P2 F4 2023 2 VF GABA
P2 F4 2023 2 VF GABA
P2 F4 2023 2 VF GABA
(a) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo x. (a) 25λ < λb ≤ 35λ
(b) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo y. (b) 25λ < λb ≤ 45λ
(c) Uma circunferência, cujo raio é MAIOR que R. (c) 45λ < λb ≤ 55λ
(d) Uma circunferência cujo raio é MENOR que R. (d) 55λ < λb ≤ 65λ
5. Observa-se o efeito fotoelétrico quando uma superfı́cie metálica é bom- 8. Duas partı́culas A e B são criados num acelerador de alta energia e
bardeada por fótons de energia de 4 eV. Com esses fótons, o efeito fo- se movem na mesma direção, mas em sentidos opostos. O módulo da
toelétrico cessa quando o potencial de freamento atinge o valor de 2 velocidade da partı́cula A, medido no laboratório, é vA = 6c/10, e o
volts. Qual a energia cinética máxima dos fotoelétrons quando se tri- módulo da velocidade de uma partı́cula em relação à outra é 9c/10. Qual
plica a energia dos fótons incidentes? é o módulo da velocidade da partı́cula B no referencial do laboratório?
1. [2,0 pontos]
Fı́sicos e engenheiros de todo o mundo se juntaram para construir o
maior acelerador de partı́culas do mundo, o LHC no CERN, na Suı́ça. A
máquina acelera prótons a altas energias cinéticas num anel subterrâneo
de 27 km de circunferência. Responda às questões que seguem, tendo em
conta que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CON-
SIDERADAS.
(a) [1,2 ponto] Encontre uma expressão para v/c, onde v é o módulo da
velocidade de um próton no LHC quando sua energia cinética é K em
termos de c, da massa m de repouso do próton e de K.
(b)[0,8 ponto] Para K = 7 TeV = 7, 0 × 1012 eV encontre a massa rela-
tivı́stica do próton (mrel ) em termos de sua massa de repouso m.
2. [3,2 pontos]
Uma partı́cula de massa m encontra-se confinada em uma caixa uni-
dimensional descrita pela região 0 ≤ x ≤ 2L. A energia potencial da
partı́cula é U (x) = 0 para pontos no interior da caixa e U (x) = ∞ para
pontos fora da caixa. Responda às questões que seguem, tendo em conta
que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CONSIDE-
RADAS.
(a) [1,2 ponto] Utilizando a equação de Schrödinger independente do
tempo determine os nı́veis de energia En da partı́cula na caixa.
(b) [0,4 ponto] Qual é a energia do segundo estado excitado do sistema?
(c) [1,2 ponto] Determine a função de onda independente do tempo (nor-
malizada) do estado fundamental.
(d) [0,4 ponto] Se 1000 sistemas idênticos ao descrito acima fossem pre-
parados para estarem no estado fundamental, quantas partı́culas seriam
encontradas entre x = L/2 e x = L/2 + 0, 01L?
3.
Gabarito para Versão A 4. Num dado referencial A observa-se um anel circular de raio R, posicio-
nado no plano xy, mover-se como um todo com velocidade +v ŷ. Num
outro referencial B, o mesmo anel é observado parado no plano xy. Con-
Seção 1. Questões objetivas (8×0,6 = 4,8 pontos)
siderando paralelos entre si os eixos x, e também paralelos entre si os
eixos y dos dois referenciais, a forma do anel descrita no referencial B é
1. Qual diferença de potencial V deve ser aplicada para acelerar um elétron, dada por:
massa de repouso m e carga e, do repouso até atingir uma velocidade de
módulo igual a 4c/5? (a) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo x.
(b) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo y.
(a) 0 < V ≤ 0, 2mc2 /e
(c) Uma circunferência, cujo raio é MAIOR que R.
(b) 0, 2mc2 /e < V ≤ 0, 4mc2 /e
(d) Uma circunferência cujo raio é MENOR que R.
(c) 0, 4mc2 /e < V ≤ 0, 6mc2 /e
(d) 0, 6mc2 /e < V ≤ 0, 8mc2 /e 5. Observa-se o efeito fotoelétrico quando uma superfı́cie metálica é bom-
bardeada por fótons de energia de 4 eV. Com esses fótons, o efeito fo-
2. O pı́on negativo (π − ) é uma partı́cula instável com um tempo de vida toelétrico cessa quando o potencial de freamento atinge o valor de 2
médio τ , medido em seu referencial de repouso. Se o pı́on é posto para volts. Qual a energia cinética máxima dos fotoelétrons quando se tri-
se mover com uma velocidade muito grande, seu tempo de vida média plica a energia dos fótons incidentes?
medido no referencial do laboratório é de 16τ . Qual é o módulo da
(a) 10 eV
velocidade v do pı́on no referencial do laboratório?
