III Teorico

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Contabilidade

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Societária – IFRS
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Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC/CPC)
que Tratam dos Ativos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. João Paulo Cavalcante Lima

Revisão Textual:
Aline Gonçalves
Normas Brasileiras de Contabilidade
(NBC/CPC) que Tratam dos Ativos

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:

Fonte: Getty Images


• CPC 04 – Ativo Intangível;
• Quadro-resumo: CPC 16, CPC 27, CPC 28 e CPC 29.

Objetivo
• Estudar e compreender as normas internacionais de contabilidade que tratam especifica-
mente da mensuração, do reconhecimento e da divulgação dos ativos das empresas em geral.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
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Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC/CPC) que Tratam dos Ativos

Contextualização
Para que você possa perceber o quanto as normas contábeis aplicadas aos ativos em
específico são importantes, eu sugiro que você leia a matéria intitulada de “IFRS: enten-
da o que são as Normas Internacionais de Contabilidade”.

IFRS: entenda o que são as Normas Internacionais de Contabilidade.


Disponível em: https://bit.ly/33dae74

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CPC 04 – Ativo Intangível
A IAS 38 (CPC 04) trata de uma classe especial de ativos, os ativos intangíveis, na
qual estão incluídos, por exemplo, softwares, patentes e copyrights. Essa norma nos dá
as diretrizes para a identificação, o reconhecimento e a contabilização dos intangíveis
gerados internamente, dos adquiridos separadamente e dos adquiridos em combinações
de negócios.
Um ativo intangível pode ser definido como um ativo não monetário identificável e
sem substância física. Devemos analisar também a definição de ativo, segundo a qual
diz que ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passa-
dos e do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a entidade.
Podemos destacar então três pontos dessas definições como critérios essenciais para o
reconhecimento de um ativo intangível: identificação, controle e geração de benefícios
econômicos futuros.
As entidades frequentemente incorrem em gastos na aquisição, no desenvolvimento,
na manutenção ou melhoria de recursos intangíveis, tais como softwares de computa-
dor, patentes, direitos autorais, entre outros. No entanto, para serem reconhecidos como
ativos intangíveis, os itens devem atender aos critérios de identificação, controle e gera-
ção de benefícios econômicos futuros, caso contrário, serão lançados como despesas.

Identificação
Um ativo é identificável quando:
• For separável, capaz de ser dividido da entidade e vendido, transferido, licenciado,
alugado ou trocado, seja individualmente ou em conjunto com um respectivo con-
tato, ativo identificável ou passivo;
• Resultar de direitos contratuais ou legais, independentemente de esses direitos serem
transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.

Controle
O controle de um ativo é dado pelo poder de obter benefícios futuros que fluam do
recurso subjacente e de restringir o acesso de terceiros a esses. Geralmente, o controle ad-
vém de direitos legais, contudo essa situação não é condição para a existência do controle.

Para fins de controle, o que vale é a essência da transação e não necessariamente a for-
ma. Em outras palavras, independe o fato de a empresa possuir o título legal do ativo.

Benefícios Econômicos Futuros


Os benefícios econômicos futuros de um ativo intangível podem incluir receita pro-
veniente da venda de produtos ou serviços, economias de custos ou outros benefícios
resultantes do uso do ativo pela entidade.

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Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC/CPC) que Tratam dos Ativos

Reconhecimento e Mensuração
Um ativo que atender à definição de intangível será reconhecido se, e apenas se:
• For provável que os benefícios econômicos futuros esperados que são atribuíveis ao
ativo fluirão para a entidade;
• O custo do ativo puder ser mensurado de forma confiável.

