Células, Sua Composição Química e Membranas Celulares
Células, Sua Composição Química e Membranas Celulares
Células, Sua Composição Química e Membranas Celulares
membranas celulares
Os tipos celulares e a composição química da célula. A ultraestrutura, as funções e especializações da
membrana plasmática, bem como o transporte transmembrana e a sinalização celular.
Prof. Daniel Motta da Silva
1. Itens iniciais
Propósito
Conhecer os tipos celulares procarionte e eucarionte e os componentes inorgânicos e orgânicos da célula,
assim como a ultraestrutura e as funções da membrana plasmática, suas especializações e os mecanismos
que possibilitam o transporte de substâncias e a sinalização celular.
Objetivos
• Diferenciar células procariontes e eucariontes e suas principais estruturas.
• Distinguir os principais componentes inorgânicos e orgânicos da célula.
• Descrever a estrutura, as funções e as especializações da membrana plasmática.
• Reconhecer os mecanismos de transporte transmembrana e sinalização celular.
Introdução
A célula é a unidade básica de qualquer ser vivo do planeta. Entender sua estrutura, seus componentes, suas
especializações e as diversas funções que ela desempenha no organismo vivo é fundamental para o
profissional da área de saúde.
Neste conteúdo, vamos conhecer os diferentes tipos celulares (procarionte e eucarionte) e a composição
química da célula, que inclui os componentes inorgânicos (como a água e os minerais) e orgânicos (como os
ácidos nucleicos, carboidratos, lipídeos e proteínas). A partir dessa abordagem geral, focaremos as
membranas celulares, especialmente a membrana plasmática – barreira de permeabilidade seletiva que
delimita cada célula de um ser vivo.
Esses três pressupostos são a base da Teoria Celular, proposta por Mathias Schleiden (1804-1881) e Theodor
Schwann (1810-1882).
As células carregam as informações genéticas, o DNA, que vão determinar como elas serão individualmente e
como componentes de uma espécie. Tais informações genéticas são passadas entre as gerações por meio
dos processos de divisão celular e reprodução, os quais são realizados por todos os seres vivos.
As células podem apresentar estruturas, formas e tamanhos muito diversos entre todos os organismos vivos.
Tal diversidade das características das células está relacionada às moléculas que as compõem.
Entretanto, é preciso considerar que as diferentes formas encontradas nas células dos organismos
pluricelulares tendem a ser estáveis ou fixas em condições normais, podendo variar conforme fatores
adversos.
Exemplo
Os eritrócitos humanos (células do sangue) variam de forma em indivíduos portadores de anemia
falciforme. O tamanho das células pode variar de poucos micrômetros de diâmetro ou comprimento,
como ocorre na maioria dos organismos, a alguns centímetros, como na alga Acetabularia, ou chegar a
um metro de comprimento, como se verifica em algumas fibras nervosas humanas.
Apesar de toda essa diversidade, encontramos dois tipos básicos de células em todos os organismos vivos
que conhecemos: as células procariontes e as células eucariontes. Essa classificação tem relação com a
estrutura celular, que é mais complexa nas eucariontes do que nas procariontes.
Células procariontes
O termo “procarionte” vem dos termos gregos
pro (primeiro) e karyon (núcleo).
As células procarióticas também podem apresentar apêndices no seu envoltório, cujas funções são aderir as
células às superfícies, permitir movimentos das células ou auxiliar na transferência de DNA entre as células.
Os apêndices são dos seguintes tipos:
Fímbrias
Pili
Flagelos
Citoplasma
As células procarióticas possuem o material genético imerso no conteúdo celular, que chamamos de
citoplasma. Essa é a principal característica que as distingue das células eucarióticas.
O material genético é constituído por um só
cromossomo circular, localizado em uma região
chamada de nucleoide. Muitos procariontes
têm, além desse cromossomo, pequenos anéis
de DNA chamados de plasmídeos. Os
plasmídeos podem ser copiados dentro da
própria célula de forma independente do
cromossomo circular e transferidos para outras
células procariontes.
Células eucariontes
Conceito
O nome “eucarionte”, em grego, significa
verdadeiro (eu) e núcleo (karyon). Isso quer
dizer que as células eucariontes possuem um
núcleo verdadeiro, onde os cromossomos estão
separados do citoplasma por um envoltório
nuclear. Essa é a principal diferença entre
procariontes e eucariontes.
Já a parede celular está presente nas células vegetais e fúngicas, envolve a membrana plasmática e confere
resistência mecânica às células.
Atenção
Nos vegetais, o principal componente da parede celular é a celulose; nos fungos, é a quitina.
Citoplasma e núcleo
As células eucarióticas são compartimentalizadas, apresentando duas regiões morfológicas distintas: o
citoplasma e o núcleo. O núcleo está separado do citoplasma pelo envoltório nuclear, também chamado de
carioteca, por meio do qual há um fluxo constante de moléculas diversas entre as duas regiões nos dois
sentidos.
