Zona Oeste Carioca-Trabalho Final

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Universidade Federal Fluminense

Investigação:
Zona Oeste
Carioca
Planejamento Urbano Regional
Discente: Lucas Iori S Vidal
Docente: Isabel Cristina Eiras de Oliveira
Região Metropolitana Universidade Federal Fluminense
Zona Oeste Universidade Federal Fluminense
Campo Grande Universidade Federal Fluminense
Regiões Administrativas
Universidade Federal Fluminense

Introdução
Campo Grande

Vamos tomar como foco da nossa análise a


"Extrema" Zona Oeste, com foco principal na
centralidade do bairro de Campo Grande e
adjacências que pode ser compreendida
como parte de um todo (a Grande Campo
Grande), que apresenta uma conformação de
centralidades e especificidades em
questões populacionais, econômicas e
geográficas que quase o tornam uma cidade
independente
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Contexto e
História
O bairro sofre hoje de diversos problemas na área da segurança, saúde e
infraestrutura. As opções de lazer para a população são muito restritas com
pouquíssimas áreas verdes de convívio.
Além disso a insegurança levou a proliferação de condomínios irregulares
pelo bairro, que são controlados por uma milícia institucionalizada, que vai
adentrando onde o estado se ausenta. No caso de Campo Grande, assim
como em boa parte do Rio de Janeiro essa ausência do poder publico já se
tronou de praxe.

O bairro que já ficou conhecido em outrora como "citrolâncida", por ser um


grande produtor de laranjas, demorou muito para se urbanizar, durante anos
manteve sua vocação rural, e foi apenas em 1915, com a chegada dos bondes
de tração animal que o bairro começou a verdadeiramente se desenvolver.
Com o declínio da laranja a indústria começou a se instalar na região, que hoje
conta com um diversificado parque industrial, além de um comercio vibrante.
Histórico
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Eixos

01 Meio Ambiente
02 Mobilidade
03 Habitação
04 Desenvolvimento Urbano
05 Conflitos
06 Referências
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Território e
Meio Ambiente
O Rio de Janeiro de uma forma geral apresenta uma rica bio-
diversidade, graças ao bioma da mata atlântica, contudo graças
ao espraiamento da cidade de forma desordenada, muitas
regiões apresentam pouca ou nenhuma cobertura vegetal. As
Zonas Oeste e Norte especificamente são as que mais sofrem
desse mal.
A partir dos mapas e tabelas apresentados é possível traçar um
paralelo de análises entre questões como arborização, emissão
de gases de efeito estufa e ilhas de calor pela cidade.
Panorama Ambiental
Área Urbana Áreas de Mata

Áreas de Mangue Áreas Protegidas


DEMANDA POR PLANTIO DE ÁRVORES URBANAS
TEMPERATURAS

14 DE MAIO DE 2013 02 DE AGOSTO DE 2013 25 DE JANEIRO DE 2014 10 DE FEVEREIRO DE 2014

10 DE OUTUBRO DE 2014 15 DE JANEIRO DE 2015 13 DE FEVEREIRO DE 2015 31 DE JANEIRO DE 2016


Gráfico de emissões
HIDROGRAFIA
HIDROGRAFIA-FOCO ZONA XVIII
HIDROGRAFIA-FOCO ZONA XVIII
HIDROGRAFIA-FOCO ZONA XVIII

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PONTOS DE ALAGAMENTO
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Diagnóstico
Meio Ambiente e Mudanças Climáticas

A partir da comparação dos mapas é


possível notar que nas regiões da cidade
mais espraiadas e mais urbanizadas os
níveis de calor tendem a subir, e nessas
mesmas regiões outros problemas
relacionados as mudanças climáticas vão se
tornando cada vez mais comuns, a exemplo
disso as crescentes reclamações de
enchentes, provenientes não apenas da
canalização de rios e corregos, mas também
pela imprevisibilidade das chuvas
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Mobilidade

