MRE Cap 04
MRE Cap 04
MRE Cap 04
Neste capítulo o objeto é o edifício de grande porte que caracteriza uma edificação
complexa, que deve ser representada em forma de projeto. Servirá para consolidar o
conhecimento da disciplina e direcionar estudos sequenciais acerca dos assuntos liga-
dos à produção de produtos. O foco será a documentação de decisões projetuais do
profissional em forma de projeto. Também se conhecerá o BIM, que é uma tecnologia
que revoluciona as áreas de Arquitetura, Engenharia e Construção.
No entanto, primeiramente, é pertinente fazer aqui uma relação entre os termos tra-
tados para que haja o esclarecimento de que as regras de representação não irão mu-
dar entre objetos e edificações. Muitas vezes o termo pode se referir a um objeto ou
a uma edificação. Apenas as legendas e a forma de tratamento poderão ser ajustadas
de acordo com o objeto a ser representado.
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A tabela a seguir traz um comparativo inicial para as vistas ortogonais e suas respecti-
vas abordagens. Será possível notar que as perspectivas não mudam nas duas aborda-
gens apresentadas na tabela. Vejamos:
Todos os produtos gerados pela modelagem podem servir de material para a produ-
ção de projetos. Vistas e perspectivas do objeto em forma de imagens irão compô-lo.
Claro que os vídeos serão apresentados de maneira bem específica, mas as imagens
que podem ser exportadas do modelo digital são material para a diagramação de pran-
chas de projeto.
É muito importante pensar no projeto do produto, pois o leitor precisa entender o que
se pretende com o objeto modelado. Esse leitor é seu cliente, e ele pode ser o emprei-
teiro, o profissional que vai executar uma parte do seu objeto ou outro profissional
que irá executar um projeto complementar.
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O projetista precisa produzir visualizações do seu projeto que facilitem o entendimento
do leitor. Se for necessário, gere várias perspectivas e outras vistas do seu objeto.
Escalas
As escalas são as proporções que utilizamos para representar o objeto nas imagens,
projetos e visualizações. Também é possível verificar a utilização das escalas em protó-
tipos físicos ou em modelos impressos em 3D.
O processo de modelagem virtual muitas vezes pode ser percorrido sem essa noção de
escala. No entanto, no momento de gerar as vistas ou produtos, esse conceito precisa
ser evidenciado, pois a representação não será do tamanho do objeto na realidade.
É natural fazer esse ajuste no tamanho de representação dos objetos, pois eles ora são
muito grandes, ora muito pequenos. Por exemplo, quando se desenha uma edificação
em um papel, esta precisa naturalmente ser reduzida. No entanto, quando se desenha
uma peça muito pequena, esta precisa naturalmente ser aumentada.
Objetos muito pequenos têm suas representações aumentadas pela escala de am-
pliação e objetos muitos grandes possuem suas representações diminuídas pela es-
cala de redução.
Escala gráfica.
0 1 2 4
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• Numéricas: são propriamente os números que representam a relação entre
a representação e o objeto na realidade. Elas podem ser escalas de ampliação
(1:X), redução (X:1) ou natural (1:1). A seguir, uma tabela com o resumo das esca-
las numéricas:
TAMANHO
TAMANHO
DO SEPARAÇÃO
ESCALA DA PEÇA EXEMPLO DEFINIÇÃO UTILIZADAS EM:
DESENHO : ou /
REAL = R
=D
Na representação de
A representação do
peças muito pequenas,
AMPLIAÇÃO X : 1 X:1 desenho é maior do que
peças de relógios e
a dimensão real.
eletrônicos.
A representação do
Peças e objetos que
desenho é igual à
possuem dimensões
NATURAL 1 : 1 1:1 dimensão real. Desenho
próximas à dimensão
em sua verdadeira
do papel.
grandeza.
A representação do
Mapas, plantas, foto-
REDUÇÃO 1 : X 1:X desenho é menor do
grafias.
que a dimensão real.
O objeto precisa ser visto como é necessário para o projetista, dentro do papel ou área
de apresentação disponível. Tais fatores irão direcionar a escolha da escala em cada
representação. Um projeto pode conter desenhos em diferentes escalas. Uma mesma
prancha (folha do projeto) também pode conter desenhos em diferentes escalas.
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Modelagem da Informação da Construção, Building Informa-
tion Modelling – BIM
O Building Information Modelling - BIM foi denominado no Brasil como Modelagem da
Informação da Construção e é tratado como uma tecnologia que também engloba
uma metodologia de projeto e produção, uma cultura de trabalho e outras caracte-
rísticas que envolvem a produção do produto. É fato que o BIM não é somente um
software, pois ele prescreve uma forma de trabalhar com as disciplinas, que são os
outros profissionais nas equipes multidisciplinares. Orienta-se também uma dinâmica
colaborativa nos softwares, exigindo conexões de internet e equipamentos potentes
para trabalhar com objetos multidimensionais.
Vejamos um exemplo:
Contratante
Análises do modelo ou cliente
MODELO INTEGRADO
Serviços de
manutenção Imagens do modelo
Obra
Todos os projetos para a obra e passeios virtuais
Alimenta a obra e é
alimentado por ela
Contratante ou cliente
recebe o modelo como
documentação
e referência
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O fato alentador neste sentido é a possibilidade de utilizar o BIM individualmente,
de forma pontual, em seu próprio trabalho como profissional. Claro que no exemplo
apresentado anteriormente o BIM não será totalmente implantado, mas suas vanta-
gens já poderão ser experimentadas. O profissional que deseja utilizar um software
BIM logo irá usufruir do dinamismo das ferramentas.
O projeto pode ser elaborado em uma ou mais folhas dentro dos padrões de fora da
ABNT. Essa quantidade depende de quantas representações do objeto serão apresen-
tadas no projeto. A execução seguirá as informações demonstradas e qualquer neces-
sidade de modificação deve ser informada ao projetista, detentor dos direitos autorais.
O projeto também pode ser do tipo as-built, que significa: “como construído.” Nesse
caso, é diretamente a documentação do que foi executado incluindo-se as modificações
que porventura foram aplicadas na execução, mas não foram anteriormente planejadas.
De maneira geral, todas as informações sobre o produto devem ser registradas de algu-
ma forma durante todo seu ciclo de vida. Assim, os profissionais podem acompanhar o
desenvolvimento e a utilização do produto e alimentar novos processos de projeto.
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RE SUMO
Neste capítulo vimos que os caminhos para a produção de projetos são muitos, com
várias possibilidades. Também conhecemos o BIM e quais são os desenvolvimentos
após a modelagem do objeto. O projeto também segue para produção ou execução
e servirá de documento para as fases de uso e manutenção do produto. Conseguimos
abordar a importância da documentação das informações do produto, seja na forma
de projeto ou de modelo digital.
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RE FE RÊ NCIA S