Vol II - Plano de Ordenamento

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MUNICIPIO DA CIDADE DE CHIMOIO

CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DE CHIMOIO


PLANO DE ESTRUTURA URBANA

VOL.II

PLANO DE ORDENAMENTO DO
MUNICÍPIO DA CIDADE DE
CHIMOIO

NOVEMBRO DE 2012
Ficha Técnica

Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental

Coordenação e Supervisão

Ana Isabel Senda – Directora Nacional do Planeamento e Ordenamento Territorial

Natércia Alberto Mandlate Nhabanga – Directora Provincial Para a Coordenação da Acção


Ambiental- Manica

Equipa Técnica Central

Samuel Chadreque – Arquitecto e Planificador Físico

Olívia Vitória Cossa – Gestora e Planificadora Ambiental

Adérito Wetela – Arquitecto e Planificador Físico

André Gaspar - Desenhador

Equipa Técnica: Direcção Provincial Para a Coordenação da Acção Ambiental de


Manica

Luís Almeida Constantino Bacacheza – Planificador Físico

António Matucho - Geógrafo

Conselho Municipal da Cidade de Chimoio

Dr. Raul Conde Adriano – Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Chimoio

Equipa Técnica: Conselho Municipal da Cidade de Chimoio

João Jó Simbe – Vereador na Área de Urbanização, Construção e Habitação

Daniel Fernando Carlos – Director de Departamento de Urbanização, Construção e Habitação

Hélder Isidro Jaime – Topógrafo

Rui Gando Fernando Suares – Topógrafo

Bacelar Ângelo Vitorino – Planificador Físico

Pedro Farnela – Técnico (Foral e Cadastro)

Ernesto Sande - Topógrafo


Acrónimos

AMCC – Assembleia Municipal da Cidade de Chimoio

BR – Boletim da República

CMCC – Conselho Municipal da Cidade de Chimoio

CS – Centro de Saúde

DMUCH – Departamento Municipal de Urbanização, Construção e Habitação

DINAPOT- Direcção Nacional de Planeamento e Ordenamento Territorial

DPCAAM- Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental de Manica

DPOT- Departamento de Planeamento e Ordenamento Territorial

DPU – Departamento de Planeamento Urbano

DUAT – Direito de Uso e Aproveitamento da Terra

EDM – Electricidade de Moçambique

EP1- Ensino Primário do 1º Grau

EP2- Ensino Primário do 2º Grau

EPC – Escola Primária e Completa

ESG – Ensino Secundário Geral

ETP – Ensino Técnico Profissional

Ha- Hectare

HG /P – Hospital Geral/ Provincial

INE – Instituto Nacional de Estatística

LOLE – Lei dos Órgãos Locais do Estado

MICOA – Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental

ONGs – Organizações não Governamentais

PEUMCC- Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio

PS – Posto de Saúde
RGPH – Recenseamento Geral da População e Habitação

TDM – Telecomunicações de Moçambique

PAU1 – Posto Administrativo Urbano 1

PAU2 – Posto Administrativo Urbano 2

PAU3 – Posto Administrativo Urbano 3


ÍNDICE

ORDEM TEMA PÁG


I INTRODUÇÃO 2
Objectivos 2
Metodologia 2

II. PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO 3

2.1. O Crescimento Económico do Município da Cidade de Chimoio 3


2.2. O Crescimento da População 4

III. CENÁRIOS PARA O DESENVOLVIMENTO 7

IV. Zoneamento 10

4.1. Principais Elementos do Plano de Estrutura Urbana 10


4.2. Ordenamento do Território do Município da Cidade de Chimoio 10
4.2.1. Espaço Habitacional Urbanizado a Requalificar 11
Espaços Habitacionais Semi-Urbanizados de Média e Baixa 12
4.2.2.
Densidade
Espaços Habitacionais não Urbanizados de Alta e Baixa 13
4.2.3.
Densidade por Reordenar
4.2.4. Área para Expansão habitacional 14
4.2.5. Área para Expansão Industrial 14
4.2.6. Área para o Desenvolvimento do Turismo 15
4.2.7. Áreas para a Prática da Agricultura Urbana 16
4.2.8. Espaços afectos a Estrutura Ecológica 16
4.3. BALANÇO DE ÁREAS 19

V. EXPANSÃO HABITACIONAL DO MUNICIPIO 20

5.1. Dimensionamento 20

VI. LINHAS DE INTERVENÇÃO 23

6.1. Zona Urbana 23

6.2. Zonas para a Prática da Agricultura 23


6.3. Intervenção na Área de Infra-estruturas Básicas 24
6.4. Transportes, Mobilidade e Acessibilidade 24
6.5. Programa de Faseamento do Sistema viário e de Transportes 27
6.6. Actual Lixeira 29
6.7. Proposta para o Aterro Sanitário 29
Câmara de Empréstimo (Extracção de Calcário e Areia para 30
6.8.
Construção)
6.9. Intervenções na Área de Equipamentos Sociais 30

VII. PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO 33


VIII. ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL 36

IX FASEAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO 37


9.1. Implementação 37
9.2. Poderes de Implementação 37
9.3. Faseamento da Implementação 38

10. Identificação de Legislação e outros Documentos para a 40


Elaboração do Plano

ÍNDICE DE MAPAS
MAPA PÁG

Nº 01 Plano de Ordenamento do Município da cidade de Chimoio 18

ÍNDICE DE TABELAS
TABELA PÁG
2.2. O Crescimento da População
Nº 01 População projectada 2007/2022 5
Nº 02 Projecção da População do Município por Bairros para o ano de 6
2022.
Nº 03 Balanço de áreas 19
Nº 04 Área Habitacional necessária para o ano de 2022 na Cidade de 20
Chimoio
Nº 05 Necessidade de salas de aulas segundo a pop em idade escolar. 31
Nº 06 Uso do Solo Município de Chimoio 31

ORDEM ANEXOS CARTOGRAFIA ESCALA


Nº 12 Plano de Ordenamento - Uso do Solo 1: 50 000
Nº 13 Plano de Equipamentos e Serviços 1: 50 000
Nº 14 Plano de Infraestruturas Técnicas - Rede Viária 1: 50 000
PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

AGRADECIMENTOS

A equipa que elaborou o presente trabalho, agradece á todas as entidades e instituições sediadas
no Município da Cidade de Chimoio que directa e indirectamente contribuíram, através de
fornecimento de informação valiosa que serviu de base para o desenvolvimento do presente
trabalho.

A todos que deram o seu apoio para a realização deste trabalho, em todas as suas etapas, em
especial a Sua Excelência Ministra para a Coordenação da Acção Ambiental, Dr.ª Alcinda
António de Abreu e ao Senhor Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Chimoio, Dr.
Raul Conde Adriano, pelo seu envolvimento e empenho na efectivação do presente trabalho,
através de encorajamento e criação de todas as facilidades para os trabalhos de campo, aos
vereadores do Conselho Municipal e a todos os funcionários do Município em geral e em
particular os técnicos do Departamento de Urbanização Construção e Habitação, pelo apoio e
empenho no levantamento de dados.

Os agradecimentos são extensivos às entidades Provinciais, Distritais e Municipais, as


Organizações Não Governamentais, Associações, Comunidades e Líderes locais, pela
participação activa na disponibilização de dados no processo da recolha de informação,
discussão e elaboração do plano.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 1


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

I. INTRODUÇÃO

Plano de Estrutura Urbana do Município de Chimoio é o instrumento de gestão territorial, de


nível municipal, que estabelece a organização espacial da totalidade do Município, os parâmetros
e as normas para a sua utilização e gestão, tendo em conta a ocupação actual, as infra-estruturas e
os equipamentos sociais existentes e a implantar na estrutura espacial urbana e regional.

O presente Plano de Estrutura do Município de Chimoio foi elaborado para servir de instrumento
regulador do desenvolvimento do Município para os próximos dez anos, visando maximizar a
gestão e a integração dos aspectos sócio-económicos e a participação da comunidade de Chimoio
na gestão do uso do solo.

O plano vai servir como um instrumento de apoio à tomada de decisões garantindo a participação
de todos os sectores da sociedade em pé de igualdade incluindo o Governo, ONG`s,
Comunidades Locais e a Sociedade Civil em geral. O plano é composto por três relatórios
escritos, a saber:
• Diagnóstico da situação actual do Município;
• Proposta de Desenvolvimento do Município,
• Normas Regulamentares do uso do Solo.

O plano foi elaborado com o objectivo de:


• Promover uma ocupação espacial harmonizada e adequada de acordo com as características
naturais, problemas ambientais e necessidades de desenvolvimento dos vários sectores e
segmentos da sociedade;
• Evitar alterações significativas, ou mesmo destruições de habitats naturais, causadas pelo
rápido desenvolvimento do Município;

Especificamente, este documento pretende:

• Promover uma utilização consensual, rápida e sustentável do espaço físico e dos seus
recursos naturais, com base nas potencialidades da região, com normas regulamentares para o
desenvolvimento de actividades sócio-económicas;
• Maximizar a integração dos aspectos ambientais no processo de desenvolvimento sócio-
económico da região de estudo, incluindo a identificação de áreas de conservação e
preservação;
• Orientar o desenvolvimento futuro do Município da Cidade de Chimoio;
• Definir as principais linhas de intervenção para planos de pormenor no desenvolvimento
urbano.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 2


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

II. PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO

2.1. O Crescimento Económico do Município da Cidade de Chimoio

O Município da Cidade de Chimoio constitui a capital da Província de Manica, com uma


superfície total de 174km2, a Cidade dista a 1111Km a Norte da Capital de Moçambique
(Maputo) e 40km da N1.

As principais potencialidades económicas da Cidade de Chimoio centram-se no desenvolvimento


da actividade agrícola, comércio, turismo e no sector de transportes. A Cidade de Chimoio é
também centro comercial e político Administrativo importante para a sub-região compreendida
pelos distritos Manica, Sussundenga, Bárué e todo o Distrito de Gondola.

O Desenvolvimento de Chimoio passa também pela participação do Governo no processo, como


agente promotor e facilitador do sector privado junto da sociedade civil.

O Governo está a incentivar e promover o investimento com o capital local bem como a atracção
de investimentos e parcerias estrangeiras em programas e projectos de desenvolvimento.
Considera-se também como sendo importante a atracção de projectos de alívio à pobreza e de
créditos para implantação de micro empresas agrícolas. Este processo pode facilitar o
desenvolvimento de infra-estruturas, de pequenas indústrias, da actividade comercial, entre
outras.

Estas potencialidades e oportunidades sócio-económicas que a Cidade possui, vão de certo


modo, impulsionar um desenvolvimento físico-urbano que requererá o redimensionamento da
rede das infra-estruturas e equipamentos sociais de modo a responder às necessidades de
crescimento urbano que se perspectiva:

• Na transformação da cidade de Chimoio no horizonte de 10 anos (2012-2022),


impulsionada pela implementação do Plano de Estrutura;

• Na participação dos habitantes na resolução dos problemas básicos, visando influenciar


positivamente o progresso, construção de uma sociedade harmoniosa e solidária, e o
incremento do bem-estar colectivo;

• No Governo Local que deverá adoptar uma política de transparência e gestão


descentralizada, assente na participação da Sociedade Civil;

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 3


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

• No reforço da capacidade do Município, suportado por pactos sociais, para garantir o


incremento das possibilidades de integração e complementaridade com outros
Municípios, Governo Central, Governo Provincial e Distrital.