A entidade deve avaliar a probabilidade de geração dos benefícios econômicos futuros


utilizando premissas razoáveis e comprováveis, que representem a melhor estimativa da
administração em relação ao conjunto de condições econômicas que existirão durante a
vida útil do ativo. (ERNST & YOUNG; FIPECAFI, 2010, p. 371)

Aquisição Separada
Normalmente, o preço pago para adquirir um ativo intangível refletirá as expecta-
tivas sobre a probabilidade de que benefícios econômicos futuros incorporados no ativo
fluirão para a entidade.
Os ativos intangíveis adquiridos separadamente geralmente têm um custo que pode
ser mensurado de forma confiável. Esse custo compreende o preço de compra e qual-
quer custo diretamente atribuível da preparação do ativo para seu uso pretendido.
Conforme a IFRS 3, quando um ativo intangível for adquirido em uma combinação
de negócios, ele deve ser reconhecido pelo seu valor justo na data de aquisição. Assim,
um adquirente reconhece nessa data, separadamente do goodwill, um ativo intangível
da entidade adquirida, mesmo que esse ativo não tenha sido reconhecido pela adquirida
como um ativo intangível antes da data da aquisição.

É muito importante perceber que, no caso do goodwill originado numa combinação de


negócios, ele pertence à empresa adquirida. Há um pagamento por conta dele pelo adqui-
rente, mas não se trata, de forma alguma, de algum crédito, bem, direito ou outra forma
de ativo do próprio adquirente. Ele paga pela capacidade da adquirida proporcionar lucros
acima do normal, acima do que seria a remuneração normal do seu capital total (pró-
prio e de terceiros). Por isso, esse goodwill só é registrado no ativo intangível no balanço
consolidado. Nos balanços individuais dos investidores ele parece simplesmente como um
componente do investimento societário, no grupo específico de Investimentos dentro do
ativo não circulante.” (FIPECAFI, 2010, p. 266)

Mensuração do Valor Justo de um Ativo Intangível


Adquirido em uma Combinação de Negócios
Se um ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios for separável ou
resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, existem informações suficientes
para mensurar de forma confiável o valor justo do ativo. Se não existir nenhum mercado
ativo para um ativo, seu valor justo é o valor que se teria pago por esse ativo, na data de
aquisição, em uma transação entre partes conhecedoras e interessadas, com base nas
melhores informações disponíveis.

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Gasto Subsequente com um Projeto de Pesquisa e
Desenvolvimento em Andamento Adquirido
Os gastos com pesquisa e desenvolvimento que puderem ser reconhecidos como
ativos intangíveis, e que estiverem relacionados a um projeto em andamento adquirido
separadamente ou em uma combinação de negócios, devem ser:
• Reconhecidos como uma despesa, se for um gasto com pesquisa;
• Reconhecidos como uma despesa, se for um gasto com desenvolvimento que não
cumpra os critérios para reconhecimento como um ativo intangível;
• Adicionado ao valor contábil do projeto de pesquisa e desenvolvimento adquirido se
for um gasto com desenvolvimento que atenda aos critérios para reconhecimento
como um ativo intangível.

Aquisição por meio de uma Subvenção Governamental


Um ativo pode ser adquirido gratuitamente ou por contrapartida nominal por meio
de uma subvenção governamental. Direitos de aterrissagem e licenças para operar
aeroportos são exemplos.

Trocas de Ativos
Os ativos intangíveis podem ser adquiridos em troca de ativos ou ativos não mone-
tários. Os custos desses ativos intangíveis são mensurados pelo valor justo, exceto se a
transação de troca não tiver substância comercial, ou o valor justo do ativo recebido e
do ativo trocado não forem mensuráveis de forma confiável.
Uma entidade determina se uma transação de troca possui substância comercial, consi-
derando até que ponto se espera que seus fluxos de caixa futuros mudem com essa troca e:
• A configuração (ou seja, risco, época e valor) dos fluxos de caixa do ativo recebido
for diferente dos fluxos de caixa do ativo transferido;
• O valor específico da entidade da parte das operações da entidade afetada pela
transação mudar, como resultado dessa operação;
• As diferenças anteriores forem significativas ao valor justo dos ativos trocados.

