Contablidade Bancária.
Contablidade Bancária.
Contablidade Bancária.
i
Agradecimento
Agradecemos primeiramente a Deus pai todo poderoso pela bênção, proteção,
capacidade, saúde e inteligência que tem nos dados dias pois dia.
Agradecemos a todos os professores, directores e todo elenco colaborativo do ISPNE por
nos proporcionar bom ambiente estudantil e nos passarem os seus conhecimentos e de
forma especial o nosso orientador mestre Cananito.
ii
EPÍGRAFE
(Augusto Cury)
iii
Lista de Abreviaturas
iv
Resumo
O crédito continua a ser, de longe, o negócio mais importante da banca e, sem qualquer
dúvida, continuará a sê-lo por muitos anos no futuro. Hoje em dia afirma-se, e com plena
razão, que os bancos são instituições fornecedoras de serviços financeiros aos agentes
económicos, o que é verdade. Esses serviços englobam a disponibilização de pacotes de
serviços, que designamos de “produtos bancários”, através de redes de distribuição
variadas, com maior ou menor grau de especialização, de acordo com os segmentos de
mercado que procuram servir.
todavia importante não esquecer que, de entre os vários serviços prestados, o da
disponibilização de fundos a crédito é aquele que continua a ter maior relevância, mas
existem outras formas de obter financiamento, como o autofinanciamento e o mercado de
capitais (interno e externo).
O crédito é o processo pela qual um cliente solicita o empréstimo junto à instituição
financeira, uma vez que consiga este valor, concedê-lo-á um financiamento, quando
necessita ter a partir deste valor os benefícios futuros, chamá-lo-á investimento. Este
percurso dos valores concedidos passa pela análise de crédito, financiamento e
investimento, (KWASINA, IMAGU, 2017).
v
ABSTRACT
Credit continues to be, by far, the most important banking business and, without any
doubt, will continue to be so for many years to come. Nowadays it is said, and with
complete reason, that banks are institutions that provide financial services to economic
agents, which is true. These services include the provision of service packages, which we
call “banking products”, through varied distribution networks, with a greater or lesser
However, it is important not to forget that, among the various services provided, the
provision of funds on credit is the one that continues to be most relevant, but there are
other ways of obtaining financing, such as self-financing and the capital market (internal
and external) .
Credit is the process by which a customer requests a loan from the financial institution,
once they obtain this value, they will grant financing, when they need to obtain future
benefits from this value, they will call it investment. This path of the amounts granted
goes through credit, financing and investment analysis, (KWASINA, IMAGU, 2017).
vi
SUMÁRIO
CAPITULO I- Abordagem temática preliminar
vii
INTRODUÇÃO
Por um lado, as principais vantagens do crédito bancário existentes dizem-lhe para
avançar com o crédito. Por outro, as desvantagens do crédito bancário deixam-no com
um pé atrás em relação ao mesmo.
O crédito bancário tem várias vantagens, dentro delas destacamos as seguintes:
Acesso imediato ao dinheiro: o dinheiro custa para ganhar. Ele exige tempo e esforço.
Um crédito permite o acesso rápido ao dinheiro, podendo-se responder assim algumas
necessidades urgentes. A principal vantagem do crédito reside aqui: injetar a conta
bancária da pessoa, que pode estar com dificuldades em respirar.
Organizar a vida financeira: tendo uma injeção de capital, a pessoa pode organizar melhor
a sua vida financeira, gerindo as despesas com lhe for mais conveniente.
Estimulo ao consumo e produção: os empréstimos quer a empresas, quer a particulares,
colocam em marcha as roda da economia, impulsionadas pelo motor do investimento.
Pode não ser uma vantagem directa para o consumidor, mas não deixa de ter a sua
importância.
vii
i
Problemática
Hoje em dia existe várias razões pelos quais as empresas e pessoas singulares para
pedirem crédito nas instituições bancárias, assim sendo o presente trabalho, tem como
problema refletir sobre os créditos bancários.
