Rotinas de Trabalho Do Departamento Pessoal - Descontos

01/10/2024, 22:36 ROTINAS DE TRABALHO DO DEPARTAMENTO PESSOAL: DESCONTOS
Tópico 04
Prática Trabalhista I
ROTINAS DE TRABALHO DO
DEPARTAMENTO PESSOAL:
DESCONTOS
1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar o estudo deste tópico aprendendo e discutindo
sobre as rotinas de trabalho do departamento pessoal, sobre os
itens relacionados a descontos principalmente, o INSS, o
Imposto de Renda, as faltas, os atrasos e o DSR Perdidos.
No Brasil, o empregador deve observar a legislação em vigor

para que possa se precaver no quesito desconto sobre folha de
pagamento de salários dos empregados. Isso se justifica, porque
temos a contribuição do INSS, Instituto Nacional de Seguridade
Social, a Receita Federal por meio da cobrança do IRRF,
Imposto de Renda Retido na Fonte que é também uma obrigação
do empregador. Além desses itens obrigatórios, é necessário
controlar os atrasos e as faltas injustificadas dos empregados
que, por consequência, refletem na perda do DSR, Descanso
Semanal Remunerado.

Para saber mais sobre o assunto, acesse o site a seguir.
Clique aqui.
https://ceadgraduacao.uvv.br/conteudo.php?aula=rotinas-de-trabalho-do-departamento-pessoal-descontos&dcp=pratica-trabalhista-i&topic=4 1/25
É importante saber que os controles de atrasos, bem como o de

faltas injustificadas podem ser feitos por meio do relógio
eletrônico de ponto que, por sua vez, faz o controle diário das
entradas e saídas dos empregados. Dessa forma, o empregador
conseguira ter acessos às horas de atrasos e de faltas
injustificadas.

É de fundamental importância conhecer as previsões
legais para faltas injustificadas.
Saiba mais clicando aqui.
Isso é relevante, porque as faltas injustificadas se tornam um

grande problema para o empregador, uma vez que desfalca a
equipe de trabalho e, consequentemente, vai sobrecarregar os
demais, lembrando que existem faltas ao serviço previstas em
lei.
“As faltas ao serviço que forem previstas em lei, norma

coletiva, regulamento de empresa ou no próprio contrato de
trabalho serão consideradas justificadas, não havendo
prejuízo da remuneração do obreiro. Em tais casos, estar-
se-á diante de hipóteses de interrupção do contrato de
trabalho” (MARTINS, 2015, p. 353).
Neste sentido, Oliveira (2012) complementa afirmando que,

quando o empregado, sem motivo justificado, faltar, ou chegar
atrasado ao trabalho, o empregador poderá descontar do salário
daquele a quantia correspondente à falta.

Vídeo sobre Faltas e Atrasos não justificados.
2. INSS – DESCONTO DO
EMPREGADO
É importante saber que a contribuição de cada segurado
empregado, filiado ao INSS, Instituto Nacional do Seguro Social,
é de 7,50%, 9%, 12% e 14%, de acordo com o salário de
contribuição determinado pela previdência social.
“O INSS incide sobre o salário mais horas extras, adicional

de insalubridade, periculosidade, adicional noturno, diárias
para viagem acima de 50% do salário percebido, 13º salário
e outros valores admitidos em lei pela previdência social.
Esse valor é descontado na folha de pagamento” (OLIVEIRA,
2012, p. 109).
É importante mencionar que há um limite para o desconto do

