Contablidade Bancária.

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 37

Dedicatória

É com muito amor e satisfação que dedicamos o presente trabalho a comunidade


estudantil do ISPNE, especialmente aos colegas da sala 12 do período matinal no curso
de Contabilidade, Economia e Auditória.

i
Agradecimento
Agradecemos primeiramente a Deus pai todo poderoso pela bênção, proteção,
capacidade, saúde e inteligência que tem nos dados dias pois dia.
Agradecemos a todos os professores, directores e todo elenco colaborativo do ISPNE por
nos proporcionar bom ambiente estudantil e nos passarem os seus conhecimentos e de
forma especial o nosso orientador mestre Cananito.

Aos nossos pais e encarregados de educação pelo apoio moral e financeiro.


Aos nossos colegas de formação por formarmos uma família sempre unida e solitária nas
dificuldades e nas alegrias muito obrigo!

ii
EPÍGRAFE

“Um excelente educador não é um ser


humano perfeito, mas alguém que tem a
serenidade para se esvaziar e sensibilidade
para aprender”.

(Augusto Cury)

iii
Lista de Abreviaturas

CRC: Central de Responsabilidades de Crédito


ISPNE: Instituto Superior Privado Nzenzu Estrela

iv
Resumo
O crédito continua a ser, de longe, o negócio mais importante da banca e, sem qualquer
dúvida, continuará a sê-lo por muitos anos no futuro. Hoje em dia afirma-se, e com plena
razão, que os bancos são instituições fornecedoras de serviços financeiros aos agentes
económicos, o que é verdade. Esses serviços englobam a disponibilização de pacotes de
serviços, que designamos de “produtos bancários”, através de redes de distribuição
variadas, com maior ou menor grau de especialização, de acordo com os segmentos de
mercado que procuram servir.
todavia importante não esquecer que, de entre os vários serviços prestados, o da
disponibilização de fundos a crédito é aquele que continua a ter maior relevância, mas
existem outras formas de obter financiamento, como o autofinanciamento e o mercado de
capitais (interno e externo).
O crédito é o processo pela qual um cliente solicita o empréstimo junto à instituição
financeira, uma vez que consiga este valor, concedê-lo-á um financiamento, quando
necessita ter a partir deste valor os benefícios futuros, chamá-lo-á investimento. Este
percurso dos valores concedidos passa pela análise de crédito, financiamento e
investimento, (KWASINA, IMAGU, 2017).

v
ABSTRACT

Credit continues to be, by far, the most important banking business and, without any

doubt, will continue to be so for many years to come. Nowadays it is said, and with

complete reason, that banks are institutions that provide financial services to economic

agents, which is true. These services include the provision of service packages, which we

call “banking products”, through varied distribution networks, with a greater or lesser

degree of specialization, according to the market segments they seek to serve.

However, it is important not to forget that, among the various services provided, the

provision of funds on credit is the one that continues to be most relevant, but there are

other ways of obtaining financing, such as self-financing and the capital market (internal

and external) .

Credit is the process by which a customer requests a loan from the financial institution,

once they obtain this value, they will grant financing, when they need to obtain future

benefits from this value, they will call it investment. This path of the amounts granted

goes through credit, financing and investment analysis, (KWASINA, IMAGU, 2017).

vi
SUMÁRIO
CAPITULO I- Abordagem temática preliminar

CA. II- Abordagem explicativa sobre o crédito bancário

vii
INTRODUÇÃO
Por um lado, as principais vantagens do crédito bancário existentes dizem-lhe para
avançar com o crédito. Por outro, as desvantagens do crédito bancário deixam-no com
um pé atrás em relação ao mesmo.
O crédito bancário tem várias vantagens, dentro delas destacamos as seguintes:

Acesso imediato ao dinheiro: o dinheiro custa para ganhar. Ele exige tempo e esforço.
Um crédito permite o acesso rápido ao dinheiro, podendo-se responder assim algumas
necessidades urgentes. A principal vantagem do crédito reside aqui: injetar a conta
bancária da pessoa, que pode estar com dificuldades em respirar.

Organizar a vida financeira: tendo uma injeção de capital, a pessoa pode organizar melhor
a sua vida financeira, gerindo as despesas com lhe for mais conveniente.
Estimulo ao consumo e produção: os empréstimos quer a empresas, quer a particulares,
colocam em marcha as roda da economia, impulsionadas pelo motor do investimento.
Pode não ser uma vantagem directa para o consumidor, mas não deixa de ter a sua
importância.

vii
i
Problemática
Hoje em dia existe várias razões pelos quais as empresas e pessoas singulares para
pedirem crédito nas instituições bancárias, assim sendo o presente trabalho, tem como
problema refletir sobre os créditos bancários.
Neste contexto efeituou-se algumas questões baseando-se no tema para melhor apreciar-
se o caso em estudo. Dentre as várias questões efetuou-se as seguintes:

1º Será necessário analisarmos a capacidade creditícia do cliente?


2º Quais são os procedimentos que o banco utiliza para estudar a capacidade creditícia do
cliente?

3º Quais são os requisitos necessários para o banco ceder crédito?


(RICARDO 2009), visto que a hipótese é uma suposição das respostas antecipada a um
problema, uma vez feita análise, estamos capazes de apresentar a nossa resposta que será
confirmada ou não conclusão. Com os problemas levantados levou as seguintes hipóteses:
1º Talvez são necessários analisarmos a capacidade creditícia dos clientes para se evitar
os riscos de inadeplência. ´

2º Talvez o banco para conceder o crédito utiliza os seguintes procedimentos:


Conhecer o rendimento do cliente, a taxa de esforço, o histórico do cliente e o valor
estimativo a reembolsar.

3º Talvez o banco considere a idade, nacionalidade, experiência ou formação profissional


no domínio de negócio, não ter crédito em outros bancos.

HIPÓTESE
Ricardo (2009), a hipótese é uma suposição das respostas antecipadas a um problema,
uma vez feita análise, estamos capazes de apresentar as nossas respostas que será
confirmada ou não na conclusão. Com os problemas levantados levou-nos as seguintes
hipóteses:

1º talvez seja necessário analisar a capacidade creditícia dos clientes para se evitar os
riscos de inadeplência;
2º talvez o banco para conceder o crédito utiliza os seguintes procedimentos: conhecer o
rendimento do cliente, a taxa de esforço, o histórico do cliente e o valor estimativo a
reembolsar;

3º. talvez o banco considere a idade, nacionalidade experiencia ou formação profissional


no domínio de negócio, não ter créditos em outros bancos, etc.

ix
JUSTIFICATIVA
Visto que análise de crédito, financiamento e investimento têm como objetivos avaliar o
potencial de retorno no tomador de crédito, garantindo a identificação de clientes com a
capacidade de liquidez, ou seja, avaliar o valor máximo com que o cliente pode se
comprometer para honrar a sua divida. Sabendo que o tema é de extrema importância no
mundo económico e financeiro, achamos convenientes explanar sobre o tema na
sociedade acadêmica de modo a proporcionarmos mais sobre o conhecimento na temática
dos créditos bancários.

Outro sim, achamos o tema de suma importância para podermos abordar sobre a
capacidade creditícia do cliente de modo a termos mais confiança no cliente no momento
do reembolso da sua dívida.

OBJETIVO DO TRABALHO
ZASSALA (2013), define que os objetivos são metas ou finalidades que se pretendem
alcançar numa determinada investigação, devem ser definidas de forma clara e precisa.
Assim sendo o nosso trabalho está composto por dois objetivos, Geral e Específicos; Dos
quais temos:

Objetivo Geral
Investigar de forma profunda sobre os créditos bancários;

Objetivo especifico
Dar a conhecer a capacidade de um cliente para lidar um crédito;

Citar os documentos necessários para a concessão de crédito bancário;


Apresentar elementos que devem ser considerados na concessão de créditos.

MÉTODOLOGIA E TÉCNICAS
Sendo certo que para realização de um trabalho cientifico é necessário o uso de certas
metodologias e técnicas, em suma, método é o processo racional para chegar a um
determinado fim ou escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação
de fenómenos. As técnicas são conjuntas de processos que acompanham os
conhecimentos científicos e são utilizados na investigação e na transformação da
realidade. VASCONCELOS (1999).

