Ham Tudo Segundo Período

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O Suporte Básico de Vida (SBV), conhecido no Além disso, estudos mostram que a rápida

termo em inglês como Basic Life Support (BLS), é implementação do SBV também é crucial em casos
um conjunto de providências em sequência realizados de engasgamento. Segundo a Cruz Vermelha
por pessoa leiga no local, um leigo treinado (que fez Americana, cerca de 4.500 mortes por asfixia ocorrem
um curso de resgate), profissionais de saúde e/ou anualmente nos Estados Unidos. Sendo a principal
resgate, que visam dar o primeiro atendimento com causa, a obstrução das vias respiratórias. O
suporte básico de vida à vítima até a chegada do reconhecimento precoce do engasgamento e a
suporte avançado de vida. aplicação de manobras de desobstrução das vias
aéreas, como a Manobra de Heimlich, podem salvar
vidas e prevenir danos cerebrais irreversíveis.

O SBV é essencial até a chegada do serviço


médico de emergência profissional, que fará o
transporte até um hospital. A missão principal é
manter a pressão de perfusão cerebral ou pressão de
perfusão coronária com intuito de restabelecer um
retorno de circulação espontâneo mantendo oxigênio
no cérebro até atendimento especializado.
*Sequência do SBV em adultos

No atendimento à pessoa em PCR (sem pulso


central, respiração e responsividade), o
mnemônico CAB ou CABD descreve a ordem das
intervenções. Essas medidas visam a restabelecer o
quanto antes a circulação espontânea, a perfusão
dos órgãos vitais e a chegada da equipe de
ressuscitação. Vejamos:

1. C – (check) Checagem: Checar a


segurança do local, checar a
responsividade da vítima, checar o pulso e
a respiração, chamar por ajuda e iniciar as
A American Heart Association (Associação compressões. As compressões devem ser
Americana do Coração) estima que cerca de 350.000 feitas em ciclos de 30 compressões,
paradas cardíacas ocorrem fora dos hospitais todos intercalados com a ventilação, ou contínuas,
os anos nos Estados Unidos. Dessas ocorrências, na frequência de 100 a 120 compressões por
cerca de 90% são fatais. No entanto, o fornecimento minuto, com uma profundidade de em média
imediato de Suporte Básico de Vida, principalmente a 5cm, permitindo o retorno do tórax após cada
realização de compressões torácicas, pode dobrar ou compressão. O socorrista que está realizando
até mesmo triplicar a taxa de sobrevivência das a compressão deve ser substituído a cada
vítimas. dois minutos ou antes, se houver cansaço; No

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
caso de 1 ou dois socorristas 30: As manobras de ressuscitação cardiopulmonar
compressões. podem ser interrompidas por exaustão dos
2. A – (airway) Abertura da via Aérea: socorristas, se a cena se tornar insegura, se o
A abertura da via aérea pode ser feita com a paciente acordar, tossir ou houver retorno da
inclinação da cabeça para trás e elevação do circulação espontânea.
queixo (manobra de Chin-Lift) ou com a
anteriorização da mandíbula (manobra de -Situações em que as medidas de SBV não
Jaw-Thrust). estão indicadas
3. B – (breath) ventilação: A oferta da
ventilação pode ser feita utilizando um Em algumas situações, não é indicado realizar
dispositivo bolsa-válvula-máscara (ambu) ou as medidas de SBV, como:
uma máscara de bolso (pocket-mask), na
frequência de 2 ventilações a cada 30  Em caso de cena insegura para o socorrista,
compressões. É importante observar se como área com risco de desmoronamento, fiação
durante a ventilação existem sinais de elétrica exposta, rua onde não seja possível
permeabilidade aérea, como a interromper o fluxo de carros, dentre outras. Se
expansibilidade torácica ou abdominal durante não for possível modificar a cena de modo a
a ventilação. Caso o socorrista não se sinta garantir segurança para o socorrista, as equipes
seguro para realizar a ventilação, a prioridade de resgate e salvamento devem ser acionadas
é a compressão de alta qualidade. na tentativa de socorrer as vítimas.
4. D – Desfibrilação: o uso de um DEA  Em caso de vítima carbonizada, decapitada,
ajuda o socorrista a identificar se a vítima está em rigor mortis ou com grande evisceração.
em PCR, se é um ritmo chocável e, quando é  Em pessoas que apresentam consciência
o caso, aplica o choque na tentativa de preservada ou respondem aos estímulos.
reverter a PCR.
-Quando suspeitar ou critérios de inclusão:

O reconhecimento da parada cardiorrespiratório


(PCR) baseia-se na tríade: inconsciência, ausência
de respiração e ausência de pulso central.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
• Solicitar o DEA (presente na unidade) e pedir
ajuda (Nessas situaçoões é importante ainda
denominar especificamente uma pessoa e não
generalizar, por exemplo: ao invés de "chamem
ajuda", "Você de blusa laranja, LIGUE para o 192 -
SAMU) O eletrodo direito deve ser posicionado
embaixo da clavícula da vítima, enquanto o esquerdo
deve ser aderido abaixo do mamilo esquerdo.

-EXEMPLO: Um estudante de medicina está


estagiando em uma Unidade Básica de Saúde,
quando alguém informa que uma pessoa caiu. Ao
chegar ao local, o estudante encontra um homem
de 60 anos de idade, caído em decúbito dorsal,
apresentando uma Parada Cardiorrespiratória
(PCR). A UBS está equipada com um telefone,
Pocket-Mask, e um desfibrilador externo
automático (DEA), além de alguns anti-
hipertensivos e analgésicos comuns de uso oral.
Na unidade, o estudante tem a presença de um
enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, dois
agentes comunitários de saúde e um
recepcionista. Descreva detalhadamente como
você reconheceria a PCR e a sequência de
atendimento até a chegada do suporte avançado
• Verificar a respiração e checar pulso carotídeo
de vida; de acordo com a situação descrita.
simultaneamente (em 5 a 10 segundos)
PASSO A PASSO QUESTÃO N1:

• Checar a segurança do local;

• Avaliar a responsividade da vitima, chamando-a


e tocando-a nos ombros;

•⁠ Iniciar ciclos de 30 compressões e 2


ventilações com uso da pocket-mask. Cerca de 5
cm e permitindo a volta. Região hipotenar das
mãos apoiada na região intermamilar do paciente
(terço inferior esterno)

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
•⁠ Troca de funções a cada 5 ciclos ou 2 minutos Existem vários modelos de DEA (Desfibrilador
Externo Automático), mas eles possuem dispositivos
•⁠ Chegada do DEA : ligue o DEA, conectar as padronizados para facilitar o manuseio. Para operar o
pás ao tórax desnudo da vítima aparelho, basta seguir as seguintes etapas:

•⁠ Seguir os passos do DEA e analisar o ritmo 1- Ligue o DEA


cardíaco:
Após pressionar o botão de ON/OFF, escute as
•⁠ Se ritmo chocável, carregar e administrar o
instruções em português que serão feitas pelo
choque.
aparelho e siga elas na ordem e momento indicados.
•⁠ Se não ritmo chocável, reiniciar RCP
2- Instale os eletrodos no tórax
•⁠ ⁠ Reiniciar RCP, iniciados pelas compressões
torácicas, 30 compressões e 2 ventilações por 2
minutos

Em pacientes sem trauma, inconscientes ou com


rebaixamento do nível de consciência, devem ser
abertas as vias aéreas com a inclinação da cabeça,
com deslocamento anterior da mandíbula (elevação
do queixo e, quando necessário, tração da mandíbula)
(BRASIL, 2009; CALDAS Jr.; MACHIAVELLI, 2013).

Em vítimas de trauma com suspeita de lesão


cervical, deve ser realizada a abertura das vias
aéreas com imobilização manual da coluna cervical
por meio da manobra de elevação do mento,
chamada de Chin-Lift, para reposicionamento da
língua e manobra de tração da mandíbula, sem
inclinação da cabeça, chamada de Jaw Thrust, para
abertura da cavidade oral (ATLS, 2012; CALDAS Jr.; Quando o aparelho indicar a necessidade de
MACHIAVELLI, 2013; FREITAS, 2002). Lembrar da posicionar os eletrodos, siga as instruções de onde
proteção das vias aéreas. devem ser colocados. A maior parte dos DEAs
possuem um desenho explicativo no próprio eletrodo
que resume a seguinte posição:

 Eletrodo do lado direito do


paciente: precisa ser colado abaixo da
clavícula, na linha hemiclavicular.
 Eletrodo do lado esquerdo do
paciente: deve ser posicionado nas últimas
costelas, na linha hemiaxilar (abaixo do mamilo
esquerdo).

O posicionamento é feito dessa forma porque o


choque deve passar por dentro do tórax para atingir
um maior número de fibras cardíacas. O objetivo é
causar uma “pane” no coração que não está batendo
direito, para que ele possa então ser “resetado” /
“zerado”, na possibilidade de ser reiniciado e
funcionar de forma organizada.

-4 etapas do Desfibrilador Externo Automático


3- Analise o ritmo

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
O aparelho irá pedir para que seja instalado o
cabo no DEA, na luz que está piscando. Nesse
momento será feita a análise do ritmo e o aparelho irá
decidir se ele é chocável ou não. Não sendo chocável,
continuamos com as compressões, pois ele está em
uma parada cardíaca por assistolia ou AESP
(Atividade Elétrica Sem Pulso).

1- Homens com excesso de pelo no tórax

Nessa situação, os eletrodos colam nos pelos e


não na pele. Por isso, o aparelho não tem uma
aderência suficiente para fazer a análise do ritmo e o
4- Deflagre o choque choque não é deflagrado. É preciso raspar a área
para depois posicionar os eletrodos.
Antes de deflagrar o choque, de acordo com o
direcionamento do aparelho, dê a ordem para que os 2- Pacientes que usam marca-passo
presentes se afastem e certifique-se de que não há
ninguém próximo e principalmente encostando no
aparelho ou paciente. Deflagre o choque e comece Não podemos colar o eletrodo em cima do
imediatamente depois a fazer a compressão cardíaca marca-passo, pois ele pode interferir a ação do DEA.
para que o coração comece a ter novamente a sístole
e diástole fisiológica. 3- Pessoas com medicamentos em adesivo

Não podemos colar os eletrodos em cima de


medicamentos adesivos, como os de nicotina ou
anticoncepcional. É preciso retirá-los para então
seguir com o procedimento.

4- Paciente submerso ou molhado

Se o paciente estiver com o tórax molhado, é


preciso secar a área em que será colocado o eletrodo.
Caso esteja submerso, o posicionamento do aparelho
A cada dois minutos, ele irá analisar o ritmo só é permitido após a retirada do paciente do local.
novamente e informar qual deve ser a próxima ação. Na água o choque irá dissipar, não indo para as fibras
O DEA deve ser mantido no paciente até a chegada cardíacas.
do Suporte Avançado de Vida.
5- Crianças
-5 situações especiais no uso do DEA
Acima de 8 anos o paciente é considerado como
Apesar da facilidade de operar o Desfibrilador um adulto e pode usar o aparelho. Abaixo disso, ele é
Externo Automático, existem casos que demandam atendido como criança em relação à desfibrilação. O
conhecimentos específicos de profissionais e leigos. DEA sempre possui eletrodos que são específicos
Conheça cinco deles: para crianças, um botão de seleção da idade ou um

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
atenuador de carga, que garante que a distribuição
elétrica será somente a necessária. *SBV em Crianças:

A frequência cardíaca nas crianças é mais


elevada que nos adultos e a manutenção de uma
circulação adequada está muito dependente da
frequência cardíaca, isto é, só pelo fato de apresentar
uma frequência cardíaca baixa a criança pode
apresentar sinais de insuficiência circulatória. Como
veremos mais adiante, face a uma frequência
cardíaca baixa e sinais de má perfusão periférica
é necessáio tratar como se de ausência de sinais de
circulação.

Se a criança ou bebê estiver com menos de 60


batimentos por minuto com sinais de
hipoperfusão, isso significa que ele/ela está em PCR
e temos que fazer a RCP. Ou seja, ao checar o pulso
da criança ou bebê e perceber que esse paciente
está arroxeado e com sinal de hipoperfusão, atenda-o
com a RCP.

Uma criança está com PCR quando: pulso


inferior a 60bpm, não apresenta pulso ou respiração
ou respiração agônica.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
1. Como em qualquer outra situação, deve começar 4. Deve-se checar o pulso e respiração em 10s
por avaliar as condiçõs de segurança do local simultaneamente. O pulso pode ser aferido
antes de abordar a criança. em bebês de até 1 ano na artéria Braquial. Em
adultos e crianças maiores, o pulso pode ser
aferido na artéria carótida ou na femoral.

2. Avaliar a responsividade:
Depois de assegurar que estão garantidas as
condições de segurança, aproxime-se da criança
e avalie se esta responde, perguntando em voz
alta: Está bem? enquanto a estimula batendo
nos ombros Tratando-se de um bebê (até 1 ano
- Recém-nascidos e lactentes) estimule-a
mexendo nas mãos e/ou nos pés ao mesmo
tempo que chama em voz alta.

Para verificar se ventilação normalmente deve


manter a permeabilidade da via aérea, aproximar a
sua face da face da criança olhando para o tórax.

 VER - se existem movimentos torácicos;


 OUVIR - se existem ruídos de saída de ar pela
boca ou nariz da vítima;
 SENTIR - na sua face se há saída de ar pela
3. 192 - Deve-se chamar por ajuda e solicitar o boca ou nariz da vítima;
DEA, designando alguém caso esteja próximo
para ligar para o serviço de emergência. As Deverá Ver, Ouvir e Sentir (VOS) até 10
pás podem ser posicionadas no tórax e nas segundos. Observando pulso simultaneamente.
costas.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
abertas, realizar tração da mandíbula ou elevar o
mento). Em caso de 2 socorristas, 15:2.

Bebê ou criança não respira ou apresenta


Gasping e pulso palpável - ventilação de resgate
(1 a cada 2/3 segundos)

No caso de bebês menores de 1 ano e


lactentes, as compressões podem ser feitas com
dois dedos ou com dois polegares. Crianças
maiores com 1 mão ou 2.

