Leitura e Interpretação de Projetos

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Nível Básico

Leitura e Interpretação de Projetos

Leitura e Interpretação de Projetos


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Sumário

1 - Introdução .......................................................................................................... 05

2 - Escala ................................................................................................................ 06

3 - Projeções do Projeto Arquitetônico ................................................................... 07

4 - Representação do Projeto Arquitetônico ........................................................... 13

5 - Projeto Arquitetônico Completo ......................................................................... 17

6 - Projeto Estrutural ............................................................................................... 21

7 - Projeto de Instalação ......................................................................................... 32

Símbolos e Abreviaturas ......................................................................................... 42

Leitura e Interpretação de Projetos


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1 - Introdução

Algumas pessoas nascem com o dom de desenhar, conseguem passar para o papel sem
grande esforço, tudo aquilo que vêem ou imaginam. Outras sentem dificuldades para fa-
zer um simples traço e evitam situações que exijam esse tipo de expressão. Entretanto,
em qualquer grupo em que você se enquadre, tenho certeza de que acompanhará, com
sucesso, este curso de Leitura e Interpretação de Projetos.

Não temos a intenção de transformá-lo em um desenhista. O nosso objetivo é que, ao


final das aulas, seja capaz de ler e interpretar projetos arquitetônicos, estruturais (forma
e ferragem), bem como instalações elétricas e hidráulicas.

As aulas foram organizadas em uma seqüência, para que você comece o estudo por as-
suntos mais simples, e gradativamente vá adquirindo conhecimentos mais complexos.

Durante as aulas, vamos estudar sobre os fundamentos das representações convencio-


nais, dimensões e detalhes dos desenhos dos projetos, através do estudo das escalas.

Uma coisa muito importante que você deve ter percebido é que os projetos de arquitetura
estrutural e de instalações estão inteiramente ligados à vida cotidiana das pessoas, dire-
ta e indiretamente. Por isso, ao estudar outras disciplinas neste curso, terá a oportunida-
de de aplicar e de se aprofundar nos conhecimentos básicos dos projetos relacionados
à edificação em geral.

Inicialmente estaremos estudando os projetos de uma residência, a fim de um melhor


entendimento inicial no processo gradativo da leitura e interpretação de todos os projetos
(arquitetônico, fôrma, ferragem, elétrico e hidráulico).

É importante saber que todas as lições e exercícios podem ser utilizados em qualquer
edificação, principalmente no edifício “Vale dos Coqueiros”, que é nosso modelo para
todos as outras disciplinas.

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2 - Escala

A partir de agora, conhecerá a escala numérica, sua utilização e seu emprego em todos
os desenhos que compõem os projetos de arquitetura estrutural e de instalação.

Você pode imaginar o tamanho do papel para desenhar o edifício “Vale dos Coqueiros”
em suas dimensões reais? E o Maracanã? Impossível!

É por essa razão que você vai fazer a comparação proporcional entre as dimensões da
realidade (edificações) e dos desenhos, podendo, assim, reproduzir proporcionalmente
sua casa, o Maracanã e outras construções em forma de desenhos em uma folha de
papel ou no computador.

Você está lendo, no desenho da (figura 1), a dimensão real do comprimento desta resi-
dência, que é 800 cm, e se você quiser saber a medida utilizada para representá-la no
desenho do projeto (figura 2), basta você dividir a dimensão real (800 cm) pela escala
de redução do desenho 1:50 (lê-se: “um para cinqüenta”), ou seja, houve uma redução
de 50 vezes.

Logo, teremos: 800 cm ÷ 50 = 16 cm.

Muito bom! Você quer saber o valor da largura dessa residência? Basta você medir no
desenho do projeto (figura 2) a medida que corresponde à largura e multiplicá-la pela
escala do desenho. Medida da largura = 12 cm. Então teremos 12 cm x 50 = 600 cm de
dimensão real de largura.

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Para ajudá-lo, imagine um desenho de um projeto, cuja escala você não conhece. O que
fazer então? Deve dividir a dimensão real da residência por sua medida correspondente
no desenho.