Com o cumprimento significativo das premissas, a cidade de Chimoio será viva, activa,
desenvolvida rumo a economia sólida e assente numa base ampla, visando atingir:

‰ Serviço de Saúde, de maior cobertura para a população de todo o território;

‰ Educação para todos, visando combater o analfabetismo;

‰ Mitigação dos efeitos da erosão e abalos sísmicos;

‰ Criação de condições sociais básicas;

‰ Criação de uma base económica sólida e próspera;

‰ Requalificação urbana, tornando-a mais funcional e atractiva para novos investimentos;

‰ Criação de novas redes de infra-estruturas (rede viária urbana, de energia eléctrica, de


abastecimento de água, de transporte e telecomunicações com novas tecnologias e
saneamento do meio);

2.2. O Crescimento da População

Na Cidade de Chimoio foram recenseados 70851 habitantes em 1980 (Direcção Nacional de


Estatística), e para o mesmo ano, o Município contava com uma densidade populacional de cerca
de 407 hab/km2, 171.056 habitantes em 1997 com uma densidade de 983 hab/km2 e finalmente,
237 497 habitantes com uma densidade de 1364 habitantes em 2007.

A crescer neste rítimo (com o índice de 2.8%), e com base nos dados do censo de 2007, prevê-se
que alguns Bairros localizados na Cidade de Chimoio, nomeadamente, Bairros 5, 4, 7 de Abril,
Nhamahonha e Centro Hípico até ao ano de 2022 continuem a acolher maior número de
habitantes e a Cidade no seu geral poderá possuir um total de cerca de 718 767 habitantes um
crescimento médio anual de …..%, o que denota a necessidade do município de reforçar e/ou
ampliar os equipamentos ao nível sócio-económico como novos centros de saúde, novas escolas,
a rede de distribuição de água, electricidade, e estradas para além de reforço no que diz respeito
aos novos postos de trabalho e planos para as novas áreas de expansão do Município.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 4


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

Tabela nº01: População projectada 2007/2022

Homens Mulheres Total


181854 177528 359382
31168 31288 62456
25966 26426 52392
24118 24753 48871
22166 22059 44225
20223 20195 40418
16249 14348 30597
10536 9926 20462
7853 7883 15736
6402 5776 12178
5793 4398 10191
4157 3180 7337
2942 2258 5200
1657 1670 3327
1164 1161 2325
568 882 1450
440 697 1137
460 623 1083
362716 355051 718767

Da análise feita a partir da tabela acima referenciada e da realidade no terreno, isto é, dos dados
do censo 2007, concluiu-se que no Município da Cidade de Chimoio existem mais homens do
que mulheres, factor inédito comparando com a realidade das restantes cidades ou municípios do
País em que as mulheres sempre superaram os homens em termos estatísticos.

Concluiu se também que este deve-se ao facto de Chimoio desde os seus primórdios constituir
mais um centro de produção e de negócio que sempre induziu de maneira afoita o
desenvolvimento económico e material da região, o povoamento pela imigração quer de
trabalhadores, quer de comerciantes homens influenciou sobre maneira no que se vê hoje como
caso inédito.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 5


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

Tabela nº 02: Projecção da População do Município por Bairros para o ano de 2022.
Bairro Homens Homens Mulheres Mulheres Total Total
2007 2022 2007 2022 2007 2022
Agostinho Neto 1099 754 1141 1480 2240
726
Nhamatsane 3876 5865 3723 5634 7599 11499
25 de Junho 7049 10667 6829 10334 13875 21001
Centro Hípico 9226 13961 8919 13496 18145 27457
Chissui 434 657 404 611 838 1268
Nhamadjessa 3392 5133 3343 5059 6735 10192
Trangapasso 403 610 393 595 796 1205
Tembue 1384 2090 1275 1929 2659 4019
Hombua 784 1186 761 1152 1545 2338
Heróis Moçamb. 1380 2088 1365 2066 2745 4154
Vila Nova 5304 8026 5198 7866 10502 15892
Bloco 9 1929 2919 2051 3104 3980 6023
Chinfura 1556 2355 1505 2277 3061 4632
7 de Setembro 5395 8164 5233 7919 10628 13397
16 de Junho 5593 8463 5466 8271 11059 16734
Bairro 1 478 723 488 738 966 1461
Bairro 2 796 1205 745 1127 1541 2332
Ed. Mondlane. 468 708 447 676 915 1384

Josina Machel 3897 5897 3753 5679 7650 11573


Círc.Mudzingadzi 507 767 501 758 1008 1525
3 de Fevereiro 5381 8143 5342 8084 10723 16227
Bairro 4 6793 10279 6547 9907 13340 20186
Bairro 5 12827 194033 12625 19104 25452 213137
7 de Abril 11660 17644 11374 17211 23034 34855
Chianga. 402 608 416 629 818 1237
Sitanha 361 546 437 661 798 1207
Franc. Manyanga 3051 4617 2943 4453 5994 9070
Textáfrica 3125 4729 3161 4729 6286 9458
1º de Maio 2176 3293 2196 3293 4372 6586
Mudzingadzi 6442 9748 6431 9748 12873 19496
Nhamaonha 9849 14904 9132 14904 18981 29813
Nhamaurir 3173 4801 3229 4801 6402 9602
Total 119814 351132 116986 177956 236800 531200

Fonte: DINAPOT/DPU - Projecções na base de III RGPH 2007.-

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 6


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

III. CENÁRIOS PARA O DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo fazem-se propostas que contribuam de modo geral para uma definição daquilo
que são e serão as unidades apontadas pelo Plano como áreas que dentro do tecido urbano, tem
uma importância estratégica e que apresentam problemas de cariz funcional, de legibilidade
(fraca definição do sítio e relacionamento com a restante área) ou ocupadas informalmente.
Umas designam-se áreas de intervenção prioritárias que necessitam de intervenções novas
urgentes que redimensionem os espaços físicos e funcionalmente, propondo programas de
ocupação dessas áreas que lhe dêem novos significados e importância. Outras são áreas de
recuperação urbana que igualmente devem ser objecto de intervenção de reestruturação, mas de
menor escala que qualifiquem o espaço urbano articulando-o com a estrutura geral da cidade e
sua imagem urbana.

A elaboração da proposta para o Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio


(PEUMCC), baseou-se essencialmente nas alternativas de desenvolvimento prioritárias para o
futuro da cidade, realizadas na fase de análise da situação actual do Município, a partir dos temas
e questões cruciais para a cidade, seleccionadas para o efeito.

Dos resultados do processo de geração de alternativas de desenvolvimento do Município,


considerou que o Plano determine os eixos estruturantes do Município, através dos quais a
cidade de Chimoio se desenvolve, se estrutura e se organiza. Para estes eixos estruturantes o
PEUMCC estabelece objectivos, a sua inserção e desenvolvimento espacial, bem como as
estratégias de intervenção.

Como eixos estruturantes e determinantes para o crescimento e organização do Município, são


definidos:
A sua estrutura de acessibilidade e mobilidade, a partir do entendimento de que ela não foi
projectada nem dimensionada para as actuais exigências, derivadas da intensificação do fluxo

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 7


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

Populacional para a cidade à procura de novas e melhores oportunidades de vida, nem para o
rápido crescimento da frota automóvel que se transforma em elemento fundamental da vida no
Município, requerendo uma grande área de infra-estruturas específicas e mudando
completamente a face da paisagem urbana que a precedeu.

O PEUMCC procura melhorar a ligação do Município com as localidades circundantes e com o


país, a partir do melhoramento das infra-estruturas viárias.

O PEUMCC equilibra e qualifica a mobilidade e acessibilidade dos cidadãos no interior do


Município, através do estabelecimento e clarificação dos nós de comutação entre os diferentes
sistemas de transporte de bens e passageiros, definindo-os e localizando-os espacialmente.

Propõe também o sistema de acessibilidade que prossiga e consolide a estrutura já existente,


considerando percursos alternativos aos existentes nas ligações ao exterior do Município, bem
como as prioridades na requalificação da estrutura viária interna.

O planeamento sustentável do sistema de acessibilidade bem como a definição dos pólos de


desenvolvimento no Município ajudará a priorização da localização e adequação de infra-
estruturas públicas, tais como redes de água, esgotos, electricidade e outras fontes de energia,
telecomunicações e televisão, apontando as áreas que não estão servidas.

Os espaços para a geração de Centros de actividade de carácter multifuncional, zonas onde as


empresas de âmbito urbano global se juntem e atraiam a localização dos maiores equipamentos
administrativos orientados para o público, bem como a ocupação residencial de maior densidade.
Com estes centros assistir-se-á a fragmentação dos centros de actividade por localizações
dispersas, procurando mesmo a deslocação para a periferia da cidade das actividades tais como
sedes de empresas, superfícies comerciais, habitação de alta densidade e novas localizações de
espaços culturais, de equipamento colectivo, etc.

Actualmente estes Centros Multifuncionais localizam-se na zona consolidada da cidade,


especialmente na ao longo da avenida 25 de Setembro e da N6, na sua maioria resultando numa
situação crítica para um funcionamento equilibrado e regular da cidade, particularmente no que
se refere à mobilidade e acessibilidade e à atracção de investimentos para o incremento da
qualidade espacial e ambiental dos lugares na cidade.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 8


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

A indicação de espaços alternativos para estas funções, cuja materialização ajudará a estruturar
de forma equilibrada e justa a organização e o funcionamento do Município de Chimoio,
constitui uma das prioridades para o presente Plano de Estrutura Urbana.

Para além dos referidos eixos estruturantes do Município, definidos como prioritários, a Equipe
Técnica considera a existência doutros temas prioritários, fundamentais para a melhoria da
qualidade de vida dos cidadãos, especialmente o relacionado com o impulsionar do planeamento
dos Bairros da cidade, cujo estado actual carece de acções de urbanização.

Encontram-se neste rol, a grande maioria dos assentamentos populacionais no Município.


Somente são, classificados como urbanizados, isto é com infra-estruturas completas, com
regularização fundiária e urbanística consolidada, alguns dos Bairros do Posto Administrativo
Urbano 2, como os bairro1, 2, 3 de Fevereiro e o Bloco 9.

Para os Bairros incluídos nos espaços com a urbanização por completar, o PEUMCC definiu as
prioridades e a calendarização da elaboração e implementação de Planos Parciais de Urbanização
e/ou Planos de Pormenor (podem ser de regularização fundiária, de reordenamento ou
melhoramento, de dotação de infra-estruturas, de adensamento, etc.)

Nestes Bairros, é importante definirem-se os equipamentos locais existentes, isto é, escolas,


sedes da polícia, igrejas, centros culturais e recreativos, de modo a determinarem-se as carências
locais, recomendando-se os melhoramentos necessários em função das necessidades que se
verificam.

É igualmente necessária a realização, através dos Planos Parciais de Urbanização, o


levantamento de todos os parques e jardins, campos desportivos, parques infantis, áreas não
construídas e não ocupadas, determinando as necessidades futuras e as prioridades.

No âmbito dos temas prioritários para o presente Plano de Estrutura, encontram-se a necessidade
da garantia do equilíbrio ecológico no Município. São propostas, as áreas não edificáveis,
particularmente as afecta à estrutura ecológica do Município, tais como os espaços de
concentrações do verde arbóreo, os cursos e os planos de água, as áreas húmidas e inundáveis, as
praias, etc. Para estas áreas o Plano de Estrutura através do seu regulamento, recorda e
recomenda os parâmetros e normas de condicionamento do seu uso, de modo a apoiar os
processos de gestão municipal desta componente essencial para o desenvolvimento do
Município.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 9


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IV. Zoneamento

4.1. Principais Elementos do Plano de Estrutura Urbana

O presente PEUMCC tem como seus principais elementos o Regulamento do Plano e o Plano de
Uso do Solo. O Plano é complementado pelo Diagnóstico da Situação Actual, que incorpora a
síntese dos principais problemas e condicionantes ambientais para as zonas de protecção parcial
e servidões administrativos.

