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DIREITO CONSTITUCIONAL

CONSTITUIÇÃO E ESTADO

A Constituição brasileira surge com a criação do Estado


independente brasileiro, no momento que o Brasil deixou de ser
colônia de Portugal. A criação do Estado brasileiro veio em
resposta aos anseios do povo brasileiro que necessitava
estabelecer sua soberania, autonomia, independência política e
estrutura própria para organização das instituições estatais e
afirmação de sua identidade.

A figura do Estado pode ser descrita como:


“Uma entidade com poder soberano para
governar um povo dentro de uma área
territorial delimitada. Assim, pode-se dizer
que os elementos constitutivos do Estado são:
poder, povo, território, governo e leis.

Para o sociólogo alemão Max Weber (1864-


1920), o que define o Estado é o monopólio do
uso legítimo da força. Isto é, dentro de
determinados limites territoriais, nenhum
outro grupo ou instituição além do Estado tem
o poder de obrigar, cobrar, taxar e punir.

Para além do seu papel de prestador de


serviços, o Estado é uma entidade política que
exerce poder soberano dentro de um
determinado território, e esse poder soberano
é geralmente aceito como legítimo pelas
pessoas que a ele se submetem (no caso de
uma democracia, os cidadãos)”.

Dessa forma, temos como conceito de Constituição: “a


maneira na qual um povo se estrutura, interage e se organiza em
seu espaço territorial”. Características que se assemelham ao
conceito de país, senão vejamos: “um determinado território
social, política e geograficamente delimitado, habitado por uma
população com cultura comum”.

Portanto, com a criação do Estado brasileiro se fez


necessária a criação de sua constituição, pois nela devem constar
obrigatoriamente as principais questões estatais, com destaque
a criação e formação do Estado, a organização do Estado,
aquisição, exercício e transmissão do poder do Estado, e por fim,
limitações ao poder do Estado (que são os direito e garantias
individuais).

HISTÓRIA E DOUTRINA CONSTITUCIONALISTA

Quanto à história e à Doutrina Constitucionalista,


Ferdinand Lassalle, no livro "O que é uma Constituição Política",
argumenta que desde tempos antigos os países tinham
constituições não escritas "todos os países possuem, possuíram
sempre, em todos os momentos de sua história, uma
constituição efetiva e verdadeira. A diferença é que agora se
verifica - e isto deve ser realçado porque tem muita importância
- não são as Constituições reais e efetivas, mas sim as
Constituições escritas nas folhas de papel". O constitucionalismo,
teoria que deu ensejo à elaboração do que é formalmente
chamado de Constituição, surgiu a partir das teorias iluministas e
do pensamento que também deu base à Revolução Francesa de
1789.

VOCÊ SABIA: Considera-se a Magna Carta o documento


que esboçou o que posteriormente seria chamado de
Constituição. Foi assinada pelo Príncipe João Sem
Terra face à pressão dos barões da Inglaterra medieval, e
apesar da notícia histórica de que os únicos que se
beneficiaram com tal direito foram os barões ingleses, o
documento não perde a posição de elemento central na
história do constitucionalismo ocidental. A partir da
moderna doutrina constitucionalista, a interpretação
dada à Magna Carta sofre um processo de mutação
denominado mutação constitucional, onde novos
personagens ocupam as posições ocupadas
originalmente pelos participantes daquele contrato
feudal, de maneira que as prerrogativas e direitos que
foram concedidos aos barões passam a ser devidos
aos cidadãos, e os deveres e limitações impostos ao
Príncipe João passam a limitar o poder do Estado.

Contudo, foi a partir das "Revoluções Liberais" (Revolução


Francesa, Revolução Americana e Revolução Industrial) que
surgiu o ideário constitucional, no qual seria necessário, para
evitar abusos dos soberanos em relação aos súditos, que
existisse um documento onde se fixasse a estrutura do Estado, e
a consequente limitação dos poderes do Estado em relação
ao povo.