Exemplo: 725 cm (dimensão real) ÷ 29 cm (medida correspondente no desenho) = 25,


ou seja, o desenho está na escala 1:25.

Nesses três casos, utilizamos a escala de redução e as dimensões em centímetros, para


facilitar os cálculos.

Agora você já sabe como ler e resolver problemas utilizando a escala de redução. As
escalas de redução mais comuns são 1:20; 1:25; 1:50; 1:100; 1:200; 1:500; 1:1000.

É importante salientar que utilizamos uma residência como exemplo, mas esse estudo e
colocações são necessários para qualquer edificação, inclusive para o edifício “Vale dos
Coqueiros”, a que faremos menção em nosso estudo.

3 - Projeções do Projeto Arquitetônico

Você já aprendeu como utilizar a escala de redução. Agora aprenderá a importância do


sistema de representar os desenhos do projeto, visto em dois planos: vertical e horizon-
tal, onde lemos a vista de frente, lateral e de cima, desenhadas em um único plano (folha
de papel ou tela de computador).

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Você já começou a subida para alcançar seu objetivo. Continue firme.
As vistas em planta, elevação e cortes formam os desenhos (projeções) fundamentais
em arquitetura para a definição do projeto. Por essa razão, eles têm que ser vistos, lidos
e entendidos como vistas correlacionadas.

Os planos PVF, PVL e PH são projeções (desenhos) da parte externa da edificação


(Elevações = vistas de frente e lateral. Planta = vista de cima).

Os planos PV1, PV2 e PH3 são projeções internas da edificação, sendo: PV1- vista do
corte transversal – sentido da largura; PV2 – vista do corte longitudinal, sentido do com-
primento; PH – vista de planta, de cima para baixo.

Na construção civil, principalmente nas edificações residenciais, são necessários vários


projetos, tais como arquitetônico, estrutural (fôrma e ferragem), instalações hidráulicas
e outros mais.

Você aprenderá primeiramente o projeto arquitetônico. Ele é formado por vários dese-
nhos: fachada, gradil, planta de locação, planta de cobertura, planta de situação, planta
baixa, cortes e perfis do terreno.

É importantíssimo para a leitura e interpretação dos desenhos do projeto arquitetônico


estudar antes as simbologias e convenções. Vamos a elas:

Simbologia e convenções

Você poderia imaginar a impossibilidade da leitura e interpretação de projetos se cada


arquiteto desenhasse de modo que achasse conveniente? Imagine como seria um jogo

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de futebol, onde não houvesse as regras convencionais? Provavelmente não haveria jo-
gos, somente discussões e brigas. Todos os jogadores devem jogar conforme as regras
convencionadas, e o juiz deve estar presente para fazer prevalecê-las. Da mesma forma,
acontece com a simbologia convencional no desenho de arquitetura.

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4 - Representação do Projeto Arquitetônico

Você recebe de um amigo que chegou de viagem uma fruta, que, para você, é desco-
nhecida. Como vai saber se ela é saborosa? Terá de parti-la e comê-la. Assim fazendo,
conhecerá seu sabor, bem como sua aparência interna e sua estrutura.

Para ler e interpretar um projeto, é necessário conhecer os desenhos da parte externa,


bem como da parte interna. Todos esses desenhos juntos darão uma visão geral da edi-
ficação. É o que chamamos de projeto arquitetônico.

Desenhos da parte externa : fachada, planta de Cobertura, planta de situação, planta de


locação e Gradil.
Desenhos da parte interna: planta baixa, corte longitudinal e transversal. Temos ainda as
informações e os perfis do terreno (longitudinal e transversal).

Agora você conhecerá os desenhos (projeções) da parte externa da edificação.

1º Fachada (s)

Imagine você em pé, na frente e na lateral da edificação. Você verá antecipadamente um


retrato da vista frontal e lateral da edificação que será construída, bem como os elemen-
tos utilizados no acabamento final.

