Ham Tudo Segundo Período
Ham Tudo Segundo Período
Ham Tudo Segundo Período
termo em inglês como Basic Life Support (BLS), é implementação do SBV também é crucial em casos
um conjunto de providências em sequência realizados de engasgamento. Segundo a Cruz Vermelha
por pessoa leiga no local, um leigo treinado (que fez Americana, cerca de 4.500 mortes por asfixia ocorrem
um curso de resgate), profissionais de saúde e/ou anualmente nos Estados Unidos. Sendo a principal
resgate, que visam dar o primeiro atendimento com causa, a obstrução das vias respiratórias. O
suporte básico de vida à vítima até a chegada do reconhecimento precoce do engasgamento e a
suporte avançado de vida. aplicação de manobras de desobstrução das vias
aéreas, como a Manobra de Heimlich, podem salvar
vidas e prevenir danos cerebrais irreversíveis.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
caso de 1 ou dois socorristas 30: As manobras de ressuscitação cardiopulmonar
compressões. podem ser interrompidas por exaustão dos
2. A – (airway) Abertura da via Aérea: socorristas, se a cena se tornar insegura, se o
A abertura da via aérea pode ser feita com a paciente acordar, tossir ou houver retorno da
inclinação da cabeça para trás e elevação do circulação espontânea.
queixo (manobra de Chin-Lift) ou com a
anteriorização da mandíbula (manobra de -Situações em que as medidas de SBV não
Jaw-Thrust). estão indicadas
3. B – (breath) ventilação: A oferta da
ventilação pode ser feita utilizando um Em algumas situações, não é indicado realizar
dispositivo bolsa-válvula-máscara (ambu) ou as medidas de SBV, como:
uma máscara de bolso (pocket-mask), na
frequência de 2 ventilações a cada 30 Em caso de cena insegura para o socorrista,
compressões. É importante observar se como área com risco de desmoronamento, fiação
durante a ventilação existem sinais de elétrica exposta, rua onde não seja possível
permeabilidade aérea, como a interromper o fluxo de carros, dentre outras. Se
expansibilidade torácica ou abdominal durante não for possível modificar a cena de modo a
a ventilação. Caso o socorrista não se sinta garantir segurança para o socorrista, as equipes
seguro para realizar a ventilação, a prioridade de resgate e salvamento devem ser acionadas
é a compressão de alta qualidade. na tentativa de socorrer as vítimas.
4. D – Desfibrilação: o uso de um DEA Em caso de vítima carbonizada, decapitada,
ajuda o socorrista a identificar se a vítima está em rigor mortis ou com grande evisceração.
em PCR, se é um ritmo chocável e, quando é Em pessoas que apresentam consciência
o caso, aplica o choque na tentativa de preservada ou respondem aos estímulos.
reverter a PCR.
-Quando suspeitar ou critérios de inclusão:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
• Solicitar o DEA (presente na unidade) e pedir
ajuda (Nessas situaçoões é importante ainda
denominar especificamente uma pessoa e não
generalizar, por exemplo: ao invés de "chamem
ajuda", "Você de blusa laranja, LIGUE para o 192 -
SAMU) O eletrodo direito deve ser posicionado
embaixo da clavícula da vítima, enquanto o esquerdo
deve ser aderido abaixo do mamilo esquerdo.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
• Troca de funções a cada 5 ciclos ou 2 minutos Existem vários modelos de DEA (Desfibrilador
Externo Automático), mas eles possuem dispositivos
• Chegada do DEA : ligue o DEA, conectar as padronizados para facilitar o manuseio. Para operar o
pás ao tórax desnudo da vítima aparelho, basta seguir as seguintes etapas:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
O aparelho irá pedir para que seja instalado o
cabo no DEA, na luz que está piscando. Nesse
momento será feita a análise do ritmo e o aparelho irá
decidir se ele é chocável ou não. Não sendo chocável,
continuamos com as compressões, pois ele está em
uma parada cardíaca por assistolia ou AESP
(Atividade Elétrica Sem Pulso).
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
atenuador de carga, que garante que a distribuição
elétrica será somente a necessária. *SBV em Crianças:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
1. Como em qualquer outra situação, deve começar 4. Deve-se checar o pulso e respiração em 10s
por avaliar as condiçõs de segurança do local simultaneamente. O pulso pode ser aferido
antes de abordar a criança. em bebês de até 1 ano na artéria Braquial. Em
adultos e crianças maiores, o pulso pode ser
aferido na artéria carótida ou na femoral.
2. Avaliar a responsividade:
Depois de assegurar que estão garantidas as
condições de segurança, aproxime-se da criança
e avalie se esta responde, perguntando em voz
alta: Está bem? enquanto a estimula batendo
nos ombros Tratando-se de um bebê (até 1 ano
- Recém-nascidos e lactentes) estimule-a
mexendo nas mãos e/ou nos pés ao mesmo
tempo que chama em voz alta.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
abertas, realizar tração da mandíbula ou elevar o
mento). Em caso de 2 socorristas, 15:2.
*Ouça. Se o bebê respira normalmente e não há Continue fazendo os ciclos até que o serviço
evidência de trauma, coloque-a em posição de de urgência chegue ao local ou se o paciente
recuperação, peça ajuda e reavalie periodicamente se voltar a ter pulso e respiração, continua-se
mantém ventilação adequada. monitorando (decúbito lateral)(pode-se fazer
ventilação de resgate)
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Obstrução de Vias Aéreas por Corpo
Estranho em Adultos
-Quando suspeitar?
*Conduta Engasgo
A obstrução das vias aéreas por corpos A obstrução no adulto geralmente se apresenta
estranhos (OVACE) consiste na obstrução de vias como um quadro agudo com sintomas variados diante
aéreas causada por aspiração de corpo estranho, do grau de obstrução, bem como da localização e do
geralmente localizado na laringe ou traqueia. Essa período de tempo em que o corpo estranho está nas
condição pode ser um evento potencialmente fatal. vias aéreas. Durante a avaliação clínica, o paciente
Ela é mais comum em crianças do que em adultos, pode encontrar-se com as mãos no
sendo relados 80% dos casos em paciente menores pescoço tossindo, agitado, com dificuldade de
de 15 anos e os 20% restantes em maiores de 15 respirar e cianose, sinais sugestivos de
anos, segundo dados do Conselho de Segurança sufocamento. Algumas vezes, o paciente pode
Nacional.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
apresentar-se com sons respiratórios agudos (sibilo como uma válvula que permanece aberta para
ou estridor) ou ausência de som. permitir a chegada do ar aos pulmões e se fecha
quando engolimos algo, isso para bloquear a
passagem do alimento para os pulmões e encaminhá-
lo ao estômago. O engasgo é considerado uma
emergência, e em casos graves, pode levar a pessoa
à morte por asfixia ou deixá-la inconsciente por um
tempo. Sendo assim, agir rapidamente evita
complicações.