Com o passar do tempo, em especial com as teorias


elaboradas por Hans Kelsen, grande jurista da Escola Austríaca
da primeira metade do Século XX, passou-se a considerar
a Constituição não como apenas uma lei limitadora e
organizativa, mas como a própria fonte de eficácia de todas as
leis de um Estado. Tal teoria (chamada de Teoria Pura do Direito
de Kelsen), apesar de essencial para a formação de um
pensamento mais aprofundado acerca desta norma, não dá todo
o alcance possível do poder e função constitucional.

Mais tarde, outros pensadores como Ferdinand


Lassalle, Konrad Hesse, Robert Alexy, Juan Bautista
Alberdi e Ronald Dworkin contribuíram sobremaneira para
definir a real função da Constituição. Esta norma, superior a
todas, não teria apenas a função de garantir a existência e limites
do Estado. Ao contrário, ao invés de apenas ter um caráter
negativo em relação ao exercício dos direitos das pessoas, a Lei
Maior deve prever os Direitos Fundamentais inerentes a cada
pessoa, e prever mecanismos de garantir a eficácia dos
mesmos, de modo que o Estado não apenas se negue a
prejudicar as pessoas, mas sim cumpra aquela que é sua função
precípua: a promoção da dignidade da pessoa humana.

Uma constituição, necessariamente, não se apresenta


formalmente escrita. Em países onde o direito consuetudinário é
comum, a constituição não se encontra positivada numa carta.
Ela é fruto de uma construção histórica das práticas e costumes
de toda a população. Tal espécie de Lei Maior não impede a
existência de normas escritas de caráter constitucional, como
acontece na Inglaterra, com o Act of Habeas Corpus, e a
própria Magna Carta.

Porém, na maioria das constituições existentes segue o


padrão formal e são o fruto de uma Assembleia de
Representantes do Povo1 (no caso das constituições

1
Assembleia Nacional Constituinte – Pode Constituinte Originário
democráticas), onde se decide acerca de como será o Governo
estatal e quais os direitos a serem previstos neste documento.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Os princípios fundamentais da Constituição são a base da


estrutura Estatal nos seus segmentos: administrativo, político e
legal. A alteração dos princípios fundamentais poderá
desencadear grandes e vastas mudanças na Constituição o que
justificaria a elaboração de uma nova.

Se observarmos nosso histórico constitucional, veremos


que sempre haverá uma nova constituição quando da mudança
de um dos princípios fundamentais.

O art. 1º da Constituição prevê o pacto federativo, que é


cláusula pétrea2, definindo a forma de Estado (Federação), a
forma de governo (Republicana) e regime de governo
(Democrático). Vejamos:

Art. 1º A República Federativa do Brasil,


formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;


2
Clausula Pétrea – Clausula de Pedra, uma analogia ao que é difícil de quebrar. As Clausulas Pétreas, ao
contrário do que muitos imaginam, pode sofre alterações que aumentem sua extensão e até mesmo
que reduzam seu campo de alcance, o que é definitivamente proibido é a mitigação ou extinção do
preceito previsto em uma Clausula Pétrea, ou seja: a clausula pode sofrer alterações que a aumentem
ou que a diminuam, mas é vedada sua retirada da Constituição.
IV - os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo,


que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.

São considerados os princípios fundamentais da


organização do Estado Brasileiro previstos no art. 1º da CF:

 Forma de Estado: FEDERAÇÃO


 Forma de Governo: REPÚBLICA
 Sistema de Governo: PRESIDENCIALISTA
 Regime de Governo: DEMOCRACIA

Onde temos que:

Federação - Estado brasileiro desde o Decreto nº 01 que


proclamou a República como forma de Governo e transformou
as províncias em Estados Federados, consagrando a federação.
Assim, todas as Constituições posteriores, desde então,
mantiveram a escolha.