INSS. Logo, se o empregado ganhar um valor superior ao limite,
o abatimento referente à seguridade social não será aplicado.
Assim, o limite máximo é apenas para o segurado empregado,
porque a empresa recolhe a contribuição previdenciária sobre o
total da folha de pagamento.
Guia da Previdência Social.
Nesse sentido, veja abaixo o quadro 1 que evidencia os valores

das alíquotas e benefícios do INSS para o ano 2021.
Agora, veja abaixo o quadro 2 que evidencia os valores das

alíquotas e benefícios do INSS para o ano 2020.
Veja abaixo o quadro 3 que evidencia os valores das alíquotas e

benefícios do INSS para o ano 2019.
Por fim, veja abaixo o quadro 4 que evidencia os valores das

alíquotas e benefícios do INSS para o ano 2018.
É importante mencionar que, desde o ano 2020, temos uma

nova forma de calcular o INSS a ser descontado do empregado.
Isso trouxe uma redução no valor de contribuição do
trabalhador, quando comparado com a forma de cálculo de 2019
e também dos anos anteriores. Nesses períodos passados,
simplesmente se calculava o percentual sobre o valor inteiro
recebido, sem separá-lo por faixas.
Exemplo:
Vamos supor que um empregado mensalista recebia em 2019

um salário de R$ 3.000,00. Assim, era calculado diretamente o
percentual de 11%, resultando em um desconto de R$ 330,00.
Veja agora como fica o cálculo para o ano de 2021 para o mesmo
salário de R$ 3.000,00.
Primeira faixa salarial = R$ 1.100,00 X 7,50% = R$ 82,50.
Segunda faixa salarial = R$ 2.203,48 – R$ 1.100 = R$ 1.103,48

X 9% = R$ 99,31.
Faixa que atinge o salário = R$ 3.000 – R$ 2.203,48 = R$

796,52 X 12% = R$ 95,58.
Total a recolher = R$ 82,50 + 99,31 + R$ 95,58 = R$

277,40
Assim, é importante mencionar que a porcentagem de desconto

do INSS sobre o salário deve variar, de acordo com o salário que
recebe, ocorrendo de maneira progressiva, uma vez que, quanto
maior for o salário do empregado, mais valor de INSS ele terá
descontado do contracheque.
Neste sentido, essas variações de percentagem são separadas em

4 faixas a saber:
Primeira faixa = R$ 1.100,00 X 7,50% = R$ 82,50.
Segunda faixa = R$ 2.203,48 – R$ 1.100,00 = R$ 1.103,48 X 9%

= R$ 99,31.
Terceira faixa = R$ 3.305,22 – R$ 2.203,49 = R$ 1.101,73 X 12%

= R$ 132,21.
Quarta faixa = R$ 6.433,57 – R$ 3.305,23 = R$ 3.128,34 X 14%

= R$ 437,97.
Total a recolher = R$ 82,50 + 99,31 + R$ 132,21 + R$

437,97 = R$ 751,99

Para saber mais, assista ao vídeo sobre Cálculo de INSS
na prática:
3. IMPOSTO DE RENDA
O imposto de renda é um tributo que tem como base de cálculo o
salário, as horas extras, os adicionais, dentre outros. Além disso,
existem quesitos importantes sobre ele, conforme você pode ver
abaixo:
· As faltas descontadas em folha devem ser deduzidas da base;
· Valores inferiores a R$ 10,00 não devem ser retidos (RIR/99,

art. 724), exceto, no décimo terceiro salário;
· O IRRF s/ 13º salário tem base de cálculo (e desconto) em

separado;
· O IRRF s/ férias sobre férias tem base de cálculo (e desconto)

em separado.
“A tributação do imposto de renda sobre os rendimentos do

trabalho assalariado pago incide sobre: salários, ordenados,
soldos, subsídios, honorários, adicionais, vantagens,
extraordinários, suplementação, abonos, bonificações,
gorjetas, gratificações, 13º salário, participações,

percentagens, prêmios, cotas- partes em multas ou receitas,
comissões, corretagens, vantagens por transferência de local
de trabalho, verbas de representações, e outros rendimentos
admitidos em lei pela Receita Federal” (OLIVEIRA, 2012, p.
113).
Imposto de renda.
Além disso, existem as seguintes deduções na base de cálculo:
· INSS descontado do empregado;
· Por dependente: R$ 189,59;
· Desconto mínimo: R$ 10,00;
· Pensão alimentícia;
· Previdência privada (se paga pelo contribuinte);
· Outras: na declaração de ajuste anual.
Somado a isso, observe a fórmula de cálculo do IRRF:
IRRF = (base de cálculo x alíquota ÷ 100) (-) parcela a

deduzir.

