Painel Do Grau de Mestre R.E.A.A

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À G∴ D∴ G∴ A∴ D∴ U∴AUG∴ E RESP∴ LOJ∴SIMB∴

LUZ DO SOL

ANDERSON ANDREI SANTOS CARRENHO - M∴M∴

Painel do Grau de Mestre R.E.A.A

JUARA

19/11/2024
“O grau de Mestre Maçom
simboliza a eterna busca pela
luz interior, onde a sabedoria
surge da reflexão, a força da
perseverança e a beleza da
harmonia com os
princípios universais.”

PAINEL DO GRAU DE MESTRE R.E.A.A

Primitivamente os Símbolos que caracterizavam as Reuniões Maçônicas nos


canteiros de obras eram desenhados no chão. Em geral, eram representadas as
ferramentas dos Maçons Operativos, as Colunas e o Pórtico do Templo de Salomão.
Posteriormente, quando os Maçons passaram a se reunir em locais fechados,
especialmente em tavernas, a prática de se desenhar no chão foi gradativamente sendo
substituída por desenhos em Painéis de tecido, semelhantes a pequenos tapetes, que
após o término da Sessão eram enrolados e ficavam sob a guarda de um dos Irmãos.

O painel de mestre maçom no Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) é uma


representação simbólica rica e complexa, repleta de significados esotéricos que visam
transmitir ensinamentos espirituais e morais. Cada elemento no painel tem um
significado profundo, e a disposição dos símbolos reflete a jornada do iniciado rumo à
iluminação e ao autoconhecimento.

Todos sabemos que o painel do Mestre está relacionado a lenda da morte de


Hiram Abif com a iniciação do Terceiro Grau da Maçonaria e simboliza a jornada rumo
a imortalidade.
O painel constitui-se de um retângulo representativo da câmara do meio. Nele,
um esquife ocupa quase todo Ocidente e apenas deixa visível estreita faixa do
pavimento mosaico. Os quadrados brancos e negros, nesse contexto, podem representar
a dicotomia vida vs. morte, onipresente nas sessões do grau, mormente na cerimônia de
exaltação.

Nas bordas, no meio de cada lado retângulo, veem-se, as inscrições “Or, Oc, N e
S”, indicativas da posição do templo em que o painel deve permanecer.

O esquife do painel está forrado de negro, que carrega um significado profundo


e simbólico dentro da maçonaria, ele está relacionado ao tema central do grau de
mestre: a morte e a ressurreição simbólica, onde carrega os principais aspectos e
significados: Morte do ego e renascimento espiritual, Hiram Abif e o Sacrifício, ciclo da
vida e da morte e a reflexão sobre a mortalidade.

Sobre o esquife tem uma grande faixa em forma de cruz em cima. Sobre o braço
maior da cruz, no seguimento mais longo, acha-se o conjunto esquadro e compasso na
posição do grau, os dois instrumentos principais da Maçonaria que simbolizam a
moralidade e a reta conduta. Eles são um lembrete constante da necessidade de viver de
acordo com os preceitos de sabedoria, justiça e equilíbrio.

Sobre o seguimento menor, coloca-se triângulo com o vértice para baixo, de cor
dourada, com a letra “G” inscrita, (Formando a Divindade): O triângulo simboliza a
perfeição, a harmonia e a divindade. Ele é geralmente associado à presença de Deus,
como o Grande Arquiteto do Universo, e representa a relação entre os três grandes
princípios divinos: Sabedoria, Força e Beleza.

No cruzamento dos dois braços da cruz, aparece o ramo verde de Acácia, um


símbolo de grande importância no painel de Mestre Maçom e na Maçonaria em geral,
representando diversos significados profundos e espirituais, especialmente no contexto
do grau de Mestre Maçom. A acácia é frequentemente associada à ideia de imortalidade,
representa a ressurreição e a continuidade da vida após a morte, refletindo a crença
maçônica na imortalidade da alma. Ela é vista como um símbolo de renovação e de
esperança de que, assim como a árvore floresce e se renova, a alma do Maçom
permanece viva após o fim da vida física.
Em cada lado do braço maior da dita cruz, há três caveiras sobre tíbias cruzadas
eles representam a mortalidade e a morte física, mas também enfatizam a imortalidade
da alma, a purificação espiritual e a necessidade de reflexão sobre a vida e o legado que
se deixa. Esses símbolos convidam o Maçom a meditar sobre o sacrifício, a busca pela
verdade e o entendimento de que, como a morte é parte inevitável da vida, a verdadeira
jornada é a de evolução espiritual contínua.

As lágrimas prateadas no painel de mestre têm uma interpretação profunda,


relacionada com o ciclo de sabedoria, sacrifício e purificação. As lágrimas de prata
frequentemente são associadas ao sofrimento e à reflexão do iniciado, bem como à
busca pelo aperfeiçoamento interior.

Essas lágrimas podem representar o reconhecimento das dificuldades e dos


desafios enfrentados pelo maçom durante sua jornada de autoconhecimento e evolução
espiritual. A prata, por sua vez, simboliza a pureza e a nobreza de intenção, sugerindo
que as lágrimas não são apenas um símbolo de dor, mas também de transformação e
aperfeiçoamento. Esse símbolo pode estar relacionado à ideia de que, através do
sofrimento ou da perda, há um caminho para o aprendizado e para a ascensão moral e
espiritual.

A Lenda de Hiram Abiff no Painel do Grau de Mestre Maçom é uma das


narrativas mais poderosas da Maçonaria. Ela simboliza a morte do ego, a superação do
sofrimento, e o renascimento espiritual que acompanha a busca pela verdade e pelo
conhecimento superior. O painel, repleto de símbolos e significados esotéricos, orienta o
maçom em sua jornada para o autoconhecimento, a iluminação e a perfeição espiritual,
sendo indispensável o seu entendimento.

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