Um ponto de destaque no que diz respeito à diferença entre procariontes e eucariontes é a ausência
do citoesqueleto nos procariontes. Em eucariontes, ele tem como função os movimentos e a forma
celular, a qual, muitas vezes, é altamente complexa. A morfologia simples apresentada pelos
procariontes (normalmente esférica ou em bastonete) é mantida unicamente pela parede celular,
que é sintetizada no citoplasma e agregada à face externa da membrana celular.
A diferença mais marcante entre os dois tipos celulares é a pobreza de membranas observada nos
procariotos. Já o citoplasma dos eucariotos é subdividido em compartimentos membranosos e microrregiões
com diferentes proteínas que executam funções especializadas.
Atenção
Enquanto os procariotos são sempre organismos unicelulares, os eucariotos podem ter uma organização
pluricelular, formando, assim, seres ainda mais complexos. Na organização pluricelular, as células não
trabalham mais individualmente, e sim em conjunto. Cada uma, portanto, adota funções específicas para
garantir o bom funcionamento do organismo.
As células eucariontes em organismos pluricelulares tendem a se especializar de tal forma que passam a
depender do funcionamento das demais, já que o papel de cada uma é altamente específico. A própria
morfologia celular está relacionada ao tipo de função que a célula vai executar:
Organismos unicelulares Organismos pluricelulares
A forma da célula tende a favorecer uma A forma depende da função a ser executada e
dinâmica compatível com o seu tipo de da pressão exercida pelas células vizinhas.
deslocamento no meio e de nutrição.
Notamos que não há uma forma padrão de célula: tudo depende do modo como ela interage com o meio e as
células vizinhas, assim como de sua função e de seu grau de especialização.
Atenção
Entre os componentes citoplasmáticos, merecem destaque os cloroplastos e o vacúolo, duas organelas
exclusivas das células vegetais. Já o centríolo é uma estrutura presente nas células animais e ausente
nas vegetais.
O núcleo dos eucariotos abriga o material genético das células, sendo representado por um número de
cromossomos que varia de acordo com a espécie. Diferentemente dos procariontes, os cromossomos dos
eucariontes têm formato de bastão e ocorrem aos pares na maioria das células.
Ainda estão presentes no núcleo o nucléolo, cuja função é produzir ribossomos, e uma matriz nuclear com
composição primordialmente proteica, que está associada principalmente ao DNA.
Células eucariontes.
Como vimos, podemos, de forma ampla, classificar as células dos seres vivos em procariontes e eucariontes.
A principal diferença entre ambas é a presença ou a ausência de membrana delimitando um núcleo.
Entre as células eucarióticas, observamos ainda que é possível diferenciar as células animais das vegetais e
fúngicas pela presença ou não de uma parede celular e pela constituição dessa parede.
Saiba mais
Os vírus não são capazes de se multiplicar sozinhos: eles só executam esse processo enquanto
parasitam uma célula. Para isso, usam a estrutura da célula parasitada a fim de produzir as moléculas
que formarão novos vírus, pois não possuem todas as estruturas e enzimas necessárias para a formação
de novos vírus. Desse modo, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios que induzem a célula
parasitada a sintetizar as moléculas virais no lugar das moléculas da própria célula. Com isso, seguindo a
Teoria Celular, os vírus não são considerados seres vivos.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Células procariontes
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Células eucariontes
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A parede celular é uma estrutura presente em todas as células procariontes e em todos os vegetais e fungos,
que são eucariontes. Embora a estrutura da parede seja rígida, conferindo proteção mecânica e mantendo a
forma das células, especialmente quando há entrada de água, a sua constituição química difere entre os
grupos de organismos. Marque a opção que descreve corretamente a diferença entre a parede celular de
bactérias e a de fungos.
A
Questão 2
Com base nos pressupostos da Teoria Celular, identifique os organismos que não são considerados seres
vivos.
Vírus
Bactérias
Fungos
Algas
Animais
A alternativa A está correta.
Os vírus não podem ser considerados seres vivos, pois não possuem células. A Teoria Celular admite que
todos os seres vivos são formados por elas. Contudo, alguns pesquisadores os consideram seres vivos
mesmo na ausência de células por eles serem capazes de se reproduzir e por apresentarem variabilidade
genética.
2. Componentes inorgânicos e orgânicos da célula
As moléculas que participam da composição química da célula podem ser divididas em dois grupos:
Entre os componentes químicos da célula, de 75% a 85% corresponde à água, 2% a 3% são os sais inorgânicos
ou sais minerais e o restante diz respeito aos elementos orgânicos. Vamos entender isso melhor.
Água
A água é o elemento mais abundante da célula, havendo algumas exceções, que incluem as células altamente
especializadas de dentes, ossos, caules e sementes. No entanto, é preciso considerar que a quantidade de
água no organismo é variável em relação ao nível de atividade metabólica celular e à própria idade do
indivíduo.
A água tem o papel de solvente natural para os íons e serve como meio para dispersão da maioria das
macromoléculas. Ela é indispensável para o funcionamento metabólico, já que todos os processos fisiológicos
ocorrem em meio aquoso.