Neste contexto efeituou-se algumas questões baseando-se no tema para melhor apreciar-
se o caso em estudo. Dentre as várias questões efetuou-se as seguintes:
HIPÓTESE
Ricardo (2009), a hipótese é uma suposição das respostas antecipadas a um problema,
uma vez feita análise, estamos capazes de apresentar as nossas respostas que será
confirmada ou não na conclusão. Com os problemas levantados levou-nos as seguintes
hipóteses:
1º talvez seja necessário analisar a capacidade creditícia dos clientes para se evitar os
riscos de inadeplência;
2º talvez o banco para conceder o crédito utiliza os seguintes procedimentos: conhecer o
rendimento do cliente, a taxa de esforço, o histórico do cliente e o valor estimativo a
reembolsar;
ix
JUSTIFICATIVA
Visto que análise de crédito, financiamento e investimento têm como objetivos avaliar o
potencial de retorno no tomador de crédito, garantindo a identificação de clientes com a
capacidade de liquidez, ou seja, avaliar o valor máximo com que o cliente pode se
comprometer para honrar a sua divida. Sabendo que o tema é de extrema importância no
mundo económico e financeiro, achamos convenientes explanar sobre o tema na
sociedade acadêmica de modo a proporcionarmos mais sobre o conhecimento na temática
dos créditos bancários.
Outro sim, achamos o tema de suma importância para podermos abordar sobre a
capacidade creditícia do cliente de modo a termos mais confiança no cliente no momento
do reembolso da sua dívida.
OBJETIVO DO TRABALHO
ZASSALA (2013), define que os objetivos são metas ou finalidades que se pretendem
alcançar numa determinada investigação, devem ser definidas de forma clara e precisa.
Assim sendo o nosso trabalho está composto por dois objetivos, Geral e Específicos; Dos
quais temos:
Objetivo Geral
Investigar de forma profunda sobre os créditos bancários;
Objetivo especifico
Dar a conhecer a capacidade de um cliente para lidar um crédito;
MÉTODOLOGIA E TÉCNICAS
Sendo certo que para realização de um trabalho cientifico é necessário o uso de certas
metodologias e técnicas, em suma, método é o processo racional para chegar a um
determinado fim ou escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação
de fenómenos. As técnicas são conjuntas de processos que acompanham os
conhecimentos científicos e são utilizados na investigação e na transformação da
realidade. VASCONCELOS (1999).
MÉTODOS UTILIZADOS
Para a realização deste trabalho utilizamos os seguintes métodos:
Método Bibliográfico: permitiu-nos consultar livros, sites e monografias que relatam
sobre o tema em estudo.
Método Descritivo: permitiu descrever a capacidade creditícia.
x
Técnicas Utilizadas
para a realização deste trabalho utilizamos a seguinte técnica:
Técnica Documentária: esta técnica permitiu analisar sistematicamente os documentos
relativos ao desenvolvimento do tema.
ESTRUTURA DO TRABALHO
Para além da introdução e das considerações finais o trabalho compreende os seguintes
capítulos:
Capitulo I
Capitulo II
xi
Cap.I- Abordagem Temática Preliminar
Segundo SCHRICKEL (2000), todo valor a ser concedido como crédito deve ser próprio,
pois não é possível ceder algo que não lhe pertence sem o devido consentimento do seu
proprietário.
O crédito não significa apenas conceção de patrimónios. Pois é, é uma relação de
confiança entre duas partes. A empresa deve ceder créditos a um cliente, que vai adqurir
produtos e serviços, porém deve também fazer concessões e acreditar que sem os
fornecedores não irão deixar de cumprir as suas obrigações CENTA, (2004).
SELAU (2008), afirma que o crédito é um ato de vontade ou disposição de alguém ceder,
temporariamente, parte dos seus patrimónios a um terceiro, com a expectativa de que esta
parcela voltará a sua posse, integralmente depois de decorrido o prazo previamente
estipulado.
SILVA (1997), faz a seguinte observação a respeito do crédito:
O termo banco deriva da palavra latina (banco) que significa mesa. Inicialmente o
banqueiro era essencialmente um cambista que trabalhava através da mesa de uma onde
dispunha as moedas para as trocas.
xii
Cap. II- Abordagem explicativa sobre o crédito bancário
Um crédito pode ser caracterizado essencialmente por quatro elementos: a sua duração, o
uso ao qual se destina, a natureza dos recursos que servirão para o reembolso e as
garantias que o envolvem. Perante uma situação de ausência de poupanças próprias, que
se designa por autofinanciamento, quaisquer que sejam os agentes económicos
envolvidos no projecto (particulares, empresas e sector público estatal), é necessário
suprimir a insuficiência de fundos com fundos poupados por outros agentes, por conta
dos recebimentos ligados às receitas que os projectos de investimento irão proporcionar.