O Rio de Janeiro como toda grande cidade brasileira apresenta


problemas crônicos de infra estrutura de transportes, proveniente de
uma politica rodoviarista e segregacionista.
Na cidade do Rio é possível observar que companhias de ônibus
possuíam durante muito tempo mais poder sobre decisões de
transporte que o próprio poder publico.
Não é atoa que grande parte do transporte coletivo da cidade é feito
por ônibus.
Outro ponto importante a ser observado é a ausência de ligações de
modais diferenciados de transportes, ou maior integração entre
ciclovias e os diferentes modais, principalmente na Zona Oeste
SISTEMA VIÁRIO - CIDADE DO RIO DE JANEIRO
EIXO DE CIRCULAÇÃO VIÁRIA
METRO RIO
MOBILIDADE URBANA - PMUS/2016

VLT

SUPERVIA
REDE CICLOVIÁRIA

ZONA OESTE ZONA SUL, CENTRO E NORTE


Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro Motivos das viagens realizadas Motivos das viagens realizadas a pé

REDUÇÃO DA AUMENTO DE
EMISSÃO DO OFERTA DE
CO2 MODAIS

INTEGRAÇÃO
FÍSICO-TARIFÁRIA MELHORIA DO
DESLOCAMENTO

REDUÇÃO DO
MODERNIZAÇÃO
TEMPO DE
VIAGEM
PLANO DAS FROTAS DE
ÔNIBUS
ESTRÁTÉGICO DE
MOBILIDADE

Fonte: PMUS-Rio, 2015/2016


Fonte: rio.rj.gov.br. adaptado

Àreas de Planejamento Divisão Modal

Fonte: rio.rj.gov.br Fonte: PMUS-Rio, 2015/2016


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Diagnóstico
Mobilidade

Os trajetos em Campo Grande giram em torno do


eixo AV. Brasil e AV. das Américas
Predominantemente. Contudo, o bairro apresenta
uma certa centralidade no contexto da extrema
zona oeste, por isso trajeto entre paciência e
senador camara também possui fluxos intensos.
Após análise é possível notar que o transporte
público na zona oeste como um todo é bem
precarizado. As poucas ciclovias existentes não se
conectam umas com as outras, e não possuíam
quaisquer tipos de integração com os modais de
transporte público.
Não existem planos para linhas de metro na
região, e além disso o transporte sobre trilhos,
por meio dos trens, vem sendo cada vez mais
sucateado
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Habitação
e População
Campo Grande é um dos bairros mais populosos do Rio de
Janeiro. Além disso é um dos com maior potencial de
crescimento, por apresentar muita área com possibilidade de
adensamento. E isso vem ocorrendo de maneira desornada a
anos, Vamos utilizar os gráficos a seguir para entender a
dinâmica populacional do bairro, por meio de comparações com
seus vizinhos mais próximos, estabelecendo paralelos.
Ca

0
100.000
200.000
300.000
m 400.000
po
G
ra
nd
e

Pa
ciê
nc
ia

Co
sm
os

In
ho

ba

G
Número de Moradores

ua
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Ca
m
ar
á

Sa
n tís
sim
o

Ba
ng
u

Re
cr
ei
o
Ca

0HA
5.000HA
10.000HA
15.000HA
m 20.000HA
po
G
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e

Pa
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Área total

Co
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In
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ba

G
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Ca
m
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Sa
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sim
o

Ba
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u

Re
cr
ei
o
Ca

0 HAB/KM²
2.500 HAB/KM²
5.000 HAB/KM²
7.500 HAB/KM²
10.000 HAB/KM²

m
po
G
ra
nd
e

Pa
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nc
ia

Co
sm
os

In
ho

ba
Densidade Demográfica

G
ua
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rg
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pa
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Va
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Ba
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ei
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Ca

R$0
R$2.000
R$4.000
m R$6.000
po
G
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e