4.2. Ordenamento do Território do Município da Cidade de Chimoio

Quanto ao ordenamento do território e as diferentes formas de ocupação do espaço dentro do


município, pretende-se, o controlo da utilização do solo nomeadamente da reutilização dos
edifícios impendindo a terceirização ou a instalação de outros usos contrários a manutenção da
qualidade de vida e incompatíveis com a habitação. A substituição de alguns usos indesejáveis
na zona quer por razões de segurança, salubridade, ruídos, cheiros ou outros incómodos para a
habitação.

O Município da Cidade de Chimoio cuja área é de 174km2, tem área urbanizada com cerca de
177 ha (excluindo as áreas como sendo de mata, indicadas no mapa de uso do solo actual).

O exercício de estruturação física da cidade envolveu essencialmente a classificação e


categorizarão da função de cada espaço no território Municipal, com a definição da sua
utilização bem como as respectivas normas, índices e parâmetros urbanísticos que guiarão a sua
transformação. Pressupõe ainda, a definição das densidades no que diz respeito a sua
manutenção, a determinação das áreas Não-Urbanizadas e áreas de protecção parcial e de
utilidade pública, com a respectiva quantificação e regras de uso, protecção ou restrição.

O PEUMCC trata igualmente da determinação de novos centros de actividades a projectar e


conceber, isto é, locais com características multi-funcionais como alternativas às localizadas no
Posto Administrativo Urbano 1, que contribuam para a expansão e progresso do funcionamento
integrado da estrutura urbana do Município da Cidade de Chimoio, constituindo pólos motores
para o incremento dos níveis de urbanização da cidade. Este foi um exercício difícil devido aos
modelos que caracterizaram a ocupação actual da cidade, modelos esses que se caracterizam pela
ausência de planeamento territorial e de gestão de distribuição de espaços de interesse público.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 10


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

A transformação progressiva de áreas do Município em Centros de Actividades implica a


elaboração de Planos Parciais de Urbanização nos Postos Administrativos Urbanos ou nos
Bairros, que por sua vez vão determinar Planos de Pormenor. O Conselho Municipal deverá
calendarizar a realização destes Instrumentos de Ordenamento Territorial com base no presente
plano.

Os Planos de Urbanização e os de Pormenor devem determinar os parâmetros e índices


urbanísticos que regularão a concessão e ocupação das áreas a requalificar, garantindo a
multifuncionalidade dos espaços, sem descurar a importância da função residencial.

Fazem também parte dos instrumentos de ordenamento do PEUMCC, as áreas de edificação


condicionada, restrita ou proibida. Estas áreas são também representadas no mapa de
Condicionantes à mesma escala do mapa do Plano do uso do solo.

4.2.1. Espaço Habitacional Urbanizado a Requalificar (177 ha)

Este espaço tem, em média, uma densidade populacional inferior a 90 Habitantes/Ha. Como está
indicado no mapa do uso do solo actual, na Cidade de Chimoio, é definido como espaço
habitacional urbanizado, a área dos Bairros 1, 2, Eduardo Mondlane e parte dos Bairros Bloco 9
e Textáfrica, constituindo um total de 177 Ha, que corresponde a 0.78 % do perímetro da cidade.
Como foi indicado no diagnóstico da situação actual, estes espaços caracterizam-se por
apresentar um tecido urbano construído, já estabilizado em que se verificam simultaneidades de
usos e actividades.

Para estes espaços, propõe-se a manutenção do uso actual do solo existente (o residencial e o de
equipamentos, sem exclusão da localização de outras actividades, designadamente comerciais, de
serviços, industriais e de armazenagem), desde que não criem condições de incompatibilidade
com as primeiras.

Neste contexto, considera-se que existem condições de incompatibilidade sempre que as


actividades mencionadas, dêem lugar a ruídos, fumos, resíduos ou de uma forma geral
prejudiquem as condições de salubridade, perturbem as condições de trânsito e de
estacionamentos, nomeadamente com operações de carga e descarga ou com incomportável
tráfego de veículos pesados, ou ainda apresentem riscos de toxidade, incêndio e explosão.

Propõe-se igualmente para o melhoramento das infra-estruturas e equipamentos já existentes e o


reassentamento da população fixada nas zonas inundáveis e com características informais para as

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 11


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zonas mais seguras, isto é, Nhamatsane, Agostinho Neto, Bairro dos Heróis Moçambicanos e
Bairro Hombue sendo estes identificados como bairros de expansão e com condições de
habitabilidade e outras actividades permitidas.

4.2.2. Espaços Habitacionais Semi-Urbanizados de Média e Baixa Densidade (2309 ha)

Estes espaços são caracterizados por uma tipologia habitacional unifamiliar (e em alguns casos
multifamiliares) com infra-estruturas por completar, encontram-se áreas por planificar, isto é,
áreas que carecem tanto de segurança jurídica de uso e aproveitamento como de demarcação e
registo no cadastro municipal; uma situação que dificulta o acesso dos seus utentes às infra-
estruturas básicas tais como energia, estradas e canais de escoamento de águas pluviais.

A área semi-urbanizada de média densidade (80 Hab/ha) do Município da Cidade de


Chimoio, actualmente densificada, concentra-se parcialmente nos Bairros Vila Nova, 25 de
Junho, Chinfura, 7 de Setembro, 16 de Junho, Josina Machel, 7 de Abril, Francisco Manyanga,
Centro Hípico, Nhamadjessa, Agostinho Neto, bem como os Bairros 4 e 5.

Enquanto que a área semi-urbanizada de baixa densidade (40 Hab/ha) do Município


concentra-se parcialmente nos Bairros Tembwe, Nhamadjessa, Trangapasso, Nhamatsane e 7 de
Abril.

São Bairros que conheceram um crescimento nos últimos anos, determinado principalmente por
factores de carácter natural e social que provocou uma deslocação da população dos vários
pontos da Província para o seu reassentamento. A densificação conheceu também um grande
crescimento a quando da guerra civil que assolou o Pais inteiro nos anos 80-90 com a
concentração da população, vinda das zonas rurais e das áreas contíguas ao Espaço Urbanizado.

Para estas áreas, o Plano estabelece a necessidade de contemplâ-las nos Planos Parciais de
Urbanização que as integrem, tendo como base a necessidade de garantir a manutenção do
traçado viário organizado que as caracterizam, o incremento da densidade e a provisão de infra-
estruturas e equipamentos sociais de que os mesmos carecem (instalações educacionais,
sanitárias, culturais, desportivas e de segurança pública, com infra-estruturas viárias). E para a
materialização dos planos e a consequente transformação dos espaços semi-urbanizados em
urbanizados, o plano propõe também a uma gradual transformação dos locais já planificados,
existentes no Município, em Espaços Urbanizados, a partir da indicação de locais potencialmente

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 12


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favoráveis para o efeito, determinando as regras de compensações e incentivos aos residentes


afectados pelas operações urbanísticas.

O plano propõe também para a recuperação ou melhoramento dos espaços não aproveitados
actualmente para o provimento com equipamentos sociais como Escolas, Postos de Saúde e/ou
infra-estruturas sociais tais como o abastecimento de energia eléctrica, água potável, escoamento
das águas pluviais e residuais.

4.2.3. Espaços Habitacionais não Urbanizados de Alta e Baixa Densidade por Reordenar
(2248 ha)

Estes espaços são caracterizados por uma ocupação desordenada, com características rurais e
densidades que variam entre 80 a 110 Hab/ha para as áreas de Alta densidade e entre 10 a 20
Hab/ha para as áreas de Baixa densidade. Ocupam parcialmente os Bairros 4 e 5, 25 de Junho,
Chinfura, 7 de Setembro, 16 de Junho, Josina Machel, 3 de Fevereiro, Mudzingadzi,
Nhamaonha, Nhauriri, Centro Hípico, Nhamatsane, 1° de Maio, Francisco Manyanga,
Nhamadjessa e Heróis Moçambicanos.

Tomando em consideração o crescimento rápido do Município tanto ao nível habitacional assim


como populacional e comparado aos usos futuros, pode-se concluir que o mesmo leva uma
desvantagem principalmente na forma como o espaço físico é gerido com o tipo de construções.

Este crescimento que se verifica na ocupação de extensa áreas do perímetro da cidade e mais
concretamente na preferia não significa um incremento significativo na densidade tanto
populacional assim como habitacional da cidade. A tipologia habitacional característica (casas com
pisos térreos), conduzem a uma rápida expansão horizontal do Município. A insuficiência de planos
de pormenores que orientassem o processo de ordenamento e planeamento físico no momento de
implantação das habitações, não permitiu a uma expansão urbana coerente e harmoniosa, factor que
contribuiu para a ocupação de espaços de reservas e de protecção.

São áreas praticamente preenchidas e existe ocupações desordenadas e com baixas condições de
habitabilidade. Visto que não apresentam qualquer interesse arquitectónico, o plano propõe para
o reordenamento acompanhado da actualização do cadastro e registo da ocupação e a construção
de uma nova frente de edifícios de habitação que realojarão as famílias criando um novo espaço
público interior de cariz muito particular. Este reordenamento permitirá a construção no interior
destes Bairros de novas infra-estruturas como é o caso dos parques de estacionamento, jardins e

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mais.

A intenção fundamental do plano para estas áreas é a de propor o desenvolvimento racional e


sustentável, considerando a sua integração no plano Municipal. Constitui também o objectivo do
plano para estas áreas, a rentabilização do espaço e a consequente recuperação das áreas para o
incremento de mais famílias, incremento de mais equipamentos de utilidade colectiva, como os
parqueamentos de viaturas e a actividade comercial de que estas áreas carecem actualmente.

Assim para corrigir os erros do passado o plano recomenda a requalificação ou reordenamento


destes espaços, e que a superfície destinada à habitação seja ocupada pela tipologia plurifamiliar,
especialmente em edifícios que conduzam à média ou alta densidade populacional.

4.2.4. Área para expansão habitacional (8706 ha)

O Município ainda possui vastas áreas de carácter rural em direcção ao Sul, Norte e Leste zonas
cuja função predominante é actualmente o da produção agrícola em machambas familiares o que
constitui ao conjunto um total de 47 %.

O presente plano propõe a reversão das tais zonas, de rurais para urbanas. A se concretizar, o
município poderá possuir mais espaços para outros fins de que o mesmo carece do momento.

A densidade verificada dentro do perímetro urbano da cidade, pode ser considerada baixa quando
comparada a das grandes cidades no pais, facto que prova ainda a existência de uma considerável
capacidade de absorção do crescimento populacional quando se considera período temporal do
plano (10 anos).

4.2.5. Área de Expansão Industrial (457 ha):

Esta área estende-se ao longo da N6 do bairro Hombue até ao Bairro 3. Está reservada para
empresas industriais e comerciais de maior porte e/ou que determinem o fluxo de veículos
pesados, sendo também incentivada as actividades de apoio a estes usos, tais como, postos de
abastecimento de combustíveis, oficinas, hotéis, bares e restaurantes e proibidos hospitais.

Prevê-se ainda uma zona de pequenas indústrias e armazéns ao longo da N6. Recomenda-se
também ao melhoramento dos acessos, drenagem. A localização de indústrias deve ser feita de
forma a não causar poluição do ar ou das águas nas zonas residenciais e ao longo da costa por
isso a proposta da sua localização naquela zona.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 14


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Nesta área, acaso registem-se assentamentos humanos que deverão ser reassentadas em Bairros
de expansão, devem ser observadas claramente todas normas em vigor no País.