MÉTODOS UTILIZADOS
Para a realização deste trabalho utilizamos os seguintes métodos:
Método Bibliográfico: permitiu-nos consultar livros, sites e monografias que relatam
sobre o tema em estudo.
Método Descritivo: permitiu descrever a capacidade creditícia.

x
Técnicas Utilizadas
para a realização deste trabalho utilizamos a seguinte técnica:
Técnica Documentária: esta técnica permitiu analisar sistematicamente os documentos
relativos ao desenvolvimento do tema.

ESTRUTURA DO TRABALHO
Para além da introdução e das considerações finais o trabalho compreende os seguintes
capítulos:

Capitulo I
Capitulo II

xi
Cap.I- Abordagem Temática Preliminar

1.1- Definição de Conceitos


1.1.1- Crédito
O crédito tem origem no latim credere, que significa crer, confiar, acreditar, ou ainda
substantivo creditum, que literalmente significa confiança BLATT, (1998).

Segundo SCHRICKEL (2000), todo valor a ser concedido como crédito deve ser próprio,
pois não é possível ceder algo que não lhe pertence sem o devido consentimento do seu
proprietário.
O crédito não significa apenas conceção de patrimónios. Pois é, é uma relação de
confiança entre duas partes. A empresa deve ceder créditos a um cliente, que vai adqurir
produtos e serviços, porém deve também fazer concessões e acreditar que sem os
fornecedores não irão deixar de cumprir as suas obrigações CENTA, (2004).
SELAU (2008), afirma que o crédito é um ato de vontade ou disposição de alguém ceder,
temporariamente, parte dos seus patrimónios a um terceiro, com a expectativa de que esta
parcela voltará a sua posse, integralmente depois de decorrido o prazo previamente
estipulado.
SILVA (1997), faz a seguinte observação a respeito do crédito:

O crédito possibilita amentarem seu nível de produtividade, estimula o consumo


influenciando a demanda, ajuda as pessoas a obter moradia, bens e até alimentos e facilita
a execução de projetos para os quais a empresa e pessoas singulares não disponham de
recursos próprios suficientes
Segundo SANTOS (2003), o credito em finanças, é uma modalidade de financiamento
entre a empresa e o cliente possibilitando assim realizar a liberação do crédito. O crédito
tem duas noções fundamentais: A confiança que a empresa coloca no cliente de haver um
pagamento e o tempo entre o período de aquisição de algo e a quitação da dívida.
O crédito de certa forma facilita as vendas, concedendo o crédito, a empresa consegue
vender mais do que venderia se a forma de pagamento fosse apenas a vista. Porém quando
a empresa concede crédito, esta correndo maior riscos com os seus clientes devedores. A
empresa que utiliza o crédito como forma de pagamento, necessita de um investimento
maior em capital de giro, exigindo também uma maior atenção dos Gestores na
Administração da Empresa.
1.1.2- Banco

O termo banco deriva da palavra latina (banco) que significa mesa. Inicialmente o
banqueiro era essencialmente um cambista que trabalhava através da mesa de uma onde
dispunha as moedas para as trocas.

xii
Cap. II- Abordagem explicativa sobre o crédito bancário

2.1- Crédito Bancário


Desde as antigas civilizações que o sistema bancário vem acompanhando, sem
interrupções, o desenvolvimento da actividade económica. Existem aspectos
fundamentais para uma das funções mais aliciantes e rentáveis da actividade bancária:
concessão de crédito.

Segundo Costa (1996), a palavra de crédito na linguagem vulgar, pode significar a


confiança em alguém ou alguma coisa de que julgue digna de fé. Pode significar também
a influência de que goza pela confiança que se inspira.

O conceito de crédito bancário entende-se como dinheiro que um indivíduo ou uma


instituição empresta em alguém, estipulando certas condições para a sua devolução
(Juros, Prazos, etc). Bancário, por sua vez, é aquilo que está relacionado com um banco:
uma entidade que presta serviços financeiros.
Assim sendo, o crédito bancário é aquele que é oferecido por um banco aos seus clientes

De acordo com Santos (1992:281) uma “operação bancária é um acto comercial,


consistindo na transferência de um bem ou de um direito ou na prestação de um serviço
com vista à obtenção de um lucro”.

De um modo geral, as operações bancárias são complementares e dependem umas das


outras. No entanto, quanto à sua finalidade classificam-se em:
 Operações de crédito;
 Operações financeiras;
 Operações de prestação de serviços.

Um crédito pode ser caracterizado essencialmente por quatro elementos: a sua duração, o
uso ao qual se destina, a natureza dos recursos que servirão para o reembolso e as
garantias que o envolvem. Perante uma situação de ausência de poupanças próprias, que
se designa por autofinanciamento, quaisquer que sejam os agentes económicos
envolvidos no projecto (particulares, empresas e sector público estatal), é necessário
suprimir a insuficiência de fundos com fundos poupados por outros agentes, por conta
dos recebimentos ligados às receitas que os projectos de investimento irão proporcionar.
Poderemos, então, dizer que existe uma situação de equilíbrio teórico da economia,
traduzido pela igualdade entre o investimento realizado e a poupança, a qual pode ser
proveniente de outros aforradores, inclusive de outras economias.
Naturalmente que a captação de recursos e a concessão de crédito de bom risco são
componentes essenciais para a avaliação de grandeza das instituições, o que origina uma
agressividade, no bom sentido da palavra, na captação de novos clientes e satisfação dos
clientes tradicionais. Costa (1996) refere que a preocupação generalizada é controlar e
evitar o crescimento de crédito malparado, que tem atingido valores significativos em
todas as instituições. A obtenção por parte da banca de garantias adequadas a cada tipo

xii
i
de operação é fundamental para minimizar o risco. E de facto, verifica-se que na
instituição onde foi realizado o estudo, é analisado de forma muito cuidadosa as propostas
de crédito, e que exigem aos clientes boas garantias de forma a evitar crédito malparado.

A finalidade do comércio bancário é atingir níveis de rentabilidade satisfatórios. Embora


as margens entre operações passivas e activas, ou seja, o preço que os bancos pagam pelos
depósitos e o que cobram sobre os empréstimos, tenha vindo a baixar com algum
significado é ainda a concessão de crédito que se obtém boas receitas.

2.2-Elementos essenciais do crédito


Os quatro elementos essenciais do crédito de acordo com Costa (1996) são:

 Confiança;
 Risco;
 Tempo;
 Juro.
A confiança é o elemento determinante de todas as manifestações de crédito que emergem
da prática dos numerosos actos da vida corrente.
O risco é determinante no crédito e traduz a impossibilidade de saber o futuro. Por maior
que seja a confiança que o credor deposite no devedor, não há nunca a certeza de que este
último, no respectivo prazo, liquide ou honre os seus compromissos. O juro resulta da
própria noção do crédito como compensação recebida pelo credor por não dispor do
objecto da relação estabelecida com o devedor durante o tempo acordado.

Como refere Costa (1996), o juro é o preço que o devedor fica obrigado a pagar pela
concessão do crédito, em função do respetivo prazo e risco. As taxas de juro podem ser
indexadas ou fixas. As taxas de juro indexadas podem variar ao longo da operação,
dependendo de variações registadas nos indexantes e a taxa de juro fixa mantêm-se
inalterada durante toda a vida da operação. Por último, temos o tempo, que envolve a
ideia de que a concessão de crédito nunca é simultânea com o seu reembolso, acontecendo
que, quanto maior é o prazo concedido, maior terá de ser a confiança do credor na pessoa
do devedor e, inevitavelmente, maior o risco.
Ao conceder o crédito, o banco deverá, então, acordar com o devedor o prazo findo o
qual este deverá proceder ao seu reembolso, vejamos os conceitos da tabela nº 8, que
evidencia de acordo com o período de duração, as diferentes classificações de crédito.

Tipos de crédito
Crédito a curto prazo: deve financiar o capital circulante das empresas e o consumo dos
particulares.