*Manobra de Heimlich
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
baixa que o restante do seu corpo, pois pela
gravidade, favorece a saída do corpo estranho. Vire o
bebê de barriga para cima em seu braço e efetue
mais cinco compressões sobre o esterno (osso que
divide o peito ao meio), na altura dos mamilos. Tente
visualizar o corpo estranho e retirá-lo da boca
delicadamente. Se não conseguir, repita as
compressões até a chegada a um serviço de
emergência (pronto socorro ou hospital). Esses
procedimentos são válidos somente se a criança ou o
adulto engasgado estiverem conscientes. Vítimas
inconscientes precisam de atendimento hospitalar
rapidamente e realização de RCP. Os primeiros
socorros para asfixia ou engasgo devem ser tomados
até que seja possível o atendimento especializado.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Escala de Coma de Glasgow:
A Escala de Coma de Glasgow é um
instrumento utilizado na avaliação neurológica no
TCE para determinar o nível de consciência e
detectar precocemente alterações oculares, verbais e
motoras. Possibilita a avaliação objetiva da função
cerebral, principalmente em avaliações neurológicas
seriadas (BRASIL, 2016).
Resposta verbal
-Escala de coma de glasgow: abertura ocular A avaliação da reatividade pupilar é uma parte
importante do exame neurológico e é frequentemente
A abertura ocular refere-se à resposta do realizada para avaliar a função do sistema nervoso
paciente à estimulação visual ou ao ambiente. autônomo e a integridade cerebral.
Existem quatro categorias principais para pontuar a
abertura ocular na Escala de Glasgow:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Diferença flexão normal e anormal:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
EXEMPLO: Um idoso de 66 anos de idade, foi vítima “Considerando seu estado atual, e considerando a
de acidente com moto em zona rural. O Serviço de data do início da doença, você está piorando,
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado melhorando ou continua igual?”
e ao chegar ao local do acidente, o socorrista FUNÇÃO CORTICAL SUPERIOR (FUNÇÃO
encontrou paciente com rebaixamento do nível de COGNITIVA)
consciência apresentando as seguintes respostas
frente aos estímulos feitos pelo socorrista:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
movimento, na ausência de qualquer alteração de no chão com a ponta do pé, como se estivesse
força e sensibilidade (Gr. Praxis = ação) escavando o solo. O problema ocorre por lesões
A apraxia é a incapacidade para realizar tarefas que no nervo fibular, nos nervos periféricos,
exijam recordar padrões ou sequências de movimento. radiculites, polineurites e poliomielites, que
impede a dorsiflexão dos pés.
*Exame de Marcha:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
membro superior fletido em 90° no cotovelo e em
adução e a mão fechada em leve pronação. O
membro inferior do mesmo lado é espástico, e o
joelho não flexiona, por isso, a perna se arrasta
descrevendo um semicírculo quando o paciente troca
*Marcha petit-pas: idosos portadores de
o passo. Ocorre na hemiplegia (doença vascular
encefálica).
arteriosclerose cerebral generalizada, paralisia
pseudobulbar, atrofia cortical da senilidade.
Caracterizada pelo paciente. dar passos muito curtos
e arrastar os pés como se estivesse dançando
“marchinha”.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Na semiologia do sistema Nervoso, também
avaliamos o equilíbrio ESTÁTICO E DINÂMICO
Solicitar ao paciente para assumir a posição ereta,
com os pés juntos e olhos abertos. O examinador
deverá estar ao lado ou atrás do paciente, visto que
caso o paciente desequilibre, a queda seja evitada.
Pequenas oscilações podem surgir e frequentemente
não são patológicas. É importante também verificar
se o paciente está utilizando o controle visual, se
“precisa enxergar o piso” para manter-se de pé.
Dessa forma, na avaliação do equilíbrio, pedimos ao
paciente que feche os olhos ao caminhar ou quando
está estático.
*Marcha vestibular: Há lateropulsão ao andar. Se houver perda de equilíbrio, as informações
Indicativo de Lesão no labirinto. sobre a posição das pernas podem não estar
chegando ao cérebro, geralmente porque os nervos
*Marcha claudicante: O paciente manca para um
ou a medula espinhal têm alguma lesão. Alterações
do equilíbro já podem ser sugeridas pelo exame da
dos lados. Ocorre na DAOP (Doença Arterial marcha.
Obstrutiva Periférica) e em lesões do aparelho
locomotor.
*Teste de Romberg:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
periféricas (paciente caiu para o lado direito - lesão oposição aos mesmos, comparando os dimídios,
lado ipsilateral), já quedas para trás podem indicar avaliando a força de cada movimento. Como se
lesões centrais. Essas alterações, por sua vez, estão trata de uma avaliação comparativa, a
relacionadas diretamente à coluna dorsal da medula experiência do examinador auxilia em um exame
espinhal. fidedigno. Deve-se fazer uma avaliação individual
dos movimentos com os grupos musculares:
Além disso, é possível sensibilizar o teste através
do RombergTandem ou Romberg Sensibilizado.
Essa prova é feita pedindo para o paciente colocar
um pé à frente do outro, a fim de diminuir ainda mais
a sua base. A pessoa deve permanecer nessa
posição por pelo menos 30 segundos de olhos
abertos, e 30 segundos de olhos fechados. Este teste
afere a função proprioceptiva com e sem a função
visual.
Prova de Romberg Positiva: oscilações do corpo, Flexão, extensão, abdução e adução contra a
desequilíbrio e tendência a queda. gravidade e a favor da gravidade.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*3 - movimentos somente contra a força da gravidade
*Prova de Barré, semiotécnica: Paciente em *4 - movimentos contra gravidade e resistência, mas
decúbito ventral com as pernas flexionadas em 45º, sub-normal
manter-se na posição por 30 segundos. *5 - força normal.