A molécula da água é morfológica e
eletricamente assimétrica. O ângulo formado
pelos dois átomos de hidrogênio em relação ao
de oxigênio é estimado a 104,9°, fazendo com
que a estrutura molecular representada pela
fórmula H-O-H não seja linear. A conformação
estrutural da molécula da água faz com que as
cargas positivas e negativas fiquem
organizadas de maneira irregular, com uma
extremidade concentrando as cargas positivas
e a outra, as negativas. As moléculas de água
funcionam como ímãs umas das outras (as
ligações de hidrogênio mantêm a coesão das
moléculas de água entre si), e seu polo Molécula de água.
negativo é atraído pelo polo positivo de outras
moléculas. A molécula de água é um dipolo, e
sua conformação é fundamental para a vida e
lhe confere propriedades exclusivas.
A natureza bipolar é o que faz da água um dos melhores solventes conhecidos. Considerada um
solvente universal, ela é capaz de dissolver muitas substâncias cristalinas em outros íons por sua
tendência de combinar a íons positivos ou negativos. Substâncias que possuem características
polares parecidas com as da água são dissolvidas com facilidade, como, por exemplo, o sal e o
açúcar.
Para que a temperatura da água se eleve, é necessária uma quantidade muito alta de energia na
forma de calor; por isso, dizemos que a água possui alto calor específico. Para os seres vivos, isso é
extremamente importante, pois mantém a sua estabilidade térmica. Pense, por exemplo, num dia de
calor muito forte na praia. Enquanto a areia está escaldante, a água do mar está fria, refrescante,
porque a energia emanada do Sol foi suficiente para aumentar rapidamente a temperatura da areia,
mas não para elevar a temperatura da água da mesma forma.
Está relacionado à energia necessária para promover a mudança de estado líquido em estado de
vapor. Por exemplo, quando suamos, as moléculas da água do suor se desprendem da superfície do
nosso corpo na forma de vapor, causando o resfriamento dessa superfície.
Coesão
É uma propriedade ligada à atração que uma molécula de água exerce sobre as outras em
consequência das ligações de hidrogênio, mantendo a água fluida e estável.
Difusão
A difusão pode ser: simples, quando as moléculas de soluto fluem livremente através da membrana;
facilitada, quando, para as moléculas de soluto fluírem através da membrana, é necessário haver
proteínas transmembranas que promovam a passagem.
Osmose
Resumindo
Como vimos, a água está relacionada a diversas funções nos seres vivos, que vão desde o transporte de
substâncias, meio para reações químicas, até o controle de temperatura.
Minerais
Os minerais desempenham funções
importantes nas células e no organismo vivo de
forma geral. Podem estar dissolvidos em água
caso se dissociem em íons. Os íons são
espécies químicas (átomos ou grupos de
átomos) com carga elétrica pelo fato de o
número de prótons (carga positiva) ser
diferente do número de elétrons (carga
negativa).
Os principais elementos químicos minerais para os organismos vivos são: cálcio (Ca), fósforo (P), sódio (Na),
cloro (Cl), potássio (K), magnésio (Mg), ferro (Fe) e iodo (I). Cada um realiza um papel de extrema importância
no metabolismo celular. Vamos estudar um pouco mais sobre eles.
Ca
O cálcio está associado à estrutura de dentes e ossos dos animais,
participa do processo de contração muscular e está envolvido no
funcionamento de nervos e na coagulação sanguínea. Ele é encontrado
em alimentos vegetais, como brócolis, espinafre, soja, linhaça e outros,
assim como em derivados do leite e nas sardinhas.
P
O fósforo também participa da formação de dentes e ossos, além de ser
fundamental para a estruturação dos ácidos nucleicos. Diversos
alimentos são fonte de fósforo: carnes (bovina, aves, peixes), ovos,
derivados do leite, feijões, ervilhas e outros.
Na
O sódio tem participação na regulação da homeostase celular, na
transmissão de impulsos nervosos e na estrutura das membranas
celulares. É adquiro naturalmente nos alimentos que possuem sal, como o
sal marinho utilizado na preparação de refeições.
Cl
O cloro é um ânion do fluido extracelular e tem participação na regulação
osmótica da célula junto com o sódio. As concentrações de cloro são
influenciadas pelas concentrações de sódio e potássio. É possível
verificar sua presença facilmente no ácido clorídrico do estômago,
participando do processo de digestão nos animais. O cloro pode ser
adquirido pela ingestão do sal comum combinado com o sódio.
K
O potássio, assim como o sódio e o cloro, participa do equilíbrio osmótico
da célula e do funcionamento das membranas. É encontrado em frutas,
verduras, feijão, leite e cereais.
Mg
O magnésio participa de processos químicos com enzimas e vitaminas,
sendo fundamental na formação da clorofila, pigmento fotossintetizante
presente nos cloroplastos dos vegetais. Também tem participação na
formação dos ossos nos animais e no funcionamento dos nervos e
músculos. Ele é encontrado em alimentos, como hortaliças de folhas
verdes, cereais, peixes, carnes, ovos, banana, feijão e soja.