Desenham-se duas ou mais fachadas quando o lote é de esquina ou quando o projeto


assim o exigir, tornando-o mais esclarecedor.

Gradil - É o desenho que mostra o fechamento ao longo da(s) via(s) de acesso, podendo
ser muro, grade ou outros tipos.

Planta de locação

Agora, imagine que você tenha ganhado o poder de voar! Lá de cima, verá a edificação,
bem como todos seus afastamentos em relação aos muros ou divisas do lote. Automa-

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ticamente você verá também o tipo de cobertura da edificação, ou seja, tipo de material
utilizado, além da declividade das águas do telhado.

Podemos encontrar, no projeto arquitetônico, a planta de locação junto com a planta da


cobertura.

Gostou de voar? Voe, portanto, mais alto e veja agora, lá de cima, a planta de situação,
a forma geométrica, as dimensões do lote em relação aos demais lotes que constituem
a quadra e as ruas que a limitam. Veja também que região (norte, sul, leste ou oeste)
estará à frente do lote.

As plantas de situação são desenhadas na escala de redução, geralmente 1:500 / 1:1000 / 1:200.

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Para continuar sua trajetória de conhecimento, instrução, atualização e conseqüente-
mente sucesso, você precisa descer novamente até a terra, e agora entrar na edificação
a fim de conhecer todos os detalhes internos para sua construção.

Para conhecer esses detalhes internos, você deve lembrar da fruta desconhecida que
ganhou do amigo. É preciso cortá-la para conhecer seu interior e suas características.

No 1º corte, você medirá verticalmente o piso da edificação 1,50m acima e fará horizon-
talmente em toda a edificação um corte imaginário. Admita e retire toda a parte acima do
corte.Olhando de cima verá:

1 - todas as divisões dos cômodos: comprimento, largura, forma geométrica, nível


e tipo de acabamento dos pisos, espessura das paredes;
2 - localização, largura e altura de portas, janelas e vãos;
3 - local e identificação do local onde a edificação será cortada para os desenhos
dos cortes verticais.

Desenho da perspectiva + Plano de corte + Resultado do corte imaginário + Planta bai-


xa

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Muito bem! Você aprendeu a ler várias informações internas desta edificação através da
planta baixa, mas existem mais algumas que você aprenderá fazendo mais dois cortes
verticais imaginários perpendiculares ao piso. Esses cortes são vistas que se obtém
cortando-se a edificação em determinados locais. Isso permitirá a leitura e interpretação
de informações e detalhes importantes, tais como: altura de peitoris, portas, telhados, pé
direito1, escadas, espessura de pisos, lajes e referências de níveis.

Fique atento: você aprendeu


sobre os desenhos relativos à
edificação, mas existe uma re-
lação bastante íntima entre a
edificação e o terreno. Por essa
razão, desenham-se, no projeto
arquitetônico, os perfis do terre-
no, para mostrar os desníveis
do terreno nos sentidos de com-
primento (longitudinal) e largura
(transversal).

1 Pé direito: altura entre piso e o nível inferior da laje

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5 - Projeto arquitetônico completo

Você está recebendo agora um projeto arquitetônico completo. Chegou a hora de o ler
e interpretá-lo.

• Planta baixa - figura 16


• Corte AB - Figura 17
• Corte CD - figura 18
• Situação - figura 19
• Perfil do terreno - Figura 22

É muito importante:

1º - identificar cada desenho e o que se pode ler nele;


2º - sempre procurar identificar cada detalhe dos desenhos, através das
simbologias e convenções;
3º - essa leitura e interpretação ficarão mais objetivas à medida que você for
fazendo os exercícios propostos.

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6 - Projeto Estrutural

Projeto de Fôrma

Você continua progredindo no objetivo de ler e interpretar os projetos da Construção


Civil.

Você já pode ler e interpretar o projeto arquitetônico. Podemos fazer uma comparação
do “Vale dos Coqueiros” com o corpo humano, ou seja, as paredes, rebocos, azulejos,
tintas e acabamentos em Geral estariam representando nossa pele e carne.