*Coordenação Motora
Quando examinamos a marcha, o equilíbrio e a
motricidade voluntária, já é possível detectar
distúrbios da coordenação (ataxias).
Sinal da pronação
Sinal do quinto dedo O SQD é examinado
postando-se de frente para o paciente e solicitando *Manobra índex-nariz– MMSS: Membro
que o mesmo com os olhos fechados estenda os
Superior em total abdução, e com indicador em
braços e dedos para frente com as palmas voltadas
extensão, tocar a ponta do indicador na ponta do
para baixo. O sinal está presente quando o quinto
próprio nariz. Com e sem controle visual. Testar
dedo abduz, ou seja, afasta-se dos demais
ambos MMSS separadamente. Caso a incoordenação
seja muito discreta, realizar a manobra naso-índex (o
Observa-se também maior ou menor grau de
paciente toca a ponta do seu indicador na ponta do
dificuldade respiratória, denunciando déficit do
seu nariz e depois a ponta do indicador do
diafragma e/ou dos músculos. respiratórios.
examinador e novamente a ponta de seu nariz, sendo
que o examinador moverá o seu indicador para
- Movimentos finos: abotoar roupas
diferentes posições ao longo do teste).
FORÇA MUSCULAR em resumo
*0 – ausência de movimento
*1 – movimento quase imperceptível, discreta
contração
*2 - movimentos somente com a força da gravidade
eliminada
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
encontra-se aumentada. Indivíduos eutônicos
*Disdiadococinesia: incapacidade de executar possuem consistência muscular elástica.
movimentos coordenados e alternados, p. ex., 3. Mobilização passiva: Constitui a parte de maior
pronação e supinação das mãos. Diadococinese é a importância da avaliação do tônus muscular,
capacidade de realizar movimentos alternados e realiza-se com movimentos alternados de flexão
coordenados. e extensão dos diversos segmentos articulados,
com velocidade e amplitude variadas. Realizar
no pescoço, ombros, cotovelos, punhos, quadril,
joelhos e tornozelos. O esperado é que não se
encontre nenhuma resistência à realização dos
movimentos ou facilidade demais.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Gradação
*Reflexo aquileu: MI flexionado, com a mão E o 0 - ausente apesar de facilitação
examinador promove ligeira flexão dorsal do pé e 1 - diminuído
golpeia tendão de aquiles com mão D. Resposta = 2 - normal
flexão plantar do pé. 3 - hiperativo
4 - hiperativo com clônus
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
hálux pelas faces laterais, e o colocar lentamente
para cima ou para baixo e o paciente deverá assinalar
qual a posição imposta pelo examinador. Maioria das
lesões no Sist. Lemniscal exibe comprometimento da
sensibilidade cinético-postural, mas em lesões mais
amenas, o comprometimento postural precede ao da
cinestesia.
*Sensibilidades Sensoriais:
-SENSIBILIDADE EXTEROCEPTIVA
Sensibilidade dolorosa epicrítica: forma de
sensibilidade dolorosa cutânea que possui sistema
neuronal bem definido (Sist. Extralemniscal).
Pesquisa-se com o paciente em decúbito dorsal,
semidespido, pressionando uma agulha sobre a pele *Nervos Cranianos
do paciente ou outro objeto. Deve-se Iniciar pesquisa
pelos MMII; o paciente com olhos fechados. Nas
polineuropatias periféricas, a anestesia dolorosa
ocorre apenas nas extremidades distais dos membros
(anestesia em bota e luva). A sensibilidade térmica
possui a mesma rota da dolorosa epicrítica. utiliza-se
dois tubos de vidro, um com água fria, outro com
água a 45ºC.
-SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA
CONSCIENTE
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
narina de cada vez e o paciente também pode ser distância média entre o paciente e o examinador,
vendado. Termos semiológicos relacionados ao olfato: fazendo números com os dedos, nos quatro campos
visuais e pede que o paciente lhe identifique os sinais.
Após esse processo é examinado o outro olho.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Havendo diminuição da acuidade, fala-se em O nervo oculomotor é exclusivamente eferente,
ambliopia; quando abolida, constitui-se em amaurose. faz inervação parassimpática da pupila (músculo
Ambas podem ser uni ou bilaterais. ciliar), inerva alguns músculos da movimentação
ocular extrínseca (músculos reto superior, reto inferior,
reto medial, oblíquo inferior) e músculo levantador da
*Fundo de olho: obrigatória, principalmente se o pálpebra. Para examinar o nervo oculomotor, solicita
paciente queixar-se de cefaleia. O papiledema ao paciente que siga a movimentação do dedo do
destaca-se pelo borramento dos contornos papilares, examinador, sempre deslocando para a direita, para a
ingurgitamento vascular e, às vezes, pela presença esquerda, para cima e para baixo e analisando a
de focos hemorrágicos; a atrofia destaca-se pela movimentação do globo ocular. Fazendo esse teste
coloração branca, de bordos nítidos. Observar: deslocando o dedo indicador, o examinador consegue
córnea, disco óptico, retina, mácula e vasos observar os movimentos dos segmentos laterais,
sanguíneos. verticais e de convergência da musculatura
extrínseca do olho.
Pares: Músculos responsáveis por fazer a Por atuar em associação com outros dois nervos,
motilidade extrínseca ocular, normalmente são o nervo oculomotor e nervo abducente (será citado
testados juntamente. posteriormente), a sua avaliação semiológica é a
realizada assim como o exame do nervo oculomotor,
solicitando ao paciente que siga a movimentação do
dedo do examinador.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
O nervo abducente apresenta um longo trajeto
atravessando a cisterna pontinha e sua função é fazer *V par - Trigêmeo: O Nervo trigêmeo possui três
a inervação eferente do músculo reto lateral que é divisões: oftálmica (V1), maxilar (V2) e mandibular
responsável por realizar a movimentação lateral do (V3)
globo ocular. O sexto par é originado no sulco
bulbopontino. b) Teste de Sensibilidade: Avaliar sensações
normais de toque e dor em todas as regiões testadas.