√ (b) 8 eV
(a) c 253/16
√ (c) 6 eV
(b) c 255/16
√ (d) 4 eV
(c) c 257/16
√
(d) c 259/16
(d) 0, 8c < vB ≤ 0, 9c v2 m2 c4
= 1 − . (2)
c2 (K + mc2 )2
Após algumas manipulações matemáticas, encontra-se parra (v/c)2 a
expressão seguinte:
v2 K 2 + 2Kmc2
= . (3)
c2 (K + mc2 )2
Assim: q
2mc2
v (1 + K )
= mc2
. (4)
c 1+ K
(c) [1,2 ponto] Determine a função de onda independente do tempo (nor- (b) O estado fundamental é descrito por n = 1, assim o segundo estado
malizada) do estado fundamental. excitado é descrito por n = 3, e:
(d) [0,4 ponto] Se 1000 sistemas idênticos ao descrito acima fossem pre- 2 2
parados para estarem no estado fundamental, quantas partı́culas seriam ℏ π
E3 = 32 , (16)
encontradas entre x = L/2 e x = L/2 + 0, 01L? 8mL2
Resolução: 9ℏ2 π 2
(a) Do formulário, temos que a equação de Schrödinger independente do E3 = . (17)
8mL2
tempo para uma partı́cula de massa m é dada por:
(c) A função de onda do estado fundamental é dada por:
ℏ2 d2 u(x)
− + U (x)u(x) = Eu(x), (8) πx
2m dx2 u1 (x) = Bsen . (18)
2L
onde u(x) é a função de onda independente do tempo. A função de onda
completa sendo dada por: Pela condição de normalização da função de onda temos:
E
Z 2L
Ψ(x, t) = u(x)e−i ℏ t . (9) B 2
u1 (x)2 dx = 1, (19)
0
Para a partı́cula numa caixa, na região do interior da caixa U (x) = 0 e
a função de onda é nula nos contornos, tal que para o caso em questão: Z 2L πx
B2 sen2 dx = 1. (20)
u(0) = u(2L) = 0. (10) 0 2L
Usando a identidade trigonométrica fornecida no formulário:
Assim, a equação diferencial que precisamos resolver é dada por: Z 2L
1 2πx
d2 u(x) 2mE B2 1 − cos dx = 1. (21)
+ 2 u(x) = 0, (11) 0 2 2L
dx2 ℏ
A integral da função cosseno é nula (soma num perı́odo completo), assim:
B2
2L = 1, (22)
2
1
B=√ (23)
L
e:
1 πx
u1 (x) = √ sen . (24)
L 2L
(d) A probabilidade P (x) de encontrar uma partı́cula entre x e x + dx
no estado fundamental é dada por:
0, 01L
P (L/2) = sen2 (π/4) = 0, 005. (27)
L
Assim, 0, 5% das partı́culas serão encontradas entre x = L/2 e x =
L/2 + 0, 01L, ou seja, 5 partı́culas.
■
3.
1. Observa-se o efeito fotoelétrico quando uma superfı́cie metálica é bom-
Universidade Federal do Rio de Janeiro
bardeada por fótons de energia de 4 eV. Com esses fótons, o efeito fo-
Instituto de Fı́sica
toelétrico cessa quando o potencial de freamento atinge o valor de 2
Fı́sica IV-A – 2023/2 – P2- 27/09/2023
volts. Qual a energia cinética máxima dos fotoelétrons quando se tri-
VERSÃO: B
plica a energia dos fótons incidentes?
(a) 10 eV
(b) 8 eV
Formulário
(c) 6 eV
CONSTANTES NUMÉRICAS (d) 4 eV
−6 −10 8 −34
µ0 = 1×10 H/m; ε0 = (1/9)×10 F/m; c = 3×10 m/s; h = 6×10 J · s; h =
3 × 10−15 eV· s; ℏ = h/(2π); hc = 900 eV· nm; e = 2 × 10−19 C; 1 eV = 2 × 10−19 J;
1 J = 5 × 1018 eV; mp c2 = 1000 MeV; me c2 = 0,5 MeV; me = 10−30 kg; 1µm =
10−6 m; 1 nm = 10−9 m; 1 Å = 10−10 m; 1 pm = 10−12 m; 1 GeV = 103 MeV = 2. Um fóton de raio X de comprimento de onda λ colide com um elétron
−e2 h2 ε0 −11
109 eV; λc = 1,8 pm; E1 = 8πε 0 a0
= −25 eV; a0 = πm ee
2 = (9/π) × 10 m; livre que está inicialmente em repouso. Após a colisão o comprimento
◦ ◦
√ ◦
√ 2
sen(30 ) = 1/2; sen(45 ) = 2/2; sen(60 ) = 3/2; sen (θ) = [1 − cos(2θ)]/2. de onda do fóton é λ′ = 1, 02λ. Se o elétron após a colisão é parado re-
pentinamente (por exemplo num alvo sólido) e toda sua energia cinética
FORMULÁRIO GERAL é usada para criar um outro fóton, qual é o comprimento de onda λb do
fóton criado?
E 2 = (pc)2 + (m0 c2 )2 ; uc = pc 2 2
E ; E = K + m0 c = γm0 c ; p = γm0 u;
q
2
γ = 1/ 1 − uc2 ; x = γ(x′ + ut′ ); t = γ(t′ + ux
′ vx′ +u
); vx = 1+(v (a) 25λ < λb ≤ 35λ
c2 ′ u)/c2 ;
x
vy′ (b) 25λ < λb ≤ 45λ
vy = γ(1+(vx′ u)/c2 )
; px = γ(p′x + uE ′ /c2 ), E = γ(E ′ + up′x ), py = p′y ;
h
q (c) 45λ < λb ≤ 55λ
(1 − cos θ) = λc (1 − cos θ); f = f0 c+v
λ2 − λ1 = mc c−v ; ∆x · ∆px ≥ 2 ;
ℏ
(d) 55λ < λb ≤ 65λ
∆E · ∆t ≥ ℏ2 ; Ln = nℏ; rn = n2 a0 ; vn = e2 /(2nϵ0 h); En = E 1
n2
;
2 2
2 2 2 ℏ ∂ Ψ(x,t)
En = n h /(8mL ); eV0 = hf − w; − 2m ∂x2 + U (x, t)Ψ(x, t) = 3. Qual diferença de potencial V deve ser aplicada para acelerar um elétron,
ℏ2 d2 u(x)
√
iℏ ∂Ψ(x,t) ; − 2m 2 + U (x)u(x) = Eu(x); k1 = 2mE/ℏ; k2 = massa de repouso m e carga e, do repouso até atingir uma velocidade de
p ∂t dx √ √ √ √
2m|E − V |/ℏ; R = ( E − E − V ) /( E + E − V )2 ; T = 1 − R;
2 módulo igual a 4c/5?