As razões históricas residem essencialmente na


necessidade de libertação das províncias do poder centralizador
do Império, pois, o Brasil era (Carta Magna de 1824), um Estado
Unitário, com concentração do poder no comando central. Para
transformar-se num Estado Federal precisou descentralizar o seu
poder, dividi-lo entre o centro e as periferias. Foi o poder, assim,
desagregado.
Teve grande influência da Constituição dos EUA de 1787.
No início, com fundamento na Constituição de 1891, a Federação
brasileira era dual (clássica), com uma repartição de
competências que reservava áreas de atuação privativas e
distintas entre a União e os Estados.

A nossa federação é indissolúvel, não podendo nenhum


dos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios) romper o
pacto federativo.

Como consequência direta da adoção do federalismo como


um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro,
a Constituição estabelece que a República Federativa do Brasil é
composta pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do
Distrito Federal.

Insta registrar que a forma federativa de Estado é cláusula


pétrea (CF, art. 60, § 4º, inc. I), porque a Constituição Federal de
1988 veda a possibilidade de emenda constitucional tendente a
aboli-la.

República - A forma de governo é maneira como se dá a


instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre
governantes e governados. Quem deve exercer o poder e como
este se exerce.

A república se caracteriza pelo caráter representativo dos


governantes, inclusive do Chefe de Estado (representatividade),
pela necessidade de alternância do poder e pela
responsabilização civil e penal dos detentores do poder. A forma
republicana possibilita a participação dos cidadãos nas decisões
políticas governamentais, com o objetivo de que o regime
democrático prevaleça sobre o poder do Estado.
O termo Estado republicano refere-se não apenas a
organizações institucionais, mas a um compromisso social com a
coisa pública, no exercício da tolerância, no respeito à identidade
do homem, dentro do prisma individual (pluralismo) e cultural.

No Brasil, o princípio republicano é um dos princípios que


constituem o núcleo ideológico da Constituição Federal de
1988, ao lado do princípio federativo e democrático.

A forma de governo republicana, no Brasil, teve início em


15 de novembro de 1889, por meio da edição do Decreto nº 1,
que proclamou a República no país, que cessou o regime
imperial. A consagração desta forma de governo no âmbito
constitucional é inaugurada com o advento da Constituição de
1891, sendo que, desde então, todas as constituições seguiram o
mesmo caminho.

De acordo com o STF, em sua acepção contemporânea, o


princípio republicano se concretiza pela presença de três
elementos:

a) a eletividade dos governantes;

b) a temporariedade dos mandatos e

c) a responsabilidade dos agentes públicos.

Presidencialista - A República Federativa do Brasil adota o


presidencialismo como sistema de governo, que tem por
objetivo tratar da relação de independência e harmonia entre os
Poderes Legislativo e Executivo nas decisões políticas
governamentais.
O Poder Executivo no Brasil é exercido pelo Presidente da
República, auxiliado pelos Ministros de Estados, de livre
provimento e exoneração (CF, art. 76).

Com esse sistema, o Presidente acumula às funções de


chefe de Estado (representando o Estado, a nação no âmbito
externo) e chefe de Governo (dirige a vida política nacional,
executando as políticas adotadas pela Constituição).

Assim, no sistema presidencialista temos a unicidade da


chefia, em que o Presidente tem em mãos tanto a chefia de
Estado (representando o Brasil nas suas relações internacionais)
quanto à chefia de Governo (trata de negócios internos de
natureza política), com mandato mandado por prazo
determinado, além de exercer a chefia da Administração Pública
Federal.

A principal vantagem da adoção do Presidencialismo, além


da estabilidade que o Governo adquire em decorrência do
mandato fixo e certo, é a legitimidade e a independência do
chefe do Executivo.

Democracia - A República Federativa do Brasil adota o


regime político democrático (art. 1º, parágrafo único, CF) que,
por sua vez, traduz-se em soberania popular e governo da
maioria.