Poderemos, então, dizer que existe uma situação de equilíbrio teórico da economia,
traduzido pela igualdade entre o investimento realizado e a poupança, a qual pode ser
proveniente de outros aforradores, inclusive de outras economias.
Naturalmente que a captação de recursos e a concessão de crédito de bom risco são
componentes essenciais para a avaliação de grandeza das instituições, o que origina uma
agressividade, no bom sentido da palavra, na captação de novos clientes e satisfação dos
clientes tradicionais. Costa (1996) refere que a preocupação generalizada é controlar e
evitar o crescimento de crédito malparado, que tem atingido valores significativos em
todas as instituições. A obtenção por parte da banca de garantias adequadas a cada tipo
xii
i
de operação é fundamental para minimizar o risco. E de facto, verifica-se que na
instituição onde foi realizado o estudo, é analisado de forma muito cuidadosa as propostas
de crédito, e que exigem aos clientes boas garantias de forma a evitar crédito malparado.
Confiança;
Risco;
Tempo;
Juro.
A confiança é o elemento determinante de todas as manifestações de crédito que emergem
da prática dos numerosos actos da vida corrente.
O risco é determinante no crédito e traduz a impossibilidade de saber o futuro. Por maior
que seja a confiança que o credor deposite no devedor, não há nunca a certeza de que este
último, no respectivo prazo, liquide ou honre os seus compromissos. O juro resulta da
própria noção do crédito como compensação recebida pelo credor por não dispor do
objecto da relação estabelecida com o devedor durante o tempo acordado.
Como refere Costa (1996), o juro é o preço que o devedor fica obrigado a pagar pela
concessão do crédito, em função do respetivo prazo e risco. As taxas de juro podem ser
indexadas ou fixas. As taxas de juro indexadas podem variar ao longo da operação,
dependendo de variações registadas nos indexantes e a taxa de juro fixa mantêm-se
inalterada durante toda a vida da operação. Por último, temos o tempo, que envolve a
ideia de que a concessão de crédito nunca é simultânea com o seu reembolso, acontecendo
que, quanto maior é o prazo concedido, maior terá de ser a confiança do credor na pessoa
do devedor e, inevitavelmente, maior o risco.
Ao conceder o crédito, o banco deverá, então, acordar com o devedor o prazo findo o
qual este deverá proceder ao seu reembolso, vejamos os conceitos da tabela nº 8, que
evidencia de acordo com o período de duração, as diferentes classificações de crédito.
Tipos de crédito
Crédito a curto prazo: deve financiar o capital circulante das empresas e o consumo dos
particulares.
xi
v
Crédito a longo prazo: é utilizado no financiamento da formação bruta de capital fixo,
como, por exemplo, a aquisição de habitação própria, no caso dos particulares, a
instalação de uma unidade siderúrgica ou um empreendimento mineiro, no caso de
empresa, entre outros.
O departamento de crédito
É dirigido pelo gestor de crédito, que será o responsável pelo planeamento, organização,
gestão e controlo de todas as actividades que envolvam o processo de concessão de
crédito e de cobrança.
Entre as principais responsabilidades do gestor de crédito destacam-se, segundo Batista
(1995):
Concessão do crédito
Como refere Menezes (1999), gerir uma empresa é revelar uma constante preocupação
por três parâmetros essenciais: a rendibilidade, a segurança (risco global) e o ritmo de
crescimento.
Segundo Gaspar et al. (1973:117) “o crédito bancário é a operação pela qual o Banco põe
uma soma determinada à disposição do beneficiário do crédito ou devedor, contra a
xv
promessa deste último lhe pagar os juros convencionados e de lhe restituir, na data fixada
para o reembolso, a importância equivalente à que havia sido fornecida”.
De acordo com Davis (1992:125) “a actividade bancária baseia-se na arte de gerir o risco.
Tradicionalmente, assume-se sob a forma de contrapartida ou risco de crédito e o símbolo
de força de um banco é geralmente a sua experiência em termos de qualidade na
concessão de empréstimos. Mais recentemente, o risco da taxa de juro, dos câmbios e de
liquidez passou a assumir um papel mais preponderante, a partir do momento em que os
bancos decidiram tomar posições mais avançadas nestas áreas, com o objectivo de
aumentar a sua rendibilidade. Ainda mais recentemente, o grau de adequação na obtenção
de fundos tornou-se um aspecto de importância crucial para os bancos vocacionados para
os negócios das empresas”.