V2
⟨x⟩ = (2k2 )−1 = ℏ/ −1
p 2
8m(E − V ); T = [1 + ( 4E(E−V ) )sen (k2 L)] ; T = (a) 0 < V ≤ 0, 2mc2 /e
V2 2 −1 16E(V −E) p
[1 + ( 4E(V −E) )senh (k2 L)] , T ≃ V2
exp[− 8m(V − E)L/ℏ]. (b) 0, 2mc2 /e < V ≤ 0, 4mc2 /e
(c) 0, 4mc2 /e < V ≤ 0, 6mc2 /e
(d) 0, 6mc2 /e < V ≤ 0, 8mc2 /e
Seção 1. Questões objetivas (8×0,6 = 4,8 pontos)
4. O pı́on negativo (π − ) é uma partı́cula instável com um tempo de vida 7. Qual é o comprimento de onda de de Broglie (λe ) de elétrons livres
médio τ , medido em seu referencial de repouso. Se o pı́on é posto para para a velocidade médiapve dos elétrons à temperatura ambiente T =
se mover com uma velocidade muito grande, seu tempo de vida média 300 K? Considere ve = 3kT /me , onde k ≈ 10−23 J/K é a constante
medido no referencial do laboratório é de 16τ . Qual é o módulo da de Boltzmann.
velocidade v do pı́on no referencial do laboratório?
√ (a) 0, 1 nm < λe ≤ 1 nm
(a) c 253/16
√ (b) 1 nm < λe ≤ 10 nm
(b) c 255/16
√ (c) 10nm < λe ≤ 20 nm
(c) c 257/16
√ (d) 20 nm < λe ≤ 30 nm
(d) c 259/16
8. Num dado referencial A observa-se um anel circular de raio R, posicio-
5. Usando o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, calcule a razão nado no plano xy, mover-se como um todo com velocidade +v ŷ. Num
entre os módulos das velocidade de elétron no nı́vel 3 (v3 ) e no estado outro referencial B, o mesmo anel é observado parado no plano xy. Con-
fundamental (v1 ). v3 /v1 é: siderando paralelos entre si os eixos x, e também paralelos entre si os
(a) 1/9 eixos y dos dois referenciais, a forma do anel descrita no referencial B é
dada por:
(b) 3
(c) 1/3 (a) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo x.
(d) 9 (b) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo y.
(c) Uma circunferência, cujo raio é MAIOR que R.
6. Duas partı́culas A e B são criados num acelerador de alta energia e (d) Uma circunferência cujo raio é MENOR que R.
se movem na mesma direção, mas em sentidos opostos. O módulo da
velocidade da partı́cula A, medido no laboratório, é vA = 6c/10, e o
módulo da velocidade de uma partı́cula em relação à outra é 9c/10. Qual
é o módulo da velocidade da partı́cula B no referencial do laboratório?
(a) 0, 5c < vB ≤ 0, 6c
(b) 0, 6c < vB ≤ 0, 7c
(c) 0, 7c < vB ≤ 0, 8c
(d) 0, 8c < vB ≤ 0, 9c
Seção 2. Questões discursivas (2,0 + 3,2 = 5,2 pontos)
1. [2,0 pontos]
Fı́sicos e engenheiros de todo o mundo se juntaram para construir o
maior acelerador de partı́culas do mundo, o LHC no CERN, na Suı́ça. A
máquina acelera prótons a altas energias cinéticas num anel subterrâneo
de 27 km de circunferência. Responda às questões que seguem, tendo em
conta que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CON-
SIDERADAS.
(a) [1,2 ponto] Encontre uma expressão para v/c, onde v é o módulo da
velocidade de um próton no LHC quando sua energia cinética é K em
termos de c, da massa m de repouso do próton e de K.
(b)[0,8 ponto] Para K = 7 TeV = 7, 0 × 1012 eV encontre a massa rela-
tivı́stica do próton (mrel ) em termos de sua massa de repouso m.
2. [3,2 pontos]
Uma partı́cula de massa m encontra-se confinada em uma caixa uni-
dimensional descrita pela região 0 ≤ x ≤ 2L. A energia potencial da
partı́cula é U (x) = 0 para pontos no interior da caixa e U (x) = ∞ para
pontos fora da caixa. Responda às questões que seguem, tendo em conta
que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CONSIDE-
RADAS.
(a) [1,2 ponto] Utilizando a equação de Schrödinger independente do
tempo determine os nı́veis de energia En da partı́cula na caixa.
(b) [0,4 ponto] Qual é a energia do segundo estado excitado do sistema?
(c) [1,2 ponto] Determine a função de onda independente do tempo (nor-
malizada) do estado fundamental.
(d) [0,4 ponto] Se 1000 sistemas idênticos ao descrito acima fossem pre-
parados para estarem no estado fundamental, quantas partı́culas seriam
encontradas entre x = L/2 e x = L/2 + 0, 01L?
3.
Gabarito para Versão B 4. O pı́on negativo (π − ) é uma partı́cula instável com um tempo de vida
médio τ , medido em seu referencial de repouso. Se o pı́on é posto para
se mover com uma velocidade muito grande, seu tempo de vida média
Seção 1. Questões objetivas (8×0,6 = 4,8 pontos)
medido no referencial do laboratório é de 16τ . Qual é o módulo da
velocidade v do pı́on no referencial do laboratório?