Trata-se de um regime político em que o povo participa de


forma direta ou indireta nas decisões políticas fundamentais do
Estado, sendo assim, o governo é do povo para o povo,
instituindo a coisa pública.
Na visão de José Afonso da Silva, “Democracia é conceito
histórico. Não sendo por si um valor-fim, mas um meio e
instrumento de realização de valores essenciais de convivência
humana, que se traduzem basicamente nos direitos
fundamentais do homem.”

Assim, a tarefa fundamental do Estado Democrático de


Direito consiste em superar as desigualdades sociais e regionais e
instaurar um regime democrático que realize a justiça social.

O Estado Democrático se assenta no pilar da soberania


popular, pois a base do conceito de Democracia está ligada ao
poder de cada membro da sociedade estatal, encarregados de
escolher os seus representantes no governo por meio do
sufrágio universal (direito de votar e ser votado) e pelo voto
direto, secreto e igualitário (instrumento do exercício do direito
de sufrágio). Governo do povo significa que este é fonte e titular
do poder (todo poder emana do povo), de conformidade com
princípio da soberania popular que é, pelo visto, o princípio da
soberania popular que é o princípio fundamental de todo regime
democrático.

Para que a democracia se estabeleça, é necessário o


respeito à pluralidade, à transparência e à rotatividade.

ORDENAMENTO JURÍDICO - LEIS

Nosso sistema de leis é estruturado de forma a integrar a


Constituição apenas as normas de diretriz3, não comportando no
próprio texto constitucional todas as possibilidade e
desdobramentos sociais, por essa razão, temos que a

3
Diretriz - linha básica que determina o traçado de uma estrada.
Constituição trará apenas as normas principais que indicam qual
será a tendência das leis que virão posteriormente.

Desse modo, as leis do nosso ordenamento jurídico4


possuem a função de complementar a norma constitucional, não
sendo admitido que as leis infraconstitucionais contrariem as
disposições da Constituição.

Por sua vez, as demais normas jurídicas, como, resoluções,


instruções normativas, decretos e portarias também não podem
contrariar o que está nas leis, pois sua função é complementar as
leis.

CF

LEIS
RESOLUÇÕES, PORTARIAS,
INSTRUÇÕES NORMATIVAS E
DECRETOS

Portanto, a Constituição Federal traz a direção a ser


seguida por todas as outras normas, as leis surgem para
complementar a CF, especificando as situações ali previstas e as
4
O conjunto de normas jurídicas chama-se ordenamento. Este é também chamado de ordem jurídica e
sistema jurídico, ele é a dimensão hierárquica das normas, ou seja, regras e princípios do direito de um
Estado, dotada de unidade, coerência e completude. Nessa hierarquia, dispositivos normativos
superiores dão validade e subordinam dispositivos normativos de categorias inferiores.
outras normas surgem para complementar as leis, detalhando
as situações e viabilizando a aplicação das leis aos casos
concretos. Nesse sistema não poderá ser admitido uma norma
inferior contrariar a disposição de uma norma superior, sob pena
de ser em inconstitucional.

O processo legislativo de cada uma das normas também


segue ritos distintos. A norma constitucional é uma norma mais
difícil de ser alterada, já as leis são menos complexas para serem
criadas e os restante das normas passa por um processo mais
simples de criação.

Para a alteração do texto constitucional, é necessário que


se faça isso por meio de um Projeto de Emenda a Constituição –
PEC, esse projeto para ser aprovado pelo Congresso Nacional
precisa ser aprovado com 3/5 (três quintos) dos votos em dois
turnos em cada casa5, ou seja, será realizada a votação em uma
das casas, se alcançado o quórum de 3/5 será marcada uma nova
votação, em uma nova data, para a apreciação do mesmo
projeto, que se aprovado novamente com os 3/5 exigidos será
enviado para a outra casa, onde esse processo se repetirá. Após
a aprovação nas duas casas em dois turnos de votação será
encaminhado para a sanção presidencial.

Já, para as alterações das leis basta que se faça uma nova
lei que automaticamente irá revogar6 a lei anterior, em tudo
aquilo que ela dispuser de forma diferente. Desse modo, a lei
nova passa a valer prevalecendo suas alterações em relação à lei
antiga.