Imagine o que seria nossa pele e carne sem uma estrutura rígida que mantivesse a
forma do nosso corpo? Esta estrutura rígida do corpo é o esqueleto humano, nossos
ossos. No nosso edifício, o concreto armado é o responsável pela estrutura rígida, e está
representado pelos desenhos de fôrma e ferragem.

O sistema hidráulico está simbolizando nosso sistema sanguíneo, e o sistema nervoso


está simbolizado pelo sistema elétrico.

Estudaremos agora o projeto da estrutura rígida do edifício, que é a fôrma e ferragem. A


fôrma tem a função específica de dar ao concreto armado as dimensões e forma pedida
nos desenhos de fôrma, através da moldagem do concreto.

Os desenhos que compõem o projeto de fôrma são locação de tubulões, que mostra
as medidas entre os eixos dos tubulões, bem como os afastamentos desses eixos em
função das divisas do terreno.

Neste desenho, também podemos ler


todos os detalhes dos tubulões, tais
como:

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• cota de arrasamento = nível do término da concretagem;
• Ø B = diâmetro maior da base (a base tem o formato do tronco de cone);
• fuste = comprimento do tubulão. (cilindro com o mesmo diâmetro da base maior
do tubulão e de pouca altura);
• H = Altura da base;
• Rodapé, completando a base do tubulão. (cilindro com o mesmo diâmetro da base
maior do tubulão e de pouca altura).

Essas informações podem ser lidas no quadro abaixo do corte do tubulão.

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O segundo desenho que compõe o projeto de fôrma é o cintamento. Ele tem a função de
mostrar o sistema de ligação entre os tubulões e a estrutura do edifício (pilares), confor-
me o desenho abaixo:

Observações: Letra “T” = Tubulões


Letra “B” = Blocos
Letra “C” = Cintas

O nível superior do cintamento concretado (sem acabamento) está no nível +12 cm do


RN00 R. N. = Referência de nível. (ver esse detalhe no projeto arquitetônico).

Você pode saber, através dos desenhos de locação de tubulões e do cintamento, todos
os detalhes principais da fundação da edificação.

Para continuar sua leitura e interpretação do projeto de fôrma, estudaremos agora os


pilares, vigas e lajes. Encontraremos esses detalhes no desenho de vigamento.

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É importante que você saiba que, para obter todos os detalhes que formam esse dese-
nho, deverá imaginariamente fazer um corte horizontal a 150 cm acima do cintamento e,
se houver outros andares, fará o mesmo corte, sempre a 150 cm acima do piso, olhando
de baixo para cima. Assim verá a seção dos pilares, fundo das vigas e das lajes. Isso
não acontece com o desenho da locação dos tubulões, cintamento e plantas do projeto
arquitetônico, pois sempre o estaremos olhando de cima para baixo.

No desenho de vigamento, as cotas ou referências de nível serão representadas no nível


superior das lajes e, mesmo havendo lajes com espessuras diferenciadas, esse nível
superior é único, ficando as diferenças para o nível inferior de cada laje.

Observação: O desenho de vigamento mostra nove lajes, sendo que as lajes 1,2,3,5,6,7
e 8 terão espessuras de 8 cm. O pé direito (a medida entre o nível superior do cintamento
e o nível inferior da laje) será de 292 cm, e o nível superior da laje será + 312 cm acima
de 00.

A laje 4 terá espessura de 10 cm; pé direito, 290 cm; e nível superior da laje, + 312.

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Lembra-se daquela fruta desconhecida que ganhou? Você precisou cortá-la para conhe-
cer o seu interior, como foi feito com alguns desenhos do projeto arquitetônico (Cortes
imaginários verticais AB, CD, EF e GH).

Faremos o mesmo com alguns desenhos do projeto de fôrma, para que possa ler, in-
terpretar e saber as alturas de: blocos, cintas, pilares, vigas, lajes, pé direito e outros
detalhes importantes da fôrma.