Nesse contexto, propomos o seguinte questionamento:
existe um teto máximo para retenção do IRRF? Não.
A retenção do IRRF vai de acordo com o total da

remuneração recebida, sendo que não há um teto.
Veja abaixo o quadro 5 que evidencia as faixas de contribuição

do IRRF.
Roteiro para apurar a base de cálculo e valor do IRRF por

empregado:
(=) Remuneração para IRRF;
(-) Desconto INSS Empregado;
(-) R$189,59 para cada Dependente IR (quantidade x valor

cota);
(-) Pensão Judicial paga pelo empregado (se houver);
(-) Previdência Privada quando paga pelo empregado (se

houver);
(=) Base Líquida que irá para a tabela de IRRF x alíquota IR;
(=) resultado da aplicação da alíquota IR;
(-) parcela a deduzir;
(=) Valor IR Retido na Fonte a ser descontado na folha.
Exemplo:
§ Observe o seguinte caso: uma pessoa é mensalista, possui o

salário de R$ 3.000,00/mês e trabalha 200h/mês. Desta forma,
considere o mês de março de 2021 que tem 31 dias. A pessoa
deste caso possui 1 dependente. Assim, como calcular o IRRF e
montar o contracheque dele?
Resolução:
(=) Remuneração para IRRF – R$ 3.000,00;
(-) Desconto INSS Empregado – R$ 277,40;
(-) R$189,59 para cada Dependente IR – R$ 189,59;
(-) Pensão Judicial paga pelo empregado (se houver) – 0;

(-) Previdência Privada quando paga pelo empregado (se houver)

0;
(=) Base Líquida que irá para a tabela de IRRF x alíquota IR –

R$ 2.533,01 x 7,50%;
(=) resultado da aplicação da alíquota IR – R$ 189,98;
(-) parcela a deduzir – R$ 142,80;
(=) Valor IR Retido na Fonte a ser descontado na folha

– R$ 47,18.
Elaboração do contracheque:

Para que você se aprofunde no assunto, acesse este
vídeo sobre o cálculo de Imposto de Renda Retido na
Fonte.
Dispensa de retenção de valor igual, ou inferior a R$ 10,00
É importante observar que, segundo o artigo 67 da Lei 9.430/96,

fica dispensada a retenção de imposto de renda referente ao
valor
incidente na fonte sobre rendimento, mas que deve integrar a

base de cálculo do imposto, por causa da declaração de ajuste
anual.
Art. 67. Fica dispensada a retenção de imposto de renda, de

valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), incidente na
fonte sobre rendimentos que devam integrar a base de
cálculo do imposto devido na declaração de ajuste anual
(BRASIL, 1996).
Já o artigo 68 da referida lei trata a respeito da utilização do

DARF.
Art.68. É vedada a utilização de Documento de Arrecadação

de Receitas Federais para o pagamento de tributos e
contribuições de valor inferior a R$10,00 (dez reais).
§1° O imposto ou contribuição administrado pela Secretaria
da Receita Federal, arrecadado sob um determinado código
de receita, que, no período de apuração, resultar inferior a
R$ 10,00 (dez reais), deverá ser adicionado ao imposto ou
contribuição de mesmo código, correspondente aos períodos
subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$
10,00 (dez reais), quando, então, será pago ou recolhido no
prazo estabelecido na legislação para este último período de
apuração.
$2° O critério a que se refere o parágrafo anterior aplica-se,

também, ao imposto sobre operações de crédito, câmbio e
seguro e sobre operações relativas a títulos e valores
mobiliários – IOF (BRASIL,1996).
Já no que diz a respeito dos prazos de recolhimento de impostos

