AVA02
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do processo perceptivo
É errôneo dizer, então, que o processo de percepção se dá a partir de uma transição das
sensações simples para sensações complexas somente pela soma das mudanças, já que
esse processo passa por etapas muito mais complexas.
O processo perceptivo, dessa forma, irá requerer que haja discriminação do conjunto
de indicativos atuantes (cor, peso, propriedades táteis, sabor, entre outros), juntamente
com os indicativos básicos determinantes e com a abstração concomitante
de indicativos inexistentes. Assim, demanda a unificação dos principais indicativos do
grupo e busca semelhança de um conjunto de indicativos percebidos e despercebidos
com o conhecimento que já se tem anteriormente daquele objeto. Havendo, no processo
dessa comparação, a hipótese de que o objeto que foi proposto se encaixe com a
informação que chega ao cérebro, acontecerá a identificação do objeto e o processo
perceptivo estará concluído. Por outro lado, se o resultado dessa comparação não
acontecer, isto é, a coincidência de hipótese com a informação real que chega ao
indivíduo, a busca de uma solução correspondente irá continuar enquanto o indivíduo
não identificar o objeto ou incluir esse objeto em uma determinada categoria.
Segundo Luria (1999, p. 39-40),
Propriedades da
percepção
Uma das teorias que mais se concentraram em explicar a
percepção foi a teoria da Gestalt. Ela afirma que a percepção
tem como um dos princípios organizadores o fato de que os
objetos são percebidos de maneira unificada, ou seja, a
percepção não se trata de sensações individuais que
aglomeramos em nossa mente, mas ocorre de maneira
organizada e espontânea sempre que olhamos a nossa volta,
combinando partes do campo perceptivo como se apresenta, de
acordo com Schultz e Schultz (1992).
As percepções são consideradas normais se o que o indivíduo
percebe é, de fato, o que está a sua volta, ou seja, o que
realmente se ouve, se vê e se sente. Alterações da percepção
podem ocorrer, sendo por ilusões e alucinações, que podem ser
criadas pelo homem e até mesmo pelos animais, como, por
exemplo, a camuflagem, que é usada por homens na guerra
assim como por animais para sua sobrevivência. Por outro lado,
a percepção pode ser diferenciada de acordo com algumas
propriedades que ela apresenta como veremos a seguir.
Fatores externos
Fatores Internos
Influenciam a nossa atenção, tais como a motivação, experiências
anteriores e fenômenos sociais.
Teoria da Gestalt
A Psicologia da Gestalt surge no princípio do século XX, por volta
de 1912, e incorpora em sua teoria um elemento que foi ignorado no
estruturalismo, que é a relação entre os estímulos.
Assim, a Gestalt trabalha com a ideia de um processo para dar
contorno ao que está exposto ao olhar, configurando o que é
colocado diante dos olhos do indivíduo. Ela traz a conceito de
conhecer o objeto pelo seu todo e não pelas suas partes, tendo suas
próprias leis que coordenam seus elementos. É uma teoria que
traz duas propriedades relacionadas à qualidade das formas:
Behaviorismo radical
Skinner traz a explicação de percepção através do conceito
de comportamento perceptivo, que são muitos comportamentos
inter-relacionados a um comportamento complexo.
Trazendo a explicação da percepção, segundo Lopes e Abbid (2002),
em termos de comportamento perceptual, considera-se a influência
de variáveis ambientais nesta resposta, evidenciando que a
questão deve ser tratada em termos de controle de estímulos e não
como uma tarefa cognitiva. De acordo com Cavalcanti (2008),
Skinner (1974/2006) afirma que o ambiente afeta o organismo antes
e depois que este se comporta, pois o contexto em que a resposta
ocorre, o comportamento em si, assim como suas conseqüências no
ambiente se relacionam para formar o histórico de reforço do
indivíduo. Portanto, se o comportamento é reforçado ou não em um
determinado contexto, este contexto, ou estímulo antecedente, passa
a exercer controle sobre este comportamento. Assim sendo, o
comportamento perceptual tem relação tanto com estímulos
discriminativos e estímulos delta quanto com a presença ou não de
reforçadores no ambiente (Silva, 2000). A teoria da percepção na
análise do comportamento, referida de forma mais econômica como
comportamento perceptual, abrange diversos comportamentos e
todos estes comportamentos possuem uma relação com os princípios
de controle de estímulos.