Imagine que você esteja com um grande equipamento de raio laser, capaz de cortar, ao
mesmo tempo e verticalmente, toda a edificação (os tubulões, blocos, cintas, pilares,
vigas e lajes), dividindo a edificação em duas partes e abandonando a metade cujos
detalhes não lhe interessa.

Todos os elementos que foram cortados pelo equipamento de raio laser serão mostra-
dos com linha mais espessa, e os elementos não cortados que aparecem no corte serão
mostrados com linha média. Para as linhas de cota e indicações de pisos, a representa-
ção será com linhas finas, conforme os desenhos abaixo.
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Ferragem

Nesta aula, você conhecerá o projeto que completa os elementos do concreto para tor-
ná-lo capaz de suportar os vários esforços da estrutura (compreensão, tração, torção,
cizalhamento e flexão), que são os aços C.A. 50 e C.A. 60:

• Aço C. A. = aço para concreto armado;


• 50 = indica que cada milímetro quadrado desse tipo de aço suporta
50 Kg / F / mm² a tração.
• 60 = indica que cada milímetro quadrado desse tipo de aço suporta
60 Kg / F / mm² a tração.

Na página onde aparecem os detalhes dos tubulões - figura 30 -, você pode ler e inter-
pretar o desenho esquematizado de um tubulão, identificar todas as suas partes distintas
bem como os aços que serão utilizados neles, diâmetro do aço, comprimento para o
corte, dobras, quantidade e esquema para a montagem. Nessa montagem, é necessário
que cada aço seja identificado pelo seu diâmetro, comprimento e dobras (N), ao que
chamamos de posição. Tomemos por exemplo a primeira posição “N 1”.

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O mesmo exemplo serve para todas as posições do projeto.

Para ajudá-lo na leitura e interpretação das ferragens, devemos correlacionar o desenho


do corte do elemento estrutural. (Blocos, cintas, pilares, vigas, lajes e escadas) existente
na própria planta de ferragem, com suas respectivas ferragens e com os desenhos de
suas formas.

Cintamento:

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Blocos e pilares

Vigas

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Ferragem

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Você encontrará no quadro “lista de ferragens” a quantidade final de aço para cada
posição (N), bem como o comprimento total do aço da mesma.

No quadro “Resumo de aço”, você terá a quantidade de quilos de aço por seus diâme-
tros.

Lista de Ferragem

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Resumo e kg + 10%

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7 - Projeto de Instalação

Projeto Elétrico

A importância da eletricidade em nossas vidas é inquestionável. Ela ilumina nossos la-


res, movimenta todos os eletrodomésticos, permite o funcionamento desses aparelhos,
aquece nossos banhos e nos oferece conforto.

Mas o que você deve saber para ler e interpretar um projeto elétrico? Inicialmente deve
saber como esse projeto foi feito e, para isso, você precisa ter conhecimento de algumas
recomendações da NBR - 5410. Por exemplo, para determinar a carga de uma instala-
ção elétrica residencial, deve-se somar a carga prevista para as tomadas de corrente, a
potência das lâmpadas e dos equipamentos elétricos.

Ainda de acordo com a NBR - 5410, as tomadas de corrente deverão ser consideradas
como sendo de 100 watts, com exceção das tomadas ligadas a um circuito especial que
deverá atender cozinha, copa, área de serviço e lavanderia (com carga de 600 watts por
tomada, até 3 tomadas e 100 watts por tomadas para as excedentes).

Para tomadas de uso específico, deve-se considerar a potência normal do aparelho a


ser alimentado.

A carga de iluminação deve ser calculada de acordo com o NBR - 5413 iluminação de
interiores, mas, a título de referência, serão utilizados os valores da tabela a seguir:

É muito importante numa edificação fazer os cálculos para divisão de circuitos e seção
mínima de condutores

A norma NBR - 5410 / Instalações Elétricas de baixa tensão determina que os circuitos
elétricos de tomada, iluminação e equipamentos de corrente nominal superiores a 10
Amperes, total de 1270 watts e na tensão de 127 volts, chuveiros elétricos, fornos entre
outros, devem ter seus circuitos elétricos independentes.