Com a chegada do DEA ele deve ser


imediatamente ser colocado sentido anteroapical
(pás pediátricas) ou anteroposterior (na ausência
de pás pediátricas). Se chocável o ritmo, ele irá
desfibrilar. Após isso, continua-se os ciclos de
compressões

*Ouça. Se o bebê respira normalmente e não há Continue fazendo os ciclos até que o serviço
evidência de trauma, coloque-a em posição de de urgência chegue ao local ou se o paciente
recuperação, peça ajuda e reavalie periodicamente se voltar a ter pulso e respiração, continua-se
mantém ventilação adequada. monitorando (decúbito lateral)(pode-se fazer
ventilação de resgate)

Deve-se iniciar as compressões em uma


frequência 30:2 ventilações em uma frequência de
100 a 120 bpm. Para fazer as ventilações, utiliza-
se a pocket máscara infantil ou pode utilizar a
pocket de adulto invertida (também pode ser feita
com ambu) caso não haja, a prioridade são as
compressões. Em média 1s cada ventilação (IVAS

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Obstrução de Vias Aéreas por Corpo
Estranho em Adultos

-Quando suspeitar?

Vítimas com obstrução da via aérea, se não


forem socorridas a tempo, podem evoluir para
uma PCR. Existe um procedimento, chamado
manobra de Heimlich, que qualquer pessoa pode
fazer na tentativa de retirar o corpo estranho de uma
vítima de engasgo. Para isto, o socorrista deverá
estar treinado e identificar os sinais de engasgo.

*Conduta Engasgo
A obstrução das vias aéreas por corpos A obstrução no adulto geralmente se apresenta
estranhos (OVACE) consiste na obstrução de vias como um quadro agudo com sintomas variados diante
aéreas causada por aspiração de corpo estranho, do grau de obstrução, bem como da localização e do
geralmente localizado na laringe ou traqueia. Essa período de tempo em que o corpo estranho está nas
condição pode ser um evento potencialmente fatal. vias aéreas. Durante a avaliação clínica, o paciente
Ela é mais comum em crianças do que em adultos, pode encontrar-se com as mãos no
sendo relados 80% dos casos em paciente menores pescoço tossindo, agitado, com dificuldade de
de 15 anos e os 20% restantes em maiores de 15 respirar e cianose, sinais sugestivos de
anos, segundo dados do Conselho de Segurança sufocamento. Algumas vezes, o paciente pode
Nacional.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
apresentar-se com sons respiratórios agudos (sibilo como uma válvula que permanece aberta para
ou estridor) ou ausência de som. permitir a chegada do ar aos pulmões e se fecha
quando engolimos algo, isso para bloquear a
passagem do alimento para os pulmões e encaminhá-
lo ao estômago. O engasgo é considerado uma
emergência, e em casos graves, pode levar a pessoa
à morte por asfixia ou deixá-la inconsciente por um
tempo. Sendo assim, agir rapidamente evita
complicações.

-Como agir em caso de engasgo por corpo


estranho:

*Manobra de Heimlich

Posicione-se por trás e enlace a vítima com os


braços ao redor do abdome (se for uma criança,
-Como avaliar a gravidade? ajoelhe-se primeiro), caso ela esteja consciente. Uma
das mãos permanece fechada sobre a chamada
Diante um paciente com quadro de OVACE, o “boca do estômago” (região epigástrica). A outra mão
socorrista deve estabelecer o grau de obstrução do comprime a primeira, ao mesmo tempo em que
paciente, a partir da avaliação clínica inicial. Isso empurra a “boca do estômago” para dentro e para
permitirá com que seja estabelecida a conduta cima, como se quisesse levantar a vítima do chão.
apropriada para cada caso. Faça movimentos de compressão para dentro e para
cima (como uma letra “J”), até que a vítima elimine o
Os casos leves são aqueles em que o paciente corpo estranho.
encontra-se com uma obstrução parcial da via aérea,
responde aos comandos do socorrista, tosse e está
com a respiração preservada. Já nos quadros
mais graves, a vítima, consciente ou inconsciente,
apresenta uma obstrução total da via aérea, não
conseguindo falar ou tossir, além de apresentar
ruídos na respiração.

*Manobras de abertura IVAS em pacientes com


PCR:

O engasgo é uma manifestação do organismo


para expelir alimento ou objeto que toma um
“caminho errado”, durante a deglutição (ato de
engolir). Na parte superior da laringe localiza-se a
epiglote, uma estrutura composta de tecido
cartilaginoso, localizada atrás da língua. Funciona

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
baixa que o restante do seu corpo, pois pela
gravidade, favorece a saída do corpo estranho. Vire o
bebê de barriga para cima em seu braço e efetue
mais cinco compressões sobre o esterno (osso que
divide o peito ao meio), na altura dos mamilos. Tente
visualizar o corpo estranho e retirá-lo da boca
delicadamente. Se não conseguir, repita as
compressões até a chegada a um serviço de
emergência (pronto socorro ou hospital). Esses
procedimentos são válidos somente se a criança ou o
adulto engasgado estiverem conscientes. Vítimas
inconscientes precisam de atendimento hospitalar
rapidamente e realização de RCP. Os primeiros
socorros para asfixia ou engasgo devem ser tomados
até que seja possível o atendimento especializado.

-Como agir em caso de engasgo em bebês


e crianças:

*Em crianças maiores pode ser feita ajoelhado


ou colocar a criança sobre uma cadeira. Coloque o
bebê de bruços em cima do seu braço e faça cinco
compressões entre as escápulas (no meio das costas)
- é importante que a cabeça do bebê esteja mais

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Escala de Coma de Glasgow:
A Escala de Coma de Glasgow é um
instrumento utilizado na avaliação neurológica no
TCE para determinar o nível de consciência e
detectar precocemente alterações oculares, verbais e
motoras. Possibilita a avaliação objetiva da função
cerebral, principalmente em avaliações neurológicas
seriadas (BRASIL, 2016).
Resposta verbal

Na Escala de Coma de Glasgow (GCS), a


resposta verbal é um dos três componentes avaliados
para medir o nível de consciência de uma pessoa que
sofreu uma lesão cerebral. Essa parte da escala
avalia a capacidade do paciente de se comunicar
verbalmente.

-Existem cinco categorias principais para pontuar a


resposta verbal:

Na escala original, a análise da gravidade do


comprometimento neurológico era baseada em três
critérios:

 Abertura ocular *Resposta motora


 Resposta verbal
 Resposta motora A resposta motora é um dos três componentes
utilizados para avaliar o nível de consciência em uma
Os quais são pontuados individualmente e sua pessoa que sofreu uma lesão cerebral.
soma varia de 03 a 15, caracterizando o paciente com
lesão leve, moderada ou grave. Em 2018, houve uma -Essa parte da escala analisa a resposta do paciente
atualização com a inclusão da avaliação da a estímulos motores específicos. Existem seis
reatividade pupilar, podendo agora variar de 01 a 15 categorias principais para pontuar a resposta motora:
(GLASGOW-P). Além disso, algumas nomenclaturas
foram alteradas para simplificar sua aplicação. *Avaliação da reatividade pupilar

-Escala de coma de glasgow: abertura ocular A avaliação da reatividade pupilar é uma parte
importante do exame neurológico e é frequentemente
A abertura ocular refere-se à resposta do realizada para avaliar a função do sistema nervoso
paciente à estimulação visual ou ao ambiente. autônomo e a integridade cerebral.
Existem quatro categorias principais para pontuar a
abertura ocular na Escala de Glasgow:

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Diferença flexão normal e anormal:

A avaliação da reatividade pupilar geralmente


envolve a exposição da luz diretamente nas pupilas e
a observação da resposta das pupilas a essa luz.
Suspenda cuidadosamente as pálpebras do paciente
e direcione um foco de luz para os seus olhos.
Registre a nota correspondente à reação ao estímulo
(MIOSE). Esse valor será subtraído da nota obtida
anteriormente, gerando um resultando final mais
preciso.

É preciso marcar “NT” na pontuação caso não


seja possível obter resposta do paciente por
conta de alguma limitação!

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
EXEMPLO: Um idoso de 66 anos de idade, foi vítima “Considerando seu estado atual, e considerando a
de acidente com moto em zona rural. O Serviço de data do início da doença, você está piorando,
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado melhorando ou continua igual?”
e ao chegar ao local do acidente, o socorrista FUNÇÃO CORTICAL SUPERIOR (FUNÇÃO
encontrou paciente com rebaixamento do nível de COGNITIVA)
consciência apresentando as seguintes respostas
frente aos estímulos feitos pelo socorrista:

 abertura ocular ausente.


 localização e retirada da mão do socorrista
quando este causou estímulo doloroso.
 emissão de sons incompreensíveis durante a
estimulação dolorosa.
 ambas as pupilas fotorreativas.

-Qual o número de pontos na Escala de Glasgow do


paciente?

 abertura ocular ausente = 1 ponto


 localização e retirada da mão do socorrista
quando este causou estímulo doloroso = 5 - Nível de consciência: alerta, confuso, sonolento,
pontos torporoso, comatoso;
 emissão de sons incompreensíveis durante a -Orientação pessoal, tempo e espaço
estimulação dolorosa = 2 pontos - Atenção e concentração
 Ambas pupilas fotorreativas= -0 pontos -Estado de espírito e afeto
-Julgamento
RESPOSTA= 1+5+ 2 = Total 8 pontos. -Memória
-Linguagem e fala (afasia, disfasia, disartria, etc.)

Semiologia Sistema Nervoso *Afasia: A afasia é uma disfunção da linguagem,


Revisão Anamnese
indicando um problema no cérebro que afeta a
compreensão, reflexão e a capacidade de se lembrar
das palavras.
ANAMNESE – Sempre ouvir atentamente ao paciente
e às suas queixas! *Disfasia: O termo “afasia” quer dizer que houve
ruptura total da capacidade de compreensão e
Quem é o paciente? Identificação, idade, sexo, formação de linguagem. Já a disfasia é uma
raça, ascendência, profissão, contatos ambientais, anormalidade na capacidade de compreensão, sem
procedência, etc. um dano completo.

 Queixa Principal, Época em que iniciaram os *Disartria: A disartria é a perda da capacidade de


sintomas 1 semana; 6 meses; 2 anos. articular as palavras de forma normal. A fala pode
 Modo de início e evolução cronológica: agudo ser espasmódica, com a respiração interrompida,
(minutos, horas) – doença vascular, causas irregular, imprecisa ou monótona, mas as pessoas
infecciosas (meningite bacteriana por exemplo); podem compreender a linguagem e usá-la
subagudo (dias ou 1 semana) – doença. corretamente.
inflamatória ou tóxica; de evolução gradual e
progressiva: simétrica – doença.
degenerativa; assimétrica – doença expansiva *Agnosia: perda da capacidade de reconhecimento
em surtos, com períodos de melhora e piora – (Gr. Gnosis =conhecimento)
Esclerose Múltipla acessos paroxísticos, de curta
duração, com intervalos longos de normalidade, *Agnosia visual: “enxerga, mas não vê” Não
e que se repetem periodicamente – Epilepsia, reconhecem objetos mesmo que possam vê-los.
relação causa-efeito – traumas cranio-encefálicos
e raquimedulares. (exemplos). *Apraxia: perda da atividade gestual consciente e
intencional, falta decodificação da sequência do

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
movimento, na ausência de qualquer alteração de no chão com a ponta do pé, como se estivesse
força e sensibilidade (Gr. Praxis = ação) escavando o solo. O problema ocorre por lesões
A apraxia é a incapacidade para realizar tarefas que no nervo fibular, nos nervos periféricos,
exijam recordar padrões ou sequências de movimento. radiculites, polineurites e poliomielites, que
impede a dorsiflexão dos pés.
*Exame de Marcha:

*Observa-se o paciente desde quando ele entra no


consultório. Sempre que possível também,
solicitamos ao paciente para realizar alguns passos
sem o controle visual.
 Marcha atáxica cerebelar (“marcha

*Marchas Neurológicas: ebriosa”): lembra indivíduo em estado de


embriaguez alcoólica – distúrbio cerebelar. A
região cerebelar ligada ao equilíbrio dinâmico
 Marcha espástica ou Espasmódica: (marcha) é o córtex do vérmis, e também regiões
hipertonia da musculatura extensora e as pernas paleocerebelares correspondentes aos MMII do
se cruzam uma na frente da outra, os pés se homúnculo paleocerebelar.
arrastam quando o paciente tenta caminhar –
lesão piramidal (epasticidade aumenta); pode ser
unilateral ou bilateral.

 Marcha atáxica sensitiva: lesões no sistema


lemniscal, sendo as mais frequentes aquelas
Marcha escarvante: Também conhecida
afecções que se localizam nos funículos

posteriores da medula (Mielinólise Funicular).
como equina ou neuropática. Paralisia da Semelhante à marcha cerebelar (insegura e
musculatura dorsiflexora dos artelhos e pé, titubeante), entretanto, esta é rigorosa.
inervada pelo fibular; pode ser unilateral ou fiscalizada pelo olhar.
bilateral. Esta marcha se caracteriza pelo toque

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
membro superior fletido em 90° no cotovelo e em
adução e a mão fechada em leve pronação. O
membro inferior do mesmo lado é espástico, e o
joelho não flexiona, por isso, a perna se arrasta
descrevendo um semicírculo quando o paciente troca
*Marcha petit-pas: idosos portadores de
o passo. Ocorre na hemiplegia (doença vascular
encefálica).
arteriosclerose cerebral generalizada, paralisia
pseudobulbar, atrofia cortical da senilidade.
Caracterizada pelo paciente. dar passos muito curtos
e arrastar os pés como se estivesse dançando
“marchinha”.

*Marcha parkinsoniana: Na marcha vagarosa


do paciente parkinsoniano, o doente anda como um *Marcha anserina: Caracterizada pela
bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos acentuação da lordose lombar e inclinação do tronco
braços. Postura encurvada, cabeça inclinada para ora para direita, ora para a esquerda, alternadamente,
frente e os passos miúdos e rápidos, dando a realizando uma rotação exagerada do quadril.
impressão de que o doente vai cair para frente. Encontrada em doenças musculares e traduz
diminuição da força dos músculos. pélvicos e das
coxas. Assemelha-se ao andar de um pato.