Goodwill Gerado Internamente


Esse goodwill não deve ser reconhecido como ativo, pois ele não é um recurso iden-
tificável e não pode ser mensurado confiavelmente pelo custo.

Ativos Intangíveis Gerados Internamente


Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios para
reconhecimento, uma entidade classifica a geração do ativo em uma fase de pesquisa e
uma de desenvolvimento.

Fase de Pesquisa
Nenhum ativo intangível resultante da fase de pesquisa deve ser reconhecido, e os
gastos com pesquisa serão contabilizados como despesas quando incorridos, pois nessa
fase não há como demonstrar que existe um ativo intangível que gerará prováveis bene-
fícios econômicos futuros.

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A IAS 38 define pesquisa como a investigação original e planejada empreendida com o


intuito de obter novo conhecimento e entendimento científico e técnico.

Fase de Desenvolvimento
Um ativo intangível resultante do desenvolvimento será reconhecido se os seguintes
itens forem demonstrados:
• Viabilidade técnica de conclusão do ativo intangível, de modo que sua venda/uso
torne-se disponível;
• Sua intenção de concluir esse ativo;
• Sua capacidade de utilizar e vender esse ativo;
• A forma como o ativo intangível deverá gerar benefícios econômicos futuros;
• A disponibilidade de recursos técnicos e financeiros para conclusão do desenvolvi-
mento do ativo intangível;
• Sua capacidade de mensurar de modo confiável o gasto atribuível ao ativo intangível
durante seu desenvolvimento.

A IAS 38 define desenvolvimento como a aplicação de resultados de pesquisas ou outros


conhecimentos a um plano ou projeto para a produção de materiais, dispositivos, pro-
dutos, processos, sistemas, ou serviços novos ou significativamente melhorados antes do
início de sua produção ou uso comercial.

É importante frisar que, caso os gastos com desenvolvimento atendam aos seis crité-
rios descritos anteriormente, o ativo intangível deve ser reconhecido como tal, ou seja, a
entidade não poderia escolher entre lançar o gasto em despesa ou ativar, pois ela deverá
ativar, caso atenda aos critérios.

Marcas geradas internamente, cabeçalhos, títulos, listas de clientes e itens desse tipo
não serão reconhecidos como ativos intangíveis.

Custo de um Ativo Intangível Gerado Internamente


O custo de um ativo intangível gerado internamente compreende todos os custos dire-
tamente atribuíveis necessários para criar, produzir e preparar o ativo para ser capaz de
operar na forma pretendida pela entidade.

Reconhecimento de uma Despesa


O gasto será reconhecido como despesa quando incorrido, exceto:
• Se fizer parte do custo de um ativo intangível que atenda aos critérios de reco-
nhecimento;
• Se o item for adquirido em uma combinação de negócios e não puder ser reconhecido
como um ativo intangível.

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Mensuração Após o Reconhecimento
Primeiramente, a entidade deve escolher entre o método de custo ou o método
de reavaliação.

É importante ressaltar que a Reavaliação de Ativos não é permitida no Brasil em razão das
alterações trazidas pela Lei 11.638/07. Nesse sentido, apesar de permitido pela IAS 38, o mé-
todo de reavaliação fica vedado no cenário nacional enquanto a referida lei não for alterada.

Método do Custo
No caso de método de custo, após o reconhecimento inicial, um ativo intangível será
reconhecido pelo custo menos qualquer amortização acumulada e quaisquer perdas acu-
muladas por redução ao valor recuperável.

Método de Reavaliação
Nesse caso, um ativo intangível será reconhecido pelo valor reavaliado, sendo o seu
valor justo, determinado em um mercado ativo, na data de reavaliação menos qualquer
amortização acumulada subsequente e quaisquer perdas acumuladas subsequentes por
redução ao valor recuperável.