Pa
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ia

Co
sm
os

Renda Per capita


In
ho

ba

G
ua
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em
G
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e
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Renda Per capita- Renda Familiar

Se gu
nad á
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Va
sc
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lo
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or
Ca
m
ar
á
Renda Familiar

Sa
n tís
sim
o

Ba
ng
u

Re
cr
ei
o
Áreas
ocupadas por A Cidade do Rio de Janeiro possui 160 bairros. Destes, 135
favelas possuem favelas, dos quais, 33 se mantiveram com suas áreas
estáveis (sem variação de 1999 a 2004), 90 tiveram aumento e 12
tiveram decréscimo.
Áreas
ocupadas por
favelas
Áreas
ocupadas por
favelas - Campo 1. Novo Tingu
Grande 2. Rio - São Paulo
3. Torre de Babel
4. Morro do Quilombo
5. Estrada Guandu
6. Rua Gramado
7. Parque Esperança
8. Vila Mangueiral
9. Recanto dos Pássaros
10. Estrada João Melo
11. Conjunto Miras de Prata
12. Prolongamento Senhora
13. Estrada da Caroba
14. Estrada da Caroba n°889
15. São Gerônimo
Renda per capita
- População Total
e Favelas
‐ Proporção da população das favelas localizadas em cada Região Administrativa sobre o
total da população de favelas ‐ Município do Rio de Janeiro – 2010
População em
favelas por RA

Com mais de 50 mil


moradores em favelas
cada uma, apenas treze
RA’s ‐ Campo Grande, é
uma delas

Fonte ‐ Estimativa IPP sobre IBGE. Censo 2010


PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO DA CIDADE E DAS FAVELAS SOBRE OS RESPECTIVOS TOTAIS, POR
ÁREAS DE PLANEJAMENTO ‐ MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO ‐2010

• As Regiões Administrativas da Zona Oeste (AP5), segunda mais populosa AP da cidade (um
milhão e 700 mil habitantes), região periférica e de grande expansão demográfica, acusaram no
Censo de 2010 proporções de favelados que não ultrapassavam os 25%, observados em Guaratiba
e 22% em Bangu. Campo Grande, Realengo e Santa Cruz apresentaram percentuais entre 12% e
15%.

• A Zona Oeste, como um todo, embora seja a AP proporcionalmente mais pobre de todas as cinco,
tinha em 2010 o menor percentual de população favelada da cidade – 16%. Dois fatores podem
explicar tal situação: a não proximidade com os núcleos de trabalho e emprego, um dos aspectos
determinantes para a fixação das favelas e a grande presença na região de loteamentos irregulares
de baixa renda
População em
favelas por
bairro
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Diagnóstico
Habitação

A questão da habitação na Zona Oeste pode ser


compreendica como uma ocupação tardia, que
pela distancia dos grandes centros de
interesse, como Barra da Tijuca e Centro da
cidade, não resultou no aparecimento de
favelas de tamanhos expressivos. Ao ponto de
existirem poucos dados relacionados a elas.

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Desenvolvimento
Urbano

Uma região de crescimento crescente e constante.


As imagens a seguir retratam Campo Grande ao longo do tempo,
de forma que fica fácil identificar o crescimento físico do bairro e
da região como um todo.
Campo Grande-1985
Campo Grande-2004
Campo Grande-2012
Campo Grande-2020
Centro-2010
Centro-2020
Magarça-2004
Magarça-2020
West-2004
West-2020
Capoeiras-2010
Capoeiras-2017
Capoeiras-2017
Cachamorra-2021
Magarça-2010
Magarça-2019
Viaduto Velho-2010
Viaduto Velho-2019
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Diagnóstico
Desenvolvimento Urbano

Ao longo de poucos anos a estrutura da


região mudou drasticamente. Campo Grande
recebeu muitos investimentos do setor
imobiliário, e isso vai fazendo com que sua
natureza bucólica vá se perdendo, onde
cada vez mais áreas rurais vão se tornando
shoppings, conjuntos habitacionais ou
condomínios de luxo.
Contudo, é notável que a infraestrutura do
bairro não consegue acompanhar todo esse
desenvolvimento.
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Conlfitos