*Marcha tabética: Para se locomover, o paciente


mantém o olhar fixo no chão; os MMII são levantados
abrupta e explosivamente e, ao serem recolocados no
chão, os calcanhares tocam o solo pesadamente.
Com olhos fechados, a marcha piora ou é impossível.
*Marcha helicópode, ceifante ou Indica a perda da sensibilidade proprioceptiva por
lesão do cordão posterior da medula (tabes dorsalis –
hemiplégica: Ao andar, o paciente mantém um neurolues).

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Na semiologia do sistema Nervoso, também
avaliamos o equilíbrio ESTÁTICO E DINÂMICO
Solicitar ao paciente para assumir a posição ereta,
com os pés juntos e olhos abertos. O examinador
deverá estar ao lado ou atrás do paciente, visto que
caso o paciente desequilibre, a queda seja evitada.
Pequenas oscilações podem surgir e frequentemente
não são patológicas. É importante também verificar
se o paciente está utilizando o controle visual, se
“precisa enxergar o piso” para manter-se de pé.
Dessa forma, na avaliação do equilíbrio, pedimos ao
paciente que feche os olhos ao caminhar ou quando
está estático.
*Marcha vestibular: Há lateropulsão ao andar. Se houver perda de equilíbrio, as informações
Indicativo de Lesão no labirinto. sobre a posição das pernas podem não estar
chegando ao cérebro, geralmente porque os nervos
*Marcha claudicante: O paciente manca para um
ou a medula espinhal têm alguma lesão. Alterações
do equilíbro já podem ser sugeridas pelo exame da
dos lados. Ocorre na DAOP (Doença Arterial marcha.
Obstrutiva Periférica) e em lesões do aparelho
locomotor.
*Teste de Romberg:

O Teste de Romberg é utilizado para avaliar


possíveis alterações de equilíbrio estático dos
indivíduos. Essas disfunções correlacionam-se a
alguma condição neurológica.

É preciso que o paciente se mantenha em tal


posição durante cerca de dois minutos. No primeiro
minuto, ele ficará com os olhos abertos para
avaliação do equilíbrio com o auxílio da visão.
Posteriormente, orienta-se que ele feche os olhos, por
mais um minuto, para observação do equilíbrio sem o
auxílio da visão. Nesse ínterim, o médico se
posicionará sempre ao lado do paciente, caso haja
perda de equilíbrio.

O tipo da queda, mais especificamente, acusa


*Equilíbrio intercorrências diferentes, por exemplo, quedas
laterais podem ser indícios de lesões labirínticas

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
periféricas (paciente caiu para o lado direito - lesão oposição aos mesmos, comparando os dimídios,
lado ipsilateral), já quedas para trás podem indicar avaliando a força de cada movimento. Como se
lesões centrais. Essas alterações, por sua vez, estão trata de uma avaliação comparativa, a
relacionadas diretamente à coluna dorsal da medula experiência do examinador auxilia em um exame
espinhal. fidedigno. Deve-se fazer uma avaliação individual
dos movimentos com os grupos musculares:
Além disso, é possível sensibilizar o teste através
do RombergTandem ou Romberg Sensibilizado.
Essa prova é feita pedindo para o paciente colocar
um pé à frente do outro, a fim de diminuir ainda mais
a sua base. A pessoa deve permanecer nessa
posição por pelo menos 30 segundos de olhos
abertos, e 30 segundos de olhos fechados. Este teste
afere a função proprioceptiva com e sem a função
visual.

Para o teste ser positivo basta que o paciente


tenha uma latência para um dos lados,
indicando disfunção vestibular homolateral.

Prova de Romberg Positiva: oscilações do corpo, Flexão, extensão, abdução e adução contra a
desequilíbrio e tendência a queda. gravidade e a favor da gravidade.

-Ou podemos utilizar as chamadas provas deficitárias:


Prova de Romberg Negativa: nada se observa ou
pequeno desequilíbrio.
*Manobra de Mingazzini, semiotécnica:
Paciente de olhos fechados, estende os braços e/ou
 Síndrome cerebelar axial: alterações no pernas e os mantém estendidos em pronação por 30
equilíbrio ocorrem mesmo com controle visual, e segundos.
para manter-se de pé, o paciente alarga sua
base de sustentação (MMII afastados) e exibe
oscilações do tronco. Em muitos casos de ataxia
cerebelar axial, o paciente possui incapacidade
da marcha (abasia), o mesmo ocorrendo com o
equilíbrio (astasia).
 Mielinólise funicular: lesões dos funículos
posteriores da medula. Alterações já na marcha.
Embora demonstre instabilidade, é capaz de ficar
em pé desde que haja controle visual. Logo após
fechar os olhos, as oscilações aumentam e a
queda é inevitável (Sinal de Romberg Positivo).
 Lesão labiríntica: lesão do n. vestibular. Tanto a
marcha como o equilíbrio apresentam desvios A prova será deficitária (positiva) caso o membro
sempre para um lado. superior caia.

A manobra de Mingazzini pode ser realizada nos


*Motricidade Voluntária membros inferiores: o paciente fica em decúbito
dorsal, com os olhos fechados e com as pernas em
posição ginecológica (90/90), deve-se manter-se na
A avaliação da força muscular analisa a
posição por 30 segundos.
capacidade do paciente de movimentar
voluntariamente o sistema osteoarticular por meio dos
músculos. A escala mais utilizada é a do Medical
Research Council, listada abaixo.

1. Semiotécnica: o paciente realiza movimentos da


motricidade voluntária, e o examinador faz

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*3 - movimentos somente contra a força da gravidade
*Prova de Barré, semiotécnica: Paciente em *4 - movimentos contra gravidade e resistência, mas
decúbito ventral com as pernas flexionadas em 45º, sub-normal
manter-se na posição por 30 segundos. *5 - força normal.

*Coordenação Motora
Quando examinamos a marcha, o equilíbrio e a
motricidade voluntária, já é possível detectar
distúrbios da coordenação (ataxias).

*Manobra calcanhar-joelho – MMII: paciente em


decúbito dorsal, solicita-se que encoste o calcanhar
Direito sobre o joelho Esquerdo e, em sequência,
deslizar o calcanhar sobre a crista da tíbia. Realizar
em 2 etapas: inicialmente com olhos abertos e depois
sem controle visual. Assim, constataremos se a ataxia
é cerebelar ou sensitiva (neste último, ocorre
acentuamento pronunciado dos erros ao abolir o
controle visual). Pode ser uni ou bilateral, simétrica ou
*Prova da queda do membro inferior em abdução assimétrica.

 Sinal da pronação
Sinal do quinto dedo O SQD é examinado
postando-se de frente para o paciente e solicitando *Manobra índex-nariz– MMSS: Membro
que o mesmo com os olhos fechados estenda os
Superior em total abdução, e com indicador em
braços e dedos para frente com as palmas voltadas
extensão, tocar a ponta do indicador na ponta do
para baixo. O sinal está presente quando o quinto
próprio nariz. Com e sem controle visual. Testar
dedo abduz, ou seja, afasta-se dos demais
ambos MMSS separadamente. Caso a incoordenação
seja muito discreta, realizar a manobra naso-índex (o
Observa-se também maior ou menor grau de
paciente toca a ponta do seu indicador na ponta do
dificuldade respiratória, denunciando déficit do
seu nariz e depois a ponta do indicador do
diafragma e/ou dos músculos. respiratórios.
examinador e novamente a ponta de seu nariz, sendo
que o examinador moverá o seu indicador para
- Movimentos finos: abotoar roupas
diferentes posições ao longo do teste).
FORÇA MUSCULAR em resumo

Repetir os movimentos anteriores, porém com


oposição do examinador.

*0 – ausência de movimento
*1 – movimento quase imperceptível, discreta
contração
*2 - movimentos somente com a força da gravidade
eliminada

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
encontra-se aumentada. Indivíduos eutônicos
*Disdiadococinesia: incapacidade de executar possuem consistência muscular elástica.
movimentos coordenados e alternados, p. ex., 3. Mobilização passiva: Constitui a parte de maior
pronação e supinação das mãos. Diadococinese é a importância da avaliação do tônus muscular,
capacidade de realizar movimentos alternados e realiza-se com movimentos alternados de flexão
coordenados. e extensão dos diversos segmentos articulados,
com velocidade e amplitude variadas. Realizar
no pescoço, ombros, cotovelos, punhos, quadril,
joelhos e tornozelos. O esperado é que não se
encontre nenhuma resistência à realização dos
movimentos ou facilidade demais.

*Manobra do rechaço (Stewart-Holmes): *TROFISMO MUSCULAR E FASCICULAÇÕES


Atrofias musculares: percebidas já na inspeção
geral, principalmente de membros; por lesão no
Paciente sentado, pede-se para realizar flexão do
Neurônio Motor Periférico. É o caso das
antebraço contra resistência feita pelo examinador. Polineuropatias periféricas (poli, multi, mononeurites);
Esclerose Lateral Amiotrófica (no qual também há
O examinador bruscamente relaxa a resistência; fasciculações); Amiotrofia Espinhal Progressiva,
em caso de distúrbio cerebelar o paciente terá Siringomielia em fases mais adiantadas; e também
assinergia muscular (não parando o movimento), de podem estar presentes nas Miopatias e por falta de
modo à continuar a flexão e bater o braço na região uso nas plegias.
peitoral. O examinador deve estar atento ao realizar a
prova, evitando que a continuidade do movimento *HIPERCINESIAS
machuque o paciente. Traduzem acometimento dos núcleos da base e ou
dos núcleos correlatos. Intensificam-se com a
realização de movimentos voluntários. São eles:
*Tônus Muscular
tremor, mioclono, asterixis, distonia, atetose, coréia,
balismo, tiques. Verificar: caráter, localização, fatores
É definido como tônus muscular o estado de precipitantes e agravantes.
tensão permanente dos músculos esqueléticos,
mesmo em completo repouso ou relaxamento, trata-
se de um fenômeno automático e reflexo, de fácil *Reflexos de Estiramentos Fásicos MMII
examinação, porém difícil avaliação, por isso é
importante que o acadêmico realize exercícios *Reflexo patelar: flexão passiva da perna e golpear
repetidos para obter destreza e um bom olhar. Para tendão patelar. Resposta = extensão da perna.
examinar o paciente, este deve estar,
preferencialmente, em decúbito dorsal. A avaliação
ela envolve três itens básicos:

1. Inspeção: Observa-se se há achatamento das


massas musculares.
2. Palpação: Com o paciente em decúbito dorsal e
relaxado observa-se a consistência muscular, a
elasticidade passiva e o turgor da pele. Nos
indivíduos hipotônicos, habitualmente, seus
músculos encontram-se flácidos e amolecidos.
Nos indivíduos hipertônicos a consistência

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Gradação
*Reflexo aquileu: MI flexionado, com a mão E o  0 - ausente apesar de facilitação
examinador promove ligeira flexão dorsal do pé e  1 - diminuído
golpeia tendão de aquiles com mão D. Resposta =  2 - normal
flexão plantar do pé.  3 - hiperativo
 4 - hiperativo com clônus

*FACE: o arco reflexo é constituído por nn. cranianos,


que são pesquisados na linha axial da face,
normalmente são hipoativos ou ausentes. Exaltados
nas lesões bilaterais da via corticonuclear (piramidal)
e na doença de Parkinson.

*Reflexo masseterino/mentoniano: paciente com a


boca entreaberta, indicador do examinador na região
mentoniana e percute sobre a mesma. Resposta
exaltada = elevação da mandíbula. Tanto a via
MMSS: normalmente hipoativos. Hiperatividade é aferente como a eferente são representadas pelo n.
sempre patológica trigêmeo. Entretanto, a aferente é veiculada por
estímulo desencadeado em região cuja sensibilidade
*Reflexo estilorradial: apoiar a mão D do paciente proprioceptiva pertence ao n. facial.
em nossa região palmar E e percutir apófise estilóide
do rádio. Resposta = flexão do antebraço.

*Reflexo bicipital: com antebraço do paciente


“descansando” sobre o do examinador, pressionar o
tendão do bíceps com o polegar E e percutir sobre o
mesmo. Resposta = contração do bíceps.
-REFLEXOS EXTEROCEPTIVOS (CUTÂNEOS)
São vários: cutaneoplantar, cutâneo-abdominais,
cremasterianos, palmomentual, etc; os arcos reflexos
são complexos, envolvendo várias cadeias neuronais.

*Reflexo cutaneoplantar: com uma “espátula”,


excitar a borda lateral do pé, iniciando na região
correspondente ao calcanhar e prosseguindo para
cima. Resposta = flexão plantar dos artelhos. Pode
*Reflexo tricipital: braço do paciente apoiado sobre ocorrer que não haja resposta alguma; se ocorrer
palma da mão do examinador, percutir tendão do bilateralmente, é compatível com normalidade.
tríceps. Resposta = extensão do antebraço. Entretanto, na abolição, é um dos sinais de lesão do
Neurônio Motor Periférico (Inferior) – neuropatia
periférica. Já, se ocorrer extensão do hálux e com
frequência abertura em leque dos demais artelhos e
flexão involuntária do joelho, temos o SINAL DE
BABINSKI – sinal mais fiel de lesão piramidal. É o 1o
sinal de liberação a surgir nos quadros neurológicos
piramidais agudos, por ex., doença vascular
encefálica (isquêmicos ou hemorrágicos).

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
hálux pelas faces laterais, e o colocar lentamente
para cima ou para baixo e o paciente deverá assinalar
qual a posição imposta pelo examinador. Maioria das
lesões no Sist. Lemniscal exibe comprometimento da
sensibilidade cinético-postural, mas em lesões mais
amenas, o comprometimento postural precede ao da
cinestesia.