E quanto ao risco, Silva (2006:13) refere que este “está associado à possibilidade de
ocorrência de acontecimentos incertos ou aleatórios, que definem estados de natureza; é
xv
i
determinado pela variabilidade do valor esperado, em função da ocorrência desses
acontecimentos”.
Os riscos na actividade bancária, de acordo com Silva (2006), dividem-se em dois grandes
grupos:
1. Riscos financeiros;
2. Riscos operacionais.
O risco financeiro é composto por um conjunto de riscos associados:
a. Risco de crédito;
b. Risco de mercado;
c. Risco da taxa de juro;
d. Risco cambial;
e. Risco de cotações e índice de acções;
f. Risco de liquidez.
O risco de crédito inclui todos os riscos em que uma instituição incorre devido à
possibilidade de incumprimento ou cumprimento com mora de um pagamento por parte
de um devedor em qualquer altura do tempo. Os riscos de mercado advêm da
possibilidade de ocorrerem perdas mediante movimentos desfavoráveis no mercado, é o
risco de perder, resultante da mudança ocorrida no valor percebido do instrumento.
O risco da taxa de juro é o impacto nos resultados (na margem financeira) e na situação
líquida, motivado pela descida no valor de mercado dos activos e passivos de um banco,
que podem ocorrer devido a variações (positivas ou negativas) das taxas de juro do
mercado. O risco cambial inclui o risco de as taxas de câmbio evoluírem de modo a
conduzirem a movimentos desfavoráveis dos contravalores em moeda doméstica dos
activos e das responsabilidades denominados em moedas estrangeiras.
O risco de cotações e índices é o risco de as cotações dos títulos de capital evoluírem de
modo a conduzirem a movimentos desfavoráveis no valor daqueles títulos. O risco
operacional é definido como o risco das perdas directas ou indirectas resultantes de
inadequados processos de operação ou de falhas humanas, legais, informáticas, de
procedimentos ou ligadas a causas externas.
Face ao mencionado, um indicador usado para minimizar a ocorrência do risco é o rating
(ou notação), o qual consiste num “processo que permite aferir da probabilidade de
incumprimento por parte da entidade emitente, ou seja, da ausência de pagamento
atempado dos juros e do capital, medindo, por conseguinte, o risco de crédito. Assim,
xv
ii
quanto mais elevada for a probabilidade de a emitente vir a cumprir o serviço da divida,
melhor será o rating da empresa” (Cruz, 1995:148).
Outro indicador para minimizar o risco é o scoring, que segundo Caiado (1998) trata-se
de um método que consiste na utilização de uma técnica de base estatística cujo objectivo
é sintetizar o grau de incumprimento num crédito através de uma nota classificava (score).
Poder-se-á dizer que num negócio bancário de pura intermediação a capacidade do Banco
para avaliar correctamente o serviço da divida (pagamento de juros e reembolso de
capital) é um factor crítico de sucesso, na medida em que condiciona o sucesso desse
Banco no mercado.
Num financiamento sem quaisquer garantias especiais, o Banco incorre em risco de
crédito, uma vez que, por mais que acredite na empresa ou no particular e na sua
capacidade de reembolso, existe sempre alguma probabilidade de incumprimento,
ocorrendo informação assimétrica.
Para fazer face ao risco existem garantias bancárias, que são uma forma de diminuição
do risco, pretendendo-se que:
Para além das garantias que serve para minimizar o risco, existe a Central de
Responsabilidades de Crédito (CRC) que tem como principal objectivo apoiar as
entidades participantes na avaliação do risco da concessão de crédito. Para o efeito, estas
entidades podem aceder à informação agregada das responsabilidades de crédito de cada
cliente no conjunto do sistema financeiro. A CRC contém informação sobre
responsabilidades de crédito contraídas no sistema financeiro, independentemente de se
encontrarem em situação regular (informação positiva) ou em incumprimento
(informação negativa).
xv
iii
comparativamente a um emitente de risco mínimo) exigido pelo obrigacionista” (Alves,
1996:34).