Crédito a médio prazo: é utilizado em situações intermédias, em que a natureza das


atividades ou empreendimento e/ou as circunstâncias em que se actua justificam o
alongamento do crédito a curto prazo ou o encurtamento do crédito a longo prazo.

xi
v
Crédito a longo prazo: é utilizado no financiamento da formação bruta de capital fixo,
como, por exemplo, a aquisição de habitação própria, no caso dos particulares, a
instalação de uma unidade siderúrgica ou um empreendimento mineiro, no caso de
empresa, entre outros.

O departamento de crédito
É dirigido pelo gestor de crédito, que será o responsável pelo planeamento, organização,
gestão e controlo de todas as actividades que envolvam o processo de concessão de
crédito e de cobrança.
Entre as principais responsabilidades do gestor de crédito destacam-se, segundo Batista
(1995):

 A definição de uma política de crédito e cobranças inserida nos objectivos do


banco;
 Organização do departamento, nomeadamente na definição de tarefas do pessoal
de cada um dos diferentes sectores;
 Formação adequada e actualizada de todo o pessoal relacionado com o crédito e
com as cobranças;
 Elaboração de relatórios de crédito e análises financeiras;
 Controlo dos limites de crédito;
 Contactos com os clientes através de cartas, telefonemas e visitas;
 Implantação e controlo das politicas de crédito e cobranças.
Batista (1995) refere que a secção de crédito é supervisionada por um responsável que
tem a seu cargo o planeamento, organização, gestão e controlo de todos os assuntos que
abranjam o processo de informações, análise e decisão de crédito. As suas funções
relativas às informações de crédito passam pela manutenção dos arquivos e registos de
toda a informação de clientes suportada por uma base de dados actualizada. O responsável
por este sector deve manter-se actualizado em matéria de inovações respeitantes a
sistemas de informação de crédito. Torna-se recomendável a frequência e participações
em cursos e acções de reciclagem e de formação, na área da gestão do crédito.

Concessão do crédito
Como refere Menezes (1999), gerir uma empresa é revelar uma constante preocupação
por três parâmetros essenciais: a rendibilidade, a segurança (risco global) e o ritmo de
crescimento.

O crédito bancário é praticado por instituições especializadas que consiste em emprestar


um determinado montante de capital mediante uma remuneração, os juros, por um prazo
estabelecido e com as devidas garantias, para fazer face ao incumprimento do pagamento
da dívida.

Segundo Gaspar et al. (1973:117) “o crédito bancário é a operação pela qual o Banco põe
uma soma determinada à disposição do beneficiário do crédito ou devedor, contra a

xv
promessa deste último lhe pagar os juros convencionados e de lhe restituir, na data fixada
para o reembolso, a importância equivalente à que havia sido fornecida”.

Para Costa (1996:85), “a concessão de crédito baseia-se na confiança para quem o


concede (credor) vender ou entregar algo em determinado momento ao comprador
(devedor) para receber o pagamento futuramente. Assim resulta uma vantagem para o
beneficiário do deferimento (devedor) e uma perda para quem concede o crédito (credor)
que por isso é compensado através do recebimento de um preço, donde casos comuns se
inclui os respectivos juros”.

A concessão de crédito afecta o banco em muitas vertentes: no rendimento, nas vendas,


nos lucros, na produção e na sua própria imagem no mercado.
É de todo o interesse para o departamento de crédito estabelecer procedimentos de rotina
para a maioria de tomadas de decisão de crédito. A tomada de decisão, sendo rápida,
contribuirá para prestar aos clientes um serviço de qualidade, além de beneficiar de uma
redução dos custos administrativos. É também igualmente importante que o executivo de
crédito não seja integralmente absorvido pelas tarefas de rotina, permitindo-lhe mais
tempo para o estudo e a ponderação nos casos especiais e de excepção.
Para, poderem tomar decisões na concessão de crédito é necessário que essa informação
se mantenha actualizada, seja devidamente tratada e correctamente analisada por
profissionais competentes. É necessário existir um acompanhamento sistemático e um
controlo permanente das cobranças, de salientar que o bom relacionamento com o cliente
pode-se revelar muito importante numa situação de incumprimento.

Componentes do risco de crédito


Segundo Cruz (1995) o risco é usualmente caracterizado pela possibilidade de o
rendimento auferido num investimento se afastar do rendimento inicialmente esperado.
Assim, pode definir-se risco como a probabilidade de ocorrência de uma perda, um
qualquer acontecimento negativo, ou como a probabilidade de realização de ganhos
“supranormais”.

De acordo com Davis (1992:125) “a actividade bancária baseia-se na arte de gerir o risco.
Tradicionalmente, assume-se sob a forma de contrapartida ou risco de crédito e o símbolo
de força de um banco é geralmente a sua experiência em termos de qualidade na
concessão de empréstimos. Mais recentemente, o risco da taxa de juro, dos câmbios e de
liquidez passou a assumir um papel mais preponderante, a partir do momento em que os
bancos decidiram tomar posições mais avançadas nestas áreas, com o objectivo de
aumentar a sua rendibilidade. Ainda mais recentemente, o grau de adequação na obtenção
de fundos tornou-se um aspecto de importância crucial para os bancos vocacionados para
os negócios das empresas”.
E quanto ao risco, Silva (2006:13) refere que este “está associado à possibilidade de
ocorrência de acontecimentos incertos ou aleatórios, que definem estados de natureza; é

xv
i
determinado pela variabilidade do valor esperado, em função da ocorrência desses
acontecimentos”.

Deve-se diferenciar os conceitos de risco e de incerteza. O risco permite fazer uma


estimativa objectiva da probabilidade dos acontecimentos. A incerteza não é possível
fazer a estimativa dos acontecimentos, recorrendo-se a probabilidades subjectivas, neste
contexto tem-se que recorrer a probabilidades subjectivas. Assim, num contexto de
incerteza, todo o agente económico movido pela aversão ao risco vai procurar maximizar
a rentabilidade das suas aplicações, minimizando o risco.

Os riscos na actividade bancária, de acordo com Silva (2006), dividem-se em dois grandes
grupos:
1. Riscos financeiros;
2. Riscos operacionais.
O risco financeiro é composto por um conjunto de riscos associados:
a. Risco de crédito;
b. Risco de mercado;
c. Risco da taxa de juro;
d. Risco cambial;
e. Risco de cotações e índice de acções;
f. Risco de liquidez.
O risco de crédito inclui todos os riscos em que uma instituição incorre devido à
possibilidade de incumprimento ou cumprimento com mora de um pagamento por parte
de um devedor em qualquer altura do tempo. Os riscos de mercado advêm da
possibilidade de ocorrerem perdas mediante movimentos desfavoráveis no mercado, é o
risco de perder, resultante da mudança ocorrida no valor percebido do instrumento.
O risco da taxa de juro é o impacto nos resultados (na margem financeira) e na situação
líquida, motivado pela descida no valor de mercado dos activos e passivos de um banco,
que podem ocorrer devido a variações (positivas ou negativas) das taxas de juro do
mercado. O risco cambial inclui o risco de as taxas de câmbio evoluírem de modo a
conduzirem a movimentos desfavoráveis dos contravalores em moeda doméstica dos
activos e das responsabilidades denominados em moedas estrangeiras.
O risco de cotações e índices é o risco de as cotações dos títulos de capital evoluírem de
modo a conduzirem a movimentos desfavoráveis no valor daqueles títulos. O risco
operacional é definido como o risco das perdas directas ou indirectas resultantes de
inadequados processos de operação ou de falhas humanas, legais, informáticas, de
procedimentos ou ligadas a causas externas.
Face ao mencionado, um indicador usado para minimizar a ocorrência do risco é o rating
(ou notação), o qual consiste num “processo que permite aferir da probabilidade de
incumprimento por parte da entidade emitente, ou seja, da ausência de pagamento
atempado dos juros e do capital, medindo, por conseguinte, o risco de crédito. Assim,

xv
ii
quanto mais elevada for a probabilidade de a emitente vir a cumprir o serviço da divida,
melhor será o rating da empresa” (Cruz, 1995:148).