5
Nosso Congresso Nacional é bicameral, composto pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados.
Conhecidas como casas do Congresso.
6
Revogar - tornar (algo) sem efeito, fazer deixar de vigorar; anular.
Quanto às Portarias, Instruções Normativas, Resoluções e
Decretos esses são feitos por órgãos do Estado e não pelo poder
legislativo, com a finalidade de dar aplicabilidade às leis
complementando-as. O processo de edição dessas normas é
muito mais simplificado o que possibilita uma rápida alteração
para atualização da norma quando necessário. Por sua vez, visa
tratar das especificidades dos casos previstos em lei, abordando
as minúcias e os detalhes.

Exemplo:

•Art. 5º, XII


•É livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, desde que
atendidas as qualificações que a lei estabelecer.
CF

•7.102/83
•Art. 16 - Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes
requisitos:
•IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em
LEI estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei.

•3.233/12
•Art. 156. São cursos de formação, extensão e reciclagem:
•I - curso de formação de vigilante (Anexo I);
PORTARIA

A Constituição prevê que é livre o exercício de qualquer


profissão podendo a lei exigir alguma qualificação para seu
exercício, por sua vez a lei prevê a profissão de vigilante e exige
um curso de qualificação para o exercício dessa profissão.
Contudo, somente a Portaria traz as especificações de como será
esse curso que capacitará o aluno para exercer a profissão.

Terminamos por aqui a primeira de três etapas do módulo


de Direito Constitucional. Espero estar contribuindo para seu
aprendizado. O restante do material de estudo já está disponível
no site www.franciscoprofessor.com.

Lá, você também encontrará várias questões para serem


resolvidas, sobre esse assunto que acabamos de ver e sobre
todos os demais do curso (LA e NSP), são + de 230 questões!

Na plataforma de estudos além dos materiais de estudo


(apostilas), do questionário que eu acabei de falar, há também
um Fórum, onde você pode mandar suas dúvidas que eu
responderei. As postagens do fórum ficaram disponíveis para
visualização de todos os alunos assinantes, pois a sua dúvida
pode ser a mesma de outro colega. É um excelente espaço para
interagirmos e tiramos as dúvidas. Estou à disposição de vocês.

A plataforma do site é um ambiente completo de apoio a


você aluno do curso de vigilante, pois lá há um material
completo e adequado pra seu estudo, feito especial para o curso
de vigilante, bem como há também um excelente questionário
para verificação da aprendizagem e fixação da matéria. Por fim,
temos um ambiente virtual para interação com o professor para
solucionar as dúvidas que podem surgir em seus estudos em
casa, que é o Fórum.

Então, encontro você por lá?

Grande abraço do seu Prof. Francisco.


RESUMO - DIREITO CONSTITUCIONAL

CONSTITUIÇÃO E ESTADO:

 A Constituição brasileira foi criada quando o Brasil se tornou


independente de Portugal, para estabelecer a soberania,
autonomia, independência política e estrutura própria do país.
 O Estado é uma entidade política com poder soberano para
governar um povo em uma área territorial delimitada, com os
elementos constitutivos de poder, povo, território, governo e
leis.
 A Constituição é a maneira pela qual um povo se estrutura,
interage e se organiza em seu espaço territorial, e deve conter
questões estatais como a criação e formação do Estado,
organização do Estado, aquisição, exercício e transmissão do
poder do Estado e limitações ao poder do Estado.