Em relação ao risco de taxa de juro, este “respeita ao efeito que a alteração do nível das
taxas de juro provoca no preço das obrigações. Em equilíbrio o preço de uma obrigação
é igual ao valor actual dos cash flows futuros por ela gerados (juro e amortização),
alterando-se as taxas de juro a que se desconta para cada um desses cash flows, ceteris
paribus, altera-se o preço da obrigação, gerando-se, consequentemente, ganhos ou perdas
de capital para o seu detentor” (Alves, 1996:35).
xi
x
está presente em qualquer empréstimo, coloca-se de forma mais visível e é compensado
por uma taxa remuneratória. A devolução do empréstimo é uma expectativa envolvida
por uma série de cautelas e procedimentos devidamente documentados na forma
apropriada, os quais permitem, em última análise, assegurar a reintegração de posse da
coisa emprestada pela via coercitiva (a qual, idealmente, jamais deveria ser a forma para
reaver algo que pertence aos clientes).
SCHRICKEL ainda comenta que em qualquer situação de concessão de empréstimo há
basicamente três etapas distintas a percorrer:
a) Experiencia adquirida;
b) A disponibilidade de informações;
c) A sensibilidade de cada analista quanto à aprovação do crédito.
xx
Através da experiência do agente o crédito é possível identificar fatores de carácter,
capacidade, capital e condições de pagamento. Porém, essa análise não pode ser realizada
de maneira aleatória, é preciso estar embaçada em conceitos técnicos que irão guiar a
tomada de decisão.
Diante da diversidade que encontramos no mercado de crédito hoje, aplicado aos vários
seguimentos de economia, faz-se fundamental entender alguns aspectos, como a
metodologia usada para a sua concessão, os diversos tipos de financiamento e
empréstimos, suas particularidades e ainda, o que esta implícito em cada análise.
A confiança;
O tempo;
O risco;
Os juros.
xx
i
Montante: o montante do crédito solicitado pelo proponente está directamente
ligado à finalidade do crédito e determina-se em função do valor do bem adquirir e das
necessidades do cliente. Deve ser justificado por necessidades efectivas e limitado a essas
necessidades, sem o que abre a possibilidade a excessos que poderão ocasionar prejuízos,
o crédito para investimento é normal o banco não conceder 100% do valor do objeto ou
do serviço que constituem a finalidade do pedido do cliente.
Prazo de reembolso: o prazo de reembolso do empréstimo fica definido no início
do contrato, sendo este também definido em virtude do tipo de finalidade do empréstimo.
Estabelecendo a periocidade do mesmo. O reembolso do empréstimo será a amortização
do capital em dívida.
A Garantia: é um dos elementos essenciais na contratação de um empréstimo
bancário, pois sem elas o banco não tinha formas de recuperar o capital cedido em caso
do incumprimento.
Para um banco lhe emprestar dinheiro precisa de uma garantia que o vai recber de
volta, apesar de serem utilizadas as hipotecas ou avais, o negócio dos bancos é dinheiro
e não são casas, nem carro, logo o que quer de si é dinheiro não são as chaves do seu
apartamento.
As garantias podem ser reais ou pessoais. As garantias reais implicam bem, sejam
eles imóveis ou transacionáveis como as penhoras de título financeiro. As garantias
pessoais são as garantias não palpáveis, como por ex, temos:
A val, fiança e consignação de rendimentos. O banco só empresta dinheiro a quem
confia que no futuro paga as prestações do crédito atribuído, através do reembolso dos
capitais dos respectivos juros (CARVALHO, 2009).
A idade do candidato;
Nacionalidade;
Experiência ou formação profissional no domínio do negócio;
Não ter crédito em nenhum banco. (KWASINA, IMAGU, 2017).
A Capacidade: é a possibilidade que um indivíduo tem para responder aos seus
compromissos. Parte do princípio que o cliente proponente da operação bancária tem
capacidade jurídica para assumir, cabe ao banco averiguar e ponderar se o proponente
tem capacidades para honrar os compromissos que pretende assumir junto do banco.
Considera-se uma boa operação, aquela que seja viável para o banco e para o próprio
cliente na análise da capacidade do devedor para assunção do crédito, reveste-se de
grande importância a avaliação do risco pessoal, risco profissional e do risco geral.
xx
ii
Risco Pessoal: tem a ver com as virtudes do próprio devedor e, por isso, a sua
determinação deve atender: a sua honorabilidade, a sua situação económica e financeira,
ao seu profissionalismo, ao seu património e se estar ou não onerado, aos montantes de
capitais próprios envolvidos na sua actividade.