1. Observa-se o efeito fotoelétrico quando uma superfı́cie metálica é bom- √
(a) c 253/16
bardeada por fótons de energia de 4 eV. Com esses fótons, o efeito fo- √
toelétrico cessa quando o potencial de freamento atinge o valor de 2 (b) c 255/16
√
volts. Qual a energia cinética máxima dos fotoelétrons quando se tri- (c) c 257/16
plica a energia dos fótons incidentes? √
(d) c 259/16
(a) 10 eV
(b) 8 eV 5. Usando o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, calcule a razão
(c) 6 eV entre os módulos das velocidade de elétron no nı́vel 3 (v3 ) e no estado
fundamental (v1 ). v3 /v1 é:
(d) 4 eV
(a) 1/9
(b) 3
2. Um fóton de raio X de comprimento de onda λ colide com um elétron (c) 1/3
livre que está inicialmente em repouso. Após a colisão o comprimento (d) 9
de onda do fóton é λ′ = 1, 02λ. Se o elétron após a colisão é parado re-
pentinamente (por exemplo num alvo sólido) e toda sua energia cinética 6. Duas partı́culas A e B são criados num acelerador de alta energia e
é usada para criar um outro fóton, qual é o comprimento de onda λb do se movem na mesma direção, mas em sentidos opostos. O módulo da
fóton criado? velocidade da partı́cula A, medido no laboratório, é vA = 6c/10, e o
(a) 25λ < λb ≤ 35λ módulo da velocidade de uma partı́cula em relação à outra é 9c/10. Qual
é o módulo da velocidade da partı́cula B no referencial do laboratório?
(b) 25λ < λb ≤ 45λ
(c) 45λ < λb ≤ 55λ (a) 0, 5c < vB ≤ 0, 6c
(d) 55λ < λb ≤ 65λ (b) 0, 6c < vB ≤ 0, 7c
(c) 0, 7c < vB ≤ 0, 8c
3. Qual diferença de potencial V deve ser aplicada para acelerar um elétron, (d) 0, 8c < vB ≤ 0, 9c
massa de repouso m e carga e, do repouso até atingir uma velocidade de
módulo igual a 4c/5?
(a) 0 < V ≤ 0, 2mc2 /e
(b) 0, 2mc2 /e < V ≤ 0, 4mc2 /e
(c) 0, 4mc2 /e < V ≤ 0, 6mc2 /e
(d) 0, 6mc2 /e < V ≤ 0, 8mc2 /e
7. Qual é o comprimento de onda de de Broglie (λe ) de elétrons livres Seção 2. Questões discursivas (2,0 + 3,2 = 5,2 pontos)
para a velocidade médiapve dos elétrons à temperatura ambiente T =
300 K? Considere ve = 3kT /me , onde k ≈ 10−23 J/K é a constante 1. [2,0 pontos]
de Boltzmann. Fı́sicos e engenheiros de todo o mundo se juntaram para construir o
maior acelerador de partı́culas do mundo, o LHC no CERN, na Suı́ça. A
(a) 0, 1 nm < λe ≤ 1 nm
máquina acelera prótons a altas energias cinéticas num anel subterrâneo
(b) 1 nm < λe ≤ 10 nm de 27 km de circunferência. Responda às questões que seguem, tendo em
(c) 10nm < λe ≤ 20 nm conta que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CON-
(d) 20 nm < λe ≤ 30 nm SIDERADAS.
(a) [1,2 ponto] Encontre uma expressão para v/c, onde v é o módulo da
8. Num dado referencial A observa-se um anel circular de raio R, posicio- velocidade de um próton no LHC quando sua energia cinética é K em
nado no plano xy, mover-se como um todo com velocidade +v ŷ. Num termos de c, da massa m de repouso do próton e de K.
outro referencial B, o mesmo anel é observado parado no plano xy. Con- (b)[0,8 ponto] Para K = 7 TeV = 7, 0 × 1012 eV encontre a massa rela-
siderando paralelos entre si os eixos x, e também paralelos entre si os tivı́stica do próton (mrel ) em termos de sua massa de repouso m.
eixos y dos dois referenciais, a forma do anel descrita no referencial B é Resolução:
dada por: (a) A energia do próton é dada por:
(a) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo x. m
E=q c2 = K + mc2 . (1)
v2
(b) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo y. 1 − c2
(c) Uma circunferência, cujo raio é MAIOR que R.
Isolando v 2 /c2 na expressão acima encontramos:
(d) Uma circunferência cujo raio é MENOR que R.
v2 m2 c4
= 1 − . (2)
c2 (K + mc2 )2
Após algumas manipulações matemáticas, encontra-se parra (v/c)2 a
expressão seguinte:
v2 K 2 + 2Kmc2
= . (3)
c2 (K + mc2 )2
Assim: q
2mc2
v (1 + K )
= mc2
. (4)
c 1+ K
(c) [1,2 ponto] Determine a função de onda independente do tempo (nor- (b) O estado fundamental é descrito por n = 1, assim o segundo estado
malizada) do estado fundamental. excitado é descrito por n = 3, e:
(d) [0,4 ponto] Se 1000 sistemas idênticos ao descrito acima fossem pre- 2 2
parados para estarem no estado fundamental, quantas partı́culas seriam ℏ π
E3 = 32 , (16)
encontradas entre x = L/2 e x = L/2 + 0, 01L? 8mL2
Resolução: 9ℏ2 π 2
(a) Do formulário, temos que a equação de Schrödinger independente do E3 = . (17)
8mL2
tempo para uma partı́cula de massa m é dada por:
(c) A função de onda do estado fundamental é dada por:
ℏ2 d2 u(x)
− + U (x)u(x) = Eu(x), (8) πx
2m dx2 u1 (x) = Bsen . (18)
2L
onde u(x) é a função de onda independente do tempo. A função de onda
completa sendo dada por: Pela condição de normalização da função de onda temos:
E
Z 2L
Ψ(x, t) = u(x)e−i ℏ t . (9) B 2
u1 (x)2 dx = 1, (19)
0
Para a partı́cula numa caixa, na região do interior da caixa U (x) = 0 e
a função de onda é nula nos contornos, tal que para o caso em questão: Z 2L πx
B2 sen2 dx = 1. (20)
u(0) = u(2L) = 0. (10) 0 2L
Usando a identidade trigonométrica fornecida no formulário:
Assim, a equação diferencial que precisamos resolver é dada por: Z 2L
1 2πx
d2 u(x) 2mE B2 1 − cos dx = 1. (21)
+ 2 u(x) = 0, (11) 0 2 2L
dx2 ℏ
A integral da função cosseno é nula (soma num perı́odo completo), assim:
B2
2L = 1, (22)
2
1
B=√ (23)
L
e:
1 πx
u1 (x) = √ sen . (24)
L 2L
(d) A probabilidade P (x) de encontrar uma partı́cula entre x e x + dx
no estado fundamental é dada por:
0, 01L
P (L/2) = sen2 (π/4) = 0, 005. (27)
L
Assim, 0, 5% das partı́culas serão encontradas entre x = L/2 e x =
L/2 + 0, 01L, ou seja, 5 partı́culas.