Espera-se com o presente plano que as organizações industriais e de armazenagem, aproveitem a


generalidade e consequentemente a estrutura viária pré-existente para lhes conferir um nível de
qualidade e que o Município esteja preparado para receber novos e diversificados tipos de
indústrias.

O presente plano, prevê ainda para o alargamento desta zona industrial, uma vez que o município
procura responder as grandes solicitações dos investidores (nacionais e estrangeiros), que
encontram o município da cidade de Chimoio um local estratégico e geograficamente favorável
para a expansão dos seus negócios. Assim sendo o presente plano propõe 457 ha para a
ampliação da área industrial em caso de necessidades, partindo do Bairro Tembwe segue o
cinturão que vai ligar ao Bairro Heróis Moçambicanos.

O plano abre ainda excepção de implantação de algumas indústrias ou de armazéns que


respondam a eventuais procuras de carácter local bem como as eventuais localizações de oficinas
dos centros das povoações traduzidas em unidades de armazenagem de proximidade. Estes serão
pequenos parques empresariais equipados e qualificados, que pretendem intervir no sentido de
promover a melhor convivência de usos.

4.2.6. Área para o Desenvolvimento do Turismo (427 ha)

O turismo é uma actividade económica extremamente importante que poderá desempenhar um


papel decisivo em termos de desenvolvimento local e regional e que, pode dinamizar as
potencialidades naturais de que o município dispõe promovendo os recursos endógenos.

A abordagem sobre uma perspectiva do turismo, enquanto meio de promoção do


desenvolvimento integrado e sustentável das populações hospedeiras constitui um facto
consensual. Contudo, a definição quanto aos modelos a preconizar foi considerado como sendo
um processo demasiado complexo.

Em Chimoio, o turismo que o plano propõe desenvolver é um turismo activo e de natureza, que
enfatiza a clara diferenciação dos espaços geográficos de relevante interesse, sendo o monte
Bengo mais conhecido por Cabeça do Velho com mais de 700 m de altura a que mais se destaca,
reúne excelentes condições para a prática de um turismo de observação da natureza onde se alia
ao lazer.

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Recomenda-se ainda a promoção de concertações multisectoriais com as instituições que


superintendem as áreas comércio, Turismo e Ambiente, com vista a encontrar soluções
consensuais e equilibradas para o uso racional dos recursos disponíveis na área em questão, para
defesa de um desenvolvimento sustentável.

Com efeito, o Plano propõe que para que se efectuem estudos para determinar o tipo de
habitação a ser desenvolvido nestas áreas, sem deixar de lado as limitações ambientais da zona.
Na zona que se estende do monte Bengo (cabeça do velho) até ao limite da Cidade com o
Distrito, pela sua beleza paisagística, propõe-se o desenvolvimento de turismo integrado, sempre
acautelando a protecção ambiental.

4.2.7. Área para a Prática da Agricultura Urbana (4070 ha)

O diagnóstico da situação actual concluiu que a Cidade de Chimoio desde os seus primórdios, foi
mais um centro de produção essencialmente agrícola portanto apresenta os pré-requisitos e
condições necessárias para o desenvolvimento da agricultura tanto industrial assim como
familiar, essencial para a subsistência da população local.

Concluiu também que esta actividade embora seja a mais predominante na Cidade, a mesma
ainda apresenta níveis de rendimentos muito baixos e os agricultores tendem apenas a produzir
para a sua subsistência. Actualmente, a agricultura industrial e empresarial as que mais
contribuíam para o engrandecimento de Chimoio através do fornecimento de matéria-prima às
indústrias nacionais e a alguns Países encontra enfraquecida isto é, praticada com muita
deficiência, tais como: a tabaquicultura e outras.

E para a Cidade recuperar as terras marginais rumo ao desenvolvimento quer local assim como
regional de que outrora dispunha, o presente plano propõe 4070 ha para a prática de agricultura
familiar e 904 ha para a prática da agricultura Industrial.

A Bacia do Rio Tembwe é a zona com maior potencial para agricultura e aproveitamento hídrico.
Propõe-se o melhoramento das vias de acesso a zona.

4.2.8. Espaços afectos a Estrutura Ecológica

Um dos principais objectivos do Ordenamento do Território é a definição da Estrutura Ecológica,


obrigando que se delimite no respectivo perímetro urbano, os solos afectos a Estrutura Ecológica
necessários ao sistema urbano.
Uma Estrutura Ecológica promove a intensificação da actividade biológica do quadro urbano
desde que se criem condições que permitam a diversidade, continuidade e a dimensão apropriada

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 16


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dos espaços que a constituem devendo, na modernidade, apropriar-se também dos valores e da
tipologia da paisagem tradicional da região e do casco histórico da Cidade.

Esta Estrutura Ecológica Municipal poderá ser concretizada com a criação de espaços estáveis,
de concepção e gestão ecológica onde se propicie o descanso e o lazer, o passear a pé ou de
bicicleta, onde se possa respirar o ar mais puro, praticar a manutenção física, contactar com a
natureza.

4.2.8.1. Área de Verde Urbano de Parques e Jardins (43 ha)

É a Zona não edificada pública ou privada, com vegetação do tipo arbóreo ou arbustivo plantado
em parques e jardins ou áreas verdes construídas na área residencial.
Os espaços verdes de parques e Jardins na cidade de Chimoio têm como principal objectivo o
equilíbrio da estrutura ecológica da paisagem urbana e a criação de zonas de lazer e recreio,
contribuindo também para a melhoria da qualidade de vida dos citadinos. Maior parte deles
concentra-se no Posto Administrativo Sede, mas que carecem de espaços para a manutenção
física, lazer e recreio para os munícipes da Cidade de Chimoio.

Pela óbvia falta de espaços de lazer e recreio para os citadinos de Chimoio, não podem restar
dúvidas urge estabelecer um Parque Municipal em Chimoio cujo Plano propõe o mesmo no
bairro dos Heróis Moçambicanos no espaço actualmente ocupado por Jatrofa.

Para esta área o plano propõe a sua manutenção e preservação visto que são espaços que vão de
acordo com o recomendável para a rápida filtração das águas pluviais evitando a ocorrência da
erosão, a fixação de poeiras, protecção dos ventos e regularização das brisas.
A postura sobre Parques e jardins de um modo geral, define as normas e regras que
responsabilizam não só os munícipes e utentes, mas também todas as entidades municipais para
fiscalizarem, investigarem e participarem das infracções cometidas. Alguns trabalhos são
desenvolvidos pelo município para a conservação, manutenção e protecção de todo este
património, que é pertença de todos.

4.2.8.2. Verde Urbano de Protecção Total (391 ha)

Não edificada pública, com vegetação natural e/ou plantada do tipo arbóreo ou arbustivo, em
Chimoio estes espaços estão relacionados com os taludes e ravinas.
As Zonas Verdes de Protecção constituem elementos determinantes na caracterização da
estrutura vegetal os logradouros e jardins privados, os jardins públicos, os alinhamentos de

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árvores em vias públicas e privadas as hortas públicas e privadas e os espaços de acentuado


declive ocupados com vegetação.

Os logradouros, jardins e hortas constituem áreas de salvaguarda incluindo (se é que existem) os
muros que os delimitam dos espaços público, mantendo-se a privacidade das áreas, as suas
características e significado urbano. Da mesma forma os elementos vegetais de usufruto público
são objectos de valorização e organização.

Finalmente, referem-se as zonas não construídas mas que enquadram a área em análise ou
elementos importantes. Parte do Bairro Nhamaonha é afectado pelo acentuado declive e
protegida por um verde natural. Propõe-se assim a manutenção da sua vegetação e será interdita
a qualquer tipo de construção. São zonas de protecção total e precisa montar-se um sistema de
manutenção, gestão e controle.

Estas áreas quando revestidas e mantidas de vegetação permitem a libertação de oxigénio, a


eliminação de anídrico carbónico, a infiltração das águas da chuva e respectiva alimentação dos
lençóis freáticos e nascentes.

Mapa no 1: Plano de Ordenamento do Município da cidade de Chimoio

Fonte: MICOA/DNAPOT/DPU

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4.3. BALANÇO DE ÁREAS

Tabela Nº 03: Balanço de áreas


ÁREA PERCENT.
DESCRIÇÃO DOS USOS FUTUROS (Ha) (%)
Área de Serviços 214.6 1.03
Área de Comércio 32 0.15
Área Habitacional Semi Urbanizada de Média Densidade a Requalificar 1325 6.37
Área Habitacional Semi Urbanizada de Baixa Densidade a Requalificar 984 4.73
Área Habitacional a Requalificar 177 0.85
Área Habitacional não Urbanizada de Alta Densidade a Reordenar 1878 9.03
Área Habitacional não Urbanizada de Baixa Densidade a Reordenar 370 1.78
Área de Expansão Habitacional 8706 41.88
Área de Expansão Industrial 457 2.20
Área Baixa com Prática de Agricultura Urbana 4070 19.58
Área de Prática de Agricultura Industrial 904 4.35
Área Verde de Protecção Total 391 1.88
Verde Urbano de Parques e Jardins 43 0.21
Área de Desenvolvimento Turístico 427 2.05
Equipamentos Sociais e Serviços Públicos 156 0.75
Equipamentos Especiais 655 3.15
TOTAL 20789.6 100

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V. EXPANSÃO HABITACIONAL DO MUNICIPIO

5.1. Dimensionamento

Com o actual ritmo de crescimento da população (o de 2.8%), sem considerarmos áreas para
circulação e equipamentos, e com base nos dados do censo de 2007, prevê-se que os Bairros
localizados na zona da Cidade de Chimoio, até o ano de 2022 apresentarão o seguinte cenário:

Tabela nº 04: Área Habitacional necessária para o ano de 2022 na Cidade de Chimoio
Número de famílias Área habitacional Necessária
Ano População
(5 P/família) (0.08ha/família)
1997 171.056 34 211 2736.88 ha
2007 237 497 47 499 3799.92ha
2022 718.767 143 753 11500.24 ha
Fonte: calculado com base nos dados do IIIRGPH

Actualmente existem cerca de 47 499 famílias na cidade de Chimoio a ocuparem uma área de
cerca de 174 km2, e estima-se que haverá um aumento em cerca de 96 254 famílias até o ano de
2022 (hipótese de crescimento médio). Considerando 800m2/família para habitação, incluindo
áreas para circulação e equipamentos, até 2022, Chimoio necessitará de 11 500,24 ha adicionais
para habitação, que só serão disponíveis nas áreas de expansão.

5.2. Expansão em Direcção a Sul

É a zona que se estende desde os Bairros Chissui e Hombué em direcção a sul é uma zona com
potencial moderado para expansão. Deve ser tratada e usada conciliando o desenvolvimento
urbano e a protecção ambiental. Compreende também a vasta área reservada para a construção
da Universidade pedagógica.

Deste modo o Plano recomenda a elaboração de planos de pormenor para determinar


subcategorias, e traçar directrizes detalhadas para o seu ordenamento até desocupação em casos
de existência de ocupações desordenadas. Poderão ser definidas zonas para fazer ensaios de
melhoramento mantendo a ocupação. Poderão também ser definidas novas zonas para
realojamento das famílias afectadas:

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• Zona Habitacional de Média e Baixa Densidade: Compreende o Bairro 4, a vila nova e


Bloco 9 onde parte desta já tem plano parcial de urbanização. Devem ser feitos planos de
pormenor acompanhados pelo cadastro e registo da ocupação, e melhorar os
equipamentos e infra-estruturas já existentes e em falta. Propõe-se nesta área habitação de
alto padrão.