Risco Profissional: resulta da conjuntura do sector de actividade económica em
que se situa o devedor.
xx
iii
Segundo CARVALHO (2009), a política de crédito expressa o conjunto de
normas de índole comercial, financeira e operacional, segundo a qual se deve reger a
gestão de crédito de uma dada organização, e que representa a base de actuação para
concretizar os objetivos que essa organização atribui ao investimento com o crédito a
cliente.
A política de crédito estabelece algumas normas que devem ser seguidas para que
seja padronizado o serviço de crédito de uma instituição. Conforme SILVA (1998),
política de crédito é:
Prazo de crédito: tempo dado aos compradores para que paguem suas contas;
Padrões de crédito: referem-se à capacidade financeira mínima dos clientes a
prazo aceitáveis e à quantia de crédito disponível para os diferentes clientes;
Política de cobrança: é medida pelo seu rigor ou maleabilidade na cobrança das
contas com pagamentos atrasados;
Descontos: dados para pagamentos antecipado, incluindo o valor do desconto a
prazo.
Para LEONI (1997), “as políticas de crédito são instrumentos que medem a
performance global de determinada empresa/grupo, sendo conclusiva para a tomada
de decisão final.”.
xx
iv
O autor ainda explica que os riscos de crédito se dividem em dois, ou seja, os
riscos internos da empresa e os externos. Dentre os riscos internos estão: riscos
ligados à produção e o produto; riscos ligados à administração da empresa; riscos
ligados ao nível de actividade; riscos ligados à sua estrutura de capitais; riscos ligados
à falta de liquidez ou mesmo insolvência.
Já nos riscos externos encontram-se riscos ligados a medidas políticas e
económicas; riscos ligados aos fenómenos naturais e a eventos imprevisíveis; riscos
ligados ao tipo de actividade; riscos ligados ao tipo de operação de crédito.
Deste modo, para CARVALHO (2009), existem dois (2) métodos primordiais de
avaliação de risco de crédito a avaliação casuística e a avaliação automática.
Avaliação Casuística
Este tipo de avaliação é considerado subjetivo, uma vez que o analista o efectua
manualmente mediante a sua interpretação, experiência e conhecimento relativamente a
xx
v
diversos factores que qualificam e distinguem cada cliente. Todo o processo de avaliação
e respectiva decisão de crédito devem ser anotados numa ficha de crédito a constar em
bases de dados especificas, sendo que a ficha deve evidenciar o nome do analista, a
identidade do cliente, uma curta descrição do processo, a deliberação tomada e o sumário
dos motivos da decisão (CARVALHO, 2009).
Este modelo de avaliação possui algumas limitações nomeadamente, o facto de a
tomada de decisão poder variar de analista para analista, estando influenciadas pelo estado
de espírito do analista, é um tipo de avaliação muito subjetivo. A análise tradicional do
crédito entanto, actualmente, o sistema financeiro é mais ágil, sofisticado e flexível
(Caouette, Altmsn e Narayanan, 1998).
Avaliação Automática
A partir das últimas duas décadas do século xx e com a evolução tecnológica
verificada, surgiu a oportunidade da análise de risco ser mais precisa e da diminuição do
tempo e custos referentes a todo o processo de tomada de decisão, através de sistemas
antecipadamente programados para realizar avaliações e decisões de acordo com a
política de crédito da organização. É neste momento que surgem os modelos de scoring
como modelos de avaliação automática, sendo que os mesmos demonstram de forma
evidente e em segundos o risco inerente ao cliente. Este tipo de avaliação está mais
direcionado para credores que tenham que controlar o risco de uma carteira com um
grande número de contrapartes e cujos valores em dívida sejam pequenos. A vantagem
deste tipo de avaliação consiste em afastar despesas com grandes estruturas, relativas aos
recursos humanos uma vez que são precisos menos analistas para analisar o crédito e
tomar decisões (CARVALHO, M2009).
Neste tipo de avaliação os responsáveis pelas decisões tomadas são os gestores
dos sistemas programados e não os analistas, como é o caso da avaliação casuística.
Contudo estes dois tipos de avaliação muitas das vezes complementam-se de forma em
que a mente humana é eficaz a desvendar factores fundamentais e os sistemas são mais
eficazes em verificar a forma como integrar grandes quantidades de informações
avaliadas. No entanto, a avaliação casuística ocorre apenas quando recomendada pelo
sistema de avaliação automática (CARVALHO, 2009).