Fe
O ferro é um mineral essencial para a homeostase celular, participando
da síntese de DNA e do metabolismo energético. Sua capacidade de
receber e doar elétrons o torna fundamental para diversos processos
metabólicos. Nas mitocôndrias, ele é importante para as enzimas da
cadeia respiratória, além de participar da fixação do nitrogênio. Em
alguns animais, o ferro é parte da estrutura da hemoglobina que
transporta gases nos eritrócitos, na mioglobina e no citocromo. Ele é
facilmente adquirido por meio da ingestão de carnes, ovos, legumes e
hortaliças de folhas verdes.
I
O iodo atua nos processos de oxidação celular e pode interferir no
metabolismo da água, proteínas, lipídeos e outros minerais. É um
elemento relativamente raro, embora seja encontrado em todos os
tecidos animais em diferentes concentrações. Peixes e frutos do mar são
fontes de iodo. Por questões legislativas, o sal de cozinha é iodado
devido à importância desse mineral para o funcionamento do corpo
humano.
Vitaminas
Vitaminas são substâncias orgânicas necessárias em pequenas quantidades para as atividades metabólicas
de um organismo. Trata-se de substâncias que o organismo não sintetiza, com exceção da vitamina D.
Hidrossolúveis Lipossolúveis
Veja no esquema a seguir as vitaminas, suas ações no organismo e as principais fontes alimentares:
A (retinol)
B1 (tiamina)
B2 (riboflavina)
B3 (niacinamida)
B5 (ácido pantotênico)
B6
B9 (ácido fólico)
B12 (cobalamina)
C (ácido ascórbico)
E (tocoferóis)
Atenção
Não ingerir a quantidade necessária para o organismo pode causar doenças. A falta de vitaminas é
conhecida como avitaminose e o seu excesso, por hipervitaminose.
Carboidratos
Os carboidratos são os açúcares, também conhecidos como glicídios. Eles são divididos em três grupos:
Monossacarídeos
São os açúcares mais simples. Possuem como fórmula geral (CH2O)n. Os
principais monossacarídeos são as pentoses (açúcares com 5 carbonos) e as
hexoses (açúcares com 6 carbonos). As pentoses mais importantes são as
que compõem os ácidos nucleicos: a ribose (RNA) e a desoxirribose (DNA). A
hexose mais conhecida é a glicose.
Dissacarídeos
São formados pela união de dois monossacarídeos. Na reação desses dois,
há a liberação de uma molécula de água e a síntese por desidratação. Por
outro lado, na quebra de um dissacarídeo, ocorre a entrada de uma molécula
de água na hidrólise. Exemplos de dissacarídeos incluem a sacarose (glicose
+ frutose), a maltose (duas moléculas de glicose) e a lactose (glicose +
galactose).
Polissacarídeos
São formados por várias moléculas de monossacarídeos, principalmente a
glicose. São insolúveis em água e podem ser quebrados em açúcares simples
por hidrólise. Tal insolubilidade é vantajosa para os seres vivos, pois permite
que eles participem como componentes estruturais da célula ou que
funcionem como armazenadores de energia.
Veja nas guias a seguir os principais polissacarídeos encontrados nos seres vivos, seja como reserva
energética, seja como componente estrutural das células.
Amido
Glicogênio
Importância biológica: Armazenado no fígado e nos músculos. Principal reserva energética de animais
e fungos.
Celulose
Quitina
Lipídeos
Os lipídeos são as gorduras, abrangendo uma
classe de compostos variada que exerce
funções biológicas diferentes. Eles são
essenciais para a manutenção da vida celular e
destacam-se como um componente
fundamental da formação das membranas das
células.
Proteínas
As proteínas são constituídas essencialmente por carbono
(C)
oxigênio (O)
nitrogênio (N) e hidrogênio (H). Participam da composição
de diversas estruturas do corpo dos seres vivos e possuem
função plástica e energética.
Ligação peptídica.
Enzimas, anticorpos e hormônios são exemplos de proteínas que exercem funções importantes para os seres
vivos. Veja:
Enzimas Anticorpos
Hormônios
Ácidos nucleicos
Existem duas classes de ácidos nucleicos encontrados nas células: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido
ribonucleico (RNA). Ambos são macromoléculas de grande importância biológica, sendo responsáveis por
carregar as informações genéticas necessárias para o funcionamento da célula.
Os ácidos nucleicos são formados por nucleotídeos, os quais, por sua vez, são formados por açúcar
do tipo pentose, base nitrogenada e ácido fosfórico. A molécula de ácido nucleico é uma estrutura
linear de nucleotídeos unidos por ligações fosfodiéster. Essas ligações unem o carbono 3’ da
pentose ao carbono 5’ da pentose seguinte.
Dois tipos de pentose podem ser utilizadas na formação do nucleotídeo: as riboses, que formam o RNA; e as
desoxirriboses , que formam o DNA. As pentoses são açúcares cíclicos com cinco carbonos em sua estrutura,
formando a parte central do nucleotídeo.
A diferença entre as duas pentoses consiste no fato de a desoxirribose ter um átomo de oxigênio a menos no
carbono 2. Ao todo, existem cinco tipos diferentes de nucleotídeos. Em uma extremidade, fica o ácido
fosfórico; na outra, uma das cinco bases nitrogenadas.
Pentoses.