Para as zonas de Baixa densidade nas quais o plano propõe habitações do tipo urifamiliar admite-
se uma densidade igual ou inferior a 80 hab/ha com o coeficiente de afectação do solo igual a 0,3
e coeficiente de ocupação do solo igual a 0,6.
Para as zonas de Média densidade nas quais o plano propõe habitações do tipo plurifamiliar
admite-se uma densidade igual ou superior a 150 hab/ha e inferior a 300 hab/ha com o
coeficiente de afectação do solo igual a 0,2 e coeficiente de ocupação do solo igual a 0,8.

• Zona Habitacional de Média e Alta Densidade: compreende a parte parcelada dos


Bairros 7 de Abril, 25 de Junho, Mudzingadzi, Textáfrica e Chinfura.: Propõe-se
habitação de Médio padrão, mas sem deixar de lado obras de protecção contra a erosão. É
urgente a elaboração de planos de pormenor para parcelamento.

Para estas zonas nas quais o plano propõe habitações do tipo plurifamiliar admite-se uma
densidade superior a 300 hab/ha e inferior a 500 hab/há, sendo o coeficiente de afectação do solo
igual a 0,2, o coeficiente de ocupação do solo deverá ser igual a 1,2 e o coeficiente de
impermeabilização do Solo igual a 0,5.

5.3. Expansão em Direcção ao Norte

É a zona que vai do Cimento em direcção ao bairro Agostinho Neto ao Norte. Há tendências de
maior procura de parcelas para construções habitacionais. Para estas zonas o plano propõe a
elaboração de um plano de pormenor com vista a localizar e definir com clareza entre as zonas
habitacionais e a zona de protecção, para garantir a conservação dos solos contra possível erosão.

Estas serão identificadas na elaboração dos planos de pormenor para o seu parcelamento e a
combinação de usos habitacionais, e centros de equipamentos e serviços.

• As zonas verdes de reserva e protecção serão mantidas. Sendo uma zona ocupada em parte
por famílias que praticam agricultura será importante encontrar mecanismos apropriados de
transição e mudança de usos. Propõe-se nesta área igualmente, à habitação de alto padrão.

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• Centro de Equipamentos e Serviços: o Plano propõe a criação de subcentro urbano na zona


norte, é no bairro Agostinho Neto que integre para além das zonas habitacionais, zonas
comerciais e de serviços.

5.4. Expansão em Direcção a Sul (Bairros Trangapasso, Hombwe, Sitanha e Chissui)

Inclui a faixa da Estrada Regional Nº246, e apresenta uma topografia plana e apta para habitação,
condições físicas e naturais muito valiosas. As primeiras avaliações feitas apontam para uma
zona Própria para habitação, impondo-se para tal a aplicação de medidas concretas para melhor
gestão ambiental.

Trata-se de uma zona definida pelo plano como sendo de desenvolvimento da cidade e vai desde
a ERNº 246 em direcção ao Distrito de Sussundenga.

Deverá ser efectuado um estudo para determinar o tipo de habitação a ser desenvolvido nestas
áreas, sem deixar de lado quaisqueres limitações ambientais que porventura podem haver.

Recomenda-se ainda a localização de polos de desenvolvimento nos Bairros de Trangapasso e


Sitanha com os respectivos centros comerciais. promoção de concertações multisectoriais com as
instituições que superintendem as áreas de comércio e de construção e habitação, com vista a
encontrar soluções consensuais e equilibradas para o uso racional do solo urbano na área em
questão, para defesa de um desenvolvimento sustentável.

E em direcção norte o bairro Agostinho Neto, com características físicas e naturais próprias para
habitação como a topografia plana e outras que tornam a área proposta neste plano para
habitação apta para esse fim.

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VI. LINHAS DE INTERVENÇÃO

6.1. Zona Urbana (núcleo central e novas zonas de expansão)

Dentro do núcleo central da cidade, existem equipamentos, serviços, infra-estruturas e


actividades económicas incluindo a agricultura nas áreas marginais.

Requalificação do Núcleo Urbano Central: concretamente no Bairro 3. Tendo em conta que o


uso do solo mantém se misto neste bairro desde, habitação, comércio, armazéns, serviços e
equipamentos. Portanto propõe-se a requalificação urbana, através da transferência do quartel e
respectiva reconversão em área habitacional com construção de edifícios em altura,
acompanhada da manutenção e melhoramento de infra-estruturas já existentes.

Reordenamento - Zonas Habitacionais de Média Densidade: Bairros 7 de Abril, Textáfrica e


Chinfura incluindo as actuais zonas de expansão, (Nhamatsane, Agostinho Neto, bairro dos
Heróis Moçambicanos e Hombue). Estão praticamente preenchidos e existe uma ocupação
desordenada. Deverá ser reordenado acompanhado de infra-estruturas e equipamentos sociais
actualizado o cadastro e registo da ocupação.

Zonas de Desocupação: nos Bairros Chissui, Trangapasso, Hombwe, Tembwe, Sitanha e


Chianga. Propõe-se completar o realojamento das famílias (um processo já em curso e levado a
cabo pelo CMCC) e estabelecer as zonas de protecção total nos bairros próximos dos rios como
Tembue, no Bairro Hombwe por nele se a área proposta para o futuro Aterro Sanitário, no bairro
Trangapasso por se localizar nele o Aeroporto.

6.2. Zonas para a Prática da Agricultura

As zonas rurais de Chimoio já discriminadas pelo plano têm aptidão moderada para agro-
pecuária. Precisa-se um plano integrado de desenvolvimento e aproveitamento dos recursos
naturais.

A Bacia do Rio Tembwe é a zona com maior potencial para agricultura e aproveitamento hídrico.
Propõe-se o melhoramento das vias de acesso, e certamente, estas áreas poderão fornecer um
excedente de produtos agrícolas ao mercado e/ou satisfazer as necessidades crescentes o que
pode ser mais lucrativo.

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6.3. Intervenção na Área de Infra-estruturas Básicas

• Reforçar a actual capacidade de abastecimento de água para cobrir o crescimento da


população nos próximos 10 anos (106 240 famílias). Considerandos que cada família
consome em média 350 m3/dia serão necessários 37 184 000 m3/dia de água;

• Melhorar a rede principal de drenagem e manter as infra-estruturas urbanas principais. A


efectivação desta acção só será possível com a elaboração de um plano de acção de
manutenção da drenagem;

• Construir uma rede de drenagem de águas negras na zona central da cidade. Esta acção só
será possível com a elaboração de um plano de infra-estrutura, que identificará o traçado
da drenagem e a capacidade de escoamento;

• Garantir a manutenção/reabilitação de eixos viários principais existentes na zona da


cidade. Na medida do possível o Conselho Municipal deverá asfaltar as ruas de terra e
garantir a manutenção das ruas actualmente asfaltadas;

• Expandir a rede eléctrica para as zonas de expansão;

6.4.Transportes, Mobilidade e Acessibilidade

O mapa do PEUMCC considera também o desenvolvimento do sistema de mobilidade e


acessibilidade no Município, propondo o sistema rodoviário estruturante. São determinadas as
novas ligações intra-urbanas bem como as ligações com o exterior da cidade, ou seja,
interurbanas. São igualmente definidos os locais para a transferência entre os sistemas de
transporte e referidas propostas que contribuem para uma maior fluidez do trânsito.

O diagnóstico da mobilidade e acessibilidade do Município da Cidade de Chimoio apresentou


grandes deficiências nos sistemas e na rede dos transportes. Com isto, grandes desafios se
colocam para a cidade de Chimoio no sentido de inverter esta situação. As principais estratégias
de intervenção assentam no enquadramento territorial do Município a nível regional e local e
num sistema que integra o sistema viário e o sistema de transporte Municipal.

A mobilidade urbana deverá melhorar com intervenções de melhoramento no sistema viário, no


controlo de tráfego e na estruturação de um sistema de transportes (o sistema de transportes
público, privado e o de cargas).

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 24


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

Para responder os maiores desafios e visando uma melhor mobilidade e uma maior
acessibilidade, o Plano PEUMCC propõe intervir nas seguintes áreas consideradas cruciais para
o município:

6.4.1 Acessibilidade e enquadramento Territorial do Município

Partindo em princípio que o Município da Cidade de Chimoio desenvolve-se em torno da N6 e,


considerando que o mesmo é um eixo de transição e de comunicação de e para as províncias e
cidades vizinhas, importa reforçar a circulação de pessoas.

Com os níveis de crescimento urbano, que se espera se mantenha elevados nos próximos anos, as
estradas da cidade de Chimoio devagar tornar-se-ão congestionadas (como aquilo que
actualmente se verifica na Avenida 25 de Setembro), como uma rede fechada. O tráfego
primeiro, tomará as vias alternativas, até que estas atinjam também o seu limite de capacidade.
Os cruzamentos nas estradas alternativas não sendo devidamente sinalizados e a funcionarem de
forma deficiente irão engarrafar a cidade, o fluxo automóvel, a mobilidade e a acessibilidade irão
reduzir drasticamente e se nada for feito os acidentes aumentarão com a pressa que cada
automobilista terá de chegar até ao destino.

Algumas alternativas viáveis apresentadas pelo Plano, para alterar o actual estado físico dos
meios estruturantes, a rede rodoviária e os sistemas de transportes, bem como os utentes
(automobilistas e pedestres) continuarão a usar (cada vez menos) as actuais rotas e, (cada vez
mais) as viaturas colectivas, semicolectivas e individuais para as deslocações.

A solução a tomar de forma a regulamentar deverá incluir um plano de desenvolvimento, e ainda


fazer uma abordagem global ao problema.

Os principais temas a abordar de forma a solucionar ou minimizar o problema são:

• Desenvolvimento de um Programa específico de Transportes.


• Apostar nas obras de manutenção de infra-estruturas viárias;
• Densificação dos acessos e da rede viária nas áreas menos servidas (áreas periurbanas)
• Introdução de medidas de gestão da circulação viária, para aliviar áreas específicas de
congestionamento principalmente na Avenida 25 de Setembro;
• Desenvolvimento de esquemas funcionais para o transporte de passageiros;

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 25


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

6.4.1.1. Manutenção de Infra-estruturas Viárias


Há necessidade de recuperar as estradas, urbanas e suburbanas, até atingir-se uma situação de
manutenção sustentável. O volume de trabalho poderia ser determinado a partir dos fundos
disponíveis para atender a manutenção periódica e de rotina, assim que as estradas fossem
restituídas a níveis aceitáveis de manutenção.

6.4.2.Densificação dos acessos e da rede viária nas áreas menos servidas


Através da materialização de Planos Parciais e de Pormenor, serão levadas a cabo medidas de
requalificação de unidades habitacionais, comerciais e de serviços menos servidos por acessos.

6.4.3.Introdução de medidas de gestão da circulação viária, para aliviar áreas específicas


de congestionamento

Determinar primeiro quais as vias a serem designadas de estradas principais, sendo estas
priorizadas no acto da reabilitação. Considerar estas estradas como de escoamento de tráfego, de
forma a permitir a livre circulação, tornando-as mais atractivas.

Deve-se também, definir-se o sinal rodoviário que indicará a prioridade de passagem nos
cruzamentos em harmonização com os da SADC.

Introdução de regulamentos que determinem zonas de segurança da estrada, que permitirão o


seu alargamento no futuro e prever a criação de novas reservas.

A área de actividade dos TPM Chimoio deve ser estendida, de forma a cobrir todos os Bairros
da cidade,

Devendo-se escolher o tipo adequado de autocarros para a expansão da frota.

Espera-se que haja necessidade de se identificar e adquirir autocarros de média lotação (os de 35
lugares) e económicos, para complementar a frota existente e permitirem manobra rápida em
curto período de tempo nas zonas não urbanizadas.