Uma edificação é dividida estrategicamente em circuitos parciais para facilitar a manu-


tenção e economia. Isso é feito através da dimensão de cada circuito com o objetivo de
evitar desperdício de energia e aquecimento dos condutores. Conseqüentemente evitará
incêndio e queda da tensão pois haverá oscilações na iluminação e no funcionamento
dos aparelhos elétricos.
32 Leitura e Interpretação de Projetos
A seção mínima dos condutores deverá ser especificada de acordo com as referências
abaixo.

Você só poderá usar fios condutores de bitala inferior a 1,5 mm² em circuito de sinaliza-
ção do tipo campainha.

É no QDC (Quadro de Distribuição de Circuitos) que se encontram os dispositivos de


proteção (disjuntores). Deverá haver um condutor neutro para cada circuito, não poden-
do o neutro ser seccionado para instalação de proteção ou qualquer outro fim.

Número de tomadas por cômodo

Segundo a NBR - 5410, cada cômodo de uma residência deverá ter tantas tomadas
quanto forem necessárias para ligar os aparelhos instalados dentro do mesmo. Por
exemplo, uma sala de estar deve ter tomadas para televisor, aparelho de som, vídeo,
abajures, enceradeiras, etc. Veja abaixo, de acordo com a NBR 5410, as quantidades
mínimas estabelecidas:

• 1 tomada por cômodo para área igual, ou menor, que 6 m²;


• 1 tomada para cada 5 m ou fração de perímetro, para áreas maiores que 6 m²;
• 1 tomada para cada 3,5 m, ou fração copas, cozinhas, sendo que, acima de cada
bancada de 30 cm ou maior, deve ser prevista uma tomada;
• 1 tomada em subsolos, sótão, garagens e varandas;
• 1 tomada junto ao lavatório, em banheiros.

Símbolos e comunicações

A simbologia utilizada para projeto elétrico é normalizada pela NBR – 5444, mas existe
uma simbologia mais simplificada que utilizaremos nos nossos projetos, a qual é conhe-
cida como simbologia usual.

Então vamos ao projeto?

Pegamos uma planta baixa e, em função dessa planta, calculamos a área bem como o
perímetro dos cômodos, a iluminação e as tomadas.

Leitura e Interpretação de Projetos


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34 Leitura e Interpretação de Projetos
Observações:

• devemos separar circuito de iluminação e tomadas;


• os circuitos não deverão ser maiores que 1270 w.

Leitura e Interpretação de Projetos


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No nosso projeto, teremos um total de sete circuitos, sendo d de iluminação (fig. 56), 2 de
tomadas (fig. 55), 1 de tomadas especiais e 2 circuitos para chuveiro (fig. 54), lembrando
sempre que os circuitos não devem ter potência superior a 1270 w em 127 volts, salvo
se o aparelho sozinho já estiver em potência superior. É o caso do chuveiro, para o qual
estamos considerando uma potência de 4400 w (fig. 54).

36 Leitura e Interpretação de Projetos


Feito isso e de posse de uma planta baixa, vamos começar nosso projeto:
1 - Marcaremos o local do QDC (Quadro de distribuição de circuito), que deve ficar
mais no centro da edificação e mais perto das maiores cargas. Optaremos pela
colocação do QDC na circulação, na parede que divide com o quarto O2.
2 - Em seguida, marcaremos onde serão os pontos de tomada e interruptores.
3 - Ligaremos, com traço indicativo de eletroduto, o QDC aos pontos de luz e toma-
das.

*Eletroduto = Mangueiras ou tubo plástico utilizado para a passagem e proteção dos condutores
(fios).

Leitura e Interpretação de Projetos


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- Utilizando o mesmo eletroduto do circuito 1 e 2, passaremos os condutores do circuito
3 e 4, além de lançar outros nos lugares necessários.