As bases nitrogenadas dos ácidos nucleicos são de dois tipos: as purinas e as pirimidinas. As purinas são
formadas por dois anéis cíclicos fusionados, enquanto as pirimidinas apresentam apenas um anel
heterocíclico.
No DNA, encontram-se as pirimidinas timina (T) e citosina (C) e as purinas adenina (A) e guanina (G). No RNA,
a uracila (U) está no lugar da timina (T).
Bases nitrogenadas.
As duas cadeias do DNA estão unidas por ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas formando
pares. Esses pares mantêm uma distância fixa e ocorrem entre certas bases. Os pares possíveis são entre:
adenina (A) e timina (T), guanina (G) e citosina (C).
Bases nitrogenadas.
As moléculas de RNA estão divididas em três classes principais: RNA mensageiro (RNAm); RNA ribossômico
(RNAr) e RNA transportador (RNAt). As três participam da síntese de proteínas.
O RNAm carrega a informação copiada do DNA que dita a sequência de aminoácidos, o RNAr forma os
ribossomos e o RNAt identifica e leva os aminoácidos até os ribossomos.
Atenção
Todos os seres vivos têm os dois tipos de ácidos nucleicos. Já os vírus apresentam somente um deles:
RNA ou DNA.
Os ácidos nucleicos
Neste vídeo, abordaremos como o conhecimento acerca dos ácidos nucleicos permitiu o desenvolvimento das
tecnologias moleculares atuais.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A água é a molécula mais importante para vida, exercendo muitos papéis moleculares. Sobre as funções da
água como componente celular, analise as assertivas a seguir:
Estão corretas:
A
I, somente.
I e II, somente.
I, II e IV.
I, III e IV.
Questão 2
Amido e celulose são dois carboidratos sintetizados pelas plantas a partir da fotossíntese. Enquanto o amido
tem a função de reserva de energia, a celulose tem função estrutural, compondo a parede celular. Sobre
amido e celulose, podemos afirmar que são:
Monossacarídeos
Dissacarídeos
Trissacarídeos
Oligossacarídeos
Polissacarídeos
A alternativa E está correta.
Os polissacarídeos são moléculas formadas por muitos monossacarídeos. São exemplos de polissacarídeos
o amido, o glicogênio e a celulose.
3. Características, funções e especializações da membrana plasmática
Fosfolipídios
Os lipídios são substâncias insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos. Os fosfolipídios, a
categoria mais abundante de lipídios da membrana, são constituídos de dois ácidos graxos ligados por fosfato
de glicerol a um grupo polar. Essa estrutura forma uma cabeça polar ou hidrofílica e duas caudas de
hidrocarbonetos apolares ou hidrofóbicas.
Existem diferentes tipos de fosfolipídios encontrados nas membranas. As cadeias de hidrocarbonetos dos
fosfolipídios podem ser saturadas ou não.
Essa conformação dos fosfolipídios, com uma região hidrofílica e outra hidrofóbica, os caracteriza como
moléculas anfipáticas.
Em meio aquoso, os fosfolipídios tendem naturalmente a formar bicamada, com as caudas apolares voltadas
para a região hidrofóbica e as cabeças hidrofílicas em contato com a água na área citoplasmática ou não
citoplasmática. A bicamada lipídica proporciona fluidez à membrana e forma uma barreira de permeabilidade
seletiva.
Estrutura da bicamada lipídica das membranas.
Esfingolipídios
São componentes de membrana encontrados em menor quantidade. Os esfingolipídios possuem a mesma
estrutura dos fosfolipídios, embora haja diferenças químicas na formação da cabeça hidrofílica e das caudas
hidrofóbicas.
Colesterol
Trata-se de um esterol. Presente nas células animais, o colesterol está relacionado à fluidez da membrana
pela sua localização entre as caudas hidrofóbicas, alterando a compactação dos ácidos graxos. Ele reforça a
bicamada lipídica, tornando-a mais rígida e menos permeável.
Os lipídios correspondem aproximadamente a 40% da composição das membranas celulares, mas esse teor
pode variar em outros tipos de membranas. Quanto mais moléculas de colesterol na membrana, mais rígida ela
é, enquanto menos moléculas fazem com que ela fique mais fluida.
Colesterol em membrana plasmática.
Proteínas
São as moléculas responsáveis pela maioria das funções específicas das membranas, como transporte de íons
e moléculas polares, transdução de sinais, interação com hormônios, neurotransmissores e fatores de
crescimento, entre outros indutores químicos.
As proteínas de membrana se associam aos lipídios de duas formas, como: proteínas intrínsecas ou integrais e
proteínas extrínsecas ou periféricas. Veja detalhadamente a seguir!
Atravessam a membrana, ficando com uma porção voltada para o citoplasma, uma parte mergulhada
na bicamada lipídica e outra voltada para a região não citoplasmática; por isso são conhecidas como
transmembrana. Canais iônicos, proteínas transportadoras e receptoras são exemplos de funções
dessas proteínas. Tal disposição das proteínas está relacionada à hidrofilia e à hidrofobia de seus
aminoácidos.