e contribuições, temos o artigo 70 da Lei nº 11.196/2005 que
alterou os prazos de recolhimento do IRRF sobre salários a
partir de janeiro do ano 2006, bem como de dezembro de 2006 e
2007, conforme a seguir.
Art. 70. Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir

de 1° de janeiro de 2006, os recolhimentos do Imposto de
Renda Retido na Fonte – IRRF e do Imposto sobre
Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a
Títulos Ou Valores Mobiliários – IOF serão efetuados nos
sequintes prazos: (Vigência)
1-IRRF:
a) na data da ocorrência do fato gerador, no caso de:
1 rendimentos atribuídos a residentes ou domiciliados no
exterior:
2. pagamentos a beneficiários não identificados:
b) até o 3° (terceiro) dia útil subsequente ao decêndio de
ocorrência dos fatos geradores, no caso de:
1. juros sobre o capital próprio e aplicações financeiras,
inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no
exterior, e títulos de capitalização;
2. prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e
serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie
e lucros decorrentes desses prêmios; e
3. multa ou qualquer vantagem, de que trata o art. 70 da Lei
n° 9.430, de 27 de
dezembro de 1996
c) até o último dia útil do mês subsequente ao encerramento
do período de apuração, no caso de rendimentos e ganhos de
capital distribuídos pelos fundos de investimento
imobiliário; e
d) até o último dia útil do 1° (primeiro) decêndio do mês
subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, nos
demais casos;
d) até o último dia útil do sequndo decêndio do mês
subsequente ao mês de (Redação dada pela ocorrência dos
fatos geradores, nos demais casos; Medida Provisória n°
447, de 2008) (Produção de efeitos)
d) até o último dia útil do 2° (segundo) decêndio do mês

demais casos; (Redação dada pela Lei n° 11.933, de 2009)
(Produção de efeitos).
d) até o dia 7 do mês subsequente ao mês de ocorrência dos
fatos geradores no caso de pagamento de rendimentos
provenientes do trabalho assalariado a empregado
doméstico e (Redação dada pela Lei Complementar n° 150,
de 2015)
e) até o último dia útil do segundo decêndio do mês
demais casos; (Incluído pela Lei Complementar n° 150, de
2015)
II-IOF:
a) até o 3° (terceiro) dia útil subsequente ao decêndio de
ocorrência dos fatos geradores, no caso de aquisição de
ouro, ativo financeiro; e
b) até o 3° (terceiro) dia útil subsequente ao decêndio da
cobrança ou do registro contábil do imposto, nos demais
casos.
a) até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio de
ocorrência dos fatos geradores no caso de aquisição de ouro
e ativo financeiro; (Redação dada pela Medida Provisória n°
545 de 2011)
b) até o último dia útil do mês subsequente ao de ocorrência
dos fatos geradores, no caso de operações relativas a
contrato de derivativos financeiros; e (Redação dada pela
Medida Provisória n° 545, de 2011)
c) até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio da
casos. (Incluido pela Medida Provisória n° 545. de 2011)
a) até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio de
ocorrência dos fatos (Redação dada geradores, no caso de
aquisição de ouro e ativo financeiro; pela Lei n° 12.599, de
2012)
b) até o último dia útil do mês subsequente ao de ocorrência
dos fatos geradores, no caso de operações relativas a
contrato de derivativos financeiros; e (Redação dada pela
Lei n° 12.599, de 2012)
c) até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio da
casos. (Redação dada pela Lei n° 12.599 de 2012) Parágrafo
único. Excepcionalmente, na hipótese de que trata a alínea d
do inciso | do caput deste artigo, em relação aos fatos
geradores ocorridos:
I – no mês de dezembro de 2006, os recolhimentos serão
efetuados:
a) até o 3° (terceiro) dia útil do decêndio subsequente, para