*Palestesia ou sensibilidade vibratória: muitas


vezes, é a única forma de sensibilidade proprioceptiva
consciente a ser comprometida; em neuropatias
diabéticas e em vários casos de mielinólise funicular.
Pesquisa-se através de um diapasão, de 128
vibrações, colocando-o sobre saliências ósseas dos
MMII e MMSS; o paciente deve acusar a sensação
percebida.

*Sensibilidades Sensoriais:

-SENSIBILIDADE EXTEROCEPTIVA
Sensibilidade dolorosa epicrítica: forma de
sensibilidade dolorosa cutânea que possui sistema
neuronal bem definido (Sist. Extralemniscal).
Pesquisa-se com o paciente em decúbito dorsal,
semidespido, pressionando uma agulha sobre a pele *Nervos Cranianos
do paciente ou outro objeto. Deve-se Iniciar pesquisa
pelos MMII; o paciente com olhos fechados. Nas
polineuropatias periféricas, a anestesia dolorosa
ocorre apenas nas extremidades distais dos membros
(anestesia em bota e luva). A sensibilidade térmica
possui a mesma rota da dolorosa epicrítica. utiliza-se
dois tubos de vidro, um com água fria, outro com
água a 45ºC.

*Sensibilidade táctil: examinada com um pincel ou


chumaço de algodão. Orientação semelhante à acima.

-SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA
CONSCIENTE

*Cinestesia: pesquisa-se com paciente em decúbito


dorsal e olhos fechados, executamos movimentos.
passivos e sucessivos de flexão ventral e dorsal do
hálux e pedimos para o paciente identificar os
movimentos imprimidos. Lesões no Sist. Lemniscal
levam a comprometimento da cinestesia iniciando-se * I par - OLFATÓRIO: Os cílios presentes nas
pelas extremidades. narinas são os responsáveis por conter os receptores
odoríferos. O olfato é pesquisado com o auxílio
*Artrestesia ou sensib. postural: paciente em de recipientes contendo café, baunilha, limão,
decúbito dorsal, olhos fechados,deve-se segurar canela ou outros odores leves. Deve-se testar uma

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
narina de cada vez e o paciente também pode ser distância média entre o paciente e o examinador,
vendado. Termos semiológicos relacionados ao olfato: fazendo números com os dedos, nos quatro campos
visuais e pede que o paciente lhe identifique os sinais.
Após esse processo é examinado o outro olho.

A terceira parte do exame do nervo


óptico é o Reflexo fotomotor (direto e indireto OU
direto e consensual). O exame deve ser realizado
em ambientes escuros. No teste do reflexo fotomotor
direto, o examinador coloca a mão perpendicular ao
nariz do paciente, essa dinâmica impede que a luz
irradie para o outro lado, e incide um feixe luminoso
com a lanterna no olho, observando a ação do olho
 Anosmia: perda do olfato;
que recebeu o feixe. O esperado é que neste olho,
 Parosmia: percepção alterada do olfato
que recebeu o feixe luminoso, ocorra uma pressão da
 Cacosmia: alucinação olfativa
pupila (miose) ipsilateral. Esse teste examina o
 Normosmia: sensação normal da olfação
funcionamento do Nervo óptico (aferência) e do nervo
 Hiposmia: habilidade reduzida de perceber a
oculomotor (eferência). Também compõe a terceira
olfação
parte do exame o reflexo fotomotor indireto
(consensual), onde o examinador posiciona a lateral
* II par - ÓPTICO: A primeira parte do exame do da mão em ângulo reto ao nariz, e emite o feixe
nervo óptico é a acuidade visual. A acuidade visual é luminoso em um dos olhos, observando se ocorrerá a
determinada pela menor imagem retiniana percebida pressão pupilar no lado contrário, onde não emitiu a
pelo indivíduo. Ao examinar, pede-se que o paciente luz. O normal é que a miose contralateral ocorra.
tampe com a mão um dos olhos e identifique com o
outro algum objeto ou o número de dedos, por
exemplo. O teste deve ser feito em ambos os lados. A
acuidade visual também pode ser testada pelo Teste
de Snellen. No Teste de Snellen, o paciente deve
ficar a uma distância de 5 metros da escala. Então,
um dos olhos deve ser coberto, mas sem comprimi-lo,
de modo que os dois olhos estejam abertos, porém
um está coberto. O examinador deve apontar as
letras, iniciando pelas maiores e deve seguir até onde
o paciente consiga enxergar sem dificuldade. O olho
direito é o primeiro a ser testado, logo após se testa o
olho esquerdo.

Ainda no exame do nervo óptico, pode realizar o


teste de visão das cores em que os cartões coloridos
são mostrados ao paciente e o mesmo deve
identificar as cores. E por fim, realiza a
oftalmoscopia ou exame de fundo de olho, em que
por meio do uso do oftalmoscópio você consegue
observar o fundo do olho do paciente, para assim
identificar a normalidade ou a presença de alguma
patologia.

A segunda parte do exame do nervo óptico é a


campimetria, em que de frente para o paciente, o
examinador fecha um de seus olhos e tapa o olho do
paciente com uma mão, e então o paciente deve
olhar fixo para o olho aberto do examinador,
enquanto o examinador movimenta a mão, numa

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Havendo diminuição da acuidade, fala-se em O nervo oculomotor é exclusivamente eferente,
ambliopia; quando abolida, constitui-se em amaurose. faz inervação parassimpática da pupila (músculo
Ambas podem ser uni ou bilaterais. ciliar), inerva alguns músculos da movimentação
ocular extrínseca (músculos reto superior, reto inferior,
reto medial, oblíquo inferior) e músculo levantador da
*Fundo de olho: obrigatória, principalmente se o pálpebra. Para examinar o nervo oculomotor, solicita
paciente queixar-se de cefaleia. O papiledema ao paciente que siga a movimentação do dedo do
destaca-se pelo borramento dos contornos papilares, examinador, sempre deslocando para a direita, para a
ingurgitamento vascular e, às vezes, pela presença esquerda, para cima e para baixo e analisando a
de focos hemorrágicos; a atrofia destaca-se pela movimentação do globo ocular. Fazendo esse teste
coloração branca, de bordos nítidos. Observar: deslocando o dedo indicador, o examinador consegue
córnea, disco óptico, retina, mácula e vasos observar os movimentos dos segmentos laterais,
sanguíneos. verticais e de convergência da musculatura
extrínseca do olho.

O par de número quatro dos nervos cranianos é o


mais delgado dos doze e é o único que emerge da
face dorsal do tronco encefálico, nervo Troclear. Sua
função é exclusivamente eferente, e é responsável
pela inervação de um dos músculos da
movimentação ocular extrínseca, o músculo oblíquo
superior. O nervo troclear tem origem aparente abaixo
do colículo inferior, e após emergir na região dorsal
do tronco encefálico, ele segue uma trajetória anterior
*III -Oculomotor, IV Troclear e VI Abducente abraçando o tronco.

Pares: Músculos responsáveis por fazer a Por atuar em associação com outros dois nervos,
motilidade extrínseca ocular, normalmente são o nervo oculomotor e nervo abducente (será citado
testados juntamente. posteriormente), a sua avaliação semiológica é a
realizada assim como o exame do nervo oculomotor,
solicitando ao paciente que siga a movimentação do
dedo do examinador.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
O nervo abducente apresenta um longo trajeto
atravessando a cisterna pontinha e sua função é fazer *V par - Trigêmeo: O Nervo trigêmeo possui três
a inervação eferente do músculo reto lateral que é divisões: oftálmica (V1), maxilar (V2) e mandibular
responsável por realizar a movimentação lateral do (V3)
globo ocular. O sexto par é originado no sulco
bulbopontino. b) Teste de Sensibilidade: Avaliar sensações
normais de toque e dor em todas as regiões testadas.
A realização do exame semiológico do sexto Deve ser testado com algodão em todas as 3 divisões
par, é feita juntamente com a avaliação dos nervos do nervo trigêmeo. Deve-se pedir para o paciente
oculomotor e troclear, em que examinador solicita fechar os olhos e perguntar por exemplo em qual lado
para o paciente acompanhar com os olhos a da face está passando o algodão.
movimentação de seu dedo em todos os sentidos
(D/E e Cima/Baixo). c) Reflexo Corneopalpebral: tocar leve e
cuidadosamente a córnea (o toque na esclera pode
ser falso negativo) com uma pequena mecha de
algodão umedecido ou uma simples gota de soro
fisiológico, e espera-se que, em resposta, o paciente
pisque direta e consensualmente.

Peça ao paciente que olhe na direção oposta ao


A lesão do nervo abducente, constata-se o olho que irá testar e aborde o olho pela lateral. Estes
desvio medial do globo ocular (estrabismo cuidados procuram evitar que o paciente pisque pela
convergente), e, no caso do nervo oculomotor, visão do objeto que se aproxima antes do toque.
constata-se ptose palpebral; elevando-se
passivamente a pálpebra, observaremos o desvio d) Teste de Força Muscular da Mastigação:
lateral do globo ocular e midríase. Para o exame do solicitar ao paciente que contraia com força a
nervo troclear, deve-se solicitar ao paciente que olhe mandíbula de encontro à maxila. Enquanto palpamos
para um lado e para baixo e examinamos o olho o masséter e o temporal superficial, abra a boca
aduzido. contra resistência. Também podemos verificar a
impressão dentária dos molares ao interpormos um
A irregularidade do contorno pupilar é chamada abaixador de lingua entre os maxilares e solicitarmos
discoria; quando o diâmetro se acha aumentado, fala- que o paciente feche a boca com força. Note-se que,
se em midríase; o contrário, miose; a igualdade de na paralisia unilateral do trigêmeo, o desvio
diâmetros denomina-se isocoria; e a desigualdade, homolateral da mandíbula é perceptível quando se
anisocoria. Dinamicamente, a pupila é examinada solicita ao paciente que abra a boca.
por meio de um feixe luminoso e pela convergência
ocular. Em ambiente de pouca luminosidade, o
paciente deve olhar para um ponto mais distante. O
examinador incide o feixe de luz em uma pupila e
observa a resposta nos dois lados. Chama-se reflexo
fotomotor direto a contração da pupila na qual se
fez o estímulo, e de reflexo fotomotor consensual a
contração da pupila oposta. Em seguida, aproxima-se
dos olhos um objeto, e as pupilas se contrairão
normalmente – é o reflexo da acomodação.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
esse nervo apresenta duas partes funcionais: a
*Reflexos nasofacial e mentoniano: reflexo vestibular e a coclear.
nasofacial se introduz um pedaço de algodão no
orificio da narina e como resposta reflexa acontece A parte vestibular do oitavo par é formada por
um espirro ou expressões contrateis faciais fibras que guiam impulsos nervosos relacionados com
o equilíbrio, originados em receptores localizados no
*O reflexo mentoniano É feita uma percussão com ouvido interno. A parte coclear é constituída de fibras
martelo na região mentoniana com a boca entre que conduzem impulsos nervosos relacionados com a
aberta e como resposta reflexa há contração do audição, originados na região da cóclea.
masseter no sentido de fechar a boca.
A semiologia do nervo vestibular é realizada
*VII par: encarrega-se da inervação da
durante o exame de equilíbrio, em que muitas vezes é
realizado o teste de Romberg. Já a semiologia do
musculatura relacionada à mímica e também da nervo coclear é pesquisado a função auditiva
gustação dos 2/3 anteriores da língua ramo nervo interrogando o paciente sobre uma possível surdez
corda do tímpano, sensibilidade exteroceptiva de ou presença de zumbidos. Além disso, pode ser
pequena região da concha auditiva (músculo lançado mão do diapasão, comparando a audição de
estapédio), inervação das glândulas lacrimal e salivar ambos os ouvidos.
(exceto parótida que é inervada pelo Glossofaríngeo)
e sensibilidade proprioceptiva da musculatura
mencionada. No exame do sétimo par, é solicitado ao
N. coclear: a diminuição da capacidade auditiva
paciente que realize movimentos como franzir a testa,
(hipoacusia) e a abolição (acusia) podem ter
fechar os olhos com força contra resistência, mostrar
etiologia relacionada à orelha externa ou média
os dentes como num sorriso forçado e abrir a boca
(surdez de condução) ou à orelha interna ou do
para avaliar a simetria dos sulcos nasogenianos.
nervo coclear (surdez neurossensorial). Podemos
Tudo isso é para que seja possível avaliar a função
pesquisar, grosseiramente, através do tique-taque de
motora no nervo facial. Já quando se quer examinar a
um relógio ou fricção do cabelo do paciente próximo
parte sensitiva do nervo, é feito uma avaliação da
ao conduto auditivo. É testado geralmente com o
sensibilidade gustativa empregando soluções de
auxílio de testes especiais.
sabor doce, salgado, amargo e ácido. Hiperacusia,
indicando fraqueza do músculo estapédio, pode ser
*Prova de Rinne Nesse teste é comparada a
detectada posicionando-se um diapasão em
vibração próximo à orelha.
condução óssea (CO) e a condução aérea (CA) do
paciente.

-Para realizá-lo, existem dois métodos:

1- Deve-se colocar o diapasão ativado primeiro sobre


o processo mastoide, e imediatamente, em seguida,
ao lado da orelha sem tocá-la. Após isso, pergunta-se
ao paciente qual som é o mais intenso e em
condições normais deve ser mais intenso o som do
lado da orelha.

2- É o método mais tradicional e demorado, em que


se coloca o diapasão sobre o processo mastoide e
retira ele apenas quando o paciente não estiver mais
ouvindo, colocando-o imediatamente ao lado da
orelha. O som ao lado da orelha deve ser audível.