HISTÓRIA E DOUTRINA CONSTITUCIONALISTA:

 O constitucionalismo surgiu a partir das teorias iluministas e


do pensamento que deu base à Revolução Francesa de 1789.
 Com as Revoluções Liberais, surgiu a ideia de limitar os
poderes do Estado em relação ao povo, através de um
documento que fixasse a estrutura do Estado.
 A Constituição não é apenas uma lei limitadora e organizativa,
mas é a fonte de eficácia de todas as leis de um Estado.
 A Constituição deve prever os Direitos Fundamentais
inerentes a cada pessoa, e prever mecanismos de garantir a
eficácia dos mesmos, de modo que o Estado não apenas se
negue a prejudicar as pessoas, mas sim cumpra a sua função
precípua de promoção da dignidade da pessoa humana.
 A Constituição pode ser formalmente escrita ou fruto de uma
construção histórica das práticas e costumes de toda a
população em países onde o direito consuetudinário é
comum.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

 Os princípios fundamentais da Constituição são a base da


estrutura Estatal nos seus segmentos: administrativo, político
e legal.
 A alteração dos princípios fundamentais pode desencadear
grandes mudanças na Constituição, o que justificaria a
elaboração de uma nova.
 O art. 1º da Constituição prevê o pacto federativo, que é uma
cláusula pétrea e define a forma de Estado (Federação), a
forma de governo (Republicana) e regime de governo
(Democrático).
 Os princípios fundamentais da organização do Estado
Brasileiro são: Federação, República, Presidencialismo e
Democracia.
 A forma de Estado é a Federação, que foi adotada desde o
Decreto nº 01 que proclamou a República como forma de
Governo e transformou as províncias em Estados Federados,
consagrando a federação.
 A forma de governo é a República, que se caracteriza pelo
caráter representativo dos governantes, pela necessidade de
alternância do poder e pela responsabilização civil e penal dos
detentores do poder.
 O sistema de governo é o Presidencialismo, que se
caracteriza pela separação dos poderes e pela eleição direta
do presidente.
 O regime de governo é a Democracia, que se caracteriza pela
participação popular e pela busca do bem comum.
 A forma federativa de Estado é cláusula pétrea, ou seja, não
pode ser abolida por emenda constitucional.
 O princípio republicano é um dos princípios que constituem o
núcleo ideológico da Constituição Federal de 1988, ao lado do
princípio federativo e democrático.

ORDENAMENTO JURÍDICO

 O sistema de leis é estruturado de forma a integrar a


Constituição apenas as normas de diretriz, não comportando
no próprio texto constitucional todas as possibilidade e
desdobramentos sociais.
 As leis do nosso ordenamento jurídico possuem a função de
complementar a norma constitucional, não sendo admitido
que as leis infraconstitucionais contrariem as disposições da
Constituição.
 As demais normas jurídicas, como resoluções, instruções
normativas, decretos e portarias também não podem
contrariar o que está nas leis, pois sua função é
complementar as leis.
 A Constituição Federal traz a direção a ser seguida por todas
as outras normas, as leis surgem para complementar a CF e
as outras normas surgem para complementar as leis.
 Não pode ser admitido uma norma inferior contrariar a
disposição de uma norma superior, sob pena de ser em
inconstitucional.
 O processo legislativo de cada uma das normas segue ritos
distintos. A norma constitucional é uma norma mais difícil de
ser alterada, já as leis são menos complexas para serem
criadas e os restante das normas passa por um processo
mais simples de criação.
 Para a alteração do texto constitucional, é necessário que se
faça isso por meio de um Projeto de Emenda a Constituição –
PEC, que precisa ser aprovado com 3/5 (três quintos) dos
votos em dois turnos em cada casa do Congresso Nacional.
 Para as alterações das leis basta que se faça uma nova lei
que automaticamente irá revogar a lei anterior, em tudo aquilo
que ela dispuser de forma diferente.
 As Portarias, Instruções Normativas, Resoluções e Decretos
são feitos por órgãos do Estado e não pelo poder legislativo,
com a finalidade de dar aplicabilidade às leis
complementando-as.
 A Portaria traz as especificações de como será um curso que
capacitará o aluno para exercer uma profissão prevista em lei.

AS QUESTÕES SOBRE ESSE TÓPICO ESTÃO NA PLATAFORMA DE


ESTUDOS DO SITE WWW.FRANCISCOPROFESSOR.COM

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