6.4.4.Criação e Desenvolvimento de meios alternativos para o transporte de passageiros e


mercadorias a nível interurbano
Face ao volume de fluxo pendular de passageiros e de transporte de bens e de mercadorias de
Maputo-Chimoio e Chimoio - Zona Centro e Norte do Pais através da N6 na Cidade de
Chimoio está muito bem definido, tendo em conta que a N6 encontra-se fora ou não atravessa o

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 26


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

centro da Cidade. Devendo ser equacionadas novas vias de entrada e saída para o Centro da
Cidade de forma a descongestionar a 25 de Setembro e consequentemente a zona da actual
terminal dos transportes urbanos junto ao mercado… através das novas vias projectadas pelo
plano.

6.4.5.Desenvolvimento de um Programa de Transportes

O programa de transportes poderá ser implementado em três fases:


• Na primeira fase, durante os primeiros três anos do período do plano, deverão ser
implementados os programas a curto prazo. Assim, as suas recomendações devem ser
incluídas no orçamento municipal, sendo que a sua gestão deverá ser feita junto aos órgãos
competentes da administração central, quando deles for a competência total ou parcial da
actividade;
• A segunda fase refere-se às actividades a serem executadas progressivamente durante o
período do plano, compreendendo acções a médio e longo prazos, acompanhando o
desenvolvimento dos outros programas de infra-estruturas;
• A última fase refere-se a outros projectos a serem implementados após o período do plano,
mas que exigem actividades preliminares durante o período do mesmo.

6.5. Programa de Faseamento do Sistema viário e de Transportes

1ª Fase: Recuperação do Sistema Viário Existente (0 a 2 anos)

A falta de manutenção das vias públicas, causa danos consideráveis à pavimentação e as


condições de transitabilidade tornam-se precárias para atender o volume crescente do tráfego.
Um programa de reabilitação deve ser desenvolvido para a recuperação do sistema urbano já
existente. A reparação das demais vias primárias e secundárias deve ser desenvolvida também a
curto prazo.

O Plano também propõe a inclusão de trajectos de sentido único levando em conta que algumas
delas devem ser ajustadas às condições actuais da cidade e volume do tráfego actual e futuro. Se,
como resultado dessas recomendações, algumas vias venham a aumentar o seu volume de
tráfego, essas vias deverão ser antecipadamente reforçadas para atender a esse aumento.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 27


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

2ª Fase: Construção de Novas Vias Principais Projectadas (3 a 7 anos)

O plano viário ou de circulação é um factor crucial para o funcionamento e desenvolvimento da


cidade. Este plano poderá ditar e garantir a articulação global da cidade e constituirão grandes
canais de tráfego.

A prioridade para o estabelecimento de novas vias de acesso deverá ser orientada para resolver a
ligação entre os polos de desenvolvimento propostos no Plano. Em segundo lugar dever-se-á
equacionar a ligação interna do município com particular atenção a zona proposta para
implantação de novas indústrias. Neste sentido deverão ser previstas novas infra-estruturas
viárias a serem iniciadas no período de vigência do plano e poderem ser concluídas a posterior.

Assim o plano propõe para a abertura e desenvolvimento das seguintes novas vias Principais:

• Zona Industrial: ligação com Posto administrativo Urbano Nº1 a partir do Bairro dos
Heróis Moçambicanos até ao Bairro Tembwe (área esta proposta pelo Plano para o
desenvolvimento industrial);

3ª Fase: Localização e Construção de Terminais de Transportes (8 a 9 anos)

Para melhorar a circulação de transportes públicos e funcionamento integrado dos transportes


rodoviários, o Plano de Estrutura propõe a localização de zonas para a construção de terminais
rodoviárias.
Dever-se-á dotar todas as terminais de transportes de passageiros de infra-estruturas básicas tais
como:

Construção de sanitários, balneários públicos, quiosques, alpendres com bancos e placas de


identificação das rotas.

4ª Fase: Construção de terminal regional (10 anos)

A função urbana que a cidade de Chimoio herdou desde os tempos (definida como centro de
produção essencialmente agrícola) organização e apoio as actividades económicas do complexo
Industrial do Planalto - CIPLA), Textáfrica e outros por se encontrar numa posição privilegiada
quanto ao tráfego rodoviário (pela N6 e pelo caminho de Ferro), coloca-a na rota para ligação da
Cidade com Distritos de Gondola, Manica, Sussundenga, Barué e para alguns Postos
Administrativos como:

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 28


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

Camfupe, Macate, Zembe, Matsinho e outros. Províncias de Maputo, Inhambane e o resto do


Pais.

O diagnóstico da actual situação do sistema de transportes apontou para a inexistência de


terminais de carga devidamente formalizados. Assim, o Plano propõe para a identificação de um
espaço suficiente que facilite a operação de carga e de descarga de mercadorias sem perturbações
ao tráfego circundante.

A separação do tráfego regional e do tráfego urbano irá impedir a entrada para as áreas centrais
da Cidade de tráfego pesado. Assim será localizado no perímetro da Cidade (Junto à N6 nos
bairros Nhaurir e Tembwe, duas Terminais de chegada e partida de transportes rodoviários
urbanos e de Camiões ou de grande porte.

6.6.Actual Lixeira

Os resíduos sólidos domésticos e industriais são depositados numa lixeira localizada no bairro 7
de Abril, sem vedação e sem nenhum sistema de gestão. Os resíduos não sofrem nenhum tipo de
tratamento, são depositados a céu aberto.

Enquanto se criam condições para a construção de um aterro sanitário para o município, na área
identificada (bairro Hombue), o Conselho Municipal deverá:
• Desenhar um plano de acção para a gestão adequada da lixeira situada no 7 de Abril;
• Definir e delimitar a lixeira através de vedação;
• Se possível aconselha-se o reassentamento da população que se localiza junto a área da
lixeira.

6.7. Proposta para o Aterro Sanitário

Devem ser efectuados Estudos de Impacto Ambiental pormenorizados para localização de um


aterro sanitário. O Plano propõe a localização do futuro aterro sanitário numa zona intermedia do
Distrito de Gondola e do Município de Chimoio com o objectivo de servir o Distrito e o próprio
município em simultâneo, acautelando o seguinte:

• Numa área onde não ocorrem quaisquer cursos de água ou outras formas de águas
superficiais nas imediações a menos de 500 m;
• A direcção dos ventos predominantes é favorável em relação a localização das zonas
residenciais;
• Não existe nenhuma fonte de captação de água nas imediações;
• O acesso ao terreno é acessível durante todo o ano e;

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 29


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• Existe uma barreira visual para a protecção.

6.8.Câmara de Empréstimo (Extracção de Areia para Construção)

• O Plano propõe a reposição das áreas de empréstimo, através do plantio de espécies


vegetais e ou de solos;
• Propõe ainda a elaboração de um plano de maneio de exploração das áreas, para evitar o
uso não sustentável das mesmas.
• A definição de novas áreas deve ser antecedida por um processo de avaliação do impacto
ambiental.

6.9. Intervenções na Área de Equipamentos Sociais

Do diagnóstico da actual situação que o Município da Cidade de Chimoio se encontra e


analisadas as necessidades presentes e futuras do seu crescimento concluiu-se que:

• Para além do já apresentado défice de um total de 319 salas de aulas, em 2022 o


Município necessitará de acrescentar mais 194 salas de aulas para o Ensino Secundário
Geral e Profissional.

• Melhorar grande parte das Escolas do EP1 e EP2 nos diferentes Bairros que pelas
condições apresentadas carecem de um certo melhoramento,

• Equipar as escolas de todo o imobiliário escolar;

• O Plano propõe a identificação nos bairros de expansão como: 7 de Setembro, dos Heróis
Moçambicanos, Nhamadjessa e Tembue áreas para a construção de futuros equipamentos
sociais;

• O Plano propõe para os bairros Tambara2, trangapasso, Hombue e 7 de Abril áreas para a
construção de equipamentos para a saúde;

• Para o bairro Chissui uma área já identificada como reserva para a Direcção Provincial da
Saúde);

• Propõe ainda o melhoramento do Cemitério Municipal e a sua ampliação, no bairro


Trangapasso atrás do Aeroporto área para um cemitério municipal e outro no bairro
Agostinho Neto;

• Para o bairro Hombue o Plano propõe uma reserva para implantação de serviços;

• O Plano propõe a identificação de uma área para a indústria no bairro Tembue;

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 30


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

• Propõe ainda duas áreas para recreio uma no bairro Hombue (complexo desportivo) e
outra no bairro dos Heróis Moçambicanos actualmente ocupada por Jatrofa;

• Para o turismo o Plano propõe uma área no bairro Tembue no espaço de citrinos e outra
no Círculo Mudzingadzi.

Tabela nº05: Necessidade de Salas de aulas segundo a população em idade escolar


Nível População em Necessidade em salas Nº de salas Déficit
idade escolar na condição óptima existentes
EPC(6/12 anos) 53907 598 604 0
ESG (13/17)/ETP 28750 319 125 194
Total 82657 917 729 194
Fonte:

• Apetrechamento dos Centros de Saúde localizados nos Bairros com maior número de
habitantes para permitir o descongestionamento do Hospital Geral;

Tabela nº 06: Uso do Solo, Município de Chimoio.


Área
Zona Usos Adequados Usos Tolerados Usos Proibidos
Mínima
Áreas a
reordenar e
Indústrias,
novas zonas de Habitação unifamiliar, Estabelecimentos
oficinas,
expansão equipamentos sociais e comerciais e 600m2
poluidoras ou
costeira vias de acesso serviços
barulhentas
(média
densidade)
Habitacional Estabelecimentos
Áreas de
Habitação pluri e uni – comerciais e Indústrias,
Expansão
familiar, e equipamentos serviços oficinas, bombas 450 m2
Novas zonas
sociais e vias de acesso administrativos, de combustíveis
(alta densidade)
Edifícios de culto
Áreas de Habitação unifamiliar, Estabelecimentos Indústrias,
Expansão equipamentos sociais e comerciais e oficinas, bombas 600m2
Novas zonas vias de acesso serviços de combustíveis

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 31


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022
(média administrativos,
densidade) Edifícios de culto
Turismo e Habitação de luxo,
habitação de alto comércio e
Turismo, lazer e
padrão estâncias turísticas Outros usos 800m2
recreação, veraneio
(baixa
densidade)
Equipamento
s e Serviços Expansão Administração, educação, Edifícios de culto, Indústria, comércio
1000m2
Administrativ habitacional saúde, lazer, desporto ONG´s grossista
os
Requalificação e Escritórios, oficinas,
Expansão bombas de combustíveis,
Serviços Nenhum uso Outros usos 375m2
habitacional estacionamentos,
garagens
Expansão de Indústria ligeira, Habitação,
Indústria pequenas Manufactura, oficinas, Serviços, comércio actividade 1000m2
indústrias armazéns poluidora
Centros de Venda por atacado,
Habitação,
Comércio Serviços e Pólos retalhista, Serviços, Indústria 375m2
oficinas,
equipamento, feira
Horticultura, criação de Quintas, Indústria,
Áreas Verdes
Agrícola pequenas espécies, equipamentos, actividades 1000m2
de Produção
machambas comércio poluidoras
Zona de
Nenhum uso Nenhum uso Todos usos 100m de largura
Protecção
Áreas de
Reconversão
Reconversão
para Espaço Área verde urbana Nenhum uso Todos usos 100m de largura
Natural
Habitação multi-familiar, Indústria, oficinas,
Requalificaçã Reconversão Comércio,
construções em altura e poluidora ou 450m2
o Para habitação Serviços
equipamentos barulhenta

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VII. PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO

7.1. Desenvolvimento de Pólos e Respectivas Áreas de Influência

A proposta de localizar equipamentos públicos e privados visa reanimar e dar conteúdo a


edifícios e áreas que, pela sua localização desempenharão um papel importante na estruturação
da cidade.