A realização do exame semiológico do sexto Deve ser testado com algodão em todas as 3 divisões
par, é feita juntamente com a avaliação dos nervos do nervo trigêmeo. Deve-se pedir para o paciente
oculomotor e troclear, em que examinador solicita fechar os olhos e perguntar por exemplo em qual lado
para o paciente acompanhar com os olhos a da face está passando o algodão.
movimentação de seu dedo em todos os sentidos
(D/E e Cima/Baixo). c) Reflexo Corneopalpebral: tocar leve e
cuidadosamente a córnea (o toque na esclera pode
ser falso negativo) com uma pequena mecha de
algodão umedecido ou uma simples gota de soro
fisiológico, e espera-se que, em resposta, o paciente
pisque direta e consensualmente.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
esse nervo apresenta duas partes funcionais: a
*Reflexos nasofacial e mentoniano: reflexo vestibular e a coclear.
nasofacial se introduz um pedaço de algodão no
orificio da narina e como resposta reflexa acontece A parte vestibular do oitavo par é formada por
um espirro ou expressões contrateis faciais fibras que guiam impulsos nervosos relacionados com
o equilíbrio, originados em receptores localizados no
*O reflexo mentoniano É feita uma percussão com ouvido interno. A parte coclear é constituída de fibras
martelo na região mentoniana com a boca entre que conduzem impulsos nervosos relacionados com a
aberta e como resposta reflexa há contração do audição, originados na região da cóclea.
masseter no sentido de fechar a boca.
A semiologia do nervo vestibular é realizada
*VII par: encarrega-se da inervação da
durante o exame de equilíbrio, em que muitas vezes é
realizado o teste de Romberg. Já a semiologia do
musculatura relacionada à mímica e também da nervo coclear é pesquisado a função auditiva
gustação dos 2/3 anteriores da língua ramo nervo interrogando o paciente sobre uma possível surdez
corda do tímpano, sensibilidade exteroceptiva de ou presença de zumbidos. Além disso, pode ser
pequena região da concha auditiva (músculo lançado mão do diapasão, comparando a audição de
estapédio), inervação das glândulas lacrimal e salivar ambos os ouvidos.
(exceto parótida que é inervada pelo Glossofaríngeo)
e sensibilidade proprioceptiva da musculatura
mencionada. No exame do sétimo par, é solicitado ao
N. coclear: a diminuição da capacidade auditiva
paciente que realize movimentos como franzir a testa,
(hipoacusia) e a abolição (acusia) podem ter
fechar os olhos com força contra resistência, mostrar
etiologia relacionada à orelha externa ou média
os dentes como num sorriso forçado e abrir a boca
(surdez de condução) ou à orelha interna ou do
para avaliar a simetria dos sulcos nasogenianos.
nervo coclear (surdez neurossensorial). Podemos
Tudo isso é para que seja possível avaliar a função
pesquisar, grosseiramente, através do tique-taque de
motora no nervo facial. Já quando se quer examinar a
um relógio ou fricção do cabelo do paciente próximo
parte sensitiva do nervo, é feito uma avaliação da
ao conduto auditivo. É testado geralmente com o
sensibilidade gustativa empregando soluções de
auxílio de testes especiais.
sabor doce, salgado, amargo e ácido. Hiperacusia,
indicando fraqueza do músculo estapédio, pode ser
*Prova de Rinne Nesse teste é comparada a
detectada posicionando-se um diapasão em
vibração próximo à orelha.
condução óssea (CO) e a condução aérea (CA) do
paciente.
*VIII par
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Além disso, o tempo de audição do diapasão, Para realizá-lo o examinador fica em pé na frente
deve ser duas vezes maior por condução aérea do do paciente e posiciona o diapasão em vibração na
que por condução óssea. linha mediana sobre o vértice do crânio. A posição
dele pode ser em qualquer ponto na linha mediana,
-Interpretação dos Resultados sobre a ponte do nariz, a fronte ou a maxila, no
entanto, o resultado é melhor no vértice.
*POSITIVO: O teste é positivo, quando o paciente
continua ouvindo o som após a remoção no mastoide, Normalmente o som é ouvido de modo igual nas
sendo normal a condução aérea ser melhor que a duas orelhas, não sendo lateralizado.
condução óssea. Nesse caso, o paciente possui
audição normal ou sugestivo de hipoacusia Quando há assimetria, o paciente escuta melhor
neurossensorial, em que a lesão prejudica ambas as em um dos ouvidos, ou seja, há perda auditiva.
formas de transmissão do som e mantém a
superioridade da condução aérea. -Interpretação dos Resultados
*NEGATIVO: O teste é negativo quando o paciente A resposta normal é o paciente ouvir som ou sentir
permanece sem ouvir o som após a remoção do a vibração no meio da testa.
contato do diapasão com a mastoide e seu
posicionamento justa-auricular daquele lado. Nesse
Caso o som não seja ouvido no meio ou se
caso, há um teste sugestivo de hipoacusia condutiva,
lateralize, considera-se que houve perda auditiva.
ou seja, a condução óssea está preservada, mas a
aérea está comprometida devido a alguma possível
lesão que dificultou a transmissão do som até o *Hipoacusia condutiva: na surdez condutiva, o som
ouvido interno. lateraliza para o lado afetado.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Outros Métodos que abra a boca e utilizando uma espátula produza
um toque suave na parede posterior da orofaringe.
Existem outras formas de se avaliar as respostas
auditivas em crianças, em pacientes com alteração do Observa-se se há elevação simétrica do palato
estado mental e na histeria ou simulação. Nesse caso, quando o paciente diz "ah". Se um lado é parético, a
existem as respostas auditivas reflexas: úvula é levantada e separada do lado parético. A
parte posterior de cada lado da faringe pode ser
*Reflexo auditivo-palpebral: conhecido também tocada com um abaixador de língua para checar o
como reflexo auropalpebral, acústico-palpebral, reflexo faríngeo (de ânsia), e a assimetria do reflexo
cocleopalpebral ou cócleo-orbicular): é quando há o faríngeo é observada; a ausência bilateral do reflexo
piscamento ou fechamento dos olhos em resposta a faríngeo é comum em pessoas saudáveis e pode
um som súbito e intenso. não ser importante. Para a função gustativa também
podem ser usados estímulos e substâncias pingadas
*Reflexo cocleopupilar: é a dilatação da pupila ou a na língua do paciente.
sua contração seguida por dilatação em resposta a
um ruído alto.
