Quaresma Alberione
Quaresma Alberione
Quaresma Alberione
Tom: G
Bm Em A7 D para a liberdade que Cristo nos libertou, F# Bm Jesus libertador! C F#7 Bm para a liberdade que Cristo nos libertou! Gl 5,1 Em A7 D Bm 1. Deus no quer ver seus filhos sendo escravizados, C#dim7 Em F# Bm B7 semelhana e sua imagem, os criou. Cf. Gn 1,27 Em Bm Na cruz de Cristo, foram todos resgatados C#dim7 Em F#7 Bm Pra liberdade que Jesus nos libertou! Gl 5,1
2. H tanta gente que, ao buscar nova alvorada, Sai pela estrada a procurar libertao; Mas como triste ver, ao fim da caminhada, Que foi levada a trabalhar na escravido!
3. E quantos chegam a perder a dignidade, Sua cidade, a famlia, o seu valor. Falta justia, falta mais fraternidade Pra libert-los para a vida e para o amor!
4. Que abracemos a certeza da esperana, (Cf. Hb 6,11) Que j nos lana, nessa marcha em comunho. Pra novo cu e nova terra da aliana, (Cf. Ap 21,1) De liberdade e vida plena para o irmo (Cf. Jo 10,10)
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11. Oh, olhai sempre avante! A estrada que se tomou uma estrada um pouco estreita e sobe, sobe, eh? No desce, sobe! Sobe rumo perfeio, sobe rumo ao cu, rumo felicidade. As estradas que descem so mais fceis, eh? O carro vai tambm sem combustvel, sem motor, na descida, mas para onde conduz? Sede santas! De Cristo! Verdadeiras pastorinhas. [...] E agora douvos a beno para a mente, o corao, para a vontade, para todo o vosso ser. (AAP 1959, 4-11)
Estamos na quaresma, tempo de penitncia. A devoo da quaresma a devoo a Jesus Bom Pastor crucificado que se imola pelas almas. E vs, o que fazeis pelas almas? Sois capazes de fazer algum sacrifcio por elas? Existem pessoas que trabalham de manha noite pelas pessoas, na catequese, nas escolas, em meio juventude. A populao vai sempre aumentando, agora a humanidade chegou a dois bilhes e meio de pessoas. Pensai em quantos milhes de almas que no conhecem o nosso Deus! No sentis um pouco de zelo pelas almas? Existem pessoas que ardem de amor pelas almas. [...] Se existe um tempo no qual devemos acender o fogo de amor pelas almas, justamente no tempo da quaresma e o tempo de paixo. Jesus morreu na cruz por nossos pecados. Ns devemos acender o fogo de amor pelas almas [...] (PrP VI, 1953 p. 23)
ricordiosos e agentes de misericrdia. Com estes votos, asseguro a minha orao para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerrio quaresmal, e peo-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abenoe e Nossa Senhora vos guarde! Papa Francisco
para casa, por falta de igualdade nos direitos educao e sade. Nestes casos, a misria moral pode-se justamente chamar um suicdio incipiente. Esta forma de misria, que causa tambm de runa econmica, anda sempre associada com a misria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos no ter necessidade de Deus, que em Cristo nos d a mo, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falncia. O nico que verdadeiramente salva e liberta Deus. O Evangelho o verdadeiro antdoto contra a misria espiritual: o cristo chamado a levar a todo o ambiente o anncio libertador de que existe o perdo do mal cometido, de que Deus maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunho e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericrdia e esperana. bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os coraes dilacerados e dar esperana a tantos irmos e irms imersos na escurido. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor procura da ovelha perdida, e f-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelizao e promoo humana. Queridos irmos e irms, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solcita para testemunhar, a quantos vivem na misria material, moral e espiritual, a mensagem evanglica, que se resume no anncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraar em Cristo toda a pessoa. E poderemos faz-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma um tempo propcio para o despojamento; e far-nos- bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. No esqueamos que a verdadeira pobreza di: no seria vlido um despojamento sem esta dimenso penitencial. Desconfio da esmola que no custa nem di. Pedimos a graa do Esprito Santo que nos permita ser tidos por pobres, ns que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propsitos e reforce em ns a ateno e solicitude pela misria humana, para nos tornarmos mise6
Cruz. Deus no fez cair do alto a salvao sobre ns, como a esmola de quem d parte do prprio suprfluo com piedade filantrpica. No assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce s guas do Jordo e pede a Joo Batista para O batizar, no o faz porque tem necessidade de penitncia, de converso; mas f-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdo, no meio de ns pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa misria. Faz impresso ouvir o Apstolo dizer que fomos libertados, no por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia So Paulo conhece bem a insondvel riqueza de Cristo (Ef 3, 8), herdeiro de todas as coisas (Heb 1, 2). Em que consiste ento esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de ns como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos d verdadeira liberdade, verdadeira salvao e verdadeira felicidade o seu amor de compaixo, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando -nos a misericrdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo a maior riqueza: Jesus rico de confiana ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glria. rico como o uma criana que se sente amada e ama os seus pais, no duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus Ele ser o Filho: a sua relao nica com o Pai a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre ns o seu jugo suave (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua rica pobreza e pobre riqueza, a partilhar com Ele o seu Esprito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmos no Irmo Primognito (cf. Rm 8, 29). Foi dito que a nica verdadeira tristeza no ser santos (Lon Bloy); poder-se-ia dizer tambm que s h uma verdadeira misria: no viver como filhos de Deus e irmos de Cristo.
O nosso testemunho Poderamos pensar que este caminho da pobreza fora o de Jesus, mas no o nosso: ns, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios
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humanos adequados. Isto no verdade. Em cada poca e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que um povo de pobres. A riqueza de Deus no pode passar atravs da nossa riqueza, mas sempre e apenas atravs da nossa pobreza, pessoal e comunitria, animada pelo Esprito de Cristo.
imitao do nosso Mestre, ns, cristos, somos chamados a ver as misrias dos irmos, a toc-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A misria no coincide com a pobreza; a misria a pobreza sem confiana, sem solidariedade, sem esperana. Podemos distinguir trs tipos de misria: a misria material, a misria moral e a misria espiritual. A misria material a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condio indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a gua, as condies higinicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta misria, a Igreja oferece o seu servio, a sua diaconia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos ltimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se tambm para fazer com que cessem no mundo as violaes da dignidade humana, as discriminaes e os abusos, que, em muitos casos, esto na origem da misria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam dolos, acabam por se antepor exigncia duma distribuio equitativa das riquezas. Portanto, necessrio que as conscincias se convertam justia, igualdade, sobriedade e partilha. No menos preocupante a misria moral, que consiste em tornar-se escravo do vcio e do pecado. Quantas famlias vivem na angstia, porque algum dos seus membros frequentemente jovem se deixou subjugar pelo lcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperana! E quantas pessoas se vem constrangidas a tal misria por condies sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o po
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