■
3.
1. Observa-se o efeito fotoelétrico quando uma superfı́cie metálica é bom-
Universidade Federal do Rio de Janeiro
bardeada por fótons de energia de 4 eV. Com esses fótons, o efeito fo-
Instituto de Fı́sica
toelétrico cessa quando o potencial de freamento atinge o valor de 2
Fı́sica IV-A – 2023/2 – P2- 27/09/2023
volts. Qual a energia cinética máxima dos fotoelétrons quando se tri-
VERSÃO: C
plica a energia dos fótons incidentes?
(a) 10 eV
(b) 8 eV
Formulário
(c) 6 eV
CONSTANTES NUMÉRICAS (d) 4 eV
−6 −10 8 −34
µ0 = 1×10 H/m; ε0 = (1/9)×10 F/m; c = 3×10 m/s; h = 6×10 J · s; h =
3 × 10−15 eV· s; ℏ = h/(2π); hc = 900 eV· nm; e = 2 × 10−19 C; 1 eV = 2 × 10−19 J;
1 J = 5 × 1018 eV; mp c2 = 1000 MeV; me c2 = 0,5 MeV; me = 10−30 kg; 1µm =
10−6 m; 1 nm = 10−9 m; 1 Å = 10−10 m; 1 pm = 10−12 m; 1 GeV = 103 MeV = 2. O pı́on negativo (π − ) é uma partı́cula instável com um tempo de vida
−e2 h2 ε0 −11
109 eV; λc = 1,8 pm; E1 = 8πε 0 a0
= −25 eV; a0 = πm ee
2 = (9/π) × 10 m; médio τ , medido em seu referencial de repouso. Se o pı́on é posto para
◦ ◦
√ ◦
√ 2
sen(30 ) = 1/2; sen(45 ) = 2/2; sen(60 ) = 3/2; sen (θ) = [1 − cos(2θ)]/2. se mover com uma velocidade muito grande, seu tempo de vida média
medido no referencial do laboratório é de 16τ . Qual é o módulo da
FORMULÁRIO GERAL velocidade v do pı́on no referencial do laboratório?
√
E 2 = (pc)2 + (m0 c2 )2 ; uc = pc 2 2
E ; E = K + m0 c = γm0 c ; p = γm0 u; (a) c 253/16
q
2 ′ vx′ +u √
γ = 1/ 1 − uc2 ; x = γ(x′ + ut′ ); t = γ(t′ + ux c2
); vx = 1+(v ′ u)/c2 ; (b) c 255/16
vy′
x
√
vy = γ(1+(vx′ u)/c2 )
; px = γ(p′x + uE ′ /c2 ), E = γ(E ′ + up′x ), py = p′y ; (c) c 257/16
q √
λ2 − λ1 = mc h
(1 − cos θ) = λc (1 − cos θ); f = f0 c+v (d) c 259/16
c−v ; ∆x · ∆px ≥ 2 ;
ℏ
5. Num dado referencial A observa-se um anel circular de raio R, posicio- 8. Um fóton de raio X de comprimento de onda λ colide com um elétron
nado no plano xy, mover-se como um todo com velocidade +v ŷ. Num livre que está inicialmente em repouso. Após a colisão o comprimento
outro referencial B, o mesmo anel é observado parado no plano xy. Con- de onda do fóton é λ′ = 1, 02λ. Se o elétron após a colisão é parado re-
siderando paralelos entre si os eixos x, e também paralelos entre si os pentinamente (por exemplo num alvo sólido) e toda sua energia cinética
eixos y dos dois referenciais, a forma do anel descrita no referencial B é é usada para criar um outro fóton, qual é o comprimento de onda λb do
dada por: fóton criado?
(a) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo x. (a) 25λ < λb ≤ 35λ
(b) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo y. (b) 25λ < λb ≤ 45λ
(c) Uma circunferência, cujo raio é MAIOR que R. (c) 45λ < λb ≤ 55λ
(d) Uma circunferência cujo raio é MENOR que R. (d) 55λ < λb ≤ 65λ
(a) 0, 5c < vB ≤ 0, 6c
(b) 0, 6c < vB ≤ 0, 7c
(c) 0, 7c < vB ≤ 0, 8c
(d) 0, 8c < vB ≤ 0, 9c
Seção 2. Questões discursivas (2,0 + 3,2 = 5,2 pontos)
1. [2,0 pontos]
Fı́sicos e engenheiros de todo o mundo se juntaram para construir o
maior acelerador de partı́culas do mundo, o LHC no CERN, na Suı́ça. A
máquina acelera prótons a altas energias cinéticas num anel subterrâneo
de 27 km de circunferência. Responda às questões que seguem, tendo em
conta que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CON-
SIDERADAS.