Outro indicador para minimizar o risco é o scoring, que segundo Caiado (1998) trata-se
de um método que consiste na utilização de uma técnica de base estatística cujo objectivo
é sintetizar o grau de incumprimento num crédito através de uma nota classificava (score).
Poder-se-á dizer que num negócio bancário de pura intermediação a capacidade do Banco
para avaliar correctamente o serviço da divida (pagamento de juros e reembolso de
capital) é um factor crítico de sucesso, na medida em que condiciona o sucesso desse
Banco no mercado.
Num financiamento sem quaisquer garantias especiais, o Banco incorre em risco de
crédito, uma vez que, por mais que acredite na empresa ou no particular e na sua
capacidade de reembolso, existe sempre alguma probabilidade de incumprimento,
ocorrendo informação assimétrica.
Para fazer face ao risco existem garantias bancárias, que são uma forma de diminuição
do risco, pretendendo-se que:

 Uma entidade se responsabilize perante um terceiro pelo bom cumprimento da


divida;
 Um bem que apresente valor suficiente para fazer face aos prejuízos que possam
surgir na operação de crédito;
 Exista um compromisso firme, por parte do cliente, para a prestação de um
determinado serviço.

Para além das garantias que serve para minimizar o risco, existe a Central de
Responsabilidades de Crédito (CRC) que tem como principal objectivo apoiar as
entidades participantes na avaliação do risco da concessão de crédito. Para o efeito, estas
entidades podem aceder à informação agregada das responsabilidades de crédito de cada
cliente no conjunto do sistema financeiro. A CRC contém informação sobre
responsabilidades de crédito contraídas no sistema financeiro, independentemente de se
encontrarem em situação regular (informação positiva) ou em incumprimento
(informação negativa).

3.7. Taxas de juro e risco


A cedência de fundos por um determinado período contra uma determinada remuneração
envolve riscos. Importa, assim, analisar de que modo o conceito de estrutura de prazos
das taxas de juro se relaciona com o risco, ou melhor, com determinados tipos de risco.
Existem riscos que interferem com a estrutura de prazos das taxas de juro, o risco de
incumprimento e o risco de taxa de juro.
“Por risco de incumprimento, risco de crédito ou risco de falência designa-se o risco
inerente à possibilidade de a entidade emitente da obrigação não proceder ao atempado
cumprimento do serviço da dívida (juro e reembolso). Regra geral, quanto maior for o
risco da entidade emitente maior é o “prémio de risco” (isto é, o excesso de taxa de juro

xv
iii
comparativamente a um emitente de risco mínimo) exigido pelo obrigacionista” (Alves,
1996:34).

Em relação ao risco de taxa de juro, este “respeita ao efeito que a alteração do nível das
taxas de juro provoca no preço das obrigações. Em equilíbrio o preço de uma obrigação
é igual ao valor actual dos cash flows futuros por ela gerados (juro e amortização),
alterando-se as taxas de juro a que se desconta para cada um desses cash flows, ceteris
paribus, altera-se o preço da obrigação, gerando-se, consequentemente, ganhos ou perdas
de capital para o seu detentor” (Alves, 1996:35).

O risco de oscilações desfavorecidas nas taxas de juro constitui um fenómeno


relativamente recente para o sector bancário. Na gestão das taxas de juro é importante
existir a gestão clara da relação risco/recompensa na previsão de futuras taxas. Os
principais bancos centrais europeus, assim como os bancos centrais mais importantes dos
Estados Unidos, tomam posições de risco em que se verifica desarticulação e
desfasamento, olhando-as naturalmente como fazendo parte da actividade de um centro
gerador de lucros.

Analise do Crédito Bancário


A análise do crédito bancário consiste no processo pelo qual o solicitante de crédito deve
passar, em que são avaliadas as informações cadastrais para uma posterior aprovação ou
não. Segundo SCHRICKEL (1998), a análi1se de crédito tem como objectivo identificar
os riscos nas situações de empréstimo; evidenciar as conclusões quanto à capacidade de
repagamento do tomador; e fazer recomendações relativas à melhor estruturação e tipo
de empréstimo a conceder.

BLATT (1999), complementa observando que o verdadeiro papel do analista do crédito


consiste em equilibrar: “quanto arriscar” com “quanto lucrar”. Considera que a empresa
necessita vender, mas é mais importante receber. Assim sendo o autor enfatiza que a
qualidade do trabalho do departamento de análise de crédito pode significar a diferença
entre “quebrar” ou “crescer”.
Já Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 645), referem que, ao conceder crédito, uma
empresa procura destinguir entre clientes que tenderão a pagar as suas contas e os que
não pagarão. Há várias fontes de informações disponíveis para determinar o crédito
merecido por um cliente. Entre essas informações o autor cita:
 Demonstrações financeiras;
 Bancos;
 Relatórios de crédito com o histórico de pagamento de cliente em outras empresas;
 A experiência de pagamento do cliente com a própria empresa.

PROCESSO DE INICIAÇÃO DO CRÉDITO


Segundo SCHRICKEL (2000), no mundo profissional, as decisões de crédito não
envolvem essencialmente pessoas conhecidas. As relações são mantidas com terceiros,
com os quais, talvez até, não se tenha maior intimidade e efectividade. O risco sempre

xi
x
está presente em qualquer empréstimo, coloca-se de forma mais visível e é compensado
por uma taxa remuneratória. A devolução do empréstimo é uma expectativa envolvida
por uma série de cautelas e procedimentos devidamente documentados na forma
apropriada, os quais permitem, em última análise, assegurar a reintegração de posse da
coisa emprestada pela via coercitiva (a qual, idealmente, jamais deveria ser a forma para
reaver algo que pertence aos clientes).
SCHRICKEL ainda comenta que em qualquer situação de concessão de empréstimo há
basicamente três etapas distintas a percorrer:

1. Análise retrospectiva: é a avaliação do desempenho histórico do pontecial


tomador, identificando os maiores factores de riscos inerentes a sua actividade, e
quão satisfatoriamente esses riscos foram atenuados e / ou contornados no
passado. Análise histórica tem como objectivo primordial, procurar identificar, na
actual condição do tomador, factores que possam denunciar eventuais
dificuldades e /ou questionamentos quanto ao almejado sucesso do mesmo em
pagar financiamentos tomados junto à instituição financeira.
2. Análise de tendências: é a afectivação de uma razoavelmente segura projeção da
condição financeira futura do tomador, associada a ponderação acerca de sua
capacidade de suportar certo nível de endividamento oneroso.
3. Capacidade creditícia: é decorrente das duas etapas anteriores, visualização e
antecipação das tendências futuras, de forma a incorporar ao risco esses possíveis
eventos futuros. Deve-se chegar a uma conclusão relativa à sua capacidade
creditícia e consequentemente a restruturação de uma proposta de crédito em que
o empréstimo pleiteado em consonância com certo fluxo de caixa futuro, e em
condições tais que seja sempre preservada a máxima proteção da instituição
financeira contra eventuais perdas, representará menores riscos e menores taxas
de juros para o consumidor.

2.1.2- Processos de Análises de Crédito


O processo de análise de crédito e concessão de crédito recorre ao uso das técnicas
seguintes:
a) Técnica subjectiva: que diz respeito a técnica baseada no julgamento humano.
b) Técnica objectiva ou estatística: que é baseada em processos estatísticos.

A habilidade de fazer uma decisão de crédito, dentro de um seminário de incertezas e


constantes mutações e informações incompletas, envolve a análise de crédito. Ou seja,
grande parte da análise de crédito é realizada através do julgamento do agente de crédito,
baseada principalmente na habilidade e experiência do mesmo.

a) Experiencia adquirida;
b) A disponibilidade de informações;
c) A sensibilidade de cada analista quanto à aprovação do crédito.

xx
Através da experiência do agente o crédito é possível identificar fatores de carácter,
capacidade, capital e condições de pagamento. Porém, essa análise não pode ser realizada
de maneira aleatória, é preciso estar embaçada em conceitos técnicos que irão guiar a
tomada de decisão.
Diante da diversidade que encontramos no mercado de crédito hoje, aplicado aos vários
seguimentos de economia, faz-se fundamental entender alguns aspectos, como a
metodologia usada para a sua concessão, os diversos tipos de financiamento e
empréstimos, suas particularidades e ainda, o que esta implícito em cada análise.

