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Iasmin de Paula Hsieh
2021101644
Responda às questões abaixo:
1) Antônio decide ceder gratuitamente a posse de um de seus imóveis residenciais a Carlos, seu grande amigo que vem passando por dificuldades financeiras, sem fixar prazo para a devolução do bem. Passados 5 (cinco) anos, Antônio decide notificar Carlos para que se retire do imóvel, após descobrir que estava deteriorado por puro descuido do possuidor, que não o estava conservando. Carlos realiza uma contranotificação, informando que não vai devolver o imóvel, na medida em que ainda necessita dele para sua moradia. Em razão disso, Carlos decide arbitrar o aluguel pelo uso do bem imóvel. Responda: a) Que tipo de contrato foi estabelecido entre Antônio e Carlos? Antônio e Carlos estabeleceram um contrato de comadato. O comodato é um contrato em que uma das partes (comodante) cede gratuitamente a outra (comodatário) um bem não fungível para uso temporário, com a obrigação de restituir o bem ao final do contrato. b) Há fundamento legal para Antônio cobrar aluguel de Carlos? O artigo 579 e 585 do Código Civil brasileiro regularam as deduções. Por se tratar de um contrato de comadato, o mutuário (Carlos) não precisa, em príncipio, pagar o aluguel. Porém, se ficar comprovado que Carlos causou a deterioração do imóvel ao negligenciá-lo, Antônio pode pedir indenização pelos danos, mas não é necessariamente obrigado a dar um contrato de arrendamento para uso do imóvel.
2) Cássio (mutuante), celebrou contrato de mútuo gratuito com Felipe
(mutuário), cujo objeto era a quantia de R$ 5.000,00, em 2 de outubro de 2016, pelo prazo de seis meses. Foi combinado que a entrega do dinheiro seria feita no parque da cidade. No entanto, Felipe, após receber o dinheiro, foi furtado no caminho de casa. Em 2 de abril de 2017, Cássio telefonou para Felipe para combinar o pagamento da quantia emprestada, mas este respondeu que não seria possível, em razão da perda do bem por fato alheio à sua vontade. Indignado, Cássio procura você como advogado(a) e te questiona acerca dos seus direitos em face do contrato de mútuo e da ocorrência relatada por Felipe. Que orientação você daria à Cássio? Quais são os direitos dele? Neste caso Cássio terá direito a devolução do dinheiro, ainda que a perda da coisa não tenha sido por culpa do devedor, Felipe. Aplica-se o código civil: O art. 586: O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Art. 587: Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm os riscos dela desde a tradição da coisa. Art. 591: Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os quais sob pena de redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a capitalização anual.