*VIII par

O nervo vestibulococlear é exclusivamente


sensitivo, e ele penetra na porção lateral do sulco
bulbopontino, entre a emergência do sétimo par e o
flóculo do cerebelo. Assim como o nome sugere,

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Além disso, o tempo de audição do diapasão, Para realizá-lo o examinador fica em pé na frente
deve ser duas vezes maior por condução aérea do do paciente e posiciona o diapasão em vibração na
que por condução óssea. linha mediana sobre o vértice do crânio. A posição
dele pode ser em qualquer ponto na linha mediana,
-Interpretação dos Resultados sobre a ponte do nariz, a fronte ou a maxila, no
entanto, o resultado é melhor no vértice.
*POSITIVO: O teste é positivo, quando o paciente
continua ouvindo o som após a remoção no mastoide, Normalmente o som é ouvido de modo igual nas
sendo normal a condução aérea ser melhor que a duas orelhas, não sendo lateralizado.
condução óssea. Nesse caso, o paciente possui
audição normal ou sugestivo de hipoacusia Quando há assimetria, o paciente escuta melhor
neurossensorial, em que a lesão prejudica ambas as em um dos ouvidos, ou seja, há perda auditiva.
formas de transmissão do som e mantém a
superioridade da condução aérea. -Interpretação dos Resultados

*NEGATIVO: O teste é negativo quando o paciente A resposta normal é o paciente ouvir som ou sentir
permanece sem ouvir o som após a remoção do a vibração no meio da testa.
contato do diapasão com a mastoide e seu
posicionamento justa-auricular daquele lado. Nesse
Caso o som não seja ouvido no meio ou se
caso, há um teste sugestivo de hipoacusia condutiva,
lateralize, considera-se que houve perda auditiva.
ou seja, a condução óssea está preservada, mas a
aérea está comprometida devido a alguma possível
lesão que dificultou a transmissão do som até o *Hipoacusia condutiva: na surdez condutiva, o som
ouvido interno. lateraliza para o lado afetado.

Observação: As palavras positivo e negativo do teste *Hipoacusia neurossensorial: em pacientes com


são usadas de maneira diferente em relação a outros deficiência auditiva neurossensorial unilateral, o som
testes médicos. Positivo ou negativo significa que um não é ouvido do lado afetado, mas é ouvido ou
certo parâmetro que foi avaliado estava presente ou localizado pela orelha não afetada.
não. Nesse sentido, no teste, o positivo se refere
que a condução aérea é melhor que a óssea,
indicando um estado saudável. ATENÇÃO

*Teste de Weber Esse é outro teste clínico usado


para audição e indica se a perda é de origem neural
ou condutiva.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Outros Métodos que abra a boca e utilizando uma espátula produza
um toque suave na parede posterior da orofaringe.
Existem outras formas de se avaliar as respostas
auditivas em crianças, em pacientes com alteração do Observa-se se há elevação simétrica do palato
estado mental e na histeria ou simulação. Nesse caso, quando o paciente diz "ah". Se um lado é parético, a
existem as respostas auditivas reflexas: úvula é levantada e separada do lado parético. A
parte posterior de cada lado da faringe pode ser
*Reflexo auditivo-palpebral: conhecido também tocada com um abaixador de língua para checar o
como reflexo auropalpebral, acústico-palpebral, reflexo faríngeo (de ânsia), e a assimetria do reflexo
cocleopalpebral ou cócleo-orbicular): é quando há o faríngeo é observada; a ausência bilateral do reflexo
piscamento ou fechamento dos olhos em resposta a faríngeo é comum em pessoas saudáveis e pode
um som súbito e intenso. não ser importante. Para a função gustativa também
podem ser usados estímulos e substâncias pingadas
*Reflexo cocleopupilar: é a dilatação da pupila ou a na língua do paciente.
sua contração seguida por dilatação em resposta a
um ruído alto.

*Reflexo auditivo-oculogírico: é quando ocorre


desvio dos olhos em direção a um som.

*Reflexo acústico geral: é uma contração geral do


corpo em resposta a um ruído alto e súbito.

A avaliação laboratorial também pode ser feita e


é realizada principalmente por audiometria eletrônica
e por potenciais evocados auditivos.

Em um paciente entubado, não responsivo, a


* IX Nervo Glossofaríngeo, nono par sucção no tubo endotraqueal deflagra tosse.

Quando há rouquidão, inspecionam-se as


pregas vocais. A rouquidão isolada (com reflexo
faríngeo e elevação do palato normais) deve motivar
a busca por lesões (p. ex., linfoma mediastinal,
aneurisma de aorta) que comprimam o nervo
laríngeo recorrente.

* X - Nervo Vago, décimo par

O nervo vago é o maior dos nervos cranianos, é


misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco
lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos
O nono par craniano é um nervo misto que é radiculares que se reúnem e formam o nervo vago. O
responsável pela sensibilidade geral e especial do décimo par realiza inervação dos músculos da faringe
terço posterior da língua, assim como inervação da e laringes, das vísceras torácicas e abdominais
orofaringe, glândula parótida e seio carotídeo. O (parassimpático), pavilhão auditivo e meato acústico
glossofaríngeo se origina na parte mais cranial do externo, gustação da epiglote, faringe, laringe,
sulco lateral posterior do bulbo. traqueia e esôfago.

O exame semiológico do nono par é realizado O exame semiológico realizado para avaliar o
juntamente com o exame do décimo par, devido a nervo vago é solicitando ao paciente que abra a boca
proximidade funcional. É avaliado a função sensitiva e diga “a”, observando a simetria na elevação do
geral do nervo glossofaríngeo ao testar o reflexo do palato. Além disso, assim como no nervo
vômito. Nesse teste, o examinador pede ao paciente glossofaríngeo, pode ser avaliado o reflexo do vômito.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
O XII par craniano (hipoglosso) é avaliado
*Nervo Acessório, décimo primeiro par pedindo-se ao paciente para estender a língua e
verificando-se se há atrofia, fasciculações e
O nervo acessório é formado por uma raiz fraqueza (ocorre desvio para o lado da lesão).
craniana e uma raiz espinhal. Trata-se de um nervo
eferente cuja principal função é inervar o músculo
trapézio (que eleva os ombros e a escápula e estende
o pescoço) e o músculo esternocleidomastóideo (que
faz a rotação da cabeça para o lado oposto ao
músculo).

No caso do esternocleidomastoideo, pede-se ao


paciente para girar a cabeça contra a resistência
imposta pela mão do examinador, enquanto este
palpa o músculo ativo (oposto ao lado da rotação).

Para a parte superior do trapézio, pede-se ao


paciente para levantar os ombros contra a
resistência imposta pelo examinador.
*SISTEMA AUTONÔMICO E NEUROVASCULAR
 Sudorese
 Temperatura cutânea
 Cianose/palidez
 Alterações tróficas da pele ou unhas
 Alteração postural na PA
 Pulsos

-CRÂNIO
Tamanho, contorno, proeminências, deformidades
Sopros orbitários ou cranianos
Dor à percussão.

-COLUNA VERTEBRAL
Deformidade, dor.

*Sinais de irritação meníngea:

Rigidez nucal
O primeiro dos sinais de irritação meníngea, e
que é tido por alguns autores como patognomônico,
*Nervo Hipoglosso, décimo segundo par ou seja, que na devastadora maioria dos casos é
relacionada com essa afecção, é a rigidez nucal.
Esse sinal é a limitação da movimentação cervical,
O nervo hipoglosso é essencialmente motor e
principalmente extensora, que em casos mais graves
emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma
pode variar e afetar também a rotação e a
de filamentos radiculares que se unem apara formar o
lateralização. É importante entender que se trata de
nervo. Sua função é inervar músculos intrínsecos e
uma resistência notada à flexão cervical passiva,
alguns extrínsecos da língua.
desconsiderando a ação do próprio indivíduo de
executar o movimento.
O exame do décimo segundo par consiste na
observação da língua dentro da boca, verificando se
há alguma assimetria, atrofia ou fasciculações.
Solicita-se que o paciente exteriorize a língua.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
movimento a aproximadamente 135° da perna com a
Sinal de Brudzinski coxa.

O segundo sinal de irritação meníngea é o sinal


de Brudzinski. Inicialmente descrito por Josef
Brudzinski, médico pediatra polonês, em publicação
de 1909, tal sinal faz parte das “4 manobras de
Brudzinski”: (1) Sinal da bochecha – positivo com
flexão espontânea do antebraço e braço, elicitada por
pressão bilateral nas bochechas inferiormente ao arco
zigomático; (2) Sinal sinfisial – positivo com flexão
do quadril e do joelho e abdução da perna a partir de
pressão sobre a sínfise púbica; (3) Reflexo de
Brudzinski – flexão espontânea do quadril e joelho
induzida por flexão passiva do joelho oposto sobre o
abdômen; (4) Sinal de Brudzinski.

O sinal de Brudzinski, o mais conhecido dentre *Sinais Radiculares:


as 4 manobras, é pesquisado com o paciente em
*Sinal de Laségue:
decúbito dorsal: o examinador segura com uma mão,
por trás, a cabeça do paciente enquanto a outra se
apoia sobre o peito do paciente. Com isso, é impelida
uma força para a flexão passiva do pescoço, sendo o
sinal positivo caso haja flexão espontânea dos
quadris e joelhos do paciente.

O sinal de Laségue é uma manobra de exame


Figura 1 – Pesquisa do Sinal de Brudzinski físico usada para testar a compressão de raízes
Disponível em: http://dx.doi.org/10.3121/cmr.2010.862 nervosas. O teste é positivo se a dor for produzida
quando a perna do paciente é levantada enquanto ele
está deitado de costas. O sinal de Laségue tem o
Sinal de Kernig nome do médico Charles Laségue e foi descrito por
seu discípulo Forst em 1881.
O terceiro sinal de irritação meníngea é o sinal de
Kernig. Descrita pela primeira vez por Vladimir A coluna lombar contém cinco vértebras, cada
Mikhailovich Kernig, médico neurologista russo, na uma delas com um par de raízes nervosas que saem
publicação de seu trabalho em 1884, a pesquisa do da medula espinhal. Esses nervos são responsáveis
sinal era realizada com o paciente na posição por inervar as extremidades inferiores. A compressão
sentada e não continha a dor como um aspecto de qualquer um desses nervos pode levar à dor,
importante. entorpecimento ou fraqueza na perna afetada. O sinal
de Laségue é uma maneira de testar esse tipo de
Na atualidade, o sinal é pesquisado na posição compressão nervosa.
de decúbito dorsal, com o joelho a 90° do corpo e a
perna paralela ao corpo. O examinador, então, realiza Para fazer o exame de sinal de Laségue, o
a extensão da perna lentamente, sendo o sinal profissional coloca o paciente deitado de costas com
positivo quando há dor e resistência que impeça o as pernas retas e as mãos sobre os quadris. Então,
ele levanta a perna do paciente, mantendo o pé

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
flexionado. Se essa manobra produzir dor na parte para trás e com a deglutição. Como a glândula é fixa
baixa das costas ou na perna irradiando, ela é à fáscia pré-traqueal, ela se desloca para cima com a
considerada um sinal positivo. deglutição do paciente. Assim, muitos bócios difusos
ou nodulares são facilmente documentados durante a
deglutição. Nos aumentos difusos da glândula, as
*Sinal de Bragard: duas faces laterais e a anterior do pescoço ficam
uniformemente abauladas. É importante frisar que
O Sinal de Bragard também conhecido como adiposidade cervical algumas vezes é confundida
Manobra de Lasegué sensibilizada realiza o mesmo com bócio, devendo-se notar, porém, que ela não se
teste mas com reforço por flexão do pé. desloca à deglutição. Nos crescimentos nodulares
da glândula (bócios nodulares) ocorrem
abaulamentos locais, surgindo assimetrias no
*Sinal de Sigard: manobra de Lasegué com reforço pescoço. Deve-se observar, também, desvios da
por flexão do hálux. traqueia, uma vez que o desvio lateral poderá sugerir
lobo tireoidiano aumentado, bócio subesternal ou
outra anormalidade torácica.

Inspeção da Tireoide
*Sistema Endócrino - Exame Físico Fonte: https://core.ac.uk/download/pdf/268326112.pdf

Tireoide

O exame físico da tireoide tem como base a


inspeção, a palpação e a ausculta. Por meio da
inspeção e da palpação, podem-se definir a forma e o *Palpação
tamanho da glândula. Se houver aumento, deve-se
esclarecer se é global ou localizado. O pescoço do paciente deverá ficar com a
cabeça discretamente fletida para frente, uma vez
*Inspeção Normalmente a tireoide não é visível,
que a palpação é mais difícil quando os músculos
esternocleidomastoideos ficam estendidos. A
exceto em pacientes muito emagrecidos. O paciente glândula tireoide é palpável na maioria dos indivíduos
deverá estar sentado e a glândula é mais facilmente normais, apresentando lobos com cerca de 3 a 5 cm
visualizada quando se estende a cabeça do paciente

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
no sentido vertical e o istmo com diâmetro Técnica de palpação da tireoide
aproximado de 0,5 cm. Fonte: CELMO CELNO PORTO. SemiologiaMédica – 7ª Edição.
2013. Editora Guanabara Koogan.
O 1º passo na palpação é localizar a glândula.
Para localizá-la deveremos verificar a posição das Por meio da palpação, determinam-se o volume
cartilagens tireóidea e cricóide, uma vez que o istmo ou as dimensões da glândula, seus limites, a
da glândula tireoide se situa imediatamente abaixo da consistência e as características da sua superfície
cartilagem cricóide. (temperatura da pele, presença de frêmito e sopro).
Além disso, é importante dar atenção especial à
-Para a palpação da tireoide, usam-se 3 manobras: hipersensibilidade, à consistência e à presença de
nódulos. Em pessoas normais a tireoide pode ser
-Abordagem Posterior: palpável ou impalpável. Quando palpável, é lisa,
elástica (consistência de tecido muscular), móvel,
indolor, sendo a temperatura da pele normal e
• Paciente sentado e o examinador de pé atrás dele.
ausência de frêmito.
As mãos e os dedos rodeiam o pescoço, com os
polegares fixos na nuca e as pontas dos indicadores
*Ausculta
e médios quase a se tocarem na linha mediana. O
lobo direito é palpado pelos dedos da mão esquerda,
enquanto os dedos da outra mão afastam o
esternocleidomastóideo. Para o lobo esquerdo, as
coisas se invertem.

-Abordagem anterior:

• Paciente sentado ou de pé e o examinador sentado


ou de pé, postado à sua frente. São os polegares que
palpam a glândula, enquanto os outros dedos
apoiam-se nas regiões supraclaviculares.