A decisão de emprestar, financiar ou não investimento é embaçada em muito mais do que


em números, por isso atribui-se quatro (4) elementos essenciais ao entendimento do
crédito:

 A confiança;
 O tempo;
 O risco;
 Os juros.

a) A confiança: etmologicamente, mistura reciprocidade e fé, porque tem haver com


a segurança intima com que se procede, significa no contexto, dispor ao um
tomador, recursos financeiros para financiar despesas ou investimentos; presume-
se no cumprimento do acordo firmado entre credor e devedor.
b) O tempo: é o prazo que o devedor tem disponível para se capitalizar e quitar a
obrigação ora adquirida.
c) O risco: como definido em simples termo por GITMAN em (2004. p. 184) tem-se
o risco como a possibilidade de perda, dividindo-se em risco interno e o externo.
O interno é responsável pela perda financeira nas concessões e pode ser citado,
conforme Santos (2009 p. 4), de acordo com algumas naturezas administrativas,
como profissionais desqualificados, controles de riscos inadequados, ausência de
modelos estatísticos, concentração de crédito com cliente de alto risco. Enquanto
fatores externos, de natureza macroeconómica, podem ser relacionados de acordo
com a liquidez de pessoas fiscais ou jurídicas.
d) Juros: é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro. É expresso como
um percentual sobre o valor emprestado (taxa de juro) e pode ser calculado de
duas formas: juros simples ou juros composto.
Pode se definir investimento com sendo um sacrifício hoje em prol da obtenção de
uma série de benefícios futuros. Sobre o enfoque da finanças, sacrifícios e benefícios
futuros dizem respeito ao fluxo de caixa necessário e gerados pelo investimento.

2.1.2- Elementos a Serem Considerados na Concessão de Crédito


O Instituto de Formação Bancária (1992) descreve que na concessão do crédito
existem nove (9) elementos importantes que passam por uma análise antes do crédito ser
aprovado; estes elementos são:

xx
i
Montante: o montante do crédito solicitado pelo proponente está directamente
ligado à finalidade do crédito e determina-se em função do valor do bem adquirir e das
necessidades do cliente. Deve ser justificado por necessidades efectivas e limitado a essas
necessidades, sem o que abre a possibilidade a excessos que poderão ocasionar prejuízos,
o crédito para investimento é normal o banco não conceder 100% do valor do objeto ou
do serviço que constituem a finalidade do pedido do cliente.
Prazo de reembolso: o prazo de reembolso do empréstimo fica definido no início
do contrato, sendo este também definido em virtude do tipo de finalidade do empréstimo.
Estabelecendo a periocidade do mesmo. O reembolso do empréstimo será a amortização
do capital em dívida.
A Garantia: é um dos elementos essenciais na contratação de um empréstimo
bancário, pois sem elas o banco não tinha formas de recuperar o capital cedido em caso
do incumprimento.

Para um banco lhe emprestar dinheiro precisa de uma garantia que o vai recber de
volta, apesar de serem utilizadas as hipotecas ou avais, o negócio dos bancos é dinheiro
e não são casas, nem carro, logo o que quer de si é dinheiro não são as chaves do seu
apartamento.

As garantias podem ser reais ou pessoais. As garantias reais implicam bem, sejam
eles imóveis ou transacionáveis como as penhoras de título financeiro. As garantias
pessoais são as garantias não palpáveis, como por ex, temos:
A val, fiança e consignação de rendimentos. O banco só empresta dinheiro a quem
confia que no futuro paga as prestações do crédito atribuído, através do reembolso dos
capitais dos respectivos juros (CARVALHO, 2009).

2.1.3- Requisito para a Concessão do Crédito


Definir um conjunto de condições como requisitos para que o cliente tenha acesso
ao crédito, essas condições podem ser:

 A idade do candidato;
 Nacionalidade;
 Experiência ou formação profissional no domínio do negócio;
 Não ter crédito em nenhum banco. (KWASINA, IMAGU, 2017).
A Capacidade: é a possibilidade que um indivíduo tem para responder aos seus
compromissos. Parte do princípio que o cliente proponente da operação bancária tem
capacidade jurídica para assumir, cabe ao banco averiguar e ponderar se o proponente
tem capacidades para honrar os compromissos que pretende assumir junto do banco.
Considera-se uma boa operação, aquela que seja viável para o banco e para o próprio
cliente na análise da capacidade do devedor para assunção do crédito, reveste-se de
grande importância a avaliação do risco pessoal, risco profissional e do risco geral.

xx
ii
Risco Pessoal: tem a ver com as virtudes do próprio devedor e, por isso, a sua
determinação deve atender: a sua honorabilidade, a sua situação económica e financeira,
ao seu profissionalismo, ao seu património e se estar ou não onerado, aos montantes de
capitais próprios envolvidos na sua actividade.
Risco Profissional: resulta da conjuntura do sector de actividade económica em
que se situa o devedor.

Risco Geral: é o que deriva da situação conjuntural interna ou externa do país e


só com uma visão geral de todas as modalidades que se reveste o risco pode facultar os
meios para a criteriosa avaliação de risco que envolve a concessão de crédito.
O Juro: é o elemento definidor que deverá ser fixado á partida do empréstimo, ou
é a remuneração que depende do tipo de crédito solicitado, quanto maior for o risco da
operação, maior será o preço a cobrar, nas operações de riscos superior ao normal, é
habitual fixar-se a taxa de juro com acréscimo, em pontos percentuais, a taxa do Banco,
o juro pode ser cobrado no início do período do empréstimo (juro antecipado) ou no final
do período (juros postecipados) ou períodos convencionais (APB). Além dos juros,
existem outras formas de remunerar a operação. Para a contratualização de empréstimo
existem custos inerentes tais como: custos de avaliação, custos de Dossier e o custo de
processamento e seguros (CARVALHO, 2009).

Finalidade: é a justificação do que será comprado com o montante


disponibilizado pelo banco e a sua respectiva utilização, há que assegurar que o propósito
no qual o dinheiro está a ser usado é legal e de que não existem entraves ou restrições por
parte das autoridades monetárias e importa analisar se a finalidade do crédito solicitado
pelo cliente vai ao encontro da política do crédito definida pelo banco.

2.1.4- Documentos Necessários para a Concessão do Crédito


Trata-se dos documentos que o cliente deve apresentar no momento da solicitação
de crédito junto ao banco. Esses documentos podem ser:

 Fotocópia dos documentos de identidade dos sócios;


 Cartão de contribuinte;
 Registo comercial de Empresa;
 Fotocópia do alvará comercial;
 Certificado do INAPEM de reconhecimento de micro, pequena ou média
empresa;
 Preenchimento dos formulários do banco, (KWASINA, IMAGU, 2017).

2,2- A Política do Crédito como Estratégia para Reduzir a Inadimplência


As políticas de crédito é um conjunto de normais ou critérios que cada empresa utiliza
para financiar ou emprestar recursos aos seus clientes. Cada empresa deve desenvolver
políticas de crédito coordenadas, para encontrar o equilíbrio entre as necessidades de
vendas e simultaneamente sustentar uma carteira a receber de alta qualidade.

xx
iii
Segundo CARVALHO (2009), a política de crédito expressa o conjunto de
normas de índole comercial, financeira e operacional, segundo a qual se deve reger a
gestão de crédito de uma dada organização, e que representa a base de actuação para
concretizar os objetivos que essa organização atribui ao investimento com o crédito a
cliente.
A política de crédito estabelece algumas normas que devem ser seguidas para que
seja padronizado o serviço de crédito de uma instituição. Conforme SILVA (1998),
política de crédito é:

 Um guia para a decisão de crédito, porém não é a decisão;


 Rege a concessão de crédito, porém não concede o crédito,
 Orienta a concessão de crédito para o objetivo desejado, mas não é o o
objetivo em si.
Segundo BRIGHAM e HOUSTON (1999), política de crédito é um dos principais
controladores da demanda de uma empresa e consiste em quatro varáveis:

 Prazo de crédito: tempo dado aos compradores para que paguem suas contas;
 Padrões de crédito: referem-se à capacidade financeira mínima dos clientes a
prazo aceitáveis e à quantia de crédito disponível para os diferentes clientes;
 Política de cobrança: é medida pelo seu rigor ou maleabilidade na cobrança das
contas com pagamentos atrasados;
 Descontos: dados para pagamentos antecipado, incluindo o valor do desconto a
prazo.

