Encontro 10º e 11º - Crisma!
Encontro 10º e 11º - Crisma!
Encontro 10º e 11º - Crisma!
Nesse caminho de encontro com Jesus, vamos passo a passo mergulhando nas
Sagradas Escrituras, e descobrindo quem de fato é Jesus, será Ele apenas um profeta,
um homem inteligente, dotado de dons como cura e libertação, não meus irmãos, Ele de
fato é o filho de Deus.
O texto evangélico que iremos meditar hoje é o episódio onde Jesus caminha
sobre as águas e Pedro com ele. Podemos então entrar dentro do santo texto bíblico,
olhar para as figuras de Jesus e Pedro, somos nós meu irmãos, lá vamos nós, lá vai a
Igreja, barca dos Apóstolos, no meio da noite deste mundo, navegando com dificuldade
porque a barca da vida é agitada pelos ventos... E Jesus vem ao nosso encontro,
caminhando sobre as águas!
Em Jesus, Deus vem vindo ao nosso encontro, em Jesus, vem em nosso
socorro... E, infelizmente, confundimo-Lo com um fantasma, etéreo, irreal. E Ele no diz
mais uma vez: “Coragem! Sou eu! Não tenhais medo!” Atenção para esta frase do
Senhor: “Coragem, EU SOU! Não tenhais medo!” EU SOU! É o nome do próprio Deus
como Se revelou no deserto! Deus de Moisés, de Elias, Deus feito pessoalmente
presente para nós em Jesus Cristo!
Então, caríssimos, digamos como Pedro: “Senhor, manda-me ir ao Teu encontro,
caminhando sobre á água!” Ir ao encontro de Jesus, caminhando sobre as águas do mar
da vida! Todos temos de pedir isso, de fazer isso!
Peçamos sim, como Pedro, mas não façamos como Pedro que, desviando o olhar
de Jesus, colocando a atenção mais na profundeza do mar e na força do vento, no escuro
da noite, que no poder amoroso e fiel do Senhor, começou a afundar! Assim acontecerá
conosco, acontecerá com a Igreja, se medrosos, olharmos mais para o mar e a noite
que para o Senhor que vem a nós com amor onipotente!
E Deus é tão bom que, ainda que às vezes, façamos a tolice de Pedro, podemos
assim mesmo, como Pedro, gritar de todo o coração: “Senhor, salva-me!” Assim,
estamos frente a frente com nosso amigo, Ele olha para nós com amor eterno, não nos
julga, cuida de nossas feridas, perdoa nossos pecados. Rezemos, a cada dia: salva-nos,
Senhor, porque somos de pouca fé!
Salva a Tua Igreja, salva cada um de nós das imensas águas do mar da vida, do
sombrio e escuro mar encrespado na noite opaca de nossa existência!
Tu, que durante a noite oravas e vias o barco navegando com dificuldade, do
Teu Céu, do Trono de Glória em que Te assentas, olha para nós e vem ao nosso
encontro! E tu vens!
Sabemos que vens na graça da Palavra, no dom da Eucaristia e de tantos outros
modos discretos...
Cristo-Deus, Amigo dos homens, benfeitor da humanidade, salvador do mundo,
ajuda-nos a reconhecer-Te, a caminhar ao Teu encontro, vencendo as águas do mar da
vida! Amém.
Pequei Senhor Misericórdia Mc 1,40-45 – Confissão
Quando estamos diante de Jesus compreendemos quem somos, filhos queridos,
mas também olhamos para dentro de nosso coração, e por vezes enxergamos que temos
nossas lepras, só Jesus pode perdoar nossos pecados. Correndo ao seu encontro
podemos também dizer e rezar: “Eu quero, sê purificado”.
Na ação de Jesus, compreendemos que o amor é mais forte que o egoísmo, que a
luz é mais forte que a treva, que o bem é mais forte que o mal, que a graça é mais
poderosa que o pecado, que a vida é capaz de vencer a morte! “No mesmo instante a
lepra desapareceu e ele ficou curado”. Eis o bem, eis a graça, eis a salvação que o
Senhor nos veio trazer! O Profeta Isaías, havia anunciado: “Ele tomou sobre si as nossas
dores, Ele carregou-Se com os nossos pecados! Era nossas enfermidades que Ele levava
sobre Si, as nossas dores que Ele carregava (Is 53,4-5).
Jesus curou o leproso e o Evangelho diz que Ele “não podia mais entrar
publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos.” Vede bem que, com essa
linguagem, o Evangelho deseja afirmar que Cristo, curando o leproso, assumiu o seu
lugar: agora, o homem que antes vivia nos lugares desertos, entra na cidade, volta a ser
alguém; quanto a Jesus, fica fora, assume o lugar do homem: tomou sobre Si as nossas
dores!
Caríssimos, um grande mal da nossa época, uma grande ilusão, é achar que não
temos pecado, pensar que somos maduros e integrados. Não somos capazes de
reconhecer nossas lepras, somos incapazes de suplicar, de joelhos: “Senhor, se queres,
podes curar-me!”
E assim, vamos construindo nossa vidinha do nosso modo, modo de pecado,
modo de lepra, modo de doença: doença do comodismo, da descrença, da indiferença,
da falta de fé!
Reconheçamo-nos pecadores, meus caros! Mostremos ao Senhor a nossa lepra!
Como fazê-lo?
Primeiramente, deixando que Sua Palavra nos fale e nos mostre nossos erros,
nossas manhas, nossos males.
Depois, à luz da Palavra do Senhor, façamos, com frequência, o sincero exame
de consciência e tenhamos a coragem de olhar de frente o que pensamos, falamos e
fazemos contrário ao Senhor.
Finalmente, sinceramente arrependidos, procuremos o Senhor no sacramento da
Penitência e, confessando nossos pecados, busquemos o perdão, a cura do Cristo, nosso
Deus.
Quantas vezes evitamos a Confissão! Quantas vezes fugimos na tal da Confissão
comunitária, desobedecendo às normas da Igreja, que só a permitem em casos raros e
graves. A Confissão, então é inválida e acrescentamos aos pecados cometidos, mais
estes: a desobediência à norma de Igreja e a soberba de nos julgar autossuficientes.
Deveríamos aprender do Salmista: “Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha
falta Vos fiz conhecer. Disse: ‘Eu irei confessar meu pecado!’ E perdoastes, Senhor,
minha falta!” Mas, não! Teimamos em não levar a sério nosso próprio pecado! Julgamo-
nos juízes de Deus e da Igreja! Terminamos, então por comungar indignamente,
esquecendo que a Eucaristia, se traz vida para quem a recebe bem, traz também morte
para quem não a recebe com as devidas disposições...
- Senhor, cura-nos!
Senhor, somos leprosos, somos pecadores, nossos pecados mancham não a nossa pele,
mas o nosso coração, o mais profundo da nossa alma!
Senhor, de joelhos, como o leproso do Evangelho, Te suplicamos: cura-nos e seremos
curados!
Dá-nos a graça de reconhecer nossos pecados;
Reconhecendo-os, dá-nos a coragem e sinceridade de confessá-los;
Confessando-os, dá-nos a graça de experimentar teu perdão, de cumprir generosamente
a penitência e de procurar com responsabilidade emendar a nossa vida!
Tem piedade de nós, ó Autor da graça e Doador do perdão!