Como limitações este modelo de avaliação tem que o seu desenvolvimento e
configuração levam tempo e carecem de recursos financeiros, a execução deste modelo
não é estática pelo que é necessário prever um plano para o controlar e evitar que o mesmo
não entre numa situação de detioração.
A coleta de dados, segundo BARROS etal LEHFELD (2000, P.89), significa “a
fase da pesquisa em que indaga e se obtêm dados da realidade pela aplicação de técnicas”.
xx
vi
situação e, principalmente, nos estudos experimentais e pesquisas de campo
(MEZZAROBA; MONTEIRO, 2006).
A coleta de dados se deu por pesquisa nos bancos nos meses de Outubro,
Novembro e Dezembro de 2009, buscando informações relativas às taxas de juros, valores
que poderão ser emprestados e prazos de pagamentos para os interessados, As
informações solicitadas nos bancos forma:
xx
vii
pagamento e limites de crédito. As garantias também estão ligadas a liquidez, quanto mais
rápido elas se transformarem em dinheiro por um valor justo mais que esta garantia irá
valer para o credor.
As instituições dão maior valor a garantias com grande liquidez como acções na
bolsa, CDBS, duplicatas, custódia de ouro e títulos federais, mas não é porque a empresa
tem essas garantias que se podem eliminar o risco, há o risco de falência da empresa,
ilícito penal, impugnação por outros credores e vícios de origem.
1) Garantias Intrínsecas: é tudo está relacionada com leis, de acordo com o Código
Comercial nos componentes dos contratos, o empregador é responsável pelo pagamento
do bem ou serviço adquirido. Por vezes essas pessoas não têm consciências disso, mas
quando pedem dinheiro emprestado têm a obrigação de o devolver acrescidos dos juros,
custos e comissões previamente acordados e estes empréstimos ocorrem frequentemente,
mais apenas para pequenas quantidades de dinheiro.
2) Garantias Acessória: constituem garantias acessórias, os mecanismos de reforço
das garantias intrínsecas, assim a instituição financeira de modo a proteger-se perante
prováveis incumprimentos.
As garantias acessórias estão constituídas por:
xx
vii
i
hipotecado e a hipoteca só terá validade se estiver validada no cartório de registo de bem
móvel.
Alineação Fiduciárias: normalmente nos financiamentos de bens móveis é
exigida a transferência da propriedade de um bem móvel a instituição credora, apesar de
a posse ser mantida com o devedor. A propriedade desse bem é devolvido
automaticamente quando a dívida for pago integralmente.
Anticrese: apesar de ser um instituto pouco utilizado, o credor tem direito
limitado sobre um bem do devedor. Durante a existência da dívida o credor o usufruidor
do bem, ao final abate do valor da dívida. O credor não tem nem a posse nem a
propriedade do bem, mas dos rendimentos dele.
xx
ix
aleatória, é preciso estar embaçada em conceitos técnicos que irão guiar a tomada de
decisão.
1ª Fase Inicial
O cliente analisa as propostas, escolhe o que é melhor se adqua ao seu perfil
bancário e o cliente solicita as listas dos documentos referente à operação de crédito que
pretende aderir e a instituição financeira, aguarda a entrega dos documentos do cliente.
2ª Fase Inicial
Fase de Preenchimento do Formulário;
O cliente preenche o formulário e entrega no balcão da sua instituição financeira, o
formulário preenchido pelo cliente formula as propostas personalizadas para as suas
necessidades.
3ª Fase Inicial
xx
x
o cliente com a minuta do contrato de financiamento mobiliário para ser reconhecido no
notário.
Assinatura do contrato
A instituição financeira: emite o contrato;
O cliente assina.
Registo em Cartório
Cliente: leva o contrato a um cartório para registar;
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xi
Apreciações finais
Não peça um crédito sem primeiro considerar as vantagens e as desvantagens de um
crédito bancário. As principais vantagens do crédito bancário podem tornar esta solução
financeira tentadora, mas as desvantagens de um crédito bancário podem trazer
consequências nefastas para o seu assinante.
Endividamento: por mais facilidade que um crédito bancário permita, ele pode conduzir
o seu assinante ao endividamento. Ele pode ser o descalabro de uma pessoa, de uma
família ou de uma empresa.