PEREIRA (1991), afirma que existem três tipos de políticas de crédito:

 Rígida: praticada por instituições financeiras e bancos;


 Liberal: praticada por empresas comerciais, em que o cliente não assina
documento algum que o comprometa a pagar, não existe garantia para a empresa.

Para LEONI (1997), “as políticas de crédito são instrumentos que medem a
performance global de determinada empresa/grupo, sendo conclusiva para a tomada
de decisão final.”.

2.3- Tipos de Risco de Crédito


O risco está sempre presente quando o assunto é crédito. Para GITMAN (2004),
o risco é a possibilidade de perda financeira. O autor ainda afirma que a palavra risco
é usada como sinónimo de incerteza e refere-se à variabilidade dos retornos
associados a um activo.

Conforme SILVA (1998), o risco existe no momento em que o tomador de


decisões pode basear-se em probabilidades objetivas para estimar diferentes
resultados. Serve para caracterizar os diversos factores que poderão contribuir pata
que aquele que concedeu o crédito não receba do devedor o pagamento na época
atrasada.

xx
iv
O autor ainda explica que os riscos de crédito se dividem em dois, ou seja, os
riscos internos da empresa e os externos. Dentre os riscos internos estão: riscos
ligados à produção e o produto; riscos ligados à administração da empresa; riscos
ligados ao nível de actividade; riscos ligados à sua estrutura de capitais; riscos ligados
à falta de liquidez ou mesmo insolvência.
Já nos riscos externos encontram-se riscos ligados a medidas políticas e
económicas; riscos ligados aos fenómenos naturais e a eventos imprevisíveis; riscos
ligados ao tipo de actividade; riscos ligados ao tipo de operação de crédito.

SANTOS (2000, p.137) explica que “é necessário que as agências classificadoras


de risco de crédito obtenham todas as informações relacionadas aos Cs do crédito dos
tomadores”.

SANTOS (2000), também coloca que o mais importante é identificar e avaliazr os


factores que causam os riscos. Para o autor, o indivíduo ou empresa que tiver um bom
desempenho na análise dos Cs do crédito deve ser considerado sua transação no nível
de “baixo risco”, o que possibilita mais conforto entre as partes coma relação ao risco
de crédito.

2.3.1- Métodos para Avaliar o Risco de Crédito


Existem diversos métodos de avaliação de risco de crédito, sendo que até finais
da década de 1960 prevalecia exclusivamente o método de avaliação qualitativa e
casuística, que consiste na acessão particular, dos analistas de crédito, relativamente aos
indicadores financeiros. Contudo, dado que este método de avaliação apresenta
desvantagens, nomeadamente a veloz alteração da dinâmica concorrencial, surgiu a
carência de novos métodos de avaliação. Desta forma, os métodos de avaliação
automática começaram a emergir e desenvolver de forma acentuada, sendo que em 1968
foi criado por Edward Altmano Z-score (CARVALHO, 2009).
Seja qual for o método de avaliação usado para analisar o risco, é necessário ter
em consideração as particularidades do tipo de crédito em questão, nomeadamente no que
concerne ao risco que o crédito expõe o credor, à margem de lucro que será concebida e
os custos inerentes à cedência de crédito CARVALHO (2009).
Seja qual for o método de avaliação usado para analisar o risco, é necessário ter
em consideração as particularidades do tipo de crédito em questão, nomeadamente no que
concerne ao risco que o crédito expõe o credor, à margem de lucro que será concebida e
os custos inerentes à cedência de crédito (Carvalho, 2009).

Deste modo, para CARVALHO (2009), existem dois (2) métodos primordiais de
avaliação de risco de crédito a avaliação casuística e a avaliação automática.

 Avaliação Casuística
Este tipo de avaliação é considerado subjetivo, uma vez que o analista o efectua
manualmente mediante a sua interpretação, experiência e conhecimento relativamente a

xx
v
diversos factores que qualificam e distinguem cada cliente. Todo o processo de avaliação
e respectiva decisão de crédito devem ser anotados numa ficha de crédito a constar em
bases de dados especificas, sendo que a ficha deve evidenciar o nome do analista, a
identidade do cliente, uma curta descrição do processo, a deliberação tomada e o sumário
dos motivos da decisão (CARVALHO, 2009).
Este modelo de avaliação possui algumas limitações nomeadamente, o facto de a
tomada de decisão poder variar de analista para analista, estando influenciadas pelo estado
de espírito do analista, é um tipo de avaliação muito subjetivo. A análise tradicional do
crédito entanto, actualmente, o sistema financeiro é mais ágil, sofisticado e flexível
(Caouette, Altmsn e Narayanan, 1998).

Avaliação Automática
A partir das últimas duas décadas do século xx e com a evolução tecnológica
verificada, surgiu a oportunidade da análise de risco ser mais precisa e da diminuição do
tempo e custos referentes a todo o processo de tomada de decisão, através de sistemas
antecipadamente programados para realizar avaliações e decisões de acordo com a
política de crédito da organização. É neste momento que surgem os modelos de scoring
como modelos de avaliação automática, sendo que os mesmos demonstram de forma
evidente e em segundos o risco inerente ao cliente. Este tipo de avaliação está mais
direcionado para credores que tenham que controlar o risco de uma carteira com um
grande número de contrapartes e cujos valores em dívida sejam pequenos. A vantagem
deste tipo de avaliação consiste em afastar despesas com grandes estruturas, relativas aos
recursos humanos uma vez que são precisos menos analistas para analisar o crédito e
tomar decisões (CARVALHO, M2009).
Neste tipo de avaliação os responsáveis pelas decisões tomadas são os gestores
dos sistemas programados e não os analistas, como é o caso da avaliação casuística.
Contudo estes dois tipos de avaliação muitas das vezes complementam-se de forma em
que a mente humana é eficaz a desvendar factores fundamentais e os sistemas são mais
eficazes em verificar a forma como integrar grandes quantidades de informações
avaliadas. No entanto, a avaliação casuística ocorre apenas quando recomendada pelo
sistema de avaliação automática (CARVALHO, 2009).
Como limitações este modelo de avaliação tem que o seu desenvolvimento e
configuração levam tempo e carecem de recursos financeiros, a execução deste modelo
não é estática pelo que é necessário prever um plano para o controlar e evitar que o mesmo
não entre numa situação de detioração.
A coleta de dados, segundo BARROS etal LEHFELD (2000, P.89), significa “a
fase da pesquisa em que indaga e se obtêm dados da realidade pela aplicação de técnicas”.

Quanto à abordagem, a pesquisa foi quantitativa, pois trabalhou com o exame


rigoroso de informações obtidas nas instituições financeiras. Este tipo de pesquisa é
utilizado nas situações que exigem um estudo exploratório para um conhecimento mais
profundo do problema da pesquisa, quando se necessita de um diagnostico inicial de uma

xx
vi
situação e, principalmente, nos estudos experimentais e pesquisas de campo
(MEZZAROBA; MONTEIRO, 2006).

Ainda, nesse tipo de pesquisa, segundo BRENNER e JESUS (2007), é preciso


apresentar os resultados investigados de forma ordenada e resumida, para auxiliar a
comparação e a análise dos dados. Esses dados geralmente são apresentados sob forma
de tabelas e de gráficos, em que o conhecimento de estatística é indispensável. A pesquisa
quantitativa possui maior poder de generalização dos experimentos científicos do que a
qualitativa.