(a) [1,2 ponto] Encontre uma expressão para v/c, onde v é o módulo da
velocidade de um próton no LHC quando sua energia cinética é K em
termos de c, da massa m de repouso do próton e de K.
(b)[0,8 ponto] Para K = 7 TeV = 7, 0 × 1012 eV encontre a massa rela-
tivı́stica do próton (mrel ) em termos de sua massa de repouso m.
2. [3,2 pontos]
Uma partı́cula de massa m encontra-se confinada em uma caixa uni-
dimensional descrita pela região 0 ≤ x ≤ 2L. A energia potencial da
partı́cula é U (x) = 0 para pontos no interior da caixa e U (x) = ∞ para
pontos fora da caixa. Responda às questões que seguem, tendo em conta
que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CONSIDE-
RADAS.
(a) [1,2 ponto] Utilizando a equação de Schrödinger independente do
tempo determine os nı́veis de energia En da partı́cula na caixa.
(b) [0,4 ponto] Qual é a energia do segundo estado excitado do sistema?
(c) [1,2 ponto] Determine a função de onda independente do tempo (nor-
malizada) do estado fundamental.
(d) [0,4 ponto] Se 1000 sistemas idênticos ao descrito acima fossem pre-
parados para estarem no estado fundamental, quantas partı́culas seriam
encontradas entre x = L/2 e x = L/2 + 0, 01L?
3.
Gabarito para Versão C 4. Usando o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, calcule a razão
entre os módulos das velocidade de elétron no nı́vel 3 (v3 ) e no estado
fundamental (v1 ). v3 /v1 é:
Seção 1. Questões objetivas (8×0,6 = 4,8 pontos)
(a) 1/9
1. Observa-se o efeito fotoelétrico quando uma superfı́cie metálica é bom- (b) 3
bardeada por fótons de energia de 4 eV. Com esses fótons, o efeito fo- (c) 1/3
toelétrico cessa quando o potencial de freamento atinge o valor de 2 (d) 9
volts. Qual a energia cinética máxima dos fotoelétrons quando se tri-
plica a energia dos fótons incidentes?
5. Num dado referencial A observa-se um anel circular de raio R, posicio-
(a) 10 eV nado no plano xy, mover-se como um todo com velocidade +v ŷ. Num
(b) 8 eV outro referencial B, o mesmo anel é observado parado no plano xy. Con-
(c) 6 eV siderando paralelos entre si os eixos x, e também paralelos entre si os
eixos y dos dois referenciais, a forma do anel descrita no referencial B é
(d) 4 eV dada por:
(a) 0, 1 nm < λe ≤ 1 nm
(b) 1 nm < λe ≤ 10 nm
(c) 10nm < λe ≤ 20 nm
(d) 20 nm < λe ≤ 30 nm
7. Qual diferença de potencial V deve ser aplicada para acelerar um elétron, Seção 2. Questões discursivas (2,0 + 3,2 = 5,2 pontos)
massa de repouso m e carga e, do repouso até atingir uma velocidade de
módulo igual a 4c/5? 1. [2,0 pontos]
(a) 0<V ≤ 0, 2mc2 /e Fı́sicos e engenheiros de todo o mundo se juntaram para construir o
maior acelerador de partı́culas do mundo, o LHC no CERN, na Suı́ça. A
(b) 0, 2mc2 /e < V ≤ 0, 4mc2 /e
máquina acelera prótons a altas energias cinéticas num anel subterrâneo
(c) 0, 4mc2 /e < V ≤ 0, 6mc2 /e de 27 km de circunferência. Responda às questões que seguem, tendo em
(d) 0, 6mc2 /e < V ≤ 0, 8mc2 /e conta que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CON-
SIDERADAS.
8. Um fóton de raio X de comprimento de onda λ colide com um elétron (a) [1,2 ponto] Encontre uma expressão para v/c, onde v é o módulo da
livre que está inicialmente em repouso. Após a colisão o comprimento velocidade de um próton no LHC quando sua energia cinética é K em
de onda do fóton é λ′ = 1, 02λ. Se o elétron após a colisão é parado re- termos de c, da massa m de repouso do próton e de K.
pentinamente (por exemplo num alvo sólido) e toda sua energia cinética (b)[0,8 ponto] Para K = 7 TeV = 7, 0 × 1012 eV encontre a massa rela-
é usada para criar um outro fóton, qual é o comprimento de onda λb do tivı́stica do próton (mrel ) em termos de sua massa de repouso m.
fóton criado?