O exame semiológico do nono par é realizado O exame semiológico realizado para avaliar o
juntamente com o exame do décimo par, devido a nervo vago é solicitando ao paciente que abra a boca
proximidade funcional. É avaliado a função sensitiva e diga “a”, observando a simetria na elevação do
geral do nervo glossofaríngeo ao testar o reflexo do palato. Além disso, assim como no nervo
vômito. Nesse teste, o examinador pede ao paciente glossofaríngeo, pode ser avaliado o reflexo do vômito.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
O XII par craniano (hipoglosso) é avaliado
*Nervo Acessório, décimo primeiro par pedindo-se ao paciente para estender a língua e
verificando-se se há atrofia, fasciculações e
O nervo acessório é formado por uma raiz fraqueza (ocorre desvio para o lado da lesão).
craniana e uma raiz espinhal. Trata-se de um nervo
eferente cuja principal função é inervar o músculo
trapézio (que eleva os ombros e a escápula e estende
o pescoço) e o músculo esternocleidomastóideo (que
faz a rotação da cabeça para o lado oposto ao
músculo).
-CRÂNIO
Tamanho, contorno, proeminências, deformidades
Sopros orbitários ou cranianos
Dor à percussão.
-COLUNA VERTEBRAL
Deformidade, dor.
Rigidez nucal
O primeiro dos sinais de irritação meníngea, e
que é tido por alguns autores como patognomônico,
*Nervo Hipoglosso, décimo segundo par ou seja, que na devastadora maioria dos casos é
relacionada com essa afecção, é a rigidez nucal.
Esse sinal é a limitação da movimentação cervical,
O nervo hipoglosso é essencialmente motor e
principalmente extensora, que em casos mais graves
emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma
pode variar e afetar também a rotação e a
de filamentos radiculares que se unem apara formar o
lateralização. É importante entender que se trata de
nervo. Sua função é inervar músculos intrínsecos e
uma resistência notada à flexão cervical passiva,
alguns extrínsecos da língua.
desconsiderando a ação do próprio indivíduo de
executar o movimento.
O exame do décimo segundo par consiste na
observação da língua dentro da boca, verificando se
há alguma assimetria, atrofia ou fasciculações.
Solicita-se que o paciente exteriorize a língua.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
movimento a aproximadamente 135° da perna com a
Sinal de Brudzinski coxa.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
flexionado. Se essa manobra produzir dor na parte para trás e com a deglutição. Como a glândula é fixa
baixa das costas ou na perna irradiando, ela é à fáscia pré-traqueal, ela se desloca para cima com a
considerada um sinal positivo. deglutição do paciente. Assim, muitos bócios difusos
ou nodulares são facilmente documentados durante a
deglutição. Nos aumentos difusos da glândula, as
*Sinal de Bragard: duas faces laterais e a anterior do pescoço ficam
uniformemente abauladas. É importante frisar que
O Sinal de Bragard também conhecido como adiposidade cervical algumas vezes é confundida
Manobra de Lasegué sensibilizada realiza o mesmo com bócio, devendo-se notar, porém, que ela não se
teste mas com reforço por flexão do pé. desloca à deglutição. Nos crescimentos nodulares
da glândula (bócios nodulares) ocorrem
abaulamentos locais, surgindo assimetrias no
*Sinal de Sigard: manobra de Lasegué com reforço pescoço. Deve-se observar, também, desvios da
por flexão do hálux. traqueia, uma vez que o desvio lateral poderá sugerir
lobo tireoidiano aumentado, bócio subesternal ou
outra anormalidade torácica.
Inspeção da Tireoide
*Sistema Endócrino - Exame Físico Fonte: https://core.ac.uk/download/pdf/268326112.pdf
Tireoide
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
no sentido vertical e o istmo com diâmetro Técnica de palpação da tireoide
aproximado de 0,5 cm. Fonte: CELMO CELNO PORTO. SemiologiaMédica – 7ª Edição.
2013. Editora Guanabara Koogan.
O 1º passo na palpação é localizar a glândula.
Para localizá-la deveremos verificar a posição das Por meio da palpação, determinam-se o volume
cartilagens tireóidea e cricóide, uma vez que o istmo ou as dimensões da glândula, seus limites, a
da glândula tireoide se situa imediatamente abaixo da consistência e as características da sua superfície
cartilagem cricóide. (temperatura da pele, presença de frêmito e sopro).
Além disso, é importante dar atenção especial à
-Para a palpação da tireoide, usam-se 3 manobras: hipersensibilidade, à consistência e à presença de
nódulos. Em pessoas normais a tireoide pode ser
-Abordagem Posterior: palpável ou impalpável. Quando palpável, é lisa,
elástica (consistência de tecido muscular), móvel,
indolor, sendo a temperatura da pele normal e
• Paciente sentado e o examinador de pé atrás dele.
ausência de frêmito.
As mãos e os dedos rodeiam o pescoço, com os
polegares fixos na nuca e as pontas dos indicadores
*Ausculta
e médios quase a se tocarem na linha mediana. O
lobo direito é palpado pelos dedos da mão esquerda,
enquanto os dedos da outra mão afastam o
esternocleidomastóideo. Para o lobo esquerdo, as
coisas se invertem.
-Abordagem anterior:
*Nódulos Tireoidianos
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
esquerdo. É importante anotar a presença de A glândula tireoide possui, dentre suas células, as
gânglios satélites. O aumento da tireoide denomina- células foliculares, que são as células que fazem a
se bócio, e pode estar presente no hipo e secreção de dois hormônios importantíssimos, o T3
hispertiroidismo. (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina). A
importância desses hormônios em nosso organismo é
enorme, pois suas funções atuam na atividade de
*Bócios vários outros órgãos como coração, cérebro, rins e
fígado. Essa atividade endócrina é estimulada e
Os bócios podem ser simétricos, assimétricos ou regulada pelo eixo hipotálamo – hipofisário, onde o
nodulares (uni ou multinodulares). Uma boa hipotálamo secreta TRH (Hormônio Liberador de
estimativa do tamanho poderá ser obtida medindo-se Tireotrofina), que estimula a porção anterior da
diretamente o tamanho dos lobos utilizando-se uma hipófise a secretar TSH (Hormônio Estimulador da
fita crepe, assinalando previamente o polo superior e Tireoide ou tireoestimulante ou tireotrofina), que,
o inferior do mesmo, como foi mencionado na então, atua nas células foliculares da tireoide, que
medição dos nódulos. Em pacientes com grandes produz o T3 e T4. Em condições normais, a ação dos
bócios, a medida de circunferência do pescoço, no hormônios da tireoide é fundamental, mas, em
ponto mais proeminente, facilita a avaliação do excesso, eles se tornam patológicos, e o paciente
crescimento destes bócios. desenvolve a condição clínica conhecida como
hipertireoidismo. No hipertireoidismo, a tireoide se
torna hiperativa. Dessa forma, secreta quantidades
*Sinal de Pemberton hormonais muito maiores do que deveria. Mas por
que isso acontece?