Não interagem diretamente com a região hidrofóbica da bicamada lipídica, ficando voltadas para a
região citoplasmática ou a não citoplasmática. A assimetria apresentada pelas proteínas é bem maior
do que a encontrada nos lipídios. Proteínas periféricas podem ser encontradas nas duas faces da
membrana plasmática aderidas aos fosfolipídios ou às proteínas integrais por meio de ligações
covalentes.
A proporção de proteínas nas membranas pode variar de acordo com a atividade funcional da membrana. As
membranas plasmáticas são compostas de 50% de proteínas. Na bainha de mielina das células nervosas, as
proteínas correspondem a 25% do peso total, enquanto nas membranas internas de mitocôndrias e
cloroplastos elas chegam a 75%.
Proteínas de membrana.
Carboidratos
São encontrados na região não citoplasmática das membranas. Na membrana plasmática, portanto, os
carboidratos estão voltados para o meio extracelular, enquanto nas organelas citoplasmáticas eles se voltam
para o lúmen .
Os glicolipídios servem de proteção para a membrana contra ácidos e enzimas, além de participar dos
processos de reconhecimento celular. A combinação dos diferentes glicolipídios na superfície celular forma o
glicocálix, com uma espessura de cerca de 10 a 20nm, que é o principal responsável pela carga negativa da
superfície celular e confere proteção à célula.
Glicolipídios
Moléculas de lipídios ligadas a um resíduo de açúcar.
Exemplo
Para que uma bactéria entre numa célula, é necessário que essa célula apresente determinado tipo de
glicolipídio na sua superfície.
Como vimos, a natureza anfipática do fosfolipídio é responsável pela organização da membrana plasmática em
duas camadas. Nas faces externas das células e na parte voltada para o citoplasma, existe água, que faz com
que as cabeças dos fosfolipídios fiquem direcionadas a esses ambientes. Entre as camadas, onde não há
água, são encontradas apenas as caudas de cadeias de hidrocarbonetos.
As duas faces da membrana plasmática não são exatamente idênticas em suas composições. Por isso,
dizemos que a membrana plasmática é assimétrica. A distribuição dos fosfolipídios na face externa da
membrana difere da distribuição da face interna. Também há pequenas diferenças ao se comparar a
membrana plasmática às endomembranas da célula, assim como existem discrepâncias na comparação entre
membranas de diferentes tipos celulares.
Endomembranas
Membranas que delimitam as organelas citoplasmáticas.
Fluidez da membrana
A membrana plasmática apresenta fluidez em temperaturas fisiológicas porque os fosfolipídios não estão
estáticos: eles podem se movimentar livremente pela bicamada.
Em temperatura baixa
Em temperatura alta
Em temperaturas mais baixas, eles
Com temperaturas mais altas, os fosfolipídios
tendem a formar grupos mais
se movimentam mais, fazendo com que a
compactos, deixando, assim, a
membrana fique mais fluida.
membrana mais rígida.
Essa fluidez relaciona-se à capacidade de seus componentes se movimentarem livremente pela superfície da
membrana, podendo se movimentar lateralmente, rodar no próprio eixo e ainda trocar de camada, embora
esse último movimento seja menos frequente.
Atenção
A fluidez da membrana varia conforme o comprimento e o número de duplas ligações das cadeias de
ácidos graxos dos lipídios. Quanto maior for o número de fosfolipídios insaturados (com duplas ligações),
mais fluida a membrana será. No entanto, quanto mais longas as cadeias carbônicas, maior será a
rigidez. Cadeias longas possuem maior interação, limitando a movimentação de cada uma.
Alguns organismos mais simples podem modular a síntese dos fosfolipídios com mais duplas ligações em
situações de temperatura mais baixa, garantindo, assim, a manutenção da fluidez da membrana.
Estrutura da membrana
Neste vídeo, a professora explica como está organizada a membrana plasmática e descreve suas
características, as quais lhe conferem as propriedades de fluidez e seletividade.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Microvilosidades
Cílios
Flagelos
Interdigitações
Zonas de adesão
Zonas oclusivas
Junções comunicantes
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Funções da membrana plasmática
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A membrana plasmática é o envoltório celular que tem fluidez e permeabilidade seletiva. Marque, entre as
opções a seguir, aquela que descreve corretamente a composição bioquímica da membrana plasmática.
A membrana plasmática é composta por uma camada lipídica e outra camada proteica, com carboidratos
inseridos em ambas as faces.
A membrana plasmática é composta por uma bicamada fosfolipídica, contendo proteínas integrais e
periféricas, além de carboidratos apenas na área não citoplasmática.
O colesterol é um lipídio que fica preso à cabeça hidrofílica da bicamada fosfolipídica e às proteínas
periféricas, enquanto os carboidratos ficam voltados para a área citoplasmática.
A bicamada lipídica da membrana plasmática é composta por uma camada de fosfolipídios e outra de
colesterol, contendo proteínas e carboidratos periféricos.
A membrana plasmática é formada por uma bicamada de colesterol, onde fosfolipídios estão ancorados junto
com proteínas e carboidratos.
A alternativa B está correta.