Se um ativo intangível for contabilizado utilizando método de reavaliação, todos os


outros ativos em sua classe também serão contabilizados utilizando o mesmo método,
exceto se não houver nenhum mercado ativo para esses ativos. Nesse caso, o ativo será
contabilizado pelo método de custo.

Se o valor contábil de um ativo intangível for aumentado como resultado de uma rea-
valiação, o aumento será reconhecido em outros resultados abrangentes e acumulado no
patrimônio líquido sob a rubrica reserva de reavaliação.

Se o valor contábil de um ativo intangível for reduzido como resultado de uma reava-
liação, a redução será reconhecida no resultado do exercício, exceto se houver um saldo
positivo na reserva de reavaliação em relação a esse ativo.

Vida Útil
Uma entidade avaliará se a vida útil de um ativo intangível é definida ou indefinida e
sua duração ou número de unidades de produção ou unidades similares que constituem
essa vida útil.

Um ativo intangível será considerado como tendo vida útil indefinida quando não
houver nenhum limite previsível em relação ao período durante o qual se espera que o
ativo gere fluxos de caixa.

Além disso, o ativo intangível com vida útil definida é amortizado, porém o ativo intan-
gível com vida útil indefinida não, estando sujeito apenas ao teste de recuperabilidade no
mínimo anual.

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Ativos Intangíveis com Vidas Úteis Definidas


Período de Amortização e Método de Amortização
O valor depreciável de um ativo intangível com vida útil definida será alocado em uma
base sistemática ao longo de sua vida útil. A amortização será iniciada quando o ativo
estiver disponível para uso, ou seja, quando ele estiver no local e na condição necessária
para que seja capaz de operar da forma pretendida pela administração.
Já o método de amortização utilizado refletirá o padrão em que se espera que os
benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela entidade. Se esse padrão
não puder ser determinado de forma confiável, o método linear será utilizado.

Valor Residual
O valor residual de um ativo intangível com uma vida útil definida será assumido
como zero, exceto:
• Se houver um compromisso de um terceiro em comprar o ativo no final de sua vida; ou
• Houver mercado ativo para o ativo e:
» O valor residual puder ser determinado por referência a esse mercado;
» For provável que esse mercado existirá no fim da vida útil do ativo.

Segundo a IAS 38, o valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que uma entida-
de obteria presentemente a partir da alienação de um ativo, após deduzir os custos estima-
dos de alienação, se o ativo já tivesse a idade e na condição esperada no final de sua vida útil.

Revisão do Período de Amortização e Método de Amortização


O período e o método de amortização de um ativo intangível com uma vida útil
definida serão revisados pelos menos a cada final de exercício social (se as estimativas
mudarem, os períodos também mudam).

Se houver uma mudança no padrão esperado de consumo de benefícios econômicos


futuros incorporados no ativo, o método de amortização será mudado para refletir o
padrão alterado.

Ativos Intangíveis com Vidas Úteis Indefinidas


Um ativo desse tipo não será amortizado. No entanto, de acordo com a IAS 36, uma en-
tidade está obrigada pelo menos anualmente a testar um ativo intangível com vida útil indefi-
nida quanto à redução ao valor recuperável, comparando esse último com seu valor contábil.

Revisão da Avaliação de Vida Útil


A vida útil de um ativo intangível que não está sendo amortizado será revisada em
cada período para determinar se os eventos e as circunstâncias continuam a suportar
uma avaliação de vida útil indefinida para esse ativo. Caso seja necessária uma mudança
na avaliação da vida útil de indefinida para definida, ela será contabilizada como uma
mudança na estimativa contábil de acordo com a IAS 8.

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Segundo o CPC 01 e a IAS 36, o valor recuperável de um ativo é o maior entre o seu valor
líquido de venda e o seu valor em uso.

Baixas e Alienações
Um ativo intangível será baixado:
• Na alienação; ou
• Quando não forem esperados benefícios econômicos futuros de seu uso ou alienação.
O ganho ou a perda de um ativo intangível será determinado como a diferença entre
os proventos líquidos da alienação, se houver, e o valor contábil do ativo, e será reconhe-
cido no resultado do exercício. Os ganhos não serão classificados como receitas.