O bócio multinodular pode causar obstrução da
traqueia e quando retroesternal também a obstrução
da veia cava superior. O sinal de Pemberton aparece
quando se eleva o braço do paciente acima da *Hipertiroidismo:
cabeça. Esta manobra faz com que o paciente
fique dispneico, com distensão das veias do
pescoço, pletora facial ou com estridor.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
deles pode ser o tecido tireoidiano, que então passa a pele quanto as unhas você pode avaliar facilmente,
produzir indevidamente o T3 e o T4). Ou pode ocorrer observando e tocando a mão do paciente.
até mesmo por iatrogenia, como o uso indevido de
medicamentos a base de hormônios tireoidianos, e
um exemplo disso são remédios para emagrecer, pois
como os hormônios aumentam a taxa de metabolismo
basal, estimulam o emagrecimento. Entretanto, esse
emagrecimento é patológico, até mesmo porque ele
não vem sozinho, ao contrário, ele vem acompanhado
de uma série de outros sinais e sintomas, e que
podem ser de alta gravidade.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Neste sistema, há também aumento da pressão também a sua produção hormonal. O bócio pode
arterial sistêmica. A atividade adrenérgica aumenta estar presente, por exemplo, na doença de Graves.
o inotropismo cardíaco, aumentando a força de Portanto, os sinais do hipertireoidismo são muitos, e
contração, e há também aumento do débito cardíaco. juntamente da história relatada, dos sintomas que o
E é isso que promove o aumento da pressão arterial paciente apresenta, você deve suspeitar de
sistêmica, que é um outro sinal que você pode hipertireoidismo. Lembrando que em mulheres a
encontrar. Como o hipertireoidismo leva à prevalência é maior.
hiperatividade, durante a consulta você pode notar o
paciente com tremor nas mãos, e em
outras extremidades. Ele se encontra desinquieto,
Faça uma boa anamnese (pois as informações
agitado, ansioso, tudo isso são sinais. Essa
do paciente são valiosíssimas), faça um bom exame
hiperatividade, que afeta o sistema nervoso como um
físico (pois nele você pode perceber e sentir muitos
todo, também provoca aumento de reflexos, que você
sinais importantes ao diagnóstico). Esses dois pilares
pode notar examinando a língua e as pálpebras, ou
são fundamentais a atuação médica, ao raciocínio
seja, o paciente tem hiperreflexia.
clínico e à “consequência” de tudo isso que é o
diagnóstico final e o adequado tratamento e conduta.
Figura 2: Exoftalmia
Em recém-nascidos, o hipotireoidismo pode ser
Logo na inspeção, em um paciente com diagnosticado através da triagem neonatal, pelo
hipertireoidismo, você pode notar o aumento da “Teste do Pezinho” que deve ser feito,
tireoide, conhecido como bócio. E isso não pode ser preferencialmente, entre o terceiro e o sétimo dias de
deixado de lado, pois o bócio pode ser um sinal que a vida do bebê. Em caso de resposta positiva ao
glândula está sendo hiperestimulada e está hipotireoidismo congênito, o tratamento precisa ser
aumentando seu volume, e no caso do iniciado imediatamente, sob rigoroso controle médico,
hipertireoidismo, além do volume, está aumentando para evitar suas consequências, entre elas o retardo
Júlia Carvalho
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mental. Assim, o bebê poderá ficar curado e ter uma abordar todas as necessidades da mulher, incluindo o
vida normal. planejamento familiar, pré-natal, parto e puerpério,
clínica ginecológica, prevenção às doenças
Em adultos, na maioria das vezes, o hipotireoidismo é sexualmente transmissíveis, câncer de colo de útero
causado por uma inflamação denominada Tireoidite e de mama e climatério.
de Hashimoto, podendo, também, ser provocada
pela falta ou pelo excesso de iodo na dieta. -Na anamnese (primeira consulta) são coletados:
Quando falamos em semiologia ginecológica, → o material a ser utilizado deve estar disponível no
estamos nos referindo ao estudo dos sinais e momento do exame.
sintomas das modificações funcionais e das
doenças mamárias e do aparelho genital
A paciente tem o direito de requisitar um
feminino.
acompanhante no momento do exame.
A consulta ginecológica praticada por médicos da
OBS: para as doenças mais comuns
atenção primária à saúde ou ginecologistas deve
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Na infância-puberdade: como vulvovaginites; *Observar mamilos: são protusos, planos ou
invertidos.
*Na adolescência: distúrbios menstruais, gestação
indesejada e infecções gênito-urinárias; OBS: No caso de adolescentes ou pacientes com
suspeitas sindrômicas, avalia-se o estágio do
*Na adulta: dor pélvica, infertilidade, vulvovaginites, desenvolvimento mamário de acordo com a
alterações do ciclo gravídico puerperal, enfermidades classificação dos estágios de Tanner.
benignas mamárias, variação do padrão de
sangramentos por alterações benignas;
*Inspeção estática
*Inspeção dinâmica
-Observar na pele:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Subdividido em palpação do tecido mamário,
*Palpação dos linfonodos mamilos e descarga papilar. Podemos dividir e palpar
as mamas por quadrantes, é uma forma de facilitar a
Palpam-se os linfonodos axilares, palpação e, quando achamos um nódulo por exemplo,
supraclaviculares e infraclaviculares. Os descrevemos o quadrante onde ele se encontra na
linfonodos são melhor examinados com a paciente ficha de consulta da paciente.
sentada de frente para o examinador. Com a mão
espalmada (a mão direita examina o lado esquerdo
da paciente e vice-versa), faz-se a palpação
deslizante do oco axilar e de suas proximidades.