os fatos geradores ocorridos no 1° (primeiro) e 2° (segundo)
decêndios; e
b) até o último dia útil do 1° (primeiro) decêndio do mês de
janeiro de 2007, para os fatos geradores ocorridos no 3°
(terceiro) decêndio;
I1 – no mês de dezembro de 2007, os recolhimentos serão
efetuados:
a) até o 3° (terceiro) dia útil do 2° (segundo) decêndio, para
os fatos geradores
ocorridos no 1° (primeiro) decêndio; e
b) até o último dia útil do 1° (primeiro) decêndio do mês de
janeiro de 2008, para os fatos geradores ocorridos no 2°
(segundo) e no 3° (terceiro) decêndio (BRASIL,2005).
4. FALTAS, ATRASOS E DSR

PERDIDOS
No que diz respeito às faltas, atrasos e DSR perdidos, deve-se ter
atenção à:
– A quantidade de horas faltas deve ser apurada dos registros de

frequência;
– Não usar 1 dia de falta = CHM/30, pois, quando há

compensação, isto dá errado;
– Usar:
Valor horas perdidas = Qtde de horas X SH;
– Havendo faltas, perde-se o DSR;
– As faltas legais, conforme, Art. 473 da CLT), são as seguintes:
– Falecimento de parente (licença nojo): 2 dias;
– Casamento: 3 dias;
– Nascimento filho: 20 dias;

– Licença paternidade: 5 dias;
– Doação de sangue: 1 dia/ano;
– Trabalho na Eleição: 2 dias;
– Atestado médico: até 15 dias/mês.
– Faltas abonadas – liberalidade da empresa.
“As faltas ao serviço que forem previstas em lei, norma

coletiva, regulamento de empresa ou no próprio contrato de
trabalho serão consideradas justificadas, não havendo
prejuízo da remuneração do obreiro. Em tais casos, estar-
se-á diante de hipóteses de interrupção do contrato de
trabalho. O art. 473 da CLT determina as hipóteses em que
as faltas serão consideradas legais. As situações descritas no
art. 473 da CLT são de interrupção do contrato de trabalho,
pois o empregador está obrigado a pagar salários e contar o
tempo de serviço, embora o empregado não trabalhe. São
faltas consideradas pela lei como justificadas. O a rt 473 da
CLT e expresso no sentido de que “o empregado poderá
deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário”
(MARTINS, 2015, p. 354).
Atrasado.
Logo, para faltas, apura-se a quantidade de horas a partir do

registro do ponto, uma vez que verificar a data em que ela
ocorreu é importante (isto é, identificar o horário previsto do dia
da falta):
Faltas não justificadas: Conforme o Art. 6° e 7° parágrafo 2° da

Lei 605/49 e o Art. 11 do Decreto 27.048/49, a falta não
justificada provoca a perda do dia e do DSR.
Assim, calcula-se o salário hora e multiplica-se pela quantidade

de horas faltas.
Salário ÷ 220 h = Salário hora
Fórmula para cálculo das faltas:
– FALTAS NÃO JUSTIFICADAS:
HORAS FALTAS × VALOR DO SALÁRIO HORA
Exemplo: 9 horas x R$
5,25………………………………………………………R$47,25.
– DSR PERDIDO:
SALÁRIO HORA X QUANTIDADE DE HORAS DSR
Exemplo: R$5,25 x 7h33 (pois, a calculadora está para base 100

centesimal): R$38,48
Ou, se a jornada diária for igual ao DSR, você encontra o DSR

perdido.
Salário mensal ÷ 30x número de dias perdidos.
Observe que, se o empregado faz a compensação de horas na

semana trabalhando, por exemplo, de segunda a quinta, uma
jornada de 9 horas por dia e na sexta 8 horas, o sábado se torna
compensado, daí desconto de falta deverá corresponder a essa
quantidade diária, sendo que o DSR perdido será de 7h 20 min.
Quantidade de horas DSR perdido: CHM ÷ 30
Observe ainda:
-Para cada 6 dias, 1 descanso semanal em horas;
DSR = CHS
Ou
– DSR = CHM
30
-Exemplo: 44 = 7,333 OU 220 =7,333
6 30
-Carga Horária Mensal = CHM = CHS x 5
-Qtde de horas DSR = CHM x nº dias DSR
30
Nota:
– Feriado no dia de folga do empregado só conta 1 DSR;
– Feriado em dia compensado não considerar como DSR.
Exemplo:
Veja o caso a seguir: um empregado mensalista trabalha 8 – 12 e