Para a zona do plano proposto, o objectivo será o de reforçar a centralidade localizando os


equipamentos de forte impacto urbano, tanto a nível físico como funcional, em pontos chaves da
zona que são designados pelo plano como pólos de desenvolvimento ou pólos de atracção na
vida urbana.

Como já de referenciou anteriormente, a ideia da criação dos referidos pólos visa a


descentralização da prestação de serviços básicos e equipamentos sociais actualmente
concentrados na parte urbanizada da cidade. A criação de pólos vai facilitar o acesso a diversos
tipos de equipamentos, bem como incentivar o desenvolvimento económico dos Bairros. Os
futuros pólos não representarão nenhuma categoria em termos administrativos municipais, e nem
possuirão alguma estrutura político-administrativa, representando apenas uma divisão
meramente de planeamento e gestão espacial para mitigar as assimetrias no Município.

Cada Pólo será composto por dois ou mais Bairros que mantém relações de interdependência, em
termos de prestação de serviços à população, como forma de apoio ao desenvolvimento das
zonas rurais na cidade, através do fortalecimento de subcentros existentes e o estabelecimento de
novos onde existem condições de concentração de população e convergência de vias de acesso,
sem todavia haver ainda serviços e equipamentos.

Pretende-se com esta abordagem:

• Melhorar a prestação de serviços a população;

• Melhorar o aproveitamento do potencial económico e social de cada zona, com impacto


para as próprias comunidades e para o Município em geral.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 33


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Funções específicas de pólos de desenvolvimento

Os pólos de desenvolvimento servirão de base para:


• Apoio ao desenvolvimento de actividades económicas e geração de emprego e auto-
emprego;
• Provisão de serviços;
• Comercialização de produtos;
• Provisão de infra-estruturas e equipamentos sociais;
• Gestão de recursos naturais e zonas de conservação.

Assim o presente Plano identificou e definiu os seguintes 5 novos pólos de atracção para os
próximos 10 anos:

7.2. Zona sul do Município em direcção ao Distrito de Sussundenga e Posto Administrativo


de Macate: trata-se das duas zonas definidas pelo município como de reserva municipal e que
pelas condições físicas a que mesma apresenta o plano propõe a elaboração dos Planos de
Pormenor para a construção habitacional, Centro Administrativo e Comercial. É inegável que
estes equipamentos são preponderantes e que vão de certo modo acelerar o nível de
desenvolvimento da zona e logo atrair a presença de um contingente de pessoas que por sua vez
essas pessoas necessitarão de diversos insumos facilitando a instalação de outros
estabelecimentos com a finalidade principal de atender a demanda específica destes
frequentadores.

7.3. Pólo de atracção Desportiva Heróis Moçambicanos (Complexo Desportivo): desporto


exerce um poder de atracção muito forte sobre a população. Pelas condições físicas que a
zona apresenta, o leste do Bairro Heróis Moçambicanos é ideal para a construção de um
complexo desportivo.

7.4. Pólo de desenvolvimento Tembwe e Nhaurir: localizam-se ao longo da N6 isto é, junto


ao entrocamento da N6 com ER246 a Leste e junto a terminal proposta pelo plano a Este e
que a semelhança do primeiro pólo, o Plano propõe a elaboração de um Plano de Pormenor
para a construção de pequenas indústrias não-poluentes e mais em diante, isto em direcção
a Este o plano propõe a construção da terminal dos transportadores semi-colectivos de
passageiros .

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 34


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7.5. Pólo de atracção Círculo Mudzingadzi: o diagnóstico da situação actual da Cidade de


Chimoio concluiu que apesar do município da Cidade apresentar um potencial turístico
favorável em relação a muitos pontos, o mesmo encontra-se atrasado em termos de
apetrechamento em equipamentos que vão acelerar e assegurar que este turismo se desenvolva
de forma rápida como se deseja. Desta forma o plano propõe a elaboração de um Plano de
Pormenor a curto prazo para a construção e desenvolvimento de um centro equipado de todo
um conjunto de equipamentos e serviços no Círculo Mudzingadzi, atrás do Monte Bêngo
vulgarmente conhecido por Cabeça do Velho.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 35


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VIII. ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL

8.1. Organização interna do Conselho Municipal e sua adequação às necessidades de gestão


urbana;

O Conselho Municipal deverá estar capacitado técnica e financeiramente para num futuro
próximo, ser capaz de responder e adequar as mudanças impostas pelo crescimento demográfico
e económico da cidade, o que significa:

• Aumento da procura de parcelas de terra para habitação, isto implica a elaboração de


planos de pormenores de novas zonas de expansão habitacional e sua implementação. Para
melhor gestão da implementação efectiva dos planos seria necessário garantir a existência de
infra-estruturas básicas e equipamentos nas novas zonas habitacionais, bem como promover a
expansão de posto de emprego nas mesmas para evitar grandes distâncias para os centros de
emprego.

• Maior procura de serviços básicos, tais como saúde, educação e transportes públicos: os
serviços básicos existentes actualmente não seriam capazes de cobrir a grande procura, para
tal o conselho Municipal deverá promover a construção de novos serviços através de fundos
próprios ou através de apoios. Esta área de construção de novas escolas ou centros de saúde,
o Conselho Municipal pode solicitar o apoio as grandes empresas locais, que disponibilizem
um fundo de compensação social.

8.2.Papel das Delegações Administrativas, Descentralização

O Conselho Municipal deverá criar uma estrutura de gestão urbana descentralizada, dotada de
uma capacidade técnica e financeira, visando responder:

F Articulação com as Instituições do Estado e outros parceiros;

F Articulação com Empresas de Serviços, para possível prestação de serviços ao Conselho


Municipal para aliviar a carga de responsabilidade. O Conselho Municipal deverá aparecer
como a entidade responsável e fiscalizadora, e não como executora;

F Melhoramento dos mecanismos de participação comunitária na gestão urbana e actividade


de carácter social.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 36


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IX. Faseamento da Implementação do Plano

9.1. Implementação

Para a implementação das propostas do Plano de Estrutura Urbana de Chimoio será necessário o
envolvimento e empenho de toda a sociedade de Chimoio, juntamente com as autoridades
municipais. Os mecanismos de execução das propostas, só serão possíveis se tomar em conta as
seguintes acções:
ƒ Aprovação do Plano pela Assembleia Municipal (A Assembleia Municipal é o Órgão que
aprova os Planos, Artigo 45 ponto 3 alínea “a” da Lei 2/97 (Lei das Autarquias),
conjugado com o artigo 13 ponto 1 alínea d) da Lei 19/2007 de 18 de Julho (Lei de
Ordenamento do Território);
ƒ Ratificação pela entidade tutelar competente (Ministério da Administração Estatal-MAE),
como instrumento de planificação, que orienta a execução das acções de desenvolvimento
preconizadas pelo Conselho Municipal;
ƒ Após a sua aprovação formal, o plano assumirá um carácter legal o que permitirá ao
Conselho Municipal, instituir as propostas do plano;
ƒ Adopção do plano pelos diferentes agentes económicos e pela sociedade civil em geral;
ƒ Campanha de publicitação do plano.

9.2. Poderes de Implementação

Na essência, o plano deve estar intrinsecamente ligado à solução dos problemas e à


implementação de propostas. Para a implementação das propostas contidas neste plano o Órgão
local deverá envolver a comunidade local no processo.

A implementação das propostas implicará custos financeiros para o Município e estes fundos
terão que ser mobilizados junto de parceiros e outros interessados com o desenvolvimento desta
urbe, bem como poderá contrair empréstimos para financiar a implementação dos planos numa
base de recuperação de custos o que obrigará que haja uma decisão conjunta entre Comunidade
local e Conselho Municipal.

Um dos mecanismos de implementação mais importante é o Município estar capacitado para


controlar e gerir o solo urbano. Para todos efeitos, de acordo com a Lei das Autarquias locais
(Lei n. 2/97) é da responsabilidade do Município, o controle e a gestão do solo urbano e
fornecimento de orientações para o alcance dos objectivos nele preconizados.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 37


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

9.3. Faseamento da Implementação


A implementação do plano deverá ser feita por fases de acordo com a demanda de terra para a
construção habitacional e outros usos.

- Portanto, a execução dos equipamentos e infra-estruturas dependerá, não só do nível da


procura destes serviços, mas também, das possibilidades de aquisição de meios para a sua
edificação, os quais deverão ser mobilizados a vários níveis.

- A efectiva execução do Plano é da inteira responsabilidade do Conselho Municipal,


cabendo ao Ministério Para a Coordenação da Acção Ambiental o papel de assessoria
técnica e de acompanhamento em todo o processo de sua implementação, que decorrerá
em três fases.

a) Primeira Fase - Acções Imediatas

• Aprovação e ratificação do Plano de Estrutura pela Assembleia Municipal local e pela


entidade competente Ministério da Administração Estatal (MAE);

• Requalificação do Núcleo Urbano Central, através de novas construções nos espaços


livres subaproveitados e transformação de usos em área já ocupadas;

• Propõe-se ainda para a requalificação e para o posterior reassentamento da população dos


Bairros Mudzingaze, Centro Hípico, pois na perspectiva deste plano esta área é
pantanosa;

• Reordenamento, dos Bairros 25 de Junho, 16 de Junho, e uma parte dos Bairros 4 e 5,


incluindo as actuais zonas de expansão ocupadas de forma desordenada. Deve-se fazer o
reordenamento acompanhado da actualização do cadastro e registo da ocupação;

• Desocupação, nos Bairros Mudzingaze e Centro Hípico. Propõe-se completar o


realojamento das famílias e estabelecer as zonas pantanosas por se encontrar famílias
vivendo nos pântanos ou em áreas impróprias;

• Propõe-se completar o realojamento, estabelecer as zonas de protecção total e integrá-las


já existentes.

• Expandir e reforçar a actual capacidade de abastecimento de água, para cobrir o


crescimento da população das zonas periféricas da cidade e explorar a possibilidade de
aberturas de furos nos Bairros rurais da cidade.

Elaborado pelo MICOA/DINAPOT-DPU e CMCC/DUCH 38


PEUMCC - Plano de Estrutura Urbana do Município da Cidade de Chimoio 2012 - 2022

• Melhorar a rede principal de drenagem e manter as infra-estruturas urbanas principais: a


efectivação desta acção só será possível com a elaboração de um plano de acção de
manutenção da drenagem da cidade até a periferia.

b) Segunda Fase – Médio Prazo (2 a 5 anos)

• Criação de Pólos de Desenvolvimento nos Bairros dos Herois Mocambicanos,


Trangapasso, Agostinho Neto no Posto Administrativo Urbano 1; Sitanha, Textáfrica
ambos no Posto Administrativo Urbano 3.

• Elaboração de Planos de pormenor nos Bairros Chianga.

• Abertura de novas vias de acesso que estabelecem ligação entre os cinco (5) Polos de
Desenvolvimento propostos neste Plano para as zonas de expansão habitacional da cidade
de Chimoio;

• Melhoramento das condições na terminal dos transportes de passageiros.

c) Terceira Fase – Longo Prazo (5 a 10anos)

• Elaboração Implementação da Estratégia de Combate as Queimadas Descontroladas de


um estudo detalhado nos bairros dos Heroís Moçambicanos, Trangapasso, Tembwe e um
pouco de todos os bairros periféricos para a harmonização das componentes (conservação
e turismo), acomodando os diversos interesses, de modo a minimizar os impactos
ambientais negativos do processo de desenvolvimento.