As fossas supra e infraclaviculares e as axilas são
palpadas com as pontas dos dedos. A presença
de linfonodos palpáveis, móveis e fifibroelásticos
não representa sinal de suspeição. Linfonodos
axilares aumentados, endurecidos, fixos e
coalescentes são indicativos de metástase de
carcinoma de mama, linfomas ou outros tipos de
neoplasias malignas.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Coloca-se a mulher adequadamente em posição
ginecológica (litotomia), com a cabeça apoiada em
um travesseiro, pedindo a ela que deslize para a
ponta na mesa de exame até as nádegas
ultrapassarem um pouco a margem da mesa. As
coxas devem manter-se em flexão, abdução e
rotação externa na altura dos quadris.
-Exames da genitália
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
Observa-se, então, se o colo já se apresenta
entre as valvas, devendo o mesmo ser
completamente exposto. Nesse contexto, caso o colo
não esteja localizado na posição descrita
anteriormente, deve-se prosseguir com a tentativa de
visualização, por meio da movimentação delicada do
espéculo semiaberto. Em seguida, com a adequada
visualização do colo, esse poderá então ser
inspecionado o conteúdo vaginal, a quantidade de
secreção, a consistência, cor, odor, presença de
bolhas e sinais inflamatórios.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
→ Atendimento ao adolescente: como funciona? *Fimose: o prepúcio apertado não pode ser puxado
para trás na cabeça do pênis
Em atendimento médico a uma criança – pessoa
com até 12 anos incompletos – deve ser considerada Observa-se o corpo esponjoso e cavernoso, a
a necessidade dela estar acompanhada por um presença de áreas endurecidas e as artérias dorsais.
responsável legal. Em casos de atendimento ao Deve-se palpar toda a extensão do pênis, que é
adolescente – pessoa com idade entre 12 e 18 anos -, normalmente liso, semifirme e indolor.
ele pode estar desacompanhado, se assim o desejar,
-Exame da bolsa escrotal e testículos
sendo garantidos a eles autonomia e direito ao
sigilo.
A quebra deste sigilo deve ser considerada -Inspeção: Observa-se o formato, tamanho e volume
sempre que houver risco de vida ou outros riscos da bolsa escrotal, características da pele, sinais
relevantes tanto para o paciente quanto para terceiros, flogísticos (inflamação), úlceras, massas, cistos,
a exemplo de situações como abuso sexual, risco ou equimoses (manchas) hidrocele (aumento da bolsa
tentativa de suicídio, risco ou tentativa de aborto, escrotal), angioqueratomas (lesões vasculares
dependência de drogas, gravidez e outros. Nestes benignas).
casos, a necessidade da quebra de sigilo deverá ser
comunicada ao adolescente. -Palpação: Avaliar existência de hérnias. Palpa-se os
testículos separadamente, movimenta-os testículos
entre os dedos para sentir a consistência e contorno,
*Exame Físico Masculino: forma oval, indolor com palpação delicada, utilizando
o polegar e indicador. Avalia-se a consistência
(elástica), formato (ovoide), contornos e tamanhos.
Palpa-se também os epidímos (reconhecer a cabeça,
corpo e caula), que tem forma de vírgula de cima a
baixo do testículo, normalmente é indolor e macio.
Palpa-se os cordões espermáticos até o anel inguinal
externo.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Sondagem ou cateterismo vesical Para tal, o paciente poderá se dispor em pé, sentado
ou deitado, a depender da região avaliada.
Ombros
-Inspeção
Deve ser feito com o paciente desnudo da cintura
para cima. O examinador deve inspecionar o ombro e
a cintura escapular em uma visão anterior, em busca
de edemas, deformidades ou atrofias, e apenas a
cintura escapular na porção posterior.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
É avaliado também a amplitude dos movimentos,
com o intuito de observar presença de crepitações (a *Teste do Impacto de Hawkins-Kennedy:
mão do examinador deve estar posicionada sobre o
ombro durante os movimentos) e, em caso de dor, Com o membro superior elevado a 90º, em
avaliar o arco doloroso de Simmonds. rotação neutra e com cotovelo fletido a 90º, após
posicionando, o membro em questão deve ser
rotacionado para o centro de forma passiva e rápida.
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
*Teste de Speed: Também chamado de teste do
bíceps, tem a finalidade de avaliar lesões na cabeça
longa do músculo em questão. Para tal, o membro
testado deve estar em flexão ativa, em extensão e
rotação externa, enquanto o examinador faz contra
resistência. O teste é considerado positivo quando
houver dor ao nível do sulco intertubercular, com ou
sem alterações funcionais.
*Cotovelo
-Inspeção
Deve ser realizada por visualizações da região
lateral, anterior, posterior e medial. É de suma
importância pois as alterações esqueléticas, aumento
de volume, atrofias e cicatrizes são facilmente
identificadas devido ser uma articulação subcutânea,
além de avaliar o cúbito em varo ou valgo. O
*Teste do Infra-Espinhal: Neste teste, o examinador deve tentar identificar nesta etapa os
epicôndilos medial e lateral do úmero e do olécrano
membro superior testado é posicionado ao lado do
da ulna.
tórax, enquanto o cotovelo é flexionado em 90º. Após
posicionado, O paciente deverá fazer uma rotação
-Palpação
externa do braço, enquanto o examinador faz uma
Inicia-se nos epicôndilos lateral e medial e pela
contra resistência.O teste é considerado positivo
ponta do olécrano, seguindo para as estruturas
quando houver dor durante o movimento.
adjacentes, como tendão tricipital, ligamento colateral
lateral e medial, tendão do músculo bíceps braquial e
nervo ulnar. Por meio destas, busca-se por
espessamento, dor, edema, nódulos e temperatura.
-Movimentação
Dividindo-a em ativa e passiva, deve ser
realizado os 4 tipos de movimentos da região em
questão, sendo eles a pronação e supinação, feitos
pelas articulações radioulnar proximal e distal, e a
flexão e extensão, que ocorre nas articulações
úmero-ulnar e úmero-radial. Avaliando assim a
amplitude dos movimentos.