• Paciente e examinador nas mesmas posições da


abordagem anterior, fazendo-se a palpação com uma
das mãos, que percorre toda a área correspondente à
tireoide. A flexão do pescoço, ou a rotação discreta
do pescoço para um lado ou para o outro, provoca Ausculta da glândula tireoide deverá ser
relaxamento do músculo esternocleidomastóideo, realizada em todos os pacientes com
facilitando a palpação da tireoide. tireotoxicose, pois o aumento do fluxo sanguíneo
poderá determinar a ocorrência de sopros sobre a
glândula, algumas vezes acompanhados de frêmito.
Paciente respira e prende a respiração, ausculta-se o
primeiro lobo e pede-se para que volte a respirar, em
seguida o paciente prende novamente e ausculta-se
o segundo lobo.

*Nódulos Tireoidianos

Formações nodulares podem ser visíveis e/ou


palpáveis na tireoide. Não se trata de uma “doença
clínica”, mas uma manifestação clínica de várias
afecções tireoidianas. Os nódulos podem ser únicos
ou múltiplos, benignos ou malignos e ocorrem em 4 a
5% da população. Quando se utiliza o exame
ultrassonográfico, a prevalência atinge 20%. Procura-
se também detectar frêmito. À ausculta, investiga-se
se há sopros sobre a tireoide. A tireoide normal é
palpável em muitos indivíduos normais, e o lobo
direito, com frequência, é um pouco maior do que o

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
esquerdo. É importante anotar a presença de A glândula tireoide possui, dentre suas células, as
gânglios satélites. O aumento da tireoide denomina- células foliculares, que são as células que fazem a
se bócio, e pode estar presente no hipo e secreção de dois hormônios importantíssimos, o T3
hispertiroidismo. (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina). A
importância desses hormônios em nosso organismo é
enorme, pois suas funções atuam na atividade de
*Bócios vários outros órgãos como coração, cérebro, rins e
fígado. Essa atividade endócrina é estimulada e
Os bócios podem ser simétricos, assimétricos ou regulada pelo eixo hipotálamo – hipofisário, onde o
nodulares (uni ou multinodulares). Uma boa hipotálamo secreta TRH (Hormônio Liberador de
estimativa do tamanho poderá ser obtida medindo-se Tireotrofina), que estimula a porção anterior da
diretamente o tamanho dos lobos utilizando-se uma hipófise a secretar TSH (Hormônio Estimulador da
fita crepe, assinalando previamente o polo superior e Tireoide ou tireoestimulante ou tireotrofina), que,
o inferior do mesmo, como foi mencionado na então, atua nas células foliculares da tireoide, que
medição dos nódulos. Em pacientes com grandes produz o T3 e T4. Em condições normais, a ação dos
bócios, a medida de circunferência do pescoço, no hormônios da tireoide é fundamental, mas, em
ponto mais proeminente, facilita a avaliação do excesso, eles se tornam patológicos, e o paciente
crescimento destes bócios. desenvolve a condição clínica conhecida como
hipertireoidismo. No hipertireoidismo, a tireoide se
torna hiperativa. Dessa forma, secreta quantidades
*Sinal de Pemberton hormonais muito maiores do que deveria. Mas por
que isso acontece?
O bócio multinodular pode causar obstrução da
traqueia e quando retroesternal também a obstrução
da veia cava superior. O sinal de Pemberton aparece
quando se eleva o braço do paciente acima da *Hipertiroidismo:
cabeça. Esta manobra faz com que o paciente
fique dispneico, com distensão das veias do
pescoço, pletora facial ou com estridor.

Diversas são as causas que podem provocar o


hipertireoidismo. Pode ocorrer por uma alteração no
eixo hipotálamo – hipofisário (um descontrole na
regulação levando ao aumento de TRH ou TSH,
respectivamente, e com isso uma hiperestimulação
da tireoide; ou ainda um adenoma hipofisário
hipersecretante que aumente a secreção de TSH).
Pode ocorrer também por alterações no tecido da
própria glândula tireoide, um exemplo é um adenoma
secretor na tireoide, como ocorre na Doença de
Plummer. Doenças autoimunes, como por exemplo a
Doença de Basedow – Graves, uma das principais
causas de hipertireoidismo, na qual o sistema
imunológico produz autoanticorpos que fazem o
mesmo papel que o TSH faria: ligar-se aos receptores
das células foliculares e estimulá-las a produzir T3 e
T4). Produção ectópica também pode ocorrer, como
Figura 5. Sinal de Pemberton em teratomas (tumor de células germinativas que tem
Fonte: https://core.ac.uk/download/pdf/268326112.pdf a capacidade de desenvolver diversos tecidos, e um

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
deles pode ser o tecido tireoidiano, que então passa a pele quanto as unhas você pode avaliar facilmente,
produzir indevidamente o T3 e o T4). Ou pode ocorrer observando e tocando a mão do paciente.
até mesmo por iatrogenia, como o uso indevido de
medicamentos a base de hormônios tireoidianos, e
um exemplo disso são remédios para emagrecer, pois
como os hormônios aumentam a taxa de metabolismo
basal, estimulam o emagrecimento. Entretanto, esse
emagrecimento é patológico, até mesmo porque ele
não vem sozinho, ao contrário, ele vem acompanhado
de uma série de outros sinais e sintomas, e que
podem ser de alta gravidade.

Como dito anteriormente, o hipertireoidismo traz


uma série de sinais e sintomas que serão detectados
no paciente. Em semiologia, os sinais são tudo aquilo
que você consegue perceber sem que o paciente te
relate, ou seja, é aquilo que você vê, ausculta, palpa,
ou seja, são informações que você consegue por Um outro aparelho acometido pelo hipertireoidismo é
meio do exame físico, principalmente. o aparelho cardiovascular. O paciente pode chegar e
dizer que tem a sensação que o coração está
batendo muito rápido, e então você deve pesquisar
durante o exame físico. O indivíduo com
Desde a entrada do paciente no consultório, você
hipertireoidismo cursa com taquicardia (aumento da
já inicia a ectoscopia, que é a avaliação global do
frequência cardíaca a mais de 100 batimentos por
paciente, sem perguntar nada, pois independe da
minuto, sendo que a faixa de normalidade é de 60 a
queixa, você simplesmente o observa. Observa o
100 batimentos por minuto). Dessa forma, durante a
corpo como um todo, a face, o comportamento do
consulta, no momento em que você avalia os sinais
paciente durante a consulta, a coloração, hidratação,
vitais, em especial a frequência cardíaca, é comum tal
higiene, e etc. “Qual o motivo de tal observação?
achado. Isso porque os hormônios tireoidianos
Simplesmente, nessa observação, você já pode
aumentam a atividade adrenérgica. Mas a taquicardia
perceber características físicas e comportamentais
não é o único achado no exame físico do aparelho
importantes para o diagnóstico de hipertireoidismo.
cardiovascular. Pode haver também fibrilação
atrial (uma arritmia, onde os átrios se contraem de
forma dessincronizada, e “fibrilam”, prejudicando a
Ao observar a pele de um paciente com contração atrial), que pode ser percebida pela tomada
hipertireoidismo, você pode perceber que é uma do pulso, que estará muito irregular. Esse é um
pele fina e lisa. O aumento do metabolismo basal e achado importante, e que muitas vezes você
consumo energético gera um efeito termogênico, e encontrará no exame físico, mas não espere o
assim ao toque, a pele é quente e com sudorese paciente se queixar de palpitação, tontura ou desmaio,
excessiva, pois o organismo tenta dissipar a pois muitas vezes o paciente com fibrilação atrial é
temperatura fazendo vasodilatação. O assintomático.
hipertireoidismo pode vir associado ao vitiligo (uma
doença crônica, onde há despigmentação da pele,
provocando manchas brancas). Então, se um
paciente chega ao consultório com queixas
relacionadas ao hipertireoidismo, e você o observa e
percebe a presença de vitiligo, é uma boa pista para o
diagnóstico de hipertireoidismo.

As unhas também sofrem alteração pelo aumento


de T3 e T4. Ao observá-las, nota-se o descolamento
da unha na porção distal. Tornam-se também mais
fracas, pois há redução de sua espessura. Tanto a

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Neste sistema, há também aumento da pressão também a sua produção hormonal. O bócio pode
arterial sistêmica. A atividade adrenérgica aumenta estar presente, por exemplo, na doença de Graves.
o inotropismo cardíaco, aumentando a força de Portanto, os sinais do hipertireoidismo são muitos, e
contração, e há também aumento do débito cardíaco. juntamente da história relatada, dos sintomas que o
E é isso que promove o aumento da pressão arterial paciente apresenta, você deve suspeitar de
sistêmica, que é um outro sinal que você pode hipertireoidismo. Lembrando que em mulheres a
encontrar. Como o hipertireoidismo leva à prevalência é maior.
hiperatividade, durante a consulta você pode notar o
paciente com tremor nas mãos, e em
outras extremidades. Ele se encontra desinquieto,
Faça uma boa anamnese (pois as informações
agitado, ansioso, tudo isso são sinais. Essa
do paciente são valiosíssimas), faça um bom exame
hiperatividade, que afeta o sistema nervoso como um
físico (pois nele você pode perceber e sentir muitos
todo, também provoca aumento de reflexos, que você
sinais importantes ao diagnóstico). Esses dois pilares
pode notar examinando a língua e as pálpebras, ou
são fundamentais a atuação médica, ao raciocínio
seja, o paciente tem hiperreflexia.
clínico e à “consequência” de tudo isso que é o
diagnóstico final e o adequado tratamento e conduta.

E quando o paciente tem hipertireoidismo, devido


à Doença de Basedow Graves, ele
*Hipotiroidismo:
apresenta exolftalmia, que pode ser uni ou bilateral.
Em outras palavras, o paciente fica com os olhos
“esbugalhados”. Ao olhar o paciente, você já percebe
a alteração. Há protusão do globo ocular, pela ação
dos autoanticorpos, que promovem aumento da
deposição de matriz extracelular na região periorbital
e isso provoca a oftalmopatia. Além da protusão,
pode haver hiperemia da conjuntiva ocular. Não se
confunda, esse sinal da exoftalmia não está presente
em todos os pacientes com hipertireoidismo, ele
estará presente quando a causa do hipertireoidismo
for a doença de Graves.

O hipotireoidismo é um problema na tireoide


(glândula que regula a função de órgãos importantes
como o coração, o cérebro, o fígado e os rins), que se
caracteriza pela queda na produção dos hormônios
T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). É mais comum em
mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa,
independente de gênero ou idade, até mesmo recém-
nascidos – o chamado hipotireoidismo congênito.

Figura 2: Exoftalmia
Em recém-nascidos, o hipotireoidismo pode ser
Logo na inspeção, em um paciente com diagnosticado através da triagem neonatal, pelo
hipertireoidismo, você pode notar o aumento da “Teste do Pezinho” que deve ser feito,
tireoide, conhecido como bócio. E isso não pode ser preferencialmente, entre o terceiro e o sétimo dias de
deixado de lado, pois o bócio pode ser um sinal que a vida do bebê. Em caso de resposta positiva ao
glândula está sendo hiperestimulada e está hipotireoidismo congênito, o tratamento precisa ser
aumentando seu volume, e no caso do iniciado imediatamente, sob rigoroso controle médico,
hipertireoidismo, além do volume, está aumentando para evitar suas consequências, entre elas o retardo

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
mental. Assim, o bebê poderá ficar curado e ter uma abordar todas as necessidades da mulher, incluindo o
vida normal. planejamento familiar, pré-natal, parto e puerpério,
clínica ginecológica, prevenção às doenças
Em adultos, na maioria das vezes, o hipotireoidismo é sexualmente transmissíveis, câncer de colo de útero
causado por uma inflamação denominada Tireoidite e de mama e climatério.
de Hashimoto, podendo, também, ser provocada
pela falta ou pelo excesso de iodo na dieta. -Na anamnese (primeira consulta) são coletados:

-Sintomas:  dados de identificação,


 queixa principal,
Depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos,  história da doença atual,
intestino preso, menstruação irregular, falhas de  antecedentes mórbidos pessoais e
memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele familiares,
seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento de  antecedentes ginecológicos, sexuais e
colesterol no sangue estão entre os sintomas do obstétricos (G: gesta, P: partos – cesária ou
hipotieroidismo. normal, A: abortos – gravidez ectópica entra
aqui também),
-Complicações:  medicamentos em uso (todos, até
psiquiátricos),
Se o hipotireoidismo não for corretamente  hábitos de vida,
tratado, pode acarretar redução da performance física  revisão de sistemas (alterações da
e mental do adulto, além de elevar os níveis de frequência urinária, da diurese, do jato e da
colesterol, que aumentam as chances de problemas percepção de sintomas associados; sintomas
cardíacos. intestinais: evacuação, dor, sangramento.
Varizes: presentes ou não, tratamentos de
trombose, edemas…).

Nos acompanhamentos subsequentes orienta-se


o uso de forma mais simplificada pelo método
“SOAP”, que consiste no acrônimo de subjetivo,
objetivo, avaliação e plano.

O exame físico geral aborda: peso, altura, cálculo


do índice de massa corporal (IMC), pressão arterial,
circunferência abdominal, exame abdominal e de
membros inferiores, assim como outra abordagem
mais minuciosa se necessário.

O exame físico ginecológico compreende o


exame das mamas, da genitália externa, da genitália
interna.

-Para um adequado exame físico geral e ginecológico


deve-se levar em conta que haja:

→privacidade para a paciente,


*Semiologia Sistema Reprodutor e Mama: →o local deve ser adequado, iluminado e climatizado,

Quando falamos em semiologia ginecológica, → o material a ser utilizado deve estar disponível no
estamos nos referindo ao estudo dos sinais e momento do exame.
sintomas das modificações funcionais e das
doenças mamárias e do aparelho genital
A paciente tem o direito de requisitar um
feminino.
acompanhante no momento do exame.
A consulta ginecológica praticada por médicos da
OBS: para as doenças mais comuns
atenção primária à saúde ou ginecologistas deve

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Na infância-puberdade: como vulvovaginites; *Observar mamilos: são protusos, planos ou
invertidos.
*Na adolescência: distúrbios menstruais, gestação
indesejada e infecções gênito-urinárias; OBS: No caso de adolescentes ou pacientes com
suspeitas sindrômicas, avalia-se o estágio do
*Na adulta: dor pélvica, infertilidade, vulvovaginites, desenvolvimento mamário de acordo com a
alterações do ciclo gravídico puerperal, enfermidades classificação dos estágios de Tanner.
benignas mamárias, variação do padrão de
sangramentos por alterações benignas;

*Na senilidade: distopias genitais, incontinência


urinária, osteoporose, doenças cardiovasculares e
neoplasias.