Utilizando a plataforma "Observatório de conflitos urbanos" da


UFRJ foi feito um mapeamento com os principais problemas
encontrados no bairro de campo grande, nas mais diversas
áreas.
E a partir de seus resultados é possível compreender a visão que
a população e o poder público tem quanto as questões mais
emergenciais para a região
Mapa dos
problemas
ÁGUA, SANEAMENTO E ESGOTO

SEGURANÇA PÚBLICA

ACESSO E USO DO ESPAÇO


PÚBLICO
SAÚDE

INFRA-ESTRUTURA URBANA

LIXO E RESÍDUOS

MORADIA

ENERGIA E GÁS

EDUCAÇÃO

TRANSPORTE, TRÂNSITO E
CIRCULAÇÃO
2 3 1 7

água, saneamento e esgoto Segurança pública acesso e uso do espaço público Saúde

5 3 3 7

infra-estrutura urbana Lixo e resíduos educação transporte, trânsito e circulação


SISTEMA VIÁRIO
HTTP://WWW.RIO.RJ.GOV.BR/DLSTATIC/10112/4224287/DLFE-272707.PDF/LUOSANEXOIIISISTEMAVIARIO.PDF

PLANO DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL - PMUS/2016


HTTPS://WWW.RIO.RJ.GOV.BR/WEB/PMUS/MAPA-DA-REDE-DE-TRANSPORTES

REDE CICLOVÁRIA
HTTPS://PCRJ.MAPS.ARCGIS.COM/APPS/WEBAPPVIEWER/INDEX.HTML?
ID=5005177263F44932B87564B4FB8DEFDC
HTTP://TRANSPORTEATIVO.ORG.BR/TA/?TAG=RIO-DE-JANEIRO

IMPACTO SOCIAL DO USO DE BICICLETAS NO RIO DE JANEIRO/2019


HTTPS://CEBRAP.ORG.BR/WP-CONTENT/UPLOADS/2019/08/IMPACTO-SOCIAL-DO-USO-DA-BICICLETA-NO-RIO-DE-
JANEIRO_EBOOK.PDF

CONSÓRCIO RIO INTELIGENTE


HTTPS://DRIVE.GOOGLE.COM/DRIVE/FOLDERS/0B9EGT3_5-AR1RUZJNTJUWJKWNM8?RESOURCEKEY=0-
MQNMFB82ITU4THBPUNKITG

Referências PLANO ESTRATÉGICO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - 2017/2020


HTTP://WWW.RIO.RJ.GOV.BR/DLSTATIC/10112/9387694/4234204/LIVRO_PLANO_ESTRATEGICO.PDF

G1: PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS


HTTPS://G1.GLOBO.COM/RIO-DE-JANEIRO/NOTICIA/2013/12/PREFEITURA-MAPEIA-LOCAIS-CRITICOS-DE-
ALAGAMENTO-DO-RIO.HTML

CENTRO DE OPERAÇÕES PREFEITURA DO RIO


HTTP://COR.RIO/INTRANET/DATAHUB/OCORRENCIASRELACIONADASASCHUVAS.HTML

OBRIGADO PLANO VERÃO 2021-2022: AÇÕES ESTRATÉGICAS E INTEGRADAS


HTTPS://WWW.DATA.RIO/DOCUMENTS/PLANO-VER%C3%A3O-2021-2022-A%C3%A7%C3%B5ES-
ESTRAT%C3%A9GICAS-E-INTEGRADAS/EXPLORE

OBSERVATÓRIODOS CONFLITOS URBANOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


HTTPS://OBSERVACONFLITOSRIO.IPPUR.UFRJ.BR/OBSERVA2019/FOX/INDEX.PHP

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