-Testes específicos
*Teste do Subescapular (Gerber): Esta *Teste de Cozen: Teste específico para avaliar a
manobra é feita inicialmente com o dorso da mão do epicondilite lateral (cotovelo de tenista). Para ser feita,
paciente posicionada a nível de L5. Após isso, ele o cotovelo do paciente deve estar em 90º de flexão,
deve afastar a mão de forma ativa. O teste é com o antebraço em pronação e a mão serrada,
considerado positivo quando há dor em área anterior então, deve ser feito de forma ativa a extensão do
do ombro, indicando lesão do subescapular. punho, enquanto o examinador faz uma contra
resistência e palpa o epicôndilo em questão.
Júlia Carvalho
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*Teste do Pivô/Pivot Shift: É utilizada para
confirmar a instabilidade posterolateral, geralmente
devido a insuficiência do ligamento colateral lateral.
Para tal, o antebraço do paciente deve estar em
supinação, enquanto o examinador segura o punho
do paciente, e, iniciando com o antebraço em
semiflexão, realiza-se a extensão associada a um
estresse em valgo no cotovelo, estabilizando a
rotação do úmero com a outra mão, mantendo uma
força de compressão axial.
O teste é considerado positivo quando o paciente
referir dor no epicôndilo lateral (origem da
musculatura extensora de punhos e dedos).
*Punho
-Inspeção
-Movimentação
Os movimentos são testados primeiramente de
forma passiva e em seguida de forma ativa, sendo
estes divididos em prono-supinação, flexão (flexão
O teste é considerado positivo quando o paciente
palmar), extensão (flexão dorsal), adução (desvio
referir dor no epicôndilo medial.
ulnar) e abdução (desvio radial). De forma geral, esta
Júlia Carvalho
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etapa visa avaliar amplitude e limitação dos
movimentos supracitados.
-Testes especiais
*Quadril
-Inspeção
Deve-se realizar a inspeção do quadril e avaliar a
marcha do paciente, descalço e com a região
inspecionada desnuda, sempre que possível. O
examinador deve atentar para a presença de atrofias,
contraturas, desvios posturais, cicatrizes e a marcha
do paciente.
*Teste de Phalen: Frequentemente usado para -Palpação
pesquisa de síndrome do túnel do carpo. Consiste na Durante a palpação do quadril, o examinador deve
realização de flexão completa dos punhos por no atentar para a presença de dor e anormalidades
mínimo um minuto. Quanto ao Phalen invertido, a anatômicas seguindo o processo palpatório pela
propedêutica é a mesma, porém com os punhos em região anterior, lateral e posterior. Na região anterior
extensão máxima. o examinador deve palpar a espinha ilíaca anteros-
superior, tubérculo púbico e a artéria femoral. Deve-
se palpar na região lateral o trocanter maior e na
região posterior iniciar a palpação pela espinha ilíaca
póstero-superior seguindo para a articulação
sacroilíaca posterior, tuberosidades isquiáticas e
cristas ilíacas.
-Movimentação
O examinador deve realizar a movimentação ativa
e passiva, atentando para dor durante a
movimentação e preservação da amplitude de
movimento comparando os lados. Avaliar a extensão
melhor realizada em decúbito ventral, flexão em
decúbito dorsal, com o paciente ainda em decúbito
dorsal avaliar a rotação interna e externa seguindo
O teste é considerado positivo quando houver para a abdução e adução.
dormência ou formigamento na região do nervo
mediano, principalmente no dedo médio. -Testes especiais
Júlia Carvalho
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rotação externa), para que assim, o examinador
posicione uma mão no joelho que está fletido e a
outra na região anterior do quadril contralateral, afim
de realizar uma força em ambos os braços para baixo.
O teste é positivo em caso de dor na face posterior do
membro inferior contralateral ao joelho fletido, sendo
sugestivo de sacroileíte ou se o paciente relatar dor
no quadril ipsilateral ao joelho fletido sugestivo de
alteração na articulação coxofemoral.
*Teste de Gaeslen:
*Teste de Tredelemburg:
*Joelho
-Inspeção
Deve ser realizada com o paciente em ortostase e
com a região a ser inspecionada totalmente desnuda,
se possível. O examinador deve observar o
alinhamento dos membros inferiores no mesmo plano
atentando se o paciente apresenta joelho em
recurvato, varo ou valgo, edema, atrofias musculares,
deformidades anatômicas, derrame articular e lesões
elementares.
-Palpação
Júlia Carvalho
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Durante a palpação o examinador deve avaliar a rotação o teste é positivo sendo sugestivo de lesão
temperatura do local com o dorso da mão, dor meniscal.
durante a palpação e anormalidades anatômicas. O
exame deve ser feito a partir da palpação da patela e
do ligamento patelar seguindo para a pata de ganso
(região próxima a parte proximal da tíbia formada
pelos tendões do músculo sartório, grácil e
semitendíneo) e interlinha articular.
-Movimentação
Júlia Carvalho
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resultando no sinal do vácuo, sugestivo de lesão no
*Tornozelo ligamento talofibular.
-Inspeção
Observar a presença de calcanhar varo ou valgo,
arco plantar atentando se está plano ou cavo,
eversão e inversão do pé, hálux valgo, sinais
flogísticos, aspecto dos fâneros e os interdígitos.
-Palpação
Deve-se buscar avaliar a temperatura com o
dorso da mão, edema. Dor durante a palpação e
anormalidades anatômicas como atrofias. Iniciar pela
palpação do músculo gastrocnêmio que faz parte do
tríceps sural passando após para o tendão calcâneo
e toda sua extensão e as articulações do tornozelo
seguindo para a palpação da articulação
metatarsofalangiana.
-Movimentação
Realizar a movimentação ativa e passiva
observando a amplitude do movimento, dor durante
as movimentações e anormalidades anatômicas que
possam surgir durante o exame. O tornozelo realiza
Dorsiflexão ou extensão plantar, Dorsiextensão ou
flexão plantar, Eversão e Inversão.
-Testes especiais
Júlia Carvalho
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*Canais de sugestão para assistir as manobras:
Júlia Carvalho
@juliacarvalhovg
-SEMIOLOGIA EM FOCO UFV
- RENAN LOVISETTO
*Referências Bibliográficas:
Júlia Carvalho
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