13 – 16:12, de segunda a sexta, sendo que ele faltou dois dias em
uma semana que tinha feriado.
Assim, considere: o salário dele é de R$ 1.800,00/mês; o mês

possui 30 dias, 5 domingos, 1 feriado. Logo, calcule o
contracheque do funcionário e apresente o valor líquido a
receber. Considere o ano de 2021.
Resolução:
CHD = 7,20 horas;
CHS = 36 horas;
CHM = CHS x 5 = CHM = 180 horas;
Salário Hora = Salário mensal / CHM;
Salário Hora = 1.800,00 / 180;
Salário Hora = 10,00;
Faltas = quantidade horas x salário hora;
Faltas = 14,40 x 10;
Faltas = 144,00;
DSR Perdidos = quantidade horas x salário hora;
Faltas = 12 x 10,00;
Faltas = 120,00.
Base de cálculo para o INSS = 1.536,00.
Isto porque temos R$ 1.800,00 – R$ 144,00 – R$

120,00.
Faixa do INSS 8% e 9%.
INSS a ser descontado = R$ 121,74.
Elaboração do contracheque a partir do caso anterior:
5. CONCLUSÃO
Este tópico procurou demonstrar os componentes que envolvem
as rotinas de trabalho do departamento pessoal sobre os itens
relacionados a descontos, principalmente, o INSS, o Imposto de
Renda, as faltas, os atrasos e o DSR Perdidos.
Assim, foi possível aprender por meio de exemplos práticos a

forma de se proceder com os cálculos de INSS retido na fonte na
folha de pagamento de empregados, bem como a retenção de
IRRF.
De forma conjunta, foi possível também aprender sobre os

cálculos a respeito do desconto de faltas injustificadas e DSR
perdidos.
Portanto, com o conhecimento adquirido, você terá condições de

garantir os direitos do contratante, como também de garantir os
direitos do empregado.
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. Institui o
Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação
de Serviços de Tecnologia da Informação. Lex: coletânea de
legislação: edição federal, São Paulo, v. 7, 2005.
______. Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre

a legislação tributária federal, as contribuições para a seguridade
social, o processo administrativo de consulta e dá outras
providências. Lex: coletânea de legislação: edição federal, São
Paulo, v. 7, 1996.
BLOGALELO. Descontos obrigatórios na folha de pagamento.

Blogalelo, 2018. Disponível em: <
https://blog.alelo.com.br/gestao/veja-os-descontos-
obrigatorios-na-folha-de-
pagamento/#:~:text=Em%20uma%20folha%20de%20pagamen
to,na%20justi%C3%A7a%20com%20causas%20trabalhistas.>.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 30. ed. atual. São

Paulo, SP: Atlas, 2015 e edições anteriores.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de prática trabalhista. 47. ed. São

Paulo, SP: Atlas, 2012 e edições anteriores.
PONTOTEL. Faltas Injustificadas no trabalho: Saiba quais são as

previsões da lei. Pontotel, 2020. Disponível em: <
https://www.pontotel.com.br/faltas-injustificadas/>.
YouTube. (2019). Contabilidadetv. O que diz a legislação sobre

as faltas e atrasos não justificados?
. 03min55. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?

v=etIdk0APtQM >.
YouTube. (2021). Avante RH Gestão e Treinamento. CTabela de

INSS 2021 – Cálculo na Prática.
15min26. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?

v=mIoI4wT9kSQ>.
YouTube. (2021). Explica no quadro. Cálculo do Imposto de

Renda Retido na Fonte 05min02. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=nCAVRSR1PWg>.
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01/10/2024, 22:36 ROTINAS DE TRABALHO DO DEPARTAMENTO PESSOAL: DESCONTOS

No Brasil, o empregador deve observar a legislação em vigor

É importante saber que os controles de atrasos, bem como o de

Saiba mais clicando aqui.