A membrana plasmática é formada por uma bicamada de fosfolipídios com colesterol preso à cauda
hidrofóbica. Ela possui também proteínas integrais e periféricas, além de carboidratos voltados para a
região não citoplasmática.
Questão 2
A doença da inclusão das microvilosidades é um distúrbio congênito das células epiteliais do intestino que se
manifesta essencialmente por diarreia aquosa persistente desde o primeiro dia de vida, caracterizando uma
doença grave. Os alimentos não são absorvidos devido à superfície lisa e desorganizada das células do
epitélio intestinal.
(Adaptado de: OLIVEIRA et al., 2007).
São especializações da membrana que possuem movimento e auxiliam no deslocamento de muco e outras
substâncias.
São especializações da membrana que formam um cinturão, ligando células adjacentes por meio de canais de
passagem.
São especializações da membrana que aumentam a superfície de contato absortiva e de troca entre a célula e
o meio.
São especializações cilíndricas e longas da membrana que possuem movimento e dão mobilidade às células.
São especializações da membrana que reforçam a adesão entre células vizinhas na forma de ancoragem.
Independentemente do tipo de célula e da função que executa, para que os elementos possam atravessar a
membrana, é necessário corresponder a alguns critérios que envolvem tamanho, polaridade e carga. Veja:
Esses critérios atuam em conjunto, de modo que as moléculas pequenas, apolares e sem carga atravessam
com mais facilidade a bicamada lipídica.
Atenção
Outro ponto a se considerar é a concentração: algumas moléculas atravessarão a membrana somente
quando houver diferença de concentração entre o meio intracelular e o extracelular. O oxigênio, por
exemplo, entra na célula quando sua concentração no meio extracelular é maior do que no intercelular.
Isso também vale para a saída de moléculas da célula.
Meio hipotônico
Difusão
É o movimento de substâncias do meio hipertônico para o hipotônico até que haja equilíbrio entre os meios,
conforme se pode observar na imagem a seguir.
Difusão transmembrana simples e facilitada.
Difusão simples
Difusão facilitada
Funciona de maneira semelhante à difusão simples, embora ocorra com o auxílio de proteínas que
regulam o transporte. Os íons e as moléculas sem carga precisam de auxílio para atravessar a
bicamada através de proteínas transmembranares. Inúmeras moléculas podem atravessar a
membrana sem gasto de energia seguindo o gradiente de concentração, mas a difusão facilitada se
realiza em velocidade maior que a simples. Isso ocorre por causa dos componentes proteicos (canais
iônicos e permeases), que facilitam e regulam o transporte de soluto entre os lados da membrana.
Existem dois grandes grupos de proteínas transportadoras de acordo com o tipo de transporte:
Proteínas carreadoras
Ligam-se à molécula em um dos lados da membrana e a liberam do outro
lado.
Canais proteicos
Funcionam para formar um canal que permite a passagem de um grande
número de moléculas ao mesmo tempo. A maioria dos canais proteicos
transporta íons; por isso, eles são chamados de canais iônicos. Esses
canais são altamente específicos e reconhecem apenas um tipo de íon;
assim, as células apresentam muitos canais iônicos distintos.
Existe uma proteína transportadora específica para a passagem de moléculas de água: trata-se das
aquaporinas. Elas estão presentes em muitos tipos celulares, como nos eritrócitos, mas estão ausentes em
ovócitos de anfíbios e peixes.
Osmose
É semelhante à difusão simples, mas, nesse caso, as moléculas de água que se movimentam do meio menos
concentrado em soluto (hipotônico) para o meio mais concentrado em soluto (hipertônico).
Representação da osmose.
Vimos que o transporte passivo por difusão ocorre do meio hipertônico para o hipotônico até que as
concentrações extra e intracelular se igualem. Mas há casos em que é necessário manter a desigualdade
entre os meios intra e extracelular, ocorrendo o movimento de moléculas contra o gradiente de concentração.
Isso ocorre por meio do transporte ativo.
Transporte ativo
É o movimento de substâncias ou moléculas contra o gradiente de concentração, cujo gasto energético
geralmente ocorre na forma de ATP. Esse tipo de transporte se dá somente por meio de proteínas
carreadoras.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
O transporte ativo mais conhecido é a bomba de sódio e potássio. Nele, o sódio (Na +) é bombeado para fora
da célula, enquanto o potássio (K+) é bombeado para dentro. Ele é chamado de transporte ativo por ocorrer
contra o gradiente de concentração e haver gasto de energia a partir da quebra de uma molécula de ATP em
ADP + Pi.
Isso se dá porque normalmente há mais Na+ no espaço extracelular do que K+, enquanto no espaço
intracelular existe mais K+ do que Na+. Em resumo, o sódio entra na célula passivamente e é bombeado para
fora ativamente, enquanto que, no caso do potássio, ocorre o inverso.
Antiporte Uniporte
Simporte
Transporte de macromoléculas
Os tipos de transporte até agora discutidos servem apenas para que pequenas moléculas e íons atravessem a
membrana celular, entrando ou saindo da célula. No entanto, as células são capazes de transferir para o seu
interior macromoléculas, como as proteínas e até mesmo outros organismos.