Divulgação
Uma entidade divulgará, para cada classe de ativos intangíveis (gerados interna-
mente ou não):
• Se as vidas úteis são indefinidas ou definidas e, se definidas, as vidas úteis ou taxas
de amortização utilizadas;
• Os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vidas úteis definidas;
• O valor contábil bruto e qualquer amortização acumulada no início e no final do período;
• As rubricas da demonstração do resultado em que está incluída qualquer amortização
de ativos intangíveis;
• Uma conciliação do valor no início e no final do período demonstrando:
» Adições, indicando separadamente aquelas provenientes de desenvolvimento in-
terno, aquelas adquiridas separadamente e aquelas adquiridas por meio de com-
binações de negócios;
» Os ativos classificados como mantidos para venda ou incluídos em grupo de alie-
nação que seja classificado como mantido para venda de acordo com a IFRS 5;
» Aumentos ou reduções durante o período resultante de reavaliações e de perdas
por redução ao valor recuperável reconhecidas ou revertidas em outros resultados
abrangentes de acordo com a IAS36;
» Perdas por redução ao valor recuperável reconhecidas no resultado do exercício
no período de acordo com a IAS 36;
» Perdas revertidas na mesma situação anterior;
» Qualquer amortização reconhecida durante o período;
» Diferenças de câmbio líquidas resultantes da conversão de demonstrações finan-
ceiras para a moeda de apresentação e da conversão de uma operação no exterior
para a moeda de apresentação da entidade;
» Outras mudanças no valor contábil durante o período.

Para um ativo intangível com vida útil indefinida, o valor contábil e os motivos que
suportam essa avaliação também devem ser divulgados.

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Ativos Intangíveis Mensurados após o Reconhecimento


Utilizando o Método de Reavaliação
Caso os ativos intangíveis forem contabilizados pelos valores reavaliados, será divulgado:
• Por classe de ativos intangíveis:
» A data efetiva de reavaliação;
» O valor contábil dos ativos intangíveis reavaliados; e
» O valor contábil que teria sido reconhecido caso a classe reavaliada de ativos intan-
gíveis tivesse sido mensurada após o reconhecimento utilizando o método de custo.
• O valor do superávit de reavaliação que está relacionado aos ativos intangíveis no
início e no final do período, indicando as mudanças no período e quaisquer restri-
ções sobre a distribuição do saldo aos acionistas; e
• Os métodos e premissas significativas aplicados na estimativa dos valores justos
dos ativos.

Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento


Deve ser divulgado o valor total do gasto com pesquisas e desenvolvimento reconhe-
cido como uma despesa durante o período.

Quadro-resumo: CPC 16,


CPC 27, CPC 28 e CPC 29
A seguir, será apresentado um quadro-resumo com as demais normas objetos de
estudo desta unidade, bem como as indicações de leitura para aprofundamento dos
estudos das normas em questão.
Quadro 1

O objetivo da IAS 2 (CPC 16-R1) é prescrever o tratamento contábil


para estoques, tendo como questão fundamental o valor de custo a ser
reconhecido como um ativo e transportado para o resultado no exer-
CPC 16 (R1) – Estoques cício em data futura, até que as receitas relacionadas sejam reconhe-
cidas. A Norma também orienta sobre a determinação do custo e seu
reconhecimento subsequente como despesa, assim como os métodos
usados para atribuir custos aos estoques.