Isso é relevante, porque as faltas injustificadas se tornam um

“As faltas ao serviço que forem previstas em lei, norma

Neste sentido, Oliveira (2012) complementa afirmando que,

“O INSS incide sobre o salário mais horas extras, adicional

É importante mencionar que há um limite para o desconto do

Guia da Previdência Social.

Nesse sentido, veja abaixo o quadro 1 que evidencia os valores

Agora, veja abaixo o quadro 2 que evidencia os valores das

Veja abaixo o quadro 3 que evidencia os valores das alíquotas e

Por fim, veja abaixo o quadro 4 que evidencia os valores das

É importante mencionar que, desde o ano 2020, temos uma

Vamos supor que um empregado mensalista recebia em 2019

Primeira faixa salarial = R$ 1.100,00 X 7,50% = R$ 82,50.

Segunda faixa salarial = R$ 2.203,48 – R$ 1.100 = R$ 1.103,48

Faixa que atinge o salário = R$ 3.000 – R$ 2.203,48 = R$

Total a recolher = R$ 82,50 + 99,31 + R$ 95,58 = R$

Assim, é importante mencionar que a porcentagem de desconto

Neste sentido, essas variações de percentagem são separadas em

Primeira faixa = R$ 1.100,00 X 7,50% = R$ 82,50.

Segunda faixa = R$ 2.203,48 – R$ 1.100,00 = R$ 1.103,48 X 9%

Terceira faixa = R$ 3.305,22 – R$ 2.203,49 = R$ 1.101,73 X 12%

Quarta faixa = R$ 6.433,57 – R$ 3.305,23 = R$ 3.128,34 X 14%

Total a recolher = R$ 82,50 + 99,31 + R$ 132,21 + R$

· As faltas descontadas em folha devem ser deduzidas da base;

· Valores inferiores a R$ 10,00 não devem ser retidos (RIR/99,

· O IRRF s/ 13º salário tem base de cálculo (e desconto) em

· O IRRF s/ férias sobre férias tem base de cálculo (e desconto)

“A tributação do imposto de renda sobre os rendimentos do

gorjetas, gratificações, 13º salário, participações,

Além disso, existem as seguintes deduções na base de cálculo:

· INSS descontado do empregado;

· Por dependente: R$ 189,59;

· Desconto mínimo: R$ 10,00;

· Previdência privada (se paga pelo contribuinte);

· Outras: na declaração de ajuste anual.

Somado a isso, observe a fórmula de cálculo do IRRF:

IRRF = (base de cálculo x alíquota ÷ 100) (-) parcela a

A retenção do IRRF vai de acordo com o total da

Veja abaixo o quadro 5 que evidencia as faixas de contribuição

Roteiro para apurar a base de cálculo e valor do IRRF por

(=) Remuneração para IRRF;

(-) Desconto INSS Empregado;

(-) R$189,59 para cada Dependente IR (quantidade x valor

(-) Pensão Judicial paga pelo empregado (se houver);

(-) Previdência Privada quando paga pelo empregado (se

(=) resultado da aplicação da alíquota IR;

(-) parcela a deduzir;

(=) Valor IR Retido na Fonte a ser descontado na folha.

§ Observe o seguinte caso: uma pessoa é mensalista, possui o

(=) Remuneração para IRRF – R$ 3.000,00;

(-) Desconto INSS Empregado – R$ 277,40;

(-) R$189,59 para cada Dependente IR – R$ 189,59;

(-) Pensão Judicial paga pelo empregado (se houver) – 0;

(-) Previdência Privada quando paga pelo empregado (se houver)

(=) Base Líquida que irá para a tabela de IRRF x alíquota IR –