*Exame das mamas

-O exame das mamas divide-se em:

*Inspeção estática

Classificação de Tanner. Fonte: www.as.saude.ms.gov.br

*Inspeção dinâmica

Coloca-se a paciente sentada de frente para o


observador, com o tórax desnudo, e membros
superiores relaxados ao lado do corpo.

-Observar na pele:

 Alterações de cor, eritemas, cicatrizes, simetria,


retrações e abaulamentos;
 Textura: espessamento cutâneo? Proeminência
nos poros? (aspecto “casca de laranja”)
 Padrão vascular (circulação colateral, edemas e
ulcerações).
A paciente permanece sentada e realiza alguns
-Observar nas mamas: movimentos para realçar possíveis retrações e
abaulamentos, que podem sugerir ou não processos
malignos, bem como, verificar o comprometimento
*Simetria
dos planos musculares, cutâneo e gradil costal.
*Tamanho
São realizadas as manobras solicitando à paciente
que eleve lentamente as mãos sobre a cabeça e em
*Formato seguida posicionar as mãos na cintura, para contrair a
musculatura peitoral. Também pode-se pedir que a
Lembrando que é comum e normal ter certa paciente incline o tronco para frente com os braços
diferença entre o tamanho das mamas, inclusive das abertos (útil em pacientes com mamas grandes).
aureolas.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Subdividido em palpação do tecido mamário,
*Palpação dos linfonodos mamilos e descarga papilar. Podemos dividir e palpar
as mamas por quadrantes, é uma forma de facilitar a
Palpam-se os linfonodos axilares, palpação e, quando achamos um nódulo por exemplo,
supraclaviculares e infraclaviculares. Os descrevemos o quadrante onde ele se encontra na
linfonodos são melhor examinados com a paciente ficha de consulta da paciente.
sentada de frente para o examinador. Com a mão
espalmada (a mão direita examina o lado esquerdo
da paciente e vice-versa), faz-se a palpação
deslizante do oco axilar e de suas proximidades.
As fossas supra e infraclaviculares e as axilas são
palpadas com as pontas dos dedos. A presença
de linfonodos palpáveis, móveis e fifibroelásticos
não representa sinal de suspeição. Linfonodos
axilares aumentados, endurecidos, fixos e
coalescentes são indicativos de metástase de
carcinoma de mama, linfomas ou outros tipos de
neoplasias malignas.

Avaliamos: 1) tamanho; 2) consistência; 3)


sensibilidade à dor; 4) adesão a outros linfonodos e
aos planos corporais.

Com a paciente em decúbito dorsal, o


examinador posicionado ao lado direito da paciente
descobre somente a mama a ser examinada e inicia a
palpação com os dedos, e em movimentos de rotação
suaves.

A mama deve ser dividida em 4 quadrantes


imaginários para ser totalmente avaliada: começando
pelo mamilo, depois seguindo para a periferia.

OBS: para nodularidade fisiológica, que aumenta


no período menstrual. Hipersensibilidade também é
comum nesse período.
*Palpação das mamas

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Coloca-se a mulher adequadamente em posição
ginecológica (litotomia), com a cabeça apoiada em
um travesseiro, pedindo a ela que deslize para a
ponta na mesa de exame até as nádegas
ultrapassarem um pouco a margem da mesa. As
coxas devem manter-se em flexão, abdução e
rotação externa na altura dos quadris.

-Inspecionar o monte de Vênus, os grandes lábios e o


períneo.

*Expressão papilar: Terminada a palpação, faz-se


uma delicada pressão no nível da aréola e da papila,
identifificando as características da secreção como
coloração (sero-hemática, citrina, serosa, láctea,
esverdeada ou acastanhada); se ocorre por ducto
único ou múltiplo, se é espontânea ou provocada.
A pesquisa do ponto do gatilho, que é a
digitopressão realizada de forma circular ao redor da
aréola, pode auxiliar na identifificação do ducto
comprometido. Geralmente os derrames papilares
contendo sangue, sero-hemáticos ou cristalinos em
água de rocha levantam a suspeita de neoplasia
(papiloma ou carcinoma) e devem ser investigados
com biopsia excisional.
*Genitália interna (especular e toque)

Inicia-se o exame pela vagina utilizando espéculo


bivalvar, que pode ser de Collins ou Collins e Graves,
de aço ou material descartável, de tamanho
adequado sem lubrificação prévia.

-Exames da genitália

Antes de ser completamente colocado na vagina,


 Genitália externa
quando estiver em meio caminho, deve ser rodado,
ficando as valvas paralelas às paredes anterior e
OBS: Antes de se iniciar o exame, o examinador porterior, posição que ocupará no exame.
deve explicar cada etapa do procedimento, se
posicionar sentado de frente para a genitália, com Na abertura do espéculo, a mão esquerda
auxílio de foco luminoso já́ posicionado, mãos segura e firma a valva anterior do mesmo para que a
enluvadas, evitando movimentos inesperados ou mão direita possa, girando a borboleta para o sentido
bruscos, agindo sempre de maneira delicada e horário, abri-lo e expor o colo uterino.
observando as reações da paciente.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Observa-se, então, se o colo já se apresenta
entre as valvas, devendo o mesmo ser
completamente exposto. Nesse contexto, caso o colo
não esteja localizado na posição descrita
anteriormente, deve-se prosseguir com a tentativa de
visualização, por meio da movimentação delicada do
espéculo semiaberto. Em seguida, com a adequada
visualização do colo, esse poderá então ser
inspecionado o conteúdo vaginal, a quantidade de
secreção, a consistência, cor, odor, presença de
bolhas e sinais inflamatórios.

Uma consideração importante é a de


que mulheres na pós-menopaus tendem a ter o colo
atrófico, e nas mais idosas pode ser extremamente
difícil identificá-lo.

OBS: toque retal não é procedimento de rotina,


fazemos quando indica câncer de paramétrio ou SOP
extrema.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
→ Atendimento ao adolescente: como funciona? *Fimose: o prepúcio apertado não pode ser puxado
para trás na cabeça do pênis
Em atendimento médico a uma criança – pessoa
com até 12 anos incompletos – deve ser considerada Observa-se o corpo esponjoso e cavernoso, a
a necessidade dela estar acompanhada por um presença de áreas endurecidas e as artérias dorsais.
responsável legal. Em casos de atendimento ao Deve-se palpar toda a extensão do pênis, que é
adolescente – pessoa com idade entre 12 e 18 anos -, normalmente liso, semifirme e indolor.
ele pode estar desacompanhado, se assim o desejar,
-Exame da bolsa escrotal e testículos
sendo garantidos a eles autonomia e direito ao
sigilo.

A quebra deste sigilo deve ser considerada -Inspeção: Observa-se o formato, tamanho e volume
sempre que houver risco de vida ou outros riscos da bolsa escrotal, características da pele, sinais
relevantes tanto para o paciente quanto para terceiros, flogísticos (inflamação), úlceras, massas, cistos,
a exemplo de situações como abuso sexual, risco ou equimoses (manchas) hidrocele (aumento da bolsa
tentativa de suicídio, risco ou tentativa de aborto, escrotal), angioqueratomas (lesões vasculares
dependência de drogas, gravidez e outros. Nestes benignas).
casos, a necessidade da quebra de sigilo deverá ser
comunicada ao adolescente. -Palpação: Avaliar existência de hérnias. Palpa-se os
testículos separadamente, movimenta-os testículos
entre os dedos para sentir a consistência e contorno,
*Exame Físico Masculino: forma oval, indolor com palpação delicada, utilizando
o polegar e indicador. Avalia-se a consistência
(elástica), formato (ovoide), contornos e tamanhos.
Palpa-se também os epidímos (reconhecer a cabeça,
corpo e caula), que tem forma de vírgula de cima a
baixo do testículo, normalmente é indolor e macio.
Palpa-se os cordões espermáticos até o anel inguinal
externo.

-Exame físico da Próstata (Toque retal)


Com o paciente em posição de Sims (lateral
esquerda) ou Genupeitoral, coloca-se de um a dois
dedos delicadamente no ânus do paciente e analisa-
se a próstata dele. Avalia-se o tamanho, consistência,
superfície, contornos, sulco mediano e mobilidade.
A Próstata tem o tamanho de uma castanha
grande, e é regular, simétrica, depressível, de
Deve-se retrair completamente o prepúcio para superfície lisa, consistência elástica (como borracha),
visualização da glande, e assim, avalia-se a presença contornos precisos e discretamente móvel.
de lesões, posição, tamanho e diâmetro do meato
uretral.

*Agenesia: ausência completa ou parcial do órgão.

*Duplicação: presença de 2 pênis, com um ou


ambos funcionais.

*Tamanho: macro ou micro pênis (menor que 9 cm


ou maior que 23 cm).

*Hipospádia: abertura do pênis encontra-se na parte


inferior do órgão.

*Epispadia: abertura anormal da uretra se encontra


perto da glande.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Sondagem ou cateterismo vesical Para tal, o paciente poderá se dispor em pé, sentado
ou deitado, a depender da região avaliada.

Ombros
-Inspeção
Deve ser feito com o paciente desnudo da cintura
para cima. O examinador deve inspecionar o ombro e
a cintura escapular em uma visão anterior, em busca
de edemas, deformidades ou atrofias, e apenas a
cintura escapular na porção posterior.

Durante esta etapa, deve-se procurar vestígios de


lesões traumáticas, deformidades, alterações de
relevo muscular, presença ou não de escápula alada,
posicionamento anormal e deformidades dos
*Cateterismo vesical de demora: Introdução de um músculos adjacentes.
cateter estéril através da uretra até a bexiga, em
sistema fechado. Usada quando o cateter deve -Palpação
permanecer por mais tempo para drenagem continua. Durante a palpação, as seguintes estruturas devem
Sua finalidade é aliviar a retenção urinária, controlar o ser examinadas:
débito urinário e irrigação vesical.
 Articulação esternoclavicular – procura-se dor,
*Sondagem vesical de alivio: Sondagem vesical em edema e mobilidade anormal.
sistema aberto, usada para colher amostra estéril de  Clavícula – procura-se derformidades, dor,
urina ou esvaziar a bexiga com retenção urinaria, edema, crepitações e sinais de trauma.
pode ser repetida quando necessário.  Articulação acromioclavicular (localizada entre a
extremidade distal da clavícula e a porção medial
do acrômio) – procura-se dor, edema, crepitação
e mobilidade anormal (presença do sinal da tecla
[quando a extremidade lateral da clavícula
retorna à posição após a digitopressão,
semelhante a tecla de um piano]).
 Tendão do bíceps braquial.
 Região supra-espinhal, infra-espinhal e deltóidea.
Lembrando que a articulação glenoumeral, na maioria
dos casos, não é possível ser palpada. Porém, é
valido ressaltar que sua cápsula é formada por 4
tendões (supraespinhoso, infraespinhoso,
redondo menor e subescapular), sendo seu
conjunto chamado de Manguito Rotatório.

*Exame e Testes Aparelho Locomotor:

O exame do aparelho locomotor é de extrema


importância médica, ocorrendo por meio da coleta da
história e do exame físico, que, sendo feitos de forma
correta, podem frequentemente diagnosticar e avaliar
sem a necessidade de solicitar exames
complementares. O exame físico é realizado por meio
da inspeção, palpação, movimentação ativa -Movimentação
(realizado apenas pelo paciente, sem o auxílio do Esta etapa deve ser dividida em ativa e passiva.
examinador), movimentação passiva (realizado pelo Devem ser realizados os movimentos de flexão,
examinador) e manobras especiais de cada estrutura extensão, abdução, adução, rotação externa e
avaliada de forma individualizada. rotação interna.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
É avaliado também a amplitude dos movimentos,
com o intuito de observar presença de crepitações (a *Teste do Impacto de Hawkins-Kennedy:
mão do examinador deve estar posicionada sobre o
ombro durante os movimentos) e, em caso de dor, Com o membro superior elevado a 90º, em
avaliar o arco doloroso de Simmonds. rotação neutra e com cotovelo fletido a 90º, após
posicionando, o membro em questão deve ser
rotacionado para o centro de forma passiva e rápida.

Seu intuito é fazer com que o tubérculo maior do


úmero se projete em direção ao ligamento
coracoacrominal, enquanto o tubérculo menor se
aproxima do processo coracoide (impacto coracoide).
O teste é considerado positivo quando há dor durante
a movimentação.

*Teste do Supra-Espinhal: Este músculo é


testado pela elevação ativa do membro superior, no
*Teste do Impacto de Neer: Para esta manobra, o plano da escápula, estando este em extensão e
membro superior deve estar em extensão e rotação rotação neutra, enquanto o examinador faz contra
neutra, e este é elevado de forma passiva e rápida no resistência. O teste é considerado positivo quando
plano da escápula.Nesta situação, o tubérculo maior houver dor na face anteroateral do ombro com ou
do úmero vai em direção a face antero-inferior do sem redução de força.
acrômio, provocando o impacto.

*Teste de Jobe: Este teste se assemelha ao citado


anteriormente (teste do supra-espinhal),
diferenciando-se apenas pela rotação interna do
membro superior. O teste é considerado positivo
quando houver dor na face antero-ateral do ombro
com ou sem redução de força.

O teste é considerado positivo quando há dor


devido irritação da bolsa serosa e do tendão do
supraespinhal.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Teste de Speed: Também chamado de teste do
bíceps, tem a finalidade de avaliar lesões na cabeça
longa do músculo em questão. Para tal, o membro
testado deve estar em flexão ativa, em extensão e
rotação externa, enquanto o examinador faz contra
resistência. O teste é considerado positivo quando
houver dor ao nível do sulco intertubercular, com ou
sem alterações funcionais.