Nesse caso, torna-se necessária a alteração na morfologia da membrana celular, formando dobras que
englobam o material a ser transportado para o interior da célula. Esse tipo de transporte é chamado de
endocitose e pode ocorrer por dois processos: a fagocitose e a pinocitose.
Fagocitose
A célula forma projeções denominadas pseudópodes que englobam partículas sólidas. Pela natureza
das partículas a serem transportadas e por suas dimensões, esse tipo de processo pode ser
facilmente observado em microscopia óptica. A fagocitose é um processo de alimentação de muitas
células. Para os animais, ela representa o mecanismo de defesa no qual suas células do sistema
imune englobam e destroem partículas estranhas ao organismo, recebendo o nome de células
fagocitárias.
Pinocitose
Atenção
No caso de o transporte ser no sentido do citoplasma para o meio extracelular, esse processo recebe o
nome de exocitose.
Atenção
Nem sempre o ligante vai ser encontrado no meio: ele também pode fazer parte da membrana das
células sinalizadoras. Para isso, a membrana precisa estar perto da célula-alvo a fim de que tenha
contato com o receptor.
Há alguns tipos de sinalização de acordo com o tipo de molécula sinalizadora e com as células que possuem
receptores para esse fim. Vamos conhecê-las a seguir.
Sinalização autócrina Sinalização parácrina
As moléculas têm vida curta e atuam na própria As moléculas atuam nas células vizinhas e
célula. possuem vida curta, sendo inativadas logo após
executar as suas funções.
Sinalização endócrina
Na sinalização dependente de contato, o sinalizador não é liberado. Ele fica disposto na membrana da célula
sinalizadora, sendo necessário o contato com o receptor da célula-alvo para que ocorra a ligação.
Ao ser liberado no meio celular, o ligante pode se conectar a um vasto número de células, porém um número
restrito delas possui o receptor para ele. A resposta ao ligante vai variar de acordo com as características do
receptor.
A maioria das células possui um conjunto específico de receptores para diferentes sinais químicos que podem
ativar ou inibir suas atividades. O tipo de resposta emitido por cada célula depende da estrutura molecular de
seu receptor.
Exemplo
Um bom exemplo dessa variação é o efeito que a acetilcolina tem em músculos esqueléticos e no
músculo cardíaco. No primeiro, ela estimula a contração; no segundo, diminui o ritmo e a força das
contrações.
A comunicação por meio de hormônios tende a ser lenta, pois leva um tempo para eles se distribuírem pela
corrente sanguínea. Somente após deixarem os vasos por difusão, os hormônios podem ser captados pelas
células com receptores.
Os receptores podem ser intracelulares no caso de a molécula sinalizadora ser pequena ou hidrofóbica
suficiente para deixar a membrana plasmática. No caso das moléculas sinalizadoras que não podem
atravessar a membrana, eles são extracelulares, ficando expostos na superfície da membrana.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A membrana plasmática possui como uma de suas principais funções o controle da entrada e saída de
substâncias da célula. Por causa da sua permeabilidade seletiva, há moléculas que podem atravessá-la
livremente seguindo o gradiente de concentração, ou seja, movendo-se da região mais concentrada para a
menos concentrada sem que haja gasto de energia.
o transporte bilateral.
o transporte unilateral.
o transporte ativo.
o transporte passivo.
o transporte em bloco.
Questão 2
Além de íons e moléculas, as células são capazes de englobar e expulsar macromoléculas e até mesmo
organismos microscópicos através da sua membrana. Observe a imagem a seguir e identifique quais
processos estão ocorrendo nas células A e B.
A: endocitose; B: fagocitose.
B
A: fagocitose; B: endocitose.
A: exocitose; B: pinocitose.
A: pinocitose; B: exocitose.
A: fagocitose; B: pinocitose.
Considerações finais
Neste conteúdo, estudamos as diferenças entre as células procariontes, que incluem as bacterianas, e as
eucariontes, mais complexas e que incluem as células animais, vegetais e fúngicas. Ainda conhecemos a
composição química das células e a importância das moléculas orgânicas e inorgânicas tanto para seu
funcionamento quanto para o próprio funcionamento do organismo vivo como um todo.
Após um enfoque geral nas células, voltamos nossos estudos para as membranas celulares, principalmente
para a membrana plasmática. Essa membrana forma uma barreira que delimita a célula e fornece suporte
físico para as organelas celulares e as atividades intracelulares.
Conhecer os diferentes tipos celulares, sua composição e as funções desempenhadas pela membrana
plasmática é, portanto, primordial para o estudo da vida de forma geral.
Podcast
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para ouvir o áudio.
Explore +
• Para aprofundar o seu conhecimento acerca das estruturas celulares, visite o interior de uma célula
animal assistindo ao vídeo Biologia: estrutura celular, disponível no canal Nucleus medical media, no
YouTube.
• Você também pode observar como o transporte através da membrana ocorre! Veja o vídeo Transporte
de membrana, disponível no canal BioMol I, também no YouTube.
Referências
ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia: biologia das células. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2015.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2013.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 13.ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
ROBERTIS, E. M. F. de. Bases da biologia celular e molecular. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.