Resolução:
(a) 25λ < λb ≤ 35λ (a) A energia do próton é dada por:
(b) 25λ < λb ≤ 45λ m
E=q c2 = K + mc2 . (1)
(c) 45λ < λb ≤ 55λ v2
1 − c2
(d) 55λ < λb ≤ 65λ
Isolando v 2 /c2 na expressão acima encontramos:
v2 m2 c4
= 1 − . (2)
c2 (K + mc2 )2
Após algumas manipulações matemáticas, encontra-se parra (v/c)2 a
expressão seguinte:
v2 K 2 + 2Kmc2
= . (3)
c2 (K + mc2 )2
Assim: q
2mc2
v (1 + K )
= mc2
. (4)
c 1+ K
(c) [1,2 ponto] Determine a função de onda independente do tempo (nor- (b) O estado fundamental é descrito por n = 1, assim o segundo estado
malizada) do estado fundamental. excitado é descrito por n = 3, e:
(d) [0,4 ponto] Se 1000 sistemas idênticos ao descrito acima fossem pre- 2 2
parados para estarem no estado fundamental, quantas partı́culas seriam ℏ π
E3 = 32 , (16)
encontradas entre x = L/2 e x = L/2 + 0, 01L? 8mL2
Resolução: 9ℏ2 π 2
(a) Do formulário, temos que a equação de Schrödinger independente do E3 = . (17)
8mL2
tempo para uma partı́cula de massa m é dada por:
(c) A função de onda do estado fundamental é dada por:
ℏ2 d2 u(x)
− + U (x)u(x) = Eu(x), (8) πx
2m dx2 u1 (x) = Bsen . (18)
2L
onde u(x) é a função de onda independente do tempo. A função de onda
completa sendo dada por: Pela condição de normalização da função de onda temos:
E
Z 2L
Ψ(x, t) = u(x)e−i ℏ t . (9) B 2
u1 (x)2 dx = 1, (19)
0
Para a partı́cula numa caixa, na região do interior da caixa U (x) = 0 e
a função de onda é nula nos contornos, tal que para o caso em questão: Z 2L πx
B2 sen2 dx = 1. (20)
u(0) = u(2L) = 0. (10) 0 2L
Usando a identidade trigonométrica fornecida no formulário:
Assim, a equação diferencial que precisamos resolver é dada por: Z 2L
1 2πx
d2 u(x) 2mE B2 1 − cos dx = 1. (21)
+ 2 u(x) = 0, (11) 0 2 2L
dx2 ℏ
A integral da função cosseno é nula (soma num perı́odo completo), assim:
B2
2L = 1, (22)
2
1
B=√ (23)
L
e:
1 πx
u1 (x) = √ sen . (24)
L 2L
(d) A probabilidade P (x) de encontrar uma partı́cula entre x e x + dx
no estado fundamental é dada por:
0, 01L
P (L/2) = sen2 (π/4) = 0, 005. (27)
L
Assim, 0, 5% das partı́culas serão encontradas entre x = L/2 e x =
L/2 + 0, 01L, ou seja, 5 partı́culas.
■
3.
1. Duas partı́culas A e B são criados num acelerador de alta energia e
Universidade Federal do Rio de Janeiro
se movem na mesma direção, mas em sentidos opostos. O módulo da
Instituto de Fı́sica
velocidade da partı́cula A, medido no laboratório, é vA = 6c/10, e o
Fı́sica IV-A – 2023/2 – P2- 27/09/2023
módulo da velocidade de uma partı́cula em relação à outra é 9c/10. Qual
VERSÃO: D
é o módulo da velocidade da partı́cula B no referencial do laboratório?
(a) 0, 5c < vB ≤ 0, 6c
1. [2,0 pontos]
Fı́sicos e engenheiros de todo o mundo se juntaram para construir o
maior acelerador de partı́culas do mundo, o LHC no CERN, na Suı́ça. A
máquina acelera prótons a altas energias cinéticas num anel subterrâneo
de 27 km de circunferência. Responda às questões que seguem, tendo em
conta que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CON-
SIDERADAS.
(a) [1,2 ponto] Encontre uma expressão para v/c, onde v é o módulo da
velocidade de um próton no LHC quando sua energia cinética é K em
termos de c, da massa m de repouso do próton e de K.
(b)[0,8 ponto] Para K = 7 TeV = 7, 0 × 1012 eV encontre a massa rela-
tivı́stica do próton (mrel ) em termos de sua massa de repouso m.
2. [3,2 pontos]
Uma partı́cula de massa m encontra-se confinada em uma caixa uni-
dimensional descrita pela região 0 ≤ x ≤ 2L. A energia potencial da
partı́cula é U (x) = 0 para pontos no interior da caixa e U (x) = ∞ para
pontos fora da caixa. Responda às questões que seguem, tendo em conta
que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CONSIDE-
RADAS.
(a) [1,2 ponto] Utilizando a equação de Schrödinger independente do
tempo determine os nı́veis de energia En da partı́cula na caixa.
(b) [0,4 ponto] Qual é a energia do segundo estado excitado do sistema?
(c) [1,2 ponto] Determine a função de onda independente do tempo (nor-
malizada) do estado fundamental.
(d) [0,4 ponto] Se 1000 sistemas idênticos ao descrito acima fossem pre-
parados para estarem no estado fundamental, quantas partı́culas seriam
encontradas entre x = L/2 e x = L/2 + 0, 01L?
3.
Gabarito para Versão D 4. Um fóton de raio X de comprimento de onda λ colide com um elétron
livre que está inicialmente em repouso. Após a colisão o comprimento
de onda do fóton é λ′ = 1, 02λ. Se o elétron após a colisão é parado re-
Seção 1. Questões objetivas (8×0,6 = 4,8 pontos)
pentinamente (por exemplo num alvo sólido) e toda sua energia cinética
é usada para criar um outro fóton, qual é o comprimento de onda λb do
1. Duas partı́culas A e B são criados num acelerador de alta energia e fóton criado?
se movem na mesma direção, mas em sentidos opostos. O módulo da (a) 25λ < λb ≤ 35λ
velocidade da partı́cula A, medido no laboratório, é vA = 6c/10, e o
módulo da velocidade de uma partı́cula em relação à outra é 9c/10. Qual (b) 25λ < λb ≤ 45λ
é o módulo da velocidade da partı́cula B no referencial do laboratório? (c) 45λ < λb ≤ 55λ
(d) 55λ < λb ≤ 65λ
(a) 0, 5c < vB ≤ 0, 6c
(b) 0, 6c < vB ≤ 0, 7c
5. Num dado referencial A observa-se um anel circular de raio R, posicio-
(c) 0, 7c < vB ≤ 0, 8c nado no plano xy, mover-se como um todo com velocidade +v ŷ. Num
(d) 0, 8c < vB ≤ 0, 9c outro referencial B, o mesmo anel é observado parado no plano xy. Con-
siderando paralelos entre si os eixos x, e também paralelos entre si os
2. Qual é o comprimento de onda de de Broglie (λe ) de elétrons livres eixos y dos dois referenciais, a forma do anel descrita no referencial B é
para a velocidade médiapve dos elétrons à temperatura ambiente T = dada por:
300 K? Considere ve = 3kT /me , onde k ≈ 10−23 J/K é a constante (a) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo x.
de Boltzmann.