*Cotovelo
-Inspeção
Deve ser realizada por visualizações da região
lateral, anterior, posterior e medial. É de suma
importância pois as alterações esqueléticas, aumento
de volume, atrofias e cicatrizes são facilmente
identificadas devido ser uma articulação subcutânea,
além de avaliar o cúbito em varo ou valgo. O
*Teste do Infra-Espinhal: Neste teste, o examinador deve tentar identificar nesta etapa os
epicôndilos medial e lateral do úmero e do olécrano
membro superior testado é posicionado ao lado do
da ulna.
tórax, enquanto o cotovelo é flexionado em 90º. Após
posicionado, O paciente deverá fazer uma rotação
-Palpação
externa do braço, enquanto o examinador faz uma
Inicia-se nos epicôndilos lateral e medial e pela
contra resistência.O teste é considerado positivo
ponta do olécrano, seguindo para as estruturas
quando houver dor durante o movimento.
adjacentes, como tendão tricipital, ligamento colateral
lateral e medial, tendão do músculo bíceps braquial e
nervo ulnar. Por meio destas, busca-se por
espessamento, dor, edema, nódulos e temperatura.

-Movimentação
Dividindo-a em ativa e passiva, deve ser
realizado os 4 tipos de movimentos da região em
questão, sendo eles a pronação e supinação, feitos
pelas articulações radioulnar proximal e distal, e a
flexão e extensão, que ocorre nas articulações
úmero-ulnar e úmero-radial. Avaliando assim a
amplitude dos movimentos.

-Testes específicos

*Teste do Subescapular (Gerber): Esta *Teste de Cozen: Teste específico para avaliar a
manobra é feita inicialmente com o dorso da mão do epicondilite lateral (cotovelo de tenista). Para ser feita,
paciente posicionada a nível de L5. Após isso, ele o cotovelo do paciente deve estar em 90º de flexão,
deve afastar a mão de forma ativa. O teste é com o antebraço em pronação e a mão serrada,
considerado positivo quando há dor em área anterior então, deve ser feito de forma ativa a extensão do
do ombro, indicando lesão do subescapular. punho, enquanto o examinador faz uma contra
resistência e palpa o epicôndilo em questão.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Teste do Pivô/Pivot Shift: É utilizada para
confirmar a instabilidade posterolateral, geralmente
devido a insuficiência do ligamento colateral lateral.
Para tal, o antebraço do paciente deve estar em
supinação, enquanto o examinador segura o punho
do paciente, e, iniciando com o antebraço em
semiflexão, realiza-se a extensão associada a um
estresse em valgo no cotovelo, estabilizando a
rotação do úmero com a outra mão, mantendo uma
força de compressão axial.
O teste é considerado positivo quando o paciente
referir dor no epicôndilo lateral (origem da
musculatura extensora de punhos e dedos).

*Teste de Mill: É um teste alternativo, também


usado para epicondilite lateral, porém, o punho do
paciente fica em dorsiflexão e o cotovelo em extensão,
após isso, o examinador forçará o punho em flexão
enquanto o paciente resiste ao movimento.

O teste é considerado positivo quando houver


uma subluxação das articulações úmero-ulnar e
úmero-radial.

*Punho
-Inspeção

Deve ser feita de forma comparativa. O


examinador deve pesquisar por lesões elementares,
O teste é considerado positivo quando o paciente
presença de deformidades e/ou aumentos de volume,
referir dor no epicôndilo lateral (origem da
alterações na coloração da pele, deformidades
musculatura extensora de punhos e dedos).
musculares e deformidades ósseas.

*Teste da Epicondilite Medial: Neste teste, o -Palpação


cotovelo do paciente é fletido, o antebraço mantido
Deve-se palpar toda a região do punho, incluindo
em supinação e o punho em extensão. Em seguida, o
as extremidades ósseas da ulna e do rádio, o sulco
examinador irá estender lentamente o antebraço,
da articulação radiocarpiana e o dorso do punho com
podendo associar esse movimento a flexão do punho
os dedos polegares. Nesta etapa é investigada a
contra resistência.
presença de deformidades, tumorações, pontos
dolorosos e alteração de temperatura, bem como a
presença e localização de crepitações e estalos.

-Movimentação
Os movimentos são testados primeiramente de
forma passiva e em seguida de forma ativa, sendo
estes divididos em prono-supinação, flexão (flexão
O teste é considerado positivo quando o paciente
palmar), extensão (flexão dorsal), adução (desvio
referir dor no epicôndilo medial.
ulnar) e abdução (desvio radial). De forma geral, esta

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
etapa visa avaliar amplitude e limitação dos
movimentos supracitados.

-Testes especiais

*Teste de Finkelstein: Consiste em realizar um


desvio ulnar do punho, mantendo o polegar aduzido e
fletido na palma da mão fechada. O teste é
considerado positivo se houver dor no processo
estilóide do rádio.

*Quadril
-Inspeção
Deve-se realizar a inspeção do quadril e avaliar a
marcha do paciente, descalço e com a região
inspecionada desnuda, sempre que possível. O
examinador deve atentar para a presença de atrofias,
contraturas, desvios posturais, cicatrizes e a marcha
do paciente.
*Teste de Phalen: Frequentemente usado para -Palpação
pesquisa de síndrome do túnel do carpo. Consiste na Durante a palpação do quadril, o examinador deve
realização de flexão completa dos punhos por no atentar para a presença de dor e anormalidades
mínimo um minuto. Quanto ao Phalen invertido, a anatômicas seguindo o processo palpatório pela
propedêutica é a mesma, porém com os punhos em região anterior, lateral e posterior. Na região anterior
extensão máxima. o examinador deve palpar a espinha ilíaca anteros-
superior, tubérculo púbico e a artéria femoral. Deve-
se palpar na região lateral o trocanter maior e na
região posterior iniciar a palpação pela espinha ilíaca
póstero-superior seguindo para a articulação
sacroilíaca posterior, tuberosidades isquiáticas e
cristas ilíacas.

-Movimentação
O examinador deve realizar a movimentação ativa
e passiva, atentando para dor durante a
movimentação e preservação da amplitude de
movimento comparando os lados. Avaliar a extensão
melhor realizada em decúbito ventral, flexão em
decúbito dorsal, com o paciente ainda em decúbito
dorsal avaliar a rotação interna e externa seguindo
O teste é considerado positivo quando houver para a abdução e adução.
dormência ou formigamento na região do nervo
mediano, principalmente no dedo médio. -Testes especiais

*Teste de Patrick ou Fabere: O paciente deve


*Teste de Tinel: O teste consiste na percussão adotar a posição de decúbito dorsal para que o teste
suave do trajeto de um tronco nervoso, seguindo o seja realizado. É solicitado ao paciente que faça um
sentido distal-proximal. ´´4´´ com o membro inferior (flexão, abdução e

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
rotação externa), para que assim, o examinador
posicione uma mão no joelho que está fletido e a
outra na região anterior do quadril contralateral, afim
de realizar uma força em ambos os braços para baixo.
O teste é positivo em caso de dor na face posterior do
membro inferior contralateral ao joelho fletido, sendo
sugestivo de sacroileíte ou se o paciente relatar dor
no quadril ipsilateral ao joelho fletido sugestivo de
alteração na articulação coxofemoral.

*Teste de Gaeslen:

*Teste de Tredelemburg:

*Joelho

-Inspeção
Deve ser realizada com o paciente em ortostase e
com a região a ser inspecionada totalmente desnuda,
se possível. O examinador deve observar o
alinhamento dos membros inferiores no mesmo plano
atentando se o paciente apresenta joelho em
recurvato, varo ou valgo, edema, atrofias musculares,
deformidades anatômicas, derrame articular e lesões
elementares.

-Palpação

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Durante a palpação o examinador deve avaliar a rotação o teste é positivo sendo sugestivo de lesão
temperatura do local com o dorso da mão, dor meniscal.
durante a palpação e anormalidades anatômicas. O
exame deve ser feito a partir da palpação da patela e
do ligamento patelar seguindo para a pata de ganso
(região próxima a parte proximal da tíbia formada
pelos tendões do músculo sartório, grácil e
semitendíneo) e interlinha articular.

Para finalizar a palpação o examinador deve


pesquisar o sinal da tecla que consiste na
mobilização patelar com as duas mãos e quando
positivo indica Derrame Articular.

-Movimentação

As articulações do joelho permitem os


movimentos de flexão, extensão e rotação. A flexão e
extensão devem ser realizadas de maneira passiva e -Testes de avaliação ligamentar do joelho
ativa e a rotação apenas de maneira passiva.
Observar limitação de movimento, dor e a presença *Teste da Gaveta Anterior e Posterior: O
de crepitações ao decorrer do exame.
paciente adota a posição de decúbito dorsal e faz
uma semiflexão do joelho. Em seguida o examinador
-Testes especiais \
senta sobre o pé da perna fletida para fixar o membro
inferior. No teste da gaveta anterior, o examinador
• Testes de avaliação do menisco
traciona a perna aproximando de si para avaliar o
Ligamento Cruzado Anterior e no teste da gaveta
*Teste de Apley: Paciente em decúbito ventral e posterior empurrar afastando de si para avaliar
Ligamento Cruzado Posterior. O teste é positivo se
joelho fletido o examinador realiza uma rotação lateral
e medial comprimindo e tracionando o membro observar uma frouxidão do ligamento.
inferior. O teste é positivo em caso de dor durante a
rotação sendo sugestivo de lesão meniscal. Dor em
rotação interna (acometimento do menisco lateral) e
rotação externa (acometimento do menisco medial).

*Teste de McMurray: Com o paciente em


decúbito dorsal e perna fletida sobre a coxa o
examinador realiza a palpação da interlinha articular e
posiciona uma mão no calcanhar do paciente para
rotacionar o membro inferior. Em caso de dor a

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
resultando no sinal do vácuo, sugestivo de lesão no
*Tornozelo ligamento talofibular.
-Inspeção
Observar a presença de calcanhar varo ou valgo,
arco plantar atentando se está plano ou cavo,
eversão e inversão do pé, hálux valgo, sinais
flogísticos, aspecto dos fâneros e os interdígitos.

-Palpação
Deve-se buscar avaliar a temperatura com o
dorso da mão, edema. Dor durante a palpação e
anormalidades anatômicas como atrofias. Iniciar pela
palpação do músculo gastrocnêmio que faz parte do
tríceps sural passando após para o tendão calcâneo
e toda sua extensão e as articulações do tornozelo
seguindo para a palpação da articulação
metatarsofalangiana.

-Movimentação
Realizar a movimentação ativa e passiva
observando a amplitude do movimento, dor durante
as movimentações e anormalidades anatômicas que
possam surgir durante o exame. O tornozelo realiza
Dorsiflexão ou extensão plantar, Dorsiextensão ou
flexão plantar, Eversão e Inversão.

-Testes especiais

*Teste de Thompson: Com o paciente em *Teste do estresse em varo do tornozelo:


decúbito ventral e joelho fletido sobre a coxa o
examinador palpa o músculo gastrocnêmio na face
posterior do membro inferior sendo a resposta Nesse teste o examinador realiza uma força
fisiológica ao movimento do examinador a flexão estressando o tornozelo em varo mantendo a parte
plantar do paciente. Caso não ocorra a flexão plantar distal do membro inferior fixado. O teste avalia o
o teste é sugestivo de rompimento do tendão ligamento fibulocalcâneo e quando ocorre varismo
calcâneo. exacerbado o teste é sugestivo de lesão no ligamento
fibulocalcâneo.

*Teste do estresse em valgo do tornozelo:


O examinador realiza uma movimentação estressante
em valgo no tornozelo para avaliar a movimentação e
integridade do ligamento deltoide. Quando ocorre
valguismo exacerbado durante o teste o mesmo é
sugestivo de lesão no ligamento deltoide do tornozelo.

*Teste da Gaveta Anterior do Tornozelo:


Paciente em decúbito dorsal e examinador com uma
mão apoiada sobre a parte distal da tíbia e a outra no
calcanhar do paciente, realiza uma força de
deslocamento anterior no pé com a perna fixada pelo
examinador, O teste avalia o ligamento talofibular e é
positivo quando o movimento de tração é exacerbado

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Canais de sugestão para assistir as manobras:

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
-SEMIOLOGIA EM FOCO UFV

- RENAN LOVISETTO

*Referências Bibliográficas:

AMERICAN HEART ASSOCIATION. ACLS Advanced Cardiac Life


Suport: provider handbook. Las Vegas: Satori Continuum Publishing,
2022.

AMERICAN HEART ASSOCIATION. Suporte Básico de Vida:


manual do profissional. Mesquite: Integracolor LTD, 2023.

Bates - Propedêutica Médica - Lynn S. Bickley. 11ª Edição. 2015.


Editora Guanabara Koogan.

Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. 2013.


Editora Guanabara Koogan.

Semiologia Médica - Mario López, José Laurentys Medeiros –5ª


Edição. 2009. Editora Atheneu.

A Relação com o Paciente - Teoria, Ensino e Prática - 1º edição.


2003. Editora Guanabara e Koogan.

Exame Clínico - Elvino Barros, 2ª edição. 2004. Editora Artmed

Goldman Cecil Medicina - 2 Vols. - 24ª Ed. 2014. Editora Elsevier

Medicina ambulatorial - Condutas de atenção primária baseadas


em evidências - 4ª Edição. 2013. Editora Artmed

Medicina centrada no paciente e ensino médico: a importância do


cuidado com a pessoa e o poder médico. Ribeiro MMF, Amaral
CFS, Revista Brasileira de Educação Médica, 32(1): 90-97, 2008.

Medicina Interna de Harrison - 2 Volumes - 18ª Ed. 2013 . AMGH


Editora.

Mosby’s Guia de Exame Físico- 6ª edição. 2007. Editora Elsevier.

Semiologia Médica - José Rodolfo Rocco. 1º Edição. 2010.


Editora Elsevier.

Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg

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