O estudo da percepção de Skinner pode ser desmembrado em dois
momentos:
Momento 1
O estudo do comportamento perceptivo como precorrente.
Momento 2
O estudo dos precorrentes do comportamento perceptivo.
O estudo do comportamento perceptivo como precorrente dá-se
de maneira que a investigação passa pelo comportamento perceptivo
e desempenha um papel fundamental de modificação do ambiente,
passando pelo processo de resolução de problemas e permitindo a
emissão de um comportamento discriminativo que leve à solução das
questões.
Conforme Simonassi e Cameschi (2003),
[c]omportamentos precorrentes são ações operantes que geram
estímulos discriminativos que afetam a probabilidade de ocorrência
de respostas subseqüentes (Skinner, 1969/1980; Baum, 1994 /1999).
As categorias de ação precorrentes ocorrem tipicamente em
situações de resolução de problemas, onde uma resposta
subseqüente pode ser ou não a resposta-solução.
Na segunda etapa, a investigação já trabalha com uma série
de outros elementos e comportamentos, como a atenção e
consciência, que irão modificar a probabilidade de emissão de
comportamento perceptivo. Realizando a análise das relações dos
demais comportamentos com o comportamento perceptivo, atinge-se
o ponto mais alto da linearidade da teoria da percepção no
behaviorismo radical, o que Skinner considera mais convincente do
que as explicações chamadas de mentalistas, como a Gestalt, a
femonenologia, entre outras teorias que fazem o uso da teoria das
cópias, como é nomeado por Skinner. Loppes e Abbid (2002) afirmam
que, quando a percepção é explicada através dos conceitos de
comportamento perceptivo, não há necessidade de nenhuma
outra mediação mental, considerando que a percepção é mais uma
questão de controle de estímulos do que de cópia mental, se houver a
identificação das variáveis que controlam o seu comportamento.
Percepção visual
Para muitos teóricos, a percepção visual é a percepção que mais se
destaca, Skinner afirma isso, colocando não necessariamente que a
visão seja o sentido mais importante que temos, mas que a visão é o
sentido mais complexo e desenvolvido.
Percepção auditiva
Essa é a percepção que temos dos sons através do ouvido, estando
ligada ao volume e intensidade do som e ritmo. Assim como a
percepção visual, é considerada como uma das percepções que mais
se destacam.
Percepção tátil
A percepção tátil não se dá de maneira uniforme, sendo sentida em
algumas partes do corpo, como as mãos, língua e lábios, de maneira
mais sensibilizada. Entretanto, pode ser percebida em todo o
corpo, permitindo reconhecer, em contato com o corpo, a presença
dos objetos, assim como sua forma, tamanho e temperatura. Tendo
grande importância na afetividade e também no sexo.
•
dor;
•
temperatura;
•
proporção;
•
pressão.
O sistema nervoso central do indivíduo sofre influências indiretas aos
sinais que são expressos na pele. Assim, os principais receptores
sensoriais presentes são:
Meissner Receptor de contato.
Pacini Receptor que dá a noção de pressão.
Ruffini Receptor que dá a percepção de calor.
Krause Receptor que dá a sensibilidade ao frio.
Terminações nervosas
Transmitem ao cérebro a percepção da dor.
livres
CONTINUE
Percepção gustativa
É a percepção importante para a alimentação, pois o paladar é o
que dá sentido aos sabores pela língua. Esse é o sentindo menos
desenvolvido pelos humanos, associado, muitas vezes, com o prazer,
sendo o seu principal fator a diferenciação de sabores.