(b) Uma elipse, cujo eixo MAIOR é paralelo ao eixo y.
(a) 0, 1 nm < λe ≤ 1 nm (c) Uma circunferência, cujo raio é MAIOR que R.
(b) 1 nm < λe ≤ 10 nm (d) Uma circunferência cujo raio é MENOR que R.
(c) 10nm < λe ≤ 20 nm
(d) 20 nm < λe ≤ 30 nm 6. Observa-se o efeito fotoelétrico quando uma superfı́cie metálica é bom-
bardeada por fótons de energia de 4 eV. Com esses fótons, o efeito fo-
3. Qual diferença de potencial V deve ser aplicada para acelerar um elétron, toelétrico cessa quando o potencial de freamento atinge o valor de 2
massa de repouso m e carga e, do repouso até atingir uma velocidade de volts. Qual a energia cinética máxima dos fotoelétrons quando se tri-
módulo igual a 4c/5? plica a energia dos fótons incidentes?
(a) 10 eV
(a) 0 < V ≤ 0, 2mc2 /e
(b) 8 eV
(b) 0, 2mc2 /e < V ≤ 0, 4mc2 /e
(c) 6 eV
(c) 0, 4mc2 /e < V ≤ 0, 6mc2 /e
(d) 4 eV
(d) 0, 6mc2 /e < V ≤ 0, 8mc2 /e
7. O pı́on negativo (π − ) é uma partı́cula instável com um tempo de vida Seção 2. Questões discursivas (2,0 + 3,2 = 5,2 pontos)
médio τ , medido em seu referencial de repouso. Se o pı́on é posto para
se mover com uma velocidade muito grande, seu tempo de vida média 1. [2,0 pontos]
medido no referencial do laboratório é de 16τ . Qual é o módulo da Fı́sicos e engenheiros de todo o mundo se juntaram para construir o
velocidade v do pı́on no referencial do laboratório? maior acelerador de partı́culas do mundo, o LHC no CERN, na Suı́ça. A
√
(a) c 253/16 máquina acelera prótons a altas energias cinéticas num anel subterrâneo
√ de 27 km de circunferência. Responda às questões que seguem, tendo em
(b) c 255/16
√ conta que RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CON-
(c) c 257/16 SIDERADAS.
√
(d) c 259/16 (a) [1,2 ponto] Encontre uma expressão para v/c, onde v é o módulo da
velocidade de um próton no LHC quando sua energia cinética é K em
8. Usando o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, calcule a razão termos de c, da massa m de repouso do próton e de K.
entre os módulos das velocidade de elétron no nı́vel 3 (v3 ) e no estado (b)[0,8 ponto] Para K = 7 TeV = 7, 0 × 1012 eV encontre a massa rela-
fundamental (v1 ). v3 /v1 é: tivı́stica do próton (mrel ) em termos de sua massa de repouso m.
(a) 1/9 Resolução:
(b) 3 (a) A energia do próton é dada por:
m
(c) 1/3 E=q c2 = K + mc2 . (1)
v2
(d) 9 1 − c2
(c) [1,2 ponto] Determine a função de onda independente do tempo (nor- (b) O estado fundamental é descrito por n = 1, assim o segundo estado
malizada) do estado fundamental. excitado é descrito por n = 3, e:
(d) [0,4 ponto] Se 1000 sistemas idênticos ao descrito acima fossem pre- 2 2
parados para estarem no estado fundamental, quantas partı́culas seriam ℏ π
E3 = 32 , (16)
encontradas entre x = L/2 e x = L/2 + 0, 01L? 8mL2
Resolução: 9ℏ2 π 2
(a) Do formulário, temos que a equação de Schrödinger independente do E3 = . (17)
8mL2
tempo para uma partı́cula de massa m é dada por:
(c) A função de onda do estado fundamental é dada por:
ℏ2 d2 u(x)
− + U (x)u(x) = Eu(x), (8) πx
2m dx2 u1 (x) = Bsen . (18)
2L
onde u(x) é a função de onda independente do tempo. A função de onda
completa sendo dada por: Pela condição de normalização da função de onda temos:
E
Z 2L
Ψ(x, t) = u(x)e−i ℏ t . (9) B 2
u1 (x)2 dx = 1, (19)
0
Para a partı́cula numa caixa, na região do interior da caixa U (x) = 0 e
a função de onda é nula nos contornos, tal que para o caso em questão: Z 2L πx
B2 sen2 dx = 1. (20)
u(0) = u(2L) = 0. (10) 0 2L
Usando a identidade trigonométrica fornecida no formulário:
Assim, a equação diferencial que precisamos resolver é dada por: Z 2L
1 2πx
d2 u(x) 2mE B2 1 − cos dx = 1. (21)
+ 2 u(x) = 0, (11) 0 2 2L
dx2 ℏ
A integral da função cosseno é nula (soma num perı́odo completo), assim:
B2
2L = 1, (22)
2
1
B=√ (23)
L
e:
1 πx
u1 (x) = √ sen . (24)
L 2L
(d) A probabilidade P (x) de encontrar uma partı́cula entre x e x + dx
no estado fundamental é dada por:
0, 01L
P (L/2) = sen2 (π/4) = 0, 005. (27)
L
Assim, 0, 5% das partı́culas serão encontradas entre x = L/2 e x =
L/2 + 0, 01L, ou seja, 5 partı́culas.
■
3.