O objetivo da norma IAS 16 (CPC 27) é prescrever o tratamento contábil


para o imobilizado, de modo que os usuários das demonstrações finan-
ceiras possam extrair informações sobre o investimento de uma enti-
dade em imobilizado e as mudanças nesse investimento.
O custo de um item do imobilizado só será reconhecido como um ativo se:
CPC 27 – Ativo • For provável que os benefícios econômicos seguirão para a entidade;
Imobilizado • O custo puder ser mensurado de forma confiável.
A IAS 16 não prescreve o que deve ou não ser reconhecido individual-
mente no imobilizado. É necessário utilizar-se de julgamento profis-
sional para a definição dos critérios de reconhecimento.
Em alguns casos, pode ser apropriado agregar itens individualmente insig-
nificantes, tais como ferramentas, e aplicar os critérios ao valor do conjunto.

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O objetivo da IAS 40 (CPC 28-R1) é estabelecer o tratamento contá-
bil de propriedades para investimento e seus respectivos requisitos
de divulgação.
Propriedades para Investimentos devem ser classificadas no Balanço
Patrimonial no grupo Ativo Não Circulante e dentro do subgrupo Inves-
timentos; deve tratar-se de bens imóveis não destinados à venda e que
CPC 28 – Propriedade não se destinam a serem utilizados no processo de produção ou forneci-
para Investimento mento de bens e serviços.
Para reconhecer uma propriedade para investimento como um ativo,
é necessário que:
• Seja provável o fluxo de benefícios econômicos futuros associados
a essa propriedade; e
• O custo da propriedade para investimento possa ser mensurado
confiavelmente.

A IAS 41 – Agricultura (CPC 29) descreve o tratamento contábil, a


apresentação de demonstrações financeiras e divulgações ligadas a
atividades agrícolas.
Essa Norma será aplicada na contabilização de ativos biológicos,
produtos agrícolas no momento da colheita e subvenções governa-
mentais relacionadas a tais itens.
É importante ressaltar que a atividade de processamento dos produ-
tos após a colheita não é tratada pela IAS 41; consequentemente, os
CPC 29 – Ativo Biológico produtos resultantes do processamento após a colheita estão fora do
e Produto Agrícola escopo dessa norma. Por exemplo, a madeira extraída de uma floresta
de eucaliptos encontra-se sob o alcance da IAS 41, mas a celulose, que
é decorrente do processamento após a colheita, não.
A IAS 41 determina que um ativo biológico deve ser reconhecido so-
mente quando:
• A entidade controlar o ativo como resultado de eventos passados;
• For provável que benefícios econômicos futuros associados ao ativo
fluirão para a entidade;
• O valor justo ou custo do ativo puder ser mensurado de forma confiável.

• CPC 16 (R1) – Estoques. Disponível em: https://bit.ly/3tjXfLu


• CPC 27 – Ativo Imobilizado. Disponível em: https://bit.ly/3egPq4V
• CPC 28 – Propriedade para Investimento. Disponível em: https://bit.ly/2RtcAvZ
• CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola. Disponível em: https://bit.ly/3tj87tc

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
CPC
Nesse site institucional se encontra toda a legislação contábil vigente no país. A cada unida-
de tratamos de uma legislação específica, mas todas elas estão na mesma fonte/repositório.
https://bit.ly/3nMpH7A

Vídeos
CPC 04 (R1) – Ativos intangíveis
https://youtu.be/cDMk0xGU2BI
CPC 16 (R1) – Estoques
https://youtu.be/CQI1yPA0dMw
Ativo imobilizado – CPC 27
https://youtu.be/0f9wG0X9Wpg
Propriedade para investimento
https://youtu.be/GTRA0fHB-wU
Ativo biológico – CPC 29
https://youtu.be/rPa7EidOjLo

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Referências
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Ativo biológico e produto agrícola.
CPC 29, 2009.

________. Ativo imobilizado. CPC 27, 2009.

________. Ativo intangível. CPC 04 (R1), 2010.

________. Estoques. CPC 16 (R1), 2009.

________. Propriedade para investimento. CPC 28, 2009.

ERNST & YOUNG; FIPECAFI. Manual de normas internacionais de contabilidade:


IFRS versus Normas Brasileiras. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.

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