A coleta de dados se deu por pesquisa nos bancos nos meses de Outubro,
Novembro e Dezembro de 2009, buscando informações relativas às taxas de juros, valores
que poderão ser emprestados e prazos de pagamentos para os interessados, As
informações solicitadas nos bancos forma:

2. As condições e os documentos necessários para a aquisição de um empréstimo;


3. As formas de contratação (directamente na agência, internet, terminais de auto
atendimento etc.);
4. Crédito pessoal sem direcionamento: modalidade na qual o cliente não necessita
informar ao banco o destino dos recursos emprestados, seus prazos e taxas de
juros;
5. Crédito pessoal consignado: modalidade também sem comprovação da destinação
dos recursos, porém, a grande diferença é que a prestação é debitada inicialmente
pela empresa empregadora, directamente no contra cheque do funcionário e
posteriormente, concomitantemente, é repassado ao banco para quitação, seus
prazos e taxas de juros.
Os bancos não foram tratados for seus verdadeiros nomes, em virtude de não terem
o interesse de divulgar abertamente para sua concorrência suas taxas, prazos e sistemas
que utilizam para efectuar empréstimo à pessoa física nos empréstimos sem
direcionamento e consignado.
Foram escolhidas três instituições financeiras, por motivo de se disporem a
responder a pesquisa e por tratar-se de bancos privados, do governo e cooperativa de
crédito, não sendo necessariamente nessa ordem tratados no estudo. Receberam os nomes
de Banco A, Banco B e Banco C.

2.4- Garantias Apresentadas pelo Cliente no Momento da Concessão de Crédito


Para diminuir os riscos na operação de crédito é necessário ter garantias do lado
do tomador, cada instituição tem seus tipos de garantias que entende ser melhor para
determinada operação reforçando sua segurança nas operações concedidas,
SCHRICKEL, (2009), defende este ponto de vista, e adiciona que nem todo tipo de
garantia é relevante para instituição que fez o empréstimo.
PEREIRA (2000), afirma que mesmo a garantia não sendo a fonte primária de
pagamento ela tem grande influência na definição do tipo de crédito, como prazo de

xx
vii
pagamento e limites de crédito. As garantias também estão ligadas a liquidez, quanto mais
rápido elas se transformarem em dinheiro por um valor justo mais que esta garantia irá
valer para o credor.

A garantia tem papel influente na decisão do crédito, mais segundo BLATT


(1999), não se pode conceder um crédito apenas baseado nas garantias oferecidas. Se a
operação for dependente apenas das garantias o risco da operação é muito elevado, deve
se prestar maior atenção a capacidade do cliente de pagar a dívida na data pré-
estabelecida.

As instituições dão maior valor a garantias com grande liquidez como acções na
bolsa, CDBS, duplicatas, custódia de ouro e títulos federais, mas não é porque a empresa
tem essas garantias que se podem eliminar o risco, há o risco de falência da empresa,
ilícito penal, impugnação por outros credores e vícios de origem.

2.4.1- Tipos de Garantias


Em muitas situações antes de se conseguir um crédito é preciso comprovar que
existem condições de pagar a dívida. Essa garantia diminui o risco da operação, e é uma
forma de criar proteção interesses do credor, em caso de não pagamento do devedor.
Existem dois (2) tipos de garantias, intrínsecas e as acessórias;

1) Garantias Intrínsecas: é tudo está relacionada com leis, de acordo com o Código
Comercial nos componentes dos contratos, o empregador é responsável pelo pagamento
do bem ou serviço adquirido. Por vezes essas pessoas não têm consciências disso, mas
quando pedem dinheiro emprestado têm a obrigação de o devolver acrescidos dos juros,
custos e comissões previamente acordados e estes empréstimos ocorrem frequentemente,
mais apenas para pequenas quantidades de dinheiro.
2) Garantias Acessória: constituem garantias acessórias, os mecanismos de reforço
das garantias intrínsecas, assim a instituição financeira de modo a proteger-se perante
prováveis incumprimentos.
As garantias acessórias estão constituídas por:

 Penhor: no penhor se entrega um objeto móvel para a garantia da dívida ao credor.


Em alguns casos, o objeto é mantido na posse do devedor, mas um documento é emitido
indicando a posse exclusiva do credor. Caso a dívida não seja quitada no prazo previsto,
o credor (instituição financeira) - recebe a posse definitiva.

O termo penhor é diferente de penhora. O primeiro é a garantia entregue e o segundo


é ato judicial em que se apreende os bens do devedor do apreendidos até dívida ser
quitada.
 Hipoteca: na hipoteca, o credor tem um direito real sobre um bem imóvel (casa,
residências, apartamentos, terrenos, salas comerciais), nesta modalidade, o devedor se
mantém na posse do bem, mais só readquire a propriedade definitiva após o pagamento
integral da dívida. A quitação parcial da dívida não garantia a exoneração do bem

xx
vii
i
hipotecado e a hipoteca só terá validade se estiver validada no cartório de registo de bem
móvel.
 Alineação Fiduciárias: normalmente nos financiamentos de bens móveis é
exigida a transferência da propriedade de um bem móvel a instituição credora, apesar de
a posse ser mantida com o devedor. A propriedade desse bem é devolvido
automaticamente quando a dívida for pago integralmente.
 Anticrese: apesar de ser um instituto pouco utilizado, o credor tem direito
limitado sobre um bem do devedor. Durante a existência da dívida o credor o usufruidor
do bem, ao final abate do valor da dívida. O credor não tem nem a posse nem a
propriedade do bem, mas dos rendimentos dele.

Em qualquer um dos casos, a garantia é apenas uma obrigação acessória à principal,


que é a dívida, portanto, com o pagamento, os bens deverão ser devolvidos aos antigos
devedores.

2.4.2- Finalidade das Garantias


Define-se garantia, conforme o WESTON (2000), em seu aspecto de risco, como a
vinculação de uma responsabilidade convencível em numerário que assegure a liquidação
do empréstimo. A finalidade da garantia, como diz SANTOS (2000), é evitar que factores
imprevisíveis, ocorridos após a concessão de crédito, impossibilitem a liquidação do
empréstimo. Estes factores são de natureza sistemática ou externa actividade da pessoa
física ou da empresa, podendo ser resultante de medidas Governamentais, concorrenciais,
climáticas ou acidentais.
As garantias bancárias têm como finalidade garantir a execução de obrigações
assumidas pelo cliente (ordenador), perante terceiro (beneficiários). Tem como vantagens
a substituição a da constituição de um depósito de caução a favor do beneficiário, evitando
a imobilização de uma parte do fundo de maneiro do cliente, tendo um custo associado
reduzido.
Poderá ser também uma alternativa barata para empresas excedentárias, optimizando
a rentabilização das disponibilidades, para transmitir maior confiança aos paceiros
comerciais nos negócios da sua empresa, o banco assume o compromisso por parte do
devedor.

2.5- Avaliação do Crédito


Avaliação do crédito é um processo organizado para analisar dados, de maneira a
possibilitar o levantamento das questões certas acerca do tomador do crédito. “Este
processo cobre uma estrutura mais ampla do que simplesmente analisar o crédito de um
cliente e dados financeiros para a tomada de decisão com propósito creditícios” (BLATT,
999, P.39).
Análise subjetiva do tomador do crédito é importante, visto que através da
experiência do agente de crédito é possível identificar factores de caracter, capacidade,
capital e condições de pagamento. Porém, essa análise não pode ser realizada de maneira

xx
ix
aleatória, é preciso estar embaçada em conceitos técnicos que irão guiar a tomada de
decisão.

Algumas empresas de pequeno porte não dispõem de capacidade de capacidade


financeira para manter um analista de crédito, por isso tem surgido empresas que podem
dar um suporte a esses empreendedores, visando a diminuição das perdas financeiras com
a inadiplência. Todos os processos descritos a baixo, são feitos por essas empresas e em
seus relatórios com os resultados da análise de crédito.

2.5.1- Fases de Aprovação do Crédito

1ª Fase Inicial
O cliente analisa as propostas, escolhe o que é melhor se adqua ao seu perfil
bancário e o cliente solicita as listas dos documentos referente à operação de crédito que
pretende aderir e a instituição financeira, aguarda a entrega dos documentos do cliente.

2ª Fase Inicial
 Fase de Preenchimento do Formulário;
O cliente preenche o formulário e entrega no balcão da sua instituição financeira, o
formulário preenchido pelo cliente formula as propostas personalizadas para as suas
necessidades.

