LS 2
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A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E OS
FUNDAMENTOS DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DO BRASIL
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Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
Antes mesmo de responder à pergunta acima, vamos apresentar a clássica divisão dos ramos do direito.
conteúdo; a outra com base no elemento formal, mas sem cortes rígidos, de conformidade com o seguinte
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Fique ligado
Verifique no quadro (contido na apostila) a exposição da divisão do direito público e privado.
Elementos do Estado/País
População - a população ou povo é o conteúdo humano do Estado, é o conjunto de pessoas que vive nele.
Governo soberano - diz-se que um governo é soberano quando possui personalidade internacional, quando
Modernamente, podemos dizer que o Estado é a centralização de vários poderes de um povo, num determinado
território, prevalecendo a sua soberania devendo ser respeitado pelos demais povos.
O Estado é uma associação de homens que vivem num território próprio, politicamente organizado e sob um
governo soberano.
Percebe-se que o Estado é uma criação do homem para melhor governar, administrar a vida em sociedade,
Portanto, o único poder teoricamente ilimitado é aquele que advém do povo e foi revelado pelo chamado Poder
Constituinte.
O Poder Constituinte é a expressão da soberania e é o poder que precede à existência da Constituição para que a
O poder constituinte originário, ao elaborar a Constituição, não está subordinado a qualquer norma, regra ou
princípio do ordenamento jurídico preexistente e nem mesmo à Constituição ainda em vigor, acaso existente.
Isto porque seu poder não encontra limites jurídicos nem é fundado na Constituição, mas sim na soberania
popular.
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O Poder Constituinte Derivado tem sua existência justificada que exige, de tempos em tempos, sua adequação
Consequentemente, o Poder Constituinte Derivado tem a função de atualizar através do processo legislativo o
texto constitucional, que se submete aos limites estabelecidos pelo Poder Constituinte Originário. É um poder
Dissemos que o direito está dividido em dois ramos, público e privado. Agora vamos abordar o direito público,
até mesmo como forma de iniciarmos o nosso estudo sobre a Constituição, deixando o direito privado para as
próximas aulas.
É um ramo do direito que está inserido no direito público, e é o responsável pelo estudo da organização do
Estado.
Conceito de Constituição
• Constituição e emendas
• Leis complementares, leis ordinárias, delegadas e medidas provisórias
• Decretos
• Portarias e resoluções
Dicionário
A Constituição é a lei maior de um Estado, sendo superior a todas as outras leis. É como se nós tivéssemos uma
pirâmide e nela, lá no alto, estivesse a nossa Constituição e as demais leis dentro de sua esfera de competência
abaixo dela.
Na realidade, a Constituição Federal aborda a maneira como o Poder será exercido, por quem será exercido e em
Finalidades da Constituição
a) organizar o Estado;
2) Da Organização do Estado/País:
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A organização e estrutura do Estado/País podem ser analisadas sob três aspectos:
• Forma de governo: República ou Monarquia;
• Sistema de governo: Presidencialismo ou Parlamentarismo;
• Forma de Estado: Federação ou Estado Unitário.
Diz-se que um Estado é unitário quando nele todo o poder de governo se concentra em uma esfera: a nacional.
O Estado é federal quando, em seu território, coexistem duas órbitas de poder público: a federal e a local.
O Brasil adotou a forma republicana de governo, o sistema presidencialista de governo e a forma federativa de
Estado.
quanto administrativamente.
Outras características:
• Descentralização política – a própria constituição estabelece núcleos de poder político, estabelecendo
autonomia para os referidos entes;
• Soberania do Estado Federal – a partir do momento em que os estados ingressam na Federação
perdem soberania e passam a ser autônomos. Sendo a soberania, por seu turno, característica do País, do
Estado Federal, no caso do Brasil, a República Federativa do Brasil;
• Auto-organização dos estados-membros – através das elaborações das Constituições Estaduais (art.
25 da CRFB);
• Órgão representativo dos Estados-Membros - no Brasil, de acordo com o art. 46 da CF, a
representação se dá através do Senado Federal;
• Guardião da Constituição – no Brasil, o Supremo Tribunal Federal;
• Inexistência do direito de secessão – não se permite, uma vez criado o pacto federativo, o direito de
separação, de retirada (Ex.: se um Estado tentar se retirar, ensejará a intervenção federal conforme
disposto no art. 34, I, de nossa Carta Magna.
Depois dos conceitos básicos, vamos abordar agora a Constituição e seus artigos que fazem parte do tema dessa
aula.
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Para iniciarmos o estudo, é necessário que você acompanhe lendo a Constituição nos artigos indicados para
melhor compreensão
A Constituição, logo na introdução, declara, através dos membros da Assembleia Nacional Constituinte, o resumo
do pensamento que guiou todo o trabalho de elaboração, e afirmando que, reunidos para instituir um Estado
II - a cidadania: Os direitos políticos, ou de cidadania, resumem o conjunto de direitos que regulam a forma de
Em outras palavras, são aqueles formados pelo conjunto de preceitos constitucionais que proporcionam ao
cidadão sua participação na vida pública do país, realizando, em última análise, o disposto no parágrafo único do
art. 1.° da Constituição Federal, que prescreve que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
O direito à dignidade vem expresso em diversos momentos na Constituição Federal, garantindo os direitos
mínimos inerentes à personalidade. A dignidade é um valor espiritual e moral intrínseco ao indivíduo, assim é
que, observado os lindes legais que definem os padrões morais de uma sociedade, a toda pessoa é garantido
direitos fundamentais capazes de possibilitar uma existência digna. E esta proteção refere-se aos demais
indivíduos da sociedade e ao próprio Estado. Os limites da atuação individual e estatal são traçados pela própria
Constituição, somente podendo haver limitações desses direitos em situações excepcionalíssimas, mas sempre
em observância aos valores mínimos que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos.