• Potenciar as baixas dos rios no bairro Trangapasso, Tembwe e um pouco em todos


bairros atravessados por alguns riachos Bacia do para a actividade agrícola e
aproveitamento hídrico.

As orientações e propostas expressas em peças desenhadas e escritas constantes neste documento


servem como instrumento orientador e coordenador da ocupação do solo na área de jurisdição do
Município de Chimoio.

A sua aplicação concreta deverá ser desenvolvida em planos de urbanização e de pormenor que
indicarão o pormenor da ocupação, com detalhes das fracções do respectivo território.

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10. Identificação de Legislação e outros Documentos Orientadores Nacionais e analisados


no âmbito do presente plano.

Constituição da República de Moçambique aprovada a 22 de Dezembro de 2004 (Excertos):

ARTIGO 90º,
(Direito ao Ambiente)
1.Todo o Cidadão tem o direito de viver num ambiente equilibrado e o dever de o defender.
2.O Estado e as autarquias locais com a colaboração das associações na defesa do ambiente e
velam pela utilização racional de todos os recursos naturais.

ARTIGO 117º
(Ambiente e qualidade de Vida)

2.com o fim de garantir o direito ao ambiente no quadro de um desenvolvimento sustentável, o


Estado adopta politicas visando:
a) prevenir e controlar a poluição e a erosão;
b) integrar os objectivos ambientais nas políticas sectoriais
c) promover a integração dos valores do ambiente nas políticas e programas educacionais;
d) garantir o aproveitamento racional dos recursos naturais com salvaguarda da sua capacidade
de renovação, da estabilidade ecológica e dos direitos das gerações vindouras;
e) promover o ordenamento do território com vista a uma correcta localização das actividades e a
um desenvolvimento socioeconómico equilibrado

Lei nº 2/1997, de 18 de Fevereiro. Aprova o quadro jurídico para a implantação das Autarquias
Locais, definindo os conceitos principais e estrutura, atribuições e competências dos órgãos
autárquicos. De notar para o presente trabalho:
Artigo 45 (Competências da Assembleia Municipal) - (3) (d) aprovar o plano de
desenvolvimento municipal, plano de estrutura e, de um modo geral, os planos de ordenamento
do território, bem como as regras respeitantes à urbanização e construção nos termos da lei
Artigo 45 (Competências do conselho Municipal) - (1)(k) exercer os poderes e faculdades
estabelecidos na lei de terras e seu regulamento
Artigo 60 (Competências do Presidente do Conselho Municipal) - Relativamente aos edifícios
ver as alíneas (2) (s, t, u)

Lei n° 11/97 de 31 de Maio: estabelece o regime legal das finanças e património das autarquias
locais Dentre as disposições:
Artigo 24 e 27 determinam as competências para a elaboração e aprovação de planos de

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desenvolvimento, de ordenamento territorial e planos de estrutura, gerais e parciais de


urbanização as autarquias pelas autarquias. Os planos são elaborados em coordenação com a
administração central. Os planos de desenvolvimento e ordenamento do território carecem de
ratificação pelo governo central, publicado o acto da ratificação no BR.

Lei nº 8/2003 de 19 de Maio. Estabelece os princípios e normas de organização dos Órgãos


Locais do Estado nos escalões de Província, Distrito, P. Administrativo e de Localidade. A
LOLE formaliza legalmente a consulta aos distritos e a maneira como os representantes da
sociedade civil devem ser considerados pelas autoridades públicas locais. Nove princípios
regulam a participação da comunidade nos conselhos distritais de consulta: a) Participação; b)
Representatividade; c) Diversidade; d) Independência; e) Habilidade; f) Transparência; g)
Responsabilidade; h) inclusão e i) Articulação.

Decreto nº 11/2005, de 10 de Junho: Aprova o Regulamento da Lei dos Órgãos Locais do


Estado

Lei nº 7/97, de 31 de Maio, Estabelece o regime jurídico da tutela administrativa do Estado a que
estão sujeitas as autarquias locais

Decreto 51/2004, de 1 de Dezembro, Aprova o Regulamento de Organização e Funcionamento


dos Serviços Técnicos e Administrativos dos Municípios

Diploma Ministerial 80/2004, de 14 de Maio, Aprova o Regulamento de Articulação dos


Órgãos das Autarquias Locais com as Autoridades Locais

Decreto nº 45/2003, 17 de Dezembro, Regula a mobilidade dos funcionários entre a


Administração do Estado e as Autarquias e entre estas, e clarifica a situação da relação de
trabalho dos funcionários do Estado em actividade nas autarquias locais. BR, I Série, Nº 51, 17
de Dezembro de 2003.

Decreto n.º 52/2000, 21 de Dezembro. BR, I Série, N.º 51, Suplemento, 21 de Dezembro de
2000, Estabelece o Sistema Tributário Autárquico.

Resolução nº 10/95, de 17 de Outubro, Política Nacional de Terras.


Lei n° 19/97 de 1 de Outubro, Aprova a lei de terras e revoga as leis nº 6/79 e 1/86 de 3 de Julho
e 16 de Abril respectivamente.
A lei estabelece os termos em que se opera a constituição, exercício, modificação, transmissão e
extinção do direito de uso e aproveitamento da terra

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Decreto n° 66/98 de 8 de Dezembro, aprova o Regulamento da Lei de Terras e revoga o Decreto


n° 16/87 de 15 de Julho.
O regulamento aplica-se às zonas não abrangidas pelas áreas sob jurisdição dos Municípios que
possuam serviços municipais de cadastro à excepção do artigo 45 que é aplicável em todo o
território nacional

Decreto nº 29A/2000, Anexo Técnico do Regulamento da Lei de Terras. O anexo aplica-se:


À delimitação de áreas ocupadas pelas comunidades locais segundo práticas costumeiras
Delimitação de áreas ocupadas de boa-fé pelo menos dez anos por pessoas singulares nacionais
À demarcação, no âmbito de um processo de titulação de:
. Áreas ocupadas pelas comunidades locais segundo práticas costumeiras
. Áreas ocupadas de boa-fé há pelo menos dez anos por pessoas singulares nacionais
. Áreas relativamente às quais foi apresentado um pedido de aquisição do direito de uso e
aproveitamento da terra por pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, e emitida
uma autorização provisória.

Resolução n.º 18/2007 de 30 de Maio (B.R.nº 22 1ª Série de 30 de Maio de 2007) Aprova a


Política do ordenamento do território):
A política visa contribuir para o pleno aproveitamento dos recursos naturais e humanos do país,
através da compatibilização das políticas sectoriais, e da coordenação das acções de Planeamento
nas várias escalas geográficas, e entre os diversos níveis de administração pública, para o
melhoramento da qualidade de vida dos cidadãos, assegurando a sustentabilidade dos recursos
naturais.

Decreto-Lei nº 60/2006, de 26 de Dezembro, Aprova o Regulamento do Solo Urbano: O


regulamento aplica-se às Cidades e vilas legalmente existentes e nos assentamentos ou
aglomerados populacionais organizados por um plano de urbanização.

Lei nº 19/2007, de 18 de Julho (Lei do ordenamento do Território) – Ministério para a


Coordenação da Acção Ambiental.
A presente lei aplica-se a todo o território Nacional e, para efeitos do ordenamento do território,
regula as relações entre os diversos níveis da Administração Pública, das relações desta com os
demais sujeitos públicos e privados, representantes dos diferentes interesses económicos, sociais
e culturais, incluindo as comunidades locais

Decreto nº 23/2008 de 1 de Julho, que aprova o Regulamento da Lei do Ordenamento do


Território. O Regulamento tem como objecto estabelecer o regime jurídico dos instrumentos de
Ordenamento do Território.

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Decreto nº 2/2004, de 31 de Março, Estabelece as normas para o licenciamento de obras


particulares

Resolução nº 5/95, de 3 de Agosto, Política Nacional do Ambiente

Lei nº 20/97, de 1 de Outubro, Lei do ambiente


A lei tem por objectivo a definição das bases legais para a utilização e gestão correcta do
ambiente e seus componentes com a materialização de um sistema de desenvolvimento
sustentável do país. A lei aplica-se a todas as Actividades públicas e privadas que directas ou
indirectamente possam influir nas componentes ambientais

Lei nº 10/99, de 07 de Julho, Lei de Florestas e Fauna Bravia

Decreto nº12/2002 de 6 de Junho, Aprova o regulamento da lei n.º 19/99, de 7 de Julho, sobre
Florestas e Fauna Bravia:
A Lei é aplicável às actividades de protecção, conservação, utilização, exploração dos recursos
florestais e faunísticos, e abrange a comercialização, o transporte, o armazenamento e a
transformação primária, artesanal ou industrial destes recursos

Resolução nº8/97, de 01 de Abril, Política e Estratégia de Florestas e Fauna Bravia:


(...) Este documento Orienta as acções do Governo na área de Florestas e Fauna Bravia

Resolução nº95, de 08 de Agosto Política Nacional das Águas

Lei nº 16/91, de 03 de Agosto Lei das Águas:


A presente Lei das Águas estabelece os recursos hídricos que pertencem ao domínio público, os
princípios de gestão das águas, a necessidade de inventariação de todos os recursos hídricos
existentes no país, o regime geral da sua utilização, as prioridades a ter em conta, os direitos
gerais dos utentes e as correspondentes obrigações, entre outros.

Diploma ministerial nº180/2004 de 15 de Agosto, Regulamento Sobre a qualidade de água para


o consumo humano
O presente Regulamento Fixa os parâmetros da qualidades da água destinada consumo humano e
as modalidades de realização do seu controlo, visando proteger a saúde humana dos efeitos
nocivos resultante de qualquer contaminação que possa ocorrer nas diferentes etapas do sistema
de abastecimento de água desde a captação até a Disponibilização ao consumidor

Lei n.º 16/91, 3 de Agosto. BR, I Série, N.º 31, 2.º Suplemento, 3 de Agosto de 1991, Lei de
Águas

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Resolução n.º 7/95, 8 de Agosto. BR, I Série, N.º 34, 23 de Agosto de 1995, Aprova a Política
Nacional de Águas

Decreto nº 72/98 de 23 de Dezembro de 1998.BR, I Série, Nº 51, 2.º suplemento, 28 de


Dezembro de 1998, Aprova o Quadro da Gestão Delegada do Abastecimento de Água

Decreto nº 73/98, de 23 de Dezembro de 1998. BR, I Série, Nº 51,2.º suplemento, 28 de


Dezembro de 1998, Cria o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água e
aprova o respectivo Estatuto Orgânico

Decreto nº 15/2004, de 15 de Julho de 2004. BR, I Série, Nº 28, 2.º suplemento, 15 de Julho de
2004, Aprova o Regulamento dos Sistema Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de
Águas Residuais

Decreto nº 30/2003, de 1 de Julho de 2003. BR, I Série, Nº 26, Suplemento, 1 de Julho de 2003,
Aprova o Regulamento dos Sistema Públicos de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas
Residuais

Diploma Legislativo nº 1976, I Série, Nº 19, 1 de Maio de e1960., Regulamento Geral de


Edificações Urbanas

Decreto nº 68/99, de 5 de Outubro de 1999.BR, I Série, Nº 39, 5 de Outubro de 1999, Aprova o


Regulamento de Exercício da Actividade de Empreiteiro, Aprova o Regulamento de
Administração Directa das Obras Particulares

Decreto nº 2/2004, de 31 de Março de 2004. BR, I Série, Nº 13, 31 de Março de 2004, Aprova
o Regulamento de Licenciamento das Obras Particulares.

Chimoio, Novembro de 2012.

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ANEXOS
CARTOGRAFIA

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