3ª Fase Inicial

Análise do Perfil Bancário do Cliente;


A instituição financeira, após analisar a documentação do cliente e aprovar a sua
situação financeira, o banco diria se ao cliente está apto ou não até ao seu processo
continuado. Com a provação do banco, o analista de crédito envia a carta de crédito ao
cliente, formalizando a aprovação do seu crédito. E depois, o cliente assina o documento
que a testa que está apto para o processo.

a) No caso da compra de um imóvel:

A instituição financeira solicita os documentos referentes ao imóvel e ao


responsável pela venda. Caso o cliente opte pela utilização de um fundo que apoia um
determinado projecto na sociedade, o banco também requer a documentação pertinente
ao fundo para formalizar o crédito de forma convincente. E o cliente deve evitar ao banco
que lhe foi solicitado o analista de crédito encaminha os documentos ao sector jurídico
do banco.
b) Análise Jurídica:
A instituição financeira: após analisar a documentação do imóvel e do responsável
pela venda, o banco diz que o processo terá continuidade e elabora a minuta do contrato.
Com a aprovação do banco, os documentos e os valores da aprovação encaminham para

xx
x
o cliente com a minuta do contrato de financiamento mobiliário para ser reconhecido no
notário.

O cliente aguarda a emissão da minuta do contrato e do documento com os valores


da operação para, então, confirmar ciência dos valores da operação e avaliar a minuta.

 Assinatura do contrato
A instituição financeira: emite o contrato;

O cliente assina.

 Registo em Cartório
Cliente: leva o contrato a um cartório para registar;

 Instituições financeiras: com o contrato regista, direcciona o capital ao


responsável pela venda (KWASINA, IMAGU, 2018, p39).

xx
xi
Apreciações finais
Não peça um crédito sem primeiro considerar as vantagens e as desvantagens de um
crédito bancário. As principais vantagens do crédito bancário podem tornar esta solução
financeira tentadora, mas as desvantagens de um crédito bancário podem trazer
consequências nefastas para o seu assinante.
Endividamento: por mais facilidade que um crédito bancário permita, ele pode conduzir
o seu assinante ao endividamento. Ele pode ser o descalabro de uma pessoa, de uma
família ou de uma empresa.
Custos: os custos de um crédito são elevados. É bom ter o dinheiro ou o bem na mão no
momento, mas é necessário pagar o mesmo com juros pesados. Além dos juros existem
comissões a pagar pelo empréstimo. Quem quiser pagar o empréstimo com antecedência
também tem de pagar uma pequena percentagem por isso.
Burocracia: uma das grandes desvantagens dos empréstimos bancários é a sua difícil
obtenção, a menos que uma pessoa ou empresa tenha um bom histórico ou garantias. O
trabalho de pedir um crédito bancário pode sair por terra, caso o cliente não apresente
boas condições financeiras. Nestas situações a solução para obter crédito passa muitas
vezes por recorrer a empresas privadas que concedem créditos imediatos.

xx
xii
Referências

xx
xii
i
Índice

Dedicatória…………………………………………………………………………….…I
Agradecimento…………………………………………………...……………….……..II

EPÍGRAFE………………………..……………………………………………………III
Lista de Abreviaturas…………………………………………………………...………IV
Resumo…………………………………………………………………………………V
ABSTRACT……………………………………………………………...……………………..VI

SUMÁRIO…………………………………………….………………………………VII

INTRODUÇÃO…………………………………………………………………...……01
0.1-PROBLEMÁTICA……………………………………………..………………….02
0.2-HIPÓTESE……………………...………………………………………………….02

0.3-JUSTIFICATIVA……………………...………………………………...…………03
OBJETIVO DO TRABALHO…………………………………………….……………03

0.4.1-OBETIVO GERAL……………………...……………………………………….03
0.4.2-OBJETIVO ESPECIFICO……………………...……………………………..….03

0.5-MÉTODOLOGIA E TÉCNICAS……………………...……………………..…….03
0.5.1-MÉTODOS UTILIZADOS……………………...……………..……………..….03
0.5.2-TÉCNICAS UTILIZADAS………………………...…………………………….04

0.6-ESTRUTURA DO TRABALHO……………………………………..……………04
CAPÍTULO I- ABORDAGEM TEMÁTICA
PRELIMINAR……………………………………………………………………...…..05

1.1-DEFINIÇÃO DE CONCEITOS………………………………………...………….05
1.1.1-CRÉDITO……………...…………………………………………………………05
1.1.2-BANCO…………………………………………...…...…………………………05
CAP. II- ABORDAGEM EXPLICATIVA SOBRE O CRÉDITO
BANCÁRIO…………………………………………………………………………....06

2.1- CRÉDITO BANCÁRIO……………………………………..…………………….07


2.2-ELEMENTOS ESSENCIAIS DO CRÉDITO…………….………………………..07

2.3-TIPOS DE CRÉDITO………………………….…………………………………..07
2.4-O DEPARTAMENTO DE CRÉDITO……………………………………………..08

xx
xi
v
2.5-CONCESSÃO DO CRÉDITO………………..……………………………………09

2.6-COMPONENTES DO RISCO DE CRÉDITO…………………………………….09


2.7-TAXAS DE JURO E RISCO………………………….……………………………11

2.8-ANALISE DO CRÉDITO BANCÁRIO……………………...…………………….12


2.9-PROCESSO DE INICIAÇÃO DO CRÉDITO…………….……………………….12
2.1.1- PROCESSOS DE ANÁLISES DE CRÉDITO……………………..……………13

2.1.2- ELEMENTOS A SEREM CONSIDERADOS NA CONCESSÃO DE


CRÉDITO…………………………………………………................................………14
2.1.3- REQUISITO PARA A CONCESSÃO DO CRÉDITO………………..…………15

2.1.4- DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A CONCESSÃO DO


CRÉDITO………………………………………………………………………………16

2.1.5- A POLÍTICA DO CRÉDITO COMO ESTRATÉGIA PARA REDUZIR A


INADIMPLÊNCIA………………………………...…………………………………..16
2.1.6- TIPOS DE RISCO DE CRÉDITO………………………..………………….17

2.1.7- MÉTODOS PARA AVALIAR O RISCO DE CRÉDITO………………………18


2.1.8- TIPOS DE GARANTIAS…………………………………………………….….21
2.1.9- FINALIDADE DAS GARANTIAS…………………………………………..…22
2.2.1- AVALIAÇÃO DO CRÉDITO………………………..………………………….22
2.2.2- FASES DE APROVAÇÃO DO CRÉDITO………………………..……………24

3-CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………….………………………………..25
REFERÊNCIAS………………………………………………………………………..26

xx
xv
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) AMARAL, Marco: Tipos de Riscos na Actividade Bancária, 2ª Edição,
Editora, Lisboa 1997
2) BERNI, Mauro Tadeu: Operação e Concessão Créditos: Os Parâmetros Para
Decisão de Crédito, São Paulo: Atlas 1999.
3) BLATT, Adriano, Avaliação de Risco e Descrição de Crédito, Editora, São
Paulo: Nobel, 1999.
4) DUANE, Cardoso Maia: A importância da análise de crédito no controlo da
inadimplência, rio de Janeiro 2012.
5) CARVALHO, P.V.: Fundamentos de gestão de crédito, Edição, Lisboa:
Silabo, 2009.
6) CAUOETE, Altman, NARAYANAN, Paul: gestão de risco de crédito: o
próximo grande desafio financeiro, 1ª Edição, Editora, Rio de Janeiro,
1998.
7) KWASINA Mbele: Material de apoio de Análise de crédito financiamento e
investimento, 10ª Clase IMAGU, 2017.
8) IDEM, IBIDEM, 11ª Classe, 2018.
9) SANTOS, José Odálio: análise e decisão de crédito: empresas e pessoas
físicas, editora: São Paulo, Altes, 2000.
10) SHRICHEL, Wolfgong Kurt: análise de crédito, concessão e gerência de
empréstimos 3ª Edição, editora são Paulo Altes 1998.
11) DEPRESSA Lendula, Isabel: estudo da capacidade creditícia, monografia,
2020.

WEB SITES
Http// www.abanc.ao/sistemas-financeiro/instituições autorizadas. Accessado em
03/05/2024

Http// www.capacidade.crediticia.pt/. Acessado aos 03/04/2024

Http// www.metodologiasda capacidade creditícia.pt/. acessado em04/05/2024

xx
xv
i
xx
xv
ii

Você também pode gostar