IV — os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, que a Constituição focaliza quando se refere à ordem
econômica e financeira;
Observação: Estado de direito - são as leis que definem a existência, a vida e o funcionamento do Brasil.
Diante disso, verifica-se que não há mais a possibilidade do homem fazer justiça pelas próprias mãos, pois elegeu
o Estado que centraliza a vontade do povo, afim de promover a paz social, distribuindo a justiça.
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Veja que o artigo 2º da CRFB/88 dispõe sobre os poderes que compõem a nossa federação, ou seja, os poderes
Cabe aqui fazermos uma observação: na verdade, eles possuem funções que são próprias a cada esfera de poder,
mas também exercem outras funções, realizadas pelos outros poderes, dentro do âmbito de sua competência
Composição do Legislativo
Composição do Executivo
Composição do Judiciário
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4 Divisão Orgânica do Poder – Tripartição dos Poderes
1) Noções:
As primeiras bases teóricas para a “tripartição dos poderes” foram lançadas na antiguidade grega por
Aristóteles, em sua obra A Política, através da qual o pensador vislumbrava a existência de três funções distintas
exercidas pelo poder soberano, quais sejam, a função de editar normas gerais a serem observadas por todos, a de
aplicar as referidas normas ao caso concreto (administrando) e a função de julgamento, dirimindo os conflitos
Ocorre que Aristóteles, em decorrência do momento histórico de sua teorização, descrevia a concentração do
Montesquieu inovou essa teoria, dizendo que tais funções estariam intimamente conectadas a três órgãos
distintos, autônomos e independentes entre si. Cada função corresponderia a um órgão, não mais concentrado
Através de tal teoria, cada poder exercia uma função típica, inerente à sua natureza, atuando independentemente
e autonomamente.
Assim, cada órgão exercia somente a função que fosse típica, não mais sendo permitido a um único órgão
legislar, aplicar a lei e julgar, de modo unilateral, como se percebia no absolutismo. Tais atividades passam a ser
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A teoria exposta por Montesquieu foi adotada por grande parte dos Estados modernos, só que de maneira
abrandada. Isto porque, diante das realidades sociais e históricas, se passou a permitir uma maior
interpenetração entre os poderes, atenuando a teoria que pregava uma separação pura e absoluta dos mesmos.
Desta forma, além do exercício de funções típicas (predominantes), inerentes à sua natureza, cada órgão exerce,
também, outras duas funções atípicas (de natureza típica dos outros órgãos). Assim, o Legislativo, por exemplo,
além de exercer uma função típica, inerente à sua natureza, exerce também uma função atípica de natureza
executiva e outra função atípica de natureza jurisdicional, como poderemos ver no quadro seguinte.
efetivamente ser livre sem interferências e sem censuras, privilegiando o crescimento, reduzindo as
IV- Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
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6 Funções dos poderes
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7 Princípios das Relações Internacionais (art. 4º, CF)
• Independência nacional
• Prevalência dos direitos humanos
• Autodeterminação dos povos
• Não intervenção
• Igualdade entre os Estados
• Defesa da paz
Aqui houve a preocupação do legislador com as relações do Brasil com outros países e demais organismos
internacionais.
Vejam que o legislador deixa bastante claro de que forma se dará esse relacionamento.
Por exemplo:
• O inciso primeiro dispõe sobre a independência que nos leva à ideia de autonomia do Brasil.
• O inciso segundo dispõe sobre os direitos humanos, são os direitos e liberdades básicos de todos os
seres humanos.
• Já inciso terceiro, aborda a autodeterminação dos povos, quer dizer que os povos são livres e são
governados como melhor lhes convier.
• O inciso quarto ressalta a não intervenção, nenhum país poderá intervir em outro.
• O inciso quinto dispõe sobre a igualdade entre os Estados, ou seja, um tratamento igual entre os países.
• O inciso sexto aborda a defesa da paz, quer dizer, única e exclusivamente manter a paz.
• O inciso sétimo, que dispõe sobre a solução pacífica dos conflitos, nos remete à ideia de diplomacia na
solução de eventuais conflitos. O Ministério das Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty,
é o órgão do poder executivo responsável pelo assessoramento do Presidente da República na
formulação, desempenho e acompanhamento das relações do Brasil com outros países e organismos
internacionais. As prioridades da política externa são estabelecidas pelo Presidente da República.
• O inciso oitavo aborda o repúdio ao terrorismo e ao racismo, não há dúvidas de que é atentatório e
contrário a tudo que se deseja: a liberdade, a paz e os direitos individuais.
• O inciso nono dispõe sobre cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, ajuda mútua
para o desenvolvimento de todos.
• O inciso dez dispõe sobre a concessão de asilo político, ou seja, a hipótese do Brasil abrigar pessoas
oriundas de outros países, perseguidas pelos mais variados motivos, sejam eles políticos, religiosos etc...
Logo depois, no parágrafo único, já deixava clara a intenção de uma maior integração na América do Sul, vindo
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CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• conheceu os elementos que compõem o Estado, sua organização, importância e as normas;
• conheceu os poderes do Estado e suas competências.
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