Custos: os custos de um crédito são elevados. É bom ter o dinheiro ou o bem na mão no
momento, mas é necessário pagar o mesmo com juros pesados. Além dos juros existem
comissões a pagar pelo empréstimo. Quem quiser pagar o empréstimo com antecedência
também tem de pagar uma pequena percentagem por isso.
Burocracia: uma das grandes desvantagens dos empréstimos bancários é a sua difícil
obtenção, a menos que uma pessoa ou empresa tenha um bom histórico ou garantias. O
trabalho de pedir um crédito bancário pode sair por terra, caso o cliente não apresente
boas condições financeiras. Nestas situações a solução para obter crédito passa muitas
vezes por recorrer a empresas privadas que concedem créditos imediatos.
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xii
Referências
xx
xii
i
Índice
Dedicatória…………………………………………………………………………….…I
Agradecimento…………………………………………………...……………….……..II
EPÍGRAFE………………………..……………………………………………………III
Lista de Abreviaturas…………………………………………………………...………IV
Resumo…………………………………………………………………………………V
ABSTRACT……………………………………………………………...……………………..VI
SUMÁRIO…………………………………………….………………………………VII
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………...……01
0.1-PROBLEMÁTICA……………………………………………..………………….02
0.2-HIPÓTESE……………………...………………………………………………….02
0.3-JUSTIFICATIVA……………………...………………………………...…………03
OBJETIVO DO TRABALHO…………………………………………….……………03
0.4.1-OBETIVO GERAL……………………...……………………………………….03
0.4.2-OBJETIVO ESPECIFICO……………………...……………………………..….03
0.5-MÉTODOLOGIA E TÉCNICAS……………………...……………………..…….03
0.5.1-MÉTODOS UTILIZADOS……………………...……………..……………..….03
0.5.2-TÉCNICAS UTILIZADAS………………………...…………………………….04
0.6-ESTRUTURA DO TRABALHO……………………………………..……………04
CAPÍTULO I- ABORDAGEM TEMÁTICA
PRELIMINAR……………………………………………………………………...…..05
1.1-DEFINIÇÃO DE CONCEITOS………………………………………...………….05
1.1.1-CRÉDITO……………...…………………………………………………………05
1.1.2-BANCO…………………………………………...…...…………………………05
CAP. II- ABORDAGEM EXPLICATIVA SOBRE O CRÉDITO
BANCÁRIO…………………………………………………………………………....06
2.3-TIPOS DE CRÉDITO………………………….…………………………………..07
2.4-O DEPARTAMENTO DE CRÉDITO……………………………………………..08
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xi
v
2.5-CONCESSÃO DO CRÉDITO………………..……………………………………09
3-CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………….………………………………..25
REFERÊNCIAS………………………………………………………………………..26
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) AMARAL, Marco: Tipos de Riscos na Actividade Bancária, 2ª Edição,
Editora, Lisboa 1997
2) BERNI, Mauro Tadeu: Operação e Concessão Créditos: Os Parâmetros Para
Decisão de Crédito, São Paulo: Atlas 1999.
3) BLATT, Adriano, Avaliação de Risco e Descrição de Crédito, Editora, São
Paulo: Nobel, 1999.
4) DUANE, Cardoso Maia: A importância da análise de crédito no controlo da
inadimplência, rio de Janeiro 2012.
5) CARVALHO, P.V.: Fundamentos de gestão de crédito, Edição, Lisboa:
Silabo, 2009.
6) CAUOETE, Altman, NARAYANAN, Paul: gestão de risco de crédito: o
próximo grande desafio financeiro, 1ª Edição, Editora, Rio de Janeiro,
1998.
7) KWASINA Mbele: Material de apoio de Análise de crédito financiamento e
investimento, 10ª Clase IMAGU, 2017.
8) IDEM, IBIDEM, 11ª Classe, 2018.
9) SANTOS, José Odálio: análise e decisão de crédito: empresas e pessoas
físicas, editora: São Paulo, Altes, 2000.
10) SHRICHEL, Wolfgong Kurt: análise de crédito, concessão e gerência de
empréstimos 3ª Edição, editora são Paulo Altes 1998.
11) DEPRESSA Lendula, Isabel: estudo da capacidade creditícia, monografia,
2020.
WEB SITES
Http// www.abanc.ao/sistemas-financeiro/instituições autorizadas. Accessado em
03/05/2024
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