento ao
mercado de bens ou serviços, gerados estes mediante a
organização dos fatores de produção (força de trabalho,
matéria-prima, capital e tecnologia).
REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE EMPRESARIAL
a) capacidade civil;
b) exercício de atos do comércio; e
c) profissão habitual.
REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE EMPRESARIAL
REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE EMPRESARIAL
Os empresários estão sujeitos, em termos gerais, às
seguintes obrigações:
a) registrar-se na Junta Comercial antes de dar
início à exploração de sua atividade;
b) manter escrituração regular de seus negócios;
c) levantar demonstrações contábeis periódicas.
ÓRGÃOS DO REGISTRO DE EMPRESA
Atualmente, o registro público de interesse para os empresários
leva a denominação de “registro de empresas mercantis e
atividades afins”, e está disciplinado pela Lei n. 8.934/94, e pelo
Dec. n. 1.800/96. Existe uma Junta Comercial em cada unidade
federativa, ou seja, uma em cada Estado e uma no Distrito Federal.
Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis serão
exercidos em todo o território nacional, de maneira uniforme,
harmônica e interdependente, pelo Sistema Nacional de Registro
de Empresas Mercantis (SINREM), composto pelos seguintes
órgãos: o Departamento Nacional de Registro de Comércio, órgão
central do SINREM, com funções supervisora, orientadora e
normativa, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo; e
as Juntas Comerciais, com órgãos locais, com funções executora e
administradora dos serviços de registro.
ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA

São três os atos compreendidos pelo


registro de empresas: a matrícula, o
arquivamento e a autenticação.
ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA

A matrícula e seu cancelamento dizem respeito a


alguns profissionais cuja atividade é, muito por
tradição, sujeita ao controle das Juntas. São os
leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes
comerciais, trapicheiros e administradores de
armazéns gerais. Estes agentes apenas exercem
suas atividades de forma regular, quando
matriculados no registro de empresas.
ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA
O arquivamento se refere à grande generalidade dos atos
levados ao registro de empresas. Assim, os de constituição,
alteração, dissolução e extinção de sociedades (não só das
empresárias, como também das cooperativas) são arquivados
na Junta. Também serão objeto de arquivamento a firma
individual (com que o empresário pessoa física explora sua
empresa), os atos relativos a consórcio e grupo de sociedades,
as autorizações de empresas estrangeiras e as declarações de
microempresa. Do mesmo modo, será arquivado qualquer
documento que, por lei, deva ser registrado pela Junta
Comercial, como, por exemplo, as atas de assembleias gerais
de sociedades anônimas.
ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA

O terceiro ato do registro de empresas é a


autenticação, relacionada aos instrumentos de
escrituração (livros contábeis, fichas, balanços e outras
demonstrações financeiras etc.) impostos por lei aos
empresários em geral.
INATIVIDADE DA EMPRESA
Trata-se da situação em que se encontra a sociedade que não solicita
arquivamento de qualquer documento, por mais de uma década.
A sistemática é a seguinte: se a sociedade empresária não praticou,
em dez anos, nenhum ato sujeito a registro, ela deve tomar a
iniciativa de comunicar à Junta a sua intenção de manter-se em
funcionamento.
EMPRESÁRIO IRREGULAR
Os empresários estão sujeitos, em termos gerais, às seguintes
obrigações: a) registrar-se na Junta Comercial antes de dar início à
exploração de sua atividade; b) manter escrituração regular de seus
negócios; c) levantar demonstrações contábeis periódicas.
São obrigações de natureza formal, mas cujo desatendimento gera
consequências sérias - em algumas hipóteses, inclusive, penais. A razão
de ser dessas formalidades, que o direito exige dos exercestes de
atividade empresarial, diz respeito ao controle da própria atividade,
que interessa não apenas aos sócios do empreendimento econômico,
mas também aos seus credores e parceiros, ao fisco e, em certa
medida, à própria comunidade. O empresário que não cumpre suas
obrigações gerais - o empresário irregular - simplesmente não consegue
entabular e desenvolver negócios com empresários regulares, vender
para a Administração Pública, contrair empréstimos bancários, impetrar
concordata etc. Sua empresa será informal, clandestina e sonegadora
de tributos.
OBRIGAÇÕES COMUNS A TODOS
OS EMPRESÁRIOS
Livros comerciais
Estabelecimento empresarial
Nome empresarial

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