- O circuito 5 – tomadas especiais: é ligado do QDC à área de serviço, que, por sua vez,
interliga a cozinha à área de serviço. Temos, no primeiro ambiente, 1 tomada de 600 w;
e, na cozinha, 2 tomadas de 600 w.

38 Leitura e Interpretação de Projetos


- O circuito 6 – chuveiro de serviço: o eletroduto sai do QDC e vai até o bombeiro de
serviço passando pela laje do corredor, seguindo através da parede que divide a sala
da área de serviço e do bombeiro de serviço.
- O circuito 7 – chuveiro social: o eletroduto sai pela parede até o local do chuveiro, sendo
isso feito para que não haja cruzamento com os eletrodutos que passam pela laje.
- Os chuveiros serão ligados em uma tensão de 220 v, devido à carga maior.
- Essa decisão de ligar os chuveiros em 220 v passa pelo tipo de fornecimento de energia
feito pela concessionária, no caso a CEMIG - Centrais Energéticos de Minas Gerais. A
empresa classifica seus consumidores residenciais de acordo com a carga instalada,
conforme determina a norma CEMIG ND-5.1:

Note-se que a tensão pode modificar de acordo com a concessionária CEMIG:


Fase e neutro = 127v = Monofásico.
Fase e fase = 127v + 127v = Bifásico 220v

Em alguns locais, poderemos ter 220 entre fase e neutro. No nosso projeto, a carga ins-
talada é de 1248 w e está classificada, de acordo a CEMIG, como sendo do tipo B, ligada
com 2 fases e um neutro. Se houver 2 fases no padrão, ligaremos os chuveiros em 220v.
Isso facilitará muito, pois nos levará a condutores mais finos.

Projeto Hidráulico
Leitura e Interpretação de Projeto Hidráulico Básico

É muito bom, ao chegar em casa, depois de um dia de trabalho, tomar um bom banho e
depois ir para a cozinha e se alimentar. Nestas e em muitas outras necessidades físicas,
estamos dependendo sempre de água potável para nossa sobrevivência e bem estar
físico.

Para usufruir desse conforto, foi necessário fazer com que a maravilhosa água chegasse
a nossa casa, ao trabalho ou a qualquer outra dependência em que estejamos, através
das instalações hidráulicas. Estas, por sua vez, exigem projetos para ser instalada.

Você estará lendo e interpretando, nesta disciplina, somente as noções básicas deste
projeto, ficando para a disciplina Sistema de Instalação Predial de Água, Esgoto e Gás,
sua complementação e aprofundamento.

Leitura e Interpretação de Projetos


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Na figura abaixo, você vê o caminho que a água faz para ser retirada da rede de distri-
buição, medida pelo hidrômetro e armazenada no reservatório. Depois você acompanha
sua descida pelo sistema de distribuição, para alimentar torneiras, chuveiros, vasos,
tanques e todos os pontos de alimentação existentes numa edificação.

É muito comum, em instalações hidráulicas dos banheiros, ao dar a descarga no vaso


sanitário, acontecer de a água que alimenta o chuveiro diminuir, o que também pode
ocorrer com a água que alimenta o reservatório. Isso acontece por falta de dimensiona-
mento da tubulação. Esse dimensionamento será visto na disciplina Sistema de Instala-
ção Predial de Água.

Na figura abaixo, temos um isométrico de um banheiro com válvula de descarga, e ali-


mentação para vaso sanitário e chuveiro, com os respectivos diâmetros dos tubos para
evitar a queda de pressão.

40 Leitura e Interpretação de Projetos


Toda a água utilizada para a descarga do vaso sanitário, chuveiro, bidê e lavatório deve
ser recolhida pela rede de esgoto sanitário, conforme retrata a figura abaixo.

Leitura e Interpretação de Projetos


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Para facilitar a leitura e interpretação de projetos hidráulicos, utilize os símbolos e abre-
viaturas do quadro abaixo.

42 Leitura e Interpretação de Projetos


Anotações

Leitura e Interpretação de Projetos


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Anotações

44 Leitura e Interpretação de Projetos

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